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A Formação de Portugal e A Distribuição de Poderes
A Formação de Portugal e A Distribuição de Poderes
Distribuição de Poderes
Índice
Introdução
O Poder Régio
Glossário
Bibliografia
Introdução
O rei era o maior e mais poderoso dos senhores, reservando para si, em
exclusivo, certos direitos, como o de justiça maior, o comando militar e a
cunhagem da moeda.
Com efeito, no século XIII de norte e para sul, até ao vale do Tejo, apenas as
cidades do Porto, Coimbra, Braga e Guimarães apresentavam alguma
dimensão – para os valores medievais, evidentemente. Os maiores
aglomerados populacionais situavam-se no Sul, onde sobrevivera a forte
tradição urbana romana e muçulmana e onde se destacava, Lisboa a Évora,
entre outras cidades de menor dimensão, como Santarém, Elvas, Silves, Faro
e Tavira.
Como nos demais reinos europeus, em Portugal a nobreza era uma categoria
social privilegiada, distinguindo-se pelo exercício de funções politicas e
militares, que faziam dela um auxiliar imprescindível da Realeza. Os reis
governavam através dos nobres, que aparecem muitas vezes na
documentação qualificados como fideles, os fiéis, e faziam a guerra com o
apoio das suas armas e dos seus homens. O uso das armas e do cavalo, a
posse de terras e a sua familiaridade com o poder davam-lhes uma enorme
superioridade sobre o conjunto da população.
O Poder Régio
À cabeça do Reino encontrava-se o Rei. O rei chefiava o exército,
administrava a justiça, garantia a ordem e a paz internas e dirigia as relações
externas. Pertencia-lhe ainda, em exclusivo, o direito de cunhar a moeda ou
de desvalorizar a moeda. Por outro lado, os tribunais reais reservavam para
sim, também em exclusivo, a aplicação da justiça maior (pena de morte os
corte de membros), constituindo este facto uma limitação da jurisdição
senhorial e ao mesmo tempo uma afirmação clara da supremacia da justiça
real.
A reestruturação da administração
central e local – o Reforço dos poderes da
chancelaria e a institucionalização das
Cortes.
No desempenho das suas atribuições, o Rei era
auxiliado por um grupo de altos funcionários com
funções bem determinadas: o alferes-mor, a quem
competia a chefia do exército na ausência do
monarca; o mordomo da corte, responsável pela
administração da casa real; o chanceler, guarda do
selo real utilizado na autenticação dos documentos.
Até ao termo da Reconquista com D. Afonso III, o
mais importante destes cargos era o de alferes-mor,
facto que se explica pela situação de guerra que se viveu até então.
Terminada a Reconquista e numa altura em que a Realeza deu especial
atenção à produção legislativa, foi o chanceler a ocupar o primeiro lugar na
hierarquia dos altos funcionários do Estado. Organizou-se, a partir de então, a
chancelaria régia, à frente da qual se encontrava o chanceler, auxiliado por
escrivães, encarregados da redacção dos diplomas, e por notários, a quem
competia submeter os documentos para efeitos de validação.
A crescente complexidade das tarefas administrativas e financeiras obrigou a
Coroa a criar novos funcionários, homens especializados em determinadas
tarefas, como o porteiro-mor, que superintendia à cobrança dos impostos, e o
tesoureiro-mor, que tinha o encargo de guardar o dinheiro nos cofres reais.
A partir do século XIII, a Cúria deu origem a dois órgãos distintos: O conselho
régio, composto por prelados, ricos-homens e militares que frequentavam a
corte e as Cortes.
As Cortes eram assembleias que o rei convocava para ouvir o parecer dos
membros do clero e da nobreza – a partir de 1254 (Cortes de Leiria),
passaram a participar também os procuradores dos concelhos – em matérias
importantes para a governação, como o lançamento de impostos, a
modificação do valor da moeda e a promulgação de leis.
Este objectivo de reforço do poder real passou também por um controlo mais
rigoroso da administração local dos concelhos e dos senhorios. Para isso, a
Coroa recorreu ao aumento do número e dos poderes de intervenção dos
funcionários régios e as medidas legislativas de combate à expansão
senhorial o que, gerou reacções e conflitos vários.
Reis de Portugal
1ª Dinastia (Afonsina)
Nascimento
Imagem Nome Cognome Factos do reinado
/ Morte
Glossário
Reconquista – Processo de recuperação do domínio cristão na Península
Ibérica face à conquista e ocupação muçulmana, sarracena ou moura. Este
processo iniciou-se a partir das Astúrias, ainda na primeira metade do século
VIII, e levou à criação de vários reinos cristãos, entre eles o de Portugal.
Bibliografia
Avelino Ribeiro e Mário Cunha, (2005), Caminhos da História, Lisboa, Edições
Asa.
Ana Oliveira, e Paula Torrão, (2002), História, Lisboa, Texto Editora.
http://pt.wikipedia.org
http://junior.te.pt
www.cm-tvedras.pt