Sinfonieta

dos Devotos
de Nossa Senhora dos Prazeres

Os Mestres Mulatos
Música Brasileira
do Século XVIII a Pixinguinha

direção e regência

Marcelo Antunes Martins

Os Mestres Mulatos

CONSIDERAÇÕES GERAIS

O conceito hoje prevalente de MÚSICA BRASILEIRA, que diferencia erudito ou clássico

do popular deve ser evitado pela inadequação, que resulta da disseminação de rótulos
equivocados e preconceituosos. Ao propormos a realização do projeto Os Mestres
Mulatos, estamos assumindo a dianteira de um ineditismo que tem a missão de revelar
e tornar pública a verdadeira história da música brasileira.
O trabalho é resultado de uma pesquisa e catalogação, que consumiu onze anos, feita
pelo Maestro Marcelo Martins.

POR QUE FAZER E OBJETIVOS

• Para tornar conhecidas, de forma inédita no mundo, as geniais composições dos
mestres brasileiros, quase que totalmente desconhecidas no Brasil mesmo no meio
acadêmico, quase nunca executadas por nossas orquestras.

• Mostrar ao público em geral a beleza e a genialidade dessas composições.

• Tornar os compositores conhecidos.

• Apresentar e discutir a produção musical desses mestres em promoções culturais,

estudos de música, cursos etc.

• Tirar do círculo acadêmico essas composições, atitude muito importante para o

enriquecimento de nosso repertório musical e aperfeiçoamento da execução de
nossos concertos.

• Para ressaltar que o verdadeiro início da Música Brasileira está diretamente

envolvido com a História do Brasil. Nossa música “sonoriza” a sociedade desde o
século XVIII, numa simbiose indissolúvel de influências mútuas.

COMO ALCANÇAR TAIS RESULTADOS

• Oferecer concertos públicos com qualidade.

• Desenvolver estratégias de divulgação para alcançar o maior número possível de

pessoas.

• Distribuir CDs gratuitamente e disponibilizar, igualmente grátis, partituras em site.

• Durante o espetáculo, comentar a sociedade e costumes da época, assim como da

vida dos compositores.
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HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA.

 

O projeto Os Mestres Mulatos, que aconteceu em 
2007, 2008 e 2010, apresentou 20 concertos 
abertos em igrejas, teatros do SESC, escolas, praças 
e estações de metrô. Nessa fase foram distribuídos 
gratuitamente 10 mil exemplares de CD com 
músicas do período pesquisado, com encarte 
informativo ricamente ilustrado pelo artista gráfico 
Elifas Andreato.  
E, através do site www.sinfonieta.com.br 
disponibiliza gratuitamente as composições 
gravadas em dois CDs e ao vivo, além de todas as 
partituras recuperadas e adaptadas para grupos 
modernos e camerísticos. Um resgate e execução 
inéditos e sem preço. Seu desenvolvimento teve 
auditórios lotados e ganhou as mais nobres 
veiculações na imprensa.  
 
O projeto Os Mestres Mulatos foi criado para trazer ao público a desconhecida história 
da música brasileira. Resulta de mais de uma década de pesquisa realizada pelo 
maestro Marcelo Antunes Martins e tem o repertório colhido interpretado pela 
Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres.  

Seu propósito é revelar a desconhecida base de nossa música colonial. Quer completar 
e contemplar a verdadeira história, sem os limites impostos pela falsa idéia de que há 
um universo erudito (hermético, inacessível) e outro popular (simples e vulgar). Quer, 
ainda, divulgar a genialidade dos mestres, no sentido de sedimentar a personalidade da 
música brasileira para todos os brasileiros.  
 
Trata‐se de um verdadeiro painel sobre a música que se fez nas igrejas, nos teatros, nos 
salões de saraus e nas ruas, desde as mais antigas partituras encontradas. Vai do 
Pernambuco colonial, passando pela Bahia dos lundus e modinhas; o ciclo do ouro em 
Minas Gerais e pelas criações do Rio de Janeiro Imperial chegando até São Paulo, nas 
músicas de Carlos Gomes.  E voltando ao Rio das polcas e chorinhos. 
 
Os Mestres Mulatos apresenta uma abordagem inédita – a que revela que todos os 
compositores desse período foram filhos ou netos de escravos. Também o formato e a 
linguagem elaborados aqui, quebrando barreiras e limites entre o erudito e o popular, 
fundindo‐os em arranjos notáveis, tornam público esse patrimônio cultural. Outra 
preciosa característica: todo o trabalho realizado até agora por pesquisadores e 
musicólogos não atravessou os muros acadêmicos.  
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SINFONIETA DOS DEVOTOS DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES

A orquestra Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres foi criada
com a finalidade de executar as composições dos Grandes Mestres Brasileiros
desde o século XVIII. Atua para mostrar a beleza e genialidade dessas obras,
resgatando-as dos círculos acadêmicos e dando ao público a oportunidade de
conhecê-las.
Formada basicamente por 23 músicos, pesquisadores e professores dedicados à
música brasileira, é um corpo de elenco estável podendo, no entanto, de acordo
com cada projeto abordado, adequar seu número de integrantes, além de ter
convidados especiais.
Há, ainda, a preocupação em utilizar nas obras possíveis, instrumentos
tradicionais das épocas abordadas, como rabecas, violas de cocho, marimba de
porungas, flautas de bambu e ocarinas indígenas, entre outros.
A orquestra foi idealizada pelo maestro Marcelo Antunes Martins principalmente
para executar obras adaptadas por ele, para formato instrumental, de partes
originalmente vocais, cantadas no latim litúrgico dos missais. Isso, para que o
ouvinte possa concentrar toda sua atenção nas idéias musicais dos
compositores.
O grupo básico é composto por oito violinos ou rabecas, três violas, dois
violoncelos, um contrabaixo, duas flautas, duas clarinetas, um oboé, um fagote,
duas trompas e uma percussão.

DIREÇÃO MUSICAL: MAESTRO MARCELO ANTUNES MARTINS

O maestro Marcelo Antunes Martins, nascido em Itu, São Paulo, originalmente
clarinetista, dedica-se à Composição e Regência desde 1980, tendo trabalhado
em diversas orquestras pelo interior do Estado como músico e arranjador. Funda
em Indaiatuba a Sociedade Cultural Cantátimo que é mantenedora de um
Madrigal e uma Orquestra de Câmara, excursionando por várias cidades e
estados. Pesquisa o acervo de partituras do Museu da Música de Mariana-MG,
além de outros acervos de música colonial brasileira, por onze anos.
Detentor de vários prêmios, em 2001 assume o cargo de Diretor Artístico do
Instituto O menino e o mar, em Ubatuba (SP), onde monta uma oficina de
construção de rabecas e instrumentos típicos e trabalha com ensino musical e
danças da cultura caiçara.
Ocupou vários cargos de direção em Secretarias de Cultura, criou e dirigiu
orquestras e concursos musicais, além de trabalhos dirigidos às crianças. Tem
em seu repertório músicas sacras, óperas, concertos e balés.
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DEPOIMENTOS

Júlio Medaglia - Maestro, compositor, arranjador, regente da Orquestra Prelúdio da TV

Cultura de São Paulo, Principal Guest Conductor da Ópera Nacional da Bulgária, membro da
União Brasileira de Escritores.
“A primeira vez que no século XX algum brasileiro ouviu a música dos nossos mestres
mulatos, foi no Teatro Municipal de São Paulo. De maneira “subversiva”, conseguimos
executar obras dos grandes mestres brasileiros. Pesquisa pioneira de meu amigo Kurt
Lange. De certa forma, por outra subversão, o projeto Mestres Mulatos traz a público nossa
verdadeira história musical, até agora trancada nas muralhas acadêmicas. Parabéns!
E fico aguardando a seqüência do projeto, ou seja, a continuação da História da Música
Brasileira”.

Fernando Faro - Produtor e diretor de espetáculos, professor, dedica sua vida à Música
Brasileira.
”A música dos mestres mulatos é fantástica! Nós, brasileiros, devemos nos orgulhar de ter
essas preciosidades compostas por nossos irmãos, de forma tão espontânea e alegre.
E a Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres traduz isso de maneira
impecável, guardando toda a beleza e criatividade legadas por esses nossos mestres
geniais. Parabéns, maestro Marcelo Antunes Martins, pelo projeto e pela sensibilidade!
Parabéns, músicos da Sinfonieta, seu virtuosismo fez o mundo ficar um pouco mais feliz”.

Wladimir Soares - Jornalista, crítico musical, Prêmio Agitador Cultural do jornal O Estado de
S. Paulo e diretor teatral.
“A música colonial brasileira pede passagem! É de se estranhar que boa parte desse
magnífico acervo da música colonial brasileira seja praticamente desconhecida do grande
público. O maestro Marcelo Antunes Martins em suas pesquisas encontrou preciosidades
que vieram a público graças a dois magníficos CDs, Ladainhas, Lamentos e Ladeiras e Os
Mestres Mulatos, que trouxeram à luz, exemplares da maior importância. Há muita partitura
para ser visitada e Marcelo tem pela frente a missão de continuar revelando ao mundo a
nossa importância musical, com a sua Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos
Prazeres, uma orquestra jovem formada por músicos com experiência em várias e
importantes orquestras brasileiras. Com suas qualidades, revelam o quanto os compositores da
música colonial brasileira eram criativos, intelectualizados e talentosos. Sua arte sai das
gavetas museológicas para ganhar vida na releitura de toda essa obra. Que outras
revelações sejam feitas por esse pouco incensado batalhador da música brasileira!”

Almeida Prado - Compositor, professor, reconhecido como um dos mais importantes

compositores brasileiros.
“O Projeto Mestres Mulatos mostrou-se um trabalho excelente e muito original, importante
resgate da música brasileira. A orquestra Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos
Prazeres soa muito bem, com maestria e harmonia excepcionais e seu CD Os Mestres
Mulatos é maravilhoso!”

Ruy Castro - Escritor, jornalista, crítico e produtor musical, estudioso da música brasileira.
“Não é por acaso que os compositores brasileiros do período colonial fossem todos mulatos.
Segundo o preconceito da época, tocar ou fazer música era coisa para serviçais, não ficava
bem para brancos. Sorte a nossa. Os mulatos produziram uma obra genial, que só diferia da
européia por sua alegria e pela felicidade que transmitia. O projeto Mestres Mulatos vem nos
revelar e trazer de novo esse prazer”.
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NOSSOS MESTRES MULATOS – REPERTÓRIO

Luiz Álvares Pinto (1719 – 1789)

Tibi Omnes (Fragmento de Te Deum Laudamus)
PE. Caetano de Mello Jesus (... 1759 ...)
Ária (Fragmento de Recitativo e Ária)
José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita (1746 – 1805)
Difusa Est Gratia (Fragmento de Terço)
Manoel Dias de Oliveira (1745 – 1813)
Angelus Domini (Fuga do Egito)
Joaquim de Paula Souza Bonsucesso (... – 1820)
Antífona de São Joaquim (Laudemus Virum)
João de Deus de Castro lobo (1794 – 1832)
Salve Sancte Pater
Mestres Anônimos (século XIX)
Jam Sol
José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830)
Domini Jesu (Coral)
Autor Anônimo
Escuta Formosa...
Autor Anônimo
Hei de Amar-te Até Morrer
Autor Anônimo
Lundum
Xisto Bahia (1841 – 1894)
Lundu
Autor Anônimo
Porto das Almas
Autor Anônimo
Bendito
Carlos Gomes (1836 – 1896)
Cayumba (Dança de Negros)
Burrico de Pau
Viriato Figueira da Silva (1851-1883)
Só Para Moer
Joaquim Antônio da Silva Calado (1848-1880)
Flor Amorosa
Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Atraente
Anacleto de Medeiros (1866-1907)
O Bohemio
Pattápio Silva (1880-1907)
Primeiro Amor
Francisco Braga (1868-1945)
Romance
Mário de Andrade (1893-1945)
Viola Quebrada
Pixinguinha (1898-1973)
Carinhoso
1X0
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Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres

Contato:
Decio Tommasini Carraro deciocarraro@gmail.com. (11) 8152 9970