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Aula 00

Passo Estratégico de Legislação Tributária - Receita Federal 2017/2018

Professor: Claudio Ferrer de Souza

00000000000 - DEMO
Passo EstratŽgico
Legisla•‹o Tribut‡ria p/ AFRFB
Analista Cl‡udio Ferrer de Souza

Imposto sobre a Renda e Proventos


de Qualquer Natureza

CritŽrios Orientadores - Renda e Proventos.


Disponibilidade Econ™mica ou Jur’dica.
AcrŽscimo Patrimonial.

Tributa•‹o das Pessoas F’sicas - Contribuintes.


Respons‡veis. Domic’lio Fiscal.

Apresenta•‹o ............................................................................1
Introdu•‹o ................................................................................3
An‡lise Estat’stica .....................................................................3
An‡lise das Quest›es ............................................................. ..6
Orienta•›es de Estudo Ð Checklist............................................11
Pontos a Destacar ...................................................................12
Question‡rio de Revis‹o..........................................................13

Apresenta•‹o

Ol‡ futuro colega,


Digo colega porque sou Auditor-Fiscal da RFB e se voc• est‡ adquirindo
este material com esse n’vel, tenho plena convic•‹o de que
trabalharemos juntos num futuro muito pr—ximo.
Meu nome Ž Cl‡udio Ferrer de Souza. Serei o analista da matŽria
Legisla•‹o Tribut‡ria do Passo EstratŽgico!
Fui concurseiro como voc• e posso dizer que o esfor•o dispendido para
ser aprovado compensa. A aprova•‹o em concurso pœblico num bom
cargo garante uma boa remunera•‹o, estabilidade e uma —tima
perspectiva de qualidade de vida. Abaixo segue um pouco da minha
experi•ncia profissional, acad•mica e como concurseiro:

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Passo EstratŽgico
Legisla•‹o Tribut‡ria p/ AFRFB
Analista Cl‡udio Ferrer de Souza

Analista do Passo EstratŽgico - disciplina: Legisla•‹o Tribut‡ria


Professor de aulas presenciais preparat—rias para concursos. Professor da FGV (GVLaw)
e FIPECAFI. Legisla•‹o Tribut‡ria e Direito Tribut‡rio.
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil desde 2007, com a fus‹o dos fiscos federais.
Ingressei na Administra•‹o Pœblica Federal como TŽcnico do Tesouro Nacional - antigo
TTN e atual cargo de Analista Tribut‡rio - aprovado no concurso de 1995. Antes disso era
Oficial da Marinha Brasileira, onde ingressei aos 14 anos de idade tambŽm por concurso
pœblico. Como TTN permaneci estudando e, em 1997, fui aprovado no concurso para
Fiscal de Contribui•›es Previdenci‡rias. Em 2007, a fiscaliza•‹o previdenci‡ria fundiu-se
com a fiscaliza•‹o da Receita Federal, —rg‹o onde estou atŽ hoje.
Aprovado em v‡rios concursos de diversas bancas.
Graduado em Ci•ncias Navais (Escola Naval).
Graduado em Direito (Universidade de S‹o Paulo).
Mestrado em Tributa•‹o Internacional (LL.M. International Taxation - Levin College of
Law - Universidade da Fl—rida)

Como j‡ disse acima, este material Ž diferenciado e o aluno que se


dedicar com esse instrumental ficar‡ muito pr—ximo de seu objetivo
final.
Fiquei muito honrado de fazer parte do time que ir‡ prepar‡-lo para a
aprova•‹o.
A matŽria de Legisla•‹o Tribut‡ria Ž recente nos concursos para
Auditores-Fiscais e Analistas-Tribut‡rios da Receita Federal estreando
em 2012. Entretanto, tal matŽria faz parte dos conhecimentos
espec’ficos com peso 2. Assim, aliado ao grau de dificuldade das
quest›es de 2014, trata-se de um conteœdo que o concurseiro n‹o pode
desprezar e, principalmente, deve saber organizar seu estudo.
Organiza•‹o e prioriza•‹o de conteœdos. Esses s‹o os principais
segredos do estudo dessa matŽria. Isto porque a estratŽgia em seu
estudo faz toda a diferen•a. O que refor•a ainda mais a import‰ncia do
material que preparamos para voc•.

Feitas as devidas apresenta•›es, Vamos ao trabalho!!!

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Legisla•‹o Tribut‡ria p/ AFRFB
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Introdu•‹o

A matŽria Legisla•‹o Tribut‡ria possui tr•s partes principais: Imposto de


Renda Pessoa F’sica - IRPF, Imposto de Renda Pessoa Jur’dica - IRPJ e
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.
Este relat—rio aborda normas constitucionais, normas gerais sobre o
Imposto de Renda e o in’cio da matŽria referente ao Imposto de Renda
Pessoa F’sica com os seguintes t—picos previstos no conteœdo
program‡tico de Legisla•‹o Tribut‡ria do œltimo edital do concurso de
AFRFB (2014): 1. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
Natureza. 1.1. CritŽrios orientadores. 1.1.1. Renda e Proventos.
Conceito. 1.1.2. Disponibilidade Econ™mica ou jur’dica. 1.1.3. AcrŽscimo
patrimonial. 1.2. Tributa•‹o das pessoas f’sicas. 1.2.7. Contribuintes.
1.2.8. Respons‡veis. 1.2.9. Domic’lio Fiscal.
IMPORTANTE: Como a matŽria Ž Legisla•‹o Tribut‡ria, n‹o
podemos fugir da Legisla•‹o. N‹o d‡ para estudarmos pelas Lei
espec’ficas que s‹o muito variadas ou mesmo livros que s‹o
muito desatualizados. Por isso, nossas B’blias nesta primeira
parte (IRPF) ser‹o o Regulamento do Imposto de Renda
(Decreto 3000/99) e a Instru•‹o Normativa RFB 1500/2014.
Como o Regulamento est‡ muito desatualizado, j‡ que Ž de
1999, a IN 1500 Ž um instrumento valioso para o estudo de
voc•s porque consolida as normas e as mant•m atualizadas, em
rela•‹o ao Imposto de Renda Pessoa F’sica.
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que s‹o
assuntos importantes para o concurso de Analista-Tribut‡rio. Um
dos assuntos Ž mais relevante tambŽm para o concurso de
Auditor-Fiscal, que s‹o os critŽrios para se definir os
contribuintes do IRPF. Entretanto, s‹o assuntos de base para o
conteœdo posterior, principalmente o tema relativo ao Imposto de
Renda de forma geral, aplic‡vel tanto ao IRPF como ao IRPJ.

Bom estudo!

An‡lise Estat’stica

Inicialmente, torna-se importante destacar que os sete t—picos foram


tratados como apenas um tema para fins estat’sticos. Esses sete t—picos
podem ser divididos em duas partes principais:
Explicamos.
1) ÒImposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer NaturezaÓ versa
sobre as normas constitucionais e normas gerais do C—digo Tribut‡rio

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Nacional relativas ao Imposto de Renda, aplic‡veis tanto ˆ pessoa f’sica


e ˆ pessoa jur’dica;
2) ÒIntrodu•‹o ao estudo do Imposto de Renda Pessoa F’sicaÓ que
determina o detalhamento das normas gerais do IRPF como o fato
gerador, os contribuintes, os respons‡veis e domic’lio fiscal.
Feitos os esclarecimentos iniciais, vejamos como os assuntos do
presente relat—rio t•m sido cobrados pela ESAF.

* Provas objetivas Ð ATRFB e AFRFB Ð òltimos 5 anos


Nos œltimos 5 anos, em concursos de Analista-Tribut‡rio e Auditor-
Fiscal, a ESAF cobrou os assuntos (mesmo que parcialmente) da
seguinte maneira:
Qtde de
Qtde de
concursos que % de incid•ncia
concursos que
previram os dos assuntos no
previram a
Assuntos assuntos no conteœdo
disciplina
conteœdo program‡tico
Legisla•‹o
program‡tico da da disciplina!
Tribut‡ria!
disciplina!

1. Imposto sobre a Renda e Proventos


de Qualquer Natureza. 1.1. CritŽrios
orientadores. 1.1.1. Renda e
Proventos. Conceito. 1.1.2.
Disponibilidade Econ™mica ou jur’dica.
1.1.3. AcrŽscimo patrimonial. 1.2. 3! 3! 100%
Tributa•‹o das pessoas f’sicas. 1.2.7.
Contribuintes. 1.2.8. Respons‡veis.
1.2.9. Domic’lio Fiscal.
!

Tabela 1

Qtde de
Qtde de
concursos que % de incid•ncia
concursos que
efetivamente dos assuntos
Assuntos previram os
cobraram os nas provas da
assuntos em
assuntos em banca!
edital!
prova!

1. Imposto sobre a Renda e Proventos


de Qualquer Natureza. 1.1. CritŽrios
orientadores. 1.1.1. Renda e
Proventos. Conceito. 1.1.2.
Disponibilidade Econ™mica ou jur’dica.
1.1.3. AcrŽscimo patrimonial. 1.2. 3! 2! 66,7%
Tributa•‹o das pessoas f’sicas. 1.2.7.
Contribuintes. 1.2.8. Respons‡veis.
1.2.9. Domic’lio Fiscal.
!

Tabela 2

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Com base nas tabelas acima, Ž poss’vel verificar que estes assuntos
possuem import‰ncia no contexto das provas da ESAF, j‡ que:
a) 100% dos editais dos concursos realizados pela banca com a
matŽria Legisla•‹o Tribut‡ria previram tais assuntos (tabela 1);
b) 66,7% das provas os assuntos foram de fato explorados (tabela 2).

* Provas objetivas de AFRFB Ð œltimos 5 anos


Especificamente para o cargo de AFRFB, a ESAF cobrou esses assuntos
(mesmo que de forma parcial) nos œltimos 5 anos (concursos de 2012 e
2014) conforme a seguir:

Qtde de Qtde de concursos


% de incid•ncia
concursos que que previram os
dos assuntos no
previram a assuntos no
Assuntos conteœdo
disciplina conteœdo
program‡tico da
Legisla•‹o program‡tico da
disciplina!
Tribut‡ria! disciplina!

1. Imposto sobre a Renda e


Proventos de Qualquer Natureza.
1.1. CritŽrios orientadores.
1.1.1. Renda e Proventos.
Conceito. 1.1.2. Disponibilidade
Econ™mica ou jur’dica. 1.1.3.
AcrŽscimo patrimonial. 1.2. 2 2 100%
Tributa•‹o das pessoas f’sicas.
1.2.7. Contribuintes. 1.2.8.
Respons‡veis. 1.2.9. Domic’lio
Fiscal.
!

Tabela 3

Qtde de
Qtde de concursos
concursos que % de incid•ncia
que efetivamente
Assuntos previram os dos assuntos nas
cobraram os
assuntos em provas de AFRFB!
assuntos em prova!
edital!

1. Imposto sobre a Renda e


Proventos de Qualquer Natureza.
1.1. CritŽrios orientadores.
1.1.1. Renda e Proventos.
Conceito. 1.1.2. Disponibilidade
Econ™mica ou jur’dica. 1.1.3.
AcrŽscimo patrimonial. 1.2. 2 1 50%
Tributa•‹o das pessoas f’sicas.
1.2.7. Contribuintes. 1.2.8.
Respons‡veis. 1.2.9. Domic’lio
Fiscal.

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Tabela 4

Com base nas tabelas, especificamente para o cargo de AFRFB,


verificamos que o assunto Ž ÒrelevanteÓ nos editais (tabela 3), tendo
sido efetivamente cobrado em uma das duas œltimas provas,
especificamente a œltima. (tabela 4).

* Conclus‹o
Como j‡ mencionei anteriormente, s‹o assuntos muit’ssimo
relevantes para o concurso de Analista-Tribut‡rio. Est‹o sempre
previstos nos editais da matŽria Legisla•‹o Tribut‡ria, atŽ porque s‹o
assuntos de base para conteœdos posteriores. Apesar de n‹o ser
cobrado em 2012, um dos temas j‡ foi parcialmente exigido no
concurso de AFRFB de 2014.
Portanto, s‹o assuntos que merecem dedica•‹o. N‹o podem ser
desprezados porque come•aram a cair, e s‹o base para todo o
estudo posterior de Imposto de Renda Pessoa F’sica e Jur’dica.
Portanto, n‹o deixem de estudar tais temas! Envolvem
provavelmente uma quest‹o em concurso.

An‡lise das Quest›es

Caro Concurseiro,
Essa se•‹o Ž muito importante. Seu objetivo Ž procurar identificar, por
meio de uma amostra de quest›es de prova, como a banca cobra o
assunto, de forma a orientar o estudo dos temas.
Inicialmente, vejamos como a ESAF cobra o tema ÒRendimentoÓ no
‰mbito da Tributa•‹o das Pessoas F’sicas:
(ESAF - 2012 Ð Analista-Tribut‡rio Ð Geral) Constitui rendimento
para fins do Imposto sobre a Renda, exceto,
a) todo o produto do capital.
b) o provento de qualquer natureza.
c) o acrŽscimo patrimonial n‹o correspondente aos
rendimentos declarados.
d) a pens‹o e os alimentos percebidos em mercadoria.
e) todo produto do trabalho.

GABARITO: letra ÒdÓ.


Tratou-se de quest‹o em que se cobra a defini•‹o do rendimento bruto
das pessoas f’sicas, que se relaciona ao fato gerador do IR previsto no

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artigo 43 do CTN - o acrŽscimo patrimonial. Tal defini•‹o est‡ prevista


no artigo 37 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99),
cuja reda•‹o segue abaixo (grifos nossos):
ÒArt. 37. Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do
trabalho ou da combina•‹o de ambos, os alimentos e pens›es
percebidos em dinheiro, os proventos de qualquer natureza, assim
tambŽm entendidos os acrŽscimos patrimoniais n‹o correspondentes
aos rendimentos declaradosÓ
Conforme a reda•‹o do artigo 37, somente os alimentos e pens›es
percebidos em dinheiro constituem base de c‡lculo para o IRPF. Se
recebidos em mercadoria, n‹o s‹o tributados e podem ser dedut’veis.
O aspecto que precisamos destacar Ž que Ž uma quest‹o baseada no
detalhe da reda•‹o da legisla•‹o. Quest‹o t’pica de concurso de
Analista-Tribut‡rio. Lembro a voc•s que a matŽria Ž Legisla•‹o
Tribut‡ria, portanto, mesmo em quest›es mais complexas e elaboradas
do concurso de AFRFB, a letra da lei Ž importante saber, ou seja,
precisa-se estudar pela legisla•‹o mesmo, n‹o apenas por explica•›es
de apostilas ou livros.
Pela elabora•‹o do œltimo concurso de Auditor-Fiscal, dificilmente uma
quest‹o baseada apenas num detalhe de reda•‹o seria exigida. Tal
informa•‹o pode ser exigida numa quest‹o mais complexa e mais
elaborada.

Vejamos agora um exemplo de quest‹o sobre o tema ÒContribuintesÓ


dentro do Imposto de Renda Pessoa F’sica:
(ESAF - 2012 Ð Analista-Tribut‡rio Ð Geral) S‹o contribuintes do
Imposto de Renda da Pessoa F’sica:
a) as pessoas f’sicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de
disponibilidade econ™mica ou jur’dica de renda ou proventos de
qualquer natureza.
b) as pessoas f’sicas domiciliadas ou residentes no Brasil, e aquelas que
mesmo sem serem residentes no Pa’s, sejam titulares de
disponibilidade econ™mica ou jur’dica de renda ou proventos de
qualquer natureza percebidos no exterior.
c) as pessoas f’sicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil,
titulares de disponibilidade econ™mica ou jur’dica de renda ou proventos
de qualquer natureza.
d) as pessoas f’sicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de
disponibilidade econ™mica ou jur’dica de renda ou proventos de
qualquer natureza que percebam os rendimentos somente de fontes
situadas no Pa’s.

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e) as pessoas f’sicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil,


titulares de disponibilidade econ™mica ou jur’dica de renda ou proventos
de qualquer natureza, que percebam rendimentos, independentemente
da localiza•‹o da fonte.

GABARITO: letra ÒaÓ.


A quest‹o cobra do candidato o conhecimento do critŽrio de resid•ncia
como definidor do contribuinte do Imposto de Renda Pessoa F’sica. O
contribuinte do IRPF Ž o residente no Brasil, independente de
nacionalidade, de fontes de rendimentos no pa’s e no exterior. O
n‹o-residente Ž contribuinte do IRPF apenas de fontes
provenientes do Brasil. Isto conforme o artigos 2o. e 3o. do
Regulamento do Imposto de Renda.
A ESAF sempre procura confundir neste tipo de quest‹o o candidato
falando que o contribuinte Ž brasileiro, procurando buscar a
nacionalidade. Ainda procura confundir as fontes de rendimentos que
podem variar em fontes provenientes do Brasil ou do exterior.
Observo que este tema de contribuintes do IRPF Ž o mais relevante
considerando o retrospecto da ESAF nos temas deste relat—rio, estando
presente em dois dos tr•s concursos realizados na matŽria Legisla•‹o
Tribut‡ria.
Voc•, concurseiro, deve estudar com cuidado os artigos 2o. e 3o. do
Regulamento do Imposto de Renda que determina que o critŽrio para
definir o contribuinte do IRPF Ž o de resid•ncia, independente de
nacionalidade. E voc• deve saber que o residente ou domiciliado no
Brasil Ž contribuinte de fontes de rendimentos origin‡rias do Brasil ou
do exterior. J‡ o n‹o-residente Ž contribuinte do IRPF de fontes de
rendimentos origin‡rias apenas do Brasil.

Para confirmar que este Ž o tema mais importante para o concurseiro


deste relat—rio, considerando as quest›es j‡ exigidas pela ESAF, tal
tema ÒContribuintesÓ, dentro do Imposto de Renda Pessoa F’sica, voltou
a ser exigido em 2014. Apenas, seguindo uma estrutura de quest›es
mais complexas e elaboradas, tal tema foi cobrado parcialmente com
outros dois temas que ser‹o objeto do nosso pr—ximo relat—rio -
rendimentos tribut‡veis e rendimentos isentos ou n‹o tribut‡veis:

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(ESAF - 2014 - AFRFB) Pablo Ž brasileiro e vive no exterior h‡ alguns


anos, em pa’s que tributa a renda da pessoa f’sica em percentual muito
superior ˆ tributa•‹o brasileira. Pablo mantŽm fortes la•os com o Brasil,
para onde envia, mensalmente, os produtos artesanais por ele
desenvolvidos, recebendo justa contrapresta•‹o da Jeremias Artesanato
Mundial Ltda., revendedora exclusiva de sua produ•‹o, com sede no
munic’pio de Salvador. AlŽm disso, Pablo possui im—vel na cidade de
Manaus, em raz‹o do qual recebe aluguŽis mensais, e presta servi•os
de consultoria para Matias Turismo Pantanal Ltda., empresa sediada no
munic’pio de Campo Grande. Ano passado, os pais de Pablo faleceram,
deixando joias e im—veis no Rio de Janeiro, tudo vendido pela sua irm‹,
Paola, que, em acordo com o irm‹o, enviou-lhe a metade da heran•a
que lhe cabia.

GABARITO: Resolveremos completamente esta quest‹o no pr—ximo


relat—rio. Para sua resolu•‹o, precisamos de dois passos. O primeiro
passo Ž a verifica•‹o de que em que tipo de contribuinte Pablo se
enquadra. A segunda parte Ž se os rendimentos s‹o tribut‡veis ou n‹o.
Por enquanto, resolveremos o primeiro passo. Pablo Ž um
contribuinte n‹o-residente, apesar de ser brasileiro. Assim, os
seus rendimentos tribut‡veis s‹o os origin‡rios de fontes de
pagamento no Brasil.
Confirma-se a relev‰ncia do tema para a ESAF. Grandes chances de tal
assunto continuar caindo n‹o isoladamente, mas em quest›es
conjugadas com outros temas.

Vamos a mais um exemplo de quest‹o da ESAF, agora sobre o tema


ÒRespons‡veisÓ inserido no assunto do Imposto de Renda Pessoa F’sica.
Trata-se de mais uma quest‹o do concurso de Analista-Tribut‡rio que
procura exigir a literalidade da lei, a chamada pelo concurseiro de
quest‹o ÒdecorebaÓ.
(ESAF - 2012 Ð ƒ pessoalmente
Analista-Tribut‡rio Ð Geral)
respons‡vel pelo pagamento do Imposto de Renda da Pessoa F’sica
a) o sucessor a qualquer t’tulo quando se apurar, na abertura da
sucess‹o, que o de cujos n‹o apresentou declara•‹o de rendimentos de
exerc’cios anteriores, caso em que responde por toda a d’vida.
b) o esp—lio, pelo tributo devido pelo de cujos, quando se apurar que
houve falta de pagamento de imposto devido atŽ a data da abertura da
sucess‹o, sendo que, nesse caso, n‹o ser‹o cobrados juros morat—rios
e multa de mora.

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c) o c™njuge meeiro, quando se apurar, na abertura da sucess‹o, que o


de cujos apresentou declara•‹o de exerc’cios anteriores com omiss‹o
de rendimentos, mesmo que a declara•‹o tenha sido em separado.
d) o sucessor a qualquer t’tulo, pelo tributo devido pelo de cujos atŽ a
data da partilha ou da adjudica•‹o, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinh‹o, do legado ou da heran•a.
e) o sucessor a qualquer t’tulo e o c™njuge meeiro quando se apurar, na
abertura da sucess‹o, que o de cujos n‹o apresentou declara•‹o de
rendimentos de exerc’cios anteriores ou o fez com omiss‹o de
rendimentos, caso em que respondem por toda a d’vida.

GABARITO: letra ÒdÓ.


Trata-se de aplica•‹o do tema de responsabilidade de sucessores
previsto no artigo 23 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto
3000/99).
No caso de falecimento da pessoa f’sica, tem-se a abertura da sucess‹o
com o invent‡rio e o surgimento do Esp—lio como entidade sem
personalidade jur’dica que congrega os bens, direitos e obriga•›es do
falecido - Òde cujusÓ. Este Ž o contribuinte sobre os fatos geradores
ocorridos atŽ a partilha ou adjudica•‹o dos bens. Se o contribuinte Òde
cujusÓ n‹o apresenta declara•‹o e/ou n‹o paga os tributos enquanto
estava vivo (declara•‹o e pagamento devem ser efetuados em nome do
esp—lio), tanto o esp—lio como os herdeiros/c™njuge sobrevivente s‹o
respons‡veis, mas estes œltimos limitados ao montante da heran•a,
legado ou quinh‹o a ser recebido.
Assim, o artigo 23 prev• que os sucessores (c™njuge meeiro
sobrevivente e herdeiros, por exemplo) s‹o respons‡veis pelo tributo
atŽ a data da partilha ou a da adjudica•‹o, limitada esta
responsabilidade atŽ o montante a ser recebido do quinh‹o,
legado ou heran•a. Esta informa•‹o j‡ elimina quase todas as
alternativas. O esp—lio responde pelo tributo devido atŽ a data da
abertura da sucess‹o quando o contribuinte era o Òde cujusÓ, e os juros
e multa de mora s‹o devidos.

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Orienta•›es de Estudo Ð Checklist

O prop—sito desta se•‹o Ž apresentar uma espŽcie de checklist para o


estudo da matŽria, de forma que o candidato n‹o deixe nada
importante de fora em sua prepara•‹o.
Assim, ˆquele que nunca estudou o assunto, recomendamos que ˆ
medida que for lendo seu curso te—rico, concomitantemente observe se
prestou a devida aten•‹o aos pontos elencados aqui no checklist, de
forma que o estudo inicial j‡ seja realizado de maneira bem completa.
Por outro lado, aquele que j‡ estudou o assunto, pode utilizar o
checklist para verificar se eventualmente n‹o h‡ nenhum ponto que
tenha passado despercebido no estudo. Se isso acontecer, realize o
estudo complementar do assunto.
Com base na an‡lise das quest›es colhidas, bem como no exame do
conteœdo que rege o assunto, aconselhamos que compreenda e
memorize pelo menos:
1) Rela•‹o entre os critŽrios orientadores do Imposto de Renda e o
princ’pio da isonomia;
2) Limites constitucionais aplicados ao Imposto de Renda, como a
Irretroatividade e a Anterioridade do Exerc’cio Financeiro;
3) Detalhamento do artigo 43 do C—digo Tribut‡rio Nacional,
observando os conceitos de disponibilidade econ™mica ou jur’dica,
renda, proventos de qualquer natureza e acrŽscimo patrimonial;
4) Entendimento dos principais critŽrios para determina•‹o dos
contribuintes do IRPF - residente e n‹o-residente;
5) Regras especiais acerca de contribuintes como
menores/incapazes, sociedade conjugal, esp—lio, bens em condom’nio;
6) Normas de mudan•a do contribuinte n‹o-residente para residente
e vice-versa;
7) Normas de responsabilidade tribut‡ria do IRPF;
8) CritŽrios para fixa•‹o do domic’lio fiscal da Pessoa F’sica

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Pontos a Destacar

O objetivo desta se•‹o Ž destacar alguns aspectos da matŽria que


entendemos que merecem destaque, levando em considera•‹o a an‡lise
das quest›es e do conteœdo, bem como a nossa experi•ncia em
concursos pœblicos.

Assim, sem a pretens‹o de esgotar o conteœdo do assunto Ð que Ž


fun•‹o do professor Ð gostar’amos de chamar aten•‹o para alguns
pontos:
1) Tratar das dimens›es horizontais e verticais do Princ’pio da
Isonomia utilizando os critŽrios orientadores do Imposto de
Renda. Generalidade e Universalidade - Princ’pio da Igualdade
(Dimens‹o Horizontal) e Progressividade (Dimens‹o Vertical).
Progressividade no IRPF - tabela progressiva. Progressividade no
IRPJ - Adicional do IRPJ - 10%.
2) Nos limites constitucionais, observa-se que a noventena n‹o se
aplica ao IR. Ainda no princ’pio da Irretroatividade, observamos
que, em decis›es recentes do STF, a sœmula 584 (Ao imposto de
renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei
vigente no exerc’cio financeiro em que deve ser apresentada a
declara•‹oÓ) teve reafirmada sua vig•ncia (RE 183.130). Este
recurso extraordin‡rio de 2016 assentou que a sœmula deve ser
afastada na utiliza•‹o do Imposto de Renda com conota•‹o
extrafiscal. Tal ponto Ž importante, porque a doutrina entendia
que tal sœmula seria modificada pelo STF, o que n‹o ocorreu no
julgamento citado recentemente. Foi afastada apenas numa
situa•‹o espec’fica.
3) Entendimento do STF de que o artigo 43 do CTN acerca do fato
gerador do IR resume-se ˆ necessidade do contribuinte ter
acrŽscimo patrimonial.
4) CritŽrio de resid•ncia (fontes de rendimentos no Brasil ou no
exterior) e n‹o-resid•ncia (fontes no Brasil) foi o œnico assunto
deste relat—rio explorado em concurso de AFRFB (œltimo
concurso). Por isso, tal tema deve ser muito bem estudado e
entendido.
5) Cuidado que as regras da sociedade conjugal aplicam-se a outros
tipos de Uni‹o como a Uni‹o Est‡vel, Separa•‹o de Fato (n‹o
houve formaliza•‹o de separa•‹o judicial ou div—rcio), Uni‹o
Homoafetiva.

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6) Responsabilidade de sucessores Ž um assunto sempre muito


cobrado neste tema espec’fico de responsabilidade, j‡ caindo em
concurso de Analista-Tribut‡rio.
7) CritŽrio de fixa•‹o do domic’lio fiscal da pessoa f’sica Ž o de
elei•‹o.

Question‡rio de Revis‹o

A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel


realizar uma revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso
para todos os t—picos do edital, um pouquinho a cada relat—rio!
ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O
leitor pode, por exemplo:
1. ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;
2. ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o
mais r‡pida;
3. eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.

Destacamos que apenas o tema ÒcontribuintesÓ foi objeto de


quest‹o no œltimo concurso de AFRFB em 2014. Isto n‹o quer
dizer que os outros temas n‹o podem ser exigidos em futuras
provas. Entendimentos recentes como, por exemplo, a
reafirma•‹o da Sœmula do STF 584 relacionada ao tema dos
limites constitucionais (Irretroatividade) ˆ tributa•‹o do
Imposto de Renda s‹o muito relevantes porque a ESAF adora
pedir tais novidades em prova.

Primeiramente apresentaremos o question‡rio sem respostas. Logo


depois, ser‡ apresentado o question‡rio com respostas:

***Question‡rio - somente perguntas:***


1) Quais s‹o os critŽrios orientadores do Imposto de Renda previstos na
Constitui•‹o Federal, em que consistem e qual sua rela•‹o com o
Princ’pio da Isonomia?
2) Quais s‹o os limites constitucionais aplic‡veis especificamente ao
Imposto de Renda?
3) Dentre as normas gerais de impostos previstas no CTN, qual Ž o fato
gerador do Imposto de Renda?

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4) O que Ž a disponibilidade econ™mica ou jur’dica prevista no conceito


do Fato Gerador do Imposto de Renda?
5) Qual Ž o conceito de renda e proventos de qualquer natureza? Como
o STF resumiu o fato gerador do Imposto de Renda?
6) J‡ no Imposto de Renda Pessoa F’sica, qual Ž o conceito de
rendimento bruto?
7) Quais s‹o os critŽrios para a defini•‹o dos contribuintes do Imposto
de Renda Pessoa F’sica?
8) Quais s‹o as possibilidades de tributa•‹o do menor ou incapaz no
Imposto de Renda Pessoa F’sica?
9) Quais s‹o as possibilidades de tributa•‹o da sociedade conjugal no
Imposto de Renda Pessoa F’sica? A que tipos de Uni‹o se aplicam as
mesmas regras da sociedade conjugal?
10) Quais s‹o as possibilidades de tributa•‹o do esp—lio e do c™njuge
sobrevivente no Imposto de Renda Pessoa F’sica?;
11) Como deve ser efetuada a tributa•‹o dos rendimentos e
informa•‹o dos bens em condom’nio?
12) Como se d‡ a transfer•ncia do contribuinte residente para n‹o-
residente?
13) Quais s‹o os critŽrios para o n‹o-residente tornar-se residente?
Existem isen•›es espec’ficas de estrangeiros residentes no Brasil
como diplomatas?
14) Quais s‹o os respons‡veis pelo Imposto de Renda Pessoa F’sica
determinados pela lei?
15) Qual Ž o critŽrio ou quais s‹o os critŽrios de fixa•‹o de domic’lio
fiscal da pessoa f’sica determinados pela legisla•‹o?

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***Question‡rio: perguntas com respostas***


1. Quais s‹o os critŽrios orientadores do Imposto de Renda previstos
na Constitui•‹o Federal, em que consistem e qual sua rela•‹o com
o Princ’pio da Isonomia?
Conforme o artigo 153 ¤ 2¼ da CF, o Imposto de Renda ser‡
informado pelos critŽrios da generalidade (todos podem ser
tributados - aspecto subjetivo), universalidade (todas as rendas
s‹o tribut‡veis - aspecto objetivo) e da progressividade. Os dois
primeiros critŽrios est‹o em sintonia com a dimens‹o horizontal
do princ’pio da isonomia (igualdade) enquanto a progressividade
relaciona-se ˆ dimens‹o vertical (tratar de forma desigual os
desiguais)

2. Quais s‹o os limites constitucionais aplic‡veis especificamente ao


Imposto de Renda?
Qualquer limite constitucional aplic‡vel a tributos e/ou impostos
de forma geral deve ser aplicado ao Imposto de Renda. Assim, os
princ’pios da legalidade, do tratamento igualit‡rio entre
contribuintes, irretroatividade, anterioridade do exerc’cio
financeiro, veda•‹o do confisco e imunidades do 150 VI s‹o
aplic‡veis. Cite-se ainda o artigo 151 que trata da uniformidade
regional de tributos e veda•‹o da tributa•‹o de agentes pœblicos
dos Estados e Munic’pios acima dos pr—prios agentes da Uni‹o.
Podemos acrescentar que normas gerais acerca dos fatos
geradores, contribuintes e bases de c‡lculo devem estar em Lei
Complementar (CTN).
Refor•o, no princ’pio da Irretroatividade, que, em decis›es
recentes do STF, a sœmula 584 (ÒAo imposto de renda
calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei
vigente no exerc’cio financeiro em que deve ser
apresentada a declara•‹oÓ) teve reafirmada sua vig•ncia
(RE 183.130). Este recurso extraordin‡rio de 2016
assentou que a sœmula deve ser afastada na utiliza•‹o do
Imposto de Renda com conota•‹o extrafiscal. Tal ponto Ž
importante, porque a doutrina entendia que tal sœmula
seria modificada pelo STF, o que n‹o ocorreu no julgamento
citado recentemente. Foi afastada apenas numa situa•‹o
espec’fica.

3. Dentre as normas gerais de impostos previstas no CTN, qual Ž o


fato gerador do Imposto de Renda?
O fato gerador do imposto de renda est‡ previsto no artigo 43 do
CTN. ƒ a disponibilidade econ™mica ou jur’dica de renda e
proventos de qualquer natureza.

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4. O que Ž a disponibilidade econ™mica ou jur’dica prevista no


conceito do Fato Gerador do Imposto de Renda?
N‹o h‡ na doutrina consenso sobre o que Ž disponibilidade
econ™mica ou jur’dica. Alguns autores dizem que disponibilidade
jur’dica Ž estar de acordo com a lei enquanto a ec™nomica Ž estar
em desconformidade com a lei. A ESAF definiu como aquisi•‹o de
disponibilidade econ™mica a obten•‹o da faculdade de usar, gozar
e dispor de dinheiro ou de coisas nele convers’veis, entrados para
o patrim™nio do adquirente por ato, fato ou neg—cio jur’dico. ƒ o
ter de fato (concretamente). J‡ a aquisi•‹o da disponibilidade
jur’dica, segundo a ESAF, Ž a obten•‹o de direitos de crŽdito, n‹o
sujeitos ˆ condi•‹o suspensiva (representados por t’tulos ou
==0==

documentos de liquidez e certeza, que podem ser convertidos em


moeda ou equivalente). ƒ o ter o direito/abstratamente.

5. Qual Ž o conceito de renda e proventos de qualquer natureza?


Como o STF resumiu o fato gerador do Imposto de Renda?
Renda Ž o produto do capital, do trabalho ou da combina•‹o de
ambos enquanto proventos de qualquer natureza Ž qualquer
acrŽscimo patrimonial n‹o compreendido no conceito de renda.
O STF entende que renda e proventos no fato gerador do IR
devem representar acrŽscimo patrimonial. Entretanto, mesmo
quando a origem n‹o Ž identificada ou comprovada, ocorre
o fato gerador.

6. J‡ no Imposto de Renda Pessoa F’sica, qual Ž o conceito de


rendimento bruto?
Conforme artigo 37 do Regulamento do Imposto de Renda,
Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do
trabalho ou da combina•‹o de ambos, os alimentos e pens›es
percebidos em dinheiro, os proventos de qualquer natureza, assim
tambŽm entendidos os acrŽscimos patrimoniais n‹o
correspondentes aos rendimentos declarados.
Aten•‹o que alimentos e pens›es entram no rendimento
bruto somente quando pagos em dinheiro. Isto j‡ foi
quest‹o de concurso de Analista Tribut‡rio.

7. Quais s‹o os critŽrios para a defini•‹o dos contribuintes do


Imposto de Renda Pessoa F’sica?
O critŽrio Ž de resid•ncia. Pessoas f’sicas residentes ou

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domiciliadas no Brasil s‹o contribuintes em fun•‹o de


qualquer renda ou provento, independente de origem
(Brasil e exterior) e tambŽm de nacionalidade, sexo, idade,
estado civil ou profiss‹o.
J‡ as pessoas f’sicas domiciliadas ou residentes no exterior
s‹o contribuintes de rendas e proventos percebidos no
pa’s. (artigos 2o. e 3o. do Regulamento do IR)
Assunto mais importante, segundo os œltimos concursos,
dentre os temas deste relat—rio. ESAF sempre tenta
confundir o candidato trazendo a nacionalidade.

8. Quais s‹o as possibilidades de tributa•‹o do menor ou incapaz no


Imposto de Renda Pessoa F’sica?
A capacidade tribut‡ria independe da capacidade civil.
Menores e incapazes s‹o contribuintes se tiverem acrŽscimo
patrimonial. A tributa•‹o e declara•‹o de seus rendimentos pode
ser em conjunto ou em separado com seus respons‡veis.

9. Quais s‹o as possibilidades de tributa•‹o da sociedade conjugal


no Imposto de Renda Pessoa F’sica? A que tipos de Uni‹o se
aplicam as mesmas regras da sociedade conjugal?
A sociedade conjugal pode tributar os rendimentos dos bens
comuns de forma conjunta (uma œnica declara•‹o) ou em
separado (50% dos rendimentos comuns em cada declara•‹o, ou
100% dos rendimentos comuns em uma das declara•›es). Os
bens comuns devem ser declarados integralmente em uma das
declara•›es sem divis‹o.
Aplicam-se as normas da sociedade conjugal ˆ Uni‹o
Est‡vel, ˆ sociedade de fato e ˆ Uni‹o Homoafetiva.

10.Quais s‹o as possibilidades de tributa•‹o do esp—lio e do c™njuge


sobrevivente no Imposto de Renda Pessoa F’sica?
Com o falecimento da pessoa f’sica, o esp—lio torna-se
contribuinte desde a abertura da sucess‹o atŽ a partilha ou
adjudica•‹o dos bens. Os rendimentos comuns com o c™njuge
sobrevivente devem ser declarados 50% com o Esp—lio ou 100%
apenas no Esp—lio. Os bens comuns somente podem ser
declarados pelo Esp—lio.

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11.Como deve ser efetuada a tributa•‹o dos rendimentos e


informa•‹o dos bens em condom’nio?
A tributa•‹o e informa•‹o dos rendimentos comuns em
condom’nio deve ser efetuada em cada declara•‹o de forma
proporcional ˆ propriedade. TambŽm a informa•‹o dos bens
comuns deve seguir ˆ propor•‹o.
Observe-se que tal critŽrio Ž diferente da sociedade conjugal, que
j‡ mencionamos na pergunta 9. Se houver estipula•‹o contratual
de propor•‹o de bens e rendimentos nas Uni›es Est‡veis ou
Homoafetivas, a tributa•‹o e declara•‹o devem seguir estas
propor•›es, conforme IN RFB 1500/2014.

12.Como se d‡ a transfer•ncia do contribuinte residente para n‹o-


residente?
Pela transmiss‹o da Comunica•‹o de Sa’da Definitiva, que
informa quando o residente deixa essa condi•‹o no decorrer do
ano-calend‡rio, e da Declara•‹o de Sa’da Definitiva do Pa’s
para informar os rendimentos recebidos no ano-calend‡rio atŽ o
m•s de sa’da do Brasil.

13.Quais s‹o os critŽrios para o n‹o-residente tornar-se residente?


Existem isen•›es espec’ficas de estrangeiros residentes no Brasil
como diplomatas?
O n‹o-residente torna-se residente, no caso do Brasileiro, quando
retornar ao Brasil com ‰nimo definitivo. No caso do estrangeiro
portador de visto permanente, torna-se residente a partir de sua
chegada se iniciar o recebimento de rendimentos tribut‡veis. No
caso de estrangeiros com visto tempor‡rio para trabalhar, se
trabalhar com v’nculo empregat’cio, a partir da data de sua
chegada.
Outro critŽrio para os portadores de visto tempor‡rio, por
qualquer outro motivo, Ž se aqui permanecer por per’odo superior
a cento e oitenta e tr•s dias, consecutivos ou n‹o, contado, dentro
de um intervalo de doze meses, da data de qualquer chegada, em
rela•‹o aos fatos geradores ocorridos a partir do dia subseqŸente
ˆquele em que se completar referido per’odo de perman•ncia.
Os rendimentos do trabalho s‹o isentos para diplomatas
independente de qualquer condi•‹o. J‡ servidores de
organismos internacionais, h‡ a necessidade de tratado ou
conv•nio enquanto o servidor n‹o brasileiro de embaixada,
consulado e reparti•‹o oficial depende de reciprocidade entre os
pa’ses.

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14.Quais s‹o os respons‡veis pelo Imposto de Renda Pessoa F’sica


determinados pela lei?
Temos a responsabilidade dos sucessores do artigo 23 do
Regulamento do IR - RIR, a responsabilidade de terceiros (artigo
24 do RIR), a de menores (artigo 27 do RIR) e a da fonte
pagadora (artigo 45 par‡grafo œnico do CTN).
Sempre costuma cair mais a responsabilidade de sucessores que
trata do esp—lio e do c™njuge sobrevivente/herdeiros. Explicamos
nas quest›es comentadas que j‡ ca’ram em concurso.
A responsabilidade de terceiros Ž a mesma estudada no Direito
Tribut‡rio imputada ˆ alguŽm por solidariedade por omiss‹o ou
pelos atos que intervierem. Exemplos: pais pelos IRPF dos filhos
menores e inventariante pelo tributo devido pelo esp—lio.
A da fonte pagadora Ž talvez a responsabilidade pr‡tica mais
importante do IRPF, mas Ž uma norma geral aplic‡vel a v‡rios
outros tributos.
Cuidado com a responsabilidade de menores que Ž espec’fica do
IRPF e protege os rendimentos e bens dos menores que devem
responder proporcionalmente entre seus rendimentos tribut‡veis e
o total da Base de C‡lculo do IRPF, quando declarados
conjuntamente com seus pais.

15.Qual Ž o critŽrio ou quais s‹o os critŽrios de fixa•‹o de dom’cilio


fiscal da pessoa f’sica determinados pela legisla•‹o?
Importante mencionar que, no caso da pessoa f’sica, o
critŽrio para a fixa•‹o do domic’lio tribut‡rio Ž a elei•‹o,
conforme C—digo Tribut‡rio Nacional. Os critŽrios do artigo 28
do Regulamento do Imposto de Renda devem ser utilizados em
caso de n‹o determina•‹o do domic’lio pelo contribuinte.
Exemplos de critŽrios: resid•ncia habitual, lugar da profiss‹o ou
fun•‹o, mais de uma resid•ncia - o local da apresenta•‹o
continuada das declara•›es de rendimentos.
Neste tema, destaca-se que a Administra•‹o Tribut‡ria
pode recusar o domic’lio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecada•‹o ou a fiscaliza•‹o do imposto. Neste
caso, a Administra•‹o Tribut‡ria tentar‡ fixar de of’cio o
lugar da resid•ncia habitual ou o centro habitual de
atividade do contribuinte. N‹o sendo poss’vel esta œltima
regra, o domic’lio ser‡ o lugar onde se encontrem seus
bens principais, ou onde ocorreram os atos e fatos que
deram origem ˆ obriga•‹o tribut‡ria.

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Nosso primeiro estudo fica por aqui. O pr—ximo relat—rio ser‡ o mais
importante do estudo do Imposto de Renda Pessoa F’sica. Aguarde!!!

Grande abra•o e bons estudos!

CLAUDIO FERRER DE SOUZA

PROFESSOR LEGISLA‚ÌO TRIBUTçRIA

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