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Apostila - Engenharia de Métodos PDF
Apostila - Engenharia de Métodos PDF
ENGENHARIA DE MÉTODOS
Métodos, tempos, modelos, posto de trabalho
INTRODUÇÃO ................................................................
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Medida do Trabalho................................
Trabalho................................................................
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1 - INTRODUÇÃO......................................................................................................................19
2 - TEMPO-PADRÃO .................................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
1 – DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
Quando você compra um bem ou um serviço, o custo dessa mercadoria para o comprador é o preço pago por
ele. Entretanto, o seu custo de produção corresponde aos gastos com a compra de todos recursos necessários
à industrialização para obtenção do produto final.
Dessa forma, todos os elementos que concorreram para que o produto fosse feito tem CUSTO e precisam ser
considerados. Pelo que foi exposto até aqui, você pode concluir que o Custo de Fabricação ou Custo de
Produção apresenta duas partes:
PARTE INDIRETA: Composta pelos gastos com outros elementos que concorreram indiretamente na
fabricação como: aluguel, IPTU, depreciação, gás e energia elétrica (tecnicamente conhecidos por Custos
Indiretos de Fabricação = CIF). O Custo Direto de produção é fácil de ser conhecido, pois geralmente
corresponde aos valores integralmente gastos na compra dos materiais utilizados, mais a Mão-de-obra das
pessoas que trabalharam diretamente na produção/fabricação.
Uma maneira para se determinar a parcela referente à MOD nos custos de fabricação ou de produção é a
aplicação de técnicas de Tempos e Métodos. Estas técnicas têm origem nos estudos de padronização do
trabalho sugeridos por Taylor em seus trabalhos iniciais.
“No ano 1896 Taylor entrou na Bethlehem Steel Works Taylor fez estudos de tempo para determinar qual a
carga por pá que permitiria a um bom operador mover a quantidade máxima de material por dia. O
resultado foi que a carga ótima estava 9,75 kg por pá. O problema era que os homens usavam a mesma pá
para todas as matérias e portanto os trabalhadores movimentaram entre 1,6 e 17,2 kg por pá. Visto que a
densidade das materiais varia, os tamanhos das pás devem ser ajustados para cada material. Isso significa,
para materiais pesados devem ser usadas pás pequenas e para materiais leves pás grandes.
Conseqüentemente a empresa forneceu pás ótimos(um tipo de pá para cada material) para os trabalhadores
e obtendo a mesma produção, a empresa não precisava mais do que 140 homens.”
As principais vantagens da aplicação das técnicas de Tempos e Métodos num processo produtivo são:
Cálculo de custos MOD e dimensionamento de processos produtivos na fase de projeto
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Redação dos padrões e facilidade maior para treinamento;
Tecnicamente o Estudo de Tempos e Métodos (ET&M) pode ser definido como o estudo sistemático dos
sistemas de trabalho com os objetivos de:
As técnicas de Tempos e Métodos podem ser aplicadas em fases diversas do processo produtivo:
A - Projeto de Métodos
• Encontrar o melhor método de se executar uma tarefa (na fase de projeto)
Para esta parte aplicam-se técnicas de estimativas ou previsão de tempos produtivos. Para atividades de
montagem, por exemplo, normalmente aplica-se o que é conhecido como MTM ou Método de Medição de
Tempo, que é um método aplicado a partir de 1948, e foi desenvolvido para linhas de produção.
Como conceito o MTM prega que qualquer operação pode ser decomposta em movimentos básicos
requeridos e associa a cada movimento um padrão de tempo pré-determinado que é estipulado pela natureza
do movimento e as condições sob as quais é realizada. Com isso é possível determinar a capacidade de
produção de uma máquina ou linha de montagem. Avalia-se com maior precisão o espaço necessário e o
número de pessoas a serem contratadas, e assim determinar o custo MOD relativo ao custo total de um
produto, antes mesmo de iniciar a sua produção.
• Determinar o tempo-padrão para uma determinada atividade (em fase de operação já estabelecida)
Diz-se que uma operação está completa quando o operador ou a máquina volta para a posição inicial para
produzir uma nova peça, já num novo ciclo de trabalho.
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PROJETO DO TRABALHO
Definição de Processo
Percurso realizado por um material desde que entra na empresa até que dela sai com um grau determinado
de transformação.
Visualizado como o fluxo de materiais no tempo e no espaço, sendo transformado em componente semi-
acabado e daí a produto acabado.
Definição de Operação
Observação: A melhoria de operações individuais não significa o aumento da eficiência global do fluxo de
processo do qual ela faz parte. Analise profundamente e melhore o processo antes de tentar melhorar as
operações
PROCESSAMENTO
Qualquer transformação realizada sobre o material
Uma mudança física no material ou na sua qualidade (montagem ou desmontagem)
TRANSPORTE
Movimento de materiais ou produtos; mudança nas suas posições
EXEMPLOS: O material é levado em esteiras para os silos; o pallet é levado para o almoxarifado pela
empilhadeira
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ESPERA
Período de tempo em que não acontece nenhum processamento, inspeção ou transporte
ESTOCAGEM
Material é colocado em local previamente definido para a estocagem dos materiais.
Diferentemente da espera, a armazenagem é prevista, e ocorre mediante controle de entradas e saídas de
material.
EXEMPLOS: O material semi-acabado estocada entre duas áreas de processamento diferentes (usinagem-
montagem; soldagem-pintura) ou o produto acabado esperando para ser levado para o cliente.
Um fluxograma do processo é uma figura esquemática que tem o objetivo de representar o processo de
produção através das seqüências de atividades de transformação, exame, manipulação, movimento e
estocagem por que passam os fluxos de itens de produção.
O modelo registra exclusivamente seqüências fixas e constantes de um trabalho. As atividades distintas são
representadas no modelo por símbolos gráficos e o fluxo de itens entre as atividades sucessivas por
segmentos que usem os símbolos correspondentes.
Este modelo esquemático permite um entendimento global e compacto do processo de produção, ao destacar
e identificar as etapas constituintes e a sua ordem de execução. Também facilita identificar os pontos de
perdas, desperdícios e geradores de problemas, auxiliando na sua tratativa.
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Para a construção do fluxograma de processo é preciso definir uma seqüência básica de etapas:
Podem ser agregados pontos de entrada de materiais para processos como os de montagem, que recebe no
seu curso novas peças ou conjuntos submontados.
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Fluxograma Analítico
Além das informações contidas no fluxograma simples ou resumidas, que são as seqüências das atividades
de processamento dos componentes, contém informações como os pontos de introdução dos componentes
fabricados e os pontos de introdução dos componentes comprados. Pode conter um resumo com o nº cada
atividade, as distâncias percorridas ou tempo que cada etapa.
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Mapofluxograma
Representa a movimentação ou o fluxo de materiais, operadores ou equipamentos através dos centros de
processamento dispostos no arranjo físico de um sistema de produção seguindo uma seqüência ou rotina fixa
É um suplemento útil do Fluxograma Analítico, pois consiste na representação gráfica deste no arranjo físico
na unidade estudada
2. Auxilio na análise do processo pela separação e identificação gráfica das partes e etapas do processo,
com o objetivo de entender o processo global de funcionamento das partes.
OBS.:
Manutenção Preventiva: É aquela que busca MANTER os equipamentos em funcionamento
através do monitoramento do estado geral dos componentes, para que seja possível fazer sua
manutenção em intervenções programadas fora do tempo produtivo do equipamento.
Prevenção: Aplicar técnicas manutenção autônoma, ferramentas de troca rápida, setup externo e
5S.
4. Refugos e retrabalhos: perda de eficiência do processo por produzir peças não-conforme, tempo e
custos de inspeções de processo, custo de descarte de material não-conforme, custo de retrabalho,
custo de armazenamento de materiais não-conforme.
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5. Redução de velocidade: perda de eficiência do processo produtivo devido a variações nas
características do produto devido a máquinas que perdem regulagem, que variam os parâmetros
com condições climáticas ou físicas, ou devido à fadiga dos operadores de produção.
6. Menor rendimento no startup: Máquinas que exigem excessivos ajustes e regulagens para
funcionar, máquinas com vários parâmetros de ajustes ou com alta variabilidade, necessidade de
medição ou controle de muitas características do produto para liberação ou funcionamento do
equipamento.
Prevenção: Aplicar ferramentas de gestão de material direto: JIT, Milk run, kanban, ...
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4 - Elementos Constituintes da Operação
Cada etapa de um processo é uma atividade que é constituída de uma série de operações produtivas ou não,
executadas por pessoas ou máquinas, e destinadas a transformar ou modificar a matéria-prima, transportar o
material, inspecionar a qualidade. No dimensionamento dos tempos de operações deve-se levar em conta,
além do tempo das operações principais, outras atividades ou fatores como necessidade de setups, de trocas
de ferramentas, de troca de embalagens, verificações de máquinas ou do produto, folgas para evitar a fadiga
e para as necessidades fisiológicas dos operadores, etc.
...
USINAGEM INICIAL – REMOÇÃO DE MATERIAL
...
Tipicamente todas as operações executadas por uma pessoa ou por uma máquina estão posicionadas em 3
grupos:
OPERAÇÕES DE SETUP
Ajustes iniciais
Troca de ferramentas
Ajustes de parâmetros
Posicionamento de elementos
Ligação de fluidos, energias, ...
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Melhoria das operações SETUP
O setup compreende tipicamente quatro funções:
Aplicar o conceito de setup externo (pré-set) para diminuir o tempo necessário de máquina parada (setup
interno)
Utilizar Grampos Funcionais
Usar dispositivos intermediários
Adotar Operações Paralelas para mais de um operador
Eliminar Ajustes
Mecanização – instalação de matrizes com um toque (usando energis hidráulica ou pneumática).
FOLGAS MARGINAIS
Folgas na operação
Exemplos: Lubrificação, retirada de rebarbas, etc.
Folgas na Operação
Automatizar lubrificação, óleo de corte e remoção de cavacos por exemplo
OPERAÇÕES PRINCIPAIS
Usinar
Montar
Pintar
Movimentar
Inspecionar...
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Melhoria das Operações Principais
Separação do operador da máquina: Trabalhadores vinculados não a uma máquina, mas a várias, pois,
depois de depreciada a máquina é utilizada “de graça”, ao passo que os trabalhadores devem ser pagos
sempre. Deste modo, são preferíveis máquinas paradas ao invés de operadores parados.
Para levantamento e análise das atividades manuais e das atividades realizadas por máquinas são utilizadas
algumas técnicas, principalmente ferramentas gráficas de análises de atividade simultâneas. Estas
ferramentas permitem visualizar o trabalho coordenado de um conjunto de unidades produtivas, por meio de
um esquema gráfico que registra a seqüência de atividades de cada unidade e a relação de simultaneidade
entre as atividades ou eventos de unidades que se interagem. Como exemplo pode-se montar um Diagrama
Homem-Máquina ou um Diagrama de Equipe.
Diagrama Homem-Máquina
No exemplo podemos verificar que o Tempo homem é de 10 minutos (tempo de atividade do operador), o
Tempo máquina é de 8,5 minutos (tempo de atividade da máquina) e que o Tempo total do posto de trabalho
é 16,5 minutos (tempo para produzir uma peça), com alguns tempos de espera tanto da máquina, quanto do
homem.
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Diagrama de equipe
Este item será analisado mais profundamente no capítulo de Projeto do Posto de Trabalho.
Tem por objetivo a sistematizar e padronizar um conjunto de informações das operações no posto de
trabalho, estabelecendo a relação das operações e as atividades dos operadores com informações sobre o
produto e o resultado esperado para o trabalho executado neste posto.
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Construção da instrução de trabalho
A instrução de trabalho deve ser construída por observação direta de cada posto de trabalho em um
processo já estabelecido ou na fase de construção de protótipos, procurando envolvimento e interação com
os operadores e lideranças ligadas à produção para um melhor entendimento das operações. Neste sentido, é
recomendável seguir os seguintes passos:
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Principais pontos a serem observados e sistematizados:
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Além destas informações pode-se acrescentar informações de:
• materiais de entrada: fornecedor interno ou externo, estoques, tempo de reposição, tamanho de lote,
qualidade, forma de apresentação.
• materiais de saída: cliente, tamanho de lote, estoques, requisitos de qualidade, tempo entre entregas.
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Medida do Trabalho
1 - INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Nos processos de produção são utilizados diversos conceitos de tempo, relacionados com variáveis
de diferentes naturezas e usados conforme os interesses de medida de desempenho do sistema. A medida do
trabalho ou estudo de tempos consiste em aplicar certas técnicas com a finalidade determinar o tempo
necessário para que uma pessoa qualificada e bem treinada, trabalhando em ritmo normal, execute uma
tarefa especificada. Este tempo é denominado tempo-padrão da operação.
Além do tempo-padrão, outras nomenclaturas relacionadas aos tempos de produção são paliçadas e
devem ser mencionadas.
Uma primeira classificação para um funcionamento em condições normais seria entre o tempo em
que o processo está em andamento, chamado de tempo de processamento, e aquele em que o processo é
interrompido ou desligado. Neste caso, se esta interrupção foi feita de modo deliberado ou planejado
costuma-se classificar esta parcela de tempo como sendo tempo disponível, ou seja, é aquele que reúne as
condições de funcionamento, mas por questões organizacionais ou técnicas decidiu-se pela sua interrupção.
Como exemplo de uma interrupção ou parada organizacional temos parada dos operadores (descansos,
higiene); de setups previstos; manutenção corretiva e preventiva; e para interrupções ou paradas técnicas
carga e descarga de peças nos equipamentos, abastecimento de materiais e de utilidades nos equipamentos.
Paradas ocasionadas por quebra de máquinas e equipamentos também podem ser enquadradas na parcela de
tempo disponível, com o diferencial que não foram programadas.
Takt Time: O takt-time é definido como tempo de produção disponível dividido pelo índice da demanda do
cliente. Ele determina o ritmo da produção de acordo com a demanda do cliente. De forma simplificada:
takt-time é o ritmo de produção necessário para atender a demanda do cliente.
Por exemplo, para uma linha de montagem com demanda diária de 300 unidades e tempo disponível para
produção de 10 horas, o takt-time será de 2 minutos. Ou seja, a cada 2 minutos deve sair um produto
acabado no final da linha.
Tempo de Ciclo é o tempo necessário para se completar o ciclo de uma operação. A duração deste ciclo é
dada pelo período transcorrido entre a repetição de um mesmo evento que caracteriza o início ou fim desse
ciclo. Para atender a demanda do cliente o tempo de ciclo deve ser igual ou inferior ao takt time.
Tempo de preparação: O tempo de preparação é definido como o tempo decorrido na troca do processo do
final da produção de um lote até a produção da primeira peça boa do próximo lote
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2 - TEMPO-
TEMPO-PADRÃO
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