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FACULDADE IDEAL
CURSO DE DIREITO
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Belém
2010
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I.c INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------- 3
II.c VANTAGENS --------------------------------------------------------------------------- 4
III.c DESVANATGENS --------------------------------------------------------------------- 8
IV.c CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------- 10
V.c BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------- 11
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A expansão da economia mundial, como parte do processo de globalização, encontrou
nas fronteiras das nações vizinhas, um elemento que dificulta o comércio internacional e seu
desenvolvimento.
Para eliminar as dificuldades e impedimentos à expansão do capital, em favor dessa
economia mundial, globalizada, optou-se por unificar as tarifas de alfândegas, os tributos
internos, bem como as práticas de competição empresarial.
Nesse contexto, a arbitragem (além de outros métodos alternativos ao Poder
Judiciário, como a mediação) toma ênfase pela viabilidade de compor os diversos interesses
multinacionais, nos foros de diversas nações, para a busca de soluções de conflitos entre
pessoas de países distintos através de um meio não-estatal.
Ora, com a globalização da economia, as relações entre pessoas de diferentes países
não se restringem mais a meros contratos de compra e venda, tornando-se, no dia a dia de um
mundo globalizado, mais complexos e diversificados, provocando em conseqüência, a
ampliação dos conflitos entre essas pessoas, e em especial, entre as empresas das quais fazem
parte, que não querem nem podem esperar, dado o fator econômico, por longas e demoradas
demandas judiciais, sujeitas a várias e distintas visões legais, em especial pelo fator
financeiro.
Observa-se, portanto, que é cada vez mais necessária uma forma de solução segura de
conflitos como imposição ou exigência do processo de globalização da economia, sendo a
arbitragem comercial, o meio de maior uso na solução de controvérsias nas questões
comerciais internacionais.
No Brasil, há muito se esperava, na área do comércio internacional, por uma legislação
adequada, hábil, própria às dinâmicas relações entre empresas e pessoas de países diferentes,
em especial pelo crescimento acelerado da globalização e a Lei nº 9.307/96 introduziu
importantes mudanças na estrutura de solução de conflitos até então adotada.
Entretanto, o Brasil ainda se ressente com a falta de uma legislação própria para a
mediação, a exemplo do que já acontece com a arbitragem. Por essa razão, ao nos referirmos
ao longo desse trabalho, à Arbitragem, estamos, pela similaridade, nos referindo também à
mediação, mantidas as devidas proporções em razão das diferenças legais entre uma e outra
forma de solução alternativa de conflitos.
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Atualmente, tem-se como uma das grandes vantagens da sentença arbitral o fato desta
ser definitiva, não mais sendo alvo de homologação judicial. Além de definitiva, é também
condenatória, pois assumiu natureza de título executivo. Portanto, quanto ao mérito da
decisão, não mais há possibilidade de recurso junto ao Poder Judiciário, exceto quanto aos
seus aspectos formais, uma vez que, se não atendidos os requisitos previstos na lei de
arbitragem, ou no compromisso arbitral, a sentença arbitral será nula.
A livre escolha pelas partes, para a eleição do árbitro, é uma das grandes vantagens do
sistema arbitral. Assim como, também é reconhecida como vantagem, a possibilidade que as
partes têm de deferir ao árbitro o uso daquela alternativa de decidir o conflito através de
opções fora do direito positivado, desde, como já citamos, que não haja violação da ordem
pública e dos bons costumes, e sejam respeitados os princípios materialmente constitucionais
protegidos pelo arcabouço jurídico pátrio em suas várias instâncias.
São, portanto, grandes vantagens do sistema arbitral o poder das partes para efetivar o
controle dos procedimentos, podendo inclusive adaptá-los às suas conveniências em comum,
antes mesmo do surgimento de qualquer conflito de interesses. As partes livremente podem
escolher qual árbitro, quantos árbitros, o tipo de árbitros, que idioma será usado durante o
processo, e os objetos que serão submetidos ao sistema. Assim, também, realça a vantagem do
sistema quando é analisada a segurança jurídica do sistema, quanto à privacidade dos
procedimentos e a neutralidade das decisões tomadas por árbitros que são profissionais
ligados ao assunto em litígio, e, em especial, a liberdade de distribuição das despesas.
Como cada vez mais, as disputas internacionais frequentemente lançam mão do uso do
processo arbitral, a familiaridade é cada vez maior, levando as empresas multinacionais a
ficarem mais interessadas em adotar o método arbitral como uma alternativa para solução de
seus conflitos.
Os prazos, também, fazem do sistema arbitral uma opção bastante utilizada nas
relações internacionais, uma vez que o procedimento sumarizado, eliminando atos
desnecessários, tem como consequência a redução dos prazos.
Outra vantagem é o fato de não haver previsão de recurso da decisão arbitral que
encerre o conflito, ou seja, o procedimento se conclui com a decisão arbitral e, as partes, não
ficam sujeitas a outros períodos de tempo aguardando novas decisões por conta de eventuais
recursos.
Diante do até então exposto fica flagrante as diversas vantagens do procedimento
arbitral em relação aos tribunais judiciais, especialmente quanto a autonomia de vontade das
partes, da celeridade processual, da especialização do árbitro nas questões sob sua apreciação,
dos menores custos processuais e da privacidade e sigilo das questões relativas ao conflito.
Aliás, essa característica da confidencialidade nos procedimentos arbitrais, se reveste
de maior importância quando o conflito se dá em questões comerciais internacionais. Como
destaca Rechsteiner (2001, p.27):
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Como diz Furtado Bulos (1997, p.12) o motivo principal para a adoção do sistema
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Por outro lado, essa liberdade de escolha dos árbitros, permite que as partes elejam
pessoas com maior domínio e conhecimento sobre as questões em litígio, o que permite que
questões de maior complexidade, seja no aspecto econômico, jurídico e/ou técnico, sejam
tratadas com o necessário entendimento, por estarem sendo conduzidos por '0 no
assunto, guiando a decisão arbitral a um maior senso de estabelecimento da justiça.
Nesse sentido, sem dúvida, como já analisado, o caráter de título executivo judicial
da sentença arbitral não submisso à homologação pelo Poder Judiciário, sem permissão pêra
recursos, cumprindo um prazo preestabelecido eliminando a demora quase sempre acima do
razoável das decisões judiciais, são condições que sustentam a celeridade do procedimento
arbitral. Ainda que a execução da sentença arbitral se dê pelas vias judiciais, isto acontecerá
apenas se uma das partes não cumpra voluntariamente sua obrigação, o que, dada a forma pela
qual é montada a estrutura arbitral, ocorre em pequena escala.
Ao rever tais vantagens, reconhecemos como uma das principais a especialização dos
árbitros, o que favorece soluções mais justas e adequadas, uma vez que possue maior
conhecimento para uma decisão rápida e segura.
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um deles atue em defesa dos interesses daquele que o tenha indicado. A imparcialidade da
arbitragem, nessa esteira de idéias, passa a ser de alguma forma, questionável.
Há um caráter cultural nacional que dificulta a implementação e ampliação do uso da
arbitragem no Brasil. E normalmente esse aspecto cultural se dá sobre os aspectos:
a.c A falta de tradição do instituto no Brasil.
b.c As fracas garantias que tal método de solução de controvérsias efetivamente possa
proporcionar aos envolvidos em controvérsias.
c.c Não-aceitação, por parcela da doutrina e da jurisprudência, da arbitragem como meio
para realizar a diluição de controvérsias.
Ao examinarmos as circunstâncias dificultadoras, sejam culturais, sejam jurídicas, é
percebida uma posição desconfiada por parte, tanto dos operadores de direito quanto dos
empresários, o que dificulta a utilização do processo arbitral para solução das controvérsias
privadas do meio empresarial. Diversos argumentos realçam a insegurança pela arbitragem e,
entre vários questionamentos, está em evidência a parcialidade dos árbitros nomeados pelas
partes.
O Brasil é um país que possui a cultura do litígio, onde um bom advogado é aquele
que, através de vários recursos e artifícios levam os processos até o tribunal e por lá estes
ficam anos sem julgamento. Com isso, a falta da utilização da prática arbitral inibiu a
construção de jurisprudência própria, deixando o instituto disperso no mundo jurídico,
adormecido nos livros e com uma minoria de adeptos.
São, portanto, desvantagens a se analisar, a ausência de uma autoridade forte que seja
capaz de por fim de imediato aos combates processuais, o temor quanto a neutralidade dos
árbitros, a carência de procedimentos rígidos com a necessidade de intervenção estatal em
situações mais extensivas.
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FURTADO, Paulo; BULOS, Uadi Lammêgo.
. São Paulo:
Saraiva, 1997.
INÁCIO, Sandra Regina da Luz,
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, http://www.textolivre.com.br/artigos/11729-
as-vantagens-da-pratica-arbitral-para-solucoes-das-controversias-das-micro-e-pequenas-
empresas - Acessado em 13.09.2010
RECHSTEINER, Beat Walter.
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. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2001.