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Psicopedagogia

Docente: Professora Celeste Duque

Discentes:
- Luís Moreira
- Marta Simenta
- Noémia Sanches
- Paula Filipe

Faro, 29 de Maio de 2007


Psicopedagogia
Docente: Professora Celeste Duque

ÍNDICE

Introdução......................................................................................................2

Definição de Equipa.......................................................................................3

Equipa/Grupo………………………………………………………………………4

Disponibilidade para trabalhar em equipa......................................................5

Requisitos da Equipa……………………………………………………………...5

Objectivos do trabalho em equipa..................................................................6

Obstáculos ao Trabalho em Equipa…………………………………………….6

Competências Interpessoais na Equipa.........................................................7

O Técnico na equipa de Saúde......................................................................8

Conclusão………………………………………………………………………….9

Referências Bibliográficas………………………………………………………10
Introdução

Uma equipa é um grupo de trabalho em que todos têm funções próprias e se


orientam para obter certos objectivos comuns a todos os membros.
Cada pessoa da equipa ocupa uma certa posição em relação aos outros
membros.
Como se trata de um grupo de trabalho, formado por adultos responsáveis,
normalmente a posição profissional de cada um é aceite e respeitada pelos
outros.
Os próprios regulamentos da Instituição também pesam na posição que alguns
membros ocupam e nas funções que exercem.
O grupo está organizado de tal modo que as posições e as funções sejam
diferentes umas das outras e concorram todas para o mesmo objectivo.
Definição de Equipa

Equipa é um conjunto de pessoas competentes (a competência conduz a bons


resultados) e motivadas que definem claramente entre si, os seus papéis, que
são interdependentes (nomeadamente no que respeita à partilha de
informação) numa actividade comum, que trabalham de um modo coeso e
desenvolvem relações de confiança entre si. Esta confiança tem a ver não só
com o assumir de riscos a nível individual, como também o partilhar do risco de
toda a equipa.
Neste aspecto é fundamental que o líder deposite confiança nos outros
elementos, ao fazê-lo, está também ele a assumir riscos.
Os membros da equipa exercem uma disciplina pessoal e fazem sacrifícios
individuais em nome da equipa, o que conduz a um aumento do “espírito” de
equipa.
Equipa/Grupo

Equipa não é sinónimo de grupo, o quadro seguinte ilustra as principais


diferenças entre um e outro:

GRUPO EQUIPA
Liderança centralizada Liderança partilhada
(gestão hierárquica) (gestão de consenso)

Responsabilidade individual Responsabilidade individual e mútua

Resultados individuais Resultados colectivos


(cada um vale por si) (avaliação colectiva)

Metas comuns à organização Metas específicas da equipa

Estratégia de decisão por consulta ao grupo Estratégia de decisão por consenso

Avaliação indirecta da Avaliação directa da


Eficácia / Eficiência Eficácia / Eficiência
Delegação de funções e Facilitação
Responsabilidades (comunicação e afirmação)
Disponibilidade para Trabalhar em Equipa

O trabalho em equipa tem algumas características fundamentais para um


bom desempenho:
 Saber ouvir;
 Ceder território (autonomia e clareza de papéis);
Ceder informação;
 Confiar; significa criar confiança:  Competência
 Coerência
Constância
 Empatia
Integridade moral;
 Sentido de humor (desdramatizar situações mais difíceis);
Consciência dos pontos fortes e fracos;
Motivação para o sucesso.

Requisitos da Equipa

Para que uma equipa seja funcional é fundamental que se verifiquem os


seguintes aspectos:

 Objectivos comuns;
 Liderança eficaz;
 Interacção e envolvimento de todos os membros;
 Manutenção da auto - estima individual ( não haver favoritismo );
 Comunicação aberta;
 Poder dentro do grupo para tomar decisões;
 Confiança mútua;
 Respeito pelas diferenças;
 Resolução construtiva de conflitos.
Objectivos do Trabalho em Equipa

O objectivo mais global de uma equipa é exercer controlo relativamente à


mudança organizacional (do ponto de vista funcional, isto implica esforços
acrescidos, no sentido de melhorar a tomada de decisão e a capacidade para
solucionar problemas) de modo a obter-se como efeito secundário um aumento
da produtividade dos indivíduos.
Tais como:
 Assegurar o trabalho de todos os profissionais através da participação;
 Favorecer a humanização dos cuidados de saúde através da interacção
profissional;
 Centralizar as responsabilidades de cada um dos seus elementos;
 Fortalecer as relações entre os vários profissionais e o utente para
alcançar os objectivos propostos;
 Aumentar a capacidade profissional através de um trabalho coeso;
 Favorecer o relacionamento interprofíssional e interpessoal.

Obstáculos ao Trabalho em Equipa

O insucesso de uma equipa é muitas vezes resultante de uma liderança


ineficaz, no entanto algumas vezes deve-se também a uma subordinação
ineficaz (subordinado no sentido de colaborador, não de subalterno).
Quando existem colaboradores insubordinados ou negligentes há como que
uma “avaria” no sistema o que leva mais tarde ou mais cedo a uma rotura no
processo produtivo da equipa.
Alguns dos factores que influenciam essa “avaria” são:

 Individualismo: tendência para cada um trabalhar por si;


 Tradicionalismo;
 Autoritarismo;
 Falta de reconhecimento do seu trabalho;
 Desconfiança;
 Competição;
 Falta ou excesso de confiança;
 Ausência de solidariedade;
 Falta de motivação.

Competências interpessoais na Equipa

Cada elemento da equipa deve assumir determinados comportamentos que


levarão a um trabalho mais produtivo e gratificante, entre eles temos:
 Assumir riscos;
 Criticar construtivamente;
 Dar o beneficio da dúvida;
 Dar apoio aos outros;
 Reconhecer / gratificar o sucesso dos outros;
 Escuta activa: significa ouvir activamente, ou seja nunca desvalorizar
o que a outra pessoa nos diz. Tem a ver com o princípio da
confirmação e da empatia;
 Reconhecer e gratificar os esforços da equipa;
 Encorajar e apreciar os comentários relativamente ao desempenho
da equipa.

Numa equipa as pessoas não são vistas como indivíduos isolados mas como
membros cooperativos dum sistema social comum, com iguais
responsabilidades.
As relações interpessoais dentro da equipa podem ser de dois tipos:

 Positivas:

 Amizade e protecção;
 Profissionalismo respeitador;
 Respeito pelos papéis de cada um.

 Negativas:

 Ciúme;
 Manipulação;
 Competição;
 Vingança;
 Submissão.

O Técnico na Equipa de Saúde

Dentro da equipa de saúde cada profissional tem diferentes funções,


pertencendo ao técnico uma grande responsabilidade.
Cada grupo profissional assume as suas competências delimitando o seu papel
específico na equipa. Sem duvida que a participação cada vez mais
empenhada e oportuna do técnico de diagnóstico e terapêutica na equipa leva
em última análise a uma melhoria dos cuidados de saúde prestados.
Certo é, no entanto que a crescente intervenção deste grupo profissional tem
gerado algumas quezílias com outros profissionais, nomeadamente os médicos
que até à algum tempo se julgavam donos e “senhores” dos serviços onde
trabalham não vendo portanto com “bons olhos” a participação mais activa que
o técnico reivindica uma vez que possui competências e autonomia para tal.
Importa também referir que a atitude subalterna ainda hoje adoptada por
alguns técnicos quer seja por comodismo, insegurança ou mesmo por falta de
conhecimentos, em nada contribuem para a clara definição do nosso papel
dentro da equipa de saúde.
Conclusão

Não podemos esquecer que o aperfeiçoamento individual do Técnico em todas


as situações em que se encontre, principalmente quando está em relação com
outros colegas, superiores hierárquicos, pessoas de família, etc é fundamental
e peça angular para o seu sucesso. Metade do segredo deste sucesso está na
competência profissional, a outra metade esta nas relações com as outras
pessoas.
Referências Bibliográficas

 AVIS, KEITH ”Human relations at work : The dinamics of organizational behavior”


New York, McGraw-Hill 1972 p.317

 HUSE, Edgar F. &Bowditch, James L. “Behavior in organisations: a system


aproch to managing” Reading, Adisson-Wesley 1973 p.73

 HICKS, HERBERT G. & GULLET, C. RAY “The manegement of organisation”


New York, McGraw-Hill 1976 p.13 a 15

 CHIAVENATO,IDALBERTO “Recursos Humanos na Empresa. Pessoas,


Organizações

 JEAN MAISONNEUVE ”A dinâmica dos grupos “ Colecção “Vida e Cultura


Edição “Livros do Brasil “ LISBOA

 ALI AIT ABDELMALED, JEAN –LOUIS GERARD” Ciências Humanas e


Cuidados de Saúde” Manual para profissionais de Saúde Instituto
Piaget

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