O documento discute a postura correta da igreja no culto de adoração segundo a Bíblia. Ele explica que Deus determina como deve ser adorado e não qualquer forma de adoração é válida. Também aborda problemas que surgiram na igreja de Corinto durante o culto, como a posição da mulher e como a Ceia do Senhor estava sendo celebrada.
O documento discute a postura correta da igreja no culto de adoração segundo a Bíblia. Ele explica que Deus determina como deve ser adorado e não qualquer forma de adoração é válida. Também aborda problemas que surgiram na igreja de Corinto durante o culto, como a posição da mulher e como a Ceia do Senhor estava sendo celebrada.
O documento discute a postura correta da igreja no culto de adoração segundo a Bíblia. Ele explica que Deus determina como deve ser adorado e não qualquer forma de adoração é válida. Também aborda problemas que surgiram na igreja de Corinto durante o culto, como a posição da mulher e como a Ceia do Senhor estava sendo celebrada.
Todas as grandes religies do mundo afirmam adorar a Deus. Em
nossa sociedade, muitos acreditam que qualquer forma de adorao sincera legtima. A Bblia refuta essa idia e ensina que o prprio Deus determina como ele deve ser adorado. A Bblia regulamenta o culto, na sua forma e no seu contedo. Deus exigiu que seu povo, Israel, abandonasse as outras religies; para no adorar ao Senhor como outros povos adoravam aos seus deuses (Deuternomio 12:1-7) Nos dias de hoje, continua sendo errado adorar a Deus da forma como ns achamos melhor. Deus deve ser adorado no lugar onde Ele escolhe fazer habitar o Seu Nome e ainda requer um sacrifcio expiatrio pelo pecado. Ao longo de sua operao na histria, Deus revelou Jesus Cristo, O NOME QUE EST ACIMA DE TODO NOME (Fp 2.9) como sacrifcio final pelo pecado (Hb 9.12). Apesar de haver muitas outras religies no mundo, Jesus Cristo veio para revelar que o nico caminho para o Pai. (Joo 14.6) O estilo de culto varia de uma igreja para outra, mas os cristos podem estar certos de que a adorao centrada em Cristo glorificar e agradar a Deus. COMPORTAMENTO NO CULTO PBLICO O mundanismo dos crentes da igreja de Corinto transparece de diversas maneiras: divises, imoralidade, contendas, orgulho. O mundanismo da igreja acabou afetando tambm o culto. Trs problemas principais surgiram na igreja em relao ao culto: 1) A posio da mulher no culto; 2) A maneira como a Ceia do Senhor estava sendo celebrada no culto; 3) O correto uso dos dons espirituais no culto. Paulo no captulo 11 trata dos dois primeiros problemas e nos captulos 12 a 14 trata do ltimo problema. Paulo comea elogiando a igreja (11:2). Essas tradies era o contedo da mensagem pregada por Paulo (11:23; 15:1; 2 Tm 2:2) que era repassada outras pessoas. A tradio a f viva das pessoas que morreram e o tradicionalismo a f morta dos que esto vivos. O COMPORTAMENTO DAS MULHERES NO CULTO V. 3-16 1. Contexto cultural do vu Corinto ficava na Grcia e nesta provncia a manifestao religiosa mais popular eram as Religies de Mistrio. Nas religies de mistrio todos os membros eram do sexo masculino. As mulheres eram excludas. As religies refletiam o conceito que existia na Grcia, de que as mulheres eram inferiores aos homens. Achavam que as mulheres no precisavam de religio. A pregao de Paulo trouxe uma nova perspectiva para as mulheres. O evangelho veio para resgatar o valor, a dignidade e a igualdade da mulher (11:11; Gl 3:28). Mas as mulheres de Corinto saram de um extremo para outro. Elas foram pisadas muitos anos. Agora queriam resgatar o tempo perdido e comearam dentro da
igreja um movimento feminista. Queriam abolir o uso do vu, smbolo
da submisso e da integridade da mulher. As mulheres crists de Corinto comearam um movimento de libertao da mulher. Elas exclamaram: Abaixo o vu! Elas saam s ruas sem o vu. At mesmo iam igreja sem o vu. Voc pode imagir a reao? Seria o mesmo que uma mulher crist hoje ir igreja com roupa sumria de banho. Por isso Paulo diz que aquela atitude era uma desonra para os maridos (11:5). Na Grcia as roupas dos homens e das mulheres eram muito parecidas. O que distinguia a mulher dos homens era o vu. Somente as prostitutas no usavam o vu. O vu era smbolo da dignidade e da modstia feminina. Nenhuma mulher com auto-respeito saa de casa sem um vu. As profetisas pags do templo de Afrodite exerciam o seu ofcio sem vu. Paulo trata sobre quatro temas neste pargrafo: 1.1. Submisso v. 3-6 O PRINCPIO DA AUTORIDADE O apstolo Paulo mostra o padro de relacionamento que Deus estabeleceu na comunidade crist (11:3). A hierarquia divina : DeusCristo-Homem-Mulher. A submisso no uma questo de superioridade do homem ou inferioridade da mulher. A superioridade do marido em relao esposa no maior do que a de Deus em relao a Cristo. Mas assim como Cristo se submeteu ao Pai, a mulher deve se submeter ao marido como cabea. O PRINCPIO CULTURAL: Nas terras orientais o vu o poder, a honra e a dignidade da mulher. Com o vu na cabea ela pode ir a qualquer lugar com segurana e profundo respeito. Com o vu ela est protegida. Ela suprema na multido. Mas sem o vu, ela vulnervel e exposto ao vexame. A cobrir a cabea a mulher assegura o seu prprio lugar de dignidade e autoridade. Ao mesmo tempo, ela reconhece a sua subordinao. As mulheres exerciam na igreja um ministrio de orao e profecia (11:5). Mas, elas deveriam usar o vu como smbolo de submisso (11:5-6). Essa prtica era usada na sociedade e por uma questo de no provocar escndalo deveria manter-se tambm na igreja. Glria v. 7-10 O PRINCPIO DA CRIAO O apstolo Paulo fala que o homem imagem e glria de Deus, mas a mulher glria do homem. E Paulo cita dois argumentos: 1) O argumento da origem O homem no foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem (11:8). 2) O argumento do propsito O homem no foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem (11:9). Paulo est ensinando a igreja a celebrar o culto com ordem e decncia. No Senhor no h superioridade do homem nem inferioridade da mulher. Ambos so um e ambos so interdependentes (11:11). Homem e mulher, tm sua origem um no outro (interpendncia) e ambos devem a sua existncia a Deus (11:12). O vu um smbolo da autoridade que a mulher recebeu e que no tinha antes de orar e profetizar em culto pblico. Ao cobrir a cabea, a mulher assegura o seu prprio lugar de dignidade e autoridade. Ao mesmo tempo, ela reconhece a sua subordinao. O PRINCPIO DA UNIDADE DA IGREJANatureza v. 13-15
Deus fez o homem e a mulher diferentes; portanto, eles devem
viver essa diferena tanto no seu aspecto fsico, sexual, corte de cabelo, uso de vesturio, bem como de papis no casamento. Sem dvida existem muitas convenes culturais quanto ao papel, ao trabalho e aos direitos do homem e da mulher que precisam ser aprimorados ou rejeitados. Como Criador, entretanto, o plano de Deus que homens e mulheres tenham funes diferentes, embora complementares. O homem deve ser plenamente masculino e a mulher plenamente feminina.
2. O princpio da igualdade v. 11-12
O vu em si amoral. Em si ele neutro, nem bom nem mau. S que em Corinto o vu significava um padro de relacionamento e ele estavam sendo violado. Espiritualmente homens e mulheres so iguais (11:11-12). As mulheres falavam e oravam na igreja (11:4). Elas recebiam dons espirituais, mas elas queriam com isto romper o princpio da submisso (11:3, 7-9). 3. Aplicao Prtica Paulo diz que as mulheres deveriam usar o vu. Nenhum aspecto cultural do nosso vesturio deve ser motivo de escndalo, como estava acontecendo em Corinto. O vu era mais que um smbolo de submisso, era sobretudo, um smbolo de modstia e integridade moral. De cultura para cultura a definio de modstia muda. Se Paulo tivesse de ensinar este princpio a uma de nossas igrejas no Ocidente, ele no diria s mulheres que usassem vu na igreja. O vu no faz parte da nossa cultura. Mas o princpio que ele representa deve permanecer. As mulheres precisam ser submissas aos seus maridos e precisam se vestir com modstia e pureza. II.PROBLEMAS COM RESPEITO CEIA DO SENHOR V. 17-34
1. As repreenses do apstolo Paulo igreja v. 17-22
Paulo acabara de fazer um elogio igreja (11:2), mas agora a repreende severamente (11:17). As divises na igreja haviam chegado a propores alarmantes: alm do culto personalidade em torno de alguns lderes (1:12), agora Paulo mostra que havia tambm um certo esnobilismo odioso dentro da igreja (11:21), dos ricos em relao aos pobres. Os crentes estavam indo igreja e voltando para casa piores (11:17). Eles estavam desprezando a igreja de Deus e envergonhando os pobres (11:22). Eles se ajuntavam para pior v. 17 O culto deles no estava centrado nem em Cristo nem no amor ao prximo, mas neles mesmos. Era um culto antropocntrico. Era um culto do homem para o homem. Eles reuniam, mas no havia harmonia no meio de deles v. 18 Havia divises, partidos, cismas entre eles. Eles no tinham uma s
alma, um s corao, um s sentimento, e um s propsito. Havia um
ajuntamento, mas no comunho. Eles participavam dos elementos da Ceia, mas era a Ceia que eles celebravam v. 20 O cerimoniamento um grande perigo. Deus no se impressiona com os nossos ritos, nossas cerimnias. Ele v o corao do adorador. Eles celebravam a Ceia, mas para Deus aquilo que faziam no era a Ceia. Eles eram esnobes orgulhosos . Eles se entregavam a excessos dentro da igreja de Deus v. 21 Enquanto deixavam os pobres passando fome, os ricos comiam, empanturravam-se e embebedavam-se num claro sinal de excesso e de falta de domnio prprio. A glutonaria e bebedeira so obras da carne. Eles se reuniam para pecar. Eles desprezavam a igreja de Deus v. 22 Eles desprezavam a santidade de Deus, a santidade da igreja e o amor ao prximo.
O SIGNIFICADO DA CEIA DO SENHOR V. 23-26
A Ceia do Senhor est centralizada na obra expiatria de Cristo. Seu corpo foi partido e seu sangue foi vertido para a nossa redeno. O seu sangue o selo da nova aliana, onde Deus perdoa os nossos os pecados e nos salva da ira vindoura pelos mritos de Cristo. A Ceia do Senhor uma proclamao dramatizada de trs verdades essenciais da f crist: 1) Olhando para trs: A morte de Cristo (11:26) A cruz de Cristo o centro da mensagem crist. No h evangelho sem a cruz de Cristo. Cristo ordenou que sua igreja relembrasse no seus milagres, mas sua morte. Devemos nos lembrar por que ele morreu, como ele morreu, por quem ele morreu. 2) Olhando para frente A segunda vinda de Cristo (11:26) H um momento de expectativa em toda celebrao da Ceia do Senhor. A segunda vinda de Cristo a grande esperana do cristo num mundo onde o mal tem feito tantos estragos. 3) Olhando para dentro O auto-exame (11:28) No somos juizes dos outros, devemos examinar-nos a ns mesmos. No devemos fugir da Ceia por causa do pecado, mas fugir do pecado por causa da Ceia. Examine-se e coma! 4) Olhando ao redor (11:33-34) Devemos procurar o Senhor e tambm os nossos irmos. Devemos encontrar-nos com o Senhor e com os nossos irmos. Na Ceia os cus e a terra se tocam. 4. Os perigos em relao Ceia do Senhor v. 27-32 4.1. Participar da Ceia do Senhor indignamente v. 27 Joo Calvino entende que a nossa dignidade para participarmos da Ceia a conscincia da nossa indignidade. Indigno de participar da Ceia aquele que assenta-se mesa do Senhor de forma leviana, irrefletida e despreparada tanto doutrinariamente como comportamentalmente. Essa pessoa ser ru do corpo e do sangue do Senhor. Ser tido como culpado direto da morte de Cristo. O apstolo Paulo est dizendo que quem participa da Ceia indignamente torna-se culpado de derramar o sangue de Cristo; isto , coloca-se no do lado dos que esto participando dos benefcios de sua paixo, mas do lado dos que foram culpados por sua crucificao.
4.2. Participar da Ceia do Senhor sem discernimento v. 28-29 O
crente precisa discernir o Corpo de Cristo partido na cruz ou seja, a obra da redeno em seu favor e tambm precisa discernir o Corpo Mstico de Cristo, que a Igreja A igreja de Corinto no estava amando uns aos outros. Portanto, ela no estava discernindo o corpo. A conseqncia da falta de discernimento do Corpo levou a igreja e comer e beber juzo para si: FRAQUEZA, DOENAS E MORTE (11:30). 4.3. Participar da Ceia do Senhor sem auto-julgamento v. 31-32 No podemos ser frouxos conosco mesmos. No podemos ser condescendentes com os nossos prprios erros. Devemos nos julgar a ns mesmos e nos corrigirmos. Devemos distinguir com clareza quem somos. Devemos ter uma correta auto-imagem (Sardes e Laodicia). O juzo de Deus para o crente no a perda da salvao nem a condenao eterna, mas a disciplina amorosa. Na vida do crente (fraqueza, doena e morte) podem ser disciplina de Deus para nos afastar de pecados mais terrveis e de consequncias mais danosas. A disciplina de Deus visa sempre nos fazer voltar para Ele e nos livrar da condenao do mundo. Rev. Hernandes Dias Lopes.
7 MATTA, Roberto Augusto Da (1976) - Quanto Custa Ser Índio No Brasil Considerações Sobre o Problema Da Identidade Étnica. in Revista Dados (IUPERJ), #13, 1976, Pp. 33 - 54.