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GASTRENTEROLOGIA

Doenças do Aparelho Digestivo

ESÓFAGO ESTÔMAGO
 Anatomia  Funções e Doenças do  Anatomia  Funções e Doenças do
Esófago Estômago
 Disfagia - dificuldade em engolir os  Helicobacter pylori
alimentos  Anti-inflamatórios não esteróides
 Azia, sensação de queimadura ou -AINE
ardor no estômago e torax,  Dor de estômago, enfartamento,
regurgitação saciedade, distensão, desconforto
 Doença do refluxo gastro-esofágico  Perda de sangue - Hemorragia
( DRGE) e suas complicações. digestiva - Anemia
 Hérnia do hiato  Dispepsia Funcional ou Dispepsia-
 Divertículos - Anéis - Membranas sem-úlcera
 Esofagites  Gastrites e duodenites - Gastropatias
 Acalásia - alterações da motilidade  Úlcera do estômago e duodeno
esofágica  Gastroparésia - alterações da
 Síndrome ( laceração ) de Mallory- motilidade
Weiss  Corpos estranhos e bezoares
 Varizes do esófago  Estenose Hipertrófica do Piloro e
 Tumores do esófago outras anomalias congénitas
 Tumores do estômago
 Estômago operado e suas
complicações

INTESTINO DELGADO INTESTINO GROSSO (CÓLON)


 Anatomia e Funções e Doenças do  Anatomia e Funções do Cólon
Intestino Delgado  Obstipação
 Diarreia  Dor abdominal
 Má digestão e Má absorção  Apendicite
 Deficiência de Lactase ( Intolerância  Doença divertícular do cólon
ao leite )
 Síndrome do intestino irritável ou cólon
 Doença celíaca  irritável
 Enterite - Gastroenterite - Diarreia dos  Doenças vasculares - Colite Isquémica
viajantes e outras
 Parasitoses do intestino  Colites ( infecciosas - medicamentosas
 Tumores do intestino Delgado - químicas)
 Colite Pseudomembranosa
 Doenças Inflamatórias do Intestino
(Colite Ulcerosa-Doença de Crohn)
 Colites Microscópicas
 Pseudo-obstrução do cólon (Doença
de Olgivie)
 Prevenção do cancro do Cólon e
Recto
 Rastreio do cancro do Cólon e Recto
 Pólipos do cólon
 Tumores do cólon e do recto
 Ileostomias 
 
 Doenças do ânus ( Proctologia )

FÍGADO VIAS BILIARES


 Funções do Fígado  Funções das vias biliares
 Análises ao Fígado  Litíase ( cálculos ou pedras ) da
 Icterícia vesícula e das vias biliares
 Ascite  Quistos biliares e outras doenças
congénitas
 Álcool e fígado
 Colangite esclerosante
 Fígado gordo - esteatose hepática
 Cirrose biliar
 Hepatites: visão geral ( Hepatite Aguda
/ Hepatite Crónica )   Disquinésia da vesícula e do esfíncter
                Hepatite A de Oddi
                Hepatite B  Colecistoses - pólipos da vesícula -,
                Hepatite C  Tumores
                Hepatite D
                Hepatite alcoólica
 Síndromes pós-cirurgia da Vesícula
                Esteatohepatite não
alcoólica
                Hepatite auto-imune
 Cirrose
 Cirrose biliar primária
 Hemocromatose
 Doença de Wilson
 Hemangioma
 Quistos do Fígado
 Tumores do fígado
 Transplante do fígado

PÂNCREAS DOENÇAS FUNCIONAIS


 Funções do pâncreas  Doenças Funcionais
 Pancreatite aguda e crónica
 Doenças hereditárias do Pâncreas   
 Tumores
DISFAGIA

A disfagia pode ser definida como dificuldade de deglutição. Caracteriza-se por um


sintoma comum de diversas doenças. Pode ser causada por alterações neurológicas
como o acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame, outras doenças neurológicas e/ou
neuromusculares e também alterações locais obstrutivas, como as doenças tumorais do
esôfago.

Disfagia temporária é comumente observada em pacientes submetidos a cirurgia da


coluna cervical via anterior.

O propósito fundamental da identificação da causa da disfagia consiste em selecionar o


melhor tratamento que pode variar desde o tratamento de reabilitação fonoaudiológico,
a alteração de consistência dos alimentos para evitar a aspiração do conteúdo para o
pulmão e pode ter um foco completamente diferente como o cirúrgico no caso de
doenças neoplásicas do esôfago.

Medidas adicionais paralelas ao diagnóstico das causas seria o de evitar, o máximo


possível, as complicações da disfagia: desidratação, infecções pulmonares e
subnutrição.

SINTOMAS

Os pacientes podem apresentar uma regurgitação nasal e tosse durante a deglutição,


como resultado de uma anormalidade na transferência do bolo alimentar da cavidade
oral para o esôfago. Freqüentemente, existem outros sinais de algum distúrbio
neurológico associado, mesmo que sutil.

A presença de dor sugere a coexistência de um outro sintoma: a odinofagia. A disfagia


pode afetar crianças, adultos e idosos, sendo mais comum nesta última faixa etária
devido a maior prevalência das doenças causais.

Os pacientes com comprometimento da motilidade esofágica podem apresentar dor


torácica e executar manobras, como deglutir repetidamente e a valsalva, que alivia a
disfagia.
CAUSAS
QUADRO I - CAUSAS DE DISFAGIA ESOFAGICA

Corpos estranhos intra-luminais


(causa habitual de disfagia aguda)
Doencas da mucosa
• DRGE (estenose peptica)
• Aneis e membranas ( disfagia sideropenica
ou Sindrome de Plummer-Vinson )
• Neoplasias do esofago
• Lesoes causticas (e.g. ingestao de lixivia,
“pill esophagitis”, pos escleroterapia)
• Pos-radioterapia
• Esofagite infecciosa
Doencas do Mediastino
• Tumores (e.g. cancro pulmao, linfoma)
• Infeccoes (e.g. tuberculose, histoplasmose)
• Cardiovasculares (auricula dilatada,
compressao vascular)
Doencas do musculo liso ou da inervacao
• Acalasia
• Esclerodermia
• Outras alteracoes da motilidade
• Pos-cirurgia (i.e. pos-fundoplicatura,
dispositivos anti-refluxo)

As causas incluem a obstrução mecânica e os distúrbios na motilidade dos músculos da


cavidade oral, da faringe ou esôfago. É útil distinguir a disfagia causada por doenças
que afetam a orofaringe daquela que é devida a distúrbios esofágicos. Tipicamente, a
obstrução mecânica é caracterizada inicialmente pela disfagia a sólidos e a orofaringea
predomina a dificuldade de deglutir líquidos.

A causa pode estar associada a doenças neurológicas como paralisia cerebral, afasias e
apraxias comuns no AVC mais conhecido como derrame, traumatismo craniano e
diversos tipos de distrofias musculares. Neoplasias devem ser sempre investigadas
dependendo do tipo de sintomatologia predominante e dos fatores de risco associados.

A disfagia pode ser dividida em dois grandes grupos:

[editar] Disfagia Orofaríngea

A disfagia orofaríngea geralmente caracteriza-se por alteração das fases oral e faríngea
da deglutição, geralmente causadas por doenças neurológicas. A causa mais comum de
disfagia é o acidente vascular cerebral.
Nestes pacientes a dificuldade de deglutição ocorre predominantemente para líquidos
em relação aos sólidos. Realiza-se a avaliação clínica (por exemplo, testes de
consistências, de 0 a 5, sendo 0 a água e 5 alimentos sólidos). O exame
videodeglutograma e a videofluoroscopia são exames complementares que ajudam a
definir as consistências mais seguras no que tange ao menor risco de pneumonia de
aspiração.

Disfagia Esofágica

A disfagia esofágica é mais freqüentemente devida a uma obstrução mecânica. Em


muitos pacientes, é possível distinguir uma causa mecânica de uma anormalidade na
motilidade através da obtenção de um histórico cuidadoso. A idade avançada, o
tabagismo e o etilismo são fatores de risco frequentes para neoplasias do esôfago que
caracteristicamente são causas destes tipos de disfagia, entre outros.

Disfagia Cardíaca

Em certas doenças, a aurícula esquerda dilata-se e pode comprimir o esófago,


produzindo dificuldade a tragar.

TRATAMENTO

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. Dentre os tratamentos clínicos destaca-se o


tratamento fonoaudiológico e a utilização de medicações. A reabilitação
fonoaudiológica do paciente disfágico visa a obtenção de uma deglutição eficiente
levando à melhora da qualidade de vida do paciente, além da prevenção de
complicações.

O fonoaudiólogo dentro da equipe multidisciplinar é o profissional indicado para ajudar


no diagnóstico, no prognóstico, assim como na reabilitação, prevenindo as possíveis
complicações já citadas.

AZIA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Pirose (do grego "pýrosis", acção de queimar) ou azia (no Paraná também chamada
cremor[carece  de fontes?]), é a sensação de ardor (queimação), que tem início na parte posterior
do esterno e que se propaga, via de regra, através de ondas ou golfadas, até a faringe,
fazendo-se acompanhar de eructação com acidez e aumento da salivação. A pirose pode
ser sintoma de algumas doenças como refluxo gastroesofágico, ou indicativo de
processos irritativos ou inflamação ocorrente no esôfago. O ardor é provocado pela ação
do ácido gástrico (e por vezes também de bílis), fora do ambiente estomacal.

Causas

A principal causa da pirose é a alimentação inadequada, ou seja, a ingestão de comida


excessivamente temperada, gordurosa (p. ex., derivados do leite, chocolate, etc.),
cafeinada (café, refrigerantes de cola, guaraná), além de excessivo consumo de frutas
cítricas e outros hortifrutigranjeiros, além do uso habitual de substâncias tóxicas, como
o álcool, fumo e outras drogas, como o ácido acetil-salicílico.

Incidência
Tem-se que "7% da população mundial tem pirose diariamente, 15% semanalmente e
nalgumas sondagens 50% da população tem pirose mensalmente”.

Tratamento

Mudanças nos hábitos alimentares, com alteração da dieta e disciplina de horário;


ingestão de anti-ácidos (para minimizar o efeito desconfortável e doloroso). A auto-
medicação, em tais casos, embora frequente e tolerada culturalmente (com a venda livre
e ostensiva dos anti-ácidos), é contra-indicada pois a pirose pode ser sintoma de males
maiores e sérios, desde inflamações estomacais, úlcera péptica a câncer das vias
alimentares - sendo indicado a consulta ao gastroenterologista ante sua persistência.

[editar] Antiácido

O uso de antiácidos em excesso (quer em grande dosagem, quer pelo uso repetido e
prolongado) pode causar efeitos adversos como diarreia, retenção de magnésio e
mudanças no metabolismo do cálcio [2]

Doença de refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico ou doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) consiste no


refluxo de conteúdo alimentar presente no estômago para o esôfago, normalmente com
pH ácido, embora possa ser também de conteúdo biliar, neste caso chamado refluxo
alcalino.
O refluxo, que contém material ácido, atinge a faringe e até a boca, provocando, tal
como na pirose, ardor, queimação e mal estar.

Sinais e sintomas

O sintoma mais comum é a azia (sensação de queimor retroesternal e epigástrica, que


pode subir até à garganta) e sensação de regurgitação. Entretanto, a ocorrência eventual
de pirose não significa caso da doença, embora sua ocorrência em períodos
relativamente curtos seja indicativo de seu desenvolvimento.

Pode ocorrer também dor no precórdio, em queimação, simulando uma dor cardíaca,
problemas respiratórios (asma, broncopneumonia) ou do orofaringe (tosse, pigarro ou
rouquidão). Os sintomas de pirose e dor podem ser aliviados com a ingestão de
antiácidos no entanto um modo rápido de identificar a origem da dor no peito (se
cardíaca ou gastro-intestinal) é ingerindo alguns goles de leite sem açúcar. Os fatores
predisponentes mais comuns são a presença de hérnia do hiato esofágico, obesidade e
tabagismo, entre outros.

A presença de bile refluída do duodeno parece ter muita importância em um tipo mais
grave de DRGE, chamado de Esôfago de Barrett. Este tipo está intimamente ligado ao
câncer do esôfago.

Dificuldade para engolir e dor torácica crônica, e ainda pode incluir tosse, rouquidão,
alteração na voz, dor crônica no ouvido, dores agudas (pontadas) no tórax, náusea ou
sinusite.

Diagnostico

Com esses sintomas para a avaliação diagnóstica inicial deve-se proceder a uma
endoscopia digestiva alta, cujos achados mais comuns deverão ser a presença de hérnia
de hiato e esofagite, que é a inflamação da mucosa esofágica causada pelo ácido
refluído.

Nos casos com sintomas típicos em que a endoscopia é normal, a pH-metria esofágica
costuma fazer o diagnóstico. O esfíncter esofágico inferior (EEI) é localizado por
manometria e então um catéter com sensor de pH é inserido por via nasal até o esôfago,
registrando o pH esofágico durante um período de 24 horas. Nos casos com sintomas de
refluxo, mas com pouca resposta aos tratamentos convencionais, aplica-se hoje a
impedanciopHmetria, que mostra a presença de refluxo não ácido, sendo que,
possivelmente, estes pacientes se beneficiariam muito com a cirurgia.

Fisiopatologia

Sua causa mais comum é a incapacidade que tem o esfíncter (válvula cárdia), inferior do
esôfago, de reter o conteúdo do estômago, provocando a regurgitação.
Hérnia de hiato, mesmo assintomática, é outro fator que pode causar o refluxo não
confundir com a doença, nesse caso o alimento é regurgitado antes de passar pelo
esófago. Acidez elevada, bem como excessiva produção de ácido gástrico pode
contribuir para a ocorrência da doença; também a síndrome de Zollinger-Ellison,
hipercalcemia, esclerose sistêmica e pedras na vesícula.

Acrescenta-se que a ingestão de alimentos condimentados, gordurosos, uso do fumo e


álcool, mau hábito de alimentação (dormir logo após a refeição, excesso de comida) são
fatores que ocasionam e pioram os efeitos do refluxo.

Tratamento

Os casos leves são tratados com medicamentos antiácidos e melhoram seu


esvaziamento. Os mais efetivos são os inibidores da bomba de prótons (omeprazol e
similares) ingeridos 1 ou 2 vezes ao dia. São também indicadas medidas como não
deitar após as alimentações e dormir com a cabeceira da cama mais elevada.

Para os casos mais graves e aqueles que não respondem ao tratamento clínico, pode
estar indicado o tratamento cirúrgico, que consiste na correção da hérnia de hiato ou da
incontinência do esfíncter inferior do esôfago através da confecção de uma válvula anti-
refluxo (fundoplicatura) com o fundo gástrico que envolve total ou parcialmente o
esôfago. As vias de abordagens são a laparotomia (método tradicional, com um corte
vertical de cerca de 10-15 cm acima da cicatriz umbilical); e a laparoscopia (método
mais recente em que são realizadas 4 ou 5 pequenas incisões, de cerca de 1 cm cada, e
por onde são inseridos o instrumental cirúrgico e uma pequena câmera de vídeo).

Recentemente foi aprovada técnica endoscópica, trans-oral, para a correção do refluxo.


A técnica envolve o uso do aparelho EsophyX e vem sendo empregada com sucesso em
pacientes com hérnia de hiato pequena, ou sem hérnia de hiato. Estudos a longo prazo
ainda não estão disponiveis, porém os resultados preliminares são promissores.

Hernia do hiato
Hérnia do hiato

A hérnia do hiato é a protuberância duma parte do estômago através do diafragma, a partir da sua posição
normal no abdómen.

Numa hérnia do hiato por deslizamento, a ligação entre o esófago e o estômago e também uma porção
deste, que normalmente estão por baixo do diafragma, protraem para cima dele.

Numa hérnia do hiato paraesofágica, a ligação entre o esófago e o estômago está na sua posição normal
por baixo do diafragma, mas uma porção do estômago é empurrada para cima até atravessar o diafragma e
situar-se ao lado do esófago.

A causa da hérnia do hiato é normalmente desconhecida. Pode tratar-se duma deficiência congénita ou ser
consequência duma lesão.

O que é uma hérnia do hiato?


A hérnia do hiato é um protraimento anormal duma porção do estômago para o interior do tórax através do
diafragma.

Sintomas

Mais de 40 % das pessoas tem uma hérnia do hiato por deslizamento, mas a maioria não tem sintomas e
quando estes existem costumam ser de pouca importância.

Uma hérnia do hiato paraesofágica normalmente não causa sintomas. No entanto, pode ficar presa ou
comprimida pelo diafragma e não lhe chegar sangue suficiente. Trata-se então dum problema grave e doloroso,
chamado estrangulamento, que requer cirurgia imediata.

Em casos excepcionais, em ambos os tipos de hérnia do hiato pode ocorrer uma hemorragia microscópica ou
maciça do revestimento da hérnia.

Diagnóstico e tratamento

Geralmente, os raios X revelam com clareza a presença duma hérnia do hiato, embora por vezes o médico tenha
de pressionar o abdómen com força para que uma hérnia do hiato por deslizamento se torne bem evidente.

Uma hérnia do hiato normalmente não requer nenhum tratamento específico, mas deve tratar-se qualquer
refluxo de ácido inerente. Uma hérnia paraesofágica pode ser corrigida cirurgicamente para prevenir a
estrangulação.

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