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Fuzil da Comissão Alemã de 1888 “Gewehr ’88” (Rev. 1b)
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Poucos meses depois da proclamação, em Versailles, da fundação do novo Império Germânico em
1871, Peter Paul Mauser apresentou ao Exército Imperial seu novo fuzil Mauser de ação por ferrolho,
ainda novidade na época. O sucesso e as qualidades apresentadas da arma foram imediatamente
reconhecidas e o Exército adotou o fuzil como arma regulamentar de infantaria. O calibre do Mauser
mod. 1871 era o 11mm x 60, carregado com pólvora negra, e seus cartuchos eram alimentados um a
um. Com excessão do Estado Bávaro, o novo Exército Imperial Germânico substituiu seus antigos
fuzis Dreyse, os conhecidos “needle‑gun”, pelos novos Mauser.
Em 1884, Peter Mauser introduz uma significativa evolução da sua arma, na verdade uma
modificação no modelo 1871, mas comportando agora um magazine tubular, posicionado debaixo do
cano, com capacidade para 8 cartuchos, tornando‑o assim um dos primeiros fuzís militares de
repetição, da história. Doravante, apesar de que o carregamento era um pouco lento e não era
possível recarregar a arma enquanto ainda houvessem cartuchos, o soldado alemão dispunha de um
fuzil de tiro rápido e de boa potência. Não houve significativas modificações no sistema de ferrolho e
de disparo.
Porém, oriunda de sua arqui‑rival França, um novo conceito em cartuchos militares para armas
longas estava surgindo, com o advento da pólvora sem fumaça. Esse novo propelente foi
desenvolvido pelo químico francês Paul Vielle, que o denominou de “Poudre B”. Além da presença
mínima de fumaça, esse tipo de pólvora deixava bem menos resíduos no interior do cano e era muito
pouco corrosiva.
A evolução dos fuzís militares alemães pós criação do Império Germânico em 1871 – o Mauser 1871, seguido do
Mauser 1871/84 e o Gewehr 1888.
Consequentemente, a adoção de um novo cartucho para fuzis desenvolvido pela França em 1886, o
8mm Lebel, utilizando pela primeira vez carga de pólvora sem fumaça aliada a um projétil
pontiagudo, causou nos militares alemães um certo ímpeto de “contra‑ataque”. Afinal, há 15 anos,
somente, havia terminado a Guerra Franco‑Prussiana. Era agora mais que urgente a necessidade de
se desenvolver um novo cartucho para uso da Infantaria Imperial Alemã.
Um grupo de técnicos, militares e engenheiros, membros de uma Comissão Especial do Exército, a
“Gewehrprufungskomission“, prontamente respondeu aos anseios dos militares criando um novo
cartucho denominado oficialmente de Patrone 7,9X57J, lançado conjuntamente com uma nova arma,
o Fuzil (Gewehr) modelo 1888. Essa arma também recebe o nome de “Reichsgewehr”, Fuzil do
Império. Historicamente, o nome mais difundido na literatura inglesa é o de “German Comission
Rifle mod. 1888”. Saiba mais sobre o cartucho aqui em “O Calibre 8mm Mauser“.
O Gewehr ’88, ou “Fuzil da Comissão Alemã” modelo 1888 em calibre 7,9X57 (coleção particular)
Da mesma forma que o novo cartucho foi alvo de muita confusão, a nova arma também arcou com
alguns problemas de identificação. Apesar de freqüentemente e equivocadamente ser chamado de
Fuzil Mauser mod. 1888, bem como de Fuzil Mannlicher, ele foi, na verdade, desenvolvido por
técnicos da Comissão Especial do Exército Alemão, baseado em projetos já existentes e em uso no
Império, como os fuzis Mauser 71/84 e os Mannlicher austríacos. Dos primeiros, foram inspirados os
projetos para os ferrolhos (trabalhados pelo engenheiro Schlegelmich, do Arsenal de Spandau) e dos
últimos, o desenho e sistema do magazine. Lembramos que os Mauser 71/84 ainda se utilizavam de
últimos, o desenho e sistema do magazine. Lembramos que os Mauser 71/84 ainda se utilizavam de
magazines tubulares, situados sob o cano, muito similares aos dos rifles e carabinas de ação por
alavanca, da Winchester.
Outro exemplar de modelo 1888 de fabricação Ludwig Loewe, Berlim, 1890
Porém, o engenheiro austríaco Ferdinand Ri뵩�er von Mannlicher possuía um projeto de fuzil de
ferrolho desde 1884, levado à cabo em 1885, e que utilizava um magazine vertical saliente à parte
inferior da coronha, cujos cartuchos, previamente inseridos em um clipe metálico, eram alojados em
seu interior. O clipe era descartado automaticamente através de um pórtico abaixo do magazine após
a utilização do último dos cinco cartuchos. A rapidez de se remuniciar uma arma provida de um
clipe desse tipo era muito maior do que com uso de magazines tubulares, onde os cartuchos tinham
que ser inseridos um a um.
Diagrama mostrando o mecanismo interno da caixa de culatra do Fuzil mod. 88, com o ferrolho na posição
aberta, clipe inserido no magazine e pronto para a primeira inserção de um cartucho na câmara. Note o retém
(vermelho) que mantinha o clipe preso no magazine e a alavanca (amarela) que impulsinava os cartuchos para
cima.
Agora, com o ferrolho fechado logo após o primeiro disparo e com o clipe ainda com 4 cartuchos remanescentes.
Após a carga do último cartucho, o clipe se desprende, caindo ao chão através da abertura inferior.
No caso do 88, desenvolveu‑se um clipe metálico similar ao Mannlicher, para comportar cinco
cartuchos. Esse clipe permanecia na arma até o último disparo quando então se soltava por ação da
gravidade, através de uma abertura inferior. Na verdade, era o clipe era como um componente
adicional ao magazine e sem ele, os cartuchos não podiam permanecer em posição. Não durou muito
adicional ao magazine e sem ele, os cartuchos não podiam permanecer em posição. Não durou muito
tempo para perceberem que esse detalhe seria uma grande desvantagem dessa arma, pois a mesma
não poderia ser municiada sem os clipes, como acontece com os modelos Mauser que a sucederam, a
não ser que fosse utilizado apenas um cartucho por vez.
Uma vantagem que o sistema do 1888 tinha sobre os futuros Mausers era que o clipe podia ser
retirado da arma, com todos os cartuchos ou parte deles, através de um retém localizado dentro do
guarda‑mato, e assim descarregar a arma rapidamente. Nos modelos da Mauser isso não era possível;
para a retirada dos cartuchos já inseridos no carregador, é necessário que se faça utilizando o
ferrolho, abrindo‑o e fechando‑o consecutivamente até a ejeção do último cartucho.
Além disso, a Comissão Alemã, contando com a ajuda do engenheiro Louis Schlegelmich, do Arsenal
de Spandau, melhorou também o sistema de travamento e de reforço do ferrolho, que era baseado no
fuzil Mauser 71/84, adaptando‑o para suportar a pressão mais elevada do novo cartucho 7,92mm em
relação ao antigo 11X60mm, cartucho esse ainda carregado com pólvora negra.
O clipe metálico com 5 cartuchos calibre 7,9X57mm J, utilizado no Fuzil mod. 88
Uma outra solução muito interessante empregada pela Comissão, foi em relação à montagem do
cano. Ao invés de se utilizar os componentes da coronha de madeira para a sua proteção e fixação,
decidiram pelo uso de um tubo de metal inteiramente oco, idéia do engenheiro Armand Mieg, com
um diâmetro maior que o cano, e que o envolvia totalmente, vestindo‑o desde o receptor da arma até
a boca.
Teoricamente, essa capa de proteção permitia uma melhor precisão de tiro, uma vez que prevenia
mudanças no centro de impacto causadas pelas sutis alterações de dimensão das peças de madeira,
resultantes de umidade e diferenças extremas de temperatura. Na prática, porém, isso ocasionou
mais problemas que benefícios: o tubo sofria impactos que o amassavam freqüentemente; a água
podia penetrar facilmente pela folga existente entre o tubo e o cano, na parte frontal, causando
corrosão interna em ambas as peças, que não possuíam tratamento; o tubo era somente oxidado
externamente. Além disso, era uma peça cara e difícil de ser substituída.
Detalhe da culatra com ferrolho, e do carregador estilo Mannlicher. A pequena tecla vista no interior do guarda‑
mato servia para se soltar o clipe pela parte superior, desde que ainda houvesse um cartucho no mesmo. (foto do
autor)
Destaque da parte frontal da arma, onde se percebe a camisa (luva) que recobre o cano e sua vareta de
manutenção. O engate para a baioneta era lateral, como mostra a foto. À direita detalhe da culatra e ferrolho,
onde se nota a alavanca de trava de segurança, sistema usado pelos fuzis Mausers desde o modelo 1871. (Foto do
autor)
A coronha era feita em uma só peça, atingindo quase que totalmente o comprimento do cano. A
soleira era de aço estampado, acabamento oxidado e não havia nenhum tipo de compartimento em
seu interior, para o armazenamento de acessórios. O acabamento da caixa da culatra era em aço
polido, bem como o ferrolho. A luva que cobria o cano e o magazine com guarda‑mato incorporado
eram oxidados pelo processo à frio. Foram fabricadas versões longas dessa arma (fuzis) e curtas
(carabinas). No caso dessas, a coronha se alongava até a boca do cano e o ferrolho utilizava uma
alavanca de manejo em forma de colher achatada ao invés da protuberante alavanca reta.
A carabina modelo 88 (note a alavanca de ferrolho em forma de colher e alça de mira pequena), em companhia de
um capacete prussiano e de uma pistola Mauser C96 (foto do autor, de coleção particular)
No dia 12 de novembro de 1888, o Kaiser Guilherme II assinou a ordem para que essa arma fosse
adotada imediatamente pelo Exército Imperial. Até meados de 1890, a arma já estava praticamente
em uso pelas tropas de 1ª linha da Baviera, Prussia, Saxônia e Wur뵩�emberg. Durante o seu período
de uso na Alemanha, modificações foram feitas na arma para minimizar alguns de seus problemas.
1. Modificação para ejetar o clipe automaticamente, após o último disparo, por ação de uma mola,
porém, pela parte superior da arma, idéia aliás muito similar à utilizada nos fuzis Garand .30 M1,
norte‑americanos. A abertura inferior foi fechada, com essa modificação.
2. Modificação para utilizar o clipe do fuzil Mauser 98, através de uma adaptação montada na parte
superior da caixa de culatra e criando‑se um sistema de retenção por mola para prender os
cartuchos já municiados dentro do magazine (veja fotos abaixo).
3. A mais executada dessas alterações foi a usinagem feita na rampa de acesso à câmara e no interior
da mesma, para a utilização das munições “spiꔒ�er” (pontiagudas), com o novo diâmetro do
projétil de .323”, contra o anterior de .318” de polegada. Leia o nosso artigo sobre o calibre 8mm
Mauser para saber mais sobre essa mudança.
Um Gewehr ’88 de fabricação de arsenal estatal de Danzig, em 1891, com as modificações para utilizar os
“clipes” de fuzil Mauser – note as peças montadas nas laterais da armação para prover os encaixes necessários –
além disso, uma usinagem na parte dianteira foi feita, pois usando‑se esses clipes os cartuchos ficavam
posicionados pouco mais à frente.
Detalhe da tampa inferior, encaixada sob pressão,
utilizada para obstruir a abertura inferior do carregador. À direita o fuzil modelo ’88 sendo municiado
utilizando‑se um clipe similar ao usados nos fuzís Mauser.
A versão fuzil e a versão carabina do Gewehr modelo 88, ambos utilizando o mesmo tipo de carregador com 5
cartuchos.
Acima, uma unidade bavariana pertencente ao Exército Imperial Alemão, em meados de 1915, posando em um
jardim, com seus capacetes do tipo “pickelhaube”. O segundo e o quinto soldado estão armados com o Gewehr
88 com as modificações 88/14 (note a abertura de saída do clipe fechada por uma tampa). Os demais homens
portam o fuzil Mauser 71/84.
Essas modificações foram, então, denominadas respectivamente de 88/05, 88/14 e 88S. A fabricação
dessas armas se deu principalmente na Alemanha, através de vários fabricantes e arsenais, tais como
demonstra a tabela abaixo:
Fabricante Quantidade
Arsenais Estatais de Danzig, Erfurt e Spandau 750.000
Amberg (Bavária) 425.000
Ludwig Loewe de Berlim 425.000
Steyr Oesterreische Waffenfabrik (Áustria) 300.000
Haenel (algumas carabinas em calibre 7mm X 57 Mauser) 100.000
Total estimado produzido até 1897 1.675.000
A China, após a Revolução dos Boxers, chegou a adquirir muitos fuzis e posteriormente fabricou uma
cópia do mesmo, denominada de Hanyang 88. A Iugoslávia, Etiópia, Turquia, Finlândia e o Brasil
adotaram essa arma em quantidades razoáveis e outros ainda a utilizaram, em menor quantidade,
apreendidas de prisioneiros de guerra, como ocorreu no caso da Checoslováquia.
Comparação das ações de ferrolho do Fuzil mod. 1888 e do fuzil Mauser 1898. Note neste último a posição do
fechamento da alavanca de ferrolho e a ausência do magazine externo.
Detalhe da câmara, gravada com a marca do fabricante Ludwig Loewe, em 1890. Note a montagem da camisa,
que era oxidada, rosqueada à culatra, sem banho de oxidação. À direita, lado esquerdo da caixa da culatra, com a
marcação G (Gewehr) Mod. 88. A culatra não sofria acabamento contra corrosão, tal como oxidação à boneca ou
banho químico. Porém, em vários exemplares já avaliados por esse autor, não se notava marcas de corrosão
nessas peças. (foto do autor)
Os últimos exemplares fabricados e usados pelas tropas já começavam a apresentar problemas de
Os últimos exemplares fabricados e usados pelas tropas já começavam a apresentar problemas de
acabamento e de defeitos de fabricação, ocasionando sérias falhas de funcionamento e inclusive
ferindo alguns soldados. Um dos fabricantes do fuzil, a empresa Ludwig Loewe, de Berlim, devido à
sua origem judaica, começou a ser alvo de facções anti‑semitas que, com o apoio da imprensa,
começaram a explorar o assunto, alegando se tratar de uma conspiração liderada por Loewe e dos
outros fabricantes, também judeus, incluindo aí o produtor da nova pólvora sem fumaça. Com isso, a
arma acabou ganhando um infame apelido, Judenflinte, que significa “fuzil judeu”. Nota‑se aqui que
manifestações anti‑ semitas já existiam na Alemanha Imperial, bem antes do Nazismo.
Acima, a carabina modelo 1888 de fabricação do arsenal de Spandau
Conforme demonstrado no quadro acima, que lista os fabricantes e suas respectivas quantidades, a
empresa Haenel supostamente a pedido de um ou de alguns países da América do Sul solicitaram
alguns exemplares em calibre 7mm X 57 Mauser, com a finalidade de testes e avaliações técnicas. O
autor acredita que o Brasil não era um desses países mas sim, mais provavelmente, Chile e Paraguai.
Há notícias de carabinas modelo 88 ainda hoje sendo encontradas neste último país.
Ao lado, a alça de mira do fuzil 1888
A Alemanha entrou na I Guerra usando ambas as armas, e no decorrer do período 1914‑1918 os G’88
foram desaparecendo gradativamente, pelo menos na linha de frente, relegado que foi à tropas de 2ª
linha, geralmente sitiadas na retaguarda. Com as modificações introduzidas na arma, conforme
vimos acima, o 88 teve uma sobre‑vida razoável, pois poderia utilizar a mesma munição do Mauser
98 (projétil spiꔒ�er de .323″ de diâmetro) bem como ser carregado com os mesmos clipes superiores
utilizados naquela arma. Isso minimizou sobremaneira os problemas logísticos que uma munição
diferente poderia causar, sem se levar em conta acidentes que poderiam ocorrer com a arma
utilizando os cartuchos mais novos.
Uma unidade de infantaria alemã “landsturm”, em 1915, posando com seus Gewehr 1888, todos ainda na
configuração original.
O Fuzil modelo 1888 no Brasil
Segundo um autor da época, Borges Fortes, o Governo Brasileiro decidiu substituir as carabinas
Comblain pelos fuzis 1888, aqui equivocadamente chamados de Mannlicher, nos idos de
1892. Segundo o historiador Adler Homero Fonseca de Castro, em seu magnífico estudo sobre Armas
no Brasil, no capítulo referente à esse fuzil, neste link, apesar do que Borges Fortes escreve, isso não
está correto, pois as armas já haviam sido distribuídas à tropa em 1892, antes do início da Revolução
Federalista, o que indica que foi a escolha final da Comissão Técnica Militar Consultiva.
Conta‑nos também o historiador que, após a sua adoção e utilização em combate, os problemas
começaram a surgir, provenientes de excesso de poeira, escape de gases e muitos outros eventos,
alguns insolucionáveis.
Curiosamente, a carabina de fabricação Mauser modelo 1889, que havia sido adotada pela Bélgica,
claramente superior à carabina modelo 1888, ficou em segundo lugar nos testes, talvez devido ao fato
de ainda não estar disponível no mercado, ou por não estarem ainda em uso oficial em nenhum país.
Apesar disso, frente às carabinas Comblain, a arma era muito superior em termos de balística,
precisão, cadência de tiro e potência.
Ao lado, soldado do Exército na Guerra de Canudos, posando com seu G’88. Pode‑se notar a abertura de saída
dos clipes na parte inferior do carregador.
No conflito da Guerra de Canudos essa arma teve uma participação
No conflito da Guerra de Canudos essa arma teve uma participação
bem destacada, apesar de que alguns problemas de projeto ainda
insistiam em permanecer ocorrendo, mas ainda assim participou
ativamente das lutas ao lado das carabinas Comblains
remanescentes. Seu tempo de permanência nas nossas fileiras foi
curto; adotado em 1892, ele já começou dois anos depois a ser
substituído pelos fuzis Mauser modelo 1894 em calibre 7X57mm.
Porém, na verdade, foi essa arma que abriu as portas de nossas
Forças Armadas para um tipo conceito de armamento e de
munição, que depois, com a adoção dos fuzis Mauser modelo 1908,
iria definir e padronizar o uso de armas longas por muitos anos, no
país. Com os G’88 foi a primeira vez que se adotava no Brasil um
cartucho militar de calibre reduzido (7,92mm contra os 11mm), e o
uso de pólvora sem fumaça.
O Exército Brasileiro começou a abandonar o uso de fuzis de repetição Mauser, ou os derivados dele,
como o nacionalizado “mosquetão” Itajubá mod. 1949, a partir de 1964, com a substituição gradativa
dessas armas pelo fuzil belga semi‑automático FN FAL.
Características da arma:
Comprimento total 124,5 cm.
Comprimento do cano 75 cm.
Raiamento 4, à esquerda
Peso 3,905 Kg. descarregado
Calibre 7,9×57 mm.
Cadência de Fogo Útil 20 tiros por minuto
Carregador Integrado à arma, 5 cartuchos, com clipe tipo Mannlicher
Ação Mauser 71/84 modificada
Alça de mira Com graduação até 2.000 metros
Wri뵩�en by Carlos F P Neto
05/08/2009 às 17:50
17 Respostas
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Juliano, o calibre é o mesmo, o 7,92mmX57J, embora a fabricação seja da Waffenfabrik Steyr. Grato
pelo contato.
Carlos F P Neto
27/05/2017 at 21:57
27/05/2017 at 21:57
Tenho um com a descrição na maquina CE Wg Steyr 1891 q calibre seria corresponde a qual
Juliano campos
27/05/2017 at 18:03
Robson, por favor leia antes a nossa Política de Avaliações e Identificações. Obrigado.
Carlos F P Neto
10/01/2017 at 14:42
Boa noite amigos eu tenho um desses fuzis em casa que pertencia ao pai do meu bisavô alguém
sabe me dizer quanto vale hoje pois acredito ser uma raridade mas não tenho menor idéia de
valor desde já agradeço a atenção de todos.
Robson S
Robson Silva
10/01/2017 at 1:53
Rodrigo, saudações. Não existe, especificamente com as pontas de .318″. Encontra‑se no exterior
munição 8X57 Mauser nova, mas com pontas de .323″.
Carlos F P Neto
07/11/2016 at 10:17
Muito bom será q existe munição para o g 88 para vender no brasil obrigada
Rodrigo
06/11/2016 at 22:34
Darci, conversando posteriormente como amigos, descobri que alguns deles possuem peça
semelhante, em 7mm Mauser, com carimbos de Polícia Militar de alguns estados, o que confirma
a idéia de que o E.B. deve ter mandado recondicionar e trocar os canos, repassado essas armas às
PM de alguns estados. Definitivamente não há documentação alguma de que o E.B. as tenha
utilizado como uma espécie de arsenal de reserva, uma vez que o calibre era o mesmo dos fuzis
(naquela época).
Carlos F P Neto
01/06/2013 at 18:28
Re, Boa noite Carlos. Gostei de seu artigo respondendo a minha pergunta. Esta Comblain de meu
amigo, infelizmente foi toda alterada para ser arma de caça. Ela era muito semelhante em tudo ao
modelo
Comblain antigo ,porem em calibre 7mm. Ela continua com cano no comprimento normal
(comprido)
porem a caixa da culatra é de tamanho menor que do que o modelo antigo. A culatra é toda
proporcionalmente
reduzida. Tenho conjunto (cano curto e culatra incompleta) deste mesmo tipo. Este modelo
acredito que seja
da cavalaria. Na parte traseira destas culatras, a parte interna foi usinada em formato circular,
da cavalaria. Na parte traseira destas culatras, a parte interna foi usinada em formato circular,
sendo toda
maciça. Este cano curto tem no final uma espécie de mira para fixação da baioneta. O calibre é o
antigo.
Vou mandar fotos.
Obrigado.
D.B.
31/05/2013 at 23:05
D.B., saudações. Você teria condições de enviar‑nos algumas fotos? As Comblain em calibre 7mm
Mauser, foram fornecidas pelo próprio fabricante belga e não eram convertidas aqui no Brasil.
Segundo o historiador Adler Homero da Fonseca, essas conversões foram feitas em antigas
carabinas do Exército, para que elas pudessem disparar munição de pólvora sem fumaça, no
calibre 7×57 mm (o mesmo da Mauser modelo 1894). Sabe‑se que pelo menos a polícia do Rio de
Janeiro a recebeu, após 1898 (data limite inferior para a conversão, mas não sabemos se foi feita
naquele ano ou depois). Certamente não foram de uso das Forças Armadas, apesar de se saber
que as armas originais, usadas para a conversão, pertenceram originalmente ao Exército, havendo
exemplares dos modelos dos modelos de 1878, 1885, 1889 e 1891 convertidas para o cartucho 7×57
mm. A conversão feita é bem simples, apesar de exigir maquinário complicado – o antigo cano era
serrado próximo à culatra, perfurado e embuchado com um novo cano, no calibre reduzido. Além
disso, se colocava uma nova câmara na arma. Afora isso, a arma era basicamente a mesma dos
modelos do Exército. Alguns especialistas acreditam também que algumas carabinas Comblain já
foram encomendadas já feitas neste calibre e não seriam armas antigas, convertidas.
Carlos F P Neto
31/05/2013 at 8:42
Um amigo meu tem uma carabina Comblain em calibre 7mm. Foram muito usadas aqui no Rio
Grande
durante a revolução de 1923. De onde vieram e qual o ano de fabricação?
D.B.
30/05/2013 at 22:11
Cláudio, pode nos enviar a foto, será um prazer: armasonline@gmail.com.
Carlos F P Neto
18/01/2013 at 17:01
Parabéns pelo artigo, e pelo site todo. Incrível.
Apesar de gostar de armas de fogo, não conheço muito bem as armas da época da 1ª guerra, mas
tenho curiosidade em saber que arma meu bisavô portava numa foto de 1915. Foi tirada em Koln,
no dia em que ele saiu para combater em Ypres, na Bélgica pelo exército alemão. Se puder fazer
esse favor Carlos,, lhe envio a foto para identificação. Abraço
Claudio
18/01/2013 at 10:21
Prezado colega José Renato, do alto de seu conhecimento, um elogio é sempre bem vindo.
Carlos F P Neto
Carlos F P Neto
15/10/2012 at 12:35
Parabéns novamente, Carlos. O artigo, que já era bom, ficou ainda melhor.
José Renato
14/10/2012 at 18:55
Obrigado Carlos, ajudou bastante, estou levando sua resposta ao meu amigo!!
Abraço.
Ivan Hartke
03/07/2012 at 16:37
Ivan, realmente houve algumas carabinas G88 em calibre 7mm x57, todas fabricadas pela Haenel.
Ao que se sabe, nem fuzis nem carabinas ’88 fabricadas pela Loewe ou Steyr utilizaram esse
calibre. Entretanto, quando em algumas fontes citam‑se países da América do Sul como sendo
locais de teste e avaliação, creio que o Brasil não se enquadra aí; provavelmente Chile e Paraguai
sejam os mais prováveis. Isso porque em 1892, quando o governo adotou o G88, o calibre 7mm
X57 Mauser ainda não era oficial e nunca havia sido usado antes por aqui.
Carlos F P Neto
02/07/2012 at 8:47
Boa noite Carlos
Recentemente vi na coleção de um amigo uma carabina “Kar 88” com a alavanca do ferrolho em
formato de colher achatada como a da foto e lembrei do seu artigo.
Porém nesta arma não há marcas do fabricante (não foi reoxidada) e ela é em calibre 7x57mm, não
no tradicional 7,9x57mm. Em pesquisas encontrei que foram fabricadas pela Haenel algumas
armas em 7x57mm para que o Brasil as avaliasse. Abaixo segue o link:
h뵩�p://www.texastradingpost.com/m88/7mmcarbine.html
Gostaria de mais informações sobre esta arma (se as informações que temos procedem), se o
fabricante é realmente este e se mais alguém tem conhecimento delas em 7x57mm.
Além disso, saber o ano de fabricação da arma ou o período em que este lote veio para o Brasil.
Tenho um decalque das marcas de prova da arma, mas não consegui mais informações.
Desde já agradeço a atenção.
Abraço
Ivan Hartke
30/06/2012 at 20:51