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Presidente:
Des. Adalberto de Oliveira Melo
Primeiro Vice-Presidente:
Des. Cândido José da Fonte Saraiva de
Moraes
Segundo Vice-Presidente:
Des. Antenor Cardoso Soares Júnior
Produção e Editoração:
Marcia Maria Ramalho da Silva
PRESIDÊNCIA ....................................................................................................................................................................................... 6
Núcleo de Precatórios ......................................................................................................................................................................10
1ª VICE-PRESIDÊNCIA ....................................................................................................................................................................... 14
CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA ............................................................................................................................................. 64
ÓRGÃO ESPECIAL ............................................................................................................................................................................. 67
TURMA ESTADUAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................... 102
DIRETORIA GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ........................................................................................................................... 103
SECRETARIA JUDICIÁRIA ................................................................................................................................................................ 110
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................................................ 111
Comissão Permanente de Licitação/CPL ...................................................................................................................................... 111
SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS ...................................................................................................................................... 112
Diretoria de Gestão Funcional ....................................................................................................................................................... 133
ESCOLA JUDICIAL ............................................................................................................................................................................ 135
GABINETE DESEMBARGADOR JONES FIGUEIRÊDO ALVES ...................................................................................................... 146
CARTRIS ............................................................................................................................................................................................ 156
DIRETORIA DE DOCUMENTAÇÃO JUDICIÁRIA ............................................................................................................................. 169
DIRETORIA CÍVEL .............................................................................................................................................................................190
Seção Cível ....................................................................................................................................................................................190
Seção de Direito Público ................................................................................................................................................................191
4ª Câmara Cível ............................................................................................................................................................................. 196
6ª Câmara Cível ............................................................................................................................................................................. 198
1ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................206
2ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................238
3ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................247
4ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................252
1ª Câmara Extraordinária de Direito Público ................................................................................................................................. 333
2ª Câmara Extraordinária de Direito Público ................................................................................................................................. 335
Diretoria Cível do 1º Grau .............................................................................................................................................................. 342
Diretoria das Varas de Família e Registro Civil da Capital ............................................................................................................ 346
Diretoria Cível Regional do Agreste .............................................................................................................................................. 348
DIRETORIA CRIMINAL ...................................................................................................................................................................... 350
1ª Câmara Criminal ........................................................................................................................................................................ 350
2ª Câmara Criminal ........................................................................................................................................................................ 356
4ª Câmara Criminal ........................................................................................................................................................................ 365
COORDENADORIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS ............................................................................................................................381
Colégio Recursal Cível - Capital .................................................................................................................................................... 381
NÚCLEO PERMANENTE DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS - NUPEMEC .....................................415
Petrolina - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania - CEJUSC ..............................................................................415
COORDENADORIA GERAL DO SISTEMA DE RESOLUÇÃO CONSENSUAL E ARBITRAL DE CONFLITOS .............................. 427
Capital - Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem ............................................................................................................. 427
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - CAPITAL ................................................................................................................................ 444
DIRETORIA CÍVEL DO 1º GRAU ...................................................................................................................................................... 446
CAPITAL ............................................................................................................................................................................................. 450
Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária ......................................................................................... 450
Capital - 1ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 451
Capital - 2ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 452
Capital - 2ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 453
Capital - 3ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 455
Capital - 4ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 462
Capital - 5ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 463
Capital - 6ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 467
Capital - 8ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 470
Capital - 9ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 471
Capital - 10ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 480
Capital - 12ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 481
Capital - 15ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 483
Capital - 16ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 486
Capital - 18ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 487
Capital - 19ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 492
Capital - 21ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 494
Capital - 24ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 499
Capital - 25ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 505
Capital - 25ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 509
Capital - 27ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 512
Capital - 28ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 513
Capital - 29ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 515
Capital - 30ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 520
Capital - 30ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 525
Capital - 31ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 526
Capital - 33ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 527
Capital - 34ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 529
Capital - 1ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 535
Capital - 2ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 536
Capital - 3ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 538
Capital - 6ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 541
Capital - 7ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 543
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PRESIDÊNCIA
SEI Nº 00036600-08.2018.8.17.8017
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
GABINETE DA PRESIDÊNCIA
ATO Nº 3398/2018 - SGP
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, CONFERIDAS PELO
ART. 30, XIX, DA RESOLUÇÃO Nº 395, DE 30.03.2017 (REGIMENTO INTERNO DO TJPE), RESOLVE:
CONCEDER aposentadoria a DAMIANA ROSA PONTUAL DE CARVALHO , matrícula nº 176222-2, no cargo de Analista Judiciário/Função
JUD APJ, Classe IV, Padrão “P 18”, com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47/2005, com integralidade e paridade, a partir
de 03.12.2018.
Recife, 05 de dezembro de 2018.
Des. Adalberto de Oliveira Melo
Presidente
SEI Nº 00035207-12.2018.8.17.8017
ATO Nº 3399/2018 - SGP
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, CONFERIDAS PELO
ART. 30, XIX, DA RESOLUÇÃO Nº 395, DE 30/03/2017 (REGIMENTO INTERNO DO TJPE), RESOLVE:
Conceder aposentadoria a GILENO LEAL DE SOUZA , matrícula nº 127.539-9, ocupante do cargo de Oficial de Justiça - OPJ, classe IV-P18,
com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 05/07/2005, com integralidade e paridade, a partir de 03/12/2018.
O EXMO. DES. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU
NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 05/12/2018, OS SEGUINTES DESPACHOS:
Requerimento -– (SEI nº 00038872-92.2018.8.17.8017) – Exmo. Des J orge Américo Pereira de Lira – ref. pagamento de verba indenizatória:
“Defiro o pedido formulado pelo EXMO. DES. JORGE AMÉRICO PEREIRA DE LIRA , de pagamento pro rata tempore , pelo exercício cumulativo,
em substituição aos seguintes Desembargadores: Exmo. Des. Itamar Pereira da Silva Júnior, no período de 19 (dezenove) a 21 (vinte e um) de
novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 03 (três) dias, junto à 4ª Câmara de Direito Público, em razão de viagem institucional; e Exmo. Des.
Carlos Frederico Gonçalves de Moraes, no período de 26 (vinte e seis) a 30 (trinta) de novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 05 (cinco) dias,
junto ao Órgão Especial, em razão de viagem institucional, nos termos do art. 146, inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de
Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar nº 209.2012, de 01.10.2012.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ofício nº 64/2018-GDSNC -– (SEI nº 00038950-72.2018.8.17.8017) – Exmo. Des Stênio José de Sousa Neiva Coêlho – ref. pagamento
de verba indenizatória: “Defiro o pedido formulado pelo EXMO. DES. STÊNIO JOSÉ DE SOUSA NEIVA COÊLHO , de pagamento pro rata
tempore de exercício cumulativo, em substituição ao Exmo. Des. Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello, no período de 26 (vinte e seis)
a 30 (trinta) de novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 05 (cinco) dias, junto ao Órgão Especial, em razão de viagem institucional, nos termos
do art. 146, inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar nº
209.2012, de 01.10.2012”.
Requerimento -– (SEI nº 00038991-59.2018.8.17.8017) – Exmo. Des Evandro Sérgio Netto de Magalhães Melo – ref. pagamento de
verba indenizatória: “Defiro o pedido formulado pelo EXMO. DES. EVANDRO SÉRGIO NETTO DE MAGALHÃES MELO , de pagamento pelo
exercício cumulativo junto à 1ª Câmara Extraordinária Criminal, durante o mês de novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 30 (trinta) dias, nos
termos do art. 146, inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar
nº 209.2012, de 01.10.2012, conforme certidão anexa”.
O EXMO. DES. CÂNDIDO JOSÉ DA FONTE SARAIVA DE MORAES, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 04/12/2018, OS SEGUINTES
DESPACHOS:
Ofício nº 112/2018- GDJF -– (Sei nº 00039006-85.2018.8.17.8017) – Exmo. Des. Jones Figueirêdo Alves – ref. ausência institucional/
convocação substituto: “H.R. Autorizo e determino sejam convocados substitutos na ordem regimental”.
E-mail -– (Datado de 04/12/2018) – Exmo. Des. Carlos Frederico Gonçalves de Moraes – ref. comunica ausência: “R.H. Ciente. Convocando-
se substituto na ordem regimental”.
O EXMO. DES. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU,
EM DATA DE 05/12/2018, O SEGUINTE DESPACHO:
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual Otoniel Dias de Araújo Neto, na qualidade de filho e Sueclebia Maria de França, segundo ela,
na qualidade de companheira, solicitam pagamento do auxílio funeral e demais vantagens, em razão do falecimento de José Alencar Dias da
Costa Araújo, aposentado no cargo de Juiz de Direito de 2ª entrância por meio do Ato nº 3844/82, de 28/09/1982, conforme cópia da certidão de
óbito, nota fiscal, recibo e outros documentos que instruem o presente pedido.
Nesse contexto, a Consultoria Jurídica exarou Parecer, o qual foi ratificado pela Consultora Jurídica, opinando pela possibilidade do pagamento
de valores a título de auxílio funeral e demais vantagens correlatas até o limite gasto e efetivamente comprovado pelo requerente Otoniel Dias
de Araújo Neto (filho do falecido), devendo o saldo restante ser liberado mediante alvará judicial, nos termos do art. 1º da Lei Federal nº 6.858,
de 24/11/1980 c/c o art. 172 da Lei Estadual nº 6.123/1968, arts. 4º e 5º da Resolução TJPE nº 015/1984, que regulamentou a Lei Estadual nº
9.423/1984, e art. 1º, caput e parágrafo único, do Decreto Estadual nº 6.263/1980 c/c art. 3º, caput , da Instrução Normativa TJPE nº 27/2010.
Ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o Parecer da Consultoria Jurídica, acolho a proposição nele contida para
deferir parcialmente o pleito, nos fins e limites do supracitado opinativo.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
00036600-08.2018.8.17.8017 0289318v2
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
00035207-12.2018.8.17.8017 0285917v2
O EXMO. DES. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU
NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 05/12/2018, A SEGUINTE DECISÃO:
DECISÃO
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a magistrada epigrafada, matrícula nº 187.023-8, solicita ressarcimento do valor de R$ 2.000,00
(dois mil reais) para fazer face as despesas com mudança e transporte, conforme cópia de nota fiscal eletrônica de serviços, em razão de sua
promoção da Vara Única da Comarca de Cumaru para a 2ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho (docs. 0154908 e 0154916).
O Juiz Corregedor Auxiliar da 2ª Entrância emitiu Parecer, em 09/11/2018, conclusivo pelo deferimento do pleito, o qual foi aprovado pelo Des.
Corregedor Geral de Justiça (docs. 0285321 e 0292456).
Igualmente, a Consultoria Jurídica, por meio do Parecer (doc. 0293991), opinando pelo deferimento do pedido, com fundamento na legislação
aplicada à matéria.
Ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o Parecer exarado pela Consultoria Jurídica, acolho a proposição nele
contida, para, com fundamento nos artigos 144, inciso XVI e 146, inciso VII, da Lei Complementar Estadual nº 100/2007 (Código de Organização
Judiciária) c/c o Enunciado Administrativo CJ/TJPE nº 02/2008, DEFERIR o pedido de ressarcimento do valor despendido e efetivamente
comprovado.
Publique-se. Cumpra-se.
PROCESSO N º 00038834-54.2018.8.17.8017
REQUERENTE : Eliane Maria Campos de Lemos (filha)
ASSUNTO : Auxílio Funeral
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
1. Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a requerente (RG nº 928.329 SSP/PE e CPF nº 169.619.784-87), na qualidade de filha da
de cujus , solicita pagamento do auxílio funeral e demais vantagens, em razão do falecimento, no dia 23/11/2018 , do Desembargador Geraldo
Magela Campos, matrícula 38692-8, conforme cópia da certidão de óbito, nota fiscal de serviços fúnebres, no valor de R$ 6.915,00 (seis mil,
novecentos e quinze reais ), e outros documentos que instruem o presente pedido.
2. Nesse contexto, a Consultoria Jurídica exarou o Parecer, opinando pelo deferimento parcial do pleito, a fim de ressarcir a requerente das
despesas efetivamente comprovadas no valor de R$ 6.915,00 (seis mil, novecentos e quinze reais ), ficando o saldo restante a ser liberado
mediante alvará judicial, consoante disposto no art. 1º da Lei Federal nº 6.858, de 24/11/1980.
4. O art. 172 da Lei Estadual nº 6.123, de 20/07/68, assegura à família do servidor ou magistrado falecido a percepção do auxílio funeral
correspondente a um mês de vencimento ou proventos. A Lei Estadual nº 9.423, de 30/01/84, bem como os arts. 4º e 5º da Resolução TJPE nº 015,
de 22/10/84, resguardam o direito à Gratificação Natalina ou 13º salário proporcional. O art. 1º do Decreto Estadual nº 6.263/80 ampara o direito
aos vencimentos devidos aos funcionários públicos falecidos, com as vantagens que lhes forem inerentes, até o limite da retribuição mensal.
Por fim, A Instrução Normativa TJPE nº 27/2010, regulamenta a concessão e o pagamento de auxílio funeral no âmbito do Poder Judiciário do
Estado de Pernambuco.
5. Posto isso, com fulcro na legislação invocada e opinativo da Consultoria Jurídica, DEFIRO parcialmente o presente pedido, nos limites
do supracitado opinativo.
Núcleo de Precatórios
O EXCELENTÍSSIMO JUIZ JOSÉ HENRIQUE COELHO DIAS DA SILVA, ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA E COORDENADOR DO
NÚCLEO DE PRECATÓRIOS, NO USO DOS PODERES CONFERIDOS POR DELEGAÇÃO DA PRESIDÊNCIA, EXAROU DESPACHO NOS
PROCESSOS A SEGUIR LISTADOS:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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DESPACHO
Ficam os interessados, intimados para, querendo, se manifestarem, sobre a planilha de cálculos elaborada por este Núcleo de Precatórios e
devidamente acostada aos autos, no prazo de 05 (cinco) dias , nos termos do art. 30 da Resolução n.º 392/2016. Ressalte-se, ainda, que
segundo o art. 40 da Resolução n.º 392/2016, em caso de impugnação o precatório será suspenso até a resolução da controvérsia.
Outrossim, não havendo impugnação dentro do prazo estabelecido, não poderá haver mais insurgências quanto aos valores e deduções/retenções
apontadas na conta elaborada pelo Setor de Cálculos deste Núcleo de Precatórios, operando-se a preclusão consumativa.
Junte-se cópia do presente despacho ao aludido precatório.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
R ecife, 05 de dezembro de 2018.
J osé Henrique Dias
Juiz Assessor Especial da Presidência
C oordenador do Núcleo de Precatórios
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
1ª VICE-PRESIDÊNCIA
DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial (fl. 2594), com fulcro no artigo 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão exarado na
Apelação Criminal integrado pelos Embargos Declaratórios.
O aresto combatido negou provimento ao apelo, mantendo a condenação do Recorrente à pena definitiva de 32 (trinta e dois) anos de reclusão,
a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelo cometimento do delito previsto no art. 121, §2º, incisos I, III e IV (duas vezes)1 c/c artigos
292 e 693, todos do Código Penal.
O Recurso Especial pleiteia anulação do julgamento, com a consequente realização de novo Júri.
Desta feita, sustenta que o acórdão atacado contraria o art. 155 do CPP4.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF.
É imprescindível que haja individualização da efetiva violação à lei federal, sob pena de incorrer na censura do Enunciado nº 284 do STF, o qual,
por analogia, também se aplica em sede de Recurso Especial.
Apesar de o Recorrente aduzir desobediência apenas ao art. 155 do CPP, não logrou êxito em demonstrar a violação ao referido dispositivo.
Afirmou também que o julgamento teria sido contrário às provas dos autos, sem, contudo, apontar o dispositivo de lei federal ultrajado, qual seja,
art. 593, III, alínea "d"5, do CPP.
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não indicou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia. Nesse exato sentido se posiciona a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
........
2. Rediscussão da matéria - Aplicação da Súmula 07 do STJ6.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto a condenação do Recorrente pelo crime previsto no art.
121, §2º, incisos I, III e IV, do CP, visando a anulação do julgamento e submissão a novo júri.
Ademais, aduz que as provas colhidas no inquérito policial não foram ratificadas em juízo.
Observo que tanto o relator quanto o revisor, a fim de fundamentar a manutenção da condenação, utilizaram-se do arcabouço fático probatório
existente nos autos, de tal forma que o reexame dessas provas não encontra permissão diante do rito excepcional deste Recurso, restrito à
apreciação acerca da correta aplicação do direito.
Quanto as alegações, o órgão fracionário (fl. 2551) posicionou-se:
.......
EMENTA: PENAL/PROCESSUAL PENAL. JÚRI. HOMICÍDIO QUALIFICADO. MANUTENÇÃO DOS TERMOS DA SENTENÇA. UNANIMIDADE.
1. É cediço que o recurso feito em sede de Tribunal do júri tem caráter restrito, não se devolvendo à superior instância o conhecimento pleno da
causa criminal decidida, ficando o julgamento adstrito exclusivamente aos motivos invocados pelo recorrente para interpor.
2. Defesa interpôs recurso com base no art. 593, inciso III, alíneas "a" e "d", do Código de Processo Penal,
3. O veredicto condenatório proferido pelo Tribunal do Júri, em verdade, é resultado da opção dos jurados por uma das vertentes probatória que
lhes são apresentadas nos autos. In casu, a que foi acolhida sustentava a hipótese acusatória, em desfavor do réu.
4. A desconstituição dessa decisão dos jurados, nos termos do artigo 593, III, d, do CPP, é possível apenas na hipótese em que a decisão do
Júri for absurdamente contrária à prova dos autos, o que não é o caso dos autos.
5. Todas as provas constantes do caderno processual sustentam a condenação do Apelante.
6. Apelação improvida. Decisão unânime.
..........
Assim, a pretensão do Recorrente esbarra na Súmula 07 do C. STJ.
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 28 de novembro de 2018.
1 CP. Art. 121. Matar alguém: § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; III - com
emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
2 CP. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a
participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
3 CP. Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela. § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por
um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. §2º - Quando forem aplicadas penas restritivas
de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
4 CPP. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
5 CPP. Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: d) for a decisão dos jurados
manifestamente contrária à prova dos autos.
6 Súmula 07, STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
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DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso de Agravo (fls. 2.535) que, a despeito de ter sido manejado em 2018, foi lastreado no art. 544 do CPC/73, atual artigo 1.042
do Novo Código de Processo Civil, interposto contra decisão que NEGOU SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário com fulcro no inciso I, alínea
"a", do artigo 1.030 do NCPC (flS. 2.530), com base nos temas 339 e 660 do e. STF.
Inicialmente, esclareço que o caso em apreço não se amolda a hipótese de inadmissibilidade prevista no inciso V, do artigo 1.030 do NCPC, a
qual poderia ser impugnada por meio deste Agravo (artigo 1.042, do NCPC) dirigido ao E. STF, em observância ao disposto no § 1º do artigo
supracitado.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Isso porque, quando o recurso tiver seu seguimento negado sob a sistemática dos recursos repetitivos ou de repercussão geral (art. 1.030, inciso
I, alíneas "a" e "b"), a peça cabível é o Agravo Interno, conforme preceitua o § 2º, do artigo 1.030, do NCPC, veja-se:
.......
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de
repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal exarado no regime de repercussão geral;
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos
II - encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; (...)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.
.......
Dessa forma, in casu, como foi negado seguimento ao Recurso Extraordinário com fulcro no inciso I, alínea "a", do art. 1.030, e, conforme
mencionado, o único recurso de natureza impugnatória cabível contra tal decisão é o Agravo Interno, nos termos do artigo 1.021, do NCPC1.
Ademais, sobre a questão, é válido salientar o entendimento pacificado do E. STF quanto à inaplicabilidade do princípio da fungibilidade nos
recursos de Agravo do artigo 1.042 do CPC/15 interpostos equivocadamente no lugar do Agravo Interno.
Vejamos:
..........
Decisão: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que, em juízo de admissibilidade, aplicou a sistemática da repercussão geral, por entender
que a controvérsia dos autos é idêntica à versada no RE 870.947, Tema 810 (eDOC 47). De plano, verifica-se que contra a decisão de não
admissão do apelo extremo foi interposto agravo, tal como previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil. Entretanto, ante a declaração
de inadmissibilidade do recurso extraordinário, era cabível o agravo interno para o órgão colegiado competente. Ademais, impende registrar
que não se admite a fungibilidade do recurso em agravo interno no caso de erro grosseiro, o que ocorre na espécie. Nesse sentido, veja-se
a ementa do seguinte julgado: "AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO
QUE APLICA A SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B DO CPC). DESCABIMENTO DO AGRAVO PREVISTO NO ART. 544
DO CPC. CABIMENTO DE AGRAVO REGIMENTAL (OU INTERNO) PARA A ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO APÓS 19.11.2009. É pacífico o entendimento desta Corte de que, por não se cuidar de
juízo negativo de admissibilidade de recurso extraordinário, não é cabível o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil, para atacar
decisão de Presidente de Tribunal ou Turma Recursal de origem que aplique a sistemática da repercussão geral. A parte que queira impugnar
decisão monocrática de Presidente de Tribunal ou de Turma Recursal de origem, proferida nos termos do art. 543-B do CPC, deve fazê-lo por
meio de agravo regimental (ou interno). Inaplicável a conversão do presente recurso em agravo regimental a ser apreciado pela origem, já que
a jurisprudência desta Corte já fixou entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo
previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro. Agravo regimental a que se nega provimento." (ARE 761.661 AgR, Rel. Min. PRESIDENTE,
Plenário, DJe 29.4.2014 - Grifos originais) Ante o exposto, não conheço do agravo, nos termos do artigo 932, III, do Código de Processo Civil.
Publique-se. Brasília, 1º de outubro de 2018. Ministro Edson Fachin Relator Documento assinado digitalmente
(STF - ARE: 1127292 PE - PERNAMBUCO, Relator: Min. EDSON FACHIN, Data de Julgamento: 01/10/2018, Data de Publicação: DJe-212
04/10/2018)
..........
Ademais, para se configurar a fungibilidade recursal, a jurisprudência dos Tribunais Superiores determina o preenchimento de três requisitos,
a saber: a) dúvida objetiva sobre qual o recurso a ser interposto; b) inexistência de erro grosseiro; c) que o recurso erroneamente interposto
tenha sido interposto no prazo do que se pretendia transformá-lo. Não tendo havido o preenchimento de tais requisitos, cumulativamente, não
cabe aplicação da fungibilidade.
Vejamos:
........
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO CONTRA
ACÓRDÃO DE TURMA. NÃO CABIMENTO. AGRAVO NÃO CONHECIDO. CERTIFICAÇÃO DO TRÂNSITO EM JULGADO. I - Esta Corte firmou o
entendimento no sentido de que não cabe agravo regimental contra acórdão do Plenário ou de Turma. Inaplicabilidade do princípio da fungibilidade
recursal ante a ocorrência de erro grosseiro. Precedentes. II - Agravo regimental não conhecido e determinada a certificação do trânsito em
julgado do acórdão que rejeitou os embargos de declaração. (ARE 1031035 AgR-ED-AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, STF.
Segunda Turma, julgado em 16/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-059 DIVULG 26-03-2018 PUBLIC 27-03-2018)
........
No caso dos autos, a decisão que negou seguimento ao Recurso Extraordinário teve como fundamento apenas a aplicação da sistemática dos
recursos repetitivos (Temas 660 e 339 do e. STF), de modo que, repita-se, o único recurso cabível seria o Agravo Interno, e não o presente
Agravo previsto no art. 1.042 do CPC/2015.
Ante o exposto, caracterizada a hipótese de erro grosseiro inescusável, NEGO SEGUIMENTO ao Agravo.
Ao CARTRIS, para as providências de praxe.
Publique-se. Intime-se.
Recife, 28 de novembro de 2018.
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1 Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento,
as regras do regimento interno do tribunal.
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DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial fundado no artigo 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão (fl. 753/754) proferido em
Apelação Criminal.
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O Recorrente foi condenado à reprimenda de 45 (quarenta e cinco) anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pela prática do delito
inserto no art. 121, §2º, incisos I e IV1, por três vezes, c/c o art. 69 do CP2.
Inconformado com a reportada decisão, interpôs o Recurso de Apelação pugnando pela anulação da decisão dos jurados, por ser manifestamente
contrária a prova dos autos e, subsidiariamente, almejou a exclusão da qualificadora do motivo fútil, bem como a diminuição da pena-base a
fim de aproximá-la ao mínimo legal.
O órgão julgador (4ª Câmara Criminal) negou provimento ao apelo3.
Desta feita, interpôs o Recurso Extremo apontando violação aos artigos 59 e 68 do CP (dosimetria da pena).
O propósito recursal é tão somente a redução da reprimenda.
O recurso é tempestivo e conta com representação processual regular.
O Parquet apresentou suas contrarrazões às fls. 794/802, pugnando, em suma, pela manutenção do acórdão questionado.
Eis o relatório, passemos à admissibilidade recursal.
1. Da aplicação da Súmula nº 284/STF.
Deve o Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para o Apelo Nobre ter cabimento pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Todavia, não conseguiu expor como os indigitados artigos foram violados, porquanto se limitou a demonstrar um inconformismo quanto à
condenação.
Ressalta-se, ainda, que os dispositivos foram indicados com a única finalidade de acesso à instância superior.
Logo, por deficiência na fundamentação do Recurso Especial, percebe-se afronta àquilo que a Súmula nº 284 tenta evitar4.
2. Da inobservância da Súmula nº 7 do STJ5.
Pretende-se, por via inadequada, uma nova dosimetria da pena.
Ocorre que tal pretensão já foi rebatida pelo órgão julgador, conforme se observa a seguir:
......
"As reprimendas acima se mostram inteiramente adequadas à espécie, ressaltando-se que o acusado foi condenado por triplo homicídio
duplamente qualificado.
Nesse ponto, descabe o pleito defensivo por anulação da qualificadora do motivo fútil (que, na verdade, foi o motivo torpe), porquanto o Conselho
de Sentença reconheceu tal qualificadora, em conformidade, inclusive, ao farto acervo probatório dos autos.
Na falta de circunstâncias atenuantes, agravantes, causas de diminuição ou de aumento e considerando as regras do concurso material (art. 69
do CPB), a pena total e definitiva aplicada a RODRIGO CÂNDIDO CORREIA ficou em 47 (quarenta e sete) anos de reclusão.
No que concerne ao somatório das penas, observo erro material na sentença, cujo calculo resultou e 45 (quarenta e cinco) anos, ao invés de
47 (quarenta e sete. Não obstante, deixo de corrigir o mencionado erro, ante a vedação ao reformatio in pejus no Ordenamento Pátrio." (voto
do relator de fls. 755/763).
......
Assim, vê-se que a Quarta Câmara Criminal cumpriu com o seu mister, ao reexaminar as circunstâncias fáticas e probatórias, de modo que o
revolvimento destas matérias não encontra permissão diante do rito excepcional deste recurso, restrito à apreciação da correta aplicação do
direito.
Desse modo, ante o impedimento do Enunciado nº 07 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, o recurso não merece prosseguimento.
Por fim, destaco que a dosimetria da pena está inserida no âmbito da discricionariedade do magistrado e, por isso, apenas pode ser revista em
situações excepcionais de flagrante ilegalidade pela Corte Superior. Vejamos:
......
"A ponderação das circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal não é uma operação aritmética, mas sim um exercício de discricionariedade
vinculada, devendo o magistrado eleger a sanção que melhor servirá para a prevenção e repressão do fato-crime praticado, exatamente como
realizado na espécie". (AgRg no AREsp 948.632/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 16/10/2018, DJe 24/10/2018).
......
"A individualização da pena, como atividade discricionária do julgador, está sujeita à revisão apenas nas hipóteses de flagrante ilegalidade ou
teratologia, quando não observados os parâmetros legais estabelecidos ou o princípio da proporcionalidade.". (HC 364.194/SP, Rel. Ministro
RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 02/05/2018)
......
À vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 19 de novembro de 2018.
19
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1 Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. (...) § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa,
ou por outro motivo torpe; (...) IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível à defesa
do ofendido;
2 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente
as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro
aquela.
3 EMENTA: PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ART. 121, §2°, INC. I E IV DO CPB, C/C ART. 69 DO CPB. PEDIDO DE ANULAÇÃO DA
DECISÃO DO JÚRI. IMPROCEDÊNCIA. PEDIDO DE REDUÇÃO DA PENA. INCABÍVEL. APELAÇÃO DESPROVIDA POR UNANIMIDADE.
(TJPE, Apelação Criminal nº 0467261-7, Quarta Câmara Criminal, julgado em 21.08.2018).
4 Súmula nº 284 do STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão
da controvérsia.
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DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial (fl. 357) interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão
exarado na Apelação Criminal integrado pelos Embargos Declaratórios.
O aresto combatido (fl. 280) deu provimento parcial ao apelo do Recorrente para reduzir a pena definitiva em 07 (sete) anos, 03 (três) meses
e 15 (quinze) dias de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelo crime previsto no art. 33, caput1, da Lei n. 11.343/2006 c/
c art. 40, V2 do mesmo diploma.
O Recurso Especial pleiteia redução da pena-base ao mínimo legal ou que a exasperação seja tão somente na fração de 1/6 (um sexto) para
cada circunstância judicial sopesada.
Desta feita, alega contrariedade ao art. 59 do CP3.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF
Cabe ao Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para viabilizar a análise do Apelo Nobre pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Contudo, em suas razões recursais, o Recorrente limitou-se a afirmar que teria havido afronta ao art. 59, do CP em virtude da pena-base ter
sido fixada de modo desarrazoado e desproporcional.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
No entanto, não conseguiu expor, de forma pormenorizada a violação ao artigo supostamente atacado, trazendo, apenas, argumentação
superficial e genérica, resultante de um resumo dos acontecimentos e notadamente baseada em inconformismo quanto à decisão.
Conforme consabido, é imprescindível evidenciar no Recurso Especial, a partir de fundamentação clara e consistente, a efetiva violação à lei
federal, sob pena de incidir a censura do Enunciado nº 284 do E. STF, que por analogia também é aplicável em sede de recurso especial, assim
ementada:
......
Súmula 284 STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
.......
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não apontou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia. Nesse exato sentido se posiciona a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
.........
2. Da impossibilidade de reexame de matéria fática - Súmula 74 do C. STJ.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto à pena-base arbitrada, aduzindo estar exasperada.
Sobre tais alegações, o Órgão Fracionário posicionou-se (fl. 280):
.........
PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. DOSIMETRIA DA PENA. QUANTUM A SER APLICADO. DECOTE DE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DO
ART. 59, CP ANTE A AUSÊNCIA DE FUNDAMENTEÇÃO PARA TORNÁ-LAS NEGATIVAS. REDUÇÃO DA PENA-BASE. MEDIDA QUE SE
IMPÕE. AFASTAMENTO DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA RELATIVA AO TRÁFICO INTERESTADUAL. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 587/STJ. PARA A INCIDÊNCIA DA MAJORANTE PREVISTA NO ARTIGO 40, V, DA LEI 11.343/06, É DESNECESSÁRIA A EFETIVA
TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS ENTRE ESTADOS DA FEDERAÇÃO, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA
INTENÇÃO DE REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL. ALTERAÇÃO DO REGIME INICIAL DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA E
QUANTIDADE DA DROGA. PRECEDENTES. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
.........
Assim, o órgão julgador cumpriu com o seu dever de reexaminar as circunstâncias fáticas e probatórias, de modo que o revolvimento destas
matérias não encontra permissão diante do rito excepcional deste recurso, restrito à correta aplicação do direito.
Nesses termos, segue decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça.
........
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. AUTORIA E MATERIALIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO.
DOSIMETRIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...)
2. Para alterar a conclusão a que chegou as instâncias ordinárias, no sentido da comprovação da autoria e a materialidade delitiva e, ainda, se
houve acerto ou desacerto no estabelecimento da dosimetria da pena, demandaria, necessariamente, revolvimento do acervo fático-probatório
delineado nos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 7/STJ, que dispõe: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 684.482/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 19/11/2015, DJe 26/11/2015)
........
De outra banda, destaco que a dosimetria da pena está inserida no âmbito da discricionariedade do magistrado e, por isso, somente pode ser
revista em situações excepcionais de flagrante ilegalidade pela Corte Superior. Vejamos:
........
"DOSIMETRIA. PENA-BASE. ANTECEDENTES. PERSONALIDADE E CONSEQUÊNCIAS DO DELITO. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA.
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE NO ACÓRDÃO RECORRIDO. (...) Nos termos de entendimento pacífico no âmbito desta Corte Superior de Justiça,
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a revisão da dosimetria da pena em Recurso Especial é admissível apenas diante de ilegalidade flagrante. (...) ((AgRg no AREsp 701.230/SP,
QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2018)
........
Ante o impedimento da Súmula nº 07 do Superior Tribunal de Justiça, o Apelo Nobre não merece prosseguimento.
Portanto, à vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso.
Publique-se.
Recife, 22 de novembro de 2018.
1 Lei n. 11.343/2006. Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
2 Idem. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: V - caracterizado o tráfico entre
Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
3 CP. Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias
e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:
4 STJ. Súmula 07. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
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DESPACHOS E DECISÕES
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RECURSO CRIMINAL
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
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DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial (fl. 668) interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão
(fl. 659) proferido em Apelação Criminal.
O aresto combatido deu parcial provimento ao Apelo do Recorrente, para manter a condenação pelos crimes previstos nos artigos 217-A, caput1
c/c o 226, inciso I2, o 713 e 694, todos do CP, e redimensionar a pena definitiva para 16 (dezesseis) anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente
em regime fechado.
O Recurso Especial pleiteia absolvição do Recorrente, por entender que houve contrariedade ao art. 386, I e VI, do CPP5.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF
Cabe ao Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para viabilizar a análise do Apelo Nobre pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Contudo, o Recorrente limitou-se a afirmar que teria havido afronta ao art. 386, I e VI, do CP por inexistir provas suficientes para a sua condenação.
Ademais, não conseguiu expor, de forma pormenorizada, a violação ao artigo supostamente atacado, trazendo, apenas, argumentação superficial
e genérica, resultante de um resumo dos acontecimentos e notadamente baseada em inconformismo quanto à decisão.
Conforme consabido, é imprescindível evidenciar no Recurso Especial, a partir de fundamentação clara e consistente, a efetiva violação à lei
federal, sob pena de incidir a censura do Enunciado nº 284 do E. STF, que por analogia também é aplicável em sede de recurso especial, assim
ementada:
......
Súmula 284 STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
.......
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não apontou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia, posicionando-se a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
........
2. Da impossibilidade de reexame de matéria fática - Súmula 76 do C. STJ.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto à condenação do Recorrente pelo crime de estupro de
vulnerável, pois pretende a absolvição por ausência de provas da existência do fato.
Sobre tais alegações, o Órgão Fracionário posicionou-se (fl. 659):
........
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PALAVRA DAS VÍTIMAS. RELEVÂNCIA NOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE SEXUAL. APOIO NAS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. DOSIMETRIA. APLICAÇÃO DA ATENUANTE PREVISTA NO ART. 65, II,
DO CÓDIGO PENAL. INVIABILIDADE. AUSÊNCIA DE INTERESSE. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. CONTINUIDADE DELITIVA.
CRIMES PRATICADOS NAS MESMAS CONDIÇÕES DE TEMPO, LUGAR E MANEIRA DE EXECUÇÃO E COM UNICIDADE DE DESÍGNIOS.
CONFIGURAÇÃO DA HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 71, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO PENAL. REGRA DA CONTINUIDADE
INCIDENTE SOBRE A TOTALIDADE DE CRIMES PRATICADOS CONTRA AMBAS AS VÍTIMAS. ESCOLHA DA FRAÇÃO DE AUMENTO.
CRITÉRIOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AOS RÉUS. QUANTUM DE MAJORAÇÃO A SER
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
GUIADO APENAS PELO NÚMERO DE INFRAÇÕES. APELOS PARCIALMENTE PROVIDOS, COM REDUÇÃO DAS PENAS. DECISÃO
UNÂNIME.
I - Nos crimes sexuais, geralmente praticados na clandestinidade, a palavra da vítima desempenha papel fundamental em matéria probatória.
Súmula 82 do TJPE e precedentes do STJ.
II - No caso dos autos, as declarações firmes, coerentes e bem estruturadas das menores ofendidas, na delegacia e nos atendimentos psicológicos
iniciais, alinhadas aos depoimentos dos conselheiros tutelares nas fases inquisitorial e judicial, e cumuladas, ainda, com as contradições e
inverossimilhanças nas versões dos Apelantes, são provas suficientes de que estes praticaram o crime previsto no art. 217-A do Código Penal,
de forma reiterada, não havendo, pois, que se falar em absolvição.
III - Sendo impensável que um dos acusados não soubesse que os abusos sexuais cometidos configuravam conduta contrária à lei, mostra-se
inviável a aplicação da atenuante prevista no art. 65, inciso II, do Código Penal. Ademais, sequer há interesse recursal nesse ponto, uma vez
que o magistrado a quo fixou as penas-base no mínimo legal, em 08 (oito) anos de reclusão, de sorte que qualquer diminuição na segunda fase
da dosimetria encontraria óbice na Súmula 231 do STJ.
IV - Tendo os Recorrentes perpetrado crimes de estupro de vulnerável, com emprego de grave ameaça, contra vítimas diferentes (duas), mediante
mais de uma ação, nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução, e com unicidade de desígnios, mostram-se presentes os
requisitos necessários ao reconhecimento da continuidade delitiva específica, prevista no art. 71, parágrafo único, do Código Penal. Desse modo,
a ficção jurídica da continuidade delitiva deverá incidir não somente sobre os crimes praticados contra cada uma das vítimas, consideradas
isoladamente, mas sim sobre a totalidade dos delitos, afastando-se a regra do concurso material.
.........
Assim, a pretensão do Recorrente esbarra na Súmula 07 do C. STJ.
Nesses termos, segue decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça:
........
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. AUTORIA E MATERIALIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO.
DOSIMETRIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...)
2. Para alterar a conclusão a que chegou as instâncias ordinárias, no sentido da comprovação da autoria e a materialidade delitiva e, ainda, se
houve acerto ou desacerto no estabelecimento da dosimetria da pena, demandaria, necessariamente, revolvimento do acervo fático-probatório
delineado nos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 7/STJ, que dispõe: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 684.482/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 19/11/2015, DJe 26/11/2015)
........
3. Posicionamento do julgado conforme entendimento do STJ - Súmula 837 do STJ.
Verifico que a decisão atacada aplicou, em última análise, o entendimento do próprio STJ, incidindo o teor da Súmula 83 daquele Egrégio Tribunal.
Ou seja, a decisão impugnada encontra-se em conformidade com o posicionamento do C. STJ no sentido de que é possível a utilização dos
depoimentos das vítimas como meio de prova para embasar condenação. Vejamos:
........
A ausência de testemunhas também não desconfigura o crime em análise, quase sempre praticado às escondidas. Por isso mesmo, a palavra
da vítima ganha especial relevo, mormente quando coerente, sem contradições e em consonância com as demais provas colhidas nos autos,
como na hipótese. (AgRg no AREsp 746.018/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Rel. p/ Acórdão Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 15/06/2016).
........
4. Alegada divergência jurisprudencial sem o devido cotejo analítico dos fatos.
Em que pese a petição do Recurso Especial se refira, como fundamento, à alínea "c", do inciso III, do art. 105 da Constituição Federal, dela não
se extrai qual a divergência jurisprudencial alegada.
Tenho que para a configuração de divergência jurisprudencial faz-se mister que sejam apresentados julgados com entendimentos diversos daquele
esposado no acórdão recorrido, com demonstração do cotejo analítico.
Ademais, imprescindível a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição de ementas ou a
breve menção sobre apenas um aspecto do acórdão indicado como paradigma e a decisão guerreada, sem qualquer referência aos respectivos
relatórios, a fim de que se possa identificar a existência de similitude dos casos confrontados.
Assim, apesar da tentativa de demonstrar às fls. 673/674 dissídio jurisprudencial, não existe qualquer semelhança fática entre o acórdão recorrido
e aquele apresentado como paradigma.
Neste sentido:
........
O conhecimento do recurso especial interposto com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional exige a indicação do dispositivo legal
objeto de interpretação divergente, a demonstração da divergência, mediante a verificação das circunstâncias que assemelhem ou identifiquem
os casos confrontados, e a realização do cotejo analítico entre elas, nos moldes exigidos pelos arts. 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e 541, parágrafo
único, do CPC/1973. (AgRg no AREsp 170.433/SP, QUARTA TURMA, julgado em 19/05/2016)
........
É cediço, cabe ao Recorrente proceder ao necessário cotejo analítico, nos moldes exigidos pelo art. 1.029, § 1º8, do CPC/2015.
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Cuida-se de Recurso Especial (fl. 668) interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão
(fl. 659) proferido em Apelação Criminal.
O aresto combatido deu parcial provimento ao Apelo do Recorrente, para manter a condenação pelos crimes previstos nos artigos 217-A, caput9
c/c o 226, inciso I10, o 7111 e 6912, todos do CP, e redimensionar a pena definitiva para 16 (dezesseis) anos de reclusão, a ser cumprida
inicialmente em regime fechado.
O Recurso Especial pleiteia absolvição do Recorrente, por entender que houve contrariedade ao art. 386, I e VI, do CPP13.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF
Cabe ao Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para viabilizar a análise do Apelo Nobre pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Contudo, o Recorrente limitou-se a afirmar que teria havido afronta ao art. 386, I e VI, do CP por inexistir provas suficientes para a sua condenação.
Ademais, não conseguiu expor, de forma pormenorizada, a violação ao artigo supostamente atacado, trazendo, apenas, argumentação superficial
e genérica, resultante de um resumo dos acontecimentos e notadamente baseada em inconformismo quanto à decisão.
Conforme consabido, é imprescindível evidenciar no Recurso Especial, a partir de fundamentação clara e consistente, a efetiva violação à lei
federal, sob pena de incidir a censura do Enunciado nº 284 do E. STF, que por analogia também é aplicável em sede de recurso especial, assim
ementada:
......
Súmula 284 STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
.......
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não apontou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia, posicionando-se a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
........
2. Da impossibilidade de reexame de matéria fática - Súmula 714 do C. STJ.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto à condenação do Recorrente pelo crime de estupro de
vulnerável, pois pretende a absolvição por ausência de provas da existência do fato.
Sobre tais alegações, o Órgão Fracionário posicionou-se (fl. 659):
........
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PALAVRA DAS VÍTIMAS. RELEVÂNCIA NOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE SEXUAL. APOIO NAS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. DOSIMETRIA. APLICAÇÃO DA ATENUANTE PREVISTA NO ART. 65, II,
DO CÓDIGO PENAL. INVIABILIDADE. AUSÊNCIA DE INTERESSE. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. CONTINUIDADE DELITIVA.
CRIMES PRATICADOS NAS MESMAS CONDIÇÕES DE TEMPO, LUGAR E MANEIRA DE EXECUÇÃO E COM UNICIDADE DE DESÍGNIOS.
CONFIGURAÇÃO DA HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 71, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO PENAL. REGRA DA CONTINUIDADE
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INCIDENTE SOBRE A TOTALIDADE DE CRIMES PRATICADOS CONTRA AMBAS AS VÍTIMAS. ESCOLHA DA FRAÇÃO DE AUMENTO.
CRITÉRIOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AOS RÉUS. QUANTUM DE MAJORAÇÃO A SER
GUIADO APENAS PELO NÚMERO DE INFRAÇÕES. APELOS PARCIALMENTE PROVIDOS, COM REDUÇÃO DAS PENAS. DECISÃO
UNÂNIME.
I - Nos crimes sexuais, geralmente praticados na clandestinidade, a palavra da vítima desempenha papel fundamental em matéria probatória.
Súmula 82 do TJPE e precedentes do STJ.
II - No caso dos autos, as declarações firmes, coerentes e bem estruturadas das menores ofendidas, na delegacia e nos atendimentos psicológicos
iniciais, alinhadas aos depoimentos dos conselheiros tutelares nas fases inquisitorial e judicial, e cumuladas, ainda, com as contradições e
inverossimilhanças nas versões dos Apelantes, são provas suficientes de que estes praticaram o crime previsto no art. 217-A do Código Penal,
de forma reiterada, não havendo, pois, que se falar em absolvição.
III - Sendo impensável que um dos acusados não soubesse que os abusos sexuais cometidos configuravam conduta contrária à lei, mostra-se
inviável a aplicação da atenuante prevista no art. 65, inciso II, do Código Penal. Ademais, sequer há interesse recursal nesse ponto, uma vez
que o magistrado a quo fixou as penas-base no mínimo legal, em 08 (oito) anos de reclusão, de sorte que qualquer diminuição na segunda fase
da dosimetria encontraria óbice na Súmula 231 do STJ.
IV - Tendo os Recorrentes perpetrado crimes de estupro de vulnerável, com emprego de grave ameaça, contra vítimas diferentes (duas), mediante
mais de uma ação, nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução, e com unicidade de desígnios, mostram-se presentes os
requisitos necessários ao reconhecimento da continuidade delitiva específica, prevista no art. 71, parágrafo único, do Código Penal. Desse modo,
a ficção jurídica da continuidade delitiva deverá incidir não somente sobre os crimes praticados contra cada uma das vítimas, consideradas
isoladamente, mas sim sobre a totalidade dos delitos, afastando-se a regra do concurso material.
.........
Assim, a pretensão do Recorrente esbarra na Súmula 07 do C. STJ.
Nesses termos, segue decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça:
........
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. AUTORIA E MATERIALIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO.
DOSIMETRIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...)
2. Para alterar a conclusão a que chegou as instâncias ordinárias, no sentido da comprovação da autoria e a materialidade delitiva e, ainda, se
houve acerto ou desacerto no estabelecimento da dosimetria da pena, demandaria, necessariamente, revolvimento do acervo fático-probatório
delineado nos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 7/STJ, que dispõe: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 684.482/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 19/11/2015, DJe 26/11/2015)
........
3. Posicionamento do julgado conforme entendimento do STJ - Súmula 8315 do STJ.
Verifico que a decisão atacada aplicou, em última análise, o entendimento do próprio STJ, incidindo o teor da Súmula 83 daquele Egrégio Tribunal.
Ou seja, a decisão impugnada encontra-se em conformidade com o posicionamento do C. STJ no sentido de que é possível a utilização dos
depoimentos das vítimas como meio de prova para embasar condenação. Vejamos:
........
A ausência de testemunhas também não desconfigura o crime em análise, quase sempre praticado às escondidas. Por isso mesmo, a palavra
da vítima ganha especial relevo, mormente quando coerente, sem contradições e em consonância com as demais provas colhidas nos autos,
como na hipótese. (AgRg no AREsp 746.018/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Rel. p/ Acórdão Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 15/06/2016).
........
4. Alegada divergência jurisprudencial sem o devido cotejo analítico dos fatos.
Em que pese a petição do Recurso Especial se refira, como fundamento, à alínea "c", do inciso III, do art. 105 da Constituição Federal, dela não
se extrai qual a divergência jurisprudencial alegada.
Tenho que para a configuração de divergência jurisprudencial faz-se mister que sejam apresentados julgados com entendimentos diversos daquele
esposado no acórdão recorrido, com demonstração do cotejo analítico.
Ademais, imprescindível a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição de ementas ou a
breve menção sobre apenas um aspecto do acórdão indicado como paradigma e a decisão guerreada, sem qualquer referência aos respectivos
relatórios, a fim de que se possa identificar a existência de similitude dos casos confrontados.
Assim, apesar da tentativa de demonstrar às fls. 673/674 dissídio jurisprudencial, não existe qualquer semelhança fática entre o acórdão recorrido
e aquele apresentado como paradigma.
Neste sentido:
........
O conhecimento do recurso especial interposto com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional exige a indicação do dispositivo legal
objeto de interpretação divergente, a demonstração da divergência, mediante a verificação das circunstâncias que assemelhem ou identifiquem
os casos confrontados, e a realização do cotejo analítico entre elas, nos moldes exigidos pelos arts. 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e 541, parágrafo
único, do CPC/1973. (AgRg no AREsp 170.433/SP, QUARTA TURMA, julgado em 19/05/2016)
........
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
É cediço, cabe ao Recorrente proceder ao necessário cotejo analítico, nos moldes exigidos pelo art. 1.029, § 1º16, do CPC/2015.
Portanto, à vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso.
Publique-se.
Recife, 20 de novembro de 2018.
1 CP. Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
anos.
2 CP. Art. 226. A pena é aumentada: I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;
3 CP. Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
4 CP. Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
5 Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; VI
- existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou
mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
6 STJ. Súmula 07. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
7 STJ. Súmula 83. Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida.
8 CPC. Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante
o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: § 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede
mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados.
9 CP. Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
anos.
10 CP. Art. 226. A pena é aumentada: I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;
11 CP. Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições
de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe
a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
12 CP. Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
13 Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato;
VI - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal),
ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
14 STJ. Súmula 07. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
15 STJ. Súmula 83. Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida.
16 CPC. Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante
o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: § 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede
mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial fundado no artigo 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão (fl. 191) proferido na Apelação
Criminal.
O Recorrente foi condenado pela prática da conduta inserta no art. 157, caput, do CP (roubo), à reprimenda de 04 (quatro) anos de reclusão, a
ser cumprida inicialmente em regime semiaberto, e ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa.
Inconformado com a reportada decisão, interpôs o Recurso de Apelação pugnando pela absolvição ante a fragilidade das provas colacionadas
aos autos e, subsidiariamente, o abrandamento do regime inicial de cumprimento de pena.
O órgão julgador (Primeira Câmara Extraordinária Criminal) negou provimento ao recurso e, de ofício, excluiu a indenização fixada a título de
danos .
Desta feita, interpôs o Recurso Extremo apontando violação: i) ao art. 33, §2º, alínea "c", do CP , requerendo a flexibilização do regime inicial de
cumprimento de pena; ii) ao art. 157 do CP (roubo), porquanto a conduta perpetrada diverge da tipificada no declinado dispositivo, e iii) ao art.
383 do CPP , pois o magistrado deixou de aplicar o "emendatio libelli".
O recurso é tempestivo e conta com representação processual regular.
O Recorrido apresentou suas contrarrazões, às fls. 223/232, pugnando, em suma, pela manutenção do acórdão questionado.
Eis o relatório, passemos à admissibilidade recursal.
1. Ausência de prequestionamento, violação à Súmula nº 211 do Superior Tribunal de Justiça.
Como se sabe a configuração do prequestionamento pressupõe debate e decisão prévios pelo colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema.
Todavia, o órgão julgador não enfrentou o art. 383 do CPP, restando inviabilizada a análise sobre a sua violação. Neste sentido:
........
"O requisito do prequestionamento pressupõe prévio debate da questão pelo Tribunal de origem, à luz da legislação federal indicada, com emissão
de juízo de valor acerca do dispositivo legal apontado como violado, o que não ocorreu neste caso. Incidência da Súmula n. 211 do STJ". [...]
(AgRg no AREsp 540.734/GO, 6ª TURMA, julgado em 28/11/2017)
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
........
Logo, não havendo que se falar em prequestionamento, resta configurado o impedimento à admissibilidade deste Recurso no tocante ao art. 383
do CPP, em face da incidência da Súmula nº 211, do STJ.
2. Da aplicação da Súmula nº 284/STF .
Deve o Recorrente demonstrar o efetivo desrespeito à lei federal para o Apelo Nobre ter cabimento pela alínea "a", do permissivo constitucional.
No entanto, observo que o Recorrente se limitou a fazer um resumo do processo, tendo apontado os artigos com a única finalidade de acesso à
instância superior, por restar inconformado com: i) a condenação e ii) o regime inicial de cumprimento de pena.
Logo, a deficiência na fundamentação do recurso acarretou a não compreensão da controvérsia, o que é vedado pela Súmula nº 284 do STF,
a qual, por analogia, também se aplica em sede de Recurso Especial.
3. Da Aplicação da Súmula nº 7 do STJ.
Como dito, pretende-se, por via inadequada, a absolvição e, subsidiariamente, a flexibilização do regime inicial de cumprimento de pena.
Ocorre que essas pretensões já foram rebatidas pelo órgão julgador, conforme se observa a seguir:
......
".Materialidade e autoria devidamente comprovadas nos autos. Comprovada participação do apelante no crime. Provas colhidas pelos
depoimentos testemunhais e da vítima na fase policial e judicial que guardam consonância com as demais provas colacionadas nos autos,
formando um acervo consistente. Decisão não contrária às provas dos autos. Regime aplicado de maneira correta conforme o que dispõe o art.
33º, §2º, b e §3º, do CP.". (trecho do acórdão de fl. 191).
.......
Assim, o órgão julgador cumpriu com o seu dever de reexaminar as circunstâncias fáticas e probatórias, de modo que o revolvimento destas
matérias não encontra permissão diante do rito excepcional deste recurso, restrito à correta aplicação do direito.
Ante o impedimento da Súmula nº 07 do Superior Tribunal de Justiça, o Apelo Nobre não merece prosseguimento.
À vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 30 de novembro de 2018.
DECISÃO
Cuida-se de Recurso Extraordinário (fls. 543) fundado no artigo 102, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão (fl. 475) proferido
em Apelação Criminal.
O aresto combatido negou provimento ao Apelo do Recorrente, mantendo a condenação pelo crime previsto no art. 168, §1º, III, do Código Penal
à pena definitiva de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, além de 20 dias-multa.
O Recurso Extraordinário pleiteia a reforma do acórdão alegando ofensa ao (i) art. 5º, XLVI da CRFB/88; (ii) aos arts. 5º, 8º, 41, XII e 92 da LEP;
(iii) art. 34 do CP e (iv) Súmula 444/STJ.
O Recurso é tempestivo e com representação processual regular, contrarrazões às fls. 554.
1. Controle Prévio de Repercussão Geral: Ausência de Fundamentação.
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Conforme destacado em aresto do Pretório Excelso, cumpre aos tribunais de origem analisar, em controle prévio de admissibilidade, apenas
requisitos formais, a exemplo da existência de preliminar de repercussão geral e sua fundamentação adequada.
Lado outro, ao STF compete exclusivamente decidir se o tema possui repercussão, senão vejamos:
.........
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010)- EMENDA REGIMENTAL Nº 21/2007 (STF) - INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO EM DATA POSTERIOR A 03/05/2007 - EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL E FUNDAMENTADA, EM CAPÍTULO
AUTÔNOMO, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS - INOCORRÊNCIA -
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - A repercussão geral, nos termos em que instituída pela Constituição e regulamentada em sede legal
(Lei nº 11.418/2006), constitui pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, cuja cognição, pelo Supremo Tribunal Federal, depende,
para além da constatação dos pressupostos recursais que lhe são inerentes, do reconhecimento da existência de controvérsia constitucional
impregnada de alta e relevante transcendência política, econômica, social ou jurídica, que ultrapasse, por efeito de sua própria natureza, os
interesses meramente subjetivos em discussão na causa. - Incumbe, desse modo, à parte recorrente, quando intimada do acórdão recorrido em
data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007, a obrigação de proceder, em capítulo autônomo, à prévia demonstração, formal e
fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas, sob pena de incognoscibilidade
do apelo extremo. Precedente. - Assiste, ao Presidente do Tribunal recorrido, competência para examinar, em sede de controle prévio de
admissibilidade do recurso extraordinário, a demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe
competindo o poder - que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º)- de decidir sobre a efetiva existência, ou
não, em cada caso, da repercussão geral suscitada. Doutrina. Precedentes. (STF - AgR ARE: 945047 RS - RIO GRANDE DO SUL, Relator: Min.
CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 08/03/2016, Segunda Turma, DJe-062 06-04-2016)
.........
Neste eito, verifico que, formalmente, a presente irresignação não merece trânsito à míngua de demonstração da Repercussão Geral da matéria
constitucional tida por violada.
Isto porque, conforme pode ser verificado no aresto encimado, constitui ônus do Recorrente demonstrar formal e fundamentada a Repercussão
Geral da questão constitucional, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica,
política, social ou jurídica, mesmo em caso de repercussão geral presumida ou reconhecida em outro recurso (AI 864.509-ED-AgR - Rel. Min
Edson Fachin, 2ª Turma, DJe 07.11.2017)
Não basta, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 1.035, § 2º, do CPC/2015, a formulação de
alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza
de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de
repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência
pacífica desta Corte quanto ao tema discutido (Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 25/2/2013; ARE
696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 14/2/2013.).
Logo, o presente recurso padece de vícios formais no tocante a preliminar de Repercussão Geral, a qual não restou devidamente fundamentada.
2. Deficiência na Fundamentação (aplicação da Súmula 284 do STF).
Cabe ao Recorrente demonstrar a efetiva ofensa ao dispositivo constitucional para o Apelo Extraordinário ter cabimento pela alínea "a", do art.
102, inciso III, da Carta da República.
No entanto, não conseguiu expor como o art. 5º, XLVI, da CF foi violado, porquanto se limitou a fazer afirmações genéricas de contrariedade.
Assim, diante do cenário processual e dos fundamentos recursais, não é possível vislumbrar de que modo ocorreu a aludida violação.
Trata-se de alegação superficial, sem o condão de evidenciar, de forma clara e precisa, como a norma constitucional restou ofendida, de tal modo
que enseja a aplicação do óbice disposto na Súmula 284 da Suprema Corte . Neste sentido:
........
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO
GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO.
OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. ACÓRDÃO EM
CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO AI 791.292 QO - RG (MIN. REL. GILMAR MENDES, DJE DE 13/8/2010). PRINCÍPIOS
DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA CONFIANÇA NAS DECISÕES JUDICIAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. DEFICIÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. DISPOSIÇÕES EXCESSIVAMENTE GENÉRICAS, INCAPAZES DE ABARCAR AS PECULIARIDADES DA CAUSA.
SÚMULAS 282, 356 E 284 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (ARE 786383 AgR, Relator(a): Min. TEORI
ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 25/03/2014). Grifos.
........
3. Reexame de fatos e provas (Súmula 279 do STF) e ofensa reflexa à Ordem Constitucional.
Outrossim, a pretensão recursal possui o nítido intuito de revisitar a matéria fático-probatória soberanamente examinada pelas instâncias
ordinárias, o que faz lançar o obstáculo contido na Súmula 279 do STF . Nesse sentido segue precedente:
............
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INSUFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO QUANTO
A ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL MERAMENTE REFLEXA. INCIDÊNCIA DO
ÓBICE DA SÚMULA 279 DESTA CORTE. (...) A necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório impede o acolhimento do recurso
extraordinário, uma vez que incide o óbice da Súmula 279 desta CORTE. Configurada essa situação, revela-se inviável o conhecimento do
apelo. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (ARE 1135894 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado
em 31/08/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-194 DIVULG 14-09-2018 PUBLIC 17-09-2018)
...........
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Vejo ainda que o afirmado desrespeito ao dispositivo legal, art. 5º, XLVI, da CF, incita nada além de uma violação reflexa e oblíqua à Constituição
Federal. Diz-se reflexa e oblíqua, pois não há no curso processual indicativos de afronta direta ao texto constitucional, o que torna inadmissível
esta via extraordinária.
...........
"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. 1.
Insuficiência da preliminar formal de repercussão geral: inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 2. Prova ilícita e dosimetria da pena.
Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento" (ARE nº 744.742/RS-
AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/9/13).
...........
Corroborando esta alegação, verifico que as demais alegações do Recorrente apontam violações a dispositivos infraconstitucionais, razão pela
qual, não podem ser analisadas através da estreita via do Recurso Extraordinário.
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário.
Publique-se.
Recife, 29 de novembro de 2018.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da CF/88
contra acórdão proferido em Apelação (fls. 2.233/2.235), o qual rejeitou as preliminares relativas à (i) incompetência da Justiça Estadual; (ii)
ilegitimidades ativa e passiva; (iii) inépcia da petição inicial; (iv) falta de interesse de agir; (v) denunciação à lide; (vi) prescrição e, no mérito, negou
provimento ao recurso da Seguradora (mantendo a condenação à reparação dos imóveis segurados, diante da ocorrência de vício de construção).
Em suas razões recursais (fls. 2.240/2.294), a Recorrente alega a ocorrência de violação aos artigos 1º, 1º-A e parágrafos da Lei 12.409/2011,
3º e 5º da Lei 13.000/2014, os quais, segundo ela, garantem a legitimidade da CEF em participar das lides securitárias, em contratos firmados
mediante apólice pública (ramo 66), independente de demonstração do comprometimento do FCVS.
Ainda que fosse exigida a supracitada demonstração de prejuízo ao FCVS, defende ter observado tal requisito, diante da indicação de déficit do
aludido Fundo em mais de R$ 88.000.000.000,00 (oitenta e oito bilhões de reais).
Sustenta que a referida norma (Lei 13.000/2014) não foi analisada quando do julgamento do Recurso Repetitivo que trata da matéria (REsp
1.091.363/SC), afastando-se, por conseguinte, a respectiva aplicação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte com entendimento
diverso do ali esposado.
Defende competir à Justiça Federal a análise da necessidade de intervenção da aludida empresa pública no feito, conforme o disposto no art.
109, I da CF/88 e na Súmula 150 do STJ, bem como que a inaplicabilidade dos supracitados dispositivos legais viola o disposto nos arts. 45
e 124, do CPC/15.
Ademais, assinala que o acórdão recorrido violou o previsto no(s) artigo(s):
(i) 17, 18, 485, IV e VI, todos do CPC/15, ante a ilegitimidade ativa dos segurados, seja por não ostentarem a condição de mutuários ou pela
ausência de prova de relação contratual com o SH/SFH, bem como pela falta de interesse de agir, ante a quitação dos respectivos contratos;
(ii) 206, § 1º, II, "b", do Código Civil e 487, II, do CPC, ao deixar de aplicar o prazo prescricional ânuo ao caso sob exame;
(iii) 771 do Código Civil, em face do descabimento da multa decendial na hipótese e, subsidiariamente, sustenta a impossibilidade de incidência
de juros moratórios no cálculo desta penalidade, em observância ao disposto no artigo 412 do mesmo diploma legal;
(iv) 458 do CC e Lei 8.078/1990 quanto à inaplicabilidade do CDC aos contratos com cobertura pelo FCVS e ao art. 6º, VIII, do CDC, dada a
ausência dos requisitos para a inversão do ônus da prova no caso em tela;
(v) 786 do CC e 125, II, do CPC e súmula 188 do STF, em face da recusa da denunciação da lide à Construtora e ao agente financeiro;
(vi) 320, 321, parágrafo único, do CPC/15 e 476 do CC/02 quanto à inépcia da inicial pela ausência de documentos indispensáveis à propositura
da demanda e de comprovação do aviso de sinistro;
(vii) 876, 877 e 878 do CPC/2015, porquanto cabível a adjudicação dos imóveis à Caixa Econômica Federal (FCVS) em face do pagamento de
indenização em valor superior ao do próprio bem segurado;
(viii) 757, 760, 771 e 784 todos do CC/02, diante da inexistência de cobertura contratual para vícios de construção.
Alega, também, a ocorrência de dissídio jurisprudencial acerca da (i) inaplicabilidade do CDC e inversão do ônus da prova (AgRg no REsp
1.078.921/RS), (ii) competência da Justiça Federal para apreciar a lide (STF, RE 898.975/RN, STJ, AgInt no REsp 1.623.794/PR, AgREsp 409.852-
PE) e (iii) falta de interesse de agir, em face da quitação do contrato de financiamento (REsp 1.540.258/PR)1.
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 2.297 e 2.300), e com contrarrazões dos segurados (fls. 2.436/2.482) pugnando, em síntese,
pelo não provimento do recurso.
Inviável, contudo, o seguimento do apelo excepcional. Vejamos.
Quanto à suposta contrariedade aos artigos 1º, 1º-A, e seus parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, 45 e 124 do CPC e
ao dissídio jurisprudencial, alusivos à competência da Justiça Federal/interesse da CEF no feito, verifico que o C. STJ já tratou da matéria, em
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sede de recurso repetitivo, quando do julgamento dos EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/SC - Relatora Min. Isabel Gallotti, com voto vencedor
da Min. Nancy Andrighi (DJe 14.12.2012).
Tal julgado deu ensejo aos Temas 50 e 51 daquela Corte, os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
........................
"Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém interesse
jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período compreendido
entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices públicas,
ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo 68),
a CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide. Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do
momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência
de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o
processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato
anterior. Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente,
não poderá a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC. (Informação atualizada em 18/08/2016 com transcrição do trecho
do voto vencedor proferido pela Min. Nancy Andrighi no julgamento dos segundos embargos declaratórios em que Sua Excelência estabelece a
tese jurídica repetitiva - página 10 - REsp 1091363/SC - DJe de 14/12/2012)."
....................
Na presente hipótese, quando do julgamento do Apelo pela 2ª Câmara Cível (fls. 2.233/2.235), restou assentado a inexistência de comprovação
do comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento da reserva técnica do FESA, o que afasta, sumariamente, eventual interesse da
CEF na lide e a consequente remessa dos autos à Justiça Federal. O julgado impugnado está em consonância com a orientação da Corte
Infraconstitucional, acima explicitada.
Ademais, a mera indicação de déficit do citado Fundo, como noticiado pela Recorrente, não faz concluir, por si só, que esta ação securitária
gerará prejuízo ao referido ativo, exigindo-se, no aludido Repetitivo, prova efetiva do ônus.
Noutro giro, e ainda conforme jurisprudência do C. STJ, destaco que conversão da MP 633/2013 na Lei 13.000/2014, com a consequente alteração
da Lei 12.409/2011, não afasta a necessidade de observância dos requisitos elencados no citado Repetitivo para fins de intervenção da CEF nas
lides securitárias, quais sejam, i) tratar-se de apólice pública e ii) prova documental de comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento
da reserva técnica do FESA.
Neste ponto, ressalto que embora tenha sido instaurada a Controvérsia nº 02, no C. STJ (Relator Min. Marco Aurélio Bellizze), para fins de
discutir se a edição da Lei 13.000/2014 assegura por si só a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS, nas hipóteses de apólices
públicas, tal incidente, neste momento processual, não possui o condão de reverter o entendimento já consolidado naquela Corte.
Isto porque, além de se encontrar em fase incipiente de tramitação, determinou-se tão somente a suspensão dos processos oriundos do TRF
da 4ª Região, de onde advieram os recursos afetados na citada controvérsia, de modo que, a princípio, os demais Estados devem adotar os
posicionamentos outrora definidos.
Outrossim, conquanto o e. STF tenha reconhecido a repercussão geral da matéria ora em análise (Tema 1.0111), não determinou o sobrestamento
geral dos processos que versem sobre a mesma controvérsia, nos moldes do art. 1.035, §5º do CPC (RE 827.996/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
j. em 05.10.2018).
Neste ponto, observo que no julgamento da Questão de Ordem suscitada pelo MM Min. Luiz Fux no ARE 966.177, a Suprema Corte manifestou-
se no sentido de que a suspensão do processamento prevista no dispositivo supracitado não consiste em consequência automática e necessária
do reconhecimento da repercussão geral, sendo da discricionariedade do relator do recurso extraordinário paradigma determiná-la.
Ressalto, ademais, ter conhecimento de decisões monocráticas proferidas no âmbito do c. STJ, sobrestando os feitos que ali tramitam até o
julgamento do mérito da citada Repercussão Geral (sobre o tema vide REsp 1.768.911/SP, REsp 1.761.016/SP, REsp 1.765.930/SP) por razões
de economia processual.
Entretanto, nada obstante a relevância de tais pronunciamentos, o entendimento ali esposado não deve ser replicado nesta 1ª VP, sendo medida
de cautela aguardar-se o posicionamento colegiado daquele egrégio Tribunal Superior acerca do tema, ou até comunicação oficial do e. TJPE
em processos daqui oriundos, a fim de evitar maiores prejuízos aos jurisdicionados, decorrentes da paralisação do feito, tudo em conformidade
com o princípio da segurança jurídica.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
A propósito, em sessão realizada em 22.10.2018, o Órgão Especial deste Tribunal de Justiça rejeitou proposição do Em. Des. José Fernandes de
Lemos, para "suspender todos os processos em que há interesse da Caixa Econômica Federal nas lides que versam sobre a cobertura securitária
de imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação."2
Destarte, inexiste qualquer indicação de que os Temas 50 e 51 foram revogados, ou sua aplicação esteja suspensa em todo o território nacional, o
que denota a possibilidade de sua plena incidência na hipótese em apreço, independente, inclusive, do seu respectivo trânsito em julgado (sobre
o tema vide AgInt no REsp 1.536.711/MT - DJe 22.08.2017).
As teses firmadas pelo C. STJ prevalecem, no meu sentir, sobre eventuais precedentes em sentido contrário proferidos por aquela Corte, salvo
se a matéria então uniformizada for objeto de revisão, através dos instrumentos processuais adequados.
Assim, como a decisão recorrida coincide com o disposto no citado Recurso Repetitivo, uma vez inobservados os requisitos ali consignados,
como visto alhures, o Recurso Especial deve, neste ponto, ter seu seguimento negado, nos termos do art. 1.030, I, 'b', do CPC.
Lado outro, não há como admitir o seguimento da insurgência com base na suposta desobediência ao art. 109, I da CF. Na via especial, cabe
ao C. STJ uniformizar a interpretação das leis federais infraconstitucionais, conforme prevê o art. 105, III da Carta Magna, sendo defeso analisar
violações a normas constitucionais.
Ademais, vale registrar a impossibilidade de interpor Recurso Especial por afronta a verbete sumular, sendo inadequada a assertiva de violação
à Súmula nº 150 do STJ para fundamentar a presente insurgência.
Seguindo o raciocínio, e já analisando as alegações com fundamento na alínea "a", III do art. 105 da CF, observo que, no tocante à suposta
contrariedade aos artigos (i) 17, 18 e 485, IV e VI, todos do CPC (ilegitimidade ativa e ausência de interesse de agir, ante a quitação do contrato);
(ii) 206, § 1º, II, "b" e 487, II do CPC (prescrição); (iii) 320, 321, parágrafo único, CPC (inépcia da inicial); (iv) 6º, VIII, do CDC (inversão do ônus
da prova, ante a ausência de verossimilhança do direito), resta inviável a análise da insurgência, por demandar a reanálise de matéria fático-
probatória, o que é vedado em sede de recurso especial, consoante o previsto na Súmula nº 07 do STJ3.
O reexame de tal motivação da Turma Julgadora não é possível na instância que se pretende ver inaugurada, porque os fatos devem ser
considerados na versão do acórdão (cf. AgRg no REsp 1017005/BA, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 22/10/2013).
No mais, no que tange à apreciação das mencionadas infringências aos artigos (v) 757, 760, 771 e 784 do Código Civil (ausência de previsão
contratual para cobertura de vícios de construção e descabimento da multa decendial), a pretensão da Recorrente também esbarra no reexame
do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como na necessidade de analisar os termos do contrato.
Com efeito, para se concluir que a apólice não incluiria os danos constatados, ou até mesmo que os segurados tinham ciência dos referidos
danos, seria imprescindível revolver o conteúdo fático-probatório deste feito, além dos termos do contrato (apólice securitária), o que é vedado
na estreita via deste apelo excepcional ante o óbice das Súmulas nº 54 e 7 do STJ.
Relativamente ao art. 412 do CC, é de se destacar que esta Corte de Justiça ratificou a decisão de primeira instância, tendo como devida a multa
decendial, acrescida de correção monetária, observada a sua limitação ao valor da obrigação principal (fls. 1.912v).
Ora, se o provimento almejado através do presente recurso já foi concedido, inexiste o interesse recursal da Recorrente, ensejando o não
conhecimento da questão.
Em complemento ao tema anterior (limitação da multa decendial), embora a Recorrente defenda a impossibilidade de incidência de juros
moratórios no cálculo da mencionada penalidade, não indica de forma clara e precisa o artigo de lei federal que reputa violado, tratando-se
de fundamentação genérica e deficiente, ensejando, portanto, a aplicação analógica da Súmula 284/STF5 (neste sentido vide AgInt no AREsp
965042/SP e AgRg no REsp 1.577.943/SP).
Nessa mesma linha, verifica-se deficiência de fundamentação no tópico referente à inaplicabilidade do CDC, porquanto não apontado como algum
dispositivo da Lei 8.078/90 teria sido ofendido pelo acórdão recorrido, fazendo incidir novamente a Súmula 284 do STF.
Quanto à referência aos artigos 476 (inépcia da inicial), 458 (inaplicabilidade do CDC), ambos do Código Civil, 786 do CC (denunciação à lide),
ressalto que as normas supostamente contraditadas carecem do indispensável prequestionamento, inclusive implícito, porquanto sequer foram
objeto de debate no acórdão recorrido, tampouco de Embargos Declaratórios, esbarrando o presente recurso no disposto na Súmula 211 do STJ6.
Igualmente, a questão da adjudicação dos imóveis à CEF e a suposta violação aos arts. 876, 877 e 878 do CPC não foi analisada no acórdão
recorrido - ausente o prequestionamento -, por se tratar de inovação recursal (fls. 1.527/1.528).
No que diz respeito à alegada infringência ao art. 125, II do CPC, suscitada no tópico intitulado "Denunciação da lide à construtora do imóvel,
bem como ao agente financeiro", o reclamo igualmente não merece ascender ante o óbice da Súmula 83 do C. STJ7.
Com efeito, o acórdão recorrido se coaduna com o entendimento daquela corte superior sobre o tema, o qual se firmou no sentido da facultatividade
da denunciação da lide prevista nos casos de direito ou contrato que consagre o direito de regresso, senão vejamos:
...................
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO (ARTIGO 544 DO CPC) - AUTOS DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO DIRIGIDO CONTRA O INDEFERIMENTO DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE SUSCITADA EM AÇÃO DE COBRANÇA - DECISÃO
MONOCRÁTICA CONHECENDO DO AGRAVO PARA, DE PRONTO, NEGAR SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. INSURGÊNCIA DO
RÉU/LITISDENUNCIANTE.
1. Alegada violação do artigo 535 do CPC não configurada. É clara e suficiente a fundamentação adotada pelo Tribunal de origem para o deslinde
da controvérsia, revelando-se desnecessário ao magistrado rebater cada um dos argumentos declinados pela parte. Precedentes.
2. Denunciação da lide. 2.1. A par da dicção legal, a jurisprudência pacífica desta Corte é no sentido de que a denunciação da lide somente se torna
obrigatória quando a omissão da parte implicar em perda do seu direito de regresso, hipótese não retratada no artigo 70, inciso III, do CPC, na
qual tal direito permanece incólume. Precedentes. 2.2. Consoante cediço na origem, a autora ajuizou ação de cobrança de produtos que constam
de notas fiscais emitidas diretamente em nome da parte ré, não sobressaindo qualquer elemento conducente a configurar a responsabilidade de
terceiro, o que motivou o indeferimento, de plano, do processamento do incidente de denunciação da lide. 2.3. Uma vez obstado o seguimento
da ação incidental, não cabia ao magistrado determinar a citação do denunciado, o que afasta a preliminar de nulidade do feito suscitada pela
recorrente. 2.4. Necessária incursão no acervo fático-probatório dos autos para suplantar tal cognição. Incidência da Súmula 7/STJ.
3. Agravo regimental desprovido.
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(AgRg nos EDcl no AREsp 368.212/PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe 01/06/2015).
.....................
RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. ARTIGO 70, III, CPC. DENUNCIAÇÃO
FACULTATIVA. PRECEDENTES. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADO. I - O prequestionamento constitui exigência inafastável
da própria previsão constitucional do recurso, impondo-se como requisito primeiro do seu conhecimento (Súmulas 282 e 356/STF). II - A
denunciação da lide prevista nos casos do inciso III do artigo 70 do Código de Processo Civil, na linha da jurisprudência desta Corte, não é
obrigatória. (...)
(REsp 150310/SP, Rel. Ministro CASTRO FILHO, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/10/2002, DJ 25/11/2002 p. 228).
....................
Por fim, quanto à arguição de divergência jurisprudencial dos tópicos "inaplicabilidade do CDC" e "falta de interesse de agir", entendo não ter sido
realizado o necessário cotejo analítico, nos moldes do art. 1.029, § 1º do CPC c/c o art. 255 do RISTJ.
Ora, para observância do indigitado cotejo, além da apresentação de julgado com entendimento diverso do acórdão recorrido, resta imprescindível
a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição da ementa ou a breve menção tão somente
à matéria objeto da divergência.
Neste sentido, dispõe o C. STJ: "(...) a divergência jurisprudencial deve ser comprovada, cabendo ao recorrente demonstrar as circunstâncias
que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fática e jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de
trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o intuito de bem caracterizar
a interpretação legal divergente" (REsp 1685611/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIM, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe
09/10/2017).
No caso sob exame, não foi demonstrada, de forma pormenorizada, a similitude fático-jurídica dos casos, corroborando a deficiência das razões
ventiladas pela Recorrente.
Assim, diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 09 de novembro de 2018.
1 Controvérsia relativa à existência de interesse jurídico da Caixa Econômica Federal para ingressar como parte ou terceira interessada nas
ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação e, consequentemente, a competência da Justiça
Federal para o processamento e o julgamento das ações dessa natureza.
2 Ofício nº 041/2018 - GDJFL, da lavra do Exmo. Des. José Fernandes de Lemos, datado de 08 de outubro de 2018. Assunto: Proposição
no sentido de: "Suspender todos os processos que discutem a intervenção da Caixa Econômica Federal nas lides que versam sobre a
cobertura securitária de imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação. Decisão: "POR MAIORIA DE VOTOS, FOI REJEITADA A
PROPOSIÇÃO DO EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS, NO SENTIDO DE SUSPENDER OS PROCESSOS EM QUE HÁ INTERESSE
DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. VENCIDO O EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS
EXMOS. DESEMBARGADORES EUDES FRANÇA (SUBST. O EXMO. DES. ANDRÉ GUIMARAES), EVANDRO MAGALHÃES, ANTÔNIO
DE MELO E LIMA, ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. CÂNDIDO SARAIVA), FERNANDO CERQUEIRA E ADALBERTO MELO
(PRESIDENTE)".
3 Súmula 07/STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial.
4 Súmula 05/STJ. A simples interpretação de cláusula contratual não enseja Recurso Especial.
5 Súmula 284/STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
6 Súmula 211/STJ - Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.
7 Súmula 83/STJ. Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão
recorrida.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, inciso III, alíneas "a" e "c" da Constituição Federal, contra acórdão
proferido em Embargos Declaratórios, em Apelação.
O recorrente argumenta que a decisão atacada ofende o disposto nos art. 20, §§ 3º e 4º do CPC/73, considerando exorbitante a condenação de
honorários advocatícios que lhe foi imposta em sentença proferida no ano de 2011.
Segue narrando que a Colenda Sexta Câmara Cível deste TJ/PE negou provimento à sua Apelação, rejeitando os Aclaratórios. Assim, manteve-
se o entendimento firmado pelo juízo de primeiro grau que, em julgamento antecipado da lide, reconheceu a decadência ao direito do autor,
ora recorrente, de buscar indenização por vício redibitório, além de condená-lo nas custas processuais e honorários advocatícios arbitrados em
10% sobre o valor da causa.
Aduz que o valor da causa atualizado ultrapassa os três milhões de reais, gerando a condenação em honorários no montante superior a trezentos
mil reais. Todavia, considera o referido valor exorbitante, uma vez que sequer houve instrução probatória dos autos ou condenação fundada no
julgamento do mérito (matéria de direito).
Contrarrazões sob fls. 233/352, pugnando, em suma, pelo não conhecimento e não provimento do recurso.
Fundamento recursal com base no art. 105, inciso III, alínea "a" da CF/88: Requisitos de Admissibilidade Recursal atendidos.
I. a. Tempestividade: O recurso é tempestivo, pois foi interposto em 13/06/2018, quarta-feira (fls. 191/222), e a intimação do acórdão vergastado
ocorreu em 24/05/2018, quinta-feira (fl. 186), na vigência do CPC de 2015.
I. b. Preparo: As custas foram satisfeitas, conforme recolhimento das guias do TJ/PE e STJ (fls. 211/216).
I. c. Regularidade Formal: a parte esgotou as vias ordinárias e atendeu ao disposto no art. 1.029 do CPC1.
II - No mesmo sentido, também verifico o atendimento aos Requisitos Intrínsecos de admissibilidade recursal:
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II. a. Legitimação - o recorrente é pessoa jurídica apta, uma vez apresentando a sua manifestação de vontade lastreada diretamente na condição
de autor da ação redibitória originária (comprador do imóvel objeto da ação).
II. b. Interesse - o recorrente demonstrou utilidade e necessidade do provimento jurisdicional pleiteado, buscando a redução da sua condenação
nos honorários advocatícios.
II. c. Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer - requisito negativo atendido, uma vez que não vislumbro qualquer fato
impeditivo, extintivo ou modificativo do poder de recorrer.
III - A controvérsia que subsidia a pretensão recursal no tocante à ofensa ao artigo 20, §§ 3º e 4º, do CPC/1973, não reclama retenção ou
sobrestamento do Apelo Excepcional, vez que não foi enfrentada pela sistemática dos recursos repetitivos.
IV - A análise da controvérsia prescinde o reexame de prova.
V - a questão foi devidamente prequestionada pelo acórdão recorrido (fls. 181/184).
Ante o exposto, ADMITO o recurso pelo fundamento constitucional da alínea "a" e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se.
Recife, 14 de novembro de 2018.
1 CPC, Art. 1.029: O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea "a" da Constituição Federal, contra acórdão proferido
em Embargos Declaratórios, em Apelação.
O recorrente argumenta que a decisão vergastada ofende o disposto no art. art. 14 do CDC. A matéria de fundo decorre de relação bancária na
qual o recorrente, correntista da instituição recorrida, alega que teve um cheque indevidamente devolvido por insuficiência de fundos, porquanto
na data de compensação do referido título, realizou um depósito na sua conta, via caixa eletrônico.
Em suas razões recursais, insurge-se contra a decisão da Colenda Segunda Câmara Cível deste TJ/PE, que negou provimento ao seu Apelo,
mantendo-se a sentença de improcedência proferida pelo juízo de primeiro grau.
O recurso é tempestivo, pois foi proposto em 29/05/2018 - terça-feira (fls. 242/258) - e a intimação do acórdão vergastado ocorreu em 04/05/2018
- sexta-feira (fl. 237), comprovando-se os dias em que não houve expediente neste Judiciário local (fls. 251/254). Por fim, encontra-se com
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representação processual válida e custas satisfeitas. Contrarrazões do recorrido às fls. 263/271 pugnando, em suma, pelo não provimento do
recurso.
Fundamento recursal com base no art. 105, inciso III, alínea "a" da CF/88: Ausência de prequestionamento e rediscussão da matéria - Súmulas
211 e 07 do STJ.
No que diz respeito à violação ao artigo impugnado, trata-se de inovação processual, ante a ausência de prequestionamento, que poderia ter
sido suscitado, no caso dos autos, nos Embargos Declaratórios.
De toda sorte, mesmo que os artigos não fossem enfrentados pela Colenda Câmara, para eventual e posterior alegação de prequestionamento
ficto1 no Recurso Especial, neste último também deveria haver menção expressa de ofensa ao art. 1.022 do CPC.
Assim, concluo pela ausência de prequestionamento desse dispositivo, restando configurado o impedimento à admissibilidade recursal, em face
da incidência do enunciado da Súmula nº 211, do STJ2.
Nesse sentido, o STJ firmou entendimento:
..........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. 1. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. 2. DEMAIS ALEGAÇÕES ENCONTRAM ÓBICE NAS SÚMULAS 5 E 7 DO STJ. 3. AGRAVO IMPROVIDO. 1. No que
se refere aos arts. 2º, 3º e 6º do Decreto-Lei n. 911/1969; 421 a 424 do CC/2002; 155, 213, 214, 219, 220, 258, 259, 260, 261, 267 e 535, do
CPC/1973; 6º, 39, 42, 51, 52, 53 e 54 do CDC, percebe-se que os temas neles contidos não foram prequestionados pela Corte de origem, mesmo
após a oposição de embargos de declaração com essa finalidade, de modo que se mostra inviável seu debate na via do recurso especial, nos
termos da jurisprudência consolidada na Súmula 211 do STJ.
2. A revisão das conclusões a que chegou o Colegiado estadual reclama a interpretação de cláusulas contratuais e a incursão no contexto fático-
probatório dos autos, providência inviável no âmbito do recurso especial, ante o teor do óbice inserto nas Súmulas 5 e 7 do STJ. 3. Agravo
interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1011769/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
22/08/2017, DJe 01/09/2017)
..........
Sobre a matéria de fundo, por sua vez, verifico que a discussão esbarra na Súmula 07 do STJ3.
Isso porque o debate foi enfrentado pelos recursos interpostos pelo recorrente, em conjunto com o material probatório dos autos.
Assim, de acordo com o voto da Relatoria (fls. 191/193-V), seguido em unanimidade pelo Colegiado, verificou-se que, caso o recorrente desejasse
que o valor depositado fosse imediatamente creditado em sua conta, deveria ter efetuado a operação diretamente nos caixas, não podendo se
utilizar de terminais de autoatendimento, considerando, inclusive, a vigência de circular do banco central na qual prevê o prazo de 24h (vinte e
quatro horas) para a referida compensação.
Como visto, apesar de apontar ofensa aos dispositivos supracitados, percebe-se que não houve omissão do órgão julgador. Na verdade, a parte
Recorrente busca rediscutir, por via transversa, a matéria de fato já analisada no julgamento do recurso, de modo a ocasionar um novo juízo
de convicção.
Todavia, o momento processual veda o envio da matéria aos Tribunais Superiores para rediscussão. Nesse sentido:
..........
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC.
EMISSÃO DE CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS. INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. INDENIZAÇÃO. OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. AUSÊNCIA. PRETENSÃO DE REJULGAMENTO DA CAUSA. PRETENSÃO RECURSAL QUE ENVOLVE
O REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7 DO STJ. RECURSO MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL. INCIDÊNCIA DA MULTA
DO ART. 1.021, § 4º, DO NCPC E HONORÁRIOS RECURSAIS DO ART. 85, § 11º, DO NCPC. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Aplica-se
o NCPC a este julgamento ante os termos do Enunciado Administrativo nº 3 aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de
admissibilidade recursal na forma do novo CPC.
2. Inexistentes as hipóteses do art. 535 do CPC/73, não merecem acolhida os embargos de declaração que têm nítido caráter infringente. 3.
Os embargos de declaração não se prestam à manifestação de inconformismo ou à rediscussão do julgado 4. A alteração das conclusões do
acórdão recorrido exige reapreciação do acervo fático-probatório da demanda, o que faz incidir o óbice da Súmula nº 7 do STJ.
5. Em razão da improcedência do presente recurso, e da anterior advertência em relação à incidência do NCPC, incide ao caso a multa prevista
no art. 1.021, § 4º, do NCPC, no percentual de 1% sobre o valor atualizado da causa e a majoração dos honorários advocatícios em 2%, nos
termos do art. 85, § 11º, do NCPC, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito da respectiva quantia, nos termos
do § 5º daquele artigo de lei.
6. Agravo interno não provido, com imposição de multa e majoração da verba honorária.
(AgInt no AREsp 881.078/MG, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/03/2017, DJe 03/04/2017)
..........
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1 CPC, Art. 1.025: Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
2 STJ, Súmula nº 211: Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.
3 STJ, Súmula nº 07: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Embargos de Declaração (fls. 205/207), opostos em face de decisão exarada por esta 1ª Vice-Presidência, que inadmitiu o Recurso
Especial.
De logo, destaco a necessidade de examinar os presentes Aclaratórios por meio de nova decisão singular, pois, sendo o ato embargado proferido
monocraticamente, a competência para seu julgamento pertence ao prolator unipessoal, como se depreende da regra constante do artigo 1.024,
§ 2º, do CPC/2015:
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Art. 1.024. (...)
§ 2º. Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão
prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
..........
No entanto, contra a decisão que obsta o seguimento de recurso excepcional admite-se apenas o Agravo - nos próprios autos, previsto pelo
art. 1.042 do NCPC -, para o C. STJ.
Neste sentido:
..........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE. OPOSIÇÃO DE EMBARGOS
DECLARATÓRIOS. SUSPENSÃO OU INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO. NÃO OCORRÊNCIA. RECURSO
INTEMPESTIVO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência do STJ orienta-se no sentido de que o agravo em recurso especial é
o único recurso cabível contra decisão que nega seguimento a recurso especial. Assim, a oposição de embargos de declaração não interrompe
o prazo para a interposição de ARESP. Precedentes.
2. Excepcionalmente, nos casos em que a decisão for proferida de forma bem genérica, que não permita sequer a interposição do agravo, caberá
embargos. No presente caso, a decisão que inadmitiu o recurso especial não se enquadra na mencionada exceção, porquanto proferida de forma
clara e fundamentada, não havendo que falar em cabimento de Embargos de Declaração e interrupção do prazo para a oposição do adequado
recurso.
3. Agravo interno não provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam,
na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira (Presidente), Marco Buzzi e Lázaro Guimarães (Desembargador convocado
do TRF 5ª Região) votaram com o Sr. Ministro Relator.
(STJ - AgInt no AREsp 1143127 / RJ 2017/0184185-0, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140), Data do Julgamento: 28/11/2017, Data
da Publicação: 01/12/2017, T4 - QUARTA TURMA)
..........
Assim, na espécie, resta configurada a hipótese de não cabimento, a inviabilizar, inclusive, a aplicação do princípio da fungibilidade recursal,
diante do erro grosseiro. Vejamos:
..........
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. AGRAVO REGIMENTAL E EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
OPOSTOS CONTRA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO ESPECIAL. RECURSOS MANIFESTAMENTE INCABÍVEIS. ERRO
GROSSEIRO. NÃO INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO. FUNGIBILIDADE RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO MANIFESTAMENTE INTEMPESTIVO. Agravo regimental improvido.
(AgInt no AREsp 860.068/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 22/06/2016).
..........
Destarte, constatada a manifesta inadmissibilidade dos Embargos, que por esta razão sequer interrompe o prazo para a interposição do recurso
adequado, deve ser reconhecido o trânsito em julgado da decisão que inadmitiu o Recurso Especial, caso não tenha sido interposto o recurso
apropriado no prazo legal.
Deste modo, ao tempo em que NÃO CONHEÇO destes Embargos de Declaração, determino que o CARTRIS certifique imediatamente o trânsito
em julgado da decisão embargada na hipótese de inexistir recurso pendente de juntada.
Cumpra-se. Publique-se.
Recife, 09 de novembro de 2018.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
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PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea "a" da Constituição Federal, contra acórdão proferido
em Apelação.
A matéria de fundo envolve Execução de Título Extrajudicial fundada em cédula de crédito bancário. Alega o recorrente que a decisão vergastada
contrariou os arts. 585, 586, 604,II e 618,I do CPC/73; art. 1.022,II do CPC/15; e art. 28, §2º, I da Lei 10.931/04, na medida em que a Câmara
julgadora deu provimento à apelação do recorrido, anulando a sentença dos embargos à execução proferida pelo juízo de primeiro grau e
determinando o retorno dos autos à origem para julgamento das demais questões levantadas nos embargos à execução.
O recorrente alega que o título executivo, objeto da ação, carece de liquidez, considerando que o recorrido deveria ter acostado aos autos a
evolução da dívida desde o seu início, dentre outros requisitos.
O recurso é tempestivo, pois foi interposto em 14/06/2018 - quinta-feira - (fls. 826/837) e a publicação da decisão guerreada ocorreu em 17/05/2018
- quinta-feira - (fl. 831), na vigência do CPC de 2015 e comprovando-se os dias de suspensão do prazo (fls. 842/846). Encontra-se prequestionado,
com representação processual válida e custas satisfeitas. Contrarrazões do recorrido às fls. 853/857, pugnando, em suma, pela negativa de
provimento.
Observo, de proêmio, nas demandas que envolvem discussão sobre as cédulas de crédito bancário como título executivo extrajudicial, que o
C. Superior Tribunal de Justiça aplica o entendimento firmado no EREsp nº REsp 1291575/PR, tema 576, afetado à sistemática do art. 1.036
do CPC/2015, senão vejamos:
..........
A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de crédito de qualquer natureza, circunstância que
autoriza sua emissão para documentar a abertura de crédito em conta-corrente, nas modalidades de crédito rotativo ou cheque especial.
............
Outrossim, os requisitos para se configurar a força executiva do referido título encontram-se transcritas no acórdão afetado pela sistemática:
..........
DIREITO BANCÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. CÉDULA
DE CRÉDITO BANCÁRIO VINCULADA A CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO. EXEQUIBILIDADE. LEI N. 10.931/2004. POSSIBILIDADE
DE QUESTIONAMENTO ACERCA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS RELATIVOS AOS DEMONSTRATIVOS DA DÍVIDA.
INCISOS I E II DO § 2º DO ART. 28 DA LEI REGENTE.
1. Para fins do art. 543-C do CPC: A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de crédito de qualquer
natureza, circunstância que autoriza sua emissão para documentar a abertura de crédito em conta-corrente, nas modalidades de crédito rotativo
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ou cheque especial. O título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma
legal, de maneira taxativa, a relação de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula (art.
28, § 2º, incisos I e II, da Lei n. 10.931/2004).
3. No caso concreto, recurso especial não provido.
(REsp 1291575/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/08/2013, DJe 02/09/2013)
..........
Desta feita, seguindo o procedimento estabelecido para os recursos repetitivos, como a decisão recorrida coincide com o julgamento de mérito
do paradigma, o recurso especial deve ter o seu seguimento negado com base no art. 1.030, I, "b" do CPC/2015.
Ademais, as alegações do recorrente acerca da ausência de liquidez do título incorrem necessariamente na reanálise das provas dos autos, o
que é vedado na via estreita do Apelo Excepcional, conforme a Súmula 07 do STJ1. Nesse sentido, o C. STJ firmou entendimento:
..........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC/73) - EMBARGOS À EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. INSURGÊNCIA DOS EMBARGANTES.
1. O Tribunal de origem dirimiu, fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas, apreciando integralmente a controvérsia posta nos
autos, não se podendo, ademais, confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
2. O acolhimento da pretensão recursal no sentido de derruir a conclusão de que o fato constitutivo do direito do autor não foi demonstrado,
demandaria a alteração das premissas fático-probatórias estabelecidas pelo acórdão recorrido, com o revolvimento de todas as provas carreadas
aos autos, o que é vedado em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07 do STJ.
3. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp 860.034/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe 23/03/2018)
..........
1 STJ, Súmula nº 07: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DECISÃO
Trata-se de Agravo Interno interposto contra decisão que negou seguimento ao Recurso Especial manejado pela ora Agravante, com fulcro no
art. 1.030, I, "b" do CPC1, no que se refere à pretensão de deslocamento da competência jurisdicional (fls. 1.128/1.131).
De início, constato que a Recorrente desatendeu ao disposto no artigo 1.003, §5º, do CPC, razão pela qual é de se considerar o Recurso Especial
intempestivo.
Ora, a publicação do acórdão ocorreu em 21.11.2017 (fls. 1.132), iniciando-se a contagem do prazo recursal em 22.11.2017 (sexta-feira).
No entanto, o Recurso Especial somente foi protocolado dia 14.12.2017 (fl. 1.278), extrapolando a quinzena legal, cujo termo ad quem era
13.12.2017, já considerado o feriado nacional de 02.12.2017.
Registre-se, ainda, que não há de se falar em "decisão surpresa", pois intimada para falar sobre a intempestividade recursal, a Recorrente deixou
transcorrer in albis o prazo de 5 (cinco) dias concedido no despacho de fls. 1.381, conforme certificado às fls. 1.383.
Ante o exposto, diante de sua flagrante intempestividade, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.
Após o decurso do prazo recursal, remetam-se os autos a esta 1ª Vice-Presidência para exame do recurso interposto pela Seguradora (Agravo
Interno - fls. 1.200/1.219).
Publique-se.
Recife, 12 de novembro de 2018.
1 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento:
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
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(0472612-7)
Protocolo : 2018/202229
Comarca : Recife
Vara : Decima Sexta Vara Cível da Capital - SEÇÃO B
Apelante : ESPOLIO DE LUIZ SERGIO DE SOUSA VERA CRUZ
Advog : Adolfo Henrique Nunes Monteiro(PE023473)
Reprte : Diego Rafael Leão Vera Cruz
Apelado : UCI RIBEIRO LTDA
Advog : Marcos Alberto Sant´Anna Bitelli(SP087292)
Advog : ALEX CARLOS CAPURA DE ARAUJO(SP296255)
Advog : Hugo Neves de Moraes Andrade(PE023798)
Embargante : UCI RIBEIRO LTDA
Advog : Marcos Alberto Sant´Anna Bitelli(SP087292)
Advog : ALEX CARLOS CAPURA DE ARAUJO(SP296255)
Advog : Hugo Neves de Moraes Andrade(PE023798)
Advog : "e Outro(s)" - conforme Regimento Interno TJPE art.137, III
Embargado : ESPOLIO DE LUIZ SERGIO DE SOUSA VERA CRUZ
Advog : Adolfo Henrique Nunes Monteiro(PE023473)
Reprte : Diego Rafael Leão Vera Cruz
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator : Des. Francisco Manoel Tenorio dos Santos
Proc. Orig. : 0007448-85.2014.8.17.0001 (472612-7)
Despacho : Decisão Interlocutória
Última Devolução : 19/11/2018 14:23 Local: CARTRIS
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial com fundamento no artigo 105, III, alínea "a", da Constituição Federal contra acórdão unânime da 4ª Câmara Cível
que, integrado pelo julgamento dos aclaratórios, deu provimento à apelação manejada pelo ora Recorrido para aumentar as indenizações por
danos materiais e morais para, respectivamente, R$ 334,28 (trezentos e trinta e quatro reais e vinte e oito centavos) e R$ 10.000,00 (dez mil
reais), além de acolher o pleito de lucros cessantes a serem apurados em fase liquidatória (fls. 248 e 289).
Esclareço que a sentença apelada (fls. 189/194) julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados em ação indenizatória movida pelo aqui
Recorrido, condenando a ora Recorrente a pagar indenização por danos materiais e morais nos respectivos valores de R$ 167,14 e R$ 2.000,00
em razão de acidente ocorrido em sala de cinema de sua propriedade.
Em seu recurso (fls. 198/222), a Recorrente alega que o órgão fracionário violou o art. 489, §1º, incisos III e IV, do CPC/15 ao deixar de fundamentar
adequadamente o acórdão recorrido.
Prossegue aduzindo que a majoração da verba indenizatória por danos morais acarretou negativa de vigência aos artigos 927, 884, 944 e 945,
todos do Código Civil e art. 14, §3º, II, do Código de Defesa do Consumidor1, alegando culpa exclusiva/concorrente da vítima e enriquecimento
sem causa.
Ademais, defende que o deferimento dos lucros cessantes à míngua de prova do que o lesado razoavelmente deixou de lucrar por força do
acidente, vulnerou o artigo 402 do Código Civil2.
Pugna, assim, pelo provimento recursal para anular ou reformar o acórdão combatido e restabelecer a sentença.
Preparo comprovado (fls. 223/226).
Em contrarrazões (fls. 229/231), o Recorrido suscita o óbice da Súmula 07 do STJ para pleitear a inadmissão do recurso.
Inicialmente, não prospera a alegada deficiência de fundamentação do aresto recorrido, como defendido pela Recorrente por suposta afronta
ao artigo 489, §1º, III e IV, do CPC3.
Isso porque o magistrado não se obriga a decidir a causa se manifestando sobre todos os fundamentos explícitos como tese defensiva, bem
como, não se limita às provas apresentadas, uma vez que impera o princípio do livre convencimento, tendo por base, todo conteúdo fático
probatório para decidir a causa (STJ - EDcl no AgRg no AREsp 92.604/MG, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 20/05/2014, DJe 28/05/2014).
Ademais, constatável que o aresto enfrentou as questões jurídicas relevantes fundamentadamente e com clareza, não há de se cogitar a sua
nulidade por falta de fundamentação.
Noutro giro, ao majorar as indenizações por danos morais e materiais (incluindo os lucros cessantes), a 4ª Câmara Cível assim se posicionou
(fls. 252):
.........
A indenização deve ser fixada de maneira a compensar o sofrimento experimentado pelo autor, dentro dos parâmetros de razoabilidade, não
deixando de observar as peculiaridades do caso concreto.
Levando em consideração as circunstâncias dos autos, tais como a gravidade da lesão, o sofrimento experimentado pela queda e o afastamento
de suas atividades por, aproximadamente, dois meses, tem-se que o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) deve ser modificado ao patamar de
10.000,00 (dez mil reais), mostrando-se mais adequado a reparar o desconforto suportado pelo apelante, com juros do evento danoso, e correção
monerátia a partir da sentença.
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No que tange aos danos materiais, havendo comprovação nos autos do valor gasto a título de despesas médicas, tenho que as mesmas devem
ser ressarcidas de forma integral. (...)
Havendo impossibilidade do autor para exercer o seu ofício, tenho que os lucros cessantes devem ser apurados em liquidação de sentença os
quais devem ser computados do evento danoso até a morte da vítima.
..........
Ora, quanto às violações aos demais dispositivos legais, percebe-se a clara pretensão das Recorrentes de rediscutir, por via oblíqua, a matéria
de fato analisada no julgamento da Apelação.
O próprio STJ, em casos idênticos, vem decidindo que as instâncias ordinárias são soberanas na análise do contexto fático-probatório sobre a
situação em voga, de modo que as tentativas de alterar tais conclusões esbarram no óbice da Súmula 07 daquele Tribunal, conforme se verifica
da ementa abaixo:
.........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. DANOS MATERIAIS. REDE CREDENCIADA.. MATÉRIA QUE
DEMANDA REEXAME DE FATOS, PROVAS E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SUMULAS 5 E 7 DO STJ. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1.
Não se viabiliza o recurso especial pela indicada violação do art. 1.022 do CPC/2015. Isso porque, embora rejeitados os embargos de declaração,
todas as matérias foram devidamente enfrentada pelo Tribunal de origem, que emitiu pronunciamento de forma fundamentada, ainda que em
sentido contrário à pretensão da parte recorrente. 2. A Corte local, com base nos elementos fático-probatórios dos autos e na interpretação do
contrato, concluiu pelo reembolso das despesas médico-hospitalares no limite da tabela de reembolso, consignando a ausência de diagnóstico de
urgência ou emergência e a ciência da recorrente de que deveria arcar com parte das despesas ao optar pelo tratamento fora da rede credenciada.
Assim, para desconstituir o entendimento exposto pelo Tribunal local e acolher a pretensão recursal seria imprescindível o reexame de prova e
a interpretação de cláusulas contratuais, o que é defeso nesta instância especial (Súmulas 5 e 7/STJ). 3. Agravo interno não provido. (AgInt no
AREsp 1188075/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 02/04/2018)
.........
Por fim, no que se refere aos danos morais arbitrados em R$ 10.000,00 (dez mil reais), o Recurso Especial não comporta o exame de questões
que impliquem incursão no contexto fático-probatório dos autos, o que também faz incidir a Súmula 07 do E. STJ.
Ademais, admite-se a revisão do valor arbitrado a título de danos morais apenas na hipótese de fixação exorbitante ou ínfima. Todavia, a decisão
impugnada encontra-se dentro do critério de razoabilidade adotado pelo C. STJ, fazendo-se incidir a Súmula 83 daquela E. Corte. Vejamos:
1 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização
dos valores monetários.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.
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Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua
culpa em confronto com a do autor do dano.
2 Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
3 Art. 489. (...)
§ 1º. Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: (...)
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DESPACHO
Em março de 2018, a Segunda Seção do C. Superior Tribunal de Justiça havia ordenado a suspensão dos processos relativos aos expurgos
inflacionários.
Isto se deu até o início do funcionamento da plataforma eletrônica de adesão dos poupadores, referente ao acordo estabelecido entre entidades
de defesa do consumidor e representantes dos bancos, no E. Supremo Tribunal Federal.
Nesse contexto, a presidência do C. STJ estava determinando a devolução dos autos no intuito de aguardar o prazo de 24 meses para eventual
adesão ao ajuste firmado na ADPF 165, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski.
Todavia, em deliberação ocorrida em 22 de agosto passado, a própria Segunda Seção destacou a inaplicabilidade do sobrestamento às ações
em fase de cumprimento de sentença cujo exequente tenha manifestado desinteresse na adesão ao acordo.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Nesse diapasão, foi expedido o Ofício 1.098/2018-CD2S-STJ contendo a instrução de que os recursos "cuja discussão na origem esteja
circunscrita à fase de execução de sentença que porventura chegarem ao STJ sem a manifestação expressa da parte pela não adesão ao acordo
homologado perante o Supremo Tribunal Federal serão devolvidos à origem".
Deste modo, INTIME-SE o Recorrido para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, manifestar expressamente a falta de interesse em aderir ao acordo
firmado na ADPF 165, por meio da plataforma digital https://portalacordo.pagamentodapoupanca.com.br, para possibilitar o prosseguimento do
processo.
Registro que o transcurso do referido prazo sem manifestação ensejará a suspensão do feito, nos moldes previstos na ADPF 165.
Cumpra-se.
Recife, 09 de novembro de 2018.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial fundando no art. 105, III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal (fls. 220/229), contra acórdão proferido em
Apelação (fls. 210).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Compulsando os autos, verifico que a Recorrente fora intimada para, no prazo de 05 (cinco) dias, i) manifestar-se sobre a tempestividade do
presente recurso, com fulcro no art. 10 do CPC/20151 e ii) realizar o pagamento das custas desta Corte de Justiça (Ato nº 1653/2017), nos termos
do art. 1.007, § 4º, do CPC/20152 (realização do recolhimento em dobro).
Inobstante, o prazo transcorreu in albis (fl. 256), razão pela qual o Recurso Especial não merece seguimento, em face da intempestividade e
da deserção. Explico.
O Recurso Especial é intempestivo, pois a intimação do acórdão recorrido ocorreu em 28/02/2018 - quarta-feira - (fl. 217) e o apelo excepcional
somente foi interposto no dia 22/03/2018 - quinta-feira - (fl. 220), embora o prazo recursal previsto no art. 1.003, §5º, do CPC3, seja de 15
(quinze) dias.
Neste particular, destaco que o dia 06.03.2018 - terça-feira - (Data Magna de Pernambuco), não é feriado nacional, sendo dever da Recorrente
demonstrar, no ato de interposição do recurso e por meio de documento idôneo4, a suspensão do expediente neste E. TJPE, o que não ocorreu
no caso em tela.
Noutro giro, constato que a Recorrente deixou de recolher o valor referente às custas estaduais, descumprindo o comando do art. 1.007, caput,
do Código de Processo Civil5 c/c o Ato nº 1653/2017 deste E. TJPE, razão pela qual deve ser reconhecida a deserção.
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se. Intimem-se.
Recife, 13 de novembro de 2018.
1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
2 Art. 1.007. (...) § 4º. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa
e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
3 Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. (...) § 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor
os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
4 AGINT NO RESP 1704256/SP, PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe 21/05/2018.
5 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
DESPACHO
Julgado o REsp 1.412.433/RS (Tema 699) pela 1ª Seção do STJ em 25/04/2018, com acórdão publicado em 28/09/2018, desfez-se o motivo do
sobrestamento determinado no despacho de fls. 146, em cumprimento à decisão do Ministro Herman Benjamin Marques às fls. 140.
O aresto fustigado enfatizou, dentre outros fundamentos, ser ilícita a suspensão do fornecimento de energia elétrica por recuperação de consumo.
Todavia, no mencionado precedente julgado sob o rito dos recursos repetitivos, observa-se que o c. STJ, ao editar o Tema 699, assim se
posicionou:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
.........
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em
observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica,
mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior
à constatação da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a
concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.
.........
Vislumbro, portanto, que o entendimento externado pela 4ª Câmara Cível deste Tribunal diverge do fixado no julgamento do repetitivo.
Em razão do exposto, TORNO SEM EFEITO A DECISÃO DE FLS. 104/105, e com fulcro no art. 1.030, II, do CPC , DETERMINO A REMESSA
dos autos ao Relator do feito, integrante da 4ª Câmara Cível, a fim de adotar as providências atinentes à espécie.
Cumpra-se.
Recife, 26 de outubro de 2018.
DESPACHO
Julgado o REsp 1.412.433/RS (Tema 699) pela 1ª Seção do STJ em 25/04/2018, com acórdão publicado em 28/09/2018, desfez-se o motivo do
sobrestamento determinado no despacho de fls. 148, em cumprimento à decisão do Ministro Herman Benjamin Marques às fls. 141.
O aresto fustigado enfatizou, dentre outros fundamentos, ser ilícita a suspensão do fornecimento de energia elétrica por recuperação de consumo.
Todavia, no mencionado precedente julgado sob o rito dos recursos repetitivos, observa-se que o c. STJ, ao editar o Tema 699, assim se
posicionou:
.........
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em
observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica,
mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior
à constatação da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a
concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.
.........
Vislumbro, portanto, que o entendimento externado pela 4ª Câmara Cível deste Tribunal diverge do fixado no julgamento do repetitivo.
Em razão do exposto, TORNO SEM EFEITO A DECISÃO DE FLS. 105/106, e com fulcro no art. 1.030, II, do CPC , DETERMINO A REMESSA
dos autos ao Relator do feito, integrante da 4ª Câmara Cível, a fim de adotar as providências atinentes à espécie.
Cumpra-se.
Recife, 26 de outubro de 2018.
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Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da
CF/88 contra acórdão proferido em Apelação (fls. 1.407/1.408v, integrado por Embargos de Declaração, fls. 1.594), o qual rejeitou as preliminares
relativas à (i) incompetência da Justiça Estadual; (ii) ilegitimidade passiva; (iii) inépcia da petição inicial; (iv) carência de ação; e (v) prescrição;
acolheu parcialmente a preliminar de ilegitimidade ativa; e, no mérito, negou provimento ao recurso da Seguradora (mantendo a condenação à
reparação dos imóveis segurados, diante da ocorrência de vício de construção), bem assim, deu parcial provimento ao recurso dos Mutuários
(afastando a adjudicação desses imóveis em favor da Seguradora).
Em suas razões recursais (fls. 1.457/1.488, ratificadas à fl. 1.602), a Recorrente alega a ocorrência de violação aos artigos 1º, 1º-A e parágrafos
da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, os quais, segundo ela, garantem a legitimidade da CEF em participar das lides securitárias, em
contratos firmados mediante apólice pública (ramo 66), independente de demonstração do comprometimento do FCVS.
Ainda que fosse exigida a supracitada demonstração de prejuízo ao FCVS, defende ter observado tal requisito, diante da indicação de déficit do
aludido Fundo em mais de R$ 88.000.000.000,00 (oitenta e oito bilhões de reais).
Sustenta que a referida norma não foi analisada quando do julgamento do Recurso Repetitivo que trata da matéria (REsp 1.091.363/SC),
afastando-se, por conseguinte, a respectiva afetação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte com entendimento diverso do ali
esposado.
Defende competir à Justiça Federal a análise da necessidade de intervenção da aludida empresa pública no feito, conforme o disposto no art.
109, I da CF/88 e na Súmula 150 do STJ, bem como que a inaplicabilidade dos supracitados dispositivos legais viola o disposto nos arts. 45
e 124, do CPC/15.
Ademais, assinala que o acórdão recorrido violou o previsto no(s) artigo(s):
(i) 17, 18, 485, IV e VI, todos do CPC/15, ante a ilegitimidade ativa dos segurados, seja por não ostentarem a condição de mutuários ou dada a
inexistência de contratos de financiamento firmados com anuência do agente financeiro;
(ii) 206, § 1º, II, "b", do Código Civil e 487, II, do CPC, ao deixar de aplicar o prazo prescricional ânuo ao caso sob exame;
(iii) 771 do Código Civil, em face do descabimento da multa decendial na hipótese e, subsidiariamente, sustenta a sua limitação ao montante da
obrigação principal, em observância ao disposto no artigo 412 do mesmo Código;
(iv) 458 do CC e Lei 8.078/1990 quanto à inaplicabilidade do CDC aos contratos com cobertura pelo FCVS e ao art. 6º, VIII, do CDC, dada a
ausência dos requisitos para a inversão do ônus da prova no caso em tela;
(v) 17 e 485, incisos IV e VI, do Código Processo Civil, ante a falta de interesse de agir dos mutuários com contratos de financiamento quitados,
pois extinta a garantia securitária;
(vi) 320, 321, parágrafo único, do CPC/15 e 476 do CC/02 quanto à inépcia da inicial pela ausência de documentos indispensáveis à propositura
da demanda;
(vii) 757, 760, 771 e 784 todos do CC/02, diante da inexistência de cobertura contratual para vícios de construção;
(viii) 876, 877 e 878 do CPC/2015, porquanto cabível a adjudicação dos imóveis à Caixa Econômica Federal (FCVS) em face do pagamento de
indenização em valor superior ao do próprio bem segurado.
Alega, também, a ocorrência de dissídio jurisprudencial acerca da (i) competência da Justiça Federal para apreciar a lide (STF, RE nº 898.975/RN;
STJ, AgInt no REsp 1.623.794/PR e AgREsp 409.852-PE), (ii) inaplicabilidade do CDC e inversão do ônus da prova (AgRg no REsp 1.078.921/RS).
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 1.490/1.493), e com contrarrazões dos segurados (fls. 1.707/1.733) pugnando, em síntese,
pela inadmissão do recurso.
Inviável, contudo, o seguimento do apelo excepcional. Vejamos.
Quanto à suposta contrariedade aos artigos 1º, 1º-A, e seus parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, 45 e 124 do CPC e
ao dissídio jurisprudencial, alusivos à competência da Justiça Federal/interesse da CEF no feito, verifico que o C. STJ já tratou da matéria, em
51
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
sede de recurso repetitivo, quando do julgamento dos EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/SC - Relatora Min. Isabel Gallotti, com voto vencedor
da Min. Nancy Andrighi (DJe 14.12.2012).
Tal julgado deu ensejo aos Temas 50 e 51 daquela Corte, os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
.............
"Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém interesse
jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período compreendido
entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices públicas,
ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo 68),
a CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide. Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do
momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência
de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o
processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato
anterior. Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente,
não poderá a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC. (Informação atualizada em 18/08/2016 com transcrição do trecho
do voto vencedor proferido pela Min. Nancy Andrighi no julgamento dos segundos embargos declaratórios em que Sua Excelência estabelece a
tese jurídica repetitiva - página 10 - REsp 1091363/SC - DJe de 14/12/2012)."
............
Na presente hipótese, quando do julgamento do Apelo pela 4ª Câmara Cível (1.407/1.408v), restou assentado a inexistência de comprovação
do comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento da reserva técnica do FESA, o que afasta, sumariamente, eventual interesse da
CEF na lide e a consequente remessa dos autos à Justiça Federal. O julgado impugnado está em consonância com a orientação da Corte
Infraconstitucional, acima explicitada.
Noutro giro, e ainda conforme jurisprudência do C. STJ, destaco que a conversão da MP 633/2013 na Lei 13.000/2014, com a consequente
alteração da Lei 12.409/2011, não afasta a necessidade de observância dos requisitos elencados no citado Repetitivo para fins de intervenção
da CEF nas lides securitárias, quais sejam, i) tratar-se de apólice pública e ii) prova documental de comprometimento do FCVS, com risco de
exaurimento da reserva técnica do FESA.
Nesse sentido, colha-se o seguinte precedente:
............
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRINCÍPIOS DA
FUNGIBILIDADE, CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. FCVS. CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL. LITISCONSÓRCIO. INEXISTÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. MEDIDA PROVISÓRIA 633/13. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE COMPROMETIMENTO DO FCVS. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao
julgar os recursos sujeitos aos efeitos do artigo 543-C do CPC (repetitivos), REsp 1.091.363/SC, DJe de 25/05/2009, consolidou o entendimento
no sentido de não existir interesse da Caixa Econômica Federal a justificar a formação de litisconsórcio passivo necessário nas causas cujo objeto
seja a pretensão resistida à cobertura securitária dos danos oriundos dos vícios de construção do imóvel financiado mediante contrato de mútuo
submetido ao Sistema Financeiro da Habitação, quando não afetar o FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), sendo, portanto,
da Justiça Estadual a competência para processar e julgar o feito. 2. A alteração introduzida pela Medida Provisória 633 de 2013, convertida
na Lei 13.000 de 2014, tem por objetivo autorizar a Caixa Econômica Federal (CEF) a representar judicial e extrajudicialmente os interesses do
FCVS, sendo que a CEF intervirá, em face do interesse jurídico, nas ações judiciais que representem risco ao FCVS ou às suas subcontas. Se
não há prova de risco ou impacto jurídico ou econômico ao FCVS, a inovação legislativa não traz nenhuma repercussão prática. 3. Embargos de
declaração recebidos com agravo regimental ao qual se nega provimento. (Quarta Turma, EDcl no AREsp 606.445/SC, Rel. Ministro Luis Felipe
Salomão, j. 18.12.2014, DJe 02.02.2015) (g.n).
..............
Neste ponto, ressalto que embora tenha sido instaurada a Controvérsia nº 02, no C. STJ (Relator Min. Marco Aurélio Bellizze), para fins de
discutir se a edição da Lei 13.000/2014 assegura por si só a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS, nas hipóteses de apólices
públicas, tal incidente, neste momento processual, não possui o condão de reverter o entendimento já consolidado naquela Corte.
Isto porque, além de se encontrar em fase incipiente de tramitação, determinou-se tão somente a suspensão dos processos oriundos do TRF
da 4ª Região, de onde advieram os recursos afetados na citada controvérsia, de modo que, a princípio, os demais Estados devem adotar os
posicionamentos outrora definidos.
Inexiste qualquer indicação de que os Temas 50 e 51 foram revogados, ou sua aplicação esteja suspensa em todo o território nacional, o que
denota a possibilidade de sua plena incidência na hipótese em apreço, independente, inclusive, do seu respectivo trânsito em julgado (sobre o
tema vide AgInt no REsp 1.536.711/MT - DJe 22.08.2017).
As teses firmadas pelo C. STJ prevalecem, no meu sentir, sobre eventuais precedentes em sentido contrário proferidos por aquela Corte, salvo
se a matéria então uniformizada for objeto de revisão, através dos instrumentos processuais adequados.
Assim, como a decisão recorrida coincide com o disposto no citado Recurso Repetitivo, uma vez inobservados os requisitos ali consignados,
como visto alhures, o Recurso Especial deve, neste ponto, ter seu seguimento negado, nos termos do art. 1.030, I, 'b', do CPC.
Lado outro, não há como admitir o seguimento da insurgência com base na suposta desobediência ao art. 109, I da CF. Na via especial, cabe
ao Superior Tribunal de Justiça uniformizar a interpretação das leis federais infraconstitucionais, conforme prevê o art. 105, III da Carta Magna,
sendo defeso analisar violações a normas constitucionais.
Ademais, vale registrar a impossibilidade de interpor Recurso Especial por afronta a verbete sumular, sendo inadequada a assertiva de violação
à Súmula nº 150 do STJ para fundamentar a presente insurgência.
Seguindo o raciocínio, e já analisando as alegações com fundamento na alínea "a", III do art. 105 da CF, observo que, no tocante à suposta
contrariedade aos artigos 17, 18 e 485, IV e VI, todos do CPC (ilegitimidade ativa), o decisum recorrido baseou-se nos documentos acostados
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aos autos, para concluir pela titularidade do direito à indenização securitária, o que, para ser desconstituído, impõe o reexame de matéria fático-
probatória, vedado em sede de recurso especial, consoante o previsto na Súmula nº 07 do STJ1.
De igual modo, quanto à alegada ofensa aos artigos (i) 206, § 1º, II, "b", do CC e 487, II do CPC (prescrição); (ii) 320, 321, parágrafo único, CPC
(inépcia da inicial); (iii) 6º, VIII, do CDC (inversão do ônus da prova, ante a ausência de verossimilhança do direito); (iv) 17 e 485, incisos IV e
VI, do CPC (ausência de interesse de agir, ante a quitação do contrato), resta inviável a análise da insurgência, por ensejar o adentramento na
seara fático-probatória, em dissonância ao previsto na Súmula 07/STJ.
Conforme já explicitado, o reexame de tal motivação da Turma Julgadora não é possível na instância que se pretende ver inaugurada, porque os
fatos devem ser considerados na versão do acórdão (cf. AgRg no REsp 1017005/BA, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 22/10/2013).
No mais, no que tange à apreciação das mencionadas infringências aos artigos (v) 757, 760, 771 e 784 do Código Civil (ausência de previsão
contratual para cobertura de vícios de construção e descabimento da multa decendial), a pretensão da Recorrente também esbarra no reexame
do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como na necessidade de analisar os termos do contrato.
Assim, para se concluir que a apólice não incluiria os danos constatados, ou até mesmo que os segurados tinham ciência dos referidos danos,
seria imprescindível revolver o conteúdo fático-probatório deste feito, além dos termos do contrato (apólice securitária), o que é vedado na estreita
via deste apelo excepcional ante o óbice das Súmulas nº 52 e 7 do STJ.
Relativamente ao art. 412 do CC, é de se destacar que esta Corte de Justiça ratificou a decisão de primeira instância, tendo como devida a multa
decendial, acrescida de correção monetária, observada a sua limitação ao valor da obrigação principal (fls. 866/867 e 1.415/1.416).
Assim, se o provimento almejado através do presente recurso já foi concedido, inexiste o interesse recursal da Recorrente, ensejando o não
conhecimento da questão.
Noutro giro, embora a Recorrente pugne pela inaplicabilidade do CDC, não indica, de forma clara e precisa, qualquer dispositivo da Lei 8.078/90
que teria sido ofendido pelo acórdão recorrido - a tanto não se prestam as simples referências ao diploma normativo em abstrato -, tratando-
se de fundamentação genérica e deficiente, o que faz incidir a Súmula 284/STF3 (neste sentido vide AgInt no AREsp 965042/SP e AgRg no
REsp 1.577.943/SP).
Quanto à referência aos artigos 476 (inépcia da inicial), 458 (inaplicabilidade do CDC), ambos do Código Civil, ressalto que as normas
supostamente contraditadas carecem do indispensável prequestionamento, inclusive implícito, porquanto sequer foram objeto de debate no
acórdão recorrido, esbarrando o presente recurso no disposto na Súmula 211 do STJ4.
Igualmente, a questão da adjudicação dos imóveis à CEF e a suposta violação aos arts. 876, 877 e 878 do CPC, não foi presquestionada, pois
o acórdão recorrido anulou tal capítulo da sentença sob o fundamento de decisão ultra petita (fl. 1.416v).
Por fim, quanto a outra divergência jurisprudencial alegada - "inaplicabilidade do CDC", entendo não ter sido realizado o necessário cotejo
analítico, nos moldes do art. 1.029, §1º do CPC c/c o art. 255 do RISTJ.
Ora, para observância do indigitado cotejo, além da apresentação de julgado com entendimento diverso do acórdão recorrido, resta imprescindível
a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição da ementa ou a breve menção tão somente
à matéria objeto da divergência.
Neste sentido, dispõe o C. STJ: "(...) a divergência jurisprudencial deve ser comprovada, cabendo ao recorrente demonstrar as circunstâncias
que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fática e jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de
trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o intuito de bem caracterizar
a interpretação legal divergente" (REsp 1685611/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIM, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe
09/10/2017).
No caso sob exame, não foi demonstrada, de forma pormenorizada, a similitude fático-jurídica dos casos, corroborando a deficiência das razões
ventiladas pela Recorrente.
Assim, diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 26 de outubro de 2018.
1 Súmula 07/STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial.
2 Súmula 05/STJ. A simples interpretação de cláusula contratual não enseja Recurso Especial.
3 Súmula 284/STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
4 Súmula 211/STJ - Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
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ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal contra acórdão proferido no Apelo
(fls. 1.136 e 1.232 - Embargos de Declaração integrativos), no qual foram rejeitadas as preliminares de i) incompetência da Justiça Estadual; ii)
ilegitimidade passiva e ativa, iii) denunciação à lide, bem como da prejudicial de iv) prescrição. No mérito, negou-se provimento ao recurso da
Seguradora, mantendo-se a sentença extintiva da execução, ante a satisfação da obrigação (art. 924, II, do CPC).
Em suas razões recursais (fls. 1.238/1.259), a ora Recorrente alega infringência aos artigos:
(i) 412, do CC/02, ante a ausência de limitação da multa decendial ao valor da obrigação principal.
(ii) 1º, 1º-A e parágrafos da Lei 12.409/2011, artigos 3º e 5º da Lei 13.000/2014, art. 45 do CPC, art. 109, I da CF/88 e Súmula 150 do STJ,
em face da inadmissão de intervenção da Caixa Econômica Federal no feito e, consequentemente, pelo não reconhecimento da incompetência
da Justiça Estadual para julgar as ações envolvendo apólices securitárias do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH, independentemente
da demonstração do impacto jurídico ou econômico ao FCVS (presunção de interesse da empresa pública). Defende subsidiariamente sua
ilegitimidade passiva.
Sustenta que tais normas não foram analisadas quando do julgamento dos Recursos Repetitivos que tratam da matéria (REsp's 1.091.363/
SC e 1.091.393/SC), afastando-se, por conseguinte, a respectiva afetação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte e do STF com
entendimento diverso do ali esposado.
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Alega, por fim, a ocorrência de divergência jurisprudencial acerca da competência da Justiça Federal para apreciar a lide (AgInt REsp 1.548.463/
PR).
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 1.261/1.264) e apresentação das respectivas contrarrazões pelos mutuários (fls.
1.331/1.352).
Inviável, contudo, o seguimento do apelo excepcional. Vejamos.
Relativamente à suposta violação ao art. 412, do CC - limitação do cálculo da multa decendial ao valor da obrigação principal -, resta inviável a
análise da insurgência, ante a absoluta ausência de prequestionamento do artigo invocado (incidência da Súmula nº 211, do STJ).
É que, não tendo a questão e dispositivo sido debatido e decidido pelo órgão colegiado deste TJPE, inadmissível o presente apelo extremo.
No Superior Tribunal de Justiça é pacífico o entendimento de que "a configuração do prequestionamento pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a análise sobre a violação do preceito evocado pelo recorrente." (STJ - 2ª T., AgRg no AREsp
218932/RJ, rel. Min. Humberto Martins, DJe 10/10/2012, trecho da ementa).
Ademais, em que pese terem sido opostos Embargos de Declaração, o artigo supramencionado não foi objeto de discussão, o que impede o
acesso à instância superior. Neste sentido:
.......
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 211/STJ. VIOLAÇÃO AO ART. 1.022 DO
CPC/2015. NÃO APONTAMENTO. ART. 1.025 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INAPLICABILIDADE. COMPLEMENTAÇÃO DE VALORES
PAGOS A MENOR. OBEDIÊNCIA AO TÍTULO EXECUTIVO. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7/STJ. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA
DE COMBATE A FUNDAMENTOS AUTÔNOMOS DO ACÓRDÃO. APLICAÇÃO DO ÓBICE DA SÚMULA N. 283/STF. ARGUMENTOS
INSUFICIENTES PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO ATACADA. HONORÁRIOS RECURSAIS. NÃO CABIMENTO. APLICAÇÃO DE MULTA.
ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. DESCABIMENTO. I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na
sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. In casu,
aplica-se o Código de Processo Civil de 2015. II - A ausência de enfrentamento da questão objeto da controvérsia pelo Tribunal a quo, não
obstante oposição de Embargos de Declaração, impede o acesso à instância especial, porquanto não preenchido o requisito constitucional do
prequestionamento, nos termos da Súmula n. 211/STJ. III - O art. 1.025 do Código de Processo Civil de 2015 prevê que esta Corte considere
prequestionada determinada matéria apenas caso alegada e reconhecida a violação ao art. 1.022 do Código de Processo Civil de 2015. IV - In
casu, rever o entendimento do Tribunal de origem, no sentido de não haver violação à coisa julgada uma vez que os valores pagos a menor pelo
INSS eram complementados pela PREVI, em obediência aos valores fixados no título executivo, demandaria necessário revolvimento de matéria
fática, o que é inviável em sede de recurso especial, à luz do óbice contido na Súmula n. 7/STJ. V - A falta de combate a fundamento suficiente
para manter o acórdão recorrido justifica a aplicação, por analogia, da Súmula n. 283 do Supremo Tribunal Federal. VI - Não apresentação de
argumentos suficientes para desconstituir a decisão recorrida. VII - Em regra, descabe a imposição da multa, prevista no art. 1.021, § 4º, do
Código de Processo Civil de 2015, em razão do mero improvimento do Agravo Interno em votação unânime, sendo necessária a configuração da
manifesta inadmissibilidade ou improcedência do recurso a autorizar sua aplicação, o que não ocorreu no caso. VIII - Agravo Interno improvido.
(AgInt no REsp 1646137/SC, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/02/2018, DJe 20/02/2018)
.......
No mais, quanto à suposta contrariedade aos artigos 1º, 1º-A e parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, 45, do CPC, e ao
dissídio jurisprudencial indicado acerca do tema (AgInt REsp 1.548.463/PR), verifico que o C. STJ já tratou da matéria, em sede de recurso
repetitivo, quando do julgamento dos EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/SC - Relatora Min. Isabel Gallotti, com voto vencedor da Min. Nancy
Andrighi (DJe 14.12.2012).
Tal julgado deu ensejo aos Temas 50 e 51 daquela Corte, os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
..........
(...) Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém
interesse jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período
compreendido entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices
públicas, ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo
68), a CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide.
Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu
interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco
efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva
comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato anterior.
Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente, não poderá
a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC. (g.n)
..........
No caso sob exame, quando do julgamento do acórdão recorrido (fl. 1.136 e 1.232), não restou demonstrado o comprometimento do FCVS, com
risco de exaurimento da reserva técnica do FESA, o que afasta eventual interesse da CEF na lide e a consequente remessa dos autos à Justiça
Federal; O julgado impugnado está em consonância com a orientação da Corte Infraconstitucional, acima explicitada.
Noutro giro, e ainda conforme jurisprudência do C. STJ, destaco que a conversão da MP 633/2013 na Lei 13.000/2014, com a alteração da
Lei 12.409/2011, não afasta a necessidade de observância dos requisitos elencados no citado Repetitivo para fins de intervenção da CEF nas
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lides securitárias, quais sejam, i) tratar-se de apólice pública e ii) prova documental de comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento
da reserva técnica do FESA.
Neste sentido, colha-se o seguinte precedente:
............
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRINCÍPIOS DA
FUNGIBILIDADE, CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. FCVS. CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL. LITISCONSÓRCIO. INEXISTÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. MEDIDA PROVISÓRIA 633/13. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE COMPROMETIMENTO DO FCVS. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar os recursos sujeitos aos efeitos do artigo 543-C do CPC (repetitivos), REsp
1.091.363/SC, DJe de 25/05/2009, consolidou o entendimento no sentido de não existir interesse da Caixa Econômica Federal a justificar a
formação de litisconsórcio passivo necessário nas causas cujo objeto seja a pretensão resistida à cobertura securitária dos danos oriundos dos
vícios de construção do imóvel financiado mediante contrato de mútuo submetido ao Sistema Financeiro da Habitação, quando não afetar o FCVS
(Fundo de Compensação de Variações Salariais), sendo, portanto, da Justiça Estadual a competência para processar e julgar o feito.
2. A alteração introduzida pela Medida Provisória 633 de 2013, convertida na Lei 13.000 de 2014, tem por objetivo autorizar a Caixa Econômica
Federal (CEF) a representar judicial e extrajudicialmente os interesses do FCVS, sendo que a CEF intervirá, em face do interesse jurídico, nas
ações judiciais que representem risco ao FCVS ou às suas subcontas. Se não há prova de risco ou impacto jurídico ou econômico ao FCVS,
a inovação legislativa não traz nenhuma repercussão prática. 3. Embargos de declaração recebidos com agravo regimental ao qual se nega
provimento. (EDcl no AREsp 606.445/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 02/02/2015) (g.n)
............
Neste ponto, ressalto que, inobstante a instauração da Controvérsia nº 02, no C. STJ (Relator Min. Marco Aurélio Bellizze), para fins de discutir se
a edição da Lei 13.000/2014 assegura por si só a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS, nas hipóteses de apólices públicas,
tal incidente, neste momento processual, não possui o condão de reverter o entendimento já consolidado naquela Corte.
Isto porque, além de se encontrar em fase incipiente de tramitação, determinou-se tão somente a suspensão dos processos oriundos do TRF
da 4ª Região, de onde advieram os recursos afetados na citada Controvérsia, de modo que, a princípio, os demais Estados devem adotar os
posicionamentos outrora definidos.
Não há qualquer indicação de que os Temas 50 e 51 foram revogados, ou sua aplicação esteja suspensa em todo o território nacional, o que
denota a possibilidade de sua plena incidência na hipótese em apreço, independente, inclusive, do seu respectivo trânsito em julgado (sobre o
tema vide AgInt no REsp 1.536.711/MT - DJe 22.08.2017).
As teses firmadas pelo C. STJ prevalecem, no meu sentir, sobre eventuais precedentes em sentido contrário proferidos por aquela Corte, salvo
se a matéria então uniformizada for objeto de revisão, através dos instrumentos processuais adequados.
Em assim sendo, como a decisão recorrida coincide com o disposto no citado Recurso Repetitivo, uma vez inobservados os requisitos ali
consignados (demonstração de comprometimento do FCVS), como visto alhures, o Recurso Especial deve, neste ponto, ter seu seguimento
negado, nos termos do art. 1.030, I, 'b', do CPC.
Lado outro, vale registrar a impossibilidade de interpor Recurso Especial por afronta a verbete sumular, sendo inadequada a assertiva de violação
à Súmula nº 150 do Superior Tribunal de Justiça para fundamentar a presente insurgência.
Forte nestas considerações, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 25 de outubro de 2018.
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Gabinete da 1ª Vice-Presidência
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
56
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da
Constituição Federal contra acórdão (fl. 1.142) que JULGOU PREJUDICADOS os Embargos de Declaração e o Agravo de Instrumento, pela
perda superveniente do objeto, tornando consequentemente sem efeito a decisão anterior (fls. 1.056), a qual NEGOU PROVIMENTO ao recurso
primevo, ratificando a competência da Justiça Estadual.
Em suas razões recursais (fls. 1.147/1.167), a Recorrente alega infringência aos artigos 1º, 1º-A, e parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei
13.000/2014, 45 e 125 do CPC, art. 109, I da CF/88 e a Súmula 150 do STJ, os quais, segundo ela, determinam a intervenção obrigatória da Caixa
Econômica Federal nas ações envolvendo apólices securitárias do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH, independente da demonstração
do impacto jurídico ou econômico ao FCVS (presunção de interesse da empresa pública). Defende subsidiariamente sua ilegitimidade passiva.
Sustenta que tais normas não foram analisadas quando do julgamento dos Recursos Repetitivos que tratam da matéria (REsp's 1.091.363/SC
e 1.091.393/SC), afastando-se, por conseguinte, a respectiva afetação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte com entendimento
diverso do ali esposado.
Alega, por fim, a ocorrência de divergência jurisprudencial acerca da competência da Justiça Federal para apreciar a lide (AgInt REsp 1.548.463/
PR).
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 1.169/1.173) e apresentação das respectivas contrarrazões (fls. 1.242/1.253).
Verifico, sem maiores delongas, que o presente apelo excepcional não merece prosperar, ante a absoluta ausência de prequestionamento dos
artigos invocados, o que faz incidir a Súmula 211/STJ1.
É que, conquanto as matérias ora impugnadas tenham sido inicialmente analisadas pelo acórdão de fl. 1.056, observo que posteriormente tal
decisão perdeu seus efeitos, vez que, em sede de Embargos de Declaração, reconheceu-se a perda superveniente do objeto do Agravo de
Instrumento (qual seja, a incompetência da Justiça Estadual), ante a prolação da sentença no primeiro grau de jurisdição (fl. 1.142).
Deste modo, como as questões e dispositivos supostamente violados não foram examinadas pela decisão ora impugnada é inadmissível o
prosseguimento do Recurso Especial.
No Superior Tribunal de Justiça é pacífico o entendimento de que "a configuração do prequestionamento pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a análise sobre a violação do preceito evocado pelo recorrente." (STJ - 2ª T., AgRg no AREsp
218932/RJ, rel. Min. Humberto Martins, DJe 10/10/2012, trecho da ementa.).
Ademais, verifico que as insurgências deduzidas nas razões do presente recurso também não guardam congruência com a decisão recorrida.
Por tal motivo, cuidando-se de argumentos dissociados da decisão, o recurso não pode ser conhecido, por violar o princípio da dialeticidade
ou congruência.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Explico.
Como já relatado, a decisão impugnada não tratou da matéria atinente à incompetência da Justiça Estadual, limitando-se a julgar prejudicados
os recursos pela perda superveniente de seus objetos, em razão da prolação da sentença.
> O arrazoado recursal, contudo, em nenhum momento ventila tal assunto - perda superveniente do objeto dos recursos -, pois versa unicamente
sobre a suposta incompetência da Justiça Estadual.
Observa-se, assim, que a Recorrente incorreu no óbice de inadmissibilidade contido no artigo 932, III, do CPC2, segundo o qual não se conhecerá
de recurso "que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida" (grifei).
Acerca do dispositivo, a lição dos professores Fredie Didier Jr. e Leonardo Cunha3, verbis:
...........
(...) Esse inciso III ainda traz uma regra importante: autoriza o relator a não conhecer recurso 'que não tenha impugnado especificamente
os fundamentos da decisão recorrida'. Esse recurso é também inadmissível, por defeito na regularidade formal, mas o legislador resolveu
tornar expressa essa hipótese de inadmissibilidade, generalizando-a para qualquer recurso. Consagra-se entendimento jurisprudencial bem
consolidado. Agora, não há mais dúvida: uma das exigências da regularidade formal dos recursos, própria de um processo cooperativo, é o ônus
de impugnação especificada da decisão recorrida. (...)"
..........
Logo, ante a ausência de prequestionamento dos dispositivos, bem como pelo fato do recurso não ter impugnado especificamente os fundamentos
da decisão recorrida, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Recife, 18 de novembro de 2018.
1Súmula 211. Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo
Tribunal a quo.
2 Art. 932. Incumbe ao relator: (...)
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
3 DIDIER JR., Fredie, CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil: o processo civil nos tribunais, recursos, ações de
competência originária de tribunal e querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal. 13. ed. reform. v. 3 - Salvador: Ed.
JusPodivm, 2016. p. 53.
CARTRIS / DECISÕES / DESPACHOS
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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DECISÃO
Trata-se de Agravo Interno interposto contra decisão que NEGOU SEGUIMENTO ao Recurso Especial manejado pela Sul América Companhia
Nacional de Seguros, com fulcro no artigo 1.030, I, "b" do CPC1, no tocante a pretensão de deslocamento da competência jurisdicional à Justiça
Federal.
Desde logo, observo que a questão supracitada, objeto de análise pelo acórdão (fl. 1.203) e ora impugnada, respectivamente, por Recurso
Especial e pelo presente Agravo Interno, configura matéria repetitiva já decidida pelo C. STJ nos Temas 50 e 51 (EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/
SC) os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
..............
"Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém interesse
jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período compreendido
entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices públicas,
ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo 68), a
CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide.
Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu
interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco
efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva
comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato anterior.
Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente, não poderá
a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC.
(Informação atualizada em 18/08/2016 com transcrição do trecho do voto vencedor proferido pela Min. Nancy Andrighi no julgamento dos segundos
embargos declaratórios em que Sua Excelência estabelece a tese jurídica repetitiva - página 10 - REsp 1091363/SC - DJe de 14/12/2012)." (g.n)
....................
Pois bem.
Na presente hipótese, quando do julgamento do Agravo de Instrumento pela 6ª Câmara Cível deste Tribunal, embora tal preliminar tenha sido
rejeitada - com fundamento no disposto na Súmula 94 do TJPE2 -, não restou demonstrado o preenchimento ou não dos requisitos elencados
no recurso repetitivo supracitado, sendo o acórdão omisso em relação a tal questão.
Dessa forma, apesar desta 1ª Vice-Presidência já ter realizado o juízo de admissibilidade do Recurso Especial, ainda não foram exauridas as
vias ordinárias, motivo pelo qual, no tocante a (in)competência da Justiça Estadual;
(i) TORNO SEM EFEITO a decisão monocrática (fls. 1.728/1.729);
(ii) JULGO PREJUDICADO o Agravo Interno contra ela interposto (fls. 1.732/1.755) e;
(iii) DETERMINO A REMESSA dos autos à 6ª Câmara Cível, mais precisamente ao Relator do Agravo de Instrumento - Des. José Carlos Patriota
Malta -, para eventual juízo de retratação e adequação da decisão aos termos do referido recurso repetitivo, em respeito ao disposto no artigo
1.030, II, do CPC3 e aos Temas 50 e 51.
Ao CARTRIS, para adoção das medidas cabíveis.
Publique-se.
Recife, 30 de outubro de 2018.
1 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento:
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
2 Súmula 94. A Justiça Estadual é competente para julgar ações de seguro habitacional.
3 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
II - encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no art. 105, III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão proferido em
Embargos de Declaração, opostos em novos Aclaratórios, na Apelação.
Alega a Recorrente, além da divergência jurisprudencial, que o acórdão atacado violou o disposto nos artigos 1.022, I e II, e 1.026, § 2º, do
CPC/2015, 403, 422 e 884, do CC, e 77 e 79, III, da Lei 8.666/1993.
Declarou que a Recorrida descumpriu contrato firmado após procedimento licitatório para execução de obra remanescente, não podendo paralisá-
la senão mediante prévia autorização judicial (fl. 2.645).
Ademais, insurge-se contra o aresto recorrido em razão do reconhecimento dos danos suportados pela BRASILENCORP (lucros cessantes e
danos morais), em virtude de modificação unilateral do contrato pela Recorrente (fl. 2.576).
Por fim, o aresto recorrido entendeu serem protelatórios os novos Embargos Declaratórios opostos, aplicando-se multa de 1% (um por cento)
sobre o valor atualizado da causa (fl. 2.631-v).
Contrarrazões apresentadas às fls. 2.706/2.735, pugnando pela negativa de seguimento do Recurso Especial.
É o relatório. Decido.
De início, verifico que a Recorrente alega afronta ao disposto no art. 1.022, I e II, do CPC/2015.
No entanto, de acordo com o contido nos autos, não se vislumbra violação ao mencionado artigo, visto que, com clareza e harmonia entre suas
proposições, o acórdão recorrido contém motivação suficiente para justificar o decidido, evidenciando enfrentamento das questões relevantes
para o deslinde da controvérsia levantada na causa.
Ato contínuo, no tocante à suposta ofensa aos demais dispositivos supracitados, observo que o feito encontra óbice nos enunciados das Súmulas
05 e 07 do C. STJ. Isso porque o acórdão recorrido conferiu resolução à lide com base no conjunto fático-probatório dos autos, bem como nas
cláusulas do contrato firmado entre as partes para execução de serviço remanescente de construção e montagem de gasoduto, após realização
de procedimento licitatório.
Como se sabe, em instância excepcional é inadmissível realizar uma nova interpretação da norma diante dos fatos (reexame). No presente
caso, concluir contrariamente aos eventos consignados no acórdão recorrido pressupõe o revolvimento do conjunto fático-probatório, levado
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
em expressa e clara consideração pelo Tribunal de origem para se chegar à conclusão tida por insatisfatória pela Recorrente, não se fazendo
possível a admissão do Recurso.
Vislumbra-se que o aresto atacado entendeu pela ocorrência de danos suportados pela BRASILENCORP em virtude da modificação unilateral
do contrato, estabelecendo-se valores razoáveis e proporcionais aos danos sofridos, sendo a COPERGÁS a única a ser responsabilizada pela
rescisão contratual (fl. 2.640).
Assim, percebe-se que o Recorrente busca utilizar-se desta instância excepcional para revisar questão fática dos autos, reavaliando a
interpretação dada com base nas provas existentes. Ora, as instâncias ordinárias são soberanas quanto ao exame fático-probatório e, uma vez
definido esse contorno, não cabe ao Tribunal Superior rever a matéria.
Destarte, pretende o Recorrente rediscutir por via transversa a matéria de fato já analisada no julgamento do recurso, de modo a ocasionar um
novo juízo de convicção.
Nesse sentido, decidiu o C. STJ:
..........
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. RESCISÃO CONTRATUAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC
NÃO CARACTERIZADA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. SISTEMA DA PERSUASÃO RACIONAL. REEXAME DO
CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 5 E 7 DO STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Cobrança ajuizada pela CDHU, ora recorrida, pretendendo a condenação da empresa recorrente ao
pagamento de multa, decorrente de rescisão de contrato administrativo, por inexecução parcial.
2. Deve ser rejeitada a alegada violação do art. 535 do CPC, na medida em que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide, fundamentando
seu proceder de acordo com os fatos apresentados e com a interpretação dos regramentos legais que entendeu aplicáveis, demonstrando as
razões de seu acórdão.
3. O STJ tem entendimento firmado no sentido de que não há cerceamento de defesa quando o julgador considera desnecessária a produção
de prova ou suficientes as já produzidas, mediante a existência nos autos de elementos bastantes para a formação de seu convencimento.
4. Sabe-se que no sistema da livre persuasão racional, o juiz é o destinatário final da prova, cabendo-lhe decidir quais elementos são necessários
para o julgamento, ante sua discricionariedade de indeferir pedido de produção de provas ou desconsiderar provas inúteis, consoante o teor dos
artigos 130 e 131 do CPC/73.
5. Hipótese em que o acórdão recorrido concluiu que as provas documentais carreadas aos autos eram suficientes para o deslinde da controvérsia.
Logo, não há falar em cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide.
6. A reversão do entendimento firmado ensejaria, necessariamente, o reexame dos aspectos concretos da causa e das cláusulas do contrato
administrativo firmado entre as partes, o que é vedado, no âmbito do Recurso Especial, de modo que atrai a incidência das Súmulas 5 e 7/STJ.
7. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido.
(REsp 1666263/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/06/2017, DJe 19/06/2017)
..........
Acerca da condenação por lucros cessantes em razão de descumprimento contratual, especificamente, observe-se o recente posicionamento
do Colendo Tribunal Superior:
..........
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. RESCISÃO BILATERAL. DEMANDA QUE VISA INDENIZAÇÃO
PELOS PREJUÍZOS CAUSADOS PELA INEXECUÇÃO DO CONTRATO. FUNDAMENTO NÃO ATACADO. SÚMULA 283/STF. LUCROS
CESSANTES. NECESSIDADE DE REEXAME DOS ASPECTOS CONCRETOS DA CAUSA E DAS CLÁUSULAS DO CONTRATO. INCIDÊNCIA
DAS SÚMULAS 5 E 7/STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Cobrança c/c Indenização ajuizada pela recorrente, pretendendo a condenação da recorrida ao pagamento
de indenização por danos emergentes e lucros cessantes decorrente de rescisão de contrato administrativo.
2. Sobre a matéria, o Tribunal de origem consignou (fls. 256-257, e-STJ): "3. Como se não bastasse o acima exposto, a partir da constatação da
inviabilidade financeira do referido empreendimento habitacional houve a elaboração do Termo de Rescisão Contratual n° 0739/13, cujas partes
(autor e ré) anuíram de comum acordo com o término do contrato e a respectiva devolução dos valores pagos a titulo de seguro garantia e ART dos
responsáveis técnicos: (...). Desta forma, ante o termo de rescisão, que não foi unilateral, mas firmado pelas duas partes, sem qualquer respaldo
fático no pleito da apelante de ressarcimento por perdas e danos (valores de ART e seguro garantia), ante a ciência da devolução de tais valores".
3. Não foi impugnado nas razões do Recurso Especial fundamento capaz de manter, por si, o acórdão recorrido, qual seja, de que, após ter sido
firmado acordo de rescisão bilateral do contrato administrativo, estipulou-se o ressarcimento dos valores requeridos na demanda a título de dano
emergente. Incidência, por analogia, do óbice da Súmula 283/STF.
4. Da leitura das razões do acórdão recorrido depreende-se que as provas carreadas aos autos são insuficientes para determinar os lucros
cessantes. Nesse contexto, a reversão do entendimento firmado enseja o reexame dos aspectos concretos da causa e das cláusulas do contrato
administrativo firmado entre as partes, o que é vedado, no âmbito do Recurso Especial, atraindo a incidência das Súmulas 5 e 7/STJ.
5. Recurso Especial não conhecido.
(REsp 1724393/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2018, DJe 23/05/2018)
..........
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Incide, no caso, o teor do disposto na Súmula 83 do C. STJ, que dispõe: "Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a
orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida."
Ainda, ante o reconhecimento da aplicabilidade da Súmula 07 do STJ e a consequente não admissão do presente Recurso Especial, com base
no artigo 105, III, "a", fica prejudicado o exame do dissídio jurisprudencial invocado com fundamento na alínea "c" do mesmo dispositivo. Veja-
se a jurisprudência:
..........
"DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. VIOLAÇÃO AO ART.
535, II, DO CPC. NÃO-OCORRÊNCIA. PRECATÓRIO. ATRASO NO PAGAMENTO. MULTA COMINATÓRIA. IMPOSIÇÃO PELO JUIZ
DA EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. PRESSUPOSTOS. EXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL
PREJUDICADO. COBRANÇA. EXECUÇÃO POR PRECATÓRIO OU REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. RECURSOS ESPECIAIS
CONHECIDOS E IMPROVIDOS. [...] 4. O não-conhecimento do recurso especial pela alínea "a" do permissivo constitucional, em face da
incidência da Súmula 7/STJ, prejudica o exame do dissídio jurisprudencial. Precedente do STJ. [...] 7. Recursos especiais conhecidos e
improvidos".
(REsp 1011849/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, julgado em 23/06/2009, DJe 03/08/2009)
..........
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DESPACHO
Analisando os autos, verifico que a presente Comissão Processante, designada por meio da Portaria nº 265/2018-
CGJ (fls.33/34), encontra-se com prazo de conclusão dos trabalhos expirado.
Isso posto, remetam-se os autos ao Exmo. Sr. Dr. Corregedor Geral da Justiça deste Estado para adoção das
medidas cabíveis.
CONCLUSÃO
Nesta data, faço estes autos conclusos ao Exmo Corregedor Geral da Justiça e, para constar, lavrei o presente termo.
Assessor da CGJ
DESPACHO
Providencie-se publicação de nova Portaria em função do término do prazo determinado na Portaria nº 265/2018.
Recife, 03 de dezembro de 2018.
Renova Portaria no Processo Administrativo Disciplinar instaurado com a finalidade de apurar com maior profundidade supostas
irregularidades administrativas.
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O Corregedor Geral da Justiça do Estado de Pernambuco, no uso de suas atribuições legais, especialmente as ditadas nos
artigos 35, 37 e 39 do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, artigos 85 e 86 do Regimento Interno da Corregedoria
Geral da Justiça,
CONSIDERANDO que o prazo para finalização dos trabalhos da Comissão designada na Portaria nº 137/2018 – CGJ encontra-
se expirado;
RESOLVE
Art. 1.º DISSOLVER a Comissão Processante constituída pela Portaria nº 137/2018 – CGJ, tendo em vista o prazo para
conclusão dos respectivos trabalhos da aludida Comissão ter expirado, bem como a imprescindibilidade de realização de diligências destinadas
à instrução pertinente.
Art. 2.º INSTITUIR nova Comissão Processante tripartite formada pelos seguintes membros:
Dr. Marcus Vinícius Nonato Rabelo Torres, Juiz Corregedor Auxiliar da 1ª Entrância – Presidente;
Jaime Barbosa da Fonsêca - matrícula nº 168.545-7;
Keylla Patrícia Lafayete Góes- matrícula nº 182.325-6.
Art. 3.º DESIGNAR como suplente a servidora Ana Neide Leite, matrícula nº 157.696-8, que integrará a Comissão prevista no art. 2.º nas
situações de impedimento de um dos membros designados.
Art. 4.° ASSINALAR o prazo de 60 dias (cf. art. 220 da Lei nº 6.123/68) para a Comissão Processante realizar a apuração dos fatos e indicar
as medidas cabíveis.
DECISÃO/OFÍCIO
Trata-se de Representação por Excesso de Prazo ofertada pelo (...),(...),(...), através do Ofício CR-Crim. n° 15/2018, por meio do qual
encaminha cópia do HC n° (...), em que figura como paciente (...), réu na Ação Penal n° (...), em (...), o qual, segundo noticia o reclamante, é marcado
pela lentidão.
Instado a prestar informações, o (...),(...), justificou as sucessivas redesignações da audiência de instrução e julgamento; esclareceu que a
instrução e julgamento foi concluída em julho de 2017 e informou que determinou a remessa dos autos, no dia 24/07/2018, com vistas ao Ministério Público,
para manifestar-se sobre o pedido de diligências não atendido pela autoridade policial (fls. 76/78).
O (...) exarou paracer opininado pelo arquivamento do presente procedimento (fls. 126/127).
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Assere o (...) que: "Portanto, em tese e a princípio, verifico não haver quqlquer indício de irregularidade na (...), visto que a condução do
processo objeto da presente reclamação está se dando dentro da normalidade, levando-se em conta a quantidade de feitos que ali tramitam, assim como
as acumulações a que responde o (...). Considerando o princípio da razoabilidade, há que se levar em conta, dentre outros fatores, a complexidade do
processo em tela e o excesso de demanda judicial".
De fato, verifico que o processo se mostrou complexo, sendo necessárias diversas expedições de cartas precatórias, bem como realizados
inúmeros pedidos de diligência pelo Parquet , o que dificultou a celeridade desejada, demonstrando que o retardo processual se deveu a questões alheias
à atividade judicante.
Acrescente-se que o processo foi recentemente movimentado (08/11/2018), estando concluso para sentença.
Diante deste quadro, considerando que o andamento processual foi devidamente regularizado, com a conclusão da instrução criminal,
estando no aguardo da prolação de sentença, e que não restou caracterizado nos autos sequer indícios do cometimento de infração dos deveres da (...)
pelo (...),(...) , determino o arquivamento deste procedimento, nos termos do art. 9º, §2º, da Resolução nº 135/2015 do Conselho Nacional de Justiça.
Publique-se, com supressão do nome e Juízo de atuação dos envolvidos, dando-se conhecimento aos
interessados acerca do conteúdo da presente decisão.
Cópia desta decisão servirá como ofício.
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ÓRGÃO ESPECIAL
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EM SESSÃO ORDINÁRIA DO ÓRGÃO ESPECIAL, REALIZADA NO DIA
03.12.2018, ÀS 14H, INICIALMENTE SOB A PRESIDÊNCIA DO EXMO. DES. CÂNDIDO SARAIVA E, APÓS, SOB A PRESIDÊNCIA DO EXMO.
DES. ANTENOR CARDOSO, ESTANDO PRESENTES OS EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES JOSÉ FERNANDES DE
LEMOS, BARTOLOMEU BUENO, JOVALDO NUNES, FREDERICO NEVES, LEOPOLDO RAPOSO, MARCO MAGGI (SUBST. O EXMO. DES.
FERNANDO FERREIRA), ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FERNANDO CERQUEIRA), FERNANDO MARTINS, ANTÔNIO
DE MELO E LIMA (SUBST. O EXMO. DES. ADALBERTO MELO), FRANCISCO BANDEIRA, FRANCISCO TENÓRIO, ROBERTO MAIA,
ANDRÉ GUIMARÃES, EVANDRO MAGALHÃES, CARLOS MORAES E FÁBIO EUGÊNIO DANTAS; PRESENTE, AINDA, A PROCURADORA
DE JUSTIÇA EXMA. DRA. TATIANA SOUZA LEÃO ARAÚJO, REPRESENTANDO A PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA; AUSENTES,
JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS. DESEMBARGADORES EDUARDO PAURÁ E CLÁUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES.
JONES FIGUEIRÊDO); PROFERIU AS SEGUINTES DECISÕES ADMINISTRATIVAS:
1. Recurso Administrativo no Procedimento Preliminar Prévio nº 455/2018 – CGJ (Tramitação nº 645/2018). Origem: Corregedoria Geral
da Justiça. Tipo: Recurso Administrativo em Procedimento Preliminar Prévio. Recorrente: Manuel José da Silva Filho. Advogados: Carlos
Alberto Bezerra de Queiroz Filho – OAB/PE 26.727 e outro. Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Relator: Exmo. Des
. Adalberto de Oliveira Melo, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. ADIADO EXPRESSAMENTE PARA A SESSÃO
DE 10.12.2018.
2. Processos SEI nº 00018543-79.2018.8.17.8017 e 29315-23.2018.8.17.8017. Origem: Corregedoria Geral da Justiça. Interessado: Instituto
de Protesto – IEPTB – PE. Objeto: Proposta de Provimento Conjunto - que dispõe sobre a autorização para que os Tabelionatos de Protesto
realizem convênios de cooperação técnica, dispensando o depósito prévio dos emolumentos e demais despesas devidas, previstas na Lei
Estadual de Custas e Emolumentos do Estado de Pernambuco. Altera o artigo 147 do Provimento nº 20 de 20/11/2009 que dispõe sobre o
Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registro do Estado de Pernambuco. Relator: Exmo. Desembargador Fernando Cerqueira
Norberto dos Santos, Corregedor Geral da Justiça. ADIADO O JULGAMENTO NA SESSÃO DO DIA 24.09.18 , A PEDIDO DE VISTA DO
EXMO. DES. FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, APÓS O VOTO DO RELATOR, EXMO. DES. DES. FERNANDO CERQUEIRA (CORREGEDOR
GERAL DA JUSTIÇA), APROVANDO O PROVIMENTO, NO QUE FOI ACOMPANHADO PELO EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS.
AGUARDAM A APRESENTAÇÃO DO VOTO VISTA, OS EXMOS. DESEMBARGADORES CARLOS MORAES, EVANDRO MAGALHÃES,
ANDRÉ GUIMARÃES, CLAUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO TENÓRIO), FRANCISCO BANDEIRA, ANTÔNIO
DE MELO E LIMA, FERNANDO MARTINS, EDUARDO PAURÁ, FREDERICO NEVES, JOVALDO NUNES, BARTOLOMEU BUENO E
JONES FIGUEIRÊDO. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS DESEMBAGADORES PATRIOTA MALTA (SUBST. O EXMO. DES.
LEOPOLDO RAPOSO), ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. CÂNDIDO SARAIVA), FERNANDO FERREIRA E ADALBERTO MELO
(PRESIDENTE). ADIADO O JULGAMENTO NA SESSÃO DO DIA 29.10.18 , EM FACE DO PEDIDO DE VISTA DO RELATOR, EXMO.
DES. FERNANDO CERQUEIRA (CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA), PARA NOVO EXAME E APRESENTAÇÃO DE ALTERNATIVAS
ACERCA DO PROVIMENTO QUE ESTÁ EM DISCUSSÃO, APÓS O VOTO VISTA DO EXMO. DES. FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, PELA
REJEIÇÃO DA PROPOSTA, E DO VOTO DO EXMO. DES. BARTOLOMEU BUENO PELA APROVAÇÃO DA PROPOSTA, ACOMPANHADO
O EXMO. DES. RELATOR. AGUARDAM A APRESENTAÇÃO DO VOTO VISTA, OS EXMOS. DESEMBARGADORES CARLOS MORAES,
EVANDRO MAGALHÃES, ANDRÉ GUIMARÃES, CLAUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO TENÓRIO), ANTENOR
CARDOSO, FRANCISCO BANDEIRA, ANTÔNIO DE MELO E LIMA, FERNANDO MARTINS, EDUARDO PAURÁ, FREDERICO NEVES,
JOVALDO NUNES E JONES FIGUEIRÊDO. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS DESEMBAGADORES ANDRÉ GUIMARÃES,
CLAUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO TENÓRIO), PATRIOTA MALTA (SUBST. O EXMO. DES. LEOPOLDO
RAPOSO), ANTÔNIO DE MELO E LIMA, EDUARDO PAURÁ, FERNANDO FERREIRA E ADALBERTO MELO (PRESIDENTE). NA SESSÃO
DE 26.11.2018 , PRESENTES OS EXMOS. DESEMBARGADORES CÂNDIDO SARAIVA (PRESIDENTE), EDUARDO PAURÁ, LEOPOLDO
RAPOSO, MARCO MAGGI (SUBST. O EXMO. DES. FERNANDO FERREIRA), FERNANDO CERQUEIRA (RELATOR), FERNANDO MARTINS,
ANTÔNIO DE MELO (SUBST. O EXMO. DES. FREDERICO NEVES) , ANTENOR CARDOSO, FAUSTO CAMPOS (SUBST. O EXMO. DES.
JOVALDO NUNES), FRANCISCO TENÓRIO, ANTÔNIO CARLOS ALVES (SUBST. O EXMO. DES. BARTOLOMEU BUENO), JOSÉ IVO
GUIMARÃES (SUBST. O EXMO. DES. ADALBERTO MELO), ROBERTO MAIA, STÊNIO NEIVA (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO
BANDEIRA), ANDRÉ GUIMARÃES, EVANDRO MAGALHÃES E FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, APÓS A PROPOSTA DO RELATOR, EXMO.
DES. FERNANDO CERQUEIRA, NO SENTIDO DE APROVAÇÃO DO PROVIMENTO COM AS ALTERAÇÕES PROPOSTAS, MANTEVE A
RECUSA AO PROVIMENTO O EXMO. DES. FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, FICANDO A CONCLUSÃO DO JULGAMENTO ADIADA PARA O
DIA 10.12.2018 . AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS. DESEMBARGADORES JORGE AMÉRICO LIRA (SUBST. O EXMO. DES.
CARLOS MORAES), ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS) E JONES FIGUEIRÊDO .
3. Recurso Administrativo na Representação por Excesso de Prazo nº 000091-73.2017.8.17.8017. Origem: Corregedoria Geral da
Justiça. Tipo: Recurso Administrativo em Representação por Excesso de Prazo. Representante: Lisiane Anzzulin Ayub – OAB/RS 21.129.
Representado: Juízo de Direito da 18ª Vara Cível da Comarca da Capital. Relator: Exmo. Des. Fernando Cerqueira Norberto dos Santos,
Corregedor Geral da Justiça. ADIADO EXPRESSAMENTE PARA A SESSÃO DE 10.12.2018.
4. Processo nº 009/2018 – COJURI. Origem: Comissão de Organização Judiciária e Regimento Interno. Tipo: Projeto de Resolução. Objeto:
Dispõe sobre a revogação do parágrafo único do art. 1º da Resolução nº 385, de 09 de junho de 2016 do Órgão Especial, dando-lhe nova redação.
Relator: Exmo. Des. José Ivo de Paula Guimarães. ADIADO EXPRESSAMENTE PARA A SESSÃO DE 10.12.2018.
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Secretario Judiciário
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
Secretaria Judiciária Emitido em 21-11-2018
Resenha de Julgamento do dia 26/11/2018
Sessão Ordinária - Órgão Especial / Presidência / Vice-Presidência
Sob a presidência do Exmo. Des. Cândido Saraiva, estando presentes os Excelentíssimos Senhores
Desembargadores Eduardo Paurá, Leopoldo Raposo, Marco Maggi (subst. o Exmo. Des. Fernando Ferreira),
Fernando Cerqueira, Fernando Martins, Antônio de Melo e Lima (subst. o Exmo. Des. Frederico Neves),
Antenor Cardoso, Fausto Campos (subst. o Exmo. Des. Jovaldo Nunes), Francisco Tenório, Antônio Carlos
Alves (subst. o Exmo. Des. Bartolomeu Bueno), José Ivo Guimarães (subst. o Exmo. Des. Adalberto Melo),
Roberto Maia, Stênio Neiva (subst. o Exmo. Des. Francisco Bandeira), André Guimarães, Evandro Magalhães
e Fábio Eugênio Dantas; presente, ainda, o Procurador de Justiça, Exmo. Dr. Fernando Antônio Carvalho
Ribeiro Pessoa, representando a Procuradoria Geral de Justiça; ausentes, justificadamente, os Exmos.
Desembargadores Jones Figueirêdo, Alberto Virgínio (subst. o Exmo. Des. José Fernandes de Lemos) e
Jorge Américo (subst. o Exmo. Des. Carlos Moraes); realizou-se em 26 de novembro de 2018 mais uma
Sessão Ordinária do Órgão Especial, secretariada pelo Bel. Carlos Gonçalves da Silva, dando-se os seguintes
julgamentos:
__________________________________________________________________________________________
Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
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Agravte : E. P.
Procdor : L. S. F.
Agravdo : F. A. S. F.
Advog : Alice Silva das Chagas
: Paula Cristina Moraes de Oliveira
Agravdo : M. P. P.
Subproc : C. V. A. A.
Relator : Des. Adalberto Melo - Presidente
Adiado : PROCESSO EXPRESSAMENTE ADIADO PARA A SESSÃO A SER REALIZADA NO
DIA 10.12.2018.
Exceção de Incompetência
Embargos de Declaração no Agravo nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Mandado de Segurança
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Procedimento Ordinário
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Mandado de Segurança
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Agravo na Apelação
Embargos de Declaração no Agravo nos Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Agravo no Agravo de Instrumento
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Embargos de Declaração no Agravo nos Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração na Apelação
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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
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Embargos à Execução
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Apelação
Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
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Mandado de Injunção
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Agravo de Instrumento
Mandado de Segurança
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Agravo na Apelação
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Agravo na Apelação
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Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
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Agravo na Apelação
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Mandado de Segurança
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Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
Advogado#Ordem Processo
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
ÓRGÃO ESPECIAL
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 517880-9
IMPETRANTE: JOSÉ MARCOS FALCÃO DE MELO
IMPETRADOS: PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO E OUTRO.
RELATOR: LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de Mandado de Segurança impetrado contra Ato do Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco e do Des. Jorge Américo Pereira
de Lira.
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Relata o impetrante que participou do concurso público para preenchimento de cargos de provimento efetivo do quadro do Tribunal de Justiça
de Pernambuco, conforme edital nº 001/2017.
Pretende que seja reconhecida a conduta omissiva dos impetrados no sentido de dar seguimento ao ato homologatório do certame público.
Argumenta que a conduta omissiva fere seus direitos quanto ao regular andamento do certame público e atinge a garantia constitucional da
razoável duração do processo administrativo, tendo em vista que a homologação do concurso público é ato vinculado.
Ao final, requer o impetrante, em sede liminar, a determinação para que os impetrados forneçam informações atualizadas a respeito das
pendências administrativas porventura existentes quanto à homologação do certame por meio do site da Banca Examinadora e do Diário de Justiça
Eletrônico e, no mérito, a concessão da segurança, determinando-se que os impetrados realizem os procedimentos necessários à homologação
do Concurso Público para preenchimento de cargos de provimento efetivo do quadro do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
DECIDO.
O artigo 7º da Lei 12.069/2009 prevê a possibilidade de concessão de medida liminar em mandado de segurança, desde que presentes os
requisitos legais (fumus boni iuris e periculum in mora).
Concretamente, não vislumbro elementos a justificar a medida, já que o aguardo da oitiva dos impetrados não coloca em risco a sua eficácia. Por
outro lado, em um juízo sumário, percebo que a matéria em discussão demanda cognição mais aprofundada, inviável nesta oportunidade.
Solicitem-se informações às autoridades apontadas como coatoras, nos termos do art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009.
Oficie-se à Procuradoria-Geral do Estado para os fins do art. 7º, II, do mesmo diploma legal.
Publique-se e intimem-se.
101
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OBSERVAÇÕES:
(*) Processos Redistribuídos no mês ao Relator da Turma Estadual de Uniformização de Jurisprudência;
(**) Processos do Gabinete que encontram-se com movimentação de SOBRESTAMENTO;
(***) Processos Arquivados ou Baixados no mês.
102
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Ementa: Substituição e dispensa temporária de servidores na composição do Grupo de Trabalho em atuação na Distribuição de Cartas Precatórias
no Processo Judicial Eletrônico – PJe, vinculado à Diretoria do Foro da Capital.
O Ilustríssimo Sr. Diretor Geral, Ricardo Mendes Lins, no uso de suas atribuições, conferidas por delegação da presidência (Portaria Nº 08/2018,
publicada no DJe Edição Nº 26/2018, de 06/02/2018),
CONSIDERANDO a edição do Ato nº 2705/2018, no DJe do dia 21/09/2018;
CONSIDERANDO o resultado do Edital nº 69/2018 – SGP, de 26/10/2018, publicado no DJe do dia 05/11/2018;
CONSIDERANDO a solicitação encaminhada, por meio do SEI epigrafado, pelo Chefe de Secretaria da Central de Cartas de Ordem, Precatória
e Rogatória da Capital,
RESOLVE:
Art. 1º. Dispensar a servidora LESLIE CARON SANTANA DE OLIVEIRA, matrícula 1873563, do grupo de trabalho em atuação na Distribuição
de Cartas Precatórias no Processo Judicial Eletrônico – PJe, vinculado à Diretoria do Foro da Capital, apenas no período de 22/11 a 21/12/2018,
por motivo de designação para substituir Chefe de Secretaria no referido período.
Art. 2º. Substituir, no grupo de trabalho em atuação na Distribuição de Cartas Precatórias no Processo Judicial Eletrônico – PJe, vinculado à
Diretoria do Foro da Capital, o servidor EUDSON DE ALMEIDA CARLOS, Matrícula nº 125.431-6, pelo servidor ISNALDO CONSTANTINO DA
SILVA, Matrícula nº 48.432-6.
Art. 3º. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Recife, 29 de novembro de 2018.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3366/18 - SGP - designar CARLA ALESSANDRA VIANA CAVALCANTI, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1817710, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) ARCOVERDE/2ª V CIV, no período de
02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3367/18 - SGP - designar JOSE MURILO DE OLIVEIRA NETO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1837842, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da Diretoria das Varas de Família, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019,
em virtude de férias do titular.
Nº 3368/18 - SGP - designar PAULO EDUARDO FERREIRA CALADO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1761315, para responder pela
função gratificada de CHEFE DE SECRETARIA ADJUNTO / FGCSJ-2, da 24ª Vara Cível da Capital, Seção A, no período de 03/01/2019 a
01/02/2019 em virtude de férias do titular.
Nº 3369/18 - SGP - designar MARIA CRISTINA DE LIMA ALBUQUERQUE, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1769111, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) VICENCIA/VU, no período de 22/11/2018 a 21/12/2018,
em virtude de licença médica do titular.
Nº 3370/18 - SGP - designar DILMA NUNES XAVIER, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1021087, para responder pela função gratificada
de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do 3º PARTIDOR DA CAPITAL, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude
de férias do titular.
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Nº 3371/18 - SGP - designar ISABELA NOVAES ARAUJO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1863720, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) FLORESTA/VU, no período de 07/01/2019 a 05/02/2019, em virtude
de férias do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3372/18 - SGP - designar JANAINA LUCIA LOUREIRO DE FREITAS, ANALISTA JUD/FUNCAO JUD - APJ, matrícula 1844784, para responder
pela função gratificada de SUPERVISOR PROCESSAMENTO REMOTO/FGSPR, da Diretoria Cível do 1º Grau, no período de 04/12/2018 a
18/12/2018, em virtude de férias do titular.
Nº 3373/18 - SGP - designar RAQUEL FERREIRA DOS SANTOS NIPPO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1872494, para responder pela
função gratificada de DIRETOR EXEC DIR PROC REMOTO/FGDEPR, da Diretoria Cível do 1º Grau, no período de 04/12/2018 a 18/12/2018,
em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
Nº 3374/18 - SGP - designar LEILA DANIELA DOS SANTOS SIQUEIRA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1839586, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do ARCOVERDE/CEJUSC, no período de 04/12/2018 a
14/12/2018, em virtude de férias do titular.
Nº 3375/18 - SGP - designar KARLA ALESSANDRA PEREIRA DA COSTA CRUZ, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1855018, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) PAULISTA/1º JUIZADO CIV CONSU, no
período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3376/18 - SGP - designar WILLIAM CAMPOS ALBUQUERQUE CANCADO, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1832000,
para responder pela função gratificada de DISTRIBUIDOR/FUNCAO GERENCIAL JUD/FGJ-1, da OLINDA/DIST, no período de 03/12/2018 a
21/12/2018, em virtude de férias do titular.
Nº 3377/18 - SGP - designar CRISTIANA MENEZES DE GODOY E VASCONCELOS, ANALISTA JUD/FUNCAO JUD - APJ, matrícula 1854577,
para responder pela percepção da REPRESENTACAO DE GABINETE/RG-3, do Gabinete do Desembargador Alberto Nogueira Virginio, no
período de 22/11/2018 a 19/02/2019, em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3378/18 - SGP - designar ANA CAROLINA GOMES MENDONCA ALEXANDRE, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1846027, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da JABOATAO/1ª V FAM REG CIV, nos períodos de
02/01/2019 a 04/01/2019, 07/01/2019 a 05/02/2019 e 06/02/2019 a 08/02/2019, em virtude de licença eleitoral, férias e licença eleitoral do titular.
Nº 3379/18 - SGP – retificar o Ato Nº3317/18 – SGP, publicado no DJE dia 29/11/18, referente a ADRIANA FREIRE DE MORAES, Oficial de Justiça
- PJ-III, matrícula 1756630, para onde se lê: para exercer a função gratificada de Chefe do Núcleo de Distribuição de Mandados/ FGNDM-1,
da Comarca de Olinda; leia-se: para exercer a função gratificada de Chefe do Núcleo de Distribuição de Mandados/ FGNDM-1, da Comarca de
Olinda, a partir de 03/12/2018.
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Nº 3380/18 - SGP - designar MAGALI BORBA RAMOS, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1209043, para responder pela função gratificada
de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 4ª V FAZ PUBLICA CAPITAL, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude
de férias do titular.
Nº 3381/18 - SGP - designar FABIANA PAIVA DOS SANTOS, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1873636, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da MORENO/1ª V CIV, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude
de férias do titular.
Nº 3382/18 - SGP - designar MICHEL DA SILVA FARIAS, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1813927, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do 4º JUIZADO ESP FAZ PUB, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019,
em virtude de férias do titular.
Nº 3383/18 - SGP - designar LESLIE CARON SANTANA DE OLIVEIRA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1873563, para responder pela
função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 8ª V FAZ PUBLICA CAPITAL, no período de 22/11/2018 a
21/12/2018, em virtude de licença médica do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3384/18 - SGP - designar HILA MARIA BARBOSA DE MELO SILVA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1761757, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) SAO JOSE DA COR GRANDE/VU, nos períodos de
19/11/2018 a 18/12/2018, 19/12/2018 a 21/12/2018 e 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de licença prêmio, licença eleitoral e férias do titular.
Nº 3385/18 - SGP - designar ROSEANE MARIA DOS SANTOS LIMA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1854330, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) VITORIA/JUIZADO CIV REL CONSU, no período de
02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3386/18 - SGP - designar VANIA CAMPELO LOUREIRO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1763440, para responder pela função
gratificada de FUNCAO GERENCIAL JUDICIARIA/FGJ-1, da DIRETORIA DO FORO DA CAPITAL, no período de 22/11/2018 a 21/12/2018, em
virtude de férias do titular.
Nº 3387/18 - SGP - designar URUBATAN JOSE MALTA CARDOSO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1837214, para responder pela
função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da OLINDA/4ª V CIV, no período de 25/10/2018 a 08/12/2018, em
virtude de licença médica do titular.
Nº 3388/18 - SGP - designar NADJA SOARES DE LIMA SILVA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1869760, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 1ª V SUCES REG PUB CAPITAL , no período de 02/01/2019 a
31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3389/18 - SGP - designar POLLYANA DE SOUSA DANDA MELO, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1859366, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da TAQUARITINGA DO NORTE/VU, no período de 22/11/2018
a 21/12/2018, em virtude de férias do titular.
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O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3390/18 - SGP - designar ERIKA SOARES MULATINHO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1859196, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I do(a) 3ª V FAZ PUBLICA CAPITAL, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019,
em virtude de férias do titular.
Nº 3391/18 - SGP - designar PAULO ANDRE DA SILVEIRA TEIXEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1864637, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) VITORIA/2ª V CRIM, nos períodos de 22/10/2018 a
21/11/2018 e 02/01/2019 a 19/04/2019, em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
Nº 3392/18 - SGP - designar CAMILA CHARLEIDE AGUIAR SILVA CAVALCANTI, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1854704, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I do 14º Juizado Especial Cível e das Relações de
Consumo da Capital, no período de 05/11/2018 a 05/12/2018, em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3393/18 - SGP - designar DIOGO RICHARDSON E SILVA NASCIMENTO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852930, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) AFOGADOS DA INGAZEIRA/V CRIM, no período de
07/01/2019 a 05/02/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3394/18 - SGP - designar LUCAS JONATAS VIEIRA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852957, para responder pela função gratificada
de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I do(a) AFOGADOS DA ING/V RE INF 13C, no período de 07/01/2019 a 05/02/2019,
em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
Nº 3395/18 - SGP - designar SAVIO SOARES LEANDRO DE OLIVEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1750240, para responder pela
função gratificada de DISTRIBUIDOR/FUNCAO GERENCIAL JUD/FGJ-1 do(a) CAMOCIM DE SAO FELIX/DIST, no período de 22/10/2018 a
19/04/2019, em virtude de licença maternidade do titular.
Nº 3396/18 - SGP - designar ROBERTO GONCALVES DE SOUZA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1845772, para responder pela
função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 2ª V EXEC TITULOS EXTRAJUDIC, no período de 02/01/2019
a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Ementa: Incluir servidora na composição do Grupo de Trabalho em atuação no 1º Colégio Recursal Cível.
O Dr. Ricardo Mendes Lins , Diretor Geral do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, no uso dos poderes conferidos por delegação da
Presidência (Portaria nº 08/2018, publicada no DJe Edição nº 26/2018 do dia 06/02/2018),
CONSIDERANDO a instituição d o Grupo de Trabalho do 1º Colégio Recursal da Capital, pelo Ato nº 822, de 16/08/2016;
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CONSIDERANDO a prorrogação efetuada pelo Ato nº 1595/2018, de 09/05/2018, que estendeu sua atuação até 08/01/2019;
CONSIDERANDO a solicitação do Excelentíssimo Juiz Presidente do I Colégio Recursal Cível da Capital, Dr. SERGIO PAULO RIBEIRO DA
SILVA por meio do Requerimento SEI nº 0281815, datado de 01/11/2018,
RESOLVE:
Art. 1º. Incluir, no grupo de trabalho em atuação no 1º Colégio Recursal Cível a servidora MARIA DA CONCEICAO BORGES DE MORAIS,
matrícula nº 184530-6, a partir da data de publicação deste Ato.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº3400/18 - SGP - designar RAFAEL CAMPELLO MELO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1838890, para responder pela função
gratificada de CONCILIADOR JUIZADO/FGCJ-1, do 8º JUIZADO ESP CIV REL CONSU, no período de 25/09/2018 a 23/03/2019, em virtude
de substituição em outra função/comissionado do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3401/18-SGP – dispensar AMÓS RODRIGUES DE MELO NASCIMENTO, Analista Judiciário/APJ/Função Judiciária, matrícula 1870904, da
percepção da Representação de Gabinete/RG-3, do Gabinete do Desembargador Evio Marques da Silva.
Nº 3402/18-SGP – dispensar BRUNO LISANDRO DE ARAÚJO, Analista Judiciário/APJ/Função Administrativa, matrícula 1858491, da percepção
da Representação de Gabinete/RG-3, do Gabinete do Desembargador Honório Gomes do Rego Filho.
Nº 3403/18-SGP – designar BRUNO LISANDRO DE ARAÚJO, Analista Judiciário/APJ/Função Administrativa, matrícula 1858491, para perceber
a Representação de Gabinete/RG-3, do Gabinete do Desembargador Evio Marques da Silva.
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O ILMO. SR. RICARDO MENDES LINS, DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, CONFORME
DELEGAÇAO CONFERIDA PELA PORTARIA Nº 57/2016, EXAROU NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE
05.12.2018, OS SEGUINTES DESPACHOS:
Requerimento (Processo SEI nº 00036504-55.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Paulo Henrique Martins Machado – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Considerando os termos do Ato nº 1068/18, de 17 de agosto de 2018, publicado no DJ-e de 20/08/2018 e da Portaria nº 36,
de 03/09/2018, publicada no DJe de 05/09/2018, que relacionaram o Exmo. Dr . Paulo Henrique Martins Machado , Juiz de Direito do 10º
Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Capital, para Integrar como membro titular o Mutirão Eletrônico de Sentenças da
5ª Semana Pernambucana em Apoio ao Idoso em diversos Juizados Especiais Cível e das Relações de Consumo das Comarcas de
Paulista e Limoeiro , com jurisdição plena e exercício cumulativo, defiro o pedido de pagamento referente ao mês de novembro/2018, com
respaldo na Certidão da Coordenadoria dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e Fazendários, fornecida pelo Servidor Rodrigo Ferreira Lins -
Técnico Judiciário, confirmando o atendimento da Meta estabelecida (Art. 8º, §2º do Ato nº 1068/2018).”
Requerimento (Processo SEI nº 00038120-56.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Sérgio José Vieira Lopes – ref. pagamento de verba indenizatória:
“Considerando os termos do Ato nº 1068/18, de 17 de agosto de 2018, publicado no DJ-e de 20/08/2018 e da Portaria nº 36, de 03/09/2018,
publicada no DJe de 05/09/2018, que relacionaram o Exmo. Dr . Sérgio José Vieira Lopes , Juiz de Direito do 4º Juizado Especial Cível e
das Relações de Consumo da Comarca da Capital, para Integrar como membro titular o Mutirão Eletrônico de Sentenças da 5ª Semana
Pernambucana em Apoio ao Idoso em diversos Juizados Especiais Cível e das Relações de Consumo das Comarcas de Paulista e
Limoeiro , em jurisdição plena e exercício cumulativo, defiro o pedido de pagamento referente aos 30 (trinta) dias referenciados (novembro/2018),
com respaldo na Certidão da Coordenadoria dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e Fazendários, fornecida pelo Servidor Rodrigo Ferreira
Lins - Técnico Judiciário, confirmando o atendimento da Meta estabelecida (Art. 8º, §2º do Ato nº 1068/2018).”
Ofício nº 032/2018 (Processo SEI nº 00028972-04.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Sandra de Arruda Beltrão Prado - ref. pagamento de verba
indenizatória: “O Núcleo de Controle Funcional de Magistrados informa que a verba por exercício cumulativo já foi lançada e paga no mês de
outubro de 2018, então arquive-se com as cautelas de estilo.”
Requerimento – (SEI nº 00036822-63.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Paulo Ricardo Cassaro dos Santos – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Ante a informação, defiro o pedido de pagamento pro rata tempore da verba de diferença de entrância, formulado pelo Exmo.
Dr. Paulo Ricardo Cassaro dos Santos, Juiz da Comarca de Trindade de 1ª Entrância, pelo exercício cumulativo, na condição de auxiliar, na 2ª
Vara da Comarca de Ouricuri de 2ª Entrância, referente aos meses de SETEMBRO/18 e NOVEMBRO/2018, este último correspondente ao
período de 01 a 18/11/18, na condição de auxiliar, até ulterior deliberação atentando para o limite legal”.
Requerimento – (SEI nº 00034511-86.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. Sérgio José Vieira Lopes – ref. pagamento de verba indenizatória:
“ Defiro o pedido de pagamento pro rata tempore formulado pelo Exmo. Dr. Sérgio José Vieira Lopes, referente à acumulação junto ao 3ª
Juizado Especial Cível da Comarca do Recife, no período de 10 a 24/10/2018, totalizando 15 dias, durante as férias, nos termos do art. 146,
inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar nº 209/2012, de
01.10.2012, conforme Certidão acostada”.
Requerimento – (SEI nº 00036459-74.2018.8.17.8017 ) – Exma. Dra. Célia Gomes de Morais – ref. pagamento de verba indenizatória: “
Ante a informação, defiro o pedido de pagamento da verba de exercício cumulativo “pro rata tempore”, formulado pela Exma. Dra. Célia Gomes
de Morais, Juiza de Direito de 2ª Entrância, por ter atuado no Polo de Audiências de Custódia, nos termos do Ato nº 1259/18-SEJU, no mês de
outubro/2018, no período de 03 a 31.10.2018. Observe o limite legal”.
Ofício nº 0294790/2018 – (SEI nº 00038100-86.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. Luiz Célio de Sá Leite – ref. pagamento de verba indenizatória:
“ Ante a informação, defiro o pedido de pagamento das verbas de exercício cumulativo “pro rata tempore”, formulado pelo Exmo. Dr. Luiz Célio
de Sá Leite, referente ao exercício junto 1ª Vara Cível da Comarca Gravatá, no período de 19 a 25.11.2018, em virtude das férias do titular,
Exmo. Dr. Luis Vital do Carmo Filho e férias também do 1º Substituto Automático, como também, pela acumulação da 2ª Vara Cível da Comarca
supramencionada, no período de 07 a 25.00.2018, em virtude das férias da titular, Exma. Dra. Brenda Azevedo Paes Barreto. Observe o limite
legal”.
Ofício nº 0268265/2018 – (SEI nº 00032241-96.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. Paulo Roberto de Sousa Brandão – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Considerando a informação do NCFM de que a verba pro rata tempore por exercício cumulativo já foi paga no mês de outubro,
arquive-se com as cautelas de estilo”.
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Requerimento – (SEI nº 00035253-40.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. João Guido Tenório de Albuquerque – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Considerando a informação de que a verba já foi lançada e paga no mês de novembro/2018, arquive-se com as cautelas de estilo”.
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SECRETARIA JUDICIÁRIA
O BEL. CARLOS GONÇALVES DA SILVA, SECRETÁRIO JUDICIÁRIO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO,
EXAROU NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 05.12.2018, OS SEGUINTES DESPACHOS:
E-mail (Processo SEI nº 00038232-82.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Ailton Alfredo de Souza (Juiz Aposentado) – ref. conversão de férias em
pecúnia: “À Consultoria Jurídica.”
Ofício nº 040/2018 (Processo SEI nº 00037881-75.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Sandra de Arruda Beltrão Prado – ref. assunção de exercício
cumulativo junto à 8ª Vara Criminal da Capital, no dia 22.11.2018: “Ante o despacho da Ilma Secretária do Conselho, registre-se e arquive-se.”
Ofício nº 4071/2018 (Processo SEI nº 00037582-87.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Pierre Souto Maior Coutinho de Amorim – ref. anotação
de participação como palestrante em evento do Ministério Público: “ Ao NCFM, para registrar conforme orientação da Corregedoria Geral da
Justiça, em seguida arquive-se.”
Requerimento (Processo SEI nº 00037657-23.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Aline Cardoso dos Santos – ref. abono permanência: “À
Consultoria Jurídica, com a certidão em anexo.”
Requerimento (Processo SEI nº 00035554-25.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Ana Maria da Silva – ref. anotação de tempo de serviço e
contribuição em ficha funcional: “Ao Órgão Consultivo, com a informação e certidão em anexo.”
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SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
Comissão Permanente de Licitação/CPL
AVISO DE JULGAMENTO DE HABILITAÇÃO
TOMADA DE PREÇOS Nº 04/2018 - CPL – Proc.Licitatório nº 157/2018 (LICON)
OBJETO: serviços complementares para os galpões do Almoxarifado e Patrimônio do TJPE, inclusive construção de filtro anaeróbio
para o Fórum de Jaboatão dos Guararapes.
LICITANTE HABILITADA : JACIL SERVIÇOS DE ENGENHARIA EIRELI. LICITANTE INABILITADA por desatendimentos editalícios: CBL
EMPREENDIMENTOS LTDA (itens 7.5.2 “A” e 7.5.3 “A”) , conforme Ata circunstanciada nos autos. Re cife, 05 de dezembro 2018. Maria de Fátima
de Lima Leite – Membro da CPL.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº 1313/18 – lotar DIOGO RICHARDSON E SILVA NASCIMENTO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852930, na Vara Criminal da
Comarca de Afogados da Ingazeira, no período de 07/01/2019 a 05/02/2019.
Nº 1314/18 – lotar DIOGO RICHARDSON E SILVA NASCIMENTO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852930, na Vara Regional da Infancia
e Juventude da 13ª Circunscrição da Comarca de Afogados da Ingazeira, a partir de 06/02/2019.
Nº 1315/18 - lotar SAVIO SOARES LEANDRO DE OLIVEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1750240, na Distribuição da Comarca de
Camocim de São Félix, no período de 22/10/2018 a 19/04/2019.
Nº 1316/18 - lotar SAVIO SOARES LEANDRO DE OLIVEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1750240, na Vara Única da Comarca de
Camocim de São Félix, a partir de 22/04/2019.
Nº 1317/18 – lotar ROBERTO GONCALVES DE SOUZA, TECNICO JUDICIARIO TPJ, matrícula 1845772, na 2ª V EXEC TITULOS EXTRAJUDIC,
no período de 02/01/2019 a 31/01/2019.
Nº 1318/18 – lotar ROBERTO GONCALVES DE SOUZA, TECNICO JUDICIARIO TPJ, matrícula 1845772, na Seção A, da 2ª V EXEC TITULOS
EXTRAJUDIC, a partir de 01/02/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1319/18 – tornar sem efeito a Portaria Nº 1231 /18 , publicada no DJE dia 12/11/2018, referente a RAFAEL CAMPELLO MELO, matrícula
1838890.
Nº1320/18 - lotar RAFAEL CAMPELLO MELO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1838890, no 8º Juizado Especial Cível e das Relações
de Consumo, no período de 25/09/2018 a 23/03/2019.
Nº1321/18 - lotar RAFAEL CAMPELLO MELO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1838890, na Seção B, da 26ª Vara Cível da Capital, a
partir de 25/03/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1322/18 – retificar a Portaria de nº 1061/18, de 21/09/2018, publicada no DJE do dia 24/09/2018, referente a DENISE DE SOUZA MARINHO,
matrícula 1863215, para onde se lê: no período de 17/09/2018 a 16/10/2018, leia-se: no período de 17/09/2018 a 04/04/2019.
Nº1323/18 – tornar sem efeito a Portaria Nº 1062/18, publicada no DJE dia 24/09/2018, referente a DENISE DE SOUZA MARINHO, matrícula
1863215.
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Nº1324/18 - lotar DENISE DE SOUZA MARINHO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1863215, na 6 ª Vara da Fazenda Pública da Capital,
a partir de 05/04/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1325/18 – lotar SILVIA SANTOS SOARES, Técnico Judiciário/TPJ, matrícula 1859382, na 3ª Vara Cível da Comarca do Cabo de Santo
Agostinho, a partir de 02/01/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1326/18 - retificar a Portaria Nº 1300 /18, publicada no DJE dia 04/12/2018, referente a MARCELO GOMES MACENA, matrícula 1785885 ,
para onde se lê: a partir de 10/12/2018; leia-se : a partir de 17/12/2018.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1327/18 – lotar CELINA ALVARENGA DE ALMEIDA, Técnico Judiciário/TPJ, matrícula 1869426, no Gabinete do Desembargador Honório
Gomes do Rego Filho.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº 1328 /18 – lotar BRUNO LISANDRO DE ARAÚJO, Analista Judiciário/APJ/Função Administrativa, matrícula 1858491, n o Gabinete do
Desembargador Evio Marques da Silva.
A Diretora de Desenvolvimento Humano do Tribunal de Justiça de Pernambuco, VALÉRIA TEMPORAL, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pela Resolução 243/2008-TJPE que versa sobre Estágio Probatório, resolve:
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Requerimento SGP Digital n. 37488/2018 - Conceder ao(à) Servidor(a): ANA PAULA ANDRADE DE OLIVEIRA , matrícula 1873946, prazo
até 20/12/2018, para a realização da avaliação da 5ª etapa do estágio probatório. À Unidade de Avaliação do Desempenho para acompanhar
o cumprimento do prazo.
Requerimento SGP Digital n. 37500/2018 - Conceder ao(à) Servidor(a): NELLY CAROLINE SALOMAO DE OLIVEIRA , matrícula 1874837, prazo
até 24/12/2018, para a realização da avaliação da 5ª etapa do estágio probatório. À Unidade de Avaliação do Desempenho para acompanhar
o cumprimento do prazo.
Requerimento SGP Digital n. 37671/2018 - Conceder ao(à) Servidor(a): TARSIANO MORAIS DE OLIVEIRA , matrícula 1873997, prazo até
19/12/2018, para a realização da avaliação da 6ª etapa do estágio probatório. À Unidade de Avaliação do Desempenho para acompanhar o
cumprimento do prazo.
Valéria Temporal
Diretora de Desenvolvimento Humano
DESPACHO
1. Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a requerente epigrafada solicita concessão de abono de permanência.
2. Nesse contexto, a Consultoria Jurídica exarou Parecer, o qual foi ratificado pela Consultora Jurídica, opinando pelo indeferimento da concessão
do abono de permanência, com fundamento na regra do art. 3º da Emenda Constitucional nº 47/05.
3. Em sucessivo, vieram conclusos os presentes autos.
É o relatório. Passo a decidir .
4. O abono de permanência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 41 de 19/12/2003, e consiste no pagamento do valor equivalente ao da
contribuição do servidor para a previdência, a fim de neutralizá-la. O servidor que tenha completado os requisitos para aposentadoria voluntária e
que opte em permanecer em atividade fará jus a um abono permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até completar
as exigências para aposentadoria compulsória.
5. A matéria em debate encontra-se disciplinada na Emenda Constitucional nº 41/2003, no art. 3º da EC 47/05 e no art. 40 da Constituição
Federal de 1988.
6. Depreende-se, então, a par dos preceitos constitucionais apresentados e da análise dos documentos que instruem este processo, que a
requerente somente em 27.06.2019 passará a fazer jus ao abono em epígrafe, quando preencherá todos os requisitos para obter sua
aposentadoria voluntária por tempo de contribuição mínimo.
7. Isso exposto, INDEFIRO o pedido de concessão de abono de permanência, com fundamento na regra do art. 3º da Emenda Constitucional
nº 47/2005, Acórdão nº 1482/2012.
Recife, 30 de novembro de 2018
DESPACHO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
1. Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a requerente, ocupante do cargo de Auxiliar Judiciário – PJ I, matrícula nº 179.314-4, solicita
abono de permanência.
2. Nesse contexto, a Consultoria Jurídica emitiu Parecer, o qual foi ratificado pelo Consultor Jurídico, opinando pelo deferimento do pleito, com
efeitos a partir de 31/01/2014 , tendo em vista haver preenchido todos os requisitos para a concessão de sua aposentadoria voluntária nos
termos do art. 40, §1º, inciso III, alínea “a”, c/c §19, da Constituição Federal.
3. Em sucessivo, vieram conclusos os presentes autos.
É o relatório. Passo a decidir .
4. O abono de permanência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 41 de 19/12/2003, e consiste no pagamento de valor equivalente ao
da contribuição do servidor para a previdência, a fim de neutralizá-la. Assim, o servidor que tenha completado os requisitos para aposentadoria
voluntária e opte em permanecer em atividade fará jus a um abono permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até
completar as exigências para aposentadoria compulsória.
5. Da análise dos autos, constata-se que a requerente faz jus ao pagamento do abono em epígrafe, por haver preenchido todos os requisitos
para obtenção de sua aposentadoria voluntária, a partir de 31/01/2014 , nos termos do art. 40, §1º, inciso III, alínea “a”, c/c §19, da Constituição
Federal.
6. Posto isso, ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o mencionado Parecer da Consultoria Jurídica, acolho a
proposição nele contida para DEFERIR o presente pedido.
Recife, 03 de dezembro de 2018
DESPACHO
Acolho os termos do Parecer de Verificador SEI 0295041, da Consultoria Jurídica, para fins de indeferir o pedido de Abono de Permanência,
nos termos do aludido opinativo.
Recife, 29 de novembro de 2018
DESPACHO
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual Uilna Maria Braga Batista, ocupante do cargo de Assessor Técnico Judiciário – PJC - II, lotada
no Gabinete do Desembargador Waldemir Tavares de Albuquerque Filho, matrícula 186.196-4, solicita reembolso das despesas efetuadas com
a mudança de lotação da Comarca de Caruaru para Recife.
A Consultoria Jurídica exarou o Parecer, o qual foi ratificado pela Consultora Jurídica, opinando pelo deferimento do pleito, com fundamento no
art. 19 da Lei nº 14.454/201.
Ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o Parecer exarado pela Consultoria Jurídica, acolho a proposição nele
contida, para, com fundamento no art. 19 da Lei nº 14.454/2011, deferir o pedido de ressarcimento do valor despendido e efetivamente
comprovado.
Recife, 29 de novembro de 2018
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EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco manifestem opção
pela lotação na 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 22/11/18 a 06/12/2018 os servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, dos
cargos de Auxiliar Judiciário/PJ-I, Técnico Judiciário/TPJ e Analista Judiciário/APJ, este último na função Administrativa e/ou Judiciária, poderão
manifestar opção pela lotação na 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho.
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Comarca do Cabo de Santo Agostinho, para atuação na 1ª Vara Criminal, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário, consideradas
a proporcionalidade entre a distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em unidade judiciária,
inclusive nas hipóteses de optante lotado em Polo diverso que ainda não conte com 3 (três) anos de exercício (art. 7º, última parte da Instrução
Normativa 6 de 11.09.2012, publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados nas Unidades Administrativas, a análise também
será feita observando-se a essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho, deverá ser enviada exclusivamente do e-
mail funcional do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao3@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação constante do Anexo I do presente
Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I); anuência do Gestor da unidade em que atua e se é ou não condicionada à lotação de outro servidor, em substituição ao
interessado (ANEXO II).
III. DA SELEÇÃO:
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro de 2018.
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V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Vagas: 01 (uma);
c) Local: Fórum Dr. Humberto da Costa Soares - Av Presidente Getúlio Vargas, 482 - Centro - CEP: 54505-560 - Telefones: (081)3181-9271;
d) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
e) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
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ABERTURA DE INSCRIÇÕES PARA A SELEÇAO INTERNA VISANDO A LOTAÇÃO NO PROTOCOLO GERAL DO FÓRUM DES. RODOLFO
AURELIANO - PROGEFORO.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da Republica, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
TORNA PÚBLICA a abertura das inscrições visando o preenchimento de 02 (duas) vagas, visando a lotação no Protocolo Geral do Fórum –
Progeforo, de acordo com a LEI Nº 14.454, de 26/10/2011, consoante condições adiante especificadas:
1.1. Público alvo : Servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, exceto: Apoio Especializado e Oficial de Justiça.
1.3. Local de atuação : PROGEFORO - Fórum Des. Rodolfo Aureliano - Av Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Ilha Joana Bezerra - CEP:
50080-900, Telefone: (81) 3181.0000.
2. DAS INSCRIÇÕES:
2.1. As inscrições serão efetuadas exclusivamente pelo e-mail funcional do servidor interessado, dirigido ao e-mail
sgp.ddh.selecao10@tjpe.jus.br , e deverão conter as informações, conforme anexo I.
2.2. Serão válidas as inscrições enviadas do dia 22/11/18 até o dia 06/12/18
3. DA SELEÇÃO:
4. DISPOSIÇÕES GERAIS:
4.1. Considerando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado
4.2. Serão canceladas imediatamente as inscrições que não atenderem às exigências constantes deste Edital;
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4.3. Os eventuais pedidos de desistência deverão ser comunicados no mesmo endereço eletrônico constante do item 2.1 deste Edital;
4.4. O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06 de 11 de setembro de 2012 ;
ANEXO I
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO E CURRÍCULO SIMPLIFICADO PARA A SELEÇAÕ INTERNA VISANDO A LOTAÇÃO NO PROTOCOLO
GERAL DO FÓRUM - PROGEFORO.
MATRÍCULA: ____________________________________________________________
CURSO: _________________________________________________________________
LOTAÇÃO: ______________________________________________________________
E-MAIL: _________________________________________________________________
ANEXO I I
CARGO: MATRÍCULA:
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LOTAÇÃO: TELEFONE:
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou
de Remoção não poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em
tais situações, requerer diretamente ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
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..................................................................................................................................................
Recife,___________de______________________de 2018
EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco manifestem opção
pela lotação na Diretoria Cível Regional do Agreste – DCRA.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que a conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência”;
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura;
CONSIDERANDO que a Diretoria Cível Regional do Agreste (DCRA) foi instituída pela Instrução Normativa de n.°16/2017, de 27 de julho de
2017.
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 27/11/2018 a 14/12/2018 , os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco,
lotados em todo Estado, ocupantes dos cargos de Auxiliar Judiciário , Técnico Judiciário e Analista Judiciário, Função Judiciária/Administrativa,
poderão manifestar opção pela lotação na Diretoria Cível Regional do Agreste - DCRA, desde que tenham a anuência, por escrito, do gestor
maior da unidade organizatório-funcional em que estiver lotado, conforme modelo contido no Anexo II.
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Diretoria Cível Regional do Agreste - DCRA, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário, consideradas a proporcionalidade entre a
distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em unidade judiciária, inclusive nas hipóteses de
optante lotado em Polo diverso que ainda não conte com 3 (três) anos de exercício (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012,
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publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados nas Unidades Administrativas, a análise também será feita observando-se a
essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na Diretoria Cível Regional do Agreste - DCRA, deverá ser enviada exclusivamente do e-mail funcional
do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao1@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I); anuência do Gestor da unidade em que atua e se é ou não condicionada à lotação de outro servidor, em substituição ao
interessado (ANEXO II).
III. DA SELEÇÃO:
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Considerando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado ;
b) Vagas: 10 (dez);
c) Horário das atividades : 7h00 às 13h00 ou 13h00 às 19h00, com possibilidade de concessão de tele trabalho parcial ou integral;
d) Local : Diretoria Cível Regional do Agreste, localizada no Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras (Avenida José Florêncio Filho, s/n, Maurício
de Nassau, Caruaru/PE, CEP: 55.014-837 - Telefone: (081)37257400/7401).
e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
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Cargo: _______________________________________________________________
Matrícula: _____________________________________________________________
Unidade de Lotação: ____________________________________________________
Data de Exercício: ___/_____/__________
Telefones para contato: __________________________________________________
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatur
ANEXO II
ANUÊNCIA
ANUÊNCIA DO GESTOR DA UNIDADE, PARA O SERVIDOR PARTICIPAR DA SELEÇÃO INTERNA, PARA LOTAÇÃO NA DIRETORIA CÍVEL
REGIONAL DO AGRESTE-DCRA
NOME DO SERVIDOR:
CARGO:
MATRÍCULA:
LOTAÇÃO:
TELEFONE:
ANUÊNCIA DO GESTOR (Assinatura e carimbo)
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou de Remoção não
poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em tais situações, requerer diretamente
ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
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EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário, manifestem opção pela lotação na Gerência
Gestão de Desempenho- GGD da Diretoria de Desenvolvimento Humano.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 28/11 / 2018 a 14/12/2018 , os servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco,
dos cargos de Auxiliar Judiciário/PJ-I, Técnico Judiciário/TPJ e Analista Judiciário/APJ, este último na função Administrativa, poderão manifestar
opção pela lotação na Gerência de Gestão de Desempenho- GGD, da Diretoria de Desenvolvimento Humano .
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Gerência de Gestão de Desempenho- GGD da Diretoria de Desenvolvimento Humano, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário,
consideradas a proporcionalidade entre a distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em
unidade judiciária (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012, publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados
nas Unidades Administrativas, a análise também será feita observando-se a essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na Gerência de Gestão de Desempenho - GGD da Diretoria de Desenvolvimento Humano, deverá
ser enviada exclusivamente do e-mail funcional do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao8@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação
constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I);
III. DA SELEÇÃO:
b) A análise curricular será feita pela Gerência de Seleção e Acolhimento-GSA, da Diretoria de Desenvolvimento Humano, da Secretaria de
Gestão de Pessoas-SGP.
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro/2018.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Vagas: 01 (uma);
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d) Local: Edifício Paula Baptista – 2º Andar – Rua Dr. Moacir Baracho, nº 207 - Bairro Santo Antônio, Recife, PE, CEP: 50.010-050, Telefone
para Contato: (81) 3182-0415.
e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário, manifestem opção pela lotação na Gerência
de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF.
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O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 28/11 a 14/12/2018 , os servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, dos
cargos de Auxiliar Judiciário/PJ-I, Técnico Judiciário/TPJ e Analista Judiciário/APJ, este último na função Administrativa, poderão manifestar
opção pela lotação na Gerência de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF .
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Gerência de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário,
consideradas a proporcionalidade entre a distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em
unidade judiciária (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012, publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados
nas Unidades Administrativas, a análise também será feita observando-se a essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na Gerência de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF, deverá ser
enviada exclusivamente do e-mail funcional do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao5@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação
constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I).
III. DA SELEÇÃO:
b) A análise curricular será feita pela Gerência de Seleção e Acolhimento-GSA, da Diretoria de Desenvolvimento Humano, da Secretaria de
Gestão de Pessoas-SGP.
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro/2018.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Vagas: 01 (uma);
d) Local: Edifício Paula Baptista – 2º Andar – Rua Dr. Moacir Baracho, nº 207 - Bairro Santo Antônio, Recife, PE, CEP: 50.010-050, Telefone
para Contato: (81) 3182-0554.
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e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
EMENTA: Torna pública a abertura de prazo de inscrição para que os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco
ocupantes do cargo de Oficial de Justiça , lotados no Polo/11 – Sertão do Moxotó e Itaparica , possam manifestar opção para lotação na
Comarca de Arcoverde.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 29/11 a 10/12/2018 , os servidores efetivos ativos do cargo de Oficial de Justiça, lotados
no Polo/11 – Sertão do Moxotó e Itaparica (Arcoverde/Betânia/Custódia/Ibimirim/Inajá/Sertânia/Belém de São Francisco/Floresta/Petrolândia
e Tacaratu), possam manifestar opção pela lotação na Comarca de Arcoverde, desde que tenham a anuência, por escrito, do gestor maior
da unidade organizatório-funcional em que estiver lotado, conforme modelo contido no Anexo II.
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Comarca de Arcoverde, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário, consideradas a proporcionalidade entre a distribuição da
força de trabalho e a demanda de processos existentes na unidade judiciária em que estiver lotado, inclusive nas hipóteses de optante lotado
em Polo diverso que ainda não conte com 3 (três) anos de exercício (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012, publicada
no DJe de 12.09.2012).
b) a manifestação da opção pela lotação na Comarca de Arcoverde, deverá ser enviada exclusivamente do e-mail funcional do servidor para o
e-mail sgp.ddh.selecao7@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: (1) nome completo; (2) cargo efetivo que ocupa; (3) número da matrícula; (4) unidade na
qual está lotado; (5) data de exercício; (6) telefones para contato; (7) formação acadêmica; (8) experiência profissional no TJPE; (9) anuência
do Gestor da unidade em que atua e se é ou não condicionada à lotação de outro servidor, em substituição ao interessado (ANEXO II);
III. DA SELEÇÃO:
b) A análise curricular será feita pela Gerência de Seleção e Acolhimento-GSA, da Diretoria de Desenvolvimento Humano, da Secretaria de
Gestão de Pessoas-SGP;
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a segunda semana do mês de novembro de 2018.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Considerando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado ;
b) Vagas: 02 ( dois );
c) Local de atuação : Fórum Clovis C Padilha – Av. Capitão Arlindo Pacheco de Albuquerque – Bairro Centro – CEP: 56506-916 – Arcoverde
– PE - Telefone: (87) 3821-8682; 3821-8683.
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e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e a Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRICULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
ANEXO II
ANUÊNCIA
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ANUÊNCIA DO GESTOR DA UNIDADE, PARA O SERVIDOR, OCUPANTE DO CARGO DE OFICIAL DE JUSTIÇA, PARTICIPAR DA SELEÇÃO
INTERNA, PARA LOTAÇÃO NA COMARCA DE ARCOVERDE.
NOME DO SERVIDOR:
CARGO:
MATRÍCULA:
LOTAÇÃO:
TELEFONE:
ANUÊNCIA DO GESTOR (Assinatura e carimbo)
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou de Remoção não
poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em tais situações, requerer diretamente
ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da Republica, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
TORNA PÚBLICA a abertura das inscrições visando o preenchimento de 01 (uma) vaga, para a função gratificada de Conciliador, símbolo
FGCJ-1, para o II Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Comarca de Olinda , de acordo com a Lei Complementar Nº 138,
de 6 de janeiro de 2009, Art. 183-A, consoante condições adiante especificadas:
1.1. Público alvo : Servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, lotados em todo Estado, ocupantes dos cargos de Auxiliar
Judiciário, Técnico Judiciário e Analista Judiciário (funções Administrativa e Judiciária), com formação em Direito, desde que:
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Tenham a anuência, por escrito, do gestor maior da unidade organizatório-funcional em que estiver lotado, conforme modelo contido
no Anexo I;
Tenham, preferencialmente , experiência como Conciliador nas Unidades Judiciárias do Poder Judiciário;
Não tenham recebido punição disciplinar até 05 (cinco) anos antes da data de publicação deste edital.
Local de atuação: II JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E DAS RELAÇÕES DE CONSUMO - Av. Pan Nordestina, km 4, 2º andar, - Vila Popular
- Olinda - PE - CEP 53.230-900 Telefones: (81) 3182-2706
2. DAS INSCRIÇÕES:
2.1. As inscrições serão efetuadas exclusivamente pelo e-mail funcional do servidor interessado, dirigido ao e-mail
sgp.ddh.selecao11@tjpe.jus.br , e deverão conter as informações, conforme Anexo II;
2.3. Quando não houver a informação nos registros funcionais, será obrigatória a comprovação do requisito indispensável para a função, sendo
necessária a apresentação do respectivo Diploma ou Certificado de Conclusão de Curso.
3. DA SELEÇÃO:
3.2. O resultado final do(a) candidato(a) selecionado(a) será publicado até a 3ª semana do mês de dezembro/2018.
4. DA ENTREVISTA:
A entrevista será realizada pela Magistrada do II Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Comarca de Olinda, em hora e local
informados, posteriormente, através de e-mail funcional dos servidores pré-selecionados.
5. DISPOSIÇÕES GERAIS:
5.1. C onsiderando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado ;
5.2. Serão canceladas imediatamente as inscrições que não atenderem às exigências constantes deste Edital;
5.3. Os eventuais pedidos de desistência deverão ser comunicados no mesmo endereço eletrônico constante do item 2.1 deste Edital;
5.4. Em virtude da eventual futura designação para a função gratificada de que trata este Edital, o servidor perceberá, o seguinte valor:
5.5. A vantagem de que trata o item 5.4 não será paga, em nenhuma hipótese, aos titulares de cargos em comissão, aos servidores que percebam
função gratificada ou que já percebam outra pelo mesmo motivo ou pela participação em comissão ou grupo de assessoramento técnico, nos
termos do art. 3º da Lei nº 13.838, de 7 de agosto de 2009;
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5.6. O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
5.7. O ato de designação será expedido pelo Diretor Geral do Tribunal de Justiça, após o encerramento da seleção.
ANEXO I
CARGO: MATRÍCULA:
LOTAÇÃO: TELEFONE:
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou
de Remoção não poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em
tais situações, requerer diretamente ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
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Recife,___________de______________________de 2018
ANEXO II
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO E CURRÍCULO SIMPLIFICADO PARA A SELEÇAÕ INTERNA DE CONCILIADOR DO II JUIZADO ESPECIAL
CÍVEL E DAS RELAÇÕES DE CONSUMO DA COMARCA DE OLINDA.
MATRÍCULA: ____________________________________________________________
FORMAÇÃO: _____________________________________________________________
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LOTAÇÃO: ______________________________________________________________
E-MAIL: _________________________________________________________________
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NO ÂMBITO JURÍDICO (no TJPE) ESPECIFICANDO A ATUAÇÃO DE FATO OU DE DIREITO COMO
CONCILIADOR.
O Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Desembargador Adalberto de Oliveira Melo, no uso de suas atribuições, TORNA sem
efeito a convocação do servidor LUIZ ELOADYR CHAVES DE OLIVEIRA, matrícula 177239-2, publicada no DJE de 23/11/2018, para atuar
no MUTIRÃO ESPECIAL, a ser instalado no GRUPO DE TRABALHO DOS EXECUTIVOS FISCAIS MUNICIPAIS, permanecendo válida a
convocação da servidora DORALICE DE VASCONCELOS R ASSIS, MATRÍCULA 177600-2, publicada no DJE de 16/11/2018.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS, MARCEL LIMA DA SILVA , no uso de suas atribuições, torna pública a relação do estagiário
que não entregou o Relatório de Comparecimento do mês de Novembro. De acordo com o Art. 18, inciso XI da Resolução de Estágio nº
342 de 16/10/2012 (DOPE 17/10/2012 ) não receberá o auxílio financeiro referente a Novembro/2018 até regularização da pendência:
IGOR PEREIRA SOUSA CORTEZ 45284 COMARCA DE RECIFE - 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
PODER JUDICIÁRIO
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Requerimento SGP Digital n. 37696/2018 – de DIEGO BARBOSA SOUZA LIMA– Solicitando a concessão do Adicional de Qualificação
por conclusão de curso de Especialização, de acordo com a Lei nº 15.539/2015 c/c a Resolução nº 381/2015.
DECISÃO
Considerando o que dispõe a Lei nº 15.539, de 01/07/2015, c/c a Resolução nº 381/2015, acolho o Parecer nº 275/2018, exarado pela
Gerência de Gestão do Desempenho, e por via de consequência, defiro o pedido, autorizando a implantação em folha de pagamento, nos
termos da delegação conferida pela Portaria nº 235/2016-SGP, de 26/02/2016.
Requerimento SGP Digital n. 34118/2018 – de JERONIMO CAMBUIM MELO DE MIRANDA– Solicitando a concessão do Adicional de
Qualificação por conclusão de curso de Especialização, de acordo com a Lei nº 15.539/2015 c/c a Resolução nº 381/2015.
DECISÃO
Considerando o que dispõe a Lei nº 15.539, de 01/07/2015, c/c a Resolução nº 381/2015, acolho o Parecer nº 274/2018, exarado pela
Gerência de Gestão do Desempenho, e por via de consequência, defiro o pedido, autorizando a implantação em folha de pagamento, nos
termos da delegação conferida pela Portaria nº 235/2016-SGP, de 26/02/2016.
05 de dezembro de 2018
Valéria Temporal
Diretora de Desenvolvimento Humano
DESPACHO
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual o requerente, HUDSON FIGUEIREDO DE SOUSA , Técnico Judiciário-TPJ, matrícula nº
1839616, requerer a anotação de tempo de serviço, para todos os efeitos legais, prestados ao Ministério do Trabalho/Superintendência Regional
do Trabalho na Paraíba, através de certidão.
A Consultoria Jurídica opinou pelo deferimento do pedido, devendo ser averbado o tempo de contribuição prestado ao Ministério do Trabalho/
Superintendência Regional do Trabalho na Paraíba, no período de 25/05/2009 a 27/01/2011, o tempo de 613 (seiscentos e treze) dias, ou seja, 01
(um) ano, 08 (oito) meses e 08 (oito) dias, já excluído o tempo concomitante, através de certidão, sejam contados para efeitos de aposentadoria
e disponibilidade, com fundamento no art. 40, § 9º da Constituição Federal, c/c o art. 171, § 8º da Constituição do Estado de Pernambuco.
Isso posto, com fundamento na legislação invocada, bem como no Parecer da Consultoria Jurídica, defiro o pedido, para que seja anotado na
ficha funcional do requerente o tempo postulado de 613 (seiscentos e treze) dias, ou seja, 01 (um) ano, 08 (oito) meses e 08 (oito) dias, já excluído
o tempo concomitante, através de certidão, para efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
Recife, 03 de dezembro de 2018
DESPACHO
Acolho o Parecer emitido nestes autos pela Consultoria Jurídica (verificador 0297252), para deferir o pedido formulado nos autos epigrafados,
nos limites do aludido opinativo.
Recife, 03 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
A DIRETORA DE GESTÃO FUNCIONAL, SOLANGE DE CASTRO SALES CUNHA, no uso das atribuições e competências que lhe foram
conferidas pela PORTARIA Nº 527/2018-SGP DE 25/04/2018 (DJE 26/04/2018), resolve publicar:
SEI nº 00037280-55.2018.8.17.8017 – a dispensa dos dias 26 e 29/10/2018, tendo em vista a convocação do servidor ALBERTO JOSE DE
LIMA E SILVA BRAGA , matrícula nº 1846469, para atuar no segundo turno das Eleições Gerais de 2018 como AUXILIAR DE SERVIÇOS
ELEITORAIS.
SEI nº 00037425-80.2018.8.17.8017 - a alteração do gozo da licença prêmio da servidora MARIA DE FÁTIMA CARNEVAL COSTA, matrícula
172355-2, de onde se lê 21/11/2018 a 22/12/2018, leia-se 21/11/2018 a 21/12/2018.
SEI nº 00037279-08.2018.8.17.8017 - o afastamento do servidor MARCO ANTÔNIO RODRIGUES GALVÃO, matrícula nº , em virtude de
convocação para participação nas eleições 2018, relativo aos dias 05/10/2018 e 08/10/2018.
SEI nº 00039036-40.2018.8.17.8017 - a dispensa dos dias 24, 25, 26, 27, 28/09, 01, 02, 03, 04 e 05/10/2018 tendo em vista a convocação
do servidor LUCAS JONATAS VIEIRA, matrícula nº 185295-7, para atuar nas Eleições Gerais de 2018 como AUXILIAR DE SERVIÇOS
ELEITORAIS.
SEI nº 00036493-23.2018.8.17.8017 - o abono de falta dos dias 05 e 26/10/2018, do servidor LEONARDO DE ARAÚJO NOVAES, matrícula nº
1835084, por ter prestado serviços a Justiça Eleitoral, no primeiro e segundo turno das eleições de 2018.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ESCOLA JUDICIAL
EDITAL Nº 162/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Excel Intermediário ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: Excel Intermediário
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Requisito: Ter cursado o módulo básico ou ter conhecimentos básicos em elaboração de planilhas e no uso de fórmulas.
1.5 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.6 Número de Vagas: 20 (vinte)
1.7 Datas: 14, 15, 16 e 17/01/2019
1.8 Horário: 08h às 12h
1.9 Local: Laboratório da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados nas seguintes comarcas: Agrestina; Altinho; Belo Jardim; Bezerros;
Brejo da Madre de Deus; Cachoeirinha; Camocim de São Felix; Caruaru; Chã Grande; Cumaru; Cupira; Gravatá; Ibirajuba; Jataúba; João Alfredo;
Limoeiro; Panelas; Passira; Riacho das Almas; Sairé; Santa Cruz do Capibaribe; São Caetano; São Joaquim do Monte; Santa Maria do Cambucá;
Surubim; Tacaimbó; Taquaritinga do Norte; Toritama; Vertentes e Vitória de Santo Antão.
1.5 Número de Vagas: 25 (vinte e cinco)
1.6 Datas: 07 e 08/01/2019
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: Sala de treinamento - Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras – Av. José Florêncio Filho, Maurício de Nassau – Caruaru.
2 Do docente previsto:
4.1 De acordo com a Instrução Normativa de n° 02/2004, será anotado em ficha funcional do servidor que contabilizar, no mínimo, 80% de
presença nos cursos.
4.2 De acordo com a Resolução nº 386, de 05 de julho de 2016, a Escola Judicial informa que o conteúdo exposto no curso “ A Repercussão
do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”, tem pertinência com as áreas de interesse indicadas no art. 41 da Resolução nº 381, de 29 de
outubro de 2015.
4.3 Serão canceladas as inscrições que não atenderem aos requisitos estabelecidos neste edital.
4.4 O servidor só poderá se inscrever mediante autorização prévia da sua chefia.
4.5 Eventuais omissões serão decididas pela Diretoria da Escola Judicial de Pernambuco.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL Nº 158/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Aplicabilidade de Ferramentas de Gestão no Ambiente de Trabalho ”.
Do curso:
1.1 Nome: Aplicabilidade de Ferramentas de Gestão no Ambiente de Trabalho
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 10 e 11/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Cinco Pilares do Modelo Processual Brasileiro: inovações estruturais do
CPC de 2015 ”.
Do curso:
1.1 Nome: Cinco Pilares do Modelo Processual Brasileiro: inovações estruturais do CPC de 2015
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Data: 11/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL Nº 160/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Teoria da Perda de uma Chance: aspectos teóricos e práticos no Direito
Brasileiro ”.
Do curso:
1.1 Nome: Teoria da Perda de uma Chance: aspectos teóricos e práticos no Direito Brasileiro
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco que, preferencialmente atuem como assessores, lotados em Recife e nas
seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Data: 11/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
139
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL Nº 161/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados nas seguintes comarcas:
Aliança, Buenos Aires, Condado, Ferreiros, Goiana, Itamaracá, Itambé, Itapissuma, Itaquitinga, Macaparana, Nazaré da Mata, São Vicente Ferrer,
Timbaúba, Tracunhaém, Vicência.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 14 e 15/01/2019
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: Sala de treinamento - Fórum de Goiana
2 Do docente previsto:
4.1 De acordo com a Instrução Normativa de n° 02/2004, será anotado em ficha funcional do servidor que contabilizar, no mínimo, 80% de
presença nos cursos.
4.2 De acordo com a Resolução nº 386, de 05 de julho de 2016, a Escola Judicial informa que o conteúdo exposto no curso “ A Repercussão
do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”, tem pertinência com as áreas de interesse indicadas no art. 41 da Resolução nº 381, de 29 de
outubro de 2015.
4.3 Serão canceladas as inscrições que não atenderem aos requisitos estabelecidos neste edital.
4.4 O servidor só poderá se inscrever mediante autorização prévia da sua chefia.
4.5 Eventuais omissões serão decididas pela Diretoria da Escola Judicial de Pernambuco.
140
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Evolução Tecnológica e seus Impactos no Ambiente de Trabalho ”.
Do curso:
1.1 Nome: Evolução Tecnológica e seus Impactos no Ambiente de Trabalho
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Data: 16/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
141
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Direitos Difusos e o Papel da Ação Civil Pública ”.
Do curso:
1.1 Nome: Direitos Difusos e o Papel da Ação Civil Pública
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 21 e 22/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
142
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados nas seguintes comarcas:
Afogados da Ingazeira; Belém de São Francisco; Betânia; Bodocó; Carnaíba; Custódia; Exú; Flores; Floresta; Mirandiba; Moreilândia; Parnamirim;
Petrolândia; Salgueiro; São José do Belmonte; Serra Talhada; Serrita; Tabira; Terra Nova; Triunfo e Verdejante.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 21 e 22/01/2019
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: Sala de treinamento - Fórum de Serra Talhada
2 Do docente previsto:
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho ”.
Do curso:
1.1 Nome: Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 24 e 25/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Técnicas de Sentença Criminal ”.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Do curso:
1.1 Nome: Técnicas de Sentença Criminal
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 30 e 31/01/2018
1.7 Horário: 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
0489489-9 Apelação
Protocolo : 2017.00028341
Comarca : Recife
Vara : Decima Quinta Vara Cível da Capital - SEÇÃO B
Ação Originária : 0012084-75.2006.8.17.0001
Apelante : SEVERINA MARIA ALVES DA SILVA
Apelante : MANOEL ALVES DA SILVA
Advog : Renan Resende da Cunha Castro - PE031910
Advog : "e Outro(s)" - conforme Regimento Interno TJPE art.137, III
Apelado : Gláucia Moraes Ferreira de Andrade
Apelado : RAIMUNDO FERREIRA DE ANDRADE
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator: Des. Jones Figueiredo Alves
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de recurso de apelação interposto por Severina Maria Alves e Manoel Alves da Silva contra a sentença de fls. 45, proferida pelo MM.
Juiz de Direito da 15ª Vara Cível da Capital, que, nos autos da Ação de Usucapião ajuizada contra Glaucia Moraes Ferreira de Andrade e outro,
julgou extinto o feito, sem resolução do mérito, nos moldes do artigo 485, III, do CPC.
Os apelantes alegam, em suas razões recursais, que para a extinção do feito, com amparo no art. 485, III, do CPC, fundada na inércia da parte,
que teria deixado de promover os atos e diligências que lhe incumbia, abandonando a causa por mais de 30 dias, necessária a intimação pessoal
da parte. In casu , não tendo havido a intimação pessoal, consoante exige o §1º, do art. 485, do CPC, não há falar em abandono processual.
Salienta, ainda, que a parte autora é representada por entidade de assistência social, exercendo advocacia gratuita, de modo, que eventualmente
não consegue se manifestar acerca das publicações em diário oficial.
Argumenta que o judiciário está criando barreiras ao direito de acesso à justiça e, na hipótese, a anulação da sentença é medida que se impõe.
Requer o provimento do recurso, com a anulação da r. sentença, determinando o retorno dos autos ao MM Juízo de origem, para que o processo
retome seu curso.
Diante de citação inexitosa, pois não triangularizada a relação processual, inexistem contrarrazões ao recurso.
Manifestação do Ministério Público do estado de Pernambuco, opinando pela anulação da sentença, para retorno dos autos e intimação dos
herdeiros de Severina Maria Alves da Silva, para se habilitarem no feito.
Proferido despacho por essa relatoria, suspendeu o processo, com amparo no art. 313, §1º, I, do CPC, para que o patrono da parte autora
providenciasse a habilitação dos herdeiros (fl. 84).
Os patronos vieram aos autos informando que os filhos dos autores se recusaram a assinar a notificação para atendimento jurídico, motivo pelo
requereram a substituição dos patronos pela Defensoria Pública, ficando sem efeito os poderes conferidos na procuração pela falecida (fls. 87/88).
Proferido novo despacho, intimando a Defensoria Pública para adoção das providências (fl. 106).
Em petição de fl. 111/112, a Defensora Pública requereu a intimação pessoal dos herdeiros, nos moldes do art. 186, §2º do CPC, no endereço
ali indicado, para comparecerem à sede da Defensoria, com a finalidade de dizer se tem interesse e dar seguimento ao feito.
O pedido foi deferido e determinada a intimação dos herdeiros da Sra. SEVERINA MARIA ALVES, no endereço indicado (fl. 112), para, no prazo
de 30 dias, comparecerem à Defensoria manifestando seu interesse no feito, advertindo-se que não promovida a habilitação no prazo assinalado,
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o recurso seria tido por inadmissível, com a extinção do processo sem resolução de mérito, com fulcro no art. 313, §1º, inciso II, combinado com
art. 485, III e IV, todos do CPC (fl. 123).
Foi expedido Mandado de Intimação, havendo sido certificado pelo Oficial de Justiça, que havia intimado Miriam Alves da Silva, filha da Sra.
Severina Maria Alves (fls. 127/127v).
Às fls. 131, a Defensoria Pública atravessa nova petição requerendo novamente a intimação dos herdeiros para responderem se tem interesse
no feito comparecendo a Subdefensoria de Recursos Cíveis e Criminais.
É o Relatório.
Decido.
É certo que a autora ingressou através do CENDHEC com a ação de usucapião, objetivando ver reconhecida e regularizada a posse do imóvel
em que reside.
Segundo consta, as pessoas indicadas como rés na ação nunca foram citadas, levando ao reconhecimento de ausência de condição de
procedibilidade da ação.
No curso da ação, a autora Severina Maria Alves da Silva faleceu, advindo daí a necessidade de regularização do polo ativo da demanda, com
a habilitação dos herdeiros.
A cronologia dos fatos e providências adotadas foram exaustivamente mencionadas acima, restando evidente que o último pleito da Defensoria
Pública já havia sido determinado, e que a herdeira da autora, embora intimada a comparecer à sede da Defensoria quedou-se inerte,
demonstrando total desinteresse no prosseguimento do feito.
De igual sorte, o segundo autor mudou-se para outro Estado, encontrando-se em endereço incerto e não sabido, abandonando o processo.
Pois bem. Tanto em primeiro grau, como no segundo grau, foi determinada o impulso ao processo, dando ensejo declaração de extinção da
ação, sem resolução de mérito.
A habilitação dos herdeiros da falecida foi determinada e oportunizada, nesse segundo grau de jurisdição, procedendo-se a intimação pessoal
da filha da autora falecida, consoante requerido, todavia, essa não se manifestou.
Pois bem.
Sabe-se que a morte de quaisquer das partes no curso do feito acarreta sua sucessão pelo espólio ou sucessores. É essa a disposição contida
no artigo 110, do CPC de 2015:
Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no
art. 313, §§ 1º e 2º.
Prosseguindo, o artigo 313, do CPC de 2015, determina que o processo seja suspenso pela morte de qualquer das partes, prevendo, ainda, a
necessidade de intimação do espólio ou dos sucessores para que manifestem interesse na sucessão processual, com a respectiva habilitação
no prazo designado, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito. Vejamos:
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
[...]
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
[...]
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso,
dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a
respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
No caso dos autos, detectado o falecimento da autora, determinando-se a intimação dos herdeiros para regularização do polo ativo do feito, essa
não manifestou interesse na habilitação do processo. Revela-se, assim, instransponível a irregularidade processual apontada no ato sentencial,
e não sanada no processo, a ensejar no improvimento do recurso.
In casu, a extinção do processo, sem resolução do mérito, por ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular
do processo (Artigo 485, IV, do CPC de 2015), é medida que se impõe.
Por fim, assevero que o artigo 76, § 1º, I, do CPC de 2015, é cristalino ao dispor que o processo será extinto caso a irregularidade da representação
da parte não seja sanada em prazo razoável:
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Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo
razoável para que seja sanado o vício.
[...]
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
[...]
Não é outro o entendimento já sedimentando pelo colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA em caso análogo ao presente:
AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO NA VIGÊNCIA DO CPC DE 1973. CONCESSÃO
DE DUAS OPORTUNIDADES PARA REGULARIZAÇÃO. DESCUMPRIMENTO. EXTINÇÃO DO FEITO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 83/STJ. 1.
Decisão recorrida publicada antes da entrada em vigor da Lei 13.105, de 2015, estando o recurso sujeito aos requisitos de admissibilidade do
Código de Processo Civil de 1973, conforme Enunciado Administrativo 2/2016 desta Corte. 2. A decisão que extingue o feito sem julgamento de
mérito após o descumprimento de duas oportunidades para regularização da representação processual, observa a jurisprudência desta Corte.
3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - QUARTA TURMA - AgInt no AREsp nº 1.099.176/RS - Relatora: Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI. j. 28/11/2017. DJe 04/12/2017)
Conclui-se, assim, que a inércia dos herdeiros na regularização da representação processual, deixando de comparecer à sede da Defensoria
Pública e de conseguinte, aos autos, acarreta a extinção do feito, sem resolução do mérito, por ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo, nos moldes do artigo 485, IV, do CPC de 2015.
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO, mantendo inalterada a sentença atacada, que extinguiu o processo com amparo no art.
485, III, do CPC.
Por consequência, condeno a apelante, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios, que fixo de R$ 500,00 (quinhentos
reais) na forma do art. 85, § 8, do CPC, suspensa a exigibilidade da verba, por força do benefício da gratuidade da justiça.
É a decisão.
Publique-se.
0462135-2 Apelação
Protocolo : 2016.00044397
Comarca : Jaboatão dos Guararapes
Vara : Sexta Vara Cível da Comarca de Jaboatão
Ação Originária : 0001464-55.2013.8.17.0810
Apelante : Telefônica Brasil S/A (sucessora por incorporação da Vivo S.A)
Advog : José Edgard da Cunha Bueno Filho - PE001190A
Advog : e Outro(s) - conforme Regimento Interno TJPE art.66, III
Apelado : GILBERTO DE ALMEIDA
Def. Público : LUANA SILVA MELO
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator: Des. Jones Figueirêdo Alves
DECISÃO TERMINATIVA
Cuida-se de recurso de apelação interposto por Telefônica Brasil S/A (sucessora por incorporação da Vivo S/A) em face de sentença exarada pela
MM Juíza de Direito da 6ª Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos Guararapes que, nos autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito
com Pedido de Antecipação Parcial da Tutela c/c Indenização por Danos Morais (processo nº 0001464-55.2013-8.17.0810), julgou procedente o
pedido autoral para o fim de determinar a nulidade dos contratos com a Telefônica Brasil sob os números 2010090900001000, 1.112010, 1.102010
e 1.9.2010; com a TIM, os contratos GSM0160384595602 e GSM 0160406728897 e com a VIVO, o contrato 2049934454, porque fraudados,
condenando, ainda, cada uma das demandadas ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), corrigidos
monetariamente pela Tabela da Encoge, além de juros legais, a contar da data do evento danoso, em virtude da Súmula nº 54 do STJ.
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Por fim, condenou as demandadas, solidariamente, ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios ao patrono do autor, em
verba fixada em 20% sobre o valor da condenação.
Examino:
Da análise dos autos, constata-se existir óbice intransponível ao conhecimento do recurso, qual seja, a ausência do regular preparo, do
recolhimento das custas processuais, obrigatório para o manejo da apelação.
Por essa razão, nos exatos termos do art. 1.007, §2º do CPC, foi determinada a intimação do apelante para, em 05 (cinco) dias e sob pena de
negativa de seguimento, realizar a complementação do preparo do recurso, com o pagamento das custas processuais com base no valor da
condenação, devidamente atualizado (fls. 308/309).
Ocorre que, consoante demonstra a certidão de fl. 311, o apelante deixou transcorrer in albis o prazo, sem cumprimento da determinação.
Pois bem.
O preparo regular é um dos requisitos de admissibilidade do recurso de apelação, ou seja, se não for efetuado na forma e prazo legais, não
poderá ser conhecido o apelo, devendo o mesmo ser julgado deserto; em outras palavras, se o Julgador verificar que o pagamento das custas
processuais (preparo) não se efetivou ou que foi efetuado em desrespeito às normas processuais, deverá impor a pena da deserção e não
conhecer do recurso.
Uma vez verificado pelo Tribunal que o preparo não se efetivou, deverá ser imposta a pena da deserção, por falta de pressuposto objetivo do
apelo e, via de conseqüência, obstado o conhecimento dos recursos que se enquadrarem nesta situação.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PREPARO APELAÇÃO. DESERÇÃO.
FUNDAMENTOS MANTIDOS. RECURSO MANIFESTAMENTE INFUNDADO. MULTA. ART. 557, § 2º, DO CPC. CABIMENTO. 1. A jurisprudência
do STJ é pacífica no sentido de que estará caracterizada a deserção do recurso, na instância ordinária, quando o recorrente, a despeito de ter
sido intimado à complementação do preparo que fora feito de forma insuficiente, não proceder à necessária regularização. Precedente. 2 . Na
espécie, o recorrente, em sede de apelação, não fez a comprovação do pagamento do preparo recursal devido, nem no momento da
interposição do recurso nem posteriormente, quando foi intimado pela instância ordinária a tanto. 3. Agravo regimental não provido,
com aplicação de multa. (STJ, AgRg no AREsp 81.392/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/08/2012,
DJe 28/08/2012). (g.n.)
Bem por isso, com amparo nos artigos 1.007 e 932 do Código de Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao recurso de apelação, caracterizando-
se o recurso deserto diante da ausência de preparo regular.
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DECISÃO TERMINATIVA:
Cuidam-se de embargos de Declaração opostos por Unimed Rio – Cooperativa de Trabalho Médico do Rio de Janeiro contra acórdão de fls.
791/792, que: i) negou provimento ao recurso interposto pela autora; ii) deu parcial provimento ao recurso da Vision Med Assistência Médica Ltda.,
apenas para reconhecer a prescrição trienal e, consequentemente, a devolução do valor pago indevidamente apenas dos três anos anteriores à
propositura da ação; e iii) negou seguimento à apelação da Unimed Rio (fls. 568/537), por a mesma caracterizar-se deserta diante da ausência
de pagamento das custas devidas ao segundo Distribuidor (fls. 780/782).
Compulsando os autos, com o fito de proceder ao juízo de admissibilidade recursal, verificou-se, em primeiro momento, a intempestividade do
recurso de fls. 856/859.
É que o acórdão de fls. 791/792 foi publicado no dia 31/08/2018 (fls. 801), iniciando-se a contagem do prazo para recurso em 03/09/2018. Ocorre
que a embargante opôs seu recurso apenas em 18/09/2018, conforme se verifica do protocolo de fl. 856. Assim, considerando que o último dia
do prazo recursal seria dia 10/09/2018, o apelo teria sido oposto quando já excedido o prazo legal.
Observando-se os princípios apregoados pelos artigos 6º, 9º e 10 do NCPC/2015, foi oportunizada à parte recorrente, mediante despacho de fls.
865/866, se manifestar acerca de eventual intempestividade dos embargos protocolados.
Em resposta, a parte embargante limitou-se a informar que: “ Os embargos opostos são tempestivos, pois o acórdão foi publicado no Diário
Oficial do dia 31/08/2018 (sexta-feira), assim o prazo tem início no dia 03/09/2018 (segunda-feira). No entanto, em 03/09/2018 (terça-feira) e
06/09/2018 (quinta-feira), houve a oposição de embargos de declaração, interrompendo-se, assim, o prazo para eventual interposição de recurso,
nos termos do art. 1.026, do NCPC ”.
Vejamos.
De fato, é indiscutível a interrupção do prazo para interposição de outros recursos, como previsto no artigo 1.026, do CPC/2015:
“ Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso ”.
Todavia, tal interrupção constitui efeito que se opera apenas nos casos em que os aclaratórios são conhecidos.
É que quando uma decisão é publicada, simultaneamente inicia-se a contagem de dois prazos processuais: o para interposição dos aclaratórios
e o para interposição do recurso adequado àquele momento. Ou seja, quando da publicação do acórdão de fls. 791/792 iniciou-se, no mesmo
momento, as contagens dos prazos para embargos declaratórios e para recursos extraordinários das partes.
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Decorridos os cinco dias para apresentação de embargos, se a parte não os apresentou, como foi o caso, ainda lhe restaria o prazo para
interposição dos recursos cabíveis aos Tribunais Superiores, prazo este que restaria suspenso se a parte apresentasse os embargos e estes
fossem conhecidos.
Na hipótese, portanto, o prazo para oposição de embargos de declaração findou-se em 10/09/2018, porquanto não era hipótese interrupção do
prazo.
Pois bem.
É sabido que recurso intempestivo é recurso inadmissível, pois lhe falta um dos pressupostos de admissibilidade recursal, in casu , de caráter
objetivo. Assim, visto que a matéria em questão se refere à regularidade formal do recurso, compete ao relator, na função de juiz preparador do
recurso, verificar se estão presentes os pressupostos objetivos de admissibilidade recursal e, em caso de ausência, não conhecer do recurso.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO DE QUINZE
DIAS, DE ACORDO COM O QUE DISPÕE O ARTIGO 1003, § 5º, DO NCPC. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO.
É manifestamente intempestivo o agravo de instrumento quando decorridos mais de quinze dias entre a regular intimação do agravante e a
interposição do recurso. A negativa de seguimento constitui medida de rigor, forte no art. 932, III, do NCPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO
CONHECIDO”. (TJ-RS - AI: 70070528898 RS, Relator: Antônio Vinícius Amaro da Silveira, Data de Julgamento: 08/08/2016, Quarta Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/08/2016)
“APELAÇÃO CÍVEL. RECURSO INTERPOSTO FORA DO PRAZO (15 DIAS). INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. APLICAÇÃO DO
ART. 932, III, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. - Interposto o recurso fora do prazo previsto, seu não conhecimento é medida que se impõe
(CPC, art. 932, III), tendo em vista a ausência de um dos requisitos de admissibilidade .” (TJ-PB - APL: 0000520-53.2013.815.0731, Relator: DES
JOAO ALVES DA SILVA, Data de Julgamento: 19/05/2016, 4A CIVEL)
À vista do exposto, com fulcro no artigo 932, III do NCPC/2015, não conheço os aclaratórios da Unimed Rio – Cooperativa de Trabalho
Médico do Rio de Janeiro ante sua manifesta intempestividade.
Após o trânsito em julgado da presente decisão, voltem os autos conclusos para análise dos demais recursos.
Publique-se. Intime-se.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA:
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Cuida-se de Mandado de Segurança impetrado por Carolyne Costa de Oliveira contra o Exmo. Sr. Governador do Estado de Pernambuco,
Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e o Diretor Presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco
- LAFEPE , em face de imputação da prática de ato lesivo a direito líquido e certo da impetrante, que embora aprovada dentro das vagas do
edital do concurso realizado para preenchimento de 315 (trezentos e quinze) empregos públicos, para atuarem no Laboratório Farmacêutico do
Estado de Pernambuco – LAFEPE, não foi convocada e nomeada para assumir o cargo de Operador de Produção Industrial.
Na inicial, a impetrante informa ter participado do concurso público para provimento de cargos do Laboratório Farmacêutico do Estado de
Pernambuco - LAFEPE, conforme edital (Portaria Conjunta SADLAFEPE nº 92, de 23 de julho de 2013, tendo sido aprovada na 45º posição na
classificação final para o cargo de Operador de Produção Industrial, conforme publicação do Diário Oficial de Pernambuco, datada de 02.11.2013.
Alega que o Edital do certame previu 124 vagas para o cargo de Operador de Produção Industrial, todavia, desde a data da homologação do
certame, em 01/11/2013, não houve nenhuma nomeação; e que embora prorrogado o seu prazo de validade, por mais 02 anos, o prazo final
de validade expirou em 02/11/2017.
Requer a concessão de medida liminar para o fim de determinar sua imediata nomeação, em caráter efetivo, para integrar o quadro permanente
do LAFEPE, no cargo de operador de produção industrial. No mérito, pede a concessão da segurança, com a confirmação da liminar.
É o sucinto relatório.
Em exame prefacial, constata-se, ex ofício , a existência de óbice ao prosseguimento do mandamus por esse Colendo órgão Especial, isso
porque verifica-se a ilegitimidade passiva do Exmo. Governador do Estado de Pernambuco, para figurar no pólo passivo da impetração, na
qualidade de autoridade coatora.
Note-se que o Concurso Público de que trata o edital, lançado por meio de Portaria Conjunta SAD/LAFEPE nº 92, de 23 de julho de 2013, objetiva
o preenchimento de empregos públicos, para atuarem no LAFEPE, cujas contratações seriam efetivadas mediante contrato de trabalho, sob o
regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, Decreto-Lei nº 5.452/43.
Dispõe, ainda, no item 10. DO RESULTADO FINAL E DA HOMOLOGAÇÃO DO CONCURSO, item 10.2, que “ o Resultado Final será
homologado por ato conjunto do Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor Presidente do Laboratório
Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE ” (vide fl. 32).
Como se vê, o Governador do Estado não foi responsável pela realização do concurso, tampouco pela sua homologação, ou convocação dos
candidatos aprovados, cabendo tais atos, como já lançado acima, ao Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor
Presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE.
Na hipótese em análise, verifico que o ato supostamente prejudicial ao direito líquido e certo da impetrante, somente pode ser imputado às
mencionadas autoridades.
Nesse caso, evidencia-se a legitimidade apenas do Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor Presidente do Laboratório
Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE para figurarem no pólo passivo da ação mandamental, pela
sua condição de gerenciador do certame, homologação e convocação para assunção do contrato de trabalho.
Hely Lopes Meirelles, a respeito da legitimidade para figurar no polo passivo da demanda, define que autoridade coatora é "a pessoa que ordena
ou omite a prática do ato impugnado, e não o superior que o recomenda ou baixa normas para sua execução"
Ademais, nessa mesma linha é dominante na jurisprudência pátria, acerca da conceituação de autoridade coatora "é aquela que, direta ou
indiretamente, pratica o ato, ou se omite quando deveria praticá-lo, e não o superior hierárquico que o recomenda ou baixa normas para a sua
execução" (STJ, RMS n.º 5.092-0-SP, Rel. Min. Demócrito Reinaldo), e, ademais, "a autoridade coatora no mandado de segurança não é aquela
que dá instruções ou edita normas genéricas, e sim a que faz por individualizá-las, aplicando-as em concreto" (STJ, RMS n.º 7.164/RJ, Rel. Min.
Ari Pargendler, j. em 09.09.96).
Resta clara, portanto, a erronia na indicação das autoridades coatoras pela impetrante, certo que o Exmo. Governador do Estado, não praticou
qualquer ato lesivo a direito líquido e certo da impetrante, hostilizado pelo “writ”.
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Registre-se, ademais, que outros processos, relativos ao mesmo concurso, tramitam perante as Câmaras de Direito Público do Tribunal de Justiça
de Pernambuco, citem-se ditos precedentes: MS nº 503223-5, da Relatoria do Des. Erik de Sousa Dantas Simões, MS nº 498141-3, da Relatoria
do Des. Itamar Pereira Da Silva Junior, AG nº 381433-3¸ de Relatoria do saudoso Des. Rafael Machado da Cunha Cavalcanti, entre outros.
De conseguinte, reconheço, de ofício, a ilegitimidade passiva ad causam do Governador do Estado, com amparo no art. 485, §3º, do CPC, pelo
que deve ser excluído do polo passivo da presente relação processual, extinguindo-se o processo, sem julgamento de mérito, em relação a ele,
por ausência de uma das condições da ação, com fundamento no art. 485, VI, do Estatuto Processual.
Deve permanecer na lide, apenas o Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor Presidente do Laboratório Farmacêutico
do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE.
Posto isso, com a exclusão do Exmo. Governador do Estado de Pernambuco da lide, é incompetente o Colendo Órgão Especial, e via de
consequência, este Relator para processar e julgar o presente mandamus , pelo que devem ser remetidos os presentes autos ao órgão
competente, a saber, uma das Câmaras de Direito Público da Capital.
Registre-se, ademais, que o processo havia sido distribuído inicialmente para o Des. André Oliveira da Silva Guimarães, que por força da indicação
do Governador do Estado, como uma das autoridades coatoras, declinou da competência.
Nesse ser assim, excluído o Governador do Estado, por flagrante ilegitimidade passiva ad causam , devolvam-se os autos ao Exmo.
Desembargador André Guimarães, com alteração na distribuição.
Publique-se.
DESPACHO :
Devolvidos a esta Relatoria, os autos da Ação Direta De Inconstitucionalidade nº 279307-5 , em face de julgamento do Agravo no Recurso
Extraordinário pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, determino que sejam intimadas as partes para respectiva ciência e requererem o que
entenderem de direito.
Publique-se. Cumpra-se.
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DESPACHO:
Cuida-se de Embargos de Declaração opostos contra acórdão proferido em sede de Apelação Cível nº 0440927-6, em que a embargante, Sul
América Companhia de Seguro Saúde , requer o acolhimento dos aclaratórios para fins de sanar suposta omissão, bem como para fins de
prequestionamento.
Em cotejo às fls. 245/257, contudo, verifico, ao menos em uma primeira análise, que o presente recurso não impugna especificamente os
fundamentos da decisão recorrida.
Isso porque, em suas razões, aduz o embargante, em síntese, que o reajuste por faixa etária está devidamente previsto no contrato e que a empresa
disponibiliza a tabela respectiva para todos os seus clientes. No mais, alega que, no presente caso, se está diante de plano antigo, sem adaptação,
que adquiriu caráter personalíssimo e peculiar, sendo todas as garantias devidas à autora respeitadas.
Afirma, ainda, que o reajuste realizado foi razoável e proporcional, “não significando qualquer ato discriminatório ou atentatório à dignidade da
apelada”. Por fim, entende ser “evidente a reforma da sentença a quo, no sentido de que se julgue improcedente o pleito autoral, já que a luz do
art. 42 do CDC, não foi demonstrada qualquer má-fé por parte da Sul América”.
Ocorre que o acórdão ora recorrido se limitou a analisar o apelo da parte autora, que teve como objeto a alegação de sentença ultra petita e não
as questões levantadas pelo réu no presente embargo. Note-se que o recurso de apelação interposto pelo réu, ora embargado, foi julgado deserto
por meio da decisão de fls. 224/226, contra qual não houve recurso.
Em atenção ao princípio da dialeticidade, as razões recursais, além de manifestarem a inconformidade com a decisão atacada, devem impugnar
especificamente os fundamentos decisórios, sob pena de não conhecimento do recurso, nos termos do artigo 932, III do CPC/2015.
Acontece que eventual decisão que venha a negar conhecimento ao embargo deve ser precedida de oportunização de pronunciamento do apelante,
em observância aos princípios do contraditório e da cooperação e ao dever de audiência prévia e à proibição de decisão surpresa que deles
decorrem, todos consagrados pelo CPC/2015 (artigos 6º, 9º e 10).
Consigno, por oportuno, que não há que se falar em aplicação da regra insculpida no parágrafo único do artigo 932 do CPC/2015, que assegura
a concessão de prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para sanar vício recursal. É que, na hipótese, não cabe regularização do defeito apontado,
mediante complementação das razões recursais, em face da preclusão consumativa que decorre da interposição do recurso.
À propósito da questão, em sessão realizada no dia 07.06.2016, nos autos dos recursos extraordinários com agravo (AREs 953221 e 956666), a
1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que o prazo de cinco dias previsto no parágrafo único do artigo 932 do novo CPC só se aplica aos
casos em que seja necessário sanar vícios formais, como ausência de procuração ou de assinatura, por exemplo, e não à complementação da
fundamentação (http://m.stf.jus.br/portal/noticia/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=318235).
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Essa também é a interpretação que se extrai da dicção do Enunciado Administrativo No. 6 do Superior Tribunal de Justiça: "Nos recursos tempestivos
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente será concedido o prazo
previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal".
Ainda nesse sentido aponta a doutrina de Daniel Amorim Assumpção Neves, que em comentário ao parágrafo único do art. 932 do CPC/2015 afirma:
"A disposição só tem aplicação quando o vício for sanável ou a irregularidade corrigível. Assim, por exemplo, tendo deixado o recorrente de
impugnar especificamente as razões decisórias, não cabe regularização em razão do princípio da complementariedade, que estabelece a preclusão
consumativa no ato da interposição do recurso. (...) É preciso observar, entretanto, que mesmo quando for incabível a aplicação do dispositivo ora
analisado, justamente em razão da inutilidade em se dar prazo ao recorrente para sanear aquilo que não pode ser saneado, o afastamento do dever
de prevenção no caso concreto não afasta a observação necessária de outro dever decorrente do princípio da cooperação: o dever de consulta.
Dessa forma, mesmo quando o relator entender que o vício formal do recurso é invencível, deverá intimar o recorrente para se manifestar sobre
ele, nos termos do art. 9º, caput do Novo CPC (já que inadmitir o recurso é decidir contra o recorrente, e isso só pode ocorrer depois de sua oitiva)".
(NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil Comentado. Salvador : Ed JusPodivm, 2016. 1ª Edição. p. 1.518.)
Noutras palavras, ao observar que o recurso não impugna especificamente as razões de decidir, antes de negar-lhe conhecimento, incumbe ao
relator intimar o recorrente, não para sanar o defeito, mas para, eventualmente, convencer a relatoria de que o princípio da dialeticidade restou
observado.
À vista do exposto, determino a intimação do embargante para que, querendo, manifeste-se, no prazo de 5 (cinco) dias, com amparo no art. 10, do
CPC, apontando os eventuais trechos da peça recursal de fls. 245/257 dos quais conste a impugnação especificada dos fundamentos da decisão
recorrida, vedada a inovação e a complementação das razões recursais.
Publique-se.
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CARTRIS
VISTAS AO ADVOGADO
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(0467193-4)
Protocolo : 2017/2990
Comarca : Recife
Vara : Vigésima Segunda Vara Cível da Capital - SEÇÃO A
Autos Complementares : 01673027 Agravo de Instrumento Agravo de Instrumento
Observação : Anexo relatório Judwin realizado através da ação de origem, para análise.
Apelante : Sul America Companhia de Seguro Saude S/A
Advog : Roberto Gilson Raimundo Filho(PE018558)
Advog : e Outro(s) - conforme Regimento Interno TJPE art.66, III
Apelado : Raimundo Girão Nobre
Advog : Luciane Góes Nobre(PE015509)
Advog : Fábio José do Nascimento Silva(PE000579B)
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator : Des. Francisco Manoel Tenorio dos Santos
Motivo : APRESENTAR CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL
Vista Advogado : Luciane Góes Nobre (PE015509 )
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A GERÊNCIA DE JURISPRUDÊNCIA E PUBLICAÇÕES INFORMA, A QUEM INTERESSAR POSSA, QUE FORAM PUBLICADOS NESTA
DATA, OS ACÓRDÃOS REFERENTES AOS SEGUINTES FEITOS:
ACÓRDÃOS CRIMINAIS
3ª CÂMARA CRIMINAL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PREVENTIVA
E CONDIÇÕES SUBJETIVAS FAVORÁVEIS. MATÉRIA JÁ APRECIADA POR ESTA CORTE NO JULGAMENTO DO HC Nº 0493353-3. PEDIDO
REITERATIVO. DESPROPORCIONALIDADE DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR. IMPOSSIBILIDADE DE PREVISÃO DA PENA E DO REGIME
CORRESPONDENTE. EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO. INEXISTÊNCIA. AUDIÊNCIA DESIGNADA PARA DATA RELATIVAMENTE
PRÓXIMA. DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE DESÍDIA DA JUÍZA SINGULAR. ORDEM DENEGADA. DECISÃO
UNÂNIME.
I - As matérias referentes à ausência dos pressupostos autorizadores da prisão preventiva do Paciente, bem como a respeito das eventuais
condições subjetivas favoráveis, já foram apreciadas por esta Corte, por ocasião do julgamento do Habeas Corpus de nº 0493353-3, de minha
relatoria, cuja ordem foi denegada, por decisão unânime, em 11/04/2018, por esta 3ª Câmara Criminal, tratando-se de pedido meramente
reiterativo que não deve ser conhecido.
II - Não se pode considerar desproporcional a custódia cautelar, haja vista ser impossível, no estágio atual, e muito mais na estreita via do habeas
corpus, antever a sanção a ser aplicada e o regime a ela adequado, o que somente a conclusão da instrução criminal poderá revelar.
III - Não há constrangimento ilegal a ser sanado por excesso de prazo, tendo em vista que o feito originário encontra-se com audiência de instrução
e julgamento designada para data próxima, dia 12/12/2018, às 15:30 horas, não se verificando, dessa forma qualquer desídia da autoridade
apontada coatora, que imprime andamento regular ao feito.
IV - Pedido conhecido em parte e, nessa extensão, ordem denegada. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos do Habeas Corpus nº 0004428-50.2018.8.17.0000 (0514536-4), em que figuram como partes as
retromencionadas, ACORDAM os Excelentíssimos Senhores Desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado
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de Pernambuco, por unanimidade de votos, conhecer em parte do pedido e, na extensão, denegar a ordem, tudo de conformidade com o relatório
e votos constantes das notas taquigráficas anexas, devidamente rubricadas, que passam a integrar o presente aresto, devidamente assinado.
EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS. ALEGADA
EXACERBAÇÃO DA PENA APLICADA. OCORRÊNCIA. FUNDAMENTOS GENÉRICOS. CONCORRÊNCIA ENTRE A ATENUANTE DA
CONFISSÃO ESPONTÂNEA E A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. COMPENSAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ. REPRIMENDA DIMINUÍDA.
REGIME INICIALMENTE FECHADO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS NEGATIVAS. REINCIDÊNCIA. QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA.
MANUTENÇÃO DO REGIME MAIS GRAVOSO. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. DECISÃO UNÂNIME.
1. Verificando-se que a pena-base foi fixada em patamar acima do mínimo legal, sem fundamentação adequada, pois amparada em elementos
genéricos e em aspectos próprios do tipo penal, impõe-se a reforma da dosimetria, com a consequente redução da reprimenda.
2. Atendendo a orientação da Terceira Seção do Superior Tribunal Justiça, devem ser compensadas a atenuante da confissão espontânea e a
agravante da reincidência, por serem igualmente preponderantes, reduzindo-se a pena total aplicada para 05 anos e 06 meses de reclusão.
3. O fato de a pena-base ter sido fixada próxima ao mínimo legal não impede que seja aplicado regime mais gravoso de cumprimento de pena,
desde que os mais brandos não se mostrem suficientes para a prevenção e repressão da prática criminosa, especialmente quando o réu é
reincidente e a quantidade e a natureza nociva da droga apreendida sugerem a imposição do regime mais grave, como o único necessário e
suficiente para a sua repreensão e reeducação. Precedentes: STF e STJ.
4. Apelação parcialmente provida. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Criminal nº 0004529-57.2014.8.17.1090 (0383610-8), em que figuram, como
Apelantes, as partes retromencionadas, acordam os Senhores Desembargadores componentes da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça de Pernambuco, na Sessão realizada hoje, em dar parcial provimento ao recurso, para reduzir a pena para 06 (seis) anos de reclusão e
600 (seiscentos) dias-multas, tudo de acordo com a ata de julgamento, votos e notas taquigráficas, que fazem parte integrante deste julgado.
Recife, 28/11/2018.
ACÓRDÃOS CIVEIS
5ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
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EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINA DE INÉPCIA DO PLEITO INDENIZATÓRIO - REJEITADA - MÉRITO
- NEGATIVAÇÃO INDEVIDA - ATO ILÍCITO - DANO MORAL "IN RE IPSA" - MANUTENÇÃO DO "QUANTUM" INDENIZATÓRIO - CONDENAÇÃO
DA RÉ AO PAGAMENTO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA - RECURSO IMPROVIDO.
1. No âmbito do CPC/73, era admitida a formulação de pedido genérico pelo Autor na petição inicial nos casos de indenização por dano moral,
ficando a cargo do juiz estipular o "quantum" do dano.
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e deste Tribunal (Súmula n° 137) estão consolidadas no sentido de que a mera
negativação indevida da pessoa física ou jurídica junto aos órgãos de proteção ao crédito gera danos morais, independente da comprovação
dos prejuízos suportados ("in re ipsa").
3. Tendo em vista os critérios da extensão do dano, bem como a capacidade econômica das partes, conclui-se pela razoabilidade e
proporcionalidade do valor indenizatório fixado pelo juiz de piso (R$ 8.000,00).
4. Recurso improvido, com condenação da Ré ao pagamento dos ônus da sucumbência, o que inclui as custas processuais e os honorários
advocatícios, estes últimos no percentual de 15% sobre o valor da condenação, já considerando o disposto no art. 85, §11°, do CPC.
ACÓRDÃO
Visto, discutido e votado este recurso, ACORDAM os Excelentíssimos Senhores Desembargadores integrantes da QUINTA Câmara Cível do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de inépcia do pleito indenizatório
formulado pela Autora e, no mérito, negar provimento à presente Apelação, tudo nos termos dos votos e notas taquigráficas em anexos, caso
estas últimas sejam juntadas aos autos.
Recife, de de 2018.
ACÓRDÃOS CIVEIS
3ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
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ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO JULGADA PROCEDENTE. DECLARAÇÃO, DE OFÍCIO, DE RESCISÃO DO
CONTRATO. INEXISTÊNCIA DE PEDIDO DA PARTE. JULGAMENTO EXTRA PETITA. APELO PROVIDO.
1. No caso dos autos, o Magistrado singular, de ofício, declarou a rescisão do contrato entre as partes, apesar de não ter havido pedido da
Aymoré nesse sentido.
2. Agindo o juiz fora dos limites definidos pelas partes e sem estar amparado em permissão legal que o autorize examinar questões de ofício,
haverá violação ao princípio da congruência, haja vista que o pedido delimita a atividade do juiz (arts. 141 e 492, ambos do CPC/2015), que
não pode dar ao autor mais do que ele pediu, julgando além do pedido, como ocorreu na hipótese em exame, com a declaração, de ofício, da
rescisão do contrato.
3. Apelo provido.
ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n. 516.783-1, em que figuram como partes as acima indicadas,
ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, por unanimidade, em DAR
PROVIMENTO ao recurso de apelação interposto pela Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S/A., na conformidade do relatório, voto,
ementa e notas taquigráficas que integram este julgado.
Recife,
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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. REQUISITOS DO ART. 927 DO
CPC/73 NÃO COMPROVADOS. POSSE ANTERIOR NÃO CARACTERIZADA. RECURSO NÃO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
1. A reintegração não se confunde com as ações reivindicatórias e de imissão de posse, de natureza petitória. Nestas, exige-se a demonstração
do domínio dos bens em litígio; na de reintegração, ao invés, deve-se comprovar a posse.
2. A ação de reintegração de posse é regulada pelo art. 927 do CPC e, para ser procedente, exige a prova da posse anterior do imóvel, do
esbulho e da data deste, além da perda da posse.
3. Todos os depoimentos testemunhais reconhecem estar o ocupante morando no imóvel desde que nasceu, tendo a autora da herança, enquanto
viva, custeado as despesas do imóvel para ele.
4. Se nem mesmo a falecida tinha a posse do bem, não se pode transmitir ao Espólio o que não se detém. Nada há nos autos que demonstre o
direito alegado pelo Espólio seja por falta de demonstração de posse anterior, seja por falta de comprovação da data do esbulho.
5. Recurso não provido. Decisão unânime.
ACÓRDÃO: Vistos, examinados, discutidos e votados estes autos da Apelação Cível n. 511.201-4, em que figuram como partes as acima indicadas
ACORDAM os Desembargadores do Egrégio Tribunal de Justiça que compõem a 3ª Câmara Cível, unanimemente, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, na conformidade do relatório, do voto, ementa e notas taquigráficas que integram o presente julgado.
Recife,
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. COMPRAS COM CARTÃO DE CRÉDITO REALIZADAS POR TERCEIROS. CLONAGEM.
COMPRAS REALIZADAS ATRAVÉS DE CARTÃO COM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO DO HIPERCARD. VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES
DA AUTORA. DANOS MATERIAIS E LUCROS CESSANTES CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. NEGADO PROVIMENTO AO
RECURSO. DECISÃO UNÂNIME.
1. O presente recurso versa sobre a responsabilidade da administradora do cartão de crédito Hipercard pelas compras realizadas no
estabelecimento comercial da autora/apelada por estelionatários com cartões clonados e/ou furtados/roubados.
2. Em se tratando de compras realizadas com cartão de crédito de responsabilidade do apelante, obrigatoriamente, as consequências do mal
uso por estelionatários é do próprio Hipercard, vez que sem a devida segurança.
3. O apelante não se pronunciou acerca do rompimento contratual e da retirada arbitrária da maquineta do estabelecimento comercial, provocando
prejuízo ao autor, tampouco, produziu prova capaz de eximir-se de sua responsabilidade.
4. Os DANOS MATERIAIS efetivamente existem a partir do momento que foram realizadas compras por meio do cartão de crédito Hipercard que
não ressarciu os valores das vendas no valor de R$ 25.000,00.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
5. Os LUCROS CESSANTES FORAM RECONHECIDOS e assim merecem permanecer, posto que a empresa autora deixou de vender seus
produtos por meio do cartão de crédito face ao rompimento contratual abusivo pelo réu e a retirada da maquineta do estabelecimento comercial
da autora, fato não contestado pelo apelante.
6. Negado Provimento. Sentença mantida. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, examinados, discutidos e votados estes autos da Apelação Cível n. 0466771-4, em que figura como Apelante HIPERCARD BANCO
MÚLTIPLO S/A, e como Apelada ROMYS COMÉRCIO DE SALVADOS E REPRESENTAÇÕES LTDA, ACORDAM os Desembargadores do
Egrégio Tribunal de Justiça que compõem a 3ª Câmara Cível, unanimemente, em NEGAR PROVIMENTO ao recurso, em razão das peculiaridades
do caso concreto, mantendo a sentença recorrida em todos os seus termos, na conformidade do relatório, do voto e da ementa que integram
este julgado.
Recife, 2-11-2018
EMENTA: CIVIL. SEGURO DPVAT. LEI 6.194/76 COM ALTERAÇÃO DA LEI 11.459/2009. SÚMULA 474 DO STJ. LAUDO DE VERIFICAÇÃO E
QUANTIFICAÇÃO DE LESÕES PERMANENTES CONCLUSIVOS PARA DEBILIDADE PARCIAL INCOMPLETA EM ESTRUTURA CCRÂNIO-
FACIAL RESIDUAL (10%) E EM ESTRUTURA DO PÉ ESQUERDO RESIDUAL (10%). PAGAMENTO ADMINISTRATIVO INFERIOR
REALIZADO. NECESSIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO DE VERBA A SER INDENIZADA. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. A regra em vigor à época é a Lei nº 6.194/74, com as alterações produzidas pelas Leis 11.482/2007 e 11.945/2009, em homenagem ao princípio
do "tempus regit actum".
2. A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez.
3. Laudos médicos e perícia realizada pelo mutirão DPVAT constataram a existência de lesão permanente, parcial e incompleta em estrutura
crânio-facial (10%) e na estrutura do pé esquerdo (10%).
4. Sobre a lesão de estrutura crânio-facial, o valor da indenização corresponde a 100% (cem por cento) do valor integral da indenização, ou
seja, 50% de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), conforme tabela de graduação de invalidez e laudo de verificação da lesão. Como a
repercussão da invalidez permanente se deu em sua graduação de 10%, é devido o percentual de 10% sobre R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos
reais), que perfaz o montante de R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais).
5. Sobre a lesão no pé esquerdo, o valor da indenização corresponde a 50% (cinquenta por cento) de 100% (cem por cento) do valor integral, ou
seja, 50% de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), conforme tabela de graduação de invalidez e laudo de verificação da lesão, totalizando
a quantia de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais). Como a repercussão da invalidez permanente se deu em sua graduação de
10%, é devido o percentual de 10% (dez por cento) de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais), que perfaz a quantia de R$ 675,00
(seiscentos e setenta e cinco reais).
6. Restou comprovado pagamento administrativo no valor de R$1.300,00 (um mil e trezentos reais). Diante disso, o valor a ser indenizado perfaz
o montante de R$ 675,00 (seiscentos e cinquenta reais).
7. Majoração para 20% (vinte por cento) dos honorários sucumbenciais devidos pela apelante
8. Negar provimento.
ACÓRDÃO: Vistos, examinados, discutidos e votados estes autos da Apelação Cível nº 0513620-7 em que figuram como partes as acima
indicadas, ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível deste Tribunal de Justiça de Pernambuco, unanimemente, em
NEGAR PROVIMENTO ao Recurso, na conformidade do relatório, voto anexo e notas taquigráficas, que passam a integrar esse julgado.
Recife, 29-11-2018
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EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE RECURSAL DO
HERDEIRO RECORRENTE. REJEITADA. BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA DEFERIDO. DEVER DE PAGAR TAXAS CONDOMINIAIS.
OBRIGAÇÃO PROPTER REM. OBRIGAÇÃO DO ESPÓLIO. JUROS DE 1% AO MÊS. CABÍVEIS. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
1. O herdeiro é titular do direito de propriedade sobre sua respectiva cota, a partir do momento da morte do falecido, tendo, portanto, interesse
jurídico para interpor apelação, justamente porque a cobrança das taxas condominiais relativas ao imóvel que compõe o espólio implica na redução
do patrimônio que constitui parte deste ente despersonalizado e, consequentemente, na redução da cota do herdeiro. Preliminar rejeitada.
2. A documentação acostada constitui elemento de prova apto a demonstrar que, de fato, o recorrente não pode arcar com os custos advindos
do processo sem comprometer sua subsistência, juntamente com sua família. Benefício da justiça gratuita deferido.
3. O caso versa sobre a cobrança, ao espólio demandado, de taxas condominiais, cujo pagamento constitui obrigação de natureza propter rem.
Assim, a dívida condominial gerada em razão do imóvel adere a ele. Logo, independentemente de quem deu causa à dívida, aquele que tiver
relação com o imóvel, em razão da propriedade ou da posse - o espólio - tem a obrigação de responder pela dívida condominial.
4. É obrigação do espólio pagar o valor das taxas condominiais devidas ao tempo do ajuizamento da ação e das que se venceram no curso do
processo, com correção monetária pela tabela do ENCOGE a partir do vencimento de cada parcela, juntamente com multa de 2% (dois por cento)
sobre o débito e juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação. Inteligência do art. 1336, § 1º.
5. Negado provimento à apelação.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n° 0408940-9, em que figuram, como apelante, ALFREDO OSCAR UCHOA DE
MEDEIROS FILHO e, como apelado, CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO MASSARANDUBA, acordam os Desembargadores integrantes da Terceira
Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, à unanimidade de votos, em NEGAR PROVIMENTO à apelação, nos termos do voto do
Relator.
Recife, 29-11-2018
CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. INADIMPLÊNCIA COM RELAÇÃO AO PAGAMENTO DO PRÊMIO.
IRRELEVÂNCIA. LEI Nº 6.194/1974. SÚMULA 257 STJ. APLICAÇÃO. VALOR FIXADO INFERIOR AO PLEITEADO NA EXORDIAL - AUSÊNCIA
DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA.
1. Aplica-se ao caso a Lei nº 6.194/74, que dispõe sobre o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via
terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não, pois o autor sofreu acidente automobilístico.
2. Nos termos da Súmula 257, do Superior Tribunal de Justiça, o inadimplemento de pagamento do prêmio do seguro obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres não é motivo para a recusa do pagamento da indenização.
3. A súmula não faz distinção entre segurado e proprietário do veículo ou, ainda, a terceiros envolvidos no acidente
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
4. Em razão do princípio da causalidade, havendo condenação da seguradora a pagar diferença de indenização do seguro DPVAT, ainda que em
valor inferior ao requerido na exordial, não haverá que se falar em sucumbência recíproca, devendo suportar os ônus da sucumbência.
ACÓRDÃO.
Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível nº 0511880-5, em que figuram como recorrentes as partes acima, ACORDAM
os desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, NEGAR PROVIMENTO à apelação
interposta, mantendo-se incólume a sentença vergastada, tudo em conformidade com o termo de julgamento, o voto do Relator e notas
taquigráficas que passam a integrar o julgado.
Recife, 29-11-2018
ACÓRDÃOS CIVEIS
3ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL. CONTRATO DE FORNECIMENTO