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26/08/2018

QUÍMICA ANALÍTCA
APLICADA
PROF. NÉLIA LIMA

AULA 01
GRAVIMETRIA
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
CUIDADOS, VANTAGENS E DESVANTAGENS
CÁLCULOS

Prof. Nélia Lima – Aula 01 Gravimetria 2

RAMOS DA QUÍMICA ANALÍTICA

QUALITATIVA

QUÍMICA
INSTRUMENTAL
ANALÍTICA

QUANTITATIVA GRAVIMETRIA

CLÁSSICA

VOLUMETRIA

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ANÁLISE GRAVIMÉTRICA

■ Um grande número de reações utilizadas em análise


qualitativa inorgânica envolve a formação de
precipitados*.
■ O precipitado pode ser cristalino** ou coloidal** e pode
ser removido da solução por filtração ou centrifugação.
(VOGEL, 1981)

* Precipitado é uma substância que se separa de uma solução, formando fase sólida.

** As partículas individuais de um colóide são menores que 10 -5mm em diâmetro, enquanto a de um precipitado cristalino são maiores.
Como consequência, precipitados cristalinos depositam-se relativamente rápido, enquanto partículas coloidais, não.

VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. 5ª Edição. Editora Mestre Jou. São Paulo, SP.

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ANÁLISE GRAVIMÉTRICA

■ A precipitação é provavelmente o método


prático mais usado em análise qualitativa. A
ocorrência de um precipitado, como
resultado da adição de um determinado
reagente pode ser utilizada como teste para
um íon específico, ou composto que contém
o íon (análise quantitativa gravimétrica).
(VOGEL, 1981)*

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COMO ESTUDAR ÍONS EM


AMOSTRAS SÓLIDAS?
■ Para se iniciar uma análise gravimétrica é necessário que o elemento desejado
esteja em solução. Para amostras no estado sólido, prepara-se uma solução
que realizará um tratamento químico (ataque químico) escolhido de acordo com
a natureza da amostra a ser analisada.

■ Esse tratamento químico, que pode ser suave ou enérgico, ácido ou básico, em
solução ou por fusão, é chamado usualmente de “preparo da amostra” (ou
abertura da amostra). (BACCAN, 2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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PREPARO DA
AMOSTRA
Também chamado de abertura da amostra, tem por objetivo tornar
disponíveis em solução os íons do analito pesquisado.

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PREPARO DA AMOSTRA
■ De um modo geral as seguintes opções são as mais
usuais no preparo (abertura) da amostra:

Solubilização com água –utilizada no caso de


sais solúveis. Ex.: solubilização de sal-gema (NaCl)

Solubilização com ácido clorídrico –utilizada


para solubilização de materiais carbonatos, de alguns
óxidos e de metais. Ex.: calcário (CaCO3), óxido de
ferro III (Fe2O3), óxido de manganês (MnO2), alumínio
metálico e zinco metálico. (BACCAN, 2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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PREPARO DA AMOSTRA
Solubilização com ácido nítrico – utilizada para solubilização de alguns óxidos e
metais. Ex.: óxido de Cobre (CuO), cobre metálico e prata metálica.

Solubilização com água régia – utilizada para solubilização de metais. Ex.: metais
nobres como ouro, prata, platina e paládio.

Solubilização com ácido fluorídrico – utilizada para análise de materiais silicosos.


Este tratamento é executado em cápsula ou cadinho de platina ou de Teflon. Ex.: silicatos,
areia, etc. (obviamente quando o elemento a ser determinado não é o silício, pois esta
espécie química, ao ser atacada com o ácido fluorídrico, forma o composta SiF4, volátil.

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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PRECIPITAÇÃO
DO ANALITO
Uma vez que os íons encontram-se em solução, é
possível escolher um agente precipitante adequado
para isolá-los (da maneira mais pura possível)
quantitativamente na forma de um precipitado
fracamente solúvel.

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PRECIPITAÇÃO DO ANALITO
■ Quando o objetivo da formação do precipitados a
separação de um ou mais íons, um reagente apropriado 1- Separação
(denominado agente precipitante)é adicionado, de por Filtração
maneira a reagir de forma seletiva com somente um ou
alguns dos íons presentes. Após a adição da quantidade
requerida do reagente, filtra-se (1) e lava-se (2) o
precipitado formado, conforme figura. Alguns íons
permanecem dissolvidos, enquanto os de interesse 2- Lavagem do
serão encontrados no precipitado. (VOGEL, 1981)* precipitado

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CARACTERÍSTICAS DOS
AGENTES PRECIPITANTES
Além da especificidade e da seletividade, o reagente precipitante ideal deve reagir com o
analito para formar um produto que seja:

– Facilmente filtrado e lavado para remoção de contaminantes (formar produto puro)

– De solubilidade suficientemente baixa para que não haja perda significativa do


analito durante a filtração e a lavagem (precipitado obtido deve ser altamente
insolúvel)

– Reação completa nas condições de análise. (Introdução à Química Analítica –


UFJF Prof. Maria Auxiliadora, 2015)

Introdução à química analítica UFJF (Prof. Maria Auxiliadora) - http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/04/aula-9-An%C3%A1lise-Gravimetrica-


QUI094-2015.1-.pdf acesso em 20 de fevereiro de 2018

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CARACTERÍSTICAS DO Dissolução
Sobrenadante ou
solução-mãe

PRECIPITADO
Numa separação quantitativa
o objetivo é ter o mínimo de
(ou nenhuma) perda

A fim de obter o máximo possível de separação


quantitativa, o precipitado deve ser:
– Suficientemente pouco solúvel para que as Suspensão Precipitado
perdas por solubilidade sejam desprezíveis;
Os precipitados constituídos por partículas grandes
– Facilmente filtrável e lavável;
são desejáveis nos procedimentos gravimétricos
– Não deve arrastar impurezas da solução em porque essas partículas são fáceis de filtrar e de
que é formado; lavar visando à remoção de impurezas, além de
– Isento de contaminação; serem mais puros que aqueles formados por
– Não deve ser reativo com o ar, a água... partículas pequenas. (Introdução à Química Analítica
– UFJF Prof. Maria Auxiliadora, 2015)

Introdução à química analítica UFJF (Prof. Maria Auxiliadora) - http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/04/aula-9-An%C3%A1lise-Gravimetrica-QUI094-


2015.1-.pdf acesso em 20 de fevereiro de 2018

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TIPOS DE PRECIPITADO
■ Os tipos de precipitado variam de acordo
com o tamanho e forma das partículas
produzidas. Existem os seguintes tipos de
precipitado:

– Cristalino

– Granular ou grumoso

– Coloidal tipo gelatinoso

– Finamente dividido

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TIPOS DE PRECIPITADO
Precipitado Cristalino

■ São os mais favoráveis para fins da análise


gravimétrica. As partículas do precipitado são cristais
individuais bem desenvolvidos. Elas são densas e
sedimentam rapidamente, são facilmente recolhidos
por filtração e, em geral, não se deixam contaminar.
(Introdução à Química Analítica –UFJF Prof. Maria
Auxiliadora, 2015)

Introdução à química analítica UFJF (Prof. Maria Auxiliadora) - http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/04/aula-9-An%C3%A1lise-Gravimetrica-QUI094-


2015.1-.pdf acesso em 20 de fevereiro de 2018

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TIPOS DE PRECIPITADO
Precipitado Granular (Grumoso)

■ Resultam da floculação de colóides hidrófobos, consiste em


pequenos e discretos grãos que se sedimentam com
facilidade. Um precipitado granular parece com café moído
(não em pó). As pequenas partículas de forma irregular
podem ser facilmente distinguidas ainda que não tenham a
forma regular como a do precipitado cristalino. São bastante
densos, pois eles arrastam pouca água e formam depósitos
pulverulentos*.

*Em disposição de pó muito fino, facilmente levado com o vento

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TIPOS DE PRECIPITADO
Precipitado Coloidal tipo Gelatinoso

■ Resultam da floculação de colóides hidrófilos


formando-se como uma massa compacta com
aspecto de gelatina. São volumosos, tem a
consistência de flocos e arrastam quantidades
consideráveis de água. São difíceis de trabalhar
pois além de oferecerem dificuldades na filtração,
durante a manipulação pode ocluir impurezas
difíceis de remover durante a lavagem.

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TIPOS DE PRECIPITADO
Precipitado Finamente Dividido

■ Formado por partículas extremamente pequenas.


As partículas individuais são invisíveis a olho nu. A
aparência de farinha de trigo é descritiva deste
exemplo. É difícil de trabalhar com este
precipitado, pois devido ao tamanho das
partículas, estas levam um tempo muito longo para
sedimentar.

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GRUPOS DE
CÁTIONS
Reagentes Precipitantes separados por grupos de cátions

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TEMPO DE
DIGESTÃO
A digestão é processada com o objetivo de se obter um precipitado
constituído de partículas grandes, facilmente filtráveis e o mais puro
possível. (BACCAN, 2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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TEMPO DE DIGESTÃO
■ É o tempo em que o precipitado, após ter
sido formado, permanece em contato com o
meio de precipitação (água-mãe ou solução-
mãe). Durante o processo de recristalização,
no qual as impurezas ocluídas passam para
a água mãe, obtendo-se assim um
precipitado mais puro. (BACCAN, 2001)

■ O tempo de digestão varia de acordo com a


estrutura morfológica do precipitado.

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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ESTRUTURA MORFOLÓGICA E
PUREZA DOS PRECIPITADOS
■ A facilidade com que o precipitado pode ser filtrado e lavado depende
principalmente de sua estrutura morfológica, ou seja, a forma e o tamanho de
seus cristais. De fato, quanto maiores forem os cristais formados durante uma
precipitação, mais facilmente poderão ser filtrados e (muito provável, embora
não necessariamente) mais rapidamente será sua decantação, auxiliando
assim a filtração. (VOGEL, 1981)

VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. 5ª Edição. Editora Mestre Jou. São Paulo, SP.

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ESTRUTURA
MORFOLÓGICA
A forma dos cristais é também importante.
Estruturas simples, como cubos,
octaedros ou agulhas, apresentam
vantagens, porque é mais fácil lavá-las
após filtração. Os cristais com estruturas
mais complexas, apresentando
protuberâncias e reentrâncias, reterão um
pouco a água-mãe, mesmo após a Cristais de carbonato de ferro (FeCO3) precipitados sobre
camada de produto de corrosão craqueladoformado sobre o
lavagem. Separações quantitativas de aço UNS K41245 grau T5 (5 % Cr) sob exposição em meio de
precipitados formados por esse tipo de NaCl/CO2 (SweetCorrosion). Imagens obtidas por elétrons
cristais são menos comuns. (VOGEL, secundários em microscópio eletrônico de varredura.
1981) Fonte: IPT –Instituto de Pesquisas Tecnológicas 2018

*VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. 5ª


Edição. Editora Mestre Jou.São Paulo, SP.
**IPT –Instituto de Pesquisas Tecnológicas. http://www.ipt.br/solucoes/289-
microscopia_e_analise_metalografica.htm Acesso em 20 de fevereiro de 2018
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Gravimetria

TAMANHO DOS CRISTAIS


O tamanho dos cristais formados no decorrer de uma precipitação depende
principalmente de dois importantes fatores: (VOGEL, 1981)

Taxa de Nucleação

Taxa de Crescimento dos Cristais


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TAXA DE NUCLEAÇÃO
■ Pode ser definida pelo número de núcleos formados na unidade de tempo. Se a taxa de
nucleação for elevada, um grande número de cristais será formado, porém, nenhum
deles crescerá muito, isto é, será formado um precipitado de partículas reduzidas*.
(VOGEL, 1981)

■ A taxa de nucleação depende do grau de supersaturação da solução, ou seja, quando


há apenas traços (quantidades muito pequenas) do analito**, e as condições de
precipitação são adequadas (agente precipitante específico e seletivo e temperatura) a
taxa de nucleação pode ser alta e formar precipitados finamente divididos

*De tamanho diminuto.


**Nome dado à substância (elemento) em estudo

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TAXA DE NUCLEAÇÃO
■ Muitas vezes, uma vez que a nucleação começa a
ocorrer, mostra uma curva de crescimento
exponencial. Por exemplo, uma vez que os cristais
começam a se formar em uma solução, sua área
superficial aumenta à medida que crescem, atraindo
mais moléculas e promovendo o crescimento a uma
taxa cada vez maior, até que a solução se estabilize e
não mais se formem cristais. Isso explica por que leva
tempo para um rio congelar no inverno, mas uma vez
que o gelo começa a se formar no corpo do rio,
geralmente cobre o rio muito rapidamente.

Leia mais em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica/nucleacao


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TAXA DE CRESCIMENTO DO
CRISTAL
■ Este é outro fator que influencia o tamanho dos
cristais formados no decorrer da precipitação.
Se a velocidade for alta, os cristais formados
serão grandes. A taxa de crescimento do cristal
depende também do grau de supersaturação.
É aconselhável, entretanto, criar condições
para que a supersaturação seja moderada,
permitindo apenas a formação de um número
relativamente reduzido de núcleos, os quais
possam, por sua vez, crescer para formar
grandes cristais. (VOGEL, 1981)

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TAXA DE CRESCIMENTO DO
CRISTAL
■ Por exemplo a formação do Iodeto de
Chumbo (PbI2) possui boa taxa de
cristalização e seus cristais embora
pequenos a olho nu, depositam-se
rapidamente no fundo do recipiente.

■ Efeitos como aumento de temperatura,


podem, neste caso, aumentar ainda mais o
tamanho dos cristais dando outro aspecto ao
precipitado e mantendo sua composição.

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CONTAMINAÇÕES DURANTE O TEMPO DE


DIGESTÃO
Forma de contaminação na qual a impureza se
deposita sobre as partículas do precipitado formado.
Ocorre com substancias pouco solúveis com
tendência a formar soluções supersaturadas.

Pós-precipitação

Contaminações Adsorção superficial

Co-precipitação

Oclusão
Processo em que substâncias
solúveis se incorporam aos
precipitados durante sua formação

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CONTAMINAÇÕES POR
CO-PRECIPITAÇÃO
ADSORÇÃO SUPERFICIAL OCLUSÃO

Qualquer precipitado tende a arrastar A oclusão pode ser de íons na rede


substâncias estranhas em conseqüência cristalina, ou de água nas fendas de
de adsorção superficial. Este tipo de imperfeição do cristal formado. A
coprecipitação tende a ser apreciável no contaminação por co-precipitação pode ser
caso de precipitados com grande área minimizada:
superficial, mas não é significativo em
■ Diminuindo a concentração dos
precipitados cristalinos. Os precipitados
interferentes, durante a precipitação.
grumosos e gelatinosos são os que
apresentam maior contaminação por co- ■ Precipitação a quente - produz
precipitação. precipitados mais puros e perfeitos.

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PESQUISAR OS TIPOS DE ÁGUA

■ Água adsorvida (água livre)


■ Água essencial (água ligada)
■ Água ocluída
■ Água sorvida

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MÉTODOS DE
SEPARAÇÃO
O precipitado deverá ser recolhido separadamente da solução-
mãepara então ser devidamente quantificado.

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TIPOS DE SEPARAÇÃO DOS


PRECIPITADOS
FILTRAÇÃO SIMPLES
■ O papel de filtro é então colocado em um
funil simples de vidro de haste longa.
Com o auxílio de um bastão de vidro, a
mistura é transferida. Enquanto as
partículas sólidas ficam retidas no filtro, o
líquido passa pelos poros e é recolhido
em outro recipiente que fica posicionado
logo abaixo da haste do funil. (Mundo
Educação Uol, 2018)
Mundo Educação Uol-http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/filtracao.htm Acesso em 20 de fevereiro de 2018

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TIPOS DE SEPARAÇÃO DOS PRECIPITADOS


FILTRAÇÃO A VÁCUO
■ O esquema ao lado mostra a aparelhagem que é usada na filtração
a vácuo, também chamada de filtração a pressão reduzida. Esse
tipo de filtração utiliza o papel de filtro na forma original de círculo
dentro do funil de Buchner (um funil bem maior e pesado, feito de
porcelana e que contém vários furinhos como se fosse uma
peneira). Esse funil é acoplado ao kitassato com uma borracha que
impede a entrada de ar dentro dele. Uma mangueira acoplada a
uma bomba de sucção puxa o ar de dentro do kitassato, diminuindo,
assim, a pressão dentro dele. Desse modo, quando se passa a
mistura por esse sistema, a diferença de pressão leva à sucção da
parte líquida e deixa o sólido no papel de filtro praticamente seco.
(Mundo Educação Uol, 2018)

Mundo Educação Uol-http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/filtracao.htm Acesso em 20 de fevereiro de 2018

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TIPOS DE SEPARAÇÃO DOS PRECIPITADOS


Tipos de Papel de Filtro
Existem diversos tipos que são divididos conforme o grau de porosidade:
■ Papéis de filtro qualitativos: são característicos por terem alta concentração de alfa-
celulose de algodão, chegando a quase 100%. São comuns no clareamento e remoção de
precipitações.
■ Papéis de filtro quantitativos: os papéis quantitativos são feitos com 100% de fios de
algodão e possuem classificações de acordo com a velocidade da filtração. São três tipos:
– Faixa preta: possui poros para abertos e por isso, são indicados para filtrações mais
rápidas ou partículas grossas e gelatinosas.
– Faixa branca: são utilizados para filtração com velocidade moderada.
– Faixa azul: possui textura densa e por isso, a velocidade da filtração é mais lenta.

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TIPOS DE SEPARAÇÃO DOS PRECIPITADOS


CENTRIFUGAÇÃO
■ É uma técnica de separação de misturas que se baseia
no uso da força centrífuga no lugar da força gravitacional.
A força exercida sobre a mistura é grandemente
aumentada, acelerando o processo de decantação. A
centrífuga é o equipamento que submete uma amostra a
uma trajetória circular em torno de um eixo fixo. O
princípio de funcionamento é simples: um rotor, no qual
ficam conectados os tubos contendo as amostras, é
acoplado ao eixo central (Química Nova, 2015)

Química Nova -http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=6209 Acesso em 20 de fevereiro de 2018

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TIPOS DE SEPARAÇÃO DOS PRECIPITADOS

CADINHO DE GOOCH
■ Este cadinho feito basicamente de porcelana é
indicado para precipitados que podem ser
facilmente reduzidos pelo carbono do papel se a
amostra for aquecida, ou se o precipitado precisa
ser aquecido ao rubro. O nome se deve a seu
inventor, Frank Austen Gooch(1852-1929), que o
introduziu em 1878. (Química Nova, 2015)

Química Nova -http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=6209 Acesso em 20 de fevereiro de 2018

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TIPOS DE SEPARAÇÃO DOS PRECIPITADOS

CADINHO DE VIDRO SINTERIZADO


■ Este cadinho tem as mesmas indicações do cadinho de Gooch,
porém não é possível aquecê-los acima de 200 ºC, pois a
porosidade do meio pode ser modificada ou mesmo destruída.
Ele também não é indicado para filtração de precipitados
gelatinosos uma vez que pode ser entupido. Sua vantagem é
que não existe a necessidade de pré-tratamento e preparo da
camada como no cadinho de Gooch, pois o meio filtrante é uma
placa rígida, que precisa apenas passar por um tratamento
após a filtração. (Química Nova, 2015)

Química Nova -http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=6209 Acesso em 20 de fevereiro de 2018

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LAVAGEM DO
PRECIPITADO
Remoção de impurezas solúveis não voláteis e resquícios de
solução-mãe.

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LAVAGEM DO PRECIPITADO
■ Após a filtração do precipitado, deve-se
submetê-lo a um processo de lavagem,
através do qual remove-se parte da água
mãe que ficou nele retida e eliminam-se as
impurezas solúveis e não voláteis na
temperatura de secagem ou calcinação a
que o precipitado será submetido.
(BACCAN, 2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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SECAGEM OU
CALCINAÇÃO
Após a filtração e lavagem do precipitado, este deve ser seco ou
calcinado antes de ser pesado

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SECAGEM
■ A secagem, feita a uma temperatura abaixo de
205ºC, é utilizada simplesmente para remoção de
água de lavagem residual, e o precipitado é
pesado sob a forma obtida na precipitação. Essa
secagem é feita em estufa elétrica (conforme
figura ao lado), na maioria dos casos regulada a
110°C. (BACCAN, 2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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CALCINAÇÃO
■ A calcinação, feita em temperatura acima de 250ºC, é
procedida quando for necessária uma temperatura elevada
para eliminação d solução residual de lavagem, ou quando
ainda se requer alta temperatura para se proceder a uma
transformação do precipitado para uma forma bem
definida, que será utilizada na pesagem. Assim sendo, por
exemplo, a uma temperatura em torno de 1000°C o
hidróxido de ferro hidratado perde moléculas de água de
hidratação e se converte em óxido de ferro. (BACCAN,
2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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OUTROS MODELOS DE MUFLA

■ Modelo com programação de ■ Modelo com programação de ■ Modelo com programação de


temperatura analógico com temperatura digital com temperatura digital com
taxa de aquecimento contínuo. rampa de aquecimento. rampa de aquecimento para
maior número amostras.

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RESFRIAMENTO
Devendo ser realizada em ambiente livre de umidade.

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DESSECADOR

■ O dessecador é uma vidraria de


laboratório que consiste num
recipiente fechado que contém um
agente de secagem chamado
dessecante. Sua tampa é lubrificada
(normalmente com graxa de silicone)
para que se feche de forma hermética
para que o conteúdo esteja
completamente isolado do meio. É
utilizado para guardar substâncias em
ambientes com baixo teor de
umidade. (Vidraria de Laboratório,
2018)

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SÍLICA-GEL
■ O agente dessecante mais utilizado é a sílica-gel,
um composto incolor. Costuma-se, entretanto ser
adicionado um indicador de umidade, que
contem sais de cobalto (tornando-a azul).

■ Ao saturar-se de umidade ela adquire uma


coloração rosada e torna-se incapaz de absorver
a água do interior do dessecador, devendo ser
regenerada, até que readquira a coloração azul.

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PINÇAS
■ Para remover as vidrarias do interior das
estufas e muflas, utiliza-se em geral
pinças (conforme figura) de alcance curto
(A) para estufas e de alcance maior (B) (A)
para as muflas.

(B)

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PESAGEM
1.Cuidados com a balança analítica
2.Cuidados com a pesagem

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PESAGEM E CÁLCULOS

■ Esta é a etapa final da análise


gravimétrica. A pesagem é feita
através de balança analítica
colocada em cima de uma mesa
sólida para evitar vibrações que
provocariam erros de medida.
(BACCAN, 2001)

*BACCAN, Nivaldo. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard BlücherLtda. São Paulo, SP

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CUIDADOS COM A PESAGEM


■ 1 – A balança deverá ser ligada 30 minutos (A)
antes de ser utilizada.
■ 2 – Não se deve pesar diretamente sobre o
prato da balança.
■ 3 – A pesagem deve ser realizada com as
portas da balança fechadas para reduzir os
efeitos das correntes de ar.
■ 4 – A balança deverá estar devidamente
nivelada. (figura A)
■ 5 – Os precipitados deverão estar devidamente
secos e resfriados.
(B)
■ 6 – A calibração deverá ser realizada
periodicamente a fim de garantir fidelidade nas
pesagens (cada balança vem de fábrica com
pesos padrões para essa checagem – figura B)

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TERMOBALANÇAS
■ Um tipo de análise específico, a
termogravimetria, utliza-se de um
equipamento com rampa de
temperatura e sensor de perda de
massa.

■ Tal análise pode destinar-se à


determinações de umidade em
amostras (rampas de temperatura até
os 250ºC) ou determinações do teor
de matéria orgânica (temperaturas
acima dos 250°C)

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FLUXOGRAMA DA
ANÁLISE
GRAVIMÉTRICA
Vantagens e Desvantagens

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FLUXOGRAMA DA ANÁLISE GRAVIMÉTRICA

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VANTAGENS E DESVANTAGENS
DA GRAVIMETRIA

VANTAGENS DESVANTAGENS
■ O método permite exatidão ■ Procedimentos laboratoriais
elevada; demorados;
■ Instrumentação simples e barata; ■ Não é aplicável a análise de traços;
■ O método é absoluto e não ■ Erros no processo de precipitação;
depende de padrões
■ Perdas de precipitados nas etapas de
transferência, filtração, lavagem e
secagem.
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TIPOS DE ERROS EM
ANÁLISE QUÍMICA
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TIPOS DE ERROS
Não possuem valor definido,
não são mensuráveis e
flutuam de um modo aleatório

INDETERMINADOS ERRO DE MÉTODO


ERROS QUE
ACOMPANHAM ERROS OPERACIONAIS
UMA MEDIDA
DETERMINADOS

ERROS PESSOAIS

Possuem um valor definido e, pelo ERROS DEVIDOS A


menos em princípio, podem ser INSTRUMENTOS E REAGENTES
medidos e computados no
resultado final.

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ERROS DE MÉTODO
■ São provavelmente os mais sérios dos erros determinados, pois são os mais
difíceis de serem detectados, e estão associados a “ajustes” ou “adaptações”
de um procedimento retirado da literatura.

■ Em gravimetria os erros de método mais comuns são aqueles devidos à


solubilidade dos precipitados, à coprecipitação e pós-precipitação e à
decomposição ou higroscopicidade da forma de pesagem

■ Em volumetria, citam-se o uso impróprio de indicadores e a aplicação do


método a concentrações inadequadas

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ERROS OPERACIONAIS
■ São erros relacionados com as manipulações feitas durante a realização das
análises. Eles não dependem das propriedades químicas e físicas do sistema,
nem dos instrumentos utilizados, mas somente da capacidade técnica do
analista.

■ Ex.: usar vidrarias sujas, lavar precipitados em excesso ou insuficientemente,


calcinar precipitados durante um tempo insuficiente, realizar pesagens de
cadinhos antes de estarem completamente frios, esfriar qualquer material fora
do dessecador, não remover o precipitado completamente do béquer...

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ERROS PESSOAIS
■ Estes erros provêm da inaptidão de algumas pessoas em fazerem certas
observações corretamente. Por exemplo, alguns indivíduos têm dificuldades em
observar corretamente a mudança de cor de indicadores.

■ Outro erro muito grave, classificado como erro pessoal, ocorre quando o
analista, após fazer uma determinação, força os resultados de determinações
subsequentes da mesma amostra, de modo a obter resultados concordantes
entre si.

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ERROS DEVIDOS A
INSTRUMENTOS E REAGENTES
■ São erros relacionados com as imperfeições dos instrumentos, aparelhos
volumétricos e reagentes.

■ A existência de pesos e aparelhos volumétricos, tais como buretas, pipetas e


balões volumétricos, mal calibrados, é fonte de erro em uma análise
quantitativa.

■ As impurezas presentes num reagente podem também interferir numa análise.

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CÁLCULOS
Como interpretar situações resultados em gravimetria

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Exercícios resolvidos
Massa da amostra, que
contém 100% do analito

1. Uma amostra de um detergente comercial de massa m=0,3516g foi tratada à chama


Precipitado de
composição vermelha para queimar a matéria orgânica. O resíduo foi levado a reagir com HCl a
química complexa
quente, o qual converteu o fósforo a H3PO4. O fosfato foi precipitado como
MgNH4PO4.6H2O adicionando-se Mg2+ seguido de uma solução aquosa de NH3. Após
filtrado e lavado, o precipitado foi convertido à Mg2P2O7 (PM=222,57g/mol) a 1000°C.
Este resíduo pesou 0,2161g. Calcule a % de fósforo (PA=30,974g/mol) na amostra.
Calcinação necessária para
simplificar a composição
Massa final do precipitado química do precipitado
que será utilizada nos Composição química do eliminando a água de
cálculos precipitado que será cristalização
utilizada nos cálculos

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Exercícios resolvidos
m(AMOSTRA)=0,3516g
m(RESÍDUO PRECIPITADO)=0,2161g
Composição química do precipitado Mg2P2O7 (PM=222,57g/mol)
% e P na amostra ?
(PA=30,974g/mol)
1º passo: descobrir quantos gramas de fósforo estão contidos no precipitado
a) A composição química do precipitado é conhecida e a partir dela pode-se calcular a quantidade
de fósforo presente, de acordo com o seguinte raciocínio:
Em 222,57g de Mg2P2O7 ________________ existe 61,648g de P [=2 . 30,974 (Mg2P2O7)]
Em 0,2161g de Mg2P2O7 ________________ existe X (gramas de Fósforo no precipitado)

𝑋 = 0,0598559...
𝑋 ≅ 0,0599𝑔 𝑑𝑒 𝑃

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Exercícios resolvidos
2°passo: após determinada a massa do fósforo, calcular quanto ela
representa em porcentagem da massa da amostra.
m(AMOSTRA)=0,3516g Essa é a massa de fósforo
que já estava na amostra, a
m(RESÍDUO PRECIPITADO)=0,2161g corrida gravimétrica apenas
m(fósforo no resíduo)=0,0599g isolou em uma forma
quantificável
2° passo: verificar o percentual de fósforo na amostra.
Em termos de massa, a amostra representa 100% pois além de conter o fósforo,
contem o restante de sua composição e o fósforo representa apenas uma parte.
0,3516g (amostra) _________________ 100%
0,0599g (quantidade de P) ___________ X
𝑋 = 17,036405...
𝑋 ≅ 17,04% 𝑑𝑒 𝑃

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2. O enxofre de um conjunto de 10 comprimidos de captodiamina (droga hipnótica, C21H29NS2
(PM=359,6g/mol) foi convertido gravimetricamente a sulfato de bário. Calcule a massa de captodiamina
por comprimido tendo-se obtido m=0,3343g de BaSO4. P.M BaSO4 = 233,43 g/mol.
R: 25,75mg
3. O cálcio numa amostra de calcário pesando 607,4 mg foi precipitado como oxalato e calcinado a
600ºC para carbonato, pesando 246,7 mg.
Calcule:
a) a % de cálcio na amostra; R: 16,25%
b) a massa (mg) de CaO, para a calcinação do precipitado a 1000ºC. R: 138,2mg
M.M CaC2O4 = 128,097 g/mol M.M Ca = 100,087g/mol
4. Uma amostra de pirita (FeS2) foi oxidado com bromo e ácido nítrico. O sulfato obtido foi precipitado e
pesado na forma de BaSO4. Se 0,331 g de pirita geraram 0,831 g de BaSO4, qual a percentagem de S
e de FeS2 na amostra?
Dados: Fe = 55,85 g/mol
S = 32,06 g/mol
Ba = 137,38 g/mol
R: 34,47% de S e 64,50% de FeS2.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
5. Um mineral de ferro foi analisado dissolvendo-se uma amostra de massa m=1,1324g em HCl
concentrado. A solução resultante foi diluída em H2O e Fe3+ foi precipitado como óxido (Fe2O3.xH2O)
adicionando-se NH3. Após a filtração e lavagem, o resíduo foi tratado a temperatura alta resultando
m=0,5394g de puro Fe2O3 (PM=159,69).
Calcule:
a) a %Fe (PA=55,847 g/mol) na amostra. R: 33,32%
b) %Fe3O4 (PM=231,54 g/mol) na amostra. R: 46,04%
6. 0,485g de uma amostra de solo contendo ferro (II) e (III), foi oxidada e o ferro (III) precipitado como
óxido de ferro hidratado (Fe2 O3. xH2O). O precipitado depois de filtrado, lavado e calcinado pesou
0,248g, com o ferro na forma de óxido (Fe2O3). Qual a porcentagem de ferro(III) na amostra?
R: 35,77%
7. Uma amostra de 0,396 g que contém cloreto de bário dihidratado (BaCl2.2H2O) foi totalmente
dissolvido em um volume total de 50,00 mL. Posteriormente todo o cloreto foi precipitado com nitrato de
prata (AgNO3) e a massa de cloreto de prata (AgCl) pesado foi de 0,328 g. Qual a porcentagem de
cloreto de bário dihidratado?
R: 70,56%

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
8. O íon cálcio é precipitado na forma do sal orgânico oxalato de cálcio (pouco solúvel) com ácido
oxálico H2C2O4. O precipitado CaC2O4 e coletado em papel de filtro seco e aquecido até o rubro
(calcinação). O processo converte o precipitado quantitativamente para óxido de cálcio (CaO). O
precipitado depois de calcinado e resfriado em dessecador é pesado. Usa-se um cadinho previamente
aquecido, resfriado e pesado para a ignição do precipitado. O cálcio em 200mL de amostra de água
natural foi determinado pela precipitação do cátion como CaC2O4. O precipitado foi filtrado, lavado e
calcinado em cadinho com massa de 26,600 g. A massa do cadinho, mais o precipitado calcinado foi de
26,713 g. Calcule a massa de cálcio por 100mL de amostra de água. Dados: CaO PM=56,08 g/mol Ca
PM=40.08 g/mol.
R: 0,0808 g
9. O Iodeto de uma amostra foi convertido a iodato através de tratamento com excesso de brometo. A
solução foi transferida para um balão de 50 mL e completada com água. A uma alíquota de 30 ml desta
solução foi adicionado um excesso de íons bário para precipitar o iodato de bário - Ba(IO3)2. Na análise
de 3,4572g de amostra inicial, foi obtida uma massa de 0,0130g de iodato de bário. Expresse os
resultados desta análise em porcentagem de iodeto de potássio. PM(Ba(IO3)2)=487,124g/mol;
PM(KI)=165,998g/mol.
R: 0,26%
10. Uma amostra de 2,558 g de carbonato de sódio de hidratação desconhecida (Na2CO3.xH2O) foi
aquecida a uma temperatura de 125°C até obter uma massa constante de 0,948 g correspondente ao
carbonato de sódio anidro. Determine o valor do grau de hidratação do carbonato de sódio, ou seja,
calcule o valor de x.
R: Na2CO3.10H2O

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
11. O conteúdo de alumínio em uma liga é determinado gravimetricamente pela precipitação com 8-
hidroxiquinolina para dar Al(C9H6ON)3. Se uma amostra de 1,021g fornece 0,1862g de precipitado, qual
a percentagem de alumínio na liga?
R=1,06%
12. Uma amostra de KBr impuro pesando 523,1mg é tratada com um excesso de AgNO3 e obtêm-se
814,5mg de AgBr. Qual a pureza do KBr?
R=98,68%
13. Uma mistura contendo somente AgCl e AgBr pesa 2,000g. Ela é quantitativamente reduzida para
prata metálica que pesa 1,300g. Calcule a massa de AgCl e AgBr na mistura original.
R=1,1313g p/ AgBr e 0,8639g p/ AgCl.
14. Em uma solução que contém íons cloreto, como por exemplo o cloreto de potássio KCl, o cloreto foi
precipitado com nitrato de prata AgNO3 na forma de cloreto de prata AgCl, cuja massa depois de seca
foi de 0,1562 g. Escreva a reação de precipitação do cloreto de prata, calcule a massa de cloreto e a %.
R=0,0387g e 24,77%

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
15. 0,2927g de amostra de uma mistura orgânica contendo C6 H6Cl6 e C14H9Cl5 foi calcinada em um tubo de
quartzo com fluxo de oxigênio. Os produtos (CO2, H2 O e HCl) foram coletados através de uma solução de
NaHCO3. Depois da acidificação o cloreto da solução na forma de AgCl pesou 0,7161g. Calcule a
percentagem de cada composto halogênico na amostra.
Dados: C6H6Cl6 (P.M.=290,83); C14H9Cl5 (P.M.= 354,49); AgCl (P.M.=143,32)
R= %C6H6Cl6 = 45,06% e %C14H9Cl5=54,94%
17. Para determinar o conteúdo de enxofre (S) no ferro fundido, pesou-se 5,904g de amostra e tratou-se da
seguinte maneira. Dissolveu-se em HCl e o H2S desprendido do sulfeto de ferro destilou-se e absorveu-se em
uma solução de sal de cádmio, a CdS formado foi tratado com solução de CuSO4 em excesso e o precipitado
de CuS obtido foi calcinado, obtendo-se 0,0732g de CuO. Calcular a percentagem de enxofre no ferro fundido.
R=0,50% de S.
17. Para analisar a antimonita (Sb2S3) pesou-se uma porção de 0,1872g (impura). Depois do tratamento
adequado todo o enxofre foi transformado em SO42-, que se determinou como BaSO4, cujo peso foi de
0,3243g. Calcular a percentagem de Sb2S3 na amostra de antimonita analisada.
R=84,08% de Sb2S3
18. Uma amostra de 0,75 g que contém alumínio foi precipitada como 8 - quinolinato de alumínio, cuja fórmula
é Al(C9H6ON)3 e após secagem, o precipitado pesou 0,0304 g.
a) Calcular a porcentagem de Al na amostra R = 0,24%
b) Calcular a porcentagem de Al2O3 na amostra. Al=27, C=12 O=16 N=14 H=1 R = 0,45%

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