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PORTUGUÊS
FIGURAS DE LINGUAGEM
Metáfora: é a translação do sentido próprio de uma palavra para outro,
por analogia ou por semelhança, ou seja, consiste em usar uma palavra
pela outra por força de uma comparação mental.
Ex.:
- Ele é um burro.
- Esse garoto é uma águia.
- Ela me encarou e seu olhar era pedra.
- Esse problema é só a ponta do iceberg.
- Eu não recuso doces, sou uma formiga.
- Essa notícia foi um balde de água fria.
- Minha filha está uma girafa!
- Esta informação será a chave do problema.
METÁFORA
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Comparação ou símile: é a analogia efetuada entre dois seres ou objetos
por meio de conectivos comparativos explícitos.
Ex.:
- Ela é como uma sereia.
- Ele é como um burro.
- A família está reunida que nem na noite de Natal.
- Aquela velha parece uma bruxa.
- Essa garotinha é linda como uma princesa.
- Esse avião parece um passarinho.
- Seus olhos brilhavam que nem esmeraldas.
- Nunca me vergarei e, tal qual uma árvore, morrerei de pé.
COMPARAÇÃO
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Catacrase: é o desvio do significado natural de um vocábulo. É uma
metáfora desgastada.
Ex.:
- Pé da cadeira.
- Cabeça do prego.
- Dente de alho.
- Maça do rosto.
CATACRASE
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METONÍMIA X PERÍFRASE OU
ANTONOMÁSIA
Metonímia: é a figura de linguagem que consiste na substituição do
sentido de um vocábulo pelo de outro com o qual está intimamente
relacionado.
Ex.:
- Ele estava lendo Camões (A obra de Camões).
- Eu amo ler Harry Potter. (Os livros do Harry Potter)
- A palidez tomou conta de seu rosto. (O medo tomou conta de seu
rosto).
- Vivo do meu suor. (Trabalho)
- Traga-me uma coca-cola (Traga-me um refrigerante)
- Ele adora uma antárctica.
- Os mortais vivem como se fossem eternos.
- Édson ilumina o mundo.
- A democracia mais uma vez venceu. (O sistema democrático)
METONÍMIA
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Perífrase ou antonomásia: é um tipo especial de metonímia que se
caracteriza por substituir um ser ou um objeto por uma expressão que
facilmente o identifica. É um apelido.
Ex.:
- Aqui jás o rei dos judeus. (Jesus)
- O rei da selva se levantou. (Leão)
- O país do sol nascente perdeu a guerra. (Japão)
- O Herói de Tróia morreu com uma flecha. (Aquiles)
- Aquele que tudo pode nos protege. (Deus)
- Meu animal preferido é o melhor amigo do homem. (cachorro)
- O Berço dos Faraós ainda causa espanto hoje em dia. (Egito)
- Hipócrates, o pai da medicina, nos brindou com seu conhecimento.
PERÍFRASE OU ANTONOMÁSIA
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Antítese: é a figura que consiste no emprego de termos ou pensamentos
em oposição, de forma que faça sobressair um pelo outro.
Ex.:
- Estamos entre a fome e a fartura.
- Aqui, a vida e a morte coexistem.
- Nós construimos e eles destruiram.
- Alguns nasceram para subir, outros para descer.
ANTÍTESE
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Anáfora: é a figura de linguagem que consiste na repetição de uma
mesma palavra, de um mesmo vocábulo no início de cada oração, de cada
período ou de cada verso de uma composição.
Ex.:
Vi os navios irem e voltarem.
Vi os infelizes irem e voltarem.
Vi os homens obesos dentro do fogo.
Vi os ziguezagues na escuridão.

Feliz eu sou...
Feliz tu és...
Feliz todos somos...

Andei por sobre o monte.


Andei pela viela.
Andei por todo o lugar.
ANÁFORA
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Apóstrofe ou invocação: consiste num chamamento, numa invocação,
numa interpelação que se faz a alguém. Representa a figura do vocativo
em sintaxe.
Ex.:
- Lua, ó lua, manda meu beijo pra ela.
- Óh Deus! Ajude-me!
- "Pai Nosso, que estais no céu…"
- Óh Mãe Natureza!
APÓSTROFE OU INVOCAÇÃO
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Eufenismo: consiste no emprego de palavras ou expressões com o
objetivo de diminuir o impacto da mensagem.
Ex.:
- Os funcionários da limpeza pública entraram em greve. (Garis,
lixeiros)
- Sinto muito. Você não foi feliz nos exames. (Não passou nos exames)
- Você é desprovido de beleza. (Você é feio)
- O prefeito ficou rico por meios ilícitos.
EUFENISMO
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Assíndeto: é a figura oposta ao polissíndeto. Consiste na supressão dos
conectivos entre os termos e orações a fim de tornar a mensagem mais
concisa, mais enxuta.
Ex.:
- Range, ri, treme, devasta, insulta e vence.
- Vim, vi, venci.
ASSÍNDETO
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Polissíndeto: é a figura que consiste na repetição intencional de
conectivos, geralmente, coordenativos a fim de conferir maior
expressividade entre os elementos unidos pelos conectivos.
Ex.:
- Vi a cama e o guarda-roupa e a cômoda e a escrivaninha.
POLISSÍNDETO
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ELIPSE X ZEUGMA
Elipse: é a omissão de um termo ou de uma oração inteira, sendo que
essa omissão geralmente fica subentendida pelo contexto.
Ex.:
- Na terra tanta guerra, tanto engano, Tanta necessidade aborrecida!”
(Omissão do verbo haver)
- A cada um o que é seu. (Omissão de Deve se dar)
- Sobre a mesa, apenas um copo d’ água e uma maçã. (Omissão do
verbo haver)
ELIPSE
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Zeugma: trata-se de um caso especial de elipse, quando o termo omitido
já tiver sido expresso anteriormente.
Ex.:
- Cada criança escolheu um brinquedo; os meninos pegaram carrinhos,
as meninas, bonecas. (Omissão do verbo pegaram na segunda oração)
- Nessa terra existe tanta esperança, mas não quem tenha coragem de
fazer algo. (Omissão do verbo existe na segunda oração)
ZEUGMA
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Gradação: consiste no emprego de palavras ou ideias em progressão
ascendente ou descendente a fim de obter um efeito estilístico.
Ex.:
- O homem cansado, enfermo, doente, sem forças, subiu aquele
morro.
- O trigo... nasceu, cresceu, espinhou, amadureceu, colheu-se,
mediu-se.
- Isso é igual em todo lugar: aqui, ali, na esquina, em outro país, do
outro lado do mundo.
GRADAÇÃO
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Hipérbato: consiste na alteração da ordem direta dos termos em uma
oração.
Ex.:
- “A quem o nascimento fez em Portugal, grande, o valor no Oriente.”
- Há pouco a flor do tamarindo abriu-se.
- Da lua os claros raios rutilavam. (Na ordem direta, o verso estaria
disposto desta maneira: “Os claros raios da lua rutilavam”)
- Feliz ele estava.
HIPÉRBATO
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Hipérbole: consiste no emprego de expressões ou palavras com o sentido
exagerado, extrapolado.
Ex.:
- Mulher, não te vejo há séculos.
- Já falei mil vezes.
- Cheguei em casa morto de cansaço.
- A moça é burra como uma porta. (Comparação e Hipérbole)
HIPÉRBOLE
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Ironia: ocorre quando a palavra ou a sentença exprime normalmente o
contrário daquilo que queremos dar a entender com ela. Em muitas
situações, pode revelar sarcasmo, zombaria, chacota.
Ex.:
- Que belo trabalho, derrubou tudo no chão.
- Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
- A sopa estava uma delícia: fria e sem tempero.
- Ele estudou tanto que tirou zero na prova.
- Felicidade é trabalhar muito e receber pouco.
IRONIA
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Paradoxo ou oximimoro: é uma espécie de antítese mais radical, pois
trabalha com termos em oposição, contraditórios, colocados lado a lado.
Ex.:
- Cansei me de viver nesse céu infernal.
- É ferida que dói e não se sente.
- Esse calor gelado destrói meu corpo.
- Estou cego e vejo.
- Quanto mais trabalha menos ganha.
- Ela vivia morta.
PARADOXO OU OXIMIMORO
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Pleonasmo ou Redundância: é uma figura pela qual se empregam
palavras que, se bem não sejam necessárias para a perfeita expressão do
pensamento, dão-lhe, todavia, mais força, mais energia. Consiste,
literalmente, na repetição de uma ideia já contida em termos e expressões
anteriores a fim de aumentar a força da mensagem.
Ex.:
- Vi aquilo com meus próprios olhos.
- Ouvi tudo com meus próprios ouvidos.
- Andei até aqui com minhas próprias pernas.
PLEONASMO OU REDUNDÂNCIA
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Prosopopeia, personificação ou animismo: consiste em se atribuírem
qualidades humanas a seres inanimados, personificando-os.
Ex.:
- As estrelas foram chamadas e disseram: – Aqui estamos.
- De repente o Burro falou: - Vamos logo!
- O sol ficou triste pela lua.
- As pedras andam vagarosamente.
- A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
- Pelo caminho nos deparamos com uma nevasca cruel.
- Nada mais pude fazer, a não ser aceitar a sinistra face da morte.
PROSOPOPEIA, PERSONIFICAÇÃO OU
ANIMISMO
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Silepse é uma figura de linguagem caracterizada por estabelecer
concordância não com as palavras que compõem a frase, mas com a ideia
que se pretende transmitir ou com termos subentendidos.
Não obedece às regras de concordância gramatical, estabelecendo uma
concordância ideológica.
Ocorre silepse de gênero quando há uma discordância gramatical entre
os gêneros dos artigos, substantivos, adjetivos, pronomes,... O gênero
indica o masculino e o feminino.
Ex.:
-Angra dos Reis é encantadora! (a concordância é feita com a palavra
cidade, feminina, que está subentendida)
- Pernambuco é encantadora.
-A Rio-Santos está engarrafada. (a concordância é feita com a palavra
rodovia, feminina, que está subentendid@)
-A gente está cansado, precisando de férias. (a concordância é feita com
o sexo do emissor e não com a locução pronominal)
-Vossa Santidade está alerta para os problemas atuais da igreja católica.
(a concordância é feita com o sexo da pessoa em questão e não com
o pronome de tratamento)
- A gente está faminto.
- Ele contava os dias para chegar à sua amada Belo Horizonte.
SILEPSE DE GÊNERO
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Ocorre silepse de número quando o sujeito é uma palavra no singular
que transmite uma ideia de coletividade, havendo uma discordância
gramatical entre o sujeito e o verbo das orações que estão mais distantes
do sujeito. O número indica o plural e o singular.
Ex.:
-O casal viajou pela Europa e tiraram muitas fotos. (a concordância é
feita com a ideia de plural transmitida pelo substantivo casal)
-A multidão encheu as ruas e protestaram por um ensino melhor.
(a concordância é feita com a ideia de plural transmitida pelo
substantivo multidão)
-A maioria das crianças gostam de chocolate. (a concordância é feita com
a
- A população chegou agitada ao comício, levavam cartazes e apitos.
- O povo se uniu e gritavam muito alto nas ruas.
SILEPSE DE NÚMERO
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Ocorre silepse de pessoa quando há discordância entre o sujeito e a
pessoa verbal. Normalmente, o emissor se inclui num sujeito da terceira
pessoa do plural (eles), fazendo a flexão verbal na primeira pessoa do
plural (nós).
Ex.:
-Todos preferimos viajar de avião. (a concordância é feita com nós e
não com eles: preferem)
-A situação é complicada porque os alunos queremos a anulação da
prova.
(a concordância é feita com nós e não com eles: querem)
-Os três íamos conversando sobre assuntos cotidianos. (a concordância
é feita com nós e não com eles: iam)
-O problema é que os três queremos comemorar aniversário no mesmo
dia.
- Todos os pesquisadores estamos ansiosos com o congresso.
SILEPSE DE PESSOA
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Sinestesia: consiste na mistura de sensações perceptíveis por órgãos do
sentido diferentes. Busca-se, com isso, oferecer maior expressividade à
sensação primitiva, mais forte.
Ex.:
- O locutor do aeroporto possui uma voz doce e aveludada.
- O vinho apresentava um gosto quente, áspero.
- Na reunião, ele usou ásperas palavras.
- No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos.
- “…chuvinha de água viva esperneando luz … com gosto de mato, meio
baunilha, meio manacá, meio alfazema…”
- Ouça a melodiosa e macia voz, que canta louvores ao Senhor.
SINESTESIA
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Anacoluto ou frase quebrada: é uma construção interrompida e depois
retomada com outra estrutura. Com esta quebra, um dos termos da
estrutura oracional geralmente acaba sem função sintática.
Anacoluto ou frase quebrada: é uma figura de linguagem que, segundo
a retórica clássica, consiste numa irregularidade gramatical na estrutura
de uma frase, como se começássemos uma frase e houvesse uma
mudança de rumo no pensamento - por exemplo, através do desrespeito
das regras de concordância verbal ou da sintaxe.
Ex.:
- A minha roupa, levo-a sempre àquela lavandaria. (O termo "a minha
roupa" aparece desligada do resto da frase, onde é substituído por um
pronome)
- O João Paulo, parece que as coisas não lhe correm bem.
- As outras, que as asas do anjo Azrael se estendam sobre os seus
cadáveres.
- Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe amolde a índole
rancorosa.
- A terra em que tu morreres, nessa morrerei.
- Os três reis orientais, que vieram adorar o Filho de Deus
recém-nascido em Belém, é tradição da igreja que um era preto.
- Eu, acho que estou passando mal.
- Crianças, como são difíceis de lidar.
- A vida, não sei como será sem ele.
- A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha.
ANACOLUTO
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Aliteração: é uma figura de linguagem que consiste na repetição de sons
de consoantes iguais ou semelhantes. Ocorre geralmente, no início das
palavras, que compõem versos ou frases, mas pode estar também no meio
ou no fim.
Ex.:
- Em nossa viagem, passamos por uma terra feia, fria, mas farta.
- Fumo e fogo resfolga a férrea máquina.
- Pedro pedreiro penseiro esperando o trem.
- O rato roeu a roupa do rei de Roma.
- O peito do pé de Pedro é preto.
ALITERAÇÃO
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VÍCIOS DE LINGUAGEM
Barbarismo: é o desvio da norma quanto à grafia, pronúncia, morfologia
ou semântica.
Ex.:
- Essa mantêga é da boa. (manteiga)
- Cadê meus dicumentos? (documentos)
- Já estou sastisfeito. (satisfeito)
- Joana advinhou a charada. (adivinhou)
- Solicitou a rúbrica do aluno no contrato. (rubrica)
- Os cidadões exigem seus direitos na sociedade. (cidadãos)
BARBARISMO
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Solecismo: é um desvio em relação a sintaxe. Este pode ser de
concordância, de regência ou de colocação.
Ex.:
- Haviam muitas pessoas na festa. (havia)
- No bar, haviam muitos bêbados. (havia)
- Fazem quatro meses que ele não vem me visitar. (faz)
- Eu assisti o filme no cinema. (ao)
- Cheguei no Rio de Janeiro semana passada. (ao)
- Me empresta o seu caderno? (empresta-me)
- Trabalhei tanto andando que não aguento-me em pé. (me aguento)
SOLECISMO
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Estrangeirismo: é o uso de palavras estrangeiras em nosso idioma.
Ex:
- Sorry meu amigo.
- Estarei aqui meu brother.
- O show de hoje vai ser ótimo!
- Vamos tomar um chope depois do trabalho?
ESTRANGEIRISMO
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Cacofonia: é o encontro ou a repetição de fonemas ou sílabas que fazem
um efeito desagradável ao ouvido.
Ex.:
- Meu Deus não seja já.
- Clemente mente constantemente.
- Vou-me já.
- Meu coração por ti gela.
CACOFONIA
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Consiste no emprego de vocábulos ou expressões que são antiquados ou
que já caíram em desuso.
Ex.:
- Vosmecê em vez de “você”
- Cachete em vez de “comprimido”
- Cristaleira em vez de “estante”
- Velida em vez de “bela”
- Coita em vez de “dor, aflição”
- Bofé em vez de “boa-fé”
ARCAÍSMO
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