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Ao longo da história a agricultura era o setor dominante na produção não sendo diferente

em Roma onde a prosperidade e riqueza estavam principalmente relacionadas a terra como


meio de produção. Desta forma a sociedade se organizava socialmente e politicamente de
acordo com a quantidade de propriedades rurais que cada um possuía, sendo assim ,
aqueles que detinham o poder eram os patrícios, os grandes proprietários de terra,
enquanto aqueles que não possuem influência política eram chamados de plebeus;
pequenos proprietários de terra. Embora proporcionalmente pequenos em relação aos
outros grupos sociais os escravos estavam presentes na sociedade romana sendo eles em
sua maioria prisioneiros de guerra, no período republicano esse grupo cresceu
significativamente e isso deu início ao modo de produção escravista no qual os escravos
realizavam a mão de obra. Diante disto é notável que a sociedade romana era
extremamente desigual assim é de se esperar a ocorrência de lutas de classes
principalmente no quesito político.

Com a consolidação da República que era controlada principalmente pelo Senado e com
existência de outros cargos, nos quais só participavam os patrícios, Roma buscou expandir
territorialmente e nisso a cada guerra acumulavam-se riquezas de diversas formas como os
saqueamentos, cobrança de tributos nas províncias conquistadas, aumento de mão de obra
e em especial de terras.

As terras eram conquistadas pelos plebeus, pois eram esses que iam á guerra não ficavam
na mão deles e sim eram divididas da seguinte maneira: privadas e públicas, as privadas
estavam ficando cada vez mais concentradas na mão dos patrícios escapando do controle
do estado, dessa forma tal propriedade jamais entraria no quesito de redistribuição, porém
havia a Ager publicus que se tratava de domínio público do estado essas terras que
pertenciam coletivamente ao poder Romano podiam ser vendidas ou cedidas gratuitamente
aos cidadãos que recebiam individualmente ou através da fundação de colônias, essas
terras eram constituídas por terrenos não cultiváveis como florestas, pastagens ou
pântanos, e eram ocupadas sem a necessidade de um título de propriedade, tal prática era
chamada de ocupatio e aqueles que detinham as terras eram os possessores; essa forma
de posse era precária, pois seu direito de uso podia ser revogável pelo Estado a qualquer
momento.

Este modo de organização foi à maneira mais moderada na qual estado tinha como intervir
na solução dos problemas socioeconômicos e foi ameaçada a partir do momento em que os
patrícios desgostaram dessa situação por não terem a possibilidade de aumentarem suas
terras, começa então o de maneira mais explicita a luta de classe. A crise eclodiu quando o
estado pretendeu recuperar as terras dos possessores a fim de atender aos interesses
daqueles que controlavam o poder, em contrapartida neste momento ocorreu pela primeira
vez uma tentativa de algo semelhante à reforma agrária na qual era estabelecido um limite
de posse de terras privadas, porém na maioria dos casos tal lei foi simplesmente ignorada.

Durante anos após permaneceu esta enorme desigualdade de direitos e a cada passo para
prosperidade dos patrícios era motivo para frustração dos plebeus, pois estes continuavam
morrendo nas guerras e cada vez mais com dificuldade de acompanhar a alta produção e
preço baixo vindo dos grandes proprietários, assim como consequência tomaram algumas
medidas.

Em 494 a.c os plebeus decidiram fazer o que hoje chamamos de greve eles se retiraram da
cidade em direção ao monte sagrado para demonstrar aos patrícios o quão importante eram
para o funcionamento da sociedade, visto isto os patrícios fizeram algumas leis e reformas
na política. Como, cargo de tribuno da plebe (esta magistratura vem da necessidade da
plebe de ter alguma representação política, pois até então o poder político era
predominantemente governado pelos patrícios), originalmente em número de dois, depois
passando para dez. Embora de origem aristocrática, eram representantes dos plebeus
(poder de veto sobre as decisões do senado). Outras concessões foram realizadas pelos
patrícios, com o objetivo de atenuar as tensões sociais em 450 a. C. foi elaborada a Lei das
Doze Tábuas, a qual determinava pela primeira vez em Roma que as leis passariam a
serem escritas já a que concedia a igualdade jurídica aos plebeus, o casamento misto
(entre patrícios e plebeus) foi permitido a partir da Lei Canuléia, que concedia, portanto, a
igualdade civil para a plebe já em 367 a.C as Leis Licínias estabeleceram que um dos
cônsules seria plebeu, além de tornar possível o acesso da plebe às terras conquistadas
nas campanhas militares. Por fim a escravidão por dívida foi abolida pela Lei Poetélia
Papíria em 326 a. C e igualdade religiosa foi obtida através da Lei Ogúlnia em 300 a.. C.
assim os plebeus também poderiam frequentar a escola de sacerdotes e ser um Pontífice
Máximo. No entanto todas as mudanças só foram benéficas para uma pequena parte da
Plebe, os ricos.

Por um tempo, nenhum dos tribunos da plebe havia sugerido algum plano efetivo que
melhorasse as condições dos pequenos proprietários, até que, com os Irmãos Graco,
começaram a surgir propostas de uma reforma agrária e por isso o Senado em muitos
momentos manipulou a população ideologicamente para que não fosse efetuada tal
reforma. (que prejudicaria o Senado por ser composto por patrícios, pois perderiam suas
terras, ou seja, o meio de produção/riqueza da época).

Mesmo assim quando Tibério Graco foi eleito ao cargo de tribuno da plebe, conseguiu que
fosse aprovada uma lei que limitasse a dimensão de terras que cada proprietário poderia
ter, no caso quem possuísse mais de 125 hectares ou mais de 62.5 hectares por filho
deveria entregar a diferença de terras ao Estado, que tinha como dever distribui-las a parte
mais pobre da população, embora aprovada nunca fosse efetivada.

Anos depois também foi eleito ao cargo, mas por saber que estava correndo um alto risco
ao propor uma reforma agrária, pois seu irmão que previamente também havia ocupado o
cargo de tribuno da plebe e proposto uma lei que desfavorecia a parte detentora do controle
politico fora assassinado junto a mais 500 políticos que também apoiavam a reforma, então
como uma maneira de aumentar suas chances de fazer de fato uma mudança na estrutura
romana Caio primeiro resolve aumentar a sua base de apoio popular.

Após uma série de conflitos políticos entre o tribuno, o Senado e a população, Caio Graco
tenta realizar um golpe de Estado, o que deixa os patrícios frustrados e são tomadas
medidas como, a criação de mais cargos do tribuno da plebe ao ver que um podia vetar o
outro e o senado usa isso como artimanha para fragmentação da plebe, afinal o Senado
poderia manipular um dos tribunos para que nenhuma decisão fosse tomada contra a
vontade dos patrícios.

No entanto Caio Graco tenta realizar um golpe de Estado, e isso gera uma instabilidade
política que resulta no Senado decretando estado de sítio (poder ilimitado aos cônsules e se
suspende temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos).

Desta forma podemos dizer que a conclusão que tomamos com isso é invariável; "A
conquista de direitos civis e políticos de pouco serve para nivelar as diferenças se eles não
forem usados para subverter a natureza de um sistema de classes ou ordens, mas apenas
para trocar as diferenças por outras e prosseguir uma tradição de divisão social.” E isso não
está presente somente na sociedade romana e sim no geral, ou seja, o Brasil não foge
dessa realidade.

Vejamos, O Brasil possui muitos dos maiores latifúndios e é um dos países com maior
concentração de terras. A nossa cultura de desigualdade social relacionada às terras é algo
que vem desde a época da colonização, existem raízes históricas da nossa concentração e
improdutividade. No início da ocupação portuguesa em nosso território, onde havia a
monocultura para exportação e a escravidão, a forma de ocupação dos portugueses
estabeleceu as raízes da desigualdade social presente no nosso Brasil até hoje.

Por conta da recorrente má distribuição agrária no Brasil e não havendo medidas efetivas
para mudar esse modelo, a estrutura fundiária (distribuição de propriedades agrárias pelo
território, no caso, brasileiro) daqui é uma das mais concentradas. DADOS: os minifúndios
(pequena produção) representam 70% do total das propriedades rurais e ocupam
aproximadamente 11% do espaço agrário brasileiro, os latifúndios ocupam 55% da zona
rural do Brasil. Ou seja, “Quanto maior a concentração de terras, menor a quantidade de
propriedades de terras e maior será o tamanho das propriedades existentes”.

A primeira distribuição de terras que ocorreu no Brasil foram às sesmarias, sistema no qual
eram realojadas grandes extensões de terra destinadas apenas a quem possuísse grandes
somas de riquezas e que fossem capazes de investir na produção de cana de açúcar, desta
forma nota-se que colonização em si foi um processo que privilegiou a elite, onde a
primeira ocupação do espaço rural brasileiro já era formada por latifúndios e mais
especificamente da opção pelo latifúndio monocultor (propriedades rurais extremamente
extensas que visam à produção predominante de um único tipo de produto). Importante
lembrar que embora pareça tratar-se de terras privadas, sesmarias pertenciam à coroa
portuguesa e esses lotes de terra eram doados, mas não eram privados.

Essa maneira de produção foi recorrente durante toda a história agrária do Brasil. Depois do
declínio da cana de açúcar, instalou-se uma economia mineradora, que intensificou a
extração de ouro e prata no país, principalmente na região Centro- Oeste. Essa atividade
também estava sobre domínio dos grandes proprietários, utilizando-se mão de obra
escravista e invadindo cada vez mais o território que antes pertenciam aos indígenas. Além
desta atividade, o Brasil colonial usufruiu das riquezas trazidas pela pecuária e produção de
café, portanto, o território brasileiro teve como principal fonte de riqueza diversos produtos
extraídos e cultivados na terra durante todos os anos, porém sem nunca mudar a situação
da alta concentração de terras.

Em setembro 1850 dom Pedro II promulgou a "Primeira lei de terras”, esta transformaria o
principio das terras pertencerem apenas à coroa, e determinava a partir de então novos
parâmetros e normas sobre a posse, manutenção, uso e comercialização de terras no
período do segundo reinado. Dentre seus objetivos estavam; estabelecimento da única
forma de obtenção de terras publicas seria feita a partir da compra, e também o governo
pretendia arrecadar mais impostos e taxas com a criação da necessidade de registro e
demarcação de terras (esses recursos foram tomados para o financiamento da imigração
estrangeira, voltada para a formação de outro meio de mão de obra, afinal o trafico de
escravos estava cada vez menor que se intensificou mais tarde pelo capitalismo Industrial
inglês efetivado pela lei Aurea) o que acabou excluindo milhares de produtores menores
que não tinham condição de pagar estes impostos favorecendo cada vez mais os grandes
proprietários rurais. E foi a partir dessa lei que existiu de fato a possibilidade de
propriedade privada no Brasil, afinal as terras passariam a ser um bem comercial (fonte de
lucro), deixando de ser apenas ligada ao caráter social, outra consequência foi, as medidas
tomadas para o financiamento da imigração estrangeira, voltada para a formação de outro
meio de mão de obra, afinal o trafico de escravos estava cada vez menor que se
intensificou mais tarde pelo capitalismo Industrial inglês efetivado pela lei Aurea.

Assim como na Roma antiga, cada vez mais se aumentava os prestígios e poderes dos
grandes proprietários no empasse que se diminuía as condições de vida daqueles que
sempre estiveram em desvantagem, então dá mesma forma que os plebeus se mobilizaram
pelos seus direitos em Roma, aqui no território brasileiro em reaça a discriminação da lei de
terras, no final do sex XIX surgiram os primeiros grandes movimentos camponeses.

O século 20 desta forma foi o período o qual estavam surgindo às novas feições e formas
de organização que surgiram na luta pela terra e na luta pela reforma agraria. Em diversas
partes do país, houve contínuos conflitos e nisto surgiu à percepção da necessidade de
união entre os camponeses e então foram feitos eventos para a formação do campesinato
que era o conjunto de grupos sociais de base familiar que se dedicava a atividades
agrícolas.

No entanto somente apos a eleição de 1946, na assembleia constituinte, pela primeira vez
surgiu à ideia de necessidade da reforma agraria e quatro anos depois foram criadas as
Ligas Camponesas - Organização de trabalhadores rurais com objetivo de alcançarem a
mudança na estrutura fundiária do país. Já na década de 1960, quando o Brasil estava
passando por grandes tensões sociais devido a grande quantidade de camponeses pobres
a discussão sobre a reforma agraria avançou, e com o aumento da criação de novos grupos
de camponeses passou então a ter uma grande discussão sobre a natureza do problema
agrário brasileiro. Com toda essa efervescência o governo foi influenciado a avançar no
sentido de resolver o problema agrário. E essa preocupação foi materializada quando o
presidente Joao Goulart incluiu a reforma agraria como reforma de base para resolução dos
problemas do país. Em 13 de março de 1964 ele anunciou no Rio de Janeiro que enviaria
ao congresso uma lei de reforma agraria porem em 31 de marco de 1964 houve o golpe
militar que pôs fim a qualquer esperança de uma reforma agraria.

Isto porque de um lado assim como todo povo brasileiro os camponeses foram privados dos
direitos de expressão sendo incapaz de qualquer tipo de reunião, organização e
manifestação, mas ainda mais prejudicaria, a ditadura implantou um modelo agrário mais
concentrador e excludente, e instalou-se uma modernização agrícola seletiva, que excluía a
pequena agricultura, o que forçava ao êxodo rural, a exportação da produção, o uso
frequente de venenos e concentrando não apenas a terra, mas os subsídios financeiros
para a agricultura.

Depois do fim deste cruel sistema politico, a luta se dificultou por outro motivo, a partir da
década de 70 em um processo chamado Revolução Verde, houve a substituição do homem
pela máquina no campo, gerando um grande massa de pobres camponeses
desempregados.

Assim se intensificou ainda mais a saída do campo para as cidades junto à industrialização
cada vez maior e mais rápida no país, e isso explica o inchamento nos grandes centros
urbanos atualmente.

Destes então movimentos sociais ganharam força e nome, mais especificamente.

Em 1984, os trabalhadores rurais que participavam fielmente essas lutas pela democracia
da terra e da sociedade s convergem no 1º Encontro Nacional, em Cascavel, no Paraná. Ali
decidiram fundar um movimento camponês nacional, Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra, MST, com três principais objetivos: Lutar pela terra, lutar pela reforma agrária e
lutar por mudanças sociais no país.

A partir disto a história do movimento detém diversas conquistas como em 1988,quando


entre outras vitórias, os artigos de 184-186 que garantem a desapropriação de terras que
não cumpram sua função social. No entanto não foram só vitórias, ocorreram outros tantos
empecilhos e até mesmo massacres como em 17 de abril de 1996 em Carajás, mas
seguiram depois por todo país em uma marcha nacional por emprego, justiça e reforma
agraria.

A cada ano o MST foi se tornando mais forte, amplo e necessário a vista de que o
agronegocio do século XXI ia se fortalecendo e disto foi tomado uma reestruturação não só
fã concentração da propriedade da terra no Brasil, mas do jeito de produzir.

Hoje ao longo do mais recente período, os Sem terra aprofundaram o debate em torno da
questão agrária, e a luta pela Reforma Agraria ganhou um novo adjetivo. Popular.

Popular, porque o movimento notou que a reforma na estrutura fundiária não é apenas um
problema e uma necessidade dos Sem terra, do MST ou da Via Campesina. E sim uma
necessidade de toda a sociedade brasileira, em especial os 80% da população que vive de
seu trabalho autonomo e que tem necessidade de um novo modelo de organização da
economia, com renda e emprego para todos, como foi dito pela própria integrante do MST
“Seria contraditório nós deixarmos de lado tantas outras lutas presentes em nossa
sociedade, como a questão de gênero, a do movimento negro e indígena, a diversidade
sexual e tantos outros, deste modo nossa utopia em si é a reforma na estrutura social”.

É importante ressaltar também que sempre a classe que se sente prejudicada com a
possível reforma agraria arranja artimanhas para diminuir a força dos movimentos sociais,
e isso não é feito apenas diretamente aos integrantes como quando há o extermínio dentro
dos assentamentos feitos pela vontade dos latifundiários, mas também assi m como em
roma quando eram feitas medidas para afastar a população dos movimentos sociais para
que não percebessem quem de fato era o inimigo, nos dias atuais a mídia cumpre função
parecida ao passo que raramento é apresentado nas prinvipais plataformas o que de fato é
o movimento e sim dizem ser bardeneiros, invasores, e outros diversos outros adjetivos
pejorativos, que manipulam para que discursos como estes sejam repitidos e nunca
questionados, como disse um dos integrantes do movimento “Antes de entrar para o mst, eu
areditava tratar-se de um bndo de gente que não tinha o que fazer e invadiam a terra dos
ouros, ou seja, acabava sempre repitindo aquilo que ouvia na televisão pelas grandes
emissores, mas depois que entrei percebi que deveríamos ter direitos que dizem respeito a
uma vida digna, e quão errado era a ideia que passavam do movinto para sabota-lo, quem
vem aqui percebe o quão somos organizados e nos preocupamos com aquilo que hoje
todos deveriam, educação, respeito com a natureza e com o próximo impendente das
diferenças. A terra precisa cumprir com suas funções sociais, produzir e alimentar o ser
humano, e muitos donos de terra ultilizam a grilagem (ocupação irregular de terras)
enquanto há diversas famílias necessitando das mesmas. A gente luta por justiça”

Nos dias atuais o MST está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total
são por volta de 350mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e da organização
dos trabalhadores rurais. Mesmo depois de assentadas, estas famílias permanecem
organizadas no MST, afinal a luta continua, a conquista da terra trata-se somente do
primeiro passo, o objetivo final ainda requer muito, a reforma agraria.

Não somente o mst, mas tambem há o INCRA, Instituto Nacional de Coloniais e Reforma
Agraria, é uma autarquia federal nacional , ou seja, (...).Criado pelo decreto n° 1110 de 9 de
julho de 1970, o incra hoje está implantado em todo o território nacional por meio de 30
superintendências regionais.

Este movimento possui Diratrizes estratégicas d implementação da reforma agraria,


Vejamos:

Primeira Diretriz democratização do acesso à terra

O Incra implementará a reforma agrária promovendo a democratização do acesso a terra


através da criação e implantação de assentamentos rurais sustentáveis, da regularização
fundiária de terras públicas e gerenciará a estrutura fundiária do país, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável, para a desconcentração da estrutura fundiária, para a
redução da violência e da pobreza no campo e promoção de igualdade.
Segunda Diretriz participação social

O Incra Implementará a reforma agrária de forma participativa reafirmando os princípios da


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, contribuindo para o
fortalecimento das parcerias e da sociedade civil organizada.

Terceira Diretriz fiscalização da função social

O Incra implementará a reforma agrária de forma a fiscalizar a função social dos imóveis
rurais, contribuindo para a capacitação dos(as) assentados(as), o fomento da produção
agroecológica de alimentos e a inserção nas cadeias produtivas.

Quarta Diretriz qualificação dos assentamentos

O Incra implementará a reforma agrária buscando a qualificação dos assentamentos rurais,


mediante o licenciamento ambiental, o acesso a infraestrutura básica, o crédito e a
assessoria técnica e social e a articulação com as demais políticas públicas, em especial a
educação, saúde, cultura e esportes, contribuindo para o cumprimento das legislações
ambiental e trabalhista e para a promoção da paz no campo.

Quinta Diretriz titulação dos territórios quilombolas

O Incra implementará a reforma agrária pela destinação das terras públicas, demarcação e
titulação das terras ocupadas por comunidades tradicionais e quilombolas e gerenciará a
estrutura fundiária nacional pelo conhecimento da malha fundiária mediante o
cadastramento e certificação dos imóveis rurais, contribuindo para as políticas de inclusão
social e desenvolvimento sustentável.

Atualmente, a Reforma Agrária no Brasil se dá basicamente da seguinte forma: a União


realiza a compra ou a desapropriação de latifúndios particulares considerados improdutivos
em diversas áreas da federação, e sob a figura do Incra (Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária), distribui e loteia essas terras às famílias que recebem esses lotes,
como também presta uma assistência financeira, de consultoria e de insumos para que
possam produzir nessas terras.

Existe, especificamente para fins de reforma agrária, a lei de desapropriação, garantida pela
Constituição de 1988, instituída pelo Plano Nacional de Reforma Agrária, sob o decreto de
lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, reformulado pela Constituição, o qual assegura o
direito da União à desapropriação de terras ditas particulares, consideradas improdutivas,
em decorrência da utilidade pública, especialmente para fins de Reforma Agrária, podendo
haver também outras prioridades de utilidade por parte da União.

E por fim chegamos a conclusão que tanto em Roma quanto no Brasil a estrutura fundiária
foi e é extremamente desigual, o que fez surgir diversas lutas sociais, embora infelizmente
nenhuma tenha atingido o grande objetivo isto porque quem ainda está no poder são os
grandes proprietários de terra e inpendente de tratar-se de uma política de anos antes de
Cristo e outra que permanece até os dias atuais de 2017, as leis e toda estrutura polícia
permanecerá representando os interesses dos mesmos afinal nunca em nenhuma dessas
sociedades houve a mudança de classe que estava no poder, e só quando ocorresse essa
ruptura a partir de uma revolução as coisas iriam de fato mudar, obtendo por fim e
finalmente uma reforma agraria, transformando a quantidade de terras em algo igualitário,
uma plena democracia com base na justiça sem desfavorecer a parte popular da sociedade,
chamada de minoria por questões políticas porém trata-se da maioria em questão
quantitativa.

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