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Economia A
Unidade 1 – A actividade Económica e a Ciência Económica
Deste modo a Economia, como uma ciência Social, tem por objecto de estudo os
fenómenos sociais e, em especial, os fenomenos economicos.
A economia, como ciencia social, tem como objecto real a análise da realidade social.
A economia interessa-se pelo estudo da aplicação eficiente de recursos (escassos)
para satisfazer necessidades virtualmente ilimitadas.
Assim a economia tem por objecto, não so a análise das condições necessárias para a
universalização do bem-estar material, mas também a pesquisa das causas da
expansão e das crises, bem como dos problemas decorrentes da escassez de recursos
face ao caracter ilimitado das necessidades.
O facto de ser necessário escolher entre diferentes alternativas significa que para
satisfazer uma necessidade se tem de sacrificar uma outra necessidade, ou seja, a
escolha implica sempre um custo. – custo de opurtonidade – corresponde ao beneficio
da melhor alternativa sacrificada à decisão que se toma.
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Actividades Económicas
Multiplicidade – Pois, os individuos desejam cada vez mais coisas, para além
daquelas que são indispensáveis à sua sobrevivência;
Saciabilidade – ou seja, a intensidade de uma necessidade diminui à medida que é
satisfeita;
Interdependência – isto é, as necessidades ou são substituiveis umas pelas outras, ou
são complementares, como é o caso do automóvel e da gasolina.
Estas variam de país para país, consoante grupos sociais e modos de vida.
Igualmente variam no tempo. O que actualmente é primário, outrora era supérfluo.
Individuais – São aquelas cuja satisfação é pessoal. No entanto, a sua não satisfação
não impede que os outros membros da colectividade satisfaçam essa mesma
necessidade – (fome)
Colectivas – São aquelas que resultam da vida em sociedade e dizem respeito a todos
os seus membros. Estas necessidades são satisfeitas por bens necessários a toda a
colectividade ( segurança, justiça )
Tipos de Consumo
Consumo Privado – Consumo efectuado pelas familias, que utilizam o seu rendimento
que obtêm na actividade produtiva, na compra de bens e serviços que precisam para
satisfazer as suas necessidades (alimentação, vestuário, habitação, divertimentos,etc.)
Consumo Público – Consumo efectuado pelo Estado, cujos valores são inferiores ao
privado e caracterizam-se necessários à sua actividade
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Consumo Intermédio – quando os bens e serviços são utilizados para produzir outros
bens e serviços, desaparecendo no processo produtivo, ocorrendo:
- quer pela incorporaçao desses bens nos produtos acabados ( farinha no fabrico de
pão)
- quer pela destruição desses bens no processo de produção ( electricidade no fabrico
de pão)
Factores económicos
- rendimento
- preços
- inovação tecnologica
Rendimento
Lei de Engel – O coeficiente orçamental das despesas alimentares, isto é, o peso das
despesas de alimentação nas despesas totais de consumo, decresce quando o
rendimento se eleva.
Preços
Um bem pode ser substituivel por outro para satisfazer a mesma necessidade
(manteiga – margarina)
Por outro lado, alguns bens so satisfazem a necessidade a que se destinam desde que
utilizados em conjunto com outros bens, por exemplo, a gasolina e o automovel.
Inovação Tecnológica
Factores extra-económicos
- estrutura etaria dos agregados familiares
- modos de vida
- moda
- publicidade
Os individuos que habitam sós, têm habitos de consumo que reflectem uma vida
voltada para o exterior, isto é, comem varias vezes em restaurantes e destinam boa
parte do seu rendimento em despesas de cultura e lazer.
O orçamento dos jovens casais pode ser para carro, casa, filho.
Nas familias onde a idade é mais avançada, as despesas são geralmente para a
saúde.
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Modos de vida
Moda
Publicidade
A publicidade consiste em por em pratica diversos processos que têm por objectivo
fazer com que os consumidores conheçam e desejem determinado produto.
Quer isto dizer que a melhoria do nivel de vida da população portuguesa a partir da
década de 80 se reflectiu nas estruturas de consumo, apesar dos padroes de consumo
ainda estarem um pouco longe dos da media europeia.
Todo o consumo sem criterio e por vezes ate perigoso ( produtos desnecessários ou
nocivos) é designado de consumismo – conjunto de comportamentos e de atitudes a
nivel do consumidor, da empresa, da estrategia empresarial ou da logica de
funcionamento de actividades economicas susceptiveis de conduzir a formas de
consumo indiscriminado e inseguro.
A degradação do ambiente
Deveres do Consumidor
Acção (Agir) – Dever de nos defendermos a nós proprios, assegurando que fazemos
um negócio justo quando compramos. Ao permanecermos passivos, continuamos a ser
explorados.
Para a obtenção dos bens económicos é necessário que o homem desenvolva uma
actividade: a actividade produtiva ou produção
A produção pode ser definida como sendo a actividade do Homem que tem por fim a
obtenção de bens e serviços que se destinam à satisfação das suas necessidades.
3.3.2) Trabalho
Podemos definir trabalho como toda a actividade humana que leva à produção de bens
e serviços e pela qual se aufere uma remuneração, quer se trate de trabalho a tempo
inteiro ou a tempo parcial.
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População inactiva –
- crianças
- reformados e pensionistas
- individuos que trabalham mas não recebem – donas de casa, voluntariado
Assiste-se a uma mao de obra imigrante e diminuição da pop activa com menos de 25
e mais de 60 anos.
Desemprego
Situação que se produz quando uma pessoa quer trabalhar e não pode, por falta de
postos de trabalho.
Evolução tecnológica
Informatização e automação
Formação profissional
Terciarização
As actividades terciarias são todas aquelas das quais não resulta a produção de um
bem material. Na prática constituem um conjunto muito variado – serviços.
3.3.3) Capital
O capital abrange o conjunto de bens que são utilizados na actividade produtiva, isto é,
aqueles que se destinam à obtenção de outros bens e serviços.
3.4.1) Produtividade
Assim, quanto maior for o volume de produção relativamente ao cap fixo utilizado,
maior será a produtividade do capital.
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Para calcular a produtivdade dos consumos intermedios recorre-se a formula anterior,
substituindo o capital pelos factores intermedios.
Prod total - Relação entre o valor da produção total e o valor dos factores de
produção que contribuiram para essa produção
Nesta combinação, pode-se fazer variar ambos os factores, podemos escolher entre
tecnicas de capital intensivo (high tech) ou tecnicas de trabalho intensivo.
Custos de produção
Variam com os custos dos factores produtivos. Os custos unitarios ou custos por
unidade de produçao variam em funçao:
- das quantidades produzidas
- do processo de produçao
- da dimensão da empresa
Custos unitarios:
Custo mg = /\ CT / /\ Y
Estamos perante uma economia de escala quando utilizamos duas vezes o factor
trabalho, quer o factor capital e se a quantidade produzida aumentar duas vezes, ou
seja, perante uma redução de custos médios
De uma maneira geral verifica-se que nas empresas de pequena dimensao se registam
custos unitarios mais elevados – deseconomias de escala – devido as dificuldades
sentidas.
Unidade 4 – Comércio
4.1) Comércio
Circuitos de distribuição
Tipos de comercio
Métodos de distribuição
Existem diversas modalidades de venda
Venda directa: Exige um contacto pessoal com os consumidores nas suas próprias
casas ou locais de trabalho (porta a porta) – vantagens: comodidade da compra, custos
reduzidos, margens de lucro elevadas (Tupperware)
Venda automatica: Efectua-se através de máquinas automáticas, que comercializam a
preços baixos, produtos do tipo: bebidas, snacks, tabaco. São colocados em locais
públicos.
Venda á distância: Uso de diversos meios de comunicação para apresentar produtos
ou serviços aos possoiveis clientes, em que estes comunicam da mesma forma a sua
decisão de compra (fax, correspondencia)
Venda electronica: Uso do computador, linhas telefonicas e outros meios de
comunicação, para transmitir informação sobre produtos ou serviços que sao
encomendados, atraves de mail pelo cliente. Pago com cartao de credito.
4.2) Moeda
Pode-se entao definir a moeda como um bem, expresso numa unidade (unidade de
conta) que permite medir e comparar o valor de todos os bens e serviços e que tem
aceitação geral na comunidade.
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Troca Directa – Consistia numa permuta de um bem por outro bem. Estabelecia-se um
acordo comum, entre os dois bens a trocar.
Limites:
- Necessária a existencia simultanea de 2 pessoas, cada uma delas desejando adquirir
o bem possuido pela outra
- Impossibilidade de determinar o valor de uma mercadoria em relação a todas as
outras
- Necessidade de atribuir o mesmo valor aos bens a trocar ou de arranjar outros bens
para compensar a diferença de valores, quando fossem indivisiveis
Troca Indirecta – Troca em que uma unidade de valor de uma dada mercadoria era
aceite e reconhecida por toda a comunidade – moeda-mercadoria (conchas, chá, sal)
Limites: variava com a influencia dos climas e epidemias
Moeda Cunhada – As peças metalicas passaram a ser gravadas com uma marca,
pelas autoridades religiosas que garantiam o seu valor.
Moeda de Trocos – Moeda actual, que tem um valor real muito inferior ao facial.
Quase-moeda – São meios de pagamento que nao possuem tanta liquidez como a
moeda mas podem ser facilmente transformados em moeda (depositos, cheques)
Hoje em dia assistimos a uma desmaterializaçao da moeda, visto que o seu valor
fisico/material é muito inferior ao nominal.
Esta desmaterializaçao tem por base a confiança que os cidadaos tem no estado que
determina e garante a sua emissao. Esta desmaterializaçao acentuou-se com o uso de
cartoes electronicos, multibancos e pc´s ligados ao banco
4.3) O euro
A chegada do euro mudou o quotidiano dos cidadaos dos doze estados que aderiram a
moeda unica.
A taxa de conversao das moedas nacionais em euros dependeu das taxas de cambio
medias, observadas entre as moedas da UE, no periodo precedente a adopçao da
moeda unica.
Depende de:
- Custos de produção: São consequencia dos preços dos factores produtivos e da
tecnologia utilizada nos mesmos e nos custos de distribuiçao
4.5) Inflação
Fenomeno que se caracteriza pelo aumento generalizado dos preços dos bens e
serviços de uma forma continua e desigual, numa dada economia. A sua intensidade é
variavel:
- Inflação rastejante – em que a subida dos preços é quase imperceptivel
- Inflação galopante – em que a subida dos preços é acentuada
Os IPC traduzem as variaçoes dos preços dos bens, permitindo medir o fenomeno da
inflaçao.
Calculo da tx de inflaçao
Originalmente o mercado era apenas um local publico num dado tempo, onde as
mercadorias eram expostas para troca.
Actualmente, continua a designar-se por um local onde se encontram compradores e
vendedores para comercializarem produtos – feiras – mas nao abrange a totalidade
dos mercados.
Lei da procura
Bens independentes – Açucar, a sua subida ou descida nao tem qualquer implicaçao
noutros bens.
Lei da oferta
-A Tecnologia
Os custos de produçao diminuem com a inovaçao tecnologica. Assim, com custos mais
baixos, os produtores aumentam a oferta. Curva anda para a direita
No entanto, o estado pode fixar um preço maximo que nao pode ser ultrapassado.
Estas empresas sao raras e nunca estao livres de serem atacados por concorrentes
(CTT, EDP)
Oligopolio
Funções e aquisiçoes
Operaçoes que conduzem a que o controlo de capital de uma empresa mude de mao.
Procura-se obter ganhos de eficiencia atraves do aproveitamento de economias de
escala, da racionalizaçao de processos, da criaçao de canais de distribuiçao
alternativos, etc. Procurando constranger a concorrencia.
Rendimentos primarios
Rendimentos do Trabalho:
- Salario nominal: Quantidade de moeda que o trabalhador recebe pelo trabalho
prestado num determinado periodo de tempo. (bruto)
- Salario Real: Quantidade de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com a
quantidade de meda que recebe (nominal), constituindo o seu poder de compra que
varia com a inflaçao.
Rendimentos de Propriedade:
- Juro – Remuneração que os detentores de capital recebem pelo emprestimo dos
seus capitais. Varia consoante o volume do capital, da taxa de juro e duração do
emprestimo. Juro = Capital (c) x Tempo (t) x Taxa de juro (r)
Leque salarial:
Traduz a amplitude de variação dos salarios e expressa-se por:
Salario minimo / Salario maximo
Se a relação foi 1/5 significa que o salario maximo é 5 vezes superior ao minimo.
Curva de Lorenz
Permite observar a parte do rendimento que pertence a uma determinada fracção de
população e avaliar o nivel de concentraçao dos rendimentos
Tem grande utilizaçao, mas trata-se apenas de uma media, por isso, nao podemos
observar atraves dele as desigualdades num país.
Modos de intervenção:
- Repartição da carga fiscal (isenção de impostos)
- Transferencias sociais (abonos, subsidios)
No entanto, as familias têm de pagar impostos sobre o rendimento (imp. directos), que
deste modo, reduz o seu rendimento
7.2.1) Investimento
O investimento é um fluxo que aumenta o stock de capital dando origem à formaçao de
capital.
A formaçao de capital pode realizar-se investindo em:
- capital fixo
- materias primas e subsidiarias
- bens materiais (I & D)
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Tipos de investimento
Substituir equipamento usado / aumentar a capacidade produtiva / integrar o processo
tecnologico
Os agentes económicos (estado, empresas) certas vezes, não conseguem poupar para
fazer face ao total dos seus investimentos, porque as suas capacidades de poupança
são menores do que as suas necessidades de financiamento.
Credito Bancario
O credito consiste na utilizaçao de recursos financeiros em troca de uma promessa de
pagamento em data posterior (Emprestimos, credito dos fornecedores, vendas a
prestação)
Traduz-se num acto de confiança que se concretiza num emprestimo com a
contrapartida de uma promessa de reembolso que implica a negociação de 1
pagamento e 1 prazo.
Instituiçoes financeiras
Têm um papel de intermediarios entre os agentes que necessitam de financiamento e
os que têm excedentes a esse nivel, assumindo assim um papel fundamental no
financiamento da actividade economica.
Sociedades Financeiras
Inst. Financeiras Universais
Instituiçoes de credito
Especializadas
Sociedades Financeiras: Sao instituiçoes financeiras nao monetarias, isto é, nao têm
capacidade para receber depositos, por isso nao criam moeda. Podem captar
poupanças de outras formas para conceder creditos
Bancos – sao instituições de credito universais que têm como objectivo o exercicio da
actividade bancarias para fins lucrativos.
clientes (devedores). O factor cobra das entidades que lhes transmitem tais creditos
(aderentes) uma comissao ou juros nos casos de pagamento antecipado.
Sociedades Financeiras
Sociedades de capital de risco – Têm por objecto apoiar e promover o investimento e a
inovação tecnologica em empresas em dificuldades mas com viabilidade economica,
atraves da participaçao temporaria no seu capital social. Os proveitos destas empresas
resulta da diferença no que ganham entre a sua compra e a venda. Prestam tambem
assistencia na gestao financeira, tecnica, administraçao – realizando estudos de
viabilidade e investimento da empresa, visando a reorganizaçao
Para aqueles agentes economicos que nao se conseguem auto-financiar. Existe uma
relaçao directa eentre o agente que vai pedir o emprestimo e a entidade que o vai
financiar, atraves do mercado financeiro. Neste mercado transaccionam-se (valores
mobiliarios). Entao para os agentes obterem recursos para expandir a sua actividade,
emitem e colocam os valores mobiliarios junto aos detentores de poupança.
- mercado primario – aquele onde se faz a emissao de novos titulos mobiliarios que
ainda nao foram admitidos a cotaçao na Bolsa. Nele, as entidades privadas e publicas
emitem valores mobiliarios com o fim de captar poupanças para financiar a sua
actividade. Por sua vez, aqueles que desejam aplicar os seus recursos subscrevem, no
momento da sua emissao, os valores mobiliarios emitidos por essas entidades. É este
mercado que em parte contribui para o financiamento da economia.