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Resumo
Palavras-chave
Correspondência:
Dirce Mendes da Fonseca
SHIN Q.I. 06 conjunto 02 casa 22
71520-020 – Brasília – DF
E-mail: mendesdirce@yahoo.com.br
Educação e Pesquisa, São Paulo, v.34, n.2, p. 361-370, maio/ago. 2008 361
Bachelard’s scientific pedagogy: a reflection in favor of
the quality of teacher practice and research
Abstract
This article takes its analytical axis from the work of Gaston
Bachelard in the construction of the “new scientific spirit”, and is
based on his epistemological contributions as they appear in his
scientific pedagogy and analysis of the demise of positivism as a
research framework in the Social Sciences. The text introduces
Bachelard’s historical epistemology, in which all knowledge is
regarded as controversial, and that, therefore, old constructions
must give way to new constructions. It proposes the notion of
rupture to specify a more scientific way to produce science, the
notion of dialectic process in the production of scientific
knowledge, and the concept of knowledge as a continual process
of rectification. It seeks to correlate the scientific pedagogy with
pedagogical practice, and shows the possibilities of
transformation in the field of teacher education and research
based on a particular view of epistemology and of a critical and
reflective scientific practice. A scientific pedagogy that must have
its eyes on developing formative actions and on having a double
perspective: education understood as a social and historical
practice. These reflections lead us to articulate theory and
practice, and to understand research as a creative practice. From
such process should come forth our understanding of what it
means to do science, of interdisciplinary practice, of the
articulation between theory and practice, and of the integrated
learning of research and teaching.
Keywords
Contact:
Dirce Mendes da Fonseca
SHIN Q.I. 06 conjunto 02 casa 22
71520-020 – Brasília – DF
E-mail: mendesdirce@yahoo.com.br
362 Educação e Pesquisa, São Paulo, v.34, n.2, p. 359-368, maio/ago. 2008
Este texto tem como objetivo apresentar as tanto dialoga como se contrapõe à tradição
contribuições de Gaston Bachelard referentes à científica fundamentada no cartesianismo, nos
pedagogia científica e aos fundamentos epistemo- métodos de dedução predominantes na práti-
lógicos que constituíram suas bases, bem como ca científica. Pensa a ciência como um proces-
discutir metodologicamente a apreensão dessa so de negação dos conhecimentos atuais. Acre-
pedagogia na prática científico-docente. dita que a filosofia está sempre defasada em
Parte-se do ponto de vista de que as dis- relação à ciência e insiste no caráter inovador
cussões de Bachelard nesse campo teórico-epis- do espírito científico contemporâneo. Para o
temológico são importantes para o pensamento autor, “o novo espírito científico” precisa ultrapas-
pedagógico, considerando que os pressupostos da sar os obstáculos epistemológicos que impedem
pedagogia científica são, de certa forma, insepa- a ciência de progredir. Critica as concepções
ráveis dos pressupostos epistemológicos que fun- continuístas da história da ciência e introduz a
damentam, na visão do autor, “o novo espírito noção de ruptura para mostrar a idéia de descon-
científico”. Elas contribuem para refletir acerca de tinuidade da ciência. O espírito científico deve se
práticas científicas pedagógicas centradas em formar enquanto se reforma.
epistemologias de cunho racio-nalista e de prá- Um ponto fundamental na obra de
ticas pedagógicas conservadoras e acríticas da re- Bachelard (2000) é a ruptura que propõe com o
alidade social, bem como sobre a forma de pro- determinismo científico, com o método cartesiano
duzir conhecimentos centrados nos pressupostos e com o pensamento objetivo. Para ele, a epis-
e na visão positivista de ciência. Nesse sentido, as temologia cartesiana é uma epistemologia em cri-
contribuições do autor têm reflexo na forma de se. Na crítica da epistemologia objetivista, afirma
pensamento e nas práticas pedagógicas que ori- que “o método cartesiano é redutivo, não é
entam a pesquisa. indutivo” (p. 121), e que os métodos de pesquisa,
Para a discussão da pedagogia científica e em algum momento do desenvolvimento do pen-
suas contribuições, faz-se necessário, ainda que de samento científico, perdem, conseqüentemente, a
forma resumida, apresentar os referenciais que fun- sua vitalidade. Contrapondo ao determinismo cien-
damentam a obra de Bachelard, considerando que tífico que se aplica e se prova nos fenômenos sim-
o conceito de pedagogia científica está diretamen- plificados, à intuição, às impressões primeiras, ao
te relacionado ao campo epistemológico que o equívoco das primeiras idéias, ele afirma que o
autor desenvolve. Feita tais considerações, o texto pensamento complexo é um “pensamento ávido
procura pontuar os principais referenciais propostos de totalidade” (p. 123). É essa noção de pensa-
pelo autor, a partir dos quais elabora o conceito de mento complexo que deve estar na base da peda-
“pedagogia científica". Tal conceito está fundamen- gogia científica que alimenta a ciência moderna.
tado numa epistemologia dialógica e crítica. Para Bachelard (2000):
A transformação da prática docente im-
plica em mudança de concepção do próprio Na realidade não há fenômenos simples; o
trabalho pedagógico, muitas vezes conservador, fenômeno é um tecido de relações. Não há
centrado em relações autoritárias, na reprodu- natureza simples, nem substância simples,
ção e manutenção do conhecimento acrítico e porque a substância é uma contextura de
deslocado da realidade e em métodos positi- atributos. Não há idéia simples, porque uma
vistas-racionalistas. É, nesse sentido, que a obra idéia simples, como viu Dupréel, deve ser
de Bachelard é atual e instigante, tanto do inserida, para ser compreendida, num sistema
ponto de vista epistemológico como do ponto complexo de pensamentos e experiências. A
de vista metodológico. aplicação é complicação. As idéias simples
Bachelard é um autor complexo para o são hipóteses de trabalho, conceitos de traba-
seu tempo. No campo da epistemologia, ele lho, que deverão ser revisadas para receber
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seu justo papel epistemológico. As idéias sim- da ciência e apresenta uma concepção de co-
ples não são a base definitiva do conheci- nhecimento científico como um “processo con-
mento; aparecerão, por conseguinte, com um tínuo de retificação” movido pela superação dos
outro aspecto quando forem dispostas numa obstáculos epistemológicos. Apela por um diá-
perspectiva de simplificação a partir das idéi- logo entre razão e experiência, por uma razão que
as completas. (p. 130) procura desaprender, por uma metodologia cons-
ciente, o que significa pensar uma pedagogia “em
A epistemologia de Bachelard rompe com ruptura com o conhecimento usual”, caracterizan-
as evidências cartesianas, propõe uma pedago- do, assim, por uma evolução metodológica, uma
gia do pensamento complexo e reafirma a ne- mudança de lógica, um profundo exercício de
cessidade de sempre reler o simples sob o múl- “todas as dialéticas”. É nesse sentido que se pode
tiplo e a partir de uma visão de complexidade. tomar a pedagogia bachelardiana com uma peda-
Permite um novo olhar sobre a prática gogia criativa que permite instituir novos saberes
científico-docente, ao introduzir o conceito de a partir de rupturas com o senso comum, com a
ruptura com a epistemologia cartesiana. Vale di- epistemologia cartesiana e permite pensar numa
zer que o pré-construído está posto, faz parte dos pedagogia dialética no sentido mais amplo. Uma
lugares comuns e está imerso no mundo social. pedagogia capaz de orientar os passos de educa-
As rupturas implicam pôr em suspenso as pré- dores para se livrarem das visões estreitas e de
noções, os dados do senso comum, as formas de todo o pragmatismo ingênuo.
pensamento que orientam práticas científicas Para Bachelard (2000), a noção de obstá-
centradas nos enfoques estritamente racionalistas- culo epistemológico pode ser estudada no desen-
positivistas. Destaca Bachelard (2000) que, na volvimento histórico do pensamento científico e
construção de objetos de pesquisa, há de consi- na prática da Educação, e nesta, afirma ele:
derar que o objeto sempre se apresenta como um
complexo tecido de relações e, para apreendê-lo, Muitas vezes me tenho impressionado com
tanto o pensamento quanto os métodos necessi- o fato de os professores de ciências, mais
tam exercitar todas as dialéticas. ainda, se possível, do que os outros, não
Ao romper com epistemologia cartesiana, compreenderem que não se compreenda.
essa forma de pensamento busca o complexo e o Muito poucos são aqueles que investigaram
indeterminado, ensejando os fundamentos a psicologia do erro, da ignorância e da
epistemológicos da razão aberta e do espírito ci- irreflexão. (p. 168)
entífico. Apóiam-se, essencialmente, na retificação
do saber e nas categorias históricas críticas, apre- Para ele, a tarefa do professor
ende o mundo social e os objetos do conhecimen-
to nas suas múltiplas ralações, interações e com- [...] consiste no esforço de mudar de cultu-
plexidades. Tais categorias e referências embasam ra experimental, de derrubar os obstáculos
uma forma de pensamento que pode contribuir já amontoados pela vida cotidiana, de pro-
para fundamentar a pesquisa crítica e reflexiva. Os piciar rupturas com o senso comum, com
fundamentos epistemológicos centrados nos pres- um saber que se institui da opinião e com
supostos da pedagogia científica inovam o fazer a tradição empiricista das impressões pri-
científico e o pensamento pedagógico. meiras. Assim, o epistemólogo tem de to-
mar os factos como idéias, inserindo-os
Para uma pedagogia científica num sistema de pensamento. (p. 168)
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o conhecimento pode encontrar a possibilida- não”, a que procede, em nós e fora de nós, uma
de de renovação, de construção e de recons- atividade construtiva. Essa filosofia afirma que o
trução. Tais concepções epistemológicas indi- espírito é, no seu trabalho, um fator de evolu-
cam ao professor a adoção de metodologias ção. Pensar corretamente o real é aproveitar as
conscientes que privilegiem uma pedagogia em suas ambigüidades para modificar e alertar o
constante ruptura com o conhecimento usual. pensamento “a criar condições para a diale-
“Chega uma altura em que o espírito gosta tização”. Tal pedagogia incentiva relações peda-
mais daquilo que confirma o seu saber do que gógicas construtivas e permitem desenvolver a
daquilo que o contradiz, prefere as respostas às capacidade de autonomia intelectual, de cons-
perguntas” (Bachelard, 2001 p. 167). É esse o trução de novos conhecimentos e de novas
risco de o professor ensinar sempre as respos- questões científicas que possam se contrapor à
tas certas. Na pedagogia científica, o erro se visão empiricista.
instrui a partir de uma dinâmica pedagógica Uma pedagogia fundamentada numa
que coloque o conhecimento em permanente epistemologia aberta e reflexiva fundamentará
estado de crise, criando sempre a necessidade uma interpedagogia do ensino, o que, sem
de retificar-se. dúvida, propicia uma ressignificação da relação
Na visão de Bachelard, a formação do pedagógica e da prática científica. Isso estimula
professor contemplaria uma prática pedagógi- dinâmicas criativas.
ca, “uma metodologia consciente” que privile- A relação pedagógica implica interações
giasse uma pedagogia em ruptura com o co- humanas e psicológicas, de confiança e de res-
nhecimento usual. Assim, “de um modo mais peito intelectual. Desenvolve-se a partir do inte-
positivo, apreender-se-á a essência da psicolo- resse do professor no crescimento intelectual,
gia do espírito científico na reflexão pela qual moral, ético e científico do aluno e, como assi-
as leis descobertas na experiência são pensadas nala Bachelard, um desejo de que o aluno pos-
sob forma de regras aptas a descobrir novos sa superar o mestre. Todo mestre deve formar
fatos” (Bachelard, 2000, p. 122). O verdadeiro seus discípulos. No entanto, a Educação carece
espírito científico se forma na dialética estabe- dessa dimensão que, aos poucos, está se per-
lecida por tensões e na abertura integral. Assim, dendo devido à racionalidade, à burocracia aca-
dialetizar o pensamento é aumentar a possibilida- dêmica, ao controle pelo controle de um saber
de de apreender e de criar cientificamente fenô- instrumental prático e pouco estimulante do
menos complexos, de regenerar novas dimensões ponto de vista intelectual. A vida acadêmica e a
não percebidas por meio do pensamento ingênuo intelectual necessitam de predisposição afetiva
e acrítico. A produção de conhecimento e os e, ao mesmo tempo, de uma inquietação perma-
processos pedagógicos se justapõem. nente de uma imaginação crítica e reflexiva.
A nova pedagogia científica pensada por Para Bachelard (2001), toda cultura ci-
Bachelard é essencialmente crítica e estimula pro- entífica deve começar por uma catarse intelec-
fessores e alunos a exercitarem o pensamento tual e afetiva e pela compreensão de uma
aberto na busca de fenômenos e problemáticas “consciência em mutação” e “por um ensino
complexas e na capacidade de formular questões- não dogmático”. O que é um ensino dogmático?
problemas e de construir objetos de pesquisa, Que concepções e práticas científicas esse en-
“procurando no real aquilo que contradiz conhe- sino gera? São questões que interessam ao
cimentos anteriores” (Bachelard, 1991 p. 13). Po- campo da Educação e da Pedagogia.
der-se-ia dizer que Bachelard, ao tratar da peda- Para a ciência e o conhecimento, enten-
gogia científica, trata também da pedagogia do didos como um processo contínuo de retifica-
pensamento. Com tal posicionamento, ele faz um ção, é tarefa pedagógica do professor “colocar
apelo ao exercício da prática da “filosofia do a cultura científica em estado de mobilização
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problematizem o conhecimento, que lancem no pensamento de Bachelard, seria depreender
novas questões, gerando novos desafios e no- reflexões pedagógicas que instruem a prática cien-
vas questões-problema/soluções, “retificando” a tífica e o pensamento aberto.
ciência e os métodos científicos. Uma pedagogia científica é antes de tudo
Assim, para a ciência e para o espírito uma pedagogia do pensamento e, assim, estará
científico, todo conhecimento representa res- inserida em uma dupla perspectiva – a educação,
posta a uma dúvida, a uma questão. É o sen- entendida como uma prática filosófica, histórica
tido da dúvida e de problema é que dá a mar- e social, e uma perspectiva crítica. Tais reflexões
ca do verdadeiro espírito investigador. Se não encaminham para a articulação epistemologia/
houver problemas, não há respostas. A pedago- pedagogia científica e para a compreensão da
gia científica de que fala Bachelard procura pesquisa como uma atividade criativa e crítica de
estimular o aluno na capacidade de inquietar- produção de novos conhecimentos. Desse proces-
se, de colocar sempre novas questões e de estar so, deve resultar a compreensão do fazer cientí-
em permanente estado de inconformismo com fico, da prática interdisciplinar, da articulação
o conhecido, com a ciência dita “normal” e teoria/prática e do aprendizado integrado pesqui-
com o conhecimento estabelecido. Para a ciên- sa/ensino no processo de produção do conheci-
cia, a opinião representa uma desconstrução. mento. Dessa forma, o professor/orientador exer-
O pensamento científico é também um ce duplamente a ação pedagógica: a de ensinar
pensamento político: remete ao uso, ou seja, à e pesquisar, a de aprender e ensinar. Ambas são
utilidade social da pesquisa. Assim, uma política atividades interligadas.
de pesquisa deverá ser, também, uma política Esse enfoque de pesquisa, interligada à
social. A pedagogia científica, vista sob a óti- ação pedagógica, pressupõe a atuação do pesqui-
ca de Bachelard, enseja maior interação entre sador e do aluno sobre o objeto do conhecimen-
aluno e professor, fortalecendo os vínculos to e o desenvolvimento de práticas científicas
acadêmicos e a formação de docente, o apro- mais científicas. Assim, a formação do aluno es-
fundamento teórico metodológico e a capaci- tará voltada para o desenvolvimento da autono-
dade intrínseca do risco e da incerteza. mia intelectual. Na formação do aluno/pesquisa-
Assim, a prática docente cria oportuni- dor, um aspecto importante é, sem dúvida, a
dades para o aluno desenvolver processos sis- formação multidisciplinar e interdisciplinar, de tal
temáticos de pesquisa, participando de todas as forma que um problema possa ser compreendido
fases da pesquisa, desde a elaboração do pro- pelos conceitos e métodos de outras ciências.
jeto de desenvolvimento e conclusão da pes- Uma ciência se torna objeto da outra.
quisa. Nesse sentido, pesquisa e ensino consti- O caráter multidisciplinar amplia a for-
tuem processos interligados e interativos, no mação do aluno e o exercício do pensamento
qual se possa criar uma cultura em que o complexo permitindo estabelecer diálogos teó-
mestre se torne verdadeiramente aluno e em rico-metodológicos mais apropriados à produ-
que o aluno se torne realmente mestre. ção de conhecimento. No entanto, para pensar
Bachelard (2001) compreende a prática o ensino articulado à pesquisa, torna-se neces-
pedagógica quando ela se realiza no interior de sário reverter a lógica do ensino tradicional e
uma “interpedagogia do ensino”, o que significa integrá-lo à lógica da pesquisa. Integrar ensi-
dizer que todo aquele que aprende só saberá ver- no e pesquisa pressupõe uma nova relação com
dadeiramente quando sua aprendizagem for o aluno e uma nova condição de ensino. O
consubstanciada na prática de ensinar. Por outro aluno é o centro da ação pedagógica. Ele deve
lado, a cultura científica coloca a necessidade produzir, refletir, observar, indagar e, essencial-
permanente de inquietar a razão, dialetizar o co- mente, adquirir formação e ações básicas de
nhecimento. Desconstruir a ciência já construída, quem investiga. Este processo pedagógico
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dagógico para uma nova cultura científica. e na construção epistemológica centrada na
• Assim concebido, o conceito de pedagogia idéia do conhecimento construído historicamen-
cientifica não se separa da forma de pensa- te e reconstruído a partir de retificações perma-
mento e da epistemologia que o constitui. nentes. Todas essas questões constituem um
suporte para as discussões metodológicas e para
A epistemologia de Bachelard tem, pois, uma prática científica aberta, crítica e reflexiva
uma conseqüência na forma de produzir ciência no campo da Pedagogia e da Formação Docente.
Referências bibliográficas
BACHELARD, G. A epistemologia
epistemologia. Lisboa: Edições 70, 2000.
O racionalismo aaplicado
______.O plicado
plicado. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
Recebido em 15.08.07
Aprovado em 16.06.08
Dirce Mendes da Fonseca é professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB);
coordenadora do Núcleo de Estudos da Infância e Juventude do Centro de Estudos Multidisciplinares (CEAM) da UnB;
professora do programa de Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), é autora de livros e artigos no
campo da gestão e da política educacional.