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Ficha Técnica

Título: Artes Cénicas, Programa da I Ciclo


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 1500 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6244/RLINLD/2010

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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário
Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve


necessidade de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração
do aluno se faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes
para a vida continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram


desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral
enfrentar o mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje


tem em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da
DINEG, de professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas
instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço
da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas,


apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa
criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens
que amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se


enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e
Cultura e tem como objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado,
flexível e profissionalizante.
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos
estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que
contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as
estratégias de implementação;
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
• Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras
que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para
que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de
competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do
país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências


do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio
das Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas,
entre outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e


estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos,
críticos e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das
decisões individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de


conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a
compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais,
económicos, políticos e naturais;

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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um
espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se


organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para
compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e
comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas


relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e
como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na
vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza
para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida
quotidiana. Isto significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões
informadas, pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo
necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só


as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e
escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente
reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu
bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de
tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica
social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;

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g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na


prática educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a
fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar
situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a
escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as
regras de comportamento se elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da
comunidade escolar de forma coerente e sistemática.
PCESG:27
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça,
solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor
à pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e
pelo bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os
momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG
esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos
nos níveis subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de
perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação,
empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com


vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a
comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na
resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam
um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima
definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar
e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades
curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a
mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

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O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao
longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas
indicações para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no
texto de apoio sobre os temas transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que


permite estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em
várias áreas de conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as
actividades a realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam
professores, alunos e até a comunidade e constituam em momentos de ensino-
aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo


globalizado. No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas
Moçambicanas, línguas estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de


todas as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os
professores deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam
adequar o seu discurso às diferentes situações de comunicação. A correcção linguística
deverá ser uma exigência constante nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa,
exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros
momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser
encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a
escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de
comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar
informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e,
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação
da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e


responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no
trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

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O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus


conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de
soluções;
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o
desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa
actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a conhecimentos,
procedimentos e experiências de outras áreas do saber;
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos,
motivá-los e corrigi-los durante o processo de trabalho;
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o
mundo e transformá-lo;
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste
programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as
disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para
vida, de interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos
comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos
tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção
e correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da
região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em


equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo
assim para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é
mais um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para
reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e
conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e
pesquisa de informação, reflectindo criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os


recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma
comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural,
organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos.

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As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de
conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo;
entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e
debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação profissional.

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O ensino-aprendizagem da disciplina de Artes Cénicas

Artes Cénicas é uma inovação do novo currículo do Ensino Secundário Geral sendo a
continuidade da disciplina de Educação Musical introduzida em 2004 no âmbito do novo
currículo do Ensino Básico.
Os benefícios das expressões artísticas na formação integral do homem são já conhecidos.
O nosso país possui um mosaico cultural muito diversificado no que diz respeito às
tradições musicais, teatrais e de dança popular, que ainda merecem ser aprendidas,
pesquisadas e, sobretudo, preservadas.
Aqui no nosso país, as três áreas foram englobadas numa única disciplina de expressões
artísticas. Todavia, o seu desenrolar na sala de aulas não pressupõe, tanto da parte do
professor como do aluno, o conhecimento intrínseco e simultâneo dos assuntos contidos
nas três áreas. Por isso, em muitos países e ao longo de vários séculos, tem havido
sempre estabelecimentos de Ensino Superior como Conservatórios ou Academias de
Música, que têm programas curriculares diferentes daqueles que são seguidos nas
Academias de Dança e nas Faculdades de Teatro.
A aprendizagem da disciplina das Artes Cénicas no 1º Ciclo (8ª, 9ª e 10ª Classe) no Ensino
Secundário Geral deve ser opcional. Por outras palavras, o aluno que atingir este nível da
sua formação deve escolher apenas uma única modalidade para seguir dentro das três
áreas (Música, Dança e Teatro), pois a natureza de professores existentes mostra que um
professor não é capaz de leccionar as três áreas de conhecimento artístico ao mesmo
tempo. Esta impossibilidade deriva da complexidade de cada área artística.
Por esta razão, é muito raro a nível mundial, encontrar professores competentes para
leccionarem, ao mesmo tempo, as três modalidades que englobam a disciplina das Artes
Cénicas. Seria pesado demais para os estudantes, se cada aluno que ingressa no 1º Ciclo
do Ensino Secundário Geral fosse obrigado a frequentar a Música, a Dança e o Teatro.
Assim sendo, chegada a hora da leccionação da disciplina os alunos deverão dividir-se em
três grupos diferentes, segundo a escolha que cada um tiver feito no acto da sua
matrícula, indo uns para a sala onde se lecciona a Música; outros para a sala onde se
ensina a Dança e outros ainda para a sala onde se aprende a fazer o Teatro.
Artes Cénicas é uma disciplina que capacita ao aluno o desenvolvimento de recursos
expressivos no que diz respeito à voz, ao corpo, ao movimento e ao gesto. Espera-se que
o aluno que se graduar nesta disciplina possa desenvolver um conjunto de competências e
habilidades artísticas para o Teatro, para a Música, para a Dança, para o Cinema, para o
espectáculo, assim como para a Televisão.
Na Expressão e Educação Musical, o aluno irá aprofundar e consolidar os conhecimentos
adquiridos no Ensino Básico. A entoação das notas, escalas, acordes, a leitura das notas
musicais nos Sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá, o uso correcto da voz para o
canto e a execução de alguns instrumentos musicais, constituirão as componentes básicas
da prática musical na sala de aula. Em suma, o desenvolvimento musical dos alunos vai
processar-se através de experiências individuais e colectivas.
Por sua vez, a Expressão Físico Motora/ Dança, permitirá ao aluno aprofundar o
conhecimento do seu corpo como instrumento de dança. Vai ainda, aprender como usar o
espaço, desenvolver o conhecimento e o domínio prático dos desenhos corporais e
espaciais ao desenvolvimento rítmico musical. A Dança tradicional moçambicana
constituirá a base de todo o processo de ensino-aprendizagem.
Na Expressão Dramática/Teatro, os conteúdos propostos conduzirão ao aluno a um
processo de desenvolvimento das competências e habilidades criativas, estéticas, físicas,
relacionais, culturais e cognitivas não só ao nível dos conhecimentos, experiências e
vivências individuais mas também ao nível da mobilização e sistematização de saberes
oriundos de outras áreas do conhecimento como é o caso da física, artes visuais e outras.

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Estratégias de implementação da disciplina das Artes Cénicas para o ESG
Considera-se que um currículo entra em vigor quando se consegue pôr em prática as
ideias e as intenções que estão formuladas nos respectivos documentos curriculares. Desta
maneira, um currículo torna-se realidade quando os professores o implementam diante dos
alunos, numa determinada sala de aulas.
Por isso, o sucesso da implementação dum currículo depende de muitos factores. No que
diz respeito a disciplina das Artes Cénicas do novo currículo do Ensino Secundário Geral é
preciso ter em conta o papel de muitos intervenientes que condicionam o sucesso ou o
fracasso da sua implementação. Tais são:
O professor, a Direcção da escola, a comunidade da zona onde se encontra a escola, os
parceiros da Educação, e assim por diante.
As novidades introduzidas ao nível da disciplina das Artes Cénicas do novo currículo do
Ensino Secundário Geral não são, de maneira nenhuma, por si só, suficientes para
impulsionar as mudanças pretendidas. É indispensável que haja uma conjugação de
esforços de vários sectores da Educação, para que a implementação deste novo currículo
de formação nas Artes Cénicas se torne uma realidade palpável nas nossas escolas, dentro
de poucos anos.
A entrada em vigor deste currículo deve ser acompanhada de um certo número de
medidas que sejam capazes de fazer com que a sua implementação seja um sucesso. As
etapas mais urgentes para este caso são:
ƒ Formação imediata, e em número razoável, de professores para as áreas das Artes
Cénicas que cubram todas as escolas Primárias e Secundárias do país;
ƒ Capacitação das direcções das escolas assim como de professores, para a gestão
do currículo e metodologias do ensino;
ƒ Envolvimento das comunidades locais na vida da escola, cooperação e parcerias
com o sector privado, empresariado local, ONG’s e outras organizações que,
porventura, operem na zona onde a escola se encontra;
ƒ Acompanhamento, supervisão e monitoria do programa das ArtesCénicas, para
identificação e solução imediata de eventuais problemas que, porventura, surgirem
na implementação do mesmo;
ƒ Recrutamento e treinamento de indivíduos com conhecimentos das áreas, para a
leccionação da disciplina;
ƒ Recrutamento de graduados da Escola Superior de Comunicação e Artes da UEM
para a leccionação da disciplina;
ƒ Recrutamento de graduados da Escola Superior de Comunicação e Artes da UEM
para a formação dos professores na UP;
ƒ Recrutamento de Técnicos e Especialistas das Artes Cénicas para a formação de
professores na UP;
ƒ Recrutamento de graduados das escolas artísticas para a leccionação e
ƒ Aproveitamento de técnicos ligados às casas de cultura e outras instituições
similares.

Objectivos Gerais da disciplina das Artes Cénicas

São objectivos gerais das Artes Cénicas no ESG:


ƒ Generalizar o ensino das artes cénicas (música, dança e teatro).
ƒ Contribuir para o desenvolvimento integral e harmonioso da personalidade do
aluno.
ƒ Desenvolver a sensibilidade e o gosto pelas artes cénicas (música, dança e teatro).
ƒ Desenvolver a comunicação.
ƒ Desenvolver a actividade criativa e imaginativa individual.
ƒ Contribuir para a recreação, prática e apreciação das artes cénicas.
ƒ Despertar o gosto pela pesquisa e divulgação do património cultural.

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ƒ Contribuir para a preservação do património cultural.
ƒ Desenvolver o espírito de grupo, auto-confiança e de liderança.
ƒ Conhecer fenómenos sociais e culturais moçambicanos e universais.

Competências a desenvolver no 1ºCiclo

ƒ Interpreta diversas canções, textos literários e dramáticos em várias línguas.


ƒ Interpreta danças acompanhadas de canções em diversas línguas.
ƒ Realiza a improvisação e criatividade dramática, corporal e musical.
ƒ Compõe peças musicais usando meios tecnológicos.
ƒ Executa correctamente obras musicais, teatrais e de dança.
ƒ Interpreta canções, obras musicais, teatrais e de dança em grupo e a solo.
ƒ Dramatiza situações e acontecimentos do quotidiano que favorecem um ambiente
de diálogo e tolerância nas comunidades.
ƒ Produz peças musicais, de dança e teatro que versem a divulgação de leis e
resolução de conflitos.
ƒ Produz espectáculos de música, teatro e dança para o auto sustento.
ƒ Desenvolve projectos culturais e estratégias de pesquisa do patrimonio cultural
nacional.
ƒ Encena peças de dança e teatro partindo duma obra musical.
ƒ Concebe peças teatrais, musicais e de dança para a promoção de atitudes positivas,
solidariedade e apoio aos portadores de deficiências, HIV/SIDA, idosos e crianças.

Objectivos Gerais do Ciclo

O 1º Ciclo do ESG visa aprofundar e consolidar as competências adquiridas no Ensino


Básico, preparar os alunos para continuar os estudos no 2ºCiclo, para a vida e inserção no
mercado do trabalho e auto-emprego.

Ao terminar o Primeiro Ciclo o aluno deve ser capaz de:

ƒ Interpretar diversas canções, textos literários e dramáticos em várias línguas.


ƒ Interpretar danças acompanhadas de canções em diversas línguas.
ƒ Desenvolver a espontaneidade, criatividade dramática, corporal e musical.
ƒ Compor peças musicais usando meios tecnológicos.
ƒ Desenvolver o juízo crítico na realização e apresentação de peças musicais, de
dança e teatro.
ƒ Executar peças de dança, teatro e música de intervenção socio-económica.
ƒ Desenvolver o espírito de colectividade através da prática de dança, teatro e
música.
ƒ Produzir peças teatrais, musicais e de dança para divulgar leis, gestão e resolução
de conflitos.
ƒ Interpretar canções, peças teatrais e de dança que versem sobre os deveres e
direitos dos cidadãos.
ƒ Produzir e executar peças musicais, teatrais e de dança para a disseminação de
informação sobre saúde e o combate aos vícios.
ƒ Produzir espectáculos de música, teatro e dança para o auto sustento.
ƒ Desenvolver projectos culturais e estratégias de pesquisa do património cultural
nacional.
ƒ Encenar peças de dança e teatro partindo duma obra musical.
ƒ Conceber peças teatrais, musicais e de dança para a promoção de atitudes
positivas, solidariedade e apoio aos portadores de deficiências, HIV/SIDA, idosos e
crianças.

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Visão Geral dos conteúdos do Ciclo

Unidade Temática Conteúdos

Expressão e Educação Rítmica


Educação Musical . Compassos simples.
. Improvisação rítmica.
. Escrita e leitura do ritmo.
. Construção de instrumentos musicais tradicionais.
. Solfejo rítmico.
. Ritmo da palavra.
. Banda rítmica.
. Ditado rítmico.
Educação Auditiva
. Solfejo melódico.
. Escala diatónica de modo maior.
. Escala diatónica de modo menor ( Lá menor).
. Intervalos.
. Acordes perfeitos maior e menor.
Notação Musical
. Pentagrama e linhas suplementares.
. Claves.
. Escrita e leitura das notas nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-
Fá.
. Figuras de valor rítmico e suas pausas.
. Sinais de repetição.
. Notação Tonic Sol-Fá.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão, expressão e
articulação).
. Canções (a solo e em grupo).
. Audição de obras musicais.
. Elementos de expressão.
. Noções de regência coral.

Expressão Físico - Espaço parcial e total


Motora /Dança . Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar, girar, saltar, gatinhar,
correr e rebolar.
. Partes do corpo humano.
. Improvisação.
. Pontos de espaço parcial (em cima, em baixo, lado direito, lado esquerdo).
. Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar).
. Jogos de perguntas e respostas.
. Imitação simultânea.
. Andamentos (lento, rápido e atacado).
. Desenhos (rectos e curvos)
. Desenhos simétricos e assimétricos por oposição e por sucessão.
Dança tradicional moçambicana
. Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Concepção e montagem de cenário e luz para espectáculo.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão, expressão e
articulação).

Expressão Mito e Rito na vida das comunidades moçambicanas


Dramática/Teatro . Danças rituais moçambicanas e o seu papel educativo.
. Origens e evolução do teatro moçambicano.

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Dramatização
. Exercícios de imaginação.
. Exercícios de memorização.
. Encarnação e interpretação de personagens.
. Contos populares e sua interpretação.
. Expressão corporal.
. Dramatização de contos, fábulas, poesias e acontecimentos da vida
quotidiana.
. Encenação de peças de teatro.
. Construção de adereços de cena e de cenários.
. Concepção e montagem da luz para espectáculo.
Educação vocal e Canto
. Exercícios de técnica vocal.
. Duração de fôlego.

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8ª Classe

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Objectivos da 8ªClasse

ƒ Distinguir pulsação, compasso, acentuação e padrão rítmico.


ƒ Identificar os compassos simples.
ƒ Construir instrumentos musicais tradicionais.
ƒ Executar instrumentos musicais.
ƒ Distinguir intervalos melódicos dos harmónicos.
ƒ Conhecer acordes principais da escala ( I, IV, V, V7).
ƒ Identificar a escala diatónica maior.
ƒ Conhecer os intervalos.
ƒ Identificar o modo maior.
ƒ Conhecer o acorde perfeito maior.
ƒ Conhecer a pauta e linhas suplementares.
ƒ Identificar claves.
ƒ Ler e escrever as notas nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá
ƒ Conhecer as figuras de valor rítmico.
ƒ Praticar exercícios de vocalização.
ƒ Cantar em grupo e a solo.
ƒ Interpretar canções moçambicanas e de outros países do mundo.
ƒ Identificar elementos de expressão.
ƒ Identificar os gestos humanos, os movimentos naturais de locomoção.
ƒ Conhecer o corpo humano como instrumento da dança.
ƒ Distinguir a linguagem corporal e qualidades de movimentos.
ƒ Identificar os desenhos corporais e espaciais.
ƒ Executar danças tradicionais moçambicanas.
ƒ Conhecer os valores sócio-culturais do mito e do rito.
ƒ Conhecer as origens e evolução do teatro comunitário moçambicano.
ƒ Observar e memorizar textos dramáticos e acontecimentos da vida quotidiana.
ƒ Interpretar textos literários, dramáticos, contos escritos e orais.
ƒ Compor textos dramáticos.
ƒ Conceber e construir adereços, cenários e iluminação para espectáculo.
ƒ Dramatizar contos escritos, orais, poesias e acontecimentos da vida quotidiana.

Visão Geral dos Conteúdos da 8ª classe

Unidade Temática Conteúdos

Expressão e Educação Rítmica


Educação Musical . Compassos simples.
. Improvisação rítmica.
. Escrita e leitura do ritmo.
. Construção de instrumentos musicais tradicionais.
. Solfejo rítmico.
. Ritmo da palavra.
. Banda rítmica.
. Ditado rítmico.
Educação Auditiva
. Solfejo melódico.
. Escala diatónica de modo maior.
. Intervalos.
. Acorde perfeito maior.
Notação Musical
. Pentagrama e linhas suplementares.
. Claves.
. Escrita e leitura das notas.
. Figuras de valor rítmico e suas pausas.
. Sinais de repetição.

15
. Notação Tonic Sol-Fá.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão, expressão
e articulação).
. Canções (a solo e em grupo).
. Audição de obras musicais.
. Elementos de expressão.

Expressão Físico - Espaço parcial e total


Motora /Dança . Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar, girar, saltar,
gatinhar, correr e rebolar.
. Partes do corpo humano.
. Improvisação.
. Pontos de espaço parcial (em cima, em baixo, lado direito, lado
esquerdo).
. Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar).
. Jogos de perguntas e respostas.
. Imitação simultânea.
. Andamentos (lento, rápido e atacado).
. Desenhos (rectos e curvos)
Dança tradicional moçambicana
. Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Concepção e montagem de cenário e luz para espectáculo.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão, expressão
e articulação).

Expressão Mito e Rito na vida das comunidades moçambicanas


Dramática/Teatro . Danças rituais moçambicanas e o seu papel educativo.
. Origens e evolução do teatro comunitário (rural) moçambicano.
Dramatização
. Exercícios de imaginação.
. Exercícios de memorização.
. Encarnação e interpretação de personagens.
. Contos populares e sua interpretação dramática.
. Expressão corporal.
. Dramatização de contos, fábulas, poesias e acontecimentos da vida
quotidiana.
. Encenação de peças de teatro.
. Construção de adereços de cena e de cenários.
. Concepção e montagem da luz para espectáculo.
Educação vocal e Canto
. Exercícios de técnica vocal.
. Duração de fôlego.
. Sustentação de um som.
. Emissão de vozes de pessoas e de animais.

16
Plano Temático:

Unidade temática: Expressão e Educação Musical

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
. Distinguir pulsação, compasso, Educação Rítmica . Explora a relação pulsação/ritmo
acentuação e padrão rítmico . Compassos simples. . Conhece os compassos 2/4, 3/4 e 4/4.
. Construir instrumentos . Improvisação rítmica. . Pronuncia vocábulos ou frases obedecendo
musicais tradicionais. . Escrita e leitura do ritmo. as acentuações rítmica e silábica.
. Executar instrumentos . Construção de instrumentos musicais . Realiza a improvisação rítmica. 30
musicais tradicionais. tradicionais. . Desenha as figuras de valor rítmico e suas
. Conhecer os intervalos. . Solfejo rítmico. pausas.
. Distinguir intervalos melódicos . Ritmo da palavra. . Constrói e toca instrumentos musicais.
dos harmónicos. . Banda rítmica. . Representa graficamente o ritmo.
. Conhecer acorde perfeito . Ditado rítmico. . Entoa e distingue a escala diatónica maior.
maior. Educação Auditiva . Entoa acorde perfeito maior.
. Conhecer acordes principais da . Solfejo melódico. . Pratica intervalos.
escala ( I, IV, V, V7). . Escala diatónica de modo maior. . Distingue graus conjuntos da escala.
. Identificar a escala diatónica . Intervalos. . Escreve e lê nos sistemas de Notação Musical
do modo maior. . Acorde perfeito maior. Padrão e de Tonic Sol-Fá.
. Entoar a escala diatónica do Notação Musical . Pratica exercícios rítmicos usando compassos
modo maior. . Pentagrama e linhas suplementares. simples.
. Ler e escrever as notas nos . Claves. . Desenha a pauta e suas linhas
sistemas de Notação Padrão e . Escrita e leitura das notas musicais nos suplementares.
de Tonic Sol-Fá. sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá. . Pratica exercícios de técnica vocal.
. Conhecer as figuras de valor . Figuras de valor rítmico e suas pausas. . Canta em grupo e a solo.
rítmico. . Sinais de repetição. . Pratica a audição e escuta musical
. Identificar os compassos . Notação Tonic Sol-Fá. consciente.
simples. Educação Vocal e Canto
. Praticar exercícios de . Noções básicas de técnica vocal.
vocalização. . Exercícios de técnica vocal (respiração,
. Cantar a solo e em grupo dicção, emissão, expressão e articulação).
. Interpretar canções . Canções (a solo e em grupo).
moçambicanas e de outros . Audição de obras musicais.
países. . Elementos de expressão.
. Identificar elementos de
expressão na melodia.

17
Sugestões Metodológicas
O professor de Expressão e Educação Musical deve ter bases sólidas da disciplina para melhor exercer as suas funções de orientador e
facilitador da aprendizagem. O seu papel deverá ser o de fornecer material, apoiar e familiarizar os alunos com os sons e suas qualidades,
organizar e desenvolver competências e capacidades, para conseguir que cada aluno tenha o prazer de cantar, tocar, ouvir e dançar.
Os alunos deverão ser motivados a criar pequenas peças musicais que envolvam, de forma mais ou menos abrangente, os conceitos
propostos no programa.
Para estimular a criatividade e imaginação, o aluno deverá realizar a improvisação rítmica e melódica através de reprodução de ritmos e de
pequenas frases melódicas.
Para que o envolvimento nestas áreas cresça e atinja níveis significativos, tem necessariamente de ser acompanhado pelo desenvolvimento
de competências musicais, tais como da memória auditiva, da motricidade e dos processos de notação musical e sua literatura.
A memória auditiva tem a ver com a escuta diferenciada em termos dos diferentes parâmetros do som e elementos da música.
A motricidade abrange as capacidades vocais e instrumentais bem como toda a relação corporal do aluno com a música.
Quanto aos processos da notação, continuará a dar-se mais ênfase à aprendizagem básica da Notação Padrão sem descurar a apresentação
de outras, incluindo a Notação Tonic Sol-Fá.
No ESG, orientar-se-á a actividade musical para o aperfeiçoamento das experiências encetadas no EB, acrescentando novas informações
que interessem e motivem o aluno, sem esquecer que o que importa especialmente é o aspecto prático, vocal e instrumental.
Para a realização da prática vocal e instrumental o aluno deverá ser exposto aos instrumentos disponíveis nomeadamente todos os
anteriormente utilizados (percussão e melódicos) com especial ênfase para a voz. Todos os esforços serão feitos no sentido de alargar o
leque de instrumentos e ainda possibilitar a construção de outros.
Recomenda-se ao professor a adopção de metodologias participativas que centrem a aprendizagem no aluno, conforme rezam as novas
tendências metodológicas.
Como complemento de todo o trabalho efectuado nas aulas, o aluno deverá assistir e participar em:
ƒ sessões de música ao vivo com músicos convidados pela escola;
ƒ Audição musical e frequência de outras formas de arte complementar a uma verdadeira cultura musical geral.
ƒ Visitas aos estúdios de gravação, de rádio ou da televisão.
A escola em coordenação com professor da disciplina deverá organizar intercâmbios e visitas às escolas artísticas e casas de cultura para o
aluno ter ocasiões de assistir artistas consagrados em palco assim como puder dialogar com eles e trocar experiências.

Nesta era em que as tecnologias de informação e comunicação constituem um meio potenciador em todas as esferas de actividade e do
saber, é muito desejável que, onde seja possível se tire proveito dos reprodutores de vídeo e dos computadores com capacidade
multimédia para tornar a aprendizagem da música ainda mais interessante e interactiva.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue melodia, harmonia, ritmo e compasso na música.
ƒ Interpreta canções e trechos musicais

18
ƒ Constrói instrumentos musicais tradicionais.
ƒ Executa instrumentos musicais.
ƒ Entoa intervalos, escalas, acordes e melodias.
ƒ Escreve e lê notas musicais nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá.

Avaliação
A avaliação é uma componente importante no processo de ensino -aprendizagem. Ela permite obter informações sobre o desempenho do
aluno, do professor, da direcção e da própria escola.
Na Expressão e Educação Musical a avaliação estará presente em todos os momentos de ensino e aprendizagem, sendo contínua e
direccionada a medir conhecimentos, habilidades, atitudes e valores especificados nas competências básicas definidas no programa.
Assim teremos a avaliação Diagnóstica para medir os conhecimentos, habilidades e atitudes que os alunos têm sobre um determinado
tema, para permitir ao professor buscar uma estratégia adequada de ensino que possibilite atingir os objectivos definidos no programa.
Esta avaliação pode ser realizada no início do ano lectivo, semestre ou unidade temática.

A avaliação Formativa para ajudar o professor a controlar o PEA sobre um assunto ou tema.

A avaliação Sumativa que permitirá testar os conhecimentos adquiridos no fim de cada assunto ou tema, num semestre ou ano lectivo.
Os métodos de avaliação a serem aplicados serão informais os que consistirem na observação de pequenos trabalhos individuais ou em
grupo, perguntas orais, pequenas execuções de instrumentos, e formais, os planificados centralmente.

Deste modo as principais formas de avaliação consistirão em:

-Exercícios escritos;
-Exercícios orais, auditivos e instrumentais;
-Reprodução vocal e instrumental.

A apresentação, expressão e evolução progressiva no domínio das técnicas são alguns dos itens em avaliação.

Utilizar-se-á o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

Meios didácticos a utilizar compreenderão entre outros:


ƒ Manual do professor;
ƒ Instrumentos musicais (de percussão, melódicos e electrónicos);
ƒ Aparelhagem sonora;
ƒ Cadernos pautados para música.

19
Unidade temática: Expressão Físico -Motora/Dança

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
. Identificar os gestos Espaço parcial e total . Identifica os gestos e os
humanos, os movimentos . Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar, girar, movimentos naturais.
naturais de locomoção. saltar, gatinhar, correr e rebolar. . Distingue as diferentes partes do
. Conhecer o corpo humano . Partes do corpo humano. corpo humano. 30
como instrumento da dança. . Improvisação. . Distingue as qualidades dos
. Distinguir a linguagem . Pontos de espaço parcial (em cima, em baixo, lado direito, movimentos.
corporal e qualidades de lado esquerdo). . Disitingue os diferentes tempos,
movimentos. . Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar). desenhos corporais e espaciais.
. Identificar os desenhos . Jogos de perguntas e respostas. . Executa danças tradicionais
corporais e espaciais. . Imitação simultânea. moçambicanas.
. Executar danças tradicionais . Andamentos (lento, rápido e atacado). . Concebe e monta cenário e luz
moçambicanas. . Desenhos (rectos e curvos) para espectáculo.
. Praticar exercícios de Dança tradicional moçambicana . Canta e dança em grupo e a solo.
vocalização. . Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Concepção e montagem de cenário e luz para espectáculo.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão,
expressão e articulação).

20
Sugestões Metodológicas
A arte é universal mas o artista é sempre o produto da sua nacionalidade, sendo a sua obra um reflexo da sua cultura assim como da sua
época. Assim, o aluno deve ser um impulsionador consciente da sua cultura.
A pedagogia actual preconiza a metodologia de ensino centrado no aluno. Assim o aluno deverá estar exposto aos conteúdos programáticos
de modo a desenvolver as suas capacidades e habilidades. Deverá desenvolver também as actividades criativas e imaginativas. Deve ainda
ser proporcionado técnicas de pesquisa do património cultural (dança) nacional e estimulado na realização de estudos coreográficos.
O aluno deverá ser incentivado a desenvolver hábitos de análise e apreciação das artes (dança) assim como realizar visitas às instituições
artísticas. O aluno deverá ter oportunidade de assistir artistas consagrados no palco por forma a desenvolver as suas habilidades e
aptidões.
Na execução da dança e outras artes, o aluno deverá ser capaz de transmitir mensagens claras através da expressão corporal e facial.
Os aparelhos áudio visuais, espelhos e trajes apropriados deverão fazer parte do dia a dia do processo de ensino e aprendizagem do aluno.
Ao abordar um determinado tema do programa, o professor deverá criar boa motivação para facilitar a compreensão e o gosto pela
matéria.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue a linguagem corporal e qualidades de movimentos.
ƒ Identifica os desenhos corporais e espaciais.
ƒ Executa danças tradicionais moçambicanas

Avaliação
Pretende-se com a avaliação neste nível fomentar no aluno a capacidade crítica e valorativa sobre as competências e o processo de
aprendizagem. Ela não deve constituir uma penalização ou punição para o aluno.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do ESG.
Assim, consistirá na execução ou interpretação de um ou mais itens conforme o programa. A apresentação, expressão, evolução
progressiva no domínio das técnicas serão alguns dos itens em avaliação.

Resumindo, a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem desta sub-disciplina deverá realizar-se segundo os
parâmetros que se seguem:
. Criatividade.
. Uso e domínio de técnicas da dança;
. Uso do espaço;
. Valores e atitudes.
Na avaliação utilizar-se-á o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

21
Meios didácticos
ƒ Aparelhagem do som.
ƒ Vídeos.
ƒ Instrumentos tradicionais (tambores, chocalhos, Timbila, etc.).
ƒ Sala apropriada para a dança.
ƒ Espelho
ƒ Traje apropriado para a aula.

22
Unidade temática: Expressão Dramática/Teatro
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga horária
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
. Conhecer os valores sócio-culturais Mito e Rito na vida das comunidades . Usa os valores sócio-culturais do
do mito e do rito. moçambicanas mito e do rito na dramatização e
. Observar e memorizar textos . Danças rituais moçambicanas e o seu papel encenação de peças de teatro.
dramáticos e acontecimentos da vida educativo. . Interpreta textos literários e
quotidiana. Dramatização dramáticos. 30
. Interpretar textos literários, contos . Exercícios de imaginação. . Compõe textos dramáticos.
escritos, orais e textos dramáticos. . Exercícios de memorização. . Concebe e constrói adereços,
. Compor textos dramáticos. . Expressão corporal. cenários e iluminação.
. Conceber e construir adereços, . Dramatização de contos, fábulas, poesias e . Dramatiza contos escritos, orais,
cenários e iluminação para o acontecimentos da vida quotidiana. poesias e acontecimentos da vida
espectáculo. Educação vocal e Canto quotidiana.
. Dramatizar contos escritos, orais, . Exercícios de técnica vocal. . Pratica exercícios de técnica vocal.
poesias e acontecimentos da vida . Duração de fôlego. . Diz o texto de forma sincronizada
quotidiana. com o canto, movimento e
. Praticar exercícios de vocalização. sentimento.

Sugestões Metodológicas
O professor de Expressão Dramática/Teatro, deve ter bases sólidas da disciplina para melhor exercer as suas funções de orientador e
facilitador da aprendizagem. O seu papel deverá ser o de fornecer material, apoiar e familiarizar os alunos com o trabalho de expressão
corporal e vocal, organizar e desenvolver competências e capacidades, para conseguir que cada aluno tenha o prazer de elaborar textos
dramáticos, encenar e interpretar peças de teatro.
Ao longo do processo de instrução em técnica teatral, o aluno deverá privilegiar a dicção, a movimentação em cena e a prática da
improvisação criativa. Este conjunto de exercícios deve ser praticado no sentido de desenvolver no aluno habilidades que lhe conduzam a
uma compreensão do ponto de vista de outrem e a percepção das suas possibilidades cómicas numa determinada situação de actividade. O
aluno deverá ser capaz de descobrir ainda, as suas qualidades inerentes a diferentes ideias e a possível acção entre elas.
O aluno poderá, ainda, criar motivação para a criação e exibição de peças de teatro baseadas em acontecimentos da vida quotidiana da
comunidade onde vivem.
A imaginação criativa assente na observação de acontecimentos da vida quotidiana, sua análise e o uso responsável para o teatro, são a
base principal para actividade teatral.
No ESG, a actividade teatral orientar-se-á para o aperfeiçoamento das experiências sócio-culturais do aluno e da comunidade onde se
encontra a viver, acrescentando novas informações que o interessem e motivem. O que importa especialmente é o aspecto prático: a
expressão corporal, a encenação e a interpretação de personagens.

23
O aluno deverá participar nas visitas colectivas aos mercados, feiras, monumentos, museus, lugares de interesse histórico e turístico. Em
cada visita feita, o aluno, pode orientar uma sessão de análise na qual, cada aluno descreve o que viu e o que mais lhe chamou a atenção.
Como complemento de todo o trabalho efectuado, o aluno deverá ainda promover a assistência em grupo às sessões de teatro e a posterior
análise colectiva que consistirá nos seguintes aspectos:
ƒ O assunto abordado;
ƒ O conflito principal;
ƒ Ideias principais defendidas e rejeitadas no texto dramático, e
ƒ A mensagem principal do texto dramático.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue o conflito e a mensagem de um texto dramático
ƒ Interpreta personagens de um texto dramático
ƒ Usa os valores sócio-culturais do mito e do rito na dramatização e encenação de peças de teatro.
ƒ Produz espectáculo teatral
ƒ Concebe, produz cenário e adereços de cena para o espectáculo

Avaliação
Pretende-se com a avaliação neste nível fomentar no aluno a capacidade crítica e valorativa sobre as competências e o processo de
aprendizagem e não punitiva.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do ESG.
Assim, o aluno poderá executar ou interpretar um ou mais itens conforme o programa. A apresentação, expressão, evolução progressiva no
domínio das técnicas serão alguns dos itens em avaliação.
Deste modo, as principais formas de avaliação consistirão em:
ƒ Exercícios práticos de interpretação ( trabalho do actor) e de representação (de peças de teatro);
ƒ Exercícios escritos.
Resumindo, a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem desta sub-disciplina deverá realizar-se segundo os
parâmetros que se seguem:
. Criatividade.
. Uso e domínio de técnicas de teatro;
. Uso do espaço;
. Valores e atitudes.
Na avaliação deverá se usar os métodos formal e informal e o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

24
Meios didácticos
ƒ Livros e revistas de estudos sobre o teatro;
ƒ Internet;
ƒ Instrumentos e materiais para o trabalho manual.

25
9ª Classe

26
Objectivos da 9ªClasse
ƒ Distinguir pulsação, compasso, acentuação e padrão rítmico.
ƒ Construir instrumentos musicais tradicionais.
ƒ Executar instrumentos musicais.
ƒ Praticar acordes principais da escala ( I, IV, V, V7)
ƒ Identificar as escalas diatónicas maior e menor.
ƒ Entoar as escalas diatónica do modo maior e menor.
ƒ Praticar intervalos.
ƒ Conhecer acordes perfeitos maior e menor.
ƒ Ler e escrever as notas nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá
ƒ Cantar em grupo e a solo.
ƒ Interpretar canções moçambicanas e de outros países
ƒ Conhecer a Notação Tonic Sol-Fá
ƒ Aplicar o tempo e a dinâmica na dança.
ƒ Realizar a improvisação.
ƒ Conhecer o espaço parcial e total.
ƒ Distinguir os níveis na dança
ƒ Executar desenhos simétricos e assimétricos.
ƒ Executar danças tradicionais moçambicanas.
ƒ Conhecer os valores sócio-culturais do mito e do rito.
ƒ Conhecer as origens e a evolução do teatro comunitário moçambicano.
ƒ Observar e memorizar textos dramáticos e acontecimentos da vida quotidiana.
ƒ Interpretar textos literários, dramáticos, contos escritos e orais.
ƒ Compor textos dramáticos.
ƒ Conceber e construir adereços, cenários, iluminação e o som.
ƒ Dramatizar contos escritos ou orais, poesia e acontecimentos da vida quotidiana.
ƒ Exercitar a respiração, dicção, emissão da voz, expressão e articulação.

Visão Geral dos Conteúdos da 9ª classe

Unidade Temática Conteúdos

Expressão e Educação Musical Educação Rítmica


. Compassos simples.
. Improvisação rítmica.
. Escrita e leitura do ritmo.
. Solfejo rítmico.
. Ritmo da palavra.
. Construção de instrumentos tradicionais.
. Banda rítmica.
. Ditado rítmico.
Educação Auditiva
. Solfejo melódico.
. Escala diatónica de modo maior.
. Escala diatónica de modo menor ( Lá menor).
. Intervalos.
. Acordes perfeitos maior e menor.

Notação Musical
. Escrita e leitura das notas nos sistemas de Notação Padrão
e de Tonic Sol-Fá.
. Figuras de valor rítmico e suas pausas.
. Notação Tonic Sol-Fá.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão,
expressão e articulação).
. Canções (a solo e em grupo).

27
. Audição de obras musicais.
. Elementos de expressão.
. Noções de regência coral.

Expressão Físico -Motora Espaço parcial e total


/Dança . Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar, girar,
saltar, gatinhar, correr e rebolar.
. Improvisação.
. Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar).
. Desenhos simétricos e assimétricos por oposição e por
sucessão
Dança tradicional moçambicana
. Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão,
expressão e articulação).

Expressão Dramática/Teatro Mito e Rito na vida das comunidades moçambicanas


. Danças rituais moçambicana e o seu papel educativo.
. Origens e evolução do teatro urbano moçambicano.
Dramatização
. Exercícios de imaginação.
. Exercícios de memorização.
. Expressão corporal.
. Contos populares e sua interpretação dramática.
. Dramatização de contos, fábulas, poesias e acontecimentos
da vida quotidiana.
. Encenação de peças de teatro.
. Construção de adereços de cena e de cenários.
. concepção da luz e do som para o espectáculo.
Educação vocal e Canto
. Exercícios de técnica vocal.
. Duração de fôlego.

28
Plano Temático:

Unidade temática: Expressão e Educação Musical

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga horária


O aluno deve ser capaz de: O aluno:
. Distinguir pulsação, compasso, Educação Rítmica . Explora a relação pulsação/ritmo
acentuação e padrão rítmico . Compassos simples. . Conhece os compassos 2/4, 3/4 e 4/4.
. Construir instrumentos . Improvisação rítmica. . Pronuncia vocábulos ou frases obedecendo 30
musicais tradicionais. . Escrita e leitura do ritmo. as acentuações rítmica e silábica.
. Executar instrumentos . Solfejo rítmico. . Realiza improvisação rítmica.
musicais tradicionais. . Ritmo da palavra. . Constrói e toca instrumentos musicais.
. Praticar intervalos . Construção de instrumentos musicais . Representa graficamente o ritmo.
. Praticar acordes principais da tradicionais. . Entoa e distingue as escalas diatónicas
escala ( I, IV, V, V7) . Banda rítmica. maiores e menores.
. Identificar a escala diatónica . Ditado rítmico. . Entoa acorde perfeito maior e menor.
do modo maior e menor. Educação Auditiva . Pratica intervalos.
. Entoar as escalas diatónica do . Solfejo melódico. . Distingue graus conjuntos da escala.
modo maior e menor. . Escala diatónica de modo maior. . Escreve e lê nos sistemas de Notação
. Conhecer acordes perfeitos . Escala diatónica de modo menor ( Lá musical padrão e de Tonic Sol-Fá.
maior e menor menor). . Pratica exercícios rítmicos usando
. Ler e escrever as notas nos . Intervalos. compassos simples.
sistemas de Notação Padrão e . Acordes perfeitos maior e menor. . Pronuncia vocábulos ou frases obedecendo
de Tonic Sol-Fá as acentuações rítmica e silábica.
. Praticar exercícios de Notação Musical . Pratica exercícios de técnica vocal.
vocalização. . Escrita e leitura das notas nos sistemas de . Canta em grupo e a solo.
. Identificar elementos de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá. . Pratica a audição e escuta musical
expressão na melodia. . Figuras de valor rítmico e suas pausas. consciente.
. Cantar a solo e em grupo . Notação Tonic Sol-Fá. . Pratica exercícios de técnica vocal.
. Interpretar canções Educação Vocal e Canto . Canta em grupo e a solo.
moçambicanas e de outros . Noções básicas de técnica vocal. . Praticar a regência coral.
países. . Exercícios de técnica vocal (respiração,
dicção, emissão, expressão e articulação).
. Canções (a solo e em grupo).
. Audição de obras musicais.
. Elementos de expressão.

29
Sugestões Metodológicas
O professor de Expressão e Educação Musical deve ter bases sólidas da disciplina para melhor exercer as suas funções de orientador e
facilitador da aprendizagem. O seu papel deverá ser o de fornecer material, apoiar e familiarizar os alunos com os sons e suas qualidades,
organizar e desenvolver competências e capacidades, para conseguir que cada aluno tenha o prazer de cantar, tocar, ouvir e dançar.
Os alunos deverão ser motivados a criar pequenas peças musicais que envolvam, de forma mais ou menos abrangente, os conceitos
propostos no programa.
Para estimular a criatividade e imaginação, o aluno deverá realizar a improvisação rítmica e melódica através de reprodução de ritmos e de
pequenas frases melódicas.
Para que o envolvimento nestas áreas cresça e atinja níveis significativos, tem necessariamente de ser acompanhado pelo desenvolvimento
de competências musicais, tais como da memória auditiva, da motricidade e dos processos de notação musical e sua literatura.
A memória auditiva tem a ver com a escuta diferenciada em termos dos diferentes parâmetros do som e elementos da música.
A motricidade abrange as capacidades vocais e instrumentais bem como toda a relação corporal do aluno com a música.
Quanto aos processos da notação, continuará a dar-se mais ênfase à aprendizagem básica da Notação Padrão sem descurar a apresentação
de outras, incluindo a Notação Tonic Sol-Fá.
No ESG, orientar-se-á a actividade musical para o aperfeiçoamento das experiências encetadas no EB, acrescentando novas informações
que interessem e motivem o aluno, sem esquecer que o que importa especialmente é o aspecto prático, vocal e instrumental.
Para a realização da prática vocal e instrumental o aluno deverá ser exposto aos instrumentos disponíveis nomeadamente todos os
anteriormente utilizados (percussão e melódicos) com especial ênfase para a voz. Todos os esforços serão feitos no sentido de alargar o
leque de instrumentos e ainda possibilitar a construção de outros.
Recomenda-se ao professor a adopção de metodologias participativas que centrem a aprendizagem no aluno, conforme rezam as novas
tendências metodológicas.
Como complemento de todo o trabalho efectuado nas aulas, o aluno deverá assistir e participar em:
ƒ sessões de música ao vivo com músicos convidados pela escola;
ƒ Audição musical e frequência de outras formas de arte complementar a uma verdadeira cultura musical geral.
ƒ Visitas aos estúdios de gravação, de rádio ou da televisão.
A escola em coordenação com professor da disciplina deverá organizar intercâmbios e visitas às escolas artísticas e casas de cultura para o
aluno ter ocasiões de assistir artistas consagrados em palco assim como puder dialogar com eles e trocar experiências.

Nesta era em que as tecnologias de informação e comunicação constituem um meio potenciador em todas as esferas de actividade e do
saber, é muito desejável que, onde seja possível se tire proveito dos reprodutores de vídeo e dos computadores com capacidade
multimédia para tornar a aprendizagem da música ainda mais interessante e interactiva.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue melodia, harmonia, ritmo e compasso na música.
ƒ Interpreta canções e trechos musicais
ƒ Constrói instrumentos musicais tradicionais.

30
ƒ Executa instrumentos musicais.
ƒ Entoa intervalos, escalas, acordes e melodias.
ƒ Escreve e lê notas musicais nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá.

Avaliação

A avaliação é uma componente importante no processo de ensino -aprendizagem. Ela permite obter informações sobre o desempenho do
aluno, do professor, da direcção e da própria escola.
Na Expressão e Educação Musical a avaliação estará presente em todos os momentos de ensino e aprendizagem, sendo contínua e
direccionada a medir conhecimentos, habilidades, atitudes e valores especificados nas competências básicas definidas no programa.
Assim teremos a avaliação Diagnóstica para saber o quanto os alunos dominam uma série de conhecimentos, habilidades e atitudes sobre
um determinado tema, para permitir ao professor buscar uma estratégia adequada de ensino que possibilite atingir os objectivos definidos
no programa. Esta avaliação pode ser realizada no início do ano lectivo, semestre ou unidade temática.
A avaliação Formativa para ajudar o professor a controlar o PEA sobre um assunto ou tema.
A avaliação Sumativa que permitirá testar os conhecimentos adquiridos no fim de cada assunto ou tema, num semestre ou ano lectivo.
Os métodos de avaliação a serem aplicados serão informais os que consistirem na observação de pequenos trabalhos individuais ou em
grupo, perguntas orais, pequenas execuções de instrumentos, e formais, os planificados centralmente.
Deste modo as principais formas de avaliação consistirão em:
-Exercícios escritos;
-Exercícios orais, Auditivos e instrumentais;
-Reprodução vocal e instrumental.
A apresentação, expressão e evolução progressiva no domínio das técnicas são alguns dos itens em avaliação.
Utilizar-se-á o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

Meios didácticos a utilizar compreenderão entre outros:


ƒ Manual do professor;
ƒ Instrumentos musicais (de percussão, melódicos e electrónicos);
ƒ Aparelhagem sonora;
ƒ Cadernos pautados para música.

31
Unidade temática: Expressão Físico -Motora/Dança

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga horária


O aluno deve ser capaz de: O aluno:
. Aplicar os conceitos de tempo Espaço parcial e total . Aplica o tempo e a dinâmica na
e dinâmica. . Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar, dança.
. Realizar a improvisação. girar, saltar, gatinhar, correr e rebolar. . Realiza a improvisação.
. Executar desenhos simétricos . Improvisação. . Executa danças tradicionais
e assimétricos. . Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar). moçambicanas. 30
. Executar danças tradicionais . Desenhos simétricos e assimétricos por oposição e por
moçambicanas. sucessão
Dança tradicional moçambicana
. Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção,
emissão, expressão e articulação).

Sugestões Metodológicas

A arte é universal mas o artista é sempre o produto da sua nacionalidade, sendo a sua obra um reflexo da sua cultura assim como da sua
época. Assim, o aluno deve ser um impulsionador consciente da sua cultura.
A pedagogia actual preconiza a metodologia de ensino centrado no aluno. Assim o aluno deverá estar exposto aos conteúdos programáticos
de modo a desenvolver as suas capacidades e habilidades. Deverá desenvolver também as actividades criativas e imaginativas. Deve ainda
ser proporcionado técnicas de pesquisa do património cultural (dança) nacional e estimulado na realização de estudos coreográficos.
O aluno deverá ser incentivado a desenvolver hábitos de análise e apreciação das artes (dança) assim como realizar visitas às instituições
artísticas. O aluno deverá ter oportunidade de assistir artistas consagrados no palco por forma a desenvolver as suas habilidades e
aptidões.
Na execução da dança e outras artes, o aluno deverá ser capaz de transmitir mensagens claras através da expressão corporal e facial.
Os aparelhos áudio visuais, espelhos e trajes apropriados deverão fazer parte do dia a dia do processo de ensino e aprendizagem do aluno.
Ao abordar um determinado tema do programa, o professor deverá criar boa motivação para facilitar a compreensão e o gosto pela
matéria.

32
Indicadores de desempenho
ƒ Distingue a linguagem corporal e qualidades de movimentos.
ƒ Identifica os desenhos corporais e espaciais.
ƒ Executa danças tradicionais moçambicanas

Avaliação
Pretende-se com a avaliação neste nível fomentar no aluno a capacidade crítica e valorativa sobre as competências e o processo de
aprendizagem. Ela não deve constituir uma penalização ou punição para o aluno.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do ESG.
Assim, consistirá na execução ou interpretação de um ou mais itens conforme o programa. A apresentação, expressão, evolução
progressiva no domínio das técnicas serão alguns dos itens em avaliação.
Resumindo, a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem desta sub-disciplina deverá realizar-se segundo os
parâmetros que se seguem:
. Criatividade.
. Uso e domínio de técnicas da dança;
. Uso do espaço;
. Valores e atitudes.
Na avaliação utilizar-se-á o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

Meios didácticos
ƒ Aparelhagem do som.
ƒ Vídeos.
ƒ Instrumentos tradicionais (tambores, chocalhos, Timbila, etc.).
ƒ Sala apropriada para a dança.
ƒ Espelho
ƒ Traje apropriado para a aula.

33
Unidade temática: Expressão Dramática/Teatro

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
. Conhecer os valores sócio- Mito e Rito na vida das comunidades . Usa os valores sócio-culturais do mito e do
culturais do mito e do rito. moçambicanas rito na dramatização e encenação de peças
. Conhecer as origens e a . Danças rituais moçambicana e o seu papel de teatro.
evolução do teatro comunitário educativo. . Conhece a evolução do teatro comunitário
moçambicano. . Origens e evolução do teatro comunitário moçambicano.
. Desenvolver a imaginação e moçambicano (antes da Independência . Dramatiza contos escritos, orais, poesias e
criatividade. Nacional). acontecimentos da vida quotidiana.
. Observar e memorizar textos Dramatização . Pratica exercícios de técnica vocal.
dramáticos e acontecimentos da . Exercícios de imaginação. . Interpreta textos literários e dramáticos. 30
vida quotidiana. . Exercícios de memorização. . Compõe textos dramáticos.
. Interpretar textos literários, . Expressão corporal. . Concebe e constrói adereços, cenários,
dramáticos, contos escritos e . Contos populares e sua interpretação iluminação e o som.
orais. dramática. . Diz o texto de forma sincronizada com o
. Usar o corpo para comunicar. . Dramatização de contos, fábulas, poesias e canto, movimento e sentimento.
. Compor textos dramáticos. acontecimentos da vida quotidiana.
. Conceber e construir adereços, . Encenação de peças de teatro.
cenários, iluminação e o som. . Construção de adereços de cena e de
. Dramatizar contos escritos, cenários.
orais, poesias e acontecimentos . concepção da luz e som para espectáculo.
da vida quotidiana. Educação vocal e Canto
. Praticar exercicios de . Exercícios de técnica vocal.
vocalização. . Duração de fôlego.

Sugestões Metodológicas
O professor de Expressão Dramática/Teatro, deve ter bases sólidas da disciplina para melhor exercer as suas funções de orientador e
facilitador da aprendizagem. O seu papel deverá ser o de fornecer material, apoiar e familiarizar os alunos com o trabalho de expressão
corporal e vocal, organizar e desenvolver competências e capacidades, para conseguir que cada aluno tenha o prazer de elaborar textos
dramáticos, encenar e interpretar peças de teatro.

34
Ao longo do processo de instrução em técnica teatral, o aluno deverá privilegiar a dicção, a movimentação em cena e a prática da
improvisação criativa. Este conjunto de exercícios deve ser praticado no sentido de desenvolver no aluno habilidades que lhe conduzam a
uma compreensão do ponto de vista de outrem e a percepção das suas possibilidades cómicas numa determinada situação de actividade. O
aluno deverá ser capaz de descobrir ainda, as suas qualidades inerentes a diferentes ideias e a possível acção entre elas.
O aluno poderá, ainda, criar motivação para a criação e exibição de peças de teatro baseadas em acontecimentos da vida quotidiana da
comunidade onde vivem.
A imaginação criativa assente na observação de acontecimentos da vida quotidiana, sua análise e o uso responsável para o teatro, são a
base principal para actividade teatral.
No ESG, a actividade teatral orientar-se-á para o aperfeiçoamento das experiências sócio-culturais do aluno e da comunidade onde se
encontra a viver, acrescentando novas informações que o interessem e motivem. O que importa especialmente é o aspecto prático: a
expressão corporal, a encenação e a interpretação de personagens.
O aluno deverá participar nas visitas colectivas aos mercados, feiras, monumentos, museus, lugares de interesse histórico e turístico. Em
cada visita feita, o aluno, pode orientar uma sessão de análise na qual, cada aluno descreve o que viu e o que mais lhe chamou a atenção.
Como complemento de todo o trabalho efectuado, o aluno deverá ainda promover a assistência em grupo às sessões de teatro e a posterior
análise colectiva que consistirá nos seguintes aspectos:
ƒ O assunto abordado;
ƒ O conflito principal;
ƒ Ideias principais defendidas e rejeitadas no texto dramático, e
ƒ A mensagem principal do texto dramático.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue o conflito e a mensagem de um texto dramático
ƒ Interpreta personagens de um texto dramático
ƒ Usa os valores sócio-culturais do mito e do rito na dramatização e encenação de peças de teatro.
ƒ Produz espectáculo teatral
ƒ Concebe, produz cenário e adereços de cena para o espectáculo

Avaliação
Pretende-se com a avaliação neste nível fomentar no aluno a capacidade crítica e valorativa sobre as competências e o processo de
aprendizagem e não punitiva.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do ESG.
Assim, o aluno poderá executar ou interpretar um ou mais itens conforme o programa. A apresentação, expressão, evolução progressiva no
domínio das técnicas serão alguns dos itens em avaliação.

35
Deste modo, as principais formas de avaliação consistirão em:
ƒ Exercícios práticos de interpretação ( trabalho do actor) e de representação (de peças de teatro);
ƒ Exercícios escritos.
Resumindo, a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem desta sub-disciplina deverá realizar-se segundo os
parâmetros que se seguem:
. Criatividade;
. Uso e domínio de técnicas de teatro;
. Uso do espaço;
. Valores e atitudes.
Na avaliação deverá se usar os métodos formal e informal e o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.
Meios didácticos
ƒ Livros e revistas de estudos sobre o teatro;
ƒ Internet;
ƒ Instrumentos e materiais para o trabalho manual.

36
10ª Classe

37
Objectivos da 10ªClasse
ƒ Distinguir pulsação, compasso, acentuação e padrão rítmico.
ƒ Construir instrumentos musicais tradicionais.
ƒ Executar instrumentos musicais.
ƒ Entoar intervalos melódicos e harmónicos.
ƒ Praticar acordes principais da escala ( I, IV, V, V7)
ƒ Entoar as escalas diatónicas do modo maior e menor.
ƒ Escrever e ler as notas musicais nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá.
ƒ Cantar em grupo e a solo.
ƒ Praticar a Regência Coral.
ƒ Interpretar canções moçambicanas e de outros países.
ƒ Usar a linguagem gestual na dança.
ƒ Realizar a análise crítica das suas criações.
ƒ Conhecer as origens e evolução do teatro urbano moçambicano.
ƒ Observar e memorizar textos dramáticos e de acontecimentos da vida quotidiana.
ƒ Interpretar textos literários, dramáticos, contos escritos e orais.
ƒ Compor textos dramáticos.
ƒ Conceber e construir adereços, cenários, iluminação e som.
ƒ Dramatizar contos escritos, orais, poesias e acontecimentos da vida quotidiana.
ƒ Exercitar a respiração, dicção, emissão da voz, expressão e articulação.

Visão Geral dos Conteúdos da 10ª classe

Unidade Temática Conteúdos

Expressão e Educação Musical Educação Rítmica


. Improvisação rítmica.
. Escrita e leitura do ritmo.
. Solfejo rítmico.
. Construção de instrumentos.
. Banda rítmica.
. Ditado rítmico.
Educação Auditiva
. Solfejo melódico.
. Escala diatónica do modo maior.
. Escala diatónica de modo menor ( Lá menor).
. Intervalos.
. Acordes perfeitos maior e menor.
Notação Musical
. Escrita e leitura das notas nos sistemas de Notação
Padrão e Tonic Sol-Fá.
. Notação Tonic Sol-Fá.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão,
expressão e articulação).
. Canções (a solo e em grupo).
. Audição de obras musicais.
. Elementos de expressão.
. Noções de regência coral.

Expressão Físico -Motora /Dança Espaço parcial e total


. Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar,
girar, saltar, gatinhar, correr e rebolar.
. Improvisação.
. Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar).
. Desenhos simétricos e assimétricos por oposição e por
sucessão.
Dança tradicional moçambicana

38
. Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção, emissão,
expressão e articulação).

Expressão Dramática/Teatro Mito e Rito na vida das comunidades moçambicanas


. Danças rituais moçambicana e o seu papel educativo.
. Evolução do teatro urbano moçambicano.
Dramatização
. Exercícios de imaginação.
. Exercícios de memorização.
. Expressão corporal.
. Contos populares e sua interpretação dramática.
. Dramatização de contos, fábulas, poesias e
acontecimentos da vida quotidiana.
. Encenação de peças de teatro.
. Construção de adereços de cena e de cenários.
. Concepção e montagem da luz para espectáculo.
Educação Vocal e Canto
. Exercícios de técnica vocal.
. Duração de fôlego.
. Sustentação de um som.
. Emissão de vozes de pessoas e de animais.

39
Plano Temático:

Unidade temática: Expressão e Educação Musical

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
. Distinguir pulsação, compasso, Educação Rítmica . Explora a relação pulsação/ritmo
acentuação e padrão rítmico. . Improvisação rítmica. Pratica exercícios rítmicos e melódicos
. Construir instrumentos musicais . Escrita e leitura do ritmo. nos compassos binário, ternário e
tradicionais. . Solfejo rítmico. quaternário.
. Executar instrumentos musicais. . Construção de instrumentos musicais . Realiza improvisação rítmica
. Entoar intervalos melódicos e tradicionais. . Constrói e toca instrumentos musicais
harmónicos. . Banda rítmica. . Representa graficamente o ritmo.
. Praticar os acordes principais da . Ditado rítmico. . Entoa e distingue a escalas diatónica do
escala ( I, IV, V, V7). Educação Auditiva modo maior e menor.
. Entoar escalas diatónica do modos . Solfejo melódico. . Entoa acorde perfeito maior e menor.
maior e menor. . Escala diatónica do modo maior. . Pratica intervalos.
. Distinguir as escalas do modo . Escala diatónica de modo menor ( Lá menor). . Escreve e lê nos sistemas de Notação 30
maior e menor. . Intervalos. Musical Padrão e de Tonic Sol-Fá.
. Cantar em grupo e a solo. . Acordes perfeitos maior e menor. . Pratica exercícios de técnica vocal.
. Interpretar canções moçambicanas Notação Musical . Entoa canções moçambicanas e do
e de outros países. . Escrita e leitura das notas nos sistemas de mundo em grupo e a solo nos sistemas
. Escrever e ler as notas musicais Notação musical Padrão e de Tonic Sol-Fá. de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá.
nos sistemas de Notação Padrão e . Notação Tonic Sol-Fá. . Pratica a audição e escuta musical
de Tonic Sol-Fá. Educação Vocal e Canto consciente.
. Praticar exercicios de vocalização. . Noções básicas de técnica vocal. . Pratica a regência coral
Praticar a regência coral . Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção,
emissão, expressão e articulação).
. Canções (a solo e em grupo).
. Audição de obras musicais.
. Elementos de expressão.
. Noções de regência coral.

41
Sugestões Metodológicas

O professor de Expressão e Educação Musical deve ter bases sólidas da disciplina para melhor exercer as suas funções de orientador e
facilitador da aprendizagem. O seu papel deverá ser o de fornecer material, apoiar e familiarizar os alunos com os sons e suas qualidades,
organizar e desenvolver competências e capacidades, para conseguir que cada aluno tenha o prazer de cantar, tocar, ouvir e dançar.
Os alunos deverão ser motivados a criar pequenas peças musicais que envolvam, de forma mais ou menos abrangente, os conceitos
propostos no programa.
Para estimular a criatividade e imaginação, o aluno deverá realizar a improvisação rítmica e melódica através de reprodução de ritmos e de
pequenas frases melódicas.
Para que o envolvimento nestas áreas cresça e atinja níveis significativos, tem necessariamente de ser acompanhado pelo desenvolvimento
de competências musicais, tais como da memória auditiva, da motricidade e dos processos de notação musical e sua literatura.
A memória auditiva tem a ver com a escuta diferenciada em termos dos diferentes parâmetros do som e elementos da música.
A motricidade abrange as capacidades vocais e instrumentais bem como toda a relação corporal do aluno com a música.
Quanto aos processos da notação, continuará a dar-se mais ênfase à aprendizagem básica da Notação Padrão sem descurar a apresentação
de outras, incluindo a Notação Tonic Sol-Fá.
No ESG, orientar-se-á a actividade musical para o aperfeiçoamento das experiências encetadas no EB, acrescentando novas informações
que interessem e motivem o aluno, sem esquecer que o que importa especialmente é o aspecto prático, vocal e instrumental.
Para a realização da prática vocal e instrumental o aluno deverá ser exposto aos instrumentos disponíveis nomeadamente todos os
anteriormente utilizados (percussão e melódicos) com especial ênfase para a voz. Todos os esforços serão feitos no sentido de alargar o
leque de instrumentos e ainda possibilitar a construção de outros.
Recomenda-se ao professor a adopção de metodologias participativas que centrem a aprendizagem no aluno, conforme rezam as novas
tendências metodológicas.
Como complemento de todo o trabalho efectuado nas aulas, o aluno deverá assistir e participar em:
ƒ sessões de música ao vivo com músicos convidados pela escola;
ƒ Audição musical e frequência de outras formas de arte complementar a uma verdadeira cultura musical geral.
ƒ Visitas aos estúdios de gravação, de rádio ou da televisão.
A escola em coordenação com professor da disciplina deverá organizar intercâmbios e visitas às escolas artísticas e casas de cultura para o
aluno ter ocasiões de assistir artistas consagrados em palco assim como puder dialogar com eles e trocar experiências.

Nesta era em que as tecnologias de informação e comunicação constituem um meio potenciador em todas as esferas de actividade e do
saber, é muito desejável que, onde seja possível se tire proveito dos reprodutores de vídeo e dos computadores com capacidade
multimédia para tornar a aprendizagem da música ainda mais interessante e interactiva.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue melodia, harmonia, ritmo e compasso na música.
ƒ Interpreta canções e trechos musicais

42
ƒ Constrói instrumentos musicais tradicionais.
ƒ Executa instrumentos musicais.
ƒ Entoa intervalos, escalas, acordes e melodias.
ƒ Escreve e lê notas musicais nos sistemas de Notação Padrão e de Tonic Sol-Fá.

43
Avaliação

A avaliação é uma componente importante no processo de ensino -aprendizagem. Ela


permite obter informações sobre o desempenho do aluno, do professor, da direcção e da
própria escola.
Na Expressão e Educação Musical a avaliação estará presente em todos os momentos de
ensino e aprendizagem, sendo contínua e direccionada a medir conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores especificados nas competências básicas definidas no
programa.
Assim teremos a avaliação Diagnóstica para saber o quanto os alunos dominam uma
série de conhecimentos, habilidades e atitudes sobre um determinado tema, para permitir
ao professor buscar uma estratégia adequada de ensino que possibilite atingir os
objectivos definidos no programa. Esta avaliação pode ser realizada no início do ano
lectivo, semestre ou unidade temática.
A avaliação Formativa para ajudar o professor a controlar o PEA sobre um assunto ou
tema.

A avaliação Sumativa que permitirá testar os conhecimentos adquiridos no fim de cada


assunto ou tema, num semestre ou ano lectivo.

Os métodos de avaliação a serem aplicados serão informais os que consistirem na


observação de pequenos trabalhos individuais ou em grupo, perguntas orais, pequenas
execuções de instrumentos, e formais, os planificados centralmente.

Deste modo as principais formas de avaliação consistirão em:

-Exercícios escritos;
-Exercícios orais;
-Auditivos e instrumentais;
-Reprodução vocal e instrumental.

A apresentação, expressão e evolução progressiva no domínio das técnicas são alguns dos
itens em avaliação.

Utilizar-se-á o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

Meios didácticos a utilizar compreenderão entre outros:


ƒ Manual do professor;
ƒ Instrumentos musicais (de percussão, melódicos e electrónicos);
ƒ Aparelhagem sonora;
ƒ Cadernos pautados para música.

45
Unidade temática: Expressão Físico -Motora/Dança

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
. Interpretar danças moçambicanas. Espaço parcial e total . Executa danças moçambicanas.
. Realizar a análise crítica das suas . Movimentos naturais de locomoção (andar, arrastar, . Monta estudos coreográficos.
criações. girar, saltar, gatinhar, correr e rebolar. . Analisa criticamente o seu
. Praticar exercícios de vocalização. . Improvisação. trabalho.
. Níveis (chão, baixo, médio, alto e no ar). . Pratica exercícios de técnica
. Desenhos simétricos e assimétricos por oposição e por vocal. 30
sucessão
Dança tradicional moçambicana
. Descrição de dança.
. Aprendizagem das canções.
. Aprendizagem dos passos e movimentos.
. Montagem coreográfica.
Educação Vocal e Canto
. Noções básicas de técnica vocal.
. Exercícios de técnica vocal (respiração, dicção,
emissão, expressão e articulação).

Sugestões Metodológicas

A arte é universal mas o artista é sempre o produto da sua nacionalidade, sendo a sua obra um reflexo da sua cultura assim como da sua
época. Assim, o aluno deve ser um impulsionador consciente da sua cultura.
A pedagogia actual preconiza a metodologia de ensino centrado no aluno. Assim o aluno deverá estar exposto aos conteúdos programáticos
de modo a desenvolver as suas capacidades e habilidades. Deverá desenvolver também as actividades criativas e imaginativas. Deve ainda
ser proporcionado técnicas de pesquisa do património cultural (dança) nacional e estimulado na realização de estudos coreográficos.
O aluno deverá ser incentivado a desenvolver hábitos de análise e apreciação das artes (dança) assim como realizar visitas às instituições
artísticas. O aluno deverá ter oportunidade de assistir artistas consagrados no palco por forma a desenvolver as suas habilidades e
aptidões.
Na execução da dança e outras artes, o aluno deverá ser capaz de transmitir mensagens claras através da expressão corporal e facial.
Os aparelhos áudio visuais, espelhos e trajes apropriados deverão fazer parte do dia a dia do processo de ensino e aprendizagem do aluno.
Ao abordar um determinado tema do programa, o professor deverá criar boa motivação para facilitar a compreensão e o gosto pela
matéria.

47
Indicadores de desempenho
ƒ Distingue a linguagem corporal e qualidades de movimentos.
ƒ Identifica os desenhos corporais e espaciais.
ƒ Executa danças tradicionais moçambicanas

Avaliação

Pretende-se com a avaliação neste nível fomentar no aluno a capacidade crítica e valorativa sobre as competências e o processo de
aprendizagem. Ela não deve constituir uma penalização ou punição para o aluno.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do ESG.
Assim, consistirá na execução ou interpretação de um ou mais itens conforme o programa. A apresentação, expressão, evolução
progressiva no domínio das técnicas serão alguns dos itens em avaliação.
Resumindo, a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem desta sub disciplina deverá realizar-se segundo os
parâmetros que se seguem:
. Criatividade;
. Uso e domínio de técnicas da dança;
. Uso do espaço;
. Valores e atitudes.
Na avaliação utilizar-se-á o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

Meios didácticos
ƒ Aparelhagem do som.
ƒ Vídeos.
ƒ Instrumentos tradicionais (tambores, chocalhos, Timbila, etc.).
ƒ Sala apropriada para a dança.
ƒ Espelho.
ƒ Traje apropriado para a aula.

48
Unidade temática: Expressão Dramática/Teatro

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
. Conhecer as origens e evolução Mito e Rito na vida das comunidades moçambicanas . Conhece a evolução do
do teatro urbano moçambicano. . Danças rituais moçambicana e o seu papel educativo. teatro urbano moçambicano.
. Observar e memorizar textos . Evolução do teatro urbano moçambicano. . Conhece a diversidade
dramáticos e acontecimentos da Dramatização cultural moçambicana.
vida quotidiana. . Exercícios de imaginação. . interpreta textos literários
. Interpretar textos literários, . Exercícios de memorização. e dramáticos.
dramáticos, contos escritos e . Expressão corporal. . Compõe textos dramáticos.
orais. . Contos populares e sua interpretação dramática. . Concebe e constrói
. Compor textos dramáticos. . Dramatização de contos, fábulas, poesias e acontecimentos da adereços, cenários,
. Conceber e construir adereços vida quotidiana. iluminação e som. 30
e cenários, iluminação e som. . Encenação de peças de teatro. . Dirige e produz
. Dramatizar contos escritos, . Construção de adereços de cena e de cenários. espectáculo
orais, poesias e acontecimentos . Concepção e montagem da luz para espectáculo. . Dramatiza contos, fábulas,
da vida quotidiana. Educação vocal e canto poesias e acontecimentos da
. Praticar exercícios de . Exercícios de técnica vocal. vida quotidiana.
vocalização. . Duração de fôlego. . Pratica exercícios de
. Sustentação de um som. técnica vocal.
. Emissão de vozes de pessoas e de animais.

Sugestões Metodológicas

O professor de Expressão Dramática/Teatro, deve ter bases sólidas da disciplina para melhor exercer as suas funções de orientador e
facilitador da aprendizagem. O seu papel deverá ser o de fornecer material, apoiar e familiarizar os alunos com o trabalho de expressão
corporal e vocal, organizar e desenvolver competências e capacidades, para conseguir que cada aluno tenha o prazer de elaborar textos
dramáticos, encenar e interpretar peças de teatro.
Ao longo do processo de instrução em técnica teatral, o aluno deverá privilegiar a dicção, a movimentação em cena e a prática da
improvisação criativa. Este conjunto de exercícios deve ser praticado no sentido de desenvolver no aluno habilidades que lhe conduzam a
uma compreensão do ponto de vista de outrem e a percepção das suas possibilidades cómicas numa determinada situação de actividade. O
aluno deverá ser capaz de descobrir ainda, as suas qualidades inerentes a diferentes ideias e a possível acção entre elas.
O aluno poderá, ainda, criar motivação para a criação e exibição de peças de teatro baseadas em acontecimentos da vida quotidiana da
comunidade onde vivem.

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A imaginação criativa assente na observação de acontecimentos da vida quotidiana, sua análise e o uso responsável para o teatro, são a
base principal para actividade teatral.
No ESG, a actividade teatral orientar-se-á para o aperfeiçoamento das experiências sócio-culturais do aluno e da comunidade onde se
encontra a viver, acrescentando novas informações que o interessem e motivem. O que importa especialmente é o aspecto prático: a
expressão corporal, a encenação e a interpretação de personagens.
O aluno deverá participar nas visitas colectivas aos mercados, feiras, monumentos, museus, lugares de interesse histórico e turístico. Em
cada visita feita, o aluno, pode orientar uma sessão de análise na qual, cada aluno descreve o que viu e o que mais lhe chamou a atenção.
Como complemento de todo o trabalho efectuado, o aluno deverá ainda promover a assistência em grupo às sessões de teatro e a posterior
análise colectiva que consistirá nos seguintes aspectos:
ƒ O assunto abordado;
ƒ O conflito principal;
ƒ Ideias principais defendidas e rejeitadas no texto dramático, e
ƒ A mensagem principal do texto dramático.

Indicadores de desempenho
ƒ Distingue o conflito e a mensagem de um texto dramático
ƒ Interpreta personagens de um texto dramático
ƒ Usa os valores sócio-culturais do mito e do rito na dramatização e encenação de peças de teatro.
ƒ Produz espectáculo teatral
ƒ Concebe, produz cenário e adereços de cena para o espectáculo

Avaliação

Pretende-se com a avaliação neste nível fomentar no aluno a capacidade crítica e valorativa sobre as competências e o processo de
aprendizagem e não punitiva.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do ESG.
Assim, o aluno poderá executar ou interpretar um ou mais itens conforme o programa. A apresentação, expressão, evolução progressiva no
domínio das técnicas serão alguns dos itens em avaliação.
Deste modo, as principais formas de avaliação consistirão em:
ƒ Exercícios práticos de interpretação ( trabalho do actor) e de representação (de peças de teatro);
ƒ Exercícios escritos.
Resumindo, a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem desta sub disciplina deverá realizar-se segundo os
parâmetros que se seguem:

50
. Criatividade;
. Uso e domínio de técnicas de teatro;
. Uso do espaço;
. Valores e atitudes.
Na avaliação deverá se usar os métodos formal e informal e o sistema quantitativo de Zero a Vinte valores.

Meios didácticos
ƒ Livros e revistas de estudos sobre o teatro;
ƒ Internet;
ƒ Instrumentos e materiais para o trabalho manual.

51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Mountain View, CA: Mayfield Publishing Company, 1989

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LAWSON, John Howard (1976). Teoria y técnica de la dramaturgia. Habana: Unidad Produtora 08 Maria Reguera Gómez, Pp.10-463

LHONGO, Lindo (1995). 2 peças de teatro. « Os Noivos ou Conferência Dramática sobre o Lobolo». Maputo: Colecção Makalelo Nº1, pp.5-
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MAGALHÃES, M.M. de S. Calvet, GOMES, Aldónio (1964). A criança e o teatro. Lisboa: Beltrand Guimarães, Pp. 11-304

52
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