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7º Ano | Português
outubro| Ano Letivo 2017/2018
Correção
1. Os pronomes pessoais “ele” e “a” têm como referentes, respetivamente, “Pedro” (“Ele próprio,
Pedro (…)”) e “a estrela” (“Era a estrela (…)”).
2. O narrador deste texto não é participante, pois não intervém na ação. Limita-se a narrar os
acontecimentos, como se pode comprovar pela predominância dos verbos na terceira pessoa
do singular (“Era a estrela mais gira do céu”) e pela utilização de pronomes e determinantes
na terceira pessoa (“ele viu-a”).
3. Pedro é um rapaz de sete anos (“Com sete anos (…)” – l. 11), ágil, vivo e curioso (“(…) ele
estava treinado a subir às oliveiras quando era o tempo dos ninhos, para ver os ovos (...)” – ll.
11-12; “(…) andava à solta pela serra, saltava os barrancos (…)” – l. 13). É determinado, como
se deduz pela forma como executou o seu plano, sem se deixar vencer pelo sono e pelo medo,
e corajoso (“(…) jogava mesmo, quando preciso, à porrada como um homem.” – l.14).
4.1. Pedro sentiu momentaneamente espanto/surpresa quando viu que a porta da torre da
igreja estava aberta: “Ficou muito admirado, mas depois nem por isso.” (ll. 20-21); sentiu
alegria por a porta estar aberta: “E tão contente ficou de a porta estar aberta (…)” ll. 22-23);
sentiu medo em várias situações: “E então assustou-se.” (ll. 23-24), “E teve medo.” (l. 25),
“Mas as pedras frias assustaram-no.” (ll. 30-31).
4.2. – sensações auditivas: “(…) ter ouvido ranger.” (l. 23); “(…) rangeu outra vez. Rangia
pouco, mas o silêncio era muito e parecia por isso que também a porta rangia muito.” (ll. 24-
25).
– sensações olfativas: “E cheirava lá a ratos, a cera, às coisas velhas que apodrecem na
sombra.” (ll. 29-30); “Cheirava mal que se fartava. Mas, à medida que ia subindo, vinha lá de
cima um fresco que aclarava o cheiro.” (ll. 33-34).
– sensações tácteis: “(…) as pedras frias (…)” (ll. 30-31); “(…) o frio que entrava por aí era só
frio da falta de botas.” (l. 32).
– sensações visuais: “Havia um grande escuro lá dentro.” (l. 28); “(…) olhou ao alto o céu
negro, muito liso. Via algumas estrelas, mas eram tudo estrelas velhas e fora de mão.” (ll. 34-
35).
5. Resposta livre.
1
“Ela não era feia; amorenada, com os seus traços acanhados, o narizinho malfeito, mas galante, não
muito baixa nem muito magra e a sua aparência de bondade passiva, de indolência de corpo, de ideia e
de sentidos.”
“Chegando à rua, arrependi-me de ter saído. A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam
de nós. Cinquenta e cinco anos, que pareciam quarenta, macia, risonha, vestígios de beleza, porte
elegante e maneiras finas. Não falava muito nem sempre; possuía a grande arte de escutar os outros,
espiando-os; reclinava-se então na cadeira, desembainhava um olhar afiado e comprido, e deixava-se
estar. Os outros, não sabendo o que era, falavam, olhavam, gesticulavam, ao tempo em que ela olhava
só, ora fixa, ora móbil, levando a astúcia ao ponto de olhar às vezes para dentro de si, porque deixava
cair as pálpebras; mas, como as pestanas eram rótulas, o olhar continuava o seu ofício, remexendo a
alma e a vida dos outros.”
2
Teste de avaliação global 2
a. O rapaz queria a estrela. Ele gostou do seu brilho. (conjunção ou locução conjuncional subordinativa causal)
b. O rapaz quer a estrela. Ele não sabe bem para quê. (conjunção ou locução conjuncional coordenativa
adversativa)
Grupo III
O texto da Parte A termina com a seguinte frase: “Subiu devagar, que aquilo tremia muito,
e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos.”
Escreve a continuação da história, num texto correto e bem estruturado, com um mínimo
de 180 e um máximo de 240 palavras.
Cotações