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POP - Setor de Imunohematologia PDF
POP - Setor de Imunohematologia PDF
NO
SETOR DE IMUNOHEMATOLOGIA
Data da implantação:
1. OBJETIVO E APLICAÇÃO:
O objetivo da padronização é o melhor aproveitamento técnico dos reagentes, mais
agilidade e confiabilidade nos exames realizados no setor de imunohematologia da
agência transfusional do HUJM, obedecendo a (Portaria No1353 de 13 de Junho de
2011).
2. OBJETIVOS GERAIS:
Identificar o Grupo Sangüíneo, realizar Coombs dirteo e pesquisar anticorpos
irregulares dos pacientes do HUJM.
3. OBJETIVO ESPECÍFICO:
Apoio técnico nas investigações imunohematológicas para pacientes do HUJM.
4. PRINCÍPIO:
Determinar o Grupo ABO: A tipagem sangüínea direta pesquisa a presença de
antígenos ABO nas hemácias teste e a reversa seus anticorpos correspondentes
utilizando hemácias conhecidas A1 e B. Caso haja necessidade será feita a pesquisa de
subgrupos de A e AB.
Determinar o Fator Rh: Na determinação do tipo Rho (D), é obrigatório o uso do soro
anti-D e do controle Rh da mesmo fabricante e marca do soro Anti-D em uso, este
último pela possibilidade da presença de auto-anticorpos e /ou proteínas séricas
anormais.
MATERIAIS:
Equipamentos / Outros:
REAGENTES:
Soro mono ou policlonais anti-A, anti-B, anti-A,B. Caso seja utilizado anti-soros
MONOCLONAIS, a utilização do soro anti-A,B não é necessária.
Soro anti-D albuminoso (Rh), mono ou policlonais
Soro anti-D salino
Soro anti gama globulina = Coombs = Monoespecífico.
Soro poliespecífico = Anti Humano.
Controle de Rh, da mesma procedência do soro anti-D.
Hemácias conhecidas de grupo A1 e B em suspensão salina 3 – 5%.
Hemácias comerciais para triagem de anticorpos.
Controle de Coombs
Lecitinas anti-A1 e anti-H.
PROCEDIMENTOS:
Antes de iniciar o trabalho de o dia fazer o controle interno de todos os reagentes que
serão utilizados na rotina para testes em tubo – modelo anexo.
MÉTODO EM TUBO
SEPARAÇÃO DO SORO
A B AB Rh CR HA HB
h
DIRETA REVERSA
1. Colocar
2. Colocar
♦ 50 ul hemácias A1 no tubo HA
♦ 50 ul hemácias B no tubo HB
♦ 50 ul Suspensão Hemácias do doador nos tubos de A a CRh
INTERPRETAÇÃO:
DIRETA REVERSA
Reagentes / Grupo Soro Soro Soro Hemácias Hemácias
ABO Anti-A Anti-B Anti-AB A1 B
A + - + - +
B - + + + -
AB + + + - -
O - - - + +
Qualquer discrepância entre a tipagem DIRETA e REVERSA deverá ser resolvida pelo
responsável técnico do serviço que será informado imediatamente.
Rh Positivo e Rh Negativo
Quando a tipagem para D ou D-fraco resultar positivo o sangue será rotulado como Rh
POSITIVO.
Quando a tipagem para ambos resultar negativo o sangue será rotulado como Rh
NEGATIVO.
Para que a tipagem do fator Rh possa ser considerado como válido o resultado do
controle de Rh é sempre NEGATIVO.
Caso o controle de Rh (tubo CRh) seja POSITIVO não considerar o seu Rh e proceder
da seguinte maneira:
PESQUISA de D-fraco:
D fraco
A característica de reagir de modo atípico com anti-D apresentada por algumas células
foi descrita por Stratton, em 1946, como sendo tais células portadoras do fenótipo
D-fracas. De acordo com a descrição original, esse fenótipo não reagia ao método de
aglutinação direta, mas podiam ser expressos com o uso da técnica de AGH indireto
(Coombs Indireto). Atualmente sabemos que a diferença entre D Positivo e D-fraco é
quantitativa, não qualitativa. A maioria dos soros monoclonais utilizados regularmente
nas rotinas é capaz de detectar a maioria das amostras que foram até então
classificadas como D-fraco.
D Parcial
As hemácias que ao ser testado com antisoros monoclonais apresentarem resultados
negativos para o antígeno D, ou seja, Rh negativo deverão ser testadas novamente
utilizando-se reagentes de origem humana, policlonais para determinação da
possibilidade de tratar-se de um D categoria. Sabe-se que a presença de epitopos de
um antígeno D parcial é capaz de determinar a formação de um anticorpo
correspondente.
RECOMENDAÇÕES:
1. Utilizar um antissoro monoclonal que detecta o antígeno D parcial categoria VI
(DVI- ou IgG) e um antissoro que não detecta o antígeno D parcial categoria VI
(DVI- ou Ig M), quando houver discrepância nos resultados entre os dois
antissoros utilizados deve-se investigar a presença de D fraco e D parcial na
amostra.
2. Em pacientes RhD-negativo recomenda-se a pesquisa de antígeno “C” e ”E”
PRINCÍPIO:
Identificar 2 Tubos
I II
I II
A. Negativo
PRINCÍPIO: Anticorpos ditos irregulares são aqueles formados por imunização devido
a transfusões, gestações ou ingestão constante de material imunogênico, sendo de
classe IgM ou IgG, Em testes pré-transfusionais, além da determinação ABO e Rh e
prova de compatibilidade, é obrigatória também a realização da pesquisa de anticorpos
irregulares em receptores de hemocomponentes (RDC No 153 de 14/06/04). Quando
observada positividade no teste de triagem, deve-se identificar a classe e
especificidade do anticorpo responsável e selecionar sangue compatível, antígeno
REAGENTES:
MATERIAIS:
PROCEDIMENTO:
INTERPRETAÇÃO:
PRINCÍPIO: O sangue total de grupo O pode ser usado em pacientes com outros
grupos sangüíneos, em uma quantidade que não exceda um litro e nas emergências.
Nestes casos devem ser testados em salina e ter um título de aglutininas anti-A e anti-
B menor que 100.
MATERIAIS:
Centrífuga sorológica de mesa.
Estante de metal, porta tubos.
Pipeta automática 50 µl e 100 µl e 1000 µl.
Tubos de ensaio 10 x 75 mm.
Negatoscópio para leitura.
REAGENTES:
Solução fisiológica.
Suspensão de hemácias A1 e B, a 3-5%.
PROCEDIMENTO:
1. Em tubo de ensaio 10x75 mm, limpo preparar uma diluição do soro a ser testado a
1/100 (diluição em solução fisiológica).
9. TITULAÇÃO DE ISOHEMAGLUTININAS
MATERIAIS:
Centrífuga sorológica de mesa.
Estante de metal, porta tubos.
Pipeta automática 50 µl e 100 µl e 1000 µl.
Tubos de ensaio 10 x 75 mm.
Negatoscópio para leitura.
REAGENTES:
Solução fisiológica.
Hemácias de grupo A1 e B em suspensão de 2 a 5%, as quais podem ser obtidas
comercialmente ou preparadas diariamente no laboratório.
PROCEDIMENTO:
1. Preparar uma bateria de tubo 10x75 mm identificando-os como: 1/1, 1/2, 1/4, 1/8,
1/16, 1/32, 1/64, 1/128, 1/256, 1/512, 1/1024, 1/2048 e 1/4096, para uma titulação
seriada.
2. Com exceção do tubo 1/1, adicionar 100 µl de salina em todos.
3. Adicionar 100 µl do soro a ser testado aos tubos 1/1 e 1/2.
4. A partir do tubo 1/2 transferir 100 µl da mistura para o tubo seguinte
sucessivamente.
5. Reservar a ponteira no tubo 1/4096, caso seja necessário continuar as diluições.
6. Com exceção do tubo 1/4096, adicionar 50 ul da suspensão de hemácias contendo o
antígeno correspondente a tipagem reserva do soro teste.
7. Incubar em temperatura ambiente por 20 minutos.
8. Centrifugar por 15 segundos a 3400 R.P.M.. ou 1 minuto a 1000 R.P.M..
9. Realizar leitura e anotar os resultados.
MATERIAIS:
Centrífuga sorológica de mesa.
Estante de metal, porta tubos.
Pipeta automática 50 µl e 100 µl e 1000 µl.
Tubos de ensaio 10 x 75 mm e Negatoscópio para leitura.
REAGENTES: Solução fisiológica.
MATERIAIS:
Centrífuga sorológica de mesa.
Estante de metal, porta tubos.
Pipeta automática 50 µl e 100 µl e 1000 µl.
Tubos de ensaio 10 x 75 mm.
Negatoscópio para leitura.
REAGENTES:
Soro anti-gama globulina humana poli específico (soro anti-humano).
Soro anti-gama globulina humana mono específico (soro anti-IgG). O uso deste
reagente é importante na diferenciação do tipo de globulinas presentes na superfície
das hemácias a serem testadas
Hemácias a serem testadas lavadas por no mínimo 03 vezes com solução fisiológica e
preparadas em suspensão de 3-5%.
Reagente comercial de hemácias controle, recobertas por anticorpos IgG.
Interpretação
Hemácias testes sem aglutinação e o controle com aglutinação indicam resultado
negativo. Caso não seja observada aglutinação no tubo de hemácias controle devem-se
desconsiderar os resultados do T.A.D. e realizar-se um novo procedimento.
Em amostras com T.A.D. positivo, deverão ser realizados testes adicionais, incluindo-se
eluição e pesquisa de frações de complementos e IgA. Não deverão ser liberados
resultados antes da conclusão de toda a pesquisa.
Reação Positiva: Presença de anticorpos. Presença de alo-anticorpos em casos de
Doença Hemolítica do Recém-Nascido (D.H.R.N.) ou Reações Hemolíticas Pós-
Transfusionais.
Bioquímico
Técnico de laboratório.
Auxiliar de analises clinica.
13. COMENTÁRIOS: Este manual foi elaborado e implantado para ser seguido por
todos os profissionais envolvidos, padronizando todas as atividades desenvolvidas
neste setor.
GERAIS:
1. Descartar as lancetas, algodão e capilar dentro do descarpack.
2. Nunca recapar as lancetas.
3. Não abrir a centrífuga de microhematócrito antes da sua parada completa.
4. Não jogar material biológico na pia.
5. Fazer desinfecção concorrente no término de cada período e desinfecção terminal
mensalmente.
6. Lixo comum acondicionar em sacos escuros
7. Lixo infectante acondicionar em sacos brancos leitoso
8. Em caso de derramamento de material biológico, despeje hipoclorito de sódio 1% e
deixe agir por 20 minutos, limpar com papel toalha e descartá-lo em recipiente
apropriado.
9. Todo material cortante, perfurante ou perfuro-cortante tais como ampolas, lâminas
cortantes, agulhas e seringas, devem ser lacrados e enviados ao expurgo. Não
despreze estes materiais em outros cestos de lixo.
10. Caso ocorra algum ferimento durante seu trabalho, procure imediatamente o
serviço médico dos funcionários para comunicar a ocorrência e receber orientação.
11. Todo material cortante, perfurante ou perfuro-cortante tais como ampolas, lâminas
cortantes, agulhas e seringas, devem ser lacrados e enviados ao expurgo. Não
despreze estes materiais em outros cestos de lixo.
12. As bolsas de hemocomponentes não devem ser colocadas diretamente nas latas ou
depósitos de lixo;
13. Toda bolsa de sangue e hemocomponentes a ser descartada deve ser submetida a
algum método que elimine a infectividade de patógenos eventualmente presentes;
14. Depois de inativados as bolsas devem ser acondicionadas em sacos plásticos
destinados a resíduos biológicos;
15. É permitido o transporte de bolsas para serem incineradas em outros locais desde
que, sejam transportados em recipientes rígidos, lacrados, identificados e em
veículos apropriados;
16. Os demais materiais que deverão ser desprezados tais como frascos de soros,
seringas e equipos que não contenham sangue devem ser colocados em outro cesto
de lixo.
INDIVIDUAIS:
1. Lavar as mãos antes e após qualquer procedimento.
2. O papel utilizado para enxugar as mãos após a lavagem pode ser usado para fechar a
torneira, evitando uma eventual "recontaminação".
3. Troque as luvas imediatamente caso elas se contaminem com material biológico ou
apresentem sinais de perfuração ou rompimento;
4. Ao remover as luvas inverta-as completamente, evitando, que sua porção exterior
entre em contato com qualquer superfície;
5. Quando estiver utilizando luvas evitar tocar superfícies limpas, tais como
telefones, mesas ou maçanetas de portas;
6. Ao manipular o paciente utilize uma nova luva desprezando a anterior em local
adequado.
7. Utilizar os equipamentos de proteção individual.
8. Trajar vestimentas totalmente brancas ou aventais longos brancos de mangas
compridas, caso estejam trajando roupas que não sejam brancas;
9. Troque o avental sempre que estiver sujo e/ou contaminado.
10. Evitar sentar nas macas ou nas camas dos pacientes, sentar no chão, sentar nas
mesas ou nos balcões existentes no ambulatório;
11. É proibido comer, beber, fumar, cortar as unhas, passar cosmético ou colocar
lentes de contato no setor;
12. Cabelos longos devem ser presos;
1. Issitt, Peter D. & Issitt, Charla H. “Applied Blood Group Serology”. Second Edition
Second Repriting, jully 1977. Editora Spectra Biologicals (Division of Becton,
Dickinson and Company B-D).
2. Biotest S/A Industria E Comércio. “Triacel” Reagente de Glóbulos Vermelhos
Humanos (bula). Médico Resp. Drº Jacob Rosenblit CRM 4313.
3. Manual De Procedimentos Operacionais Padrão. “Fundação Pró-Sangue, São Paulo
SP”.
4. Padronização Laboratório de Compatibilidade UNICAMP
5. Unidade de Pesquisa lmunohematológica HEMOAM
6. Biotest s/a industria e comércio. “triacel” reagente de glóbulos vermelhos humanos
(bula). médico resp. Drº Jacob Rosenblit CRM 4313.
7. Manual de procedimentos operacionais padrão. “Fundação Pró-Sangue, São Paulo
SP”.
8. Marcelli. a. et alli. “Techniques en Imuno-hèmatologie”. mèdecine-sciences.
flamarion. 1981.
9. Lima, Callado Santos. “Curso de imunohematologia”. Faculdade de Medicina de
Botucatu. UNESP. 1992.
10. Technical Manual, American Association of Blood Banks 12 th edition, 1996.
11. Conselho Federal de Enfermagem - Resolução COFEN – Nº 200 de 15 de Abril de
1997
12. ABO Revista de MEDICINA Transfusional, Número 12 – Dezembro de 2002
13. Ministério de Estado da Saúde – Portaria No1353 de 13 de Junho de 2011.