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Mídia /
Mídia alternativa
A escolha de uma estratégia global
de comunicação para a empresa
Títulos
Gerenciamento de mídia:
ajudando o anunciante a ampliar seus conhecimentos em mídia
Herbert Zeltner
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mais, a empresa comunica instantaneamente, em tempo real, cada vez mais ela espera
resultados no longo prazo.
Mídias/mídias alternativas: este neologismo traduz um comportamento
sintético e coerente que todos podem assumir em sua empresa ou organização. As
questões apresentadas — “mídia ou mídia alternativa”, “publicidade ou publicidade
alternativa” — vêm de longe: um levantamento histórico precederá a constata-
ção das práticas de hoje e de seus pesos respectivos, desconhecidos por ser difícil
considerá-los de maneira exaustiva. Justamente: será que devemos ser exaustivos?
Isso não diluiria a realidade em problemáticas por demais antagônicas, de acordo
com o porte e o tipo de empresa? Feita a constatação, conheceremos os cenários
futuros, pois a questão mídia/mídia alternativa é alimentada pela evolução do
consumidor, de sua relação com as marcas, a distribuição, a publicidade ou as
mídias. A crise de confiança que afetou o consumo na década de 1990 modificou
profundamente a atitude, a psicologia e os reflexos do consumidor. Pois hoje, para
tirar o consumidor de sua toca e fazê-lo agir, é preciso criar novos cenários que o
seduzam e surpreendam.
A questão mídias/mídias alternativas também se alimenta da fantástica
evolução técnica, notadamente informática e digital, que proporcionou o desen-
volvimento dos bancos de dados, e que hoje permite os avanços do marketing
direto, da multimídia e da multitelevisão, chegando ao “on-line”. Finalmente, após
analisarmos os cenários, analisaremos o método, abordando, de maneira pragmá-
tica, um plano de comunicação para mídias/mídias alternativas que coloque
as perguntas certas no momento certo. Sem artifícios ou linguajar estereotipado,
sem rigidez; tão-somente com alguns princípios simples que permitam construir,
validar e medir os resultados de um plano com diversos vetores e técnicas... um
plano de mídia/mídia alternativa.
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A dificuldade de saber o que diz respeito à mídia e o que diz respeito à mídia alternativa foi exemplificada — se
ainda fosse preciso — pelas hesitações do governo francês quando, no outono de 1997, buscava modalidades
de ajuda para a imprensa diária (mídia) taxando em 1% as mídias alternativas. Elas incluem, certamente, os
folhetos distribuídos nas caixas de correspondência e os mailings enviados pelo correio, mas, será que incluem
a imprensa gratuita?
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E o outdoor? Será que é uma mídia de verdade? Alguns acham que ele talvez
seja, hoje, a única mídia publicitária de massa, considerando-se a queda dos índi-
ces de audiência de TV, previsível com a ascensão da TV a cabo, do computador,
até mesmo de sistemas de acesso à TV que ainda não dominamos. Para outros,
ao contrário, trata-se apenas de um veículo da publicidade, não se constituindo
numa mídia.
Em primeiro lugar, o cartaz padece, aos olhos dos puristas, do fato de ser
a soma de veículos individuais, cada um com suas características, antes de ser
uma mídia única; e, sobretudo, é “culpado” de ser uma mídia de exposição mais
que uma mídia de consumo. O cidadão escolhe ser o espectador privilegiado de
um programa de TV ou de uma transmissão, enquanto, com o cartaz, ele se
encontra exposto a uma mensagem simplesmente publicitária, não desejada por
ele — de uma maneira ou de outra —, e diante da qual ele é passivo. Sutilezas,
responderão os defensores do cartaz 4⫻3 folhas: o telespectador não escolhe nem
os programas nem as mensagens publicitárias, e sua passividade diante da telinha
não difere em nada de sua exposição ao cartaz. Há um aspecto particular que, por
vezes, perturba a classificação natural do cartaz no rol das grandes mídias: trata-se
da multiplicação das formas do cartaz e a forte dependência que algumas delas
têm do veículo ou do lugar de exposição. Por conta disso, certos tipos de cartaz
pertencem naturalmente à mídia voltada para o grande público (o 4⫻3, o que se
utiliza do mobiliário urbano, o bus-door...), enquanto outros fazem parte do grupo
a favor de propaganda no ponto-de-venda (vitrines, bancas de revista...). O local
determina o caráter público ou privado do cartaz.
Além das três mídias clássicas (mídia impressa, rádio e TV), que corres-
pondem a uma evolução da tecnologia da informação (escrita´som´imagem), os
dois veículos de informação que são o outdoor e o cinema fazem parte, de fato,
do universo das grandes mídias publicitárias. Qualquer campanha que utilize esses
canais seria, então, uma campanha publicitária, e, desse modo, uma campanha
de mídia? Deve-se observar, antes de mais nada, que o fato de utilizar o canal das
mídias é condição necessária, mas não suficiente, para definir a publicidade como
mediática.
A definição mídia/mídia alternativa apóia-se, primeiramente, na utilização
dessas cinco mídias. Inversamente, contudo, qualquer ação que utilize diretamente
uma dessas cinco mídias definidas não pertence, obrigatoriamente, ao espaço das
campanhas de mídia. Este, na verdade, identifica-se naturalmente ao universo único
da publicidade através da mídia, ou seja, à utilização de mídia paga por meio da
compra de espaços predeterminados e vendidos como tais, para a veiculação de
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Un Pavé dans le marketing, Henri de Bodinat, JC Lattès.
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Impresso sem endereço, folheto distribuído em todas as caixas de correspondência.
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