Resposta da questão 2 ciências social
Durkheim trouxe conceitos que enriqueceram em muito a sociologia, exemplos como os fatos socias, a
questão da coerção, correntes socias e outros. Conceitos esses que estão pautados em forças
externas ao indivíduo, e a influência que um grupo exerce sobre ele. Becker também trabalha esses
conceitos, um pouco mais sensível aos detalhes e às perspectivas diferentes. Em seu livro outsiders
ele discorre sobre as regras, os indivíduos que as infringem, além de analisar os elementos que estão
envolvidos.
Becker analisa as Regras sociais como criação de grupos específicos. Todos os grupos sociais fazem
regras. Elas definem situações e tipos de comportamentos, especificando algumas ações como
“certas” e outras como “erradas”. Podem ser feitas na forma de lei ou em outros casos, como acordos
informais baseados em sanção da idade e da tradição.
No livro Outsiders, o próprio termo é aplicado a aquele que se desvia das regras de grupo definindo
assim o desvio como a infração de alguma regra geralmente aceita. Assim dizendo que grupos sociais
criam desvio ao fazer as regras, como consequência o indivíduo fora delas sendo rotulado com
desviante. O ponto é que a resposta das outras pessoas deve ser vista como problemática. O mesmo
comportamento pode ser uma infração das regras num momento e não em outro; pode ser uma
infração quando cometido por uma pessoa, mas não quando cometido por outra; algumas regras são
infringidas com impunidade, outras não. Mas o termo contém um segundo significado, cuja análise leva
a um outro importante conjunto de problemas sociais: “outsiders”, do ponto de vista da pessoa rotulada
de desviante, podem ser aquelas que fazem as regras de cuja violação ela foi considerada culpada.
Becker também fala da imposição de um a regra como um empreendimento. Primeiro alguém—um
empreendedor— deve tomar a iniciativa de punir o culpado. Segundo a imposição ocorre quando
aqueles que querem a regra imposta levam a infração à atenção do público; uma infração não pode
ser ignorada depois que é tornada pública. Terceiro, pessoas deduram, tornando a imposição
necessária, quando veem alguma vantagem nisso. O interesse pessoal as estimula a tomar a
iniciativa. A tarefa de impingi-la pode ser o encargo de algum corpo autorizado a isso; a imposição, por
outro lado, pode ser uma tarefa de todos, ou pelo menos a tarefa de todos no grupo a quem a regra se
aplica.
Ele ainda diz que, a iniciativa gerada por interesse pessoal, armada com publicidade e condicionada
pelo caráter da organização, é, portanto, a variável-chave na imposição da regra. Quando dois grupos
competem pelo poder na mesma organização, a imposição só ocorrerá quando falharem os sistemas
de conciliação que caracterizam sua relação. Em situações que contêm muitos grupos de interesse
rivais, o resultado é variável, dependendo do poder relativo dos grupos envolvidos e de seu acesso
aos canais de publicidade. Esta é, claro, uma questão de poder político e econômico.
Becker trás um material rico que muda sem duvida como vemos e entendemos a sociedade, como
uma variedade compostas por diversos grupos nos quais regras surgem, e indivíduos fazendo parte
não exclusivamente de uma. Elementos que devemos usar para analisar nosso entorno e entender
como funcionam as relações entre as pessoas, não só pensando no olhar do grupo para o indivíduo,
mas também na relação inversa.
Resposta da questão 3
A ausência de regulação da vida econômica era na visão de Durkheim, um dos fatores explicativos do
estado anômico, que é a falta ou desintegração das normas sociais.
Segundo Durkheim, as corporações profissionais podem desempenhar um importante papel na
organização e condução da vida econômica moderna, desde que se torne uma instituição reconhecida
no contexto da vida pública. Cabe a elas elaborar regras que se imponham igualmente aos
empregados e aos empregadores.
Não por acaso, esses grupos profissionais teriam entre outras funções a de reduzir as distâncias entre
o Estado e os indivíduos, possibilitando um diálogo cada vez mais entrosado entre os dois polos.
O Estado tendo o papel como o “órgão pensante” da sociedade, com a função de organizar
conscientemente as representações que se encontram difusas nela.
O autor está convencido de que o renascimento dessas corporações na modernidade pode exercer
“um poder moral capaz de conter os egoísmos individuais, de manter no coração dos trabalhadores um
sentimento mais vivo de sua solidariedade comum, de impedir que a lei do mais forte se aplique de
maneira tão brutal nas relações industriais e comerciais.
Resposta da questão 8
Na base do pensamento de Marx está a ideia de que tudo se encontra em constante processo de
mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma
realidade. Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. 
Segundo o filósofo, as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe
economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende
sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado. 
As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da
humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste
com o grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais a aceleração
da acumulação que leva crise.
A melhor maneira de entender isso é perguntar: quem compra a quantidade de bens em expansão?
Os baixos salários dos trabalhadores significam que eles não podem comprar as mercadorias
produzidas pelo seu trabalho. E os capitalistas não podem elevar os salários, por que isso destruiria os
seus lucros, a força motriz do sistema. Mas se as empresas não podem vender os bens que
produzem, terão que fechar fábricas e demitir trabalhadores. O montante total dos salários cai então
ainda mais, e mais empresas não conseguem vender os seus estoques. Uma “crise de superprodução”
aparece com mercadorias que se empilham e pessoas que não as podem pagar.