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História e Geografia de Portugal 6º ano | O império

português, o poder absoluto, a sociedade de ordens e a


arte no século XVIII

BY LUIS CARRILHO · 5 DE DEZEMBRO DE 2011

O IMPÉRIO PORTUGUÊS, O PODER ABSOLUTO,


A SOCIEDADE DE ORDENS E A ARTE NO
SÉCULO XVIII

O IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS DO SÉC. XVIII

Colónias pertencentes a Portugal

No século XVIII o Império português era constituído por:

 Na Ásia: pelas cidades de Damão, Diu e Goa na Índia e ainda


por Macau e Timor;
 Em África: por Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe,
Angola e Moçambique
 Na América: pelo Brasil

Brasil
Neste período Portugal já não obtinha grandes lucros com o comércio
do Oriente (Índia) devido à concorrência com ingleses, franceses e
holandeses, por isso interessou-se mais em explorar o Brasil.

O tempo quente e húmido permitiu cultivar grandes quantidades de


cana-de-açucar que depois era trabalhada nos engenhos para ser
transformada em açucar.

Além do açúcar, o Brasil passou a ser bastante importante por causa


da descoberta de ouro e de pedras preciosas.

Bandeirantes: pessoas que foram para o interior do Brasil à procura


de ouro, pedras preciosas e de índios para escravizar. Fundaram
cidades e povoações o que permitiu alargar as fronteiras do Brasil
para além da linha de Tordesilhas.

Engenhos: conjunto de instalações que moem a cana-de-açúcar e a


transformam em açúcar.

Comércio triangular

Neste período desenvolveu-se o comércio entre três continentes:


Europa, América e África.

Movimentos da população

Da metrópole (Portugal):
 Milhares de colonos partiram para o Brasil em busca de
melhores condições de vida;
 Missionários também partiram para o Brasil com a missão de
expandir a fé católica.

De África:

 Milhares de escravos foram levados para o Brasil para trabalhar


nas plantações de cana-de-açucar, nos engenhos e na
exploração do ouro. Eram transportados em navios negreiros
em condições desumanas.

No Brasil:

 Os bandeirantes deslocaram-se para o interior do Brasil à


procura de ouro, pedras preciosas e de índios para os
escravizar;
 Os missionários também foram para o interior para evangelizar
os índios brasileiros e para os proteger da escravatura.

GOVERNO DE D. JOÃO V

A descoberta de ouro e de pedras preciosas desenvolveu o comércio


triangular que trouxe grandes riquezas a Portugal. D. João V tornou-se
num dos reis mais ricos da Europa e concentrou em si todos os
poderes passando a governar como um rei absoluto.
Monarquia absoluta: regime em que o rei concentra em si todos os
poderes.

Poderes do rei:

 Legislativo: fazia as leis


 Executivo: fazia cumprir as leis
 Judicial: julgava quem não cumpria as leis

A vida da corte

 Vivia em luxo e ostentação


 Realizavam-se bailes, teatros, concertos, banquetes e cortejos
para mostrar a sua riqueza

A nobreza

 Tentava imitar a corte no vestuário, na habitação e nos


divertimentos.

O clero

 Construiu igrejas e conventos e adornou outras


 Tinha um grande poder e criou o Tribunal de Inquisição que
perseguia e condenava à morte quem estivesse contra a Igreja
Católica, quem praticasse outra religião ou quem fosse suspeito

Cristãos-novos: nome dado a quem aceitava converter-se à religião


católica. No entanto, muitos foram perseguidos e condenados à morte
por suspeita de praticarem outras religiões em segredo.

Autos-de-fé: cerimónias públicas onde os condenados eram


torturados e queimados vivos.

A burguesia

 A alta burguesia enriqueceu com o comércio e tentou imitar o


modo de vida da nobreza
 Estes burgueses conviviam em clubes e cafés com artistas,
escritores e políticos

Povo

 Continuava a viver em grandes dificuldades

GRANDES CONSTRUÇÕES
Parte das riquezas obtidas com o ouro brasileiro foi gasta na
construção de grandes palácios e conventos.

Por iniciativa régia (do rei):

 Aqueduto das Águas Livres


 Palácio e Convento de Mafra
 Capela de S. Batista

Por iniciativa da nobreza:

 Solar de Mateus
 Palácio dos Condes de Anadia
 Palácio do Freixo

Por iniciativa do clero:

 Torre dos Clérigos

Estilo Barroco

O estilo que caracterizava estas construções era o Barroco.

Características do estilo barroco:

 Grandiosidade
 Revestimento em talha dourada, azulejo e mármore
 Decoração abundante com curvas
 Abundância de estátuas

LISBOA POMBALINA

Governo de D. José I

Em 1750, D. José I sobe ao trono e nomeia Sebastião José de


Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, como ministro.

Terramoto de 1755

Lisboa ficou praticamente destruída após o terramoto de 1755:

 Morreram cerca de 10 000 pessoas


 Grande maior parte dos edificios ficaram em ruínas
 Perderam-se muitos tesouros como livros, manuscritos, quadros
e objetos de ouro e de prata

Ação do Marquês de Pombal após o terramoto

 Mandou enterrar os mortos e socorrer os feridos


 Mandou policiar as ruas e os edifícios mais importantes para
evitar roubos
 Encarregou o engenheiro Manuel da Maia e o arquiteto Eugénio
dos Santos elaborar um plano de reconstrução da baixa de
Lisboa

Características da nova Lisboa

A baixa de Lisboa é conhecida por baixa pombalina porque o


responsável pela sua reconstrução após o terramoto foi o Marquês de
Pombal. Esta reconstrução caracterizou-se por várias inovações:

 Ruas largas
 Passeios calcetados
 Traçado geométrico
 Prédios da mesma altura com fachadas iguais e dotados de um
sistema de madeira anti-sísmico
 Rede de esgotos

O Terreiro do Paço deu lugar à Praça do Comércio em homenagem


aos burgueses que contribuíram com dinheiro para a reconstrução de
Lisboa.

Situação de Portugal neste período

O reino português encontrava-se em crise:

 O comércio enfrentou uma grande concorrência estrangeira que


impediu o seu crescimento
 A agricultura e a indústria não produziam o suficiente, portanto
Portugal tinha que comprar quase tudo ao estrangeiro
 Chegava cada vez menos ouro do Brasil, por isso deixou de
haver dinheiro para importar tantos produtos
 O terramoto de 1755 veio agravar ainda mais a situação do país

Reformas pombalinas

Para resolver a grave situação que enfrentava Portugal, Marquês de


Pombal decidiu fazer várias reformas:

 Reformas económicas:
o Desenvolveu a indústria apoiando fábricas antigas e
criando novas
o Criou companhias de comércio

 Reformas políticas e sociais


o Perseguiu e retirou poder à Nobreza (retirou cargos e
riquezas e reprimiu quem se lhe opusesse)
o Diminuiu o poder do Clero, expulsando os Jesuítas
o Protegeu a Burguesia
o Extinguiu a escravatura no reino (embora continuasse a
existir nas colónias portuguesas)

 Reformas no ensino
o Criou escolas primárias
o Reformou a Universidade de Coimbra
o Extinguiu a Universidade de Évora que era controlada
pelos Jesuítas
Marquês de Pombal utilizou a Burguesia como motor de
desenvolvimento económico do país, e retirou poder às classes
privilegiadas, ou seja, ao Clero e à Nobreza.

Todas estas medidas, a nível social, político, económico e do ensino,


contribuíram para a modernização do país.
OS ALIMENTOS, NUTRIENTES E SUAS FUNÇÕES

A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA E SEGURA

Todos os animais, incluindo o homem, precisam de se alimentar para sobreviver. Porque são tão
importantes os alimentos?

Os alimentos são uma mistura de substâncias com o nome de nutrientes. Os


nutrientes existentes nos alimentos são fundamentais para a nossa existência
porque:

 fornecem energia ao organismo


 fornecem substâncias para o crescimento, manutenção e reposição dos
materiais do nosso corpo
 fornecem substâncias que regulam e protegem o organismo

Nutrientes e as suas funções

Proteínas ou Prótidos

 têm essencialmente função plástica, ou construtora. São importantes


para o crescimento e para o desenvolvimento intelectual.
o predominam na carne, peixe, ovos e leite, ou seja, alimentos de
origem animal

Glúcidos ou Hidratos de Carbono


 têm essencialmente função energética mecânica. Dão-nos energia
para as atividades do dia-a-dia e para as funções vitais do organismo.
o predominam nos cereais, massas, arroz, pão

Lípidos ou Gorduras

 têm essencialmente função energética calorífica. Permitem manter a


temperatura corporal.
o predominam no azeite, óleos, manteiga, banha, toucinho

Água

 tem função plástica e reguladora. É o nosso principal constituinte e é


fundamental para transportar materiais, eliminar substâncias tóxicas e
para regular a temperatura corporal.
o existe em todos os alimentos, essencialmente na fruta e nos
vegetais

Minerais

 têm função plástica e reguladora. Uns são constituintes dos ossos,


dentes e sangue e outros são protetores dos dentes e do sistema
nervoso.
o existem em praticamente todos os alimentos, essencialmente na
fruta e vegetais

Vitaminas

 têm função reguladora/protetora. São geralmente identificadas pelas


letras do alfabeto e cada uma têm uma função específica no organismo.
o encontram-se principalmente na fruta, nos vegetais e no leite
Fibras

 têm função reguladora. São importantes para o bom funcionamento do


intestino grosso.
o encontram-se nos alimentos de origem vegetal

Doenças provocadas pelo excesso ou carência de nutrientes

Carência de proteínas:

 atrasos de crescimento
 dificuldades de aprendizagem
 pouca resistência às doenças

Carência de glúcidos:

 perda de força e energia


 emagrecimento

Excesso de glúcidos e lípidos

 obesidade
 doenças cardiovasculares
 diabetes (açúcar no sangue)

Carência de vitaminas (avitaminoses)

 xeroftalmia (afeta a visão) – falta de vitamina A


 beribéri (afeta músculos e sistema nervoso) – falta de vitamina B
 escorbuto (afeta as gengivas e os dentes) – falta de vitamina C
 raquitismo (afeta os ossos) – falta de vitamina D

Carência de minerais

 desequilíbrios no organismo

Dieta Mediterrânea

Para evitar doenças provocadas pela carência ou excesso de nutrientes


devemos ter em conta a Pirâmide de Alimentação Mediterrânea. Permite-
nos fazer uma alimentação completa, equilibrada e variada, e um estilo de
vida saudável.

Na base da Pirâmide da Dieta Mediterrânica, encontram-se os alimentos que


devem sustentar a alimentação, e nos níveis superiores, os alimentos a serem
consumidos em quantidades moderadas.

Os elementos sociais e culturais característicos da forma de vida do


Mediterrâneo também são tidos em conta, bem como se dá primazia aos
produtos típicos regionais.
Hábitos alimentares corretos

 tomar pequeno-almoço completo


 não ficar mais de 3 horas sem comer
 fazer 4 a 6 refeições por dia
 aumentar o consumo de leite, peixe, fruta e legumes
 reduzir o consumo de gorduras, açúcar e sal
 fazer uma alimentação variada
 não comer em excesso

Conservação dos alimentos


Os alimentos podem ser prejudiciais à saúde se estiverem sujeitos ao contato
com ar, luz, água ou temperaturas altas, pois são condições favoráveis ao
aparecimento de microorganismos.

Para evitar que os alimentos se estraguem existem vários processos de


conservação:

 congelação
 pasteurização
 salga
 fumagem
 adição de conservantes

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