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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO 4
MÚSICA SACRA 10
ADORAÇÃO E LOUVOR 5
O que é Louvor? 5
O que é Adoração? 5
O Poder da Música 8
antigo testamento 21
Salmos 27
No Novo Testamento 30
Magnificat e Benedictus 31
“Magnificat” 31
2
“Benedictus” 31
1 - INSTRUMENTOS DE CORDAS 32
SALTÉRIO - 33
ALAÚDE - 33
HARPA 33
CÍTARA 35
2 - INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO 35
PANDEIRO – 35
ADUFES 36
TAMBOR 36
TAMBORINS 36
CÍMBALOS 36
3 - INSTRUMENTOS DE SOPRO 37
SHOFAR 37
FLAUTA 37
FLAUTA DUPLA 37
PÍFARO 38
GAITA DE FOLES 38
BUZINA 38
3
TROMBETA 38
DEFININDO MINISTRAÇÃO 39
Ministros de Louvor 43
o Espírito do músico 44
ESCOLHENDO OS CÂNTICOS 47
CONCLUSÃO 50
bibliografia 51
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INTRODUÇÃO
Na guerra da adoração dos anos recentes, as mais sórdidas batalhas têm surgido
com ímpeto em relação à música.
O que devemos cantar?
Quem deve cantar?
Quais melodias devemos cantar?
Quais instrumentos devem acompanhar o cântico da igreja – se algum?
Via de regra, parece que exércitos que se prepararam nos lados diversificados
da questão têm lutado debaixo da bandeira da preferência.
O que gostamos e o que nos toca?
Preferências têm levado a tendência de colocar pessoas mais velhas contra as
mais jovens e as experientes contra as inexperientes.
Mas, quão seriamente temos pensado teológica e biblicamente sobre a música?
Em que quantidade as nossas convicções e práticas são moldadas pelo Novo
Testamento?
Neste estudo, examinaremos alguns dos ensinamentos-chave da Bíblia sobre
música e cântico, e tentaremos relacioná-los com a história da reflexão reformada e
assuntos contemporâneos.
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ADORAÇÃO E LOUVOR
O que é Louvor?
O que é Adoração?
4:31, 12:27, 34:8; Js 5:14; 2 Cr 29: 29-30; Ne 8:6; Jô 1:20; Sl 95:6, 132:7; Mt 2:2, 11;
Mc 15:19; Jô 4:22-24; Fp 3:3; Ap 5:14, 7:11, 11:16, 14:7, 15:4, 19:4, 10, 22:8-9.
Metanoia - Gr. Meta - (Além, depois) + Noéu - (Mudança de Mente,
Compreender, Reflexão Posterior) esta é uma expressão grega usada para Arrepender,
voltar atrás, dar meia volta, pender para traz.
Idolatrar - Gr. Eidolom - (Ídolo, Imagem, Ícone) + Latreia - (Serviço, Adorar,
cultuar). Idolatria é Serviço a um Ídolo (zoolatria, antropolatria, egolatria). O nosso
Deus reivindica a totalidade do serviço (latreia) dos seres a quem ele dá vida. A rebelião
do pecado humano, enquadra-se nesta realidade: o homem serve e adora aquilo que não
é DEUS e nem Criador. Mat. 4:10, Jo 4:22.
Theosebes - Gr. Theo - (Deus, Divindade) + Sebein - (Reverência, Temor,
Respeito), reverenciar a Deus com temor. Não é simplesmente “ter medo” mas uma
reverente admiração com desejo de aproximar-se. Não é um medo que me afasta ou faz
fugir, mas sim aquele que anseia por chegar mais perto e tocar a Deus pela fé.
Leitourgia - Gr. Láos - (Povo) + Érgon - (Trabalho, Esforço), serviço do povo,
cultuar. A palavra liturgia é composta de dois elementos: leitos, que quer dizer público,
e érgein, que significa fazer. Juntando estes dois elementos pelo radical e
acrescentando-lhes o sufixo formador de substantivos, tem-se leit-o-erg-ia ou leitourgia.
O primeiro elemento leitos é derivado da palavra léos, forma dialetal de láos, que
significa povo. O segundo elemento da palavra é um verbo em desuso, mas
sobrevivente no futuro érxoi e no substantivo érgon, que quer dizer trabalho. Do
substantivo liturgia tirou-se o concreto litourgos ou liturgos - funcionário público, - e o
verbo litourgein, - exercer função pública. De láos, - povo, - origina-se laico, laical,
leigo. Portanto, liturgia, liturgo, lutúrgico, laico, leigo, laical pertencem a uma mesma
família de palavras, pois todos procedem da raiz láos ou léos, povo.
A obtenção de fundos para os carentes da igreja de Jerusalém, é chamada de
Serviço Ministerial (leitourgia) II Cor. 9:12,13. Os cristãos, quando servem aos irmãos,
motivados pelo amor a Deus, exercem a (LEITOURGIA) At. 13:02, E servindo
(leitourgeo) eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora,
Barnabé e Saulo, para a obra a que os tenho chamado. Quem serve a Deus serve a igreja
e vice-versa.
Culto Racional - Gr. Logikem - (Razão, Entendimento) + Latreia-
(Cultuar,Adorar).
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O Poder da Música
A música, mais do que qualquer outra arte, exerce uma forte influência sobre a
vida das Pessoas, vejamos:
a) - A música é capaz de produzir sentimentos positivos e negativos dentro de
nós (ex.: POSITIVOS. Alegria, gozo, felicidade, esperança, gratidão, confiança e
segurança. NEGATIVOS. Tristeza, medo, remorsos, sentimentos de culpa, rancor,
temor.
b) - A música pode nos levar a diferentes tipos de reações, ex.: rir, chorar, ficar
apreensivo, relaxar, etc.
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MÚSICA SACRA
Não é muito fácil definir o que seja música sacra e música profana. Quando há
protesto dentro das igrejas, tomam-se por base os instrumentos musicais utilizados no
culto, o ritmo, a melodia, a vestimenta dos músicos, etc.
Eis algumas concepções do que algumas pessoas entendem por música sacra.
Há quem diga que música sacra é aquela que fala de coisas sagradas.
Mas neste caso, a música de Roberto Carlos: “Jesus Cristo, eu estou aqui” e
tantas outras de outros cantores seriam consideradas como uma musica sacra.
Há quem acredite que:
o “ser” música sacra depende da intenção do compositor ao compô-la.
música sacra está relacionada à qualidade: se a música é tecnicamente de
alto nível, esta é sacra.
Definir música sacra não é tarefa simples e por isso, talvez se conceituarmos o
que é “profano” ajude no entendimento.
Profano vem do latim “profanu”, adjetivo que qualifica o que é estranho à
religião. Tudo que transgride regras sagradas. É o que se torna contrário ao respeito
devido às coisas divinas.
Para os antropólogos, sagrado seria tudo o que é extraordinário, anormal e
especial e o profano é o que é quotidiano, deste mundo. O momento sagrado é quando
há uma hierophany (Deus se revela ao homem).
Émile Durkheim nos seus estudos das formas elementares de vida religiosa diz:
1 OTTO, Rudolf. O sagrado. São Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1985. Otto (1869-1937) foi professor de
teologia em Gottingen, Breslau e Marbug. O sagrado, sua obra mais importante, é o resultado de uma série de
palestras proferidas na Escócia.
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Música sacra é somente aquela que não é profana. Segundo Parcival em seu
texto: “Nesse caso, porém o conceito de Música Sacra terá que ser adaptado a cada
cultura: ela será diferente da música secular de um povo”.
Parcival Módolo cita a música trazida ao Brasil pelos missionários norte-
americanos no século XIX. ”Alguns daqueles hinos eram canções folclóricas do seu
país – profanas, portanto e com texto adaptado.” Essas músicas foram aceitas sem
restrições como sacra pelo povo brasileiro visto que era um tipo de música diferente do
que eles vivenciavam na época.
Hipoteticamente, se levarmos um cavaquinho para evangelizar uma tribo
africana acompanhando com ele hinos e cânticos num estilo de pagode, este cavaco e
este estilo soarão sagrados ali naquela localidade produzindo músicas sacras diferentes
da cultura local daquela região.
De uma forma semelhante, se um arranjo no mais puro estilo jazz for tocado
em igrejas evangélicas aqui no Brasil pode soar até de certa forma elegante, com um
certo ar de glamour e sofisticação, porém, se este arranjo fosse tocado em igrejas
de New Orleans na época da boemia do jazz nos bares daquele local, certamente a
associação, o ethos, a identidade comunicada seria com a vida boêmia e não com o
sagrado.
Na atualidade, quanto aos instrumentos de orquestra isso já é mais difícil de
acontecer, visto que estes tendem a ser mais associados à sua elegância, exuberância e
solenidade.
2 ELIADE, Mircea . O sagrado e o profano. A essência das religiões. São Paulo, Martins Fontes, 1995.
3 DURKHEIM, Émile. As formas elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Paulus, 1989.
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autor é Stephan Foster, comumente das badaladas country do cenário americano. Outro
exemplo é do hino 205, é um cântico de roda de escola, música popular da língua
inglesa. Também o hino 290 “Cristo, meu mestre, meu amigo sem igual” do hinário
antigo “Cantor Cristão” procede do folclore espanhol que eram usados por filmes da
década de 40. Também o hino 217 “Segue-me” dessa harpa “Cantor Cristão” é um hino
de comemoração a arvore de Natal “Tannenbaun”.
Devemos examinar os critérios pelos quais definimos música sacra, porque ao
contrário, do que pensamos não é o ritmo nem a melodia que definem a música sacra ou
profana, porque se analisarmos a procedência da música, muito do que cantamos seria
considerado profano e não poderia estar em nossos cultos. Temos que tirar o gosto
pessoal, as letras não podem ser para exaltar o homem. Se analisarmos ritmos e
melodias todos eles fazem parte de gêneros musicais que um período da história foram
aceitos como sacro e outro como profano.
Então como definir sacro e profano? Voltando a questão de Nadabe e Abiú o
que torna a música aceita por Deus? Porque a questão não é se agrada aos irmãos, se a
melodia é linda; será que estas músicas que tiveram suas origem no profano, hoje é
usada como sacra, é aceita por Deus?
Um dos critérios é definir se a pessoa é ou não consagrada a Deus, todos
elementos do culto inclusive músicos e instrumentos devem ser consagrados a Deus.
Músicos, corais e pregadores não podem ser só religiosos tem que ter a vida separada
pra Deus, do contrário serão como Nadabe e Abiú oferecendo iniquidade no Santuário.
Definindo sacro: Tudo o que é inspirado por Deus, criado por Ele e
utilizado somente em honra Dele, por pessoas cuja vida é santa, é sacro.
Não importa toda a capacitação natural, o conhecimento técnico e teórico, uma
linda voz, bem afinada ou até mesmo o dom que o músico tem, primeiro tem que viver
uma vida ressurreta, ser salvo, porque Deus quer mostrar santidade e seus adoradores
devem ser separados para o louvor.
Menos preconceito, mais bom senso e respeito mútuo são essenciais para que
nossos ministérios sejam instrumentos de benção na vida da igreja, facilitando a
adoração coletiva.
Veja algumas questões dos nossos dias que podem ser solucionadas facilmente,
quando analisamos com amor.
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"Os jovens não vivem o que cantam". Será que todos que dizem isso, realmente
vivem 100% o que cantam ou o que pregam?
"Não gostamos de hinos ou cânticos que não sejam do nosso hinário". Será que
somente no passado Deus usou compositores cristãos?
"Não gostamos dos ritmos das músicas modernas". Mas será que todos os
ritmos das músicas modernas são inadequados para o louvor da Igreja?
"As músicas dos jovens não estão de acordo com a Palavra de Deus". Por que,
então, não fazem uma seleção e escolhem as que não ferem a sã doutrina?
"Satanás também era um adorador de Deus e deu no que deu". Será que o erro
de satanás tira de nós o rico privilégio de louvar ao nosso Deus?
"Há muitos abusos nessa área". Será que não podemos achar um equilíbrio e
apresentar um louvor coerente?
"Não aceitamos instrumentos musicais, tais como guitarra, contra-baixo ou
bateria". Mas por que aceitam que alguém cante músicas acompanhadas de playbacks
que contêm esses instrumentos, ou, até mesmo, teclados modernos que produzem tais
sons, como, por exemplo, bateria?
O objetivo não é aumentar a polêmica ou colocar os jovens contra suas
lideranças, mas é preciso que haja bom senso, sinceridade e amor cristão de ambas as
partes para que tal assunto seja tratado e resolvido para a glória do nosso Deus.
Não podemos fugir do assunto, mas tratá-lo com sabedoria e muita
espiritualidade.
Lembre-se! Nunca saberemos o suficiente, temos que continuar buscando, para
que Deus nos abençoe muitíssimo nesse ministério!
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4
Capítulo 5 do livro “o Ministério de louvor da Igreja”. João A. de Souza filho Editora Life.
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proceder de uma vida que não tenha sido tocada por Deus. qualquer pessoa, capacitada,
pode colocar uma perfeita simetria numa letra, utilizar as mais lindas palavras do
português,e colocar nela música que revele grande capacidade profissional. Contudo tal
cântico não agradará a Deus. é Deus quem coloca todo o louvor nos corações. Quantas
vezes maior uma pessoa, com a maior simplicidade, sem muito conhecimento de
estrutura poética e notas musicais, é a fonte de belos hinos de louvor a Deus. se essa
pessoa for capacitada por Deus, seja ela culta ou não, e tiver nela a fonte de louvor que é
Deus, então os cânticos que dela brotarem serão sacros.
Basta ler os salmos para vermos expressões como estas:
“...louvai-o com cânticos no saltério de dez cordas. entoai-lhe novo cântico,
tangei com arte e com júbilo”. (Sl 33:2-3).
Outros dos Salmos nos mostram como Deus motiva a expressão de louvor:
“E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor... à noite comigo
está o seu cântico. Louvarei com cânticos o nome de Deus... O Senhor é a minha força
e o meu cântico... os teus decretos são motivo dos meus cânticos... fica-lhe bem o
cântico de louvor.” (Sl 40:3; 42:8; 69:30; 118:14; 119:54; 147:1)
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Nos últimos anos, temos observado em muitas igrejas uma gradual restauração
da qualidade dos hinos cantados e do uso apropriado destes nos cultos, enquanto em
outra tendência é o oposto.
Nas igrejas, de um modo geral, o costume era cantar um hino de adoração,
outro de consolação e um terceiro de convite ao pecador, uma mensagem à ovelha
desgarrada. Hoje já nos conscientizamos de que não necessitamos cantar hinos a
pecadores; devemos cantá-los para Deus.
o culto deve ser a Deus, não a pecadores. Por isso, na restauração do culto, os
hinos devem ter uma só direção. DEUS! cantamos para exaltar a Jesus: seu senhorio e
reino. Louvarmos a Deus por seu poder, grandeza, amor, misericórdia e justiça.
Exaltamos o Espírito Santo pela obra de santificação; o Espírito Santo exalta a Jesus
pela obra de redenção e Jesus exalta o Pai. É uma linha vertical de louvor que vai ao
Pai.
Há também lugar para cânticos de petição, mas esses não devem ocupar todos
os cultos e toda vida do cristão. Compreendemos que o “pedir” tem o seu lugar em
nossa vida; Deus contudo, está levando sua Igreja a um nível de louvor e adoração de
modo que não necessitamos ficar nas reuniões como pedintes, como nossa lista de
necessidades. Assim restaurando nossos hinos, não limitaremos a cantar somente “dá-
me uma bênção Senhor!” “ouve, ó pecador...” quando a igreja se reúne para louvar e
adorar com ações de graça, o visitante é envolvido nessa atmosfera de louvor a Deus. se
a igreja é forte, começará suas reuniões louvando e adorando, e tocará com sua vida a
vida do pecador.
Excepcionalmente podemos cantar a pecadores, convidando-os a uma decisão,
mas não precisamos fazê-lo excepcionalmente no final do culto. Uma pessoa pode se
converter no decorrer da reunião e participar, nascida de novo, da adoração a Deus. ela
pode se converter dentro de um contexto de adoração, quando Deus chama o pecador ao
arrependimento.
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sendo povo da aliança. Da mesma na exemplo anterior, dá ideia que só há salvação nas
reuniões daquela assembléia.
A música “Caminhando eu vou para Canaã”, um hino muito cantado e
conhecido em nosso meio e em todo Brasil, tem na sua última estrofe “Se você não vai,
não me impeça de ir” é bastante irreverente. Imaginem um culto com os irmãos
cantando esta frase uns para os outros.
O hino reverente é aquele cuja mensagem é profundamente Bíblica, traz o
temor de Deus e tem e a tônica de louvor e adoração. Frases como “Tu és digno de
louvor”, ou “Vem, ó Espírito Santo; ou ainda “Senhor, de coração te adoramos...” cria
um clima de reverência. Mesmo num cântico de testemunho a reverência a Deus é de
vital importância.
Deve comunicar o amor de Deus
O louvor que Deus quer restauras é aquele que comunica o seu amor ás
pessoas. Muitos jovens estão interessados no som, na música, no embalo e não no
Senhor que a música apresenta. Todo louvor que afasta as pessoas de uma comunhão
com Deus merece nossa desconfiança. Pode ser um cântico de adoração, de entrega e
submissão, ou que fale de autoridade e do governo de Deus, de suas exigências e leis,
mas deve expressar o amor de Deus por nós.
A tonalidade deve ser composta em um tom médio
Há cânticos que começam num tom muito baixo e que depois sobem tanto, que
se torna quase impossível cantá-los. Quando o tom é baixo demais, as vozes femininas,
principalmente, chegam a cantar uma oitava acima e quando é alto demais, uma oitava
abaixo. A maior parte dos hinos dos hinários evangélicos será registrada num tom muito
alto e é recomendável que os músicos façam necessária transposição.
Deve ter beleza poética
Grande número dos cânticos surgidos nos anos recentes são rudes, não tem um
toque poético. Uma querida irmã, que agora descansa no Senhor, escreveu um cântico
com a seguinte poesia:
Jesus, tu és para mim,
Um ramalhete de mirra,
Enfeitando o meu jardim,
Perfumando a minha vida,
Tu és o meu bem amado
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ANTIGO TESTAMENTO
Texto áureo: “O nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que
tocam harpa e flauta” (Gn 4:21).
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Baseando-se em Gênesis 4.21 onde está escrito que Jubal filho de Lamec era o
"pai de todos os que tocam harpa e flauta, Jubal foi o primeiro homem citado na Bíblia
como músico e a outra referência mais antiga é a de Gn.31:27, onde Labão sobrinho de
Abraão queixa-se de Jacó por não o haver prevenido de sua partida, para que fosse
comemorada com cânticos e músicas. Um detalhe importante é que Jubal tinha um
irmão chamado Jabal, o qual foi o "pai dos que habitam em tendas e criam gados" (Gn
4.20), ou seja, os pastores. Tal fato, leva-nos à reflexão de que pode existir uma relação
muito próxima entre os que são "pastores de ovelhas" e os que são músicos. Ao
estudarmos a vida e a liderança de Moisés, vemos que, se ele não sabia tudo sobre
música, tinha um bom conhecimento dela, pois, em um dia, compôs um cântico e o
ensinou integralmente ao povo de Israel (Dt 31.19-22). Além do mais, Moisés foi criado
no palácio de Faraó, e um dos costumes nas casas dos reis naquela época era ensinar a
música aos filhos desde a mais tenra idade. Deus queria que Moisés tirasse o Seu povo
do Egito para que, uma vez livres da escravidão e da opressão, tivessem a oportunidade
de servi-Lo, ou seja, "adorá-Lo, trabalhar para Ele e render-Lhe culto" (Ex 3.12). No
momento em que Moisés e Arão foram falar com Faraó, disseram: "Assim diz o Senhor
Deus de Israel: deixa ir o meu povo para que me celebre uma festa no deserto" (Ex 5.1).
Neste sentido, Moisés foi também um "mestre de louvor", pois "dirigiu" o povo de Deus
a um lugar específico para servi-Lo (celebrar-Lhe uma festa, oferecer-Lhe sacrifícios e
adorá-Lo).
Logo após a travessia do mar Vermelho, Miriã e as mulheres de Israel
adoraram a Deus com cânticos acompanhados de danças e tamborins (Êxodo 15:20-21).
A escavação do poço em Beer foi celebrada com cânticos (Nm 21:17,18).
Débora e Baraque celebraram sua vitória com cânticos (Jz 5:1-31).
Os profetas dos tempos de Samuel usavam saltérios, tambores, flautas e harpas
(1 Samuel 10:5).
As mulheres de Israel celebraram a vitória de Davi sobre Golias com cânticos
(1 Sm 18:6,7).
“E disse Davi aos príncipes dos levitas que constituíssem a seus irmãos, os
cantores, com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, para que se
fizessem ouvir, levantando a voz com alegria” (1 Cr 15:16). Davi deu instruções
específicas para o uso desses instrumentos (veja 1 Crônicas 23 e 25, em que a adoração
é descrita detalhadamente).
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Quatro mil levitas louvaram ao Senhor com instrumentos quando Salomão foi
levantado como rei sobre Israel.
A adoração nos dias de Salomão era semelhante: "e quando todos os levitas
que eram cantores, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum e os filhos e irmãos deles, vestidos de
linho fino, estavam de pé, para o oriente do altar, com címbalos, alaúdes e harpas, e com
eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas; e quando em uníssono, a
um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o
Senhor e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e
outros instrumentos músicos para louvarem o Senhor, porque ele é bom, porque a sua
misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do Senhor, se
encheu de uma nuvem . . . Assim, o rei e todo o povo consagraram a Casa de Deus. Os
sacerdotes estavam nos seus devidos lugares, como também os levitas com os
instrumentos músicos do Senhor, que o rei Davi tinha feito para deles se utilizar nas
ações de graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre.
Os sacerdotes que tocavam as trombetas estavam defronte deles, e todo o Israel
e mantinha em pé" (2 Crônicas 5:12-13; 7:6). Clarins e trombetas acompanhavam os
cânticos de louvor a Deus na época de Asa (2 Crônicas 15:14).
Atente para o fato de que nada disso era mera invenção humana; Deus tinha
exigido esse tipo de adoração: "Também estabeleceu os levitas na Casa do Senhor com
címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do
profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por intermédio de seus profetas" (2
Crônicas 29:25).
“E ouviu o Senhor a Ezequias e sarou o povo. E os filhos de Israel...
celebraram a festa dos pães asmos sete dias com grande alegria: e os levitas e os
sacerdotes louvaram ao Senhor de dia em dia, com instrumentos fortemente retinintes
ao Senhor.” (2 Cr 30:20-21).
Após a volta do cativeiro, a adoração foi conduzida de modo semelhante:
"Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se
os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com
címbalos, para louvarem o Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel"
(Esdras 3:10). Na cerimônia da dedicação pelos muros de Jerusalém havia címbalos,
alaúdes, harpas e trombetas (Neemias 12:27-36). Como disse Isaías: "O Senhor veio
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O Livro dos Salmos possui 150 capítulos e foi escrito por vários poetas,
cantores e músicos. Só o rei Davi compôs 108 salmos. Os músicos Asafe, Hemã, Etã
Jedutum, Coré e seus filhos compuseram 25 salmos.
ASAFE que em hebraico significa: “Deus Ajuntou”. Em aramaico tem o
significado de “ELE Ajuntou”. Foi o segundo maior salmista, depois do rei Davi. Ele
compôs 12 salmos. O nome de seu pai era Gérson, e ele descendia da tribo de Levi (1º
Crônicas 6.39-43). Durante o reinado de Davi (1.077 a 1.038 AC), Asafe foi um dos
principais cantores e tocadores de címbalos (um dos instrumentos musicais da época),
acompanhando a Arca do Senhor à medida que ela era trazida da cidade de Obede-
Edom para a Cidade de Davi (1º Crônicas 15.17-29).
justiça; pois Deus mesmo é o juiz – selá (6). Ouve! Povo meu, e eu falarei; ó Israel! Eu
protestarei contra ti; sou Deus, sou o teu Deus (7). Não te repreenderei pelos teus
sacrifícios; ou holocaustos, que estão continuamente perante mim (8).
SALMOS
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guardas, padeiros, cantores, instrumentistas e até o tesoureiro era levita (1ª Cr. 26.20-28;
2º Cr. 5.13; 34.12).
Os levitas em nossos dias
Deixo bem claro que o ministério levítico descrito na Bíblia, teologicamente
interpretado, não possui sequer nenhuma ligação com os chamados “levitas cristãos” de
nossos dias. A começar pela ampla organização ministerial, postura, atividade, contexto
histórico, religioso e cultural, promessas bíblicas, seleção, critérios, períodos e épocas.
Mas, não poderia deixar de considerar a forma do uso atual, pois, se torna
importante esclarecer aqui, que a verdade no que tange ao “levitismo evangélico”, ficou
obscura por causa do erro interpretativo das Escrituras propagado pelos não estudantes
da Bíblia. Ou seja, se queremos assim considerar o ministério levítico em nosso meio, á
luz da Palavra de Deus, todos os que servem em qualquer ministério relacionado ao
culto e ao templo, podem e devem ser chamados também de “levitas”.
A falsa ideia de que apenas músicos são levitas, mais uma vez considerando
teologicamente o assunto no contexto atual, é totalmente contrária aos textos e relatos
bíblicos. E mais, se torna um fato irônico chamar de levita aquele músico que, muitas
vezes, exerce seu ministério na igreja tendo uma irreverência explícita no próprio culto,
confundindo a adoração coletiva com seu show particular e, ignorando o conhecimento
teológico e profundo da Palavra, o que o distancia mais ainda dos levitas bíblicos que
possuíam grande sabedoria das Escrituras e extrema visão espiritual.
Concluo expressando o desejo de que os verdadeiros cristãos, que buscam para
si a mesma nomeclatura do chamado levítico, possam exercer seus ministérios de uma
forma em que suas ações possam refletir, pelo menos, uma expressiva parcela da
responsabilidade, zelo, dedicação e compromisso dos levitas da Bíblia Sagrada.
NO NOVO TESTAMENTO
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MAGNIFICAT E BENEDICTUS
1 - INSTRUMENTOS DE CORDAS
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CÍTARA (Hb.Sabeka)
2 - INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO
somente uma vez em todo o Novo Testamento "Ainda que eu fale as línguas dos
homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como címbalo
que retine"Instrumento de percussão formados por dois pratos.
3 - INSTRUMENTOS DE SOPRO
DEFININDO MINISTRAÇÃO
MINISTROS DE LOUVOR
O ESPÍRITO DO MÚSICO
Guerra - São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de
nossas almas, proclamam a vitória de JESUS na cruz e a derrota de satanás.
Doutrinários - Uma das funções mais importante da música em qualquer
cultura (sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos,
sociais ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas
letras expressam os nossos princípios e valores.
Alegria (Júbilo) - São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor,
pelos Seus feitos, etc.
Expectativa - São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de
Deus, o seu agir, etc.
Evangelização - São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do
amor de Deus por nós, etc.
Serviço - São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do
chamado para trabalhar no Reino de Deus, etc.
Especiais - São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento,
batizados, etc.
Composto - São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo
de classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc. Obs.:
É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos
e a respectiva classificação de suas letras.
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ESCOLHENDO OS CÂNTICOS
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA