Você está na página 1de 27

29/06/2009

Feridas e Curativos

Enfermeira: Milena
Delfino Cabral Freitas

Pele

 Maior órgão do corpo humano.

 Funções: proteção contra infecções, lesões


ou traumas, raios solares e possui
importante função no controle da
temperatura corpórea.

1
29/06/2009

Ferida: é a perda da integridade da pele,


resultando em solução de continuidade em
maior ou menor extensão, culminando em
lesão.

 Epiderme: produção
de queratina
 Derme: produção de
colágeno e elastina
 Tecido Subcutâneo:
tecido adiposo

2
29/06/2009

MECANISMOS DE LESÃO

 Incisas ou cortantes

 Feridas contusas

3
29/06/2009

 Perfurantes

 Pérfuro-contusas

4
29/06/2009

 Lacerantes

 Escoriações

5
29/06/2009

 Hematoma

Tipos de feridas

1. Feridas limpas: são produzidas em


ambiente cirúrgico.

2. Feridas limpas-contaminadas: são aquelas


nas quais os tratos respiratório, digestório
ou urinário são atingidos, porém em
condições controladas.

6
29/06/2009

 Contaminadas: há reação inflamatória; são


as que tiveram contato com material como
terra, fezes, etc.

 Infectadas: apresentam sinais nítidos de


infecção.

 Feridas fechadas: não há rompimento da


pele.

7
29/06/2009

 Feridas abertas: há rompimento da pele

Ulcera de pressão

 Estágio I – É uma alteração da pele


intacta relacionada a pressão cujos
indicadores, podem incluir mudança na
temperatura, mudança na consistência
do tecido ou sensação de coceira ou
queimação.

8
29/06/2009

 Estágio II – Perda de fina camada da pele,


envolvendo epiderme, derme ou ambas.
 A pele apresenta-se hipermiada.

 Estágio III – Perda de pele na sua espessura total


envolvendo danos ou necrose do subcutâneo.
 Úlcera superficial com margens bem definidas.

9
29/06/2009

 Estágio IV – Perda de pele na sua


espessura total com destruição extensa
ou danos dos músculos, ossos, ou
outras estruturas de suporte como
tendão ou articulações.
 Úlcera profunda, frequentemente com
tecido necrótico.

10
29/06/2009

11
29/06/2009

Ulceras diabéticas

 Acomete Principalmente pacientes com


DIABETES MELLITUS (Doença
Crônica).
 Ocorre com maior freqüência nos
membros inferiores.

12
29/06/2009

TRÍADE PATOLÓGICA:

 NEUROPATIA: Diminuição na velocidade da condução


nervosa causando ausência e diminuição da sensibilidade.

 DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA: Decréscimo do


fornecimento de sangue aos tecidos.

 INFECÇÕES: A HIPERGLICEMIA acarreta comprometimento


da atuação leucocitária na destruição bacteriana.

Pé diabético

 Nomes comuns:

 Gangrena diabética;
 Mal perfurante plantar;
 Arteriopatia diabética
nos pés

13
29/06/2009

Queimaduras

 Lesão em determinada
parte do organismo
desencadeada por um
agente físico.
 Dependendo deste agente
as queimaduras podem ser
classificadas em
queimaduras térmicas,
elétricas e químicas.

14
29/06/2009

Cicatrização

 Fase inflamatória: caracterizada por edema,


rubor, dor e calor no local. Há aumento da
permeabilidade dos vasos e extravasamento
de plasma – liberação de histamina pelos
mastócitos, granulócitos e plaquetas

15
29/06/2009

Fase proliferativa

Caracteriza pela formação do tecido de


granulação. Nesta fase o colágeno é o
principal componente do tecido conjuntivo
reposto.

Colágeno: força e integridade dos tecidos!

16
29/06/2009

Fase reparativa ou de maturação

 Diminuição da densidade celular e


vascularização. Maturação das fibras
colágenas e remodelação do tecido
(cicatriz). Meses ou anos...

Cicatrização por 1ª intenção

 Ocorre a volta ao tecido normal, sem


presença de infecção e as extremidades da
ferida estão bem próximas, na grande
maioria das vezes, através da sutura
cirúrgica.

17
29/06/2009

Cicatrização por 2ª intenção

 Não acontece a aproximação das


superfícies, devido ou à grande perda de
tecidos, ou devido a presença de infecção;
neste caso, há necessidade de grande
quantidade de tecido de granulação.

Cicatrização por 3ª intenção

 Fechamento secundário de uma ferida, com


utilização de sutura.

18
29/06/2009

Fatores que interferem na cicatrização


normal

Idade: quanto mais idoso, menos flexíveis são


os tecidos; existe diminuição progressiva do
colágeno.

Nutrição - está bem estabelecida a relação


entre a cicatrização ideal e um balanço
nutricional adequado.

 Estado imunológico: a ausência de


leucócitos, prolonga a fase inflamatória e
favorece a infecção.

19
29/06/2009

Curativos

 É um meio terapêutico que consiste na


aplicação de uma cobertura estéril
sobre uma ferida previamente limpa.

Finalidades

 Evitar contaminação das feridas limpas


 Facilitar a cicatrização
 Reduzir a infecção das lesões contaminadas
 Absorver secreções e facilitar drenagens
 Promover conforto ao paciente
 Imobilizar

20
29/06/2009

Materiais:

 Carrinho montado com todo material necessário


ou uma bandeja;
 Pacote de curativo (pinças: 1 anatômica, 1
dente de rato, 1 Kelly, 1 Kocher), 1 tesoura;
 Gazes esterilizadas;
 Esparadrapo, micropore;
 Frasco com anti-septico (PVPI - Povidine);
 Soro fisiológico;
 Pomadas prescritas;
 Saco plástico para lixo;

 Forro de papel, pano ou impermeável para


proteger roupa de cama;
 1 ou 2 pares de luvas;
 Deve-se usar máscara no procedimento.

21
29/06/2009

22
29/06/2009

Povidine - PVPI

 Indicações: anti-sepsia de pele e mucosas peri-cateteres


(vasculares, diálise).

 Contra Indicações: feridas abertas de qualquer etiologia –


altera o processo de cicatrização.

 Periodicidade de Troca: cobertura com gaze a cada 24hs ou


conforme prescrição médica.

 Modo usar:

23
29/06/2009

Tipos de curativos
Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e
comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas
exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente
saudável.

Curativo oclusivo: Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como


barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento
térmico, veda a ferida, a fim de impedir enfisema,e formação de
crosta.

Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sangüíneo,


promover a estase e ajudar na aproximação das extremidades da
lesão.

Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há


necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24
horas, cortes pequenos.

 Seco : Fechado com gaze ou compressa seca (não se usa nada


na gaze).

 Úmido: Fechado com gaze ou compressa umedecida com


pomada ou soluções prescritas.

 Drenagens : Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato


coloca-se dreno (Penrose), tubos, cateteres ou bolsas de
colostomia.

24
29/06/2009

Principais erros durante o curativo:

 Usar curativo em feridas totalmente cicatrizadas;

 Cobrir o curativo com excesso de esparadrapo;

 Demorar a trocar o curativo de feridas secretantes;

 Não lavar as mãos entre um curativo e outro;

 Conversar durante o procedimento;

Preparo do ambiente:

 Biombos quando necessário


 Organizar seu material
 Luminosidade
 Desligar ventiladores
 Impermeável (toalhas ou lençóis)

25
29/06/2009

 Remover, limpar, tratar e proteger

 Sempre iniciar pela ferida menos


contaminada (incisão limpa e fechada, seguindo-se de
ferida aberta não infectada, drenos e por último as colostomias)

 Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa,


com o membro apoiado, tendo o cuidado de não apertar em
demasia.

 Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim


sobre a mesa auxiliar, ou carrinho de curativo. O mesmo deve
sofrer desinfecção após cada uso;

 Anotar na ficha de Enfermagem as características da incisão


(tamanho, características, odor e tipo de curativo).

26
29/06/2009

“Conheça todas as teorias,


domine todas as técnicas, mas
quando tocares em uma alma
humana, seja apenas outra
alma humana”. (Autor
desconhecido)

27

Você também pode gostar