Você está na página 1de 4

Salazar,

Corporativismo
INFORMAÇÃO IMPORTANTE

O texto que se segue é uma reprodução escrita, com


pequenas adaptações e esclarecimentos, de um excerto do
documentário exibido na SIC – Sociedade Independente de
Comunicação sobre o estadista português António de Oliveira
Salazar.

Como tal, cumpre-me esclarecer que toda a informação


constante deste documento foi apresentada pela citada estação
de televisão portuguesa, aquando da exibição do documentário
referido.
António de Oliveira Salazar – E nasceu o corporativismo…

Em 16 de Março de 1933, Salazar resumira em discurso os conceitos


económicos da nova Constituição, falando de um novo sistema que chama
«equilibrado, justo e humano»: o sistema corporativo. E como ao Estado
cabe realizar esse equilíbrio de produção das profissões, dos empregos, do
capital e do trabalho, o Estado forneceu o novo sistema, o novo
enquadramento em que operários, empregados e membros de profissões
liberais se associarão em sindicatos nacionais, por um lado, e em que
empresas e sociedades agrícolas, industriais e comerciais, por outro lado,
se associarão em grémios.

Sindicatos e grémios constituirão federações ou uniões e, no topo da


pirâmide, as corporações, entendidas como organizações unitárias das
forças de produção. Capital e trabalho «de mãos dadas», unidos por
sectores de actividade.

(Discurso de António de Oliveira Salazar, na Manifestação dos


Sindicatos Nacionais, 27 de Fevereiro de 1939) «Pois que unidade resiste à
divisão, que solidariedade é o ódio, que comunidade à falta de disciplina e
de organização? E nasceu o Corporativismo! E elevando a regra
constitucional da ordem nova a princípio informador da consciência e
comunidade nacional, a aldeia, a nação, o Estado, e é com uma
consciência activa da nossa solidariedade na terra, no trabalho e na vida,
isto é, na pátria, a nossa família que não morre!»

Em Abril de 1933, nasce, com a Constituição, o Estado Corporativo. E,


em Setembro do mesmo ano, é publicada a legislação correspondente. O
movimento operário está enfraquecido, mas anarco-sindicalistas da
Confederação Geral de Trabalhadores e Comunistas tentarão reagir na
noite de 17 para 18 de Janeiro de 1934.

O poder de Salazar consolida-se nesta década de 1930, mas, à sua


direita, faz-se ouvir e sente-se o inimigo persistente e barulhento.
Dissidentes do Movimento monárquico-integralista, os nacional-
sindicalistas, os chamados «camisas azuis» de Rolão Preto substituem a
palavra «rei» pela palavra «chefe», cuja figura exaltam. E entram em rota
de colisão com o Regime.

Os «camisas azuis» resistirão sempre às tentativas de assimilação por


parte do Estado Novo. Em Julho de 1934, Salazar classifica o nacional-
sindicalismo de «ousado e elemento perturbador e de desagregação» e o
movimento será banido. Rolão Preto é preso e exilado no mesmo ano.

Em 10 de Setembro de 1935, os nacional-sindicalistas participam numa


tentativa de golpe, mas o golpe é inconsequente e falha.

Você também pode gostar