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CURSO DE EDIFICAÇÕES
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
Ponto de Consumo – É todo o terminal de canalização de água em que há ou poderá haver consumo
de água: como bacia sanitária, lavatório, chuveiro de box, bidê, tanque, pia, banheira, máquina de
lavar, piscina, aquecedor, torneira de jardim, etc...
Pressão – São forças que a água exerce no fundo e nas paredes dos tubos. Quanto maior a altura,
maior a pressão. 1 kgf/cm2 = 10 mca.
Ramal de Entrada – Canalização compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação para a
instalação predial ou válvula de flutuador do reservatório (torneira bóia).
RV - Ramal de Ventilação: Tubulação que tira o gás de um ramal de esgoto e desta forma deve ser
conectado a este e conduzido a um tubo de ventilação.
TQG - Tubo de Queda de Gordura: Tubo vertical que conduz a gordura produzida nas pias da
cozinha de um prédio até uma caixa de gordura coletiva.
TQS - Tubo de Queda Sanitário: Tubo vertical que conduz o esgoto sanitário, em um prédio, até
uma caixa de inspeção.
TQP – Tubo de Queda Pluvial: Tubo vertical que conduz as águas de chuvas provenientes de coleta,
através de ralos ou calhas, até uma caixa de inspeção.
Usuário – Toda pessoa física ou jurídica responsável pela utilização do serviço público de
abastecimento de água e de remoção de esgoto sanitário.
Vazamento – É o desperdício de água verificado na instalação predial.
Vazão – Quantidade de água que passa em determinada seção na unidade de tempo. Quanto maior a
vazão, maior será o volume de água na tubulação.
O homem vive cercado pelo ar, pela água e pelos alimentos. Ao respirar o ar, ingerir os
alimentos, beber a água e utilizá-la, para inúmeros fins, o homem cria um novo elemento conhecido
como resíduo e constituído pelo esgoto (resíduo líquido) e pelo lixo (resíduo sólido).
A água límpida que é distribuída a uma cidade, ao atravessá-la, passa a agregar agentes
químicos (gorduras, detergentes, produtos químicos de origem doméstica e industrial), agentes
físicos (substâncias que alteram a cor, a temperatura das águas, sólidos finos que aumentam a
turbidez) e agentes biológicos (fungos, vírus, bactérias patogênicas, protozoários, etc...).
Essa água assim desagregada, contendo restos de cozinha, fezes, resíduos sólidos e resíduos
provenientes de atividades industriais é que constituem os esgotos sanitários.
As águas provenientes das chuvas formam os esgotos pluviais.
A água que consumimos é responsável pela nossa higiene, limpeza e saúde. A utilização da
água encanada também pode ser utilizada para:
- Irrigação dos campos;
- Barragens (geração de energia);
- Combate à incêndios;
- Matéria prima para indústrias.
A qualidade de vida de uma cidade depende diretamente da água canalizada, ou seja, da água
tratada e distribuída para todos. Em Porto Alegre, o tratamento e distribuição são feitos pelo DMAE
(Departamento Municipal de Água e Esgoto). Na grande Porto Alegre e interior do estado é feita
pela CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento).
- Coagulação;
- Decantação;
- Filtração;
- Desinfecção.
Coagulação – Nesta fase é adicionado à água bruta, no tanque, um produto químico chamado
sulfato de alumínio. O sulfato provoca uma atração entre as impurezas em suspensão na água,
formando pequenos flocos. O sistema permanece em movimento para englobar todas as impurezas.
Decantação – À medida que esses flocos vão ficando mais pesados, tendem a se depositar no fundo,
tornando então a água mais clara e com melhor aspecto.
Filtração – A seguir a água passa por um filtro que retém os flocos que não decantaram, bem como
parte das bactérias e demais impurezas em suspensão na água.
Desinfecção - Finalmente é feita a desinfecção com cloro, que elimina as bactérias que não ficaram
retidas nos filtros. É feita a adição de cal hidratada, para equilibrar o ph da água, pois o cloro é
ácido. Além disso, é feita a adição de sal de flúor à água, para fazer a prevenção da cárie dentária.
A figura 2.1 faz referência ao sistema básico de tratamento da água potável na ETA (Estação de
Tratamento de Água).
A partir das ligações prediais a água é distribuída para o consumo das economias.
A distribuição é feita a partir da rede pública de água, a 90°, através de uma conexão
denominada ferrule. Este trecho denomina-se Ramal de Entrada, e vai até o cavalete com
hidrômetro, ambos de propriedade do DMAE. A partir do hidrômetro a rede passa a denominar-se
Ramal de Alimentação, que é de propriedade e responsabilidade do usuário.
Na Figura 3.1 podemos ver o esquema dos ramais de entrada e de alimentação.
3.1.1. DIRETO – Os pontos de consumo são alimentados pela pressão da rede pública (sem
reservatório), conforme mostra a Figura 3.2.
3.1.3. MISTO – Alguns pontos de consumo são alimentados diretamente pela rede pública e outros
a partir do reservatório superior, conforme mostra a Figura 3.6.
1 Kgf/cm2 = 10 mca
4.1. INTRODUÇÃO
As redes de esgoto sanitário foram sendo aprimoradas pela humanidade, com o intuito de afastar
das proximidades do meio onde vive, o tão indesejável efluente que geram durante suas atividades
diárias.
As redes de esgoto sanitário são compostas de:
Ramal de descarga ou ramal secundário: é a tubulação que recebe diretamente os efluentes dos
aparelhos sanitários (lavatórios, ralos de chuveiro, bidês, pias, tanques...) levando-os até a caixa
sifonada ou caixa de gordura.
Ramal de esgoto ou ramal primário: É a tubulação que recebe os efluentes do vaso sanitário, pias
de despejo ou caixas sifonadas, unindo-se ao subcoletor. Os ramais provenientes dos mictórios
devem ser ligados diretamente ao ramal primário, devendo ser ventilados.
Subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.
Devem ter diâmetros e declividades mínimas constantes, conforme mostra a Tabela 4.1.
Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de
esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema particular.
A rede de esgoto sanitário deverá chegar ao passeio, com no máximo, um metro de profundidade,
sendo que o DMAE só executará a ligação Ana rede, se esta condição for obedecida.
Tubo de queda: É a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e
ramais de descarga.
Ralos: São caixas dotadas de grelha na parte superior, destinadas a receber as águas de chuveiros,
lavagem de pisos e terraços.
Caixas sifonadas: É a peça da instalação de esgotos que recebe as águas servidas de lavatórios,
banheiras, box, tanques e pias, ao mesmo tempo em que impede o retorno dos gases contidos nos
esgotos para os ambientes internos dos compartimentos.
Caixas de inspeção: São caixas destinadas a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das
tubulações. Devem ser de alvenaria, com dimensões internas mínimas de 60x60cm, com
profundidade máxima de 1,00m.
Para os Banheiros
Após segue-se o dimensionamento, que é feito através das Tabelas que seguem.
Ver exemplos de projetos de esgoto predial de banheiros nas Figuras 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.5 e 4.6.
Se forem em residências, localizar a CG fora da cozinha. Posicionar de modo que o esgoto da pia
entre sem muitos percursos. Ligar o esgoto da máquina de lavar louças. Encaminhar o ramal de
esgoto para uma caixa de inspeção. O ramal de ventilação deverá ser posicionado logo após a CG e
deverá ser interligado ao tubo de ventilação.
Para prédios, os ramais de descarga das pias e máquina de lavar louças se unem e são conduzidos ao
TQG. A caixa de gordura individual passa a não existir e uma caixa de gordura coletiva é construída
junto ao pé de coluna do TQG, no térreo. O ramal de ventilação é ligado ao ramal de descarga e
interligado ao tubo de ventilação.
Ver exemplos de projetos de esgoto predial de cozinhas nas Figuras 4.7, 4.8, 4.9, 4.10 e 4.11.
Para Lavanderias:
DEFINIÇÃO IMPORTANTE:
a) Atribuir os valores das Unidades Hunter e diâmetros dos ramais de descarga, para cada aparelho,
conforme a Tabela 4.2.
b) Dimensionar os ramais de esgoto, que são tubulações que saem dos sifões. Pode-se seguir o
dimensionamento prático, indicado na Tabela 4.3;
d) É preciso verificar se a distancia entre o sifão e o ramal de ventilação está nos limites
estabelecidos na Tabela 4.5:
Existem no mercado inúmeros materiais para execução d instalações de água fria e quente. Para
água fria, o material mais utilizado é o PVC, que devido à facilidade de manuseio e instalação e por
ser um material leve, tem ainda um custo relativamente acessível frente aos concorrentes como
cobre e ferro galvanizado. Estes últimos são mais utilizados para execução de instalações de água
quente.
O material mais usado nas instalações de água fria é PVC (Cloreto de Polivinila).
O PVC é uma resina plástica obtida de um processo petroquímico, que recebe pigmentos que
identificam as linhas de tubulações existentes no mercado (branco, preto, marrom, bege, etc...).
Existem vários tipos de tubos de PVC, indicados para diversas pressões de serviço. Os tubos são
divididos em grupos, que levam o nome de Classe.
Existem três classes de tubos de PVC. Para saber a pressão de serviço de cada classe, divide-se
o número da classe por 2:
Existem dois tipos de tubulações de PVC distintas: a soldável e a roscável. A linha soldável é a
mais usada, pois são tubulações leves soldadas a frio, com baixo custo. São vendidas barras de 6m
com ponta e bolsa. A linha soldável é vendida comercialmente pelo diâmetro externo.
A Tabela 5.1 faz a conversão de milímetros e polegadas, relacionando-se assim os diversos tipos
de materiais.
Para instalações de água quente temos o cobre, que é o material mais tradicional, de longa vida,
porém de custo elevado, de difícil execução, necessitando ainda, de materiais para fazer o
O CPVC é um material plástico, que possui as mesmas características do PVC quanto a custos,
manuseio e facilidade de instalação. Como é pouco condutor não necessita de isolamento térmico.
O CPVC é o PVC acrescido de mais cloro, que aumenta a resistência dos tubos para possibilitar a
condução de líquidos sob pressão e altas temperaturas. Os tubos de CPVC são dimensionados para
trabalharem com as seguintes pressões de serviço:
Estão entrando no mercado outros materiais como PEX, PP e outros, que podem ser usados
tanto para água fria como quente. São materiais leves, não necessitam isolamento, tem relativa
facilidade de execução, com custo que supera o CPVC, aproximando-se ao custo do cobre.
A Tabela 5.2 apresenta um comparativo entre os tipos de materiais mais comuns, existentes no
mercado.
5.3. REGISTROS
Registro de Pressão: Também conhecido como “Válvula de Globo” , utilizado nas canalizações que
abastecem os chuveiros, em mictórios e onde é necessário uma perfeita vedação. Apresenta grande
perda de carga devido ao seu sistema de vedação interno, que obriga a água a desviar no seu
interior, causando perda de pressão na rede. Sua vedação é absolutamente estanque, pois apresenta
um anel de borracha de vedação que evita o contato entre os metais em seu interior. É de custo mais
elevado, e não deve ser usado nas colunas de água fria por ocasionar elevadas perdas de carga.
Registro Gaveta: Apresenta perda de carga desprezível, pois seu miolo fecha como se fosse uma
“gaveta”, recolhendo-se completamente, liberando a passagem da água. Tem baixo custo e deve ser
usado nas colunas e barriletes.
Registro de esfera: Apresenta o mesmo princípio do registro de pressão. Por não possuir
acabamento é muito utilizado na indústria, quando há a necessidade de uma vedação perfeita.
6.1. GENERALIDADES
Atualmente não se pode conceber um prédio sem água quente. Prédios residenciais, hotéis,
hospitais, indústrias, laboratórios, etc.. exigem água quente, seja por necessidade ou por conforto.
A temperatura da água deve a ser fornecida depende do uso a que se destina. Por norma a
temperatura para banhos é de 40°C.
A Norma Técnica que rege as Instalações de Água Quente é a NBR 7198.
Volume de acumulação
Temperatura da água
Tempo de aquecimento
Consumo de combustível
Custo de aquisição
Custo da instalação
Custo de manutenção
Vida útil
Custo do combustível/energia
Os encanamentos podem ser feitos com cobre recozido e conexões em bronze ou latão. Existem
no mercado novas linhas de produtos importados e nacionais que suportam pressão aliada à
temperatura.
Os tubos e conexões de PVC não devem ser empregados para água quente, pois possuem
elevado coeficiente de dilatação linear e amolecem a temperatura de 100°C. A 60°C sua pressão de
serviço é de apenas 2Kg/cm2. O tubo de ferro maleável galvanizado, embora seja empregado,
apresenta pouca resistência à corrosão.
Os encanamentos devem ser isolados com material de baixa condutibilidade térmica, a fim de
não dissipar o calor antes de a água atingir os sub-ramais.
Existem vários tipos no mercado, desde a tradicional lã de vidro até componentes do tipo
espuma e mangueiras isolantes. Quando a tubulação for instalada em locais úmidos, pode-se
Deve-se levar em conta a dilatação dos encanamentos sob o efeito do calor nas instalações de
água quente, permitindo que a dilatação se dê livremente e sem obstáculos a fim de evitar que
ocorram tensões internas no tubo e empuxos consideráveis.
Para atender ao efeito da dilatação nas tubulações pode-se usar um dos recursos seguintes:
As instalações de água quente devem poder dilatar sem romper o isolamento térmico. Deve-se
evitar embutir as linhas alimentadoras principais na alvenaria. Sempre que possível, devem ser
instaladas em nichos ou shaft de tubulações.
Aquecedor de Passagem;
Aquecedor por Acumulação.
Características:
Vantagem - Precisa de poucos metros de canalização para abastecer. É um sistema econômico, pois
só é acionado no momento em que for usado.
Existem no mercado alguns tipos de aquecedores elétricos que aquecem individualmente alguns
pontos como chuveiros, lavatórios, banheiras e pias de cozinha. Os modelos mais conhecidos são da
CARDAL.
Características:
Vantagem – Pode ser instalado dentro do banheiro ou em qualquer compartimento, pois não
apresenta queima de gases.
Vantagens - Aquece várias peças da casa. Pode ser usado em pontos simultaneamente. Quando
utilizado o sistema de retorno, permite que a água saia quente, no momento em que for acionada a
torneira.
Desvantagens - É necessário que fique ligado o dia todo, aquecendo a água no tambor, mesmo
quando não está em uso.
A capacidade do reservatório é calculada em função da população do prédio.
Descrição do Aparelho
Tambor interno – Reservatório que armazena um determinado volume de água que será aquecido
pelo calor liberado pela combustão do gás que alimenta o queimador colocado na parte inferior do
Acabamento: Tambor externo em chapa de aço, laminada a frio, desengraxada e protegida com
primeira demão de tinta anticorrosiva. Acabamento final em esmalte sintético branco e cinza
grafite, polimerizado em estufa;
Piloto Termopar – O queimador é aceso pela chama do piloto quando a temperatura da água fica
abaixo da programada no controle automático;
O termopar tem a função de fechar a passagem total do gás caso o piloto se apague, pelo
bloqueio do orifício da passagem de gás pôr resfriamento. Este sistema proporciona total segurança
ao aquecedor, eliminando o risco de vazamento de gás;
Respiro - Nos casos de instalação de baixa pressão utiliza-se o Respiro em substituição à válvula de
segurança. É instalado na saída de água quente em seu ponto mais elevado a fim de eliminar a
formação de bolhas de ar na tubulação de água quente e como dispositivo de segurança para aliviar
a pressão interna do aquecedor. Deve-se ultrapassar a tubulação de respiro em 80cm acima do nível
máximo do reservatório.
Pressão dinâmica mínima - Não deve ser inferior a 5 kPa (0,5 m.c.a);
Pressão estática máxima: Nas peças de utilização e nos aquecedores não deve ser superior a
400 kPa (40 m.c.a). Deve-se prever dispositivos redutores de pressão caso ultrapasse este valor.
Prever dispositivos de escoamento como ralos, canaletas, ou outro dispositivo que permita o
escoamento da água proveniente de eventual vazamento. O ralo deve estar a uma distancia mínima
de 1,50m do aquecedor.
- Armazená-lo em lugar seco e protegido de substâncias agressivas, tais como: cal, ácidos,
tintas, cimento, etc...
- Utilizar carrinho, ou quando na falta do mesmo, movimentá-lo pelo menos com duas
pessoas;
- Recomenda-se instalá-lo sobre uma base de no mínimo 5cm, para evitar contato com a água
na lavagem de pisos;
- Evitar batidas ao transportar o aquecedor ou instalá-lo em ambientes de pequeno espaço, o
que dificulta o manuseio aumentando o risco de amassar a capa externa;
- Os aquecedores devem ser alimentados pelo reservatório superior de água fria ou pôr
dispositivo hidropneumático, nunca diretamente da rede pública;
- Antes de usar o aparelho pela primeira vez, verifique se as ligações hidráulicas e de gás
estão de acordo com as especificações;
- Nunca acender o queimador sem antes verificar se o aquecedor está cheio d’água.
- Certificar-se da colocação da válvula de segurança (no caso de instalações de alta pressão)
ou respiro (no caso de instalações de baixa pressão), condições fundamentais para a
segurança do aparelho;
- A tubulação de alimentação de água fria e a de distribuição de água quente do aquecedor,
devem ser de material resistente à temperatura máxima admissível da água quente. Não
utilizar tubulações em PVC. Não instalar o aquecedor na mesma coluna que alimenta as
válvulas de descarga. Ao optar pôr CPVC, recomenda-se a colocação da válvula da
segurança de temperatura (termo-válvula) na instalação hidráulica, conforme orientações
técnicas do fabricante do CPVC;
- É proibido o uso de válvula de retenção conforme item 5.1.3 NBR 7198/93 no ramal de
alimentação de água fria do aquecedor na ausência do respiro (baixa pressão);
- Para evitar o acúmulo de sedimentos no aquecedor e manter sua eficiência, escoar a água
uma vez pôr mês em cerca de 20 litros pelo dreno de limpeza;
- Para obtenção de pressão mínima nos pontos de consumo, o fundo do reservatório, deverá
estar a pelo menos 1 metro acima da tubulação de água quente que corre pela laje/forro;
- Para instalação em residências térreas (baixa pressão), recomenda-se que o diâmetro da
tubulação de água fria que alimenta o aquecedor seja superior ao diâmetro de entrada do
aquecedor;
- Ao conectar a torneira do dreno ao aquecedor, não esquecer de fazer a vedação com teflon.
NOTA: Antes de encher o aquecedor, abra primeiro todas as torneiras de água quente, inclusive a do
chuveiro, em seguida, abra o registro de entrada de água fria do aquecedor. A medida que começar
a sair água pelas torneiras, fechá-las lentamente. Esta operação visa tirar o ar das tubulações.
Características:
- Pode ser instalado no interior de sanitários, ou em qualquer local, até mesmo sob o telhado;
- Atende vários pontos de consumo;
- Apresenta alto consumo de energia elétrica;
- Também trabalha precisando de boa pressão na rede de água para garantir seu
funcionamento.
- É ideal para ser instalado em locais públicos onde é vedada a utilização de aparelhos a gás.
São muito utilizados nas lanchonetes de shopping, órgãos públicos, feiras e eventos em
geral.
- As vantagens e desvantagens seguem as mesmas características do aquecedor elétrico de
passagem.
Os catálogos dão as dimensões necessárias para as peças, em função do tamanho das máquinas.
O local de instalação deve ser exclusivo, garantindo espaço suficiente para a manutenção preventiva
e corretiva. A porta de acesso, bem como o caminho a percorrer, devem ter espaço com folga para a
passagem do equipamento. Já no interior, a sala deve ter no mínimo 80cm livres em toda a volta do
equipamento, lembrando que muitas vezes espaços maiores são indispensáveis, como por exemplo,
para remoção de um queimador de gás.
Outras considerações são quanto a uma boa iluminação, circuito especial e exclusivo com maior
amperagem, caixas de comando protegidas, instaladas pelo lado externo da peça. É necessário
ainda, extintor de incêndio adequado.
As geradoras possuem capa externa tratada para resistir a corrosão. Internamente o depósito de
água é em aço inoxidável, isolado termicamente. O aparelho recebe o calor através de queimadores,
podendo ser alimentadas a gás, lenha, diesel, ou combinações.
Para um bom funcionamento das instalações, a alimentação da geradora deverá ser com coluna
específica para esta finalidade (AGAQ). A coluna de distribuição (ABAQ), bem como as CAQs
deverão suportar a temperatura de 100°C, logo é aconselhável a utilização de tubos de cobre,
isolados termicamente;
A água sobe por termossifão até 3 ou 4 pavimentos. A partir disso é aconselhável prever uma
bomba de recirculação. Esta bomba é apenas para vencer a inércia. Não se calcula como bomba de
recalque é uma bomba com baixa potência.
Vantagens:
Desvantagens:
- Sistema relativamente caro, pois necessita de aporte inicial de dinheiro para sua
instalação;
- Necessita manutenção e controle permanente;
- É necessário instalar registros de medição nos apartamentos para diferenciar e cobrar
consumos.
- Necessita muita área de coletores solares para grandes volumes de água quente;
- Ecologicamente correto;
- Necessita apoio elétrico na ausência de sol;
Projeto e Dimensionamento:
Para dimensionar é necessário calcular o volume de consumo diário de água quente. No caso de
aquecedores solares, o volume dos reservatórios térmicos (boiler) deve ser igual ao consumo diário.
É preciso calcular também, a área necessária para os coletores em função do volume de água a ser
aquecida. O projeto deve analisar o local da instalação (cidade), características do equipamento e
condições de instalação na obra.
A Tabela 6.5 aplica-se ao calculo do consumo médio de água quente para sistemas de pequeno
porte, em edificações residenciais, com bom nível de conforto, sem desperdícios.
A quantidade de coletores necessários para o aquecimento de 100 litros de água nas condições
ideais é de 1 a 1,6m2, variando conforme o fabricante das placas.
Após calcular o volume de água necessário e a área das placas, basta entrar nos catálogos de
As Tabelas 6.3 e 6.4 fazem referências a capacidade e dimensões dos reservatórios térmicos e
placas solares da Soletrol.
7.1. INTRODUÇÃO
O uso da água potável nos prédios constitui condição indispensável para o atendimento das mais
elementares condições de habitabilidade, higiene e conforto.
Há quem procure reduzir o custo da construção de um prédio sacrificando as instalações, seja
com o inadequado emprego de certos materiais, seja com o sub dimensionamento dos
encanamentos, peças e equipamentos. O desconforto, os prejuízos e as questões que decorrem do
descaso para com o projeto, as especificações e a execução das instalações, infelizmente, são
realidades que ninguém ignora, que muitos experimentam pessoalmente. [MACINTYRE, 1986].
Sub-ramal: é o trecho compreendido entre o ponto de espera (ex: torneira) e uma derivação (Tê).
Ramal: é o trecho que abastece os sub-ramais. O ramal termina onde inicia a coluna de distribuição.
CAF, CAQ: São as colunas de distribuição de água quente e fria. CAF (Coluna de Água Fria), CAQ
(Coluna de Água Quente).
Barrilete: São as redes que distribuem água para as colunas.
Recirculador: É a tubulação que retira a água fria do reservatório ou água quente do aquecedor.
Os componentes de uma instalação de água quente e fria podem ser vistos na Figura 7.1.
Por convenção:
- As redes de água quente são indicadas através de linhas tracejadas;
- As redes de água fria são representadas através de linhas cheias;
- A espera de água quente fica à esquerda de quem olha;
- A espera de água fria fica à direita de quem olha;
- Sempre que possível, deve-se levar as canalizações de água quente pela parede, porque as
perdas de calor são menores do que no piso.
A Figura 7.2 mostra o detalhe das ligações de água quente e fria do chuveiro.
A Tabela 7.1 mostra as alturas das esperas, que deverão ser apresentadas no projeto de
instalações de água quente e fria.
IMPORTANTE:
As Figuras 7.3 a 7.8 mostram alguns exemplos de isométricas de Banheiros, Cozinhas e áreas de
Serviço.
Para utilização das tabelas a seguir, faz-se necessário o entendimento do conceito de peso:
Peso: É um número estatístico, para o qual foi desenvolvida a equação de provável vazão de
utilização de vários pontos de consumo simultâneos.
Q = C √ΣP
Onde:
Q = vazão estimada na seção considerada, em litros por segundo;
ΣP = soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização, alimentadas pela tubulação
considerada.
C = Coeficiente de descarga = 0,30
O dimensionamento deve ser feito para as canalizações de água fria, na seguinte seqüência:
TABELA 7.2 – Pesos relativos nos pontos de utilização e vazões identificados em função do aparelho sanitário e da peça
de utilização
Vazão de Projeto Peso
Aparelho Sanitário Peça de Utilização
(litros/segundo) Relativo
Caixa Descarga 0,15 0,3
Bacia Sanitária
Válvula Descarga 1,70 32
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0
Bebedouro Registro de Pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou Ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro Elétrico Registro de Pressão 0,10 0,1
Lavadora de Pratos ou Roupas Registro de Pressão 0,30 1,0
Torneira ou Misturador
Lavatório 0,15 0,3
(água fria)
Com sifão
Válvula de Descarga 0,50 2,8
integrado
Caixa de Descarga,
Mictório cerâmico
Sem sifão Registro de Pressão ou
0,15 0,3
integrado Válvula de Descarga para
Mictório
Caixa de Descarga ou 0,15
Mictório tipo calha 0,3
Registro de Pressão por metro de calha
Torneira ou Misturador
0,25 0,7
Pia (água fria)
Torneira Elétrica 0,10 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim ou lavagem em
Torneira 0,20 0,4
geral
Para o realizar o calculo com as perdas de carga localizadas, seguir a Tabelas 7.6, para conexões
de PVC, cobre e plástico.
Tabela 7.6 - Perda de Carga em Conexões – Comprimento Equivalente para Tubo Liso (Tubo de Plástico, Cobre ou Liga
de Cobre)
Tipo de Conexão
Diâmetro
Tê Tê
Nominal Cotovelo Cotovelo
Curva 90° Curva 45° Passagem Passagem
(DN) 90° 45°
Direta Lateral
15 (1/2”) 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3
20 (3/4”) 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4
25 (1”) 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1
32 (1 ¼”) 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6
40 (1 ½”) 3,2 1,0 1,2 0,6 2,2 7,3
50 (2”) 3,4 1,3 1,3 0,7 2,3 7,6
65 (2 ½”) 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8
80 (3”) 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0
100 (4”) 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3
125 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10,0
150 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1
Para realizar o calculo com as perdas de carga localizadas, seguir a Tabela 7.7 para conexões de
ferro e aço.
Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização deve ser
estabelecida de modo a garantir as vazões de projeto indicadas na Tabela 7.2 e o bom
funcionamento das peças de utilização e dos aparelhos sanitários.
Em qualquer caso a pressão não deve ser inferior a 10kPa (1mca), com exceção do ponto da
caixa de descarga, onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa
(0,5mca), e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser
inferior a 15 kPa (1,5 mca).
Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas
(com escoamento) não deve ser inferior a 5 kPa (0,5 mca).
Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da
rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa (40 mca).
A velocidade máxima da água nas canalizações não deve exceder 4 m/s, pois caso isto aconteça,
provoca um ruído desagradável.
As pressões máximas e mínimas, assim como as velocidades, são calculadas quando se faz o
dimensionamento através de Perdas de Carga.