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Inicialmente, vale ressaltar que para Marx e Engels "a história de todas

as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de
classes". À luz disso, convém analisar acerca da evolução histórica do Estado,
tendo em vista o vínculo entre classes dominantes e dominadas.

No Estado Antigo, a religiosidade tangia todos os aspectos da vida social


e política. O rei era visto como um deus e os camponeses viviam em um
regime de servidão coletiva. Estes eram responsáveis pelo sustento da
sociedade, por meio, principalmente, da agricultura. Porém, o Estado detinha
poder sobre as terras e se apoderava do excedente agrícola produzido. Com
isso, fica perceptível a introdução de uma relação exploratória dentro do corpo
social, a qual, futuramente, irá se ampliar e complexificar.

Durante o Estado Grego, com a formação da pólis, surge uma elite


política que tinha poder sobre todas as escolhas acerca do Estado. Os outros
indivíduos não podiam participar da vida política, além de terem sua vontade
pessoal extremamente restringida para que o grupo dominante tivesse controle
sobre esses. Já no Estado Romano, a origem familiar era uma questão
fundamental, uma vez que a classe de dominação política – os patrícios – eram
descendentes dos fundadores de Roma, por conta disso possuíam poder,
prestígio social e mantinham a concentração de terras em suas mãos. Salienta-
se uma grande conquista dos plebeus, a Lei das 12 Tábuas, a qual fez as leis
se tornarem escritas, deixando de serem um conhecimento único dos patrícios
e perdendo o risco de serem modificadas a favor de um grupo minoritário.

Com o fim do Estado Romano, principia-se a Idade Média e o período do


Feudalismo. Nesta época, o poder do Estado é quase inexpressivo,
destacando-se o poder local, que se revela por intermédio dos feudos,
propriedades pertencentes apenas à nobreza. Assim, os camponeses entram
em um regime servil, trabalhando na propriedade do senhor feudal, produzindo
para este, pagando impostos absurdos e sendo subordinados ao seu mando
em todos os aspectos de sua vida social e individual. Por conseguinte, é
notório a relação, não apenas de exploração, mas também de dominação entre
a nobreza feudal e os camponeses. Este sistema começa a decair com a
diminuição dos conflitos internos, o surgimento dos burgos, o renascimento do
comércio e a crescente urbanização e êxodo rural, o que provoca o início de
um novo modo de produção.

Minhas referências: Elementos de Teoria Geral do Estado – Dalmo Dallari;


Marx – Sociologia, Octavio Ianni; resumos de história do ano passado.

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