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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Centro de Ciências Exatas e da Natureza


Departamento de Química
E-mail: edvan@quimica.ufpb.br

“Introdução aos Métodos


Instrumentais de Análise Química”

Disciplina: Química Analítica III


Ministrante: Prof. Edvan Cirino da Silva
Período: 08.2
João Pessoa - PB
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Bibliografia
Bibliografia

1. Apostila de Química Analítica Instrumental

2. D. A. Skoog e J. J. Leary - “Princípios de Análise


Instrumental” – 5a Edição – Artmed Editora S.A. Porto
Alegre (RS), 2002.

3. Otto Alcides Ohlweiler - “Fundamentos de Análise


Instrumental” - Livros Técnicos e Científicos, Rio de
Janeiro, Brasil, 1981.

4. M. L. S. S. Gonçalves - “Métodos Instrumentais para


Análises de Soluções - Análise Quantitativa”,
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal, 1990.
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Bibliografia

Código: 26547
Autor: Douglas A. Skoog; F. James Holler; Timothy A. Nieman
ISBN: 85-7307-976-2
Formato: 21x28
Ano: 2002
N. de páginas: 838
VALOR ATUAL: R$ 189,00
HOMEPAGE: http://www.artmed.com.br/WEB-PRODUTOS/resultado_busca.aspx
INTRODUÇÃO - Terminologias
AMOSTRA ANALÍTICA – pequena porção do material objeto da análise química
que representa a composição média qualitativa e
quantitativa da população.
AMOSTRAGEM – conjunto de operações para obter uma pequena porção
(amostra) representativa da composição média do todo.
ANALITO – espécie química (cálcio, por exemplo) presente na amostra (p.e.,
leite) cuja concentração se deseja determinar em uma análise.
SINAL ANALÍTICO (ou SINAL) - Resposta instrumental à propriedade do analito
(absorbância, intensidade de emissão, etc.)
MATRIZ – engloba todos os constituintes de amostra. Logo, além do analito a
matriz contém os outros componentes chamados “concomitantes”.

SENSIBILIDADE – capacidade de um instrumento em distinguir entre


pequenas diferenças na concentração de um analito.
LIMITE DE DETECÇÃO – é o menor nível de concentração (ou quantidade)
de analito detectável por um instrumento.
SELETIVIDADE – refere-se ao quão um método analítico está livre de
interferências de outras espécies presentes na matriz.
INTRODUÇÃO - Análise Química
Análise Química

Composição química de amostras

Método Qualitativo Método Quantitativo

Identifica espécies químicas Determinação do teor


do analito, etc.

Atômicas Moleculares

Análise Elementar Elucidação Estrutural


INTRODUÇÃO – Métodos Analíticos

Métodos Analíticos

Métodos Clássicos Métodos Instrumentais

Gravimétricos Titulométricos Objeto de estudo


deste curso!
ANÁLISE QUANTITATIVA TÍPICA 4

Tratamento dos da-


3
dos analíticos

Problema Medida
2
Analítico Analítica

Tratamento
Amostra
1
-Massa, propriedade
Óptica, elétrica, etc.
Amostragem
e Seleção do - Tratamento mecânico
Método (pesagem, trituração, etc.)
- Tratamento químico
(solventes, reagentes, etc.) Calibração, validação dos
resultados: trat. estatístico

Clássico: Método gravimé-


étrico, etc
Instrumental: Método ótico
ou elétrico, etc
PANORAMA DE UMA MEDIDA ANALÍTICA INSTRUMENTAL

Dados
(espectros, leituras
em mostradores, etc)
Informação
analítica

Qualitativa Quantitativa
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Propriedades Medidas
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Classificação

Métodos Quantitativos
♦ Métodos Espectroanalíticos;
♦ “ Eletroanalíticos;
♦ “ Radioanalíticos;
♦ “ Termoanalíticos;
♦ “ Cromatográficos.
Métodos Qualitativos, de Identificação ou Caracterização
♦ Espectroscopia no Infravermelho;
♦ Espectroscopia no UV-Visível;
♦ “ de Ressonância Magnética Nuclear;
♦ “ Raman
♦ Espectrometria de Massa Atômica ou Molecular, etc.
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Classificação

Métodos Espectroanalíticos

Baseiam-se em medidas de absorção e emissão


da radiação UV-Visível por espécies químicas atômicas
ou moleculares.

a) Espectrometria Atômica

♦ Espectrometria Atômica Óptica: Absorção, Emissão e


Fluorescência

♦ Espectrometria de Massa Atômica

♦ Espectrometria Atômica de Raios X: Absorção, Fluorescência


e Difração
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Classificação

b) Espectrometria Molecular

♦ Espectrometria Molecular Eletrônica: Absorção UV-VIS e


Emissão por Luminescência (Fluorescência, Fosforescência
e Quimiluminescência)
♦ Espectrometrias no Infravermelho e Raman
♦ Espectrometria de Massa Molecular
♦ Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear

OBS: Espectroscopia
Termo geral para a ciência que estuda a interação das
diferentes formas de energia com a matéria.
MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Classificação

Métodos Eletroanalíticos
São aqueles baseados em medidas de propriedades
elétricas (corrente, tensão e resistência) das espécies
químicas.

♦ Potenciometria;

♦ Coulometria;

♦ Voltametria;

♦ Condutometria;

♦ Eletrogravimetria;

♦ Voltametria e potenciometria de redissolução anódica.


MÉTODOS INSTRUMENTAIS - Classificação

Métodos Radioanalíticos
São os que se baseiam em medidas das
radioatividades emitidas por espécies químicas..

Métodos Termoanalíticos
Baseiam-se em medidas de calor emitido ou
absorvido por espécies químicas.

Métodos Cromatográficos
São aqueles baseados na combinação de um método
instrumental de análise (espectrofotométrico, por
exemplo) com uma técnica de separação, usando colunas
empacotadas ou superfícies porosas.
CONCEITO DE DOMÍNIO DE DADOS

Domínio de Dados

Consiste nos diferentes modos de


codificar a informação eletricamente.

Tipos

Não-elétricos Elétricos

Veja a figura a seguir!


CONCEITO DE DOMÍNIO DE DADOS

Mapa dos domínios de dados


INSTRUMENTO ANALÍTICO
CONVERSÃO ENTRE DOMÍNIO DE DADOS

A figura abaixo ilustra as conversões entre os domínios


de dados durante uma medida espectrofluorimétrica.
SINAIS E RUÍDO
Toda medida analítica engloba:
• o sinal analítico ou sinal - porta informação sobre o analito
• o ruído - parte indesejada, pois é informação espúria e
afeta o limite de detecção.
Na figura abaixo (parte a), mostra-se o efeito do ruído
sobre um sinal de uma corrente contínua. Na parte b, mostra-
se um gráfico teórico da mesma corrente sem ruído.
SINAIS E RUÍDO
Observação
Como a intensidade média do ruído, N, praticamente
independe da magnitude do sinal S, o efeito do ruído sobre o
erro relativo de uma medida diminui com o aumento de S. Por
isso, a relação sinal-ruído, S/N (Signal-to-Noise Ratio), é mais
útil que o ruído sozinho para descrever qualidade da medida.

Relação Sinal-Ruído
A relação sinal-ruído S/N é dada por
S / N = média / desvio-padrão = xM / s
Note que S/N corresponde ao inverso do desvio-padrão
relativo, RSD (Relative Standard Desviation). Então,
S / N = 1 / RSD
SINAIS E RUÍDO
É difícil detectar um sinal quando S/N < 2 ou 3, como
ilustrado na figura abaixo que mostra o espectro de RMN da
progesterona com S/N ≅ 4,3 (gráfico A) e 43 (gráfico B).
TIPOS DE RUÍDO
Os ruídos que afetam uma análise química podem
se enquadrar em duas classes:
♦ Ruído Químico
♦ Ruído Instrumental
Ruído Químico
Origina-se de diversas variáveis que afetam a química
do sistema analítico (ex.: flutuação na umidade relativa,
variações não-detectadas na temperatura que afetam a
posição de um equilíbrio químico, etc.)

Ruído Instrumental
Ruído relacionado aos componentes eletrônicos do
instrumento de medida, ou seja, aos transdutores de
entrada e de saída, à fonte, etc.
TIPOS DE RUÍDO

Ruído Instrumental

Tipos

Térmico Shot Flicker


CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

Calibração: Processo que busca


relacionar o sinal analítico medido
com a concentração do analito. A
relação funcional (matemática)
constitui o modelo de calibração.

OBS: Para maiores detalhes,


consultar o artigo da referência
abaixo:

⇒ Calibração: Uma Revisão


para Químicos Analíticos, Quím.
Nova, 19 (1996) 268.
CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

Regressão linear pelo Método dos Mínimos Quadrados (MMQ)


CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

Para cada resposta instrumental (ou sinal


analítico), o modelo linear fornece uma estimativa
pela equação de regressão:

^
yi = b 0 + b1x i
onde:
^
• yi = valor estimado ou previsto para a
concentração das soluções- padrão, xi

• b0 e b1 = estimativas dos coeficientes linear e


angular da reta de regressão
CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

O resíduo deixado pelo modelo (reta) é dado


por:

ei = yi - (ye)i = yi – b0 – b1 xi

MMQ

SQ r = ∑ e → mínimo
2
i
CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

Para minimizar SQr, deriva-se a função em


relação a b1 e b0 e igualam-se as derivadas a zero
obtendo-se:

n ⋅ ∑ x i ⋅ yi − ∑ x i ⋅ ∑ yi
b1 =
n ⋅ ∑ ( x i ) − (∑ x i )
2 2

∑ y i − b1 ⋅ ∑ x i
b0 =
n
onde: n ⇒ no total de medidas
CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

Estimando a concentração da amostra

Por meio da equação curva analítica

^
yi = b 0 + b1x i
e do sinal analítico da amostra (y0), obtém-se:

y0 − b0
( xe ) 0 =
b1
CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL
Curva Analítica

Figura - Estimando a concentração da amostra graficamente


CALIBRAÇÃO EM ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL
Intervalo de confiança
O intervalo de confiança para a concentração do
analito na amostra é dado por:

t⋅s 1 1 [( xe ) 0 − xm ] 2
x0 = ( xe ) 0 ± + +
b1 q n ∑ ( xi − xm ) 2

Onde:
♦q = no de medidas do sinal da mesma amostra;
♦ n = no de níveis de concentração dos padrões;
♦ xm = média das concentrações dos padrões;
♦ (xe)0 = valor estimado da concentração da amostra;
♦ s = desvio-padrão das concentrações estimadas.
MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito

A tabela abaixo mostra as figuras de mérito


fundamentais que podem ser usadas na escolha de um
método analítico.

Critério Figura de Mérito


Desvios-padrão absoluto e relativo, coeficiente de
1. Precisão
variação, variança
2. Tendência Erros sistemáticos absoluto e relativo

3. Sensibilidade Sensibilidades de calibração e analítica


Branco mais três vezes o desvio-padrão dos
4. Limite de detecção
sinais do branco
5. Faixa dinâmica Limite de quantificação até o limite de linearidade

6. Seletividade Coeficiente de seletividade

OBS.: Figuras de mérito são critérios (ou características) numérico(a)s para


avaliar a eficiência de um instrumento ou método analítico.
MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito

Tabela - Figuras de mérito para a precisão de métodos analíticos


MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito
Sensibilidade
Segundo a IUPAC a sensibilidade de calibração é
dada pela inclinação da curva analítica, mas essa definição
falha por não considerar a precisão das medidas individuais.
Para resolver esse problema, Mandel e Stiehler
propuseram a sensibilidade analítica , γ, definida por
γ = b1 / s
onde s é o desvio-padrão da medida e b1 representa a
inclinação da curva analítica.
Sensibilidade Analítica x Sensibilidade de Calibração
Como vantagens da sensibilidade analítica destacam-se:
• menor susceptibilidade aos fatores de amplificação do sinal
• seu valor independe das unidades de medida de s.
E como desvantagem temos:
• dependência da concentração (C), pois s pode variar com C
MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito
Limite de Detecção
O sinal mínimo distinguível, Sm, do branco é dado por:
Sm = SMbr + k sbr (k = 3 com 95% de confiança*)
onde SMbr e sbr são o sinal médio e o desvio-padrão das
medidas do branco, respectivamente.
Determinação Experimental de Smv
Realizam-se 20 a 30 medidas do branco para obter sbr.
Por fim, o valor de Cm, definido quantitativamente como
limite de detecção, é encontrado pela expressão
Cm = (Sm - SMbr) / b1 = 3 sbr / b1
que é derivada da equação de uma curva analítica.
(*) Segundo Kaiser, a distribuição não pode ser estritamente normal para
os resultados das medidas do branco. Por isso, o valor 3 é adotado para o k.
Ref.: H. Kaiser, Anal. Chem. 1987, 42, 53A
MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito
Faixa Dinâmica
É a faixa que se estende do limite de quantificação
(LOQ – limit of quantitation) até onde ocorre um desvio da
linearidade (LOL - limit of linearity). O LOQ = 10 sbr

A figura abaixo ilustra graficamente a faixa dinâmica,


bem como LOQ e LOL.

Em termos de
concentração:
CD = 10 sbr / b1
MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito

Seletividade
Para avaliar quantitativamente a influência dos
interferentes químicos, considere uma amostra que contém
um analito A sujeita aos interferentes B e C. Então o sinal
instrumental total é dado por
S = mA CA + mB CB + mC CC + Sbr
onde:
- CA, CB e CC são as concentrações das espécies A, B e C
- mA, mB e mC são suas sensibilidades de calibração
- Sbr é o sinal do instrumento para o branco
MÉTODO ANALÍTICO - Figuras de Mérito
Coeficiente de Seletividade
O coeficiente de seletividade para A com relação a i
(interferente), ki,A, é dado por: ki,A = mi / mA
de modo que
S = mA (CA + kB,A CB + kC,A CC + ... + ki,A Ci) + Sbr

Observações Sobre ki,A


• pode assumir valores próximos 0 (baixa interferência) até
maiores que 1 (alta interferência)
• assume valor negativo quando a interferência promove uma
redução no sinal do analito
• é uma figura de mérito importante, embora não seja usada
habitualmente, exceto para caracterizar o desempenho de
eletrodos íon-seletivos.
A Natureza da Radiação Eletromagnética (REM)

REM é um tipo de energia transmitida através do


espaço a velocidades altíssimas.

REM pode apresentar propriedades:

♦ Ondulatórias - Interferência, difração, reflexão, refração,


polarização, etc.

♦ Corpusculares - Absorção e emissão da REM por


espécies químicas, etc.
REM - O Modelo Ondulatório

Campo Radiação Não Polarizada


Elétrico E

M
Campo
Magnético

M
Radiação Plano Polarizada
REM - O Modelo Ondulatório

Representação bidimensional do campo elétrico


λ , comprimento
de onda

y Amplitude (A)

Tempo ou distância
y = A sen(2πν t + φ)

Energia α quadrado de A
REM - Parâmetros Ondulatórios

O movimento ondulatório é caracterizado pelos


seguintes parâmetros:
λ)
- comprimento de onda (λ
- período (p)
ν) – ν = 1 / p
- freqüência (ν
- velocidade da onda (vi ) ⇒ vi = ν⋅λi (i = meio material
qualquer).
No vácuo ⇒ vi independe de ν e alcança o
seu seu máximo (3 x 108 m/s);
- índice de refração (ni=c / vi ) ⇒ nsólidos > nlíquidos > ngases
- amplitude (A)
- potência radiante (P) ⇒ proporcional a lAl 2.
REM - O Modelo Ondulatório

Na figura abaixo, ilustra-se o efeito da mudança


do meio sobre a REM.
REM - O Modelo Ondulatório

Refração
Densidade dos meios:

M2 > M1

A Lei de Snell explica a


magnitude da refração:

senθ1 n2 v2
= =
senθ 2 n1 v1
REM - O Modelo Ondulatório
Interferências
♦ Construtivas ⇒ quando aumenta amplitude (caso a).
♦ Destrutivas ⇒ quando diminui a amplitude (caso b).
OBS: Se ocorrer um cancelamento, a interferência destrutiva
é total (caso c).
REM - O Modelo Corpuscular

Todavia, fenômenos óticos, tais como:


♦ o efeito fotoelétrico (elucidado por Einstein)
♦ absorção e emissão de luz por espécies químicas
são explicados usando o modelo corpuscular da REM.
De acordo com esse modelo, a REM é constituída de
partículas, denominadas fótons.
A energia de um fóton é dado pela equação de Planck:
E = hνν
onde:
♦ h é a constante de Planck (h = 6,6256 x 10-34 J s)
♦ ν é freqüência de radiação (em s-1 ou Hz)
Se a REM se propaga no vácuo, temos:
E = h c/λλ
onde:
♦ c é a velocidade de propagação da REM no vácuo
♦ λ é o comprimento de onda.
REM - O Modelo Corpuscular

Efeito fotoelétrico
REM - O Modelo Corpuscular

Efeito fotoelétrico

Aplicando a lei da conservação da energia:

1 2
hν =ω o + mv
ou (1 / 2) mv = hν − ωo
2

2 ωo = função trabalho
REM - O Modelo Corpuscular

Efeito fotoelétrico
REM - O Modelo Corpuscular

Efeito fotoelétrico
Espectro Eletromagnético
Distribuição da REM em função do comprimento de
onda ou da freqüência (figura abaixo).

ν , Hz
Energia
1021 107

1019 1016 1015 1012 109


Raios γ Raios X Microondas
LUZ

UV visível NIR MID


Espectro Eletromagnético e Tipos de Transição
FAIXAS
RADIAÇÃO λ ν TRANSIÇÕES
Unidade Metro Hertz
Usual
Raio-X 10-2 - 102 Ao 10-12 - 10-8 1020 - 1016 - elétrons de orbitais internos
(1s, 2s, etc.)

U. V. 10 - 200 ηm 10-8 - 2x10-7 1016 - 1015 - elétrons das camadas


Afastado intermediárias
U. V. 200 - 400 ηm 2x10-7 - 4x10- 1015 - - elétrons de valência
próximo 7 7,5x1014
Visível 400 - 750 ηm 4x10-7 - 7,5x1014 - - elétrons de valência
7,5x10-7 4x1014
I.V. Próximo 0,75 - 2,5 µm 7,5x10-7- 4x1014 - - vibrações moleculares
2,5x10-6 1,2x1014
I.V.Intermedi 2,5 - 50 µm 2,5x10-6 - 1,2x1014 - - vibrações moleculares
ário 5x10-5 6x1012
I.V. Afastado 50 - 1000 µm 5x10-5 - 1x10- 6x1012 - 1011 - rotações moleculares e
3 vibrações fracas
Microondas 0,1 - 100 cm 1x10-3 - 1 1011 - 108 - rotações moleculares
Espectro Eletromagnético e Tipos de Transição
e- e- Estado excitado
(Eexc)

Absorção Emissão

Estado fundamental
e- e-
(Efund)
hc
Efóton = = Eexc − Efund = ∆E
λ

hc
λ fóton =
∆E
Tipos de REM e Conceitos de Cores

♦ Radiação policromática ⇒ Composta de vários “λ”.


♦ Radiação monocromática ⇒ Composta de um único “λ”.
♦ Cor ⇒ A cor não é uma característica de um objeto ou da
luz, mas uma percepção humana, ou seja, uma
sensação.
♦ Cor espectral pura ⇒ Cor da radiação monocromática na
região do visível.
♦ Cores primárias ⇒ Vermelho, verde e azul.

♦ Cores secundárias ⇒ Resultam da combinação


de duas cores primárias com igual intensidade, isto é:
♦ Magenta = vermelho + azul
♦ Ciano = verde + azul
♦ Amarelo = vermelho + verde
REM – Cores Secundárias
Tipos REM e Conceitos de Cores

♦ Cor oposta a uma secundária ⇒ cor primária que não


entrou em sua composição.
Exemplos:

- a cor verde é oposta ao magenta


- a vermelha é oposta ao ciano
- a cor azul é oposta ao amarelo

♦ Cor branca ⇒ resultante da combinação das cores


primárias com máxima intensidade.

♦ ou cor branca ⇒ combinação de qualquer cor secundária


com sua oposta.
REM - Conceito de Cor Complementar

Cor complementar
Resulta da interação entre um feixe de luz branca
(policromática) e o material absorvente, ou seja, a radiação
emergente será um complemento da radiação branca menos a
radiação absorvida por uma ou mais substâncias.

Assim, a cor de uma solução colorida que nossos olhos


percebem é uma cor complementar da radiação absorvida.

Um exemplo: a cor vermelho-púrpura das soluções de


KMnO4 relaciona-se com a uma absorção mais intensa
dessa substância na região verde (λ = 525 nm).

OBS.: Cor Complementar é um conceito útil em espectrometria molecular


UV-VIS.
REM - Conceito de Cor Complementar
A Tabela abaixo mostra as cores da radiação visível em
função dos intervalos de λ, bem como suas cores complementares.
Intervalo aproximado de Cor Complemento
λ(nm)
400 - 465 violeta verde-amarelo
465 - 482 azul amarelo
482 - 487 azul-esverdeado alaranjado
487 - 493 turquesa vermelho-
alaranjado
493 - 498 verde-azulado vermelho
498 - 530 verde vermelho-púrpura
530 - 559 verde-amarelado púrpura-
avermelhado
559 - 571 amarelo-verde púrpura
571 - 576 amarelo- violeta
esverdeado
576 - 580 amarelo azul
580 - 587 laranja-amarelado azul
587 - 597 alaranjado azul-esverdeado
597 - 617 laranja- turquesa
avermelhado
617 – 780 Vermelho turquesa

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