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Assunto Roma

1. Como teve início a República Romana?

A República Romana foi o período da Roma antiga que sucedeu o período da


monarquia romana, tendo sido marcado por sua organização política: A República.
Essa organização política consistia na forma de um governo sem a centralização do
poder nas mãos de um só homem, contrário ao que ocorria antes, no período
monárquico. A República Romana tem sua origem no ano de 509 a.C, quando o
último rei etrusco é deposto, a monarquia etrusca que controlava Roma foi
derrubada com a deposição do rei Tarquínio. Em seu lugar, vemos a instituição da
República, um tipo de governo marcado pela criação de vários cargos políticos e
controlado pela elite proprietária de terras romanas, e o Senado assume as funções
de governo. Após a experiência monárquica, os romanos optam por não deixar o
poder nas mãos de um só indivíduo.

2. Por que os plebeus se revoltaram no início do sistema


republicano?

As Revoltas Plebeias ocorreram pelo descontentamento político, social e


econômico da Plebe. Os Plebeus eram escravos por dívidas e não possuíam direito
às terras conquistadas por Roma, as quais ficavam nas mãos dos patrícios, onde
também queriam direito de participação política. Com o estabelecimento da
República, os plebeus ainda eram uma classe desprovida de direitos políticos sem
privilégios que patrícios tinham e eram economicamente explorados. Sendo a
maioria da população começaram a se organizar para tentar superar a situação
social em que viviam com inúmeras rebeliões.

3. Cite conquistas (leis) conquistadas pela plebe:

- Tribunos da Plebe, que poderiam vetar qualquer lei que ferisse o interesse dos
plebeus;
- Leis das Doze Tábuas, com objetivo de transformar em leis escritas as leis que
anteriormente eram transmitidas e conhecidas apenas oralmente;
- Lei da Canuléia, que liberou os casamentos entre plebeus e patrícios, os plebeus
puderam ascender socialmente e ampliar sua participação política;
- Lei Licínia Sextia promoveu o fim da escravidão por dívida e ainda garantiu a
participação dos plebeus nas demais magistraturas e cargos públicos romanos.
- Conseguiram ainda formar suas próprias assembleias, decidindo sobre os
assuntos de seus interesses. A partir de 287 a.C., as decisões das assembleias
plebeias tornar-se-iam leis, dando origem ao termo plebiscito.
Garantindo a validade jurídica das leis formuladas pelos Tribunos da Plebe, de forma que
tivessem validade para toda extensão dos domínios romanos. Essa revolta encerrou um
processo de reformulação política de longa duração. Apesar de equilibrar politicamente e de
uma menor distinção social os grupos sociais romanos, a distinção cultural entre um patrício
e um plebeu não se transformou radicalmente, as diferenças econômicas, entre ricos e
pobres, e também as militares, entre os oficiais de alta patente e os soldados,
mantiveram-se.. Aos poucos a camada mais rica dos plebeus, os nobilitas, passou a se
assimilar à camada mais pobre dos patrícios. Dessa forma, os Tribunos da Plebe acabaram
se aproximando mais dos interesses patrícios que plebeus.

4. Explique as Guerras Púnicas:

As Guerras Púnicas foram conflitos armados entre Roma e Cartago, entre 264 e
146 a.C. Cartago, localizada ao norte da África, tinha o controle das atividades
comerciais realizadas no mar Mediterrâneo, e Roma, em franca expansão territorial,
desejava exercer o controle do comércio mediterrâneo.
As guerras entre as duas cidades foram intensas, o que demonstrou as forças
militares em conflito. A vitória dos romanos, logo após a destruição total de Cartago,
consolidou o poder de Roma sobre o mar Mediterrâneo e a expansão dos seus
domínios para o norte da África e península Ibérica.

5. Quais as propostas dos irmãos Graco para resolver a crise social


de Roma?

Quando Tibério assumiu-o, ele propôs um projeto de reforma agrária a ser


realizada nas terras da república. Sua proposta estabelecia um limite de tamanho a
todas as propriedades romanas — 500 iugera (120 hectares, aproximadamente) —,
e o que excedesse a isso seria tomado pelo Estado e distribuído entre os
despossuídos. Os que recebessem terras nesse processo, receberam uma
propriedade de, no máximo, 30 iugera (7 hectares, aproximadamente).
Caio Graco aprovou uma lei proibindo a convocação de menores de 17 anos e
estipulando que o Estado era obrigado a fornecer os equipamentos militares
necessários aos soldados. Ele também tentou ampliar a reforma agrária em vigência
estipulando a criação de colônias romanas na Sicília e na cidade de Cartago —
essa segunda proposta não foi aprovada.
Por fim, ele aprovou uma lei que determinava que uma certa quantidade de grãos,
obrigatoriamente, deveria ser vendida a preços populares. Por meio dessa lei, e de
acordo com a historiadora Mary Beard, Caio organizou a compra de grãos, a
construção das instalações que os estocava e a distribuição deles, além de ter
criado um sistema de checagem para impedir que uma pessoa burlasse o sistema.

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