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MENDONÇA, Sônia Regina de. O Mundo Carolíngio. Ed. Brasiliense, São Paulo:
1985. Coleção Tudo é História. ( pp.11-64)
O regime dominial era caracterizado como uma grande ou enorme propriedade rural
que variava de dezenas de hectares a 18600 hectares. O domínio era “um organismo em
constante movimento”, pois doações de terras tomadas ou partilhas e fragmentações
faziam-no aumentar ou diminuir rapidamente. Assim, o melhor aspecto pelo qual se
deve ver o Domínio é a estrutura do seu funcionamento, a exploração do mesmo e a
divisão deste entre camponeses e o senhor. Pela deficiência de instrumentos de
produção e técnicas mais aprimoradas de manuseio da terra, a exploração agrícola era
feita em grandes terrenos. Assim, a produtividade do trabalho era baixa e exigia mao de
obra maciça. O domínio se dividia em duas partes. Eram elas a reserva senhorial e as
tenências (ou mansos) camponesas. A reserva era a maior fração de terra, em que havia
as terras cultiváveis (1/3 e ¼ da superfície total), a corte e a terra inculta. As tenências
(2/5 a 2/3 da reserva senhorial) eram unidades de exploração camponesas, que à título
hereditário, satisfaziam as necessidades de um casal de cultivadores. O regime senhorial
necessitava da sua união com as tenências que a cercavam pois era preciso aumentar a
população demográfica que era escassa desde a queda do Império Romano aumentando
a mão de obra e para compensar os efeitos do esgotamento da escravidão com uma
grande quantidade de trabalhadores. Havia uma distinção jurídica entre o manso servil e
o livre. O manso livre deveria ser maior que o servil e eram incumbidos de obrigações
menores que o servil. Este, pelo contrário, detinham uma serie de trabalhos braçais e
permanentes juntos da reserva. Ainda assim, todos os mansos eram dependentes do
senhor e tinham obrigação de pagar o censo, como aluguel da terra usada.