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Classes
de Solo
e Irrigação
o solo em perspectiva
Conceito de solo
Gênese do solo
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Uso e Manejo de Irrigação
Processos Exemplos
Transformação • Ruptura da rede cristalina dos minerais primários
• Gênese dos minerais de argila
• Decomposição da matéria orgânica
Remoção • Lixiviação de elementos para o lençol freático
Translocação • Eluviação de matéria orgânica, argila silicatada e óxidos do
horizonte A para o B
Adição • Incorporação de matéria orgânica ao solo
• Sedimentação ligeira
Fonte: Simonson (1959).
Horizonte A
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Classes de Solo e Irrigação
Clima e organismos
Processos
Tempo
Rocha Solo
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -~
Controlado pelo relevo
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Uso e Manejo de Irrigação
R
Fig. 2. Seqüência
de horizontes tipo
AR e ACR, típica
de Neossolos
Litólicos.
Ilustração: Idmar Pedra.
20
Classes de Solo e Irrigação
Horizonte C
Horizonte B
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Uso e Manejo de Irrigação
Fig. 4. Solos
com Horizonte B
Textural.
BI Ilustração: Idmar Pedro.
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22
Classes de Solo e Irrigação
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Fig. 5. Os o
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Latossolos
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muito profundos 3
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difusas entre os ~
sub-horizontes. Sw
Horizonte glei
Horizonte vértico
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Uso e Manejo de Irrigação
c, N
3
B Fig. 6. Solos Neossolos
c, ~ Flúvicos (Aluviais):
apresentam uma
sucessão de camadas
c, sem relações
pedogenéticas entre si.
c, Ilustração: Idmar Pedra.
Horizonte plíntico
Horizonte cálcico
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Classes de Solo e Irrigação
Classificação de solos
A classificação de objetos é essencial para organizar os nossos
conhecimentos, propiciando à mente uma visão global e sistemática dos
objetos classificados e facilidade em relacioná-Ios. A classificação tem
ocupado uma posição central em todos os ramos das ciências naturais,
incluindo os estudos de solo. A ciência do solo, uma disciplina relativamente
nova comparada a outros campos, como botânica, biologia, zoologia e
mineralogia, sente a falta de um sistema taxonômico internacionalmente
aceito. Muitos fatores são responsáveis pela larga variedade de esquemas
de classificação, mas tal proliferação é talvez devida em parte a propriedades
peculiares dos solos, os quais existem como sistemas multidimensionais no
espaço e no tempo.
Portanto, o propósito da classificação é:
a) Organizar os conhecimentos (contribuindo, dessa maneira, para a
economia de pensamento).
b) Salientar e entender relações entre indivíduos e classes da popula-
ção, ao ser classificada.
c) Relembrar propriedades dos objetos classificados.
d) Apreender novas relações e princípios da população que está sendo
classificada.
e) Estabelecer grupos ou subdivisões (classes) de objetos em estudo,
de uma maneira útil para propósitos práticos, aplicados em:
- predizer seu comportamento;
- identificar seus melhores usos;
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Uso e Manejo de Irrigação
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Classes de Solo e Irrigação
Base e critérios
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Uso e Manejo de Irrigação
Base - solos em via de formação, seja pela reduzida atuação dos pro-
cessos pedogenéticos, seja por características inerentes ao material originário.
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Classes de Solo e Irrigação
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Uso e Manejo de Irrigação
Argissolos
Conceito: compreendem solos constituídos por material mineral os
quais têm, como características diferenciais, argila de atividade baixa e
horizonte B textural (Bt), imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte
superficial, exceto o hístico, sem apresentar, contudo, os requisitos
estabelecidos para serem enquadrados nas classes dos Alissolos, Planossolos,
Plintossolos ou Gleissolos.
Cambissolos
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Classes de Solo e Irrigação
Chernossolos
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Uso e Manejo de Irrigação
Espodossolos
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Classes de Solo e Irrigação
Gleissolos
São solos mal ou muito mal drenados, em condições naturais, que apre-
sentam seqüência de horizontes A-Cg, A-Big-Cg, A-E-Btg-Cg, A-Eg-Bt-Cg,
Ag-Cg, H-Cg, tendo o horizonte A cores desde cinzenta até preta, espes-
sura normalmente entre 10 cm e 50 cm e teores médios a altos de carbono
orgânico.
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Uso e Manejo de Irrigação
Latossolos
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Classes de Solo e Irrigação
São, em geral, solos fortemente ácidos, com baixa saturação por bases,
distróficos ou álicos. Ocorrem, todavia, solos com média e até mesmo alta
saturação por bases, encontrados geralmente em zonas que apresentam
estação seca pronunciada, semi-áridas ou não, como também em solos
formados de rochas básicas.
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Uso e Manejo de Irrigação
Luvissolos
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Classes de Solo e Irrigação
Neossolos
Alguns solos têm horizonte B com fraca expressão dos atributos (cor,
estrutura ou acumulação de minerais secundários e/ou colóides). não se
enquadrando em qualquer tipo de horizonte B diagnóstico.
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Uso e Manejo de Irrigação
Nitossolos
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Classes de Solo e Irrigação
Organossolos
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Uso e Manejo de Irrigação
Planossolos
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Classes de Solo e Irrigação
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Uso e Manejo de Irrigação
Plintossolos
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Classes de Solo e Irrigação
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Uso e Manejo de Irrigação
Vertissolos
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Classes de Solo e Irrigação
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Uso e Manejo de Irrigação
Gleissolos Glei Pouco Húmico, Glei Húlico, parte do Hidromórfico Cinzento (sem
mudança textural abrupta), Glei Tiomórfico e Solonchak com horizonte
glei
Nitossolos Terra Roxa Estruturada, Terra Roxa Estruturada Similar, Terra Bruna
Estruturada, Terra Bruna Estruturada Similar e alguns Podzólicos
Vermelho-Escuros Tb e alguns Podzólicos Vermelho-Amarelos Tb
Plintossolos Lateritas Hidromórficas, parte dos Podzólicos Plínticos, parte dos Glei
Húmico e Glei Pouco Húmico Plínticos e alguns dos possíveis Latossolos
Plínticos
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Classes de Solo e Irrigação
em que:
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Uso e Manejo de Irrigação
Parâmetros de ajuste
Modelo Q.M.R.
(.(
~ y
Gama 0,000567 9,4309 0,8921 10,4753
Logística 0,89106 0,009169 -0,54383 7,5291
Weibull 174,9000 0,000699 3,19040 10,4823
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Classes de Solo e Irrigação
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Uso e Manejo de Irrigação
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Classes de Solo e Irrigação
de campo não é uma característica física do solo, pois ela está relacionada
com o tempo e a composição textural.
Outro conceito importante é o chamado "ponto de murcha
permanente", que poderia ser substituído por outro, mais apropriado, que
é "limite inferior de água disponível". Ele consiste no conteúdo de água no
solo adsorvida, que uma planta não consegue retirar, ficando, portanto,
sob estresse, que a conduz à murcha permanente, ou seja, à morte.
Normalmente, é considerada como água retida a -1,5 MPa.
É importante conhecer a diferença entre os limites superior e inferior.
Entre ambos os limites, ocorre o que é denominado de "água disponível".
O solo de textura mais fina tem maior capacidade de armazenar água. De
uma maneira geral, o teor de argila é o fator que governa a adsorção de
água, sendo argilas do tipo 2: 1 as que apresentam maior retenção de água.
No que respeita ao uso do solo, não é aconselhável utilizar os conceitos
"capacidade de campo" e "ponto de murcha" isoladamente, mas substituí-
los por" disponibilidade de água nos solos". A demanda de água pela cultura
é ditada pelas condições climáticas até um determinado nível de água no
solo, denominado" conteúdo crítico", a partir do qual a retirada de água é
governada pelas condições físicas do solo. Daí a importância de conhecer a
disponibilidade de água no solo e não apenas sua capacidade de retenção.
É vasta a literatura, sobre as mais variadas culturas, identificando o ponto
crítico de água no solo, que está em torno de 30 % a 35 % da água extraível,
ou seja, até que a planta retire 65 % a 70 % da água extraível do solo, não
ocorrerá limitações edáficas.
Em conclusão, o importante é conhecer a quantidade de água
disponível, fator que está relacionado com a textura, a porosidade, o tipo
de argila e outras características físicas do solo. Como essas características
também são usadas para caracterizar as diferentes classes de solos, logo,
para cada classe, haverá características físico-hídricas específicas.
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Uso e Manejo de Irrigação
latossolos
Os tatossolos ocorrem tipicamente nos chapadões, em relevo plano,
e normalmente apresentam baixa fertilidade natural e excelentes condições
para mecanização. Mesmo sendo muito argilosos (nos Latossolos, o teor de
argila varia muito pouco conforme a profundidade), podem apresentar uma
grande permeabilidade, graças à estrutura granular muito pequena e muito
bem expressa. Os Latossolos apresentam boa conformação mesmo sob
relevo um pouco mais acidentado do que o comum (plano e suave ondulado).
Essa conformação faz a água das chuvas escorrer sob a forma de uma
lâmina uniforme, não localizada, o que é de grande importância para o arma-
zenamento de água e a resistência à erosão. A grande permeabilidade e a
profundidade aliadas a essa boa conformação conferem ao solo uma alta
taxa de infiltração, fazendo desse solo uma grande caixa de armazenamento
de água. Tal fato explica o aproveitamento da água pelas raízes a grande
profundidade, proporcionando à planta umidade suficiente durante pratica-
mente todo o ano.
Esses solos podem ter mais de 80 % de argila até o limite da classe
textura franco-arenosa. As classes texturais areia e areia franca já passam
a pertencer à classe dos Neossolos Quartzarênicos, nos quais a predo-
minância quase total da fração areia implica um sistema extremamente
aberto, e a capacidade de retenção de água, mesmo a altas tensões, é
muito reduzida.
O tipo especial no arranjo das partículas de argila nos Latossolos pode
também influir sobre a disponibilidade de água. Isto é, quando se trata de
Latossolos, não há muita diferença de disponibilidade de água entre os
solos quando se varia a textura, desde que a areia seja predominantemente
mais fina.
Em alguns Latossolos mais argilosos, há um aumento no teor de argila
e de silte em profundidade, tornando o sistema mais fechado e aumentando
a sua capacidade de retenção de umidade. Noutros, a distribuição granulo-
métrica (proporção de argila e areia fina, como 20 % e 70 %, respectiva-
mente) leva a criar uma grande predisposição ao encrostamento do solo em
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Classes de Solo e Irrigação
Cambissolos
Neossolos Litólicos
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Planossolos
Solos Hidromórficos
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Classes de Solo e Irrigação
Gleissolos
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Uso e Manejo de Irrigação
Organossolos
PIi ntossolos
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Classes de Solo e Irrigação
Vertissolos
São solos com alto teor de argila - 2:1 expansiva (argila do grupo das
esmectitas) =, têm alta fertilidade, mas apresentam problemas relacionados
com suas propriedades físicas (ressecamento e fendilhamento no período
seco e expansão no período chuvoso). São indicados para pastagens e
cultivos de arroz irrigado. Quando bem drenados, podem ser utilizados com
outras culturas.
Apenas parte da classe dos Vertissolos é hidromórfica.
Solos Halomórficos
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Uso e Manejo de Irrigação
Neossolos Flúvicos
Fig. 8. Esquema mostrando uma várzea com os solos aluviais na calha do rio. Os solos
hidromórficos dispõem-se em diferentes graus de hidromorfismo em relação a uma depressão
central, onde estão os solos orgãnicos.
Fonte: Resende e Rezende (1983).
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Classes de Solo e Irrigação
Classes de drenagem
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Uso e Manejo de Irrigação
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Solos arenosos e
Latossolos Gibbsíticos:
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Hidromórficos
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Arejamento
Fig. 9. Classes de drenagem de solos brasileiros controlados pela altura do lençol freático,
pela textura, pela natureza do substrato e pelo declive.
Fonte: Resende (1986).
Lençol freático na superfície ou próximo a ela Muito mal Orgânicos, Glei Húmico (alguns)
na maior parte do ano; estagnação de água drenado e Glei Tiomórfico
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Classes de Solo e Irrigação
levantamento de solos
Unidade de mapeamento
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Uso e Manejo de Irrigação
Unidades taxonômicas
Alguns conceitos:
• Solo variante (variação): desvio da unidade taxonômica, pelo menos
em uma característica diferencial (aquela usada como base do
grupamento), área não suficiente para constituir nova unidade
taxonômica.
• Associação de solos: agrupamento de unidades definidas taxonomi-
camente, em associação geográfica regular (ocorrem juntas na
paisagem). É uma unidade de mapeamento.
• Complexo de solos: associação cujos componentes não podem ser
separados em mapas, mesmo nos de escala maior, por causa do
padrão intrincado em que ocorrem.
• Grupo indiferenciado de solos: unidades de mapeamento cujas
unidades taxonômicas semelhantes, que não ocorrem em associação
geográfica regular, são reunidas.
Mapas de solo
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Classes de Solo e Irrigação
11) Compilados:
a) Generalizados.
b) Esquemáticos.
O Serviço Nacional de Levantamento de Conservação de Solos, da
Embrapa, lançou o mapa de solos do Brasil, na escala de 1:5.000.000, fato
que representou um marco para o nosso sistema de classificação de solos
(EMBRAPA, 1982).
Mapa ultradetalhado
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Uso e Manejo de Irrigação
Mapa detalhado
Mapa básico
Mapa semidetalhado
Mapa de reconhecimento
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Classes de Solo e Irrigação
Mapas exploratórios
Mapas generalizados
Mapas esquemáticos
Relatório do levantamento
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Uso e Manejo de Irrigação
Referências
ASSAD, M. L. L; SANS, L. M. A; ASSAD, E. D.; ZULLO JR, J. Relação entre água retida e
conteúdo de areia total em solos brasileiros. Revista Brasileira de Agrometeorologia,
Santa Maria, RS, v. 9, n. 3, p. 588-596, 2001.
FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Soil survey
investigations of irrigation. Rome, 1979. 188 p. (FAO Soils Bulletin, 42)
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Classes de Solo e Irrigação
FINKEL,H. J.; NIR, D. Gravity vc. Sprinking methods of irrigation a comparative study. Soil
Science, Baltimore, v. 87, p. 16-24, 1959.
KLAMT, E.; KAMPF, N.; SCHNEIDER,P.Solos de várzeas no Estado do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre, UFRGS, 1985. 42 p. (Boletim Técnico, 4).
SIMPÓSIO NACIONAL DE SOLOS ORGÂNICOS, 1984, Curitiba, PR. Anais ... Curitiba:
Ministério da Agricultura-PROV ÁRZEAS: EMBRATER: SEAG PARANÁ: ACARPA, 1984.
113 p.
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