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Pilares Texto 2007
Pilares Texto 2007
Dimensionamento de Pilares
com base na NBR 6118:2003
NOTAS DE AULA
Março de 2007
Pilares 2
Agradecimentos
Este material foi montado a partir de diversos trabalhos disponíveis na Internet, desenvolvidos por:
1. INTRODUÇÃO
Pilares são elementos estruturais lineares, em geral verticais, cuja função é receber as
ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até a fundação (figura 1). Junto com as
estruturas de fundação, os pilares constituem-se nos principais elementos estruturais de uma
construção, pois a ruína de um deles pode provocar danos globais, podendo acarretar até mesmo
o famigerado colapso progressivo.
Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que resistem às ações verticais e
horizontais e garantem a estabilidade global da estrutura. As ações verticais são transferidas aos
pórticos pelas estruturas dos pavimentos e as ações horizontais decorrentes do vento são levadas
aos pórticos pelas paredes externas.
Outros elementos de contraventamento podem ser associados aos pórticos para dar maior
rigidez à estrutura. Os principais são os pórticos entreliçados, as paredes estruturais e os núcleos,
estes, em geral, situados no contorno da abertura para os elevadores, como mostra a Figura 3. As
lajes, com rigidez praticamente infinita no plano horizontal, dão travamento ao conjunto,
promovendo a distribuição dos esforços entre os elementos de contraventamento.
dispensar a consideração dos efeitos globais de segunda ordem, constituídos pelos esforços
adicionais advindos desses deslocamentos. Neste caso, a estrutura é dita indeslocável ou de nós
fixos. Os pilares abordados neste trabalho são admitidos de nós indeslocáveis.
Pórtico
entreliçado
Núcleo
Parede
estrutural
Os esforços solicitantes nos pórticos podem ser determinados pelos processos conhecidos
da Estática das Estruturas, inclusive utilizando programas para computador.
2. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
deformada do pilar, cujas posições dependem das condições de apoio. Os casos mais usuais estão
indicados na Figura 4.
N N N N
le
l le Pontos de
Inflexão
Ponto de
Inflexão 0,25l
le = 2l le = l le = 0,7 l le = 0,5 l
⎧l + h
le ≤ ⎨ 0
⎩ l
lo é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos horizontais, que
vinculam o pilar (Figura 5 5);
h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura;
l é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está vinculado.
Pilares 7
h/ 2
h
l 0 l 0 +h l
h/ 2
Sendo I o momento de inércia e A a área da seção transversal, o raio de giração é dado pela
I
expressão: i=
A
Para seções retangulares e circulares, que são as mais comuns, tem-se, respectivamente:
b⋅h3
I ret = ; A ret = b ⋅ h
12
π ⋅ D4 π ⋅ D2
I cir = ; A cir =
64 4
⎛ hy . hx 3 ⎞
⎜ ⎟
⎜ 12 ⎟ hx 2
Com base na figura 6, tem-se que: ix = ⎝ ⎠ = =
hx
hy . hx 12 12
l le l
λx = e = = e . 12
ix hx 12 ( hx )
hy l l
iy = λ y = e = e . 12
Analogamente, tem-se que: 12 e iy hy
Portanto, com os valores dos raios de giração dados no item anterior, os índices de esbeltez
para seções retangulares e circulares são dados, respectivamente, por:
Pilares 9
l 4 ⋅ le
λ ret = e ⋅ 12 ; λ cir =
h D
onde h é dimensão da seção transversal paralela à direção em que o pilar vai se deslocar
pelo efeito da flambagem”.
Tabela 1, onde:
γ n = 1,95 − 0,05 ⋅ h x ,
hx (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14 13 12
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35
Os pilares podem ser classificados de acordo com a solicitação inicial a que estão
submetidos.
Nos pilares de borda (ou de extremidade), as solicitações iniciais são constituídas por
uma força normal de compressão e um momento fletor atuando no plano perpendicular à borda,
caracterizando uma flexão composta normal (Figura 9). Portanto, há uma excentricidade inicial
na direção perpendicular à borda. Este fato ocorre porque as lajes e a viga perpendiculares a esta
borda são interrompidas no pilar.
Pilares 11
De acordo com o índice de esbeltez (λ), os pilares podem ser classificados em:
Pilares 12
Segundo a NBR 6118:2003, os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200
(λ ≤ 200). Apenas no caso de postes com força normal menor que 0,1 fcd Ac, o índice pode ser
M topo M base
ei ,topo = e ei ,base =
N N
Para o estudo das cargas verticais, a NBR 6118:2003 permite o uso do modelo clássico de
viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares.
c) Estrutura deformada
Figura 11 – Esquema da transmissão de momentos das vigas aos pilares
e=M/N
N M N
Figura 12 - Excentricidades iniciais no topo e na base do pilar (SILVA & PINHEIRO, 2002)
Pilares 14
l sup
2
l inf
2
l vig
O valor do vão efetivo da viga ( l viga ) é dado pela seguinte expressão (figura 14):
⎧
⎪
⎪ l o = distância entre faces int ernas dos apoios
⎪
⎪
⎪ ⎧ t1 / 2
l viga = l o + a 1 + a 2 , onde ⎨a1 ≤ ⎨
⎪ ⎩ 0, 3 h
⎪
⎪
⎪ ⎧t 2 / 2
⎪a 2 ≤ ⎨
⎩ ⎩ 0, 3 h
Pilares 15
Quando não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares com a
viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao momento de
engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos na NBR 6118:2003 pelas
seguintes relações:
rinf + rsup
• na viga: (1)
rvig + rinf + rsup
rsup
• no tramo superior do pilar:: (2)
rvig + rinf + rsup
rinf
• no tramo inferior do pilar: (3)
rvig + rinf + rsup
I
ri = i
li
Segundo SCADELAI (2004), deve-se atentar para o fato de que as eq. (1), (2) e (3),
dados pela NBR 6118:2003, não são válidos para o esquema estático apresentado na Figura 13,
presente na norma. Apesar de estar a favor da segurança, os coeficientes são os mesmos
utilizados pela NBR 6118:1978, quando os apoios extremos dos pilares eram considerados como
engaste e utilizava-se no cálculo todo o comprimento do pilar. Portanto, com essas alterações, os
coeficientes corretos seriam:
Pilares 16
3rinf + 3rsup
• na viga:
4rvig + 3rinf + 3rsup
3rsup
• no tramo superior do pilar::
4rvig + 3rinf + 3rsup
3rinf
• no tramo inferior do pilar:
4rvig + 3rinf + 3rsup
Nestas notas de aula, embora o alerta feito por SCADELAI (2004), serão adotadas as
expressões (1), (2) e (3), por estarem presentes na norma.
(figura 15).
b) Distribuir o valor do Meng para a viga e para os pilares superior e inferior (Figura 16).
rinf
M pilar inf = M eng ⋅
rvig + rinf + rsup
rsup
M pilar sup = M eng ⋅
rvig + rinf + rsup
rinf + rinf
M viga = M eng ⋅
rvig + rinf + rsup
Figura 16 – Cálculo dos momentos transferidos para o pilar (trechos superior e inferior)
(Figura 18). A excentricidade inicial na seção central (ou intermediária) do pilar e iC , à meia
⎧0,6 ⋅ e iA + 0,4 ⋅ e iB
e iC ≥ ⎨
⎩0,4 ⋅ e iA
Pilares 19
Segundo a NBR 6118:2003, na verificação do estado limite último das estruturas reticuladas,
devem ser consideradas as imperfeições do eixo dos elementos da estrutura descarregada. Essas
imperfeições podem ser divididas em dois grupos: imperfeições globais e imperfeições locais.
Na análise global das estruturas reticuladas, sejam elas contraventadas ou não, deve ser
considerado um desaprumo dos elementos verticais, conforme Figura 19.
1
θ1 =
100 H
1+ 1
θa = θ1 n
2
θ1min = 1/400 para estruturas de nós fixos ou 1/300 para estruturas de nós móveis e
imperfeições locais.
θ1max = 1/200
Esse desaprumo não precisa ser superposto ao carregamento de vento. Entre os dois,
vento e desaprumo, pode ser considerado apenas o mais desfavorável (que provoca o maior
momento total na base de construção).
Na análise local de elementos dessas estruturas reticuladas, devem também ser levados
em conta efeitos de imperfeições geométricas locais. Para a verificação de um lance de pilar
deve ser considerado o efeito do desaprumo ou da falta de retilinidade do eixo do pilar (figura
20). Admite-se que, nos casos usuais, a consideração da falta de retilinidade seja suficiente.
A norma admite que, nos casos usuais, a consideração da falta de retilinidade é suficiente.
Conforme colocado por Puel e Banki (2004), a NBR 6118:2003 não utiliza a denominação
"excentricidade acidental", mas, como o meio técnico está habituado a essa abordagem, pode-se
facilmente definir ea como conseqüência das imperfeições geométricas locais calculadas de
Segundo PUEL & BANKI (2004), ainda não há consenso total sobre a consideração do
momento mínimo de 1ª ordem em estruturas reticulares, cabendo ao projetista interpretar as
prescrições da NBR 6118:2003.
A esse momento mínimo devem ser acrescidos os momentos de 2a ordem.
5. ESBELTEZ LIMITE ( λ 1 )
25 + 12,5e 1 / h
O valor da esbeltez limite é dado pela expressão: λ1 = (6)
αb
A NBR 6118:2003 não deixa claro como se obtém o valor de e1, utilizado no cálculo
de λ1.
Com base no trabalho desenvolvido pelo engenheiro Leonardo Araújo dos Santos, o valor
de e1, utilizado no cálculo de λ1, deve ser tomado como sendo igual a eic.
Já segundo o eng. Murilo Scadelai, na dúvida, pode-se admitir o valor de e1, utilizado no
cálculo de λ1, como sendo igual ao menor valor da excentricidade de 1a ordem no trecho
considerado.
Neste trabalho, será adotada a recomendação do eng. Leonardo Araújo dos Santos.
a) Para pilares biapoiados ou em balanço com momentos menores (ou iguais) que o momento
mínimo, estabelecido pela expressão (5): αb = 1,0 (7)
b) Para pilares biapoiados sem cargas transversais, com pelo menos um dos momentos que
atuam nas extremidades do pilar sendo maior que o momento mínimo:
MB
α b = 0,60 + 0,40 ≥ 0,40 , onde: (8)
MA
Pilares 23
MB MB
MA MA
MB MB
= positivo = negativo
MA MA
c) Para pilares biapoiados com cargas transversais significativas ao longo da altura: αb = 1,0 (8)
MC
d) Para pilares em balanço: αb = 0,80 + 0,20 ≥ 0,85 (9)
MA
Nos pilares considerados isoladamente (consideração válida para estruturas de nós fixos),
a excentricidade de 2a ordem varia ao longo da reta que liga os seus extremos, nestes se
anulando. A Figura 22 mostra a variação desta excentricidade para os pilares com curvatura
única e reversa.
Pilares 24
e1a e1a
Nd Nd
e2
e2
Nd Nd
e1b e1b
Figura 22 - Pilar com efeito de 2a ordem
e ib e ib
em curvatura única ( > 0) e reversa ( < 0)
e ia e ia
A NBR 6118:2003, em seu item 15.8.3.3 afirma que “a determinação dos efeitos locais
de 2ª ordem pode ser feita por métodos aproximados, como o do pilar padrão e do pilar padrão
melhorado”. Para tal, explicita dois processos:
Conforme colocado por BANKI (2004), ambos são válidos dentro dos mesmos limites,
mas o método da rigidez aproximada pressupõe seção retangular constante, o que o torna válido
em uma faixa mais restrita que o método da curvatura aproximada.
Por outro lado, no item 15.8.3.3.5 da NBR 6118:2003, (que trata da flexão composta
oblíqua), a norma afirma que “quando a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à
flexão composta oblíqua for menor que 90 nas duas direções principais, permite-se aplicar o
processo aproximado descrito em 15.8.3.3.3 simultaneamente em cada uma das duas direções”.
Assim, na situação geral de flexão composta oblíqua, à qual estão submetidos, em maior ou
Pilares 25
menor grau, todos os pilares de uma edificação, o processo a utilizar deve ser o da rigidez
aproximada.
Pode ser empregado no dimensionamento de pilares com λ ≤ 90, com seção constante e
armadura simétrica e constante ao longo do seu eixo. Este método aplica-se somente ao caso de
flexão composta normal.
O momento total máximo no pilar, ou seja, a soma dos momentos de 1° ordem com os
momentos de 2° ordem, deve ser calculado pela expressão:
l2 1
Md ,tot = αbM1d , A + Nd e ≥ M1d , A (11)
10 r
com
1 0,005 0,005 Nd
= ≤ ; ν= ; M1d, A ≥ M1d ,min
r h(ν + 0,5) h A c f cd
onde
αb é o mesmo coeficiente definido no item 5;
M1d , A é o valor de cálculo do momento de 1° ordem MA, definido no item 5;
αbMd1, A ⎧ Md1, A ⎫
Md ,tot = ≥⎨ ⎬ (12)
λ2 ⎩M1d ,min ⎭
1−
120κ ν
sendo:
• Md1,A o valor de cálculo do momento MA
⎛ M d ,tot ⎞
κ = 32⎜⎜ 1 + 5 ⎟ν (13)
⎝ h.Nd ⎟⎠
Para evitar o processo iterativo, o eng. Leonardo de Araújo dos Santos apresenta a
formulação mostrada a seguir.
( ) (
a . M d,tot 2 + b . M d ,tot )+ c = 0 , onde:
Pilares 27
( 2
)
⎛N . l 2
• b = h . N d − ⎜⎜ d e
320
⎞
⎟ − (5 . h . M )
⎟ c
⎝ ⎠
onde Mc = momento a ser amplificado pelo
• c = − Nd . h2 . Mc
Resolvendo a equação do segundo grau, tem-se, como raiz positiva, o seguinte valor:
⎛ ⎞
−b + b2 − 4 . a . c ⎜ ⎧M A ⎟
M d,tot = ⎜ ≥ ⎨ ⎟
2.a ⎜ ⎩M 1d ,min ⎟
⎜ ⎟
⎝ ⎠
Neste item, serão mostradas as situações que devem ser consideradas no dimensionamento da
seção transversal do pilar.
Conforme já visto no item 2.4, a menor dimensão da seção transversal do pilar não deve
ser inferior a 19 cm. Esta recomendação visa evitar um comportamento inaceitável para os
elementos estruturais e propiciar condições adequadas de execução.
Em casos especiais, permite-se que a menor dimensão do pilar esteja compreendida entre
19 cm e 12 cm. Neste casos, deve-se multiplicar os esforços finais de cálculo empregados no
dimensionamento dos pilares por um coeficiente adicional γn, de acordo com a tabela 1, já
mostrada no item 2.4.
c nom = c min + ∆c
Tabela 2 -. Valores de cnom em pilares de concreto armado para ∆c = 10 mm. (NBR 6118:2003)
Classe de agressividade I II III IV
cnom ( mm) 25 30 40 50
O diâmetro das barras longitudinais não deve ser inferior a 10 mm e nem superior a 1/8
da menor dimensão da transversal (item 18.4.2.1 da NBR 6118:2003):
hx
10 mm ≤ φ l ≤
8
Para garantir boa concretagem, é necessário que o concreto tenha um mínimo de espaço
para passar entre as armaduras longitudinais. Por esse motivo impõem-se limitações ao
espaçamento livre entre as barras da armadura longitudinal (a), o qual deve ser igual ou superior
ao maior dos seguintes valores:
Pilares 34
⎧ 20 mm
⎪
a ≥ ⎨ φl
⎪ 1,2 ⋅ d (diâmetro máximo do agregado)
⎩ max
Esses valores se aplicam também às regiões de emenda por traspasse (figura 26).
Ø
l
a a
a
lb
l
S em em en d as C o m em en das
por trasp asse p o r trasp asse
⎧2 h
sl ≤ ⎨ x
⎩40 cm
Para LEONHARDT & MÖNNIG (1978) esse espaçamento máximo não deve ser maior
do que 30 cm. Entretanto, para pilares com dimensões até 40 cm, basta que existam as barras
longitudinais nos cantos.
Pilares 35
Os estribos devem ser fechados, geralmente em torno das barras de canto, ancorados com
ganchos que se transpassam, colocados em posições alternadas.
De acordo com a NBR 6118:2003, o diâmetro dos estribos em pilares não deve ser
inferior a 5 mm nem a 1/4 do diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que
constitui a armadura longitudinal, ou seja:
⎧5 mm
φt ≥ ⎨
⎩φ l 4 ou φ n 4
Permite-se adotar o diâmetro dos estribos φ t < φl 4 , desde que as armaduras sejam
⎛ φ2t ⎞ 1
s max = 90.000 ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ , com fyk em MPa
⎝ φl ⎠ f yk
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, deve ser
igual ou inferior ao menor dos seguintes valores:
Pilares 36
⎧ 20 cm
⎪menor dimensão da seção
⎪
st ≤ ⎨
⎪ 12φl para CA − 50
⎪⎩ 25φl para CA − 25
Em pilares com momentos nas extremidades (portanto, nos pilares em geral), e nos pré-
moldados, LEONHARDT & MÖNNIG (1978) recomendam que se disponham, nas suas
extremidades, 2 a 3 estribos com espaçamento igual a st/2 e st/4 (Figura 27).
Sempre que houver possibilidade de flambagem das barras da armadura, situadas junto à
superfície, devem ser tomadas precauções para evitá-la. A NBR 6118:2003 (item 18.2.4)
considera que os estribos poligonais garantem contra flambagem as barras longitudinais situadas
em seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20φt do canto, se
nesse trecho de comprimento 20φt não houver mais de duas barras, não contando a do canto
(Figura 28).
Pilares 37
t t t t t t
Quando houver mais de duas barras no trecho de comprimento 20φt ou barras fora dele,
deve haver estribos suplementares, conforme figura 29.
Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, terminada em ganchos, ele
deve atravessar a seção do pilar e os seus ganchos devem envolver a barra longitudinal.
Figura 29 - Estribos suplementares para proteção contra flambagem das barras longitudinais
Se houver mais de uma barra longitudinal a ser protegida junto à extremidade do estribo
suplementar, seu gancho deve envolver um estribo principal em um ponto junto a uma das
barras, o que deve ser indicado no projeto de modo bem destacado (Figura 30). Essa amarra
garantirá contra a flambagem essa barra encostada e mais duas no máximo para cada lado, não
distantes dela mais de 20φt. No caso da utilização dessas amarras, para que o cobrimento seja
respeitado, é necessário prever uma distância maior entre a superfície do estribo e a face do pilar.
Pilares 38
φt φt φt φt
Na Figura 31 são mostrados alguns exemplos de arranjos de estribos que podem ser feitos
para satisfazer as exigências da Norma.
A emenda por traspasse é largamente empregada por seu menor custo, além da facilidade
de execução. Entretanto, o projeto de revisão da NBR 6118:2003 recomenda que a emenda por
traspasse seja evitada para diâmetros de barras maiores que 32 mm, e também para elementos
estruturais com seção transversal totalmente tracionada, como os tirantes.
O comprimento de traspasse nas barras longitudinais comprimidas é determinado pela
seguinte expressão:
l oc = l b,nec ≥ l oc,min
onde
l b,nec é o comprimento de ancoragem necessário;
A A
traspasse
oc
Seção A-A