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T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 1

O s Fu n d a mentos da F í si ca
(8 a edição)

RAMALHO, NICOLAU E TOLEDO


Tema especial
CENTRO DE MASSA
1. Centro de gravidade e centro de massa, 1
2. Propriedade da concentração de massas, 3
3. Propriedade de simetria, 4
4. Velocidade do centro de massa, 7
5. Aceleração do centro de massa, 7

1. CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRO DE MASSA


Considere dois pontos materiais, 1 e 2, de pesos P1 e P2, localizados num eixo horizontal Ox. Sejam
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x1 e x2, respectivamente, suas abscissas (figura 1). Vamos localizar um ponto C do eixo Ox, de abscissa xC,
em relação ao qual é nula a soma dos momentos de P1 e de P2.

x2
MP1 ⫹ MP2 ⫽ 0
xC
⫹P1d1 ⫺ P2d2 ⫽ 0
x1
P1d1 ⫽ P2d2
1 C 2
O m1 m2 x P1(xC ⫺ x1) ⫽ P2(x2 ⫺ xC)
P2 (P1 ⫹ P2)xC ⫽ P1x1 ⫹ P2x2
P1
d1 d2
⫹ ⫺ P1x 1 ⫹ P2 x 2
xC ⫽ 쩸
Figura 1. P1 ⫹ P2

O ponto C recebe o nome de centro de gravidade do sistema de pontos


materiais 1 e 2.
Se os pontos 1 e 2 estiverem localizados numa barra de peso desprezível, 1 C 2
m1 m2
suspendendo-se a barra pelo ponto C, o sistema fica em equilíbrio (figura 2).
Considerando no local o campo gravitacional uniforme, isto é, a acelera- P2
P1
ção da gravidade g constante, e sendo m1 e m2 as massas dos pontos 1 e 2,
respectivamente, temos: Figura 2.

P1 ⫽ m1g 쩹 e P2 ⫽ m2g 쩺
Substituindo-se as expressões 쩹 e 쩺 na expressão 쩸, temos:

m1gx 1 ⫹ m2 gx 2 m1x 1 ⫹ m2 x 2
xC ⫽ ⇒ xC ⫽
m1g ⫹ m2 g m1 ⫹ m2

Neste caso, o centro de gravidade chama-se também centro de massa.


2 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

Dado um sistema de pontos materiais de massas m1, m2, ..., mi, ..., mn e de z
mn
coordenadas cartesianas (x1, y1, z1), (x2, y2, z2), ..., (xi, yi, zi), ..., (xn, yn, zn) que m1
definem as posições desses pontos (figura 3), temos de modo geral que a posi- mi
ção do centro de massa C é definida pelas coordenadas cartesianas (xC, yC, zC), m2 zi
dadas por: 0
y
n
xi

m1x 1 ⫹ m2 x 2 ⫹ ... ⫹ mi x i ⫹ ... ⫹ mn x n


∑m x
i ⫽1
i i
x
yi

xC ⫽ ou x C ⫽
m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mi ⫹ ... ⫹ mn n Figura 3.
∑m
i ⫽1
i

m y ⫹ m2 y 2 ⫹ ... ⫹ mi y i ⫹ ... ⫹ mn y n
∑m y
i ⫽1
i i

yC ⫽ 1 1 ou y C ⫽
m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mi ⫹ ... ⫹ mn n

∑m
i ⫽1
i

m z ⫹ m2 z 2 ⫹ ... ⫹ mi z i ⫹ ... ⫹ mn z n
∑m z
i ⫽1
i i

zC ⫽ 1 1 ou z C ⫽
m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mi ⫹ ... ⫹ mn n

∑m
i ⫽1
i

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Observe que cada coordenada do centro de massa é uma média ponderada das correspondentes
coordenadas dos pontos materiais e os pesos da média são as respectivas massas.

Exercício Resolvido
R.1 Três pontos materiais, A, B e D, de massas iguais a m estão situados nas posi-
y (cm)
ções indicadas na figura ao lado. Determine as coordenadas do centro de
massa do sistema de pontos materiais. Bm
3

1
A m D m
0 1 2 3 4 x (cm)
Solução:
A abscissa do centro de massa C é dada por:
mx A ⫹ mx B ⫹ mx D
xC ⫽
m⫹m⫹m
Sendo xA ⫽ 0, xB ⫽ 2 cm e xD ⫽ 4 cm, vem:

m䡠0⫹m䡠2⫹m䡠4
xC ⫽ ⇒ xC ⫽ 2 cm
3m

Para a ordenada do centro de massa C, temos:


my A ⫹ my B ⫹ myD
yC ⫽
m⫹m⫹m
Sendo yA ⫽ 0, yB ⫽ 3 cm e yD ⫽ 0, vem:

m䡠0⫹m䡠3⫹m䡠0
yC ⫽ ⇒ yC ⫽ 1 cm
3m

Resposta: C (2 cm; 1 cm)


T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 3

Exercícios Propostos
P.1 Cinco pontos materiais de massas iguais a m estão situados nas posições indicadas na figura. Determine as
coordenadas do centro de massa do sistema constituído pelos cinco pontos materiais.
y (cm)

0 1 2 3 4 5 6 7 x (cm)

P.2 Determine a posição do centro de massa C do sistema formado por


mA mB
duas partículas de massas mA e mB, fixas nas extremidades de uma A B
barra de peso desprezível.
60 cm
Analise os casos:
a) mA ⫽ mB
b) mA ⫽ 2mB
c) mA ⫽ 5mB
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2. PROPRIEDADE DA CONCENTRAÇÃO DE MASSAS


Seja um sistema de pontos materiais de massas m1, m2, ..., mi, mi⫹1, ..., mn e com centro de massa C.
Vamos separar este sistema em dois outros sistemas:
• Um de massas m1, m2, ..., mi, de centro de massa C’ e de massa total m’ ⫽ m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mi.
• E outro de massas mi⫹1, ..., mn, de centro de massa C” e de massa total m” ⫽ mi⫹1 ⫹ ... ⫹ mn.
O centro de massa C do sistema todo é obtido a partir dos centros de massa C’ e C”, considerando
concentradas nesses pontos as massas m’ e m”, respectivamente. De fato:
i n
n i n
∑ mi x i ∑m x i i


i ⫽1
mi x i ∑ mi x i ⫹ ∑ i ⫹1
mi x i m’ 䡠 1
m’
⫹ m” 䡠 i ⫹1
m”
xC ⫽ ⫽ 1
⇒ xC ⫽ 쩸
n i n
m’ ⫹ m”
∑i ⫽1
mi ∑
1
mi ⫹ ∑ i ⫹1
mi

i i

∑ mi x i ∑m x
i ⫹1
i i

Mas: 1
⫽ x C’ 쩹 e ⫽ x C” 쩺
m’ m”
Logo, substituindo-se as expressões 쩹 e 쩺 na expressão 쩸, temos:

m’ 䡠 x C ’ ⫹ m” 䡠 x C ”
xC ⫽
m’ ⫹ m”

Analogamente, demonstra-se para as coordenadas yC e zC que:

m’ 䡠 y C ’ ⫹ m” 䡠 y C ” m’ 䡠 z C ’ ⫹ m” 䡠 z C ”
yC ⫽ e zC ⫽
m’ ⫹ m” m’ ⫹ m”
4 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

3. PROPRIEDADE DE SIMETRIA
Se um sistema de pontos materiais admite um elemento de simetria, então o centro de massa do
sistema pertence a esse elemento. O elemento de simetria pode ser um ponto (centro de simetria), um
eixo ou um plano.
Vamos supor que um ponto O seja um centro de simetria. Provemos que O coincide com o centro
de massa. Considere o sistema de pontos materiais situados num plano e seja Oxy um sistema cartesiano
com origem no ponto O (figura 4). Se existe mixi, existe também mi (⫺xi ). Logo:

∑m x
∑m x
i i
⫽0 ⇒ ⫽0
∑m
i i
i

De modo análogo, temos:


∑m y i i
⫽ 0, indicando que o ponto O coincide com o centro de massa C.
∑m i

y
mi
yi

xi
⫺xi O x

⫺yi
mi

Figura 4.

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Na figura 5, com base na propriedade de simetria, apresentamos o centro de massa C de alguns
corpos homogêneos. Observe que ele coincide com o centro geométrico desses corpos.
C
C C C C

Figura 5.

Por meio das propriedades dos itens 2 e 3, podemos determinar o centro de massa de uma placa
homogênea, de espessura constante e de massa m, como por exemplo a indicada na figura 6a.
Para tanto, dividimos a placa em duas partes, 쩸 e 쩹, de massas m’ e m”, e pela propriedade de si-
metria localizamos os centros de massa C’ e C” destas partes (figura 6b). Pela propriedade da concentra-
ção de massas, concluímos que o centro de massa C da placa toda coincide com o centro de massa dos
pontos C’ e C”, cujas massas m’ e m” estão concentradas neles (figura 6c).
y y y

C' (m')
C'
yC C
2
m m''
m' C'' C'' (m'')
O x O x O xC x
(a) (b) (c)
Figura 6. O centro de massa C da placa de massa m pertence ao segmento de reta que passa
pelos pontos C’ (de massa m’) e C”(de massa m”).
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 5

Exercício Resolvido
R.2 Determine as coordenadas do centro de massa da placa homogênea de espessura constante, cujas dimensões
estão indicadas na figura.

y (cm)
2a

a
2a

0 3a x (cm)

Solução:
Vamos dividir a placa em dois quadrados. O primeiro, de lado 2a e cujo centro de massa é o ponto A de coorde-
nadas (a, a), e o segundo, de lado a e de centro de massa B cujas coordenadas são (2,5 a, 0,5 a).

y (cm)
2a

a
A
2a
B
a
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0 2a a x (cm)

A abscissa do centro de massa da placa toda é dada por:


mA x A ⫹ mB x B
xC ⫽ 쩸
mA ⫹ mB
Como a placa é homogênea e de espessura constante, temos que as massas são proporcionais às respectivas
áreas, ou seja:
mA ⫽ K AA 쩹 e mB ⫽ K AB 쩺
em que K é a constante de proporcionalidade.
Assim, substituindo-se as expressões 쩹 e 쩺 na expressão 쩸, temos:

K AA x A ⫹ K AB x B AA x A ⫹ AB x B
xC ⫽ ⇒ xC ⫽
K AA ⫹ K AB AA ⫹ AB

Sendo AA ⫽ (2 a)2 ⫽ 4 a2, AB ⫽ a2, xA ⫽ a e xB ⫽ 2,5 a, vem:

4a2 䡠 a ⫹ a2 䡠 2,5 a
xC ⫽ ⇒ xC ⫽ 1,3 a
4a2 ⫹ a2

Para a ordenada do centro de massa, temos:

AA y A ⫹ AB y B
yC ⫽
AA ⫹ AB

Sendo yA ⫽ a e yB ⫽ 0,5a, resulta:

4a2 䡠 a ⫹ a2 䡠 0,5 a
yC ⫽ ⇒ yC ⫽ 0,9 a
4a2 ⫹ a2

Resposta: C (1,3a; 0,9a)


6 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

Exercícios Propostos
P.3 Determine as coordenadas do centro de massa da placa homogê- y
nea e de espessura constante, cujas dimensões estão indicadas na 30 cm
figura.
10 cm

30 cm

5cm

0 x
10 cm

P.4 Três placas circulares idênticas, homogêneas, de espessura uni- y


forme e de raio R estão dispostas conforme a figura.
Determine as coordenadas do centro de massa do sistema consti-
tuído pelas três placas. R

x
R

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P.5 A ordenada do centro de massa de uma y y
placa triangular, homogênea e de espes- a
sura constante é igual a um terço da al-
tura (figura 1). Determine a ordenada
do centro de massa de uma placa trape- h h
C h
zoidal, homogênea e de espessura
3
constante, em função da altura h do 0 x 0 b x
trapézio e de suas bases a e b (figura 2).
Figura 1. Figura 2.

P.6 A placa circular, homogênea e de espessura constante, tem raio R y


e possui um furo circular de raio r. Determine, em função de r e R,
as coordenadas do centro de massa da placa.

R
r
x

R
2

P.7 A massa da Terra é aproximadamente 80 vezes a massa da Lua. A 60 R


distância entre os centros da Terra e da Lua é 60 R, em que R é o
raio da Terra. Determine a distância do centro da Terra ao centro
de massa do sistema Terra-Lua. R
Lua

Terra
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 7

4. VELOCIDADE DO CENTRO DE MASSA


Considere um sistema de pontos materiais cujas massas são m1, m2, ..., mn, e sejam v1, v2, ..., vn, res-
pectivamente, suas velocidades num certo instante. Neste instante, o centro de massa possui velocidade
vC dada por uma média ponderada das velocidades dos pontos materiais do sistema, sendo os pesos
dessa média as respectivas massas, ou seja:

m1v 1 ⫹ m2 v 2 ⫹ ... ⫹ mn v n
vC ⫽ 쩸
m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mn

Chamemos de m a massa total do sistema, isto é:


m ⫽ m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mn 쩹
Substituindo-se a expressão 쩹 na expressão 쩸, resulta:
mvC ⫽ m1v1 ⫹ m2v2 ⫹ ... ⫹ mnvn
Mas m1v1 ⫹ m2v2 ⫹ ... ⫹ mnvn representa a quantidade de movimento total do sistema de pontos
materiais (Qsistema ). Logo:

Qsistema ⫽ mvC

Portanto:

A quantidade de movimento de um sistema de pontos materiais é igual à quantidade de movi-


mento do centro de massa, considerando que toda a massa do sistema está concentrada nele.
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5. ACELERAÇÃO DO CENTRO DE MASSA


Considere um sistema de pontos materiais m1, m2, ..., mn, e sejam a1, a2, ..., an, respectivamente, suas
acelerações num certo instante. Neste instante, o centro de massa possui aceleração aC dada por uma
média ponderada das acelerações dos pontos materiais do sistema, sendo os pesos dessa média as res-
pectivas massas, ou seja:

m1a1 ⫹ m2 a 2 ⫹ ... ⫹ mn a n
aC ⫽ 쩸
m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mn

Seja m a massa total do sistema, isto é:


m ⫽ m1 ⫹ m2 ⫹ ... ⫹ mn 쩹
Substituindo-se a expressão 쩹 na expressão 쩸, resulta:
maC ⫽ m1a1 ⫹ m2a2 ⫹ ... ⫹ mnan
Mas m1a1, m2 a2, ..., mnan representam, respectivamente, as forças resultantes F1, F2, ..., Fn, que agem
nos pontos materiais. Portanto:
maC ⫽ F1 ⫹ F2 ⫹ ... ⫹ Fn
Entretanto, F1 ⫹ F2 ⫹ ... ⫹ Fn representa a resultante de todas as forças externas que agem no siste-
ma de pontos materiais (Fext.), uma vez que a resultante das forças que uma partícula do sistema exerce
sobre as outras (forças internas) é nula, devido ao princípio da ação e reação. Assim, temos:

Fext. ⫽ maC

Portanto:

O centro de massa se move como se fosse uma partícula de massa igual à massa total do sistema
e sob ação da resultante das forças externas que atuam no sistema.
8 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

Por exemplo, considere um corpo lançado obliquamente nas proximidades da superfície terrestre
(figura 7). Embora seus pontos descrevam um movimento complexo, o centro de massa (ponto marca-
do em vermelho) desloca-se como se fosse um ponto material de massa igual à massa do corpo e sob
ação do peso do corpo. Nestas condições, o centro de massa descreve uma trajetória parabólica em
relação à Terra.

Figura 7.

Como conseqüência das considerações anteriores, concluímos que:

As forças internas não alteram o movimento do centro de massa.

Quando um atleta pula de um trampolim, realizan-


do um salto ornamental, ele movimenta seus braços,
pernas e cabeça, alterando a posição do centro de mas-

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sa de seu corpo. As forças responsáveis por estas altera-
ções são internas e não alteram o movimento do centro
de massa, que descreve uma trajetória parabólica em
relação à Terra (figura 8).

Figura 8.

Exercícios Resolvidos
R.3 As partículas A e B, de massas m e 2 m, deslocam-se ao longo do eixo Ox,
vA vB
com velocidades escalares vA ⫽ 5,0 m/s e vB ⫽ 8,0 m/s.
Qual é a velocidade escalar do centro de massa? A B
Solução: Eixo adotado ⫹
A velocidade do centro de massa C é dada por:
mA v A ⫹ mB v B
vC ⫽
mA ⫹ mB
Como as velocidades vA e vB têm a mesma direção, a igualdade vetorial anterior transforma-se numa igualdade
escalar. Assim, vem:

mAv A ⫹ mBv B m 䡠 5,0 ⫹ 2m 䡠 8,0


vC ⫽ ⇒ vC ⫽ ⇒ vC ⫽ 7,0 m/s
mA ⫹ mB m ⫹ 2m

Resposta: 7,0 m/s


T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 9

R.4 As partículas A e B, de massas 1,5 kg e 1,0 kg, deslocam-se com velocidades vA e vB perpendi- A vA
mA
culares entre si e de módulos vA ⫽ 2,0 m/s e vB ⫽ 4,0 m/s.
Calcule o módulo da velocidade do centro de massa do sistema constituído pelas duas par-
tículas.
Solução:
vB
A quantidade de movimento de um sistema de pontos materiais é a quantidade de movimento
do centro de massa, considerando que toda massa do sistema está concentrada nele, ou seja:
Qsistema ⫽ mvC mB
Vamos, inicialmente, determinar o módulo da quantidade de movimento do sistema em que: B
Qsistema ⫽ QA ⫹ QB
Cálculo de QA:
QA ⫽ mAvA ⇒ QA ⫽ 1,5 䡠 2,0 ⇒ QA ⫽ 3,0 kg 䡠 m/s

a
m
Cálculo de QB:

te
QB ⫽ 4,0 Kg 䡠 m/s

sis
Q
QB ⫽ mBvB ⇒ QB ⫽ 1,0 䡠 4,0 ⇒ QB ⫽ 4,0 kg 䡠 m/s
No triângulo destacado na figura ao lado, temos:
Q 2sistema ⫽ QA2 ⫹ QB2 ⇒ Q 2sistema ⫽ (3,0)2 ⫹ (4,0)2 ⇒ Qsistema ⫽ 5,0 kg 䡠 m/s
Mas Qsistema ⫽ mvC, em que m ⫽ 1,5 kg ⫹ 1,0 kg ⫽ 2,5 kg QA ⫽ 3,0 Kg 䡠 m/s
Portanto: 5,0 ⫽ 2,5 䡠 vC ⇒ vC ⫽ 2,0 m/s

Resposta: 2,0 m/s

R.5 As esferas A e B possuem massas m e 3m, respectivamente. A esfera A é abandonada de uma altura h ⫽ 0,45 m
do solo e B está em repouso.
Seja g ⫽ 10 m/s2 a aceleração da gravidade. Determine:
a) o módulo da aceleração do centro de massa do sistema constituído pelas esferas A e B, enquanto A estiver
em queda livre.
b) o módulo da velocidade do centro de massa do sistema, no instante em que a esfera A atinge o solo.
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A v0 ⫽ 0

g
h

Solução:
a) A aceleração do centro de massa é dada por:
mA a A ⫹ mB a B
aC ⫽
mA ⫹ mB
Sendo mA ⫽ m, mB ⫽ 3m, aA ⫽ g e aB ⫽ 0, vem:
mg mg g
aC ⫽ ⇒ aC ⫽ ⇒ aC ⫽
m ⫹ 3m 4m 4

g 10
Em módulo, temos: aC ⫽ ⇒ aC ⫽ ⇒ aC ⫽ 2,5 m/s2
4 4

b) A velocidade da esfera A no instante em que atinge o solo é:

v A ⫽ 2gh ⇒ v A ⫽ 2 䡠 10 䡠 0,45 ⇒ vA ⫽ 3,0 m/s


A velocidade do centro de massa é dada por:
mA v A ⫹ mB v B
vC ⫽
mA ⫹ mB
Sendo vB ⫽ 0, temos, em módulo:

m 䡠 3,0 3,0m
vC ⫽ ⇒ vC ⫽ ⇒ vC ⫽ 0,75 m/s
m ⫹ 3m 4m

Respostas: a) 2,5 m/s2; b) 0,75 m/s


10 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

R.6 Duas partículas, A e B, de massas mA ⫽ 0,1 kg e mB ⫽ 0,4 kg, são abandona- A t⫽0 B
das no instante t ⫽ 0, na posição indicada na figura.
a) Localize a posição do centro de massa das partículas no instante t ⫽ 0. d⫽3m
b) Sabendo-se que as partículas se atraem, pois foram eletrizadas com
cargas elétricas de sinais opostos, a que distância da posição inicial da
partícula A ocorrerá a colisão? Considere o sistema isolado de forças
externas.
Solução:
a) Sendo xA ⫽ 0 e xB ⫽ 3 m, temos para o centro de massa C : A B

mA x A ⫹ mB x B 0,1 䡠 0 ⫹ 0,4 䡠 3
xC ⫽ ⇒ xC ⫽ ⇒ xC ⫽ 2,4 m 0 3 x (m)
mA ⫹ mB 0,1 ⫹ 0,4

b) O sistema de partículas está isolado de forças externas. Como o centro de massa estava inicialmente em
repouso, pois as partículas foram abandonadas, ele permanece em repouso. Logo, a colisão ocorre exata-
mente na posição do centro de massa, isto é, a 2,4 m da posição inicial da partícula A:
A B
C
t⫽0

A B
C
t

A B
Instante
C da colisão

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Respostas: a) 2,4 m; b) 2,4 m

Exercícios Propostos
P.8 As partículas A e B, de massas m e 3m, deslocam-se na direção do eixo Ox, com velocidades de módulos
vA ⫽ 10 m/s e vB ⫽ 2,0 m/s. Determine o módulo da velocidade do centro de massa para cada um dos casos
abaixo:
a) v A v B
b) vA vB

A B A B
x x

P.9 (UFC-CE) Um conjunto de três partículas, todas de igual massa m, está situado na origem de um sistema de
coordenadas cartesianas xy. Em dado instante, uma delas é atirada na direção x, com velocidade constante
de módulo VX ⫽ 9,0 m/s e outra é atirada na direção y, com velocidade constante de módulo Vy ⫽ 12,0 m/s, fi-
cando a terceira em repouso na origem. Determine o módulo da velocidade do centro de massa do conjunto.

P.10 Num certo instante, duas partículas A e B possuem velocidades indicadas na figura. As partículas possuem
mesma massa e suas velocidades são iguais, em módulo, a 10 m/s. Determine, no instante considerado, o
módulo da velocidade do centro de massa do sistema constituído pelas duas partículas.

B m

60° vB

vA
60° 60°
A
m
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 11

P.11 (FEI-SP) Duas esferas, A e B, de massas MA ⫽ 0,10 kg e MB ⫽ 0,20 kg constituem um sistema físico A B
e não interagem entre si. Na esfera B atua uma força externa F constante e de intensidade 30 N.
Calcule:
a) Os módulos das acelerações das esferas A e B. F
b) O módulo da aceleração do centro de massa do sistema (AB).

P.12 (PUC-RJ) Duas partículas carregadas A e B estão inicialmente em repouso. A partícula B está à distância d ⫽ 6,0 cm
da partícula A, que está na origem do sistema de coordenadas, como mostra a figura.

A B

0 6,0 d (cm)

A partícula A tem carga q e massa m.


A partícula B tem carga ⫺q e massa 2 m.
Considere as partículas constituindo um sistema físico isolado de forças externas.
A que distância da origem elas colidirão?

Exercícios Propostos de recapitulação


M
P.13 (UFPE) Duas partículas, de massa M1 ⫽ M e M 2 ⫽ , estão presas por uma haste de comprimento L ⫽ 48 cm
2
e massa desprezível, conforme a figura. Qual a distância, em centímetros, do centro de massa do sistema em
relação à posição da partícula de massa M1?

M1 M2
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P.14 (UFPE) A figura mostra uma estrutura vertical formada por três barras iguais, homogêneas e de espessuras
desprezíveis. Se o comprimento de cada barra é 90 cm, determine a altura, em centímetros, do centro de mas-
sa do sistema, em relação ao solo.
90 cm

P.15 (UnB) Na figura abaixo, que representa uma placa homogênea, admita que cada quadrado tenha lado igual a
10 cm. Determine, em centímetros, a soma das coordenadas do ponto correspondente ao centro de massa da
placa, caso exista.

0 x
12 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

P.16 (UnB) Admitindo-se, no sistema de coordenadas da figura abaixo, que cada quadradinho tenha 10 cm de lado,
determine as coordenadas do centro de massa do sistema constituído de duas placas homogêneas, uma circu-
lar e outra triangular, cujas massas são iguais. Calcule, em centímetros, o valor da soma das coordenadas obti-
das e despreze a parte fracionária de seu resultado, caso exista.

60

30

30 60 x

P.17 (UFC-CE) Dois discos, de densidades uniformes e espessuras desprezíveis, são colocados no plano xy, confor-
me mostra a figura. Se R ⫽ 10 2 cm, calcule, em centímetros, a distância entre o centro de massa do conjunto
e a origem, do sistema cartesiano xy.
y

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4m

2R

⫺R
0 2R x

⫺R

P.18 (UFC-CE) Três discos de raios R1 ⫽ 21 cm, R2 ⫽ 2R1 e R3 ⫽ 4R1 são feitos de um mesmo material, todos eles com
densidade uniforme e com mesma espessura. Os discos são empilhados sobre o plano xy conforme se mostra
na figura. Note que o centro de cada disco tem projeção sobre o eixo x. Determine a coordenada x do centro de
massa do conjunto.
y

0 x
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 13

P.19 (UFC-CE) A figura ao lado mostra uma peça metálica plana, de espessura e densidade uniformes. A parte hori-
zontal tem comprimento L e largura D e os ramos verticais têm comprimento C e largura D, cada um deles. Se
L ⫽ 98 cm e D ⫽ 16 cm, determine o valor do comprimento C, em centímetros, sabendo que o centro de massa
da peça está sobre a linha MN. Veja a figura.
D D

C C

M N
D

P.20 (Fuvest-SP) Uma placa retangular de comprimento L é constituída pela união de duas partes 1 e 2, como mos-
tra a figura abaixo. A parte 1 é feita de material de massa específica ρ1 e a parte 2 de material de massa especí-
fica ρ2. Suspendendo-se a placa pelo ponto P, de acordo com a figura (AB horizontal), ela permanece em equilí-
2L
brio. Sabe-se que AP ⫽ .
9

A P B

1 2
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D C
L 2L
3 3

a) A que distância do lado AD encontra-se o centro de massa da placa?


ρ1
b) Determine a razão .
ρ2

P.21 Duas pequenas esferas, A e B, de mesma massa, deslocam-se ao A 5,0 m/s B 3,0 m/s
longo do eixo Ox, com velocidades indicadas na figura. Entre as m m
esferas ocorre uma colisão frontal, cujo coeficiente de restitui- x
ção vale 0,5. Determine:
a) a velocidade do centro de massa do sistema constituído pelas duas esferas, antes de ocorrer a colisão;
b) as velocidades das esferas após a colisão;
c) a velocidade do centro de massa do sistema, após a colisão.

P.22 (UFC-CE) Dois pequenos blocos, um de massa m1 e outro de massa m2 ⫽ 2 m1, são abandonados simultanea-
mente no instante t ⫽ 0 na parte superior de dois planos inclinados, conjugados, como mostra a figura abaixo.
m1
m2

30° 60°

Determine, em m/s, o módulo da componente horizontal da velocidade do centro de massa, no instante


t ⫽ 12 3 s . Considere os planos sem atrito e suficientemente longos de modo a garantir que os blocos ainda
estarão sobre eles no instante considerado.
1 3
São dados: g ⫽ 10 m/s2; sen 30° ⫽ cos 60° ⫽ e sen 60° ⫽ cos 30° ⫽
2 2
14 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

P.23 (Fundação Carlos Chagas) Na figura abaixo estão representadas as velocidades vetoriais de duas pequenas esferas
idênticas que constituem um sistema isolado. Qual a intensidade da velocidade do centro de massa do sistema?

A 1,0 cm/s

1,0 cm/s

P.24 (UFC-CE) Dois homens A e B, ambos de massa M, estão nas extremidades de uma plataforma homogênea, de
comprimento L ⫽ 2,16 m e massa 5M, que pode se deslocar sobre uma superfície horizontal plana sem atrito. O
M
homem A joga uma bola de massa para o homem B, que a segura firmemente. Determine, em centímetros,
5
o deslocamento da plataforma com relação à posição inicial.

P.25 (UFC-CE) Um homem de massa m está de pé sobre uma superfície horizontal perfeitamente lisa, separado de
uma distância d de um bloco pesado de massa M. O homem tenta puxar para si o bloco por meio de uma corda
inextensível de massa desprezível. Ele dá um rápido puxão na corda e ambos deslizam um para o outro até se
encontrarem em certo ponto. Determine, em função da distância d e das massas m e M, a posição de encontro
entre o homem e o bloco a partir da posição inicial do homem.

P.26 (UnB)

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Figura I. Figura II.

Figura III.

Com base nas três figuras acima, que mostram imagens do movimento de três diferentes atletas saltando de
uma prancha, nas quais os pontos indicados representam os respectivos centros de massa dos atletas, julgue
os itens a seguir, considerando que a aceleração da gravidade é igual nas situações mostradas.
1) Desprezando-se as forças dissipativas, as trajetórias dos centros de massa dos atletas nos três casos são
parabólicas.
2) O tempo durante o qual cada atleta permanece no ar é diretamente proporcional à aceleração da gravi-
dade.
3) Se as massas dos três atletas forem iguais e as trajetórias dos seus centros de massas forem idênticas, en-
tão a energia mecânica total do atleta na figura I será igual à do atleta na figura II.
4) Na figura III, a trajetória da cabeça do atleta é uma parábola.
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 15

Testes Propostos
T.1 (ITA-SP) Dadas 3 partículas e suas respectivas y (cm)
posições, m(x; y), em que m é a massa em quilo-
gramas, x e y as posições em metros, tais que
2 (3; 6), 4 (4; 4), 2 (1; 2).
80
y (cm)

60 Disco 1 Disco 2
m1 m2
6
40

A B
4 20 Disco 4 Disco 3
D m4 m3
C E
2
0 20 40 60 80 x (cm)

A distribuição de massa em cada disco é homo-


0 2 4 6 x (cm) gênea. As coordenadas (x, y) do centro de massa
desse conjunto de discos são dadas, em centíme-
Indique qual dos pontos do gráfico representa o tros, pelo par ordenado:
centro de massa do sistema. a) (40, 40)
a) A b) (20, 32)
b) B c) (20, 60)
c) C d) (40, 32)
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d) D e) (40, 20)
e) E
T.4 (FCMSC-SP) Na figura a seguir, C é o centro de
T.2 (Vunesp-SP) Duas esferas homogêneas, de raios massa de um sistema constituído por três esferas
R1 e R2 e massas m1 e m2, foram fixadas uma à (e1, e2 e e3 ) de mesma massa.
outra de modo a formar um sistema rígido, indi-
cado na figura a seguir. Y (cm)

5
O1 O2
R2 4
R1
m2
m1 e2
3
C
2
m
Sendo R1 ⫽ 2R2 e m1 ⫽ 2 , o centro do sistema e1
2 1
assim constituído encontra-se:
a) no centro da esfera maior. 0 1 2 3 4 5 6 X (cm)
b) no centro da esfera menor.
c) no ponto de fixação das esferas.
A terceira esfera não aparece na figura. X e Y são
d) a meia distância entre o centro O1 e o ponto
de fixação. eixos de um sistema de referência. Quais são as
e) a meia distância entre o centro O2 e o ponto coordenadas Xc e Yc do centro da esfera e3?
de fixação. (Os centros de massa das três esferas estão con-
tidos no plano XY.)
T.3 (UFC-CE) Quatro discos, 1, 2, 3 e 4, todos de mes- a) Xc ⫽ ⫺5,0 e Yc ⫽ ⫺2,5
mo raio R ⫽ 20 cm, e de massas m 1 ⫽ 1 kg, b) Xc ⫽ 5,0 e Yc ⫽ 2,5
m2 ⫽ 2 kg, m3 ⫽ 3 kg, e m4 ⫽ 4 kg estão arruma- c) Xc ⫽ ⫺2,5 e Yc ⫽ 2,5
dos no plano horizontal, xy, conforme mostra a d) Xc ⫽ 2,5 e Yc ⫽ ⫺2,5
figura a seguir. e) Xc ⫽ 2,5 e Yc ⫽ 2,5
16 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

T.5 (Cesgranrio) Seis peças de um jogo de dominó T.8 (UFPA) Um corpo esférico de massa 6m rola so-
estão dispostas como na figura. Dos pontos indi- bre um plano horizontal sem atrito em direção a
cados (F, G, H, I, J ) o que melhor localiza o cen- outro corpo esférico em repouso e de massa m,
tro de massa desse conjunto é: com velocidade v constante. Quando os dois cor-
pos estão separados por uma distância d, o cen-
F tro de massa do sistema estará situado a uma dis-
tância da esfera maior dada por:
G 6m m
v
H
I Repouso
d 6d d
J a) c) e)
11 7 5
d d
a) F b) G c) H d) I e) J b) d)
9 7

T.6 (Uerj) A forma de uma raquete de tênis pode ser T.9 (UFPA) Na questão anterior a velocidade do cen-
esquematizada por um aro circular de raio R e tro de massa é:
massa m1, preso a um cabo de comprimento L
6v v
e massa m2. a) d)
L 7 7
Quando R ⫽ e m1 ⫽ m2, a distância do centro de
4 7v
b) v e)
massa da raquete ao centro do aro circular vale: 6
R 3R v
a) c) c)
2 2 6
b) R d) 2R
T.10 (ITA) Uma haste rígida e de massa desprezível pos-
sui presas em suas extremidades duas massas

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T.7 (ITA) Uma bola de 0,50 kg é abandonada a partir
do repouso a uma altura de 25 m acima do chão. idênticas m. Este conjunto acha-se sobre uma su-
No mesmo instante, uma segunda bola, com mas- perfície horizontal perfeitamente lisa (sem atrito).
sa de 0,25 kg, é lançada verticalmente para cima, a Uma terceira partícula também de massa m e ve-
partir do chão, com uma velocidade inicial de locidade v desliza sobre esta superfície numa di-
módulo 15 m/s. As duas bolas movem-se ao longo reção perpendicular à haste e colide com uma
de linhas muito próximas, mas que não se tocam. das massas da haste, ficando colada à mesma
Adote g ⫽ 10 m/s2 e despreze o efeito de resistên- após a colisão.
cia do ar.
m
0,5 kg

m v
m

Podemos afirmar que a velocidade do centro de


25 m
massa vCM (antes e após a colisão) bem como o
movimento do sistema após a colisão serão:
Movimento
vCM(antes) vCM(após) subseqüente
do sistema
0,25 kg a) 0 0 circular e uniforme.
v
b) 0 translacional e rotacional.
Após 2,0 segundos, a velocidade do centro de 3
massa do sistema constituído pelas duas bolas
v
tem módulo igual a: c) 0 só translacional.
3
a) 11 m/s, e é dirigida para baixo.
b) 11 m/s, e é dirigida para cima. V v
d) translacional e rotacional.
c) 15 m/s, e é dirigida para baixo. 3 3
d) 15 m/s, e é dirigida para cima. V
e) 20 m/s, e é dirigida para baixo. e) 0 só rotacional.
3
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 17

T.11 (ITA) Nas extremidades de uma haste homogê- T.13 (ITA) As massas m1 ⫽ 3,0 kg e m2 ⫽ 1,0 kg foram fi-
nea, de massa desprezível e comprimento L, xadas nas extremidades de uma haste homogênea,
acham-se presas as massas m1 e m2. Num dado de massa desprezível e 40 cm de comprimento.
instante, as velocidades dessas massas são, res-
m1
pectivamente, v1 e v2, ortogonais à haste.

v1

L m2
m1 40 cm

v2

Seja vCM a velocidade do centro da massa, em re-


m2
lação ao laboratório, e seja ω o módulo da veloci-
dade angular com que a haste se acha girando em P
torno de um eixo que passa pelo centro de mas- Este sistema foi colocado verticalmente sobre
sa. Pode-se mostrar que: uma superfície plana, perfeitamente lisa, confor-
vCM ω me mostra a figura, e abandonado. A massa m1
m1v 1 ⫺ m2 v 2 兩v1 ⫺ v2兩 colidirá com a superfície a uma distância x do
a)
m1 ⫹ m2 L ponto P dada por:
a) x ⫽ 0 (no ponto P )
m2 v 2 ⫺ m1v 1 兩v2 ⫺ v1兩 b) x ⫽ 10 cm
b)
m1 ⫹ m2 L c) x ⫽ 20 cm
d) x ⫽ 30 cm
m1v 1 ⫹ m2 v 2 兩v1 ⫺ v2兩
c) e) x ⫽ 40 cm
m1 ⫹ m2 L

m1v 1 ⫹ m2 v 2 ( v1 ⫹ v2 ) T.14 Uma pedra está em repouso sobre uma superfície


d) horizontal perfeitamente lisa. Em seu interior há
m1 ⫹ m2 L
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uma pequena bomba, que, ao explodir, estilhaça


m1v 1 ⫺ m2 v 2 ( v1 ⫹ v2 ) a pedra em três pedaços de massas diferentes,
e)
m1 ⫹ m2 L que passam a deslizar sobre a superfície horizon-
tal. Nessas condições, após a explosão, o que
T.12 (Fundação Carlos Chagas-SP) A figura abaixo re- acontece com o centro de massa da pedra?
presenta um corpo B preso a um corpo A por in- a) Desaparece.
termédio de uma mola M. b) Movimenta-se com velocidade do pedaço de
maior massa.
c) Permanece em repouso.
f d) Movimenta-se com velocidade igual à soma
das velocidades escalares dos três pedaços.
A e) Realiza MRU.

M T.15 (Fundação Carlos Chagas-SP) Um núcleo N desin-


tegra-se em três partículas: um novo núcleo N ’,
B um elétron e um neutrino. Não há forças externas
atuando. A velocidade do centro de massa N no
O conjunto está preso ao teto por um fio f e o cor- instante que precedeu a desintegração era igual
po B está oscilando verticalmente. Em determi- a v, em relação ao sistema do laboratório. Pode-
nado instante, o fio f arrebenta e o conjunto cai. se dizer que, em relação ao mesmo sistema:
Desprezando-se a resistência do ar, podemos afir- a) o centro de massa do sistema das três partí-
mar corretamente que, durante a queda, culas produzidas após a desintegração conti-
a) a velocidade do centro de massa do conjunto nua com a mesma velocidade e mesma traje-
é constante. tória que o centro de massa da partícula ini-
b) a aceleração do centro de massa do conjunto cial N.
é constante. b) a velocidade de N é ainda v.
c) a quantidade de movimento do corpo A é c) as trajetórias descritas pelas três partículas
constante. finais e pela inicial são sempre coplanares.
d) a quantidade de movimento do corpo B é d) não há necessariamente conservação da
constante. quantidade de movimento, antes e depois
e) as acelerações dos corpos A e B são cons- da desintegração.
tantes. e) nada do que se afirmou é correto.
18 O S F U N DA M E N TO S DA FÍSICA

T.16 (F. M. Taubaté-SP) Um objeto de massa M, inicial- c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
mente em repouso, explode em duas partes A e d) As afirmativas I e II são verdadeiras.
1 2 e) As afirmativas II e III são verdadeiras.
B, com massas de e , respectivamente, da
3 3
massa do objeto inicial. Sabendo que a distância T.18 (F. M. Itajubá-MG) Uma granada é lançada com
entre elas em um instante t é de 30 m, então a dis- uma velocidade inicial v0 formando ângulo θ com
tância do corpo B ao ponto de explosão será: a vertical, e, após descrever a trajetória da figu-
a) 10 m c) 15 m e) n.d.a. ra, ela explode.
b) 20 m d) 18 m y

T.17 (U. E. Londrina-PR) Uma das armas utilizadas v0


pela forças especiais dos Estados Unidos da
América e da Inglaterra contra as bases do
Talibã são os mísseis Tomahawk. Esses mísseis
podem ser lançados de navios ou aviões. Dirigi- 0 x
dos por satélite, viajam a 880 km/h, podendo al-
Após a explosão, o centro de massa dos fragmen-
cançar alvos situados a 1.600 km. Suponha que
tos da granada descreverá a trajetória:
um desses mísseis seja lançado do porta-aviões
a)
USS Carl Vinson, situado no Golfo Pérsico, em
direção a uma base Talibã situada em Shidand,
e descreva uma trajetória parabólica. Suponha
também que esse míssil possua um sensor com x
o qual se pode explodi-lo no ar, de modo que ele
se fragmente em pedacinhos pequenos, para b)
evitar, por exemplo, que atinja indevidamente a
população civil. No caso de haver uma explosão
como essa, no ar, e com respeito ao movimento
do centro de massa dos fragmentos após a ex- x

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plosão, considere as seguintes afirmativas, des-
prezando-se o efeito do ar: c)
I. O centro de massa dos fragmentos continua
descrevendo uma trajetória parabólica, por-
que a explosão representa somente o efeito
das forças internas. x
II. A energia mecânica não é conservada, pois ela
sofre um aumento, devido à conversão da ener- d)
gia química armazenada em energia mecânica;
mas a resultante das forças externas e o movi-
mento do centro de massa não se alteram.
III. O centro de massa dos fragmentos não conti- x
nua mais descrevendo uma trajetória parabó-
lica, pois a explosão fará com que os fragmen- e)
tos sigam trajetórias próprias.
Aponte a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira. x
T EMA ESPECIAL — CENTRO DE MASSA 19

Respostas

xC ⫹ yC ⫽ 27,5 ⫹ 50
Tema especial P.15
xC ⫹ yC ⫽ 77,5 cm
Centro de Massa P.16 xC ⫹ yC ⫽ 20 ⫹ 20
Exercícios propostos xC ⫹ yC ⫽ 40 cm
P.17 28 cm
P.1 C (3 cm; 3,4 cm)
P.18 73 cm
P.2 a) AC ⫽ 30 cm
b) AC ⫽ 20 cm P.19 28 cm
c) AC ⫽ 10 cm
2L ρ1
P.3 C (0, 25 cm) P.20 a) b) ⫽ 16
9 ρ2
 R 3 P.21 a) 4,0 m/s
P.4 C  0, 
3  b) As velocidades das esferas A e B após a colisão são

respectivamente 3,5 m/s e 4,5 m/s.
h 2a ⫹ b c) 4,0 m/s
P.5 yC ⫽ 䡠
3 a⫹b P.22 30 m/s
2 P.23 2,5 cm/s
Rr
P.6 xC ⫽ ⫺ P.24 6 cm
2(R 2 ⫺ r 2 )
yC ⫽ 0 Md
P.25
P.7 ⯝0,74R M⫹d

P.8 a) 4,0 m/s P.26 1-): correta. 2-), 3-) e 4-): erradas.
b) 1,0 m/s
Testes propostos
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P.9 5,0 m/s


T.1 b T.2 c T.3 d
P.10 5,0 m/s
2 T.4 c T.5 d T.6 c
P.11 a) zero; 150 m/s
b) 100 m/s2 T.7 c T.8 d T.9 a
P.12 As partículas A e B colidirão a 4,0 cm da origem. T.10 d T.11 d T.12 b
P.13 16 cm T.13 b T.14 c T.15 a
P.14 60 cm T.16 a T.17 d T.18 c

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