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A função mais importante dos rins é a regulação homeostática da concentração de água e íons
no sangue ou (equilíbrio hidroeletrolítico).
NÉFRON
Cada rim contém cerca de 800.000 a milhão de Néfrons. É
formada por um corpúsculo renal, que compreende o glomérulo
e a cápsula de Bowman e, por túbulos renais, que compreende o
túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido
distal e túbulo coletor.
CORPÚSCULO RENAL
É constituído pelo
glomérulo capilar, que é
envolto pela Cápsula de
Bowman.
GLOMÉRULO: é um
enovelado capilar formado
a partir da arteríola
aferente. Esta se divide em
5 a 8 ramos, que por sua
vez se dividem em 20 a 40
alças capilares. Essas são
sustentadas pelas CÉLULAS
MESANGIAIS, que contém
elementos contráteis e
fagocita agregados
moleculares presos à
parede capilar e possuem
receptores para vários
hormônios.
Posteriormente, as alças
capilares se reúnem e
formam a arteríola
eferente do glomérulo.
CÁPSULA DE BOWMAN:
tem forma de cálice, possuindo parede dupla entre as quais fica o Espaço de Bowman
ocupado pelo filtrado glomerular. As células da parede interna da capsula possuem os
PODÓCITOS, que são formados por um corpo celular com prolongamentos primários e
secundários, denominados PEDICÉLIOS, que se interpenetram formando as Fendas de
Filtração.
TÚBULO PROXIMAL
Possui uma porção convoluta, localizada junto ao
glomérulo, e outra porção reta, que se encontra na
região mais profunda do córtex e na mais externa da
medula.
Epitélio simples cúbico. Células com grande
quantidade de mitocôndrias (fornecem energia para o
transporte ativo). Numerosos microvilos (borda em
escova). Interdigitações laterais (facilitam
trocas/transporte de íons).
Recebe primeiramente o ultrafiltrado. Absorve
toda a glicose e aminoácidos, e cerca de 85% do
cloreto de sódio (transporte ativo) e da água do
filtrado. Absorve também fosfato e cálcio.
Transfere, do líquido extracelular para o
filtrado, creatinina e substâncias estranhas ao
organismo (processo ativo chamado secreção tubular).
TÚBULO DISTAL
Área onde a alça de Henle penetra no córtex e torna-se tortuosa.
Ocorre saída de sódio por processo ativo e também sai água. Adicionam íons
hidrogênio, potássio e amônia ao filtrado, sendo sua atividade importante para a
manutenção do equilíbrio acido-básico do sangue.
A saída de água é inibida pelo hormônio antidiurético (ADH).
Epitélio simples cúbico. Células possuem pouco menos mitocôndrias que o túbulo
proximal e microvilos esparsos e mais curtos.
Sua parede se modifica quando encosta no corpúsculo renal: células cilíndricas,
altas, c/ núcleos alongados; e esse segmento modificado chama-se mácula densa que
é sensível à concentração de Na+ e Cl-.
DUCTO COLETOR
A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os Ductos Coletores.
Absorção final da água, contribuindo para a concentração da urina.
Transportam e modificam o ultrafiltrado do néfron para os cálices renais menores.
Na medula se unem uns aos outros, formando tubos cada vez mais calibrosos e se
dirigem as papilas. Maior parte medular e segue seu trajeto retilíneo.
Epitélio simples cúbico nos túbulos mais delgados e à medida que se fundem e
se aproximam das papilas suas células tornam-se cilíndricas.
O ADH age no ducto coletor, aumentando a reabsorção de água, permitindo
pois que o fluido tubular entre em equilíbrio com o interstício hipertônico. De um
modo geral, pode-se dizer que o Ducto Coletor reabsorve Na+ e Cl- (estimulado pela
Aldosterona) e secreta amônia, podendo tanto secretar como reabsorver potássio,
hidrogênio e bicarbonato.
O ducto coletor cortical e medular externo são impermeáveis à uréia.
INTRODUÇÃO MINI-RESUMO
A formação da urina começa com a filtração de grandes
quantidades de líquido, por meio dos capilares glomerulares para a
cápsula de Bowman. Como a maioria dos capilares, os capilares
glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas, assim, o
líquido filtrado (chamado de Filtrado Glomerular) é essencialmente
livre de proteínas e desprovido de elementos celulares como as
hemácias.
A Filtração Glomerular (FG) é controlada basicamente pelo
diâmetro das arteríolas. O Sistema Nervoso Simpático exerce
influencia direta por vasoconstrição, ao passo em que o sistema
renina-angiotensina-aldosterona (RAAS) e o ADH desempenham papel
direto no controle.
A FG se dá por meio das fenestrações e dos prolongamentos
dos podócitos. Mas o que faz com que ocorra efetivamente a filtração
é a “diferença existente entre a pressão hidrostática e pressão
oncótica.” A pressão hidrostática exercida pelos capilares do glomérulo faz com que o líquido e
pequenos metabólitos tendam a passar pelas fenestrações, ao passo que as proteínas são
mantidas nos vasos pela pressão oncótica de sentido contrário às fenestrações, mantendo o
máximo possível de proteínas na luz dos vasos.
A Autorregulação mantém o suprimento sanguíneo e a FG, o que previne de um
aumento da pressão renal. A alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares é devido às:
Arteríolas Aferentes serem largas e curtas;
Arteríolas Eferentes serem estreitas e longas.
Formada então o filtrado, devido à dificuldade imposta pela pressão oncótica, muitos
metabólitos não conseguem retornar ao vaso sanguíneo. Daí a importância da Reabsorção
tubular, que faz com que, em nível dos túbulos renais, alguns metabólitos e uma parte da água
sejam ativamente “trazidos de volta” para o sangue. Caso esta reabsorção tubular não
aconteça, o paciente virá a óbito facilmente.
A taxa de filtração glomerular representa exatamente a função do néfron, que
corresponde ao ato de deixar passar de maneira seletiva metabólitos para a excreção.
Podócito
MEMBRANA BASAL: circunda todo o endotélio sendo constituída por uma rede de fibras
colágenas e proteoglicanas, com amplos espaços pelo qual podem ser filtradas grandes
quantidades de H2O e solutos, sendo uma barreira para proteínas. Cerca de 7 a 10
nanômetros.
Podócitos: camada epitelial de células em forma de pés, sendo separadas por lacunas
denominadas poros em fenda pelo qual passa o filtrado glomerular, aqui monócitos e
macromoléculas são filtrados.
HEMODINÂMICA RENAL
Os rins recebem normalmente 20% do débito cardíaco, o que representa um fluxo sanguíneo
de 1.0 a 1.200 ml/ min para um homem de 70-75 kg. Este alto fluxo é ainda mais significativo
se considerado pelo peso dos rins, cerca de 300 gramas. Assim, o fluxo sanguíneo por grama
de rim é de cerca de 4 ml/min, um fluxo 5 a 50 vezes maior que em outros órgãos. Este sangue
que atinge o rim passa inicialmente pelos glomérulos, onde cerca de 20% do plasma é filtrado,
totalizando uma taxa de filtração glomerular de 120 ml/min ou 170 litros/dia.
Filtrado Glomerular:
O líquido produzido pelo glomérulo durante o processo de filtração glomerular.
ΔP= PCG - Pf
Δπ= πCG – πt
RFG= Kf [(PCG – Pt) – (πCG – πt)]
Uma vez que toda a inulina alcançou os rins por filtração e não foi secretada, reabsorvida ou
metabolizada pelos túbulos renais e a concentração plasmática de inulina (Pin) medida foi de
0,5 mg/ml, pode-se afirmar que 120ml de plasma foram filtrados por minuto para haver uma
excreção urinária (Uin x V) de 60 mg/min, ou seja:
60 mg/min ÷ 5 mg/ml = 60 mg/min x 1 ml/0,5 mg = 120 ml/min
Desta forma, em 1 minuto, 120 ml de plasma e os solutos foram separados por ultrafiltração
do sangue e das proteínas plasmáticas. Esta medida da filtração glomerular é o
CLEARANCE DE INULINA, cuja fórmula é esta:
Cin = Uin x V/Pin.
O que é reabsorção:
É o processo de transporte de uma substância do interior do túbulo
para o sangue que envolve o túbulo.
Secreção:
A secreção tubular atua em direção oposta à reabsorção. As
substâncias são transportadas do interior dos capilares para a luz dos
túbulos, de onde são eliminadas pela urina. Os mecanismos de
secreção tubular, à semelhança dos mecanismos de reabsorção,
podem ser ativos ou passivos, quando incluem a utilização de energia
pela célula para a sua execução ou não.
Metabolismo:
É o processo de troca entre os túbulos renais e os capilares sanguíneos.
Excreção:
É responsável pela manutenção do volume e da composição do líquido extracelular do
indivíduo dentro de limites compatíveis com a vida.
Introdução MINI-RESUMO
Para que a substância seja reabsorvida, ela deve primeiro
ser transportada através das membranas epiteliais
tubulares para o líquido intersticial renal e, posteriormente,
através da membrana dos capilares peritubulares, retornar
ao sangue. Dessa forma, a reabsorção de água e de solutos
inclui uma série de etapas de transporte.
O processo de reabsorção tubular renal ocorre
tanto por transporte ativo como por transporte passivo.
Por transporte ativo as substâncias são
transportadas através das membranas celulares
contra o gradiente de concentração e esta
movimentação requer gasto direto de energia.
O transporte passivo de substâncias ocorre por
gradiente osmótico o que não requer consumo
direto de energia.
A secreção tubular proximal de substâncias que se encontram nos capilares peritubulares para
a luz dos túbulos se constitui em importante meio de eliminação de material não filtrado pelos
glomérulos e manutenção do equilíbrio ácido base. É através da secreção tubular renal que os
de íons de hidrogênio em excesso são eliminados e o pH normal do sangue é mantido. Outras
substâncias que não são filtradas pelos glomérulos porque se encontram ligadas a proteínas
plasmáticas se dissociam das mesmas nos capilares peritubulares e são transportadas para o
filtrado pelas células tubulares proximais, principalmente. São também secretados nos túbulos
contornados distais uréia, creatinina e ácido úrico.
Alça de Henle
- A reabsorção de água ocorre no ramo descendente da alça; o ramo ascendente é
impermeável à água;
- De modo contrário, a reabsorção de Na+ não ocorre no ramo descendente, mas 20% a 25% da
reabsorção de Na+ ocorre no ramo ascendente. Por isso, o fluido tubular na parte final da alça
é sempre hipotônico.
Reabsorção de Água:
Ocorre por osmose, quando os solutos são transportados para fora do túbulo, ou seja, para
dentro da célula tubular tanto por transporte primário quanto secundário, a concentração
dentro do túbulo tende a diminuir e a concentração dentro da célula tubular tende a
aumentar, isto cria um diferencial do gradiente de concentração iônico que por sua vista
provoca a osmose da água no sentido de maior concentração, ou seja, dentro da célula
tubular. A água como é uma molécula pequena e muito solúvel através da membrana celular,
ela passa livremente através da própria célula.
A alta permeabilidade à água correlaciona-se com a presença das aquaporinas (canais
de água) presentes em ambas as membranas (apical e basolateral). A reabsorção transtubular
de água é seguida pelo transporte de fluido do interstício para o sangue capilar, transporte
este conduzido por forças de Starling.
Note-se que, ao contrário do que acontece na maioria dos capilares do corpo, no rim
os capilares especializados na filtração e na reabsorção estão anatomicamente separados:
capilares glomerulares filtram e os capilares peritubulares absorvem. A pressão oncótica dos
capilares peritubulares também regula uma fracção de fluido absorvido ao longo do epitélio.
Reabsorção de Cloro:
Quando o sódio é reabsorvido através da membrana celular para o capilar peritubular, ou seja,
para fora do lúmen deixa o mesmo com uma carga negativa, o oposto ocorre com liquido
intersticial que devido ao influxo de sódio fica com carga positiva, esta diferença de carga faz
com que o cloro (Cl-) que devido a sua carga negativa e atraído pela carga positiva do sódio
para fora do lúmen, através da via paracelular (através da junção aberta).
Reabsorção de Bicarbonato:
Nas escovas das células epiteliais renais, tanto do lado interno quanto do lado externo existe a
enzima anidrase carbônica.
-O sódio é reabsorvido junto com o a glicose ou aminoácidos, o restante do sódio é
transportado do lúmen tubular para as células por mecanismos de contratransporte;
-Mecanismo de contratransporte: reabsorve sódio, enquanto secreta outras
substancias para o lúmen tubular geralmente íons H+ ou seja, influxo de sódio e secreção de
hidrogênio esta secreção propicia a formação de água e CO2 no lúmen.
O CO2 é permeável à membrana celular, ocorrendo então o seu influxo para dentro da célula,
dentro da célula o CO2 se combina com H2O.
Reabsorção de Potássio:
O K+ é o principal cátion intracelular e seu metabolismo é fundamental para a manutenção da
vida. Quando o potássio é jogado na luz do túbulo, necessita ser reabsorvido de modo que a
calemia mantenha valores regulares entre 3,0 e 5,5 mEq/L.
O K+ é reabsorvido em nível dos túbulos proximais e no ramo da alça de Henle (onde há
o transportador triplo: que reabsorve Na+, K+ e Cl- e é secretado nos túbulos distais e coletores
corticais. O responsável pelo controle da calemia é a Aldosterona.
CLEARENCE RENAL
O Clearence de uma substância indica o volume virtual de plasma que fica livre da substância,
em determinada unidade de tempo. Assim, o “Clearence” de uma substância é também
denominado DEPURAÇÃO PLASMÁTICA DA SUBSTÂNCIA. O Clearence pode ser aplicado ao
organismo inteiro, ou em apenas um órgão.
Para o conhecimento do CLEARENCE RENAL de uma dada substância, basta medir a
quantidade absoluta da substância excretada na urina por minuto e relacioná-la com sua
concentração plasmática:
Cx= depuração plasmática da substância X, em ml/min
Ux= concentração urinária da substância X, em mg/ml
Cx=
V= fluxo urinário, em ml/min
Px= concentração plasmática de substância X, em
mg/ml
“Por meio dessa metodologia, é possível se ter uma idéia dos mecanismos
responsáveis pela excreção renal de determinada substância.”
Uma das principais funções dos rins é a manutenção do volume e da tonicidade do FEC (Fluido
Extracelular), apesar das variações diárias da ingestão de sal e água que ocorrem em um
indivíduo normal.
Enquanto a regulação do volume é relacionada primeiramente com modificação no
balanço de sódio, a regulação da tonicidade compreende essencialmente modificações no
balanço de água.
É importante regular o volume do FEC para manter a pressão sanguínea, a qual é
essencial para a adequada perfusão nos tecidos. E é importante regular a tonicidade do FEC,
pois tanto a HIPOTONICIDADE como a HIPERTONICIDADE causam modificação no volume
celular, o que compromete a função celular, especialmente no SNC.
LEC: formado pelo líquido intersticial e pelo plasma sanguíneo (parte não celular do
sangue), sendo que ambos possuem composições iônicas similares, sendo que a
diferença entre os dois está nas proteínas e nos íons totais, mais presente no plasma.
Os íons Na+, Cl- e HCO3- estão presentes nesse compartimento.
Hipovolemia: Resulta na perda dos líquidos corporais e ocorre com maior rapidez
quando associado à diminuição da ingesta de liquido.
Hipervolemia: Está relacionado à simples sobrecarga de liquido ou à função diminuída
dos mecanismos homeostáticos responsáveis por regular o equilíbrio hídrico.
Fatores que podem contribuir: insuficiências cardíaca e renal e cirrose do fígado.
Hiponatremia: é um transtorno de eletrólitos, transtorno dos sais presentes no sangue
no qual a concentração de Sódio no plasma sanguíneo (nível sérico) é menor do que o
normal, 135 mEq/l.
Hipernatremia: é um desequilíbrio na concentração de sódio no sangue, que se
encontra em excesso, mais que 145 mEq/l.
Hipocalemia: Indica um déficit real nas reservas totais de potássio, < 3,5 mEq/l.
Com o excesso de potássio a célula hiperpolariza, criando uma dificuldade para um
novo potencial de ação, pode levar a insuficiência cardíaca.
OSMOSE
É o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido a diferença de concentração
de solutos. Essa concentração leva a uma diferença pressão osmótica e essa dessa pressão faz
com que a água flua por osmose.
PRESSÃO OSMOTICA: é a pressão necessária para impedir o fluxo de água pela membrana
semipermeável.
Em outras palavras, a Osmose é o movimento da água segundo o gradiente de
atividade da água, isto é, o fluxo osmótico da água ocorre dos locais de baixa concentração de
partículas (alta concentração de água) para os locais de alta concentração de partículas (baixa
concentração de água). É determinado pela área da membrana, pela permeabilidade à água e
pela diferença da concentração da partícula impermeável. Em parte, a permeabilidade à água
é determinada pelas aquaporinas, proteínas transmembranares desenhadas especificamente
para a passagem da água. Este movimento osmótico de água através dos canais pode arrastar
substâncias dissolvidas de um modo indiscriminado (“Solvent drag”).
Solução hipertônica: solução que está mais concentrada em soluto que o meio;
Solução hipotônica: solução que está menos concentrada em soluto que o meio;
Solução Isotônica: quando a concentração de soluto na célula e no meio são iguais.
REGULAÇÃO DA OSMOLARIDADE
Entrada=Saída
Controle do balanço de água:
Controlado pela ingestão
de líquido (sede)
Controlado pela excreção
renal de água
A osmolaridade - concentração de
partículas osmoticamente ativas
em uma solução (dependo do
número de íons e da concentração
molar do soluto).
Osmolaridade normal do plasma
varia entre 280 e 295 mOsm/l. A
Osmolaridade do filtrado
glomerular é igual a do plasma, sendo necessário diluir o filtrado para excretar o excesso de
água e concentrar o filtrado para conservar água.
Como diluir o filtrado? Reabsorvendo solutos. No túbulo contorcido proximal (TCP) o
líquido filtrado se mantém isosmótico em relação ao plasma, devido a igual reabsorção de
solutos e água.
No Ramo descendente da alça de Henle (RAH), a água é reabsorvida por osmose, o
líquido tubular atinge equilíbrio com o do interstício que é hipertônico (2 a 4 vezes a
osmolaridade do líquido tubular original).
O ramo ascendente delgado reabsorve pouco NaCl, parte da uréia reabsorvida no
ducto medular se difunde para o ramo ascendente, devolvendo uréia à medula (medula
hiperosmótica) - ação do hormônio antidiurético (ADH).
No Ramo ascendente da alça de Henle, segmento espesso, ocorre reabsorção de Na+,
+ -
K e Cl , impermeável água, o líquido tubular fica mais diluído, com diminuição progressiva da
osmolaridade até o túbulo contorcido distal (TCD) =100 mOsm/l.
O líquido que chega ao TCD é hiposmótico (1/3 da osmolaridade do plasma), com ou
sem ADH.
Ocorre reabsorção adicional de NaCl nas porções iniciais e finais do TCD, ducto coletor
cortical e medular.
Na ausência do ADH as porções finais do TCD e DC são impermeáveis à água, e a
reabsorção adicional do soluto dilui ainda mais o líquido tubular (50 mOsm/l).
O rim humano pode produzir concentração máxima de urina 1200 a 1400 mOsm/l (4 a
5 vezes a concentração do plasma) e mínima de 50 mOsm/l (1/6 do plasma).
“Volume obrigatório de urina: determinada pela capacidade máxima de concentração da urina
e necessidade de excreção de solutos por dia. Ex: homem 70 Kg necessita excretar
600mOsm/dia/ 1200 mOsm/l = 0,5 l/dia”
-Osmorregulação-
A osmolaridade plasmática se mantém notavelmente constante entre 280 a 295 mOsm/l e
constitui o fator mais importante na regulação da secreção de ADH.
Os osmorreceptores (células osmoticamente sensíveis) estão localizados em
contiguidade aos núcleos supra-ópticos, no hipotálamo anterior e são distintas daquelas que
regulam a percepção da sede, as quais estão muito próximas e parcialmente superpostas.
ADH ou Hormônio Antidiurético (também conhecido por Arginina-Vasopressina), tem o
papel de conservar a água corporal e regular a tonicidade dos líquidos corporais.
Efeitos da ADH:
1) Redução do fluxo urinário e aumento da osmolalidade da urina (faz a ligação fisiológica
entre as osmolalidades plasmática e urinária)
2) Aumento da permeabilidade à água do epitélio do
ducto coletor (10 a 20 vezes)
Ao nível do ducto coletor, a ADH liga-se ao receptor
V2 presente na membrana basolateral, o qual conduz
à formação de AMPc que ativa a proteína cinase A;
esta leva à produção de aquaporinas tipo 2 (por
intermédio da fosforilação de proteínas ainda
desconhecidas) que são inseridas na membrana apical
aumentando assim a permeabilidade à água das
células epiteliais do ducto coletor.
Resumidamente:
HIPERTONICIDADE MEDULAR
A formação da Hipertonicidade Medular deve-se a duas propriedades do ramo ascendente da
alça de Henle (tanto em sua porção grossa como a fina): reabsorção de Cloreto de Sódio e
impermeabilidade à água.
O mecanismo de reabsorção de NaCl sem reabsorção de água pelo ramo ascendente é
chamado Efeito Unitário do Sistema Contracorrente.
Os ductos coletores medulares internos também reabsorvem ativamente NaCl, mas
sua contribuição mais importante para a hipertonicidade medular é a reabsorção de uréia.
Embora os ductos coletores corticais e medulares externos sejam impermeáveis à uréia, a
porção terminal do ducto coletor medular interno (DCMI) é altamente permeável à uréia
graças ao transporte de uréia mediado por um carreador. A permeabilidade à uréia no DCMI
terminal é favorecida pelo ADH, que acentua esse processo de transporte de uréia facilitado.
Assim sendo, a uréia é conservada no liquido tubular ate alcançar o DCMI terminal
profundamente na medula, onde a reabsorção de uréia para o liquido intersticial é moderada
pelo ADH, de maneira que, quando as condições exigem maior concentração de água
(aumento da concentração de urina), a reabsorção de uréia é favorecida.
Cabe aos vasos retos, que caminham ao longo das estruturas tubulares medulares,
remover do interstício medular o cloreto de sódio, a uréia e a água acrescentados ao
interstício pelas diferentes porções tubulares medulares.
ALDOSTERONA
Secretada pelas células da zona glomerulosa do córtex adrenal, é regulador importante da
reabsorção de sódio e da secreção de potássio pelos túbulos renais.
O primeiro sítio tubular renal da ação da Aldosterona é o Conjunto das Células
Principais do Túbulo Coletor Cortical.
O mecanismo pelo qual a Aldosterona aumenta a reabsorção de sódio enquanto, ao
mesmo tempo, aumenta a secreção de Potássio é por estimulação da bomba Na+/K+ ATPase,
na face basolateral da membrana do túbulo coletor cortical.
A Aldosterona também aumenta a permeabilidade ao sódio da face luminal da
membrana.
Os estímulos mais importantes para a Aldosterona são:
Concentração de Potássio Extracelular aumentada
Níveis de Angiotensina II elevados, o que ocorre, geralmente, em condições associadas
à depleção de sódio e de volume ou pressão sanguínea baixa.
Absorção de sódio ingerido é feita principalmente por via intestinal, no jejuno (pouco no Íleo e
no Cólon). Eliminação se dá através da URINA, fezes e suor.
Reabsorção do sódio:
65-70% de sódio filtrado é reabsorvido pelo túbulo contorcido proximal, 20-25% pela porção
ascendente da Alça de Henle, 5% no túbulo distal, 3% no túbulo coletor.
Cerca de 99,5% do sódio filtrado é reabsorvido pelos rins.
Em conclusão, pode-se dizer que o ANP tem muitos efeitos sinérgicos que promovem a
excreção renal de Na+ e de água.
DIURÉTICOS
São substâncias que reduzem a reabsorção renal de solutos e provocam aumento da diurese.
Diurese: formação de fluxo urinário.
REDUZEM O VOLUME DO FLUIDO EXTRACELULAR. A maioria dos diuréticos inibe a reabsorção
de sódio pelos túbulos renais.
Cafeína, café, chá, refrigerantes (inibem a reabsorção de sódio).
O álcool é diurético e inibe a secreção do ADH.
NATRIURÉTICOS
Promovem a perda de sódio, quanto aos Antinatriuréticos, que previnem a perda de sódio.
Ácido: moléculas contendo átomos de hidrogênio que podem liberar íon hidrogênio.
ex: ácido clorídrico(HCl),que se ioniza na água formando íons hidrogênio (H+)e íons cloreto (Cl-)
Ácidos e Bases fortes ou fracos: Ácido Forte é o que se dissocia rapidamente e libera
grandes quantidades de H+ na solução. Exemplo é o HCl. Ácidos Fracos têm menos
tendência a dissociar seus íons e, portanto, liberam H+ com menos vigor. Exemplo é o
H2CO3.
A Base Forte é a que reage rapidamente com H+ e, portanto, remove-o prontamente
de uma solução. Exemplo típico é o OH-, que reage com H+ formando água (H20). Base Fraca é
o HCO3- , porque se liga ao H+ com muito menos força do que o faz com o OH-.
A maioria dos ácidos e das bases no líquido extracelular, envolvidos na regulação
ácido-básica normal, são ácidos e bases fracos. Os mais importantes são o H2CO3 e HCO3-.
Adicionando-se ácido forte, ex: HCl eu desvio a equação para a esquerda, adicionando-se base
forte (NaOH), a equação é desviada para a direita.
Sistema-Tampão Fosfato:
Embora o sistema-tampão fosfato não seja importante como tampão do líquido extracelular,
ele tem papel importante no tamponamento do líquido tubular renal e dos líquidos
intracelulares.
Os principais elementos são H2PO4- e HPO4-. Ao acrescentar ácido forte como HCl à mistura
dessas duas substâncias, o hidrogênio é aceito pela base HPO4=, é convertido em H2PO4-.
Importante tampão nos líquidos intracelulares visto ser a concentração de fosfatos nestes
líquidos maior que no LEC.
Controle Químico da Respiração: O objetivo final da respiração: manutenção dos níveis de O2,
CO2 e H+ nos tecidos. O excesso de CO2 e H+ no sangue exerce ação direta no centro
respiratório, intensificando os sinais motores tanto inspiratórios como expiratórios (músculos).
O2 não exerce efeito direto (atua em quimiorreceptores periféricos - corpos carotídeos e
aórticos); níveis de pO2 < 70 mmHg (60 para 30). Resposta dos neurônios quimiossensíveis aos
íons H+, que não atravessam facilmente a barreira hematoencefálica.
O efeito estimulador do CO2 é diminuído após 1 a 2 dias (intenso nas primeiras horas declina
gradualmente, diminuindo 1/5 efeito inicial).
A capacidade global de tamponamento do sistema respiratório é 1 a 2 vezes maior que
os tampões químicos. Anormalidades respiratórias podem causar mudanças nas
concentrações de íons H+, levando a acidose respiratória.
Secreção de íons H+
Reabsorção dos íons HCO3- filtrados
Produção de novos íons HCO3-.
Tampão amônia: O sistema tampão amônia (NH3) e o íon amônio (NH4) são os mais
importantes do ponto de vista quantitativo (o fosfato é reabsorvido e apenas 30 a 40 mEq/dia
são disponíveis para o tamponamento dos íons H+).
O íon amônio é sintetizado a partir da Glutamina (transportada ativamente para o
interior das células epiteliais dos túbulos proximais, ramo ascendente espesso da alça de Henle
e túbulos distais).
Cada molécula de Glutamina é metabolizada para formar dois íons amônio (NH4) e
dois íons HCO3-.
O NH4 é transportado por mecanismo de contratransporte em troca do Na+ e o HCO3- é
reabsorvido pelo sangue - novo HCO3-.
O aumento na concentração de H+ LEC estimula o metabolismo da Glutamina e,
portanto aumenta a formação do NH4 e de novo HCO3- para serem utilizados no
tamponamento dos íons H+.
Os estímulos mais importantes para aumentar a secreção dos íons H+ pelos túbulos
na acidose são:
Aumento da pCO2 no LEC
Aumento da concentração de H+ no LEC (pH baixo).