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A Maconaria Durante As Ditaduras Salazar Vargas Franco Hitler e Mussolini PDF
A Maconaria Durante As Ditaduras Salazar Vargas Franco Hitler e Mussolini PDF
D U R A NT E A S
D IT A D UR A S D E
V A R GA S ,
FRANCO, HITLER,
SALAZAR
E M U S S O LI N I
Roberto Aguilar M. S. Silva
João Gonçalves Miguéis
2
Antecedentes históricos
1
A.:R.:L.:S.: Sentinela da Fronteira No 53, Corumbá, MS, Brasil
2
A.:R.:L.:S.:Estrela do Oriente No 1, Corumbá, MS, Brasil
4
Pessoa foi morto a tiros, por João Duarte Dantas, por simples questões
familiares da Paraíba --- muito comuns, na região Nordeste, na época --- e sem
qualquer motivo político, mas o fato foi, matreiramente , aproveitado pela
oposição. A revolta ocorreria a 3 de outubro, partindo dos três Estados ligados
pela Aliança Liberal : do Rio Grande do Sul, partiam as tropas do Exército e da
Polícia, comandadas pelo tenente-coronel Góis Monteiro ; partindo da Paraíba, o
capitão Juarez Távora conseguia dominar todos os Estados do Norte e do
Nordeste; e, em Minas Gerais, eram dominados os focos fiéis ao governo federal e
as tropas ameaçavam os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
3
João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Umbuzeiro, 24 de janeiro de 1878 — Recife, 26 de julho de
1930) foi um político brasileiro. Sobrinho do ex-Presidente da República Epitácio Pessoa. Quando ainda
presidente do estado da Paraíba e já candidato a vice-presidente, foi assassinado, em Recife, por João
Duarte Dantas, seu adversário político, jornalista, cuja residência fora invadida por elementos da polícia,
supostamente a mando de João Pessoa, que culminou com a publicação nos jornais da capital do estado, de
cartas íntimas trocadas com a professora Anayde Beiriz.
5
A Revolução Constitucionalista
4
Pedro Manuel de Toledo (São Paulo, 29 de junho de 1860 — Rio de Janeiro, 29 de julho de 1935) foi um
advogado, diplomata e político brasileiro. Foi o quarto interventor federal a ocupar o governo do estado de
São Paulo.
6
5
Américo Brasílio de Campos (Bragança Paulista, 12 de agosto de1835 — Nápoles, 28 de janeiro de 1900)
foi um advogado e político brasileiro.Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, foi promotor público e
fez da imprensa uma tribuna para defender seus ideais abolicionistas e republicanos. De 1865 a 1874 foi
diretor e redator do Correio Paulistano, de onde saiu para fundar em 1875, com Francisco Rangel Pestana, o
jornal A Província de S. Paulo, que, com o advento da República, passou a chamar-se O Estado de S. Paulo.
Em 1884, com José Maria Lisboa, fundou o Diário Popular. Proclamada a República, foi nomeado cônsul do
Brasil em Nápoles, onde faleceu. Foi um importante defensor dos ideiais republicanos e membro da
Convenção de Itu. Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rico_Bras%C3%ADlio_de_Campos"
6 Francisco Rangel Pestana (Nova Iguaçu, 26 de novembro de 1839 — São Paulo, 17 de março de 1903) foi
um jornalista e político brasileiro. Signatário do Manifesto Republicano (1870), foi deputado da província de
São Paulo em diversas legislaturas e, proclamada a República, assumiu a direção da província no triunvirato
em que também faziam parte Prudente de Morais e o coronel Joaquim de Sousa Mursa. Em 1890, foi eleito
senador, cargo que exerceu até 1896.
7
Manuel Ferraz de Campos Sales (Campinas, 15 de Fevereiro de 1841 — Santos, 28 de junho de 1913) foi
um advogado e político brasileiro, terceiro governador do estado de São Paulo, de 1897 a 1898, presidente da
República entre 1898 e 1902.
8
O MMDC foi organizado como sociedade secreta, na Capital de S. Paulo, a 24 de maio de 1932, tendo sido
projetado durante um jantar no Restaurante Posilipo, por Aureliano Leite, Joaquim de Abreu Sampaio Vidal,
Paulo Nogueira e Prudente de Moraes Neto, aos quais se juntaram, em reunião posterior, no Clube
Comercial, Cesário Coimbra, Antônio Carlos Pacheco e Silva, Francisco Mesquita, Edgard Batista Pereira,
Francisco A. Santos Filho, Bernardo Antônio de Moraes, Alberto Americano, Roberto Victor Cordeiro, Carlos
de Souza Nazaré, capitão Antônio Pietcher, Bueno Ferraz, José A. Telles de Mattos, Gastão Grossé Saraiva,
Herman de Moraes Barros, Flávio B. Costa, Moacyr Barbosa Ferraz, Bráulio Santos, Waldemar Silva, Jorge
Rezende, e Thiago Mazagão Filho. Inicialmente, a sociedade foi chamada "Guarda Paulista", mas, depois, foi
fixada em MMDC, em homenagem aos jovens mortos a 23 de maio. Na fase de conspiração, que levaria ao
movimento de 9 de julho, organizou pelotões de voluntários, distribuídos por toda a Capital. Durante o
o.
desenrolar da luta, a 10 de agosto, pelo Decreto n 5627-A, o governo do Estado oficializou o MMDC, cuja
direção foi entregue a um decenvirato, presidido por Waldemar Martins Ferreira, secretário da Justiça, e
tendo, como superintendente, Luís Piza Sobrinho. Inicialmente instalado na Faculdade de Direito, foi, depois,
para o antigo Fórum, na rua do Tesouro, e para o prédio da Escola de Comércio Álvares Penteado. Durante o
movimento constitucionalista, cuidou da intendência geral, das finanças, da direção geral do abastecimento,
7
dos departamentos de engenharia, de saúde, de propaganda e militar, do correio militar e dos serviços
auxiliares. (do Arquivo do Estado).
9
Otávio Kelly (Niterói, 20 de abril de 1878 — Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1948) foi um magistrado e
escritor brasileiro, ministro do Supremo Tribunal Federal de 1934 a 1942.
10
Bertoldo Klinger (Rio Grande, 1884 — Rio de Janeiro, 1969) foi um militar brasileiro. Em 1901 ingressou
na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Participou da Revolta da Vacina em 1904 e, em
função disso, foi preso, retornando ao exército somente no ano seguinte. Em 1924 foi novamente preso,
acusado de colaborar com a revolta tenentista em São Paulo. Em 1932 uniu-se aos grupos dirigentes
paulistas que preparavam uma revolução contra a ditadura imposta por Getúlio Vargas, chamada Revolução
de 1932, tendo sido escolhido para chefiar militarmente o movimento, que perdurou entre julho e setembro
daquele ano. Preso após a rendição do exército paulista, foi em seguida enviado para exílio em Portugal. Em
1934 recebeu anistia e retornou ao Brasil. Foi readmitido pelo Exército Brasileiro em 1947, passando em
seguida para a reserva. Anos depois, em 1964, apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart
e implantou o regime militar no país.
11 Isidoro Dias Lopes (Dom Pedrito, 1865 — Rio de Janeiro, 1949) foi um militar e político brasileiro. Entrou
para o Exército em 1883 em Porto Alegre. Apoiou o movimento que pôs fim ao Império. Em 1893, abandonou
o Exército e participou da Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, contra o governo de Floriano Peixoto.
Após a derrota dos federalistas, em 1895 foi para o exílio em Paris. Em 1896 voltou ao Brasil , foi anistiado e
retornou ao Exército no Rio de Janeiro, continuando a carreira. Participou da articulação e da Revolução de
1924 em São Paulo e posteriormente juntou-se a Coluna Prestes. Em 1930 após a derrota da Aliança Liberal
8
apóia a Revolução de 1930 e participa do governo de Getúlio Vargas, como comandante da 2ª Região Militar
em São Paulo. Em 1931 se indispõe com Vargas e é substituído por Góis Monteiro. Em 1932 participa da
Revolução Constitucionalista, e acaba deportado para Portugal . Anistiado em 1934 retorna ao Brasil. Em
1937, afastado da política, critica o golpe e a ditadura do Estado Novo.
9
A Constituinte de 1934
12
O extraordinário paulista, Pedro de Toledo, nesse dia, recebia, com extrema dignidade e
serenidade, a desgraça que se abatia sobre si e sobre S. Paulo, dizendo, apenas: "São Paulo não
foi derrotado! Fomos traídos e vencidos no campo das armas! Os ideais que nos levaram à luta,
porém, serão vitoriosos". Por volta das 18 horas do dia 2, quando se preparava para deixar os
Campos Elíseos, ele ouvia a voz do tenente Cândido Bravo, rompendo o pesado silêncio, que
cercava o fim de um sonho:
--- Nem poderia ser de outra forma! Estamos com São Paulo!
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"Terra Paulista! Da tua carne, massapé e honesta, do teu ventre de Mãe, fecundo e são, veio a alma que
realizou a nacionalidade, imprimindo-lhe o sentido da Independência e os rumos católicos da Civilização.
De ti proveio o homem que defrontou a natureza peito a peito e que a venceu e a dominou a facão e a fé!
Tu deste geografia ao Brasil! Essa terra toda, que aí se estende e se esparrama e se perde por esse mundo
grande de Deus, tudo isso tem os seus limites demarcados, não apenas pelos rios que se vadearam, pelas
grimpas transpostas, pelas florestas vencidas! Mas, sobretudo, pelas sepulturas dos teus filhos, Minha
Terra! Balisas! Picadas! Cruzes! Paulistas, paulistas, paulistas"! - IBRAHIM NOBRE – 1931.
11
Getúlio Vargas.
O Estado Novo
No dia 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas14 anunciava o
Estado Novo, em cadeia de rádio. Iniciava-se um período de ditadura na História
do Brasil.
O Golpe de Getúlio Vargas foi articulado junto aos militares e contou com o apoio
de grande parcela da sociedade, pois desde o final de 1935 o governo havia
reforçado sua propaganda anti comunista, amedrontando a classe média, na
verdade preparando-a para apoiar a centralização política que desde então se
desencadeava.
De acordo com (Historianet, 2008) a partir de novembro de 1937 Vargas impôs a
censura aos meios de comunicação, reprimiu a atividade política, perseguiu e
prendeu inimigos político. Conforme Silva (2005) em 1937, o Estado autoritário
que vinha sendo construído pelas práticas discursivas e pela reorganização e
atuação de uma polícia política, produzindo informações sobre o perigo das
ideologias externas que invadiam o país, se consolidou com Getúlio Vargas
declarando à nação que:
“Tanto os velhos partidos, como os novos em que os velhos se transformaram sob
novos
rótulos, nada exprimem ideologicamente, mantendo-se à sombra de ambições
pessoais ou de predomínios localistas, a serviço de grupos empenhados na
partilha dos despojos e nas combinações em torno de objetivos subalternos (...) as
novas formações partidárias surgidas em todo o mundo, por sua própria natureza
refratárias aos processos democráticos, oferecem perigo imediato para as
instituições, exigindo, de maneira urgente e proporcional à virulência dos
14 Getúlio Dorneles Vargas (São Borja, 19 de abril de 1882 — Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954) foi um
político brasileiro, chefe civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha depondo seu 13º e último
presidente Washington Luís. Getúlio Vargas foi por duas vezes presidente da república. Na primeira vez, de
1930 a 1945, governou o Brasil em três fases distintas: de 1930 a 1934, no governo provisório; de 1934 a
1937, no governo constitucional, eleito pelo Congresso Nacional; e de 1937 a 1945, no Estado Novo. Na
segunda vez, de 1951 a 1954, governou o Brasil como presidente eleito por voto direto.
12
Lojas do então Distrito Federal --- provavelmente por mediação de algum figurão
do novo regime --- o mesmo não se pode dizer do resto do país. No Estado de
São Paulo, por exemplo, podem ser tomados os casos de cinco Lojas, de quatro
cidades, de diferentes regiões do Estado:
15 José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, conhecido como marechal José Pessoa, (Cabaceiras-PB, 12
de setembro de 1885 — Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1959) foi um militar brasileiro. Filho de Cândido
Clementino Cavalcanti de Albuquerque e de Maria Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, era sobrinho de
Epitácio Pessoa, presidente da República de 1919 a 1922, e irmão de João Pessoa, presidente da Paraíba de
1928 a 1930. Assentou praça em 1903 no 2º Batalhão de Infantaria em Recife, seguindo depois para a Escola
Preparatória e de Tática em Realengo (Rio de Janeiro). Transferiu-se em 1909 para a Escola de Guerra em
Porto Alegre, de onde saiu aspirante-a-oficial. Esteve à disposição do Ministério da Justiça, servindo na
Brigada Policial do Distrito Federal. Foi ajudante-de-ordem e assistente do comando da divisão de operações
enviada a Mato Grosso para pacificar o estado em 1917 e, finalmente, serviu como ajudante-de-ordem e
assistente do inspetor da 10ª Região Militar na Bahia. Participou da Revolução de 1930. Após um breve
período como comandante do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, José Pessoa assumiu, ainda em 1930,
o comando da Escola Militar do Realengo. Foi o grande idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras,
que só veio a ser fundada em 1944, bem como dos novos símbolos do Exército: uniformes históricos, brasão,
espadim de Caxias etc. Em 1933 foi promovido a general-de-brigada e enfrentou, em 1934, um movimento de
rebeldia dos cadetes do estabelecimento que comandava. Inconformado com a solução dada para o caso,
demitiu-se do comando da escola, sendo nomeado em seguida inspetor e comandante do Distrito de Artilharia
de Costa da 1ª Região Militar no Distrito Federal. Foi o fundador do Centro de Instrução de Artilharia de Costa.
Somente em março de 1938, quatro meses após o advento do Estado Novo, recebeu outra comissão de
comando. Inicialmente cogitado para um posto em Belo Horizonte, acabou nomeado comandante da 9ª
Região Militar em Mato Grosso, promovendo intenso combate ao banditismo que então grassava no estado.
No início de 1939, foi nomeado inspetor da arma de cavalaria, que tratou de modernizar, dotando-a de novos
regulamentos. Adido militar em Londres de 1946 a 1947, retornou ao Brasil e, em abril de 1948, participou da
fundação do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (Cedpen). Em torno do órgão
se articularam, de modo amplo, estudantes, jornalistas, militares, professores e homens públicos, e em pouco
tempo o centro se tornou o núcleo de uma campanha de mobilização da opinião pública em favor de uma
solução nacionalista para a questão do petróleo. A Campanha do Petróleo como ficou conhecida,
desembocou no estabelecimento do monopólio estatal em 1953 e na conseqüente criação da Petrobrás em
1954. Em 12 de setembro de 1949, foi transferido para a reserva no posto de general-de-exército. Promovido
a marechal em janeiro de 1953. Foi convidado em 1954 pelo presidente Café Filho para ocupar a presidência
da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de examinar as condições gerais de
instalação da cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e
delimitou a área do futuro Distrito Federal, determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos os
problemas correlatos à mudança. A comissão encerrou seus trabalhos em 1956. Brasília foi erigida no local
escolhido pelo Marechal josé pessoa, que, também, idealizou o Lago Paranoá e a estruturação da cidade ao
longo de dois eixos transversais. http://www.eltheatro.com/destaque16.htm
16
16
http://www.lojasmaconicas.com.br/
jc_sinopses/sinopse/sip23.htm
17
Médico, pesquisador e professor da USP
17
Referências bibliográficas
América. A Maçonaria Paulista na Revolução de 1932. A Participação de
Destaque da Loja América. Extrato de Artigo de José Castellani
http://www.america.org.br/documentos/
rev_const_1932.html. Acessado em 9/10/2008.
Historianet. O Estado Novo http://www.historianet.com.br/conteudo/default.
aspx?codigo=53. Acessado em 19/9/2008.
Silva, G. B. No entre guerra, a situação dos integralistas na implantação do
estado novo de Getúlio Vargas. Proj. História, São Paulo, v. 30, p. 229-241,
2005.Loja Triumpho do Direito. O Estado Novo e o fechamento das Lojas
Maçônicas. Obtido de escritos do Ir.: José Castellani . Do livro "História do
Grande Oriente de São Paulo" Editora do GOB – 1994. http://www.triumphodo
direito.triunfo.nom.br/Tboestadonovo.htm. Acessado em 9/10/2008.
18
Francisco Franco.
Antecedentes historicos
18
A Segunda República Espanhola foi proclamada a 14 de Abril de 1931 na sequência da vitória
republicana nas eleições municipais, tendo como primeiro presidente Niceto Alcalá Zamora. Após a demissão
voluntária do general Miguel Primo de Rivera, Afonso XIII tentou devolver o debilitado regime monárquico ao
caminho constitucional e parlamentar, apesar da debilidade dos partidos dinásticos. Para ele o governo da
Coroa convocou uma ronda de eleições que deviam injectar legitimidade democrática nas instituições
monárquicas.
19
O fascismo é uma doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919, durante
seu governo (1922–;1943 e 1943–;1945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de
militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que
nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de
varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram
conhecidos pela expressão camisas negras, em virtude do uniforme que utilizavam.
20
Carlos III.
O século XIX espanhol foi um período especialmente conflitivo, com lutas entre
liberais e absolutistas, entre membros rivais da Casa de Bourbon20 (isabelinos e
carlistas), e mais tarde entre monarquistas e republicanos, sobre o pano de fundo
da perda das colônias americanas e filipinas.
A economia espanhola teve um crescimento rápido desde o final do século XIX até
ao início do século XX. Em especial, as indústrias mineiras e metalúrgicas
lucraram e expandiram-se enormemente durante a Primeira Guerra Mundial,
fornecendo insumos a ambos os lados.
20
A Casa de Bourbon ou Burbom (Borbón em castelhano e Borbone em italiano) é uma importante casa real
européia. Durante o século XVI, os reis Bourbon governaram Navarra e França.
21
O choque entre classes é freqüente e violento. Desde o fim do século XIX até o
início do século XX, grupos de extermínio, como o Sindicato Libre, procuram
suprimir os sindicatos através do assassinato dos seus principais militantes. Do
outro lado, grupos de militantes sindicalistas, como o famoso Nosotros, também
assassina religiosos e industriais suspeitos de apoiar o Sindicato Libre.
Insurreições armadas, tanto de direita como de esquerda, ocorrem com
regularidade.
21
A Confederação Nacional do Trabalho (CNT) (em espanhol Confederación Nacional del Trabajo) é uma
união confederal de sindicatos autônomos de ideologia anarcossindicalista da Espanha.
22
Miguel Primo de Rivera y Orbaneja, Marquês de Estella e de Ajdir (Jerez de la Frontera, 8 de Janeiro de
1870 — Paris, 16 de Março de 1930) foi um militar e ditador espanhol, fundador da organização fascista Unión
Patriótica, inspiradora da União Nacional portuguesa. Miguel Primo de Rivera y Orbaneja nasceu em Jerez de
la Frontera, província de Cádis, pertencendo a uma família de militares ilustres, na qual se destacava seu tio,
Fernando Primo de Rivera (1831-1921), marquês de Estella, herói da terceira guerra carlista, governador das
Filipinas e várias vezes Ministro da Guerra. Seguindo a tradição familiar, Miguel ingressou no exército aos 14
anos, tendo desenvolvido a maior parte da sua carreira em serviço nas colónias: Marrocos, Cuba e Filipinas,
aonde acompanhou o seu tio. Nestes destacamentos, por mérito em combate, teve a oportunidade de
ascender rapidamente na hierarquia militar pelo que em 1912 já era general. Depois de uma intensa carreira
política, desautorizado pelos altos comandos militares e pelo rei Afonso XIII, em 1930, Primo de Rivera
demitiu-se e auto-exilou-se em Paris, onde morreu dois meses mais tarde, amargurado e desiludido com
aquilo que entendia ser a ingratidão dos seus compatriotas. O seu filho mais velho, José António Primo de
Rivera, sucedeu-o na actividade política, alegadamente para reabilitar a memória paterna, sendo uma das
figuras gradas da implantação do franquismo e o mítico fundador da Falange espanhola.
22
Niceto Alcalá-Zamora.
General Sanjurjo.
Em 1933, a recusa dos anarquistas em dar apoio aos partidos de esquerda e sua
propaganda pela "greve do voto" permitem a vitória eleitoral da direita,
representada pela Confederação das Direitas Autônomas (CEDA) de José Maria
Gil Robles. Segue-se uma insurreição da esquerda, que foi mal sucedida em toda
a Espanha, menos nas Astúrias, onde os operários dominaram Gijón por 13 dias.
Este evento ficou conhecido como Comuna das Astúrias.
Muralhas de la Macarena.
Uma vez tendo feito junção as forças rebeldes em Badajoz, inicia-se o avanço
sobre Madrid, buscando-se encerrar a campanha o mais rápido possível. Em 28
de setembro, as forças rebeldes rompem o cerco republicano ao Alcazar de
Toledo, defendido por José Moscardó desde 22 de julho - uma conquista sem
muito significado estratégico mas que foi logo revestida de características
lendárias (o filho de Moscardó teria sido fuzilado após haver pedido ao pai, ao
telefone, que se rendesse26) e serviu de mito fundador do regime franquista.
25
O Blitzkrieg (termo alemão para guerra-relâmpago) foi uma doutrina militar a nível operacional que
consistia em utilizar forças móveis em ataques rápidos e de surpresa, com o intuito de evitar que as forças
inimigas tivessem tempo de organizar a defesa. Seus três elementos essenciais eram a o efeito surpresa, a
rapidez da manobra e a brutalidade do ataque, e seus objetivos principais a desmoralização do inimigo e a
desorganização de suas forças (paralisando seus centros de controle). O arquitecto desta estratégia militar foi
o general Erich von Manstein
26
O coronel José Moscardó, comandante da Academia Militar sediada no alcácer de Toledo, aderira à
rebelião militar. Mas a cidade estava nas mãos de milícias socialistas, fiéis ao governo de Madrid. O
alcácer foi cercado e o coronel chamado ao telefone. Do outro lado da linha, o chefe das milícias
intimou-o a render-se dentro de dez minutos porque, se o não fizesse, lhe fuzilaria o filho. O filho do
coronel, Luís, de 24 anos, foi então posto ao telefone. Falou ao pai e confirmou que o matariam se este
não rendesse o alcácer. Moscardó respondeu-lhe que encomendasse a alma a Deus e morresse como
um patriota com um viva a Cristo-rei e a Espanha.
27
27
Brigadas Internacionais, conjunto de unidades militares compostas por voluntários estrangeiros que
durante a Guerra Civil Espanhola lutaram do lado da República. Combateram em Espanha mais de 40 mil
Brigadistas, o maior contigente veio da França e da Alemanha, mas vieram voluntários de todas as partes do
mundo, entre os quais portugueses e brasileiros. As Brigadas perderam cerca de 10.000 voluntários em
combate. Em 26 de Janeiro de 1996 as Cortes concederam a todos os brigadistas ainda vivos a cidadania
espanhola, cumprindo uma promessa feita pela República mais de 60 anos antes.
28
De acordo com o artigo espanhol, foram destruídas por volta de 20.000 igrejas,
com perdas culturais incalculáveis pela destruição concomitante de retábulos,
imagens e arquivos. Diante disto, é pouco surpreendente verificar que a Igreja
Católica, tenha chegado, na sua generalidade a propagandear a revolta contra o
governo e chegado a compará-la, numa declaração coletiva de todo o episcopado
(1 de julho de 1937) com uma cruzada moderna; note-se, no entanto, que os
mesmos bispos espanhóis, numa carta de 11 de julho do mesmo ano de 1937,
mostraram-se ciosos em desmentir à opinião católica liberal, que via na
intransigência conservadora do clero espanhol a razão das perseguições por ele
sofridas, argumentando que a Constituição republicana de 1931 e todas as leis
subseqüentes haviam dirigido a história da Espanha num rumo contrário à sua
identidade nacional, fundada no Catolicismo[1]- ou, nas palavras do Cardeal
Segura y Sáenz: "na Espanha ou se é católico ou não se é nada".
30
geral anticlerical e apoiava a repressão à Igreja. Por outro lado, o escritor e filósofo
católico francês Jacques Maritain protestou violentamente contra as repressões
franquistas contra o clero basco, e teria dito que "a Guerra Santa, mais do que ao
infiel, odeia ardentemente os crentes que não a servem".
Franquismo
Os apoios internacionais
O papa Pio XI, no entanto, que não tinha simpatias pelo fascismo, e que em 1937
publicaria a encíclica em alemão Mit brennender Sorge ("Com profunda
preocupação"), condenando a ideologia nazista, não chegou jamais a oferecer um
apoio incondicional ao campo franquista.
No País Basco- que ficou isolado do restante da zona republicana desde o início
da guerra - grande parte do clero católico colocou-se ao lado do nacionalismo
basco e pela República, escapando assim à sorte dos seus análogos no restante
do território republicano, onde as igrejas foram saqueadas e os padres
perseguidos como agentes do fascismo. Pelo menos uma figura do alto clero
espanhol, o cardeal-arcebispo de Tarragona Vidal y Barraquer - que havia sido
exilado na Itália pela Generalitat republicana catalã - tentou realizar esforços por
uma paz negociada, o que lhe valeu o desprazer constante do governo franquista,
que impediu o seu retorno a Espanha até à sua morte em 1943, na Suíça.
Continuam sem solução os protestos dos parentes das vítimas das repressões
nacionalistas ao clero basco contra o que consideram falta de reconhecimento da
hierarquia católica [5]
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Apolônio de Carvalho foi uma figura ímpar no cenário da vida política brasileira. Poucos como ele
viveram com tanta intensidade a «paixão libertária» que o impeliu, desde os seus anos de cadete da
Escola Militar de Realengo, a engajar-se na luta pelos ideais socialistas e contra os regimes de
opressão, com uma coerência que se manifestou em todos os episódios vividos: da militância no
Partido Comunista Brasileiro (PCB) e na ANL (Aliança Nacional Libertadora) à participação na Guerra
Civil Espanhola e na Resistência Francesa contra o fascismo; da luta clandestina contra a ditadura
militar no Brasil, como membro do PCBR, à militância no PT, desde o momento da fundação do
partido até sua morte.
36
Teve fim a guerra com a consequência da morte de mais de 400 mil espanhóis e
uma queda enorme na economia, como a morte de mais da metade do gado,a
queima de vários campos e milhões de moradias destruidas. Um abalo financeiro
e queda do PIB que demorou quase 30 anos para se normalizar. Outras fontes
ressaltam a dificuldade em quantificar o número de mortos por causa da guerra
originada pelo chamado "Movimiento Nacional", mas colocam o dado para todo o
período do franquismo de mais de 2 milhões de pessoas mortas sob o regime
fascista.
A resposta através do método das guerrilhas manteve-se na Galiza até 1956 com
muita força, iniciando-se um período de decadência a partir desta data, devida em
parte ao abandono dessa estratégia por parte do PCE, até ocorrerem os últimos
assaltos e combates em 1967, com a morte do último guerrilheiro e o exílio
doutros.
Quanto ao exílio, cerca de 200 mil galegos fugiram exilados para outros países
nesse período.
29
Repressão pelos nazistas, do qual Franco era simpatizante e aliado.
43
política exterior e interior dos Estados por virtude daqueles conspícuos Maçons
que com a ajuda estrangeira haviam alcançado o poder em seus países.
Uma destas repugnantes execuções chegou a ser causa uma cisma em que a
Maçonaria universal se debate. Vários tem sido os assassinatos desta ordem
30
Melquíades Álvarez González-Posada, (Gijón, España; 1864 - Madrid; 22 de agosto de 1936) foi Maçom,
político e jurista español. Em agosto de 1936, un mes depois do começo da Guerra Civil, Melquíades
Álvarez foi preso, junto com outros dirigentes políticos conservadores, no Cárcere Modelo de Madri e
posteriormente assasinado por milicianos esquerdistas e não por Maçons com Franco queria que
acreditassem.
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Rafael Salazar Alonso (1895-1936)
Maçom, advogado, escritor e político republicano. Durante a Segunda República foi deputado em
Cortes, prefeito de Madrid, presidente da representação dos deputados provinciais Ministro nos
Governos de Samper e Lerroux. Neste último cargo destacou-se por sua luta contra os movimentos
revolucionarios e separatistas em 1934, motivo pelo qual foi executado pela Frente Popular em
setembro de 1936 e não por Maçons com Franco queria fazer acreditar.
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Harry Hookins
32
Franco tentou insistentemente culpar os próprios maçons por assassinado cometidos à seu mando.
33
O almirante francês Darlan foi colaboracionista de Hitler durante a ocupação da França. No caso
dele, almte. Darlan, o patriota que o
executou, no mínimo tinha ordens do Exército de Libertação (De Gaulle) ou da Resistência (formações
irregulares comandadas pelos comunistas franceses, com participação de comunistas espanhóis,
brasileiros, etc., ou, simplesmente por corajosos dissidentes do regime de Vichy e dos nazistas). O
que motivou a mentira de Franco que era simpatizante de Hitler e perseguidor da Maçonaria.
34
Harry Lloyd Hopkins (August 17, 1890 – January 29, 1946) Maçom, foi um dos conselheiros mais
intimos do presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt. Foi um dos arquitetos do New Deal.
45
Franco saudou e chorou do balcão do Palácio Real. Faltavam 50 dias para sua
morte.
46
Por isso, qualquer relato sobre a vida do poeta, começa obrigatoriamente pela sua
morte brutal nas mãos dos fascistas, quando no alvorecer de 19 de agosto de
1936, em pleno verão andaluz, toda essa intensa atividade cultural e literária
(poeta, dramaturgo, músico e desenhista), foi bruscamente interrompida; à bala de
um fuzil tirou a vida de um poeta, que a violência de uma guerra cegamente lhe
roubou, no amado solo de Granada: “Creio que ser de Granada me inclina a
compreensão simpática dos perseguidos. Do cigano, do negro, do judeu, do
mourisco que todos nós levamos dentro. Granada cheia de mistério, a coisa que
não pode ser e, no entanto, é. Que não exige, mas influi. Ou influi precisamente
por não existir”.
natural de Granada, nascida em 1870, era uma antiga professora primária, antes
de vir a ser a segunda esposa de Dom Frederico em 1897. Era uma mulher calma
e séria, dela Lorca herdara a inteligência e do pai o temperamento apaixonado. O
avô materno do poeta, Enrique Garcia Rodrigues e seus três irmãos, eram
famosos por suas improvisações artísticas, por suas travessuras extravagantes.
Os Garcias eram todos naturais e seus talentos musicais e artísticos influenciaram
o poeta. Pois desde muito jovem, para ser preciso aos quatro anos, ele já sabia
dezenas de canções populares de cor, e recebeu as primeiras lições de violão
com sua tia Isabel.
Durante o ano de 1922 ele dedica-se quase que por inteiro ao estudo do “cante
jondo”, um tipo de canto característico da Andaluzia, com forte influência oriental.
E sobre o assunto, publica neste ano os livros de versos Poemas Del Cante Jundo
49
Dramaturgia
Para Lorca, o teatro, segundo o poeta Rafael Alberti, “não foi alguma coisas nova
ou diferente de seu trabalho habitual, mas uma síntese de todas as suas
vocações. Muitas das poesias que não escreveu assumiram forma e humanidade
no teatro, como se Garcia Lorca as amasse com a maior ternura...”. A
consagração definitiva como autor advem-lhe com a trilogia Bodas de Sangue
(1933) Yerma (1934) 3 e A Casa de Bernarda Alba (1936). Bodas de Sangue - que
estréia em 8 de março de 1933 no Teatro Beatriz de Madri, representado pela
companhia de Josefina Dias de Artigas. A idéia de escrevê-la surgiu em 1928,
quando Lorca leu num jornal a notícia sobre um crime passional. Essa peça está
dividida em três atos e sete quadros. O autor não desejou fazer a peça inteira em
versos, mas numa prosa livre, que permitisse jogar com as palavras de forma mais
livre. Para alguns críticos, Bodas de Sangue é uma obra poética muito mais do
51
que dramática, mas de qualquer forma a maioria da crítica aplaude a obra por sua
extraordinária beleza literária, pelos surpreendentes efeitos cênicos. De outubro
desse ano até março do ano seguinte, o poeta esteve na América do Sul, visitando
vários países: Uruguai, Brasil e Argentina, onde sua peça Bodas de Sangue
alcançou um sucesso triunfal em Buenos Aires, obtendo mais de cem
apresentações.
Morte
natureza. A vida que o encantava a cada instante, porque nas menores coisas
encontrava poesia.
Nem os biógrafos nem seus amigos puderam até hoje ter uma explicação para o
brutal fuzilamento de Frederico Garcia Lorca, que, ao lado de Ortega y Gassete,
Vicente Aleixandre honram os melhores momentos das letras espanholas. O poeta
chileno Pablo Neruda, um dos mais caros amigos de Garcia Lorca escreveu pouco
depois da sua morte: “Desde então não sabemos nada, senão sua própria morte,
o crime pelo qual Granada volta a história como um pavilhão negro que se divisa
de todos os pontos do planeta”.
Lorca e os Maçons
Na ante-sala da morte, nas colinas de Víznar, lugar em que conduziam os que iam
ser assassinados, se encontrava também um grupo de Maçons a quem se haviam
'perdoado' a vida para que servissem de coveiros dos executados e outros
trabalhos à serviço das tropas sublevadas.
35
Estes homens, conscientes de que sepultavam o corpo de Lorca, deixaram um distintivo para que
algum día o poeta fosse identificado, a fivela de prata do cinturão.
53
Coveiros
Mendoza (um dos membros) se refere ao medo terrivel que passaram naquele
trajeto que fizeram em carro até Víznar crendo que lhes iam fuzilar. Ao chegar as
colinas les perguntaram se queriam jantar; todos disseram que não. Sua surpresa
foi comprovar que não lhes deixaram na sala baixa, onde aguardavam os que iam
a ser fuzilados. Porém os enviaram a um dormitório no piso superior para que
passassem a noite.
pessoas eram: José Rivas Rincón, Manuel Plaza Caro, Antonio Henares, Antonio
Mendoza Lafuente, Francisco Jiménez Bocanegra, José Lopera Vaquero,
Fernando Fernández García y Francisco Moral Galán. De todos eles, unicamente
este último, Francisco Moral Galán, foi fuzilado. Os outros sete Maçons foram
prisioneiros em Víznar e conseguiram sobreviver.
Tudo aponta que o poeta estava filiado a Loja de la Alhambra com nome de
'Homero'36, segundo consta em alguns documentos desta sociedade, um deles
reproduzido no livro 'Los últimos día de García Lorca', de Molina Fajardo.
A causa Maçônica se apresentava como uma das mais prováveis que levaram a
sua detenção e posterior covarde e cruel assassinato.
Toda cidade tem sua própria via crucis. No caso de Granada, trata-se de um
caminho sinuoso e inquietante: que vai desde a rua da Duquesa até os arredores
de Alfacar. Foi lá que aconteceu, em 18 de agosto de 1936, o martírio do poeta
Federico García Lorca e de mais três homens: o professor Dióscoro Galindo e os
toureiros anarquistas Joaquín Arcollas Cabezas e Francisco Galadí.
Entre a sede do Governo Civil, de onde Lorca partiu de carro sem saber para
onde, e a vala na qual terminaram os quatro, despojados de sua vida e sua
dignidade, as curvas estreitas continuam driblando todos os mistérios daquelas
mortes. Mas desde que o juiz Baltasar Garzón deu início no começo de setembro,
na Audiência Nacional, a um processo judicial tão ambicioso quanto controverso, a
história desse assassinato poderá ser esclarecida com a exumação de todos os
restos mortais.
A reação implica um claro sinal verde. Pelos barrancos de Víznar, onde podem
existir entre 2.500 e 2.700 mortos segundo a Associação para a Recuperação da
Memória Histórica e Granada, os habitantes dos bairros vizinhos fazem
caminhadas e passeiam tranquilamente com carrinhos de bebê. A paisagem é
semidesértica e rude, mas têm suas relíquias. A fonte de Aynadamar (das
Lágrimas), cujo manancial rega a área desde o século 11, confundiu muitas vezes,
nos sinistros anos da guerra, o barulho da água com o eco do sangue. Na quarta-
feira ela destilava, em vez disso, um esperançoso reflexo cristalino.
56
Talvez a claridade não fosse tão intensa no dia em que o hispanista Gerald
Brenan se apresentou por ali, como um pioneiro da justiça histórica, em busca do
poeta. Contou sobre isso num capítulo mais do que emocionante de seu livro “La
faz de España” [”A face da Espanha”], uma memória limpa e fascinante de seu
regresso ao país de seus amores nos anos 50. Ao chegar a Granada, Brenan foi
onde todo homem de bem teria ido para perguntar pelos mortos. Direto ao
cemitério. Conforme se recorda Juan Antonio Díez López, granadino especialista
na obra do inglês: “Disseram-lhe que esse Lorca não estava ali, claro”.
Brenan encontrou um país destruído, uma terra órfã profanada pela barbárie e o
estandarte dos derrotados. Muitos seguiram seus passos, entre eles, Ian Gibson.
O biógrafo irlandês de Lorca investigou a fundo a morte do poeta nos anos 60 e
publicou um livro que, obviamente, Franco proibiu, e que se transformou numa
referência sobre aqueles fatos. O livro intitulava-se “La represión nacionalista de
Granada em 1936 e a morte de Federico García Lorca” [”A repressão nacionalista
de Granada em 1936 e a morte de Federico García Lorca”], e nele Gibson chegou
a marcar o lugar exato onde, segundo suas pesquisas, encontra-se a vala na qual
os homens foram enterrados.
Foi levado até lá por Manuel Castilla Blanco, que cavou o buraco na madrugada
de 18 de agosto de 1936. Hoje, um parque com o nome do poeta recorda o local
que passou a ser sagrado. Ainda assim, a sombra da especulação também o
espreita. “Ali, junto ao pinheiral onde está a vala descrita por Gibson, abaixo dos
chalés que foram construídos, calculamos que existam 40 valas”, diz Francisco
González, presidente da Associação para a Recuperação da Memória Histórica de
Granada.
Manter os restos no local para protegê-los da especulação era uma das razões
pela qual os familiares de García Lorca defendiam que o lugar não fosse violado.
Mas essas não são as únicas tumbas do entorno. Nem da província. A ARMH
granadina já localizou 120 valas, ainda que saibam que a de Lorca e dos outros
três homens é a que guarda o maior valor simbólico.
Segundo esse homem, o lugar oficialmente reconhecido pode não ser exato. “Ele
me indicou esse aqui”, comenta González, no lugar conhecido como Las Colonias,
última parada antes da morte dos condenados. “Indicou exatamente ali em frente,
e me disse: ‘Naquelas oliveiras em frente ao Caracolar’”.
57
É um lugar que já havia sido indicado por outros dois pesquisadores, Agustín
Penón e Eduardo Molina Fajardo. “Os moradores do local, que nunca perderam de
vista a paisagem, também indicam esse lugar”, afirma Francisco González. Ele diz
isso depois de mostrar uma pedra evidente e isolada das demais, que se
encontram a cerca de cem metros. “Os coveiros marcavam as valas com uma
pedra. Era a maneira de indicar que não cavassem o terreno”, comenta o
presidente da associação granadina.
E acrescenta: “No outro lugar não havia nenhuma [pedra] que o assinalasse, mas
pode ser uma exceção”.
O medo também confunde. “Os que não conheciam a área e voltaram depois,
como era o caso de Manuel Castilla Blanco, conhecido como Manolillo o
Comunista, podiam se equivocar. Os dois lugares são muito parecidos. Além
disso, estavam muito nervosos; é preciso levar em conta que aquela ainda era
uma época de deslealdade”.
Para que o processo caminhe, seria conveniente não criar muita confusão. Mas
hoje existe tecnologia mais que confiável para saber onde se encontram as valas.
Bastariam alguns georradares para saber em qual dos dois lugares o terreno foi
removido.
Por isso, tudo está mais do que preparado. E os agentes da ação estão prontos
para atuar. Assim que o juiz Garzón ordenar a exumação, a associação já tem
definido, junto à Universidade de Granada, um plano de ação para levar a cabo
com todas as garantias científicas. Por um lado, a escavação seria feita por uma
equipe de arqueólogos ligados ao departamento de pré-história e coordenada por
Francisco Carrión. Os georradares com os quais se exploraria o lugar pertencem
ao Instituto de Geofísica da universidade. A análise dos restos mortais ficaria por
conta do Instituto de Antropologia Física dirigido por Miguel Botella, um
pesquisador experiente que realizou trabalhos para encontrar vítimas de Ciudad
Juárez, no México, e desaparecidos na ditadura chilena de Pinochet. A operação
duraria, segundo Botella, dois meses.
Dióscoro, que tinha 60 anos quando foram buscá-lo, havia cometido um crime
recorrente em sua vida: ser ateu e exercer o ensino baseado em princípios laicos.
Os falangistas do povo o haviam catalogado como “o professor vermelho”.
Cometeu o atrevimento de defender a Frente Popular nas mesas eleitorais para
evitar o coronelismo nas eleições.
Não foi difícil para os assassinos colocarem-no na cruz. Uma cruz que veio a
pesar na vida de seu filho Antonio, pai de Nieves. “Até a sua morte não quisemos
fazer nada. Ele teve medo durante a vida toda”, disse ela. Antonio tinha 25 anos
quando mataram seu pai. Estava no quarto ano de medicina e teve que
interromper o curso. A carreira nas salas de cirurgia foi destruída, ele teve de
ganhar a vida nos andaimes, escritórios ou como chofer para uma marquesa.
“Uma boa mulher que tentou lhe devolver a faculdade”, comenta Nieves. Mas foi
inútil. “Ele não quis voltar. Temia que o identificassem e colocassem na prisão”.
Vários haviam sido amontoados numa vala que não foi fechada. “Uma vala na
qual se acumulavam os restos mortais e que tiveram que fechar em 1971″,
comenta Francisco González. Foi um prefeito, Manuel Pérez-Sarrabona y Sanz,
quem o fez. Mas não porque aquilo lhe parecia uma desonra, “e sim porque tinha
59
As ações do juiz Garzón deram sentido a seu trabalho. “Até hoje, apesar de
muitas outras províncias terem exumado suas valas, nenhuma havia sido
recuperada em Granada”. E isso porque existe um censo rigoroso que foi
apresentado para a Audiência Nacional, com um total de 6.376 casos
documentados sobre pessoas que sofreram repressão apenas na cidade, sem
contar na província.
À iniciativa de Garzón, que vêem como uma boa notícia, soma-se a nova postura
da família García Lorca. De fato, a posição deles não mudou, mas o fato de
anunciarem que não impediriam a exumação é um passo gigantesco para o
processo. “Os reconhecemos de forma muito positiva e estamos agradecidos”,
assegura González, presidente da ARMH.
Laura García Lorca ressalta que esse é um tema prioritário para eles.
Além da dor que isso implica para sua família. “Abrir uma vala é espantoso para
todos. Pode ser um consolo para alguns, uma tranqüilidade; mas para mim,
pessoalmente, gera inquietude, sobretudo quando não foi solicitado”. O tema tem
a ver com a expressão “abrir e fechar feridas”, que para ela é confusa e pode ser
manipulada. “Antes de mais nada, prevalece o sentimento próprio, mais íntimo. No
meu caso, cavar essa vala não implica fechar nenhuma ferida. Pode ser que as
abra de novo”.
Referência bibliograficas
Francisco Franco.http://joaoalfandega.google
pages.com/franciscofranco. Acessado em 20/4/2009
Franco y la masonería
http://retratosdelahistoria.lacoctelera.net/post/2008/08/16/franco-masoneria.
Acessado em 18/4/2009
Nazismo
De acordo com o livro Mein Kampf ("Minha Luta"); Hitler desenvolveu as
suas teorias políticas pela observação cuidadosa das políticas do Império Austro-
Húngaro. Ele nasceu como cidadão do Império e acreditava que a sua diversidade
étnica e lingüística o enfraquecera. Também via a democracia como uma força
desestabilizadora, porque colocava o poder nas mãos das minorias étnicas, que
tinham incentivo para enfraquecer e desestabilizar mais o Império, diferentemente
da ditadura, que colocava o poder nas mãos de indivíduos restritos e
intelectualmente favoráveis.
O centro da ideologia nacional-socialista é a raça. A teoria nazista defende
que a raça ariana é uma raça-mestra, superior a todas as outras.
A Raça Ariana
O conceito de raça ariana teve seu auge do século XIX até a primeira
metade do século XX, uma noção inspirada pela descoberta da família de línguas
indo-européias. Os etnólogos do século XIX propuseram que todos os povos
europeus de raça branca eram descendentes do antigo povo ariano. A palavra
ariano, ao referir-se a um grupo étnico, tem várias significações. Refere-se, mais
especificamente, ao subgrupo dos indo-europeus, que se estabeleceu no planalto
iraniano desde o final do terceiro milénio a.C. e que povoou a Península da Índia
por volta de 1500 a. C., vindo do norte, pelo Punjabe, disseminando-se pela Índia,
Pérsia e regiões adjacentes.
65
39
Niilismo é um termo e um conceito filosófico que afeta as mais diferentes esferas do mundo
contemporâneo (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral). É a desvalorização e
a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais se
depreciam e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente
em discussão. A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está
despedaçada e torna-se difícil prosseguir no caminho, avistar um ancoradouro".
68
O inicio
Quando Adolf Hitler subiu ao poder, dez Grandes Lojas da Alemanha foram
dissolvidas. Muitos dentre as mais eminentes personalidades e membros da
Ordem foram enviados para campos concentração. A Gestapo apreendeu listas da
filiação das Grandes Lojas e saquearam suas bibliotecas e coleções de objetos
Maçônicos. Muito desse saque, em seguida, foi exibido em uma “Exposição Anti-
Maçônica” inaugurado em 1937 pelo Dr. Joseph Goebbels em Munique. A
Exposição incluíu mobiliario completo de Templos Maçônicos.
os seus seis filhos pequenos. Pouco depois, Goebbels e sua mulher cometeram
suicídio.
O terrível campo de
concentração de Dachau
na Bavária, Alemanha.
mantinha uma relação tensa. Quisling reinstalou-se no poder em Fevereiro de 1942 e colabora activamente
com o ocupante nazi, quer na deportação da população judia, no combate aos resistentes ao lado da Gestapo
ou convidando os jovens noruegueses a integrar as Waffen SS. Preso após a capitulação alemã (9 de Maio
de 1945), Quisling foi julgado e condenado por alta traição. Foi fuzilado em 24 de Outubro de 1945 em Oslo. A
palavra "quisling" entrou na língua norueguesa e noutras línguas como sinónimo de traidor à pátria.
41
A França de Vichy (em francês chamada hoje de Régime de Vichy ou Vichy; na altura autotitulava-se de
État Français) foi o Estado francês dos anos 1940-1944, o qual era um governo fantoche da influência Nazi,
opondo-se às Forças Livres Francesas, baseadas inicialmente em Londres e depois em Argel. Foi
estabelecido após o país se ter rendido à Alemanha em 1940, na Segunda Guerra Mundial. Recebe o seu
nome da capital do governo, a cidade de Vichy, a sudeste de Paris, próximo de Clermont-Ferrand.
42
Hermann Wilhelm Göring (ou Goering) (12 de janeiro de 1893, Rosenheim – 15 de outubro de 1946,
Nuremberg) foi um político e líder militar alemão, membro do Partido Nazista, Marechal do Reich,
comandante da Luftwaffe e segundo homem mais importante na hierarquia do III Reich de Adolf Hitler.
43
Wilhelm Frick (Alsenz, 12 de março de 1877 — Nurembergue, 16 de outubro de 1946) foi um político
nazista, ministro do Interior do Terceiro Reich, julgado e condenado à morte por crimes de guerra pelo
Tribunal de Nuremberg. Após a guerra, preso e julgado pelo Tribunal de Nuremberg, onde foi o único acusado
que se recusou a apresentar uma defesa, seu papel como formulador das Leis de Nuremberg e controlador
dos campos de concentração o fizeram ser considerado culpado por planejar e iniciar guerra de agressão,
crimes contra a paz e crimes contra a humanidade, sendo condenado à morte por enforcamento. Em 16 de
outubro de 1946, ele foi o sexto homem a deixar sua cela algemado, as 2:05 da madrugada, andar até o
patíbulo, ter a corda passada no pescoço, dizer as palavras “Vida longa à eterna Alemanha” e cair pelo
alçapão.
73
Wilhelm Frick.
A Propaganda Anti-Maçônica
Julius Streicher.
44
Julius Streicher (Fleinhausen, 12 de Fevereiro de 1885 — Nuremberga, 16 de Outubro de 1946) foi um
militar alemão, proeminente oficial nazi antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Ele publicava o jornal
nazista "Der Stürmer", o qual se tornaria parte da máquina de propaganda nazista. Chegou mesmo a publicar
livros infantis anti-semitas, incluindo um chamado Der Giftpilz (O cogumelo venenoso). Foi um dos principais
responsáveis pelo ambiente racista, xenófobo e anti-semita na Alemanha, que acabaria por culminar no
Holocausto.
74
Reinhard Heydrich.
45
Reinhard Tristan Eugen Heydrich (Halle an der Saale, 7 de Março de 1904 — Praga, 4 de Junho de
1942) foi um dos líderes da SS durante o regime nacional-socialista na Alemanha. Chegou a alcançar o posto
de General dentro da SS, a temida tropa de choque nazi.
75
Franklin Roosevelt.
46
A Schutzstaffel, ou SS, foi uma organização paramilitar ligada ao partido nazista alemão. Seu lema era
"Mein Ehre heißt Treue" ("Minha honra é a lealdade"). Da Stroßtrupp/Strosstrupp ("tropa de choque") de Adolf
Hitler (400 Sturmabteilung, SA, de elite, criada em 1921 por Ernst Röhm), nasceram em 1925 as SS
abreviatura de Schutzstaffel, ("esquadrão de proteção"), que em 1932 tinham 60.000 membros, dois anos
depois 100.000, 240.000 em 1939 e que, durante a Segunda Guerra Mundial, chegaram a um milhão de
homens.
76
Alfred Rosenberg.
47
Alfred Rosenberg (Reval, 12 de Janeiro de 1893 — Nuremberg, 16 de Outubro de 1946) foi um político e
escritor alemão, sendo o principal teórico do nacional-socialismo, sintetizado na obra O Mito do Século
XX("Der Mythus des zwanzigsten Jahrhunderts", 1930). Conselheiro de Adolf Hitler, chegando a ser ministro
encarregado dos territorios da Europa Oriental, em 1941, onde deportou e exterminou centenas de milhares
de pessoas, principalmente judeus. O Tribunal de Nuremberg o condenou à morte por enforcamento, pelos
crimes de guerra.
77
“Para fortalecer sua posição política, ele [o judeu] tenta derrubar as barreiras
raciais e civis que, por uma vez continuar a limitar-lhe a cada passo. Para esse
fim, ele luta com toda a tenacidade inata nele para a tolerância religiosa, e na
Maçonaria, que sucumbiu a ele completamente, ele tem um excelente instrumento
para a luta pelos seus objetivos e para colocá-los em prática. Os círculos
governamentais, os altos estratos da burguesia econômica e política que são
atraídos em sua rede pelas cordas da Maçonaria, e nem precisa suspeitar o que
esta acontecendo.”
"Só o mais amplo e profundo extratos da população, como tal, ou melhor, como
uma classe que está começando a acordar e lutar pelos seus direitos e liberdade,
ainda não podem ter percebido esses métodos. Porem isto é necessário mais do
que qualquer outra coisa, pois os judeus sentem a possibilidade da sua ascensão
a um papel dominante existe somente se algo a frente deles clarear o caminho e
esse algo pode ser reconhecido na burguesia. Os burgueses, contudo não podem
ser capturados na fina rede da Maçonaria, não sem a utilização de meios menos
dramáticos. Então a Maçonaria se une aos judeus a través de uma segunda arma:
a imprensa. Com toda a sua perseverança e destreza ele (o judeu) aproveita e se
apossa dela. Com ela ele lentamente começa a agarrar e preparar uma armadilha
para guiar e empurrar toda a vida publica, visto que ele esta numa posição onde
pode criar algo conhecido como “opinião pública”, que é melhor conhecida hoje do
que a poucas décadas."
fascista48, será, no decurso dos anos fará com que o Governo italiano sirva os
interesses do povo italiano mais e mais, sem olhar para o mundo judeu".
"A paralisia geral nacional pacifista do instinto de auto preservação iniciada pela
Maçonaria nos círculos chamados de intelligentsia49 é transmitida para as grandes
massas e, sobretudo, para a burguesia pela atividade dos grandes jornais que
hoje são de judeus.”
Resistência Maçônica50
48
fascismo é uma doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919,
durante seu governo (1922–;1943 e 1943–;1945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos políticos
ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também
de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo
cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas
italianos também ficaram conhecidos pela expressão camisas negras, em virtude do uniforme que
utilizavam.
49
A palavra intelligentsia, como o conceito que designa, é de origem russa e foi inventada a certo
momento algures entre a década de 1860 e 1870. Não significava simplesmente o conjunto de pessoas
instruídas. E também não, sem dúvida, simplesmente os intelectuais nessa qualidade.
50
Título original: Para não esquecer de autoria do Irmão Felisberto S. Rodrigues, M.I. M.R.A
Publicado na revista maçônica “Engenho & Arte” n° 1 0 de outubro de 2002.
79
O Miosótis
Outra história diz que Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden,
não viu a pequena flor azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os
nomes tinham sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente
e sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou:
“- E eu, Adão, qual o meu nome?” Impressionada com a beleza singela da flor e
para compensar seu esquecimento, Adão falou: “ – Como eu me esqueci de você
antes, digo que vou chama-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será
não-te-esqueças-de-mim.”
Através de todo o período negro do nazismo, a pequenina flor azul identificava um
Irmão. Nas cidades e até mesmo nos campos de concentração, o miosótis
adornava a lapela daqueles que se recusavam a permitir que a Luz se
extinguisse.6
história.
Foi assim que essa mimosa florzinha azul, tão despretensiosa, transformou-
se num significativo emblema da Fraternidade – talvez hoje o mais usado pelos
maçons alemães. Ainda hoje, na maioria das Lojas germânicas, o alfinete de
lapela com o miosótis é dado aos novos Mestres, ocasião em que se explica o seu
significado para que se perpetue uma história de honra e amor frente à
adversidade, um exemplo para as futuras gerações Maçônicas de todas as
nações.
82
Referências bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Povo_ariano
http://www.ushmm.org/wlc/media_da.php?lang=en&ModuleId=10007187&MediaId
=5797
sido muito marcado pelo seu estilo pessoal de governação. O Estado Novo,
todavia, abrange igualmente o período em que o sucessor de Salazar, Marcello
Caetano, chefiou o governo (1968-1974). Caetano assumiu-se como "continuador"
de Salazar, mas vários autores preferem autonomizar este período do Estado
Novo e falar de Marcelismo. Marcello Caetano51 ainda pretendeu rebatizar
publicitariamente o regime ao designá-lo por Estado Social, "mobilizando uma
retórica política adequada aos parâmetros desenvolvimentistas e simulando o
resultado de um pacto social que, nos seus termos liberais, nunca existiu", mas a
designação não se enraizou.
51
Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de Agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 26 de Outubro
de 1980) foi um jurista, professor universitário de direito, historiador e político, tendo sido o último Presidente
do Conselho do Estado Novo. Exerceu cargos políticos e governativos de destaque no Estado Novo, sendo
ministro das Colónias (1944-1947), presidente da Câmara Corporativa e ministro da Presidência do Conselho
de Ministros (1955-1958). Nesta última data, na sequência de uma crise política interna do regime, viu-se
afastado por Salazar da posição de número dois do regime, aceitando porém assumir funções destacadas no
partido único União Nacional, como presidente da comissão executiva da UN. Regressado à vida académica,
foi reitor da Universidade de Lisboa de 1959, até se demitir, em 1962, no seguimento da Crise Académica
desse ano e da ação brutal da polícia de choque contra os estudantes na cidade universitária. Tendo afirmado
não voltar à vida política e pedido a sua exclusão do Conselho de Estado, de que era membro vitalício, não
explicou nas suas memórias por que razão, em 1968, na altura do afastamento de Salazar, voltou a esse
mesmo Conselho e acabou por ser nomeado Presidente do Conselho de Ministros. Foi o fundador do
moderno Direito Administrativo Português, cuja disciplina sistematizou e ordenou; influenciou várias gerações
de juristas e, também, de governantes, no modo de pensar uma Administração Pública legal e sujeita ao
contencioso (embora limitado por considerações políticas). Foi professor de Ciência Política e Direito
Constitucional e também aqui deixou a mesma influência nos vindouros (estudaram-se, pela primeira vez, de
um ponto de vista jurídico e sistemático os problemas dos fins e funções do Estado, da legitimidade dos
governantes, dos sistemas de governo, etc.). Foi ainda um historiador de Direito de méritos pouco igualados,
designadamente, da Idade Média portuguesa. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, Marcelo Caetano foi
destituído de todos os seus cargos, exilando-se no Brasil com a família. O exílio permitiu-lhe evitar ser
judicialmente responsabilizado, mas lhe retirou o direito à pensão de reforma no fim da sua carreira
universitária. No Brasil prosseguiu a sua actividade académica como director do Instituto de Direito
Comparado da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Recebeu, também, o título de Professor
Honorário da Faculdade de Direito de Osasco, em São Paulo. Marcello Caetano morreu aos 74 anos, a 26 de
Outubro de 1980, vítima de ataque cardíaco. A sua morte aconteceu pouco tempo antes de ser publicado o I
volume (e único) da sua História do Direito Português, que abrange os tempos desde antes da fundação da
nacionalidade até ao final do reinado de D. João II (1495), incluindo um apêndice sobre o feudalismo no
extremo ocidente europeu. Morreu sem nunca ter desejado regressar a Portugal do exílio no Brasil, onde
morava no bairro carioca de Copacabana. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, na cidade
do Rio de Janeiro.
52
Charles Maurras (20 de Abril de 1868 - 16 de Novembro de 1952) foi um poeta monarquista francês, um
jornalista, dirigente e principal fundador do jornal anti-semita e germanófobo Action Française. Foi a figura
principal do movimento anti-Dreyfusard da Action Française. Salazar estudou cuidadosamente as suas ideias,
com as quais simpatizava.
53
O Integralismo Lusitano (IL) designa um agrupamento sócio-político tradicionalista português, activo e
influente entre 1914 e 1932 e, por intermédio dos seus dirigentes fundadores e discípulos, na oposição ao
Estado Novo de Oliveira Salazar.
54
Doutrina Social da Igreja é o conjunto dos ensinamentos contidos no Magistério da Igreja Católica
constante de numerosas encíclicas e pronunciamentos dos papas inseridos na tradição multissecular e que
tem suas origens nos primórdios do Cristianismo. Tem por finalidade fixar princípios, critérios e diretrizes
85
Salazar procurou então, com o apoio do General Carmona, dar um rumo estável à
Revolução Nacional que impedisse um "regresso à normalidade constitucional" da
Primeira República, para que alguns generais da Ditadura se inclinavam. Por isso,
em 1930, depois de vencida por Carmona a resistência do General Ivens Ferraz,
gerais a respeito da organização social e política dos povos e das nações. É um convite a ação. A finalidade
da doutrina social da Igreja é "levar os homens a corresponderem, com o auxílio também da reflexão racional
e das ciências humanas, à sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena."
55
Ditadura Nacional foi a denominação do regime saído da eleição por sufrágio universal do presidente da
República Óscar Carmona em 1928. Durou até 1933, ao ser referendada uma nova Constituição, que deu
origem ao Estado Novo. Foi antecedida pela Ditadura Militar (1926-1928).
86
A União Nacional era uma organização em parte idêntica aos partidos únicos dos
regimes autoritários surgidos na Europa entre as duas guerras mundiais, se bem
que, ao contrário desses, tivesse sido integralmente construída de cima para baixo
e não se apoiasse num pujante movimento de massas pré-existente. A União
Nacional, cujo papel foi sempre muito pouco determinante na prática política do
Estado Novo, simbolizava acima de tudo o carácter nacionalista, antidemocrático e
antipluralista do regime.
Em 1932 foi publicado o projeto de uma nova Constituição, que seria "aprovada"
por referendo popular em 1933 (embora o texto da constituição mencionasse
plebiscito, na realidade o que houve foi tecnicamente um referendo56). Nesse
referendo as abstenções foram contadas como votos "sim", falseando o resultado.
Com esta constituição, Salazar criou finalmente o seu modelo ditatorial, o Estado
Novo, e tornou-se o "Chefe" da Nação portuguesa. Não deixa contudo de ser
curioso que tenha sido essa a primeira constituição da História portuguesa a dar o
direito de voto às mulheres e a assegurar determinadas regalias para as
chamadas classes operárias.
56
Referendo é um instrumento da democracia semi-direta por meio do qual os cidadãos eleitores são
chamados a pronunciar-se por sufrágio direto e secreto, a título vinculativo, sobre determinados assuntos de
relevante interesse à nação. Em Portugal ocorre mediante proposta da Assembleia da República, ou do
Governo, ao Presidente da República que decide da sua realização. No Brasil, depende de expedição de
decreto legislativo pelo Senado ou pela Câmara dos Deputados, nos termos da Lei 9.709/98, para que seja
realizado. A diferença entre plebiscito e referendo no direito latino é que o plebiscito é convocado antes da
criação da norma (ato legislativo ou administrativo), e é o povo, por meio do voto, que vai aprovar ou não a
questão que lhe for submetida. Já o referendo é convocado após a edição da norma, devendo o povo ratificá-
la ou não. No direito anglo-saxonico os termos "plebiscite" e "referendum" são usados quase como sinónimos;
sua distinção é enevoada.
87
Para muitos, parece não haver dúvida que se trata de um regime fascista, quasi-
fascista ou, até, segundo o politólogo Manuel de Lucena, de um "fascismo sem
movimento fascista". Para outros, tratar-se-ia de um regime autoritário e
conservador de inspiração simultaneamente católica e fascizante (especialmente
88
durante a sua primeira fase, até ao final da Segunda Guerra Mundial) — o que,
por sua vez, tem levado certos autores a apontar a influência doutrinária do
denominado clero-fascismo (clerico-fascismo em italiano, clerical-fascism em
inglês), que aproximaria o Estado Novo do regime austríaco de Dollfuss (também
dito Austro-fascismo) e, em parte, do Franquismo. O Estado Novo, materialização
do pensamento político de Salazar, foi certamente um regime político com
algumas características singulares no panorama dos regimes autoritários do seu
tempo — como o foram, aliás, todos os outros movimentos e regimes autoritários
nascidos na Europa da primeira metade do século XX.
57
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO), por vezes chamada Aliança Atlântica,
é uma organização internacional de colaboração militar estabelecida em 1949 em suporte do Tratado do
Atlântico Norte assinado em Washington a 4 de Abril de 1949. Os seus nomes oficiais são North Atlantic
Treaty Organization (NATO), em inglês, e Organisation du Traité de l'Atlantique Nord (OTAN), em francês.
89
Hipólito Raposo.
Anti-parlamentarismo e anti-partidário
Esta medida, a par com a inviabilização dos partidos políticos que já tinham sido
ilegalizados na constituição original, sendo permitidos no entanto candidaturas de
movimentos independentes, levou a um aumento e a uma concentração dos
poderes no Presidente do Conselho de Ministros, que era já visto como o real
detentor dos destinos de Portugal.
58
Dá-se o nome de concordata ao tratado internacional celebrado entre a Santa Sé e um Estado, usualmente
com a finalidade de assegurar direitos dos Católicos ou da Igreja Católica naquele Estado. Muitas foram
assinadas quanto os Estados se laicizaram, como forma de garantir direitos para a Igreja e permitir sua
existência em tais países. Do ponto de vista histórico, também se dava o nome de concordata ao acordo entre
o Papa e um soberano, a qual vinculava o papado e o Estado governado pelo soberano.
92
59
A Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa de 1940, foi assinada no dia 7 de Maio de 1940,
durante o papado de Pio XII e o governo de António de Oliveira Salazar. Após a instauração da Primeira
República Portuguesa, em 1910, as relações entre a Igreja Católica e Portugal rapidamente se deterioraram,
ao ponto de a Santa Sé cortar as suas relações diplomáticas com Portugal. Em 1911, os dirigentes
republicanos de Portugal adoptaram uma série de medidas anticlericais, como por exemplo a Lei da
Separação do Estado da Igreja, de 20 de Abril, a proibição do culto público e a nacionalização dos bens da
Igreja. Com a queda da Primeira República, em 1926, a maioria destas medidas foram postas fora de uso. No
dia 6 de Julho de 1928, os dirigentes da Ditadura militar decretaram a reposição da paz entre o Estado e a
Igreja Católica. Mas, mesmo assim, as relações entre Portugal e a Santa Sé ainda não tinham sido
oficialmente definidas, suscitando-se ainda questões relacionadas com a lei da separação de 1911 e de
algumas medidas anticlericais.
93
Lemas
• "Orgulhosamente sós"
Revolução dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado militar[1] que derrubou,
num só dia, sem grande resistência das forças leais ao governo - que cederam
perante a revolta das forças armadas - o regime político que vigorava em Portugal
desde 1926. O levantamento, também conhecido pelos portugueses como 25 de
Abril, foi conduzido em 1974 pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o
MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial.
Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo
português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal
para comemorar a revolução).
Antecedentes
Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura,
quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos
próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram
sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude
eleitoral e de desrespeito pelo dever de imparcialidade.
97
Nos inícios dos anos 1970 o regime autoritário do Estado Novo continuava a pesar
sob Portugal. O seu fundador, António Oliveira Salazar, foi destituído em 1968 por
incapacidade e veio a falecer em 1970, sendo substituído por Marcelo Caetano na
direcção do regime. Qualquer tentativa de reforma política foi impedida pela
própria inércia do regime e pelo poder da sua polícia política (PIDE). O regime
exilava-se, envelhecido num mundo ocidental em plena efervescência social e
intelectual de finais de década de 60, obrigando Portugal a defender pelas forças
das armas o Império Português, instalado no imaginário dos ideólogos do regime.
Para tal, o país viu-se obrigado a investir grandes esforços numa guerra colonial
de pacificação, atitude que contrastava com o resto das potências coloniais que
tratavam de assegurar-se da saída do continente africano da forma mais
conveniente.
A guerra colonial gerou conflitos entre a sociedade civil e militar, tudo isto ao
mesmo tempo que a fraca economia portuguesa gerava uma forte emigração.
Preparação
O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola
Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que
confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa
emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
Cravo
Consequências
60
Humberto da Silva Delgado (Brogueira, Torres Novas, 15 de Maio de 1906 — Villanueva del Fresno, 13
de fevereiro de 1965) foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de
tentativa de derrube da ditadura salazarista através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num
processo eleitoral que deu a vitória ao candidato do regime ditatorial vigente, Américo Tomás. Participou nas
eleições presidenciais de 1958, contra o almirante Américo Tomás (apoiado por Salazar), reunindo em torno
da sua candidatura toda a oposição ao regime. Numa famosa entrevista realizada pelo jornalista Mário Neves
em 10 de Maio de 1958 no café Chave de Ouro, quando lhe foi perguntado que postura tomaria face ao
primeiro-ministro (Presidente do Conselho dos Ministros) António de Oliveira Salazar, respondeu com a
célebre frase “obviamente, demito-o”, que ainda hoje é frequentemente citada na política portuguesa em
diversos contextos e variações. Foi a frase de declaração de guerra ao regime. Devido à sua coragem de
dizer em público palavras pouco respeitosas e agressivas para o regime e para Salazar, ele foi cognominado
ora de “General sem Medo” ora de “General sem Juízo”. Esta frase célebre incendiou os espíritos das
pessoas oprimidas pelo regime salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha com particular
destaque para a entusiástica recepção popular na Praça Carlos Alberto no Porto a 14 de Maio de 1958. Nas
eleições presidenciais de 1958 acabou por ser derrotado graças à gigantesca fraude eleitoral montada pelo
regime. Em 1959, na sequência da derrota, vítima de represálias por parte da polícia política, pede asilo
político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio na Argélia. Convencido de que o regime não
poderá ser derrubado pelos meios pacíficos procura atrair as chefias militares para um golpe de Estado. Este
golpe foi por fim executado em 1962 e planeou tomar de assalto o quartel de Beja e outras posições
estratégicas e importantes de Portugal. A revolta fracassou. Pensando vir ao encontro de opositores do
regime do Estado Novo, confiando em Mário de Carvalho, dirige-se a Badajoz. Ao seu encontro, na fronteira
Espanhola em Villanueva del Fresno (Espanha, nos arredores de Olivença), é enviado um comando da PIDE,
liderado por Rosa Casaco que o assassinou a tiro (quem o matou foi Casimiro Monteiro, facto provado em
tribunal. Ver o video da RTP que serve de referência), bem como à sua secretária. Morre assim na fronteira,
sem ter conseguido regressar a Portugal, no dia 13 de Fevereiro de 1965. Em 1990 foi nomeado Marechal da
Força Aérea. O seu corpo está, agora, no Panteão Nacional.
103
61
Breve historial da Maçonaria Carbonária em Portugal
I r m ã o A . M . G o n ç a l v e s M e s t r e M a ç o m , R.L. Anderson nº 16, Grande Loja Regular de
Portugal/GLLP, 14º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.
http://www.triplov.com/Venda_das_Raparigas/2008/Carbonaria-em-Portugal/Parte4.html.
62 António Óscar de Fragoso Carmona (Lisboa, 24 de Novembro de 1869 — Lisboa, 18 de Abril de 1951)
foi um político e militar português, filho e neto de militares, e foi o décimo primeiro Presidente da República
Portuguesa (primeiro do Estado Novo). Estudou no Colégio Militar em Lisboa. Carmona foi um dos
conspiradores do 28 de Maio 1926, assumiu o poder após o derrube do general Gomes da Costa, como
Presidente do Conselho de Ministros (9 de Julho de 1926), sendo nomeado Presidente da República em 16
de Novembro de 1926. Foi eleito em 1928, ainda durante a Ditadura Militar, dando início ao período
denominado Ditadura Nacional, e, já na vigência da Constituição de 1933, em 1935, 1942 e 1949, não
concluindo o último mandato por ter falecido no decurso do mesmo. Óscar Carmona foi nomeado marechal do
exército em 1947.
104
Sendo alguns dos seus chefes Maçons a Maçonaria teve até 1929 plena liberdade
de ação, embora se começasse a sentir, gradualmente, o emergir de um aceso e
virulento conservadorismo, apoiado pelas forças próximas da Igreja Católica, de
há muito adversárias da Maçonaria e dos princípios defendidos pelos Franco-
Maçons.
Elemento fundamental nesta conjuntura foi a nomeação do Professor António
Oliveira Salazar63 como Ministro das Finanças do novo ministério chefiado pelo
Coronel Valente de Freitas, que aceitaria a nomeação com a condição de
superintender sobre as despesas de todos os ministérios.
63
António de Oliveira Salazar GO TE* (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de Abril de 1889 — Lisboa, 27 de
Julho de 1970) foi um estadista, político português e professor da Universidade de Coimbra. Notabilizou-se
pelo facto de ter exercido, de forma autoritária e em ditadura, o poder político em Portugal entre 1932 e 1968.
Foi também ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas
portuguesas. Instituidor do Estado Novo (1933-1974) e da sua organização política de suporte, a União
Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal, como Presidente do Conselho de Ministros, entre 1932 e
1968. Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orienta-se para um corporativismo de Estado
autoritário, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu
nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de protecionismo e isolacionismo de natureza fiscal,
tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grande impacto sobretudo até aos anos
sessenta.
*GO TE: Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito. A Ordem Militar da Torre e Espada,
oficialmente designada por Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, é uma das ordens
honoríficas portuguesas que apenas pode ser conferida em três casos:
. Por méritos excepcionalmente relevantes demonstrados no exercício de funções dos cargos supremos que
exprimem a actividade dos órgãos de soberania ou no comando de tropas em campanha;
. Por feitos de heroísmo militar e cívico;
. Por atos excepcionais de abnegação e sacrifício pela Pátria e pela Humanidade.
Tem a sua origem histórica na Ordem da Torre e Espada, fundada por Afonso V de Portugal em 1459.
105
O sucesso de Oliveira Salazar nas Finanças numa gestão de apertado rigor deu-
lhe as condições políticas para a sua ascensão a chefe do governo em Julho de
1932, com o apoio do capital financeiro, da Igreja, da maioria do exército, dos
intelectuais conservadores e dos monárquicos.
64
Ver nos anexos a historia do Grande Oriente Lusitano Português.
106
Ramón de la Féria.
Este período corresponde também ao ataque das forças do novo regime contra as
instituições Maçônicas. Em 16 de Abril, o Grémio Lusitano, sede do Grande
Oriente é assaltado por forças da Guarda Nacional Republicana e da polícia,
sendo ao mesmo tempo presos todos os Maçons que ali se encontravam e
apreendido e destruído diversos materiais que ali se encontravam. A partir de
Maio de 1929 e até ao ano seguinte o Palácio Maçônico encerra as suas portas
para evitar a repetição de desacatos.
65
Conciliábulo" pode ser definido como pequeno concílio (que é a reunião de bispos em assembléia).
O têrmo pode ser aplicado, por extensão, a várias outras circunstâncias, como reunião secreta,
conspiração, etc.
107
Um ano depois perante a Grande Dieta, o General Norton de Matos dando eco ao
agravamento da situação política no país, apela «à luta incansável contra a
ditadura e a necessidade de travar o último combate contra a definitiva e completa
vitória reacionária» A concluir, profeticamente, prediz que «se a reação vencesse
uma longa época de marasmo, de inércia forçada, de desanimo e de tristeza cairia
sobre Portugal». A supressão das idéias liberais e dos princípios da tolerância e
do dissenso é acompanhada da deportação, demissão da função pública, e
colocação na miséria de muitos maçons e outros opositores ao regime. Por falta
de obreiros ou por impossibilidade de trabalhar simplesmente, dezenas de lojas e
triângulos são obrigadas a cessar a sua atividade e abatem colunas. Os anos de
1931 a 1935 são de gradual enfraquecimento da maçonaria e de uma perseguição
constante. Em 1930 havia sido criada a União Nacional, pretensamente uma
organização não-partidária, assumindo-se como a base de apoio político ao
governo. A União Nacional rapidamente se revelou um partido único que Salazar,
o seu chefe incontestado, manobrava a seu belo prazer. Em fins de 1934
realizam-se as primeiras eleições depois do golpe de 1926, concorrendo
unicamente a União Nacional, a qual fica a controlar os 90 deputados da
Assembléia Nacional. Entretanto havia sido iniciada a extinção dos partidos
66
José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos (Ponte de Lima, 23 de Março de 1867 — Ponte de Lima,
Portugal, 3 de Janeiro de 1955) foi um general e político português. Foi eleito grão-mestre da Maçonaria do
Grande Oriente Lusitano. Em 1948, participou nas eleições presidenciais de 1949, reivindicando a liberdade
de propaganda e uma melhor fiscalização dos votos. O regime de Salazar recusou-se a satisfazer estas
exigências. Obteve vastos apoios populares e apoio de membros da oposição. Devido à falta de liberdade no
acto eleitoral, e prevendo fraudes eleitorais, ele acabou por desistir depois de participar em comícios e outras
manifestações de massas.
108
67
Professor de direito. Maçom. Foi apoiante do franquismo e, depois, do salazarismo, onde exerceu o cargo
de Presidente da Assembleia Nacional (1935-1945). Director da Faculdade de Direito de Coimbra em 1915,
data em que também assume o cargo de Vice-Reitor da Universidade. É membro do júri que leva Salazar à
docência, em 1917. Vogal do Conselho Político Nacional em 1931. O principal cultor português do direito
processual civil, é um dos autores da reforma do mesmo, em 1933-1935. Deputado desde 1934, torna-se
também dirigente da União Nacional. Retira-se da vida política e do ensino em 1946. Autor de Ciência Política
e Direito Constitucional [1908].
109
Está por se fazer, em grande parte, a história da atividade Maçônica sob regime
salazarista e marcelista, mas parece seguro afirmar-se que número significativo de
Maçons escolheram o exílio e aí continuaram a desenvolver a sua atividade
Maçônica em lojas dos países de acolhimento[64]. Em 1974, nas vésperas da
Revolução dos Cravos haveria somente três ou quatro lojas em funcionamento a
Simpatia e União, Liberdade e José Estêvão.
Por iniciativa de Adão e Silva e Dias Amado haviam sido criados pentágonos por
forma difundir, na clandestinidade, as idéias da Maçonaria. Também por se fazer
está a história da atividade de maçons estrangeiros ligados às embaixadas e às
68 A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), foi a polícia política portuguesa entre 1945 e 1969. A
PIDE foi criada pelo Decreto-Lei n.º 35 046, de 22 de Outubro de 1945, substituindo a Polícia de Vigilância e
Defesa do Estado, de quem herdou a estrutura, métodos e funções. Apresentada como um "organismo
autónomo da Polícia Judiciária", nos moldes da Scotland Yard, a PIDE foi realmente uma polícia política cuja
principal função consistiu na repressão de qualquer forma de oposição ao Estado Novo de Oliveira Salazar. A
função da PIDE ia além da de polícia política, sendo igualmente responsável pelo controlo de estrangeiros e
fronteiras, pela informação e contra-espionagem, pelo combate ao terrorismo e pela investigação de crimes
contra a segurança do estado. A PIDE exercia actividade em todo o território português no sentido de evitar
dissidências nas organizações civis e militares, usando meios e métodos baseados nas técnicas alemãs
aplicadas na Gestapo, é considerada por muitos historiadores uma das polícias mais eficientes de sempre.
Justificava as suas actividades com o combate ao internacionalismo proletário e comunismo internacional.
110
Ramon La Féria, que foi Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano entre 1990 e
1993, encontra-se em câmara ardente no palácio da Maçonaria, em Lisboa e foi
sepultado no domingo, dia 26. O antigo Grão-Mestre morreu com 83 anos.
Nos anos 40, La Féria fez parte de um grupo de trabalho para a reforma do ensino
secundário em Portugal e a convite de Mário Soares ingressou na direcção
académica do MUD-Juvenil em 1946.
Devido à sua intensa ação contra o regime fascista, viria a ser detido várias vezes,
nomeadamente nos anos 40, quando esteve preso cinco meses na cadeia do
Aljube por ter assinado um documento contra a polícia política.
111
Em 1952 foi preso como oficial miliciano participante numa revolta militar contra o r
regime de Salazar, conjuntamente com o capitão Henrique Galvão e outros
oficiais, permanecendo dois meses e meio nas cadeias do Aljube e Caxias.
Em 1968 voltaria a ser preso em Caxias, acusado mais uma vez de ser um dos
responsáveis de uma acção militar contra o regime fascista.
69
António José de Almeida (Vale da Vinha, Penacova, 27 de Julho de 1866 — Lisboa, 31 de Outubro de
1929) foi um político republicano português, sexto presidente da República Portuguesa de 5 de Outubro de
1919 a 5 de Outubro de 1923.
112
Mário Soares, aqui veio depositar uma coroa de flores, imediatamente antes de
ter tomado posse na sua primeira eleição para a Presidência da República, sendo
saudado e aclamado efusivamente pelos Diretores dos Centros Escolares
Republicanos.
113
Referências bibliográficas
O Fascismo
Benito Mussolini
socialista e mais tarde um marxista. Foi influenciado por aquilo que leu de
Friedrich Nietzsche71, e uma outra doutrina muito corrente do tempo e que o
influenciou foi a do "sindicalismo revolucionário", sustentada pelo escritor francês
Georges Sorel72 (1847-1922).
Já mesmo na escola, com apenas onze anos, Benito deu mostras de um carácter
violento ao esfaquear um dos seus colegas e atirar tinta ao professor. Foi expulso
da escola. Apesar disso continuou os estudos e teve mesmo boas notas,
conseguindo qualificar-se como professor da escola primária em 1901.
Em 1902 emigrou para a Suíça para fugir ao serviço militar, mas, incapaz de
encontrar um emprego permanente, tendo sido até mesmo preso por
vagabundagem, ele foi expulso. Foi deportado para a Itália, onde foi forçado a
cumprir o serviço militar. Depois de novos problemas com a polícia, ele conseguiu
um emprego num jornal na cidade de Trento (à época sob domínio austro-
húngaro) em 1908. Foi nesta altura que escreveu um romance, chamado A
amante do cardeal.
Mussolini tinha um irmão, Arnaldo, que se tornou um conhecido teórico do
fascismo. Uniu-se informalmente com Rachele Guidi e em 1910 nasceu a primeira
filha, Edda. Contraiu matrimônio civil somente cinco anos mais tarde. Em 1916
nasce Vittorio, em 1918 Bruno, em 1927 Romano73 e em 1929, Anna Maria.
No início da sua carreira de jornalista e político foi um tenaz propagandista do
socialismo italiano, em defesa do qual escreveu vários artigos no jornal
esquerdista Avanti, de que era redator-chefe. Em 1914, dirigiu o jornal Popolo
d'Itália, onde defendeu a intervenção italiana em favor dos aliados e contra a
Alemanha. Expulso do Partido Socialista Italiano, alistou-se no exército, quando a
Itália entrou na Primeira Guerra Mundial e alcançou a patente de sargento, vindo a
ser ferido em combate por uma granada.
Em 1919, fundou os Fasci Italiani di Combatimento, organização que originaria,
mais tarde, o Partido Fascista. Baseando-se numa filosofia política teoricamente
socialista, conseguiu a adesão dos militares descontentes e de grande parte da
população, alargou os quadros e a dimensão do partido. Sua oratória era tão
francesa, derrubar o imperador e restaurar a república, assim como por seus esforços em modernizar o país,
Juárez é frequentemente lembrado como o maior e mais amado líder mexicano. Foi o primeiro indígena a
servir como presidente do México e a comandar um país ocidental em mais de 300 anos.
71
Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900) foi um
influente filósofo alemão do século XIX.
72
Georges Eugène Sorel (2 de novembro de 1847 – 29 de agosto de 1922) engenheiro formado pela École
Polytechnique e teórico do sindicalismo revolucionário, muito popular na França, na Itália e nos Estados
Unidos.
73
Romano Mussolini (Forlì, 26 de setembro de 1927 — Roma, 3 de fevereiro de 2006) foi o terceiro e mais
jovem filho de Benito Mussolini. Nunca se envolveu na política, tendo sido um notável pianista de jazz e pintor.
Também atuou brevemente como cineasta. Romano estudou música desde criança, tocando peças clássicas
com seu pai no violino. O jazz foi banido da Itália durante o regime fascista, mas Mussolini desenvolveu um
especial afeto por este gênero depois da guerra. Casado com Anna Maria Scicolone, irmã da atriz Sophia
Loren, teve duas filhas, Elisabetta e Alessandra. Esta última é atualmente deputada no Parlamento Europeu
por um partido de direita italiano. Com sua segunda esposa, a atriz Carla Puccini, teve sua terceira filha,
Rachele, que recebeu o nome de sua mãe Rachele Guidi. Romano era muito reservado quanto à sua família.
Somente em 2004 que publicou um livro intitulado "Il Duce, mio padre" (O Duce, meu pai), seguido por um
livro similar em 2005, com uma coletânea de memórias pessoais e confidênciais sobre seu pai.
116
notável – possuía uma bela voz digna de um barítono – quanto seu uso eficaz de
propaganda política.
Após um período de grandes perturbações políticas e sociais, período em que
alcançou grande popularidade, guindou-se a chefe do partido (Duce).
Em 1922 organizou, juntamente com Bianchi, De Vecchi, De Bono e Italo Balbo74,
a famosa marcha sobre Roma, um golpe de propaganda. O próprio Mussolini nem
sequer esteve presente, tendo chegado de comboio.
Usando as suas milícias (chamadas de camicie nere (camisas negras) para
instigar o terror e combater abertamente os socialistas, conseguiu que os poderes
investidos o nomeassem para formar governo. Foi nomeado Primeiro Ministro pelo
rei Vítor Manuel III, alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente,
poderes absolutos no governo do país.
A Marcha sobre Roma foi uma vasta manifestação fascista, com característica de
golpe de estado, ocorrida em 28 de outubro de 1922 na capital da Itália, com o
afluxo na cidade de dezenas de milhares de militantes fascistas que reivindicavam
o poder político no reino. Este evento representou a ascensão ao poder do Partido
Nacional Fascista (PNF) e o fim da democracia liberal, pela nomeação de Benito
Mussolini a chefe de governo, pelo Rei Vítor Emanuel III.
74
Italo Balbo (Ferrara, Itália, 5 de Junho de 1896 — Tobruk, Líbia, 28 de Junho de 1940) foi um aviador,
militar e político italiano. Foi ministro da Aeronáutica do seu país e governador da Líbia, à época, colonia
italiana. Com apenas catorze anos de idade participou de uma revolta na Albânia sob o comando de Ricciotti
Garibaldi, filho de Giuseppe Garibaldi.
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Logo após a sua subida ao poder, iniciou uma campanha de fanatização que
culminaria com o aumento do seu poder, devido à interdição dos restantes
partidos políticos e sindicatos. Nessa campanha foi apoiado pela burguesia e pela
Igreja. Em 1929, necessitando de apoio desta e dos católicos, pôs fim à Questão
Romana (conflito entre os Papas e o Estado italiano) assinando a Concordata de
São João Latrão com Pio XI. Por esse tratado, firmou-se um acordo pelo qual se
criava o Estado do Vaticano, o Sumo Pontífice recebia indemnização monetária
pelas perdas territoriais, o ensino religioso era obrigatório nas escolas italianas, o
catolicismo virava a religião oficial da Itália e se proibia a admissão em cargos
públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina.
Somente então aliou-se de fato a Adolf Hitler, com quem firmaria vários tratados.
Em 1936, assinou com o Führer e com o Japão o Pacto Tripartite, pelo qual
Alemanha nazista, Itália e Japão formavam uma aliança político-militar que levaria
o mundo à Segunda Guerra Mundial.
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" Atirem aqui " (disse ele apontando para o peito). " Não destruam meu perfil ".
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Definição de fascismo
fascismo é uma corrente prática da política que ocorreu na Itália, opondo-se aos
diversos liberalismos, socialismos e democracias.
A palavra fascismo adquiriu o significado de qualquer sistema de governo que, de
maneira semelhante ao de Benito Mussolini, exalta os homens e usa modernas
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O termo latino fasces, na expressão fasces lictoris (em italiano, fascio littorio:
"feixe de lictor") refere-se a um símbolo de origem etrusca, usado pelo Império
Romano, associado ao poder e à autoridade. Era então denominado fasces
lictoriae, por ser carregado por um lictor, o qual, na Roma Antiga, em cerimónias
oficiais - jurídicas, militares e outras - precedia a passagem de figuras da suprema
magistratura, abrindo caminho em meio ao povo.
Modernamente, foi incorporado pelo regime fascista na Itália. No final do século
XIX, os fasci eram grupos políticos e paramilitares que constituíram a base do
movimento fascista.
Constitui-se de um feixe de varas de bétula branca, simbolizando o poder de punir,
amarradas por correias vermelhas (fasces), símbolo da soberania e a união.
Muitas vezes o feixe é ligado a um machado de bronze, que simboliza o poder de
vida e morte. É muito utilizado na heráldica, como símbolo da força da união em
torno do chefe. Aparece, por exemplo, no brasão de armas da França, neste caso,
associado à justiça, e nos Estados Unidos.
Fascio littorio
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75
Hubert Lagardelle (1874 — 1958) foi um pensador sindicalista francês, influenciado por Proudhon. Ele
moveu-se gradualmente para a direita e serviu como ministro do trabalho no regime de Vichy sob
Pierre Laval em 1942 e 1943.
76
Gustave Le Bon (7 de maio de 1841—13 de dezembro de 1931) foi um psicólogo social, sociólogo e
físico amador francês. Foi o autor de várias obras nas quais expôs teorias de características
nacionais, superioridade racial, comportamento de manada e psicologia de massas.
77
Giuseppe Mazzini (Gênova, 22 de junho de 1805 — Pisa, 10 de março de 1872) foi político e revolucionário
do movimento italiano chamado Risorgimento. Em 1830 tornou-se membro da Carbonária, uma sociedade
secreta com objetivos políticos. A sua atividade revolucionária o obrigou a refugiar-se em Marselha, onde
organizou um novo movimento político chamado Jovem Itália. O lema da sociedade era “Deus é o povo” e o
seu objetivo era a união dos estados italianos numa única república, que seria a única condição possível de
libertar o povo italiano dos invasores estrangeiros.
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Giuseppe Garibaldi.
Em 1932, Mussolini diz que o Fascismo terá recebido muitas influências, mas que
estas não constituíram o Fascismo: "um partido que governa totalitariamente uma
nação, é um fato novo na história". E acrescenta que "não há pontos de referência
ou de comparação" com os seus antecessores. No entanto, Mussolini diz também
no mesmo texto que o francês Ernest Renan teve "iluminações pré-fascistas" e
que o Fascismo fez seu o duplo conselho de Giuseppe Mazzini: "Pensamento e
Acção".
Benito Mussolini.
Muito tem sido escrito sobre como Maçonaria na Europa sofreu sob o regime
nazista durante a Segunda Guerra Mundial, mas, na Itália Mussolini e seus
Camisas Negras eram igualmente tão cruéis.
Os Maçons desfrutaram uma longa e ilustre história antes da tomada do poder por
Mussolini na Itália. A Maçonaria foi estabelecido em Florença pelo Duque de
Middlesex, em 1773 sob os auspícios da Grande Loja Inglaterra. Em 1862 o
Grande Oriente da Itália foi organizado, e Maçons estavam na linha da frente da
sua nação na intensa guerra de independência. Tanto Garibaldi e Mazzini foram
Grão Mestres. Maçonaria foi um refúgio, um santuário, para os cristãos, judeus e
homens decentes, que acreditavam na liberdade política e individual, em oposição
a ditadura, e tambem favoráveis ao governo constitucional.
In 1925, Mussolini reagiu aos protestos Maçônicos abolindo todas as sociedades
"secretas" e informando à imprensa mundial: "A Maçonaria deve ser destruida e os
Maçons não deveriam ter direito à cidadania na Italia.”
Em 1926, Gramsci78 subiria pela última vez a tribuna da Câmara dos Deputados
para denunciar a lei contra a maçonaria. Esta, segundo ele, seria apenas o
começo de uma nova onda contra as organizações operárias. Neste dia enfrentou
pessoalmente o próprio primeiro-ministro Benito Mussolini. A sua postura
combativa no parlamento, o seu desafio ao próprio Mussolini, colocou-o no centro
da mira dos fascistas. Por isto foi obrigado a entrar na clandestinidade, mas
recusou seguir o conselho dos membros da direção do Partido para que
abandonasse o país.
78
Antonio Gramsci (Ales, 22 de janeiro de 1891 — Roma, 27 de abril de 1937) foi um político, filósofo e
cientista político, comunista e antifascista italiano.
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Antonio Gramsci.
O General Luigi Cappello, agiu em defesa da Maçonaria, o que lhe custou a pena
de 30 anos de prisão.
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79
A Ação Integralista Brasileira (AIB) foi um partido político brasileiro, fundado em 7 de outubro de 1932,
por Plínio Salgado, escritor modernista, jornalista e político. Plínio Salgado desenvolveu o que viria a ser a
AIB, com a SEP (Sociedade de Estudos Paulista), que foi um grupo de estudo sobre os problemas gerais da
nação. Os estudos da SEP resultariam na criação da AIB, em 1932. A AIB a partir de então, firmou-se como
uma extensão do movimento constitucionalistaTão logo o partido iniciou suas atividades, influenciado pelo
fascismo italiano e pelo nazismo alemão, começaram a acontecer conflitos com grupos rivais, como a ANL, de
forma análoga aos conflitos entre partidos fascistas e socialistas em diversos países à época. Assim como
outros movimentos nacionalistas, o Integralismo brasileiro é considerado um movimento da classe média.
Os integralistas também ficaram conhecidos como camisas-verdes ou galinhas-verdes, devido aos uniformes
que utilizavam. A AIB, assim como todos os outros partidos políticos, foi extinta após a instauração do Estado
Novo, efetivado em 10 de novembro de 1937 pelo então presidente Getúlio Vargas.
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Plínio Salgado.
Em São Paulo, em 1934, a praça da Sé, marco zero da cidade, ficaria interditada,
das 22,30 hs do dia 7 de outubro até ao meio-dia do dia 8, porque, ali, na tarde do
dia 7, um domingo, durante cerimônia de entrega da bandeira de benção à
corporação, os camisas verdes provocariam grandes distúrbios, durante os quais
foram disparados tiros dos altos de diversos prédios. O prédio próprio da Loja
Piratininga, ali localizado, na época, embora nada sofresse e embora não
houvesse ninguém ali postado, que pudesse fazer os disparos, acabou sendo
atingido pela interdição.
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Plínio Salgado (São Bento do Sapucaí, 22 de janeiro de 1895 — São Paulo, 8 de dezembro de 1975) foi
um jornalista, intelectual e filósofo brasileiro que ajudou a fundar a Ação Integralista Brasileira, tornando-se o
chefe deste movimento nacional. O Integralismo de Plínio Salgado configurou-se como o maior movimento
nacionalista da história do Brasil. Foi deputado federal pelo estado do Paraná em 1958 e por São Paulo em
1962, ambos pelo Partido de Representação Popular (PRP), fundado por Plínio após voltar do exílio em
Portugal no ano de 1946. Foi também candidato à presidência da República, em 1955, obtendo cerca de 8%
dos votos. Após o Golpe de 1964 e a extinção do PRP, ele juntou-se ao partido político Arena e teve mais dois
mandatos de deputado federal: um em 1966 e outro em 1970. Aposentou-se da vida política em 1974. Foi
opositor do comunismo, do nazismo e do liberalismo. Tomou parte no Modernismo em seu aspecto
nacionalista e foi membro da Academia Paulista de Letras. Também fundou e dirigiu vários jornais
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Referencias bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Benito_Mussolini
http://pt.wikipedia.org/wiki/Benito_Ju%C3%A1rez
http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche
http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Sorel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio_Salgado
http://www.renato.burity.com.br/t-amaconariabrasileira.htm