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Introd Inspecao Aeronaves PDF
Introd Inspecao Aeronaves PDF
Inspeção de
Aeronaves
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
92 p. :il. – (EaD)
CDU 629.73
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 7
1 Introdução 9
2 Inspeções Obrigatórias 9
3 Inspeções Especiais 11
8 Inspeções Preventivas 14
9 Parciais 14
10 Gerais 14
11 Inspeções Corretivas 15
12 Inspeções Qualitativas 15
14 Ensaios Destrutíveis 16
Glossário 17
Atividades 18
Referências 19
1 Introdução 21
2 Preditivas 21
3 Progressivas 21
5 On Condition (OC) 23
3
6 Pré-Voo 23
7 Pós-Voo 23
8 Ocasionais 24
9 Estruturais 24
Glossário 25
Atividades 26
Referências 27
1 Introdução 29
2 Inspeção Visual 29
3 Inspeção Dimensional 30
6 Inspeção Ultrassônica 34
9 Indicações 38
10 Descontinuidades 40
11 Fluxo 41
12 Magnetização 43
Glossário 47
Atividades 48
Referências 49
4
1 Introdução 51
2 Unidade Fixa 51
3 Unidade Portátil 52
4 Materiais Indicadores 53
5 Desmagnetização 54
6 Método Padrão 54
Glossário 55
Atividades 56
Referências 57
Unidade 5 | Documentação 58
1 Introdução 59
2 Ficha de Inspeção 59
3 Documentação do Avião 60
4 Publicações 60
4.5 Regulamentos 62
Glossário 65
Atividades 66
Referências 67
5
Unidade 6 | Sistema ATA-100 68
1 Introdução 69
2 Grupos 69
Glossário 74
Atividades 75
Referências 76
1 Introdução 78
4 Diagonal de Célula 81
5 Diagonal de Motor 82
Glossário 83
Atividades 84
Referências 85
Gabarito 86
6
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 7 unidades, conforme
a tabela a seguir.
Bons estudos!
7
UNIDADE 1 | TIPOS DE
INSPEÇÃO
8
1 Introdução
São vários os tipos de inspeções realizadas para assegurar as boas condições de voo,
que vão desde uma simples caminhada em torno da aeronave, até uma desmontagem
completa desta para serem observados, substituídos ou reparados todos os
componentes que as compõem e a faz voar.
Não se pode deixar de enfatizar a importância das inspeções e da utilização correta das
tasks e dos manuais de manutenção dos fabricantes, que são os norteadores de um
trabalho realizado de forma correta e segura, tanto na utilização de ferramentas como
com a utilização de produtos e métodos aplicados na manutenção.
2 Inspeções Obrigatórias
9
Os minutos do controle horário são sempre encerrados em zero
hh
O ciclo de motor é uma porcentagem da hora voada determinada
pelo fabricante ou o ciclo completo de uma partida com
aceleração, decolagem, pouso e corte do motor.
ee
A APU não é fornecedora de força propulsiva, apenas fornece
energia elétrica e pneumática para a aeronave.
10
3 Inspeções Especiais
Em um pouso com impacto excessivo (pouso brusco ou duro), em que o choque com a
pista de pouso tenha sido muito forte ou com excesso de peso, o esforço estrutural
sofrido pela estrutura da aeronave é difícil de ser calculado, tornando-se necessário
efetuar uma inspeção especial determinada pelo fabricante de como e onde a inspeção
será feita.
11
Dependendo dos danos apresentados, às vezes torna-se necessário verificar o
alinhamento da estrutura da aeronave, bem como efetuar novo balanceamento de
comandos primários e secundários de voo.
As rajadas tendem a acelerar o avião, porém uma força contrária, a inércia, age no
sentido de resistir a esta ação, aumentando consequentemente o peso do avião e os
esforços estruturais.
Durante uma inspeção de turbulência severa, atenção deve ser dada às superfícies
dorsal e ventral das asas (cambras), quanto a empenos excessivos ou rugas. Caso
sejam detectadas rugas nas cambras das asas, devem ser removidos os rebites da área
enrugada e examinar seus corpos quanto a cisalhamento ou deformação.
Inspecionam-se ainda as longarinas e os bordos de ataque das asas, desde a raiz até as
pontas das asas. Verifica-se também se existem pontos de vazamentos de combustível
dos tanques, indicando sinal de que uma área possa ter recebido sobrecargas que
provocaram o rompimento da vedação ou abriram as costuras das chapas.
12
6 Inspeção por Impacto de Raio
As inspeções especiais por impacto de raios são realizadas por meio de ensaios
não destrutíveis para a verificação da profundidade do dano ou mesmo rachaduras
provocadas pelo pico de raio que uma superfície metálica recebeu.
Uma partida quente no motor é considerada uma partida anormal, pois todo motor
tem um limite máximo de temperatura que pode atingir sem prejudicar a têmpera das
peças. Caso ocorra uma extrapolação da temperatura durante um ciclo de partida, uma
inspeção especial deverá ser realizada nas partes internas dos motores, com o intuito
de verificar as peças que perderam a sua confiabilidade quanto ao seu coeficiente de
dilatação térmica.
Sinais de danos provocados por partida quente são facilmente identificados pela
coloração azulada das peças internas que perderam sua têmpera. Todas as peças
nessas condições deverão ser substituídas, bem como deverá ocorrer uma verificação
de rachaduras nas áreas quentes do motor.
13
8 Inspeções Preventivas
9 Parciais
10 Gerais
14
mês. A Tabela 2 mostra que ela foi dividida em tipos A, 2A, 3A, B, 2B e C, cumprindo-
se cartões para verificação de itens e de sistemas específicos determinados pelo
fabricante, como se segue:
Tabela 1: Inspeção preventiva parcial e geral
Meses 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
A/2A/ A/2A/3A/
Tipo A A/2A A/3A A/2A/B A A/2A/3A A A/3A A/2A A
B/2B B/C
11 Inspeções Corretivas
12 Inspeções Qualitativas
15
13 Ensaios Não Destrutíveis
14 Ensaios Destrutíveis
São os testes realizados somente pelo fabricante para determinar os limites de danos
aceitáveis das peças aeronáuticas que não comprometam a segurança de voo da
aeronave, e para determinar os intervalos de inspeção, bem como o Tempo Básico
entre Operações (TBO) ou Time Between Overhaul, encontrados por meio do estudo
estatístico de falhas: Tempo Médio Entre Falhas (MTBF) ou Mean Time Between Failures.
hh
Os ensaios destrutíveis levam ao dano da peça, às vezes
tornando-as inutilizáveis.
Resumindo
As inspeções são realizadas em intervalos que podem ser por data, hora ou
ciclo, como também divididas por setores da aeronave. Esses intervalos
determinam o grau e o número de itens a serem inspecionados até
atingirem o Tempo Básico entre Operações (TBO) ou o Tempo Limite de
Vida (TLV) da peça.
16
Glossário
17
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: As inspeções são
exames, visuais ou por equipamentos, que determinam as
condições das aeronaves e seus componentes, possibilitando
prolongar suas vidas, mantendo a segurança operacional e
suas condições aeronavegáveis.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
18
Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
19
UNIDADE 2 | INSPEÇÕES
PREVENTIVAS PARCIAIS
20
1 Introdução
As inspeções parciais buscam com isso fazer com que os componentes e sistemas de
aeronaves funcionem com segurança até atingirem seus limites de Tempo Básico de
Operação (TBO), permitindo além de manter o funcionamento seguro, aumentar a vida
útil do equipamento, levando a diminuição dos custos operacionais de uma aeronave.
2 Preditivas
3 Progressivas
21
Os cartões de inspeção são executados sequencialmente até o último cartão ser
cumprido até, no máximo, o prazo de vencimento da inspeção prevista. É o tipo de
inspeção utilizada para diminuir o tempo indisponível da aeronave. Exemplo: para
uma inspeção parcial tipo 2A, faltando cinco dias para seu vencimento, inicia-se os
cumprimentos dos cartões de inspeção; logo, o prazo para a próxima inspeção a vencer
será computado a partir do primeiro cartão a ser cumprido.
A maioria dos componentes CM são itens de sistemas complexos para os quais não
existe meio de prever a falha, como por exemplo, os equipamentos de navegação e
comunicação, instrumentos e relês, onde testes ou trocas não resultam em melhora na
expectativa de vida.
hh
Os itens CM são acompanhados (monitorados) por meio das
listagens de dados de demanda e dos registros das suas
passagens nas respectivas oficinas recuperadoras.
22
5 On Condition (OC)
6 Pré-Voo
7 Pós-Voo
É a inspeção realizada após cada voo, onde são verificadas as condições gerais da
aeronave. Seguem também um checklist do fabricante para verificação e execução pós
voo.
23
É a inspeção mais importante quando do encerramento do voo da aeronave após o dia
de operação, sendo neste caso chamada de Inspeção de Pernoite. Um exemplo de uma
inspeção de pós voo é a verificação da condição geral dos estados dos pneus após o
pouso, determinando sua condição para o próximo voo com segurança.
8 Ocasionais
9 Estruturais
24
Resumindo
Glossário
25
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: A inspeção de
pré-voo é utilizada antes de toda e qualquer decolagem da
aeronave, buscando por falhas ou desgastes que implicariam
na segurança do voo.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
26
Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
27
UNIDADE 3 | INSPEÇÕES POR
ENSAIOS NÃO DESTRUTÍVEIS
28
1 Introdução
Inspeções por ensaios não destrutíveis são as inspeções realizadas por meio de
processos e equipamentos para verificação da qualidade dos equipamentos que
compõem a aeronave, descrevendo os tipos de danos e suas extensões, para uma
comparação aos limites determinados pelos manuais dos fabricantes.
Os ensaios não destrutíveis podem ser realizados por meio de partículas magnéticas,
partículas magnéticas fluorescentes, líquido penetrante, teste ultrassônico, eddy
current e até mesmo por radiografia, usando as radiações X e Gama para serem
detectados os danos prematuramente.
2 Inspeção Visual
É considerada a mais simples e antiga inspeção por ensaios não destrutíveis. Além
do olho nu, pode ser utilizada equipamentos que ampliem o poder da visão, como
telescópio, microscópio, boroscópio e lentes.
A inspeção visual é o primeiro ensaio não destrutível a ser realizado. Após ser
identificado algum dano e ainda existam dúvidas quanto à dimensão e profundidade,
realiza-se outro ensaio não destrutível mais preciso.
29
3 Inspeção Dimensional
A inspeção dimensional poderá ser realizada durante ou após qualquer ensaio não
destrutivo para confirmação da extensão da descontinuidade, evitando-se em caso de
limites extrapolados a realização desnecessária de outros testes.
30
• Tipo I – é o teste por líquido penetrante fluorescente, onde se utiliza a luz negra
para identificação do dano. Para esse teste, usa-se os aerossóis de penetração,
limpador e revelador. Pode-se usar água como agente de limpeza; neste
caso, o agente penetrante a ser usado deverá também ser lavável a água. A
descontinuidade aparecerá na cor verde.
Para qualquer tipo de teste usado, devem ser seguidos os passos descritos abaixo:
d) Secagem da peça.
Figura 5.A: Inspeção por Figura 5.B: Inspeção por líquidos penetrantes:
líquidos penetrantes: kit de resultado do teste
aerossóis
31
Para se alcançar o sucesso com a inspeção por líquidos penetrantes, é preciso tomar
cuidados com a preparação da peça, no que diz respeito à limpeza, secagem e o
ambiente onde será realizado o teste.
Quando o teste for do tipo 1, a quantidade de luz branca no ambiente deverá ser a
mínima possível, evitando-se que algum dano deixe de ser visível a luz negra.
O revelador para o teste visível à luz branca formará uma camada branca delgada e
uniforme; durante a secagem, os danos serão apresentados na cor vermelha brilhante.
Ao ser usado a penetração fluorescente (sob luz negra), os defeitos aparecerão na
cor amarelo-verde brilhante, e as áreas perfeitas ficarão com a coloração azul-violeta
escura.
Não existem falsas indicações na inspeção por líquido penetrante. Porém, uma
lavagem imperfeita ou fora do tempo previsto de penetração, e as linhas de junções de
peças são ocasionadas por falhas na utilização dos métodos, permitindo um acúmulo
de penetrantes e que serão confundidos com rachaduras ou descontinuidades. Neste
caso, as linhas de junções de peças ocasionam-se por falha na utilização dos métodos.
32
5 Inspeção por Eddy Current
33
6 Inspeção Ultrassônica
Podem ser aplicados dois métodos básicos na inspeção ultrassônica: o teste de imersão e
o teste por contato. No teste de imersão, a peça e a unidade de pesquisa ficam totalmente
submersas em um líquido, que pode ser água ou outro fluido determinado pelo fabricante
da peça. No teste por contato, a peça a ser inspecionada e a unidade de pesquisa são
acopladas com um material viscoso (líquido ou pasta), que reveste a peça e a unidade.
Logo, a inspeção ultrassônica poderá ser em linha reta ou em ângulo, com imersão ou
contato e por meio de dois sistemas: o pulsante e o de ressonância. O sistema pulsante
poderá ser de eco ou de transmissão direta, sendo o sistema de eco o mais versátil e
utilizado na aviação.
34
Conforme o diagrama da Figura 9:
35
O tempo entre as imagens dos pulsos indicará a profundidade do dano. O teste de eco-
pulso com feixe em ângulo difere da linha reta (feixe direto) somente na forma pela
qual as ondas ultrassônicas atravessam o material em teste. É muito utilizado em
defeitos cujos planos formam ângulo com o plano da peça, rachaduras no metal básico,
provenientes de solda e alguns defeitos de soldas.
36
7 Inspeção por partículas magnéticas e líquidos penetrantes
Figura 13: Teste por partículas magnéticas e Figura 14: Teste por partículas
líquidos penetrantes: banho da peça magnéticas e líquidos penetrantes:
aparelho detector
37
O processo de inspeção por partículas magnéticas consiste em magnetizar a peça e
então aplicar partículas ferromagnéticas no local da superfície a ser inspecionado. A
partícula ferromagnética será o agente detector, podendo estar em suspensão em um
líquido que será aplicado sobre a peça ou então em forma de pó seco, que pode ser
espalhado sobre a superfície da peça.
9 Indicações
38
As características principais das indicações são a forma, o tamanho, a largura e a nitidez
do contorno. Estes aspectos são mais úteis em determinar o tipo de descontinuidades,
fazendo a prevenção de futuras descontinuidades.
39
Nem sempre uma descontinuidade representa uma rachadura. Por exemplo, durante
o processo de forjadura do metal (lingote), pode ocorrer a separação de alguns
componentes, onde as separações são alongadas e reduzidas nos cortes transversais.
Depois de subsequente processamento, as separações podem aparecer como finas
linhas ou faixas paralelas conhecidas como enfaixamento e não como rachadura.
hh
O teste por partículas magnéticas não é um método confiável
quando as cavidades se encontrarem muito abaixo da superfície
da peça.
10 Descontinuidades
Fechamento a frio e sobreposição em peças forjadas são dobras que se formam no metal,
interrompendo sua continuidade. Já as inclusões são materiais estranhos, formados
por impurezas do metal durante os estágios de seu processamento, que interrompem
a continuidade do metal porque elas não permitem a junção ou caldeamento de faces
adjacentes do metal.
Antes de se iniciar o teste por partículas magnéticas, todas as peças devem estar
completamente limpas, sem sinais de graxas, óleos ou qualquer outra sujeira. Isto
pode provocar falsas indicações, levando a conclusões errôneas de danos ou de suas
extensões em virtude da aderência das partículas magnéticas (agente detector) a
esses corpos estranhos (sujeira) quando a suspensão líquida ou o pó seco são aplicados
sobre a peça.
40
Furos ou quaisquer outras pequenas aberturas que conduzem a passagens ou
cavidades internas devem ser fechadas com parafina ou outra substância determinada
pelo fabricante. Esta medida evita que as partículas magnéticas contaminem essas
cavidades, provocando danos aos sistemas após a realização do teste.
Camadas de banho de cádmio, cobre, estanho ou zinco não interferem no resultado dos
testes de partículas magnéticas, desde que sejam leves (finas). Já banhos de cromo ou
níquel irão interferir nas indicações de falhas de descontinuidades delgadas, tais como
inclusões.
hh
A camada de níquel é mais prejudicial nas indicações de
descontinuidade do que as camadas de cromo.
11 Fluxo
Figura 18.A: Efeito da direção do fluxo: Figura 18.B: Efeito da direção do fluxo:
magnetização longitudinal magnetização circular
41
Magnetização circular é a indução de um campo magnético constituído por círculos
de força concêntricos ao redor e dentro da peça, fazendo passar a corrente elétrica
através da peça, localizando assim falhas no sentido paralelo ao seu eixo.
42
Outra forma de se obter uma magnetização longitudinal é enrolando em torno da peça
um condutor elétrico flexível (bobina flexível), como mostrado na Figura 22. Apesar de
não ser tão eficiente quanto a utilização do solenoide, permite a utilização em peças
onde não existem solenoides adequados.
12 Magnetização
43
de magnetização e da permeabilidade do material de que é feito a peça. Este método
poderá ser utilizado em praticamente todos os processos de magnetização circulares
ou longitudinais.
44
A utilização da inspeção por raio-x diminui o tempo de parada de uma aeronave para
verificação de uma descontinuidade, visto que não é necessária a desmontagem total
da aeronave para alcançar a peça a ser testada. É um método rápido e seguro na
verificação das condições de peças do avião e dos motores, diferenciando dos demais
tipos de ensaios não destrutíveis, que necessitam da remoção, desmontagem e até
mesmo a retirada da tinta antes de se iniciar os testes para assegurar a identificação
de possíveis danos.
45
c) Interpretação da chapa radiográfica – é considerada a etapa mais importante
do teste radiográfico, pois dependendo da interpretação da imagem, uma peça
pode ser aceita ou rejeitada (condenada). Condições de falhas na integridade da
peça que não forem identificadas podem levar a uma perda maior, tornando os
esforços de todo o processo radiográfico inúteis.
Os perigos com a utilização das unidades de raio-x são as radiações por elas emanadas,
visto que tem o poder de destruir o tecido humano e são capazes de produzir mudanças
em todas as matérias por onde passa. Logo, o técnico deve tomar precauções e ficar
afastado todo o tempo do feixe primário do raio-x. Por este motivo, as inspeções
de raio-x são realizadas em ambientes fechados e somente a equipe responsável
permanece presente no local do teste.
Resumindo
As inspeções por ensaios não destrutíveis são testes feitos nos componentes
que compõem a aeronave para avaliar possíveis danos que podem surgir
com a sua utilização. As inspeções variam desde os ensaios por partículas
magnéticas, usadas em materiais ferromagnéticos, como os líquidos
penetrantes que podem ser utilizados em qualquer tipo de material,
inclusive em plásticos.
46
Glossário
47
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: A inspeção por
magnaflux é um teste para verificação da integridade de
peças metálicas.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
48
Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
49
UNIDADE 4 | EQUIPAMENTOS
PARA MAGNETIZAÇÃO E
DESMAGNETIZAÇÃO
50
1 Introdução
A magnetização das peças possibilita que o agente detector (as partículas magnéticas)
sofram alteração, ocorrendo formação de polos opostos em ambos os lados da
descontinuidade, formando assim uma imagem no campo magnético. Para isso, são
usados equipamentos para magnetizar as peças, que podem ser unidades fixas ou
portáteis.
2 Unidade Fixa
A chapa é mantida na posição estendida pela força da mola, retraindo-se por meio
da pressão transmitida pela peça através da cabeça móvel. A cabeça móvel desliza
horizontalmente sobre guias longitudinais, sendo comandada por um motor ou em
algumas unidades. A cabeça móvel é comandada manualmente.
51
O circuito de magnetização é atuado por um botão de pressão (localizado na frente
da unidade) e o circuito é aberto automaticamente após cerca de meio segundo. A
intensidade da corrente magnetizadora pode ser ajustada até o valor desejado (por
meio de um reostato), ou até o limite de capacidade da unidade pelo interruptor de
curto-circuito.
3 Unidade Portátil
52
A magnetização circular é obtida utilizando-se as pontas dos cabos flexíveis (garras),
enquanto que na magnetização longitudinal enrola-se o cabo flexível ao redor da peça.
4 Materiais Indicadores
Não importa o tipo de processo, pois o requisito básico para qualquer material indicador
é que ele forneça recomendações aceitáveis de descontinuidades nas peças. Para isso,
necessita ser de alta permeabilidade e de baixa retentividade.
A alta permeabilidade garante que um mínimo de energia seja indispensável para atrair
o material na descontinuidade e a retentividade, e que a mobilidade das partículas
magnéticas não seja prejudicada.
hh
As cores mais utilizadas dos indicadores no processo líquido são
o preto e o vermelho. No processo seco, são o preto, o vermelho
e o cinza.
53
5 Desmagnetização
A desmagnetização poderá ser feita por vários processos, sendo o mais conveniente
submeter a peça a uma força magnetizadora com reversão contínua na direção e que
ao mesmo tempo, diminua gradativamente de intensidade.
6 Método Padrão
O processo mais simples para criar uma força magnética reversível (desmagnetização) e
gradativamente mais fraca em uma peça, é utilizar uma bobina de solenoide energizada
com corrente contínua. Assim, à medida que a peça é afastada do campo alternativo do
solenoide, seu magnetismo é reduzido gradualmente.
54
Resumindo
Porém, a fim de evitar danos nas peças após os testes, elas devem ser
desmagnetizadas. Para isso, são utilizados processos simples, onde uma
bobina de solenoide energizada com corrente contínua passa várias vezes
e em vários sentidos por fora da peça. Pode ser usado também uma unidade
magnetizadora portátil com corrente alternada de alta amperagem e baixa
voltagem para efetuar uma força magnética reversível, e gradativamente
mais fraca em uma peça magnetizada.
Glossário
55
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: As inspeções por
partículas magnéticas exigem que as peças a serem testadas
sejam magnetizadas, possibilitando ao agente detector
delinear a área das descontinuidades.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
56
Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
57
UNIDADE 5 | DOCUMENTAÇÃO
58
1 Introdução
2 Ficha de Inspeção
59
Todos esses setores possuirão as tasks que orientarão o que deverá ser feito, como
por exemplo, no setor de motor que irá orientar para verificação quanto a vazamentos
de óleo ou combustível, quanto ao estado geral das tubulações e aperto/frenagem,
quanto a fixação de seus componentes, funcionamento, limpezas ou trocas necessárias
(filtro de óleo como exemplo), etc. Isso se repetirá para todos os setores, porém com
orientações específicas para cada setor e conforme cada nível de inspeção exigida.
3 Documentação do Avião
Compreende o livro de bordo e o log book do avião (são todos os registros suplementares
do avião).
4 Publicações
60
4.1 Manual de Manutenção
61
4.5 Regulamentos
62
visando à implantação de ação de manutenção ou manutenção preventiva aditiva
63
àquelas previstas no programa de manutenção básico do fabricante. Os boletins
podem ter classificação recomendado ou mandatório.
São as traduções dos boletins de serviço usados pelas empresas de manutenção, para
facilitar a execução dos boletins. Isto permite às empresas estimarem os custos com a
execução destes.
As folhas são numeradas na parte superior direita de cada página, e deverão conter
o nome do possuidor do tipo de aeronave e a data de emissão do certificado de
aprovação. Todas essas informações são colocadas em destaque por linhas limitadoras.
As folhas são classificadas por seções, e cada seção é identificada por um número
romano, seguido pela designação do modelo da aeronave.
64
Resumindo
Glossário
65
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: As documentações
utilizadas para realização das inspeções constituem os
fatores preponderantes para um bom funcionamento da
aeronave, pois ela só é considerada aeronavegável se estiver
completamente equipada, instrumentada e com a manutenção
em dia.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
66
Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
67
UNIDADE 6 | SISTEMA ATA-100
68
1 Introdução
A Air Transport Association (ATA), ou, em tradução livre para o português, Associação
de Transporte Aéreo, é uma associação de entidades ligadas à atividade aeronáutica
que se dedica a emitir normas e documentação de referência para padrões utilizados
por fabricantes, usuários e autoridades aeronáuticas.
A ideia foi dividir a aeronave em 100 capítulos (ATA-100). Cada capítulo foi dividido
em seções, cada seção dividida em assuntos e assim sucessivamente. Este método
tem a finalidade de poder encontrar rapidamente qualquer capítulo equivalente a um
sistema da aeronave e dentro localizar, com a mesma facilidade, o assunto procurado,
independentemente do tipo de manual a ser consultado.
2 Grupos
a)
1º grupo – Diversos: contém todos os dados das manutenções e seus
procedimentos.
O objetivo dessa divisão em quatro grupos é facilitar a busca dentro dos manuais
e das seções da aeronave. Essa divisão busca uma hegemonia entre os manuais,
indiferentemente do modelo do fabricante de aeronaves.
69
Cada grupo do Sistema ATA-100 foi dividido em capítulos: os capítulos 1 ao 4 do Sistema
A numeração da norma ATA-100 possui vários grupos de números para que se possa
identificar, da mesma forma e em qualquer manual, o assunto que se deseja, como
também os procedimentos a serem executados, como mostrado no exemplo a seguir:
XX . XX . XX . XXX
1º 2º 3º 4º
70
d) O quarto grupo de números representa o tipo de intervenção a ser efetuada pelo
mecânico.
• 33 – iluminação
• 40 – externas
• 01 – farol escamoteável
71
Tabela 3: Exemplos de Sistema ATA-100
50 Refrigeração 60 Emergência
00 Comunicação 10 Aileron/compensador
10 Frequência HF 20 Leme/compensador
20 VHF/UHF 30 Profundor/compensador
50 Áudio 60 Spoiler
20 Geração AC 10 Armazenagem
24
30 Geração DC 20 Distribuição
72
Tabela 4: Capítulos ATA-100
Direção rotor
1 Introdução 33 Luzes 65
cauda
Controles de voo
6 Dimensões 35 Oxigênio 67
dos rotores
Elevação/
7 36 Pneumático 70 Motor
escoramento
Nivelamento/
8 37 Vácuo 71 Construção
pesagem
73
Resumindo
Glossário
74
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: O sistema ATA-
100 é utilizado na aviação para padronizar as publicações
técnicas, permitindo consultas rápidas a qualquer tipo de
manual.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
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Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
76
UNIDADE 7 | DIAGONAL DE
MANUTENÇÃO
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1 Introdução
• Quantidade de aeronaves.
• Viagens programadas.
78
• Programa de dedetização.
• Slot em hangar/oficina.
• Identificar os itens que serão substituídos por vencimento de tempo básico entre
operações (TBO), em inglês time between overhaul) e tempo limite de vida (TLV),
ou life time limit, assegurando que os substitutos tenham sido requisitados e
estarão disponíveis na data programada para a substituição.
200 300 500 0 Jul 1000 7000 D Aeronave D realizando o TBO no mês de julho.
400 400 0 200 Ago 1000 8000 C Aeronave C realizando o TBO no mês de agosto.
200 0 400 400 Set 1000 9000 B Aeronave B realizando o TBO no mês de setembro.
0 400 300 300 Out 1000 10.000 A Aeronave A realizando o TBO no mês de outubro.
2000 2400 2700 2900 Totais de horas de cada aeronave após o TBO de todas.
79
• Avaliar quando, onde e quem realizará o serviço de manutenção.
Aeronaves
Qtd meses
1 2 Motor Reserva Horas voadas Motor em TBO Observação
voados
Motores Motores
A B C D E – – – Posição inicial
B D A E C – – – Posição final
80
4 Diagonal de Célula
81
5 Diagonal de Motor
82
Resumindo
Glossário
83
Atividades
aa
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: A diagonal de
célula é o planejamento da diagonal de manutenção das
aeronaves de uma empresa com o objetivo de verificar o
desgaste controlado por aeronave, efetuando uma
distribuição do esforço aéreo mensal previsto.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
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Referências
ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA 65: Apêndice A. Disponível em:
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbha/rbha-
065>. Acesso em: 14 fev. 2017.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V V
Unidade 2 V V
Unidade 3 V F
Unidade 4 V V
Unidade 5 F V
Unidade 6 V F
Unidade 7 V V
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