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1. Contexto autor/obra
Escrito por Clvis de Barros Filho e Lus Martino, autores com outros trabalhos
sobre a relao entre tica e comunicao e as teorias da comunicao, respectivamente,
o texto um dos captulos de um livro que discute O habitus na Comunicao. O
objetivo desse captulo analisar as prticas da rotina jornalstica a luz do conceito de
habitus como formulado por Bourdieu. Segundo os autores, alguns procedimentos so
interiorizados ao longo do tempo e acabam naturalizados, no sendo, assim como suas
conseqncias, questionados ou problematizados.
2. Ideias-chave
Os autores discorrem sobre o habitus relacionado ao jornalismo, apresentando
como o conceito pode ser aplicado nas prticas profissionais. Como so naturalizadas,
essas prticas geram, por socializao, expectativas de ao e disposies de agir que,
ao coincidirem em regra, dispensam reflexo sobre sua pertinncia (p.112). O texto
dividido em trs momentos:
a) Habitus e campo jornalstico
Nesse tpico, a autocrtica apresentada como um mecanismo de defesa dos
agentes do campo: garante autonomia e afasta do debate as estruturas que condicionam
as prticas, mas segue caminhos de certa forma j traados, uma vez que as crticas tm
estruturas semelhantes e so direcionadas aos mesmos pontos: a crtica dos jornalistas
ao jornalismo apresenta-se como parte de uma estrutura de campo no caso, um
mecanismo de legitimao dos procedimentos prticos pela crtica do prprio
procedimento (p. 113). Segundo os autores, essa crtica aparece logo quando os
estudantes de jornalismo iniciam contato com a prtica e deixam de ter uma viso
ingnua da profisso.
O habitus conceituado, segundo Bourdieu como o princpio gerador e
regulador das prticas cotidianas, definindo, em sua atuao conjunta com o contexto no
qual est inserido, reaes aparentemente espontneas do sujeito (p.115-116). Ou seja,
os procedimentos parecem naturais e bvios, mas se baseiam num conjunto de regras
implcitas do campo. Sem perceber, os indivduos agem de forma parecida em situaes
semelhantes, por terem percepes parecidas e terem visto a repetio dessas aes.
A autocrtica dos profissionais est dividida em dois eixos: a) no existiriam
conflitos inerentes profisso, porque o jornalista , antes de tudo, humano, o que o no
jornalsticas, mas
que tambm