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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DO ____ª VARA DE FAMÍLIA DA


COMARCA ______________________ (Conforme art. 319, I, NCPC e
organização judiciária da UF)

XXXXXXXXX, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG, e do CPF,


residente e domiciliado (endereço), endereço eletrônico, por seus advogados in
fine assinados conforme procuração anexada, com endereço profissional
(completo), para fins do art. 106, I, do Novo Código de Processo Civil, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no
artigo 5º do Código Civil, propor a presente:

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA


PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – ART. 300 DO NCPC

com fulcro nos artigos 1583 e 1584 do Código Civil em face de XXXXX,
brasileira, solteira, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº XXXXX e
RG nº XXXXX, residente a XXXXXXX–, endereço eletrônico, pelos fatos e
fundamentos que a seguir expõe:

DOS FATOS

O Requerente é pai do menor XXXXX, nascido aos 04 de janeiro de 20XX, que


também é filho da Requerida (certidão anexa-doc.05), viveram em união
estável durante quatro anos, deste relacionamento nasceu o menor.

Na constância da união estável, o Requerente era quem mais cuidava, dando


todo amor e carinho que uma criança de quatro anos necessita, nunca deixou
nada faltar dentro de casa para o sustento e criação do menor.

Após o fim da união estável a Requerida foi embora, levando o menor junto.
Houve no inicio da separação um acordo, firmado entre as partes de que o pai
poderia estar visitando o filho nos finais de semana e que continuaria arcando
com as despesas de escola e compras mensais, para não deixar faltar ao
menor aquilo que ele já estava acostumado a ter durante a constância da união
estável.

Após algum tempo separados, a Requerida entrou em novo relacionamento,


convivendo com pessoas de má índole, o que acabou levando-a para uma vida
de prostituição, como demostrado em declaração assinada pela própria
requerida e com firma reconhecida pelo 4º tabelionato de Campinas-SP
(doc.06).

Desde então as coisas começaram a mudar, e, o Requerente já não podia mais


ver o filho conforme havia sido firmado pelas partes, houveram inclusive
ameaças de morte a este Requerente que tomou como providencia procurar o
1º Distrito Policial de Campinas e fazer naquela ocasião um Boletim de
Ocorrência (doc.07).

O Requerente que sempre esteve presente na vida dos filhos se vê agora


impedido de ver seu filho caçula e até mesmo de se comunicar por telefone.
Cabe aqui deixar ciente que em relacionamento anterior que durou quinze anos
o requerente ficou com a guarda de seus outros três filhos, hoje todos casados
e com vidas estáveis.

Nunca deixou de cumprir com suas obrigações de pai, as pensões são


depositadas religiosamente em dia conforme demonstrado em cópias de
transferência para a conta corrente de numero XXXX de titularidade da genitora
do menor (docs.08/09) todo mês é feito uma compra e entregue no endereço
da Requerida e mesmo assim, mesmo demonstrada toda a preocupação e
amor que este pai tem por seu filho ele é impedido de conviver com a criança.

O desleixo desta mãe com seu filho é tamanha, que até mesmo a escola
particular, paga por este Requerente, dela seu filho tirou, deixando agora com
um desconhecido enquanto faz seus programas, mesmo aos finais de semana.

No dia 28 de novembro deste ano, tentou novamente este Requerente visitar


seu filho, porem mais uma vez foi ameaçado e para não acabar prejudicando o
próprio menor foi embora.

É bem sabido, que o direito de visitas regulares pelo pai, ao filho, é um


dever/direito ao qual este não pode ser privado, sendo sua presença
fundamental para o desenvolvimento do filho.

Tal situação não pode mais perdurar, posto que é direito dos filhos ter o pai em
sua companhia, para receber a assistência garantida a toda criança.

Como visitar e ter consigo o filho lhe é um direito assegurado, por disposição
expressa em lei, pretende o Requerente ter o filho consigo nos finais de
semana, pegando a criança na sexta feira a tarde e entregando a sua mãe no
domingo a noite.

Pretende ainda este Requerente ficar com o filho na semana do ano novo, já
que foi impedido e ameaçado de ficar com o menor na semana do Natal.

Resta ainda que, conforme preceitua o Art. 1.584 “A guarda, unilateral ou


compartilhada, poderá ser”:
“II – Decretada pelo juiz, em atenção à necessidade especificas do filho, ou em
razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a
mãe”.

DO DIREITO

Ressalta-se da necessidade do contato e a convivência entre pais e filhos, pois


assim a criança poderá crescer cercada de muito amor, carinho e afeto, tendo
um bom desenvolvimento físico e psicológico. Lembrando que os pais do
menor não estão mais vivendo juntos, portanto imprescindível que o requerente
tenha contato com o filho, sob pena de virem ter conflitos futuramente, pela
falta de convivência.

DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Prevê o art. 300 do Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência


quando, havendo prova inequívoca, o juiz se convença da verossimilhança da
alegação e haja fundado receio de dano irreparável.

No caso em tela, não há qualquer duvida a respeito do direito do autor, posto


que sendo pai, a lei lhe confere dever/direito de ter o filho em sua companhia e
ainda fiscalizar sua manutenção. De toda sorte, a maior, provados fatos
alegados, é a necessidade de ajuizamento da presente para ver seu filho.

Com relação ao dano irreparável, este é patente, em razão da proibição da


genitora do menor em permitir que o pai exerça o direito de visita ao filho.

DOS PEDIDOS

Por estas razões, requer a V. Exª a regulamentação de visitas do autor a seu


filho, a ser fixada nos seguintes termos:

1. A concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do


NCPC, em razão do direito/dever conferido ao autor de ter o filho em sua
companhia na semana do ano novo de 29/12/2015 à 03/01/2016.

2. A citação da Requerida para contestar o pedido, se o quiser, sob pena de


revelia.

3. Que em tudo seja ouvido o digno representante do Ministério Público.

4. No domingo referente ao Dia das Mães, o menor passará com a mãe, e no


domingo referente ao Dia dos Pais, o menor permanecerá com o pai,
observado o horário estabelecido.
5. Que ao final seja regulamentado o direito de visitas, garantindo ao pai o
direito de ter o filho consigo em finais de semana, pegando o filho na sexta feira
à tarde e devolvendo no domingo a noite.

6. Que seja a Requerida condenada às custas e honorários advocatícios e


demais cominações de direito.

7. Requer ainda, que seja concedida ao autor a gratuidade de justiça, por não
dispor de meios econômicos para custear o processo sem prejuízo a seu
sustento nos termos da lei1060/50 e dos ats. 98 e ss do NCPC, conforme
declaração anexa.

8. a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos


artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial as provas: documental,
pericial, testemunhal e depoimento pessoal da parte ré.

Dá-se à causa o valor de R$ (valor por extenso).

Termos em que pedem deferimento.

Local, data.

Nome do Advogado

OAB

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