Projeto de Pesquisa
Kazumi Munakata
Programa de Estudos Ps-Graduados em Educao: Histria, Poltica, Sociedade,
da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo
1. Justificativa
2. Fontes
3. Objetivos
4. Procedimentos de pesquisa
desde h dois sculos, no existe (p. 10). 1 Bem entendido, no h mtodo no mesmo
sentido que as cincias o postulam, pois a histria, segundo Veyne (1982), que retoma
Aristteles, da ordem sublunar, em oposio regio celeste. Ao contrrio desta,
que a do determinismo, da lei, da cincia, no sublunar reina o devir e tudo a
acontecimento. (...) O homem livre, o acaso existe, os acontecimentos tm causas
cujo efeito permanece duvidoso, o futura incerto e o devir contingente (p. 43).
Histria lida com acontecimentos irremediavelmente empricos; e a exigncia do
mtodo, na Filosofia Primeira (Descartes) iniciava-se com a suspeio e a suspenso
de tudo o que fosse emprico...
Ginzburg (1989) aponta para a mesma distino enunciada por Aristteles,
embora no empregue sua terminologia. Para ele, a supremacia do que denomina
paradigma galileano no pode cancelar a existncia de um outro paradigma, a que
chama indicirio:
1
Observe-se o contraponto que o autor opera entre histria e Histria. Nesse jogo tipogrfico (que
se perdeu no ttulo estampado nas edies portuguesa e brasileira da obra) encontra-se o argumento
central do livro: a Histria (com h maisculo) uma inveno dos filsofos e nada tem a ver com o
que visado pelo historiador de ofcio.
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Bibliografia
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9
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