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São Paulo
2017
FÁBIO DE FRANÇA E SOARES
Orientadores:
Profa. Ana Carolina S. de Oliveira
Prof. Hewdy L. Ribeiro
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
___________________________________/____/____
Prof. Hewdy Lobo Ribeiro
Universidade Paulista – UNIP
___________________________________/____/____
Profa. Ana Carolina S. Oliveira
Universidade Paulista – UNIP
RESUMO
Social, religious, cultural, family and biological factors, as well as the individual
characteristics of each woman, have a notable influence on the verification of female
sexual dysfunctions. They occur in the female sexual response and cause real damage
to the woman's life and health. Conceptualizing female sexual response, orgasm,
sexual dysfunctions with greater occurrence in the female population, as well as
researching factors that influence the dysfunctional female sexuality are objectives of
this work. Dysfunctional beliefs have a high occurrence in the life and sexual response
of women, and cognitive behavioral therapy has been shown to be an effective tool for
the therapeutic approach of the issue. The present study made a bibliographical review
in the Lilacs database at Google Academic, in addition to the specialized literature.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 8
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 9
10 CONCLUSÕES ................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36
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1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
8.1.1 Vaginismo
8.1.2 Dispareunia
8.1.3 Vulvodínia
Nome genérico usado para caracterizar toda dor genital na região vulvar. Essa
condição, sem etiologia nem tratamentos claros, deve ser diferenciada de causas
orgânicas que acometem a pele e a mucosa e tratada de acordo com o fator causal
específico. As causas orgânicas da dor vulvar são endometriose, doença inflamatória
pélvica, deficiência de estrogênio, prolapso de órgãos pélvicos, incontinência urinária,
cistite intersticial, tratamento de câncer ginecológico, quimioterapia, reação enxerto
versus hospedeiro, malformações, hidradenite supurativa, fibrose uterina, síndrome
do intestino irritável, radiação pélvica e mutilação genital (FUGL-MEYER et al., 2013).
É classificada em subtipos diferenciados em razão da localização da dor e do fator
desencadeante (FUGL‐MEYER et al., 2013).
- Vulvodínia localizada: restrita a uma parte da vulva, como vestíbulo ou
clitóris;
- Vulvodínia generalizada (VDG): quando afeta toda a região vulvar;
- Vulvodínia provocada (VDP): quando ocorre em resposta a estímulos
externos (v.g., pressão);
- Vulvodínia não provocada: dor espontânea, independentemente da
estimulação;
- Vulvodínia mista: combinação de dor provocada e não provocada.
Uma das causas mais comuns de dor genital superficial em mulheres pré-
menopáusicas, com prevalência estimada em 12% da população (GOLDSTEIN;
PUKALL, GOLDSTEIN, 2009). O toque leve da mucosa ao redor da abertura vaginal
(pelo teste do cotonete ao exame físico) e a penetração vaginal são sempre dolorosos.
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8.2.1 Somáticas
8.2.2 Psicossexuais
Mulheres com dor genital, especialmente aquelas com vaginismo, são, muitas
vezes, relutantes em se submeter ao exame ginecológico e várias visitas podem ser
necessárias antes de uma tentativa. Assim, o profissional de saúde deve estar ciente
da importância de criar um vínculo antes de o procedimento ser realizado. Essa
avaliação requer uma abordagem sistemática incluindo inspeção de vulva, vestíbulo,
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8.3.2 Psicoterapia
abdominais e dos glúteos também ocorrem, apesar de não serem necessários para a
experiência do orgasmo (KINSEY et al., 1953).
No que se refere ao significado sociocultural do orgasmo, pode-se observar
uma grande alteração com o passar dos séculos. Até o final do século XIX, a
anorgasmia era um comportamento desejável para uma mulher “descente” da época.
Não era esperado que uma mulher sentisse desejos sexuais, muito menos prazer
orgásmico. Isso era função dos homens e das prostitutas. Durante muitos séculos, a
sexualidade feminina esteve restrita somente à função reprodutiva. Mulheres que
exibiam a sexualidade de modo mais livre eram consideradas ninfomaníacas ou
portadoras de perversões. O mesmo ocorria em relação à masturbação, cujo poder
de degeneração foi descrito em diversos tratados dos séculos 18 e 19. A masturbação
era capaz de causar todo tipo de doença física e moral, sendo considerada uma
violação das leis da natureza (MASTERS; JOHNSON, 1966).
No século 20, as mulheres passaram por uma grande reformulação de seu
papel na sociedade. Algumas das grandes conquistas foram a saída ao mercado de
trabalho, levando à independência financeira, e a revolução sexual ocorrida com o
advento da pílula anticoncepcional, desvinculando definitivamente o aspecto
prazeroso do reprodutivo na sexualidade feminina (DIEHL; VIEIRA, 2017).
O orgasmo hoje passou a ser desejável e considerado necessário para uma
boa vida sexual. “Anormal” é não o ter! O incentivo ao orgasmo é tão grande hoje que
ter apenas um orgasmo parece pouco. Muito se fala sobre os múltiplos orgasmos e
as diversas maneiras de obtê-los. A importância de ter um orgasmo é enfatizada de
tal forma que passou a ser uma prova de feminilidade que deve acompanhar,
necessariamente, todos os atos sexuais. Isso trouxe, cor consequência, o
posicionamento do orgasmo como meta principal e obrigatória a ser atingida,
ocasionando angustia e ansiedade àquelas que não experimentam tal sensação. O
orgasmo passou a ser o objetivo principal da satisfação sexual, e não uma
consequência natural dela (DIEHL; VIEIRA, 2017).
As pesquisas sobre sexualidade ganharam espaço no século 20, buscando
estudar o comportamento sexual de pessoas “comuns” em seu dia a dia. Kinsey et al.
(1953) e, depois, Masters e Johnson (1966) quebraram grandes mitos relacionados
com a sexualidade. Um dos mais importantes foi aquele referente à primazia do
orgasmo vaginal sobre o clitoriano, criado por Freud a partir do desenvolvimento da
teoria psicanalítica. Afirmava Freud que as mulheres mais maduras psiquicamente
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9.1.1 Biológicos
9.1.2 Psicossociais
9.2.1 Anamnese
9.2.2 Terapia
10 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
______. Seeking help for sexual function complaints: What gynecologists need to
know about the female patient’s experience. Fertility and sterility, v. 79, n. 3, p.
572-576, 2003b.
DIEHL, A.; VIEIRA, D. L (org.) Sexualidade: Do prazer ao sofrer. São Paulo: Roca,
2017.
HAYES, R. D. et al. What is the “true” prevalence of female sexual dysfunctions and
does the way we assess these conditions have an impact? Journal of Sexual
Medicine, v. 5, n. 4, p. 777-787, 2008.
LAUMANN, E. O.; PAIK, A.; ROSEN, R. C. Sexual dysfunction in the United States:
Prevalence and predictors. Jama, v. 281, n. 6, p. 537-544, 1999.
OAKLEY, Susan H. et al. Clitoral size and location in relation to sexual function using
pelvic MRI. Journal of Sexual Medicine, v. 11, n. 4, p. 1013-1022, 2014.
SMITH, L. J. et al. Sex after seventy: A pilot study of sexual function in older persons.
Journal of Sexual Medicine, v. 4, n. 5, p. 1247-1253, 2007.
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