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Aula de Administração de Novos Negócios

COMO AVALIAR UMA IDÉIA DE NEGÓCIO

Uma das maiores dificuldades para quem tem várias ideias


para criar um negócio é fazer a sua avaliação. Aferir o
potencial da ideia. Avaliar ideias pode até ser
fácil. Existem alguns factores e regras que ajudam nessa
avaliação. O primeiro ponto que gostaria de focar antes de
abordar os factores para realizar a avaliação, pois não se
pode avaliar um ideia isoladamente. Ou seja, as ideias,
quaisquer que elas sejam devem ser avaliadas através do
método comparativo.

Assim são necessárias no mínimo duas ideias. Outro ponto


também importante, como ao cérebro humano é difícil fazer
comparações, é altamente aconselhado fazer a comparação
2 a 2. É difícil comparar mais do que 2 coisas ao mesmo
tempo.

Satisfaz uma necessidade

São as necessidades que motivam a compra por isso há que


perceber até que ponto é a ideia útil e se traduz num valor
acrescentado para as pessoas. A utilidade do que resulta da
ideia é fundamental para a concretização da mesma. Este
factor nunca pode deixar de ser avaliado.

É exequível

Colocar em funcionamento as ideias e a sua complexidade


depende muito da ideia em si, umas ideias são notoriamente
mais fáceis de concretizar do que outras. Criar um site sobre
finanças pessoais é fácil, construir uma central nuclear pode
ser mais complicado. Existem ideias que ainda não podem
ser executadas, por exemplo construir um hotel em Marte.
Mas a complexidade da execução da ideia, o tipo de
conhecimento requerido ou as tecnologias pretendidas
podem ser consideradas como factor de valoração.

Custo ou investimento

Montar um negócio acarreta os seus custos, não só os de


constituição que são quase irrelevantes, mas sim custos
compreendidos em desenvolvimento de produtos,
construção de protótipos, custos de fabricação, custo de
comunicação, custos de distribuição, enfim tudo o que pode
representar investimento para a concretização do negócio.
Quanto maior for o investimento maiores serão as
dificuldades para obter financiamento para a ideia.

É rentável

Este é um pormenor importante, pois se se quer um negócio


é bom que este consiga produzir resultados. Nesta
abordagem será tido em conta pequenos números para
aferir este factor, pois com rigor só após desenvolver as
demonstrações financeiras se terá uma ideia aproximada do
que se pode ganhar. Mas será sempre diferente pretender
vender cartões de visita ou vender um novo refrigerante.

É inovadora

A inovação trás consigo o interesse de pessoas que gostam


de possuir as últimas novidades, seja através de bens de
lazer ou comerciais. Existem pequenas ferramentas que
podem aumentar significativamente a produtividade. Através
da simplificação de um processo ou resolução de um
problema. A inovação pode ser total, parcial ou um conceito
ou processo inovador.
É oportuna – tempo certo

Existem muitas ideias inovadoras que são geradas antes de


tempo, ou lançadas antes de o consumidor estar preparado
para receber esse tipo de bem. Existem produtos que
necessitam de outros para poderem funcionar.

Risco

Existem conceitos de negócios que são mais ousados, por


representarem um maior perigo face a outros. Assim como
as ideias a avaliar têm pretensão de se tornarem um
negócio, a valorização do risco de implementação deverá
ser menor. A materizalização das ideias compreende
sempre risco.

É modificavel

A adaptação da ideia original a outros processos, produtos


ou serviços pode permitir a aproximação ao tempo e às
necessidades actuais, assim valoriza-se a ideia pelas
oportunidades que deixa em aberto. Se for algo estanque
pode não ser tão fácil adaptar a ideia ao negócio.

Autenticidade da ideia

A autenticidade da ideia (ser única) é um factor de


diferenciação que pode ser o motor para impulsionar o
negócio que daí resulte. Contudo este é apenas mais um dos
factores de avaliação, pode não ser uma ideia totalmente
original, mas se o for melhor.

Para a avaliação se as ideias correspondem às


necessidades e pretensões dos utilizadores, previligiando
uns factores em detrimento de outros ter-se-á que fazer a
ponderação.
A avaliação de ideias só pode ser feita quantitativamente, ou
seja por aquilo que poderá produzir e comparando com
outras opções. Um dos princípios para quem gera ideias
constantemente (os criativos profissionais) é que todas as
ideias são ideias, nem são boas nem são más. Do ponto de
vista qualitativo, pode ser uma excelente ideia ou uma ideia
apenas.

No final das contas, o que interessa é, “esse negócio que


quero abrir dá dinheiro”?
A resposta não é simples, mas, duas perguntas podem dar
uma boa noção sobre seu negócio:

Quantos clientes estariam dispostos a pagar pelos


seus produtos ou serviços mensalmente?

Quanto eles estariam dispostos a pagar pelos seus


produtos ou serviços?

A partir destas respostas, você poderá iniciar um estudo


para verificar quanto essa empresa pode render para você.
O Lucro vai depender também de quanto você terá de
Custo do seu produto ou serviço e das Despesas para
manter a sua empresa com as instalações funcionando.

A conta então será simples: quanto você pretende vender


por mês, menos os custos de cada produto ou serviço e
menos as despesas para manter a empresa em
funcionamento. O que sobrar será o lucro.

Uma despesa a ser bem pensada é a do Local para a


instalação da empresa, ou seja, o Ponto. Um dos primeiros
critérios para escolher o ponto é se você terá que atender o
cliente pessoalmente na sua empresa, ou, se os produtos
ou serviços serão entregues ou prestados no cliente.
Esse primeiro critério poderá direcionar a região, a
proximidade da concorrência, o movimento da rua, a
necessidade de estacionamento, enfim, vários aspectos
que interferem nas despesas da empresa.
Para que tudo saia dentro do que você imagina, seguem as
próximas perguntas:
Como você imagina Divulgar (fazer propaganda) a sua
empresa aos clientes?

Quantos Concorrentes você terá nesse negócio e como


fará para manter seus clientes e conquistar novos,
considerando a concorrência?
Quantos Funcionários você vai precisar para trabalhar e
qual o nível de especialização necessário para executar os
trabalhos com qualidade?

E enfim, considerando tudo isso, quanto


Dinheiro (investimento) é preciso para abrir esse
negócio?
Mesmo tomando todos esses cuidados, mais um aspecto é
fundamental para o sucesso de uma empresa:
o Empresário.

Você está preparado para gerenciar esse negócio? Reúne


os conhecimentos e as habilidades necessárias para
conduzir sua empresa ao sucesso?
Cabe aqui mais uma infinidade de outras perguntas que o
ajudariam a abrir uma empresa. Reflita muito. Iniciado o
voo no mundo dos negócios, qualquer parada significa
queda. Por isso, seu destino e seus objetivos têm que estar
bem claros.
Desenvolvimento, teste e lançamento de novos produtos e
serviços

Como os produtos estão cada vez mais segmentados e


há a expansão do marketing personalizado, o
desenvolvimento, teste e lançamento de novos
produtos e serviços deve ser um processo mais
minucioso.
Então por que criar novos produtos? Se você não inovar,
seus concorrentes inovarão. Além disso, uma média de 30%
dos lucros corporativos é gerada através de novos produtos
(com no máximo cinco anos de vida) enquanto que a
empresa que inova possui mais recursos e menos riscos
dentro do mercado competitivo.
Estágios de desenvolvimento de um novo produto
Quando se deseja lançar um novo produto ou serviço no
mercado, há fases essenciais para que ele seja criado da
melhor forma e tenha muito mais chance de trazer lucros à
empresa.
Os estágios para o desenvolvimento de um novo produto
são:
- Geração de ideias
Nada melhor do que começar o processo de
desenvolvimento de um produto através da busca de ideias,
já que o mercado está muito competitivo e ideias boas valem
ouro.
Grandes empresas trabalham com muitas ideias, mesmo
que nem todas venham a tornar-se realmente um produto. A
empresa Gillette é um exemplo de geração de ideia, onde a
cada 45 ideias de produtos novos, somente três são
desenvolvidos e lançados no mercado.
• Fontes de ideias para novos produtos
As melhores fontes de ideias são os colaboradores,
concorrentes, consumidores, fornecedores e distribuidores.
Além disso, a observação dos clientes e suas necessidades
e o uso de pesquisas na internet podem ser ótimas fontes.
• Técnicas para geração de ideias
Existem técnicas que facilitam a geração de ideias para
novos produtos. As principais são:

 Listagem de atributos: qual é a descrição atual do produto, o


que ele pode ter de novo, quais os usos complementares
dele, adaptações que podem ser feitas, etc.
 Relacionamentos forçados: vários produtos se juntam com
uma funcionalidade.
 Análise morfológica: busca de uma solução.
 Identificação de um problema ou necessidade: é quase igual
a analise morfológica, mas necessita da participação do
consumidor.
 Braisntorming: várias ideias juntas até surgir uma viável.
 Sinesia: também é uma tempestade de ideias como o
brainstorming, mas com um tom mais critico.

• Triagem de ideias
Depois de utilizar uma ou várias técnicas de geração de
ideias para seu novo produto ou serviço, é o momento de
reduzir este numero à ideias que são realmente atraentes e
interessantes para a empresa.
Tome cuidado para não desperdiçar boas ideias que depois
serão aproveitadas pela concorrência.
• Dispositivos para avaliar as ideias de novos produtos
Mas como avaliar as ideias e saber se estão de acordo com
a empresa, além de ser algo rentável? Há algumas
perguntas que podem ajudar:
 É um produto compatível com os objetivos da empresa?
 A organização possui os recursos necessários para a
criação do mesmo? Se não possui, há como adquiri estes
recursos?
 Desenvolvimento e teste de novos produtos

Após a avaliação de ideias para novos produtos, é o


momento de desenvolver aquele ou aqueles que foram
considerados atraentes para a empresa. Desta forma, os
clientes não comprarão a ideia do produto e sim o conceito.
Uma forma de desenvolver o conceito é responder a
algumas perguntas como:
• A quem este produto é direcionado? (crianças, jovens,
adultos, idosos, etc.)
• Qual o principal benefício do produto?
• Onde e quando ele poderá ser utilizado?
- Teste dos conceitos
Com as respostas sobre o conceito do seu produto é preciso
fazer alguns testes de conceitos e buscar respostas com os
consumidores.
Antes de tudo, o produto deve ser descrito de forma que o
consumidor entenda o que ele é e para que serve. Depois
disso, uma pesquisa com os consumidores para saber a
aceitação do produto é uma ótima opção de testar o seu
conceito no mercado.
Alguns inquéritos que ajudam a colher a informação do
consumidor são:
• O uso e benefícios do produto estão claros?
• Você acha que ele irá satisfazer uma necessidade sua?
• Existem produtos que já satisfazem esta necessidade?
Quais você utiliza? Está feliz com os já existentes ou acha
que precisa de melhoria?
• Você acha que o preço proposto está de acordo com o
valor percebido?
• Definitivamente você compraria ou não o produto? Você o
indicaria a algum amigo, parente ou conhecido?
• Se você comprar este produto, com que freqüência irá
utilizá-lo?
- Teste de mercado
Tomadas todas essas atitudes, o seu produto está pronto
para ser testado no mercado. Lembre-se que este processo
inicial exige paciência e muita cautela, pois mesmo que
todas as pesquisas e previsões tenham sido realizadas,
fatores sazonais e situacionais podem interferir nos
resultados previstos.
Cuidado com testes de produtos que podem ser facilmente
copiados pela concorrência e não estão protegidos
legalmente. Tome todas as providências legais e cabíveis
antes de colocar o produto em teste.
Caso haja muitas dúvidas quanto a sua eficiência no
mercado e ache que o produto vai fracassar, melhor nem
colocá-lo em teste para não denegrir a imagem da empresa.
Após tomar todas as precauções no desenvolvimento, teste
e lançamento de novos produtos e serviços, é preciso
elaborar uma boa técnica de comercialização dos novos
produtos.
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