Defesa - Alimentos

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA
CÍVEL DO FÓRUM REGIONAL DE BANGU – RJ
Processo n. 0018992-18.2016.8.19.0204
ANDERSON NEIO DE SOUZA SOARES, brasileiro, solteiro, taxista,

carteira de identidade 094046422, inscrito no CPF nº 042.624.907-00,
residente e domiciliado na Travessa Paulo Neivas Macalão, nº 93, antigo
nº 29, Realengo, Rio de Janeiro, RJ, CEP 21715-550, vem perante Vossa
Excelência, por meio de seu procurador, que a esta subscreve, domiciliado
na Avenida de Santa Cruz, nº 1838, sala 202, Realengo, Rio de Janeiro,
RJ, CEP 21715-321, email: vazebritto@yahoo.com.br, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu bastante procurador,
oferecer a presente
CONTESTAÇÃO
à AÇÃO DE ALIMENTOS, interposta por EDUARDO NEIO MARIANO

SOARES, representado por sua genitora FABIANA LEITE SALES,
devidamente qualificados, mediante o seguinte:
Endereço: Av. Santa Cruz, 1838, sala 202, Realengo, Rio de Janeiro, RJ, CEP 21715-321
Email: vazebritto@yahoo.com.br - Telefone: 021 3424-7505
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Requerente é pobre na acepção jurídica do termo, e bem por

isto não possui condições de arcar com os encargos decorrentes do
processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme
declaração de hipossuficiência em anexo. Desta forma, requer os
benefícios da justiça gratuita, preceituados no artigo 5.º, LXXIV da Carta
Magna e do Art. 4º da Lei 1.060/50.
PRELIMINARMENTE
DA CONEXÃO
A presente reputa-se conexa com a Ação de GUARDA

COMPARTILHADA sob o nº 0010710-88.2016.8.19.0204 em trâmite
perante o d. Juízo da 3ª Vara de Família desta Comarca, ajuizada em
15/04/2016, em que figura no polo ativo o ora requerido, e no polo
passivo a representante do Autor.
Não resta, portanto, dúvidas de que ocorre em ambas as

medidas, riscos de decisões conflitantes, caracterizando a conexão,
conforme previsto no artigo 55, § 3º do Novo Código de Processo Civil
brasileiro.
"Art. 55. Reputam-se conexas duas ou mais ações,

quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir."
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os

processos que possam gerar risco de prolação de
decisões, conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Em virtude disso, requer seja acolhida a preliminar, a fim de que

estes autos sejam remetidos ao d. Juízo da 3ª Vara de Família, que teve
preventa sua competência, segundo as regras do artigo 58 e 59, ambos
do Novo Código de Processo Civil brasileiro.
Neste sentido, dispõe a jurisprudência:
"O objetivo da norma inserta no artigo 103, bem como

no disposto no artigo 106, ambos do CPC, é evitar
decisões contraditórias; por isso, a indagação sobre o
objeto ou a causa de pedir, que o artigo por primeiro
quer que seja comum, deve ser entendida em termos,
não se exigindo a perfeita identidade, senão que haja
em liame que os faça passíveis de decisão unificada".
(STJ - 3ª Turma, R. Esp. 3.511 - RJ, rel. p. o ac. Min.
Waldemar Zveiter, j. 10.12.90, deram provimento,
maioria, DJU 11.03.91, p. 2.391, 2ª col, em.). Neste
sentido: J.T.J. 142/185.
"Reconhecendo a existência de conexão, deve o juiz

determinar, de ofício, a remessa dos autos ao juízo
competente." (JTA 37/101)
"O simples despacho exarado pelo juiz da causa,

independentemente de ser ele meramente
preparatório, torna prevento o magistrado, sendo
irrelevante aferir-se em qual feito instaurou-se a
relação processual em primeiro lugar." (Bol. TRF 3a.
Região 9/74)
DO MÉRITO
O ora requerido era detentor da guarda de fato do seu filho. Vez

que a Genitora do menor não possuí estrutura para cuidar do seu filho.
Ocorre que o Autor, desde o nascimento do menor deu todo o

suporte, inclusive até o ano de 2015, o menor residia com o Autor.
Sendo certo que o Réu, jamais se esquivou das obrigações de

pai, conforme se verifica nos documentos comprobatórios juntados nos
autos da ação de guarda compartilhada.
Entretanto no início do ano de 2016, a Ré, pediu que o menor

fosse morar com a mesma, o Autor, para manter a boa convivência não
criou obstáculos.
Para tanto, o Réu vem cumprindo com seu dever de pai,

atendendo às necessidades básicas dos requerentes, sendo que a virago,
ora detentora da guarda, dispõe de renda suficiente para as próprias
despesas e daquele que está sob seus cuidados. Além disso, já há algum
tempo os menores residem com a genitora, e nesse intervalo de tempo
nenhuma quantia em dinheiro, além dos valores que o Réu dispõe, foi
solicitada para manutenção do mesmo, o que autoriza desunir que não há
a alegada necessidade por parte do filho.
Outrossim, o requerido está enfrentando sérias dificuldades
financeiras em decorrência da calamidade econômica que assola o país,
principalmente o setor onde atua, haja vista a implantação do serviço
denominado “UBER” sendo, portanto, mentirosa e infundada a alegação
de que o seu faturamento mensal é maior que R$ 6.000,00 (seis mil
reais).
Ademais, o ora requerido não reside em casa própria, mas sim

com seu pai, exatamente por não ter condições de arcar com despesas
domésticas sozinho, sendo certo que o mesmo ajuda com as despesas do
lar, junto ao seu pai, conclui-se que a renda mensal obtida é
completamente inferior ao alegado na exordial, não podendo assim, arcar
com os valores pedidos na peça vestibular.
Conforme demonstrado nos documentos ora juntado, o Autor

realmente trabalha como autônomo arcando com plano de saúde, colégio
e demais necessidades do menor. Entretanto a Representante do Autor,
em nenhum momento comprova suas possibilidades, sendo certo que o
dever de alimentar é de ambos, observando o binômio NECESSIDADE X
POSSIBILIDADE.
O que, de fato, deve ser levado em conta para se estimar o valor

dos alimentos são as necessidades do alimentando (moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, etc) e as possibilidades da pessoa obrigada ao
pagamento. Assim, deverá haver equidade na fixação dos alimentos de
forma que o valor das necessidades do alimentando esteja equalizado com
as possibilidades financeiras do alimentante.
Assim, verificado existente o binômio NECESSIDADE X
POSSIBILIDADE, os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades da menor e dos recursos da pessoa obrigada.
É claro, que ao pai incumbe o dever de proporcionar a

subsistência do filho, nos moldes de suas possibilidades, mas não como
absurdamente está pleiteando a parte Autora.
Conclusão
Assim colocado e o mais que será suprido pelo notório saber

jurídico de V. Exa., tanto assim na instrução da lide, requer seja acolhida
a preliminar de conexão, remetendo os autos do d. Juízo da 3ª Vara de
Família.
Requer a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, ante a

documentação acostada.
Requer, ainda, seja declarada a total improcedência da causa,

ante a realidade da Guarda compartilhada, bem como as provas de que o
Autor já efetiva o pagamento das necessidades do Menor, condenando a
parte Autora em ônus sucumbenciais.
Caso não seja esse o entendimento, requer que sejam

estipulados alimentos em valores realistas, qual seja 30% do salário
mínimo vigente.
Requer, por derradeiro, provar o alegado por todos os meios em
Direito admitidos, notadamente, pela prova testemunhal e por
documentos.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.
MAICON DE JESUS VAZ PEREIRA
OAB/RJ nº 163.397
CARLOS JOSÉ BRITTO DA SILVA
OAB/RJ nº 202.386

Defesa - Alimentos

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Defesa - Alimentos

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA

CÍVEL DO FÓRUM REGIONAL DE BANGU – RJ

ANDERSON NEIO DE SOUZA SOARES, brasileiro, solteiro, taxista,

à AÇÃO DE ALIMENTOS, interposta por EDUARDO NEIO MARIANO

O Requerente é pobre na acepção jurídica do termo, e bem por

A presente reputa-se conexa com a Ação de GUARDA

Não resta, portanto, dúvidas de que ocorre em ambas as

"Art. 55. Reputam-se conexas duas ou mais ações,

§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os

Em virtude disso, requer seja acolhida a preliminar, a fim de que

Neste sentido, dispõe a jurisprudência:

"O objetivo da norma inserta no artigo 103, bem como

"Reconhecendo a existência de conexão, deve o juiz

"O simples despacho exarado pelo juiz da causa,

O ora requerido era detentor da guarda de fato do seu filho. Vez

Ocorre que o Autor, desde o nascimento do menor deu todo o

Sendo certo que o Réu, jamais se esquivou das obrigações de

Entretanto no início do ano de 2016, a Ré, pediu que o menor

Para tanto, o Réu vem cumprindo com seu dever de pai,

Ademais, o ora requerido não reside em casa própria, mas sim

Conforme demonstrado nos documentos ora juntado, o Autor

O que, de fato, deve ser levado em conta para se estimar o valor

É claro, que ao pai incumbe o dever de proporcionar a

Assim colocado e o mais que será suprido pelo notório saber

Requer a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, ante a

Requer, ainda, seja declarada a total improcedência da causa,

Caso não seja esse o entendimento, requer que sejam

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

MAICON DE JESUS VAZ PEREIRA

CARLOS JOSÉ BRITTO DA SILVA

Você também pode gostar