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Presidente:
Des. Adalberto de Oliveira Melo
Primeiro Vice-Presidente:
Des. Cândido José da Fonte Saraiva de
Moraes
Segundo Vice-Presidente:
Des. Antenor Cardoso Soares Júnior
Produção e Editoração:
Marcia Maria Ramalho da Silva
PRESIDÊNCIA ....................................................................................................................................................................................... 6
Núcleo de Precatórios ......................................................................................................................................................................10
1ª VICE-PRESIDÊNCIA ....................................................................................................................................................................... 14
CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA ............................................................................................................................................. 64
ÓRGÃO ESPECIAL ............................................................................................................................................................................. 67
TURMA ESTADUAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................... 102
DIRETORIA GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ........................................................................................................................... 103
SECRETARIA JUDICIÁRIA ................................................................................................................................................................ 110
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................................................ 111
Comissão Permanente de Licitação/CPL ...................................................................................................................................... 111
SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS ...................................................................................................................................... 112
Diretoria de Gestão Funcional ....................................................................................................................................................... 133
ESCOLA JUDICIAL ............................................................................................................................................................................ 135
GABINETE DESEMBARGADOR JONES FIGUEIRÊDO ALVES ...................................................................................................... 146
CARTRIS ............................................................................................................................................................................................ 156
DIRETORIA DE DOCUMENTAÇÃO JUDICIÁRIA ............................................................................................................................. 169
DIRETORIA CÍVEL .............................................................................................................................................................................190
Seção Cível ....................................................................................................................................................................................190
Seção de Direito Público ................................................................................................................................................................191
4ª Câmara Cível ............................................................................................................................................................................. 196
6ª Câmara Cível ............................................................................................................................................................................. 198
1ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................206
2ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................238
3ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................247
4ª Câmara de Direito Público .........................................................................................................................................................252
1ª Câmara Extraordinária de Direito Público ................................................................................................................................. 333
2ª Câmara Extraordinária de Direito Público ................................................................................................................................. 335
Diretoria Cível do 1º Grau .............................................................................................................................................................. 342
Diretoria das Varas de Família e Registro Civil da Capital ............................................................................................................ 346
Diretoria Cível Regional do Agreste .............................................................................................................................................. 348
DIRETORIA CRIMINAL ...................................................................................................................................................................... 350
1ª Câmara Criminal ........................................................................................................................................................................ 350
2ª Câmara Criminal ........................................................................................................................................................................ 356
4ª Câmara Criminal ........................................................................................................................................................................ 365
COORDENADORIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS ............................................................................................................................381
Colégio Recursal Cível - Capital .................................................................................................................................................... 381
NÚCLEO PERMANENTE DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS - NUPEMEC .....................................415
Petrolina - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania - CEJUSC ..............................................................................415
COORDENADORIA GERAL DO SISTEMA DE RESOLUÇÃO CONSENSUAL E ARBITRAL DE CONFLITOS .............................. 427
Capital - Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem ............................................................................................................. 427
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - CAPITAL ................................................................................................................................ 444
DIRETORIA CÍVEL DO 1º GRAU ...................................................................................................................................................... 446
CAPITAL ............................................................................................................................................................................................. 450
Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária ......................................................................................... 450
Capital - 1ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 451
Capital - 2ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 452
Capital - 2ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 453
Capital - 3ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 455
Capital - 4ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 462
Capital - 5ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 463
Capital - 6ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 467
Capital - 8ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................... 470
Capital - 9ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................... 471
Capital - 10ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 480
Capital - 12ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 481
Capital - 15ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 483
Capital - 16ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 486
Capital - 18ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 487
Capital - 19ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 492
Capital - 21ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 494
Capital - 24ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 499
Capital - 25ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 505
Capital - 25ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 509
Capital - 27ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 512
Capital - 28ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 513
Capital - 29ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 515
Capital - 30ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 520
Capital - 30ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 525
Capital - 31ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 526
Capital - 33ª Vara Cível - Seção A ................................................................................................................................................. 527
Capital - 34ª Vara Cível - Seção B ................................................................................................................................................. 529
Capital - 1ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 535
Capital - 2ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 536
Capital - 3ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 538
Capital - 6ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 541
Capital - 7ª Vara Criminal ............................................................................................................................................................... 543
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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PRESIDÊNCIA
SEI Nº 00036600-08.2018.8.17.8017
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
GABINETE DA PRESIDÊNCIA
ATO Nº 3398/2018 - SGP
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, CONFERIDAS PELO
ART. 30, XIX, DA RESOLUÇÃO Nº 395, DE 30.03.2017 (REGIMENTO INTERNO DO TJPE), RESOLVE:
CONCEDER aposentadoria a DAMIANA ROSA PONTUAL DE CARVALHO , matrícula nº 176222-2, no cargo de Analista Judiciário/Função
JUD APJ, Classe IV, Padrão “P 18”, com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47/2005, com integralidade e paridade, a partir
de 03.12.2018.
Recife, 05 de dezembro de 2018.
Des. Adalberto de Oliveira Melo
Presidente
SEI Nº 00035207-12.2018.8.17.8017
ATO Nº 3399/2018 - SGP
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, CONFERIDAS PELO
ART. 30, XIX, DA RESOLUÇÃO Nº 395, DE 30/03/2017 (REGIMENTO INTERNO DO TJPE), RESOLVE:
Conceder aposentadoria a GILENO LEAL DE SOUZA , matrícula nº 127.539-9, ocupante do cargo de Oficial de Justiça - OPJ, classe IV-P18,
com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 05/07/2005, com integralidade e paridade, a partir de 03/12/2018.
O EXMO. DES. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU
NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 05/12/2018, OS SEGUINTES DESPACHOS:
Requerimento -– (SEI nº 00038872-92.2018.8.17.8017) – Exmo. Des J orge Américo Pereira de Lira – ref. pagamento de verba indenizatória:
“Defiro o pedido formulado pelo EXMO. DES. JORGE AMÉRICO PEREIRA DE LIRA , de pagamento pro rata tempore , pelo exercício cumulativo,
em substituição aos seguintes Desembargadores: Exmo. Des. Itamar Pereira da Silva Júnior, no período de 19 (dezenove) a 21 (vinte e um) de
novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 03 (três) dias, junto à 4ª Câmara de Direito Público, em razão de viagem institucional; e Exmo. Des.
Carlos Frederico Gonçalves de Moraes, no período de 26 (vinte e seis) a 30 (trinta) de novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 05 (cinco) dias,
junto ao Órgão Especial, em razão de viagem institucional, nos termos do art. 146, inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de
Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar nº 209.2012, de 01.10.2012.
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Ofício nº 64/2018-GDSNC -– (SEI nº 00038950-72.2018.8.17.8017) – Exmo. Des Stênio José de Sousa Neiva Coêlho – ref. pagamento
de verba indenizatória: “Defiro o pedido formulado pelo EXMO. DES. STÊNIO JOSÉ DE SOUSA NEIVA COÊLHO , de pagamento pro rata
tempore de exercício cumulativo, em substituição ao Exmo. Des. Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello, no período de 26 (vinte e seis)
a 30 (trinta) de novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 05 (cinco) dias, junto ao Órgão Especial, em razão de viagem institucional, nos termos
do art. 146, inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar nº
209.2012, de 01.10.2012”.
Requerimento -– (SEI nº 00038991-59.2018.8.17.8017) – Exmo. Des Evandro Sérgio Netto de Magalhães Melo – ref. pagamento de
verba indenizatória: “Defiro o pedido formulado pelo EXMO. DES. EVANDRO SÉRGIO NETTO DE MAGALHÃES MELO , de pagamento pelo
exercício cumulativo junto à 1ª Câmara Extraordinária Criminal, durante o mês de novembro de 2018 (dois mil e dezoito) – 30 (trinta) dias, nos
termos do art. 146, inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar
nº 209.2012, de 01.10.2012, conforme certidão anexa”.
O EXMO. DES. CÂNDIDO JOSÉ DA FONTE SARAIVA DE MORAES, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 04/12/2018, OS SEGUINTES
DESPACHOS:
Ofício nº 112/2018- GDJF -– (Sei nº 00039006-85.2018.8.17.8017) – Exmo. Des. Jones Figueirêdo Alves – ref. ausência institucional/
convocação substituto: “H.R. Autorizo e determino sejam convocados substitutos na ordem regimental”.
E-mail -– (Datado de 04/12/2018) – Exmo. Des. Carlos Frederico Gonçalves de Moraes – ref. comunica ausência: “R.H. Ciente. Convocando-
se substituto na ordem regimental”.
O EXMO. DES. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU,
EM DATA DE 05/12/2018, O SEGUINTE DESPACHO:
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual Otoniel Dias de Araújo Neto, na qualidade de filho e Sueclebia Maria de França, segundo ela,
na qualidade de companheira, solicitam pagamento do auxílio funeral e demais vantagens, em razão do falecimento de José Alencar Dias da
Costa Araújo, aposentado no cargo de Juiz de Direito de 2ª entrância por meio do Ato nº 3844/82, de 28/09/1982, conforme cópia da certidão de
óbito, nota fiscal, recibo e outros documentos que instruem o presente pedido.
Nesse contexto, a Consultoria Jurídica exarou Parecer, o qual foi ratificado pela Consultora Jurídica, opinando pela possibilidade do pagamento
de valores a título de auxílio funeral e demais vantagens correlatas até o limite gasto e efetivamente comprovado pelo requerente Otoniel Dias
de Araújo Neto (filho do falecido), devendo o saldo restante ser liberado mediante alvará judicial, nos termos do art. 1º da Lei Federal nº 6.858,
de 24/11/1980 c/c o art. 172 da Lei Estadual nº 6.123/1968, arts. 4º e 5º da Resolução TJPE nº 015/1984, que regulamentou a Lei Estadual nº
9.423/1984, e art. 1º, caput e parágrafo único, do Decreto Estadual nº 6.263/1980 c/c art. 3º, caput , da Instrução Normativa TJPE nº 27/2010.
Ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o Parecer da Consultoria Jurídica, acolho a proposição nele contida para
deferir parcialmente o pleito, nos fins e limites do supracitado opinativo.
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00036600-08.2018.8.17.8017 0289318v2
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
00035207-12.2018.8.17.8017 0285917v2
O EXMO. DES. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EXAROU
NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 05/12/2018, A SEGUINTE DECISÃO:
DECISÃO
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a magistrada epigrafada, matrícula nº 187.023-8, solicita ressarcimento do valor de R$ 2.000,00
(dois mil reais) para fazer face as despesas com mudança e transporte, conforme cópia de nota fiscal eletrônica de serviços, em razão de sua
promoção da Vara Única da Comarca de Cumaru para a 2ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho (docs. 0154908 e 0154916).
O Juiz Corregedor Auxiliar da 2ª Entrância emitiu Parecer, em 09/11/2018, conclusivo pelo deferimento do pleito, o qual foi aprovado pelo Des.
Corregedor Geral de Justiça (docs. 0285321 e 0292456).
Igualmente, a Consultoria Jurídica, por meio do Parecer (doc. 0293991), opinando pelo deferimento do pedido, com fundamento na legislação
aplicada à matéria.
Ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o Parecer exarado pela Consultoria Jurídica, acolho a proposição nele
contida, para, com fundamento nos artigos 144, inciso XVI e 146, inciso VII, da Lei Complementar Estadual nº 100/2007 (Código de Organização
Judiciária) c/c o Enunciado Administrativo CJ/TJPE nº 02/2008, DEFERIR o pedido de ressarcimento do valor despendido e efetivamente
comprovado.
Publique-se. Cumpra-se.
PROCESSO N º 00038834-54.2018.8.17.8017
REQUERENTE : Eliane Maria Campos de Lemos (filha)
ASSUNTO : Auxílio Funeral
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1. Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a requerente (RG nº 928.329 SSP/PE e CPF nº 169.619.784-87), na qualidade de filha da
de cujus , solicita pagamento do auxílio funeral e demais vantagens, em razão do falecimento, no dia 23/11/2018 , do Desembargador Geraldo
Magela Campos, matrícula 38692-8, conforme cópia da certidão de óbito, nota fiscal de serviços fúnebres, no valor de R$ 6.915,00 (seis mil,
novecentos e quinze reais ), e outros documentos que instruem o presente pedido.
2. Nesse contexto, a Consultoria Jurídica exarou o Parecer, opinando pelo deferimento parcial do pleito, a fim de ressarcir a requerente das
despesas efetivamente comprovadas no valor de R$ 6.915,00 (seis mil, novecentos e quinze reais ), ficando o saldo restante a ser liberado
mediante alvará judicial, consoante disposto no art. 1º da Lei Federal nº 6.858, de 24/11/1980.
4. O art. 172 da Lei Estadual nº 6.123, de 20/07/68, assegura à família do servidor ou magistrado falecido a percepção do auxílio funeral
correspondente a um mês de vencimento ou proventos. A Lei Estadual nº 9.423, de 30/01/84, bem como os arts. 4º e 5º da Resolução TJPE nº 015,
de 22/10/84, resguardam o direito à Gratificação Natalina ou 13º salário proporcional. O art. 1º do Decreto Estadual nº 6.263/80 ampara o direito
aos vencimentos devidos aos funcionários públicos falecidos, com as vantagens que lhes forem inerentes, até o limite da retribuição mensal.
Por fim, A Instrução Normativa TJPE nº 27/2010, regulamenta a concessão e o pagamento de auxílio funeral no âmbito do Poder Judiciário do
Estado de Pernambuco.
5. Posto isso, com fulcro na legislação invocada e opinativo da Consultoria Jurídica, DEFIRO parcialmente o presente pedido, nos limites
do supracitado opinativo.
Núcleo de Precatórios
O EXCELENTÍSSIMO JUIZ JOSÉ HENRIQUE COELHO DIAS DA SILVA, ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA E COORDENADOR DO
NÚCLEO DE PRECATÓRIOS, NO USO DOS PODERES CONFERIDOS POR DELEGAÇÃO DA PRESIDÊNCIA, EXAROU DESPACHO NOS
PROCESSOS A SEGUIR LISTADOS:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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DESPACHO
Ficam os interessados, intimados para, querendo, se manifestarem, sobre a planilha de cálculos elaborada por este Núcleo de Precatórios e
devidamente acostada aos autos, no prazo de 05 (cinco) dias , nos termos do art. 30 da Resolução n.º 392/2016. Ressalte-se, ainda, que
segundo o art. 40 da Resolução n.º 392/2016, em caso de impugnação o precatório será suspenso até a resolução da controvérsia.
Outrossim, não havendo impugnação dentro do prazo estabelecido, não poderá haver mais insurgências quanto aos valores e deduções/retenções
apontadas na conta elaborada pelo Setor de Cálculos deste Núcleo de Precatórios, operando-se a preclusão consumativa.
Junte-se cópia do presente despacho ao aludido precatório.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
R ecife, 05 de dezembro de 2018.
J osé Henrique Dias
Juiz Assessor Especial da Presidência
C oordenador do Núcleo de Precatórios
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1ª VICE-PRESIDÊNCIA
DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial (fl. 2594), com fulcro no artigo 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão exarado na
Apelação Criminal integrado pelos Embargos Declaratórios.
O aresto combatido negou provimento ao apelo, mantendo a condenação do Recorrente à pena definitiva de 32 (trinta e dois) anos de reclusão,
a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelo cometimento do delito previsto no art. 121, §2º, incisos I, III e IV (duas vezes)1 c/c artigos
292 e 693, todos do Código Penal.
O Recurso Especial pleiteia anulação do julgamento, com a consequente realização de novo Júri.
Desta feita, sustenta que o acórdão atacado contraria o art. 155 do CPP4.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF.
É imprescindível que haja individualização da efetiva violação à lei federal, sob pena de incorrer na censura do Enunciado nº 284 do STF, o qual,
por analogia, também se aplica em sede de Recurso Especial.
Apesar de o Recorrente aduzir desobediência apenas ao art. 155 do CPP, não logrou êxito em demonstrar a violação ao referido dispositivo.
Afirmou também que o julgamento teria sido contrário às provas dos autos, sem, contudo, apontar o dispositivo de lei federal ultrajado, qual seja,
art. 593, III, alínea "d"5, do CPP.
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não indicou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia. Nesse exato sentido se posiciona a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
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I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
........
2. Rediscussão da matéria - Aplicação da Súmula 07 do STJ6.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto a condenação do Recorrente pelo crime previsto no art.
121, §2º, incisos I, III e IV, do CP, visando a anulação do julgamento e submissão a novo júri.
Ademais, aduz que as provas colhidas no inquérito policial não foram ratificadas em juízo.
Observo que tanto o relator quanto o revisor, a fim de fundamentar a manutenção da condenação, utilizaram-se do arcabouço fático probatório
existente nos autos, de tal forma que o reexame dessas provas não encontra permissão diante do rito excepcional deste Recurso, restrito à
apreciação acerca da correta aplicação do direito.
Quanto as alegações, o órgão fracionário (fl. 2551) posicionou-se:
.......
EMENTA: PENAL/PROCESSUAL PENAL. JÚRI. HOMICÍDIO QUALIFICADO. MANUTENÇÃO DOS TERMOS DA SENTENÇA. UNANIMIDADE.
1. É cediço que o recurso feito em sede de Tribunal do júri tem caráter restrito, não se devolvendo à superior instância o conhecimento pleno da
causa criminal decidida, ficando o julgamento adstrito exclusivamente aos motivos invocados pelo recorrente para interpor.
2. Defesa interpôs recurso com base no art. 593, inciso III, alíneas "a" e "d", do Código de Processo Penal,
3. O veredicto condenatório proferido pelo Tribunal do Júri, em verdade, é resultado da opção dos jurados por uma das vertentes probatória que
lhes são apresentadas nos autos. In casu, a que foi acolhida sustentava a hipótese acusatória, em desfavor do réu.
4. A desconstituição dessa decisão dos jurados, nos termos do artigo 593, III, d, do CPP, é possível apenas na hipótese em que a decisão do
Júri for absurdamente contrária à prova dos autos, o que não é o caso dos autos.
5. Todas as provas constantes do caderno processual sustentam a condenação do Apelante.
6. Apelação improvida. Decisão unânime.
..........
Assim, a pretensão do Recorrente esbarra na Súmula 07 do C. STJ.
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 28 de novembro de 2018.
1 CP. Art. 121. Matar alguém: § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; III - com
emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
2 CP. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a
participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
3 CP. Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela. § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por
um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. §2º - Quando forem aplicadas penas restritivas
de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
4 CPP. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
5 CPP. Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: d) for a decisão dos jurados
manifestamente contrária à prova dos autos.
6 Súmula 07, STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
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DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso de Agravo (fls. 2.535) que, a despeito de ter sido manejado em 2018, foi lastreado no art. 544 do CPC/73, atual artigo 1.042
do Novo Código de Processo Civil, interposto contra decisão que NEGOU SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário com fulcro no inciso I, alínea
"a", do artigo 1.030 do NCPC (flS. 2.530), com base nos temas 339 e 660 do e. STF.
Inicialmente, esclareço que o caso em apreço não se amolda a hipótese de inadmissibilidade prevista no inciso V, do artigo 1.030 do NCPC, a
qual poderia ser impugnada por meio deste Agravo (artigo 1.042, do NCPC) dirigido ao E. STF, em observância ao disposto no § 1º do artigo
supracitado.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Isso porque, quando o recurso tiver seu seguimento negado sob a sistemática dos recursos repetitivos ou de repercussão geral (art. 1.030, inciso
I, alíneas "a" e "b"), a peça cabível é o Agravo Interno, conforme preceitua o § 2º, do artigo 1.030, do NCPC, veja-se:
.......
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de
repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal exarado no regime de repercussão geral;
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos
II - encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; (...)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.
.......
Dessa forma, in casu, como foi negado seguimento ao Recurso Extraordinário com fulcro no inciso I, alínea "a", do art. 1.030, e, conforme
mencionado, o único recurso de natureza impugnatória cabível contra tal decisão é o Agravo Interno, nos termos do artigo 1.021, do NCPC1.
Ademais, sobre a questão, é válido salientar o entendimento pacificado do E. STF quanto à inaplicabilidade do princípio da fungibilidade nos
recursos de Agravo do artigo 1.042 do CPC/15 interpostos equivocadamente no lugar do Agravo Interno.
Vejamos:
..........
Decisão: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que, em juízo de admissibilidade, aplicou a sistemática da repercussão geral, por entender
que a controvérsia dos autos é idêntica à versada no RE 870.947, Tema 810 (eDOC 47). De plano, verifica-se que contra a decisão de não
admissão do apelo extremo foi interposto agravo, tal como previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil. Entretanto, ante a declaração
de inadmissibilidade do recurso extraordinário, era cabível o agravo interno para o órgão colegiado competente. Ademais, impende registrar
que não se admite a fungibilidade do recurso em agravo interno no caso de erro grosseiro, o que ocorre na espécie. Nesse sentido, veja-se
a ementa do seguinte julgado: "AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO
QUE APLICA A SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B DO CPC). DESCABIMENTO DO AGRAVO PREVISTO NO ART. 544
DO CPC. CABIMENTO DE AGRAVO REGIMENTAL (OU INTERNO) PARA A ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO APÓS 19.11.2009. É pacífico o entendimento desta Corte de que, por não se cuidar de
juízo negativo de admissibilidade de recurso extraordinário, não é cabível o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil, para atacar
decisão de Presidente de Tribunal ou Turma Recursal de origem que aplique a sistemática da repercussão geral. A parte que queira impugnar
decisão monocrática de Presidente de Tribunal ou de Turma Recursal de origem, proferida nos termos do art. 543-B do CPC, deve fazê-lo por
meio de agravo regimental (ou interno). Inaplicável a conversão do presente recurso em agravo regimental a ser apreciado pela origem, já que
a jurisprudência desta Corte já fixou entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo
previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro. Agravo regimental a que se nega provimento." (ARE 761.661 AgR, Rel. Min. PRESIDENTE,
Plenário, DJe 29.4.2014 - Grifos originais) Ante o exposto, não conheço do agravo, nos termos do artigo 932, III, do Código de Processo Civil.
Publique-se. Brasília, 1º de outubro de 2018. Ministro Edson Fachin Relator Documento assinado digitalmente
(STF - ARE: 1127292 PE - PERNAMBUCO, Relator: Min. EDSON FACHIN, Data de Julgamento: 01/10/2018, Data de Publicação: DJe-212
04/10/2018)
..........
Ademais, para se configurar a fungibilidade recursal, a jurisprudência dos Tribunais Superiores determina o preenchimento de três requisitos,
a saber: a) dúvida objetiva sobre qual o recurso a ser interposto; b) inexistência de erro grosseiro; c) que o recurso erroneamente interposto
tenha sido interposto no prazo do que se pretendia transformá-lo. Não tendo havido o preenchimento de tais requisitos, cumulativamente, não
cabe aplicação da fungibilidade.
Vejamos:
........
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO CONTRA
ACÓRDÃO DE TURMA. NÃO CABIMENTO. AGRAVO NÃO CONHECIDO. CERTIFICAÇÃO DO TRÂNSITO EM JULGADO. I - Esta Corte firmou o
entendimento no sentido de que não cabe agravo regimental contra acórdão do Plenário ou de Turma. Inaplicabilidade do princípio da fungibilidade
recursal ante a ocorrência de erro grosseiro. Precedentes. II - Agravo regimental não conhecido e determinada a certificação do trânsito em
julgado do acórdão que rejeitou os embargos de declaração. (ARE 1031035 AgR-ED-AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, STF.
Segunda Turma, julgado em 16/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-059 DIVULG 26-03-2018 PUBLIC 27-03-2018)
........
No caso dos autos, a decisão que negou seguimento ao Recurso Extraordinário teve como fundamento apenas a aplicação da sistemática dos
recursos repetitivos (Temas 660 e 339 do e. STF), de modo que, repita-se, o único recurso cabível seria o Agravo Interno, e não o presente
Agravo previsto no art. 1.042 do CPC/2015.
Ante o exposto, caracterizada a hipótese de erro grosseiro inescusável, NEGO SEGUIMENTO ao Agravo.
Ao CARTRIS, para as providências de praxe.
Publique-se. Intime-se.
Recife, 28 de novembro de 2018.
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1 Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento,
as regras do regimento interno do tribunal.
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DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial fundado no artigo 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão (fl. 753/754) proferido em
Apelação Criminal.
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O Recorrente foi condenado à reprimenda de 45 (quarenta e cinco) anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pela prática do delito
inserto no art. 121, §2º, incisos I e IV1, por três vezes, c/c o art. 69 do CP2.
Inconformado com a reportada decisão, interpôs o Recurso de Apelação pugnando pela anulação da decisão dos jurados, por ser manifestamente
contrária a prova dos autos e, subsidiariamente, almejou a exclusão da qualificadora do motivo fútil, bem como a diminuição da pena-base a
fim de aproximá-la ao mínimo legal.
O órgão julgador (4ª Câmara Criminal) negou provimento ao apelo3.
Desta feita, interpôs o Recurso Extremo apontando violação aos artigos 59 e 68 do CP (dosimetria da pena).
O propósito recursal é tão somente a redução da reprimenda.
O recurso é tempestivo e conta com representação processual regular.
O Parquet apresentou suas contrarrazões às fls. 794/802, pugnando, em suma, pela manutenção do acórdão questionado.
Eis o relatório, passemos à admissibilidade recursal.
1. Da aplicação da Súmula nº 284/STF.
Deve o Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para o Apelo Nobre ter cabimento pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Todavia, não conseguiu expor como os indigitados artigos foram violados, porquanto se limitou a demonstrar um inconformismo quanto à
condenação.
Ressalta-se, ainda, que os dispositivos foram indicados com a única finalidade de acesso à instância superior.
Logo, por deficiência na fundamentação do Recurso Especial, percebe-se afronta àquilo que a Súmula nº 284 tenta evitar4.
2. Da inobservância da Súmula nº 7 do STJ5.
Pretende-se, por via inadequada, uma nova dosimetria da pena.
Ocorre que tal pretensão já foi rebatida pelo órgão julgador, conforme se observa a seguir:
......
"As reprimendas acima se mostram inteiramente adequadas à espécie, ressaltando-se que o acusado foi condenado por triplo homicídio
duplamente qualificado.
Nesse ponto, descabe o pleito defensivo por anulação da qualificadora do motivo fútil (que, na verdade, foi o motivo torpe), porquanto o Conselho
de Sentença reconheceu tal qualificadora, em conformidade, inclusive, ao farto acervo probatório dos autos.
Na falta de circunstâncias atenuantes, agravantes, causas de diminuição ou de aumento e considerando as regras do concurso material (art. 69
do CPB), a pena total e definitiva aplicada a RODRIGO CÂNDIDO CORREIA ficou em 47 (quarenta e sete) anos de reclusão.
No que concerne ao somatório das penas, observo erro material na sentença, cujo calculo resultou e 45 (quarenta e cinco) anos, ao invés de
47 (quarenta e sete. Não obstante, deixo de corrigir o mencionado erro, ante a vedação ao reformatio in pejus no Ordenamento Pátrio." (voto
do relator de fls. 755/763).
......
Assim, vê-se que a Quarta Câmara Criminal cumpriu com o seu mister, ao reexaminar as circunstâncias fáticas e probatórias, de modo que o
revolvimento destas matérias não encontra permissão diante do rito excepcional deste recurso, restrito à apreciação da correta aplicação do
direito.
Desse modo, ante o impedimento do Enunciado nº 07 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, o recurso não merece prosseguimento.
Por fim, destaco que a dosimetria da pena está inserida no âmbito da discricionariedade do magistrado e, por isso, apenas pode ser revista em
situações excepcionais de flagrante ilegalidade pela Corte Superior. Vejamos:
......
"A ponderação das circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal não é uma operação aritmética, mas sim um exercício de discricionariedade
vinculada, devendo o magistrado eleger a sanção que melhor servirá para a prevenção e repressão do fato-crime praticado, exatamente como
realizado na espécie". (AgRg no AREsp 948.632/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 16/10/2018, DJe 24/10/2018).
......
"A individualização da pena, como atividade discricionária do julgador, está sujeita à revisão apenas nas hipóteses de flagrante ilegalidade ou
teratologia, quando não observados os parâmetros legais estabelecidos ou o princípio da proporcionalidade.". (HC 364.194/SP, Rel. Ministro
RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 02/05/2018)
......
À vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 19 de novembro de 2018.
19
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1 Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. (...) § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa,
ou por outro motivo torpe; (...) IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível à defesa
do ofendido;
2 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente
as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro
aquela.
3 EMENTA: PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ART. 121, §2°, INC. I E IV DO CPB, C/C ART. 69 DO CPB. PEDIDO DE ANULAÇÃO DA
DECISÃO DO JÚRI. IMPROCEDÊNCIA. PEDIDO DE REDUÇÃO DA PENA. INCABÍVEL. APELAÇÃO DESPROVIDA POR UNANIMIDADE.
(TJPE, Apelação Criminal nº 0467261-7, Quarta Câmara Criminal, julgado em 21.08.2018).
4 Súmula nº 284 do STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão
da controvérsia.
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DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial (fl. 357) interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão
exarado na Apelação Criminal integrado pelos Embargos Declaratórios.
O aresto combatido (fl. 280) deu provimento parcial ao apelo do Recorrente para reduzir a pena definitiva em 07 (sete) anos, 03 (três) meses
e 15 (quinze) dias de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelo crime previsto no art. 33, caput1, da Lei n. 11.343/2006 c/
c art. 40, V2 do mesmo diploma.
O Recurso Especial pleiteia redução da pena-base ao mínimo legal ou que a exasperação seja tão somente na fração de 1/6 (um sexto) para
cada circunstância judicial sopesada.
Desta feita, alega contrariedade ao art. 59 do CP3.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF
Cabe ao Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para viabilizar a análise do Apelo Nobre pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Contudo, em suas razões recursais, o Recorrente limitou-se a afirmar que teria havido afronta ao art. 59, do CP em virtude da pena-base ter
sido fixada de modo desarrazoado e desproporcional.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
No entanto, não conseguiu expor, de forma pormenorizada a violação ao artigo supostamente atacado, trazendo, apenas, argumentação
superficial e genérica, resultante de um resumo dos acontecimentos e notadamente baseada em inconformismo quanto à decisão.
Conforme consabido, é imprescindível evidenciar no Recurso Especial, a partir de fundamentação clara e consistente, a efetiva violação à lei
federal, sob pena de incidir a censura do Enunciado nº 284 do E. STF, que por analogia também é aplicável em sede de recurso especial, assim
ementada:
......
Súmula 284 STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
.......
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não apontou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia. Nesse exato sentido se posiciona a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
.........
2. Da impossibilidade de reexame de matéria fática - Súmula 74 do C. STJ.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto à pena-base arbitrada, aduzindo estar exasperada.
Sobre tais alegações, o Órgão Fracionário posicionou-se (fl. 280):
.........
PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. DOSIMETRIA DA PENA. QUANTUM A SER APLICADO. DECOTE DE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DO
ART. 59, CP ANTE A AUSÊNCIA DE FUNDAMENTEÇÃO PARA TORNÁ-LAS NEGATIVAS. REDUÇÃO DA PENA-BASE. MEDIDA QUE SE
IMPÕE. AFASTAMENTO DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA RELATIVA AO TRÁFICO INTERESTADUAL. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 587/STJ. PARA A INCIDÊNCIA DA MAJORANTE PREVISTA NO ARTIGO 40, V, DA LEI 11.343/06, É DESNECESSÁRIA A EFETIVA
TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS ENTRE ESTADOS DA FEDERAÇÃO, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA
INTENÇÃO DE REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL. ALTERAÇÃO DO REGIME INICIAL DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA E
QUANTIDADE DA DROGA. PRECEDENTES. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
.........
Assim, o órgão julgador cumpriu com o seu dever de reexaminar as circunstâncias fáticas e probatórias, de modo que o revolvimento destas
matérias não encontra permissão diante do rito excepcional deste recurso, restrito à correta aplicação do direito.
Nesses termos, segue decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça.
........
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. AUTORIA E MATERIALIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO.
DOSIMETRIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...)
2. Para alterar a conclusão a que chegou as instâncias ordinárias, no sentido da comprovação da autoria e a materialidade delitiva e, ainda, se
houve acerto ou desacerto no estabelecimento da dosimetria da pena, demandaria, necessariamente, revolvimento do acervo fático-probatório
delineado nos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 7/STJ, que dispõe: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 684.482/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 19/11/2015, DJe 26/11/2015)
........
De outra banda, destaco que a dosimetria da pena está inserida no âmbito da discricionariedade do magistrado e, por isso, somente pode ser
revista em situações excepcionais de flagrante ilegalidade pela Corte Superior. Vejamos:
........
"DOSIMETRIA. PENA-BASE. ANTECEDENTES. PERSONALIDADE E CONSEQUÊNCIAS DO DELITO. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA.
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE NO ACÓRDÃO RECORRIDO. (...) Nos termos de entendimento pacífico no âmbito desta Corte Superior de Justiça,
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a revisão da dosimetria da pena em Recurso Especial é admissível apenas diante de ilegalidade flagrante. (...) ((AgRg no AREsp 701.230/SP,
QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2018)
........
Ante o impedimento da Súmula nº 07 do Superior Tribunal de Justiça, o Apelo Nobre não merece prosseguimento.
Portanto, à vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso.
Publique-se.
Recife, 22 de novembro de 2018.
1 Lei n. 11.343/2006. Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
2 Idem. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: V - caracterizado o tráfico entre
Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
3 CP. Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias
e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:
4 STJ. Súmula 07. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
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DESPACHOS E DECISÕES
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RECURSO CRIMINAL
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
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DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial (fl. 668) interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão
(fl. 659) proferido em Apelação Criminal.
O aresto combatido deu parcial provimento ao Apelo do Recorrente, para manter a condenação pelos crimes previstos nos artigos 217-A, caput1
c/c o 226, inciso I2, o 713 e 694, todos do CP, e redimensionar a pena definitiva para 16 (dezesseis) anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente
em regime fechado.
O Recurso Especial pleiteia absolvição do Recorrente, por entender que houve contrariedade ao art. 386, I e VI, do CPP5.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF
Cabe ao Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para viabilizar a análise do Apelo Nobre pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Contudo, o Recorrente limitou-se a afirmar que teria havido afronta ao art. 386, I e VI, do CP por inexistir provas suficientes para a sua condenação.
Ademais, não conseguiu expor, de forma pormenorizada, a violação ao artigo supostamente atacado, trazendo, apenas, argumentação superficial
e genérica, resultante de um resumo dos acontecimentos e notadamente baseada em inconformismo quanto à decisão.
Conforme consabido, é imprescindível evidenciar no Recurso Especial, a partir de fundamentação clara e consistente, a efetiva violação à lei
federal, sob pena de incidir a censura do Enunciado nº 284 do E. STF, que por analogia também é aplicável em sede de recurso especial, assim
ementada:
......
Súmula 284 STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
.......
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não apontou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia, posicionando-se a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
........
2. Da impossibilidade de reexame de matéria fática - Súmula 76 do C. STJ.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto à condenação do Recorrente pelo crime de estupro de
vulnerável, pois pretende a absolvição por ausência de provas da existência do fato.
Sobre tais alegações, o Órgão Fracionário posicionou-se (fl. 659):
........
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PALAVRA DAS VÍTIMAS. RELEVÂNCIA NOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE SEXUAL. APOIO NAS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. DOSIMETRIA. APLICAÇÃO DA ATENUANTE PREVISTA NO ART. 65, II,
DO CÓDIGO PENAL. INVIABILIDADE. AUSÊNCIA DE INTERESSE. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. CONTINUIDADE DELITIVA.
CRIMES PRATICADOS NAS MESMAS CONDIÇÕES DE TEMPO, LUGAR E MANEIRA DE EXECUÇÃO E COM UNICIDADE DE DESÍGNIOS.
CONFIGURAÇÃO DA HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 71, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO PENAL. REGRA DA CONTINUIDADE
INCIDENTE SOBRE A TOTALIDADE DE CRIMES PRATICADOS CONTRA AMBAS AS VÍTIMAS. ESCOLHA DA FRAÇÃO DE AUMENTO.
CRITÉRIOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AOS RÉUS. QUANTUM DE MAJORAÇÃO A SER
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
GUIADO APENAS PELO NÚMERO DE INFRAÇÕES. APELOS PARCIALMENTE PROVIDOS, COM REDUÇÃO DAS PENAS. DECISÃO
UNÂNIME.
I - Nos crimes sexuais, geralmente praticados na clandestinidade, a palavra da vítima desempenha papel fundamental em matéria probatória.
Súmula 82 do TJPE e precedentes do STJ.
II - No caso dos autos, as declarações firmes, coerentes e bem estruturadas das menores ofendidas, na delegacia e nos atendimentos psicológicos
iniciais, alinhadas aos depoimentos dos conselheiros tutelares nas fases inquisitorial e judicial, e cumuladas, ainda, com as contradições e
inverossimilhanças nas versões dos Apelantes, são provas suficientes de que estes praticaram o crime previsto no art. 217-A do Código Penal,
de forma reiterada, não havendo, pois, que se falar em absolvição.
III - Sendo impensável que um dos acusados não soubesse que os abusos sexuais cometidos configuravam conduta contrária à lei, mostra-se
inviável a aplicação da atenuante prevista no art. 65, inciso II, do Código Penal. Ademais, sequer há interesse recursal nesse ponto, uma vez
que o magistrado a quo fixou as penas-base no mínimo legal, em 08 (oito) anos de reclusão, de sorte que qualquer diminuição na segunda fase
da dosimetria encontraria óbice na Súmula 231 do STJ.
IV - Tendo os Recorrentes perpetrado crimes de estupro de vulnerável, com emprego de grave ameaça, contra vítimas diferentes (duas), mediante
mais de uma ação, nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução, e com unicidade de desígnios, mostram-se presentes os
requisitos necessários ao reconhecimento da continuidade delitiva específica, prevista no art. 71, parágrafo único, do Código Penal. Desse modo,
a ficção jurídica da continuidade delitiva deverá incidir não somente sobre os crimes praticados contra cada uma das vítimas, consideradas
isoladamente, mas sim sobre a totalidade dos delitos, afastando-se a regra do concurso material.
.........
Assim, a pretensão do Recorrente esbarra na Súmula 07 do C. STJ.
Nesses termos, segue decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça:
........
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. AUTORIA E MATERIALIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO.
DOSIMETRIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...)
2. Para alterar a conclusão a que chegou as instâncias ordinárias, no sentido da comprovação da autoria e a materialidade delitiva e, ainda, se
houve acerto ou desacerto no estabelecimento da dosimetria da pena, demandaria, necessariamente, revolvimento do acervo fático-probatório
delineado nos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 7/STJ, que dispõe: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 684.482/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 19/11/2015, DJe 26/11/2015)
........
3. Posicionamento do julgado conforme entendimento do STJ - Súmula 837 do STJ.
Verifico que a decisão atacada aplicou, em última análise, o entendimento do próprio STJ, incidindo o teor da Súmula 83 daquele Egrégio Tribunal.
Ou seja, a decisão impugnada encontra-se em conformidade com o posicionamento do C. STJ no sentido de que é possível a utilização dos
depoimentos das vítimas como meio de prova para embasar condenação. Vejamos:
........
A ausência de testemunhas também não desconfigura o crime em análise, quase sempre praticado às escondidas. Por isso mesmo, a palavra
da vítima ganha especial relevo, mormente quando coerente, sem contradições e em consonância com as demais provas colhidas nos autos,
como na hipótese. (AgRg no AREsp 746.018/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Rel. p/ Acórdão Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 15/06/2016).
........
4. Alegada divergência jurisprudencial sem o devido cotejo analítico dos fatos.
Em que pese a petição do Recurso Especial se refira, como fundamento, à alínea "c", do inciso III, do art. 105 da Constituição Federal, dela não
se extrai qual a divergência jurisprudencial alegada.
Tenho que para a configuração de divergência jurisprudencial faz-se mister que sejam apresentados julgados com entendimentos diversos daquele
esposado no acórdão recorrido, com demonstração do cotejo analítico.
Ademais, imprescindível a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição de ementas ou a
breve menção sobre apenas um aspecto do acórdão indicado como paradigma e a decisão guerreada, sem qualquer referência aos respectivos
relatórios, a fim de que se possa identificar a existência de similitude dos casos confrontados.
Assim, apesar da tentativa de demonstrar às fls. 673/674 dissídio jurisprudencial, não existe qualquer semelhança fática entre o acórdão recorrido
e aquele apresentado como paradigma.
Neste sentido:
........
O conhecimento do recurso especial interposto com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional exige a indicação do dispositivo legal
objeto de interpretação divergente, a demonstração da divergência, mediante a verificação das circunstâncias que assemelhem ou identifiquem
os casos confrontados, e a realização do cotejo analítico entre elas, nos moldes exigidos pelos arts. 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e 541, parágrafo
único, do CPC/1973. (AgRg no AREsp 170.433/SP, QUARTA TURMA, julgado em 19/05/2016)
........
É cediço, cabe ao Recorrente proceder ao necessário cotejo analítico, nos moldes exigidos pelo art. 1.029, § 1º8, do CPC/2015.
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Cuida-se de Recurso Especial (fl. 668) interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão
(fl. 659) proferido em Apelação Criminal.
O aresto combatido deu parcial provimento ao Apelo do Recorrente, para manter a condenação pelos crimes previstos nos artigos 217-A, caput9
c/c o 226, inciso I10, o 7111 e 6912, todos do CP, e redimensionar a pena definitiva para 16 (dezesseis) anos de reclusão, a ser cumprida
inicialmente em regime fechado.
O Recurso Especial pleiteia absolvição do Recorrente, por entender que houve contrariedade ao art. 386, I e VI, do CPP13.
Recurso tempestivo e devidamente contrarrazoado.
1. Da aplicação da Súmula 284/STF
Cabe ao Recorrente demonstrar o efetivo ultraje à lei federal para viabilizar a análise do Apelo Nobre pela alínea "a" do permissivo constitucional.
Contudo, o Recorrente limitou-se a afirmar que teria havido afronta ao art. 386, I e VI, do CP por inexistir provas suficientes para a sua condenação.
Ademais, não conseguiu expor, de forma pormenorizada, a violação ao artigo supostamente atacado, trazendo, apenas, argumentação superficial
e genérica, resultante de um resumo dos acontecimentos e notadamente baseada em inconformismo quanto à decisão.
Conforme consabido, é imprescindível evidenciar no Recurso Especial, a partir de fundamentação clara e consistente, a efetiva violação à lei
federal, sob pena de incidir a censura do Enunciado nº 284 do E. STF, que por analogia também é aplicável em sede de recurso especial, assim
ementada:
......
Súmula 284 STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
.......
Nesse norte, uma vez testificado que a defesa não apontou em que medida o acórdão afrontou o artigo de lei, considero que a deficiência da
fundamentação não permite a exata compreensão da controvérsia, posicionando-se a jurisprudência do STJ:
........
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
TESE GENÉRICA, SEM INDICAÇÃO PRECISA DA FORMA COMO A LEI FEDERAL TERIA SIDO VIOLADA. SÚMULA N. 284 DO STF.
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE COTEJO
ANALÍTICO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO.
I - Não se conhece o apelo nobre quando a deficiência na fundamentação do recurso, sem indicação precisa da forma como o dispositivo legal
teria sido violado, não permite a compreensão da controvérsia (Súmula 284/STF). (Precedentes). (...) Agravo regimental desprovido. (AgRg no
AREsp 643.492/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015). Grifos.
........
[...] DISCURSO RETÓRICO. NÃO INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO VIOLADO. SÚMULA 284/STF. [...]
V - A mera indicação do dispositivo violado, sem justificar ou apontar como a norma foi violada, caracteriza deficiência na fundamentação recursal,
a atrair a incidência do verbete sumular nº 284 do Supremo Tribunal Federal.
VI - A competência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, encontra-se atrelada à uniformização da interpretação da
legislação infraconstitucional federal, o mero discurso retórico sem indicação do dispositivo tido por violado não viabiliza o necessário confronto
interpretativo para que possa efetivar a uniformização do direito infraconstitucional questionado, encontrando óbice da Súmula n. 284 do STF.
[...] (STJ. AgInt no AREsp 1193575/BA, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2018). Grifos.
........
2. Da impossibilidade de reexame de matéria fática - Súmula 714 do C. STJ.
Vê-se, na verdade, que o recurso interposto é baseado em mero inconformismo quanto à condenação do Recorrente pelo crime de estupro de
vulnerável, pois pretende a absolvição por ausência de provas da existência do fato.
Sobre tais alegações, o Órgão Fracionário posicionou-se (fl. 659):
........
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PALAVRA DAS VÍTIMAS. RELEVÂNCIA NOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE SEXUAL. APOIO NAS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. DOSIMETRIA. APLICAÇÃO DA ATENUANTE PREVISTA NO ART. 65, II,
DO CÓDIGO PENAL. INVIABILIDADE. AUSÊNCIA DE INTERESSE. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. CONTINUIDADE DELITIVA.
CRIMES PRATICADOS NAS MESMAS CONDIÇÕES DE TEMPO, LUGAR E MANEIRA DE EXECUÇÃO E COM UNICIDADE DE DESÍGNIOS.
CONFIGURAÇÃO DA HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 71, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO PENAL. REGRA DA CONTINUIDADE
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INCIDENTE SOBRE A TOTALIDADE DE CRIMES PRATICADOS CONTRA AMBAS AS VÍTIMAS. ESCOLHA DA FRAÇÃO DE AUMENTO.
CRITÉRIOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AOS RÉUS. QUANTUM DE MAJORAÇÃO A SER
GUIADO APENAS PELO NÚMERO DE INFRAÇÕES. APELOS PARCIALMENTE PROVIDOS, COM REDUÇÃO DAS PENAS. DECISÃO
UNÂNIME.
I - Nos crimes sexuais, geralmente praticados na clandestinidade, a palavra da vítima desempenha papel fundamental em matéria probatória.
Súmula 82 do TJPE e precedentes do STJ.
II - No caso dos autos, as declarações firmes, coerentes e bem estruturadas das menores ofendidas, na delegacia e nos atendimentos psicológicos
iniciais, alinhadas aos depoimentos dos conselheiros tutelares nas fases inquisitorial e judicial, e cumuladas, ainda, com as contradições e
inverossimilhanças nas versões dos Apelantes, são provas suficientes de que estes praticaram o crime previsto no art. 217-A do Código Penal,
de forma reiterada, não havendo, pois, que se falar em absolvição.
III - Sendo impensável que um dos acusados não soubesse que os abusos sexuais cometidos configuravam conduta contrária à lei, mostra-se
inviável a aplicação da atenuante prevista no art. 65, inciso II, do Código Penal. Ademais, sequer há interesse recursal nesse ponto, uma vez
que o magistrado a quo fixou as penas-base no mínimo legal, em 08 (oito) anos de reclusão, de sorte que qualquer diminuição na segunda fase
da dosimetria encontraria óbice na Súmula 231 do STJ.
IV - Tendo os Recorrentes perpetrado crimes de estupro de vulnerável, com emprego de grave ameaça, contra vítimas diferentes (duas), mediante
mais de uma ação, nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução, e com unicidade de desígnios, mostram-se presentes os
requisitos necessários ao reconhecimento da continuidade delitiva específica, prevista no art. 71, parágrafo único, do Código Penal. Desse modo,
a ficção jurídica da continuidade delitiva deverá incidir não somente sobre os crimes praticados contra cada uma das vítimas, consideradas
isoladamente, mas sim sobre a totalidade dos delitos, afastando-se a regra do concurso material.
.........
Assim, a pretensão do Recorrente esbarra na Súmula 07 do C. STJ.
Nesses termos, segue decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça:
........
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. AUTORIA E MATERIALIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO.
DOSIMETRIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...)
2. Para alterar a conclusão a que chegou as instâncias ordinárias, no sentido da comprovação da autoria e a materialidade delitiva e, ainda, se
houve acerto ou desacerto no estabelecimento da dosimetria da pena, demandaria, necessariamente, revolvimento do acervo fático-probatório
delineado nos autos, procedimento que encontra óbice na Súmula 7/STJ, que dispõe: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 684.482/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 19/11/2015, DJe 26/11/2015)
........
3. Posicionamento do julgado conforme entendimento do STJ - Súmula 8315 do STJ.
Verifico que a decisão atacada aplicou, em última análise, o entendimento do próprio STJ, incidindo o teor da Súmula 83 daquele Egrégio Tribunal.
Ou seja, a decisão impugnada encontra-se em conformidade com o posicionamento do C. STJ no sentido de que é possível a utilização dos
depoimentos das vítimas como meio de prova para embasar condenação. Vejamos:
........
A ausência de testemunhas também não desconfigura o crime em análise, quase sempre praticado às escondidas. Por isso mesmo, a palavra
da vítima ganha especial relevo, mormente quando coerente, sem contradições e em consonância com as demais provas colhidas nos autos,
como na hipótese. (AgRg no AREsp 746.018/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Rel. p/ Acórdão Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 15/06/2016).
........
4. Alegada divergência jurisprudencial sem o devido cotejo analítico dos fatos.
Em que pese a petição do Recurso Especial se refira, como fundamento, à alínea "c", do inciso III, do art. 105 da Constituição Federal, dela não
se extrai qual a divergência jurisprudencial alegada.
Tenho que para a configuração de divergência jurisprudencial faz-se mister que sejam apresentados julgados com entendimentos diversos daquele
esposado no acórdão recorrido, com demonstração do cotejo analítico.
Ademais, imprescindível a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição de ementas ou a
breve menção sobre apenas um aspecto do acórdão indicado como paradigma e a decisão guerreada, sem qualquer referência aos respectivos
relatórios, a fim de que se possa identificar a existência de similitude dos casos confrontados.
Assim, apesar da tentativa de demonstrar às fls. 673/674 dissídio jurisprudencial, não existe qualquer semelhança fática entre o acórdão recorrido
e aquele apresentado como paradigma.
Neste sentido:
........
O conhecimento do recurso especial interposto com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional exige a indicação do dispositivo legal
objeto de interpretação divergente, a demonstração da divergência, mediante a verificação das circunstâncias que assemelhem ou identifiquem
os casos confrontados, e a realização do cotejo analítico entre elas, nos moldes exigidos pelos arts. 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e 541, parágrafo
único, do CPC/1973. (AgRg no AREsp 170.433/SP, QUARTA TURMA, julgado em 19/05/2016)
........
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
É cediço, cabe ao Recorrente proceder ao necessário cotejo analítico, nos moldes exigidos pelo art. 1.029, § 1º16, do CPC/2015.
Portanto, à vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso.
Publique-se.
Recife, 20 de novembro de 2018.
1 CP. Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
anos.
2 CP. Art. 226. A pena é aumentada: I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;
3 CP. Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
4 CP. Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
5 Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; VI
- existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou
mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
6 STJ. Súmula 07. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
7 STJ. Súmula 83. Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida.
8 CPC. Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante
o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: § 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede
mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados.
9 CP. Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze)
anos.
10 CP. Art. 226. A pena é aumentada: I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;
11 CP. Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições
de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe
a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
12 CP. Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
13 Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato;
VI - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal),
ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
14 STJ. Súmula 07. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
15 STJ. Súmula 83. Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida.
16 CPC. Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante
o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: § 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede
mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
RECURSO CRIMINAL
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram CARTRIS os seguintes feitos:
DECISÃO
Cuida-se de Recurso Especial fundado no artigo 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão (fl. 191) proferido na Apelação
Criminal.
O Recorrente foi condenado pela prática da conduta inserta no art. 157, caput, do CP (roubo), à reprimenda de 04 (quatro) anos de reclusão, a
ser cumprida inicialmente em regime semiaberto, e ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa.
Inconformado com a reportada decisão, interpôs o Recurso de Apelação pugnando pela absolvição ante a fragilidade das provas colacionadas
aos autos e, subsidiariamente, o abrandamento do regime inicial de cumprimento de pena.
O órgão julgador (Primeira Câmara Extraordinária Criminal) negou provimento ao recurso e, de ofício, excluiu a indenização fixada a título de
danos .
Desta feita, interpôs o Recurso Extremo apontando violação: i) ao art. 33, §2º, alínea "c", do CP , requerendo a flexibilização do regime inicial de
cumprimento de pena; ii) ao art. 157 do CP (roubo), porquanto a conduta perpetrada diverge da tipificada no declinado dispositivo, e iii) ao art.
383 do CPP , pois o magistrado deixou de aplicar o "emendatio libelli".
O recurso é tempestivo e conta com representação processual regular.
O Recorrido apresentou suas contrarrazões, às fls. 223/232, pugnando, em suma, pela manutenção do acórdão questionado.
Eis o relatório, passemos à admissibilidade recursal.
1. Ausência de prequestionamento, violação à Súmula nº 211 do Superior Tribunal de Justiça.
Como se sabe a configuração do prequestionamento pressupõe debate e decisão prévios pelo colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema.
Todavia, o órgão julgador não enfrentou o art. 383 do CPP, restando inviabilizada a análise sobre a sua violação. Neste sentido:
........
"O requisito do prequestionamento pressupõe prévio debate da questão pelo Tribunal de origem, à luz da legislação federal indicada, com emissão
de juízo de valor acerca do dispositivo legal apontado como violado, o que não ocorreu neste caso. Incidência da Súmula n. 211 do STJ". [...]
(AgRg no AREsp 540.734/GO, 6ª TURMA, julgado em 28/11/2017)
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
........
Logo, não havendo que se falar em prequestionamento, resta configurado o impedimento à admissibilidade deste Recurso no tocante ao art. 383
do CPP, em face da incidência da Súmula nº 211, do STJ.
2. Da aplicação da Súmula nº 284/STF .
Deve o Recorrente demonstrar o efetivo desrespeito à lei federal para o Apelo Nobre ter cabimento pela alínea "a", do permissivo constitucional.
No entanto, observo que o Recorrente se limitou a fazer um resumo do processo, tendo apontado os artigos com a única finalidade de acesso à
instância superior, por restar inconformado com: i) a condenação e ii) o regime inicial de cumprimento de pena.
Logo, a deficiência na fundamentação do recurso acarretou a não compreensão da controvérsia, o que é vedado pela Súmula nº 284 do STF,
a qual, por analogia, também se aplica em sede de Recurso Especial.
3. Da Aplicação da Súmula nº 7 do STJ.
Como dito, pretende-se, por via inadequada, a absolvição e, subsidiariamente, a flexibilização do regime inicial de cumprimento de pena.
Ocorre que essas pretensões já foram rebatidas pelo órgão julgador, conforme se observa a seguir:
......
".Materialidade e autoria devidamente comprovadas nos autos. Comprovada participação do apelante no crime. Provas colhidas pelos
depoimentos testemunhais e da vítima na fase policial e judicial que guardam consonância com as demais provas colacionadas nos autos,
formando um acervo consistente. Decisão não contrária às provas dos autos. Regime aplicado de maneira correta conforme o que dispõe o art.
33º, §2º, b e §3º, do CP.". (trecho do acórdão de fl. 191).
.......
Assim, o órgão julgador cumpriu com o seu dever de reexaminar as circunstâncias fáticas e probatórias, de modo que o revolvimento destas
matérias não encontra permissão diante do rito excepcional deste recurso, restrito à correta aplicação do direito.
Ante o impedimento da Súmula nº 07 do Superior Tribunal de Justiça, o Apelo Nobre não merece prosseguimento.
À vista do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 30 de novembro de 2018.
DECISÃO
Cuida-se de Recurso Extraordinário (fls. 543) fundado no artigo 102, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão (fl. 475) proferido
em Apelação Criminal.
O aresto combatido negou provimento ao Apelo do Recorrente, mantendo a condenação pelo crime previsto no art. 168, §1º, III, do Código Penal
à pena definitiva de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, além de 20 dias-multa.
O Recurso Extraordinário pleiteia a reforma do acórdão alegando ofensa ao (i) art. 5º, XLVI da CRFB/88; (ii) aos arts. 5º, 8º, 41, XII e 92 da LEP;
(iii) art. 34 do CP e (iv) Súmula 444/STJ.
O Recurso é tempestivo e com representação processual regular, contrarrazões às fls. 554.
1. Controle Prévio de Repercussão Geral: Ausência de Fundamentação.
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Conforme destacado em aresto do Pretório Excelso, cumpre aos tribunais de origem analisar, em controle prévio de admissibilidade, apenas
requisitos formais, a exemplo da existência de preliminar de repercussão geral e sua fundamentação adequada.
Lado outro, ao STF compete exclusivamente decidir se o tema possui repercussão, senão vejamos:
.........
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010)- EMENDA REGIMENTAL Nº 21/2007 (STF) - INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO EM DATA POSTERIOR A 03/05/2007 - EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL E FUNDAMENTADA, EM CAPÍTULO
AUTÔNOMO, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS - INOCORRÊNCIA -
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - A repercussão geral, nos termos em que instituída pela Constituição e regulamentada em sede legal
(Lei nº 11.418/2006), constitui pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, cuja cognição, pelo Supremo Tribunal Federal, depende,
para além da constatação dos pressupostos recursais que lhe são inerentes, do reconhecimento da existência de controvérsia constitucional
impregnada de alta e relevante transcendência política, econômica, social ou jurídica, que ultrapasse, por efeito de sua própria natureza, os
interesses meramente subjetivos em discussão na causa. - Incumbe, desse modo, à parte recorrente, quando intimada do acórdão recorrido em
data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007, a obrigação de proceder, em capítulo autônomo, à prévia demonstração, formal e
fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas, sob pena de incognoscibilidade
do apelo extremo. Precedente. - Assiste, ao Presidente do Tribunal recorrido, competência para examinar, em sede de controle prévio de
admissibilidade do recurso extraordinário, a demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe
competindo o poder - que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º)- de decidir sobre a efetiva existência, ou
não, em cada caso, da repercussão geral suscitada. Doutrina. Precedentes. (STF - AgR ARE: 945047 RS - RIO GRANDE DO SUL, Relator: Min.
CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 08/03/2016, Segunda Turma, DJe-062 06-04-2016)
.........
Neste eito, verifico que, formalmente, a presente irresignação não merece trânsito à míngua de demonstração da Repercussão Geral da matéria
constitucional tida por violada.
Isto porque, conforme pode ser verificado no aresto encimado, constitui ônus do Recorrente demonstrar formal e fundamentada a Repercussão
Geral da questão constitucional, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica,
política, social ou jurídica, mesmo em caso de repercussão geral presumida ou reconhecida em outro recurso (AI 864.509-ED-AgR - Rel. Min
Edson Fachin, 2ª Turma, DJe 07.11.2017)
Não basta, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF/88 e 1.035, § 2º, do CPC/2015, a formulação de
alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza
de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de
repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência
pacífica desta Corte quanto ao tema discutido (Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 25/2/2013; ARE
696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 14/2/2013.).
Logo, o presente recurso padece de vícios formais no tocante a preliminar de Repercussão Geral, a qual não restou devidamente fundamentada.
2. Deficiência na Fundamentação (aplicação da Súmula 284 do STF).
Cabe ao Recorrente demonstrar a efetiva ofensa ao dispositivo constitucional para o Apelo Extraordinário ter cabimento pela alínea "a", do art.
102, inciso III, da Carta da República.
No entanto, não conseguiu expor como o art. 5º, XLVI, da CF foi violado, porquanto se limitou a fazer afirmações genéricas de contrariedade.
Assim, diante do cenário processual e dos fundamentos recursais, não é possível vislumbrar de que modo ocorreu a aludida violação.
Trata-se de alegação superficial, sem o condão de evidenciar, de forma clara e precisa, como a norma constitucional restou ofendida, de tal modo
que enseja a aplicação do óbice disposto na Súmula 284 da Suprema Corte . Neste sentido:
........
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO
GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO.
OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. ACÓRDÃO EM
CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO AI 791.292 QO - RG (MIN. REL. GILMAR MENDES, DJE DE 13/8/2010). PRINCÍPIOS
DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA CONFIANÇA NAS DECISÕES JUDICIAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. DEFICIÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. DISPOSIÇÕES EXCESSIVAMENTE GENÉRICAS, INCAPAZES DE ABARCAR AS PECULIARIDADES DA CAUSA.
SÚMULAS 282, 356 E 284 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (ARE 786383 AgR, Relator(a): Min. TEORI
ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 25/03/2014). Grifos.
........
3. Reexame de fatos e provas (Súmula 279 do STF) e ofensa reflexa à Ordem Constitucional.
Outrossim, a pretensão recursal possui o nítido intuito de revisitar a matéria fático-probatória soberanamente examinada pelas instâncias
ordinárias, o que faz lançar o obstáculo contido na Súmula 279 do STF . Nesse sentido segue precedente:
............
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INSUFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO QUANTO
A ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL MERAMENTE REFLEXA. INCIDÊNCIA DO
ÓBICE DA SÚMULA 279 DESTA CORTE. (...) A necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório impede o acolhimento do recurso
extraordinário, uma vez que incide o óbice da Súmula 279 desta CORTE. Configurada essa situação, revela-se inviável o conhecimento do
apelo. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (ARE 1135894 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado
em 31/08/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-194 DIVULG 14-09-2018 PUBLIC 17-09-2018)
...........
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Vejo ainda que o afirmado desrespeito ao dispositivo legal, art. 5º, XLVI, da CF, incita nada além de uma violação reflexa e oblíqua à Constituição
Federal. Diz-se reflexa e oblíqua, pois não há no curso processual indicativos de afronta direta ao texto constitucional, o que torna inadmissível
esta via extraordinária.
...........
"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. 1.
Insuficiência da preliminar formal de repercussão geral: inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 2. Prova ilícita e dosimetria da pena.
Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento" (ARE nº 744.742/RS-
AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/9/13).
...........
Corroborando esta alegação, verifico que as demais alegações do Recorrente apontam violações a dispositivos infraconstitucionais, razão pela
qual, não podem ser analisadas através da estreita via do Recurso Extraordinário.
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário.
Publique-se.
Recife, 29 de novembro de 2018.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da CF/88
contra acórdão proferido em Apelação (fls. 2.233/2.235), o qual rejeitou as preliminares relativas à (i) incompetência da Justiça Estadual; (ii)
ilegitimidades ativa e passiva; (iii) inépcia da petição inicial; (iv) falta de interesse de agir; (v) denunciação à lide; (vi) prescrição e, no mérito, negou
provimento ao recurso da Seguradora (mantendo a condenação à reparação dos imóveis segurados, diante da ocorrência de vício de construção).
Em suas razões recursais (fls. 2.240/2.294), a Recorrente alega a ocorrência de violação aos artigos 1º, 1º-A e parágrafos da Lei 12.409/2011,
3º e 5º da Lei 13.000/2014, os quais, segundo ela, garantem a legitimidade da CEF em participar das lides securitárias, em contratos firmados
mediante apólice pública (ramo 66), independente de demonstração do comprometimento do FCVS.
Ainda que fosse exigida a supracitada demonstração de prejuízo ao FCVS, defende ter observado tal requisito, diante da indicação de déficit do
aludido Fundo em mais de R$ 88.000.000.000,00 (oitenta e oito bilhões de reais).
Sustenta que a referida norma (Lei 13.000/2014) não foi analisada quando do julgamento do Recurso Repetitivo que trata da matéria (REsp
1.091.363/SC), afastando-se, por conseguinte, a respectiva aplicação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte com entendimento
diverso do ali esposado.
Defende competir à Justiça Federal a análise da necessidade de intervenção da aludida empresa pública no feito, conforme o disposto no art.
109, I da CF/88 e na Súmula 150 do STJ, bem como que a inaplicabilidade dos supracitados dispositivos legais viola o disposto nos arts. 45
e 124, do CPC/15.
Ademais, assinala que o acórdão recorrido violou o previsto no(s) artigo(s):
(i) 17, 18, 485, IV e VI, todos do CPC/15, ante a ilegitimidade ativa dos segurados, seja por não ostentarem a condição de mutuários ou pela
ausência de prova de relação contratual com o SH/SFH, bem como pela falta de interesse de agir, ante a quitação dos respectivos contratos;
(ii) 206, § 1º, II, "b", do Código Civil e 487, II, do CPC, ao deixar de aplicar o prazo prescricional ânuo ao caso sob exame;
(iii) 771 do Código Civil, em face do descabimento da multa decendial na hipótese e, subsidiariamente, sustenta a impossibilidade de incidência
de juros moratórios no cálculo desta penalidade, em observância ao disposto no artigo 412 do mesmo diploma legal;
(iv) 458 do CC e Lei 8.078/1990 quanto à inaplicabilidade do CDC aos contratos com cobertura pelo FCVS e ao art. 6º, VIII, do CDC, dada a
ausência dos requisitos para a inversão do ônus da prova no caso em tela;
(v) 786 do CC e 125, II, do CPC e súmula 188 do STF, em face da recusa da denunciação da lide à Construtora e ao agente financeiro;
(vi) 320, 321, parágrafo único, do CPC/15 e 476 do CC/02 quanto à inépcia da inicial pela ausência de documentos indispensáveis à propositura
da demanda e de comprovação do aviso de sinistro;
(vii) 876, 877 e 878 do CPC/2015, porquanto cabível a adjudicação dos imóveis à Caixa Econômica Federal (FCVS) em face do pagamento de
indenização em valor superior ao do próprio bem segurado;
(viii) 757, 760, 771 e 784 todos do CC/02, diante da inexistência de cobertura contratual para vícios de construção.
Alega, também, a ocorrência de dissídio jurisprudencial acerca da (i) inaplicabilidade do CDC e inversão do ônus da prova (AgRg no REsp
1.078.921/RS), (ii) competência da Justiça Federal para apreciar a lide (STF, RE 898.975/RN, STJ, AgInt no REsp 1.623.794/PR, AgREsp 409.852-
PE) e (iii) falta de interesse de agir, em face da quitação do contrato de financiamento (REsp 1.540.258/PR)1.
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 2.297 e 2.300), e com contrarrazões dos segurados (fls. 2.436/2.482) pugnando, em síntese,
pelo não provimento do recurso.
Inviável, contudo, o seguimento do apelo excepcional. Vejamos.
Quanto à suposta contrariedade aos artigos 1º, 1º-A, e seus parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, 45 e 124 do CPC e
ao dissídio jurisprudencial, alusivos à competência da Justiça Federal/interesse da CEF no feito, verifico que o C. STJ já tratou da matéria, em
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sede de recurso repetitivo, quando do julgamento dos EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/SC - Relatora Min. Isabel Gallotti, com voto vencedor
da Min. Nancy Andrighi (DJe 14.12.2012).
Tal julgado deu ensejo aos Temas 50 e 51 daquela Corte, os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
........................
"Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém interesse
jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período compreendido
entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices públicas,
ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo 68),
a CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide. Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do
momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência
de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o
processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato
anterior. Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente,
não poderá a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC. (Informação atualizada em 18/08/2016 com transcrição do trecho
do voto vencedor proferido pela Min. Nancy Andrighi no julgamento dos segundos embargos declaratórios em que Sua Excelência estabelece a
tese jurídica repetitiva - página 10 - REsp 1091363/SC - DJe de 14/12/2012)."
....................
Na presente hipótese, quando do julgamento do Apelo pela 2ª Câmara Cível (fls. 2.233/2.235), restou assentado a inexistência de comprovação
do comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento da reserva técnica do FESA, o que afasta, sumariamente, eventual interesse da
CEF na lide e a consequente remessa dos autos à Justiça Federal. O julgado impugnado está em consonância com a orientação da Corte
Infraconstitucional, acima explicitada.
Ademais, a mera indicação de déficit do citado Fundo, como noticiado pela Recorrente, não faz concluir, por si só, que esta ação securitária
gerará prejuízo ao referido ativo, exigindo-se, no aludido Repetitivo, prova efetiva do ônus.
Noutro giro, e ainda conforme jurisprudência do C. STJ, destaco que conversão da MP 633/2013 na Lei 13.000/2014, com a consequente alteração
da Lei 12.409/2011, não afasta a necessidade de observância dos requisitos elencados no citado Repetitivo para fins de intervenção da CEF nas
lides securitárias, quais sejam, i) tratar-se de apólice pública e ii) prova documental de comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento
da reserva técnica do FESA.
Neste ponto, ressalto que embora tenha sido instaurada a Controvérsia nº 02, no C. STJ (Relator Min. Marco Aurélio Bellizze), para fins de
discutir se a edição da Lei 13.000/2014 assegura por si só a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS, nas hipóteses de apólices
públicas, tal incidente, neste momento processual, não possui o condão de reverter o entendimento já consolidado naquela Corte.
Isto porque, além de se encontrar em fase incipiente de tramitação, determinou-se tão somente a suspensão dos processos oriundos do TRF
da 4ª Região, de onde advieram os recursos afetados na citada controvérsia, de modo que, a princípio, os demais Estados devem adotar os
posicionamentos outrora definidos.
Outrossim, conquanto o e. STF tenha reconhecido a repercussão geral da matéria ora em análise (Tema 1.0111), não determinou o sobrestamento
geral dos processos que versem sobre a mesma controvérsia, nos moldes do art. 1.035, §5º do CPC (RE 827.996/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
j. em 05.10.2018).
Neste ponto, observo que no julgamento da Questão de Ordem suscitada pelo MM Min. Luiz Fux no ARE 966.177, a Suprema Corte manifestou-
se no sentido de que a suspensão do processamento prevista no dispositivo supracitado não consiste em consequência automática e necessária
do reconhecimento da repercussão geral, sendo da discricionariedade do relator do recurso extraordinário paradigma determiná-la.
Ressalto, ademais, ter conhecimento de decisões monocráticas proferidas no âmbito do c. STJ, sobrestando os feitos que ali tramitam até o
julgamento do mérito da citada Repercussão Geral (sobre o tema vide REsp 1.768.911/SP, REsp 1.761.016/SP, REsp 1.765.930/SP) por razões
de economia processual.
Entretanto, nada obstante a relevância de tais pronunciamentos, o entendimento ali esposado não deve ser replicado nesta 1ª VP, sendo medida
de cautela aguardar-se o posicionamento colegiado daquele egrégio Tribunal Superior acerca do tema, ou até comunicação oficial do e. TJPE
em processos daqui oriundos, a fim de evitar maiores prejuízos aos jurisdicionados, decorrentes da paralisação do feito, tudo em conformidade
com o princípio da segurança jurídica.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
A propósito, em sessão realizada em 22.10.2018, o Órgão Especial deste Tribunal de Justiça rejeitou proposição do Em. Des. José Fernandes de
Lemos, para "suspender todos os processos em que há interesse da Caixa Econômica Federal nas lides que versam sobre a cobertura securitária
de imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação."2
Destarte, inexiste qualquer indicação de que os Temas 50 e 51 foram revogados, ou sua aplicação esteja suspensa em todo o território nacional, o
que denota a possibilidade de sua plena incidência na hipótese em apreço, independente, inclusive, do seu respectivo trânsito em julgado (sobre
o tema vide AgInt no REsp 1.536.711/MT - DJe 22.08.2017).
As teses firmadas pelo C. STJ prevalecem, no meu sentir, sobre eventuais precedentes em sentido contrário proferidos por aquela Corte, salvo
se a matéria então uniformizada for objeto de revisão, através dos instrumentos processuais adequados.
Assim, como a decisão recorrida coincide com o disposto no citado Recurso Repetitivo, uma vez inobservados os requisitos ali consignados,
como visto alhures, o Recurso Especial deve, neste ponto, ter seu seguimento negado, nos termos do art. 1.030, I, 'b', do CPC.
Lado outro, não há como admitir o seguimento da insurgência com base na suposta desobediência ao art. 109, I da CF. Na via especial, cabe
ao C. STJ uniformizar a interpretação das leis federais infraconstitucionais, conforme prevê o art. 105, III da Carta Magna, sendo defeso analisar
violações a normas constitucionais.
Ademais, vale registrar a impossibilidade de interpor Recurso Especial por afronta a verbete sumular, sendo inadequada a assertiva de violação
à Súmula nº 150 do STJ para fundamentar a presente insurgência.
Seguindo o raciocínio, e já analisando as alegações com fundamento na alínea "a", III do art. 105 da CF, observo que, no tocante à suposta
contrariedade aos artigos (i) 17, 18 e 485, IV e VI, todos do CPC (ilegitimidade ativa e ausência de interesse de agir, ante a quitação do contrato);
(ii) 206, § 1º, II, "b" e 487, II do CPC (prescrição); (iii) 320, 321, parágrafo único, CPC (inépcia da inicial); (iv) 6º, VIII, do CDC (inversão do ônus
da prova, ante a ausência de verossimilhança do direito), resta inviável a análise da insurgência, por demandar a reanálise de matéria fático-
probatória, o que é vedado em sede de recurso especial, consoante o previsto na Súmula nº 07 do STJ3.
O reexame de tal motivação da Turma Julgadora não é possível na instância que se pretende ver inaugurada, porque os fatos devem ser
considerados na versão do acórdão (cf. AgRg no REsp 1017005/BA, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 22/10/2013).
No mais, no que tange à apreciação das mencionadas infringências aos artigos (v) 757, 760, 771 e 784 do Código Civil (ausência de previsão
contratual para cobertura de vícios de construção e descabimento da multa decendial), a pretensão da Recorrente também esbarra no reexame
do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como na necessidade de analisar os termos do contrato.
Com efeito, para se concluir que a apólice não incluiria os danos constatados, ou até mesmo que os segurados tinham ciência dos referidos
danos, seria imprescindível revolver o conteúdo fático-probatório deste feito, além dos termos do contrato (apólice securitária), o que é vedado
na estreita via deste apelo excepcional ante o óbice das Súmulas nº 54 e 7 do STJ.
Relativamente ao art. 412 do CC, é de se destacar que esta Corte de Justiça ratificou a decisão de primeira instância, tendo como devida a multa
decendial, acrescida de correção monetária, observada a sua limitação ao valor da obrigação principal (fls. 1.912v).
Ora, se o provimento almejado através do presente recurso já foi concedido, inexiste o interesse recursal da Recorrente, ensejando o não
conhecimento da questão.
Em complemento ao tema anterior (limitação da multa decendial), embora a Recorrente defenda a impossibilidade de incidência de juros
moratórios no cálculo da mencionada penalidade, não indica de forma clara e precisa o artigo de lei federal que reputa violado, tratando-se
de fundamentação genérica e deficiente, ensejando, portanto, a aplicação analógica da Súmula 284/STF5 (neste sentido vide AgInt no AREsp
965042/SP e AgRg no REsp 1.577.943/SP).
Nessa mesma linha, verifica-se deficiência de fundamentação no tópico referente à inaplicabilidade do CDC, porquanto não apontado como algum
dispositivo da Lei 8.078/90 teria sido ofendido pelo acórdão recorrido, fazendo incidir novamente a Súmula 284 do STF.
Quanto à referência aos artigos 476 (inépcia da inicial), 458 (inaplicabilidade do CDC), ambos do Código Civil, 786 do CC (denunciação à lide),
ressalto que as normas supostamente contraditadas carecem do indispensável prequestionamento, inclusive implícito, porquanto sequer foram
objeto de debate no acórdão recorrido, tampouco de Embargos Declaratórios, esbarrando o presente recurso no disposto na Súmula 211 do STJ6.
Igualmente, a questão da adjudicação dos imóveis à CEF e a suposta violação aos arts. 876, 877 e 878 do CPC não foi analisada no acórdão
recorrido - ausente o prequestionamento -, por se tratar de inovação recursal (fls. 1.527/1.528).
No que diz respeito à alegada infringência ao art. 125, II do CPC, suscitada no tópico intitulado "Denunciação da lide à construtora do imóvel,
bem como ao agente financeiro", o reclamo igualmente não merece ascender ante o óbice da Súmula 83 do C. STJ7.
Com efeito, o acórdão recorrido se coaduna com o entendimento daquela corte superior sobre o tema, o qual se firmou no sentido da facultatividade
da denunciação da lide prevista nos casos de direito ou contrato que consagre o direito de regresso, senão vejamos:
...................
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO (ARTIGO 544 DO CPC) - AUTOS DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO DIRIGIDO CONTRA O INDEFERIMENTO DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE SUSCITADA EM AÇÃO DE COBRANÇA - DECISÃO
MONOCRÁTICA CONHECENDO DO AGRAVO PARA, DE PRONTO, NEGAR SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. INSURGÊNCIA DO
RÉU/LITISDENUNCIANTE.
1. Alegada violação do artigo 535 do CPC não configurada. É clara e suficiente a fundamentação adotada pelo Tribunal de origem para o deslinde
da controvérsia, revelando-se desnecessário ao magistrado rebater cada um dos argumentos declinados pela parte. Precedentes.
2. Denunciação da lide. 2.1. A par da dicção legal, a jurisprudência pacífica desta Corte é no sentido de que a denunciação da lide somente se torna
obrigatória quando a omissão da parte implicar em perda do seu direito de regresso, hipótese não retratada no artigo 70, inciso III, do CPC, na
qual tal direito permanece incólume. Precedentes. 2.2. Consoante cediço na origem, a autora ajuizou ação de cobrança de produtos que constam
de notas fiscais emitidas diretamente em nome da parte ré, não sobressaindo qualquer elemento conducente a configurar a responsabilidade de
terceiro, o que motivou o indeferimento, de plano, do processamento do incidente de denunciação da lide. 2.3. Uma vez obstado o seguimento
da ação incidental, não cabia ao magistrado determinar a citação do denunciado, o que afasta a preliminar de nulidade do feito suscitada pela
recorrente. 2.4. Necessária incursão no acervo fático-probatório dos autos para suplantar tal cognição. Incidência da Súmula 7/STJ.
3. Agravo regimental desprovido.
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(AgRg nos EDcl no AREsp 368.212/PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe 01/06/2015).
.....................
RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. ARTIGO 70, III, CPC. DENUNCIAÇÃO
FACULTATIVA. PRECEDENTES. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADO. I - O prequestionamento constitui exigência inafastável
da própria previsão constitucional do recurso, impondo-se como requisito primeiro do seu conhecimento (Súmulas 282 e 356/STF). II - A
denunciação da lide prevista nos casos do inciso III do artigo 70 do Código de Processo Civil, na linha da jurisprudência desta Corte, não é
obrigatória. (...)
(REsp 150310/SP, Rel. Ministro CASTRO FILHO, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/10/2002, DJ 25/11/2002 p. 228).
....................
Por fim, quanto à arguição de divergência jurisprudencial dos tópicos "inaplicabilidade do CDC" e "falta de interesse de agir", entendo não ter sido
realizado o necessário cotejo analítico, nos moldes do art. 1.029, § 1º do CPC c/c o art. 255 do RISTJ.
Ora, para observância do indigitado cotejo, além da apresentação de julgado com entendimento diverso do acórdão recorrido, resta imprescindível
a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição da ementa ou a breve menção tão somente
à matéria objeto da divergência.
Neste sentido, dispõe o C. STJ: "(...) a divergência jurisprudencial deve ser comprovada, cabendo ao recorrente demonstrar as circunstâncias
que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fática e jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de
trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o intuito de bem caracterizar
a interpretação legal divergente" (REsp 1685611/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIM, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe
09/10/2017).
No caso sob exame, não foi demonstrada, de forma pormenorizada, a similitude fático-jurídica dos casos, corroborando a deficiência das razões
ventiladas pela Recorrente.
Assim, diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 09 de novembro de 2018.
1 Controvérsia relativa à existência de interesse jurídico da Caixa Econômica Federal para ingressar como parte ou terceira interessada nas
ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação e, consequentemente, a competência da Justiça
Federal para o processamento e o julgamento das ações dessa natureza.
2 Ofício nº 041/2018 - GDJFL, da lavra do Exmo. Des. José Fernandes de Lemos, datado de 08 de outubro de 2018. Assunto: Proposição
no sentido de: "Suspender todos os processos que discutem a intervenção da Caixa Econômica Federal nas lides que versam sobre a
cobertura securitária de imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação. Decisão: "POR MAIORIA DE VOTOS, FOI REJEITADA A
PROPOSIÇÃO DO EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS, NO SENTIDO DE SUSPENDER OS PROCESSOS EM QUE HÁ INTERESSE
DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. VENCIDO O EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS
EXMOS. DESEMBARGADORES EUDES FRANÇA (SUBST. O EXMO. DES. ANDRÉ GUIMARAES), EVANDRO MAGALHÃES, ANTÔNIO
DE MELO E LIMA, ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. CÂNDIDO SARAIVA), FERNANDO CERQUEIRA E ADALBERTO MELO
(PRESIDENTE)".
3 Súmula 07/STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial.
4 Súmula 05/STJ. A simples interpretação de cláusula contratual não enseja Recurso Especial.
5 Súmula 284/STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
6 Súmula 211/STJ - Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.
7 Súmula 83/STJ. Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão
recorrida.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, inciso III, alíneas "a" e "c" da Constituição Federal, contra acórdão
proferido em Embargos Declaratórios, em Apelação.
O recorrente argumenta que a decisão atacada ofende o disposto nos art. 20, §§ 3º e 4º do CPC/73, considerando exorbitante a condenação de
honorários advocatícios que lhe foi imposta em sentença proferida no ano de 2011.
Segue narrando que a Colenda Sexta Câmara Cível deste TJ/PE negou provimento à sua Apelação, rejeitando os Aclaratórios. Assim, manteve-
se o entendimento firmado pelo juízo de primeiro grau que, em julgamento antecipado da lide, reconheceu a decadência ao direito do autor,
ora recorrente, de buscar indenização por vício redibitório, além de condená-lo nas custas processuais e honorários advocatícios arbitrados em
10% sobre o valor da causa.
Aduz que o valor da causa atualizado ultrapassa os três milhões de reais, gerando a condenação em honorários no montante superior a trezentos
mil reais. Todavia, considera o referido valor exorbitante, uma vez que sequer houve instrução probatória dos autos ou condenação fundada no
julgamento do mérito (matéria de direito).
Contrarrazões sob fls. 233/352, pugnando, em suma, pelo não conhecimento e não provimento do recurso.
Fundamento recursal com base no art. 105, inciso III, alínea "a" da CF/88: Requisitos de Admissibilidade Recursal atendidos.
I. a. Tempestividade: O recurso é tempestivo, pois foi interposto em 13/06/2018, quarta-feira (fls. 191/222), e a intimação do acórdão vergastado
ocorreu em 24/05/2018, quinta-feira (fl. 186), na vigência do CPC de 2015.
I. b. Preparo: As custas foram satisfeitas, conforme recolhimento das guias do TJ/PE e STJ (fls. 211/216).
I. c. Regularidade Formal: a parte esgotou as vias ordinárias e atendeu ao disposto no art. 1.029 do CPC1.
II - No mesmo sentido, também verifico o atendimento aos Requisitos Intrínsecos de admissibilidade recursal:
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II. a. Legitimação - o recorrente é pessoa jurídica apta, uma vez apresentando a sua manifestação de vontade lastreada diretamente na condição
de autor da ação redibitória originária (comprador do imóvel objeto da ação).
II. b. Interesse - o recorrente demonstrou utilidade e necessidade do provimento jurisdicional pleiteado, buscando a redução da sua condenação
nos honorários advocatícios.
II. c. Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer - requisito negativo atendido, uma vez que não vislumbro qualquer fato
impeditivo, extintivo ou modificativo do poder de recorrer.
III - A controvérsia que subsidia a pretensão recursal no tocante à ofensa ao artigo 20, §§ 3º e 4º, do CPC/1973, não reclama retenção ou
sobrestamento do Apelo Excepcional, vez que não foi enfrentada pela sistemática dos recursos repetitivos.
IV - A análise da controvérsia prescinde o reexame de prova.
V - a questão foi devidamente prequestionada pelo acórdão recorrido (fls. 181/184).
Ante o exposto, ADMITO o recurso pelo fundamento constitucional da alínea "a" e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se.
Recife, 14 de novembro de 2018.
1 CPC, Art. 1.029: O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea "a" da Constituição Federal, contra acórdão proferido
em Embargos Declaratórios, em Apelação.
O recorrente argumenta que a decisão vergastada ofende o disposto no art. art. 14 do CDC. A matéria de fundo decorre de relação bancária na
qual o recorrente, correntista da instituição recorrida, alega que teve um cheque indevidamente devolvido por insuficiência de fundos, porquanto
na data de compensação do referido título, realizou um depósito na sua conta, via caixa eletrônico.
Em suas razões recursais, insurge-se contra a decisão da Colenda Segunda Câmara Cível deste TJ/PE, que negou provimento ao seu Apelo,
mantendo-se a sentença de improcedência proferida pelo juízo de primeiro grau.
O recurso é tempestivo, pois foi proposto em 29/05/2018 - terça-feira (fls. 242/258) - e a intimação do acórdão vergastado ocorreu em 04/05/2018
- sexta-feira (fl. 237), comprovando-se os dias em que não houve expediente neste Judiciário local (fls. 251/254). Por fim, encontra-se com
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representação processual válida e custas satisfeitas. Contrarrazões do recorrido às fls. 263/271 pugnando, em suma, pelo não provimento do
recurso.
Fundamento recursal com base no art. 105, inciso III, alínea "a" da CF/88: Ausência de prequestionamento e rediscussão da matéria - Súmulas
211 e 07 do STJ.
No que diz respeito à violação ao artigo impugnado, trata-se de inovação processual, ante a ausência de prequestionamento, que poderia ter
sido suscitado, no caso dos autos, nos Embargos Declaratórios.
De toda sorte, mesmo que os artigos não fossem enfrentados pela Colenda Câmara, para eventual e posterior alegação de prequestionamento
ficto1 no Recurso Especial, neste último também deveria haver menção expressa de ofensa ao art. 1.022 do CPC.
Assim, concluo pela ausência de prequestionamento desse dispositivo, restando configurado o impedimento à admissibilidade recursal, em face
da incidência do enunciado da Súmula nº 211, do STJ2.
Nesse sentido, o STJ firmou entendimento:
..........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. 1. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. 2. DEMAIS ALEGAÇÕES ENCONTRAM ÓBICE NAS SÚMULAS 5 E 7 DO STJ. 3. AGRAVO IMPROVIDO. 1. No que
se refere aos arts. 2º, 3º e 6º do Decreto-Lei n. 911/1969; 421 a 424 do CC/2002; 155, 213, 214, 219, 220, 258, 259, 260, 261, 267 e 535, do
CPC/1973; 6º, 39, 42, 51, 52, 53 e 54 do CDC, percebe-se que os temas neles contidos não foram prequestionados pela Corte de origem, mesmo
após a oposição de embargos de declaração com essa finalidade, de modo que se mostra inviável seu debate na via do recurso especial, nos
termos da jurisprudência consolidada na Súmula 211 do STJ.
2. A revisão das conclusões a que chegou o Colegiado estadual reclama a interpretação de cláusulas contratuais e a incursão no contexto fático-
probatório dos autos, providência inviável no âmbito do recurso especial, ante o teor do óbice inserto nas Súmulas 5 e 7 do STJ. 3. Agravo
interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1011769/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
22/08/2017, DJe 01/09/2017)
..........
Sobre a matéria de fundo, por sua vez, verifico que a discussão esbarra na Súmula 07 do STJ3.
Isso porque o debate foi enfrentado pelos recursos interpostos pelo recorrente, em conjunto com o material probatório dos autos.
Assim, de acordo com o voto da Relatoria (fls. 191/193-V), seguido em unanimidade pelo Colegiado, verificou-se que, caso o recorrente desejasse
que o valor depositado fosse imediatamente creditado em sua conta, deveria ter efetuado a operação diretamente nos caixas, não podendo se
utilizar de terminais de autoatendimento, considerando, inclusive, a vigência de circular do banco central na qual prevê o prazo de 24h (vinte e
quatro horas) para a referida compensação.
Como visto, apesar de apontar ofensa aos dispositivos supracitados, percebe-se que não houve omissão do órgão julgador. Na verdade, a parte
Recorrente busca rediscutir, por via transversa, a matéria de fato já analisada no julgamento do recurso, de modo a ocasionar um novo juízo
de convicção.
Todavia, o momento processual veda o envio da matéria aos Tribunais Superiores para rediscussão. Nesse sentido:
..........
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC.
EMISSÃO DE CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS. INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. INDENIZAÇÃO. OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. AUSÊNCIA. PRETENSÃO DE REJULGAMENTO DA CAUSA. PRETENSÃO RECURSAL QUE ENVOLVE
O REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7 DO STJ. RECURSO MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL. INCIDÊNCIA DA MULTA
DO ART. 1.021, § 4º, DO NCPC E HONORÁRIOS RECURSAIS DO ART. 85, § 11º, DO NCPC. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Aplica-se
o NCPC a este julgamento ante os termos do Enunciado Administrativo nº 3 aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de
admissibilidade recursal na forma do novo CPC.
2. Inexistentes as hipóteses do art. 535 do CPC/73, não merecem acolhida os embargos de declaração que têm nítido caráter infringente. 3.
Os embargos de declaração não se prestam à manifestação de inconformismo ou à rediscussão do julgado 4. A alteração das conclusões do
acórdão recorrido exige reapreciação do acervo fático-probatório da demanda, o que faz incidir o óbice da Súmula nº 7 do STJ.
5. Em razão da improcedência do presente recurso, e da anterior advertência em relação à incidência do NCPC, incide ao caso a multa prevista
no art. 1.021, § 4º, do NCPC, no percentual de 1% sobre o valor atualizado da causa e a majoração dos honorários advocatícios em 2%, nos
termos do art. 85, § 11º, do NCPC, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito da respectiva quantia, nos termos
do § 5º daquele artigo de lei.
6. Agravo interno não provido, com imposição de multa e majoração da verba honorária.
(AgInt no AREsp 881.078/MG, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/03/2017, DJe 03/04/2017)
..........
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1 CPC, Art. 1.025: Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
2 STJ, Súmula nº 211: Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.
3 STJ, Súmula nº 07: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Embargos de Declaração (fls. 205/207), opostos em face de decisão exarada por esta 1ª Vice-Presidência, que inadmitiu o Recurso
Especial.
De logo, destaco a necessidade de examinar os presentes Aclaratórios por meio de nova decisão singular, pois, sendo o ato embargado proferido
monocraticamente, a competência para seu julgamento pertence ao prolator unipessoal, como se depreende da regra constante do artigo 1.024,
§ 2º, do CPC/2015:
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Art. 1.024. (...)
§ 2º. Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão
prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
..........
No entanto, contra a decisão que obsta o seguimento de recurso excepcional admite-se apenas o Agravo - nos próprios autos, previsto pelo
art. 1.042 do NCPC -, para o C. STJ.
Neste sentido:
..........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE. OPOSIÇÃO DE EMBARGOS
DECLARATÓRIOS. SUSPENSÃO OU INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO. NÃO OCORRÊNCIA. RECURSO
INTEMPESTIVO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência do STJ orienta-se no sentido de que o agravo em recurso especial é
o único recurso cabível contra decisão que nega seguimento a recurso especial. Assim, a oposição de embargos de declaração não interrompe
o prazo para a interposição de ARESP. Precedentes.
2. Excepcionalmente, nos casos em que a decisão for proferida de forma bem genérica, que não permita sequer a interposição do agravo, caberá
embargos. No presente caso, a decisão que inadmitiu o recurso especial não se enquadra na mencionada exceção, porquanto proferida de forma
clara e fundamentada, não havendo que falar em cabimento de Embargos de Declaração e interrupção do prazo para a oposição do adequado
recurso.
3. Agravo interno não provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam,
na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira (Presidente), Marco Buzzi e Lázaro Guimarães (Desembargador convocado
do TRF 5ª Região) votaram com o Sr. Ministro Relator.
(STJ - AgInt no AREsp 1143127 / RJ 2017/0184185-0, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140), Data do Julgamento: 28/11/2017, Data
da Publicação: 01/12/2017, T4 - QUARTA TURMA)
..........
Assim, na espécie, resta configurada a hipótese de não cabimento, a inviabilizar, inclusive, a aplicação do princípio da fungibilidade recursal,
diante do erro grosseiro. Vejamos:
..........
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. AGRAVO REGIMENTAL E EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
OPOSTOS CONTRA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO ESPECIAL. RECURSOS MANIFESTAMENTE INCABÍVEIS. ERRO
GROSSEIRO. NÃO INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO. FUNGIBILIDADE RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO MANIFESTAMENTE INTEMPESTIVO. Agravo regimental improvido.
(AgInt no AREsp 860.068/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 22/06/2016).
..........
Destarte, constatada a manifesta inadmissibilidade dos Embargos, que por esta razão sequer interrompe o prazo para a interposição do recurso
adequado, deve ser reconhecido o trânsito em julgado da decisão que inadmitiu o Recurso Especial, caso não tenha sido interposto o recurso
apropriado no prazo legal.
Deste modo, ao tempo em que NÃO CONHEÇO destes Embargos de Declaração, determino que o CARTRIS certifique imediatamente o trânsito
em julgado da decisão embargada na hipótese de inexistir recurso pendente de juntada.
Cumpra-se. Publique-se.
Recife, 09 de novembro de 2018.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
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PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea "a" da Constituição Federal, contra acórdão proferido
em Apelação.
A matéria de fundo envolve Execução de Título Extrajudicial fundada em cédula de crédito bancário. Alega o recorrente que a decisão vergastada
contrariou os arts. 585, 586, 604,II e 618,I do CPC/73; art. 1.022,II do CPC/15; e art. 28, §2º, I da Lei 10.931/04, na medida em que a Câmara
julgadora deu provimento à apelação do recorrido, anulando a sentença dos embargos à execução proferida pelo juízo de primeiro grau e
determinando o retorno dos autos à origem para julgamento das demais questões levantadas nos embargos à execução.
O recorrente alega que o título executivo, objeto da ação, carece de liquidez, considerando que o recorrido deveria ter acostado aos autos a
evolução da dívida desde o seu início, dentre outros requisitos.
O recurso é tempestivo, pois foi interposto em 14/06/2018 - quinta-feira - (fls. 826/837) e a publicação da decisão guerreada ocorreu em 17/05/2018
- quinta-feira - (fl. 831), na vigência do CPC de 2015 e comprovando-se os dias de suspensão do prazo (fls. 842/846). Encontra-se prequestionado,
com representação processual válida e custas satisfeitas. Contrarrazões do recorrido às fls. 853/857, pugnando, em suma, pela negativa de
provimento.
Observo, de proêmio, nas demandas que envolvem discussão sobre as cédulas de crédito bancário como título executivo extrajudicial, que o
C. Superior Tribunal de Justiça aplica o entendimento firmado no EREsp nº REsp 1291575/PR, tema 576, afetado à sistemática do art. 1.036
do CPC/2015, senão vejamos:
..........
A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de crédito de qualquer natureza, circunstância que
autoriza sua emissão para documentar a abertura de crédito em conta-corrente, nas modalidades de crédito rotativo ou cheque especial.
............
Outrossim, os requisitos para se configurar a força executiva do referido título encontram-se transcritas no acórdão afetado pela sistemática:
..........
DIREITO BANCÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. CÉDULA
DE CRÉDITO BANCÁRIO VINCULADA A CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO. EXEQUIBILIDADE. LEI N. 10.931/2004. POSSIBILIDADE
DE QUESTIONAMENTO ACERCA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS RELATIVOS AOS DEMONSTRATIVOS DA DÍVIDA.
INCISOS I E II DO § 2º DO ART. 28 DA LEI REGENTE.
1. Para fins do art. 543-C do CPC: A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de crédito de qualquer
natureza, circunstância que autoriza sua emissão para documentar a abertura de crédito em conta-corrente, nas modalidades de crédito rotativo
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ou cheque especial. O título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma
legal, de maneira taxativa, a relação de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula (art.
28, § 2º, incisos I e II, da Lei n. 10.931/2004).
3. No caso concreto, recurso especial não provido.
(REsp 1291575/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/08/2013, DJe 02/09/2013)
..........
Desta feita, seguindo o procedimento estabelecido para os recursos repetitivos, como a decisão recorrida coincide com o julgamento de mérito
do paradigma, o recurso especial deve ter o seu seguimento negado com base no art. 1.030, I, "b" do CPC/2015.
Ademais, as alegações do recorrente acerca da ausência de liquidez do título incorrem necessariamente na reanálise das provas dos autos, o
que é vedado na via estreita do Apelo Excepcional, conforme a Súmula 07 do STJ1. Nesse sentido, o C. STJ firmou entendimento:
..........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC/73) - EMBARGOS À EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. INSURGÊNCIA DOS EMBARGANTES.
1. O Tribunal de origem dirimiu, fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas, apreciando integralmente a controvérsia posta nos
autos, não se podendo, ademais, confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.
2. O acolhimento da pretensão recursal no sentido de derruir a conclusão de que o fato constitutivo do direito do autor não foi demonstrado,
demandaria a alteração das premissas fático-probatórias estabelecidas pelo acórdão recorrido, com o revolvimento de todas as provas carreadas
aos autos, o que é vedado em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07 do STJ.
3. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp 860.034/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe 23/03/2018)
..........
1 STJ, Súmula nº 07: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DECISÃO
Trata-se de Agravo Interno interposto contra decisão que negou seguimento ao Recurso Especial manejado pela ora Agravante, com fulcro no
art. 1.030, I, "b" do CPC1, no que se refere à pretensão de deslocamento da competência jurisdicional (fls. 1.128/1.131).
De início, constato que a Recorrente desatendeu ao disposto no artigo 1.003, §5º, do CPC, razão pela qual é de se considerar o Recurso Especial
intempestivo.
Ora, a publicação do acórdão ocorreu em 21.11.2017 (fls. 1.132), iniciando-se a contagem do prazo recursal em 22.11.2017 (sexta-feira).
No entanto, o Recurso Especial somente foi protocolado dia 14.12.2017 (fl. 1.278), extrapolando a quinzena legal, cujo termo ad quem era
13.12.2017, já considerado o feriado nacional de 02.12.2017.
Registre-se, ainda, que não há de se falar em "decisão surpresa", pois intimada para falar sobre a intempestividade recursal, a Recorrente deixou
transcorrer in albis o prazo de 5 (cinco) dias concedido no despacho de fls. 1.381, conforme certificado às fls. 1.383.
Ante o exposto, diante de sua flagrante intempestividade, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.
Após o decurso do prazo recursal, remetam-se os autos a esta 1ª Vice-Presidência para exame do recurso interposto pela Seguradora (Agravo
Interno - fls. 1.200/1.219).
Publique-se.
Recife, 12 de novembro de 2018.
1 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento:
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
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(0472612-7)
Protocolo : 2018/202229
Comarca : Recife
Vara : Decima Sexta Vara Cível da Capital - SEÇÃO B
Apelante : ESPOLIO DE LUIZ SERGIO DE SOUSA VERA CRUZ
Advog : Adolfo Henrique Nunes Monteiro(PE023473)
Reprte : Diego Rafael Leão Vera Cruz
Apelado : UCI RIBEIRO LTDA
Advog : Marcos Alberto Sant´Anna Bitelli(SP087292)
Advog : ALEX CARLOS CAPURA DE ARAUJO(SP296255)
Advog : Hugo Neves de Moraes Andrade(PE023798)
Embargante : UCI RIBEIRO LTDA
Advog : Marcos Alberto Sant´Anna Bitelli(SP087292)
Advog : ALEX CARLOS CAPURA DE ARAUJO(SP296255)
Advog : Hugo Neves de Moraes Andrade(PE023798)
Advog : "e Outro(s)" - conforme Regimento Interno TJPE art.137, III
Embargado : ESPOLIO DE LUIZ SERGIO DE SOUSA VERA CRUZ
Advog : Adolfo Henrique Nunes Monteiro(PE023473)
Reprte : Diego Rafael Leão Vera Cruz
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator : Des. Francisco Manoel Tenorio dos Santos
Proc. Orig. : 0007448-85.2014.8.17.0001 (472612-7)
Despacho : Decisão Interlocutória
Última Devolução : 19/11/2018 14:23 Local: CARTRIS
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial com fundamento no artigo 105, III, alínea "a", da Constituição Federal contra acórdão unânime da 4ª Câmara Cível
que, integrado pelo julgamento dos aclaratórios, deu provimento à apelação manejada pelo ora Recorrido para aumentar as indenizações por
danos materiais e morais para, respectivamente, R$ 334,28 (trezentos e trinta e quatro reais e vinte e oito centavos) e R$ 10.000,00 (dez mil
reais), além de acolher o pleito de lucros cessantes a serem apurados em fase liquidatória (fls. 248 e 289).
Esclareço que a sentença apelada (fls. 189/194) julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados em ação indenizatória movida pelo aqui
Recorrido, condenando a ora Recorrente a pagar indenização por danos materiais e morais nos respectivos valores de R$ 167,14 e R$ 2.000,00
em razão de acidente ocorrido em sala de cinema de sua propriedade.
Em seu recurso (fls. 198/222), a Recorrente alega que o órgão fracionário violou o art. 489, §1º, incisos III e IV, do CPC/15 ao deixar de fundamentar
adequadamente o acórdão recorrido.
Prossegue aduzindo que a majoração da verba indenizatória por danos morais acarretou negativa de vigência aos artigos 927, 884, 944 e 945,
todos do Código Civil e art. 14, §3º, II, do Código de Defesa do Consumidor1, alegando culpa exclusiva/concorrente da vítima e enriquecimento
sem causa.
Ademais, defende que o deferimento dos lucros cessantes à míngua de prova do que o lesado razoavelmente deixou de lucrar por força do
acidente, vulnerou o artigo 402 do Código Civil2.
Pugna, assim, pelo provimento recursal para anular ou reformar o acórdão combatido e restabelecer a sentença.
Preparo comprovado (fls. 223/226).
Em contrarrazões (fls. 229/231), o Recorrido suscita o óbice da Súmula 07 do STJ para pleitear a inadmissão do recurso.
Inicialmente, não prospera a alegada deficiência de fundamentação do aresto recorrido, como defendido pela Recorrente por suposta afronta
ao artigo 489, §1º, III e IV, do CPC3.
Isso porque o magistrado não se obriga a decidir a causa se manifestando sobre todos os fundamentos explícitos como tese defensiva, bem
como, não se limita às provas apresentadas, uma vez que impera o princípio do livre convencimento, tendo por base, todo conteúdo fático
probatório para decidir a causa (STJ - EDcl no AgRg no AREsp 92.604/MG, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 20/05/2014, DJe 28/05/2014).
Ademais, constatável que o aresto enfrentou as questões jurídicas relevantes fundamentadamente e com clareza, não há de se cogitar a sua
nulidade por falta de fundamentação.
Noutro giro, ao majorar as indenizações por danos morais e materiais (incluindo os lucros cessantes), a 4ª Câmara Cível assim se posicionou
(fls. 252):
.........
A indenização deve ser fixada de maneira a compensar o sofrimento experimentado pelo autor, dentro dos parâmetros de razoabilidade, não
deixando de observar as peculiaridades do caso concreto.
Levando em consideração as circunstâncias dos autos, tais como a gravidade da lesão, o sofrimento experimentado pela queda e o afastamento
de suas atividades por, aproximadamente, dois meses, tem-se que o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) deve ser modificado ao patamar de
10.000,00 (dez mil reais), mostrando-se mais adequado a reparar o desconforto suportado pelo apelante, com juros do evento danoso, e correção
monerátia a partir da sentença.
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No que tange aos danos materiais, havendo comprovação nos autos do valor gasto a título de despesas médicas, tenho que as mesmas devem
ser ressarcidas de forma integral. (...)
Havendo impossibilidade do autor para exercer o seu ofício, tenho que os lucros cessantes devem ser apurados em liquidação de sentença os
quais devem ser computados do evento danoso até a morte da vítima.
..........
Ora, quanto às violações aos demais dispositivos legais, percebe-se a clara pretensão das Recorrentes de rediscutir, por via oblíqua, a matéria
de fato analisada no julgamento da Apelação.
O próprio STJ, em casos idênticos, vem decidindo que as instâncias ordinárias são soberanas na análise do contexto fático-probatório sobre a
situação em voga, de modo que as tentativas de alterar tais conclusões esbarram no óbice da Súmula 07 daquele Tribunal, conforme se verifica
da ementa abaixo:
.........
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. DANOS MATERIAIS. REDE CREDENCIADA.. MATÉRIA QUE
DEMANDA REEXAME DE FATOS, PROVAS E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SUMULAS 5 E 7 DO STJ. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1.
Não se viabiliza o recurso especial pela indicada violação do art. 1.022 do CPC/2015. Isso porque, embora rejeitados os embargos de declaração,
todas as matérias foram devidamente enfrentada pelo Tribunal de origem, que emitiu pronunciamento de forma fundamentada, ainda que em
sentido contrário à pretensão da parte recorrente. 2. A Corte local, com base nos elementos fático-probatórios dos autos e na interpretação do
contrato, concluiu pelo reembolso das despesas médico-hospitalares no limite da tabela de reembolso, consignando a ausência de diagnóstico de
urgência ou emergência e a ciência da recorrente de que deveria arcar com parte das despesas ao optar pelo tratamento fora da rede credenciada.
Assim, para desconstituir o entendimento exposto pelo Tribunal local e acolher a pretensão recursal seria imprescindível o reexame de prova e
a interpretação de cláusulas contratuais, o que é defeso nesta instância especial (Súmulas 5 e 7/STJ). 3. Agravo interno não provido. (AgInt no
AREsp 1188075/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 02/04/2018)
.........
Por fim, no que se refere aos danos morais arbitrados em R$ 10.000,00 (dez mil reais), o Recurso Especial não comporta o exame de questões
que impliquem incursão no contexto fático-probatório dos autos, o que também faz incidir a Súmula 07 do E. STJ.
Ademais, admite-se a revisão do valor arbitrado a título de danos morais apenas na hipótese de fixação exorbitante ou ínfima. Todavia, a decisão
impugnada encontra-se dentro do critério de razoabilidade adotado pelo C. STJ, fazendo-se incidir a Súmula 83 daquela E. Corte. Vejamos:
1 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização
dos valores monetários.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.
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Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua
culpa em confronto com a do autor do dano.
2 Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
3 Art. 489. (...)
§ 1º. Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: (...)
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DESPACHO
Em março de 2018, a Segunda Seção do C. Superior Tribunal de Justiça havia ordenado a suspensão dos processos relativos aos expurgos
inflacionários.
Isto se deu até o início do funcionamento da plataforma eletrônica de adesão dos poupadores, referente ao acordo estabelecido entre entidades
de defesa do consumidor e representantes dos bancos, no E. Supremo Tribunal Federal.
Nesse contexto, a presidência do C. STJ estava determinando a devolução dos autos no intuito de aguardar o prazo de 24 meses para eventual
adesão ao ajuste firmado na ADPF 165, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski.
Todavia, em deliberação ocorrida em 22 de agosto passado, a própria Segunda Seção destacou a inaplicabilidade do sobrestamento às ações
em fase de cumprimento de sentença cujo exequente tenha manifestado desinteresse na adesão ao acordo.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Nesse diapasão, foi expedido o Ofício 1.098/2018-CD2S-STJ contendo a instrução de que os recursos "cuja discussão na origem esteja
circunscrita à fase de execução de sentença que porventura chegarem ao STJ sem a manifestação expressa da parte pela não adesão ao acordo
homologado perante o Supremo Tribunal Federal serão devolvidos à origem".
Deste modo, INTIME-SE o Recorrido para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, manifestar expressamente a falta de interesse em aderir ao acordo
firmado na ADPF 165, por meio da plataforma digital https://portalacordo.pagamentodapoupanca.com.br, para possibilitar o prosseguimento do
processo.
Registro que o transcurso do referido prazo sem manifestação ensejará a suspensão do feito, nos moldes previstos na ADPF 165.
Cumpra-se.
Recife, 09 de novembro de 2018.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial fundando no art. 105, III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal (fls. 220/229), contra acórdão proferido em
Apelação (fls. 210).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Compulsando os autos, verifico que a Recorrente fora intimada para, no prazo de 05 (cinco) dias, i) manifestar-se sobre a tempestividade do
presente recurso, com fulcro no art. 10 do CPC/20151 e ii) realizar o pagamento das custas desta Corte de Justiça (Ato nº 1653/2017), nos termos
do art. 1.007, § 4º, do CPC/20152 (realização do recolhimento em dobro).
Inobstante, o prazo transcorreu in albis (fl. 256), razão pela qual o Recurso Especial não merece seguimento, em face da intempestividade e
da deserção. Explico.
O Recurso Especial é intempestivo, pois a intimação do acórdão recorrido ocorreu em 28/02/2018 - quarta-feira - (fl. 217) e o apelo excepcional
somente foi interposto no dia 22/03/2018 - quinta-feira - (fl. 220), embora o prazo recursal previsto no art. 1.003, §5º, do CPC3, seja de 15
(quinze) dias.
Neste particular, destaco que o dia 06.03.2018 - terça-feira - (Data Magna de Pernambuco), não é feriado nacional, sendo dever da Recorrente
demonstrar, no ato de interposição do recurso e por meio de documento idôneo4, a suspensão do expediente neste E. TJPE, o que não ocorreu
no caso em tela.
Noutro giro, constato que a Recorrente deixou de recolher o valor referente às custas estaduais, descumprindo o comando do art. 1.007, caput,
do Código de Processo Civil5 c/c o Ato nº 1653/2017 deste E. TJPE, razão pela qual deve ser reconhecida a deserção.
Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se. Intimem-se.
Recife, 13 de novembro de 2018.
1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
2 Art. 1.007. (...) § 4º. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa
e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
3 Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. (...) § 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor
os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
4 AGINT NO RESP 1704256/SP, PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe 21/05/2018.
5 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
DESPACHO
Julgado o REsp 1.412.433/RS (Tema 699) pela 1ª Seção do STJ em 25/04/2018, com acórdão publicado em 28/09/2018, desfez-se o motivo do
sobrestamento determinado no despacho de fls. 146, em cumprimento à decisão do Ministro Herman Benjamin Marques às fls. 140.
O aresto fustigado enfatizou, dentre outros fundamentos, ser ilícita a suspensão do fornecimento de energia elétrica por recuperação de consumo.
Todavia, no mencionado precedente julgado sob o rito dos recursos repetitivos, observa-se que o c. STJ, ao editar o Tema 699, assim se
posicionou:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
.........
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em
observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica,
mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior
à constatação da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a
concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.
.........
Vislumbro, portanto, que o entendimento externado pela 4ª Câmara Cível deste Tribunal diverge do fixado no julgamento do repetitivo.
Em razão do exposto, TORNO SEM EFEITO A DECISÃO DE FLS. 104/105, e com fulcro no art. 1.030, II, do CPC , DETERMINO A REMESSA
dos autos ao Relator do feito, integrante da 4ª Câmara Cível, a fim de adotar as providências atinentes à espécie.
Cumpra-se.
Recife, 26 de outubro de 2018.
DESPACHO
Julgado o REsp 1.412.433/RS (Tema 699) pela 1ª Seção do STJ em 25/04/2018, com acórdão publicado em 28/09/2018, desfez-se o motivo do
sobrestamento determinado no despacho de fls. 148, em cumprimento à decisão do Ministro Herman Benjamin Marques às fls. 141.
O aresto fustigado enfatizou, dentre outros fundamentos, ser ilícita a suspensão do fornecimento de energia elétrica por recuperação de consumo.
Todavia, no mencionado precedente julgado sob o rito dos recursos repetitivos, observa-se que o c. STJ, ao editar o Tema 699, assim se
posicionou:
.........
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em
observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica,
mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior
à constatação da fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a
concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.
.........
Vislumbro, portanto, que o entendimento externado pela 4ª Câmara Cível deste Tribunal diverge do fixado no julgamento do repetitivo.
Em razão do exposto, TORNO SEM EFEITO A DECISÃO DE FLS. 105/106, e com fulcro no art. 1.030, II, do CPC , DETERMINO A REMESSA
dos autos ao Relator do feito, integrante da 4ª Câmara Cível, a fim de adotar as providências atinentes à espécie.
Cumpra-se.
Recife, 26 de outubro de 2018.
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Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da
CF/88 contra acórdão proferido em Apelação (fls. 1.407/1.408v, integrado por Embargos de Declaração, fls. 1.594), o qual rejeitou as preliminares
relativas à (i) incompetência da Justiça Estadual; (ii) ilegitimidade passiva; (iii) inépcia da petição inicial; (iv) carência de ação; e (v) prescrição;
acolheu parcialmente a preliminar de ilegitimidade ativa; e, no mérito, negou provimento ao recurso da Seguradora (mantendo a condenação à
reparação dos imóveis segurados, diante da ocorrência de vício de construção), bem assim, deu parcial provimento ao recurso dos Mutuários
(afastando a adjudicação desses imóveis em favor da Seguradora).
Em suas razões recursais (fls. 1.457/1.488, ratificadas à fl. 1.602), a Recorrente alega a ocorrência de violação aos artigos 1º, 1º-A e parágrafos
da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, os quais, segundo ela, garantem a legitimidade da CEF em participar das lides securitárias, em
contratos firmados mediante apólice pública (ramo 66), independente de demonstração do comprometimento do FCVS.
Ainda que fosse exigida a supracitada demonstração de prejuízo ao FCVS, defende ter observado tal requisito, diante da indicação de déficit do
aludido Fundo em mais de R$ 88.000.000.000,00 (oitenta e oito bilhões de reais).
Sustenta que a referida norma não foi analisada quando do julgamento do Recurso Repetitivo que trata da matéria (REsp 1.091.363/SC),
afastando-se, por conseguinte, a respectiva afetação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte com entendimento diverso do ali
esposado.
Defende competir à Justiça Federal a análise da necessidade de intervenção da aludida empresa pública no feito, conforme o disposto no art.
109, I da CF/88 e na Súmula 150 do STJ, bem como que a inaplicabilidade dos supracitados dispositivos legais viola o disposto nos arts. 45
e 124, do CPC/15.
Ademais, assinala que o acórdão recorrido violou o previsto no(s) artigo(s):
(i) 17, 18, 485, IV e VI, todos do CPC/15, ante a ilegitimidade ativa dos segurados, seja por não ostentarem a condição de mutuários ou dada a
inexistência de contratos de financiamento firmados com anuência do agente financeiro;
(ii) 206, § 1º, II, "b", do Código Civil e 487, II, do CPC, ao deixar de aplicar o prazo prescricional ânuo ao caso sob exame;
(iii) 771 do Código Civil, em face do descabimento da multa decendial na hipótese e, subsidiariamente, sustenta a sua limitação ao montante da
obrigação principal, em observância ao disposto no artigo 412 do mesmo Código;
(iv) 458 do CC e Lei 8.078/1990 quanto à inaplicabilidade do CDC aos contratos com cobertura pelo FCVS e ao art. 6º, VIII, do CDC, dada a
ausência dos requisitos para a inversão do ônus da prova no caso em tela;
(v) 17 e 485, incisos IV e VI, do Código Processo Civil, ante a falta de interesse de agir dos mutuários com contratos de financiamento quitados,
pois extinta a garantia securitária;
(vi) 320, 321, parágrafo único, do CPC/15 e 476 do CC/02 quanto à inépcia da inicial pela ausência de documentos indispensáveis à propositura
da demanda;
(vii) 757, 760, 771 e 784 todos do CC/02, diante da inexistência de cobertura contratual para vícios de construção;
(viii) 876, 877 e 878 do CPC/2015, porquanto cabível a adjudicação dos imóveis à Caixa Econômica Federal (FCVS) em face do pagamento de
indenização em valor superior ao do próprio bem segurado.
Alega, também, a ocorrência de dissídio jurisprudencial acerca da (i) competência da Justiça Federal para apreciar a lide (STF, RE nº 898.975/RN;
STJ, AgInt no REsp 1.623.794/PR e AgREsp 409.852-PE), (ii) inaplicabilidade do CDC e inversão do ônus da prova (AgRg no REsp 1.078.921/RS).
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 1.490/1.493), e com contrarrazões dos segurados (fls. 1.707/1.733) pugnando, em síntese,
pela inadmissão do recurso.
Inviável, contudo, o seguimento do apelo excepcional. Vejamos.
Quanto à suposta contrariedade aos artigos 1º, 1º-A, e seus parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, 45 e 124 do CPC e
ao dissídio jurisprudencial, alusivos à competência da Justiça Federal/interesse da CEF no feito, verifico que o C. STJ já tratou da matéria, em
51
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
sede de recurso repetitivo, quando do julgamento dos EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/SC - Relatora Min. Isabel Gallotti, com voto vencedor
da Min. Nancy Andrighi (DJe 14.12.2012).
Tal julgado deu ensejo aos Temas 50 e 51 daquela Corte, os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
.............
"Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém interesse
jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período compreendido
entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices públicas,
ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo 68),
a CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide. Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do
momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência
de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o
processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato
anterior. Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente,
não poderá a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC. (Informação atualizada em 18/08/2016 com transcrição do trecho
do voto vencedor proferido pela Min. Nancy Andrighi no julgamento dos segundos embargos declaratórios em que Sua Excelência estabelece a
tese jurídica repetitiva - página 10 - REsp 1091363/SC - DJe de 14/12/2012)."
............
Na presente hipótese, quando do julgamento do Apelo pela 4ª Câmara Cível (1.407/1.408v), restou assentado a inexistência de comprovação
do comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento da reserva técnica do FESA, o que afasta, sumariamente, eventual interesse da
CEF na lide e a consequente remessa dos autos à Justiça Federal. O julgado impugnado está em consonância com a orientação da Corte
Infraconstitucional, acima explicitada.
Noutro giro, e ainda conforme jurisprudência do C. STJ, destaco que a conversão da MP 633/2013 na Lei 13.000/2014, com a consequente
alteração da Lei 12.409/2011, não afasta a necessidade de observância dos requisitos elencados no citado Repetitivo para fins de intervenção
da CEF nas lides securitárias, quais sejam, i) tratar-se de apólice pública e ii) prova documental de comprometimento do FCVS, com risco de
exaurimento da reserva técnica do FESA.
Nesse sentido, colha-se o seguinte precedente:
............
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRINCÍPIOS DA
FUNGIBILIDADE, CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. FCVS. CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL. LITISCONSÓRCIO. INEXISTÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. MEDIDA PROVISÓRIA 633/13. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE COMPROMETIMENTO DO FCVS. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao
julgar os recursos sujeitos aos efeitos do artigo 543-C do CPC (repetitivos), REsp 1.091.363/SC, DJe de 25/05/2009, consolidou o entendimento
no sentido de não existir interesse da Caixa Econômica Federal a justificar a formação de litisconsórcio passivo necessário nas causas cujo objeto
seja a pretensão resistida à cobertura securitária dos danos oriundos dos vícios de construção do imóvel financiado mediante contrato de mútuo
submetido ao Sistema Financeiro da Habitação, quando não afetar o FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), sendo, portanto,
da Justiça Estadual a competência para processar e julgar o feito. 2. A alteração introduzida pela Medida Provisória 633 de 2013, convertida
na Lei 13.000 de 2014, tem por objetivo autorizar a Caixa Econômica Federal (CEF) a representar judicial e extrajudicialmente os interesses do
FCVS, sendo que a CEF intervirá, em face do interesse jurídico, nas ações judiciais que representem risco ao FCVS ou às suas subcontas. Se
não há prova de risco ou impacto jurídico ou econômico ao FCVS, a inovação legislativa não traz nenhuma repercussão prática. 3. Embargos de
declaração recebidos com agravo regimental ao qual se nega provimento. (Quarta Turma, EDcl no AREsp 606.445/SC, Rel. Ministro Luis Felipe
Salomão, j. 18.12.2014, DJe 02.02.2015) (g.n).
..............
Neste ponto, ressalto que embora tenha sido instaurada a Controvérsia nº 02, no C. STJ (Relator Min. Marco Aurélio Bellizze), para fins de
discutir se a edição da Lei 13.000/2014 assegura por si só a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS, nas hipóteses de apólices
públicas, tal incidente, neste momento processual, não possui o condão de reverter o entendimento já consolidado naquela Corte.
Isto porque, além de se encontrar em fase incipiente de tramitação, determinou-se tão somente a suspensão dos processos oriundos do TRF
da 4ª Região, de onde advieram os recursos afetados na citada controvérsia, de modo que, a princípio, os demais Estados devem adotar os
posicionamentos outrora definidos.
Inexiste qualquer indicação de que os Temas 50 e 51 foram revogados, ou sua aplicação esteja suspensa em todo o território nacional, o que
denota a possibilidade de sua plena incidência na hipótese em apreço, independente, inclusive, do seu respectivo trânsito em julgado (sobre o
tema vide AgInt no REsp 1.536.711/MT - DJe 22.08.2017).
As teses firmadas pelo C. STJ prevalecem, no meu sentir, sobre eventuais precedentes em sentido contrário proferidos por aquela Corte, salvo
se a matéria então uniformizada for objeto de revisão, através dos instrumentos processuais adequados.
Assim, como a decisão recorrida coincide com o disposto no citado Recurso Repetitivo, uma vez inobservados os requisitos ali consignados,
como visto alhures, o Recurso Especial deve, neste ponto, ter seu seguimento negado, nos termos do art. 1.030, I, 'b', do CPC.
Lado outro, não há como admitir o seguimento da insurgência com base na suposta desobediência ao art. 109, I da CF. Na via especial, cabe
ao Superior Tribunal de Justiça uniformizar a interpretação das leis federais infraconstitucionais, conforme prevê o art. 105, III da Carta Magna,
sendo defeso analisar violações a normas constitucionais.
Ademais, vale registrar a impossibilidade de interpor Recurso Especial por afronta a verbete sumular, sendo inadequada a assertiva de violação
à Súmula nº 150 do STJ para fundamentar a presente insurgência.
Seguindo o raciocínio, e já analisando as alegações com fundamento na alínea "a", III do art. 105 da CF, observo que, no tocante à suposta
contrariedade aos artigos 17, 18 e 485, IV e VI, todos do CPC (ilegitimidade ativa), o decisum recorrido baseou-se nos documentos acostados
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aos autos, para concluir pela titularidade do direito à indenização securitária, o que, para ser desconstituído, impõe o reexame de matéria fático-
probatória, vedado em sede de recurso especial, consoante o previsto na Súmula nº 07 do STJ1.
De igual modo, quanto à alegada ofensa aos artigos (i) 206, § 1º, II, "b", do CC e 487, II do CPC (prescrição); (ii) 320, 321, parágrafo único, CPC
(inépcia da inicial); (iii) 6º, VIII, do CDC (inversão do ônus da prova, ante a ausência de verossimilhança do direito); (iv) 17 e 485, incisos IV e
VI, do CPC (ausência de interesse de agir, ante a quitação do contrato), resta inviável a análise da insurgência, por ensejar o adentramento na
seara fático-probatória, em dissonância ao previsto na Súmula 07/STJ.
Conforme já explicitado, o reexame de tal motivação da Turma Julgadora não é possível na instância que se pretende ver inaugurada, porque os
fatos devem ser considerados na versão do acórdão (cf. AgRg no REsp 1017005/BA, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 22/10/2013).
No mais, no que tange à apreciação das mencionadas infringências aos artigos (v) 757, 760, 771 e 784 do Código Civil (ausência de previsão
contratual para cobertura de vícios de construção e descabimento da multa decendial), a pretensão da Recorrente também esbarra no reexame
do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como na necessidade de analisar os termos do contrato.
Assim, para se concluir que a apólice não incluiria os danos constatados, ou até mesmo que os segurados tinham ciência dos referidos danos,
seria imprescindível revolver o conteúdo fático-probatório deste feito, além dos termos do contrato (apólice securitária), o que é vedado na estreita
via deste apelo excepcional ante o óbice das Súmulas nº 52 e 7 do STJ.
Relativamente ao art. 412 do CC, é de se destacar que esta Corte de Justiça ratificou a decisão de primeira instância, tendo como devida a multa
decendial, acrescida de correção monetária, observada a sua limitação ao valor da obrigação principal (fls. 866/867 e 1.415/1.416).
Assim, se o provimento almejado através do presente recurso já foi concedido, inexiste o interesse recursal da Recorrente, ensejando o não
conhecimento da questão.
Noutro giro, embora a Recorrente pugne pela inaplicabilidade do CDC, não indica, de forma clara e precisa, qualquer dispositivo da Lei 8.078/90
que teria sido ofendido pelo acórdão recorrido - a tanto não se prestam as simples referências ao diploma normativo em abstrato -, tratando-
se de fundamentação genérica e deficiente, o que faz incidir a Súmula 284/STF3 (neste sentido vide AgInt no AREsp 965042/SP e AgRg no
REsp 1.577.943/SP).
Quanto à referência aos artigos 476 (inépcia da inicial), 458 (inaplicabilidade do CDC), ambos do Código Civil, ressalto que as normas
supostamente contraditadas carecem do indispensável prequestionamento, inclusive implícito, porquanto sequer foram objeto de debate no
acórdão recorrido, esbarrando o presente recurso no disposto na Súmula 211 do STJ4.
Igualmente, a questão da adjudicação dos imóveis à CEF e a suposta violação aos arts. 876, 877 e 878 do CPC, não foi presquestionada, pois
o acórdão recorrido anulou tal capítulo da sentença sob o fundamento de decisão ultra petita (fl. 1.416v).
Por fim, quanto a outra divergência jurisprudencial alegada - "inaplicabilidade do CDC", entendo não ter sido realizado o necessário cotejo
analítico, nos moldes do art. 1.029, §1º do CPC c/c o art. 255 do RISTJ.
Ora, para observância do indigitado cotejo, além da apresentação de julgado com entendimento diverso do acórdão recorrido, resta imprescindível
a comprovação da similitude fático-jurídica entre as decisões, não sendo suficiente a mera transcrição da ementa ou a breve menção tão somente
à matéria objeto da divergência.
Neste sentido, dispõe o C. STJ: "(...) a divergência jurisprudencial deve ser comprovada, cabendo ao recorrente demonstrar as circunstâncias
que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fática e jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de
trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o intuito de bem caracterizar
a interpretação legal divergente" (REsp 1685611/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIM, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe
09/10/2017).
No caso sob exame, não foi demonstrada, de forma pormenorizada, a similitude fático-jurídica dos casos, corroborando a deficiência das razões
ventiladas pela Recorrente.
Assim, diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 26 de outubro de 2018.
1 Súmula 07/STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial.
2 Súmula 05/STJ. A simples interpretação de cláusula contratual não enseja Recurso Especial.
3 Súmula 284/STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
4 Súmula 211/STJ - Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
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ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal contra acórdão proferido no Apelo
(fls. 1.136 e 1.232 - Embargos de Declaração integrativos), no qual foram rejeitadas as preliminares de i) incompetência da Justiça Estadual; ii)
ilegitimidade passiva e ativa, iii) denunciação à lide, bem como da prejudicial de iv) prescrição. No mérito, negou-se provimento ao recurso da
Seguradora, mantendo-se a sentença extintiva da execução, ante a satisfação da obrigação (art. 924, II, do CPC).
Em suas razões recursais (fls. 1.238/1.259), a ora Recorrente alega infringência aos artigos:
(i) 412, do CC/02, ante a ausência de limitação da multa decendial ao valor da obrigação principal.
(ii) 1º, 1º-A e parágrafos da Lei 12.409/2011, artigos 3º e 5º da Lei 13.000/2014, art. 45 do CPC, art. 109, I da CF/88 e Súmula 150 do STJ,
em face da inadmissão de intervenção da Caixa Econômica Federal no feito e, consequentemente, pelo não reconhecimento da incompetência
da Justiça Estadual para julgar as ações envolvendo apólices securitárias do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH, independentemente
da demonstração do impacto jurídico ou econômico ao FCVS (presunção de interesse da empresa pública). Defende subsidiariamente sua
ilegitimidade passiva.
Sustenta que tais normas não foram analisadas quando do julgamento dos Recursos Repetitivos que tratam da matéria (REsp's 1.091.363/
SC e 1.091.393/SC), afastando-se, por conseguinte, a respectiva afetação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte e do STF com
entendimento diverso do ali esposado.
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Alega, por fim, a ocorrência de divergência jurisprudencial acerca da competência da Justiça Federal para apreciar a lide (AgInt REsp 1.548.463/
PR).
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 1.261/1.264) e apresentação das respectivas contrarrazões pelos mutuários (fls.
1.331/1.352).
Inviável, contudo, o seguimento do apelo excepcional. Vejamos.
Relativamente à suposta violação ao art. 412, do CC - limitação do cálculo da multa decendial ao valor da obrigação principal -, resta inviável a
análise da insurgência, ante a absoluta ausência de prequestionamento do artigo invocado (incidência da Súmula nº 211, do STJ).
É que, não tendo a questão e dispositivo sido debatido e decidido pelo órgão colegiado deste TJPE, inadmissível o presente apelo extremo.
No Superior Tribunal de Justiça é pacífico o entendimento de que "a configuração do prequestionamento pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a análise sobre a violação do preceito evocado pelo recorrente." (STJ - 2ª T., AgRg no AREsp
218932/RJ, rel. Min. Humberto Martins, DJe 10/10/2012, trecho da ementa).
Ademais, em que pese terem sido opostos Embargos de Declaração, o artigo supramencionado não foi objeto de discussão, o que impede o
acesso à instância superior. Neste sentido:
.......
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 211/STJ. VIOLAÇÃO AO ART. 1.022 DO
CPC/2015. NÃO APONTAMENTO. ART. 1.025 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INAPLICABILIDADE. COMPLEMENTAÇÃO DE VALORES
PAGOS A MENOR. OBEDIÊNCIA AO TÍTULO EXECUTIVO. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7/STJ. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA
DE COMBATE A FUNDAMENTOS AUTÔNOMOS DO ACÓRDÃO. APLICAÇÃO DO ÓBICE DA SÚMULA N. 283/STF. ARGUMENTOS
INSUFICIENTES PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO ATACADA. HONORÁRIOS RECURSAIS. NÃO CABIMENTO. APLICAÇÃO DE MULTA.
ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. DESCABIMENTO. I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na
sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. In casu,
aplica-se o Código de Processo Civil de 2015. II - A ausência de enfrentamento da questão objeto da controvérsia pelo Tribunal a quo, não
obstante oposição de Embargos de Declaração, impede o acesso à instância especial, porquanto não preenchido o requisito constitucional do
prequestionamento, nos termos da Súmula n. 211/STJ. III - O art. 1.025 do Código de Processo Civil de 2015 prevê que esta Corte considere
prequestionada determinada matéria apenas caso alegada e reconhecida a violação ao art. 1.022 do Código de Processo Civil de 2015. IV - In
casu, rever o entendimento do Tribunal de origem, no sentido de não haver violação à coisa julgada uma vez que os valores pagos a menor pelo
INSS eram complementados pela PREVI, em obediência aos valores fixados no título executivo, demandaria necessário revolvimento de matéria
fática, o que é inviável em sede de recurso especial, à luz do óbice contido na Súmula n. 7/STJ. V - A falta de combate a fundamento suficiente
para manter o acórdão recorrido justifica a aplicação, por analogia, da Súmula n. 283 do Supremo Tribunal Federal. VI - Não apresentação de
argumentos suficientes para desconstituir a decisão recorrida. VII - Em regra, descabe a imposição da multa, prevista no art. 1.021, § 4º, do
Código de Processo Civil de 2015, em razão do mero improvimento do Agravo Interno em votação unânime, sendo necessária a configuração da
manifesta inadmissibilidade ou improcedência do recurso a autorizar sua aplicação, o que não ocorreu no caso. VIII - Agravo Interno improvido.
(AgInt no REsp 1646137/SC, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/02/2018, DJe 20/02/2018)
.......
No mais, quanto à suposta contrariedade aos artigos 1º, 1º-A e parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei 13.000/2014, 45, do CPC, e ao
dissídio jurisprudencial indicado acerca do tema (AgInt REsp 1.548.463/PR), verifico que o C. STJ já tratou da matéria, em sede de recurso
repetitivo, quando do julgamento dos EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/SC - Relatora Min. Isabel Gallotti, com voto vencedor da Min. Nancy
Andrighi (DJe 14.12.2012).
Tal julgado deu ensejo aos Temas 50 e 51 daquela Corte, os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
..........
(...) Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém
interesse jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período
compreendido entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices
públicas, ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo
68), a CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide.
Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu
interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco
efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva
comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato anterior.
Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente, não poderá
a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC. (g.n)
..........
No caso sob exame, quando do julgamento do acórdão recorrido (fl. 1.136 e 1.232), não restou demonstrado o comprometimento do FCVS, com
risco de exaurimento da reserva técnica do FESA, o que afasta eventual interesse da CEF na lide e a consequente remessa dos autos à Justiça
Federal; O julgado impugnado está em consonância com a orientação da Corte Infraconstitucional, acima explicitada.
Noutro giro, e ainda conforme jurisprudência do C. STJ, destaco que a conversão da MP 633/2013 na Lei 13.000/2014, com a alteração da
Lei 12.409/2011, não afasta a necessidade de observância dos requisitos elencados no citado Repetitivo para fins de intervenção da CEF nas
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lides securitárias, quais sejam, i) tratar-se de apólice pública e ii) prova documental de comprometimento do FCVS, com risco de exaurimento
da reserva técnica do FESA.
Neste sentido, colha-se o seguinte precedente:
............
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRINCÍPIOS DA
FUNGIBILIDADE, CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. FCVS. CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL. LITISCONSÓRCIO. INEXISTÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. MEDIDA PROVISÓRIA 633/13. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE COMPROMETIMENTO DO FCVS. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar os recursos sujeitos aos efeitos do artigo 543-C do CPC (repetitivos), REsp
1.091.363/SC, DJe de 25/05/2009, consolidou o entendimento no sentido de não existir interesse da Caixa Econômica Federal a justificar a
formação de litisconsórcio passivo necessário nas causas cujo objeto seja a pretensão resistida à cobertura securitária dos danos oriundos dos
vícios de construção do imóvel financiado mediante contrato de mútuo submetido ao Sistema Financeiro da Habitação, quando não afetar o FCVS
(Fundo de Compensação de Variações Salariais), sendo, portanto, da Justiça Estadual a competência para processar e julgar o feito.
2. A alteração introduzida pela Medida Provisória 633 de 2013, convertida na Lei 13.000 de 2014, tem por objetivo autorizar a Caixa Econômica
Federal (CEF) a representar judicial e extrajudicialmente os interesses do FCVS, sendo que a CEF intervirá, em face do interesse jurídico, nas
ações judiciais que representem risco ao FCVS ou às suas subcontas. Se não há prova de risco ou impacto jurídico ou econômico ao FCVS,
a inovação legislativa não traz nenhuma repercussão prática. 3. Embargos de declaração recebidos com agravo regimental ao qual se nega
provimento. (EDcl no AREsp 606.445/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 02/02/2015) (g.n)
............
Neste ponto, ressalto que, inobstante a instauração da Controvérsia nº 02, no C. STJ (Relator Min. Marco Aurélio Bellizze), para fins de discutir se
a edição da Lei 13.000/2014 assegura por si só a intervenção da CEF como representante judicial do FCVS, nas hipóteses de apólices públicas,
tal incidente, neste momento processual, não possui o condão de reverter o entendimento já consolidado naquela Corte.
Isto porque, além de se encontrar em fase incipiente de tramitação, determinou-se tão somente a suspensão dos processos oriundos do TRF
da 4ª Região, de onde advieram os recursos afetados na citada Controvérsia, de modo que, a princípio, os demais Estados devem adotar os
posicionamentos outrora definidos.
Não há qualquer indicação de que os Temas 50 e 51 foram revogados, ou sua aplicação esteja suspensa em todo o território nacional, o que
denota a possibilidade de sua plena incidência na hipótese em apreço, independente, inclusive, do seu respectivo trânsito em julgado (sobre o
tema vide AgInt no REsp 1.536.711/MT - DJe 22.08.2017).
As teses firmadas pelo C. STJ prevalecem, no meu sentir, sobre eventuais precedentes em sentido contrário proferidos por aquela Corte, salvo
se a matéria então uniformizada for objeto de revisão, através dos instrumentos processuais adequados.
Em assim sendo, como a decisão recorrida coincide com o disposto no citado Recurso Repetitivo, uma vez inobservados os requisitos ali
consignados (demonstração de comprometimento do FCVS), como visto alhures, o Recurso Especial deve, neste ponto, ter seu seguimento
negado, nos termos do art. 1.030, I, 'b', do CPC.
Lado outro, vale registrar a impossibilidade de interpor Recurso Especial por afronta a verbete sumular, sendo inadequada a assertiva de violação
à Súmula nº 150 do Superior Tribunal de Justiça para fundamentar a presente insurgência.
Forte nestas considerações, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Publique-se.
Recife, 25 de outubro de 2018.
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Gabinete da 1ª Vice-Presidência
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
56
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da
Constituição Federal contra acórdão (fl. 1.142) que JULGOU PREJUDICADOS os Embargos de Declaração e o Agravo de Instrumento, pela
perda superveniente do objeto, tornando consequentemente sem efeito a decisão anterior (fls. 1.056), a qual NEGOU PROVIMENTO ao recurso
primevo, ratificando a competência da Justiça Estadual.
Em suas razões recursais (fls. 1.147/1.167), a Recorrente alega infringência aos artigos 1º, 1º-A, e parágrafos, da Lei 12.409/2011, 3º e 5º da Lei
13.000/2014, 45 e 125 do CPC, art. 109, I da CF/88 e a Súmula 150 do STJ, os quais, segundo ela, determinam a intervenção obrigatória da Caixa
Econômica Federal nas ações envolvendo apólices securitárias do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH, independente da demonstração
do impacto jurídico ou econômico ao FCVS (presunção de interesse da empresa pública). Defende subsidiariamente sua ilegitimidade passiva.
Sustenta que tais normas não foram analisadas quando do julgamento dos Recursos Repetitivos que tratam da matéria (REsp's 1.091.363/SC
e 1.091.393/SC), afastando-se, por conseguinte, a respectiva afetação do tema, existindo inclusive julgados daquela Corte com entendimento
diverso do ali esposado.
Alega, por fim, a ocorrência de divergência jurisprudencial acerca da competência da Justiça Federal para apreciar a lide (AgInt REsp 1.548.463/
PR).
Recurso bem processado, com preparo satisfeito (fls. 1.169/1.173) e apresentação das respectivas contrarrazões (fls. 1.242/1.253).
Verifico, sem maiores delongas, que o presente apelo excepcional não merece prosperar, ante a absoluta ausência de prequestionamento dos
artigos invocados, o que faz incidir a Súmula 211/STJ1.
É que, conquanto as matérias ora impugnadas tenham sido inicialmente analisadas pelo acórdão de fl. 1.056, observo que posteriormente tal
decisão perdeu seus efeitos, vez que, em sede de Embargos de Declaração, reconheceu-se a perda superveniente do objeto do Agravo de
Instrumento (qual seja, a incompetência da Justiça Estadual), ante a prolação da sentença no primeiro grau de jurisdição (fl. 1.142).
Deste modo, como as questões e dispositivos supostamente violados não foram examinadas pela decisão ora impugnada é inadmissível o
prosseguimento do Recurso Especial.
No Superior Tribunal de Justiça é pacífico o entendimento de que "a configuração do prequestionamento pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a análise sobre a violação do preceito evocado pelo recorrente." (STJ - 2ª T., AgRg no AREsp
218932/RJ, rel. Min. Humberto Martins, DJe 10/10/2012, trecho da ementa.).
Ademais, verifico que as insurgências deduzidas nas razões do presente recurso também não guardam congruência com a decisão recorrida.
Por tal motivo, cuidando-se de argumentos dissociados da decisão, o recurso não pode ser conhecido, por violar o princípio da dialeticidade
ou congruência.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Explico.
Como já relatado, a decisão impugnada não tratou da matéria atinente à incompetência da Justiça Estadual, limitando-se a julgar prejudicados
os recursos pela perda superveniente de seus objetos, em razão da prolação da sentença.
> O arrazoado recursal, contudo, em nenhum momento ventila tal assunto - perda superveniente do objeto dos recursos -, pois versa unicamente
sobre a suposta incompetência da Justiça Estadual.
Observa-se, assim, que a Recorrente incorreu no óbice de inadmissibilidade contido no artigo 932, III, do CPC2, segundo o qual não se conhecerá
de recurso "que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida" (grifei).
Acerca do dispositivo, a lição dos professores Fredie Didier Jr. e Leonardo Cunha3, verbis:
...........
(...) Esse inciso III ainda traz uma regra importante: autoriza o relator a não conhecer recurso 'que não tenha impugnado especificamente
os fundamentos da decisão recorrida'. Esse recurso é também inadmissível, por defeito na regularidade formal, mas o legislador resolveu
tornar expressa essa hipótese de inadmissibilidade, generalizando-a para qualquer recurso. Consagra-se entendimento jurisprudencial bem
consolidado. Agora, não há mais dúvida: uma das exigências da regularidade formal dos recursos, própria de um processo cooperativo, é o ônus
de impugnação especificada da decisão recorrida. (...)"
..........
Logo, ante a ausência de prequestionamento dos dispositivos, bem como pelo fato do recurso não ter impugnado especificamente os fundamentos
da decisão recorrida, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Especial.
Recife, 18 de novembro de 2018.
1Súmula 211. Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo
Tribunal a quo.
2 Art. 932. Incumbe ao relator: (...)
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
3 DIDIER JR., Fredie, CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil: o processo civil nos tribunais, recursos, ações de
competência originária de tribunal e querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal. 13. ed. reform. v. 3 - Salvador: Ed.
JusPodivm, 2016. p. 53.
CARTRIS / DECISÕES / DESPACHOS
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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DECISÃO
Trata-se de Agravo Interno interposto contra decisão que NEGOU SEGUIMENTO ao Recurso Especial manejado pela Sul América Companhia
Nacional de Seguros, com fulcro no artigo 1.030, I, "b" do CPC1, no tocante a pretensão de deslocamento da competência jurisdicional à Justiça
Federal.
Desde logo, observo que a questão supracitada, objeto de análise pelo acórdão (fl. 1.203) e ora impugnada, respectivamente, por Recurso
Especial e pelo presente Agravo Interno, configura matéria repetitiva já decidida pelo C. STJ nos Temas 50 e 51 (EDcl nos EDcl no REsp 1.091.363/
SC) os quais, conforme atualização datada de 18.08.2016, possuem a seguinte redação:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
..............
"Fica, pois, consolidado o entendimento de que, nas ações envolvendo seguros de mútuo habitacional no âmbito do SFH, a CEF detém interesse
jurídico para ingressar na lide como assistente simples somente nos contratos celebrados de 02.12.1988 a 29.12.2009 - período compreendido
entre as edições da Lei nº 7.682/88 e da MP nº 478/09 - e nas hipóteses em que o instrumento estiver vinculado ao FCVS (apólices públicas,
ramo 66). Ainda que compreendido no mencionado lapso temporal, ausente a vinculação do contrato ao FCVS (apólices privadas, ramo 68), a
CEF carece de interesse jurídico a justificar sua intervenção na lide.
Ademais, o ingresso da CEF na lide somente será possível a partir do momento em que a instituição financeira provar documentalmente o seu
interesse jurídico, mediante demonstração não apenas da existência de apólice pública, mas também do comprometimento do FCVS, com risco
efetivo de exaurimento da reserva técnica do FESA, colhendo o processo no estado em que este se encontrar no instante em que houver a efetiva
comprovação desse interesse, sem anulação de nenhum ato anterior.
Outrossim, evidenciada desídia ou conveniência na demonstração tardia do seu interesse jurídico de intervir na lide como assistente, não poderá
a CEF se beneficiar da faculdade prevista no art. 55, I, do CPC.
(Informação atualizada em 18/08/2016 com transcrição do trecho do voto vencedor proferido pela Min. Nancy Andrighi no julgamento dos segundos
embargos declaratórios em que Sua Excelência estabelece a tese jurídica repetitiva - página 10 - REsp 1091363/SC - DJe de 14/12/2012)." (g.n)
....................
Pois bem.
Na presente hipótese, quando do julgamento do Agravo de Instrumento pela 6ª Câmara Cível deste Tribunal, embora tal preliminar tenha sido
rejeitada - com fundamento no disposto na Súmula 94 do TJPE2 -, não restou demonstrado o preenchimento ou não dos requisitos elencados
no recurso repetitivo supracitado, sendo o acórdão omisso em relação a tal questão.
Dessa forma, apesar desta 1ª Vice-Presidência já ter realizado o juízo de admissibilidade do Recurso Especial, ainda não foram exauridas as
vias ordinárias, motivo pelo qual, no tocante a (in)competência da Justiça Estadual;
(i) TORNO SEM EFEITO a decisão monocrática (fls. 1.728/1.729);
(ii) JULGO PREJUDICADO o Agravo Interno contra ela interposto (fls. 1.732/1.755) e;
(iii) DETERMINO A REMESSA dos autos à 6ª Câmara Cível, mais precisamente ao Relator do Agravo de Instrumento - Des. José Carlos Patriota
Malta -, para eventual juízo de retratação e adequação da decisão aos termos do referido recurso repetitivo, em respeito ao disposto no artigo
1.030, II, do CPC3 e aos Temas 50 e 51.
Ao CARTRIS, para adoção das medidas cabíveis.
Publique-se.
Recife, 30 de outubro de 2018.
1 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
I - negar seguimento:
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
2 Súmula 94. A Justiça Estadual é competente para julgar ações de seguro habitacional.
3 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
II - encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;
Emitida em 05/12/2018
CARTRIS
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto com fundamento no art. 105, III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão proferido em
Embargos de Declaração, opostos em novos Aclaratórios, na Apelação.
Alega a Recorrente, além da divergência jurisprudencial, que o acórdão atacado violou o disposto nos artigos 1.022, I e II, e 1.026, § 2º, do
CPC/2015, 403, 422 e 884, do CC, e 77 e 79, III, da Lei 8.666/1993.
Declarou que a Recorrida descumpriu contrato firmado após procedimento licitatório para execução de obra remanescente, não podendo paralisá-
la senão mediante prévia autorização judicial (fl. 2.645).
Ademais, insurge-se contra o aresto recorrido em razão do reconhecimento dos danos suportados pela BRASILENCORP (lucros cessantes e
danos morais), em virtude de modificação unilateral do contrato pela Recorrente (fl. 2.576).
Por fim, o aresto recorrido entendeu serem protelatórios os novos Embargos Declaratórios opostos, aplicando-se multa de 1% (um por cento)
sobre o valor atualizado da causa (fl. 2.631-v).
Contrarrazões apresentadas às fls. 2.706/2.735, pugnando pela negativa de seguimento do Recurso Especial.
É o relatório. Decido.
De início, verifico que a Recorrente alega afronta ao disposto no art. 1.022, I e II, do CPC/2015.
No entanto, de acordo com o contido nos autos, não se vislumbra violação ao mencionado artigo, visto que, com clareza e harmonia entre suas
proposições, o acórdão recorrido contém motivação suficiente para justificar o decidido, evidenciando enfrentamento das questões relevantes
para o deslinde da controvérsia levantada na causa.
Ato contínuo, no tocante à suposta ofensa aos demais dispositivos supracitados, observo que o feito encontra óbice nos enunciados das Súmulas
05 e 07 do C. STJ. Isso porque o acórdão recorrido conferiu resolução à lide com base no conjunto fático-probatório dos autos, bem como nas
cláusulas do contrato firmado entre as partes para execução de serviço remanescente de construção e montagem de gasoduto, após realização
de procedimento licitatório.
Como se sabe, em instância excepcional é inadmissível realizar uma nova interpretação da norma diante dos fatos (reexame). No presente
caso, concluir contrariamente aos eventos consignados no acórdão recorrido pressupõe o revolvimento do conjunto fático-probatório, levado
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
em expressa e clara consideração pelo Tribunal de origem para se chegar à conclusão tida por insatisfatória pela Recorrente, não se fazendo
possível a admissão do Recurso.
Vislumbra-se que o aresto atacado entendeu pela ocorrência de danos suportados pela BRASILENCORP em virtude da modificação unilateral
do contrato, estabelecendo-se valores razoáveis e proporcionais aos danos sofridos, sendo a COPERGÁS a única a ser responsabilizada pela
rescisão contratual (fl. 2.640).
Assim, percebe-se que o Recorrente busca utilizar-se desta instância excepcional para revisar questão fática dos autos, reavaliando a
interpretação dada com base nas provas existentes. Ora, as instâncias ordinárias são soberanas quanto ao exame fático-probatório e, uma vez
definido esse contorno, não cabe ao Tribunal Superior rever a matéria.
Destarte, pretende o Recorrente rediscutir por via transversa a matéria de fato já analisada no julgamento do recurso, de modo a ocasionar um
novo juízo de convicção.
Nesse sentido, decidiu o C. STJ:
..........
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. RESCISÃO CONTRATUAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC
NÃO CARACTERIZADA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. SISTEMA DA PERSUASÃO RACIONAL. REEXAME DO
CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS 5 E 7 DO STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Cobrança ajuizada pela CDHU, ora recorrida, pretendendo a condenação da empresa recorrente ao
pagamento de multa, decorrente de rescisão de contrato administrativo, por inexecução parcial.
2. Deve ser rejeitada a alegada violação do art. 535 do CPC, na medida em que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide, fundamentando
seu proceder de acordo com os fatos apresentados e com a interpretação dos regramentos legais que entendeu aplicáveis, demonstrando as
razões de seu acórdão.
3. O STJ tem entendimento firmado no sentido de que não há cerceamento de defesa quando o julgador considera desnecessária a produção
de prova ou suficientes as já produzidas, mediante a existência nos autos de elementos bastantes para a formação de seu convencimento.
4. Sabe-se que no sistema da livre persuasão racional, o juiz é o destinatário final da prova, cabendo-lhe decidir quais elementos são necessários
para o julgamento, ante sua discricionariedade de indeferir pedido de produção de provas ou desconsiderar provas inúteis, consoante o teor dos
artigos 130 e 131 do CPC/73.
5. Hipótese em que o acórdão recorrido concluiu que as provas documentais carreadas aos autos eram suficientes para o deslinde da controvérsia.
Logo, não há falar em cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide.
6. A reversão do entendimento firmado ensejaria, necessariamente, o reexame dos aspectos concretos da causa e das cláusulas do contrato
administrativo firmado entre as partes, o que é vedado, no âmbito do Recurso Especial, de modo que atrai a incidência das Súmulas 5 e 7/STJ.
7. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido.
(REsp 1666263/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/06/2017, DJe 19/06/2017)
..........
Acerca da condenação por lucros cessantes em razão de descumprimento contratual, especificamente, observe-se o recente posicionamento
do Colendo Tribunal Superior:
..........
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. RESCISÃO BILATERAL. DEMANDA QUE VISA INDENIZAÇÃO
PELOS PREJUÍZOS CAUSADOS PELA INEXECUÇÃO DO CONTRATO. FUNDAMENTO NÃO ATACADO. SÚMULA 283/STF. LUCROS
CESSANTES. NECESSIDADE DE REEXAME DOS ASPECTOS CONCRETOS DA CAUSA E DAS CLÁUSULAS DO CONTRATO. INCIDÊNCIA
DAS SÚMULAS 5 E 7/STJ.
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Cobrança c/c Indenização ajuizada pela recorrente, pretendendo a condenação da recorrida ao pagamento
de indenização por danos emergentes e lucros cessantes decorrente de rescisão de contrato administrativo.
2. Sobre a matéria, o Tribunal de origem consignou (fls. 256-257, e-STJ): "3. Como se não bastasse o acima exposto, a partir da constatação da
inviabilidade financeira do referido empreendimento habitacional houve a elaboração do Termo de Rescisão Contratual n° 0739/13, cujas partes
(autor e ré) anuíram de comum acordo com o término do contrato e a respectiva devolução dos valores pagos a titulo de seguro garantia e ART dos
responsáveis técnicos: (...). Desta forma, ante o termo de rescisão, que não foi unilateral, mas firmado pelas duas partes, sem qualquer respaldo
fático no pleito da apelante de ressarcimento por perdas e danos (valores de ART e seguro garantia), ante a ciência da devolução de tais valores".
3. Não foi impugnado nas razões do Recurso Especial fundamento capaz de manter, por si, o acórdão recorrido, qual seja, de que, após ter sido
firmado acordo de rescisão bilateral do contrato administrativo, estipulou-se o ressarcimento dos valores requeridos na demanda a título de dano
emergente. Incidência, por analogia, do óbice da Súmula 283/STF.
4. Da leitura das razões do acórdão recorrido depreende-se que as provas carreadas aos autos são insuficientes para determinar os lucros
cessantes. Nesse contexto, a reversão do entendimento firmado enseja o reexame dos aspectos concretos da causa e das cláusulas do contrato
administrativo firmado entre as partes, o que é vedado, no âmbito do Recurso Especial, atraindo a incidência das Súmulas 5 e 7/STJ.
5. Recurso Especial não conhecido.
(REsp 1724393/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2018, DJe 23/05/2018)
..........
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Incide, no caso, o teor do disposto na Súmula 83 do C. STJ, que dispõe: "Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a
orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida."
Ainda, ante o reconhecimento da aplicabilidade da Súmula 07 do STJ e a consequente não admissão do presente Recurso Especial, com base
no artigo 105, III, "a", fica prejudicado o exame do dissídio jurisprudencial invocado com fundamento na alínea "c" do mesmo dispositivo. Veja-
se a jurisprudência:
..........
"DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. VIOLAÇÃO AO ART.
535, II, DO CPC. NÃO-OCORRÊNCIA. PRECATÓRIO. ATRASO NO PAGAMENTO. MULTA COMINATÓRIA. IMPOSIÇÃO PELO JUIZ
DA EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. PRESSUPOSTOS. EXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL
PREJUDICADO. COBRANÇA. EXECUÇÃO POR PRECATÓRIO OU REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. RECURSOS ESPECIAIS
CONHECIDOS E IMPROVIDOS. [...] 4. O não-conhecimento do recurso especial pela alínea "a" do permissivo constitucional, em face da
incidência da Súmula 7/STJ, prejudica o exame do dissídio jurisprudencial. Precedente do STJ. [...] 7. Recursos especiais conhecidos e
improvidos".
(REsp 1011849/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, julgado em 23/06/2009, DJe 03/08/2009)
..........
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DESPACHO
Analisando os autos, verifico que a presente Comissão Processante, designada por meio da Portaria nº 265/2018-
CGJ (fls.33/34), encontra-se com prazo de conclusão dos trabalhos expirado.
Isso posto, remetam-se os autos ao Exmo. Sr. Dr. Corregedor Geral da Justiça deste Estado para adoção das
medidas cabíveis.
CONCLUSÃO
Nesta data, faço estes autos conclusos ao Exmo Corregedor Geral da Justiça e, para constar, lavrei o presente termo.
Assessor da CGJ
DESPACHO
Providencie-se publicação de nova Portaria em função do término do prazo determinado na Portaria nº 265/2018.
Recife, 03 de dezembro de 2018.
Renova Portaria no Processo Administrativo Disciplinar instaurado com a finalidade de apurar com maior profundidade supostas
irregularidades administrativas.
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O Corregedor Geral da Justiça do Estado de Pernambuco, no uso de suas atribuições legais, especialmente as ditadas nos
artigos 35, 37 e 39 do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, artigos 85 e 86 do Regimento Interno da Corregedoria
Geral da Justiça,
CONSIDERANDO que o prazo para finalização dos trabalhos da Comissão designada na Portaria nº 137/2018 – CGJ encontra-
se expirado;
RESOLVE
Art. 1.º DISSOLVER a Comissão Processante constituída pela Portaria nº 137/2018 – CGJ, tendo em vista o prazo para
conclusão dos respectivos trabalhos da aludida Comissão ter expirado, bem como a imprescindibilidade de realização de diligências destinadas
à instrução pertinente.
Art. 2.º INSTITUIR nova Comissão Processante tripartite formada pelos seguintes membros:
Dr. Marcus Vinícius Nonato Rabelo Torres, Juiz Corregedor Auxiliar da 1ª Entrância – Presidente;
Jaime Barbosa da Fonsêca - matrícula nº 168.545-7;
Keylla Patrícia Lafayete Góes- matrícula nº 182.325-6.
Art. 3.º DESIGNAR como suplente a servidora Ana Neide Leite, matrícula nº 157.696-8, que integrará a Comissão prevista no art. 2.º nas
situações de impedimento de um dos membros designados.
Art. 4.° ASSINALAR o prazo de 60 dias (cf. art. 220 da Lei nº 6.123/68) para a Comissão Processante realizar a apuração dos fatos e indicar
as medidas cabíveis.
DECISÃO/OFÍCIO
Trata-se de Representação por Excesso de Prazo ofertada pelo (...),(...),(...), através do Ofício CR-Crim. n° 15/2018, por meio do qual
encaminha cópia do HC n° (...), em que figura como paciente (...), réu na Ação Penal n° (...), em (...), o qual, segundo noticia o reclamante, é marcado
pela lentidão.
Instado a prestar informações, o (...),(...), justificou as sucessivas redesignações da audiência de instrução e julgamento; esclareceu que a
instrução e julgamento foi concluída em julho de 2017 e informou que determinou a remessa dos autos, no dia 24/07/2018, com vistas ao Ministério Público,
para manifestar-se sobre o pedido de diligências não atendido pela autoridade policial (fls. 76/78).
O (...) exarou paracer opininado pelo arquivamento do presente procedimento (fls. 126/127).
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Assere o (...) que: "Portanto, em tese e a princípio, verifico não haver quqlquer indício de irregularidade na (...), visto que a condução do
processo objeto da presente reclamação está se dando dentro da normalidade, levando-se em conta a quantidade de feitos que ali tramitam, assim como
as acumulações a que responde o (...). Considerando o princípio da razoabilidade, há que se levar em conta, dentre outros fatores, a complexidade do
processo em tela e o excesso de demanda judicial".
De fato, verifico que o processo se mostrou complexo, sendo necessárias diversas expedições de cartas precatórias, bem como realizados
inúmeros pedidos de diligência pelo Parquet , o que dificultou a celeridade desejada, demonstrando que o retardo processual se deveu a questões alheias
à atividade judicante.
Acrescente-se que o processo foi recentemente movimentado (08/11/2018), estando concluso para sentença.
Diante deste quadro, considerando que o andamento processual foi devidamente regularizado, com a conclusão da instrução criminal,
estando no aguardo da prolação de sentença, e que não restou caracterizado nos autos sequer indícios do cometimento de infração dos deveres da (...)
pelo (...),(...) , determino o arquivamento deste procedimento, nos termos do art. 9º, §2º, da Resolução nº 135/2015 do Conselho Nacional de Justiça.
Publique-se, com supressão do nome e Juízo de atuação dos envolvidos, dando-se conhecimento aos
interessados acerca do conteúdo da presente decisão.
Cópia desta decisão servirá como ofício.
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ÓRGÃO ESPECIAL
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, EM SESSÃO ORDINÁRIA DO ÓRGÃO ESPECIAL, REALIZADA NO DIA
03.12.2018, ÀS 14H, INICIALMENTE SOB A PRESIDÊNCIA DO EXMO. DES. CÂNDIDO SARAIVA E, APÓS, SOB A PRESIDÊNCIA DO EXMO.
DES. ANTENOR CARDOSO, ESTANDO PRESENTES OS EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES JOSÉ FERNANDES DE
LEMOS, BARTOLOMEU BUENO, JOVALDO NUNES, FREDERICO NEVES, LEOPOLDO RAPOSO, MARCO MAGGI (SUBST. O EXMO. DES.
FERNANDO FERREIRA), ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FERNANDO CERQUEIRA), FERNANDO MARTINS, ANTÔNIO
DE MELO E LIMA (SUBST. O EXMO. DES. ADALBERTO MELO), FRANCISCO BANDEIRA, FRANCISCO TENÓRIO, ROBERTO MAIA,
ANDRÉ GUIMARÃES, EVANDRO MAGALHÃES, CARLOS MORAES E FÁBIO EUGÊNIO DANTAS; PRESENTE, AINDA, A PROCURADORA
DE JUSTIÇA EXMA. DRA. TATIANA SOUZA LEÃO ARAÚJO, REPRESENTANDO A PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA; AUSENTES,
JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS. DESEMBARGADORES EDUARDO PAURÁ E CLÁUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES.
JONES FIGUEIRÊDO); PROFERIU AS SEGUINTES DECISÕES ADMINISTRATIVAS:
1. Recurso Administrativo no Procedimento Preliminar Prévio nº 455/2018 – CGJ (Tramitação nº 645/2018). Origem: Corregedoria Geral
da Justiça. Tipo: Recurso Administrativo em Procedimento Preliminar Prévio. Recorrente: Manuel José da Silva Filho. Advogados: Carlos
Alberto Bezerra de Queiroz Filho – OAB/PE 26.727 e outro. Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Relator: Exmo. Des
. Adalberto de Oliveira Melo, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. ADIADO EXPRESSAMENTE PARA A SESSÃO
DE 10.12.2018.
2. Processos SEI nº 00018543-79.2018.8.17.8017 e 29315-23.2018.8.17.8017. Origem: Corregedoria Geral da Justiça. Interessado: Instituto
de Protesto – IEPTB – PE. Objeto: Proposta de Provimento Conjunto - que dispõe sobre a autorização para que os Tabelionatos de Protesto
realizem convênios de cooperação técnica, dispensando o depósito prévio dos emolumentos e demais despesas devidas, previstas na Lei
Estadual de Custas e Emolumentos do Estado de Pernambuco. Altera o artigo 147 do Provimento nº 20 de 20/11/2009 que dispõe sobre o
Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registro do Estado de Pernambuco. Relator: Exmo. Desembargador Fernando Cerqueira
Norberto dos Santos, Corregedor Geral da Justiça. ADIADO O JULGAMENTO NA SESSÃO DO DIA 24.09.18 , A PEDIDO DE VISTA DO
EXMO. DES. FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, APÓS O VOTO DO RELATOR, EXMO. DES. DES. FERNANDO CERQUEIRA (CORREGEDOR
GERAL DA JUSTIÇA), APROVANDO O PROVIMENTO, NO QUE FOI ACOMPANHADO PELO EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS.
AGUARDAM A APRESENTAÇÃO DO VOTO VISTA, OS EXMOS. DESEMBARGADORES CARLOS MORAES, EVANDRO MAGALHÃES,
ANDRÉ GUIMARÃES, CLAUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO TENÓRIO), FRANCISCO BANDEIRA, ANTÔNIO
DE MELO E LIMA, FERNANDO MARTINS, EDUARDO PAURÁ, FREDERICO NEVES, JOVALDO NUNES, BARTOLOMEU BUENO E
JONES FIGUEIRÊDO. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS DESEMBAGADORES PATRIOTA MALTA (SUBST. O EXMO. DES.
LEOPOLDO RAPOSO), ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. CÂNDIDO SARAIVA), FERNANDO FERREIRA E ADALBERTO MELO
(PRESIDENTE). ADIADO O JULGAMENTO NA SESSÃO DO DIA 29.10.18 , EM FACE DO PEDIDO DE VISTA DO RELATOR, EXMO.
DES. FERNANDO CERQUEIRA (CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA), PARA NOVO EXAME E APRESENTAÇÃO DE ALTERNATIVAS
ACERCA DO PROVIMENTO QUE ESTÁ EM DISCUSSÃO, APÓS O VOTO VISTA DO EXMO. DES. FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, PELA
REJEIÇÃO DA PROPOSTA, E DO VOTO DO EXMO. DES. BARTOLOMEU BUENO PELA APROVAÇÃO DA PROPOSTA, ACOMPANHADO
O EXMO. DES. RELATOR. AGUARDAM A APRESENTAÇÃO DO VOTO VISTA, OS EXMOS. DESEMBARGADORES CARLOS MORAES,
EVANDRO MAGALHÃES, ANDRÉ GUIMARÃES, CLAUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO TENÓRIO), ANTENOR
CARDOSO, FRANCISCO BANDEIRA, ANTÔNIO DE MELO E LIMA, FERNANDO MARTINS, EDUARDO PAURÁ, FREDERICO NEVES,
JOVALDO NUNES E JONES FIGUEIRÊDO. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS DESEMBAGADORES ANDRÉ GUIMARÃES,
CLAUDIO JEAN VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO TENÓRIO), PATRIOTA MALTA (SUBST. O EXMO. DES. LEOPOLDO
RAPOSO), ANTÔNIO DE MELO E LIMA, EDUARDO PAURÁ, FERNANDO FERREIRA E ADALBERTO MELO (PRESIDENTE). NA SESSÃO
DE 26.11.2018 , PRESENTES OS EXMOS. DESEMBARGADORES CÂNDIDO SARAIVA (PRESIDENTE), EDUARDO PAURÁ, LEOPOLDO
RAPOSO, MARCO MAGGI (SUBST. O EXMO. DES. FERNANDO FERREIRA), FERNANDO CERQUEIRA (RELATOR), FERNANDO MARTINS,
ANTÔNIO DE MELO (SUBST. O EXMO. DES. FREDERICO NEVES) , ANTENOR CARDOSO, FAUSTO CAMPOS (SUBST. O EXMO. DES.
JOVALDO NUNES), FRANCISCO TENÓRIO, ANTÔNIO CARLOS ALVES (SUBST. O EXMO. DES. BARTOLOMEU BUENO), JOSÉ IVO
GUIMARÃES (SUBST. O EXMO. DES. ADALBERTO MELO), ROBERTO MAIA, STÊNIO NEIVA (SUBST. O EXMO. DES. FRANCISCO
BANDEIRA), ANDRÉ GUIMARÃES, EVANDRO MAGALHÃES E FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, APÓS A PROPOSTA DO RELATOR, EXMO.
DES. FERNANDO CERQUEIRA, NO SENTIDO DE APROVAÇÃO DO PROVIMENTO COM AS ALTERAÇÕES PROPOSTAS, MANTEVE A
RECUSA AO PROVIMENTO O EXMO. DES. FÁBIO EUGÊNIO DANTAS, FICANDO A CONCLUSÃO DO JULGAMENTO ADIADA PARA O
DIA 10.12.2018 . AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, OS EXMOS. DESEMBARGADORES JORGE AMÉRICO LIRA (SUBST. O EXMO. DES.
CARLOS MORAES), ALBERTO VIRGÍNIO (SUBST. O EXMO. DES. JOSÉ FERNANDES DE LEMOS) E JONES FIGUEIRÊDO .
3. Recurso Administrativo na Representação por Excesso de Prazo nº 000091-73.2017.8.17.8017. Origem: Corregedoria Geral da
Justiça. Tipo: Recurso Administrativo em Representação por Excesso de Prazo. Representante: Lisiane Anzzulin Ayub – OAB/RS 21.129.
Representado: Juízo de Direito da 18ª Vara Cível da Comarca da Capital. Relator: Exmo. Des. Fernando Cerqueira Norberto dos Santos,
Corregedor Geral da Justiça. ADIADO EXPRESSAMENTE PARA A SESSÃO DE 10.12.2018.
4. Processo nº 009/2018 – COJURI. Origem: Comissão de Organização Judiciária e Regimento Interno. Tipo: Projeto de Resolução. Objeto:
Dispõe sobre a revogação do parágrafo único do art. 1º da Resolução nº 385, de 09 de junho de 2016 do Órgão Especial, dando-lhe nova redação.
Relator: Exmo. Des. José Ivo de Paula Guimarães. ADIADO EXPRESSAMENTE PARA A SESSÃO DE 10.12.2018.
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Secretario Judiciário
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
Secretaria Judiciária Emitido em 21-11-2018
Resenha de Julgamento do dia 26/11/2018
Sessão Ordinária - Órgão Especial / Presidência / Vice-Presidência
Sob a presidência do Exmo. Des. Cândido Saraiva, estando presentes os Excelentíssimos Senhores
Desembargadores Eduardo Paurá, Leopoldo Raposo, Marco Maggi (subst. o Exmo. Des. Fernando Ferreira),
Fernando Cerqueira, Fernando Martins, Antônio de Melo e Lima (subst. o Exmo. Des. Frederico Neves),
Antenor Cardoso, Fausto Campos (subst. o Exmo. Des. Jovaldo Nunes), Francisco Tenório, Antônio Carlos
Alves (subst. o Exmo. Des. Bartolomeu Bueno), José Ivo Guimarães (subst. o Exmo. Des. Adalberto Melo),
Roberto Maia, Stênio Neiva (subst. o Exmo. Des. Francisco Bandeira), André Guimarães, Evandro Magalhães
e Fábio Eugênio Dantas; presente, ainda, o Procurador de Justiça, Exmo. Dr. Fernando Antônio Carvalho
Ribeiro Pessoa, representando a Procuradoria Geral de Justiça; ausentes, justificadamente, os Exmos.
Desembargadores Jones Figueirêdo, Alberto Virgínio (subst. o Exmo. Des. José Fernandes de Lemos) e
Jorge Américo (subst. o Exmo. Des. Carlos Moraes); realizou-se em 26 de novembro de 2018 mais uma
Sessão Ordinária do Órgão Especial, secretariada pelo Bel. Carlos Gonçalves da Silva, dando-se os seguintes
julgamentos:
__________________________________________________________________________________________
Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
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Agravte : E. P.
Procdor : L. S. F.
Agravdo : F. A. S. F.
Advog : Alice Silva das Chagas
: Paula Cristina Moraes de Oliveira
Agravdo : M. P. P.
Subproc : C. V. A. A.
Relator : Des. Adalberto Melo - Presidente
Adiado : PROCESSO EXPRESSAMENTE ADIADO PARA A SESSÃO A SER REALIZADA NO
DIA 10.12.2018.
Exceção de Incompetência
Embargos de Declaração no Agravo nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Mandado de Segurança
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Procedimento Ordinário
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Mandado de Segurança
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Agravo na Apelação
Embargos de Declaração no Agravo nos Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Agravo no Agravo de Instrumento
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Embargos de Declaração no Agravo nos Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração na Apelação
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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
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Embargos à Execução
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Apelação
Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
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Mandado de Injunção
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Agravo de Instrumento
Mandado de Segurança
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Agravo na Apelação
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Agravo na Apelação
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Mandado de Segurança
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Mandado de Segurança
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Agravo na Apelação
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Mandado de Segurança
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Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
Advogado#Ordem Processo
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
ÓRGÃO ESPECIAL
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 517880-9
IMPETRANTE: JOSÉ MARCOS FALCÃO DE MELO
IMPETRADOS: PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO E OUTRO.
RELATOR: LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de Mandado de Segurança impetrado contra Ato do Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco e do Des. Jorge Américo Pereira
de Lira.
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Relata o impetrante que participou do concurso público para preenchimento de cargos de provimento efetivo do quadro do Tribunal de Justiça
de Pernambuco, conforme edital nº 001/2017.
Pretende que seja reconhecida a conduta omissiva dos impetrados no sentido de dar seguimento ao ato homologatório do certame público.
Argumenta que a conduta omissiva fere seus direitos quanto ao regular andamento do certame público e atinge a garantia constitucional da
razoável duração do processo administrativo, tendo em vista que a homologação do concurso público é ato vinculado.
Ao final, requer o impetrante, em sede liminar, a determinação para que os impetrados forneçam informações atualizadas a respeito das
pendências administrativas porventura existentes quanto à homologação do certame por meio do site da Banca Examinadora e do Diário de Justiça
Eletrônico e, no mérito, a concessão da segurança, determinando-se que os impetrados realizem os procedimentos necessários à homologação
do Concurso Público para preenchimento de cargos de provimento efetivo do quadro do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
DECIDO.
O artigo 7º da Lei 12.069/2009 prevê a possibilidade de concessão de medida liminar em mandado de segurança, desde que presentes os
requisitos legais (fumus boni iuris e periculum in mora).
Concretamente, não vislumbro elementos a justificar a medida, já que o aguardo da oitiva dos impetrados não coloca em risco a sua eficácia. Por
outro lado, em um juízo sumário, percebo que a matéria em discussão demanda cognição mais aprofundada, inviável nesta oportunidade.
Solicitem-se informações às autoridades apontadas como coatoras, nos termos do art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009.
Oficie-se à Procuradoria-Geral do Estado para os fins do art. 7º, II, do mesmo diploma legal.
Publique-se e intimem-se.
101
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OBSERVAÇÕES:
(*) Processos Redistribuídos no mês ao Relator da Turma Estadual de Uniformização de Jurisprudência;
(**) Processos do Gabinete que encontram-se com movimentação de SOBRESTAMENTO;
(***) Processos Arquivados ou Baixados no mês.
102
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Ementa: Substituição e dispensa temporária de servidores na composição do Grupo de Trabalho em atuação na Distribuição de Cartas Precatórias
no Processo Judicial Eletrônico – PJe, vinculado à Diretoria do Foro da Capital.
O Ilustríssimo Sr. Diretor Geral, Ricardo Mendes Lins, no uso de suas atribuições, conferidas por delegação da presidência (Portaria Nº 08/2018,
publicada no DJe Edição Nº 26/2018, de 06/02/2018),
CONSIDERANDO a edição do Ato nº 2705/2018, no DJe do dia 21/09/2018;
CONSIDERANDO o resultado do Edital nº 69/2018 – SGP, de 26/10/2018, publicado no DJe do dia 05/11/2018;
CONSIDERANDO a solicitação encaminhada, por meio do SEI epigrafado, pelo Chefe de Secretaria da Central de Cartas de Ordem, Precatória
e Rogatória da Capital,
RESOLVE:
Art. 1º. Dispensar a servidora LESLIE CARON SANTANA DE OLIVEIRA, matrícula 1873563, do grupo de trabalho em atuação na Distribuição
de Cartas Precatórias no Processo Judicial Eletrônico – PJe, vinculado à Diretoria do Foro da Capital, apenas no período de 22/11 a 21/12/2018,
por motivo de designação para substituir Chefe de Secretaria no referido período.
Art. 2º. Substituir, no grupo de trabalho em atuação na Distribuição de Cartas Precatórias no Processo Judicial Eletrônico – PJe, vinculado à
Diretoria do Foro da Capital, o servidor EUDSON DE ALMEIDA CARLOS, Matrícula nº 125.431-6, pelo servidor ISNALDO CONSTANTINO DA
SILVA, Matrícula nº 48.432-6.
Art. 3º. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Recife, 29 de novembro de 2018.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3366/18 - SGP - designar CARLA ALESSANDRA VIANA CAVALCANTI, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1817710, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) ARCOVERDE/2ª V CIV, no período de
02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3367/18 - SGP - designar JOSE MURILO DE OLIVEIRA NETO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1837842, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da Diretoria das Varas de Família, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019,
em virtude de férias do titular.
Nº 3368/18 - SGP - designar PAULO EDUARDO FERREIRA CALADO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1761315, para responder pela
função gratificada de CHEFE DE SECRETARIA ADJUNTO / FGCSJ-2, da 24ª Vara Cível da Capital, Seção A, no período de 03/01/2019 a
01/02/2019 em virtude de férias do titular.
Nº 3369/18 - SGP - designar MARIA CRISTINA DE LIMA ALBUQUERQUE, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1769111, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) VICENCIA/VU, no período de 22/11/2018 a 21/12/2018,
em virtude de licença médica do titular.
Nº 3370/18 - SGP - designar DILMA NUNES XAVIER, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1021087, para responder pela função gratificada
de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do 3º PARTIDOR DA CAPITAL, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude
de férias do titular.
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Nº 3371/18 - SGP - designar ISABELA NOVAES ARAUJO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1863720, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) FLORESTA/VU, no período de 07/01/2019 a 05/02/2019, em virtude
de férias do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3372/18 - SGP - designar JANAINA LUCIA LOUREIRO DE FREITAS, ANALISTA JUD/FUNCAO JUD - APJ, matrícula 1844784, para responder
pela função gratificada de SUPERVISOR PROCESSAMENTO REMOTO/FGSPR, da Diretoria Cível do 1º Grau, no período de 04/12/2018 a
18/12/2018, em virtude de férias do titular.
Nº 3373/18 - SGP - designar RAQUEL FERREIRA DOS SANTOS NIPPO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1872494, para responder pela
função gratificada de DIRETOR EXEC DIR PROC REMOTO/FGDEPR, da Diretoria Cível do 1º Grau, no período de 04/12/2018 a 18/12/2018,
em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
Nº 3374/18 - SGP - designar LEILA DANIELA DOS SANTOS SIQUEIRA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1839586, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do ARCOVERDE/CEJUSC, no período de 04/12/2018 a
14/12/2018, em virtude de férias do titular.
Nº 3375/18 - SGP - designar KARLA ALESSANDRA PEREIRA DA COSTA CRUZ, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1855018, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) PAULISTA/1º JUIZADO CIV CONSU, no
período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3376/18 - SGP - designar WILLIAM CAMPOS ALBUQUERQUE CANCADO, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1832000,
para responder pela função gratificada de DISTRIBUIDOR/FUNCAO GERENCIAL JUD/FGJ-1, da OLINDA/DIST, no período de 03/12/2018 a
21/12/2018, em virtude de férias do titular.
Nº 3377/18 - SGP - designar CRISTIANA MENEZES DE GODOY E VASCONCELOS, ANALISTA JUD/FUNCAO JUD - APJ, matrícula 1854577,
para responder pela percepção da REPRESENTACAO DE GABINETE/RG-3, do Gabinete do Desembargador Alberto Nogueira Virginio, no
período de 22/11/2018 a 19/02/2019, em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3378/18 - SGP - designar ANA CAROLINA GOMES MENDONCA ALEXANDRE, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1846027, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da JABOATAO/1ª V FAM REG CIV, nos períodos de
02/01/2019 a 04/01/2019, 07/01/2019 a 05/02/2019 e 06/02/2019 a 08/02/2019, em virtude de licença eleitoral, férias e licença eleitoral do titular.
Nº 3379/18 - SGP – retificar o Ato Nº3317/18 – SGP, publicado no DJE dia 29/11/18, referente a ADRIANA FREIRE DE MORAES, Oficial de Justiça
- PJ-III, matrícula 1756630, para onde se lê: para exercer a função gratificada de Chefe do Núcleo de Distribuição de Mandados/ FGNDM-1,
da Comarca de Olinda; leia-se: para exercer a função gratificada de Chefe do Núcleo de Distribuição de Mandados/ FGNDM-1, da Comarca de
Olinda, a partir de 03/12/2018.
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Nº 3380/18 - SGP - designar MAGALI BORBA RAMOS, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1209043, para responder pela função gratificada
de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 4ª V FAZ PUBLICA CAPITAL, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude
de férias do titular.
Nº 3381/18 - SGP - designar FABIANA PAIVA DOS SANTOS, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1873636, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da MORENO/1ª V CIV, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude
de férias do titular.
Nº 3382/18 - SGP - designar MICHEL DA SILVA FARIAS, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1813927, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do 4º JUIZADO ESP FAZ PUB, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019,
em virtude de férias do titular.
Nº 3383/18 - SGP - designar LESLIE CARON SANTANA DE OLIVEIRA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1873563, para responder pela
função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 8ª V FAZ PUBLICA CAPITAL, no período de 22/11/2018 a
21/12/2018, em virtude de licença médica do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3384/18 - SGP - designar HILA MARIA BARBOSA DE MELO SILVA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1761757, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) SAO JOSE DA COR GRANDE/VU, nos períodos de
19/11/2018 a 18/12/2018, 19/12/2018 a 21/12/2018 e 02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de licença prêmio, licença eleitoral e férias do titular.
Nº 3385/18 - SGP - designar ROSEANE MARIA DOS SANTOS LIMA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1854330, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) VITORIA/JUIZADO CIV REL CONSU, no período de
02/01/2019 a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3386/18 - SGP - designar VANIA CAMPELO LOUREIRO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1763440, para responder pela função
gratificada de FUNCAO GERENCIAL JUDICIARIA/FGJ-1, da DIRETORIA DO FORO DA CAPITAL, no período de 22/11/2018 a 21/12/2018, em
virtude de férias do titular.
Nº 3387/18 - SGP - designar URUBATAN JOSE MALTA CARDOSO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1837214, para responder pela
função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da OLINDA/4ª V CIV, no período de 25/10/2018 a 08/12/2018, em
virtude de licença médica do titular.
Nº 3388/18 - SGP - designar NADJA SOARES DE LIMA SILVA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1869760, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 1ª V SUCES REG PUB CAPITAL , no período de 02/01/2019 a
31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3389/18 - SGP - designar POLLYANA DE SOUSA DANDA MELO, ANALISTA JUD/FUNCAO ADM - APJ, matrícula 1859366, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da TAQUARITINGA DO NORTE/VU, no período de 22/11/2018
a 21/12/2018, em virtude de férias do titular.
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O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3390/18 - SGP - designar ERIKA SOARES MULATINHO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1859196, para responder pela função
gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I do(a) 3ª V FAZ PUBLICA CAPITAL, no período de 02/01/2019 a 31/01/2019,
em virtude de férias do titular.
Nº 3391/18 - SGP - designar PAULO ANDRE DA SILVEIRA TEIXEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1864637, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) VITORIA/2ª V CRIM, nos períodos de 22/10/2018 a
21/11/2018 e 02/01/2019 a 19/04/2019, em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
Nº 3392/18 - SGP - designar CAMILA CHARLEIDE AGUIAR SILVA CAVALCANTI, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1854704, para
responder pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I do 14º Juizado Especial Cível e das Relações de
Consumo da Capital, no período de 05/11/2018 a 05/12/2018, em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3393/18 - SGP - designar DIOGO RICHARDSON E SILVA NASCIMENTO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852930, para responder
pela função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, do(a) AFOGADOS DA INGAZEIRA/V CRIM, no período de
07/01/2019 a 05/02/2019, em virtude de férias do titular.
Nº 3394/18 - SGP - designar LUCAS JONATAS VIEIRA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852957, para responder pela função gratificada
de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I do(a) AFOGADOS DA ING/V RE INF 13C, no período de 07/01/2019 a 05/02/2019,
em virtude de substituição em outra função/comissionado do titular.
Nº 3395/18 - SGP - designar SAVIO SOARES LEANDRO DE OLIVEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1750240, para responder pela
função gratificada de DISTRIBUIDOR/FUNCAO GERENCIAL JUD/FGJ-1 do(a) CAMOCIM DE SAO FELIX/DIST, no período de 22/10/2018 a
19/04/2019, em virtude de licença maternidade do titular.
Nº 3396/18 - SGP - designar ROBERTO GONCALVES DE SOUZA, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1845772, para responder pela
função gratificada de CHEFE SECRETARIA UNIDADE JUDICIARIA/FGCSJ-I, da 2ª V EXEC TITULOS EXTRAJUDIC, no período de 02/01/2019
a 31/01/2019, em virtude de férias do titular.
Ementa: Incluir servidora na composição do Grupo de Trabalho em atuação no 1º Colégio Recursal Cível.
O Dr. Ricardo Mendes Lins , Diretor Geral do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, no uso dos poderes conferidos por delegação da
Presidência (Portaria nº 08/2018, publicada no DJe Edição nº 26/2018 do dia 06/02/2018),
CONSIDERANDO a instituição d o Grupo de Trabalho do 1º Colégio Recursal da Capital, pelo Ato nº 822, de 16/08/2016;
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CONSIDERANDO a prorrogação efetuada pelo Ato nº 1595/2018, de 09/05/2018, que estendeu sua atuação até 08/01/2019;
CONSIDERANDO a solicitação do Excelentíssimo Juiz Presidente do I Colégio Recursal Cível da Capital, Dr. SERGIO PAULO RIBEIRO DA
SILVA por meio do Requerimento SEI nº 0281815, datado de 01/11/2018,
RESOLVE:
Art. 1º. Incluir, no grupo de trabalho em atuação no 1º Colégio Recursal Cível a servidora MARIA DA CONCEICAO BORGES DE MORAIS,
matrícula nº 184530-6, a partir da data de publicação deste Ato.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº3400/18 - SGP - designar RAFAEL CAMPELLO MELO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1838890, para responder pela função
gratificada de CONCILIADOR JUIZADO/FGCJ-1, do 8º JUIZADO ESP CIV REL CONSU, no período de 25/09/2018 a 23/03/2019, em virtude
de substituição em outra função/comissionado do titular.
O DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, RICARDO MENDES LINS, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
Nº 3401/18-SGP – dispensar AMÓS RODRIGUES DE MELO NASCIMENTO, Analista Judiciário/APJ/Função Judiciária, matrícula 1870904, da
percepção da Representação de Gabinete/RG-3, do Gabinete do Desembargador Evio Marques da Silva.
Nº 3402/18-SGP – dispensar BRUNO LISANDRO DE ARAÚJO, Analista Judiciário/APJ/Função Administrativa, matrícula 1858491, da percepção
da Representação de Gabinete/RG-3, do Gabinete do Desembargador Honório Gomes do Rego Filho.
Nº 3403/18-SGP – designar BRUNO LISANDRO DE ARAÚJO, Analista Judiciário/APJ/Função Administrativa, matrícula 1858491, para perceber
a Representação de Gabinete/RG-3, do Gabinete do Desembargador Evio Marques da Silva.
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O ILMO. SR. RICARDO MENDES LINS, DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, CONFORME
DELEGAÇAO CONFERIDA PELA PORTARIA Nº 57/2016, EXAROU NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE
05.12.2018, OS SEGUINTES DESPACHOS:
Requerimento (Processo SEI nº 00036504-55.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Paulo Henrique Martins Machado – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Considerando os termos do Ato nº 1068/18, de 17 de agosto de 2018, publicado no DJ-e de 20/08/2018 e da Portaria nº 36,
de 03/09/2018, publicada no DJe de 05/09/2018, que relacionaram o Exmo. Dr . Paulo Henrique Martins Machado , Juiz de Direito do 10º
Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Capital, para Integrar como membro titular o Mutirão Eletrônico de Sentenças da
5ª Semana Pernambucana em Apoio ao Idoso em diversos Juizados Especiais Cível e das Relações de Consumo das Comarcas de
Paulista e Limoeiro , com jurisdição plena e exercício cumulativo, defiro o pedido de pagamento referente ao mês de novembro/2018, com
respaldo na Certidão da Coordenadoria dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e Fazendários, fornecida pelo Servidor Rodrigo Ferreira Lins -
Técnico Judiciário, confirmando o atendimento da Meta estabelecida (Art. 8º, §2º do Ato nº 1068/2018).”
Requerimento (Processo SEI nº 00038120-56.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Sérgio José Vieira Lopes – ref. pagamento de verba indenizatória:
“Considerando os termos do Ato nº 1068/18, de 17 de agosto de 2018, publicado no DJ-e de 20/08/2018 e da Portaria nº 36, de 03/09/2018,
publicada no DJe de 05/09/2018, que relacionaram o Exmo. Dr . Sérgio José Vieira Lopes , Juiz de Direito do 4º Juizado Especial Cível e
das Relações de Consumo da Comarca da Capital, para Integrar como membro titular o Mutirão Eletrônico de Sentenças da 5ª Semana
Pernambucana em Apoio ao Idoso em diversos Juizados Especiais Cível e das Relações de Consumo das Comarcas de Paulista e
Limoeiro , em jurisdição plena e exercício cumulativo, defiro o pedido de pagamento referente aos 30 (trinta) dias referenciados (novembro/2018),
com respaldo na Certidão da Coordenadoria dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e Fazendários, fornecida pelo Servidor Rodrigo Ferreira
Lins - Técnico Judiciário, confirmando o atendimento da Meta estabelecida (Art. 8º, §2º do Ato nº 1068/2018).”
Ofício nº 032/2018 (Processo SEI nº 00028972-04.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Sandra de Arruda Beltrão Prado - ref. pagamento de verba
indenizatória: “O Núcleo de Controle Funcional de Magistrados informa que a verba por exercício cumulativo já foi lançada e paga no mês de
outubro de 2018, então arquive-se com as cautelas de estilo.”
Requerimento – (SEI nº 00036822-63.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Paulo Ricardo Cassaro dos Santos – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Ante a informação, defiro o pedido de pagamento pro rata tempore da verba de diferença de entrância, formulado pelo Exmo.
Dr. Paulo Ricardo Cassaro dos Santos, Juiz da Comarca de Trindade de 1ª Entrância, pelo exercício cumulativo, na condição de auxiliar, na 2ª
Vara da Comarca de Ouricuri de 2ª Entrância, referente aos meses de SETEMBRO/18 e NOVEMBRO/2018, este último correspondente ao
período de 01 a 18/11/18, na condição de auxiliar, até ulterior deliberação atentando para o limite legal”.
Requerimento – (SEI nº 00034511-86.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. Sérgio José Vieira Lopes – ref. pagamento de verba indenizatória:
“ Defiro o pedido de pagamento pro rata tempore formulado pelo Exmo. Dr. Sérgio José Vieira Lopes, referente à acumulação junto ao 3ª
Juizado Especial Cível da Comarca do Recife, no período de 10 a 24/10/2018, totalizando 15 dias, durante as férias, nos termos do art. 146,
inciso IV, do Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, com a nova redação dada pela Lei Complementar nº 209/2012, de
01.10.2012, conforme Certidão acostada”.
Requerimento – (SEI nº 00036459-74.2018.8.17.8017 ) – Exma. Dra. Célia Gomes de Morais – ref. pagamento de verba indenizatória: “
Ante a informação, defiro o pedido de pagamento da verba de exercício cumulativo “pro rata tempore”, formulado pela Exma. Dra. Célia Gomes
de Morais, Juiza de Direito de 2ª Entrância, por ter atuado no Polo de Audiências de Custódia, nos termos do Ato nº 1259/18-SEJU, no mês de
outubro/2018, no período de 03 a 31.10.2018. Observe o limite legal”.
Ofício nº 0294790/2018 – (SEI nº 00038100-86.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. Luiz Célio de Sá Leite – ref. pagamento de verba indenizatória:
“ Ante a informação, defiro o pedido de pagamento das verbas de exercício cumulativo “pro rata tempore”, formulado pelo Exmo. Dr. Luiz Célio
de Sá Leite, referente ao exercício junto 1ª Vara Cível da Comarca Gravatá, no período de 19 a 25.11.2018, em virtude das férias do titular,
Exmo. Dr. Luis Vital do Carmo Filho e férias também do 1º Substituto Automático, como também, pela acumulação da 2ª Vara Cível da Comarca
supramencionada, no período de 07 a 25.00.2018, em virtude das férias da titular, Exma. Dra. Brenda Azevedo Paes Barreto. Observe o limite
legal”.
Ofício nº 0268265/2018 – (SEI nº 00032241-96.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. Paulo Roberto de Sousa Brandão – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Considerando a informação do NCFM de que a verba pro rata tempore por exercício cumulativo já foi paga no mês de outubro,
arquive-se com as cautelas de estilo”.
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Requerimento – (SEI nº 00035253-40.2018.8.17.8017 ) – Exmo. Dr. João Guido Tenório de Albuquerque – ref. pagamento de verba
indenizatória: “ Considerando a informação de que a verba já foi lançada e paga no mês de novembro/2018, arquive-se com as cautelas de estilo”.
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SECRETARIA JUDICIÁRIA
O BEL. CARLOS GONÇALVES DA SILVA, SECRETÁRIO JUDICIÁRIO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO,
EXAROU NO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES – SEI, EM DATA DE 05.12.2018, OS SEGUINTES DESPACHOS:
E-mail (Processo SEI nº 00038232-82.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Ailton Alfredo de Souza (Juiz Aposentado) – ref. conversão de férias em
pecúnia: “À Consultoria Jurídica.”
Ofício nº 040/2018 (Processo SEI nº 00037881-75.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Sandra de Arruda Beltrão Prado – ref. assunção de exercício
cumulativo junto à 8ª Vara Criminal da Capital, no dia 22.11.2018: “Ante o despacho da Ilma Secretária do Conselho, registre-se e arquive-se.”
Ofício nº 4071/2018 (Processo SEI nº 00037582-87.2018.8.17.8017) – Exmo. Dr. Pierre Souto Maior Coutinho de Amorim – ref. anotação
de participação como palestrante em evento do Ministério Público: “ Ao NCFM, para registrar conforme orientação da Corregedoria Geral da
Justiça, em seguida arquive-se.”
Requerimento (Processo SEI nº 00037657-23.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Aline Cardoso dos Santos – ref. abono permanência: “À
Consultoria Jurídica, com a certidão em anexo.”
Requerimento (Processo SEI nº 00035554-25.2018.8.17.8017) – Exma. Dra. Ana Maria da Silva – ref. anotação de tempo de serviço e
contribuição em ficha funcional: “Ao Órgão Consultivo, com a informação e certidão em anexo.”
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SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
Comissão Permanente de Licitação/CPL
AVISO DE JULGAMENTO DE HABILITAÇÃO
TOMADA DE PREÇOS Nº 04/2018 - CPL – Proc.Licitatório nº 157/2018 (LICON)
OBJETO: serviços complementares para os galpões do Almoxarifado e Patrimônio do TJPE, inclusive construção de filtro anaeróbio
para o Fórum de Jaboatão dos Guararapes.
LICITANTE HABILITADA : JACIL SERVIÇOS DE ENGENHARIA EIRELI. LICITANTE INABILITADA por desatendimentos editalícios: CBL
EMPREENDIMENTOS LTDA (itens 7.5.2 “A” e 7.5.3 “A”) , conforme Ata circunstanciada nos autos. Re cife, 05 de dezembro 2018. Maria de Fátima
de Lima Leite – Membro da CPL.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº 1313/18 – lotar DIOGO RICHARDSON E SILVA NASCIMENTO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852930, na Vara Criminal da
Comarca de Afogados da Ingazeira, no período de 07/01/2019 a 05/02/2019.
Nº 1314/18 – lotar DIOGO RICHARDSON E SILVA NASCIMENTO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1852930, na Vara Regional da Infancia
e Juventude da 13ª Circunscrição da Comarca de Afogados da Ingazeira, a partir de 06/02/2019.
Nº 1315/18 - lotar SAVIO SOARES LEANDRO DE OLIVEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1750240, na Distribuição da Comarca de
Camocim de São Félix, no período de 22/10/2018 a 19/04/2019.
Nº 1316/18 - lotar SAVIO SOARES LEANDRO DE OLIVEIRA TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1750240, na Vara Única da Comarca de
Camocim de São Félix, a partir de 22/04/2019.
Nº 1317/18 – lotar ROBERTO GONCALVES DE SOUZA, TECNICO JUDICIARIO TPJ, matrícula 1845772, na 2ª V EXEC TITULOS EXTRAJUDIC,
no período de 02/01/2019 a 31/01/2019.
Nº 1318/18 – lotar ROBERTO GONCALVES DE SOUZA, TECNICO JUDICIARIO TPJ, matrícula 1845772, na Seção A, da 2ª V EXEC TITULOS
EXTRAJUDIC, a partir de 01/02/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1319/18 – tornar sem efeito a Portaria Nº 1231 /18 , publicada no DJE dia 12/11/2018, referente a RAFAEL CAMPELLO MELO, matrícula
1838890.
Nº1320/18 - lotar RAFAEL CAMPELLO MELO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1838890, no 8º Juizado Especial Cível e das Relações
de Consumo, no período de 25/09/2018 a 23/03/2019.
Nº1321/18 - lotar RAFAEL CAMPELLO MELO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1838890, na Seção B, da 26ª Vara Cível da Capital, a
partir de 25/03/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1322/18 – retificar a Portaria de nº 1061/18, de 21/09/2018, publicada no DJE do dia 24/09/2018, referente a DENISE DE SOUZA MARINHO,
matrícula 1863215, para onde se lê: no período de 17/09/2018 a 16/10/2018, leia-se: no período de 17/09/2018 a 04/04/2019.
Nº1323/18 – tornar sem efeito a Portaria Nº 1062/18, publicada no DJE dia 24/09/2018, referente a DENISE DE SOUZA MARINHO, matrícula
1863215.
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Nº1324/18 - lotar DENISE DE SOUZA MARINHO, TECNICO JUDICIARIO - TPJ, matrícula 1863215, na 6 ª Vara da Fazenda Pública da Capital,
a partir de 05/04/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1325/18 – lotar SILVIA SANTOS SOARES, Técnico Judiciário/TPJ, matrícula 1859382, na 3ª Vara Cível da Comarca do Cabo de Santo
Agostinho, a partir de 02/01/2019.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1326/18 - retificar a Portaria Nº 1300 /18, publicada no DJE dia 04/12/2018, referente a MARCELO GOMES MACENA, matrícula 1785885 ,
para onde se lê: a partir de 10/12/2018; leia-se : a partir de 17/12/2018.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº1327/18 – lotar CELINA ALVARENGA DE ALMEIDA, Técnico Judiciário/TPJ, matrícula 1869426, no Gabinete do Desembargador Honório
Gomes do Rego Filho.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, MARCEL DA SILVA LIMA, NO USO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
Nº 1328 /18 – lotar BRUNO LISANDRO DE ARAÚJO, Analista Judiciário/APJ/Função Administrativa, matrícula 1858491, n o Gabinete do
Desembargador Evio Marques da Silva.
A Diretora de Desenvolvimento Humano do Tribunal de Justiça de Pernambuco, VALÉRIA TEMPORAL, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pela Resolução 243/2008-TJPE que versa sobre Estágio Probatório, resolve:
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Requerimento SGP Digital n. 37488/2018 - Conceder ao(à) Servidor(a): ANA PAULA ANDRADE DE OLIVEIRA , matrícula 1873946, prazo
até 20/12/2018, para a realização da avaliação da 5ª etapa do estágio probatório. À Unidade de Avaliação do Desempenho para acompanhar
o cumprimento do prazo.
Requerimento SGP Digital n. 37500/2018 - Conceder ao(à) Servidor(a): NELLY CAROLINE SALOMAO DE OLIVEIRA , matrícula 1874837, prazo
até 24/12/2018, para a realização da avaliação da 5ª etapa do estágio probatório. À Unidade de Avaliação do Desempenho para acompanhar
o cumprimento do prazo.
Requerimento SGP Digital n. 37671/2018 - Conceder ao(à) Servidor(a): TARSIANO MORAIS DE OLIVEIRA , matrícula 1873997, prazo até
19/12/2018, para a realização da avaliação da 6ª etapa do estágio probatório. À Unidade de Avaliação do Desempenho para acompanhar o
cumprimento do prazo.
Valéria Temporal
Diretora de Desenvolvimento Humano
DESPACHO
1. Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a requerente epigrafada solicita concessão de abono de permanência.
2. Nesse contexto, a Consultoria Jurídica exarou Parecer, o qual foi ratificado pela Consultora Jurídica, opinando pelo indeferimento da concessão
do abono de permanência, com fundamento na regra do art. 3º da Emenda Constitucional nº 47/05.
3. Em sucessivo, vieram conclusos os presentes autos.
É o relatório. Passo a decidir .
4. O abono de permanência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 41 de 19/12/2003, e consiste no pagamento do valor equivalente ao da
contribuição do servidor para a previdência, a fim de neutralizá-la. O servidor que tenha completado os requisitos para aposentadoria voluntária e
que opte em permanecer em atividade fará jus a um abono permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até completar
as exigências para aposentadoria compulsória.
5. A matéria em debate encontra-se disciplinada na Emenda Constitucional nº 41/2003, no art. 3º da EC 47/05 e no art. 40 da Constituição
Federal de 1988.
6. Depreende-se, então, a par dos preceitos constitucionais apresentados e da análise dos documentos que instruem este processo, que a
requerente somente em 27.06.2019 passará a fazer jus ao abono em epígrafe, quando preencherá todos os requisitos para obter sua
aposentadoria voluntária por tempo de contribuição mínimo.
7. Isso exposto, INDEFIRO o pedido de concessão de abono de permanência, com fundamento na regra do art. 3º da Emenda Constitucional
nº 47/2005, Acórdão nº 1482/2012.
Recife, 30 de novembro de 2018
DESPACHO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
1. Trata-se de procedimento administrativo pelo qual a requerente, ocupante do cargo de Auxiliar Judiciário – PJ I, matrícula nº 179.314-4, solicita
abono de permanência.
2. Nesse contexto, a Consultoria Jurídica emitiu Parecer, o qual foi ratificado pelo Consultor Jurídico, opinando pelo deferimento do pleito, com
efeitos a partir de 31/01/2014 , tendo em vista haver preenchido todos os requisitos para a concessão de sua aposentadoria voluntária nos
termos do art. 40, §1º, inciso III, alínea “a”, c/c §19, da Constituição Federal.
3. Em sucessivo, vieram conclusos os presentes autos.
É o relatório. Passo a decidir .
4. O abono de permanência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 41 de 19/12/2003, e consiste no pagamento de valor equivalente ao
da contribuição do servidor para a previdência, a fim de neutralizá-la. Assim, o servidor que tenha completado os requisitos para aposentadoria
voluntária e opte em permanecer em atividade fará jus a um abono permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até
completar as exigências para aposentadoria compulsória.
5. Da análise dos autos, constata-se que a requerente faz jus ao pagamento do abono em epígrafe, por haver preenchido todos os requisitos
para obtenção de sua aposentadoria voluntária, a partir de 31/01/2014 , nos termos do art. 40, §1º, inciso III, alínea “a”, c/c §19, da Constituição
Federal.
6. Posto isso, ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o mencionado Parecer da Consultoria Jurídica, acolho a
proposição nele contida para DEFERIR o presente pedido.
Recife, 03 de dezembro de 2018
DESPACHO
Acolho os termos do Parecer de Verificador SEI 0295041, da Consultoria Jurídica, para fins de indeferir o pedido de Abono de Permanência,
nos termos do aludido opinativo.
Recife, 29 de novembro de 2018
DESPACHO
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual Uilna Maria Braga Batista, ocupante do cargo de Assessor Técnico Judiciário – PJC - II, lotada
no Gabinete do Desembargador Waldemir Tavares de Albuquerque Filho, matrícula 186.196-4, solicita reembolso das despesas efetuadas com
a mudança de lotação da Comarca de Caruaru para Recife.
A Consultoria Jurídica exarou o Parecer, o qual foi ratificado pela Consultora Jurídica, opinando pelo deferimento do pleito, com fundamento no
art. 19 da Lei nº 14.454/201.
Ao tempo em que aprovo, por seus próprios e jurídicos fundamentos, o Parecer exarado pela Consultoria Jurídica, acolho a proposição nele
contida, para, com fundamento no art. 19 da Lei nº 14.454/2011, deferir o pedido de ressarcimento do valor despendido e efetivamente
comprovado.
Recife, 29 de novembro de 2018
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EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco manifestem opção
pela lotação na 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 22/11/18 a 06/12/2018 os servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, dos
cargos de Auxiliar Judiciário/PJ-I, Técnico Judiciário/TPJ e Analista Judiciário/APJ, este último na função Administrativa e/ou Judiciária, poderão
manifestar opção pela lotação na 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho.
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Comarca do Cabo de Santo Agostinho, para atuação na 1ª Vara Criminal, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário, consideradas
a proporcionalidade entre a distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em unidade judiciária,
inclusive nas hipóteses de optante lotado em Polo diverso que ainda não conte com 3 (três) anos de exercício (art. 7º, última parte da Instrução
Normativa 6 de 11.09.2012, publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados nas Unidades Administrativas, a análise também
será feita observando-se a essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho, deverá ser enviada exclusivamente do e-
mail funcional do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao3@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação constante do Anexo I do presente
Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I); anuência do Gestor da unidade em que atua e se é ou não condicionada à lotação de outro servidor, em substituição ao
interessado (ANEXO II).
III. DA SELEÇÃO:
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro de 2018.
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V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Vagas: 01 (uma);
c) Local: Fórum Dr. Humberto da Costa Soares - Av Presidente Getúlio Vargas, 482 - Centro - CEP: 54505-560 - Telefones: (081)3181-9271;
d) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
e) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
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ABERTURA DE INSCRIÇÕES PARA A SELEÇAO INTERNA VISANDO A LOTAÇÃO NO PROTOCOLO GERAL DO FÓRUM DES. RODOLFO
AURELIANO - PROGEFORO.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da Republica, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
TORNA PÚBLICA a abertura das inscrições visando o preenchimento de 02 (duas) vagas, visando a lotação no Protocolo Geral do Fórum –
Progeforo, de acordo com a LEI Nº 14.454, de 26/10/2011, consoante condições adiante especificadas:
1.1. Público alvo : Servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, exceto: Apoio Especializado e Oficial de Justiça.
1.3. Local de atuação : PROGEFORO - Fórum Des. Rodolfo Aureliano - Av Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Ilha Joana Bezerra - CEP:
50080-900, Telefone: (81) 3181.0000.
2. DAS INSCRIÇÕES:
2.1. As inscrições serão efetuadas exclusivamente pelo e-mail funcional do servidor interessado, dirigido ao e-mail
sgp.ddh.selecao10@tjpe.jus.br , e deverão conter as informações, conforme anexo I.
2.2. Serão válidas as inscrições enviadas do dia 22/11/18 até o dia 06/12/18
3. DA SELEÇÃO:
4. DISPOSIÇÕES GERAIS:
4.1. Considerando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado
4.2. Serão canceladas imediatamente as inscrições que não atenderem às exigências constantes deste Edital;
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4.3. Os eventuais pedidos de desistência deverão ser comunicados no mesmo endereço eletrônico constante do item 2.1 deste Edital;
4.4. O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06 de 11 de setembro de 2012 ;
ANEXO I
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO E CURRÍCULO SIMPLIFICADO PARA A SELEÇAÕ INTERNA VISANDO A LOTAÇÃO NO PROTOCOLO
GERAL DO FÓRUM - PROGEFORO.
MATRÍCULA: ____________________________________________________________
CURSO: _________________________________________________________________
LOTAÇÃO: ______________________________________________________________
E-MAIL: _________________________________________________________________
ANEXO I I
CARGO: MATRÍCULA:
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LOTAÇÃO: TELEFONE:
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou
de Remoção não poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em
tais situações, requerer diretamente ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
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..................................................................................................................................................
Recife,___________de______________________de 2018
EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco manifestem opção
pela lotação na Diretoria Cível Regional do Agreste – DCRA.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que a conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência”;
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura;
CONSIDERANDO que a Diretoria Cível Regional do Agreste (DCRA) foi instituída pela Instrução Normativa de n.°16/2017, de 27 de julho de
2017.
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 27/11/2018 a 14/12/2018 , os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco,
lotados em todo Estado, ocupantes dos cargos de Auxiliar Judiciário , Técnico Judiciário e Analista Judiciário, Função Judiciária/Administrativa,
poderão manifestar opção pela lotação na Diretoria Cível Regional do Agreste - DCRA, desde que tenham a anuência, por escrito, do gestor
maior da unidade organizatório-funcional em que estiver lotado, conforme modelo contido no Anexo II.
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Diretoria Cível Regional do Agreste - DCRA, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário, consideradas a proporcionalidade entre a
distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em unidade judiciária, inclusive nas hipóteses de
optante lotado em Polo diverso que ainda não conte com 3 (três) anos de exercício (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012,
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publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados nas Unidades Administrativas, a análise também será feita observando-se a
essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na Diretoria Cível Regional do Agreste - DCRA, deverá ser enviada exclusivamente do e-mail funcional
do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao1@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I); anuência do Gestor da unidade em que atua e se é ou não condicionada à lotação de outro servidor, em substituição ao
interessado (ANEXO II).
III. DA SELEÇÃO:
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Considerando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado ;
b) Vagas: 10 (dez);
c) Horário das atividades : 7h00 às 13h00 ou 13h00 às 19h00, com possibilidade de concessão de tele trabalho parcial ou integral;
d) Local : Diretoria Cível Regional do Agreste, localizada no Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras (Avenida José Florêncio Filho, s/n, Maurício
de Nassau, Caruaru/PE, CEP: 55.014-837 - Telefone: (081)37257400/7401).
e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
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Cargo: _______________________________________________________________
Matrícula: _____________________________________________________________
Unidade de Lotação: ____________________________________________________
Data de Exercício: ___/_____/__________
Telefones para contato: __________________________________________________
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatur
ANEXO II
ANUÊNCIA
ANUÊNCIA DO GESTOR DA UNIDADE, PARA O SERVIDOR PARTICIPAR DA SELEÇÃO INTERNA, PARA LOTAÇÃO NA DIRETORIA CÍVEL
REGIONAL DO AGRESTE-DCRA
NOME DO SERVIDOR:
CARGO:
MATRÍCULA:
LOTAÇÃO:
TELEFONE:
ANUÊNCIA DO GESTOR (Assinatura e carimbo)
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou de Remoção não
poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em tais situações, requerer diretamente
ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
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EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário, manifestem opção pela lotação na Gerência
Gestão de Desempenho- GGD da Diretoria de Desenvolvimento Humano.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 28/11 / 2018 a 14/12/2018 , os servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco,
dos cargos de Auxiliar Judiciário/PJ-I, Técnico Judiciário/TPJ e Analista Judiciário/APJ, este último na função Administrativa, poderão manifestar
opção pela lotação na Gerência de Gestão de Desempenho- GGD, da Diretoria de Desenvolvimento Humano .
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Gerência de Gestão de Desempenho- GGD da Diretoria de Desenvolvimento Humano, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário,
consideradas a proporcionalidade entre a distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em
unidade judiciária (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012, publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados
nas Unidades Administrativas, a análise também será feita observando-se a essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na Gerência de Gestão de Desempenho - GGD da Diretoria de Desenvolvimento Humano, deverá
ser enviada exclusivamente do e-mail funcional do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao8@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação
constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I);
III. DA SELEÇÃO:
b) A análise curricular será feita pela Gerência de Seleção e Acolhimento-GSA, da Diretoria de Desenvolvimento Humano, da Secretaria de
Gestão de Pessoas-SGP.
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro/2018.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Vagas: 01 (uma);
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d) Local: Edifício Paula Baptista – 2º Andar – Rua Dr. Moacir Baracho, nº 207 - Bairro Santo Antônio, Recife, PE, CEP: 50.010-050, Telefone
para Contato: (81) 3182-0415.
e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
EMENTA: Torna pública a abertura de prazo para que os servidores efetivos do Poder Judiciário, manifestem opção pela lotação na Gerência
de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF.
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O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 28/11 a 14/12/2018 , os servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, dos
cargos de Auxiliar Judiciário/PJ-I, Técnico Judiciário/TPJ e Analista Judiciário/APJ, este último na função Administrativa, poderão manifestar
opção pela lotação na Gerência de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF .
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Gerência de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário,
consideradas a proporcionalidade entre a distribuição da força de trabalho e a demanda de processos, quando se tratar de optante lotado em
unidade judiciária (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012, publicada no DJe de 12.09.2012). Quanto aos optantes lotados
nas Unidades Administrativas, a análise também será feita observando-se a essencialidade das atividades desempenhadas pelo servidor;
b) a manifestação da opção pela lotação na Gerência de Dados Funcionais e Financeiros da Diretoria de Gestão Funcional- DGF, deverá ser
enviada exclusivamente do e-mail funcional do servidor para o e-mail sgp.ddh.selecao5@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação
constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: nome completo, cargo efetivo que ocupa, número da matrícula, unidade na qual está
lotado, data de exercício, telefones para contato; currículo simplificado, com informação sobre formação acadêmica e experiência profissional
no TJPE (ANEXO I).
III. DA SELEÇÃO:
b) A análise curricular será feita pela Gerência de Seleção e Acolhimento-GSA, da Diretoria de Desenvolvimento Humano, da Secretaria de
Gestão de Pessoas-SGP.
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a terceira semana do mês de dezembro/2018.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Vagas: 01 (uma);
d) Local: Edifício Paula Baptista – 2º Andar – Rua Dr. Moacir Baracho, nº 207 - Bairro Santo Antônio, Recife, PE, CEP: 50.010-050, Telefone
para Contato: (81) 3182-0554.
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e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e pela Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRÍCULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
EMENTA: Torna pública a abertura de prazo de inscrição para que os servidores efetivos do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco
ocupantes do cargo de Oficial de Justiça , lotados no Polo/11 – Sertão do Moxotó e Itaparica , possam manifestar opção para lotação na
Comarca de Arcoverde.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, e
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da República, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
RESOLVE :
I - TORNAR PÚBLICO que, durante o período de 29/11 a 10/12/2018 , os servidores efetivos ativos do cargo de Oficial de Justiça, lotados
no Polo/11 – Sertão do Moxotó e Itaparica (Arcoverde/Betânia/Custódia/Ibimirim/Inajá/Sertânia/Belém de São Francisco/Floresta/Petrolândia
e Tacaratu), possam manifestar opção pela lotação na Comarca de Arcoverde, desde que tenham a anuência, por escrito, do gestor maior
da unidade organizatório-funcional em que estiver lotado, conforme modelo contido no Anexo II.
a) a manifestação de que trata este Edital não vincula a Administração, que escolherá, dentre os optantes, o que será efetivamente lotado na
Comarca de Arcoverde, à luz do critério do menor prejuízo para o serviço judiciário, consideradas a proporcionalidade entre a distribuição da
força de trabalho e a demanda de processos existentes na unidade judiciária em que estiver lotado, inclusive nas hipóteses de optante lotado
em Polo diverso que ainda não conte com 3 (três) anos de exercício (art. 7º, última parte da Instrução Normativa 6 de 11.09.2012, publicada
no DJe de 12.09.2012).
b) a manifestação da opção pela lotação na Comarca de Arcoverde, deverá ser enviada exclusivamente do e-mail funcional do servidor para o
e-mail sgp.ddh.selecao7@tjpe.jus.br , conforme Modelo de Manifestação constante do Anexo I do presente Edital;
c) para participar da Seleção o optante deverá informar: (1) nome completo; (2) cargo efetivo que ocupa; (3) número da matrícula; (4) unidade na
qual está lotado; (5) data de exercício; (6) telefones para contato; (7) formação acadêmica; (8) experiência profissional no TJPE; (9) anuência
do Gestor da unidade em que atua e se é ou não condicionada à lotação de outro servidor, em substituição ao interessado (ANEXO II);
III. DA SELEÇÃO:
b) A análise curricular será feita pela Gerência de Seleção e Acolhimento-GSA, da Diretoria de Desenvolvimento Humano, da Secretaria de
Gestão de Pessoas-SGP;
IV. DO RESULTADO:
O resultado do (a) candidato (a) selecionado (a) será publicado até a segunda semana do mês de novembro de 2018.
V. DISPOSIÇÕES GERAIS:
a) Considerando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado ;
b) Vagas: 02 ( dois );
c) Local de atuação : Fórum Clovis C Padilha – Av. Capitão Arlindo Pacheco de Albuquerque – Bairro Centro – CEP: 56506-916 – Arcoverde
– PE - Telefone: (87) 3821-8682; 3821-8683.
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e) O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
f) Eventuais omissões serão decididas pela Secretaria de Gestão de Pessoas e a Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
ANEXO I
CURRICULO SIMPLIFICADO
Formação: ____________________________________________________________
____________________________________
Assinatura
ANEXO II
ANUÊNCIA
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ANUÊNCIA DO GESTOR DA UNIDADE, PARA O SERVIDOR, OCUPANTE DO CARGO DE OFICIAL DE JUSTIÇA, PARTICIPAR DA SELEÇÃO
INTERNA, PARA LOTAÇÃO NA COMARCA DE ARCOVERDE.
NOME DO SERVIDOR:
CARGO:
MATRÍCULA:
LOTAÇÃO:
TELEFONE:
ANUÊNCIA DO GESTOR (Assinatura e carimbo)
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou de Remoção não
poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em tais situações, requerer diretamente
ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
CONSIDERANDO que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”, nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º, da Constituição da República;
CONSIDERANDO que na conformidade da regra inserta no art. 37, caput, da Constituição da Republica, "a Administração Pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ” (grifou-se)
CONSIDERANDO que, para alcançar o princípio da eficiência, a Administração Pública deve alocar os recursos humanos de acordo com a
necessidade das unidades que compõem a sua estrutura,
TORNA PÚBLICA a abertura das inscrições visando o preenchimento de 01 (uma) vaga, para a função gratificada de Conciliador, símbolo
FGCJ-1, para o II Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Comarca de Olinda , de acordo com a Lei Complementar Nº 138,
de 6 de janeiro de 2009, Art. 183-A, consoante condições adiante especificadas:
1.1. Público alvo : Servidores efetivos ativos do Poder Judiciário de Pernambuco, lotados em todo Estado, ocupantes dos cargos de Auxiliar
Judiciário, Técnico Judiciário e Analista Judiciário (funções Administrativa e Judiciária), com formação em Direito, desde que:
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Tenham a anuência, por escrito, do gestor maior da unidade organizatório-funcional em que estiver lotado, conforme modelo contido
no Anexo I;
Tenham, preferencialmente , experiência como Conciliador nas Unidades Judiciárias do Poder Judiciário;
Não tenham recebido punição disciplinar até 05 (cinco) anos antes da data de publicação deste edital.
Local de atuação: II JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E DAS RELAÇÕES DE CONSUMO - Av. Pan Nordestina, km 4, 2º andar, - Vila Popular
- Olinda - PE - CEP 53.230-900 Telefones: (81) 3182-2706
2. DAS INSCRIÇÕES:
2.1. As inscrições serão efetuadas exclusivamente pelo e-mail funcional do servidor interessado, dirigido ao e-mail
sgp.ddh.selecao11@tjpe.jus.br , e deverão conter as informações, conforme Anexo II;
2.3. Quando não houver a informação nos registros funcionais, será obrigatória a comprovação do requisito indispensável para a função, sendo
necessária a apresentação do respectivo Diploma ou Certificado de Conclusão de Curso.
3. DA SELEÇÃO:
3.2. O resultado final do(a) candidato(a) selecionado(a) será publicado até a 3ª semana do mês de dezembro/2018.
4. DA ENTREVISTA:
A entrevista será realizada pela Magistrada do II Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Comarca de Olinda, em hora e local
informados, posteriormente, através de e-mail funcional dos servidores pré-selecionados.
5. DISPOSIÇÕES GERAIS:
5.1. C onsiderando a impossibilidade da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP em proceder com a reposição, o candidato só deverá se
inscrever desde que tenha a anuência do magistrado da unidade judiciária a que esteja vinculado ;
5.2. Serão canceladas imediatamente as inscrições que não atenderem às exigências constantes deste Edital;
5.3. Os eventuais pedidos de desistência deverão ser comunicados no mesmo endereço eletrônico constante do item 2.1 deste Edital;
5.4. Em virtude da eventual futura designação para a função gratificada de que trata este Edital, o servidor perceberá, o seguinte valor:
5.5. A vantagem de que trata o item 5.4 não será paga, em nenhuma hipótese, aos titulares de cargos em comissão, aos servidores que percebam
função gratificada ou que já percebam outra pelo mesmo motivo ou pela participação em comissão ou grupo de assessoramento técnico, nos
termos do art. 3º da Lei nº 13.838, de 7 de agosto de 2009;
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5.6. O Processo de Seleção observará as normas contidas na Instrução Normativa nº 06, de 11 de setembro de 2012 ;
5.7. O ato de designação será expedido pelo Diretor Geral do Tribunal de Justiça, após o encerramento da seleção.
ANEXO I
CARGO: MATRÍCULA:
LOTAÇÃO: TELEFONE:
Observação:
Conforme preconiza o Art. 6º § 3º da Instrução Normativa nº 06 de 11/09/2012: “Os Juízes inscritos nos Editais de Promoção ou
de Remoção não poderão promover cessão ou permuta de servidores entre Unidades Judiciárias ou órgãos afins, devendo, em
tais situações, requerer diretamente ao Presidente do Tribunal que, caso assim o entenda, poderá ouvir a SGP antes de decidir. ”
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Recife,___________de______________________de 2018
ANEXO II
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO E CURRÍCULO SIMPLIFICADO PARA A SELEÇAÕ INTERNA DE CONCILIADOR DO II JUIZADO ESPECIAL
CÍVEL E DAS RELAÇÕES DE CONSUMO DA COMARCA DE OLINDA.
MATRÍCULA: ____________________________________________________________
FORMAÇÃO: _____________________________________________________________
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LOTAÇÃO: ______________________________________________________________
E-MAIL: _________________________________________________________________
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NO ÂMBITO JURÍDICO (no TJPE) ESPECIFICANDO A ATUAÇÃO DE FATO OU DE DIREITO COMO
CONCILIADOR.
O Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Desembargador Adalberto de Oliveira Melo, no uso de suas atribuições, TORNA sem
efeito a convocação do servidor LUIZ ELOADYR CHAVES DE OLIVEIRA, matrícula 177239-2, publicada no DJE de 23/11/2018, para atuar
no MUTIRÃO ESPECIAL, a ser instalado no GRUPO DE TRABALHO DOS EXECUTIVOS FISCAIS MUNICIPAIS, permanecendo válida a
convocação da servidora DORALICE DE VASCONCELOS R ASSIS, MATRÍCULA 177600-2, publicada no DJE de 16/11/2018.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS, MARCEL LIMA DA SILVA , no uso de suas atribuições, torna pública a relação do estagiário
que não entregou o Relatório de Comparecimento do mês de Novembro. De acordo com o Art. 18, inciso XI da Resolução de Estágio nº
342 de 16/10/2012 (DOPE 17/10/2012 ) não receberá o auxílio financeiro referente a Novembro/2018 até regularização da pendência:
IGOR PEREIRA SOUSA CORTEZ 45284 COMARCA DE RECIFE - 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
PODER JUDICIÁRIO
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Requerimento SGP Digital n. 37696/2018 – de DIEGO BARBOSA SOUZA LIMA– Solicitando a concessão do Adicional de Qualificação
por conclusão de curso de Especialização, de acordo com a Lei nº 15.539/2015 c/c a Resolução nº 381/2015.
DECISÃO
Considerando o que dispõe a Lei nº 15.539, de 01/07/2015, c/c a Resolução nº 381/2015, acolho o Parecer nº 275/2018, exarado pela
Gerência de Gestão do Desempenho, e por via de consequência, defiro o pedido, autorizando a implantação em folha de pagamento, nos
termos da delegação conferida pela Portaria nº 235/2016-SGP, de 26/02/2016.
Requerimento SGP Digital n. 34118/2018 – de JERONIMO CAMBUIM MELO DE MIRANDA– Solicitando a concessão do Adicional de
Qualificação por conclusão de curso de Especialização, de acordo com a Lei nº 15.539/2015 c/c a Resolução nº 381/2015.
DECISÃO
Considerando o que dispõe a Lei nº 15.539, de 01/07/2015, c/c a Resolução nº 381/2015, acolho o Parecer nº 274/2018, exarado pela
Gerência de Gestão do Desempenho, e por via de consequência, defiro o pedido, autorizando a implantação em folha de pagamento, nos
termos da delegação conferida pela Portaria nº 235/2016-SGP, de 26/02/2016.
05 de dezembro de 2018
Valéria Temporal
Diretora de Desenvolvimento Humano
DESPACHO
Trata-se de procedimento administrativo pelo qual o requerente, HUDSON FIGUEIREDO DE SOUSA , Técnico Judiciário-TPJ, matrícula nº
1839616, requerer a anotação de tempo de serviço, para todos os efeitos legais, prestados ao Ministério do Trabalho/Superintendência Regional
do Trabalho na Paraíba, através de certidão.
A Consultoria Jurídica opinou pelo deferimento do pedido, devendo ser averbado o tempo de contribuição prestado ao Ministério do Trabalho/
Superintendência Regional do Trabalho na Paraíba, no período de 25/05/2009 a 27/01/2011, o tempo de 613 (seiscentos e treze) dias, ou seja, 01
(um) ano, 08 (oito) meses e 08 (oito) dias, já excluído o tempo concomitante, através de certidão, sejam contados para efeitos de aposentadoria
e disponibilidade, com fundamento no art. 40, § 9º da Constituição Federal, c/c o art. 171, § 8º da Constituição do Estado de Pernambuco.
Isso posto, com fundamento na legislação invocada, bem como no Parecer da Consultoria Jurídica, defiro o pedido, para que seja anotado na
ficha funcional do requerente o tempo postulado de 613 (seiscentos e treze) dias, ou seja, 01 (um) ano, 08 (oito) meses e 08 (oito) dias, já excluído
o tempo concomitante, através de certidão, para efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
Recife, 03 de dezembro de 2018
DESPACHO
Acolho o Parecer emitido nestes autos pela Consultoria Jurídica (verificador 0297252), para deferir o pedido formulado nos autos epigrafados,
nos limites do aludido opinativo.
Recife, 03 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
A DIRETORA DE GESTÃO FUNCIONAL, SOLANGE DE CASTRO SALES CUNHA, no uso das atribuições e competências que lhe foram
conferidas pela PORTARIA Nº 527/2018-SGP DE 25/04/2018 (DJE 26/04/2018), resolve publicar:
SEI nº 00037280-55.2018.8.17.8017 – a dispensa dos dias 26 e 29/10/2018, tendo em vista a convocação do servidor ALBERTO JOSE DE
LIMA E SILVA BRAGA , matrícula nº 1846469, para atuar no segundo turno das Eleições Gerais de 2018 como AUXILIAR DE SERVIÇOS
ELEITORAIS.
SEI nº 00037425-80.2018.8.17.8017 - a alteração do gozo da licença prêmio da servidora MARIA DE FÁTIMA CARNEVAL COSTA, matrícula
172355-2, de onde se lê 21/11/2018 a 22/12/2018, leia-se 21/11/2018 a 21/12/2018.
SEI nº 00037279-08.2018.8.17.8017 - o afastamento do servidor MARCO ANTÔNIO RODRIGUES GALVÃO, matrícula nº , em virtude de
convocação para participação nas eleições 2018, relativo aos dias 05/10/2018 e 08/10/2018.
SEI nº 00039036-40.2018.8.17.8017 - a dispensa dos dias 24, 25, 26, 27, 28/09, 01, 02, 03, 04 e 05/10/2018 tendo em vista a convocação
do servidor LUCAS JONATAS VIEIRA, matrícula nº 185295-7, para atuar nas Eleições Gerais de 2018 como AUXILIAR DE SERVIÇOS
ELEITORAIS.
SEI nº 00036493-23.2018.8.17.8017 - o abono de falta dos dias 05 e 26/10/2018, do servidor LEONARDO DE ARAÚJO NOVAES, matrícula nº
1835084, por ter prestado serviços a Justiça Eleitoral, no primeiro e segundo turno das eleições de 2018.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ESCOLA JUDICIAL
EDITAL Nº 162/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Excel Intermediário ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: Excel Intermediário
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Requisito: Ter cursado o módulo básico ou ter conhecimentos básicos em elaboração de planilhas e no uso de fórmulas.
1.5 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.6 Número de Vagas: 20 (vinte)
1.7 Datas: 14, 15, 16 e 17/01/2019
1.8 Horário: 08h às 12h
1.9 Local: Laboratório da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados nas seguintes comarcas: Agrestina; Altinho; Belo Jardim; Bezerros;
Brejo da Madre de Deus; Cachoeirinha; Camocim de São Felix; Caruaru; Chã Grande; Cumaru; Cupira; Gravatá; Ibirajuba; Jataúba; João Alfredo;
Limoeiro; Panelas; Passira; Riacho das Almas; Sairé; Santa Cruz do Capibaribe; São Caetano; São Joaquim do Monte; Santa Maria do Cambucá;
Surubim; Tacaimbó; Taquaritinga do Norte; Toritama; Vertentes e Vitória de Santo Antão.
1.5 Número de Vagas: 25 (vinte e cinco)
1.6 Datas: 07 e 08/01/2019
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: Sala de treinamento - Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras – Av. José Florêncio Filho, Maurício de Nassau – Caruaru.
2 Do docente previsto:
4.1 De acordo com a Instrução Normativa de n° 02/2004, será anotado em ficha funcional do servidor que contabilizar, no mínimo, 80% de
presença nos cursos.
4.2 De acordo com a Resolução nº 386, de 05 de julho de 2016, a Escola Judicial informa que o conteúdo exposto no curso “ A Repercussão
do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”, tem pertinência com as áreas de interesse indicadas no art. 41 da Resolução nº 381, de 29 de
outubro de 2015.
4.3 Serão canceladas as inscrições que não atenderem aos requisitos estabelecidos neste edital.
4.4 O servidor só poderá se inscrever mediante autorização prévia da sua chefia.
4.5 Eventuais omissões serão decididas pela Diretoria da Escola Judicial de Pernambuco.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL Nº 158/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Aplicabilidade de Ferramentas de Gestão no Ambiente de Trabalho ”.
Do curso:
1.1 Nome: Aplicabilidade de Ferramentas de Gestão no Ambiente de Trabalho
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 10 e 11/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Cinco Pilares do Modelo Processual Brasileiro: inovações estruturais do
CPC de 2015 ”.
Do curso:
1.1 Nome: Cinco Pilares do Modelo Processual Brasileiro: inovações estruturais do CPC de 2015
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Data: 11/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL Nº 160/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Teoria da Perda de uma Chance: aspectos teóricos e práticos no Direito
Brasileiro ”.
Do curso:
1.1 Nome: Teoria da Perda de uma Chance: aspectos teóricos e práticos no Direito Brasileiro
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco que, preferencialmente atuem como assessores, lotados em Recife e nas
seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Data: 11/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
139
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL Nº 161/2018
DIRETORIA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SERVIDORES
PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados nas seguintes comarcas:
Aliança, Buenos Aires, Condado, Ferreiros, Goiana, Itamaracá, Itambé, Itapissuma, Itaquitinga, Macaparana, Nazaré da Mata, São Vicente Ferrer,
Timbaúba, Tracunhaém, Vicência.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 14 e 15/01/2019
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: Sala de treinamento - Fórum de Goiana
2 Do docente previsto:
4.1 De acordo com a Instrução Normativa de n° 02/2004, será anotado em ficha funcional do servidor que contabilizar, no mínimo, 80% de
presença nos cursos.
4.2 De acordo com a Resolução nº 386, de 05 de julho de 2016, a Escola Judicial informa que o conteúdo exposto no curso “ A Repercussão
do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”, tem pertinência com as áreas de interesse indicadas no art. 41 da Resolução nº 381, de 29 de
outubro de 2015.
4.3 Serão canceladas as inscrições que não atenderem aos requisitos estabelecidos neste edital.
4.4 O servidor só poderá se inscrever mediante autorização prévia da sua chefia.
4.5 Eventuais omissões serão decididas pela Diretoria da Escola Judicial de Pernambuco.
140
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Evolução Tecnológica e seus Impactos no Ambiente de Trabalho ”.
Do curso:
1.1 Nome: Evolução Tecnológica e seus Impactos no Ambiente de Trabalho
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Data: 16/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
141
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Direitos Difusos e o Papel da Ação Civil Pública ”.
Do curso:
1.1 Nome: Direitos Difusos e o Papel da Ação Civil Pública
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 21 e 22/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
142
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II ”.
1 Do curso:
1.1 Nome: A Repercussão do CPC no Extrajudicial – Módulos I e II
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 16 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados nas seguintes comarcas:
Afogados da Ingazeira; Belém de São Francisco; Betânia; Bodocó; Carnaíba; Custódia; Exú; Flores; Floresta; Mirandiba; Moreilândia; Parnamirim;
Petrolândia; Salgueiro; São José do Belmonte; Serra Talhada; Serrita; Tabira; Terra Nova; Triunfo e Verdejante.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 21 e 22/01/2019
1.7 Horário: 08h às 12h e 13h às 17h
1.8 Local: Sala de treinamento - Fórum de Serra Talhada
2 Do docente previsto:
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho ”.
Do curso:
1.1 Nome: Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 24 e 25/01/2018
1.7 Horário: 08h às 12h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
Torna pública a abertura de inscrições para curso destinado ao aperfeiçoamento de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O Diretor Geral da Escola Judicial de Pernambuco - ESMAPE, Desembargador Jones Figueirêdo Alves, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, torna pública a abertura de inscrições para o curso “ Técnicas de Sentença Criminal ”.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Do curso:
1.1 Nome: Técnicas de Sentença Criminal
1.2 Modalidade: Presencial
1.3 Carga horária total: 08 horas
1.4 Público-alvo: Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco lotados em Recife e nas seguintes comarcas:
Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda; Paulista e São Lourenço
da Mata.
1.5 Número de Vagas: 40 (quarenta)
1.6 Datas: 30 e 31/01/2018
1.7 Horário: 13h às 17h
1.8 Local: 2º andar da Escola Judicial de Pernambuco – ESMAPE. Endereço: Rua Desembargador Otílio Neiva Coêlho, s/nº - Joana Bezerra
– Recife /PE. Anexo do Fórum Des. Rodolfo Aureliano
2 Do docente previsto:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
0489489-9 Apelação
Protocolo : 2017.00028341
Comarca : Recife
Vara : Decima Quinta Vara Cível da Capital - SEÇÃO B
Ação Originária : 0012084-75.2006.8.17.0001
Apelante : SEVERINA MARIA ALVES DA SILVA
Apelante : MANOEL ALVES DA SILVA
Advog : Renan Resende da Cunha Castro - PE031910
Advog : "e Outro(s)" - conforme Regimento Interno TJPE art.137, III
Apelado : Gláucia Moraes Ferreira de Andrade
Apelado : RAIMUNDO FERREIRA DE ANDRADE
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator: Des. Jones Figueiredo Alves
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de recurso de apelação interposto por Severina Maria Alves e Manoel Alves da Silva contra a sentença de fls. 45, proferida pelo MM.
Juiz de Direito da 15ª Vara Cível da Capital, que, nos autos da Ação de Usucapião ajuizada contra Glaucia Moraes Ferreira de Andrade e outro,
julgou extinto o feito, sem resolução do mérito, nos moldes do artigo 485, III, do CPC.
Os apelantes alegam, em suas razões recursais, que para a extinção do feito, com amparo no art. 485, III, do CPC, fundada na inércia da parte,
que teria deixado de promover os atos e diligências que lhe incumbia, abandonando a causa por mais de 30 dias, necessária a intimação pessoal
da parte. In casu , não tendo havido a intimação pessoal, consoante exige o §1º, do art. 485, do CPC, não há falar em abandono processual.
Salienta, ainda, que a parte autora é representada por entidade de assistência social, exercendo advocacia gratuita, de modo, que eventualmente
não consegue se manifestar acerca das publicações em diário oficial.
Argumenta que o judiciário está criando barreiras ao direito de acesso à justiça e, na hipótese, a anulação da sentença é medida que se impõe.
Requer o provimento do recurso, com a anulação da r. sentença, determinando o retorno dos autos ao MM Juízo de origem, para que o processo
retome seu curso.
Diante de citação inexitosa, pois não triangularizada a relação processual, inexistem contrarrazões ao recurso.
Manifestação do Ministério Público do estado de Pernambuco, opinando pela anulação da sentença, para retorno dos autos e intimação dos
herdeiros de Severina Maria Alves da Silva, para se habilitarem no feito.
Proferido despacho por essa relatoria, suspendeu o processo, com amparo no art. 313, §1º, I, do CPC, para que o patrono da parte autora
providenciasse a habilitação dos herdeiros (fl. 84).
Os patronos vieram aos autos informando que os filhos dos autores se recusaram a assinar a notificação para atendimento jurídico, motivo pelo
requereram a substituição dos patronos pela Defensoria Pública, ficando sem efeito os poderes conferidos na procuração pela falecida (fls. 87/88).
Proferido novo despacho, intimando a Defensoria Pública para adoção das providências (fl. 106).
Em petição de fl. 111/112, a Defensora Pública requereu a intimação pessoal dos herdeiros, nos moldes do art. 186, §2º do CPC, no endereço
ali indicado, para comparecerem à sede da Defensoria, com a finalidade de dizer se tem interesse e dar seguimento ao feito.
O pedido foi deferido e determinada a intimação dos herdeiros da Sra. SEVERINA MARIA ALVES, no endereço indicado (fl. 112), para, no prazo
de 30 dias, comparecerem à Defensoria manifestando seu interesse no feito, advertindo-se que não promovida a habilitação no prazo assinalado,
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o recurso seria tido por inadmissível, com a extinção do processo sem resolução de mérito, com fulcro no art. 313, §1º, inciso II, combinado com
art. 485, III e IV, todos do CPC (fl. 123).
Foi expedido Mandado de Intimação, havendo sido certificado pelo Oficial de Justiça, que havia intimado Miriam Alves da Silva, filha da Sra.
Severina Maria Alves (fls. 127/127v).
Às fls. 131, a Defensoria Pública atravessa nova petição requerendo novamente a intimação dos herdeiros para responderem se tem interesse
no feito comparecendo a Subdefensoria de Recursos Cíveis e Criminais.
É o Relatório.
Decido.
É certo que a autora ingressou através do CENDHEC com a ação de usucapião, objetivando ver reconhecida e regularizada a posse do imóvel
em que reside.
Segundo consta, as pessoas indicadas como rés na ação nunca foram citadas, levando ao reconhecimento de ausência de condição de
procedibilidade da ação.
No curso da ação, a autora Severina Maria Alves da Silva faleceu, advindo daí a necessidade de regularização do polo ativo da demanda, com
a habilitação dos herdeiros.
A cronologia dos fatos e providências adotadas foram exaustivamente mencionadas acima, restando evidente que o último pleito da Defensoria
Pública já havia sido determinado, e que a herdeira da autora, embora intimada a comparecer à sede da Defensoria quedou-se inerte,
demonstrando total desinteresse no prosseguimento do feito.
De igual sorte, o segundo autor mudou-se para outro Estado, encontrando-se em endereço incerto e não sabido, abandonando o processo.
Pois bem. Tanto em primeiro grau, como no segundo grau, foi determinada o impulso ao processo, dando ensejo declaração de extinção da
ação, sem resolução de mérito.
A habilitação dos herdeiros da falecida foi determinada e oportunizada, nesse segundo grau de jurisdição, procedendo-se a intimação pessoal
da filha da autora falecida, consoante requerido, todavia, essa não se manifestou.
Pois bem.
Sabe-se que a morte de quaisquer das partes no curso do feito acarreta sua sucessão pelo espólio ou sucessores. É essa a disposição contida
no artigo 110, do CPC de 2015:
Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no
art. 313, §§ 1º e 2º.
Prosseguindo, o artigo 313, do CPC de 2015, determina que o processo seja suspenso pela morte de qualquer das partes, prevendo, ainda, a
necessidade de intimação do espólio ou dos sucessores para que manifestem interesse na sucessão processual, com a respectiva habilitação
no prazo designado, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito. Vejamos:
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
[...]
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
[...]
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso,
dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a
respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
No caso dos autos, detectado o falecimento da autora, determinando-se a intimação dos herdeiros para regularização do polo ativo do feito, essa
não manifestou interesse na habilitação do processo. Revela-se, assim, instransponível a irregularidade processual apontada no ato sentencial,
e não sanada no processo, a ensejar no improvimento do recurso.
In casu, a extinção do processo, sem resolução do mérito, por ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular
do processo (Artigo 485, IV, do CPC de 2015), é medida que se impõe.
Por fim, assevero que o artigo 76, § 1º, I, do CPC de 2015, é cristalino ao dispor que o processo será extinto caso a irregularidade da representação
da parte não seja sanada em prazo razoável:
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Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo
razoável para que seja sanado o vício.
[...]
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
[...]
Não é outro o entendimento já sedimentando pelo colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA em caso análogo ao presente:
AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO NA VIGÊNCIA DO CPC DE 1973. CONCESSÃO
DE DUAS OPORTUNIDADES PARA REGULARIZAÇÃO. DESCUMPRIMENTO. EXTINÇÃO DO FEITO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 83/STJ. 1.
Decisão recorrida publicada antes da entrada em vigor da Lei 13.105, de 2015, estando o recurso sujeito aos requisitos de admissibilidade do
Código de Processo Civil de 1973, conforme Enunciado Administrativo 2/2016 desta Corte. 2. A decisão que extingue o feito sem julgamento de
mérito após o descumprimento de duas oportunidades para regularização da representação processual, observa a jurisprudência desta Corte.
3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - QUARTA TURMA - AgInt no AREsp nº 1.099.176/RS - Relatora: Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI. j. 28/11/2017. DJe 04/12/2017)
Conclui-se, assim, que a inércia dos herdeiros na regularização da representação processual, deixando de comparecer à sede da Defensoria
Pública e de conseguinte, aos autos, acarreta a extinção do feito, sem resolução do mérito, por ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo, nos moldes do artigo 485, IV, do CPC de 2015.
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO, mantendo inalterada a sentença atacada, que extinguiu o processo com amparo no art.
485, III, do CPC.
Por consequência, condeno a apelante, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios, que fixo de R$ 500,00 (quinhentos
reais) na forma do art. 85, § 8, do CPC, suspensa a exigibilidade da verba, por força do benefício da gratuidade da justiça.
É a decisão.
Publique-se.
0462135-2 Apelação
Protocolo : 2016.00044397
Comarca : Jaboatão dos Guararapes
Vara : Sexta Vara Cível da Comarca de Jaboatão
Ação Originária : 0001464-55.2013.8.17.0810
Apelante : Telefônica Brasil S/A (sucessora por incorporação da Vivo S.A)
Advog : José Edgard da Cunha Bueno Filho - PE001190A
Advog : e Outro(s) - conforme Regimento Interno TJPE art.66, III
Apelado : GILBERTO DE ALMEIDA
Def. Público : LUANA SILVA MELO
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator: Des. Jones Figueirêdo Alves
DECISÃO TERMINATIVA
Cuida-se de recurso de apelação interposto por Telefônica Brasil S/A (sucessora por incorporação da Vivo S/A) em face de sentença exarada pela
MM Juíza de Direito da 6ª Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos Guararapes que, nos autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito
com Pedido de Antecipação Parcial da Tutela c/c Indenização por Danos Morais (processo nº 0001464-55.2013-8.17.0810), julgou procedente o
pedido autoral para o fim de determinar a nulidade dos contratos com a Telefônica Brasil sob os números 2010090900001000, 1.112010, 1.102010
e 1.9.2010; com a TIM, os contratos GSM0160384595602 e GSM 0160406728897 e com a VIVO, o contrato 2049934454, porque fraudados,
condenando, ainda, cada uma das demandadas ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), corrigidos
monetariamente pela Tabela da Encoge, além de juros legais, a contar da data do evento danoso, em virtude da Súmula nº 54 do STJ.
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Por fim, condenou as demandadas, solidariamente, ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios ao patrono do autor, em
verba fixada em 20% sobre o valor da condenação.
Examino:
Da análise dos autos, constata-se existir óbice intransponível ao conhecimento do recurso, qual seja, a ausência do regular preparo, do
recolhimento das custas processuais, obrigatório para o manejo da apelação.
Por essa razão, nos exatos termos do art. 1.007, §2º do CPC, foi determinada a intimação do apelante para, em 05 (cinco) dias e sob pena de
negativa de seguimento, realizar a complementação do preparo do recurso, com o pagamento das custas processuais com base no valor da
condenação, devidamente atualizado (fls. 308/309).
Ocorre que, consoante demonstra a certidão de fl. 311, o apelante deixou transcorrer in albis o prazo, sem cumprimento da determinação.
Pois bem.
O preparo regular é um dos requisitos de admissibilidade do recurso de apelação, ou seja, se não for efetuado na forma e prazo legais, não
poderá ser conhecido o apelo, devendo o mesmo ser julgado deserto; em outras palavras, se o Julgador verificar que o pagamento das custas
processuais (preparo) não se efetivou ou que foi efetuado em desrespeito às normas processuais, deverá impor a pena da deserção e não
conhecer do recurso.
Uma vez verificado pelo Tribunal que o preparo não se efetivou, deverá ser imposta a pena da deserção, por falta de pressuposto objetivo do
apelo e, via de conseqüência, obstado o conhecimento dos recursos que se enquadrarem nesta situação.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PREPARO APELAÇÃO. DESERÇÃO.
FUNDAMENTOS MANTIDOS. RECURSO MANIFESTAMENTE INFUNDADO. MULTA. ART. 557, § 2º, DO CPC. CABIMENTO. 1. A jurisprudência
do STJ é pacífica no sentido de que estará caracterizada a deserção do recurso, na instância ordinária, quando o recorrente, a despeito de ter
sido intimado à complementação do preparo que fora feito de forma insuficiente, não proceder à necessária regularização. Precedente. 2 . Na
espécie, o recorrente, em sede de apelação, não fez a comprovação do pagamento do preparo recursal devido, nem no momento da
interposição do recurso nem posteriormente, quando foi intimado pela instância ordinária a tanto. 3. Agravo regimental não provido,
com aplicação de multa. (STJ, AgRg no AREsp 81.392/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/08/2012,
DJe 28/08/2012). (g.n.)
Bem por isso, com amparo nos artigos 1.007 e 932 do Código de Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao recurso de apelação, caracterizando-
se o recurso deserto diante da ausência de preparo regular.
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DECISÃO TERMINATIVA:
Cuidam-se de embargos de Declaração opostos por Unimed Rio – Cooperativa de Trabalho Médico do Rio de Janeiro contra acórdão de fls.
791/792, que: i) negou provimento ao recurso interposto pela autora; ii) deu parcial provimento ao recurso da Vision Med Assistência Médica Ltda.,
apenas para reconhecer a prescrição trienal e, consequentemente, a devolução do valor pago indevidamente apenas dos três anos anteriores à
propositura da ação; e iii) negou seguimento à apelação da Unimed Rio (fls. 568/537), por a mesma caracterizar-se deserta diante da ausência
de pagamento das custas devidas ao segundo Distribuidor (fls. 780/782).
Compulsando os autos, com o fito de proceder ao juízo de admissibilidade recursal, verificou-se, em primeiro momento, a intempestividade do
recurso de fls. 856/859.
É que o acórdão de fls. 791/792 foi publicado no dia 31/08/2018 (fls. 801), iniciando-se a contagem do prazo para recurso em 03/09/2018. Ocorre
que a embargante opôs seu recurso apenas em 18/09/2018, conforme se verifica do protocolo de fl. 856. Assim, considerando que o último dia
do prazo recursal seria dia 10/09/2018, o apelo teria sido oposto quando já excedido o prazo legal.
Observando-se os princípios apregoados pelos artigos 6º, 9º e 10 do NCPC/2015, foi oportunizada à parte recorrente, mediante despacho de fls.
865/866, se manifestar acerca de eventual intempestividade dos embargos protocolados.
Em resposta, a parte embargante limitou-se a informar que: “ Os embargos opostos são tempestivos, pois o acórdão foi publicado no Diário
Oficial do dia 31/08/2018 (sexta-feira), assim o prazo tem início no dia 03/09/2018 (segunda-feira). No entanto, em 03/09/2018 (terça-feira) e
06/09/2018 (quinta-feira), houve a oposição de embargos de declaração, interrompendo-se, assim, o prazo para eventual interposição de recurso,
nos termos do art. 1.026, do NCPC ”.
Vejamos.
De fato, é indiscutível a interrupção do prazo para interposição de outros recursos, como previsto no artigo 1.026, do CPC/2015:
“ Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso ”.
Todavia, tal interrupção constitui efeito que se opera apenas nos casos em que os aclaratórios são conhecidos.
É que quando uma decisão é publicada, simultaneamente inicia-se a contagem de dois prazos processuais: o para interposição dos aclaratórios
e o para interposição do recurso adequado àquele momento. Ou seja, quando da publicação do acórdão de fls. 791/792 iniciou-se, no mesmo
momento, as contagens dos prazos para embargos declaratórios e para recursos extraordinários das partes.
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Decorridos os cinco dias para apresentação de embargos, se a parte não os apresentou, como foi o caso, ainda lhe restaria o prazo para
interposição dos recursos cabíveis aos Tribunais Superiores, prazo este que restaria suspenso se a parte apresentasse os embargos e estes
fossem conhecidos.
Na hipótese, portanto, o prazo para oposição de embargos de declaração findou-se em 10/09/2018, porquanto não era hipótese interrupção do
prazo.
Pois bem.
É sabido que recurso intempestivo é recurso inadmissível, pois lhe falta um dos pressupostos de admissibilidade recursal, in casu , de caráter
objetivo. Assim, visto que a matéria em questão se refere à regularidade formal do recurso, compete ao relator, na função de juiz preparador do
recurso, verificar se estão presentes os pressupostos objetivos de admissibilidade recursal e, em caso de ausência, não conhecer do recurso.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO DE QUINZE
DIAS, DE ACORDO COM O QUE DISPÕE O ARTIGO 1003, § 5º, DO NCPC. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO.
É manifestamente intempestivo o agravo de instrumento quando decorridos mais de quinze dias entre a regular intimação do agravante e a
interposição do recurso. A negativa de seguimento constitui medida de rigor, forte no art. 932, III, do NCPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO
CONHECIDO”. (TJ-RS - AI: 70070528898 RS, Relator: Antônio Vinícius Amaro da Silveira, Data de Julgamento: 08/08/2016, Quarta Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/08/2016)
“APELAÇÃO CÍVEL. RECURSO INTERPOSTO FORA DO PRAZO (15 DIAS). INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. APLICAÇÃO DO
ART. 932, III, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. - Interposto o recurso fora do prazo previsto, seu não conhecimento é medida que se impõe
(CPC, art. 932, III), tendo em vista a ausência de um dos requisitos de admissibilidade .” (TJ-PB - APL: 0000520-53.2013.815.0731, Relator: DES
JOAO ALVES DA SILVA, Data de Julgamento: 19/05/2016, 4A CIVEL)
À vista do exposto, com fulcro no artigo 932, III do NCPC/2015, não conheço os aclaratórios da Unimed Rio – Cooperativa de Trabalho
Médico do Rio de Janeiro ante sua manifesta intempestividade.
Após o trânsito em julgado da presente decisão, voltem os autos conclusos para análise dos demais recursos.
Publique-se. Intime-se.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA:
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Cuida-se de Mandado de Segurança impetrado por Carolyne Costa de Oliveira contra o Exmo. Sr. Governador do Estado de Pernambuco,
Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e o Diretor Presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco
- LAFEPE , em face de imputação da prática de ato lesivo a direito líquido e certo da impetrante, que embora aprovada dentro das vagas do
edital do concurso realizado para preenchimento de 315 (trezentos e quinze) empregos públicos, para atuarem no Laboratório Farmacêutico do
Estado de Pernambuco – LAFEPE, não foi convocada e nomeada para assumir o cargo de Operador de Produção Industrial.
Na inicial, a impetrante informa ter participado do concurso público para provimento de cargos do Laboratório Farmacêutico do Estado de
Pernambuco - LAFEPE, conforme edital (Portaria Conjunta SADLAFEPE nº 92, de 23 de julho de 2013, tendo sido aprovada na 45º posição na
classificação final para o cargo de Operador de Produção Industrial, conforme publicação do Diário Oficial de Pernambuco, datada de 02.11.2013.
Alega que o Edital do certame previu 124 vagas para o cargo de Operador de Produção Industrial, todavia, desde a data da homologação do
certame, em 01/11/2013, não houve nenhuma nomeação; e que embora prorrogado o seu prazo de validade, por mais 02 anos, o prazo final
de validade expirou em 02/11/2017.
Requer a concessão de medida liminar para o fim de determinar sua imediata nomeação, em caráter efetivo, para integrar o quadro permanente
do LAFEPE, no cargo de operador de produção industrial. No mérito, pede a concessão da segurança, com a confirmação da liminar.
É o sucinto relatório.
Em exame prefacial, constata-se, ex ofício , a existência de óbice ao prosseguimento do mandamus por esse Colendo órgão Especial, isso
porque verifica-se a ilegitimidade passiva do Exmo. Governador do Estado de Pernambuco, para figurar no pólo passivo da impetração, na
qualidade de autoridade coatora.
Note-se que o Concurso Público de que trata o edital, lançado por meio de Portaria Conjunta SAD/LAFEPE nº 92, de 23 de julho de 2013, objetiva
o preenchimento de empregos públicos, para atuarem no LAFEPE, cujas contratações seriam efetivadas mediante contrato de trabalho, sob o
regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, Decreto-Lei nº 5.452/43.
Dispõe, ainda, no item 10. DO RESULTADO FINAL E DA HOMOLOGAÇÃO DO CONCURSO, item 10.2, que “ o Resultado Final será
homologado por ato conjunto do Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor Presidente do Laboratório
Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE ” (vide fl. 32).
Como se vê, o Governador do Estado não foi responsável pela realização do concurso, tampouco pela sua homologação, ou convocação dos
candidatos aprovados, cabendo tais atos, como já lançado acima, ao Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor
Presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE.
Na hipótese em análise, verifico que o ato supostamente prejudicial ao direito líquido e certo da impetrante, somente pode ser imputado às
mencionadas autoridades.
Nesse caso, evidencia-se a legitimidade apenas do Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor Presidente do Laboratório
Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE para figurarem no pólo passivo da ação mandamental, pela
sua condição de gerenciador do certame, homologação e convocação para assunção do contrato de trabalho.
Hely Lopes Meirelles, a respeito da legitimidade para figurar no polo passivo da demanda, define que autoridade coatora é "a pessoa que ordena
ou omite a prática do ato impugnado, e não o superior que o recomenda ou baixa normas para sua execução"
Ademais, nessa mesma linha é dominante na jurisprudência pátria, acerca da conceituação de autoridade coatora "é aquela que, direta ou
indiretamente, pratica o ato, ou se omite quando deveria praticá-lo, e não o superior hierárquico que o recomenda ou baixa normas para a sua
execução" (STJ, RMS n.º 5.092-0-SP, Rel. Min. Demócrito Reinaldo), e, ademais, "a autoridade coatora no mandado de segurança não é aquela
que dá instruções ou edita normas genéricas, e sim a que faz por individualizá-las, aplicando-as em concreto" (STJ, RMS n.º 7.164/RJ, Rel. Min.
Ari Pargendler, j. em 09.09.96).
Resta clara, portanto, a erronia na indicação das autoridades coatoras pela impetrante, certo que o Exmo. Governador do Estado, não praticou
qualquer ato lesivo a direito líquido e certo da impetrante, hostilizado pelo “writ”.
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Registre-se, ademais, que outros processos, relativos ao mesmo concurso, tramitam perante as Câmaras de Direito Público do Tribunal de Justiça
de Pernambuco, citem-se ditos precedentes: MS nº 503223-5, da Relatoria do Des. Erik de Sousa Dantas Simões, MS nº 498141-3, da Relatoria
do Des. Itamar Pereira Da Silva Junior, AG nº 381433-3¸ de Relatoria do saudoso Des. Rafael Machado da Cunha Cavalcanti, entre outros.
De conseguinte, reconheço, de ofício, a ilegitimidade passiva ad causam do Governador do Estado, com amparo no art. 485, §3º, do CPC, pelo
que deve ser excluído do polo passivo da presente relação processual, extinguindo-se o processo, sem julgamento de mérito, em relação a ele,
por ausência de uma das condições da ação, com fundamento no art. 485, VI, do Estatuto Processual.
Deve permanecer na lide, apenas o Secretário de Administração do Estado de Pernambuco e do Diretor Presidente do Laboratório Farmacêutico
do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes S/A – LAFEPE.
Posto isso, com a exclusão do Exmo. Governador do Estado de Pernambuco da lide, é incompetente o Colendo Órgão Especial, e via de
consequência, este Relator para processar e julgar o presente mandamus , pelo que devem ser remetidos os presentes autos ao órgão
competente, a saber, uma das Câmaras de Direito Público da Capital.
Registre-se, ademais, que o processo havia sido distribuído inicialmente para o Des. André Oliveira da Silva Guimarães, que por força da indicação
do Governador do Estado, como uma das autoridades coatoras, declinou da competência.
Nesse ser assim, excluído o Governador do Estado, por flagrante ilegitimidade passiva ad causam , devolvam-se os autos ao Exmo.
Desembargador André Guimarães, com alteração na distribuição.
Publique-se.
DESPACHO :
Devolvidos a esta Relatoria, os autos da Ação Direta De Inconstitucionalidade nº 279307-5 , em face de julgamento do Agravo no Recurso
Extraordinário pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, determino que sejam intimadas as partes para respectiva ciência e requererem o que
entenderem de direito.
Publique-se. Cumpra-se.
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DESPACHO:
Cuida-se de Embargos de Declaração opostos contra acórdão proferido em sede de Apelação Cível nº 0440927-6, em que a embargante, Sul
América Companhia de Seguro Saúde , requer o acolhimento dos aclaratórios para fins de sanar suposta omissão, bem como para fins de
prequestionamento.
Em cotejo às fls. 245/257, contudo, verifico, ao menos em uma primeira análise, que o presente recurso não impugna especificamente os
fundamentos da decisão recorrida.
Isso porque, em suas razões, aduz o embargante, em síntese, que o reajuste por faixa etária está devidamente previsto no contrato e que a empresa
disponibiliza a tabela respectiva para todos os seus clientes. No mais, alega que, no presente caso, se está diante de plano antigo, sem adaptação,
que adquiriu caráter personalíssimo e peculiar, sendo todas as garantias devidas à autora respeitadas.
Afirma, ainda, que o reajuste realizado foi razoável e proporcional, “não significando qualquer ato discriminatório ou atentatório à dignidade da
apelada”. Por fim, entende ser “evidente a reforma da sentença a quo, no sentido de que se julgue improcedente o pleito autoral, já que a luz do
art. 42 do CDC, não foi demonstrada qualquer má-fé por parte da Sul América”.
Ocorre que o acórdão ora recorrido se limitou a analisar o apelo da parte autora, que teve como objeto a alegação de sentença ultra petita e não
as questões levantadas pelo réu no presente embargo. Note-se que o recurso de apelação interposto pelo réu, ora embargado, foi julgado deserto
por meio da decisão de fls. 224/226, contra qual não houve recurso.
Em atenção ao princípio da dialeticidade, as razões recursais, além de manifestarem a inconformidade com a decisão atacada, devem impugnar
especificamente os fundamentos decisórios, sob pena de não conhecimento do recurso, nos termos do artigo 932, III do CPC/2015.
Acontece que eventual decisão que venha a negar conhecimento ao embargo deve ser precedida de oportunização de pronunciamento do apelante,
em observância aos princípios do contraditório e da cooperação e ao dever de audiência prévia e à proibição de decisão surpresa que deles
decorrem, todos consagrados pelo CPC/2015 (artigos 6º, 9º e 10).
Consigno, por oportuno, que não há que se falar em aplicação da regra insculpida no parágrafo único do artigo 932 do CPC/2015, que assegura
a concessão de prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para sanar vício recursal. É que, na hipótese, não cabe regularização do defeito apontado,
mediante complementação das razões recursais, em face da preclusão consumativa que decorre da interposição do recurso.
À propósito da questão, em sessão realizada no dia 07.06.2016, nos autos dos recursos extraordinários com agravo (AREs 953221 e 956666), a
1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que o prazo de cinco dias previsto no parágrafo único do artigo 932 do novo CPC só se aplica aos
casos em que seja necessário sanar vícios formais, como ausência de procuração ou de assinatura, por exemplo, e não à complementação da
fundamentação (http://m.stf.jus.br/portal/noticia/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=318235).
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Essa também é a interpretação que se extrai da dicção do Enunciado Administrativo No. 6 do Superior Tribunal de Justiça: "Nos recursos tempestivos
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente será concedido o prazo
previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal".
Ainda nesse sentido aponta a doutrina de Daniel Amorim Assumpção Neves, que em comentário ao parágrafo único do art. 932 do CPC/2015 afirma:
"A disposição só tem aplicação quando o vício for sanável ou a irregularidade corrigível. Assim, por exemplo, tendo deixado o recorrente de
impugnar especificamente as razões decisórias, não cabe regularização em razão do princípio da complementariedade, que estabelece a preclusão
consumativa no ato da interposição do recurso. (...) É preciso observar, entretanto, que mesmo quando for incabível a aplicação do dispositivo ora
analisado, justamente em razão da inutilidade em se dar prazo ao recorrente para sanear aquilo que não pode ser saneado, o afastamento do dever
de prevenção no caso concreto não afasta a observação necessária de outro dever decorrente do princípio da cooperação: o dever de consulta.
Dessa forma, mesmo quando o relator entender que o vício formal do recurso é invencível, deverá intimar o recorrente para se manifestar sobre
ele, nos termos do art. 9º, caput do Novo CPC (já que inadmitir o recurso é decidir contra o recorrente, e isso só pode ocorrer depois de sua oitiva)".
(NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil Comentado. Salvador : Ed JusPodivm, 2016. 1ª Edição. p. 1.518.)
Noutras palavras, ao observar que o recurso não impugna especificamente as razões de decidir, antes de negar-lhe conhecimento, incumbe ao
relator intimar o recorrente, não para sanar o defeito, mas para, eventualmente, convencer a relatoria de que o princípio da dialeticidade restou
observado.
À vista do exposto, determino a intimação do embargante para que, querendo, manifeste-se, no prazo de 5 (cinco) dias, com amparo no art. 10, do
CPC, apontando os eventuais trechos da peça recursal de fls. 245/257 dos quais conste a impugnação especificada dos fundamentos da decisão
recorrida, vedada a inovação e a complementação das razões recursais.
Publique-se.
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CARTRIS
VISTAS AO ADVOGADO
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(0467193-4)
Protocolo : 2017/2990
Comarca : Recife
Vara : Vigésima Segunda Vara Cível da Capital - SEÇÃO A
Autos Complementares : 01673027 Agravo de Instrumento Agravo de Instrumento
Observação : Anexo relatório Judwin realizado através da ação de origem, para análise.
Apelante : Sul America Companhia de Seguro Saude S/A
Advog : Roberto Gilson Raimundo Filho(PE018558)
Advog : e Outro(s) - conforme Regimento Interno TJPE art.66, III
Apelado : Raimundo Girão Nobre
Advog : Luciane Góes Nobre(PE015509)
Advog : Fábio José do Nascimento Silva(PE000579B)
Órgão Julgador : 4ª Câmara Cível
Relator : Des. Francisco Manoel Tenorio dos Santos
Motivo : APRESENTAR CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL
Vista Advogado : Luciane Góes Nobre (PE015509 )
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A GERÊNCIA DE JURISPRUDÊNCIA E PUBLICAÇÕES INFORMA, A QUEM INTERESSAR POSSA, QUE FORAM PUBLICADOS NESTA
DATA, OS ACÓRDÃOS REFERENTES AOS SEGUINTES FEITOS:
ACÓRDÃOS CRIMINAIS
3ª CÂMARA CRIMINAL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PREVENTIVA
E CONDIÇÕES SUBJETIVAS FAVORÁVEIS. MATÉRIA JÁ APRECIADA POR ESTA CORTE NO JULGAMENTO DO HC Nº 0493353-3. PEDIDO
REITERATIVO. DESPROPORCIONALIDADE DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR. IMPOSSIBILIDADE DE PREVISÃO DA PENA E DO REGIME
CORRESPONDENTE. EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO. INEXISTÊNCIA. AUDIÊNCIA DESIGNADA PARA DATA RELATIVAMENTE
PRÓXIMA. DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE DESÍDIA DA JUÍZA SINGULAR. ORDEM DENEGADA. DECISÃO
UNÂNIME.
I - As matérias referentes à ausência dos pressupostos autorizadores da prisão preventiva do Paciente, bem como a respeito das eventuais
condições subjetivas favoráveis, já foram apreciadas por esta Corte, por ocasião do julgamento do Habeas Corpus de nº 0493353-3, de minha
relatoria, cuja ordem foi denegada, por decisão unânime, em 11/04/2018, por esta 3ª Câmara Criminal, tratando-se de pedido meramente
reiterativo que não deve ser conhecido.
II - Não se pode considerar desproporcional a custódia cautelar, haja vista ser impossível, no estágio atual, e muito mais na estreita via do habeas
corpus, antever a sanção a ser aplicada e o regime a ela adequado, o que somente a conclusão da instrução criminal poderá revelar.
III - Não há constrangimento ilegal a ser sanado por excesso de prazo, tendo em vista que o feito originário encontra-se com audiência de instrução
e julgamento designada para data próxima, dia 12/12/2018, às 15:30 horas, não se verificando, dessa forma qualquer desídia da autoridade
apontada coatora, que imprime andamento regular ao feito.
IV - Pedido conhecido em parte e, nessa extensão, ordem denegada. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos do Habeas Corpus nº 0004428-50.2018.8.17.0000 (0514536-4), em que figuram como partes as
retromencionadas, ACORDAM os Excelentíssimos Senhores Desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado
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de Pernambuco, por unanimidade de votos, conhecer em parte do pedido e, na extensão, denegar a ordem, tudo de conformidade com o relatório
e votos constantes das notas taquigráficas anexas, devidamente rubricadas, que passam a integrar o presente aresto, devidamente assinado.
EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS. ALEGADA
EXACERBAÇÃO DA PENA APLICADA. OCORRÊNCIA. FUNDAMENTOS GENÉRICOS. CONCORRÊNCIA ENTRE A ATENUANTE DA
CONFISSÃO ESPONTÂNEA E A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. COMPENSAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ. REPRIMENDA DIMINUÍDA.
REGIME INICIALMENTE FECHADO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS NEGATIVAS. REINCIDÊNCIA. QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA.
MANUTENÇÃO DO REGIME MAIS GRAVOSO. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. DECISÃO UNÂNIME.
1. Verificando-se que a pena-base foi fixada em patamar acima do mínimo legal, sem fundamentação adequada, pois amparada em elementos
genéricos e em aspectos próprios do tipo penal, impõe-se a reforma da dosimetria, com a consequente redução da reprimenda.
2. Atendendo a orientação da Terceira Seção do Superior Tribunal Justiça, devem ser compensadas a atenuante da confissão espontânea e a
agravante da reincidência, por serem igualmente preponderantes, reduzindo-se a pena total aplicada para 05 anos e 06 meses de reclusão.
3. O fato de a pena-base ter sido fixada próxima ao mínimo legal não impede que seja aplicado regime mais gravoso de cumprimento de pena,
desde que os mais brandos não se mostrem suficientes para a prevenção e repressão da prática criminosa, especialmente quando o réu é
reincidente e a quantidade e a natureza nociva da droga apreendida sugerem a imposição do regime mais grave, como o único necessário e
suficiente para a sua repreensão e reeducação. Precedentes: STF e STJ.
4. Apelação parcialmente provida. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Criminal nº 0004529-57.2014.8.17.1090 (0383610-8), em que figuram, como
Apelantes, as partes retromencionadas, acordam os Senhores Desembargadores componentes da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça de Pernambuco, na Sessão realizada hoje, em dar parcial provimento ao recurso, para reduzir a pena para 06 (seis) anos de reclusão e
600 (seiscentos) dias-multas, tudo de acordo com a ata de julgamento, votos e notas taquigráficas, que fazem parte integrante deste julgado.
Recife, 28/11/2018.
ACÓRDÃOS CIVEIS
5ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
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EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINA DE INÉPCIA DO PLEITO INDENIZATÓRIO - REJEITADA - MÉRITO
- NEGATIVAÇÃO INDEVIDA - ATO ILÍCITO - DANO MORAL "IN RE IPSA" - MANUTENÇÃO DO "QUANTUM" INDENIZATÓRIO - CONDENAÇÃO
DA RÉ AO PAGAMENTO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA - RECURSO IMPROVIDO.
1. No âmbito do CPC/73, era admitida a formulação de pedido genérico pelo Autor na petição inicial nos casos de indenização por dano moral,
ficando a cargo do juiz estipular o "quantum" do dano.
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e deste Tribunal (Súmula n° 137) estão consolidadas no sentido de que a mera
negativação indevida da pessoa física ou jurídica junto aos órgãos de proteção ao crédito gera danos morais, independente da comprovação
dos prejuízos suportados ("in re ipsa").
3. Tendo em vista os critérios da extensão do dano, bem como a capacidade econômica das partes, conclui-se pela razoabilidade e
proporcionalidade do valor indenizatório fixado pelo juiz de piso (R$ 8.000,00).
4. Recurso improvido, com condenação da Ré ao pagamento dos ônus da sucumbência, o que inclui as custas processuais e os honorários
advocatícios, estes últimos no percentual de 15% sobre o valor da condenação, já considerando o disposto no art. 85, §11°, do CPC.
ACÓRDÃO
Visto, discutido e votado este recurso, ACORDAM os Excelentíssimos Senhores Desembargadores integrantes da QUINTA Câmara Cível do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de inépcia do pleito indenizatório
formulado pela Autora e, no mérito, negar provimento à presente Apelação, tudo nos termos dos votos e notas taquigráficas em anexos, caso
estas últimas sejam juntadas aos autos.
Recife, de de 2018.
ACÓRDÃOS CIVEIS
3ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
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ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO JULGADA PROCEDENTE. DECLARAÇÃO, DE OFÍCIO, DE RESCISÃO DO
CONTRATO. INEXISTÊNCIA DE PEDIDO DA PARTE. JULGAMENTO EXTRA PETITA. APELO PROVIDO.
1. No caso dos autos, o Magistrado singular, de ofício, declarou a rescisão do contrato entre as partes, apesar de não ter havido pedido da
Aymoré nesse sentido.
2. Agindo o juiz fora dos limites definidos pelas partes e sem estar amparado em permissão legal que o autorize examinar questões de ofício,
haverá violação ao princípio da congruência, haja vista que o pedido delimita a atividade do juiz (arts. 141 e 492, ambos do CPC/2015), que
não pode dar ao autor mais do que ele pediu, julgando além do pedido, como ocorreu na hipótese em exame, com a declaração, de ofício, da
rescisão do contrato.
3. Apelo provido.
ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n. 516.783-1, em que figuram como partes as acima indicadas,
ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, por unanimidade, em DAR
PROVIMENTO ao recurso de apelação interposto pela Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S/A., na conformidade do relatório, voto,
ementa e notas taquigráficas que integram este julgado.
Recife,
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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. REQUISITOS DO ART. 927 DO
CPC/73 NÃO COMPROVADOS. POSSE ANTERIOR NÃO CARACTERIZADA. RECURSO NÃO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
1. A reintegração não se confunde com as ações reivindicatórias e de imissão de posse, de natureza petitória. Nestas, exige-se a demonstração
do domínio dos bens em litígio; na de reintegração, ao invés, deve-se comprovar a posse.
2. A ação de reintegração de posse é regulada pelo art. 927 do CPC e, para ser procedente, exige a prova da posse anterior do imóvel, do
esbulho e da data deste, além da perda da posse.
3. Todos os depoimentos testemunhais reconhecem estar o ocupante morando no imóvel desde que nasceu, tendo a autora da herança, enquanto
viva, custeado as despesas do imóvel para ele.
4. Se nem mesmo a falecida tinha a posse do bem, não se pode transmitir ao Espólio o que não se detém. Nada há nos autos que demonstre o
direito alegado pelo Espólio seja por falta de demonstração de posse anterior, seja por falta de comprovação da data do esbulho.
5. Recurso não provido. Decisão unânime.
ACÓRDÃO: Vistos, examinados, discutidos e votados estes autos da Apelação Cível n. 511.201-4, em que figuram como partes as acima indicadas
ACORDAM os Desembargadores do Egrégio Tribunal de Justiça que compõem a 3ª Câmara Cível, unanimemente, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, na conformidade do relatório, do voto, ementa e notas taquigráficas que integram o presente julgado.
Recife,
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. COMPRAS COM CARTÃO DE CRÉDITO REALIZADAS POR TERCEIROS. CLONAGEM.
COMPRAS REALIZADAS ATRAVÉS DE CARTÃO COM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO DO HIPERCARD. VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES
DA AUTORA. DANOS MATERIAIS E LUCROS CESSANTES CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. NEGADO PROVIMENTO AO
RECURSO. DECISÃO UNÂNIME.
1. O presente recurso versa sobre a responsabilidade da administradora do cartão de crédito Hipercard pelas compras realizadas no
estabelecimento comercial da autora/apelada por estelionatários com cartões clonados e/ou furtados/roubados.
2. Em se tratando de compras realizadas com cartão de crédito de responsabilidade do apelante, obrigatoriamente, as consequências do mal
uso por estelionatários é do próprio Hipercard, vez que sem a devida segurança.
3. O apelante não se pronunciou acerca do rompimento contratual e da retirada arbitrária da maquineta do estabelecimento comercial, provocando
prejuízo ao autor, tampouco, produziu prova capaz de eximir-se de sua responsabilidade.
4. Os DANOS MATERIAIS efetivamente existem a partir do momento que foram realizadas compras por meio do cartão de crédito Hipercard que
não ressarciu os valores das vendas no valor de R$ 25.000,00.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
5. Os LUCROS CESSANTES FORAM RECONHECIDOS e assim merecem permanecer, posto que a empresa autora deixou de vender seus
produtos por meio do cartão de crédito face ao rompimento contratual abusivo pelo réu e a retirada da maquineta do estabelecimento comercial
da autora, fato não contestado pelo apelante.
6. Negado Provimento. Sentença mantida. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, examinados, discutidos e votados estes autos da Apelação Cível n. 0466771-4, em que figura como Apelante HIPERCARD BANCO
MÚLTIPLO S/A, e como Apelada ROMYS COMÉRCIO DE SALVADOS E REPRESENTAÇÕES LTDA, ACORDAM os Desembargadores do
Egrégio Tribunal de Justiça que compõem a 3ª Câmara Cível, unanimemente, em NEGAR PROVIMENTO ao recurso, em razão das peculiaridades
do caso concreto, mantendo a sentença recorrida em todos os seus termos, na conformidade do relatório, do voto e da ementa que integram
este julgado.
Recife, 2-11-2018
EMENTA: CIVIL. SEGURO DPVAT. LEI 6.194/76 COM ALTERAÇÃO DA LEI 11.459/2009. SÚMULA 474 DO STJ. LAUDO DE VERIFICAÇÃO E
QUANTIFICAÇÃO DE LESÕES PERMANENTES CONCLUSIVOS PARA DEBILIDADE PARCIAL INCOMPLETA EM ESTRUTURA CCRÂNIO-
FACIAL RESIDUAL (10%) E EM ESTRUTURA DO PÉ ESQUERDO RESIDUAL (10%). PAGAMENTO ADMINISTRATIVO INFERIOR
REALIZADO. NECESSIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO DE VERBA A SER INDENIZADA. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. A regra em vigor à época é a Lei nº 6.194/74, com as alterações produzidas pelas Leis 11.482/2007 e 11.945/2009, em homenagem ao princípio
do "tempus regit actum".
2. A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez.
3. Laudos médicos e perícia realizada pelo mutirão DPVAT constataram a existência de lesão permanente, parcial e incompleta em estrutura
crânio-facial (10%) e na estrutura do pé esquerdo (10%).
4. Sobre a lesão de estrutura crânio-facial, o valor da indenização corresponde a 100% (cem por cento) do valor integral da indenização, ou
seja, 50% de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), conforme tabela de graduação de invalidez e laudo de verificação da lesão. Como a
repercussão da invalidez permanente se deu em sua graduação de 10%, é devido o percentual de 10% sobre R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos
reais), que perfaz o montante de R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais).
5. Sobre a lesão no pé esquerdo, o valor da indenização corresponde a 50% (cinquenta por cento) de 100% (cem por cento) do valor integral, ou
seja, 50% de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), conforme tabela de graduação de invalidez e laudo de verificação da lesão, totalizando
a quantia de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais). Como a repercussão da invalidez permanente se deu em sua graduação de
10%, é devido o percentual de 10% (dez por cento) de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais), que perfaz a quantia de R$ 675,00
(seiscentos e setenta e cinco reais).
6. Restou comprovado pagamento administrativo no valor de R$1.300,00 (um mil e trezentos reais). Diante disso, o valor a ser indenizado perfaz
o montante de R$ 675,00 (seiscentos e cinquenta reais).
7. Majoração para 20% (vinte por cento) dos honorários sucumbenciais devidos pela apelante
8. Negar provimento.
ACÓRDÃO: Vistos, examinados, discutidos e votados estes autos da Apelação Cível nº 0513620-7 em que figuram como partes as acima
indicadas, ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível deste Tribunal de Justiça de Pernambuco, unanimemente, em
NEGAR PROVIMENTO ao Recurso, na conformidade do relatório, voto anexo e notas taquigráficas, que passam a integrar esse julgado.
Recife, 29-11-2018
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EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE RECURSAL DO
HERDEIRO RECORRENTE. REJEITADA. BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA DEFERIDO. DEVER DE PAGAR TAXAS CONDOMINIAIS.
OBRIGAÇÃO PROPTER REM. OBRIGAÇÃO DO ESPÓLIO. JUROS DE 1% AO MÊS. CABÍVEIS. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
1. O herdeiro é titular do direito de propriedade sobre sua respectiva cota, a partir do momento da morte do falecido, tendo, portanto, interesse
jurídico para interpor apelação, justamente porque a cobrança das taxas condominiais relativas ao imóvel que compõe o espólio implica na redução
do patrimônio que constitui parte deste ente despersonalizado e, consequentemente, na redução da cota do herdeiro. Preliminar rejeitada.
2. A documentação acostada constitui elemento de prova apto a demonstrar que, de fato, o recorrente não pode arcar com os custos advindos
do processo sem comprometer sua subsistência, juntamente com sua família. Benefício da justiça gratuita deferido.
3. O caso versa sobre a cobrança, ao espólio demandado, de taxas condominiais, cujo pagamento constitui obrigação de natureza propter rem.
Assim, a dívida condominial gerada em razão do imóvel adere a ele. Logo, independentemente de quem deu causa à dívida, aquele que tiver
relação com o imóvel, em razão da propriedade ou da posse - o espólio - tem a obrigação de responder pela dívida condominial.
4. É obrigação do espólio pagar o valor das taxas condominiais devidas ao tempo do ajuizamento da ação e das que se venceram no curso do
processo, com correção monetária pela tabela do ENCOGE a partir do vencimento de cada parcela, juntamente com multa de 2% (dois por cento)
sobre o débito e juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação. Inteligência do art. 1336, § 1º.
5. Negado provimento à apelação.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n° 0408940-9, em que figuram, como apelante, ALFREDO OSCAR UCHOA DE
MEDEIROS FILHO e, como apelado, CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO MASSARANDUBA, acordam os Desembargadores integrantes da Terceira
Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, à unanimidade de votos, em NEGAR PROVIMENTO à apelação, nos termos do voto do
Relator.
Recife, 29-11-2018
CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. INADIMPLÊNCIA COM RELAÇÃO AO PAGAMENTO DO PRÊMIO.
IRRELEVÂNCIA. LEI Nº 6.194/1974. SÚMULA 257 STJ. APLICAÇÃO. VALOR FIXADO INFERIOR AO PLEITEADO NA EXORDIAL - AUSÊNCIA
DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA.
1. Aplica-se ao caso a Lei nº 6.194/74, que dispõe sobre o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via
terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não, pois o autor sofreu acidente automobilístico.
2. Nos termos da Súmula 257, do Superior Tribunal de Justiça, o inadimplemento de pagamento do prêmio do seguro obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres não é motivo para a recusa do pagamento da indenização.
3. A súmula não faz distinção entre segurado e proprietário do veículo ou, ainda, a terceiros envolvidos no acidente
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
4. Em razão do princípio da causalidade, havendo condenação da seguradora a pagar diferença de indenização do seguro DPVAT, ainda que em
valor inferior ao requerido na exordial, não haverá que se falar em sucumbência recíproca, devendo suportar os ônus da sucumbência.
ACÓRDÃO.
Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível nº 0511880-5, em que figuram como recorrentes as partes acima, ACORDAM
os desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, NEGAR PROVIMENTO à apelação
interposta, mantendo-se incólume a sentença vergastada, tudo em conformidade com o termo de julgamento, o voto do Relator e notas
taquigráficas que passam a integrar o julgado.
Recife, 29-11-2018
ACÓRDÃOS CIVEIS
3ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL. CONTRATO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
SEGUNDO A ESTRUTURA TARIFÁRIA HORO-SAZONAL. AUSÊNCIA DE ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA QUE PREVÊ AVISO PRÉVIO DE 180
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DIAS PARA A RESCISÃO. RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA. MULTA RESCISÓRIA DEVIDA. VIOLAÇÃO AO CDC. INEXISTÊNCIA. RESOLUÇÃO
414/2010 DA ANEEL. APELO PROVIDO.
1. No caso dos autos, não restou evidenciada a conduta abusiva da concessionária, porquanto tanto a cláusula que prevê a prorrogação
automática do prazo de 12 meses de contratação, desde que não haja expressa manifestação do cliente em contrário, com antecedência mínima
de 180 dias em relação ao término de cada vigência, como a que estabelece a cobrança de multa por rescisão contratual antecipada se encontram
respaldadas na Resolução n. 414/2010 da ANEEL. Precedentes.
2. Apelo provido.
ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n. 503.891-3, em que figuram como partes as acima indicadas,
ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, por unanimidade, em DAR
PROVIMENTO ao recurso interposto pelo Companhia Energética de Pernambuco - CELPE, na conformidade do relatório, voto, ementa e notas
taquigráficas que integram este julgado.
Recife,
EMENTA: Direito civil. Apelação cível. Ação de Indenização. Acidente de trânsito. Ilegitimidade passiva. Culpa exclusiva da vítima. Surf Ferroviário.
Não comprovação de ausência de sinalização. Honorários advocatícios sobre o valor atualizado da ação. Apelo parcialmente provido. Decisão
unânime.
1. Embora durante o acidente os trilhos estivessem sendo utilizados apenas por trens da Transnordestina Logística SA, a CTBU é responsável
pela fiscalização das linhas ferroviárias sendo portanto responsável de forma solidaria.
2. Inexiste no processo qualquer indício das apeladas terem se eximido de seus deveres legais, de colocar sinalizações e fiscalizar o local. Ficou
claro ter a própria vítima se colocado em situação de risco.
3. A culpa da vítima é uma das formas de exoneração do dever de indenizar, pois rompe com o nexo causal. Portanto, da análise das provas
trazidas aos autos, a vítima agiu com impudência e negligencia, e se colocou em situação de risco ao praticar surf ferroviário. Assim, ocorreu
o acidente por sua culpa exclusiva.
4. Embora lamentável o acidente, o qual causou a morte do filho da recorrente, não há como se reconhecer o dever de indenizar, bem como o
pagamento de pensão vitalícia, haja vista a evidente culpa exclusiva da vítima.
5. Na hipótese dos autos, os honorários devem ser fixados sobre o valor atualizado da causa, pois não houve condenação fixada no caso concreto.
6. Não Majoração dos honorários advocatícios fixados pelo juiz de piso em razão do parcial provimento ao apelo.
7. Apelo parcialmente provido. Decisão unânime.
ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n. 498.476-1, em que figuram como partes as acima indicadas,
ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, por unanimidade, em DAR
PARCIAL PROVIMENTO ao recurso interpostos por Maria José Batista, na conformidade do relatório, voto, ementa que integram este julgado.
Recife,
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
APELAÇÃO CIVEL. LAUDEMIO. DANOS MORAIS. SUCUMBENCIA RECIPROCA. RECURSO NÃO PROVIDO E PROVIDO.
I - O art. 3° do Decreto 2398/1987 é cristalino ao responsabilizar o vendedor pelo pagamento do laudêmio na transmissão do domínio útil de
imóvel de propriedade da União, inserido no regime de enfiteuse. Qualquer disposição em contrário, no sentido de transferir ao comprador tal
responsabilidade, deve estar expressamente posta no contrato firmado.
II - No tocante aos danos morais, percebe-se que, ao compelir a apelada a pagar um valor que não lhe é devido, o apelante comete um ato
que causa um abalo além do razoável.
III - Quanto a apelação de Josilton Antônio Silva Reis, a simples situação do juiz não ter acolhido o pedido de R$ 10.000,00 (dez mil reais),
diminuindo para R$ 5.000,00 (cinco mil reais) não configura sucumbência reciproca, posto que o capítulo referente aos danos morais foi resolvido
em favor do apelante, ainda que o quantum tenha sido inferior ao pleiteado. Jurisprudência do STJ, súmula 326.
IV - Recurso de CYRELA JCPM EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE S.A. E OUTRO NÃO PROVIDO e recurso de JOSILTON ANTONIO
SILVA REIS E OUTRO PROVIDO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação Cível n° 0485407-1, em que figuram, como apelantes CYRELA JCPM
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE S.A. E OUTRO E JOSILTON ANTONIO SILVA REIS E OUTRO, como apelados, CYRELA JCPM
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE S.A. E OUTRO E JOSILTON ANTONIO SILVA REIS E OUTRO, acordam os desembargadores
integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, à unanimidade de votos, em NEGAR PROVIMENTO
ao recurso INTERPOSTO POR CYRELA JCPM EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE S.A. E OUTRO e DAR PROVIMENTO ao recurso
INTERPOSTO POR JOSILTON ANTONIO SILVA REIS E OUTRO, para determinar a sucumbência somente da parte ré. Mantém-se a sentença
em todos os seus demais termos.
Recife,29-11-2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. SEGURO DE AUTOMÓVEL. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO. INFORMAÇÕES INVERÍDICAS
DO SEGURADO. CONDUTOR PRINCIPAL. INTERFERÊNCIA NA CLÁUSULA DE PERFIL. PAGAMENTO DE PRÊMIO A MENOR. MÁ-FÉ.
CONFIGURAÇÃO. PERDA DO DIREITO À GARANTIA NA OCORRÊNCIA DO SINISTRO. EXEGESE DOS ARTS. 765 E 766 DO CC/2002.
APELO PROVIDO.
1. A seguradora, utilizando-se das informações prestadas pelo segurado, como na cláusula de perfil, chega a um valor de prêmio conforme o
risco garantido e a classe tarifária enquadrada, de modo que qualquer risco não previsto no contrato desequilibra economicamente o seguro,
dado que não foi incluído no cálculo atuarial nem na mutualidade contratual (base econômica do seguro).
2. A penalidade para o segurado que agir de má-fé, ao fazer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da
proposta pela seguradora ou na taxa do prêmio, é a perda do direito à garantia na ocorrência do sinistro (art. 766 do CC/2002).
3. No caso dos autos, é inegável a má-fé do segurado (CDI), pois, na contratação do seguro de automóvel, forneceu informações inverídicas na
cláusula perfil: afirmou que Jurandi era o condutor principal, quando, na verdade, na própria petição inicial, consta que este não possuía qualquer
relação com a CDI, bem como não utilizava o veículo.
4. Estando presentes os pressupostos do art. 766 do CC/2002 e cotejando-se os parâmetros de interpretação da cláusula de perfil com os fatos
ocorridos, não se evidencia, efetivamente, a boa-fé do segurado, devendo ser aplicada, portanto, a penalidade prevista legalmente de perda do
direito à indenização securitária.
5. Apelo provido.
ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível n. 490.794-2, em que figuram como partes as acima indicadas,
ACORDAM os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco, por unanimidade, em DAR
PROVIMENTO ao recurso interposto pela Sul América Companhia Nacional de Seguros, na conformidade do relatório, voto, ementa e notas
taquigráficas que integram este julgado.
Recife,
EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. SUPOSTA IMPOSSIBILIDADE DE ACESSO AO MEDIDOR. DÉBITO EXORBITANTE. COBRANÇA INDEVIDA.
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. DANO MORAL IN RE IPSA. VALOR INDENIZATÓRIO MANTIDO. APELAÇÃO
NÃO PROVIDA.
1 - Segundo a documentação apresentada, a fatura de cobrança no valor de R$ 9.080,00 (nove mil e oitenta reais e cinquenta centavos) se refere
ao medidor de energia elétrica n°3130319431, todavia o medidor instalado na demandante é de n° 3130315649.
2 - A cobrança realizada pela concessionária, referente ao consumo de energia mensal esteve em completa disparidade das faturas anteriores.
3 - Ilegítimo o procedimento promovido pela concessionária, resultando em cobrança indevida e posterior corte no fornecimento de serviço
essencial, restando configurada a ocorrência de dano.
4 - STJ pacificou entendimento que a suspensão ilegal do fornecimento do serviço dispensa comprovação do efetivo prejuízo, uma vez que o
dano moral, nesses casos, opera-se in re ipsa, em decorrência da ilicitude do ato praticado.
5 - Manutenção do valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), fixado a título de danos morais, pela sentença.
6 - Apelo NÃO PROVIDO.
ACÓRDÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação Cível nº 453579-5, os desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado de Pernambuco, acordam à unanimidade em NEGAR PROVIMENTO, nos termos do voto do relator.
Recife,29-11-2018
ACÓRDÃOS CIVEIS
2ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE COBRANÇA. IDENTIDADE DAS DEMANDAS. LITISPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO NÃO PROVIDO.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos o presente recurso de apelação n° 0370891-8, acordam os Excelentíssimos Srs. Desembargadores integrantes da
Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, à unanimidade, em negar provimento ao presente recurso,
tudo nos termos do voto do Relator e notas taquigráficas que passam a fazer parte integrante do presente aresto.
Recife, 28/11/2018.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. PLANO DE SAÚDE. INEXISTÊNCIA DE MÉDICO CREDENCIADO E HABILITADO PARA REALIZAR A
CIRURGIA. REEMBOLSO REALIZADO DE FORMA PARCIAL. NEGATIVA DE REEMBOLSO TOTAL. DANOS MORAIS. NÃO EVIDENCIADOS.
INDENIZAÇÃO. NÃO CABÍVEL. APELAÇÃO PROVIDA PARA EXCLUIR OS DANOS MORAIS.
1. Os danos morais restam configurados sempre que há ofensa a algum dos direitos da personalidade, como a honra, a imagem, o nome, a
intimidade e a privacidade.
2. Em regra, o reembolso parcial quando, em verdade, deveria ser integral do plano de saúde não gera danos morais. Trata-se de mero
aborrecimento.
3. Sucumbência recíproca fixada.
4. Apelação Cível provida.
ACÓRDÃO
Visto, discutido e votado este recurso, ACORDAM os Desembargadores integrantes da SEGUNDA Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado
de Pernambuco, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator, que passa a fazer parte integrante
deste aresto.
Recife, 28/11/2018.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. AÇÃO OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA. PORTADOR DE ALZAIMER E DOENÇAS CRONICAS. FAZ JUS AO HOME CARE DE 12 HORAS.
NECESSIDADE DO HOME CARE POR 24 HORAS. SOLICTAÇÃO MÉDICA. LIMINAR CONCEDIDA NO PRIMEIRO GRAU. MANUTENÇÃO.
RECUSA A COBERTURA DO HOME CARE POR 24 HORAS. AO ARGUMENTO DE QUE É PREVISTO NO CONTRATO E QUE O PACIENTE
SÓ PRECISA DE 12 HORAS. INADMISSIBILIDADE- PERIGO DE DEMORA. URGÊNCIA DA MEDIDA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO ATACADA.
AGRAVO IMPROVIDO.
1. Indeferida o pedido de suspensão da liminar, por ausentes os pressupostos ínsitos à sua suspensão, tendo em vista que o perigo corre para
o agravado. Decisão mantida.
2. Agravo de Instrumento negado.
ACÓRDÃO
Visto, discutido e votado este recurso, ACORDAM os Desembargadores integrantes da SEGUNDA Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator, que passa a fazer parte
integrante deste aresto.
Recife, 28/11/2018.
EMENTA:APELAÇÃO CIVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. RELAÇÃO DE CONSUMO. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA.
MÉTODOS ABA + TEACCH + PECS. PATOLOGIA COM COBERTURA CONTRATUAL. REEMBOLSO INTEGRAL. DANO MORAL
CONFIGURADO. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. DECISÃO UNÂNIME.
1. O princípio da força obrigatória dos contratos não é absoluto, uma vez que suas cláusulas não podem ser estipuladas de maneira livre, pois
devem atentar para a finalidade do contrato celebrado e estar em conformidade com os demais princípios de direito;
2. O rol de procedimentos previstos pela ANS representa, apenas, referência de cobertura mínima obrigatória para cada segmentação de planos
de saúde, não podendo, sobremaneira, ser utilizada em prejuízo do consumidor;
3. A genitora da recorrida não "optou" por realizar o tratamento com profissionais não conveniados, mas foi forçada a isso, tendo que buscá-los e
custeá-los por conta própria, uma vez que a apelante não demonstrou possuir profissionais especializados nos métodos ABA, TEACH e PECS,
os quais foram reputados como imprescindíveis para o tratamento do apelado;
4. O reembolso integral das despesas efetuadas em rede não conveniada é admitido em razão da inexistência de comprovação de estabelecimento
credenciado e devidamente habilitado para realização do tratamento;
5. A limitação de cobertura, ainda que prevista no contrato, não pode subsistir nos casos em que a continuidade do tratamento se faz imperiosa
e eficaz para o restabelecimento da saúde do consumidor, sendo abusiva a cláusula limitadora, conforme inteligência do art. 51 do CDC;
6. É entendimento uníssono da jurisprudência que a recomendação para determinado tratamento é de ordem médica, sendo o profissional
o detentor do conhecimento técnico sobre os meios empregados a serem utilizados na cura da doença que acomete o paciente. É de sua
responsabilidade a orientação terapêutica, não cabendo às operadoras substituírem os técnicos neste mister, sob pena de se pôr em risco a
vida do consumidor;
7. A jurisprudência do STJ vem reconhecendo que "a recusa indevida à cobertura médica é causa de danos morais, pois agrava o contexto de
aflição psicológica e de angústia sofrido pelo segurado", conforme relatou a ministra Nancy Andrighi, em julgamento da REsp 907718 / ES;
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
8. Diante do exposto, em virtude da recusa em cobrir tratamento necessário por parte da apelante, e tendo por base os princípios da
proporcionalidade e razoabilidade, deve ser mantida a condenação imposta, esta no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos o presente Recurso de Apelação n° 484622-4, acordam os Excelentíssimos Srs. Desembargadores integrantes da
SEGUNDA Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, à unanimidade, em negar provimento ao recurso, tudo nos
termos do voto do Relator e notas taquigráficas que passam a fazer parte integrante do presente aresto.
Recife, 28/11/2018.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA NÃO COMPROVADA. CONVERSÃO À
ESQUERDA. RECURSO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
1. O apelado não comprovou ter atuado dentro dos procedimentos legais de segurança, tampouco que a apelante dirigia em alta velocidade,
acima do limite permitido pela via. O boletim de acidente de trânsito consta somente a versão de ambas as partes, não houve produção de prova
testemunhal, bem como não fora produzida certidão narrativa do fato pelo agente de trânsito. Portanto, considerando que o autor, ora apelado,
não se desincumbiu do ônus de provar o fato constitutivo do seu direito (art. 373, I, do CPC), qual seja, a culpa da apelante no acidente ocorrido,
deve ser julgado improcedente seu pleito..
ACÓRDÃO
Vistos, discutidos e votados estes recursos, tombados sob o nº 432318-2, ACORDAM os Desembargadores integrantes da SEGUNDA Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso de Apelação Cível, tudo nos termos
dos votos e notas taquigráficas anexas, que passam a fazer parte integrante deste julgado.
Recife, 28/11/2018.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Julgado em : 28/11/2018
EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. NÃO COMPROVAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR. SIMPLES VENCIMENTO.
PROVIDÊNCIA DISPENSÁVEL. ART. 397 CC. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Inexiste necessidade de notificação para constituição em mora, uma vez que ela decorre do simples vencimento da dívida.
2. A inteligência do Código Civil elucida em seu art. 397 que "o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno
direito em mora o devedor".
3. Recurso não provido.
ACÓRDÃO
Visto, discutido e votado este recurso, tombado sob o nº 0509726-5, ACORDAM os Desembargadores integrantes da Segunda Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de apelação, tudo nos termos dos
votos e notas taquigráficas anexas, que passam a fazer parte integrante deste julgado.
Recife, 28/11/2018.
1. Os embargos declaratórios visam esclarecer obscuridades, afastar contradições, suprir omissões eventualmente existentes e corrigir erro
material, a teor da regra do art. 1.022, I, II e III, do CPC/2015.
2. Não pode a parte embargante tentar, em sede de embargos de declaração, revisitar o julgado objetivando sua reforma e desvirtuando a
natureza do recurso previsto pelo Código de Processo Civil.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ACÓRDÃO
Vistos, discutidos e votados estes recursos, ACORDAM os Excelentíssimos Senhores Desembargadores integrantes da Segunda Câmara Cível
do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em REJEITAR os embargos de declaração na apelação n.
469585-0, tudo nos termos dos votos que passam a fazer parte integrante deste julgamento.
Recife, 28/11/2018.
ACÓRDÃOS CIVEIS
2ª CÂMARA CIVEL
Emitida em 05/12/2018
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ÔNIBUS. DANOS MATERIAIS
COMPROVADOS. COLISÃO TRASEIRA. CULPA PRESUMIDA. INDENIZAÇÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
1. Tendo em vista que a empresa apelante comprovou estar em grave situação econômica, inclusive sendo decretada a sua liquidação extrajudicial,
a partir de 03 de outubro de 2016, pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, faz jus à concessão do benefício da gratuidade da
justiça, nos termos do art. 98 do CPC.
2. O art. 18 da Lei nº 6.024/1974 estipula a suspensão das ações e execuções iniciadas, no entanto, sua leitura deve ser feita de maneira
temperada, afastando-se sua incidência nas hipóteses em que o credor ainda busca obter uma declaração judicial a respeito do seu crédito e,
consequentemente, a formação do título executivo, que, então, será passível de habilitação no processo de liquidação.
3. A suspensão de ações ajuizadas em desfavor de entidades sob regime de liquidação extrajudicial não alcança as ações de conhecimento
voltadas à obtenção de provimento judicial relativo à certeza e liquidez do crédito, bem assim que tal condição não impede a incidência de juros
e correção monetária.
4. O feito gira em torno de acidente de trânsito, no qual o veículo da autora fora abalroado na traseira por ônibus de propriedade da Borborema,
circunstancia que, segundo a melhor jurisprudência, gera presunção relativa de culpa do motorista do ônibus que bateu atrás, o qual tinha o dever
de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos - art. 29, II, do CTB. Nesse sentido, incumbia à parte ré o
ônus de provar qualquer excludente de responsabilidade, todavia, assim não o fez, descumprindo previsão contida no art. 373, II, do CPC.
5. Fixados os honorários advocatícios em 20% sobre o valor da condenação, não há que se falar em desrespeito ao regramento legal, restando
inviável qualquer reforma da sentença, no particular.
ACÓRDÃO
Vistos, discutidos e votados estes recursos, tombados sob o nº 484464-2, ACORDAM os Desembargadores integrantes da SEGUNDA Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em deferir o pedido de gratuidade da justiça e indeferir o
pedido de suspensão processo e o pedido de não fluência dos juros e correção monetária, bem como, no mérito, em negar provimento ao recurso
de Apelação Cível, tudo nos termos dos votos e notas taquigráficas anexas, que passam a fazer parte integrante deste julgado.
Recife, 28/11/2018.
EMENTA: PROCESSO CIVIL. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PRIVADA. AUXÍLIO REFEIÇÃO E AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO RECEBIDOS POR
FORÇA DE CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO ANTERIOR À ADESÃO AO PAT E AOS ACORDOS OU CONVENÇÕES COLETIVAS DE
TRABALHO. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA AFASTADA. SÚMULAS 51 E 241 DO TST. OJ 413. ART. 468 DA CLT. RECURSO
A QUE SE NEGA PROVIMENTO. DECISÃO UNÂNIME.
1. As questões deduzidas foram apreciadas e decididas, com o devido fundamento, não estando o magistrado de primeiro grau obrigado a dar
procedência ao pedido se, na sua ótica, inexiste nos autos elementos de convicção que apontem os vícios elencados do art. 1.022 do CPC.
Preliminar de nulidade da sentença rejeitada;
2. O Tribunal Superior do Trabalho determina que "o vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando
a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais" (Súmula nº 241 do TST), sendo afastada a natureza salarial do auxílio nos casos
em que os acordos ou convenções coletivas ou a adesão ao PAT forem anteriores ao momento em que o empregado começou a receber o
benefício, o que não é o caso dos autos;
3. Considerando que "as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores
admitidos após a revogação ou alteração do regulamento" (Súmula nº 51 do TST), o empregado contratado anteriormente à norma coletiva que
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confere caráter indenizatório à verba de alimentação ou à adesão ao PAT, como é o caso dos autos, tem direito de continuar recebendo os valores,
sem que o mesmo perca seu caráter de remuneração;
4. A natureza jurídica salarial dos benefícios de auxílio alimentação e auxílio refeição recebidos pelos empregados do Banco por força do contrato
individual de trabalho, não pode ser modificada em razão da posterior adesão ao PAT ou pela aplicação das decisões pactuadas em convenção
coletiva futura. Ademais, tal situação implicaria, no caso concreto, em alteração lesiva do contrato de trabalho da apelada, o que é vedado pelo
art. 468 da CLT;
5. Recurso a que se nega provimento. Decisão unânime.
ACÓRDÃO
Vistos, discutidos e votados estes recursos, tombados sob o nº 470037-6, ACORDAM os Desembargadores integrantes da SEGUNDA Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, por unanimidade de votos, em REJEITAR a preliminar de nulidade da sentença e, no
mérito, NEGAR PROVIMENTO ao presente recurso, tudo nos termos dos votos e notas taquigráficas anexas, que passam a fazer parte integrante
deste julgado.
Recife, 28/11/2018.
EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL. PLANO DE SAÚDE. AUTOGESTÃO. BANCO DO BRASIL. DEMISSÃO. MANUTEMÇÃO NO PLANO. MESMAS
CONDIÇÕES DO PLANO ASSOCIADO. ART. 30 DA LEI 9.656/98
1. O direito do ex-empregado do Banco do Brasil de permanecer no plano de assistência à saúde, destinado aos empregados da ativa, decorre
do art. 30 da Lei 9.656/98.
2.Em não sendo concedida oportunidade para o exercício do direito de opção pela manutenção do mesmo benefício, art. 2º, § 6º, da Resolução
n.º 20 do CONSU, não se pode o Plano querer limitar a permanência do ex-empregado no "plano associado", ante a ausência de um plano de
assistência específico destinado aos demitidos, com as mesmas características e preços praticados no plano de quando era ativo.
3. Recurso a que se nega provimento. À unanimidade.
ACÓRDÃO
Visto, discutido e votado este recurso, ACORDAM os Desembargadores integrantes da SEGUNDA Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado
de Pernambuco, por unanimidade de votos, em negar provimento ao apelo, tudo nos termos do voto do Relator e termos de julgamento que
passam a fazer parte integrante deste aresto.
Recife, 28/11/2018.
187
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. LEI DO INQUILINATO. AÇÃO REVISIONAL DE LOCAÇÃO. AÇÃO PROPOSTA PELO LOCADOR. MAJORAÇÃO.
CABIMENTO. PERÍCIA. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 473, DO CPC. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. MANUTENÇÃO.
ART. 20, § 3º. RECURSO IMPROVIDO.
1. No meu sentir, a mera alegação da apelante de que o laudo pericial não se encontra respaldado em elementos convincentes não é argumento
suficiente a alterar a conclusão que chegou o expert sobre o valor do aluguel, pelo que, estando o valor da locação baseado em método objetivo
e técnico, não há que se falar em ofensa ao art. 473 do Código de Processo Civil;
2. O valor dos honorários sucumbenciais deve ser objeto de exame acurado e ponderado, devendo o Judiciário evitar a fixação aviltante, por
ser compatível com o exercício da advocacia;
3. Recurso improvido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do recurso de apelação cível nº 422258-8, que tem como apelante BCP S/A (CLARO) e apelado
CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BARÃO DE SUASSUNA; ACORDAM os Desembargadores que compõem a Segunda Câmara Cível do TJPE, à
unanimidade de votos, negar provimento ao recurso interposto, de acordo com o voto do relator, e dos demais integrantes do órgão colegiado.
Recife, 28/11/2018.
EMENTA
PROCESSO CIVIL. APELAÇAO CÍVEL. AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE AS PARTES. AUSENTES. INVERSÃO ÔNUS SUCUMBENCIAL.
RECURSO PROVIDO.
1. Não verificada a existência de pedido exibitório extrajudicial, bem como da existência de relação jurídica entre as partes, os réus devem ser
condenados ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
2. Em respeito ao princípio da causalidade, a parte que deu causa à propositura da ação ou à instauração do incidente deve responder pelas
despesas processuais.
3. Recurso provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de apelação cível n° 0428867-1, em que figuram como apelante Banco Triangulo S/A, e como
apelado Alexandre Almeida Sampaio, ACORDAM os Desembargadores deste órgão fracionário, à unanimidade de votos, em dar provimento ao
presente recurso para julgar improcedente a demanda e inverter o ônus sucumbencial, tudo nos termos do voto do Relator que passam a fazer
parte integrante do presente aresto.
188
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Recife, 28/11/2018.
189
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DIRETORIA CÍVEL
Seção Cível
VISTAS AO ADVOGADO - Prazo : 5 dias
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
190
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
R.Hoje.
Observo que o presente feito retornou à conclusão desta relatoria de forma equivocada; eis que, em virtude da sugestão declinada pelo Juiz
Assessor Especial da Presidência - José Henrique Coelho Dias da Silva - Coordenador do Núcleo de Precatórios, envidada pelo Ofício nº
1308/2018, de 08/11/2018; o Excelentíssimo Senhor Presidente do TJPE, Des. Adalberto de Oliveira Melo, determinou o encaminhamento dos
presentes autos à Contadoria do 1º Grau, para fins de realização de cálculos pendentes.
Em sendo assim, encaminhe-se o presente feito à Diretoria Cível, a fim de que seja dado cumprimento à referenciada ordem judicial, emanada
da d.presidência deste sodalício.
Intime-se e cumpra-se
Recife, 03 de dezembro de 2018.
191
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete Des. Luiz Carlos de Barros Figueirêdo
DESPACHOS / 2ª CDP
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
RPV nº 0089036-0/04
CREDOR: Romildo Pereria de Sant'anna
DEVEDOR: Estado de Pernambuco
DESPACHO
Mantenho o despacho de fl. 107, suspendendo o processamento do presente requisitório até o julgamento do Recurso Nobre perante o STJ.
Aguarde-se na Diretoria Cível, que deverá acompanhar o trâmite do Resp nº 1450192/PE (2013/0405140-6).
Cumpra-se.
Recife, 30/11/2018.
192
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DESPACHO
O presente mandado de segurança foi julgado nos termos do acórdão de fls. 176/177, proferido em 04/05/2016 pelo então Grupo de Câmaras
de Direito Público deste TJPE (atual Seção de Direito Público).
Em face desse acórdão - que denegou a segurança -, o impetrante interpôs recurso ordinário (cf. fls. 196 e ss.), que, depois de regularmente
processado, subiu ao Superior Tribunal de Justiça, que lhe negou provimento (cf. decisão às fls. 232v/235v).
Após o trânsito em julgado da decisão prolatada pelo STJ (cf. fl. 240), os autos foram baixados a esta Corte, vindo-me conclusos em 26/11/2018
(cf. fl. 241).
Nesse contexto - em que nada mais há a decidir no presente writ -, determino a remessa dos autos à Diretoria Cível, para baixa e arquivamento.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
GABINETE DES. FRANCISCO BANDEIRA DE MELLO
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO
193
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DESPACHO
Renove a intimação do Secretário de Saúde, com urgência, por Oficial de Justiça, para no prazo de 05 (cinco) dias, liberar o valor de R$ 55.000,00
(cinquenta e cinco mil reais) correspondente à compra da bomba eletrônica de morfina para a impetrante, juntando-se nos autos o comprovante
do depósito judicial, sob pena de bloqueio via Bacenjud.
Encaminhe-se cópia da petição e documento de fls. 169/173
P.I.
Cumpra-se com urgência.
Recife, 30/11/2018.
DESPACHO
Trata-se de mandado de segurança impetrado contra ato do Sr. Secretário de Saúde do Estado de Pernambuco em que já se CONCEDEU
liminarmente, o fornecimento gratuito e de forma contínua, pelo impetrado, da medicação ZYTIGA (ABIRATERONA) 250mg, pelo tempo
necessário conforme prescrição médica.
Em petições apresentadas pelo impetrante (fls. 58/61, e 108/118) vem a informação de que o Secretário, ora impetrado, está descumprindo a
decisão desde o mês de setembro/2018.
Junta 03 (três) orçamentos, requerendo o imediato bloqueio de conta pública a fim de dar prosseguimento ao seu tratamento.
194
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Diante da situação delicada da saúde do paciente, intime-se, com urgência, por Oficial de Justiça, o Secretário de Saúde, no prazo de 05 (cinco)
dias, para que forneça o medicamento ou libere o valor correspondente a 06 (seis) meses de tratamento, juntando-se nos autos o comprovante do
depósito judicial, sob pena de bloqueio via Bacenjud, não o dispensando de, neste interregno, regularizar o fornecimento pela Farmácia do Estado.
P.I.
Cumpra-se.
Recife, 30/11/2018.
DESPACHO
Trata-se de mandado de segurança impetrado contra ato do Sr. Secretário de Saúde do Estado de Pernambuco em que já se CONCEDEU
liminarmente, o fornecimento gratuito e de forma contínua, pelo impetrado, VIELUT 10MG - Reg. M.S. 5794906800013 ou NEOVITE MAX - Reg.
M.S. 6722200010016 ou VITALUX PLUS COM ÔMEGA 3 - Reg. M.S. 6.3152.000, prescrito no receituário médico.
Em petições apresentadas pelo impetrante (fls. 43/51) vem a informação de que o Secretário, ora impetrado, não está cumprindo a decisão.
Junta 04 (quatro) orçamentos, requerendo o imediato bloqueio de conta pública a fim de dar seguimento ao seu tratamento.
Diante da situação delicada da saúde do paciente, intime-se, com urgência, por Oficial de Justiça, o Secretário de Saúde, no prazo de 05 (cinco)
dias, para que forneça o medicamento ou libere o valor correspondente a 06 (seis) meses de tratamento, juntando-se nos autos o comprovante do
depósito judicial, sob pena de bloqueio via Bacenjud, não o dispensando de, neste interregno, regularizar o fornecimento pela Farmácia do Estado.
P.I.
Cumpra-se.
Recife, 04/12/2018.
195
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
4ª Câmara Cível
DESPACHO - DECISÃO - 4ª CÂMARA CÍVEL
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
4ª CÂMARA CÍVEL
Apelação Cível nº 506150-9
Apelante:
Banco do Nordeste do Brasil S/A
Apelado:
José Ferreira Cavalcanti
Relator:
Des. Eurico de Barros Correia Filho
DESPACHO
Intime-se o apelante para que se manifeste sobre os documentos juntados pelo apelado às fls. 202/203, notadamente quanto ao indeferimento
da adesão ao acordo homologado nos autos do REsp 626.307/Sp, de relatoria do Min. Dias Toffoli, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, nos termos
do art. 218, §3º do Código de Processo Civil de 2015.
Publique-se e intime-se.
Recife, 04 de dezembro de 2018.
196
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
4ª CÂMARA CÍVEL
Apelação Cível nº0509331-6 (NPU nº0015428-60.2013.8.17.0990)
Apelante:
UNIMED FORTALEZA SOCIEDADE COOPERATIVA MÉDICA LTDA
Apelado:
MANOEL GALVÃO COELHO LEAL
Relator:
Des. Eurico de Barros Correia Filho
DECISÃO TERMINATIVA HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO
Compulsados os autos, verifico que por meio da petição de fls.250/251, foi informado que as partes resolveram compor amigavelmente o litígio,
nos seguintes termos:
1. A UNIMED FORTALEZA SOCIEDADE COOPERATIVA MÉDICA LTDA se comprometeu a fornecer 03 (três) ampolas do antiangiogênico
LUCENTIS ao autor, MANOEL GALVÃO COELHO LEAL, o que foi devidamente cumprido;
2. A UNIMED FORTALEZA SOCIEDADE COOPERATIVA MÉDICA LTDA se comprometeu ao pagamento do valor de R$1.500,00 (mil e quinhentos
reais), a título de honorários advocatícios de sucumbência.
Outrossim, o acordo foi confirmado pelo autor, MANOEL GALVÃO COELHO LEAL, por meio da petição de fl. 266, após sua intimação pessoal
para se manifestasse quanto à validade do termo de composição.
Com efeito, considerando a natureza e o objeto da lide em testilha, bem como as diretrizes do novo Código de Processo Civil (vide Artigo 3º,
parágrafos §2º e §3º), mediante as quais se prioriza a resolução consensual dos litígios, bem como, observando que, na hipótese dos autos,
restam atendidos os pressupostos necessários para homologar-se o acordo, quais sejam, capacidade e a representação processual das partes,
regularidade dos poderes conferidos aos patronos e disponibilidade do direito em lide, não há óbice para homologação da transação.
Portanto, HOMOLOGO, o acordo avençado entre as partes para que produza seus efeitos jurídicos e legais, a fim de que se cumpra e guarde
o que nele foi firmado.
Outrossim, determino que o autor, MANOEL GALVÃO COELHO LEAL, seja intimado pessoalmente desta decisão.
Por fim, após trânsito em julgado da decisão homologatória e cumprimento total do acordo, que a Diretoria Cível proceda a certificação do trânsito
em julgado e baixa dos autos ao Juízo de origem do feito.
P.I.
Recife, 03 de dezembro de 2018.
197
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
6ª Câmara Cível
DESPACHO - 6ª CÂMARA CÍVEL
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DESPACHO
Revogo o despacho de fls.1177, tendo em vista a impossibilidade de correção de ofício do erro material na juntada do acórdão do agravo de
instrumento.
Intime-se a parte recorrida para apresentar contrarrazões aos presentes embargos, no prazo de cinco dias.
Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, voltem-me os autos conclusos.
Publique-se.
Recife, 28 de novembro de 2018.
198
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Gabinete da 2ª Vice-Presidência
tml/mrm
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
199
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DESPACHO
Percebo que não está correta a base de cálculo utilizada pela apelante para o recolhimento do preparo, uma vez que o valor declarado na guia
de fl. 123 não corresponde ao valor atualizado da causa, tal como previsto no inciso I da tabela "A" da Lei de Custas do Estado de Pernambuco
(Lei n° 11.404/96).
Assino-lhe, então, prazo de cinco dias para que proceda à complementação do preparo, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)1.
Publique-se e intime-se.
1 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu
advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
DESPACHO
Percebo que não está correta a base de cálculo utilizada pela apelante para o recolhimento do preparo, uma vez que o valor declarado no DARJ
de fl. 68 não corresponde ao valor atualizado da causa, tal como previsto no inciso I da tabela "A" da Lei de Custas do Estado de Pernambuco
(Lei n° 11.404/96).
Ademais, o apelante não recolheu o valor atinente à taxa, devida nos termos da Lei estadual n° 10.852/92, a cujo respeito consta referência
expressa na Lei de Custas do Estado de Pernambuco (Lei n° 11.404/96), mais especificamente na observação nº 4 da tabela "A"1.
Assino-lhe, então, prazo de cinco dias para que proceda à complementação do preparo, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)2.
Publique-se.
200
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
apffm
DESPACHO
Percebo que não está correta a base de cálculo utilizada pela apelante para o recolhimento do preparo, uma vez que o valor declarado no DARJ
de fl. 200 não corresponde ao valor atualizado da causa, tal como previsto no inciso I da tabela "A" da Lei de Custas do Estado de Pernambuco
(Lei n° 11.404/96).
Ademais, o apelante não recolheu o valor atinente à taxa, devida nos termos da Lei estadual n° 10.852/92, a cujo respeito consta referência
expressa na Lei de Custas do Estado de Pernambuco (Lei n° 11.404/96), mais especificamente na observação nº 4 da tabela "A"1.
Assino-lhe, então, prazo de cinco dias para que proceda à complementação do preparo, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)2.
Publique-se.
Recife, 30 NOV.2018
Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
Relator
201
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
apffm
DESPACHO
O preparo regular é um dos requisitos de admissibilidade do recurso de apelação, sendo assente na jurisprudência do STJ que "a quantia do
preparo para fim de apelação deve ser apurado sobre o valor atualizado da causa"1, assim também se pronunciando em diversos julgados esta
E. Corte2.
Percebo que não está correta a base de cálculo utilizada pelo apelante para o recolhimento do preparo, uma vez que o valor declarado no DARJ
de fl. 239 não corresponde ao valor atualizado da causa (fl.05)
Assino-lhe, então, prazo de cinco dias para que proceda à complementação do preparo (custas e taxa), que deve incidir sobre o valor atualizado
da causa, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)3.
Publique-se.
Recife, 30 NOV 2018
Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
Relator
1 (REsp 111.123/SP, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/02/1997, DJ 31/03/1997, p. 9607)
2 (AC 178.202-9 - 3ª Câmara de Direito Público - Rel. Des. Luis Carlos de Barros Figueiredo - Julg. 12.06.2014 - DJe 17.06.2014; AgR 295.564-0
- 4ª Câmara Cível - Rel. Des. Jones Figueiredo - Julg. 29.04.2014 - DJe 07.05.2014)
3 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
PODER JUDICIÁRIO
202
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
apffm
DESPACHO
Percebo que a apelante não recolheu o valor atinente à taxa judiciária (DARJ à fl. 242), devida nos termos da Lei estadual n° 10.852/92, a cujo
respeito consta referência expressa na Lei de Custas do Estado de Pernambuco (Lei n° 11.404/96), mais especificamente na observação nº 4 da
tabela "A"1, quanto no campo "DARJ do 2º grau", constante do portal eletrônico deste tribunal.
Assino-lhe, então, prazo de cinco dias para que proceda à complementação do preparo, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)2.
Publique-se e intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
apffm
203
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Comarca : Petrolina
Vara : 4º Vara Cível
Apelante : BANCO FIBRA S/A
Advog : Bruno Henrique de Oliveira Vanderlei(PE021678)
Advog : "e Outro(s)" - conforme Regimento Interno TJPE art.137, III
Apelado : JOSE VICENTE DOS SANTOS
Advog : Luciano Roberto da Cunha e Silva(PE035075)
Advog : "e Outro(s)" - conforme Regimento Interno TJPE art.137, III
Órgão Julgador : 6ª Câmara Cível
Relator : Des. Eduardo Augusto Paura Peres
Despacho : Despacho
Última Devolução : 03/12/2018 18:26 Local: Diretoria Cível
DESPACHO
O preparo regular é um dos requisitos de admissibilidade do recurso de apelação, sendo assente na jurisprudência do STJ que "a quantia do
preparo para fim de apelação deve ser apurada sobre o valor atualizado da causa"1, assim também se pronunciando em diversos julgados esta
E. Corte2.
Percebo que não está correta a base de cálculo utilizada pelo apelante para o recolhimento do preparo, uma vez que o valor declarado no DARJ
de fl. 186, não corresponde ao valor atualizado da causa (fl. 17).
Assino-lhe, então, prazo de 05 (cinco) dias para que proceda à complementação do preparo (custas e taxa), que deve incidir sobre o valor
atualizado da causa, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)3.
Publique-se.
1 (REsp 111.123/SP, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/02/1997, DJ 31/03/1997, p. 9607)
2 (AC 178.202-9 - 3ª Câmara de Direito Público - Rel. Des. Luis Carlos de Barros Figueiredo - Julg. 12.06.2014 - DJe 17.06.2014; AgR 295.564-0
- 4ª Câmara Cível - Rel. Des. Jones Figueiredo - Julg. 29.04.2014 - DJe 07.05.2014)
3 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. § 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
emas
204
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DESPACHO
O preparo regular é um dos requisitos de admissibilidade do recurso de apelação, sendo assente na jurisprudência do STJ que "a quantia do
preparo para fim de apelação deve ser apurada sobre o valor atualizado da causa"1, assim também se pronunciando em diversos julgados esta
E. Corte2.
Percebo que não está correta a base de cálculo utilizada pelo apelante para o recolhimento do preparo, uma vez que o valor declarado no DARJ
de fl. 73, não corresponde ao valor atualizado da causa (fl. 12).
Assino-lhe, então, prazo de 05 (cinco) dias para que proceda à complementação do preparo (custas e taxa), que deve incidir sobre o valor
atualizado da causa, sob pena de deserção (CPC/2015, art. 1.007, §2°)3.
Publique-se.
Recife, 30 NOV.2018
1 (REsp 111.123/SP, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/02/1997, DJ 31/03/1997, p. 9607)
2 (AC 178.202-9 - 3ª Câmara de Direito Público - Rel. Des. Luis Carlos de Barros Figueiredo - Julg. 12.06.2014 - DJe 17.06.2014; AgR 295.564-0
- 4ª Câmara Cível - Rel. Des. Jones Figueiredo - Julg. 29.04.2014 - DJe 07.05.2014)
3 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. § 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Des. Eduardo Augusto Paurá Peres
emas
205
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
______________________________________________________
PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
APELAÇÃO Nº 0006328-16.2011.8.17.0420 (0473904-4)
APELANTE(S): MUNICÍPIO DE JABOATÃO DOS GUARARAPES
APELADO(S): DINIZ ENGENHARIA LTDA.
RELATOR: DES. WALDEMIR TAVARES DE ALBUQUERQUE FILHO
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de Apelação Cível interposta contra sentença proferida pela MM°. Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Jaboatão
dos Guararapes, que, nos autos da Ação de Execução Fiscal ajuizada pelo referido Município, em desfavor de Diniz Engenharia Ltda., julgou
extinto o processo, nos termos do artigo 794, I, do CPC, c/c art. 156, I do CTN, deixando de condenar o executado ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios.
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Nas razões recursais, busca o apelante a reforma da sentença, defendendo a necessidade de condenação do executado no pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios, em alusão ao princípio da causalidade.
Sem contrarrazões.
É, no essencial, o relatório. DECIDO.
Inicialmente, destaco que é aplicável o julgamento monocrático, nos moldes do art. 932, inciso V, "b", do CPC/2015, eis que a sentença está
contrária a acórdão proferido pelo E. STJ em julgamento de recursos repetitivos.
O cerne da controvérsia cinge-se em analisar se o recorrido deve suportar os ônus sucumbenciais na ação de execução fiscal extinta pelo
pagamento da dívida em via administrativa após o ajuizamento da ação.
Às fls. 27-v, o exequente requereu a extinção do processo, haja vista o cumprimento da obrigação junto à municipalidade, sendo, então, proferida
a sentença de extinção.
Vale registrar que o caso dos autos não se trata de remissão da dívida ou de cancelamento da inscrição em dívida ativa, hipóteses que
dispensariam o executado do pagamento de custas e honorários, nos termos do art. 26 da Lei 6.830/80. Trata-se, na verdade, de pagamento
extrajudicial do débito após o ajuizamento da ação.
No caso concreto, não há controvérsia que houve a quitação do débito posteriormente ao ajuizamento da presente execução fiscal, o que implica
reconhecer a aplicação do princípio da causalidade.
Senão vejamos o posicionamento do E. STJ:
"TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. QUITAÇÃO DO
DÉBITO APÓS SEU AJUIZAMENTO. CONDENAÇÃO DO EXECUTADO, EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Na forma
da jurisprudência, "a condenação da verba honorária deve ser suportada por quem dá causa à propositura da ação (princípio da causalidade).
Exegese que se extrai do REsp 1.111.002/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado sob o rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do
CPC). No presente caso, verificada a existência de crédito tributário, a execução fiscal foi proposta antes de sua quitação, conforme reconhece
a própria recorrente. Assim, fica evidente a culpa do executado na instauração da demanda, dando causa a que o Fisco estadual promovesse
o feito executivo" (STJ, AgRg no AREsp 399.385/ES, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 20/11/2013). II. Agravo
Regimental improvido. (AgRg no AREsp 709.421/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe
17/03/2016)."
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO. QUITAÇÃO DO DÉBITO DEPOIS DE AJUIZADA A
AÇÃO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. CONDENAÇÃO DA PARTE EXECUTADA AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. Segundo a jurisprudência dos Tribunais Superiores, em caso de extinção da execução fiscal em virtude de pagamento do
débito pelo executado após o ajuizamento da ação, incide o princípio da causalidade, pelo qual o pagamento das despesas processuais e dos
honorários advocatícios deve ser atribuído à parte que deu causa à demanda. 2. Como à época da propositura da ação o executado estava
inadimplente com sua obrigação de pagar o crédito tributário, não havia outra opção para a Fazenda Pública senão ajuizar a ação executiva. 3.
Resta claro, pois, que quem deu causa ao ajuizamento da presente demanda foi o executado, razão pela qual deve arcar com o pagamento dos
honorários advocatícios. 4. Recurso de Apelação provido, para condenar o executado, ao pagamento de honorários advocatícios no valor de R$
1.500,00 (mil e quinhentos reais), em razão da recorrência e baixa complexidade da causa. (TJPE. Processo: APL 4358696 PE. Relator(a): Jorge
Américo Pereira de Lira. Julgamento: 24/05/2016. Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Público. Publicação: 08/06/2016)."
Nesse contexto, evidente, pois, que o apelado deu causa à instauração do processo executivo, em face de sua inadimplência quanto à dívida de
natureza fiscal, incumbindo a ele, por isso, suportar o ônus processual referente às custas e aos honorários advocatícios.
No tocante ao valor da verba honorária, observando o disposto no art. 85, § 2º do CPC, aplicável à espécie, tenho que a mesma deve ser fixada
em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, por ser suficiente diante das peculiaridades do caso concreto, bem como pelo fato
da causa ser de pouca complexidade e ter havido o pagamento voluntário do débito.
Diante do exposto, na forma do artigo 932, inciso V, alínea "b", do CPC/2015, dou provimento ao recurso, para condenar o executado ao pagamento
das custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos moldes do art.
85, § 2º do CPC/2015.
Intime-se. Publique-se.
Recife, de de 2018.
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Cuida-se de Apelação interposta pelo município de Catende (fl.103) em face da sentença (fls. 92/94) que nos autos da Ação de
Cobrança epigrafada homologou o reconhecimento da procedência do pedido, com resolução meritória, por ter a Edilidade passado a pagar
espontaneamente o salário do Autor apelado com base no art. 12, parágrafo único, da Lei municipal nº 1.179/1993 a partir de setembro de 2016,
mediante deferimento na seara administrativa.
Ao lado disso, condenou o Município nas custas processuais e honorários sucumbenciais, no importe de 10% (dez por cento) do valor atualizado
da condenação, nos moldes do art. 85, §§ 2º e 3º, I, do NCPC.
Posteriormente, em sede de aclaratórios o Juízo de origem incorporou à sentença: 1) diferença salarial do período de março de 2008 a março
de 2013; 2) diferença das férias já recebidas do período de 2007/2008, 2008/2009; e 3) diferença dos 13º salários dos anos de 2008, 2009,
2010, 2011 e 2012, acrescidas de juros legais de mora e correção monetária, na forma do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/1997, excluídas as verbas
remuneratórias atingidas pela prescrição quinquenal (fls.139/139-v).
Razões às fls.104/106, pugnando pela reforma da sentença, sustentando que a pretensão se ampara em proposição legislativa (Projeto de
Emenda nº 1/1996) não aprovada pela Câmara Municipal, a qual teria acrescentado o parágrafo único ao art.12 da Lei municipal nº 1.179/1993,
equiparando o salário do servidor público municipal de motorista ao valor do piso salarial estipulado pelo sindicato dos motoristas rodoviários.
Argumenta, ainda, que não pode subsistir o deferimento administrativo, sobretudo porque no poder de autotutela a Administração Pública
municipal anulou o Parecer Jurídico nº 156/2016, por meio da Portaria nº 5/2017, ao verificar que concedeu direito ao servidor baseado em
dispositivo legal inexistente.
Por fim, arremata que o apelado não faz jus ao recebimento do piso salarial estipulado pelo sindicato da categoria, vez que o dispositivo legal
em que fundamenta o pleito não tem nenhuma eficácia e aplicabilidade, por se tratar de um Projeto de Emenda que nunca foi aprovado, pelo
que não há se falar em reconhecimento da procedência do pedido.
Contrarrazões ao apelo às fls. 144/146 requerendo a manutenção da sentença.
Parecer da Procuradoria de Justiça às fls. 267/272 pelo provimento do recurso, julgando-se improcedente a pretensão autoral.
É o Relatório. Decido.
Ressalte-se que ao relator é possível apreciar monocraticamente a quaestio juris, eis que presente a hipótese legal para tanto.
A pretensão recursal não deve ser conhecida. Explico.
Na origem, alega o demandante/apelado que em 1º de março de 1995, foi admitido como motorista da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente
C-1 (dirigindo ambulância e ônibus) e desde 1º de janeiro de 1997 vem percebendo o salário mínimo, inferior ao estipulado pelo Sindicato de
Classe e pelo art.12, parágrafo único da Lei municipal nº 1.179/1993 (Plano de Cargos, Salários e Carreiras dos Servidores Públicos Municipais),
pelo que pretende receber o salário tal como determina a legislação municipal, bem como pleiteia as diferenças salariais do período, das férias
recebidas e dos décimos terceiros salários.
Por conseguinte, nas razões recursais, o Município apelante houve por bem apresentar controvérsia atinente à inexistência de dispositivo legal
municipal, especificamente o parágrafo único do art. 12 da Lei nº 1.179/1993, ao qual dispõe que o salário do servidor público municipal de
motorista deve ser equivalente ao valor do piso salarial estipulado pelo sindicato de classe da categoria dos motoristas rodoviários. Veja-se (fl.11):
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"Art. 1º - No capítulo II, art.12, da Lei nº 1.179/1993 que trata dos salários dos servidores públicos do município será alterado com o acréscimo
do parágrafo único que terá a seguinte redação:
Art. 12.....
Parágrafo único: os motoristas do quadro funcional da prefeitura, perceberão salário equivalente ao piso salarial estipulado pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Transportes Rodoviários do estado de Pernambuco."
Assevera que o Projeto de Emenda nº 1/1996 que acrescenta o parágrafo único ao art.12 da lei em apreço nunca foi aprovado, conforme novos
documentos acostados às fls.107/132.
Aduz, ainda, que o Parecer Jurídico nº 156/2016, no qual defere na via administrativa o salário do apelado tal como pleiteado, foi anulado por
meio da Portaria nº 5/2017, ao verificar que concedeu direito ao servidor baseado em dispositivo legal inexistente (fls.131/132).
Entretanto, tais alegações constituem inovação recursal, porquanto a matéria não foi objeto de debate expresso pelo juízo singular, nem mesmo
houve referência a ela no curso do processo, vez que quando da contestação, a Municipalidade limitou-se a afirmar que o parágrafo único do
art.12 da Lei municipal era inconstitucional por vício de iniciativa, pleiteando o reconhecimento da inconstitucionalidade incidenter tantum e a
total improcedência da ação (fls.50/53).
Posteriormente, o autor apelado ingressou administrativamente, ocasião em que obteve o reconhecimento do pedido inicial acostando o recibo
de pagamento de salário (fl.85).
Sobre o reconhecimento da procedência do pedido pela Fazenda Pública, leciona Leonardo Carneiro da Cunha,1:
"Ainda que a questão seja posta ao crivo do Poder Judiciário, cabe à Administração Pública, ao verificar que o particular tem razão, atender ao
seu pleito e reconhecer a procedência do pedido. A circunstância de ter sido a questão judicializada não impede que haja o reconhecimento do
direito, justamente por estar o Poder Público submetido ao princípio da legalidade.
Nas palavras de Eduardo Talamini: É por isso que, mesmo com um processo em curso, permanece a possibilidade de o ente público reconhecer
sua falta de razão e pôr fim ao litígio. Mais do que possibilidade, a Administração tem o dever de agir assim."
É possível, então, haver o reconhecimento da procedência do pedido. Para isso, é necessário: prévio processo administrativo, por meio do qual
a Administração Pública averigue e conclua objetivamente que não há razão na defesa a ser apresentada em juízo."
Ato contínuo, o ente municipal confirmou o pagamento de salário de acordo com o piso salarial da categoria dos motoristas rodoviários, in verbis:
" De fato, o autor, no mês de setembro ingressou com o requerimento administrativo solicitando o pagamento do seu salário com base no disposto
no art. 12, parágrafo único da Lei municipal nº 1.179/1993, que foi procedente através de parecer jurídico, sendo confirmado através do pagamento
do seu salário do mês de setembro de 2016" (fls. 89/90).
Em sede de contrarrazões nos embargos de declaração (fls. 135/137), a Fazenda Municipal pugnou fossem rejeitados os aclaratórios por
inexistirem dúvidas, omissão e contradição, requerendo a manutenção total da sentença.
Outrossim, nas contrarrazões ao apelo (fls.145/146), o servidor público apelado ressaltou que continua percebendo o salário desde setembro de
2016 - data do deferimento administrativo - até a presente data, tal como pleiteado, corroborando-se o reconhecimento da procedência do pedido.
Ademais, não aportou nos autos a declaração de inconstitucionalidade da lei municipal em controle concentrado nem foi declarada incidentalmente
em controle difuso.
Além disso, observa-se à fl. 11 que o Projeto de emenda nº 1/1996 foi sancionado pelo então Chefe do Executivo Municipal em 12/2/1996.
Impende ressaltar que todas as questões suscetíveis de apreciação devem ser formuladas e debatidas primeiramente no juízo a quo, que, ao
decidir durante a fase de conhecimento a este respeito, ensejará a faculdade da parte sucumbente em interpor o recurso correspondente.
Ora, vislumbra-se que nem mesmo em sua contestação, defesa esta que é estática, não houve alegação neste sentido, tendo a parte pugnado tão
somente pela inconstitucionalidade da norma e reconhecido posteriormente a procedência do pedido inicial mediante deferimento administrativo,
estando cristalina a sua tentativa de inovação recursal, pretendendo discutir questão não suscitada e apreciada em primeiro grau.
Certo é, destarte, que a Apelação somente devolverá ao Tribunal a matéria impugnada referente às questões invocadas e debatidas durante a
marcha processual, não havendo como adentrar-se nas razões, pois encontram-se prejudicadas pela impossibilidade de acolhimento do pleito
recursal.
Logo, resta claro que o apelante deixou de questionar o que foi decidido, ignorando sua contestação, bem como o reconhecimento do pleito
exordial e inovou em grau recursal, afirmando tese que não foi retratada nas ocasiões em que teve oportunidade de se manifestar nos autos.
A ausência de análise na origem sobre determinada controvérsia impede, sob pena de supressão de instância e inovação recursal, o conhecimento
da insurgência no particular.
Sobre o tema, Nelson Nery Júnior leciona: "Por inovação entende-se todo elemento que pode servir de base para a decisão do tribunal, que não
foi argüido ou discutido no processo, no procedimento de primeiro grau de jurisdição. Não se pode inovar no juízo de apelação, sendo defeso
às partes modificar a causa de pedir ou o pedido (nova demanda)."2
"A inovação do pedido, nesta instância recursal, não pode ser admitida pois o recurso é meio dirigido à provocação de reexame
da decisão e, portanto, limita-se ao que foi discutido e decidido pelo magistrado de primeiro grau. Recurso não conhecido." (Agravo
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294468-90007009-32.2005.8.17.0990, Rel. Antenor Cardoso Soares Junior, 3ª Câmara de Direito Público, julgado em 21/06/2016, DJe
18/07/2016).
(...) omissis
9. A orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que não se pode inovar em apelação, sendo proibido às partes
alterar a causa de pedir ou o pedido, bem como a matéria de defesa, com exceção de temas de ordem pública ou fatos supervenientes. Incidência
do efeito devolutivo do recurso e do duplo grau de jurisdição. Impossibilidade de exame, nesta instância especial, do ponto concernente à exclusão
das notas ficais que estão em nome de terceiros, haja vista a ausência de prequestionamento.
(...) omissis
(REsp 1632752/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 29/08/2017)
A propósito, dispõe o art. 1014, do NCPC :"As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte
provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior", o que não é a hipótese dos autos."
Por todo o exposto, com fulcro no art. 932, III3, do Novo Diploma Processual Civil, NÃO CONHEÇO da apelação.
1 A Fazenda Pública em Juízo. 15 ed.. rev. atual e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2018.
2 Código de Processo Civil comentado. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003. pg. 887
3 Art. 932. Incumbe ao relator:
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
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Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
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Trata-se de Reexame Necessário em face da sentença que, nos autos da Ação Anulatória de Débito Fiscal cumulada com Ação Declaratória nº
0000955-66.2010.8.17.1510, julgou procedentes os pleitos da exordial para anular o lançamento contido na notificação de débito fiscal Trind. nº
0003/2008 e a sua consequente inexigibilidade em face do Banco Autor, bem como para declarar a inexistência de relação jurídico-tributária entre
as partes quanto ao ISSQN originado da prestação de serviço de arrendamento mercantil (leasing financeiro) com a consequente inexigibilidade
de qualquer crédito vencido e vincendo daí advindo, aplicando ao caso o entendimento do julgamento do recurso repetitivo, Resp nº 1.060.210/
SC, que considera competente para exação o município da sede do estabelecimento do prestador de serviços na vigência do Decreto-lei nº
406/2008, e a partir da Lei Complementar nº 116/2003, o lugar da prestação do serviço.
Condenou, ainda, o Município Réu ao pagamento de custas e despesas processuais e honorários advocatícios no importe de 8% (oito por cento)
sobre o valor atribuído à causa.
Devidamente intimadas acerca da sentença proferida, as partes não interpuseram recurso voluntário, consoante certidão de fl. 211.
A Douta Procuradoria de Justiça Cível absteve-se de emitir parecer por vislumbrar interesse meramente patrimonial (fls.221/222).
É o relatório. DECIDO.
Cinge-se a controvérsia essencialmente na definição do sujeito ativo da relação jurídico-tributária para determinar o recolhimento do Imposto
sobre Serviços (ISSQN) incidente sobre operações de leasing financeiro, porquanto a Primeira Seção do STJ, no Resp. 1.060.210/SC, julgamento
de recurso repetitivo (temas 354, 355), definiu que o sujeito ativo da relação tributária é o Município da sede do estabelecimento do prestador,
onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira
com poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do
tributo. Vejamos:
RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INCIDÊNCIA DE ISS SOBRE ARRENDAMENTO MERCANTIL
FINANCEIRO. QUESTÃO PACIFICADA PELO STF POR OCASIÃO DO JULGAMENTO DO RE 592.905/SC, REL. MIN. EROS GRAU, DJE
05.03.2010. SUJEITO ATIVO DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA NA VIGÊNCIA DO DL 406/68: MUNICÍPIO DA SEDE DO ESTABELECIMENTO
PRESTADOR. APÓS A LEI 116/03: LUGAR DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. LEASING. CONTRATO COMPLEXO. A CONCESSÃO DO
FINANCIAMENTO É O NÚCLEO DO SERVIÇO NA OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO, À LUZ DO ENTENDIMENTO DO STF. O
SERVIÇO OCORRE NO LOCAL ONDE SE TOMA A DECISÃO ACERCA DA APROVAÇÃO DO FINANCIAMENTO, ONDE SE CONCENTRA
O PODER DECISÓRIO, ONDE SE SITUA A DIREÇÃO GERAL DA INSTITUIÇÃO. O FATO GERADOR NÃO SE CONFUNDE COM A VENDA
DO BEM OBJETO DO LEASING FINANCEIRO, JÁ QUE O NÚCLEO DO SERVIÇO PRESTADO É O FINANCIAMENTO. IRRELEVANTE
O LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO, DA ENTREGA DO BEM OU DE OUTRAS ATIVIDADES PREPARATÓRIAS E AUXILIARES
À PERFECTIBILIZAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA, A QUAL SÓ OCORRE EFETIVAMENTE COM A APROVAÇÃO DA PROPOSTA PELA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. BASE DE CÁLCULO. PREJUDICADA A ANÁLISE DA ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 148 DO CTN E 9 DO
DL 406/68. RECURSO ESPECIAL DE POTENZA LEASING S/A. ARRENDAMENTO MERCANTIL PARCIALMENTE PROVIDO PARA JULGAR
PROCEDENTES OS EMBARGOS À EXECUÇÃO E RECONHECER A ILEGITIMIDADE ATIVA DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO/SC PARA EXIGIR
O IMPOSTO. INVERSÃO DOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. ACÓRDÃO SUBMETIDO AO PROCEDIMENTO DO ART. 543-C DO CPC E DA
RESOLUÇÃO 8/STJ.1. O colendo STF já afirmou (RE 592. 905/SC) que ocorre o fato gerador da cobrança do ISS em contrato de arrendamento
mercantil. O eminente Ministro EROS GRAU, relator daquele recurso, deixou claro que o fato gerador não se confunde com a venda do bem
objeto do leasing financeiro, já que o núcleo do serviço prestado é o financiamento.2. No contrato de arrendamento mercantil financeiro (Lei
6.099/74 e Resolução 2.309/96 do BACEN), uma empresa especialmente dedicada a essa atividade adquire um bem, segundo especificações
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do usuário/consumidor, que passa a ter a sua utilização imediata, com o pagamento de contraprestações previamente acertadas, e opção de, ao
final, adquiri-lo por um valor residual também contratualmente estipulado. Essa modalidade de negócio dinamiza a fruição de bens e não implica
em imobilização contábil do capital por parte do arrendatário: os bens assim adquiridos entram na contabilidade como custo operacional (art. 11 e
13 da Lei 6.099/74). Trata-se de contrato complexo, de modo que o enfrentamento da matéria obriga a identificação do local onde se perfectibiliza
o financiamento, núcleo da prestação dos serviços nas operações de leasing financeiro, à luz do entendimento que restou sedimentado no
Supremo Tribunal Federal.3. O art. 12 do DL 406/68, com eficácia reconhecida de lei complementar, posteriormente revogado pela LC 116/2003,
estipulou que, à exceção dos casos de construção civil e de exploração de rodovias, o local da prestação do serviço é o do estabelecimento
prestador. 4. A opção legislativa representa um potente duto de esvaziamento das finanças dos Municípios periféricos do sistema bancário, ou
seja, através dessa modalidade contratual se instala um mecanismo altamente perverso de sua descapitalização em favor dos grandes centros
financeiros do País.5. A interpretação do mandamento legal leva a conclusão de ter sido privilegiada a segurança jurídica do sujeito passivo
da obrigação tributária, para evitar dúvidas e cobranças de impostos em duplicata, sendo certo que eventuais fraudes (como a manutenção de
sedes fictícias) devem ser combatidas por meio da fiscalização e não do afastamento da norma legal, o que traduziria verdadeira quebra do
princípio da legalidade tributária.6. Após a vigência da LC 116/2003 é que se pode afirmar que, existindo unidade econômica ou profissional do
estabelecimento prestador no Município onde o serviço é perfectibilizado, ou seja, onde ocorrido o fato gerador tributário, ali deverá ser recolhido
o tributo.7. O contrato de leasing financeiro é um contrato complexo no qual predomina o aspecto financeiro, tal qual assentado pelo STF quando
do julgamento do RE 592.905/SC. Assim, há se concluir que, tanto na vigência do DL 406/68 quanto na vigência da LC 116//203, o núcleo da
operação de arrendamento mercantil, o serviço em si, que completa a relação jurídica, é a decisão sobre a concessão, a efetiva aprovação do
financiamento.8. As grandes empresas de crédito do País estão sediadas ordinariamente em grandes centros financeiros de notável dinamismo,
onde centralizam os poderes decisórios e estipulam as cláusulas contratuais e operacionais para todas suas agências e dependências. Fazem
a análise do crédito e elaboram o contrato, além de providenciarem a aprovação do financiamento e a consequente liberação do valor financeiro
para a aquisição do objeto arrendado, núcleo da operação. Pode-se afirmar que é no local onde se toma essa decisão que se realiza, se completa,
que se perfectibiliza o negócio. Após a vigência da LC 116.2003, assim, é neste local que ocorre a efetiva prestação do serviço para fins de
delimitação do sujeito ativo apto a exigir ISS sobre operações de arrendamento mercantil.9. O tomador do serviço ao dirigir-se à concessionária
de veículos não vai comprar o carro, mas apenas indicar à arrendadora o bem a ser adquirido e posteriormente a ele disponibilizado. Assim,
a entrega de documentos, a formalização da proposta e mesmo a entrega do bem são procedimentos acessórios, preliminares, auxiliares ou
consectários do serviço cujo núcleo - fato gerador do tributo - é a decisão sobre a concessão, aprovação e liberação do financiamento.10. Ficam
prejudicadas as alegações de afronta ao art. 148 do CTN e ao art. 9o. do Decreto-Lei 406/68, que fundamente a sua tese relativa à ilegalidade da
base de cálculo do tributo.11. No caso dos autos, o fato gerador originário da ação executiva refere-se a período em que vigente a DL 406/68. A
própria sentença afirmou que a ora recorrente possui sede na cidade de Osasco/SP e não se discutiu a existência de qualquer fraude relacionada
a esse estabelecimento; assim, o Município de Tubarão não é competente para a cobrança do ISS incidente sobre as operações realizadas
pela empresa Potenza Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, devendo ser dado provimento aos Embargos do Devedor, com a inversão dos
ônus sucumbenciais.12. Recurso Especial parcialmente provido para definir que: (a) incide ISSQN sobre operações de arrendamento mercantil
financeiro; (b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a
partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove
haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do financiamento
- núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo; (d) prejudicada a análise da alegada violação ao art. 148 do CTN; (e) no caso
concreto, julgar procedentes os Embargos do Devedor, com a inversão dos ônus sucumbenciais, ante o reconhecimento da ilegitimidade ativa
do Município de Tubarão/SC para a cobrança do ISS.Acórdão submetido ao procedimento do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. (REsp
1060210/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/11/2012, DJe 05/03/2013)
Outrossim, verifica-se que a decisão do Juízo singular baseou-se nos itens "b" e "c" do provimento parcial do Recurso Especial nº 1.060.210/SC,
reconhecendo a ilegitimidade ativa do município de Trindade para tributação de serviços incidentes sobre operações de leasing financeiro não
prestados efetivamente em seu território pelo Banco Autor (fls.201/204).
Assim, a sentença proferida pelo magistrado singular não se sujeita ao duplo grau de jurisdição, vez que tem como fundamentação acórdão
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos, conforme permissivo do §4º do art. 496, do NCPC/2015.
Do mesmo modo, dispensa a remessa necessária no que tange aos honorários sucumbenciais, ante a condenação da Municipalidade ao
pagamento de honorários advocatícios nos limites previstos no art. 496, § 3º, III, do NCPC1, ou seja, em valor inferior a 100 (cem) salários mínimos.
Ante o exposto, nego provimento ao Reexame Necessário, pois este prescinde à condição de eficácia da sentença, nos termos do art. 496, §4º,
II, do NCPC/20152, por estar a decisão fundada em acórdão proferido pelo STJ em julgamento de recurso repetitivo - Resp. nº 1.060.210/SC
-, bem assim pelos honorários de sucumbência se encontrar nos limites previstos no § 3º, III, do art.496, do NCPC, mantendo-se incólume o
julgamento a quo.
À Distribuição a fim de retificar a autuação para fazer constar como Autor: Banco Wolkswagen S/A e como Réu: Município de Trindade.
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III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
2 § 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
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DESCISÃO TERMINATIVA
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Trata-se de Apelação Cível interposta em face de sentença (fls. 189/189-v) prolatada nos autos da Ação Ordinária nº 0001224-97.2015.8.17.0001,
que julgou procedente o pedido formulado por CLAYTON FELIPE LIMA PONCIANO DE MACEDO, para declarar nulo o ato administrativo que o
afastou do concurso de 2009 pelo critério de idade, para o cargo de policial militar, determinando o retorno ao certame e, em caso de aprovação
em todas as demais etapas, a sua eventual nomeação e posse, observada a ordem de classificação final. Condenado o Estado de Pernambuco
em honorários advocatícios no valor de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.
Em suas razões (fls. 192/200), o Estado de Pernambuco alegou a constitucionalidade e legalidade da previsão de limite de idade para ingresso
na PMPE, que inexiste qualquer resquício de "irrazoabilidade", compatível que é com a lei de regência e que a Constituição Federal admite a
instituição de diferenças de critério para a admissão de pessoal no serviço público, por motivo de idade, sempre a natureza do cargo exigir. E
requereu o provimento do presente recurso para julgar improcedentes todos os pedidos contidos na exordial.
Contrarrazões apresentadas (fls. 204/210), requerendo, preliminarmente, a intempestividade da Apelação e, no mérito, o desprovimento do
recurso.
Parecer da Douta Procuradoria de Justiça pugnando pelo desprovimento do recurso (fls. 223/225-v).
É o relatório. DECIDO.
Inicialmente, deixo de acolher a preliminar de intempestividade da Apelação, tendo em vista que o Estado Apelante goza da prerrogativa da
intimação pessoal, conforme dispõe o CPC/2015:
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo
em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Portanto, não assiste razão ao Apelado, pois o Estado de Pernambuco tomou ciência da Sentença em 09/04/2018 (fl. 190-v), interpondo o
presente recurso 11/04/2018, portanto, dentro do prazo legal.
No mérito, CLAYTON FELIPE LIMA PONCIANO DE MACEDO ajuizou a Ação Ordinária nº 0001224-97.2015.8.17.0001, com a finalidade de
continuar no concurso público promovido pelo Estado de Pernambuco para ingresso na Polícia Militar.
O edital de abertura de inscrições para o preenchimento de vagas de Soldado da Polícia Militar, instituído pela Portaria conjunta SAD/SDS nº
101/2009, previu, no seu item 1.2, como requisito para ingresso no quadro de soldados da Polícia Militar, que o candidato, além de ter sido
aprovado no concurso público, tivesse idade máxima de 28 (vinte e oito) anos completos, no ato de ingresso na carreira de militar do Estado,
após o Curso de Formação.
Mencionado requisito editalício encontra previsão legal no art. 28 da Lei Complementar nº 108/2008 cujo teor transcreve-se a seguir:
Art. 28. São requisitos gerais para ingresso nas Qualificações Policiais Militares e Bombeiros Militares de que trata este Capítulo:
VII - ter, no máximo, 28 (vinte e oito) anos de idade completos e, no mínimo, 18 (dezoito) anos completos, no ato de ingresso na carreira militar
do Estado.
Ocorre que a Lei Complementar nº 256/2013, alterou o dispositivo em questão para estabelecer que o candidato possua, no máximo, 28 anos
de idade completos na data de inscrição no concurso público, e não mais no ato de ingresso na carreira militar, in verbis:
VII- ter, no máximo, 28 (vinte e oito) anos de idade completos na data de inscrição no concurso público para ingresso na carreira de Militar do
Estado e, no mínimo, 18 (dezoito) anos completos, na data ingresso na carreira de Militar do Estado.
A questão que se coloca é a de se saber se a alteração legislativa é capaz de alterar as regras editalícias aplicadas ao certame em tela.
A supracitada Lei Complementar incluiu o art. 34-A, o qual dispõe que "os dispositivos previstos nesta Lei Complementar aplicam-se aos concursos
vigentes na data de publicação desta Lei Complementar, inclusive em relação àquele instituído pela Portaria Conjunta SAD/SDS n° 101, de 31
de agosto de 2009", ou seja, o concurso do qual o apelado participa.
Sobre a questão, o STJ possui entendimento pacífico no sentido de que é possível a alteração de normas de edital de concurso público desde
que a modificação se dê por mudança legislativa superveniente, e que o certame ainda não tenha sido concluído, como se afigura no caso em
tela. Veja-se:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.
EDITAL. INSTRUMENTO QUE VINCULA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E OS CANDIDATOS. VEDADA A
MODIFICAÇÃO DAS REGRAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
- A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que o Edital é a lei do concurso, cujas regras vinculam tanto a Administração quanto
os candidatos.
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- O Superior Tribunal de Justiça tem o entendimento de que é vedada, enquanto não concluído o certame, a alteração do edital do concurso, a
não ser para adequá-lo ao princípio da legalidade, em razão de modificação normativa superveniente, o que não retrata o caso dos autos.
- In casu, o Edital n. 101/95 expressamente previu que, após a fase de realização de exame de saúde, seriam posteriormente convocados os
candidatos para escolha de vagas junto aos Núcleos Regionais da Educação. Os Editais n. 01/96 e n. 05/96, antes mesmo do término da fase
de realização dos exames de saúde, convocaram a candidata para escolha de vaga e estipularam que o não comparecimento importaria em
renúncia à nomeação e desistência do concurso, o que demonstra a clara modificação das normas do concurso público, estabelecidas no primeiro
instrumento editalício. Agravo regimental desprovido
(STJ, AgRg no RMS 10798/PR, Sexta Turma, Rel. Min. Marilza Maynard, j. 27/03/2014, Dje. 14/04/2014)
Resta, inclusive, sumulado por esta E. Corte de Justiça que o parâmetro a ser adotado para preenchimento do requisito idade, quando do momento
da inscrição no concurso em questão, é que o limite etário seja mensurado pela idade de 28 (vinte e oito) anos desde o dia do aniversário até
o dia anterior à data em que se completa 29 (vinte e nove) anos:
SÚMULA 123 DO TJPE: A idade máxima para ingresso na Polícia Militar de Pernambuco é mensurada até o dia anterior à data em que o candidato
complete 29 (vinte e nove) anos de idade.
Com essas considerações, com amparo no art. 932, IV, alínea a, do CPC/2015, nego provimento ao recurso de Apelação, mantendo a Sentença
em todos os seus termos.
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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
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1 ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado, 9ª ed., Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015, p. 350/351.
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PODER JUDICIÁRIO
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Gabinete do Desembargador Jorge Américo Pereira de Lira
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DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de recurso de apelação em face de sentença (fl. 107) proferida pelo Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Pombos, nos autos
de Cumprimento de Sentença prolatada na ação ordinária NPU 0000945-93.2014.8.17.1150 movida por BERNADETE MARIA DE ALMEIDA
QUEIROZ, que homologou os cálculos da Contadoria do Juízo (fls. 81/82).
Nas razões do recurso (fls. 109/115), o Município apelante sustenta que: (i) não poderia haver expedição de requisitório e sequestro de verbas
públicas antes do trânsito em julgado; (ii) a ordem de sequestro violaria o princípio da independência entre os poderes; (iii) o artigo 100, § 3º, da
CF autoriza os Municípios a editarem leis próprias para definição de obrigações de pequeno valor, o que foi realizado através da Lei Municipal
nº 844/2013, que fixou o teto local no valor do maior benefício previdenciário pago pelo RGPS, e estabeleceu que o RPV fosse pago "em estrita
observância à ordem cronológica de apresentação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias"; (iv) haveria risco iminente de comprometimento do
erário municipal, a prejudicar a prestação dos serviços públicos.
Devidamente intimada, a parte impugnada apresentou suas contrarrazões, em que pleiteia a manutenção da sentença (fls. 119/121).
As razões da apelação não combatem a sentença homologatória, tendo em vista que apresentam fatos e fundamentos totalmente dissociados
dos fundamentos apontados pelo Juízo a quo.
O Município apelante baseia suas alegações recursais na determinação judicial de expedição do Requisitório de Pequeno Valor (RPV) e sequestro
de verbas públicas, quando, na realidade, não houve tais determinações na sentença vergastada, mas, apenas, determinação de expedição de
ofício requisitório de Precatório.
Nesse sentido, a lição de ARAKEN DE ASSIS (Manual dos Recursos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. p. 95/96.) é luzente em relação à
observância do princípio da dialeticidade a fim de possibilitar a apreciação de recurso apresentado:
O fundamento do princípio da dialeticidade é curial. Sem cotejar as alegações do recurso e a motivação do ato impugnado, mostrar-se-á impossível
ao órgão ad quem avaliar o desacerto do ato, a existência de vício de juízo (error in iudicando), o vício de procedimento (error in procedendo)
ou o defeito típico que enseja a declaração do provimento. (...) 'É preciso que haja simetria entre o decidido e o alegado no recurso. Em outras
palavras, a motivação deve ser, a um só tempo, específica, pertinente e atual.
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Em relação à questão aqui apresentada, colaciono abaixo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.128.749 - RS (2017/0159713-7) RELATOR : MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA AGRAVANTE :
BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A ADVOGADO : GUSTAVO DAL BOSCO - RS054023 ADVOGADA : PATRICIA FREYER -
RS062325 AGRAVADO : SIMONE DE FATIMA DA ROSA ADVOGADO : DANIEL DA SILVEIRA MENEGAZ - RS048941 DECISÃO Trata-se de
agravo interposto contra decisão que não admitiu o recurso especial, em virtude da aplicação da Súmula n. 284 do STF (e-STJ fls. 227/233). O
acórdão recorrido possui a seguinte ementa (e-STJ fl. 186): APELAÇões CÍVEis. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO INDENIZATÓRIA
POR DANOS MORAIS. APELO DO RÉU. AUSÊNCIA DE REQUISITO EXTRÍNSECO DO APELO. RAZÕES DISSOCIADAS DO CONTEÚDO
DA SENTENÇA. NÃO CONHECIMENTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INVIABILIDADE DE APRECIAÇÃO.
APELO DA AUTORA. DANO MORAL. NÃO CARACTERIZADO. Apelo do réu. Razões Dissociadas. Consoante estabelece o art. 1.010, II do
CPC, compete ao recorrente, em seu arrazoado, expor os fundamentos de fato e de direito, nos quais respalda sua pretensão de reforma da
sentença vergastada. Hipótese em que a parte recorrente apresentou razões dissociadas da linha argumentativa do decisum, por ausência de
contraposição ao fundamento do julgamento, o que impede o conhecimento do recurso. Precedentes. Prequestionamento. Inviável a apreciação
do prequestionamento, quando a parte não indica nem justifica como a decisão negou vigência ou afrontou as normas prequestionadas. Ônus
que lhe competia, ex vi, dos arts. 102, inciso III e 105, inciso III, ambos da Constituição Federal. Apelo da autora. Dano moral. Para se fazer
jus à reparação por dano moral não basta alegar prejuízos aleatórios ou em potencial, é necessária a comprovação do dano efetivo sofrido pela
parte. Demandante não logrou provar fato constitutivo de seu direito, nos termos do art. 373, inc. I, do CPC, não havendo comprovação de que
a situação vivenciada ultrapassou a esfera do mero dissabor diário a que todos estamos sujeitos. NÃO CONHECERAM DO APELO DO RÉU E
NEGARAM PROVIMENTO AO APELO DA AUTORA. No especial (e-STJ fls. 204/216), interposto com base no art. 105, III, alínea a, da CF, o
recorrente apontou violação aos arts. 877, 940 do CC/2002 e 85, §§ 2º e 8º, do CPC/2015. Sustentou, em síntese: (a) legalidade do contrato, (b)
impossibilidade de repetição em dobro, (c) quebra do princípio da boa-fé objetiva e (d) impropriedade de sua condenação para arcar com os ônus
de sucumbência. No agravo (e-STJ fls. 236/243), afirma a presença de todos os requisitos de admissibilidade do especial. Não foi apresentada
contraminuta (e-STJ fl. 249). É o relatório. Decido. O recurso deve observar o princípio da dialeticidade, ou seja, apresentar as razões pelas quais a
parte recorrente não se conforma com o acórdão proferido pelo Tribunal de origem (art. 1.010, II e III, do CPC/2015, correspondente ao art. 514, II,
do CPC/1973), a fim de permitir ao órgão colegiado cotejar os fundamentos lançados na decisão judicial, com os motivos expendidos no recurso.
No caso, o Tribunal de origem, no julgamento da apelação interposta pela instituição financeira, entendeu que o recurso não poderia ser conhecido,
vez que não teria atacado os fundamentos da sentença. Confira-se (e-STJ fl. 190/192): Compulsando os autos, verifico ser inviável o conhecimento
da apelação interposta pela parte demandada, pois ausente pressuposto extrínseco, qual seja, ausência de regularidade formal. Consoante
expressa dicção do art. 1.010, II, do CPC, ao interpor apelação, compete ao recorrente, em seu arrazoado, expor os fundamentos de fato e de
direito, nos quais respalda sua pretensão de reforma da sentença vergastada. Revela-se imprescindível que, em tal exposição, contraponha-
se o insurgente, especificamente, aos argumentos que embasaram o provimento judicial recorrido. (...) Em suas razões recursais, a parte
recorrente estampou na apelação sobre os requisitos necessários para a sua condenação à devolução de forma dobrada dos valores cobrados
indevidamente, contudo, em sentença, a parte não foi condenada à repetição de indébito, apenas a devolução simples dos valores. Resta evidente,
deste modo, que a apelante, ao interpor o recurso de apelação, apresentou razões dissociadas da linha argumentativa da sentença, deixando,
assim, de apresentar os fundamentos para a almejada reforma da decisão, o que, seguramente, impede o conhecimento da insurgência. Contudo,
no especial, o recorrente não impugnou esse fundamento, haja vista que defendeu a legalidade do contrato e a impossibilidade de repetição
em dobro. Assim, é imperioso reconhecer que trouxe alegações dissociadas do que ficou decidido no acórdão recorrido, incidindo, portanto,
as Súmulas n. 283 e 284 do STF. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
DEMORA INJUSTIFICADA NA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO. NÃO IMPUGNAÇÃO.
INCIDÊNCIA DO VERBETE 283 DA SÚMULA/STF. RAZÕES DISSOCIADAS DA MATÉRIA TRATADA NO ACÓRDÃO RECORRIDO. SÚMULA
284 DO STF. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA DA LIDE. SÚMULA 7/STJ. REVISÃO
DO VALOR. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA A FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ. NÃO PROVIMENTO.
2. As razões elencadas pelo Tribunal de origem não foram devidamente impugnadas. Incidência do enunciado 283 da Súmula/STF. 3. Não
se conhece de recurso especial cujas razões estão dissociadas da matéria tratada pelo acórdão recorrido. Súmula 284/STF. (...) 7. Agravo
regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 774.370/RS, Relatora Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado
em 17/11/2015, DJe 23/11/2015.) CONSUMIDOR E CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. CLÁUSULA EXCLUDENTE DA
COBERTURA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SFH. ACÓRDÃO FUNDADO NO CDC. NULIDADE DA CLÁUSULA. ART. 51, IV, DO CDC.
ESPECIAL DISTANCIANDO-SE DA FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. TESE SUFICIENTE NÃO IMPUGNADA. SÚMULAS 283 E 284 DO
STF. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO NÃO PROVIDO. (...) 3. A falta de combate a fundamento suficiente para manter o
acórdão recorrido bem como as razões recursais dissociadas daquilo que ficou decidido pelo Tribunal de origem demonstram deficiência de
fundamentação do recurso, o que atrai, por analogia, os óbices das Súmulas n. 283 e 284 do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental não
provido. (AgRg no REsp 1.507.662/PB, Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 20/8/2015, DJe 28/8/2015.) Por
fim, a fixação de honorários de sucumbência está pautada no contexto fático-probatório, sendo, em regra, inadmissível o novo exame perante
este Tribunal, nos termos da Súmula n. 7/STJ. No caso dos autos, o acórdão recorrido não modificou os honorários advocatícios que foram
fixados na sentença em R$ 1.000,00 (mil reais). Esse valor não pode ser considerado exorbitante, apto a ensejar intervenção do STJ. Diante
do exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, majoro em 20% o valor atualizado dos honorários
advocatícios arbitrados na origem, em favor da parte recorrida, observando-se os limites dos §§ 2º e 3º do referido dispositivo. Publique-se e
intimem-se. Brasília-DF, 03 de agosto de 2017. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Relator (STJ - AREsp: 1128749 RS 2017/0159713-7,
Relator: Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data de Publicação: DJ 28/08/2017) (grifei).
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. DECISÃO TERMINATIVA NEGANDO SEGUIMENTO AO
APELO. RAZÕES DISSOCIADAS. CONFIGURADAS. RAZÕES TAMBÉM DISSOCIADAS DO AGRAVO INTERNO. INADMISSÃO RECURSAL.
APLICAÇÃO DE MULTA PREVISTA NO § 4º, DO ART. 1.021 DO NCPC. RECURSO DE AGRAVO INADMITIDO DE FORMA INDISCREPANTE.
1. Apreciando o apelo, esta relatoria negou-lhe seguimento em vista de suas razões estarem dissociadas do decisum vergastado. O togado
monocrático ao julgar improcedentes os pedidos formulados na inicial da ação Ordinária, o fez por entender que as aulas-atividades têm natureza
de obrigação de fazer e não de pagar; que as horas extras não mereciam ser acolhidas visto que seu adicional decorre da extrapolação da jornada
de trabalho, o que não acontece na espécie, considerando que as aulas-atividades integram a jornada de trabalho dos docentes e, ainda, que
o piso salarial nacional deveria ser implantado de forma proporcional às horas trabalhadas e não integralmente. 2. Ao recorrer, tem-se que a
apelante se divorciou completamente dos termos da sentença, circunstância essa que desmereceu a admissão de seu apelo, pois na sistemática
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recursal do novo CPC, incumbe ao relator não conhecer de recurso que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão
recorrida, conforme inteligência do inciso III, do art. 932 do Diploma Processual Pátrio. 3. Melhor sorte não merece o agravo interno, pois também
não contou em impugnar os fundamentos da decisão agravada. É certo que nada impugna de modo específico e direto a conclusão desta relatoria
que inadmitiu o apelo. Ao contrário, reproduz os mesmos argumentos genéricos deduzidos na apelação e repete o mesmo erro de afirmar que a
sentença de primeiro grau denegou os pedidos com base no fundamento da autonomia do ente federativo. Portando, as razões apresentadas na
presente sede recursal também se afiguram dissociadas da decisão agravada, com total inobservância ao § 1º do art. 1.021, do NCPC. 4. Multa
de 1% (um por cento) sobre o valor da causa devidamente atualizada, não condicionada à previsão do § 5º, do art. 1.021 do NCPC. 5. Agravo
interno inadmitido de forma indiscrepante. (TJ-PE - AGV: 4312758 PE, Relator: José Ivo de Paula Guimarães, Data de Julgamento: 16/06/2016,
2ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 11/07/2016) (grifei).
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. ARGUMENTAÇÃO DISSOCIADA DO CONTEÚDO DECISÓRIO. AFRONTA
AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. Verificado que o apelante traz argumentação dissociada do
conteúdo decisório, é nítida a falta de nexo entre as razões do recurso e os fundamentos da decisão recorrida, o que configura óbice intransponível
ao conhecimento do apelo. 2. É dever da parte recorrente expor as razões de sua insurgência de forma coerente e inteligível, trazendo no bojo de
sua argumentação os fundamentos de fato e de direito que justifiquem o pedido de nova decisão, sendo certo que o simples pedido de reforma
não é suficiente, haja vista que constitui ônus da parte insatisfeita demonstrar o desacerto da decisão atacada. 3. A ausência de impugnação
específica afronta o princípio da dialeticidade, tornando inviável o conhecimento do mérito recursal, consoante o entendimento pacífico do Superior
Tribunal de Justiça. 4. Recurso a que se nega seguimento. (TJ-PE - APL: 4838357 PE, Relator: Stênio José de Sousa Neiva Coêlho, Data de
Julgamento: 12/09/2017, 6ª Câmara Cível, Data de Publicação: 20/09/2017) (grifei).
Portanto, verifico ser inviável o conhecimento da apelação interposta pelo Município de Pombos, pois ausente pressuposto extrínseco, qual seja,
ausência de regularidade formal, em descumprimento ao disposto no art. 1.010, II e III, do CPC.
Importante destacar que o erro na elaboração das razões recursais não autoriza a sua posterior complementação, correção ou aditamento, pois,
uma vez interposto o recurso, opera-se a preclusão consumativa.
Assim, por ser considerado vício insanável, desnecessária a intimação prévia do Município apelante, prevista no artigo 932 do Código de Processo
Civil, porquanto haveria um contraditório inútil, que apenas protelaria o andamento do processo.
Acerca do assunto, o STJ editou o Enunciado Administrativo de número 6, abaixo reproduzido:
Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente
será concedido o prazo previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal.
Com base no teor do referido enunciado administrativo, transcrevo decisão da emérita Corte Superior de Justiça:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.064.818 - RS (2017/0048491-7) RELATORA : MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES AGRAVANTE :
CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS SA ADVOGADOS : JÚLIO CÉSAR ESTRUC VERBICARIO DOS SANTOS - RJ079650 CARLOS
EDUARDO DE OLIVEIRA DA SILVA - RJ115002 GERALDO QUEIROZ JUNIOR E OUTRO (S) - PR046447 AGRAVADO : LAERTES ANTONIO
WACHERWSKI ADVOGADA : TÂNIA REGINA PEREIRA E OUTRO (S) - SC007987 DECISÃO Trata-se de Agravo, interposto por CENTRAIS
ELETRICAS BRASILEIRAS SA, em 30/11/2016, contra decisão monocrática do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que inadmitiu Recurso
Especial, sob os seguintes fundamentos: "Trata-se de recurso especial interposto com apoio no art. 105 III, da Constituição Federal, contra acórdão
proferido por Órgão Colegiado desta Corte. O recurso não merece prosseguir, porquanto na peça recursal intitulada 'Recurso Especial' não estão
expressas as razões do inconformismo, limitando-se a recorrente a juntar a guia de recolhimento, a procuração e jurisprudência relacionada
ao caso. A propósito, dentre os elementos essenciais da petição estão 'as razões do pedido de reforma da decisão recorrida' (CPC, art. 541,
III). A título de ilustração, mutatis mutandis, vejamos alguns arestos do egrégio Superior Tribunal de Justiça: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
PROCESSO CIVIL. ERRO MATERIAL. EFEITOS MODIFICATIVOS. RECURSO ESPECIAL. RAZÕES DISSOCIADAS DO CASO CONCRETO.
1. Reconhecida a existência de erro material no julgamento embargado capaz de alterar seu resultado, os aclaratórios devem ser acolhidos com
excepcionais efeitos infringentes para saná-lo. 2. É inviável o conhecimento do recurso especial no caso em que seus fundamentos se encontram
dissociados do contexto dos autos. 3. Embargos de declaração acolhidos com efeitos modificativos. A pretensão não merece trânsito, porquanto
as razões recursais dissociam-se da matéria examinada no acórdão impugnado (STJ, Quarta Turma, EDcl nos EDcl no Ag 972150/RS, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, public. no DJe em 19/04/2010).
(...)
Consoante se depreende dos julgados trazidos acima, a ausência completa das razões recursais como no presente caso enseja o não
conhecimento do Recurso Especial, não cabendo o oferecimento de oportunidade para sanar o equívoco verificado. Nessa esteira, não há que
se falar em aplicação dos arts. 932, parágrafo único, e 1.029, § 3º, ambos do CPC/2015, como pretende a parte agravante, tendo em vista
que eventual correção ou desconsideração somente é admitida em caso de vício estritamente formal. Inclusive, é o que consta do Enunciado
Administrativo n.º 6 do Superior Tribunal de Justiça, in verbis:"Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a
decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente será concedido o prazo previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º,
do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal". Por oportuno, vale destacar que, no julgamento monocrático dos EDcl no AREsp
1.013.094/SP, DJe de 19/12/2016, a Ministra LAURITA VAZ pontuou o seguinte:"Registro, ainda, que os preceitos do novo Código de Processo
Civil, relativos à abertura de prazo para regularização de vício aplica-se apenas aos vícios de natureza formal, nunca de ausência fundamentação,
como no presente caso. Sobre o assunto, este Tribunal Superior editou o Enunciado Administrativo de número 6, abaixo reproduzido: "Nos
recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente será
concedido o prazo previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal." (grifei.)
Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou acerca do entendimento emprestado ao parágrafo único do artigo 932 da novel lei
processual, tendo deliberado que a interpretação possível acerca do dispositivo, que o mantenha em contornos constitucionais, é a que permite
a possibilidade de reabertura de prazo para correção de vícios de natureza estritamente formal, não se admitindo nas hipóteses em que não
há, na minuta apresentada, a impugnação de todos os fundamentos da decisão atacada, sendo incabível abrir vista no agravo para que a parte
suplemente a minuta (ARE 953.221 e ARE 956.666). (grifou-se) No mesmo sentido, dentre outras, as seguintes decisões monocráticas: EDcl
no AREsp 457.875/RJ Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, DJe de 06/10/2016; EDcl no AREsp 934584/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, DJe de
29/09/2016. Destarte, verifica-se que a falta de fundamentação, seja porque a parte não impugnou especificamente os fundamentos da decisão
atacada, seja em razão da completa ausência das razões recursais, constitui erro insanável, que não admite a regularização posterior, uma vez
que não se enquadra no conceito de vício estritamente formal. Em face do exposto, com fundamento no art. 253, parágrafo único, II, a, do RISTJ,
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conheço do Agravo para não conhecer do Recurso Especial. I. Brasília (DF), 04 de maio de 2017. MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES Relatora
(STJ - AREsp: 1064818 RS 2017/0048491-7, Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de Publicação: DJ 15/05/2017) (grifei)
Diante do exposto, em conformidade com o art. 932, III, do CPC, não conheço do presente recurso de apelação.
Publique-se. Intimem-se.
1
W7
DECISÃO TERMINATIVA
Cuida-se de Reexame Necessário da Sentença que, nos autos da Ação de obrigação de fazer c/c antecipação de tutela, julgou procedentes
os pedidos, confirmando a tutela de urgência concedida (fls.19/22), determinando que o Estado de Pernambuco forneça ao paciente, portador
de neoplasia maligna renal com metástases pulmonares e linfáticas desde abril de 2013, o medicamento TORISEL 25mg, conforme prescrição
médica constante dos autos, condicionada a entrega a apresentação trimestral de laudo médico atualizado para continuidade do tratamento.
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Condenou, ainda, o ente estatal ao pagamento de custas processuais e honorários sucumbenciais no importe de R$ 2.000, 00 (dois mil reais),
todavia, não são devidos por ser o demandante assistido pela Defensoria Pública, atuado esta contra a pessoa jurídica de direito público à qual
pertençe - Estado de Pernambuco -, a teor da Súmula 421/STJ.1
Devidamente intimadas, as partes não interpuseram recursos voluntários, consoante certidão de fl. 59.
Parecer da Procuradoria de Justiça às fls. 70/74 pelo improvimento do reexame necessário, mantendo-se a sentença hostilizada em todos os
seus termos.
Por força dos comandos processuais, foi o feito remetido a esta instância recursal, como condição de eficácia da sentença.
Diante da narrativa fática constante nos autos, observa-se que não restou outra medida, senão a paciente recorrer ao Judiciário para ter a
pretensão tutelada, ou seja, a garantia do tratamento médico adequado, como determina o art. 196 da Carta da República, em que atribui a todos
os entes federativos a responsabilidade solidária no atendimento ao direito social fundamental a saúde.
Como é cediço, a Súmula nº 18 desta Corte Estadual de Justiça possui a seguinte redação: "É dever do Estado-membro fornecer ao cidadão
carente, sem ônus para este, medicamento essencial ao tratamento de moléstia grave, ainda que não previsto em lista oficial".
Restando consignado que a paciente necessita do tratamento requerido por expressa indicação de profissional competente e não tem condições
financeiras de custeá-lo, é irretorquível a obrigação do Estado, por qualquer de seus entes, de provê-la, sendo irrelevante a existência, ou não,
de Portaria que autorize a sua dispensação.
Assim, diante da urgência e da importância do direito aqui tutelado, não se pode deixar a parte demandante ao bel prazer da discricionariedade,
das burocracias e formalidades da Administração Pública, à aquisição e dispensação do fármaco aos pacientes.
Registro que a questão do fornecimento de medicamentos pelo Estado, recentemente, foi julgada pelo Superior Tribunal de Justiça, em recurso
repetitivo representativo da controvérsia, REsp 1657156/RJ, submetido a sistemática do art. 1036 do CPC, sendo firmada a seguinte tese (Tema
106):
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.TEMA 106. JULGAMENTO SOB O RITO DO ART. 1.036
DO CPC/2015. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS NÃO CONSTANTES DOS ATOS NORMATIVOS DO SUS. POSSIBILIDADE. CARÁTER
EXCEPCIONAL. REQUISITOS CUMULATIVOS PARA O FORNECIMENTO.
1. Caso dos autos: A ora recorrida, conforme consta do receituário e do laudo médico (fls. 14-15, e-STJ), é portadora de glaucoma crônico bilateral
(CID 440.1), necessitando fazer uso contínuo de medicamentos (colírios: azorga 5 ml, glaub 5 ml e optive 15 ml), na forma prescrita por médico em
atendimento pelo Sistema Único de Saúde - SUS. A Corte de origem entendeu que foi devidamente demonstrada a necessidade da ora recorrida
em receber a medicação pleiteada, bem como a ausência de condições financeiras para aquisição dos medicamentos. 2. Alegações da recorrente:
Destacou-se que a assistência farmacêutica estatal apenas pode ser prestada por intermédio da entrega de medicamentos prescritos em
conformidade com os Protocolos Clínicos incorporados ao SUS ou, na hipótese de inexistência de protocolo, com o fornecimento de medicamentos
constantes em listas editadas pelos entes públicos. Subsidiariamente, pede que seja reconhecida a possibilidade de substituição do medicamento
pleiteado por outros já padronizados e disponibilizados. 3. Tese afetada: Obrigatoriedade do poder público de fornecer medicamentos não
incorporados em atos normativos do SUS (Tema 106). Trata-se, portanto, exclusivamente do fornecimento de medicamento, previsto no inciso
I do art. 19-M da Lei n. 8.080/1990, não se analisando os casos de outras alternativas terapêuticas. 4. TESE PARA FINS DO ART. 1.036 DO
CPC/2015 A concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença cumulativa dos seguintes requisitos:
(i) Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que assiste o paciente, da imprescindibilidade
ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS; (ii) incapacidade
financeira de arcar com o custo do medicamento prescrito; (iii) existência de registro na ANVISA do medicamento.
5. Recurso especial do Estado do Rio de Janeiro não provido. Acórdão submetido à sistemática do art. 1.036 do CPC/2015.
(REsp 1657156/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/04/2018, DJe 04/05/2018)
Por conseguinte, ao que se observa dos autos, o julgamento do juízo de origem está em consonância com os requisitos estipulados no acórdão
do repetitivo:
1) o laudo médico e prescrição subscritas por médico oncologista Dr. Eduardo Inojosa, CRM 19875, atestam a necessidade do medicamento
Tensirolimo (Torisel) 25 mg, semanal, por tempo indeterminado, por ser o demandante portador de neoplasia maligna renal ( CID C 64) com
metástases pulmonares e linfáticas (fls.11/12), sendo o único tratamento disponível para essa situação clínica; o fornecimento do medicamento
antineoplásico não se dá por meio de programas de medicamentos do SUS (fl.16);
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2) incapacidade financeira do demandante de arcar com os custos do medicamento já que conta com 60 (sessenta) anos de idade, aposentado,
custando 1 frasco - ampola do fármaco a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais), sendo R$ 12.000,00 (doze mil) por mês (fls.3/4);
3) de acordo com a nota técnica da Gerência Geral de Assuntos Jurídicos, o Tensirolino é um agente antineoplásico, inibidor de proteína quinase,
utilizado para tratamento de carcinoma de células renais avançado, possuindo registro na ANVISA e indicação na bula para esta patologia (fl.16).
No que tange ao prazo de cumprimento da medida determinada pelo magistrado, não existe uma fórmula ou um padrão para se fixar o tempo
de entrega e a multa cominatória. Os casos são analisados de acordo com as suas peculiaridades, com razoabilidade e proporcionalidade, e a
decisão do Juízo a quo não transgrediu tais princípios.
A multa por descumprimento, fixada em R$ 1.000,00 (mil reais), foi arbitrada dentro da razoabilidade e compatível com o caso. Para garantir que
o devedor não se furte de adimplir sua obrigação, devem-se impor medidas que afugentem a sua vontade de descumprimento. Nesse diapasão,
esta 1ª Câmara de Direito Público do Eg. TJ/PE:
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVOS REGIMENTAIS DE FLS. 140/143, 164/168 E 205/209 PREJUDICADOS COM O
JULGAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR MEIO DA DECISÃO TERMINATIVA DE FLS. 185/192, ORA RECORRIDA. RECURSO
DE AGRAVO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. RANIBIZUMABE (LUCENTIS). PORTADOR DE OCLUSÃO VENOSA DE RETINA.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO DE PERNAMBUCO. BLOQUEIO DE VERBAS PÚBLICAS. POSSIBILIDADE. MEDIDA DEFERIDA SEM
FIXAÇÃO DE PRAZO. NOTICIADO O DESCUMPRIMENTO, FOI ESTABELECIDO PRAZO DE 72 HORAS. RAZOABILIDADE. RECURSO DE
AGRAVO DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. (...). Por fim, a medida liminar deferida em 08/05/2015 não fixou prazo para cumprimento da
obrigação, tendo a parte postulado pela fixação de prazo através da petição de fls. 92/93, o que foi deferido por meio do despacho de fl. 107,
em 21/05/2015, sendo estabelecido o limite de 72 horas para o fornecimento do medicamento. 9. Referido prazo não se revela exíguo e não
constitui óbice ao cumprimento do comando judicial pelo Estado, nem mesmo inviabiliza a realização dos trâmites administrativos a que se refere
o agravante, quando o fornecimento do medicamento em questão já lhe é imposto pelo arcabouço constitucional, portanto previsível. (...).10.
Recurso de Agravo desprovido.11. Decisão Unânime. (TJ-PE - AGV: 3857478 PE, Relator: Erik de Sousa Dantas Simões, Data de Julgamento:
08/09/2015, 1ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 17/09/2015)
Quanto às custas processuais, por ser a parte autora beneficiária da justiça gratuita, não são devidas. De igual modo, inexigíveis os honorários
advocatícios sucumbenciais por ter sido a autora patrocinada pela Defensoria Pública estadual contra o Estado de Pernambuco, pessoa jurídica
da qual é parte integrante. Nesse sentido:
PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. DEFENSORIA PÚBLICA. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À SISTEMÁTICA
PREVISTA NO ART. 543-C DO CPC/1973. SÚMULA 421/STJ.
1. Hipótese em que o acórdão recorrido deixou de viabilizar o pagamento de honorários advocatícios à Defensoria Pública do Estado do Amazonas
pelo fato de esta atuar contra o Estado do Amazonas, pessoa jurídica da qual é parte integrante. 2. Sobre o tema, a Corte Especial do Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.108.013/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, submetido ao rito do artigo 543-C do CPC, firmou entendimento
no sentido de que não são devidos honorários advocatícios à Defensoria Pública quando esta atua contra a pessoa jurídica de Direito Público
da qual é parte integrante. 3. "Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica
de direito público à qual pertença" - Súmula 421/STJ. 4. "A atual redação do art. 4º, XIX, da LC 80/1994 não produz qualquer alteração no
quadro analisado por esta Corte Superior, pois, desde o momento da criação do mencionado verbete sumular, teve-se em conta a autonomia
funcional e administrativa do órgão. Além disso, o custeio de suas atividades continua sendo efetuado com recursos do Estado-membro ao qual
pertence" (AgInt no REsp 1.516.751/AM, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 23.2.2017). 5. Recurso Especial não provido.
(REsp 1703192/AM, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 19/12/2017)
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Ante o exposto, nego provimento ao Reexame Necessário, pois este prescinde à condição de eficácia da sentença, nos termos do art. 496, §4º,
I e II, do NCPC, por estar a decisão fundada em acórdão proferido pelo STJ em julgamento de recurso repetitivo, REsp. nº 165.715.6/RJ, bem
como na Súmula 421/STJ.
1 "Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito público à qual pertença"
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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des Waldemir Tavares de Albuquerque Fº
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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
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DECISÃO TERMINATIVA.
Trata-se de Recurso de Apelação em face da sentença às fls. 135/135v, a qual extinguiu o feito sem resolução do mérito, segundo o disposto no
art. 485, VI do CPC, reconhecendo a ilegitimidade ativa ad causam da parte autora.
A parte autora apelou às fls. 138/144, requerendo o seu reconhecimento como credora do apelado, para recebimento do acréscimo do percentual
de 11,98% nos seus proventos, relativo à conversão da URV, com valores a serem calculados pelo contador oficial.
O Ministério Público, à fl. 127, se manifestou abstendo-se de oferecer parecer de mérito neste feito.
Primeiramente, verifico que o juízo de primeiro grau extinguiu o feito sem resolução do mérito, entendendo pela ilegitimidade ativa ad causam da
parte autora, por ela fazer parte do Poder Executivo, porém não comungo deste entendimento.
Ocorre que, a parte autora ingressou em juízo para perseguir um direito que, ao seu entendimento, é devido, não podendo lhe ser negado o
acesso ao Judiciário, mesmo que, ao final reste vencida, quando da análise meritória.
Assim, não
O caso em comento trata-se de Ação Declaratória de Direito c/c Cobrança de Diferença Salarial interposta pelos servidores municipais com
o objetivo de percepção da diferença remuneratória no percentual de 11,98% incidente sobre os seus vencimentos, sob o argumento de que
houveram vícios na conversão do valor de seus proventos quando da mudança do Cruzeiro para o Real, com base na URV de abril/94.
In casu, apesar de boa parte da jurisprudência ser assente quanto a possibilidade de correção de valores dos vencimentos dos servidores do
Poder Executivo, além dos servidores públicos dos Poderes Legislativo e Judiciário, decorrente da conversão em URV, o STF e STJ pacificaram
entendimento de que é necessário demonstrar a ocorrência de perdas financeiras decorrentes da utilização da URV referente ao último dia dos
meses de novembro e dezembro de 1993 e janeiro e fevereiro de 1994 (art. 22, I, da Lei nº 8.880/94).
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No entanto, os apelantes, no caso em questão, juntaram apenas fichas financeiras, às fls. 10/111, que em nada comprovam as perdas salariais
supostamente sofridas, quando deveriam ter juntado demonstrativo financeiro dos meses de janeiro e fevereiro de 1994.
Assim, não havendo provas de que os apelantes percebiam os seus proventos entre o dia 20 e 22 do mês, não cabe a aplicação genérica
do percentual de 11,98%, já que o Poder Executivo não faz parte do rol de Poderes elencado pelo art. 168 da CF, cujo repasse da dotação
orçamentária é realizado no dia 20 do mês.
"AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 780.045 - BA (2015/0230965-1) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
AGRAVANTE : ESTADO DA BAHIA PROCURADOR : NACHA GUERREIRO SOUZA AVENA E OUTRO (S) - BA015823 AGRAVADO : MARIA
AUXILIADORA DE SOUZA PONTES AGRAVADO : VERA LUCIA FONSECA CERQUEIRA AGRAVADO : HILDETE MARIA ARAUJO AROCA
ADVOGADO : IZABEL BATISTA URPIA - BA012972 DECISÃO PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
SERVIDOR PÚBLICO. CONVERSÃO DOS VENCIMENTOS EM URV. NÃO OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO.
RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. SÚMULA 85/STJ. AGRAVO DO ESTADO DA BAHIA PROVIDO EM PARTE PARA AFASTAR A MULTA
PREVISTA NO ART. 538, PARÁG. ÚNICO DO CPC. (...) 1. Esta Corte já consolidou entendimento no sentido de que os servidores públicos,
federais, estaduais ou municipais - inclusive do Poder Executivo - têm direito ao acréscimo da diferença decorrente da conversão de seus
vencimentos para a Unidade Real de Valor - URV, nos moldes previstos na Lei 8.880/1994, levando-se em conta a data do efetivo pagamento. (...)A
tese do recorrente está condicionada à definição do dia em que ocorrera o pagamento dos vencimentos do recorrido e à comprovação de efetivo
prejuízo a este quando da conversão em URV. Desse modo, o acolhimento da pretensão recursal exige incursão no contexto fático-probatório
deste processo, (...)3. Os servidores cujos vencimentos eram pagos antes do último dia do mês têm direito à conversão dos vencimentos de
acordo com a sistemática estabelecida pela Lei nº 8.880/94, adotando-se a URV da data do efetivo pagamento nos meses de novembro de
1993 a fevereiro de 1994. 4. Reajustes determinados por lei superveniente à Lei nº 8.880/94 não têm o condão de corrigir equívocos procedidos
na conversão dos vencimentos dos servidores em URV, por se tratarem de parcelas de natureza jurídica diversa e que, por isso, não podem
ser compensadas. 5. Recurso especial conhecido em parte e provido (REsp. 1.101.726/SP, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,
TERCEIRA SEÇÃO, DJe 14.8.2009). 9. Ante o exposto, dá-se parcial provimento ao Agravo em Recurso Especial da Bahia, apenas para afastar a
multa aplicada quando do julgamento dos Embargos Declaratórios. 10. Publique-se. Intimações necessárias. Brasília (DF), 1º de outubro de 2018.
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO MINISTRO RELATOR ((STJ - AREsp: 780045 BA 2015/0230965-1, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO, Data de Publicação: DJ 15/10/2018)
"RECURSO ESPECIAL Nº 1.445.997 - CE (2014/0072287-5) RELATOR : MINISTRO GURGEL DE FARIA RECORRENTE : SINDICATO
DOS MÉDICOS DO ESTADO DO CEARÁ ADVOGADO : FRANKLIN FREIRE DANTAS E OUTRO (S) - CE015044B RECORRIDO : UNIÃO
RECORRIDO : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA REPR. POR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL DECISÃO (...) os servidores
cujos vencimentos eram pagos antes do último dia do mês têm direito à conversão dos vencimentos de acordo com a sistemática estabelecida
pela Lei nº 8.880/94, adotando-se a URV da data do efetivo pagamento nos meses de novembro de 1993 a fevereiro de 1994", mesmo aqueles
integrantes do Poder Executivo Federal, Estadual ou Municipal. Isso quer dizer que"o índice de 11,98% não é devido indistintamente às diversas
carreiras do serviço púbico, mas tão somente àquelas cujos servidores recebem seus vencimentos nos moldes do art. 168 da Constituição Federal
(...) 1. Esta Corte já consolidou entendimento no sentido de que os servidores públicos, federais, estaduais ou municipais - inclusive do Poder
Executivo - têm direito ao acréscimo da diferença decorrente da conversão de seus vencimentos para a Unidade Real de Valor - URV, nos moldes
previstos na Lei 8.880/94, levando-se em conta a data do efetivo pagamento. (...)Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 31 de outubro de 2018.
MINISTRO GURGEL DE FARIA Relator (STJ - REsp: 1445997 CE 2014/0072287-5, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Publicação:
DJ 09/11/2018)
Ademais, em casos tais como o sub judice, já existe entendimento sumulado deste Sodalício, no sentido do servidor do Poder Executivo não fazer
jus ao acréscimo de 11,98% (onze vírgula noventa e oito por cento), relativo à conversão da URV nos proventos, conforme a súmula nº 22 do TJPE:
"O acréscimo do percentual de 11,98%, relativo à conversão da URV nos vencimentos ou proventos dos servidores públicos, é devido apenas
aos membros e servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público."
"4ª Câmara de Direito Público Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior Apelação Cível nº 0509442-4 - Comarca de Salgueiro
Apelante: Telma Maria do Socorro Ramos. Apelado: Município de Salgueiro- PE. DECISÃO TERMINATIVA (...)a autora/apelante ajuizou feito
buscando o reconhecimento de direito que, em seu entender, lhe é devido. Não podendo ser afastado seu direito de acesso ao Poder Judiciário,
por mais que, no final, após análise de mérito, o feito venha a ser julgado improcedente. (...) Esta Corte já consolidou entendimento no sentido de
que os servidores públicos, federais, estaduais ou municipais - inclusive do Poder Executivo - têm direito ao acréscimo da diferença decorrente
da conversão de seus vencimentos para a Unidade Real de Valor - URV, nos moldes previstos na Lei 8.880/94, levando-se em conta a data do
efetivo pagamento. (...) a parte apelante não comprova nenhuma perda salarial, colacionando, apenas, fichas financeiras (fls. 20/36) e planilha
(fls. 37/43) a partir de março/94, onde deveria ter juntado demonstrativo financeiro dos meses de novembro e dezembro do ano de 1993 e, janeiro
e fevereiro de 1994. Ademais, a apelante é servidora do Executivo, classe esta que não faz jus ao acréscimo de 11,98% (onze vírgula noventa e
oito por cento), relativo à conversão da URV nos seus vencimentos, como pleiteado. Neste sentido é o entendimento sumulado deste Sodalício, in
verbis: Súmula 022 do TJPE: O acréscimo do percentual de 11,98%, relativo à conversão da URV nos vencimentos ou proventos dos servidores
públicos, é devido apenas aos membros e servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público." (...) (TJ-PE - APL: 5094424
PE, Relator: Itamar Pereira Da Silva Junior, Data de Publicação: 04/09/2018)
"DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. URV. PENSIONISTAS DE SERVIDORES DO
PODER EXECUTIVO. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO E DE PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE
DIREITO REJEITADAS. MÉRITO. PEDIDO DE REPOSIÇÃO SALARIAL EM DECORRÊNCIA DA CONVERSÃO DE CRUZEIRO REAL PARA
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URV NO PERCENTUAL DE 11,98% 9 (ONZE VÍRGULA NOVENTA E OITO POR CENTO). IMPOSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA
DO STJ. SÚMULA Nº 22 DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO À UNANIMIDADE
DE VOTOS. (...) O percentual almejado só é devido aos servidores que recebem a remuneração de acordo com o art. 168 da CF, o que exclui
os servidores do Poder Executivo. Entendimento pacificado do STF e STJ. Aplicação da Súmula 22 deste Tribunal de Justiça: o acréscimo
do percentual de 11,98% relativo à conversão da URV nos vencimentos ou proventos dos servidores públicos, é devido apenas aos membros
servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.". Recurso não provido à unanimidade de votos." (TJ-PE - APL: 3466533
PE, Relator: André Oliveira da Silva Guimarães, Data de Julgamento: 27/01/2017, 4ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 20/02/2017)
Diante de todo o exposto, com fulcro no art. 932, V, "a", do CPC/15, dou parcial provimento ao Recurso de Apelação, para reconhecer a legitimidade
ativa ad causam da parte apelante e, no mérito, julgar improcedente o pedido exordial, extinguindo o presente feito com resolução de mérito.
Com o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem, para fins de direito.
Publique-se e intime-se.
Recife, e e 2018.
W5 - 2 de 2
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
W5 - 1 de 3
DECISÃO TERMINATIVA.
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Trata-se de Reexame Necessário em face da sentença integrada pela decisão dos Embargos (fls. 164/164v), a qual extinguiu a Execução Fiscal,
nos termos do art. 485, VI, do CPC, para decretar a nulidade da CDA que instruiu a inicial, ante a ausência de legitimidade do Município exequente.
Na sentença de fls. 143/145, o magistrado de primeiro grau condenou o Município de Ferreiros no pagamento de honorários advocatícios, fixados
no valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
O executado impetrou Embargos de Declaração da sentença, às fls. 154/158, alegando omissão e/ou erro material da sentença, ante a
necessidade de se aplicar o § 3º do art. 85 do NCPC.
O juiz de primeiro grau acolheu os Embargos, às fls. 164/164v, determinando a retificação da sentença na parte dispositiva final que passou a
ficar com a seguinte redação: "Condeno, o exequente no pagamento dos honorários advocatícios, este na base de 10% sobre o valor da causa."
O Ministério Público, à fl. 185, deixou de emitir pronunciamento sobre o mérito do recurso, em conformidade com o disposto no art. 178 do
CPC/2015.
O caso em comento trata-se de execução fiscal decorrente de arrendamento mercantil de veículos, matéria já pacificada no STJ no sentido da
ilegitimidade do município onde foi celebrado contrato e outros procedimentos administrativos, possuindo a legitimidade para a cobrança do ISS
sobre referida operação o ente federativo no qual são realizadas as decisões sobre a aprovação do financiamento, conforme aresto adiante
colacionado:
RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INCIDÊNCIA DE ISS SOBRE ARRENDAMENTO MERCANTIL
FINANCEIRO. QUESTÃO PACIFICADA PELO STF POR OCASIÃO DO JULGAMENTO DO RE 592.905/SC, REL. MIN. EROS GRAU, DJE
05.03.2010. SUJEITO ATIVO DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA NA VIGÊNCIA DO DL 406/68: MUNICÍPIO DA SEDE DO ESTABELECIMENTO
PRESTADOR. APÓS A LEI 116/03: LUGAR DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. LEASING. CONTRATO COMPLEXO. A CONCESSÃO DO
FINANCIAMENTO É O NÚCLEO DO SERVIÇO NA OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO, À LUZ DO ENTENDIMENTO DO STF. O
SERVIÇO OCORRE NO LOCAL ONDE SE TOMA A DECISÃO ACERCA DA APROVAÇÃO DO FINANCIAMENTO, ONDE SE CONCENTRA
O PODER DECISÓRIO, ONDE SE SITUA A DIREÇÃO GERAL DA INSTITUIÇÃO. O FATO GERADOR NÃO SE CONFUNDE COM A VENDA
DO BEM OBJETO DO LEASING FINANCEIRO, JÁ QUE O NÚCLEO DO SERVIÇO PRESTADO É O FINANCIAMENTO. IRRELEVANTE
O LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO, DA ENTREGA DO BEM OU DE OUTRAS ATIVIDADES PREPARATÓRIAS E AUXILIARES
À PERFECTIBILIZAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA, A QUAL SÓ OCORRE EFETIVAMENTE COM A APROVAÇÃO DA PROPOSTA PELA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. BASE DE CÁLCULO. PREJUDICADA A ANÁLISE DA ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 148 DO CTN E 9 DO
DL 406/68. RECURSO ESPECIAL DE POTENZA LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL PARCIALMENTE PROVIDO PARA JULGAR
PROCEDENTES OS EMBARGOS À EXECUÇÃO E RECONHECER A ILEGITIMIDADE ATIVA DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO/SC PARA EXIGIR
O IMPOSTO. INVERSÃO DOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. ACÓRDÃO SUBMETIDO AO PROCEDIMENTO DO ART. 543-C DO CPC E DA
RESOLUÇÃO 8/STJ. 1. O colendo STF já afirmou (RE 592. 905/SC) que ocorre o fato gerador da cobrança do ISS em contrato de arrendamento
mercantil. O eminente Ministro EROS GRAU, relator daquele recurso, deixou claro que o fato gerador não se confunde com a venda do bem
objeto do leasing financeiro, já que o núcleo do serviço prestado é o financiamento. 2. No contrato de arrendamento mercantil financeiro (Lei
6.099/74 e Resolução 2.309/96 do BACEN), uma empresa especialmente dedicada a essa atividade adquire um bem, segundo especificações
do usuário/consumidor, que passa a ter a sua utilização imediata, com o pagamento de contraprestações previamente acertadas, e opção de, ao
final, adquiri-lo por um valor residual também contratualmente estipulado. Essa modalidade de negócio dinamiza a fruição de bens e não implica
em imobilização contábil do capital por parte do arrendatário: os bens assim adquiridos entram na contabilidade como custo operacional (art. 11 e
13 da Lei 6.099/74). Trata-se de contrato complexo, de modo que o enfrentamento da matéria obriga a identificação do local onde se perfectibiliza
o financiamento, núcleo da prestação dos serviços nas operações de leasing financeiro, à luz do entendimento que restou sedimentado no
Supremo Tribunal Federal. [...] 7. O contrato de leasing financeiro é um contrato complexo no qual predomina o aspecto financeiro, tal qual
assentado pelo STF quando do julgamento do RE 592.905/SC, Assim, há se concluir que, tanto na vigência do DL 406/68 quanto na vigência da
LC 116/03, o núcleo da operação de arrendamento mercantil, o serviço em si, que completa a relação jurídica, é a decisão sobre a concessão, a
efetiva aprovação do financiamento. 8. As grandes empresas de crédito do País estão sediadas ordinariamente em grandes centros financeiros
de notável dinamismo, onde centralizam os poderes decisórios e estipulam as cláusulas contratuais e operacionais para todas suas agências
e dependências. Fazem a análise do crédito e elaboram o contrato, além de providenciarem a aprovação do financiamento e a conseqüente
liberação do valor financeiro para a aquisição do objeto arrendado, núcleo da operação. Pode-se afirmar que é no local onde se toma essa decisão
que se realiza, se completa, que se perfectibiliza o negócio. Após a vigência da LC 116.2003, assim, é neste local que ocorre a efetiva prestação
do serviço para fins de delimitação do sujeito ativo apto a exigir ISS sobre operações de arrendamento mercantil. 9. O tomador do serviço ao
dirigir-se à concessionária de veículos não vai comprar o carro, mas apenas indicar à arrendadora o bem a ser adquirido e posteriormente a
ele disponibilizado. Assim, a entrega de documentos, a formalização da proposta e mesmo a entrega do bem são procedimentos acessórios,
preliminares, auxiliares ou consectários do serviço cujo núcleo - fato gerador do tributo - é a decisão sobre a concessão, aprovação e liberação
do financiamento. [...] 12. Recurso Especial parcialmente provido para definir que: (a) incide ISSQN sobre operações de arrendamento mercantil
financeiro; (b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a
partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove
haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do financiamento
- núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo; (d) prejudicada a análsie da alegada violação ao art. 148 do CTN; (e) no caso
concreto, julgar procedentes os Embargos do Devedor, com a inversão dos ônus sucumbenciais, ante o reconhecimento da ilegitimidade ativa
do Município de Tubarão/SC para a cobrança do ISS.Acórdão submetido ao procedimento do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ (REsp
1.060.210/SC, S1, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJ 28/11/2012).
In casu, a empresa executada tem sede em São Paulo - SP (docs. fls. 27/40), e, assim, é lá onde ocorre a efetiva prestação do serviço,
determinando o sujeito ativo apto a exigir o ISS.
Outrossim, cinge-se da CDA, fl. 06, a multiplicidade de empresas com CNPJ distintos em uma mesma certidão.
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Ademais, em casos tais como o sub judice, este Tribunal de Justiça já firmou entendimento no sentido da ocorrência de lançamento ex officio pelos
Municípios pernambucanos visando à cobrança de ISS sobre as operações de leasing, utilizando-se das informações inseridas pelas instituições
financeiras no Sistema Nacional de Gravames.
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING). CONSTITUIÇÃO DO
CRÉDITO EXEQUENDO VICIADA. LANÇAMENTO INIDÔNEO. ILEGITIMIDADE ATIVA. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL INVÁLIDO.
VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. EMPRESAS PERTENCENTES AO MESMO
GRUPO ECONÔMICO E SOLIDARIEDADE PASSIVA: INOCORRÊNCIA, NO CASO. NULIDADE DA CDA. PRECEDENTES DO STJ E DESTE
TJPE. AGRAVO PROVIDO. PROCESSO EXECUTIVO EXTINTO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Na origem, trata-se
de crédito tributário constituído, ex officio, mediante lançamento por arbitramento, à luz de informações inseridas pela parte executada no Sistema
Nacional de Gravames e depositadas junto ao DETRAN. 2. Ocorre que a circunstância de fato eleita para caracterizar o local da prestação de
serviço - qual seja o Município a que vinculado o ato de emplacamento - é totalmente inidônea para esse fim, visto que esse liame registral,
isoladamente considerado, não serve à identificação da competência para a tributação, pelo ISS, das operações de arrendamento mercantil.
3. Daí exsurge a ilegitimidade do Município de Nazaré da Mata para figurar como sujeito ativo do crédito tributário exequendo, eis que o local
do emplacamento não guarda nenhuma correlação com o local da prestação de serviços de arrendamento mercantil, seja este o domicílio do
prestador (antes da LC nº 116/03), seja este o endereço da unidade econômica ou profissional do estabelecimento concretamente responsável
pela operação de leasing (conforme a orientação fixada pelo STJ no REsp Repetitivo nº 1.060.210/SC). 4. Ademais, outros motivos igualmente
conduzem ao reconhecimento da inviabilidade do processo executivo em foco, sobretudo em função (i) da ausência de contraditório e ampla
defesa no curso do correspondente processo administrativo fiscal (formalidade indispensável, posto tratar-se de lançamento de ofício) e (ii) da
indicação indiscriminada de pessoas jurídicas diversas para figurarem como executadas (em dissonância com a iterativa jurisprudência do STJ
sobre o tema). 5. Diante desse cenário, impende reconhecer que os vícios acima apontados vulneram o processo administrativo de constituição
do crédito tributário e, por conseguinte, o próprio título extrajudicial que lastreia a ação de execução, sendo certo que a eventual substituição da
CDA jamais convalidaria tais defeitos. 6. Ponderadas essas circunstâncias, e considerando que a exceção de pré-executividade presta-se a evitar
o prolongamento de execução inviável (dispensando a parte executada de desnecessária constrição patrimonial), tem-se que a execução fiscal
em foco deve ser extinta, sem resolução de mérito, haja vista a invalidade do processo administrativo de constituição do crédito tributário (isto a
nulificar a CDA que dá esteio à pretensão executiva). 7. Agravo provido, em ordem a extinguir a ação de execução fiscal subjacente ao presente
recurso, com fulcro no art. 267, IV e VI, do CPC. 8. Diante do caso concreto, fixou-se a verba honorária devida pelo Município sucumbente em
5% (cinco por cento) do valor da execução, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC. (AI 239200-9, rel. Des Francisco José dos Anjos Bandeira de
Mello, 2CDP, rel. Des. Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello, publicado no DJ 20/12/2012).
Diante de todo o exposto, com fulcro no art. 932, IV, "b", do CPC/15, nego provimento ao Reexame Necessário, mantendo-se a sentença
hostilizada, a qual extinguiu a Execução Fiscal, nos termos do art. 485, VI, do CPC, para decretar a nulidade da CDA que instruiu a inicial, ante a
ausência de legitimidade do Município exequente, e condenou, o exequente, ao pagamento dos honorários advocatícios na base de 10% sobre
o valor da causa.
Com o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem, para fins de direito.
Publique-se e intime-se.
Recife, e e 2018.
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des Waldemir Tavares de Albuquerque Fº
W5 - 2 de 2
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
W5 - 1 de 3
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(0517557-5)
Comarca : Petrolina
Vara : Vara da Faz. Pública
Apelante : MUNICÍPIO DE PETROLINA
Advog : Gabriel Moreira Filho(PE014139)
Apelado : LOURIVAL MARQUES DA COSTA MONTEIRO.
Órgão Julgador : 1ª Câmara de Direito Público
Relator : Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
Despacho : Decisão Terminativa
Última Devolução : 30/11/2018 13:07 Local: Diretoria Cível
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gabinete do Desembargador Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
______________________________________________________
1ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
APELAÇÃO N.º 0517557-5
0006247-13.2007.8.17.1130
APELANTE: MUNICIPIO DE PETROLINA
APELADO: LOURIVAL MARQUES DA COSTA MONTEIRO
RELATOR: DES. WALDEMIR TAVARES DE ALBUQUERQUE FILHO
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de Apelação proposta pelo Município de Petrolina contra Sentença proferida (sob à égide do CPC/73) nos autos da Execução Fiscal nº.
0006247-13.2007.8.17.1130, a qual extinguiu o processo, sem resolução de mérito.
A execução fiscal, concernente a débito de IPTU dos anos de 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005, foi distribuída em setembro de 2007.
Em decisão de fls.09/14, foi reconhecida de ofício, a prescrição em relação ao exercício de 2001, prosseguindo quanto aos demais débitos, o
que concordou a exequente consoante petição de fls.19.
No mesmo ano, houve prolação de despacho inicial de citação (fls. 20), não tendo sido encontrado o devedor, conforme certidão do Oficial de
Justiça, à fls. 25verso.
O exequente através da petição de fls.26, requereu a citação em novo endereço, sendo positiva conforme se verifica pelo AR (aviso de
recebimento) acostado às fls.29
Às fls.30, se encontra o mandado de penhora, intimação e avaliação, o qual foi cumprido negativamente (certidão de fls.30verso).
Consta, à fl.31, ato ordinatório, determinando a intimação da Fazenda Pública para, no prazo de 15(quinze) dias, se manifestar sobre a certidão
do Oficial de Justiça.
Ante a inércia do exequente, o Juiz determinou uma nova intimação às fls. 33, para que o Município promovesse os atos e diligências necessários
ao impulsionamento do feito no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de extinção, consoante disposição do art. 267, inciso III, §1º do
Código de Processo Civil.
Apesar de devidamente intimada, a Fazenda Municipal não se manifestou acerca do despacho de fl.33, conforme certidão de fl.33verso.
O juízo a quo, então, por meio da sentença de fls. 34/37, extinguiu o processo, sem resolução de mérito, com espeque no art. 267, inciso III
do CPC/73 .
Irresignado, o Município de Petrolina interpôs a presente Apelação (fls. 39/43), alegando, em suma, que o juízo a quo laborou em erro ao extinguir
o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo no artigo 267,III, na medida em que a Fazenda Municipal não deixou de promover
os atos e diligências que lhe competiam, já que o julgador não levou em consideração o art.40 da Lei de Execução Fiscal e ainda que requereu
a citação editalícia.
Compulsando detidamente os autos, verifica-se a inexistência de tal requerimento, como também o que consta às fls,34/37 é a sentença, ora
recorrida.
O executado não foi intimado para apresentar contrarrazões, conforme certidão de fls.47.
É o que merece relato. DECIDO.
Enuncia o art. 932, V, b do novo Código de Processo Civil que:
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De antemão, ressalto que razão assiste ao recorrente, motivo pelo qual a sentença vergastada merece reparo. Explico.
Emerge do autos, com o recebimento da Execução Fiscal, o Juiz determinou a citação do devedor, que foi encontrado, porém, conforme certidão
de fls.30verso, não foram encontrados bens para a devida penhora como determinado no mandado de fls.30, sendo determinado a intimação
da exequente/apelante por duas vezes (fls.31e 33), para manifestar seu interesse no feito em 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do §1º do
artigo 267 do CPC, deixando de providenciar atos e diligências que lhe competiam.
Entretanto, diante da não localização de bens do executado, o julgador a quo, deveria iniciar o procedimento do art. 40 da Lei n. 6.830/80, e
respectivo prazo, ao fim do qual restará prescrito o crédito fiscal. Esse é o teor da Súmula n. 314/STJ:
"Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição
qüinqüenal intercorrente".
Em resumo, os parágrafos 1º e 2º do art. 40 da LEF determinam a suspensão do curso da execução pelo prazo de 1 (um) ano na hipótese de
o devedor não ter sido citado ou de não terem sido localizados bens passíveis de penhora, período em que não correrá o prazo de prescrição.
Passado o prazo de 1 ano, inicia-se a contagem do prazo prescricional de 5 (cinco) anos para a cobrança dos créditos tributários. Sendo assim,
não há falar, no caso em epígrafe, em extinção sem resolução do mérito.
Através do Recurs Repetitivo, em sessão de julgamento realizada em 12/09/2018, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), julgou o
mérito do Recurso Especial nº 1.340.553/RS representativo da controvérsia repetitiva descrita no Tema 566, cuja questão submetida a julgamento
é a seguinte: "Discute-se a sistemática para a contagem da prescrição intercorrente (prescrição após a propositura da ação) prevista no art. 40
e parágrafos da Lei da Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80): qual o pedido de suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 1
(um) ano previsto no art. 40, § 2º, da LEF", significando dizer que o entendimento do STJ servirá como orientação para as instâncias inferiores,
consoante acórdão adiante ementado:
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ARTS. 1.036 E SEGUINTES DO CPC/2015 (ART. 543-C, DO CPC/1973). PROCESSUAL CIVIL.
TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO)
PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI N. 6.830/80).
1. O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o de que nenhuma execução fiscal já ajuizada poderá permanecer eternamente nos escaninhos do
Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária encarregada da execução das respectivas dívidas fiscais.
2. Não havendo a citação de qualquer devedor por qualquer meio válido e/ou não sendo encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora
(o que permitiria o fim da inércia processual), inicia-se automaticamente o procedimento previsto no art. 40 da Lei n. 6.830/80, e respectivo prazo,
ao fim do qual restará prescrito o crédito fiscal. Esse o teor da Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,
suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente". (g.n.)
3. Nem o Juiz e nem a Procuradoria da Fazenda Pública são os senhores do termo inicial do prazo de 1 (um) ano de suspensão previsto no caput,
do art. 40, da LEF, somente a lei o é (ordena o art. 40: "[...] o juiz suspenderá [...]"). Não cabe ao Juiz ou à Procuradoria a escolha do melhor
momento para o seu início. No primeiro momento em que constatada a não localização do devedor e/ou ausência de bens pelo oficial de justiça
e intimada a Fazenda Pública, inicia-se automaticamente o prazo de suspensão, na forma do art. 40, caput, da LEF. Indiferente aqui, portanto,
o fato de existir petição da Fazenda Pública requerendo a suspensão do feito por 30, 60, 90 ou 120 dias a fim de realizar diligências, sem pedir
a suspensão do feito pelo art. 40, da LEF. Esses pedidos não encontram amparo fora do art. 40 da LEF que limita a suspensão a 1 (um) ano.
Também indiferente o fato de que o Juiz, ao intimar a Fazenda Pública, não tenha expressamente feito menção à suspensão do art. 40, da LEF.
O que importa para a aplicação da lei é que a Fazenda Pública tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido
e/ou da não localização do devedor. Isso é o suficiente para inaugurar o prazo, ex lege.
4. Teses julgadas para efeito dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973): 4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão
do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/80 - LEF tem início automaticamente na data da
ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo,
sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução; 4.1.1.) Sem prejuízo do
disposto no item 4.1., nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação
tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira
tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.1.2.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., em
se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na
vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira tentativa frustrada de citação
do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e
havendo ou não pronuciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional
aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na
forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer
a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato; 4.3.) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a
interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora
sobre ativos financeiros ou sobre outros bens. Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de
suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para
além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo - mesmo depois
de escoados os referidos prazos -, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que
requereu a providência frutífera. 4.4.) A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 245 do CPC/73, correspondente
ao art. 278 do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o
prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial - 4.1., onde o prejuízo é presumido), por exemplo, deverá demonstrar
a ocorrência de qualquer causa interruptiva ou suspensiva da prescrição. 4.5.) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá
fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto
ao período em que a execução ficou suspensa. 5. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime dos arts. 1.036 e seguintes do
CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973).
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(STJ - REsp: 1340553 RS 2012/0169193-3, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 12/09/2018, S1 - PRIMEIRA
SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 16/10/2018)
Assim, vê-se que a sentença hostilizada foi proferida contrária a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, justificando-se a sua reforma.
Diante de toda a fundamentação acima, que adoto como razões de decidir e, com fundamento no artigo 932, V, a, do CPC, DOU PROVIMENTO
ao presente recurso, por ser contrário a acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos, reformando,
in totum, a decisão de primeiro grau hostilizada, com o consequente retorno dos autos ao Juízo de origem, para prosseguimento do feito.
Transitada em julgado a presente decisão, baixem-se os autos ao Juízo de origem.
Recife, de de 2018.
Des. Waldemir Tavares de Albuquerque Filho
Relator
W11 AC 0517557-5
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
A Diretora informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido liminar, impetrado por Marcus Santos Azevedo, Soldado da PMPE, postulando a nulidade
do ato administrativo que obstou sua participação no Curso de Habilitação de Cabos sob a fundamentação de estar em gozo de licença para
tratamento de saúde.
O autor do writ alega que, se o Curso é realizado a distância, não há impedimento para realizá-lo, já que sua patologia (CID 10 - F 43.2 - "Reações
ao ""stress"" grave e transtornos de adaptação"1) não compromete seu aproveitamento no Curso.
Defende que, caso não possa realizar agora o Curso, terá direito a ressarcimento por preterição, tendo direito a promoção por antiguidade.
Assim, pede que seja determinado que a autoridade coatora autorize sua participação no CHC/2018, mesmo estando sob licença para tratamento
de saúde.
É o que importa relatar. DECIDO.
De início, defiro a gratuidade da justiça requerida, já que a parte se declarou carente para custear as despesas do processo.
A concessão de liminar em Mandado de Segurança depende da comprovação do fumus boni iuris e do periculum in mora.
Analisando os documentos contidos nos autos, vê-se que a Portaria do Comando Geral nº 554, de 28 de setembro de 2018, que convocou
soldados por antiguidade para possível matrícula em Curso de Habilitação de Cabos PM, previu, em seu item 3.1.0, letra i), como condição
essencial para participação, que o militar não estivesse em gozo de licença para tratamento de saúde (LTS).
Essa foi a razão para exclusão do impetrante da lista de convocação para o referido Curso.
A Constituição Estadual previu, em seu art. 100, que as promoções dos militares dar-se-ão por antiguidade e merecimento, de acordo com a
legislação específica. Vejamos:
Art. 100. São Militares do Estado os membros da Polícia Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros Militar.
§ 10. As promoções dos servidores militares serão feitas por merecimento e antiguidade, de acordo com o estabelecido em legislação própria.
A norma legal de referência é a Lei Complementar Estadual n° 134/2008 que dispõe sobre a carreira de praças da PMPE, bem como seus
critérios para promoção.
Assim dispõe o referido diploma legal:
Art. 4° As promoções serão realizadas pelos critérios de:
I - antiguidade;
II - merecimento;
Art. 5° A promoção por antiguidade para as graduações de Subtenente, 1°Sargento, 2° Sargento, 3° Sargento e Cabo se baseia na precedência
hierárquica de um graduado sobre os demais de igual graduação, dentro do número de vagas estabelecidas nas respectivas Qualificações.
Art. 17. São condições imprescindíveis para promoção do praça à graduação superior por antiguidade:
I - ter concluído, com aproveitamento, até a data prevista para encerramento das alterações, o curso que o habilita ao desempenho dos cargos
e funções próprios da graduação superior;
II - ter completado até a data da promoção, os seguintes requisitos:
a) interstício mínimo:
1. Primeiro-Sargento: 02 (dois) anos na graduação;
2. Segundo-Sargento: 02 (dois) anos na graduação;
3. Terceiro Sargento: 02 (dois) anos na graduação;
4. Cabo: 03 (três) anos na graduação;
5. Soldado: 03 (três) ano de efetivo serviço na respectiva corporação militar;
b) serviço arregimentado:
1. Primeiro-Sargento: 01 (um) ano;
2. Segundo-Sargento: 02 (dois) anos;
3. Terceiro-Sargento: 02 (dois) anos;
III - estar classificado, no mínimo, no comportamento BOM;
IV - ter sido considerado apto na inspeção de saúde para fins de promoção, ressalvada a hipótese do art. 19 desta Lei Complementar;
V - ter sido incluído no Quadro de Acesso (QA) de sua respectiva qualificação.
(...)
Art. 21. Não será incluído em QA o graduado que:
I - deixe de satisfazer as condições estabelecidas nos itens I, II, III e IV do art. 17, desta Lei Complementar;
II - encontrar-se preso provisoriamente;
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III - venha a atingir, até a data das promoções, a idade limite para permanência no serviço ativo;
IV - estiver submetido a Conselho de Disciplina ou Processo de Licenciamento, enquanto não houver decisão favorável, no âmbito administrativo;
V - for condenado, por sentença transitada em julgado, enquanto durar o cumprimento da pena, inclusive no caso de suspensão condicional da
pena ou livramento condicional, não se computando o tempo acrescido à pena original para fins de sua suspensão condicional;
VI - esteja no exercício de função estranha à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar, ressalvado o prescrito no § 4º, do artigo 42 da
Constituição Federal;
VII - esteja em gozo de licença para tratamento de interesse particular (LTIP);
VIII - seja considerado desertor;
IX - tenha sido julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo de qualquer das Corporações Militares Estaduais em inspeção de saúde;
X - seja considerado desaparecido ou extraviado;
XI - for afastado da função pública, por Decreto do Chefe do Poder Executivo, durante o prazo dessa suspensão, com base no art. 14 da Lei
n° 11.929/2001;
XII - for denunciado em processo crime, enquanto a sentença não transitar em julgado, exceto quando o seu ingresso em quadro de acesso for
aprovado por voto, devidamente fundamentado, por 2/3 (dois terços) dos membros integrantes da Comissão de Promoção de Praças-CPP.
Art. 22. Será excluído do QA o graduado que:
I - tenha sido nele incluído indevidamente;
II - vier a ser promovido por ato de bravura ou em ressarcimento de preterição;
III - passar para a inatividade ou ser licenciado do serviço ativo;
IV - venha a incidir em qualquer das situações do artigo precedente.
Analisando os critérios expostos na Lei e na Constituição Estadual, vê-se que não há previsão de que militar em gozo de licença para tratamento
de saúde não possa concorrer à promoção.
Sabe-se que a administração possui limite de atuação, só podendo agir dentro do que dispõe e autoriza a Lei. Sendo assim, no caso ora posto
em análise, conclui-se, ao menos em juízo de cognição sumária, não exauriente, que o ato emanado trouxe impeditivo não constante na Lei,
revestindo-se, portanto, de ilegitimidade.
Assim já decidiu este e. TJPE:
DIREITO CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DO COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA
MILITAR. AFASTADA. CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS. PROMOÇÃO MILITAR. ANTIGUIDADE. REQUISITOS IMPOSTOS POR
LEI. PORTARIA INTERNA DO COMANDO DA POLÍCIA MILITAR QUE IMPÕE OUTRAS CONDIÇÕES. IMPOSSIBILIDADE. CONCESSÃO DA
SEGURANÇA. DECISÃO UNÂNIME. PREJUDICADO AGRAVO INTERNO.1. Preliminar rejeitada: ilegitimidade passiva da autoridade apontada
como coatora - Considerando que o ato coator combatido nesta ação mandamental se refere à Portaria nº 656 publicada no Boletim Geral nº A
1.0.00.0.224 de 29 de novembro de 2017 tem-se que a responsabilidade pela edição da referida portaria recai, sem dúvidas, ao Comandante
Geral da PMPE e, não, como faz crer o impetrado à Comissão de Promoção de Praças - CPP.2. Cuida-se de ação mandamental pela qual
a parte impetrante, a pretexto de lesão ao seu sugerido direito líquido e certo, em que pese ter o seu nome incluído na Lista de Acesso de
Promoção por Antiguidade, publicada no Boletim Geral nº A 1.0.00.0 224 em 29.11.2017, condicionou a matrícula no Curso de Formação de
Sargento (CFS/PMPE) aos requisitos constantes na Portaria nº 656 do Comando Geral da PMPE, constantes no Item 3.0.0, também publicada
no mesmo boletim de 29.11.2017.3. A Constituição Estadual define que as promoções dos membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
dar-se-ão por merecimento e antiguidade, alternativamente, de acordo com a lei específica.4. A norma legal de referencia é a Lei Complementar
Estadual nº 134/2008 que dispõe sobre a carreira de praças da PMPE, bem como seus critérios para promoção (arts. 17, 20 e 21).5. Da leitura das
normas (Constituição Estadual e LC nº 134/2008) verificam-se, sem quaisquer dúvidas, quais os critérios de promoção. Em nenhum momento
há a previsão (impedimento) de que o militar em gozo de licença médica estaria impedido de concorrer à promoção ou, como no caso específico,
ter a matrícula do curso de formação indeferida.6. Já a Portaria nº 656, de 28 de novembro de 2017 terminou por fixar "condições essenciais"
fora dos limites que a Lei impõe.7. Segurança concedida para permitir a matrícula do impetrante no Curso de Formação de Sargento, afastando
a exigência contida no Item 3.0.0 da Portaria nº 656 (Não estar em gozo de Licença para Tratamento de Saúde -LTS), prejudicado o Agravo
Interno. À unanimidade. (Mandado de Segurança 494356-80005769-48.2017.8.17.0000, Rel. Luiz Carlos Figueirêdo, Seção de Direito Público,
julgado em 25/04/2018, DJe 15/05/2018)
Assim, por vislumbrar a fumaça do bom direito, defiro o pedido liminar, para garantir que o gozo da licença para tratamento de saúde não seja
impeditivo para participação do impetrante no Curso de Formação. Em outras palavras, caso o militar atenda aos demais requisitos previstos em
lei, não deve ser impedido de participar do Curso de Formação apenas pelo fato de estar em gozo de licença para tratamento de saúde.
Publique-se.
Notifique-se a autoridade coatora (Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Pernambuco), com cópia da petição inicial e documentos,
para apresentar as informações no prazo de 10 (dez) dias.
Dê-se ciência do feito à Procuradoria do Estado, enviando-lhe cópia da inicial, para que, querendo, ingresse no feito.
Com a resposta, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral de Justiça.
Recife, 03 de dezembro de 2018.
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ÍNDICE DE
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
Apelação n° 0511181-7
Apelante: Município de Pombros
Apelado(a): Elaine Cristina Borges de Souza
DESPACHO
Trata-se de apelação em face de sentença proferida nos autos de Cumprimento de Sentença em que se homologou os cálculos.
O Recurso de Apelação Cível, na nova sistemática processual brasileira, está previsto nos artigos 1.009 e seguintes. A sua admissibilidade é de
competência exclusiva deste Sodalício, conforme dispõe o § 3°, do art. 1.010, do Novo Código de Processo Civil.
Sendo assim, observando a satisfação dos requisitos legais/formais, dos artigos 1.009, 1.010, 1.012 e 1.013 do NCPC:
i) Recebo o presente recurso nos efeitos devolutivo e suspensivo, para o seu normal processamento;
ii) Após, retorne-me o feito para a análise e julgamento do mérito.
Cumpra-se.
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Recife, 04/12/2018.
Apelação n° 0513880-3
Apelante: Município de Pombros
Apelado(a): Josefa Helena Vicente
DESPACHO
Trata-se de apelação em face de sentença proferida nos autos de Cumprimento de Sentença em que se homologou os cálculos.
O Recurso de Apelação Cível, na nova sistemática processual brasileira, está previsto nos artigos 1.009 e seguintes. A sua admissibilidade é de
competência exclusiva deste Sodalício, conforme dispõe o § 3°, do art. 1.010, do Novo Código de Processo Civil.
Sendo assim, observando a satisfação dos requisitos legais/formais, dos artigos 1.009, 1.010, 1.012 e 1.013 do NCPC:
i) Recebo o presente recurso nos efeitos devolutivo e suspensivo, para o seu normal processamento;
ii) Após, retorne-me o feito para a análise e julgamento do mérito.
Cumpra-se.
Recife, 04/12/2018.
Apelação nº 0517714-0
Apelante: Bruna Martins Costa de Siqueira
Advogado: Ana Patrícia Vieira de Almeida
Apelado: IAUPE e Estado de Pernambuco
Advogado: Demétrius Santos
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DESPACHO
Apelação n° 0519193-9
Apelante: Edmundo Gadelha Medino e outros
Apelado(a): Município de Goiana
DESPACHO
Trata-se de apelação em face de sentença proferida nos autos da Cobrança em que se julgou pela improcedência do pedido.
O Recurso de Apelação Cível, na nova sistemática processual brasileira, está previsto nos artigos 1.009 e seguintes. A sua admissibilidade é de
competência exclusiva deste Sodalício, conforme dispõe o § 3°, do art. 1.010, do Novo Código de Processo Civil.
Sendo assim, observando a satisfação dos requisitos legais/formais, dos artigos 1.009, 1.010, 1.012 e 1.013 do NCPC:
i) Recebo o presente recurso nos efeitos devolutivo e suspensivo, para o seu normal processamento;
ii) Após, retorne-me o feito para a análise e julgamento do mérito.
Cumpra-se.
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Recife, 04/12/2018.
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de apelação cível interposta pelo Município de Petrolina (Fazenda Municipal) contra a seguinte sentença (trechos destacados),
proferida em 11/07/2012 pelo Juízo de Direito da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Petrolina, nos autos da Execução Fiscal nº
0002573-85.2011.8.17.1130:
"I - RELATÓRIO.
O MUNICÍPIO DE PETROLINA, através de sua procuradoria, ingressou com a presente ação fiscal em face de SERRAMBI NEGÓCIO E
PARTICIPAÇÕES LTDA, qualificado às fls. 02 dos autos, em virtude de crédito da dívida ativa inscrita nas certidões anexas.
Praticado alguns atos processuais, o exequente requereu a suspensão do feito. Deferido, intimado para impulso, quedou-se inerte por mais de
30 (trinta) dias, sem promover os atos e diligências que lhe competiam no escopo de recuperar o crédito fiscal, certidão anexa.
Intimado na forma prevista no art. 267, §1º, do Código de Processo Civil, permaneceu mais uma vez inerte o exeqüente, certidão anexa.
É o que basta relatar. Decido.
II - DOS FUNDAMENTOS
Como cediço, o processo não pode permanecer em Cartório, aguardando providências que o exequente não as adota. Sem olvidar do relevante
interesse público consistente na não formação de acervos de autos inúteis, a criar embaraços à normal atividade judiciária em detrimento de
outros processos e a projetar a falsa impressão de atraso na Justiça. Esses inconvenientes graves não se superam com a simples remessa do
processo vivo ao arquivo, para aguardar eventual movimentação futura.
No sistema processual moderno, o juiz não é mais mero expectador da prática dos atos processuais, cumprindo-lhe obviar ações em que o
exequente, de forma induvidosa, evidente, descuidou-se em promover seu regular andamento e/ou não demonstrou o interesse processual ao
provimento jurisdicional.
O Código de Processo Civil dispõe no art. 267, II e III, e §1º, sobre a presente situação da seguinte forma:
(...)
No mesmo sentido a jurisprudência:
(...)
A contar da prática do último ato processual, depois de mais de 30 (trinta) dias paralisado, há objetivamente causa para extinção do processo sem
julgamento do mérito, independentemente de alegação da parte, de que não se houve com negligência. Segundo Hélio Tornaghi, Comentários
ao Código de Processo Civil, 1ª ed., v. II, p. 331, 'equivale ao desaparecimento do interesse, que é condição para o regular exercício do direito
de ação'.
Ademais, a extinção, de que ora se cuida, pode dar-se por provocação da parte ou do Ministério Público e, ainda, pode ser decretada de ofício
pelo Juiz (Neste sentido, Theodoro Júnior, in Curso de Direito Processual Civil, 1996, p. 308).
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O que aconteceu nos autos foi exatamente o que consta na legislação, restando a este Juízo, extinguir o presente feito sem resolução do mérito,
ciente de que esse julgamento é de natureza meramente processual, ressalvada, destarte, a possibilidade de propositura, em sendo o caso, de
um novo processo pelo Requerente.
III - DISPOSITIVO
Posto isso, atento ao que mais dos autos constam e princípios de direito aplicáveis à espécie, com fulcro no art. 267, III, do Código de Processo
Civil, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Condeno o exeqüente ao pagamento das custas processuais.
Sem honorários advocatícios. Sem reexame obrigatório.
Defiro desde já o desentranhamento de documentos, se houver requerimento, devendo permanecer nos autos cópias autenticadas.
Transitada em julgado esta decisão:
a) desconstituam-se a(s) penhora(s) que porventura tenha(m) ocorrido sobre bens do patrimônio do Executado;
b) intime-se o Município de Petrolina para recolhimento das custas processuais no prazo de 5 (cinco) dias. Certificado o transcurso in albis do
respectivo prazo, intime-se o Estado de Pernambuco, para, em sendo o caso, adotar as providências cabíveis para o recolhimento das custas
processuais e/ou se manifestar quanto a possível dispensa, no prazo de 5 (cinco) dias; e
c) cumpridas as diligências supra, com as cautelas de estilo, dê-se baixa na distribuição e arquive-se o processo.
Publique-se. Registre-se. Intime-se."
Em 17/07/2012, a Fazenda Municipal retirou os autos Secretaria (cf. fl. 19) - ficando, portanto, intimada da sentença supra - e, ao devolvê-los,
requereu, em 24/07/2012, o desentranhamento do documento de fl. 03, que corresponde à CDA.
Em 09/11/2012, a Fazenda Municipal retirou novamente os autos da Secretaria (cf. fl. 21) e, ao devolvê-los, requereu a juntada de documento,
qual seja a cópia da CDA acostada à fl. 03 (cf. fls. 22/23).
"Trata-se de pedido, formulado pelo Exeqüente, para juntar novas Certidões de Dívida Ativa em substituição àquelas já existentes nos autos,
fls. 22.
É o que basta relatar. Decido.
A este respeito, considerando as disposições do artigo 463, I e II, do Código de Processo Civil, tenho por esgotado o ofício jurisdicional nos
presentes autos, haja vista que o feito, uma vez sentenciado, fls. 15/17, transitou em julgado, consoante certidão de fls. 23-verso.
Assim, ante as razões expostas, por não se enquadrar o pleito proposto nas hipóteses do dispositivo legal suso mencionado, a este juízo não
resta alternativa senão deixar de conhecer os pedidos formulados, determinando as seguintes diligências:
1 - A vista do trânsito em julgado da sentença, intime-se o Exeqüente para comprovar e/ou recolher as custas processuais cabíveis, no prazo
de 05 (cinco) dias.
2 - Comprovado o pagamento das custas processuais, arquivem-se os presentes autos com baixa na distribuição.
3 - Decorrido o prazo de 05 (cinco) dias in albis, certifique a Secretaria e intime-se o Estado de Pernambuco, através de sua procuradoria, para, no
prazo de 05 (cinco) dias, adotar as providências cabíveis para execução das custas processuais e/ou se manifestar quanto a possível dispensa.
Cumpra-se."
Na sequência, o Município de Petrolina protocolou, em 05/08/2015, o recurso de apelação em epígrafe, alegando, em essência, que o Juízo
sentenciante não teria observado o rito previsto no art. 40 da Lei de Execuções Fiscais, pleiteando, assim, a reforma da sentença e o
prosseguimento da ação (cf. fls. 25/29).
Sem contrarrazões.
É o relatório. Decido.
Como se vê, está-se diante de recurso claramente intempestivo, interposto depois de transcorridos mais de 03 (três) anos da data da ciência
da sentença.
Nesse contexto, nego seguimento à apelação, ante a sua manifesta intempestividade, o que faço com arrimo no art. 932, III, do CPC/2015.
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Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
GABINETE DES. FRANCISCO BANDEIRA DE MELLO
2ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
Poder Judiciário
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
Gabinete do Desembargador José Ivo de Paula Guimarães
SEGUNDA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão terminativa lavrada nos autos da Ação de Embargos à Execução que, sob a ótica do
embargante, incorreu em omissão, ao dar parcial provimento ao recurso de apelação interposto, no sentido modificar a sentença para adequar
os consectários legais da condenação à orientação firmada pelos Tribunais Superiores em sede de recursos repetitivos, de maneira que, em
se tratando na espécie de condenação posterior a julho/2009, devem incidir juros de mora de acordo com o índice de remuneração oficial da
caderneta de poupança e correção monetária pelo IPCA-E, ficando mantida a sentença vergastada em seus demais termos.
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O embargante opôs os presentes aclaratórios, alegando - resumidamente - em suas razões, que a decisão embargada incorreu em omissão,
posto que - em que pese o acerto da decisão recorrida/embargada - não houve manifestação acerca da suspensividade da presente demanda,
considerando que nos autos do Recurso Extraordinário n° 870.947, sobreveio decisão do Min. Luiz Fux, em 24 de setembro de 2018, conferindo
efeito suspensivo no processo em relação ao qual o presente feito esteve sobrestado. (fls. 60/64)
Em suas contrarrazões, o embargado manifestou-se no sentido de que não há qualquer omissão no julgado, devendo a decisão ser mantida
pelos seus próprios fundamentos.
É o relatório.
DECIDO.
É sabido que os Embargos de Declaração são cabíveis quando houver na decisão embargada, obscuridade, contradição, erro material ou for
omitido ponto sobre o qual o juiz ou tribunal devia pronunciar-se (Incisos I, II e III do art. 1022, do CPC), e, em face de construção jurisprudencial,
admissível em decisão em sentido amplo. Em regra, não possuem os Embargos de Declaração, caráter substitutivo ou modificativo do julgado
embargado, tendo, na verdade, um alcance muito mais integrativo ou esclarecedor. Assim, visa-se com tal instrumento recursal, buscar uma
declaração judicial que àquele se integre de modo a possibilitar sua melhor inteligência ou interpretação.
Tenho que a alegada omissão não merece ser acolhida. Primeiro porque a novel decisão da lavra do Eminente Min. Luiz Fux data de 24
de setembro de 2018, enquanto que a decisão ora embargada data de 03/07/2018. Isso quer dizer, a decisão - como bem afirma o próprio
embargante - levou em consideração pacífica jurisprudência havida à época. Depois, já num segundo momento, e atento ao entendimento do
Eminente Ministro, anoto que o efeito suspensivo deferido se deu por ocasião - única e exclusiva - de embargos de declaração opostos naquele
Tribunal (STF). Não se trata, em hipótese alguma, de sobrestamento dos feitos em sede de repercussão geral, com o fito de paralisar os trâmites
processuais em todo o país, como pretende fazer crer o embargante.
Se porventura pretende o embargante modificar o aresto hostilizado, almejando que lhe seja conferida solução diversa, este poderá se valer de
outros instrumentos legais postos à sua disposição, não encontrando amparo o reexame ora postulado, em sede de embargos de declaração.
Assim, em face do exposto, nego provimento aos presentes aclaratórios, mantendo-se incólume a decisão interlocutória ora recorrida.
P. e I.
Recife, 04/12/2018.
Emitida em 05/12/2018
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DESPACHO
Trata-se de embargos de declaração com efeito modificativo, opostos em face do acórdão proferido no Recurso de Apelação n. 335067-0. Sendo
assim, intime-se o embargado para, querendo, manifestar-se no prazo de 05 (cinco) dias.
Pronuncie-se, ainda, o recorrido sobre o seu interesse em desistir da causa considerando a informação trazida aos autos pelo Estado de
Pernambuco sobre a sua adesão ao Programa Especial de Recuperação de Créditos Tributários (PERC), atentando-se para as disposições do
art. 4º da Lei Complementar Estadual n. 362/2017.
Intime-se. Cumpra-se.
Recife,
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ESTADO DE PERNAMBUCO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Gabinete Des. Antenor Cardoso Soares Junior
VISTAS AO ADVOGADO / 3ª
CDP
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PAUTA DE JULGAMENTO
Pauta de Julgamento da Sessão Ordinária do 4ª Câmara de Direito Público convocada para o dia 14 de dezembro de 2018, às 09:00 horas
na sala de Sessões do Primeiro andar.
Adiados
Adiado : Em 23/11/2018
Observação : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, dando por prejudicados os recursos
voluntários, o Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento
suspenso. O Des. Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
Adiado : Em 03/08/2018
Observação : "O Des. André Guimarães votou no sentido de negar provimento a apelação, no que
foi acompanhado pelo Des. Itamar pereira Júnior em seu voto vista apresentado nesta
sessão. Em seguida o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos ficando, assim, o
julgamento suspenso. Deve a secretaria encaminhar os autos ao gabinete do eminete
Des. Rafael Machado".
Adiado : Em 03/08/2018
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Observação : "O Des. André Guimarães votou dando provimento ao recurso, no que foi
acompanhado pelo Des. Itamar pereira Júnior em seu voto vista apresentado nesta
sessão. Em seguida o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos ficando, assim, o
julgamento suspenso. Deve a secretaria encaminhar os autos ao gabinete do eminete
Des. Rafael Machado".
Adiado : Em 03/08/2018
Observação : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães , negando provimento ao recurso, o
Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O
Des. Rafael Machado aguardará a apresentação do voto vista".
Adiado : Em 03/08/2018
Observação : "O Des. Itamar Pereira Júnior votou rejeitando a preliminar de nulidade por falta
de inclusão da FUNAPE e também da preliminar de prescrição do fundo de direito
e, no mérito, votou dando provimento ao recurso de apelação. O Des. André
Guimarães, em seu voto vista, apresentado nesta sessão com relação à preliminar de
nulidade por falta de inclusão da FUNAPE, votou acompanhando o eminente Relator
rejeitando-a. Quanto à preliminar de prescrição do fundo de direito apresentou voto
impresso em três laudas, divergindo do Relator para acolher a prelimnar e declarar
prescrita a pretensão formulada pela autora/agravada. Quanto ao mérito, o Des.
André Guimarães também apresentou voto vista em 05 laudas também divergindo
do eminente Relator em ordem a dar provimento ao recurso de agravo do Estado
de Pernambuco, em ordem a manter a sentença recorrida que julgou improcedente
a pretensão autoral. Após o voto vista do Des. André Guimarães, o Des. Rafael
Machado pediu vista dos autos, ficando, portanto, suspenso o julgamento. Proceda a
secretária a juntada do voto vista do desembargador André Guimarães e, em seguida,
proceda o encaminhamento dos autos ao gabinete do Des. Rafael Machado."
253
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Adiado : Em 03/08/2018
Observação : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, dando provimento ao reexame
necessário, declarando prejudicado o apelo. O Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista
dos autos ficando o julgamento suspenso. O Des. Rafael Machado aguardará a
apresentação do voto vista".
Adiado : Em 03/08/2018
Observação : " Após o voto do Relator, o Des. André Guimarães, dando provimento ao reexame
necessário, declarando prejudicado o apelo voluntário. O Des. Itamar Pereira Júnior
pediu vista dos autos ficando o julgamento suspenso. O Des. Rafael Machado
aguardará a apresentação do voto vista para exercer o seu direito de voto".
Adiado : Em 03/08/2018
Observação : O Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, votou pelo provimento parcial do recurso, o Des.
André Guimarães, em seu voto vista digitalizado em sete laudas, apresentado nesta
sessão, acompanhou o Relator discordando tão somente quanto a determinação
de conversão do auxílio-acidente em aposentadoria por invalidez após eventual
insucesso do processo de reabilitação. O Des. Rafael Machado pediu vista dos autos
ficando, assim, o julgamento suspenso".
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Adiado : Em 23/11/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso, o
Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O
Des. Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
Adiado : Em 03/08/2018
Observacao : " Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso de
apelação, o Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista, ficando o julgamento suspenso. O
Des. Rafael Machado aguardará o voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento ao recurso,
o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
André Guimarães aguardará a apresentação do voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento ao recurso,
o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
André Guimarães aguardará a apresentação do voto vista".
255
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Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento ao recurso,
o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
André Guimarães aguardará a apresentação do voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento ao recurso,
o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
André Guimarães aguardará a apresentação do voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, dando parcial provimento
ao recurso, o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento
suspenso. O Des. André Guimarães aguardará a apresentação do voto vista".
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Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento ao agravo
interno, o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos ficando, assim, o julgamento
suspenso. O Des. André Guimarães aguardará o voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, em duas laudas, negando
provimento ao recurso, mantendo-se a decisão de improcedência em todos os
seus termos, tudo sendo acompanhado pelo Des. André Guimarães, o Des. Rafael
Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso de
apelação e ao recurso adesivo, o Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos e em
sucessivo o Des. Rafael Machado também pediu vista, ficando, assim, o julgamento
suspenso".
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Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, dando provimento ao reexame
necessário e declarando prejudicado o apelo voluntário para reformar a sentença
a quo para julgar improcedentes os pedidos do autor, Des. Itamar Pereira Júnior
pediu vista dos autos, e, em sucessivo, o Des. Rafael Machado, ficando, assim, o
julgamento suspenso. Deve a secretaria encaminhar o processo primeiramente ao
gabinete do Des. Itamar Pereira Júnior e após os devidos estudos os autos deverão
ser encaminhados ao gabinete do Des. Rafael Machado".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento à apelação
para manter a sentença que extingue a execução fiscal, o Des. André Guimarães
votou acompanhando o Relator, porém por fundamento diverso conforme voto
apresentado nesta sessão, impresso em 01 lauda. Em seguida, o Des. Rafael
Machado pediu vista dos autos ficando o julgamento suspenso".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso, o
Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando, assim, o julgamento suspenso.
O Des. Itamar Pereira Júnior aguardará o voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
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Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, negando provimento ao recurso,
o Des. Rafael Machado pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
André Guimarães aguardará a apresentação do voto vista".
Adiado : Em 06/07/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. Itamar Pereira Júnior, dando parcial provimento ao
reexame necessário, tendo sido acompanhado pelo Des. Rafael Machado, O Des.
André Guimarães pediu vista dos autos ficando o julgamento suspenso".
Adiado : Em 23/11/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso, o
Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O
Des. Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
Adiado : Em 23/11/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso, o
Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O
Des. Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Adiado : Em 23/11/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, dando provimento ao recurso, o Des.
Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
Adiado : Em 23/11/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, negando provimento ao recurso, o
Des. Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O
Des. Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
Adiado : Em 23/11/2018
Observacao : "Após o voto do Relator, Des. André Guimarães, dando provimento ao recurso, o Des.
Itamar Pereira Júnior pediu vista dos autos, ficando o julgamento suspenso. O Des.
Josué de Sena aguardará a apresentação do voto-vista".
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Comarca : Recife
Vara : 1ª Vara de Acidentes do Trabalho da Capital
Apelante : JOSENILDA OLIVEIRA DE SOUZA
Advog : Rivadávia Nunes de Alencar Barros Neto(PE025410)
: e Outro(s) - conforme Regimento Interno TJPE art.66, III
Apelado : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
Procdor : Paulo Roberto de Lima
Procurador : Alda Virginia de Moura
Relator : Des. André Oliveira da Silva Guimarães
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Comarca : Recife
Vara : 7ª Vara da Fazenda Pública
Agravte : MUNICIPIO DO RECIFE
Procdor : Lorena Coêlho Gantois Massa
Agravdo : AILTON JORGE DOS SANTOS
Advog : Amaro Paes Barreto Albuquerque(PE009476)
: Marco antonio cavalcanti de sa e benevides(PE030178)
Relator : Des. Josué Antônio Fonseca de Sena
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Comarca : Recife
Vara : 1ª Vara de Acidentes do Trabalho da Capital
Autor : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS/GERÊNCIA CARUARU/PE
Procdor : Fábio Oliveira Fonseca
Réu : Josenildo Augusto da Silva
Advog : Osíris de Aguiar Augusto da Silva(PE032475)
Procurador : Alda Virginia de Moura
Relator : Des. Josué Antônio Fonseca de Sena
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Comarca : Recife
Vara : 8ª Vara da Fazenda Pública
Apelante : ARROZ EMOÇÕES
Advog : Ricardo Nogueira Souto(PE017880)
: Leonardo Coêlho(PE017266)
: Fábio José Ferreira Filho(PE033669)
Apelado : MUNICIPIO DO RECIFE
Procdor : Gustavo Henrique Baptista Andrade
Procurador : Francisco Sales De Albuquerque
Relator : Des. André Oliveira da Silva Guimarães
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PAUTA DE JULGAMENTO
DIRETORIA CÍVEL
PAUTA DE JULGAMENTO ELETRÔNICA DO DIA 14.12.2018
SESSÃO ORDINÁRIA - 4ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
O presente processo tramita de forma eletrônica por meio do sistema PJe. Independentemente de cadastro prévio, a parte/advogado poderá
realizar consulta através do seguinte endereço eletrônico: www.tjpe.jus.br/web/processo-judicial-eletronico/pje-2-grau/consulta-publica-de-
processos .
Toda a tramitação desta ação deverá ser feita por advogado, por meio do referido sistema, sendo necessária a utilização de Certificação Digital.
As instruções para cadastramento e uso do sistema
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Pauta de Julgamento da Sessão Ordinária ELETRÔNICA da 4ª Câmara de Direito Público convocada para o dia 14 de dezembro de 2018,
às 09:00 horas na sala de Sessões do Primeiro andar.
RELAÇÃO DE JULGAMENTO
Ordem: 001
Número: 0010946-22.2018.8.17.9000 (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO)
Data de Autuação: 17/09/2018
Polo Ativo: PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL / ESTADO DE PERNAMBUCO
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: MUNICIPIO DE ANGELIM
Advogado(s) do Polo Passivo: OZANO AUGUSTINHO DA SILVA JUNIOR(PE3068400A)
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 002
Número: 0007224-14.2017.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 28/07/2017
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: LAIS MACIEL DE LIMA / LUIZ GUSTAVO MARINHO DE LIMA
Advogado(s) do Polo Passivo: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 003
Número: 0010848-37.2018.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 13/09/2018
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: ALESSANDRO GONCALVES LEAL
Advogado(s) do Polo Passivo: EDIVANE CRISTINA TENóRIO DE ANDRADE BASTOS(PE0031492-A) / IRIS NOVAES BUDACH(PE0033895-A)
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 004
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Ordem: 005
Número: 0009301-59.2018.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 08/08/2018
Polo Ativo: COTONIFICIO JOSE RUFINO SA
Advogado(s) do Polo Ativo: ANDRE GUSTAVO DE ALBUQUERQUE FERREIRA DE VASCONCELOS(PE1566100A)
Polo Passivo: PREFEITURA MUNICIPAL DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
Advogado(s) do Polo Passivo: PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 006
Número: 0012243-64.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 15/10/2018
Polo Ativo: IRIS VICENTE DA SILVA
Advogado(s) do Polo Ativo: MARIO ALVES DE LIMA JUNIOR(PE0045255-A) / SIDNEY FRANCISCO DO NASCIMENTO(PE0045678-A)
Polo Passivo: FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL /
ESTADO DO PERNAMBUCO
Advogado(s) do Polo Passivo:
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 007
Número: 0011855-64.2018.8.17.9000 (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO)
Data de Autuação: 03/10/2018
Polo Ativo: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
Advogado(s) do Polo Ativo: PROCURADORIA REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
Polo Passivo: ADRIANO MARCIO CORREIA DE OLIVEIRA
Advogado(s) do Polo Passivo: SHYNAIDE MAFRA HOLANDA MAIA(PE0031037-A)
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ordem: 008
Número: 0011179-19.2018.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 20/09/2018
Polo Ativo: PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL / ESTADO DE PERNAMBUCO
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: JACKSON GOMES PEREIRA
Advogado(s) do Polo Passivo: HUGO FARIAS LINS DE ARAUJO(PE0039277-A)
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 009
Número: 0012743-33.2018.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 24/10/2018
Polo Ativo: PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL / ESTADO DE PERNAMBUCO
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: MARIA DULCE DE ANDRADE LINS
Advogado(s) do Polo Passivo: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 010
Número: 0011488-40.2018.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 26/09/2018
Polo Ativo: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
Advogado(s) do Polo Ativo: PROCURADORIA REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
Polo Passivo: FERNANDO FERREIRA DE LIMA FILHO
Advogado(s) do Polo Passivo: BRUNO ALENCAR CAMPELO DE MELO(PE0037924-A)
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Ordem: 011
Número: 0002300-23.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
300
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Ordem: 012
Número: 0011076-12.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 19/09/2018
Polo Ativo: HERMOGENES DA SILVA FERREIRA
Advogado(s) do Polo Ativo: AUGUSTO CESAR LIMA FERREIRA DOS SANTOS(PEA0261190)
Polo Passivo: PRESIDENTE DA COMISSãO DE PROMOçõES DA PMPE / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Passivo:
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 013
Número: 0011147-48.2017.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 13/11/2017
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: ARTUR VINICIUS PEDROSO DE LIMA
Advogado(s) do Polo Passivo: SANDRO GUSTAVO DE MORAES VIEIRA PEREIRA(PE0031931-A)
Relator: ITAMAR PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 014
Número: 0003295-49.2017.8.17.3090 (APELAÇÃO)
Data de Autuação: 13/11/2018
Polo Ativo: THAIS CUNHA DE ALBUQUERQUE MELO
Advogado(s) do Polo Ativo: SORAIA DE FATIMA VELOSO MARTINS BERTI(PE0031007-A)
Polo Passivo: PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL / ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA GERAL - SEDE
Advogado(s) do Polo Passivo:
301
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ordem: 015
Número: 0009331-94.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 09/08/2018
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: MARIA JOSE DA CONCEICAO FRANCA
Advogado(s) do Polo Passivo: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relator: ANDRE OLIVEIRA DA SILVA GUIMARAES
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 016
Número: 0012716-50.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 24/10/2018
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: ANTONIO SOARES DA SILVA
Advogado(s) do Polo Passivo: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relator: ANDRE OLIVEIRA DA SILVA GUIMARAES
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 017
Número: 0010766-06.2018.8.17.9000 (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO)
Data de Autuação: 12/09/2018
Polo Ativo: MUNICIPIO DE MOREILANDIA
Advogado(s) do Polo Ativo: LUIS ALBERTO GALLINDO MARTINS(PE0020189-A) / PROCURADORIA MUNICIPAL DE MOREILÂNDIA
Polo Passivo: ANTONIO FRANCIVANIO VIEIRA
Advogado(s) do Polo Passivo: KILDARE MELO PORDEUS(PE1109-A)
Relator: ANDRE OLIVEIRA DA SILVA GUIMARAES
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ordem: 018
Número: 0005350-57.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 17/05/2018
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: MANOEL DE BARROS FALCAO
Advogado(s) do Polo Passivo: RAFAEL PATU DE OLIVEIRA MACIEL(PE0037755-A)
Relator: ANDRE OLIVEIRA DA SILVA GUIMARAES
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 019
Número: 0008984-61.2018.8.17.9000 (AGRAVO DE INSTRUMENTO)
Data de Autuação: 01/08/2018
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: GABRIELLA OLIVEIRA SOUZA
Advogado(s) do Polo Passivo: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relator: ANDRE OLIVEIRA DA SILVA GUIMARAES
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
Outros Interessados: Ministério Público de Pernambuco
Ordem: 020
Número: 0009755-39.2018.8.17.9000 (AGRAVO INTERNO)
Data de Autuação: 17/08/2018
Polo Ativo: ESTADO DE PERNAMBUCO / PGE - PROCURADORIA DA FAZENDA ESTADUAL
Advogado(s) do Polo Ativo:
Polo Passivo: MANOEL DE BARROS FALCAO
Advogado(s) do Polo Passivo: RAFAEL PATU DE OLIVEIRA MACIEL(PE0037755-A)
Relator: ANDRE OLIVEIRA DA SILVA GUIMARAES
Situação: Pautado
Sobra(s):
Procurador:
Observação:
303
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Petição nº 0490013-2
304
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Cuida-se de processo de PETIÇÃO, pugnando pela atribuição de efeito suspensivo à Apelação Cível de nº 0496759-7, na qual ficou decidido,
ipsis litteris:
"Trata-se de Reexame Necessário e Apelação Cível em face de sentença (fls. 247/252), que julgou procedente o pleito autoral, "concedendo a
tutela provisória liminarmente" no sentido de determinar ao Estado a convocação dos autores/apelados "para realizarem as demais etapas do
Concurso Público de Soldado da Polícia de Pernambuco (exame de saúde, teste de aptidão física e teste psicotécnico) e, caso considerados
aptos, sejam matriculados no Curso de Formação de Soldados da PMPE e, ao final do curso sejam nomeados e empossados no cargo de
soldado." Honorários advocatícios serão fixados quando liquidado o julgado (art. 85, §4º, II, do CPC/15.
Em face da tutela provisória concedida na sentença, foi apresentada PETIÇÃO nº 0490013-2, na qual o Estado pugna pela atribuição de efeito
suspensivo à apelação de fls. 254/262, o que foi deferido pelo Desembargador Jorge Américo (fls. 24/32), em face da qual foi interposto Agravo
Regimental no PJE nº 0000078-82.2018.8.17.9000.
Através do despacho de fls. 96, foi determinado o apensamento do processo acima referido (PETIÇÃO nº 0490013-2), aos presentes autos, haja
vista a prevenção desta relatoria.
Em suas razões recursais (fls. 254/262), o Ente Público requer o recebimento da apelação em seu duplo efeito, pretendendo, ainda, a reforma
do julgado, aduzindo, em síntese, que os apelados foram aprovados fora do número de vagas oferecidas no edital (2.100), não possuindo,
portanto, direito subjetivo a nomeação, mesmo na hipótese de ocorrência de vagas durante o prazo de validade do concurso, posto que eventual
preenchimento é pautado estritamente por critérios de conveniência e oportunidade da Administração.
Contrarrazões (fls. 266/299), pugnando pelo improvimento do apelo fazendário, ao argumento de que através da LCE nº 152/2009, criou-se um
efetivo de caráter urgente e necessário, no total de 26.137 soldados. Acontece que o quadro efetivo atual é de 18.000, existindo, assim, um déficit
de mais de 6.000,00 policiais, "Logo a (comprovação de pessoal em caráter precário fica evidenciada)".
Manifestação da douta Procuradoria de Justiça (fls. 455/457v.), opinando pelo provimento do recurso de apelação, "com a cassação do julgado
proferido em primeira instância", por entender "ser indevido ao Judiciário interferir em matérias que digam respeito exclusivamente à conveniência
e à oportunidade aferíveis unicamente pelo Administrador da coisa pública, o qual em face disso e dos limites orçamentários que lhe são impostos,
pode ou não realizar o chamamento dos candidatos aprovados e classificados fora do número de vagas ofertadas pelo comando editalício."
Autos conclusos.
É o relatório, decido.
É assente na jurisprudência a existência de direito à nomeação em cargo público dos candidatos aprovado fora do número de vagas ofertadas,
apenas nos casos de não observância da ordem de classificação, preterição por servidores contratados temporariamente ou demonstrado o não
provimento por decisão administrativa arbitrária e imotivada, conforme entendimento do STF, proferido em em REPERCUSSÃO GERAL:
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a convocação dos últimos colocados de concurso público na validade ou a dos primeiros aprovados em um novo concurso. Essa escolha é
legítima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra obstáculo em qualquer preceito constitucional. 5. Consectariamente, é cediço que
a Administração Pública possui discricionariedade para, observadas as normas constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor convier
para o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em função de razões orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos
em um futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese de restar caracterizado que não mais serão necessários. 6. A publicação
de novo edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas durante a validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só,
a necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a despeito da vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a validade
do concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo,
de modo a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à nomeação dos aprovados em colocação além do número
de vagas. Nesse contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso público que
esteja na validade ou a realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de
novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o
direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por
parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de
nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade
da Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null),
fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do
número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação
(Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição
de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se,
excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro da validade do
processo seletivo e, também, logo após expirado o referido prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da existência
de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento (STF, RE 837311, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 09/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL
- MÉRITO).
In casu, denota-se dos autos, ter sido aberto processo seletivo destinado ao preenchimento de 2.100 vagas na carreira de Soldado da Polícia
Militar, nos termos da Portaria conjunta SAD/SDS nº 101/2009.
Todavia, conforme Ofício n° 031/2017-GGAIIC/SDS colacionado às fls. 326v., verifica-se que os autores não foram aprovados dentro do
supracitado número de vagas ofertas, tendo obtido as seguintes classificações:
Ademais, inobstante o item 5.1 do edital, tenha previsto a possibilidade de participação de 6.300 candidatos para a segunda fase do referido
certame, não alcançaram os apelados à classificação devida para continuar participando do concurso em tela, nos exatos termos abaixo transcrito:
5.1 - Participação dos Exames de Aptidão Física que serão realizados exclusivamente na Cidade do Recife, os candidatos aprovados no Exame
de Conhecimento e cujas notas nesse exame classifiquem-se entre as 6.300 (seis mil e trezentas) mais altas.
Cumpre, ainda, ressaltar que, a opção do Governo do Estado em convocar mais candidatos além do estabelecido no edital ou mesmo nomear
além das vagas ofertadas é ato discricionário da Administração, não gerando obrigação de convocar todos os inscritos no certame.
Nesse sentido:
Outrossim, não comprovaram os requerentes/recorridos a existência de qualquer preterição, não possuindo, portanto, o direito subjetivo alegado.
Confira-se:
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"ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DAS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. CONTRATAÇÃO
DE EMPRESA TERCEIRIZADA. PRETERIÇÃO DE CANDIDATO COMPROVADA. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. ACÓRDÃO EM
CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ. VIOLAÇÃO DO SEU DIREITO LÍQUIDO. OCORRÊNCIA. PRETENSÃO
DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 1. O Tribunal a quo decidiu de acordo com jurisprudência desta Corte, no sentido de que tem
direito subjetivo à nomeação o candidato aprovado dentro do número de vagas em concurso público durante o prazo de validade do concurso ou
quando há a contratação precária de outras pessoas para execução do serviço. Incidência da Súmula 83/STJ. 2. Ademais, a Corte de origem, com
amparo nos elementos de convicção dos autos, concedeu a segurança pleiteada no mandando de segurança ao entender que foi devidamente
comprovada a preterição da agravada e a violação ao seu direito líquido. 2. Entendimento insuscetível de revisão, nesta via recursal, por demandar
apreciação de matéria fática, inviável em recurso especial, dado o óbice da Súmula 7/STJ. (STJ - AgRg no Ag. em Resp. nº 418.359 - RO,
Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 27/02/2014, g.n.)."
Isto posto, com fulcro no art. 932, IV, "b", do CPC/15, dou provimento ao reexame necessário, reformando-se a sentença para julgar improcedente
a presente ação, revogando a tutela antecipada deferida, prejudicado o apelo voluntário, bem como a PETIÇÃO n° 0490013-2 apensada aos
presentes autos e, também o Agravo Regimental PJE nº 0000078-82.2018.8.17.9000.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.
P. R. I.
Recife,
Isto posto, julgado o mérito da Apelação Cível nº 0496759-7, houve a perda superveniente do objeto da presente PETIÇÃO de nº 0490013-2 e,
consequentemente do Agravo Regimental PJE nº 0000078-82.2018.8.17.9000.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.
P. R. I.
Recife, 29 de novembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
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Trata-se de Reexame Necessário e Apelação Cível em face de sentença (fls. 247/252), que julgou procedente o pleito autoral, "concedendo a
tutela provisória liminarmente" no sentido de determinar ao Estado a convocação dos autores/apelados "para realizarem as demais etapas do
Concurso Público de Soldado da Polícia de Pernambuco (exame de saúde, teste de aptidão física e teste psicotécnico) e, caso considerados
aptos, sejam matriculados no Curso de Formação de Soldados da PMPE e, ao final do curso sejam nomeados e empossados no cargo de
soldado." Honorários advocatícios serão fixados quando liquidado o julgado (art. 85, §4º, II, do CPC/15.
Em face da tutela provisória concedida na sentença, foi apresentada PETIÇÃO nº 0490013-2, na qual o Estado pugna pela atribuição de efeito
suspensivo à apelação de fls. 254/262, o que foi deferido pelo Desembargador Jorge Américo (fls. 24/32), em face da qual foi interposto Agravo
Regimental no PJE nº 0000078-82.2018.8.17.9000.
Através do despacho de fls. 96, foi determinado o apensamento do processo acima referido (PETIÇÃO nº 0490013-2), aos presentes autos, haja
vista a prevenção desta relatoria.
Em suas razões recursais (fls. 254/262), o Ente Público requer o recebimento da apelação em seu duplo efeito, pretendendo, ainda, a reforma
do julgado, aduzindo, em síntese, que os apelados foram aprovados fora do número de vagas oferecidas no edital (2.100), não possuindo,
portanto, direito subjetivo a nomeação, mesmo na hipótese de ocorrência de vagas durante o prazo de validade do concurso, posto que eventual
preenchimento é pautado estritamente por critérios de conveniência e oportunidade da Administração.
Contrarrazões (fls. 266/299), pugnando pelo improvimento do apelo fazendário, ao argumento de que através da LCE nº 152/2009, criou-se um
efetivo de caráter urgente e necessário, no total de 26.137 soldados. Acontece que o quadro efetivo atual é de 18.000, existindo, assim, um déficit
de mais de 6.000,00 policiais, "Logo a (comprovação de pessoal em caráter precário fica evidenciada)".
Manifestação da douta Procuradoria de Justiça (fls. 455/457v.), opinando pelo provimento do recurso de apelação, "com a cassação do julgado
proferido em primeira instância", por entender "ser indevido ao Judiciário interferir em matérias que digam respeito exclusivamente à conveniência
e à oportunidade aferíveis unicamente pelo Administrador da coisa pública, o qual em face disso e dos limites orçamentários que lhe são impostos,
pode ou não realizar o chamamento dos candidatos aprovados e classificados fora do número de vagas ofertadas pelo comando editalício."
Autos conclusos.
É o relatório, decido.
É assente na jurisprudência a existência de direito à nomeação em cargo público dos candidatos aprovado fora do número de vagas ofertadas,
apenas nos casos de não observância da ordem de classificação, preterição por servidores contratados temporariamente ou demonstrado o não
provimento por decisão administrativa arbitrária e imotivada, conforme entendimento do STF, proferido em em REPERCUSSÃO GERAL:
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do concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo,
de modo a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à nomeação dos aprovados em colocação além do número
de vagas. Nesse contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso público que
esteja na validade ou a realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de
novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o
direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por
parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de
nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade
da Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null),
fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do
número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação
(Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição
de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se,
excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro da validade do
processo seletivo e, também, logo após expirado o referido prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da existência
de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento (STF, RE 837311, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 09/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL
- MÉRITO).
In casu, denota-se dos autos, ter sido aberto processo seletivo destinado ao preenchimento de 2.100 vagas na carreira de Soldado da Polícia
Militar, nos termos da Portaria conjunta SAD/SDS nº 101/2009.
Todavia, conforme Ofício n° 031/2017-GGAIIC/SDS colacionado às fls. 326v., verifica-se que os autores não foram aprovados dentro do
supracitado número de vagas ofertas, tendo obtido as seguintes classificações:
Ademais, inobstante o item 5.1 do edital, tenha previsto a possibilidade de participação de 6.300 candidatos para a segunda fase do referido
certame, não alcançaram os apelados à classificação devida para continuar participando do concurso em tela, nos exatos termos abaixo transcrito:
5.1 - Participação dos Exames de Aptidão Física que serão realizados exclusivamente na Cidade do Recife, os candidatos aprovados no Exame
de Conhecimento e cujas notas nesse exame classifiquem-se entre as 6.300 (seis mil e trezentas) mais altas.
Cumpre, ainda, ressaltar que, a opção do Governo do Estado em convocar mais candidatos além do estabelecido no edital ou mesmo nomear
além das vagas ofertadas é ato discricionário da Administração, não gerando obrigação de convocar todos os inscritos no certame.
Nesse sentido:
Outrossim, não comprovaram os requerentes/recorridos a existência de qualquer preterição, não possuindo, portanto, o direito subjetivo alegado.
Confira-se:
"ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DAS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. CONTRATAÇÃO
DE EMPRESA TERCEIRIZADA. PRETERIÇÃO DE CANDIDATO COMPROVADA. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. ACÓRDÃO EM
CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ. VIOLAÇÃO DO SEU DIREITO LÍQUIDO. OCORRÊNCIA. PRETENSÃO
DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 1. O Tribunal a quo decidiu de acordo com jurisprudência desta Corte, no sentido de que tem
direito subjetivo à nomeação o candidato aprovado dentro do número de vagas em concurso público durante o prazo de validade do concurso ou
quando há a contratação precária de outras pessoas para execução do serviço. Incidência da Súmula 83/STJ. 2. Ademais, a Corte de origem, com
amparo nos elementos de convicção dos autos, concedeu a segurança pleiteada no mandando de segurança ao entender que foi devidamente
comprovada a preterição da agravada e a violação ao seu direito líquido. 2. Entendimento insuscetível de revisão, nesta via recursal, por demandar
apreciação de matéria fática, inviável em recurso especial, dado o óbice da Súmula 7/STJ. (STJ - AgRg no Ag. em Resp. nº 418.359 - RO,
Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 27/02/2014, g.n.)."
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Isto posto, com fulcro no art. 932, IV, "b", do CPC/15, dou provimento ao reexame necessário, reformando-se a sentença para julgar improcedente
a presente ação, revogando a tutela antecipada deferida, prejudicado o apelo voluntário, bem como a PETIÇÃO n° 0490013-2 apensada aos
presentes autos e, consequentemente o Agravo Regimental PJE nº 0000078-82.2018.8.17.9000.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.
P. R. I.
Recife, 29 de novembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Trata-se de Apelação Cível diante de sentença (fls. 479/481) de improcedência do pedido do Autor de nomeação ao cargo de Professor PII
(matemática) do Município de Ipojuca.
Arbitrados honorários advocatícios sucumbenciais em 10% (dez por cento) do valor da causa.
Em suas razões recursais (fls. 485/531), o Apelante alega ter ocorrido o Cerceamento de Defesa, pois o Juízo a quo entendeu não ser necessária
a produção de novas provas além das existentes nos autos.
No mérito, aduz fazer jus à nomeação no cargo de Professor PII - matemática, ante o fato do Ente Público contratar de forma precária professores
para exercer o mesmo cargo no qual foi aprovado no Concurso Público que expirou em 16/01/2016.
Defende ter o Tribunal de Justiça Estado de Pernambuco pacificado entendimento no sentido de convalidação do direito subjetivo em líquido
e certo à nomeação de candidato aprovado em Concurso Público, quando realizadas da contratações precárias para o exercício das mesmas
funções.
Argumenta a inexistência de "oneração excessiva da máquina administrativa, que continuará a contar com o mesmo quantitativo de pessoal,
porém substituindo os contratados precários por concursados", inexistindo periculum in mora inverso.
Por fim, pede a sua nomeação e posse desconsiderando a lista do Concurso Público, à vista que muitos candidatos não procuraram a Justiça
para questionar as ilegalidades cometidas pelo Município de Ipojuca.
Em contraminuta (fls. 536/542), o apelado argui, preliminarmente, a impossibilidade de julgamento do presente recurso, por não ter o apelante
recolhido as custas processuais e, no mérito, postula pela manutenção da sentença em todos os seus termos.
Parecer da douta Procuradoria de Justiça (fls. 564/570), pelo desprovimento do recurso.
Autos conclusos.
É o relatório, decido monocraticamente.
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É cediço ser de competência do julgador analisar as provas dos autos para formação do seu convencimento devidamente fundamentado,
afastando a produção de provas que entender inúteis, hipótese não constante no presente feito, ante a ausência de pleito neste sentido.
Neste mesmo sentido é o julgado abaixo colacionado:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PAD.
REINTEGRAÇÃO AO CARGO DE AUDITOR FISCAL DO TRABALHO. IMPEDIMENTO. INEXISTÊNCIA. UTILIZAÇÃO DE PROVA PRODUZIDA
EM INQUÉRITO POLICIAL. POSSIBILIDADE. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE
DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. 1. O art. 156, § 1º, da Lei nº 8.112/1990 possibilita a denegação de pedidos impertinentes, meramente protelatórios ou de
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos (MS 23.268, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ 07/06/2002), conjurando a alegação
genérica de cerceamento de defesa. 2. In casu, os pedidos de produção de prova foram justificadamente indeferidos pela Comissão do Processo
Administrativo Disciplinar. 3. Agravo regimental a que se nega provimento, ficando mantida a decisão agravada pelos seus próprios fundamentos
(RMS 28914 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 13/10/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-214 DIVULG 26-10-2015
PUBLIC 27-10-2015).
Isto posto, rejeito a prefacial de cerceamento de defesa por ausência de produção de provas.
Igualmente em preliminar, o apelado arquiu a impossibilidade de julgamento do presente recurso, por não ter o apelante recolhido as custas
processuais.
Contudo, às fls. 533 consta Declaração de Hipossuficiência do Recorrente, sendo esta suficiente para concessão dos benefícios previstos no
art. 98 e 99, §3º, do CPC/15, in verbis:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e
os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo
ou em recurso.
[...]
§3o. Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Neste sentido é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consoante se infere do aresto abaixo colacionado:
No mérito, é assente na jurisprudência a existência de direito à nomeação em cargo público dos candidatos aprovado fora do número de vagas
ofertadas, apenas nos casos de não observância da ordem de classificação, preterição por servidores contratados temporariamente ou preterição
de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração, conforme entendimento do STF firmado em
sede de Repercussão Geral e demais julgados adiante ementados:
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a Administração Pública possui discricionariedade para, observadas as normas constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor convier
para o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em função de razões orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos
em um futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese de restar caracterizado que não mais serão necessários. 6. A publicação
de novo edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas durante a validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só,
a necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a despeito da vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a validade
do concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo,
de modo a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à nomeação dos aprovados em colocação além do número
de vagas. Nesse contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso público que
esteja na validade ou a realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de
novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o
direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por
parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de
nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade
da Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null),
fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do
número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação
(Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição
de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se,
excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro da validade do
processo seletivo e, também, logo após expirado o referido prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da existência
de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento (STF, RE 837311, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 09/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL
- MÉRITO)
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PARA O CARGO DE PROFESSOR. CANDIDATO APROVADO
FORA DO NÚMERO DE VAGAS. EXISTÊNCIA DE PROCESSO SELETIVO PARA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PROFESSORES. A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que o candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas previstas
no Edital tem mera expectativa de direito. Tal expectativa se convola em direito nos casos em que, durante a vigência do concurso, mesmo
havendo a criação de novas vagas ou a vacância do respectivo cargo em número que alcance a classificação do candidato, a Administração
Pública promove a contratação temporária de servidores para exercer a função inerente àqueles cargos. No caso dos autos, entretanto, embora
tenha havido a realização, no prazo de vigência do concurso, de processo seletivo para contratação temporária de professores, o impetrante
não comprovou a existência de cargos vagos de provimento efetivo em número suficiente a alcançá-lo na lista de classificação, de modo que a
simples existência de contratação precária e emergencial não gera direito à nomeação. Agravo regimental desprovido (AgRg no RMS 33.514/
MA, Rel. Ministro Ari Pargendler, Primeira Turma, julgado em 02/05/2013).
No caso sub judice, infere-se às fls. 73 a oferta de 01 (uma) vaga de ampla concorrência para o cargo de Professor PII - Matemática no Concurso
Público do Município de Ipojuca (Edital nº 001/2013), tendo o Apelante sido aprovado na 83ª colocação (fls. 114).
Todavia, como bem ressaltou a douta Procuradoria de Justiça, as provas dos autos, em especial os documentos coligidos às fls. 95/109 e 131/149,
não são aptas a demonstrar a efetiva contratação temporária para o mesmo cargo no qual o apelante foi classificado, qual seja, Professor II.
Diante de todo o exposto, com fulcro no art. 932, IV, "b", do CPC e em consonância com o parecer ministerial, nego provimento ao presente
apelo, mantendo a sentença vergastada em todos os seus termos.
Com o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem, para fins de direito.
P. R. I.
Recife, 29 de novembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
312
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Trata-se de Apelação Cível interposta em face da sentença (fls. 43/45), a qual rejeitou os Embargos à Execução, sob o
argumento de que não é necessário o trânsito em julgado para o pedido de cumprimento provisório do título executivo judicial, em face da fazenda
pública.
O órgão a quo entendeu ser necessário o trânsito em julgado apenas para a inscrição do crédito exequendo, quando da expedição de precatório
ou RPV, não sendo este o caso dos autos, pois a demanda embargada, como supracitado, trata-se de cumprimento provisório de título executivo
judicial.
O magistrado condenou, ainda, o Apelante ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios arbitrados
em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da execução, consoante previsto nos arts. 82 e 85, caput e §§ 2º e 3º do CPC/2015.
Em suas razões (fls. 50/57), o Apelante aduz, preliminarmente, a ausência dos requisitos de exigibilidade do título, porquanto lhe faltaria liquidez,
tendo em vista a inexistência da fase de liquidação judicial, a fim de se chegar ao real valor decorrente da obrigação de pagar imposta a Edilidade.
No mérito, afirma a impossibilidade de execução provisória em face da Fazenda Municipal, pois "inexiste risco ao descumprimento do crédito
constituído no âmbito da sentença judicial", porque há presunção de solvência de todos os entes públicos.
Ao final, requer o provimento do Apelo para reformar a sentença hostilizada.
Contrarrazões apresentadas (fls. 64/70), pelo improvimento da Apelação Cível.
Parecer da Douta Procuradoria de Justiça (fls. 91/92), pela não intervenção no feito.
É o relatório. Passo a decidir monocraticamente.
Quanto à preliminar de ausência de exigibilidade do título executivo, ante a inexistência de liquidez, por não ter sido realizada a liquidação da
sentença, esta não merece prosperar. Vejamos:
Como bem elucidado pelo magistrado de primeiro grau, é possível a apuração do quantum debeatur, da sentença proferida, por meio de simples
cálculos aritméticos capazes de determinar o valor a ser executado, não tendo o condão de excluir a liquidez do título executivo.
Entendimento este positivado no art. 509, §2º c/c o art. 786, do CPC, conforme in verbis:
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
(...)
§ 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante
do título.
Ademais, embora o Apelante afirme que na sentença condenatória o órgão a quo determinou a apuração dos valores devidos por meio de
liquidação do julgado, isto não obsta a utilização de outros meios a fim de apurar o montante do valor adequado, pois perfeitamente possível
aplicar-se, ao presente caso, o princípio da fungibilidade, quando verificada a viabilidade de apuração do quantum debeatur por outro meio, hábil
a possibilitar a execução.
Neste sentido é a Súmula 344, do STJ, a qual reafirma a possibilidade de aplicarem-se diferentes formas de liquidação do decisum, ainda que
de outro modo tenha-se determinado na sentença, porquanto não há ofensa a coisa julgada, vejamos:
Súmula nº 344, do STJ: A liquidação por forma diversa da estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada.
Assim também é o entendimento cristalizado neste Sodalício em caso semelhante, consoante abaixo transcrito:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL, EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. APELAÇÃO.
LIQUIDAÇÃO DETERMINADA NO TÍTULO EXEQUENDO. SÚMULA Nº 344 DO STJ. POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO. APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE ÀS FORMAS DE LIQUIDAÇÃO. AUSÊNCIA DE QUALQUER VÍCIO DE PROCEDIMENTO A CONTAMINAR
A COMPREENSÃO DO JULGADO. OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONSTITUEM MEIO HÁBIL AO REEXAME DA MATÉRIA,
RESTRINGINDO-SE APENAS ÀS HIPÓTESES ELENCADAS NO ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA LIDE. IMPOSSIBILIDADE.
REJEIÇÃO DOS ACLARATÓRIOS.1. De acordo com o artigo 1.022 do Código de Processo Civil de 2015 (NCPC), a função dos embargos
de declaração deve ser, unicamente, afastar do julgado qualquer omissão necessária para a solução da lide, não permitir a obscuridade
por acaso identificada, extinguir qualquer contradição entre premissa argumentada e a conclusão assumida ou ainda corrigir erro material
por acaso identificado, resumindo-se assim em complementar o julgado atacado, afastando-lhe vícios de compreensão.2. Os casos previstos
para manifestação dos aclaratórios são específicos, de modo que somente são admissíveis quando houver, ainda que para efeito de
prequestionamento, obscuridade, contradição, omissão ou erro material em questão sobre a qual deveria o órgão julgador pronunciar.3. Da
leitura do acórdão embargado, percebe-se que acerca da forma de liquidação da sentença, consignou-se, expressamente, que "na esteira do
que preconiza a Súmula nº 344 do STJ , a forma como deve ser liquidada uma decisão, assim como os meios executivos determinados pelo
magistrado, não se sujeitam a coisa julgada, razão pela qual, ainda que o título pré-estabeleça que a liquidação deve ser feita por determinada
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
espécie de liquidação, nada impede que se faça por outra, se o seu procedimento se afigurar suficiente para a complementação da atividade
cognitiva".4. E que "escorreita se mostra a sentença ora apelada, que reconheceu a exigibilidade do título, haja vista que no caso em tela
a apuração do valor exequendo, de fato, apenas depende de simples cálculo aritmético, posto que as informações insertas no título judicial
exequendo permitem que se chegue ao valor devido, apto a ensejar legitimamente a execução da fazenda pública ora devedora, nos moldes
preconizados pelo art. 509, §2º c/c o parágrafo único do art. 786 do NCPC."5. Por fim, registrou o acórdão embargado, "que o ora apelante
em momento algum dos autos manifestou questionamento acerca dos referidos cálculos, cingindo-se apenas a asseverar a necessidade da
existência de prévia liquidação, pelo simples fato de constar da sentença condenatória tal comando, sem apontar que tipo de providência far-
se-ia necessária para a complementação da decisão."6. O julgado recorrido contém a necessária motivação, pronunciando-se explicitamente
sobre as questões relevantes para o deslinde da controvérsia. Não está o julgador obrigado a decidir a lide conforme o pleiteado pelas partes,
mas sim conforme o seu livre convencimento (art. 371, do NCPC), com base nos fatos, provas, jurisprudência, aspectos pertinentes ao tema e
legislação que entender aplicável ao caso.7. As questões deduzidas nos presentes Embargos de Declaração não condizem com quaisquer das
hipóteses previstas no art. 1.022 do NCPC; ao contrário, o recurso está sendo manuseado com o nítido propósito de rediscutir o mérito da lide já
devidamente apreciado por esta Câmara de Direito Público, o que não é possível nas vias estreitas dos aclaratórios.8. Embargos de declaração
desprovidos. Decisão unânime. (Embargos de Declaração 487686-00000376-85.2014.8.17.1120, Rel. Jorge Américo Pereira de Lira, 1ª Câmara
de Direito Público, julgado em 10/04/2018, DJe 19/04/2018)
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. EMBARGOS À EXECUÇÃO DE SENTENÇA ORIUNDA DE AÇÃO
COLETIVA. JUROS DE MORA DECORRENTE DE DIFERENÇAS SALARIAIS. PAGAMENTO ADMINISTRATIVO DO DÉBITO EXEQUENDO.
RECONHECIMENTO DO PEDIDO. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO E DOS EMBARGOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO.
RATIFICAÇÃO DO RECURSO ESPECIAL CONTRA O ACÓRDÃO DA APELAÇÃO. ERRO MATERIAL EVIDENCIADO. DISCUSSÃO SOBRE
A POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA. PERDA DE OBJETO. SUPERVENIÊNCIA DO TRÂNSITO EM JULGADO. INOVAÇÃO
RECURSAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. FUNDAMENTO INATACADO. ADVOCATÍCIOS DA EXECUÇÃO E DOS EMBARGOS.
CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE.
1. O pagamento no âmbito administrativo implica o reconhecimento do pedido, ensejando a extinção da execução, com o arbitramento de
honorários em favor do advogado do exequente. Precedentes. 2. A ratificação do apelo nobre que fora manejado em face do julgamento da
apelação no recurso especial interposto contra o julgamento dos embargos infringentes µ permite o conhecimento da irresignação voltada contra
a parte unânime do acórdão recorrido. 3. No que tange aos juros moratórios, o dispositivo da decisão agravada, ao consignar o provimento
parcial do recurso especial dos servidores, incidiu em erro material, uma vez que, confirmado o acórdão recorrido sobre essa matéria, deveria
ter concluído pela negativa de seguimento do apelo especial. 4. A superveniência do trânsito em julgado da sentença exequenda, antes da
ocorrência de quaisquer levantamentos de valores, prejudica a discussão relativa à impossibilidade de execução provisória contra a Fazenda
Pública. Precedentes. 5. Inviável a análise de matéria que não foi analisada pelo acórdão recorrido e nem ventilada no recurso especial, tendo em
vista constituir indevida inovação recursal, insuscetível de conhecimento. 6. Ante a ausência de prequestionamento, não é possível rever matéria
que não foi objeto de debate no Tribunal a quo. Incidem na espécie os óbices das Súmulas 282 e 356 do STF. 7. Assentando-se o acórdão
recorrido em mais de um fundamento, suficientes, por si sós, para manter a decisão, inviável o conhecimento do recurso se a parte deixar de
infirmar um deles (Súmula 283 do STF).8. A jurisprudência desta Corte Superior firmou o entendimento de que os honorários advocatícios da
execução e dos embargos em face dela opostos são cumulativos, sendo que a soma dos dois não deve ultrapassar o limite de 20% (vinte por
cento) previsto no art. 20, § 3º, do Código de Processo Civil. 9. Execução extinta em relação a alguns exequentes, ficando prejudicado o agravo
regimental da União quanto a esses servidores. Execução parcialmente extinta em relação a outros servidores. Agravo parcialmente conhecido
quanto aos demais servidores e, nessa extensão, provido apenas para corrigir erro material. (STJ; AgRg no AgRg no REsp 1076756 / PR; Ministro
GURGEL DE FARIA; T5 - QUINTA TURMA; DJe 03/08/2015)
Feitas essas considerações, com fulcro no art. 932, IV, "a", rejeito a preliminar suscitada e, no mérito, nego provimento à Apelação Cível, mantendo-
se a sentença hostilizada em todos os seus termos, eis estar de acordo com o entendimento do STJ e deste Sodalício.
P. I.
Recife, 06 de novembro de 2018.
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Trata-se de Apelação Cível interposta em face da sentença (fls. 16/18), a qual julgou procedente o pleito autoral, no sentido de compelir o Instituto
recorrente ao adimplemento, conforme planilha anexada, haja vista o reconhecimento da existência de crédito exeqüendo, decorrente de decisão
condenatória proferida na Ação Coletiva tombada sob o nº 0006563-21.2010.8.17.1130, cuja mesma constituiu título executivo judicial, com a
consequente expedição de precatório/RPV à presidência do TJPE.
Por último, condenou o apelante, Instituto de Gestão Previdenciária do Município de Petrolina- IGEPREV, ao pagamento de custas processuais
e honorários advocatícios arbitrados em 10% (dez por cento) incidente sobre o valor da dívida a ser adimplida.
Em suas razões os apelantes (fls. 20/24), alegam, em suma, a impossibilidade de condenação em honorários sucumbenciais, pois não houve
impugnação pelas demandadas, não tendo sido oferecida qualquer oposição ou resistência ao pedido exequendo.
Ao final, pugnam pelo provimento da apelação.
Contrarrazões (fls. 27/29) pela manutenção da sentença quanto ao mérito, requerendo a majoração dos ônus sucumbenciais fixados.
Manifestou-se a douta Procuradoria de Justiça às fls. 43/44 pela ausência de interesse.
Autos conclusos.
É o relatório, decido monocraticamente.
Ingressou o autor/recorrido com a ação nominada, equivocadamente, de Liquidação individual de Sentença, requerendo, em verdade, A
EXECUÇÃO DO TITULO JUDICIAL, nos termos da planilha de fls. 08/10, decorrente de Ação Coletiva n 0006563-21.2010.8.17.1130, transitada
em julgado (fls. 13), no qual os apelantes foram condenados a restituir os valores recolhidos indevidamente à título de contribuição previdenciária
sobre o abono de férias.
Devidamente citado para cumprir o julgado, podendo opor embargos à execução (fls. 15/15v.), deixou o recorrente transcorrer in albis o prazo
assinalado, conforme certidão de fls. 15v.
Ora, sabe-se que em processo de execução contra a Fazenda Pública, baseado em título judicial derivado de ação coletiva, são devidos os
honorários advocatícios, mesmo não havendo oposição ou resistência por parte do Ente Público, conforme Súmula 345 do STJ, in verbis:
SÚMULA N. 345:
São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda que não
embargadas.
APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL (CONTRA A FAZENDA PÚBLICA), DERIVADO DE AÇÃO COLETIVA. AUSÊNCIA
DE OBJEÇÃO DA FAZENDA EXECUTADA. CABÍVEL A CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS, NOS MOLDES DA SÚMULA Nº 345, DO STJ.
INAPLICABILIDADE DA REGRA DO ART. 1º-D, DA LEI Nº 9.494/97. APELO IMPROVIDO. 1. Apesar de nominar o feito de "Ação de Liquidação
Individual", a autora em verdade requereu, a final, a citação das partes demandadas para opor embargos à execução, na forma do art. 730 do
CPC/73. 2. Assim, trata-se, em verdade, de processo de execução em face da Fazenda Pública, com lastro em título judicial derivado de ação
coletiva. 3. A sentença apelada julgou procedente o pedido formulado na referida 'ação de liquidação individual de sentença coletiva', em face
da qual o IGPREV apelante não se opôs. 4. Nesse cenário, razão assiste à exequente/apelada ao afirmar a incidência, na hipótese, da Súmula
nº 345 do STJ, nos termos da qual "são devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções individuais de sentença proferida
em ações coletivas, ainda que não embargadas". 5. Com efeito, em sede de Embargos de Divergência em Recurso Especial (EREsp 675766), o
STJ fixou entendimento no sentido de afastar a aplicação da regra do art. 1º-D, da Lei nº 9.494/97 - que dispensa a condenação em honorários
em execuções contra a Fazenda Pública não embargadas - às hipóteses de execuções não embargadas (pela Fazenda devedora) de sentenças
proferidas em ações coletivas. 6. Apelo improvido, à unanimidade. (Apelação 495026-90013166-71.2014.8.17.1130, Rel. Francisco José dos
Anjos Bandeira de Mello, 2ª Câmara de Direito Público, julgado em 08/02/2018, DJe 23/02/2018).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Dessa forma, correta a sentença a qual condenou o IGEPREV ao pagamento do ônus sucumbencial, não devendo, portanto, ser majorado o
percentual fixado em 10% (dez por cento) sobre a condenação (conforme pretendido pela recorrida em suas contrarrazões - fls. 27/29), por se
mostrar o valor arbitrado condizente com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, tendo em vista a ausência de oposição do órgão
público.
Pelo exposto, com fulcro no art. 932, IV, "a", do CPC/15, nego provimento ao recurso de apelação, por estar a sentença de acordo com o
preconizado na Súmula 345 do STJ.
Com o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem, para fins de direito.
P. R. I.
Recife, 29 de novembro de 2018.
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PODER JUDICIÁRIO
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4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Trata-se de Apelação Cível interposta em face da sentença (fls. 354/362), a qual ratificou a tutela antecipada deferida às fls. 144/147 e julgou
procedente a Ação Anulatória Fiscal, nos termos do art. 487, I do CPC/15, para "reconhecer a inexistência da relação tributária, que os obrigue a
recolher junto ao Município de Bodocó/PE valores relativos à Impostos sobre Serviços, sobre contratos de arrendamento mercantil, crédito direto
ao consumidor e financiamento, ante a incompetência desta municipalidade para exigi-los."
Custas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação ou, inexistindo, sobre o valor
atualizado da causa, limitado a 100 (cem) salários mínimos, bem como, no que lhe exceder, os percentuais mínimos, com fulcro no art. 85, §3º,
I do CPC/15.
Em suas razões (fls. 368/374), aduz o apelante que, "tem competência para cobrar ISSQN do apelado, mesmo este tendo estabelecimento
comercial em outro município, vez que possui no Município de Bodocó/PE agentes de crédito."
Segue afirmando que "o apelado realizou serviços no Município de Bodocó/PE perfazendo-se a hipótese de incidência do ISSQN e ocorrendo o
fato gerador imposto. Em cumprimento legal o apelante lançou o crédito tributário e o executou (execução fiscal nº 000320-30.2008.8.17.0290)."
Por fim, pugna pelo provimento do apelo para reformar a sentença proferida pelo juízo a quo.
Apresentada contrarrazões (fls.378/393).
É o breve relatório, passo a decidir monocraticamente.
A apelação interposta não preenche o pressuposto recursal da tempestividade, senão vejamos:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Verifica-se ter sido publicada a sentença em 18/12/2017 (fls. 363), contudo, consta a intimação do Município, através de Oficial de Justiça, em
05/02/2018 (segunda-feira), conforme certidão às fls. 367v, iniciando-se, assim, o prazo previsto no art. 1.003 do CPC/15, em 06/02/2018 (na
terça-feira).
Dito isto, o período de 30 (trinta) dias findou em 27/03/2018 (uma sexta-feira), vindo o presente apelo a ser protocolado unicamente em 09/04/2018
(fls. 368), após o escoamento do prazo, restando claramente intempestivo o presente recurso.
Desta forma, por ser matéria de ordem pública, a qual não só pode, mas deve ser reconhecida de ofício a qualquer tempo, declaro intempestivo
o presente recurso.
Diante de todo o exposto, com fulcro no art. 932, III, do CPC/15, nego seguimento à presente Apelação Cível, mantendo-se a decisão em todos
os seus termos.
Após o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem.
P. R. I.
Recife, 29 de novembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Trata-se de Apelação Cível interposta em face da sentença (fls. 40/43v), a qual julgou sem resolução do mérito a Ação de
Execução Fiscal, nos termos do art. 267, IV e VI do CPC, que "ante o acolhimento do vício insuperável ensejando a nulidade da CDA, com base
no art. 203 do CTN combinado com o art. 618, I do CPC e a aplicação da súmula 392 do STJ, declarou nula a execução".
Sem custas e Honorários advocatícios fixados no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), com fulcro no art. 20, §4º do CPC/73.
Em suas razões às fls. 44/51, pugna o apelante pelo provimento do recurso, aduzindo, em síntese, a inexistência do instituto da prescrição.
Segundo afirma, "...desde a promoção da aludida Execução Fiscal, com os requerimentos ao MM. Juiz de Direito para que fosse procedida a
citação do devedor, a Exequente deu efetivo cumprimento ao princípio da provocação, cabendo ao Poder Judiciário- dentro de suas possibilidades-
o cumprimento do impulso oficial."
Aduz, que "... a própria citação, como visto, foi realizada dentro do prazo prescricional, pois este prazo antes estava suspenso em razão do
parcelamento efetuado. Ainda que assim não fosse, não restaria à Fazenda Pública, ora Apelante, responsabilidades pelo retardo na citação,
ou seja, não haveria igualmente causa suficiente para lhe ser imputada a penalidade da prescrição, de modo que a demora na efetiva citação
deveu-se, exclusivamente, aos mecanismos da Justiça."
Por fim, requer o provimento do presente recurso, com a reforma da sentença vergastada e o prosseguimento da execução.
Contrarrazões apresentadas às fls. 54/62, pugnando pela manutenção da sentença do juízo a quo, julgando, consequentemente, improvido o
presente apelo.
Desnecessária a manifestação ministerial (Súmula 189 do STJ).
Autos conclusos.
É o relatório, decido monocraticamente.
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De proêmio, verifico que a Apelação Cível de fls. 44/51, apesar de requerer o provimento do recurso, não atacou os fundamentos da sentença
ora hostilizada, porquanto seu arrazoado em nada relaciona-se ao decisum proferido no presente caderno processual.
Inclusive, às fls. 32, o Apelante colaciona disposição de uma decisão alheia ao referido processo, a qual fora objeto, erroneamente, do presente
apelo.
Como relatado alhures, a Execução Fiscal foi extinta em decorrência do vício da CDA, gerando sua nulidade e não pelo instituto da prescrição,
consoante equivocadamente afirmado pelo recorrente.
Assim, ante a total falta de relação entre as razões do apelo e o fundamento da decisão vergastada, resta impossível a análise do recurso,
conforme jurisprudência adiante colacionada:
AGRAVOS REGIMENTAIS NOS AGRAVOS EM RECURSOS ESPECIAIS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE
REABERTURA DE FAIXA EM LINHA DE TRANSMISSÃO. I - PRIMEIRO RECURSO. DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO TRIBUNAL
DE ORIGEM. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. REITERAÇÃO DAS TESES DO RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO
ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS INDICADOS PELA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO APELO NOBRE. ART. 544, § 4º, I, DO
CPC. II - SEGUNDO RECURSO. ANÁLISE. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. COMPROVAÇÃO. PAGAMENTO DOS SERVIÇOS EFETIVAMENTE
PRESTADOS. CABIMENTO. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 07/STJ.
III - AGRAVOS REGIMENTAIS DESPROVIDOS (AgRg no AREsp 622.201/MG, Rel. Min. Paulo De Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado
em 18/02/2016).
Diante do exposto, com fulcro no art. 932, III, do CPC/15, não conheço da presente apelação cível, mantendo-se a decisão de 1º grau em todos
os seus termos.
Com o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem, para fins de direito.
P. R. I.
Recife, 28 de novembro de 2018.
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06/05
DECISÃO
O Município do Recife ingressou com o presente Agravo Interno, interposto com amparo no § 1º do art. 557 do CPC, contra a decisão terminativa
de fls.30/32v que, na presente execução fiscal, negou seguimento ao recurso de Apelação de nº 0372690-9 por irregularidades na CDA e em
virtude de estar em confronto com a jurisprudência dominante deste E. TJPE e do Superior Tribunal de Justiça, mantendo a sentença em todos
os seus termos.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Em suas razões recursais, alega o Município agravante que houve ofensa ao contraditório por ausência de intimação prévia da Fazenda Pública
e ofensa ao art. 284, CPC/73 e art. 2º, §8º da LEF. Requer que esta relatoria se retrate da decisão vergastada. Em não havendo o juízo de
retratação, pugna pelo provimento do presente agravo, para que seja reformada a decisão monocrática hostilizada.
É o Relatório. Decido.
Inicialmente, cumpre declarar que o presente agravo é tempestivo, passando deste modo ao seu processamento na forma de lei.
Trata-se de Agravo Interno interposto pelo Município do Recife contra decisão terminativa monocrática que negou seguimento à Apelação e
manteve a sentença proferida nos autos da Execução Fiscal nº 0081441-55.2000.8.17.0001, que declarou nula a CDA que embasava o pleito
e decretou a extinção do processo sem resolução do mérito.
Compulsando detidamente os autos, verifico que assiste razão ao Município agravante, razão pela qual, em juízo de retratação, revejo minha
decisão anteriormente proferida às fls. 30/32.
Primeiramente, no que tange à ausência de contrarrazões ao presente recurso, entendo que, em casos como o que ora se apresenta, em que
a parte agravada ainda não foi citada no feito de origem, a relação processual que nele se desenvolve ainda não foi triangularizada, de modo
que seria despicienda a sua efetiva intimação para ofertar contrarrazões.
Assim, não constando da autuação do presente recurso a habilitação de patrono atuando em defesa da parte agravada, é desnecessária a
renovação de sua intimação, possibilitando o julgamento deste recurso pela douta Turma Julgadora.
Apesar do título executivo que aparelha a petição inicial não ter especificado o fundamento legal que embasa a presente execução fiscal, a
sentença fustigada contraria expressamente o disposto no art. 2º, § 8º da Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6830/80) e na Súmula 392 do STJ,
abaixo transcritos, no que toca à possibilidade, em sede de execução fiscal, de se emendar ou substituir a CDA por erro material ou formal, até
a prolação da sentença dos embargos:
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964,
com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
...
§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução
do prazo para embargos.
SÚMULA N. 392 do STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando
se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
Pacificou-se, portanto, o entendimento de ser incabível extinguir a execução fiscal com base na nulidade da CDA sem a anterior intimação da
Fazenda Pública para emenda ou substituição do título executivo, quando se tratar de erros materiais ou formais sanáveis, que não impliquem
em novo lançamento, em observância aos princípios da celeridade e economia processual.
In casu, observo que a CDA possui vício formal sanável, qual seja, a não especificação do fundamento legal que embasa a cobrança, devendo
ter sido determinada, pelo Juízo a quo, a intimação do Município apelante para emendar ou substituir a CDA, o que não ocorreu.
A respeito de desse tema, colaciono recentes julgados do STJ e deste E. Tribunal de Justiça:
RECURSO ESPECIAL Nº 1.592.791 - RJ (2016/0087310-4) RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES RECORRENTE : MUNICÍPIO
DE NOVA IGUAÇU PROCURADORES : RENATA LIMA FERREIRA E OUTRO (S) - RJ115813 GABRIEL ALMEIDA MATOS DE CARVALHO -
RJ184222 RECORRIDO : IONA MOURA DA COSTA CRUZ ADVOGADO : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS - SE000000M PROCESSUAL
CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXAS. RECONHECIMENTO DE INCONSTITUCIONALIDADE
DA TAXA DE SERVIÇO DE CONSERVAÇÃO E DE MANUTENÇÃO DE VIAS E DE LOGRADOUROS PÚBLICOS TSCM. NULIDADE DA CDA.
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. VÍCIO NO LANÇAMENTO/INSCRIÇÃO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PARA EMENDA OU SUBSTITUIÇÃO
DO TÍTULO. ARTS. 203 DO CTN E 2º, § 8º, DA LEF. DIREITO DO FISCO. INEXISTÊNCIA DE ATO INCOMPATÍVEL COM A VONTADE DE
RECORRER. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO PARA DETERMINAR A REMESSA DOS AUTOS À ORIGEM. DECISÃO Trata-
se de recurso especial interposto com fundamento no artigo 105, III, a ec, da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo TRF da 2ª
Região, assim ementado (fl. 51): AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU. CONVÊNIO.
SENTENÇA EM LOTE. PROCEDIMENTO QUE ATRIBUI AOS FEITOS FISCAIS EFETIVIDADE E CELERIDADE. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL OU FORMAL A PERMITIR A EMENDA OU SUBSTITUIÇÃO DA CDA. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO.
EXTINÇÃO DO EXECUTIVO FUNDAMENTADA NO RECONHECIMENTO DE NULIDADE DA TAXA DE SERVIÇO DE CONSERVAÇÃO E DE
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MANUTENÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS (TSCM) EXIGIDA PELO MUNICÍPIO-EXEQUENTE. AFRONTA AO ART. 145, II E §
2o, DA CRFB. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 322 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO DA MUNICIPALIDADE QUE NÃO FOI
OBJETO DE IMPUGNAÇÃO NO RECURSO. PRECEDENTES. AGRAVANTE QUE NÃO INFIRMOU A DECISÃO AGRAVADA. RECURSO A QUE
SE NEGA PROVIMENTO. O recorrente alega violação do artigo 458 do CPC/1973, ao argumento de que o juízo a quo proferiu sentença por meio
de cópia reprográfica, que foi adotada para diversas outras Execuções Fiscais ajuizadas por meio eletrônico, sem a devida fundamentação, exigida
por ambas as legislações constitucional e infraconstitucional (fl. 70). Quanto à questão de fundo, sustenta, além do dissídio jurisprudencial, ofensa
aos artigos 284 do CPC/1973 e 2º, § 8º, da Lei n. 6.830/80. Para tanto, afirmar que não foi lhe dado a oportunidade de emendar inicial prejudicando
os créditos de IPTU e de Taxa de Lixo, que foram objetos de lançamentos distintos da Taxa de Conservação de Vias e Logradouros, tributos de
constitucionalidade indiscutível, bem como a ausência de prévia intimação para a apresentação de emenda que viabilizasse o prosseguimento
da cobrança dos débitos de IPTU e de Taxa de Lixo, cujos lançamentos não se encontram contaminados pela inconstitucionalidade da Taxa
de Vias. Afirma, ainda, que deve ser aplicado ao caso o entendimento fixado no Resp n. 1.115.501, Tema n. 294 do STJ, segundo o qual a
execução fiscal deve prosseguir em relação aos tributos não maculados pelo vício de inconstitucionalidade. Sem contrarrazões. Juízo positivo
de admissibilidade às fls. 143-146. É o relatório. Passo a decidir. Inicialmente, registra-se que "[a]os recursos interpostos com fundamento
no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele
prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (Enunciado Administrativo n. 2, aprovado
pelo Plenário do Superior Tribunal de Justiça em 9/3/2016)". Há de ser rejeitada a alegada violação do artigo 458 do CPC/1973, porquanto
é pacífica a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que não viola tal dispositivo o acórdão que adota fundamentação
suficiente para decidir de modo integral a controvérsia, conforme ocorreu no acórdão em exame, não se podendo cogitar sua nulidade. Com
efeito, reconhecida na sentença primeva a impossibilidade de se aquilatar a que se refere a execução, e constando do título executivo a possível
cobrança de taxa considerada inconstitucional, foi declarado extinto o feito, sem resolução do mérito, pelo indeferimento da inicial. Considerou
o juiz monocrático que a cobrança da Taxa de Serviço de Conservação e de Manutenção de Vias e de Logradouros Públicos TSCM, sendo
inconstitucional, acarretaria a inexigibilidade da dívida, decorrendo daí a nulidade do título e da própria execução. O município-exequente, de sua
feita, na peça apelatória, defendeu a necessidade de sua intimação para emenda da inicial antes do seu indeferimento, em razão do disposto
no art. 284 do CPC, acrescentando, ainda, que teria direito a emendar ou substituir a CDA até a decisão de primeira instância. O Tribunal de
origem, por sua vez ,consignou no acórdão recorrido que (fls. 53-54): [...] Inicialmente, não há que falar em nulidade da sentença, porquanto,
além de a distribuição em lote ser objeto de convênio entre este Tribunal de Justiça e o Municipio-Exequente, este procedimento tem por escopo
dar efetividade e celeridade aos feitos fiscais. No mais, não se vislumbra, in casu, a cerceamento de defesa, porque não se verifica violação às
normas indicadas. 0 Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento do Recurso Especial nº 1.045.472/BA, da lavra do Ministro Luiz Fux,
submetido ao regime previsto no artigo 543-C do Código de Processo Civil, firmou o posicionamento de que somente é admissível a emenda
ou substituição da Certidão de Divida Ativa, em decorrência de erro material ou formal do titulo, até a sentença, desde que não modifique o
sujeito passivo da execução fiscal. Como o caso dos autos não se enquadra nas hipóteses do mencionado julgado, incabivel é a substituição
da certidão que instruiu a inicial do feito executivo, porque o vicio apontado corresponde ao próprio lançamento e/ou inscrição. Nesse sentido,
convém ressaltar que o fundamento que deu causa à extinção do feito executivo não foi objeto de impugnação neste recurso. Isso porque o
tributo exigido pelo apelante foi reconhecido como nulo, diante da declaração pelo Juízo a quo de inconstitucionalidade da regra que o previa.
[...] Resulta claro da própria lei art. 2º, § 8º, da LEF que a Fazenda Pública tem o direito de emendar ou substituir a CDA antes da decisão de
primeira instância, donde não se há de entender que o fato de defender o exercício desse direito lhe retire o de recorrer de uma decisão que
lhe seja insatisfatória, ainda mais quando esta lhe nega tal exercício, reconhecendo, inobstante, a possível existência de outros tributos devidos
pela parte executada. Acrescente-se que conforme colocado no AREsp 777031/RJ (Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Data de Publicação
em 2/10/2015), (...) a Primeira Seção/STJ, ao apreciar os EREsp 823.011/RS (Rel. Min. Castro Meira, DJ de 5.3.2007), firmou orientação no
sentido de que o art. 2º, § 8º, da Lei 6.830/80 permite à Fazenda Pública a substituição da Certidão de Dívida Ativa para especificar a origem
da dívida, anotar os exercícios compreendidos, ou seja, para corrigir eventuais vícios, até a prolação da sentença dos embargos à execução.
Consignou-se no precedente referido que 'a substituição ou emenda da Certidão de Dívida Ativa é uma faculdade conferida à Fazenda Pública
em observância ao princípio da economia processual', que deve ser indeferida apenas em algumas ocasiões, tais como na hipótese de 'alteração
do sujeito passivo nela indicado'. Assim, mostra-se prematura a extinção, de ofício, da execução fiscal em virtude da nulidade da Certidão de
Dívida Ativa quando se trate de defeitos sanáveis, tais como a cobrança englobada de valores, a não referência ao fundamento legal, entre
outros, sem antes se permitir que a Fazenda Pública efetue a emenda ou a substituição do título executivo. Ademais, a Primeira Seção deste
STJ, no julgamento do REsp 1115501/SP (Rel. Min. Luiz Fux, DJe 30/11/2010 representativo de controvérsia), consolidou o entendimento de que
a ulterior declaração de inconstitucionalidade de lei pode não macular a exigibilidade do crédito tributário, porquanto eventual excesso contido
no título pode ser expurgado, permitindo ao órgão fazendário o prosseguimento da execução pelo valor remanescente. Nesse diapasão, deveria
o magistrado de piso ter intimado o Fisco municipal para esclarecer as cobranças feitas na CDA em questão e emenda-la ou substitui-la. Tal
medida se impunha ainda mais por ter reconhecido em seu decisum, como visto, a possibilidade de retirada da CDA do cartório a fim de promover
nova execução dos tributos eventualmente devidos, decotando do título, logicamente, o valor referente à taxa tida por inconstitucional. Trata-
se, a bem de ver, de medida de celeridade e economia processual, princípios inafastáveis na correta aplicação do Direito. Ante o exposto, dou
parcial provimento ao recurso especial, determinando o retorno dos autos à origem, para que seja conferida à parte recorrente a possibilidade
de emenda ou substituição da CDA. Publique-se. Intimem-se. Brasília, 08 de agosto de 2017. Ministro BENEDITO GONÇALVES Relator (STJ -
REsp: 1592791 RJ 2016/0087310-4, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Publicação: DJ 15/09/2017; grifei)
Apelação Cível nº 0431685-4 - Comarca de Recife Apelante: Fazenda Municipal Procurador: Herman Milanez Dantas Neto Apelado: Osman
Ursulino Leite DECISÃO TERMINATIVA Trata-se de recurso de Apelação Cível interposto contra sentença que, nos autos da Ação de Execução
Fiscal nº 0705534-67.1999.8.17.0001, declarou a nulidade da CDA por falta de indicação do fundamento legal, extinguindo o feito sem resolução
de mérito, nos moldes do art. 267, IV, do CPC. Em suas razões recursais, de fls. 19/23, a Edilidade assevera, resumidamente, não haver que
se falar nas irregularidades apontadas, consubstanciadas pela violação aos arts. 202 do CTN e o parágrafo 5º, do art. 2º da Lei nº 6.830/80,
acrescentando que todas as vezes em que for possível identificar, com segurança, o devedor e a infração, valida-se a certidão, e qualquer erro
formal que porventura ocorra em seu bojo não terá a eficácia necessária para ilidi-la. Aduz, ainda, a impossibilidade da extinção da Execução
sem a intimação prévia da Fazenda Pública para a possível substituição da CDA, caracterizando, assim, o cerceamento do direito de defesa,
em afronta ao disposto no art. 2º, § 8º da Lei nº 6.830/80. É o relatório. DECIDO. É cediço que a Constituição Federal não cria tributos, mas
apenas outorga competência para que os entes políticos o façam por meio de leis próprias. Na espécie, verifico que a CDA de fl. 03 dos autos
faz referência genérica à origem do débito objeto do presente feito executivo, pois consta tão somente informação de que o crédito tributário foi
constituído através de lançamento por ofício e que o fundamento legal teve por base a Lei nº 15.563/91, não havendo a individualização das
parcelas referentes a cada competência e a base de cálculo de cada um dos elementos que compõe o débito. Em verdade, foi arrolado como
base legal da cobrança do tributo, tão somente, o CTM, o que evidencia insanável vício formal decorrente do descumprimento dos requisitos
constantes do art. 2º, §§ 5º e 6º, da Lei federal nº 6.830/80, Lei de Execuções Fiscais, e do art. 202, do Código Tributário Nacional, tornando
inválido o título executivo e, por conseguinte, ilegítima a cobrança que lhe tomou como suporte. Nessa linha de pensamento está sedimentado o
entendimento da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme se pode verificar nos arestos abaixo transcritos: PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 544 DO CPC. TRIBUTÁRIO. IPTU. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA. ART.
2º, §§ 5º R 6º, DA LEI N.º 6.830/80. ART. 202, CTN. REQUISITOS DE CERTEZA E LIQUIDEZ. AFERIÇÃO. SÚMULA 07/STJ. 1. Os arts. 202
do CTN e 2º, § 5º da Lei nº 6.830/80, preconizam que a inscrição da dívida ativa somente gera presunção de liquidez e certeza na medida que
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contenha todas as exigências legais, inclusive, a indicação da natureza do débito e sua fundamentação legal, bem como forma de cálculo de
juros e de correção monetária. 2. A finalidade dessa regra de constituição do título é atribuir à CDA a certeza e liquidez inerentes aos títulos de
crédito, o que confere ao executado elementos para opor embargos, obstando execuções arbitrárias. 3. Assentado no acórdão recorrido que:
"De fato, os documentos de fls. 296/297 não deixam dúvida de que o lançamento que deu origem à CDA padece de irregularidade, uma vez que
a fração ideal correta é de 0,05%, enquanto que a fração aplicada pela ora apelante foi de 0,5%, implicando excessiva majoração tributária", não
cabe ao STJ conhecer do recurso. 4. É que questões que levam à nova incursão pelos elementos probatórios da causa são inapreciáveis em
sede de recurso especial, consoante previsto na Súmula 7/STJ 5. A validade da execução fiscal, aferível pela presença dos requisitos de certeza
e liquidez da Certidão de Dívida Ativa - CDA que a instrui, demanda indispensável reexame das circunstâncias fáticas da causa, o que é vedado
em sede de Recurso Especial, ante o disposto na Súmula nº 07, do STJ. 6. Agravo regimental desprovido (AgRg no Ag 975826/MG, Rel. Min.
Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 18/06/2008). PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. CDA. ART. 2º, § 5º, DA
LEF. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL. JUNTADA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. SANEAMENTO DO VÍCIO.
INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. 1. A nulidade da CDA não deve ser declarada por eventuais falhas que não geram prejuízos para o executado
promover a sua defesa, informado que é o sistema processual brasileiro pela regra da instrumentalidade das formas (pas des nullités sans grief),
nulificando-se o processo, inclusive a execução fiscal, apenas quando há sacrifício aos fins da Justiça. 2. Conforme preconizam os arts. 202 do
CTN e 2º, § 5º da Lei nº 6.830/80, a inscrição da dívida ativa somente gera presunção de liquidez e certeza na medida que contenha todas as
exigências legais, inclusive, a indicação da natureza do débito e sua fundamentação legal, bem como forma de cálculo de juros e de correção
monetária. 3. A finalidade desta regra de constituição do título é atribuir à CDA a certeza e liquidez inerentes aos títulos de crédito, o que confere
ao executado elementos para opor embargos, obstando execuções arbitrárias. 4. A pena de nulidade da inscrição e da respectiva CDA, prevista
no artigo 203, do CTN, deve ser interpretada cum granu salis. Isto porque o escopo precípuo da referida imposição legal é assegurar ao devedor
o conhecimento da origem do débito, de forma a ser exercido o controle da legalidade do ato e o seu direito de defesa. 5. In casu, tendo sido
juntada aos autos cópia de todo o processo administrativo, atingindo-se, dessa forma, o objetivo maior da norma jurídica em tela, encontra-se
saneado o vício apontado, não se caracterizando o comprometimento da essência do título executivo. Conseqüentemente, torna-se despiciendo,
por parte do exeqüente, a instauração de um novo processo com base em um novo lançamento tributário para apuração do tributo devido, posto
conspirar contra o princípio da efetividade, aplicável ao processo executivo extrajudicial. (Precedentes: REsp 686516 / SC, Rel. Min. Luiz Fux, DJ
de 12/09/2005 REsp 271584/PR, Relator Ministro José delgado, DJ de 05.02.2001; RESP 485743, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ
02/02/2004) 6. Destarte, não é qualquer omissão de requisitos formais da CDA que conduz à sua nulidade, devendo a irregularidade provocar
uma efetiva dificuldade de defesa por parte do executado, máxime quando essa falha resta superada pela juntada ao s autos de documentos
que possibilitem o pleno exercício do direito de defesa, razão pela qual reputa-se incólume a presunção de liquidez e certeza do título executivo.
7. Recurso especial provido (REsp 812282/MA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 31/05/2007). RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL.
VIOLAÇÃO DOS ARTS. 165, 458, 459 e 535 do CPC. SÚMULA 284/STF. TRIBUTÁRIO. ALEGAÇÃO GENÉRICA. ITR E CONTRIBUIÇÃO
SINDICAL PARA O SENAR. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. NULIDADE DA CDA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO FUNDAMENTO LEGAL.
VIOLAÇÃO DO ART. 3º DA LEI 8.847/94. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. Não se conhece do recurso especial por violação genérica
aos arts. 165, 458, 459 e 535 do CPC. Incide o óbice da Súmula 284/STF por deficiência de fundamentação. Precedentes. 2. Se, quando da
notificação do resultado do julgamento do recurso administrativo, houve a concessão de prazo para pagamento administrativo do débito, nesse
interregno não há que se falar em transcurso do prazo prescricional, já que não havia interesse processual da Fazenda para ajuizar a respectiva
execução fiscal. Precedentes: REsp 883046/RS, DJ 18.05.2007 e REsp 824430/PR, DJ 01.02.2007. 3. A falta de indicação na CDA do fundamento
legal da dívida referente às contribuições cobradas juntamente com o ITR leva à nulidade parcial do título executivo. Precedentes:REsp 807030/
RS, Rel. Min. José Delgado, DJ 13.03.2006 e REsp 781136/RS, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, DJ 14.11.2005. 4. Inscrito o crédito na
dívida ativa da União, é devida a cobrança do encargo previsto no Decreto-Lei 1.025/69 sobre o valor do crédito a ser executado. 5. Ausente
o prequestionamento do art. 3º da Lei 8.847/94, inadmissível o conhecimento do apelo da União. 6. Recurso especial do particular conhecido
em parte e provido também em parte. Recurso especial da União não conhecido (REsp 964321/SC, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJ
18/10/2007) - grifos nossos. Todavia, em que pese a configuração dos vícios formais e materiais do título executivo acima apontados, observo,
por outro lado, que houve erro de procedimento na presente hipótese, visto que é vedado ao magistrado a quo extinguir o feito com base na
inexistência dos requisitos legais de validade da CDA (art. 202, do CTN, e art. 2º, § 5º, da Lei de Execuções Fiscais), sem antes possibilitar-lhe
substituir o título executivo defeituoso, nos termos do art. 2º, § 8º, deste diploma legal. É de se anotar, por oportuno, que a Súmula nº 392 do
STJ alberga a possibilidade de substituição de CDA defeituosa até a prolação da sentença, nos termos do enunciado abaixo transcrito: Súmula
nº 392 do STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar
de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. A esse respeito, a jurisprudência do STJ já emitiu
diversos posicionamentos no mesmo sentido, inclusive sob o regime dos recursos repetitivos, o que permite a devolução do feito ao juízo de
piso para a substituição da CDA sub examine, conforme podemos verificar nos arestos abaixo colacionados, senão vejamos: PROCESSO CIVIL.
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C, DO CPC. PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO
FISCAL. IPTU. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA). SUBSTITUIÇÃO, ANTES DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA, PARA INCLUSÃO DO NOVEL
PROPRIETÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. NÃO CARACTERIZAÇÃO ERRO FORMAL OU MATERIAL. SÚMULA 392/STJ. 1. A Fazenda Pública
pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução (Súmula 392/STJ). 2. É que: "Quando haja equívocos no próprio lançamento
ou na inscrição em dívida, fazendo-se necessária alteração de fundamento legal ou do sujeito passivo, nova apuração do tributo com aferição
de base de cálculo por outros critérios, imputação de pagamento anterior à inscrição etc., será indispensável que o próprio lançamento seja
revisado, se ainda viável em face do prazo decadencial, oportunizando-se ao contribuinte o direito à impugnação, e que seja revisada a inscrição,
de modo que não se viabilizará a correção do vício apenas na certidão de dívida. A certidão é um espelho da inscrição que, por sua vez,
reproduz os termos do lançamento. Não é possível corrigir, na certidão, vícios do lançamento e/ou da inscrição. Nestes casos, será inviável
simplesmente substituir-se a CDA." (Leandro Paulsen, René Bergmann Ávila e Ingrid Schroder Sliwka, in "Direito Processual Tributário: Processo
Administrativo Fiscal e Execução Fiscal à luz da Doutrina e da Jurisprudência", Livraria do Advogado, 5ª ed., Porto Alegre, 2009, pág. 205). 3.
Outrossim, a apontada ofensa aos artigos 165, 458 e 535, do CPC, não restou configurada, uma vez que o acórdão recorrido pronunciou-se
de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos. Saliente-se, ademais, que o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os
argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão, como de fato ocorreu na
hipótese dos autos. 4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008 (REsp
1045472 / BA, Rel. Min. LUIZ FUX, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, DJ 25/11/2009) Processo AgRg no AREsp 96950 / RS AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2011/0228389-9 Relator (a) Ministro HERMAN BENJAMIN (1132) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento 20/03/2012 Data da Publicação/Fonte DJe 12/04/2012 Ementa PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
EMENDA OU SUBSTITUIÇÃO DA CDA. POSSIBILIDADE ATÉ A DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. OFENSA AO ART. 2º, § 8º, DA LEF
RECONHECIDA. PRECATÓRIO. COMPENSAÇÃO. EXIGÊNCIA DE LEI LOCAL. 1.Conforme a jurisprudência do STJ, não é cabível a extinção
da Execução Fiscal com base na nulidade da CDA, sem a anterior intimação da Fazenda Pública para emenda ou substituição do título executivo,
quando se tratar de erro material ou formal. Precedentes do STJ. 2. O entendimento pacífico do STJ é no sentido de que não se pode efetuar
a compensação de créditos tributários de ICMS com precatórios devidos por ente jurídico de natureza distinta, se não houver legislação local
que autorize tal instituto. Precedentes do STJ. 3. Agravo Regimental não provido. Ementa PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO
ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. NULIDADE CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA (CDA). CÔMPUTO DE VÁRIOS EXERCÍCIOS NUM
SÓ, SEM DISCRIMINAÇÃO DO PRINCIPAL E DOS CONSECTÁRIOS LEGAIS, ANO A ANO. ABERTURA DE PRAZO PARA EMENDA OU
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SUBSTITUIÇÃO DA CDA. INOCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. DECRETAÇÃO EX OFFICIO PELO JUIZ. LEI 11.051/2004,
QUE ACRESCENTOU O § 4º AO ARTIGO 40, DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE, DESDE QUE OUVIDA A FAZENDA PÚBLICA
PREVIAMENTE. 1. A inscrição na dívida ativa somente gera presunção de liquidez e certeza na medida em que contenha todas as exigências
legais, entre as quais se encontram o valor originário do débito tributário, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e
demais encargos previstos em lei ou contrato, ex vi do disposto nos artigos 2º, § 5º, II, da Lei 6.830/80, e 202, II, do CTN. 2. A finalidade dessa
regra de constituição do título é atribuir à CDA a certeza e liquidez inerentes aos títulos de crédito, o que confere ao executado elementos para
opor embargos, obstando execuções fiscais arbitrárias. 3. In casu, a CDA, embasadora do executivo fiscal, engloba vários exercícios num só,
sem que haja discriminação do principal e dos consectários legais de cada ano, o que impossibilita o exercício constitucionalmente assegurado
da ampla defesa, posto dificultar a exata compreensão do quantum exeqüendo. Dessarte, depreende-se que a CDA em comento não atende os
requisitos dispostos nos artigos 2º e 202, do CTN (Precedentes do STJ: REsp 902.357/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em
13.03.2007, DJ 09.04.2007; REsp 789.265/RS, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins, Segunda Turma, julgado em 06.12.2005, DJ 13.02.2006;
e REsp 733.432/RS, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma, julgado em 21.06.2005, DJ 08.08.2005). 4. A Fazenda Pública, nada obstante,
pode substituir ou emendar a Certidão de Dívida Ativa até a prolação da sentença, ante o teor do artigo 2º, § 8º, da Lei 6.830/80, não sendo
possível o indeferimento liminar da inicial do processo executivo, por nulidade da CDA, antes de se possibilitar à exequente a supressão do
defeito detectado no título executivo (Precedentes do STJ: AgRg nos EDcl no Ag 911.736/RS, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJ
de 31.03.2008; e REsp 837.250/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ de 14.03.2007). 5. Na hipótese dos autos, restou assente
na instância ordinária que: "a falta de discriminação das parcelas integrantes do débito fiscal caracteriza defeito substancial da CDA, porque
concerne ao conteúdo do título legalmente obrigatório. Não se trata, assim, de simples defeito de forma que possa ensejar a incidência do art.
203, do CTN." (sentença - fl. 21). 6. Destarte, nem o Juízo Singular, nem o Tribunal local, procederam à abertura de prazo para que o Fisco
substituísse ou emendasse a CDA, o que eiva de nulidade as decisões proferidas, impondo-se o retorno dos autos ao Juízo Singular, a fim de que
seja observado o comando legal. 7. A jurisprudência desta Corte Especial perfilhava o entendimento segundo o qual era defeso ao juiz decretar,
de ofício, a consumação da prescrição em se tratando de direitos patrimoniais, ex vido artigo 219, § 5º, do CPC (Precedentes do STJ: REsp
642.618/PR, Rel. Ministro Franciulli Netto, Segund
a Turma, DJ de 01.02.2005; REsp 327.268/PE, Rel. Ministra Eliana Calmon, Primeira Seção, DJ de 26.05.2003; e REsp 513.348/ES, Rel. Ministro
José Delgado, Primeira Turma, DJ de 17.11.2003). 8. A novel Lei 11.051, de 30 de dezembro de 2004, por seu turno, acrescentou ao artigo
40, da Lei de Execuções Fiscais, o § 4º, possibilitando ao juiz da execução a decretação de ofício da prescrição intercorrente. 9. A decretação
ex officio da prescrição intercorrente (que pressupõe a preexistência do processo judicial, cujo prazo prescricional tenha sido interrompido)
restou autorizada desde que previamente ouvida a Fazenda Pública que poderá suscitar eventuais causas suspensivas ou interruptivas do prazo
prescricional, o que, in casu, não se verificou (Precedentes do STJ: REsp 803.879/RS, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma, DJ de
03.04.2006; REsp 810.863/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJ de 20.03.2006; e REsp 818.212/RS, Rel. Ministro Castro
Meira, Segunda Turma, DJ de 30.03.2006). 10. A norma de natureza processual, como sói ser a regra in foco, tem a sua aplicação imediata,
inclusive nos processos em curso. 11. Assim, além da impossibilidade de decretação de ofício da prescrição, porquanto não ouvida a Fazenda
Pública, sobressai a nulidade dos julgados proferidos nos autos, uma vez que a decisão singular confirmada determinou a extinção do executivo
fiscal, por defeito da CDA, sem proceder à abertura de prazo para a Fazenda Pública efetuar a emenda ou substituição do título executivo.
9. Recurso especial provido, para determinar o retorno dos autos ao Juízo Singular para rejulgamento da causa. Processo REsp 816069 / RS
RECURSO ESPECIAL 2006/0024467-7 Relator (a) Ministro LUIZ FUX (1122) Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento
02/09/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 22/09/2008. Diante do exposto, considerando que a decisão fustigada encontra-se eivada por error in
procedendo nos termos da súmula e jurisprudência solidificada pelo STJ sob a égide dos Recursos Repetitivos, dou provimento parcial ao apelo
manejado pelo Município apelante, com fulcro no art. 932, V, do Novo CPC, no sentido de anular a sentença e determinar o retorno dos autos à
instância de piso para que seja oportunizado ao exequente a substituição da CDA sob comento. P. e I. Recife, 13 de abril de 2016. (TJ-PE - APL:
4316854 PE, Relator: José Ivo de Paula Guimarães, Data de Publicação: 19/04/2016, grifei).
Terminativa proferida em apelação civel. Princípio da fungibilidade. Agravo regimental recebido como recurso de agravo. Súmula 42 do
TJPE.Execução fiscal. Nulidade de CDA. Necessidade de prévia intimação da Fazenda Pública para sua substitutição. Agravo regimental a que
se nega prfovimento. 1 - É sabido que a Certidão de Dívida Ativa, regularmente inscrita, goza da presunção relativa de certeza e liquidez (art. 3º
da Lei 6.830/80), só podendo ser refutada pela produção de prova inequívoca em contrário; 2 - Acontece que, para que a inscrição seja regular
e tenha validade, precisa atender a requisitos legais, insculpidos nos artigos 202 do CTN e 2º da Lei nº 6.830/80. Segundo o entendimento
da julgadora, a CDA não preencheu um dos requisitos para a sua constituição, previstos no art. 202 do CTN e no art. 2º, §§ 5º e 6º da Lei nº
6.830/80, qual seja, a origem e natureza do crédito; 3 - Ocorre, contudo, que não foi oportunizada a substituição da CDA antes do julgamento
do feito, malferindo o 8º, art. 2º da Lei Federal nº 6830/80 - Lei de Execuções Fiscais e o disposto no art. 616 do Código de processo Civil,
aplicado subsidiariamente; 4 - O Superior Tribunal de Justiça, inclusive, editou o verbete sumular 392, que assim vaticina: "A Fazenda Pública
pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução"; 5 - Precedentes do egrégio Superior Tribunal de Justiça, que vem manifestando
o entendimento segundo o qual é irregular o indeferimento da petição inicial sem proporcionar à Fazenda Pública a oportunidade de substituir a
CDA; 6 - Agravo regimental improvido.(TJ-PE - AGR: 3212119 PE, Relator: Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, Data de Julgamento: 22/12/2015,
3ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 20/01/2016, grifei)
Diante do exposto, com base no art. 1.021, § 2º, do CPC, decido no sentido de conhecer do presente Agravo para, em juízo de retratação, dar-
lhe provimento, reformando a decisão monocrática de fls.30/32, ato contínuo, reformo a sentença, para o fim de determinar a baixa dos autos ao
Juízo de origem, para que proceda à intimação pessoal da Fazenda Municipal exequente, oportunizando lhe prazo para emendar ou substituir
a CDA que aparelha o presente executivo fiscal.
Com o trânsito em julgado, baixem-se os autos ao juízo de origem.
Publique-se e intimem-se
322
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Relator
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Gabinete do Des. Josué Antônio Fonseca de Sena
______________________________________________________________________
11/0
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE
PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
323
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Gabinete do Desembargador Jorge Américo Pereira de Lira
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
Seção de Direito Público
324
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Em observância ao disposto no art. 10 do CPC, intimem-se as partes, para, querendo, se manifestarem no prazo de 10 (dez) dias sobre eventual
perda de interesse no feito, conforme ressaltado no Parecer Ministerial de fls. 186/187.
P. e I.
Recife, 03 de dezembro de 2018
DESPACHO
Cuida-se de Recurso de Apelação aviado contra sentença, da lavra do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Serra
Talhada, que extinguiu sem resolução do mérito a ação de cobrança nº 0000492-45.1999.8.17.1370.
Ocorre que a causídica que subscreve a peça recursal não se encontra devidamente habilitada nos autos.
Na esteira do que estabelece o art. 76 do Código de Processo Civil em vigor, a falta ou deficiência de representação processual configura
irregularidade sanável nas instâncias ordinárias, devendo o relator do processo no Tribunal conceder à parte a oportunidade de sanar o vício.
Posto isso, de conformidade com a regra editada no art. 76 do NCPC, assinalo o prazo de 15 (quinze) dias para que a parte apelante
regularize a cadeia da representação processual, sob pena de não conhecimento do recurso.
Cumpridas as formalidades, voltem-me os autos.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
Recife, 30 de novembro de 2018.
Desembargador JORGE AMÉRICO PEREIRA DE LIRA
Relator
PODER JUDICIÁRIO
ESTADO DE PERNAMBUCO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Gabinete do Desembargador Jorge Américo Pereira de Lira
325
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Intime-se a advogada da autora/apelante, indicada às fls. 07, para no prazo de 05 dias úteis, manifestar-se acerca da petição e documento de
fls. 185/188v., na qual a FUNAPE noticia o óbito da recorrente, em 28.02.2018, devendo, assim, requerer o que entender de direito, sob pena
de não ser conhecido seu recurso.
P. e I.
Recife, 03 de dezembro de 2018
326
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Em observância à disposição do art. 10 do CPC, determino a intimação do Apelante, para, no prazo de 10 (dez) dias, falar sobre a eventual
intempestividade do Recurso de Apelação interposto às fls. 445/458.
Cumprida a diligência, retornem-me os autos conclusos.
P.I.
Recife, 03 de dezembro de 2018
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de Ação Rescisória (fls.02/23) proposta por CRISTIANO BEZERRA DA SILVA tendo por propósito a desconstituição do ACÓRDÃO,
proferido pelos integrantes da 2ª Câmara de Direito Público que, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso de apelação / reexame
necessário nº 0460107-0 do ESTADO DE PERNAMBUCO, reformando a sentença proferida pelo magistrado singular que julgou procedentes
os pedidos formulados pelo autor.
O acórdão rescindendo, concluiu: i) ser válida a exigência de teste de aptidão física para provimento do cargo em questão; (ii) não haver
possibilidade de realização do exame em data diversa da fixada; e (iii) inexistir direito a tempo de preparação em sede de concurso público.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Busca o autor, com fundamento no art.966, incisos V, VII e VIII do CPC, desconstituir o supracitado acórdão porque o mesmo teria violado
manifestamente a norma jurídica; obtido o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde
fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; e por ter sido fundado em erro de fato verificável do exame dos autos.
Noticia, inicialmente, que revogou o mandato conferido ao patrono da ação principal porque o causídico não informou ao ora requerente sobre
a existência de decisão que proporcionaria a interposição de recursos após a publicação do acórdão que julgou o mérito da ação principal em
sede de apelação/reexame necessário, deixando de se manifestar em sede recursal perante este E. Tribunal, bem como ao Tribunal Superior.
Com isso, pugna pela consideração do cerceamento de defesa.
Anota que o acórdão rescindendo interpretou equivocadamente o objeto da ação principal que a priori seria a violação ao princípio da publicidade
que restringiu o autor de participar das demais etapas do certame em razão da sua convocação irregular.
Argumenta que no prazo determinado pela administração era impossível realizar todas as exigências do edital, daí defende que o objeto da ação
principal não foi o de se eximir do Teste de Aptidão Física - TAF, mas tão somente invocá-lo ilegal caso não fosse possível sua realização durante
o curso de formação, conforme demonstrado na sentença de primeiro grau que garantiu o autor nas demais etapas, não o isentando do TAF.
Anota que o TAF exigido pelo edital, ainda que houvesse comprovação nos autos de que o autor fora considerado INAPTO, deveria ser mantido
ilegal por esta corte de justiça, conforme era o entendimento antigo.
Todavia, ressalta que mesmo a 2ª Câmara de Direito Público tendo fundamentado o acórdão rescindendo no entendimento firmado pelo Grupo
de Câmaras de Direito Público no Incidente de Uniformização de Jurisprudência (sob a égide do CPC/73), qual seja, a validade da previsão de
TAF de caráter eliminatório no concurso de agente penitenciário do Estado de Pernambuco, o mesmo teria cumprido os requisitos de rigidez
física e psicológica, quando a própria administração atestou o mesmo como APTO na realização do Exame Prévio de Sanidade e Capacidade
Física no Instituto do Recursos Humanos de Pernambuco - IRH para então ser nomeado e tomar posse no referido cargo.
Defende ainda que analisando o contexto fático e legislativo, ainda não sendo considerado apto, não poderia a lei retroagir para o prejudicar.
Pugna pela concessão de tutela antecipada, justificando que os requisitos legais exigidos foram preenchidos, ao fundamento que a probabilidade
do direito está consubstanciada na prova documental que acompanha a ação rescisória, revelando que por ausência de defesa técnica em
momento oportuno, pela impossibilidade de juntar documentos que estavam de posse da administração que atestava sua capacidade física e por
ter seu direito cerceado, na medida em que não pode produzir à tempo a prova que por si só esvaziava o objeto do apelo. Afirma que o perigo
do dano resta evidenciado porque pode ser exonerado do cargo a qualquer momento.
Acerca da possibilidade de concessão de tutela antecipatória em sede de Ação Rescisória, colhe-se da lição de Nelson Nery Junior e Rosa
Maria de Andrade Nery:
"[...] A norma exige que a medida de urgência obstaculizadora da execução do julgado, que é exceção à regra, além de preencher os requisitos
necessários a toda cautelar( fummus boni iuris e periculum in mora), seja também, imprescindível, sem o que a medida não pode ser concedida...
[...]Em hipóteses excepcionais, a tutela antecipatória pode obstar a execução do julgado rescindendo...(in Código de Processo Civil Comentado
e Legislação Extravagante, 10ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p.528)
Cumpre, portanto, aferir a presença dos requisitos necessários à espécie, quais sejam, a verossimilhança das alegações e o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação e a imprescindibilidade da medida.
Com relação à verossimilhança das alegações, não a vislumbro neste primeiro contato processual, na medida em que o acórdão rescindendo
está fundamentado no entendimento firmado pelo Grupo de Câmaras de Direito Público no Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº
366301-00049346-78.2014.8.17.0001, julgado em 15/02/2017, DJe 13/03/2017, qual seja, a validade da previsão de TAF de caráter eliminatório
no concurso de agente penitenciário do Estado de Pernambuco.
Quanto a alegação de que o perigo do dano resta evidenciado porque pode ser exonerado do cargo de Agente Penitenciário a qualquer momento,
tenho que tal fato é consequência natural do acórdão cuja rescisão aqui se pretende.
Demais, caso venha a ser vitorioso nesta rescisória, recuperará seu status quo ante, não havendo perigo, portanto, de inutilidade do provimento
judicial.
Por outro lado, ainda que se possa vislumbrar algum perigo de dano ao autor, inviável se revela a concessão da tutela liminar pretendida, diante
da não constatação, neste exame perfunctório, de demonstração plausível de que o acórdão rescindendo teria incorrido em qualquer das máculas
invocadas pelo autor.
Ante o exposto, nego a antecipação de tutela requerida.
Cite-se a parte ré para, querendo, oferecer resposta no prazo legal de 15 (quinze) dias, nos moldes do Art. 970, do CPC.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Publique-se.
Intime-se.
ESTADO DE PERNAMBUCO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Gabinete Des. André Oliveira da Silva Guimarães
AR 517903-7 (03) 3
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
4ª Câmara de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Trata-se de Apelação Cível interposta em face da sentença (fls.138/141v), a qual julgou procedente a Ação de Concessão de Benefício
Previdenciário, nos termos do art. 487, I do CPC/15, para determinar " a inclusão da requerente como dependente e beneficiária da pensão por
morte do ex-servidor, com efeito pecuniário retroativo a data do óbito (16/08/2007-fl.21), com aplicação de juros de mora e correção monetária.
Ônus da sucumbência será fixado quando liquidado o julgado, com observância ao art. 85, §4º, II do CPC/15.
Ajuizado o apelo em 09/05/2018 (fls.143/149v), já na égide do novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015, com vigência a partir de
18/03/2016), cabe ao Relator do feito a análise dos requisitos de admissibilidades recursais e não mais ao juízo de 1º grau, conforme inteligência
do art. 1010, §3º, do Código de Normas e Enunciado administrativo nº 3, do STJ.
Apresentadas as contrarrazões (fls. 152/162).
Assim, verifico o preenchimento dos requisitos previstos nos arts. 996, 1.003, §5º, 1.009 e 1.010, do CPC, in verbis:
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da
ordem jurídica.
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
[...]
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§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão.
Desta feita, em consonância com as disposições dos arts. 1.012, §1º, III e 1.013 do CPC, recebo o presente recurso no duplo efeito.
Ademais, observo a ocorrência de erro na autuação dos autos, pois o presente caso trata-se também de Reexame Necessário, tendo em vista
o disposto no art. 496, I, do CPC, conforme bem elencado na sentença.
Dito isto, determino a remessa dos autos à Distribuição para devida correção.
Outrossim, em atenção ao contido no art. 932, VII, do CPC, abra-se vista a douta Procuradoria de Justiça, para os fins de direito.
P. I.
Recife, 26 de novembro de 2018
ÓRGÃO ESPECIAL
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0005370-82.2018.8.17.0000(518821-4)
IMPETRANTE: NÁRRIMAN SOARES AMARAL
IMPETRADO: PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
LITISCONSORTE PASSIVO: ALGACYR FERNANDO VIEIRA DE BARROS
RELATOR: Des. ANDRÉ OLIVEIRA DA SILVA GUIMARÃES
Cuida-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, via do qual se insurge a impetrante contra o ato nº 1.504/2018, emanado do Exmo.
Sr. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, ora autoridade coatora, que extinguiu sua interinidade frente ao Cartório do 1º
Ofício de Bom Conselho, ao argumento de que o §1º do art. 86 do Código de Normas favorece sua permanência como interina.
Decido.
Da análise do ato impugnado (fls. 41), verifico, nos seus consideranda, que ele se arrimou em duas medidas, emanadas do CNJ: a Meta Nacional
do Serviço Extrajudicial de nº 15, da Corregedoria Nacional de Justiça, e o Provimento nº 77/2018.
Eis a que se refere a Meta Nacional do Serviço Extrajudicial de nº 15:
Art. 2º Declarada a vacância de serventia extrajudicial, as corregedorias de justiça dos Estados e do Distrito Federal designarão o substituto mais
antigo para responder interinamente pelo expediente.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
§ 1º A designação deverá recair no substituto mais antigo que exerça a substituição no momento da declaração da vacância.
§ 2º A designação de substituto para responder interinamente pelo expediente não poderá recair sobre cônjuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau do antigo delegatário ou de magistrados do tribunal local.
(...)
Art. 8º Os tribunais deverão adequar as designações dos atuais interinos às regras deste provimento em até 90 dias.
Quer nos parecer, a teor do documento adunado às fls. 21, que a impetrante incide em causa impeditiva da nomeação como interina, por
parentesco, em linha reta, com o antigo delegatário do 1º Ofício de Notas e Registros Públicos da Comarca de Bom Conselho, Sr. Arnaldo Amaral.
Tenho, pois, neste juízo de cognição rarefeita, que a suspensão do ato impugnado se afigura temerária, porquanto este, a priori, foi editado em
cumprimento aos atos do egrégio CNJ, acima transcritos.
Por oportuno, registro, por ser questão de conhecimento público, que a serventia na qual pretende a impetrante permanecer como interina foi
extinta pela Lei Complementar Estadual nº 196/2011, tendo a legitimidade de tal extinção sido confirmada pelo Egrégio STJ no julgamento do
RMS nº 53.249-PE.
Esse relevante fato jurídico sinaliza para uma possível inviabilidade da pretensão da impetrante, na medida em que não se pode vislumbrar
interinidade de uma serventia legalmente extinta, tampouco o seu preenchimento por concurso.
Portanto, tudo recomenda, na hipótese, se aguarde a resolução da pretensão mandamental aqui posta em cognição exauriente.
Forte nestas razões, indefiro a liminar requerida.
Notifiquem-se a autoridade coatora e o litisconsorte passivo para, no prazo de 10 (dez) dias, querendo, prestar as informações que reputar
necessárias (Art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009).
Dê-se ciência à PGE para que, querendo, ingresse no feito (Art. 7º, II, da LMS).
Após, à Douta Procuradoria de Justiça para oferta de parecer.
Cumpra-se.
Publique-se.
ESTADO DE PERNAMBUCO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Gabinete Des. André Oliveira da Silva Guimarães
3
AI-321471-5 (12)
1
MI 493060-3 (03)
331
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
Seção de Direito Público
Gabinete Desembargador Itamar Pereira da Silva Júnior
Defiro a petição de fls. 236/237, para determinar à Diretoria Civil que atualize os nomes dos patronos da Embargada, assim como para realizar
as publicações e intimações, conjuntamente, em nome dos advogados ELLEN LEÃO (OAB-PE 21.054) e BRUNO AFFONSO BEZERRA (OAB-
PE 26.707).
Cumprida a diligência, retornem os autos conclusos.
P. I.
Recife, 27 de novembro de 2018
332
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Cível
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
Vistos, etc.
333
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Compulsando os presentes autos, verifico que o presente feito está afeto a competência da 1ª Câmara Extraordinária de Direito Público, nos
termos da Resolução TJPE nº 371, de 29/09/2014.
Diante disso, declino da minha competência para processar e julgar o recurso epigrafado, assim sendo, determino a redistribuição a um dos
desembargadores integrantes da 1ª Câmara Extraordinária de Direito Público desta E. Corte de Justiça.
Publique-se.
Recife, 30 de novembro de 2018
334
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DE ORDEM DO EXMO. SR. DES. JOSÉ IVO DE PAULA GUIMARÃES, PRESIDENTE DA SEGUNDA CÂMARA EXTRAORDINÁRIA DE DIREITO
PÚBLICO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, AVISA QUE NÃO HAVERÁ SESSÃO NO PRÓXIMO DIA 10DE
DEZEMBRO DE 2018, EM VIRTUDE DA SESSÃO SOLENE ESPECIAL DO TRIBUNAL PLENO CONVOCADA PARA MESMO DIA E HORA DA
CITADA CÂMARA, FICANDO TODOS OS PROCESSOS COMO SOBRA PARA O DIA 17 DE DEZEMBRO DO CORRENTE ANO, ÀS 09:30H
(NOVE HORAS), NA SALA DE SESSÕES DO 2º ANDAR ( PLENARINHO) .
PAUTA DE JULGAMENTO
Pauta de Julgamento da Sessão Ordinária do 2ª Câmara Extraordinária de Direito Público convocada para o dia 17 de dezembro de 2018, às
09:30 horas na sala Des.Alexandre Aquino - 2º andar-Anexo (Plenarinho).
Adiados
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339
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
340
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
341
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
SENTENÇA
Trata-se de AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO ajuizada pelo AYMORÉ CREDITO, FINANCAIMENTO E INVESTIMENTO S/
A contra ALINE SOUZA DE ALBUQUERQUE., lastreada em contrato de mútuo com garantia de alienação fiduciária firmado com a parte ré.
Foi concedida a medida liminar de busca e apreensão. Em cumprimento do mandado, o oficial de justiça citou a ré e apreendeu
o objeto da presente lide, tendo sido lavrado o competente auto de busca e apreensão.
Devidamente citada para responder à presente lide, a ré quedou-se inerte, deixando que o prazo transcorresse in albis. O
pleito encontra-se devidamente regularizado e consubstanciado com a farta prova documental produzida.
No caso, como visto, a ré é revel, de modo que deve ser aplicada a regra do art. 344 do CPC ao caso, julgando-se o pedido
de imediato, na forma do art. 355, II do mesmo Código, posto tratar-se de demanda acerca de direitos disponíveis.
Face ao exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido desta ação busca e apreensão, extinguindo o processo, COM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, de acordo com o art. 487, I do CPC, consolidando a propriedade e posse do bem em favor do requerente, nos
termos do Decreto-Lei 911/69.
Por fim, condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, arbitrados à razão de 10%
incidente sobre o valor da causa.
Cumpra-se.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
SENTENÇA Vistos etc. ÉRIKA DE ALMEIDA, qualificada nos autos, por intermédio de advogado legalmente habilitado, ajuizou a presente
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE contra MARCELA DE ALMEIDA SOUSA, igualmente qualificada. Aduz a demandante, em síntese, ser
proprietária/possuidora do imóvel localizado à Rua Sítio São Braz, nº 64-B, Bairro de Dois Irmãos, Recife/PE. Afirma que, durante os dias de
semana, residia em seu domicílio laboral, pelo que concedeu à sua sobrinha, ora ré, por gentileza, o direito de ocupar uma área do aludido imóvel.
Prossegue afirmando a autora que solicitou à demandada que desocupasse o bem, assegurando-lhe o prazo de 30 (trinta) dias para sair do local,
contudo ela não atendeu à solicitação, permanecendo indevidamente no imóvel com sua família. Diante do narrado, a parte demandante requer
a concessão de liminar de reintegração de posse. No mérito, pugna pela confirmação da tutela possessória, bem como pela condenação da ré
ao pagamento de indenização a título de aluguel, no montante mensal de R$ 300,00 (trezentos reais). Foi designada audiência de justificação
prévia, na qual foram ouvidas as partes e testemunhas, tudo conforme dinâmica retratada no termo de id nº 29723536 e na mídia de gravação
disponível no site do TJPE[1][1]. Ao final do ato, foi deferida a liminar reintegratória. Apesar de devidamente citada, a ré não apresentou defesa
(id nº 34096960). Após, vieram-me os autos conclusos. É o que basta relatar. Passo à decisão. Verifico que a parte demandada incorreu em
revelia, porém, como é sabido, a presunção de veracidade dela decorrente não é absoluta, devendo o juiz analisar o contexto do processo e as
provas produzidas pela parte autora. Neste contexto, tem-se que a revelia não induz necessariamente à procedência do pedido, uma vez que as
circunstâncias fáticas coligidas aos autos podem não confirmar a pretensão ventilada pelo autor (RSTJ 5/363, 20/252, RTFR 159/73). No caso
em apreço, constato a presença dos efeitos resultantes da revelia (art. 344 do CPC), bem como a desnecessidade de dilação probatória, sendo
adequado, pois, o julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 355, inciso II, do CPC. Pois bem. É cediço que na ação de reintegração de
posse incumbe ao autor provar a sua posse anterior, o esbulho praticado pelo réu, a data do esbulho e a perda da posse (arts. 560 e 561 do CPC).
Analisando os elementos constantes dos autos, em especial os depoimentos prestados em sede de audiência de justificação prévia, verifico que
os requisitos para o deferimento da reintegração de posse foram atendidos, na medida em que a autora demonstrou a posse anterior do imóvel,
bem como o esbulho praticado pela ré. Explico. Conforme afirmado pela autora em seu depoimento pessoal e admitido pela demandada, também
em seu depoimento, a demandante adquiriu a posse do terreno da irmã Edinalda, tendo, em sequência, construído a casa objeto de litígio (vídeo
01 – 00min15seg). A Sra. Edinalda, em seu depoimento testemunhal, confirma ter vendido o terreno à autora, pelo valor de R$ 1.800,00 (um mil e
oitocentos reais), pago de forma parcelada (vídeo 03 – 00min50seg). Do relato autoral e do depoimento das testemunhas Márcia Corrêa e Helena
Corrêa – respectivamente, empregadora e filha da empregadora da demandante –, extrai-se que a casa foi construída com recursos próprios da
demandante e com a ajuda financeira das aludidas senhoras que informaram que pagaram os pedreiros e parte dos materiais de construção.
Além disso, a demandante esclareceu que autorizou que a ré, juntamente com seu marido e filhos, fossem residir no local, na medida em que
a demandada teve desavenças com a mãe, com quem morava anteriormente (vídeo 01 – 02min00seg). A autora afirmou, ainda, que solicitou
a devolução do bem imóvel, porque os filhos da demandada a tratavam mal, inviabilizando o descanso da demandante em seus dias de folga
(vídeo 01 – 02min55seg). Assim, diante dos relatos prestados em audiência, bem como considerando a revelia da parte ré, tenho como verídica
a narrativa autoral, restando demonstrado nos autos que, no mês de setembro/2017, ocorreu um grande desentendimento entre a autora e a
ré e, por esta razão, a demandante deixou de frequentar o imóvel de sua propriedade, passando a demandada a exercer a detenção de forma
exclusiva sobre o imóvel dado em comodato pela autora. Nos termos do art. 1.208, do Código Civil, os atos de mera permissão ou tolerância não
induzem posse. A mera permissão, ensina TITO FULGÊNCIO, é a forma de convenção das partes, de tal maneira que o estranho detém ou usa
a coisa por “licença do dono”. “O concedido pela mera permissão, explica o mesmo mestre, não é um direito para o concessionário, não é parcela
alguma dos direitos do senhor da coisa, senão apenas uma faculdade, por isso mesmo revogável ao nuto do concedente” (Da Posse e das Ações
Possessórias, 5ª edição,vol. I, pág. 14 e 15). Consequentemente, se a parte ré teve acesso ao imóvel por ato de tolerância ou permissão do
proprietário e se recusa a sair, fica caracterizado o esbulho, sendo de ser julgada procedente a pretensão reintegratória, visto que a ré configura-
se como simples detentora, que nunca chegou a se qualificar como verdadeira possuidora. No tocante à pretensão indenizatória, nos termos
do art. 555, inciso I, do CPC, é lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de condenação em perdas e danos. Nos termos do art. 582 do
Código Civil, aquele que toma um bem emprestado, ao ser instado a devolvê-lo, pagará, até restituí-lo, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo
comodante. Vejamos o texto legal: Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo
usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora,
além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante. A jurisprudência corrobora o disposto na
Lei Civil: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA. COMODATO VERBAL.
NOTIFICAÇÃO. MORA. ESBULHO. INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE ALUGUEIS. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS. - Nos termos do art.
407 do CPC, incube às partes depositar em cartório o rol de testemunhas no prazo que o juiz designar ou, dez dias antes da audiência, no
caso de omissão. Ademais, contra as decisões interlocutórias proferidas em AIJ, caberá agravo na forma retida. - Tratando-se de contrato de
comodato verbal por prazo indeterminado, o comodatário, regularmente notificado, deve desocupar o imóvel findo o prazo estipulado para tanto,
sob pena de, permanecendo, passar a exercer a posse precária, o que configura o esbulho. - À luz da norma inscrita no art. 582 do CC, é possível
o arbitramento de alugueis face o caráter de penalidade pela não restituição do objeto. - Feitas no interesse do comodatário, as benfeitorias
consideradas úteis confundem-se com as despesas de uso, que são imunes à obrigação de indenizar, nos termos do art. 584, do CC. (TJMG
– 100740703810530031, 13ª Câmara Cível, Relatora Cláudia Maia, Julgado em 19/03/2009) Tal conclusão é corolário dos Princípios Gerais
insculpidos no Código Civil, em seus arts.402 e 884 : Art. 402. As perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. (...) Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Quanto ao valor do aluguel apontado na exordial (R$ 300,00),
pelas regras da experiência comum (art. 375 do CPC), tenho que se mostra adequado ao tamanho e localização do bem. Assim, a parte ré
deverá pagar à autora indenização correspondente ao valor de R$ 300,00 (trezentos reais) por mês, desde o momento em que a autora se viu
obrigada a sair do imóvel (setembro/2017) até a efetiva reintegração da demandante na posse do bem. Diante de todo o exposto e por tudo
mais que dos autos consta: a) JULGO PROCEDENTE o pedido de reintegração de posse, confirmando a antecipação de tutela deferida no id
nº 29723536; b) JULGO PROCEDENTE o pedido indenizatório, para condenar a ré ao pagamento de indenização correspondente ao aluguel
mensal de R$ 300,00 (trezentos reais), a partir de setembro/2017 até a data de desocupação do bem, devendo a quantia ser corrigida pela tabela
Encoge, a partir do vencimento de cada prestação (último dia de cada mês), e com incidência de juros de mora de 1% ao mês, desde a citação.
Extingo o processo com resolução do mérito, a teor do art. 487, inciso I, do CPC. Condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais,
além dos honorários advocatícios à base de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação indenizatória, na forma do art. 85, § 2º, do CPC,
acrescido de R$ 300,00 (trezentos reais) no tocante à obrigação de fazer (pretensão reintegratória da posse do bem), por ter valor inestimável
(art. 85, § 8º, CPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, verificada a inércia da parte interessada, arquivem-se
independentemente de nova conclusão. Cumpra-se. Recife, 30 de outubro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta
Processo nº 0064842-59.2017.8.17.2001
AUTOR: MARIA APARECIDA DE MELO ARRUDA
RÉU: JOAO FRANCISCO DE PAULO, JEFFERSON BERNARDO DE LIMA, EMBRASYSTEM - TECNOLOGIA EM SISTEMAS, IMPORTACAO
E EXPORTACAO LTDA
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SENTENÇA Vistos etc. MARIA APARECIDA DE MELO ARRUDA, qualificada nos autos, por intermédio de advogado legalmente constituído,
ajuizou a presente ação sob o procedimento comum contra EMBRASYSTEM TECNOLOGIA EM SISTEMAS, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
LTDA. (BBOM), JOÃO FRANCISCO DE PAULO e JEFFERSON BERNARDO DE LIMA igualmente qualificados. Alega a parte demandante que
firmou contrato de adesão para investir junto à empresa ré, através da abertura de uma conta denominada como categoria ouro, pagando a
quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais). Aduz que o montante investido pela autora seria destinado à aquisição rastreadores, dos quais 20 (vinte)
teriam a renda de aluguéis destinada ao investidor. Prossegue afirmando que, logo após ter realizado o investimento, a ré teve suas atividades
suspensas e bens bloqueados, devido à suspeita de prática de crime contra a economia popular (pirâmide financeira), razão por que restou
inexequível o negócio firmado entre as partes. Informa, ainda, que foi determinado pelo Juízo da 4ª Vara Federal de Goiânia, nos autos da ação
cautelar inominada de nº 0017371-31.2013.4.01.3500, o bloqueio dos ativos da empresa demandada. Diante do narrado, a parte autora requer
a declaração de nulidade do contrato celebrado e a condenação da parte ré ao pagamento de indenização por danos materiais, no valor de R$
3.000,00 (três mil reais). Pugna, ainda, que seja oficiado ao Juízo da 4ª Vara Federal de Goiânia, para que habilite o crédito da demandante no
processo cautelar. Foi expedido despacho inaugural positivo no id nº 28130548. Devidamente citados, os réus não se manifestaram, conforme
certificado de id nº 37149533. Após, vieram-me os autos conclusos. É o relatório, sucinto. Passo a decidir. Verifico que a parte demandada
incorreu em revelia, porém, como é sabido, a presunção de veracidade dela decorrente não é absoluta, devendo o juiz analisar o contexto do
processo e as provas produzidas pela parte autora. Neste contexto, tem-se que a revelia não induz necessariamente à procedência do pedido,
uma vez que as circunstâncias fáticas coligidas aos autos podem não confirmar a pretensão ventilada pelo autor (RSTJ 5/363, 20/252, RTFR
159/73). No caso em apreço, constato a presença dos efeitos resultantes da revelia (art. 344 do CPC), bem como a desnecessidade de dilação
probatória, sendo adequado, pois, o julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 355, inciso II, do CPC. A questão posta nos autos cinge-
se em verificar a existência de esquema criminoso desenvolvido pela demandada, conhecido popularmente como “pirâmide financeira”, o qual,
mediante a promessa de lucro fácil, atrai diversos “investidores”, que acabam por não receber o retorno prometido, em virtude da “quebra” do
sistema. É importante observar que há uma tênue diferença entre o “marketing multinível” e a famigerada “pirâmide financeira”, o que precisa
ser mais bem elucidado, tendo em vista que a primeira prática é bastante comum e perfeitamente lícita, enquanto a segunda é tipificada como
crime contra a economia popular, nos termos do art. 2º, IX, da Lei 1.521/51: Art. 2º. São crimes desta natureza: (...) IX - obter ou tentar obter
ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola
de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes); De acordo com Silvio Laban, o marketing multinível estabelece relações
contínuas de consumo com pessoas fora da estrutura. Na pirâmide, há um processo restrito aos indivíduos que estão dentro dela, e o que
você está comercializando é a troca dos próprios recursos internos.[1] Assim, para diferenciar uma prática de outra, é necessário investigar se
a sustentação da rede se faz através de seus próprios investidores ou pela comercialização de bens ou serviços para o público em geral. No
caso dos autos, a parte ré incorreu em revelia, não tendo produzido qualquer prova de que os serviços apresentados como atividades-fim eram
efetivamente prestados e que a remuneração dos participantes provinha dela. Ademais, dos elementos colacionados ao caderno processual,
resta evidente que a atividade desenvolvida pela ré objetivava induzir em erro os contratantes, mediante promessa de que iriam receber lucros
exorbitantes ao desembolsar baixo investimento para aderir a contrato, através de indicações de interessados na aquisição do produto. Tais
constatações, associadas à paralisação das atividades da empresa após a denúncia de formação de pirâmide financeira, levam à conclusão de
que a renda provinha exclusivamente da adesão de novos usuários, caracterizando-se, portanto, a conduta ilícita. Por fim, imperioso registrar
que o Juízo da 4ª Vara da Justiça Federal em Goiás proferiu sentença em sede de ação civil pública, condenando as empresas Embrasystem –
Tecnologia em Sistemas, lmportação e Exportação e BBrasil Organizações e Métodos (Bbom) por prática ilegal de pirâmide financeira. Também
foram condenados os responsáveis pela Bbom: seu sócio-proprietário, João Francisco de Paulo, e os outros dois participantes do esquema
Ednaldo Alves Bispo e Cristina Paradellas Dutra Bispo.[2] Verificada a ilicitude do objeto do contrato, deve ser declarada sua nulidade, nos termos
do art. 166, inciso II, do Código Civil: Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: (...) II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
Declarada a nulidade do negócio celebrado entre partes, devem os contratantes retornarem ao status quo ante (art. 182 do CC). Na espécie,
isso significa a restituição dos valores pagos pela autora em razão do negócio jurídico entabulado. Não é outro o entendimento jurisprudencial.
Confira-se: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANOS MORAIS. PROMESSA
DE GANHOS RÁPIDOS, E BAIXO INVESTIMENTO, ENGANOSA. HIPÓTESE EM QUE A AUTORA PAGOU A QUANTIA DE R$3.000,00, E
NADA PERCEBEU. CARACTERIZAÇÃO DA CHAMADA PIRÂMIDE FINANCEIRA. PRÁTICA ABUSIVA. AFASTADO O RECONHECIMENTO
DA INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. A RESCISÃO CONTRATUAL E DEVOLUÇÃO SÃO MEDIDAS QUE SE IMPÕEM. DANO MORAL
NÃO CONFIGURADO. REFORMA DA SENTENÇA PARA JULGAR PARCIALMENTE PROCEDENTE A AÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJ-RS - Recurso Cível: 71005331772 RS , Relator: Roberto Carvalho Fraga, Data de Julgamento: 27/02/2015, Quarta Turma Recursal
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 04/03/2015) CÍVEL. RECURSO INOMINADO. RESCISÃO DE CONTRATO CUMULADA
COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PERDAS E DANOS. ALEGAÇÃO DE CONTRATO EM MOLDES DE PIRÂMIDE
FINANCEIRA. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. DESNECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA COMPLEXA. POSSIBILIDADE DE
RESCISÃO. DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS POR CONTRATO INEXEQUIVEL. RECURSO CONHECIDO E DEPROVIDO. (TJ-PR - RI:
000203478201481600840 PR 0002034-78.2014.8.16.0084/0 (Acórdão), Relator: Renata Ribeiro Bau, Data de Julgamento: 24/11/2014, 1ª Turma
Recursal, Data de Publicação: 01/12/2014) RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. FRANQUIA TELEXFREE (VOIP). PROMESSA
DE LUCROS SUBSTANCIAIS RÁPIDOS E DE BAIXO INVESTIMENTO. PIRÂMIDE FINANCEIRA. PUBLICIDADE ENGANOSA. PRÁTICA
COMERCIAL ABUSIVA. INDUÇÃO DO CONTRATANTE EM ERRO. VÍCIO DE CONSENTIMENTO QUE IMPÕE A RESCISÃO CONTRATUAL
COM DEVOLUÇÃO DOS VALORES. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RS
- Recurso Cível: 71004981932 RS , Relator: Silvia Muradas Fiori, Data de Julgamento: 09/10/2014, Terceira Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 14/10/2014) A autora afirma ter investido o quantum de R$ 3.000 (três mil reais), não havendo impugnação
quanto a este valor, tampouco notícia de repasse de qualquer quantia em contraprestação ao contratante. Assim, considerando o preço pago pelo
serviço não prestado, a vantagem exagerada obtida pela empresa ré e a técnica agressiva e abusiva de venda utilizada, prospera a pretensão
autoral de ressarcimento do valor desembolsado para aderir ao malsinado negócio. Ante o exposto e considerando tudo o mais que consta
dos autos, JULGO PROCEDENTES os pedidos deduzidos na inicial, para declarar a nulidade do contrato de adesão firmado entre as partes e
condenar os réus, solidariamente, à restituição da quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais), a ser corrigida pela tabela do ENCOGE, desde a data
do desembolso, e com incidência de juros de mora de 1% ao mês, a partir da citação. Extingo o processo com resolução do mérito, a teor do art.
487, inciso I, do CPC/2015. Condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais, além dos honorários advocatícios à base de 10% (dez
por cento) sobre o valor da condenação, na forma do art. 85, § 2º, do CPC. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado,
expeça-se ofício ao Juízo da 4ª Vara Federal de Goiânia, para habilitar o crédito da autora no processo de nº 0017371-31.2013.4.01.3500. Em
seguida, arquivem-se independentemente de nova conclusão. Cumpra-se. Recife, 26 de outubro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima
Juíza de Direito Substituta
Processo nº 0020195-76.2017.8.17.2001
AUTOR: AMANDA DRIELLY SILVA DE FRANCA
RÉU: HAPVIDA ASSISTENCIA MEDICA LTDA, ANTONIIO PEREIRA FILHO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DESPACHO 1. Inicialmente, constato que o réu Antônio Pereira Filho, apesar de devidamente citado, não apresentou defesa nos autos (id nº
38371767), razão por que decreto-lhe a revelia, nos termos do art. 344 do CPC. 2. Intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, apresente réplica à contestação da demandada Hapvida. 3. Apresentada a réplica ou decorrido o prazo, intimem-se as partes para, em
15 (quinze) dias, informar se possuem outras provas a produzir, justificando-as motivada e fundamentadamente, não sendo suficiente o mero
protesto por provas e a simples indicação da espécie probatória, atentando-se para o ônus da prova, nos termos dos arts. 373 e 348 do CPC.
Transcorrido o prazo, sem manifestação ou sem requerimento específico de dilação probatória, certifique a Diretoria Cível e, em seguida, voltem-
me conclusos para sentença. Cumpra-se. Recife, 27 de novembro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta"
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O/A Doutor(a) CLICÉRIO BEZERRA E SILVA Juiz(a) de Direito da 1ª Vara de Família e Registro Civil da Capital , em virtude da lei, FAZ
SABER a todos, quanto o presente edital virem, ou dele notícias tiverem e a quem interessar possa que por este Juízo e Diretoria, se processou
a CURATELA nº 0009576-24.2016.8.17.2001, de JOSÉ HENRIQUE DA CONCEIÇÃO, decretada por sentença proferida em 22/08/2016,
declarando-o relativamente incapaz de exercer, pessoalmente, os atos da vida civil, por ser portador de retardo mental moderado (F71 – CID 10)
de etiologia orgânico-cerebral associada a epilepsia (F42 – CID 10) agravada por uso de álcool etílico (F10 – CID 10) e, em consequência foi
nomeada a Sra. LUCIENE MARIA DA SILVA, como CURADORA. Não poderá o curatelado, sem curadora e sem autorização judicial, emprestar,
transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, exceto para levantar/alterar sua própria interdição em Juízo (artigo 114,
da Lei nº 13.146/2015). E, para que chegue ao conhecimento de todos, foi expedido o presente edital que será publicado na forma da lei.
RECIFE, 9 de novembro de 2018, Eu, JOSÉ GENILSON SILVA OLIVEIRA, Diretoria de Família e Registro Civil, o digitei. CLICÉRIO BEZERRA
E SILVA. JUIZ DE DIREITO
O(A) Dr(a). Luiz Gustavo Araújo , Juiz(a) de Direito da 6ª Vara de Família e Registro Civil da Capital , em virtude de Lei etc. FAZ SABER que
perante este Juízo no endereço acima indicado tramita a AÇÃO DE ALIMENTOS , Processo nº 0009579-76.2016.8.17.2001 , proposta por
J. R. S. S. brasileira, menor impúbere, neste ato representada por sua genitora , ROSICLEIDE MARIA SILVEIRA DA SILVA em face de
JOAQUIM GONÇALVES DA SILVA e JAILSON NASCIMENTO DA SILVA . Estando o réu JAILSON NASCIMENTO DA SILVA em lugar
incerto e não sabido, fica o mesmo CITADO para responder a presente ação no prazo de 15 (quinze) dias. Advertência : se o réu não contestar
a ação no prazo marcado, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor na inicial (art. 344 do
CPC). E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, passa o presente edital. Recife, 05 de dezembro de 2018. Eu, Simone
Assunção Soares de Avellar – Diretoria de Família e Registro Civil, digitei e assino. Luiz Gustavo Mendonça de Araújo Juiz de Direito
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O Dr. João Maurício Guedes Alcoforado , Juiz de Direito da 4ª Vara de Família e Registro Civil da Capital, em virtude de Lei, etc... FAZ
SABER a todos, quanto o presente edital vierem, ou dele notícias tiverem e a quem interessar posse que por este Juízo e secretaria
situados à Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n, Ilha Joana Bezerra, se processou a INTERDIÇÃO nº 0037379-45.2017.8.17.2001
de ISRAEL TOMAZ DOS SANTOS RG. 3404561 SDS/PE, CPF: 643.568.764-15 , decretada por sentença proferida em 06 de julho de
2018, publicada nos dias 12, 23 de Julho e 01/08/2018 , bem como despacho de erro material proferido em 29/11/2018, o qual segue
transcrito: “... DESPACHO DE ERRO MATERIAL Compulsando os autos do processo, em epígrafe, verifico que por equívoco este juízo
proferiu sentença de ID nº 32986596 digitando incorretamente que o perito judicial concluiu que se trata de incapacidade física e não
mental, sugerindo a tomada de decisão apoiada, quando então, Israel Thomas dos Santos Filho foi submetido à tomada de decisão
apoiada, tendo como sua apoiadora a Sra. Carmen Lúcia dos Santos Velozo. Ocorre que, na verdade o perito judicial concluiu em
seu laudo que o periciando apresenta transtorno cognitivo, distúrbio da condita social, epilepsia sintomática e processo demencial
incipiente, necessitando de ser assistido em todos os atos da vida civil. Certo é que, por força do que prescreve o inciso I, do artigo 494,
do Código de Processo Civil/2015, pode, de ofício, o magistrado corrigir inexatidões materiais, como se verifica no caso em apreço.
Face ao exposto, diante do erro material contido na sentença supramencionada determino que passe a constar na mesma que submeto
ISRAEL TOMAZ DOS SANTOS FILHO à curatela nos termos do art. 84, §1º da Lei nº 13.146, de 2015, devendo ser ASSISTIDO EM TODOS
OS ATOS DA VIDA CIVIL por sua curadora Sra. CARMEN LÚCIA DOS SANTOS VELOZO. De tudo ciente o Ministério Público. Expeça-
se termo de curatela provisória. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Após cumpridas todas as diligências, arquive-se os autos. Recife,
28 de novembro de 2018. João Mauricio Guedes Alcoforado Juiz de Direito...”. Recife, 05 de dezembro de 2018. Eu, Raquel Campelo
Arantes – Diretoria de Família e Registro Civil, digitei e assino.
EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo: 20 dias
O/A Doutor(a) CLICERIO BEZERRA E SILVA Juiz(a) de Direito da 1ª Vara de Família e Registro Civil da Capital , em virtude da lei, FAZ
SABER a todos, quanto o presente edital virem, ou dele notícias tiverem e a quem interessar possa que por este Juízo e Diretoria situados
à Av. Desembargador Rodolfo Aureliano, s/n, Ilha Joana Bezerra, tramitam os autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL “PÓST
MORTEM” processo judicial eletrônico sob o nº 0052764-96.2018.8.17.2001 , proposta por ANA FRANCELINA DE CARVALHO, portadora
da cédula de identidade RG n. 4647497 SDS\PE, regularmente inscrita do CPF\MF sob o n. 949.532.524-20, residente e domiciliada na Rua
da Aurora, n. 1035, apto. 152, Bairro de Santo Amaro, nesta cidade do Recife\PE, em face de ROBERTO EMERSON CAMARA BENJAMIN,
falecido - CPF: 003.115.704-10, ALFREDO ARRUDA CAMARA BENJAMIN - CPF: 616.075.504-82, CESAR DE QUEIROZ BENJAMIN, CID DE
QUEIROZ BENJAMIN, LÉO DE QUEIROZ BENJAMIN, CLÁUDIO MANOEL BENJAMIN CORDEIRO e DIANA BENJAMIN CORDEIRO . Estando
os réus CLÁUDIO MANOEL BENJAMIN CORDEIRO e DIANA BENJAMIN CORDEIRO , em lugar incerto e não sabido, ficam os mesmos
CITADOS para responder a presente ação no prazo de 15 (quinze) dias . Advertência: se o réu não contestar a ação no prazo marcado,
será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor na inicial (art. 344 do CPC). Advertência:
será nomeado curador especial em caso de revelia (art. 257, inc. IV do CPC). E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros,
passa o presente edital. RECIFE, 3 de dezembro de 2018, Eu, JOSE GENILSON SILVA OLIVEIRA, Diretoria de Família e Registro Civil, digitei
e submeti à conferência e assinatura.
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EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo: 20 dias
O/A Doutor(a) Juliana Rodrigues Barbosa Juiz(a) de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Santa Cruz do Capibaribe, em virtude da lei, FAZ
SABER a todos, quanto o presente edital virem, ou dele notícias tiverem e a quem interessar possa que por este Juízo, tramitam os autos da
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER E TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA processo judicial eletrônico sob o
nº 0001230-52.2018.8.17.3250, proposta por GG INDUSTRIA E COMERCIO DE ARTIGOS DO VESTUARIO LTDA, em face de TERCEIROS
POSSUIDORES do veículo marca FIAT, modelo camionete Fiorino IE, Placa KFI 6342, ano/modelo 1995, RENAVAN 631654631, Chassi nº
9BD146000S8402893. Estando o réu em lugar incerto e não sabido, fica o mesmo CITADO para responder a presente ação no prazo de 15
(quinze) dias . Advertência: se o réu não contestar a ação no prazo marcado, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
de fato formuladas pelo autor na inicial (art. 344 do CPC). Advertência: será nomeado curador especial em caso de revelia (art. 257, inc. IV
do CPC). E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, passa o presente edital. SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE, 25 de
setembro de 2018, Eu, ANA PAULA DE VASCONCELOS COURA, Diretoria Cível Regional do Agreste, o assino.
Pelo presente, ficam as partes e seu(s) respectivos advogado(s) e procurador(es), intimados da Sentença prolatado nos autos do processo
abaixo relacionado:
Processo nº 0000060-45.2018.8.17.3250
AUTOR: ARIKASSIA BEATRIZ DA SILVA
Advogado: JONAS WELLINGTON SILVA - OAB PE41959
RÉU: EDSON PEREIRA TORRES JUNIOR
SENTENÇA (dispositivo) : [...] Ante o exposto , nos termos do art. 487, III, alínea “b” do CPC, homologo o acordo de vontades , extinguindo
o processo com resolução do mérito. Custas suspensas ante o deferimento da gratuidade processual. Sem condenação em honorários, à mingua
do contraditório efetivo. Publique-se, registre-se e intimem-se, inclusive o MP. Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas
de estilo. Santa Cruz do Capibaribe/PE, 17 de outubro de 2018 Juliana Rodrigues Barbosa Juíza de Direito
Pelo presente, ficam as partes e seu(s) respectivos advogado(s) e procurador(es), intimados da Sentença prolatado nos autos do processo
abaixo relacionado:
Processo nº 0000090-51.2016.8.17.3250
AUTOR: JAIANE WANE DE SOUSA SILVA
REPRESENTANTE: WEDJA DE SOUZA SILVA
RÉU: HELIO ANTONIO GOMES
RÉU: EDILEUZA GONCALVES GOMES
SENTENÇA (dispositivo) : [...] Diante do exposto, homologo o acordo de ID 1 6297982 - Termo de Audiência e o faço nos termos
do artigo 487, III do Código Processual Civil. Condeno a parte autora e ré a dividirem igualmente os valores de custas processuais, nos
termos do artigo 90, parágrafo 2 do NCPC, vez que não foram estipulados pela transação, que ficam suspensos tendo em vista a gratuidade
de justiça concedida. Após o trânsito em julgado, envie-se o mandado abaixo designado a ser preenchido pelo servidor, sem retorno para esta
magistrada, que já assinou a presente decisão, e em seguida arquivem-se os autos. Dispenso o recolhimento de custas remanescentes, conforme
artigo 90, parágrafo 3 do NCPC. Publique-se, registre-se e intimem-se. Após o trânsito em julgado, expeça-se o mandado de averbação para
inclusão do nome dos avós e genitor do menor, e, em seguida, arquivem-se os autos. SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE, 26 de setembro de
2018 Juiz(a) de Direito.
Pelo presente, ficam as partes e seu(s) respectivos advogado(s) e procurador(es), intimados da Sentença prolatado nos autos do processo
abaixo relacionado:
Pelo presente, ficam as partes e seu(s) respectivos advogado(s) e procurador(es), intimados da Sentença prolatado nos autos do processo
abaixo relacionado:
Processo nº 0002120-25.2017.8.17.3250
AUTOR: BV FINANCEIRA S/A CFI
RÉU (REVEL): MARCIO JOSE DOS SANTOS
SENTENÇA (dispositivo) : [...] ISTO POSTO, com fulcro no artigo 487, I, do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e
consolido o domínio e a posse plena do bem indicado na petição inicial nas mãos da demandante, por confirmação da medida liminar. Descontada
a importância da dívida, acrescida das despesas judiciais e extrajudiciais, a promovente restituirá ao promovido o saldo restante, depositando-o
em pagamento, se houver. Condeno o requerido ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, os quais arbitro em 10%
sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil. P.R.I. Após o trânsito em julgado e o pagamento
das custas e despesas processuais, arquive-se com as cautelas de praxe. NAO CONSTA RESTRICAO AO PRESENTE VEICULO JUNTO AO
SISTEMA RENAJUD. SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE, 2 de novembro de 2018 Juiz(a) de Direito
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DIRETORIA CRIMINAL
1ª Câmara Criminal
PAUTA DE JULGAMENTO
Pauta de Julgamento da Sessão Ordinária da 1ª Câmara Criminal convocada para o dia 11 de dezembro de 2018, às 14:00 horas na
sala de Sessões do Segundo andar.
Adiados
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Sobras
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2ª Câmara Criminal
DESPACHOS E DECISÕES
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Criminal
A Diretora Criminal informa a quem interessar possa que se encontra(m) nesta Diretoria o(s) seguinte(s) Feito(s):
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de pedido de ordem de Habeas Corpus, sem pleito liminar, impetrado pelo Bel. Romero Grund Lopes, inscrito na OAB/PE sob o nº
21.817, em favor da paciente Elvirlene Franco de Souza, onde se aponta como autoridade coatora o Exmo. Sr. Juiz de Direito da Vara Única
da Comarca de Itamaracá/PE.
Informa o impetrante que nos autos do processo-crime nº 1036-24.2016.8.17.0760 a paciente foi condenada a pena de 03 (três) anos de reclusão,
no regime domiciliar com tornozeleira eletrônica, pela prática do crime capitulado no artigo 351, § 1º do Código Penal.
De acordo com a peça inicial, a paciente se encontra presa na CPFAL, desde a data de 19/10/2016, ou seja, há aproximadamente 02 (dois) anos,
já tendo adquirido o direito ao livramento condicional, mas continua presa preventivamente, em razão da ação pena nº 355.88.2015.8.17.0760.
Noticia o impetrante que a sentença prolatada nos autos da ação penal nº 1036-24.2016.8.17.0760 transitou em julgado para a paciente, em data
de 20/11/2017, no entanto, o então advogado da paciente renunciou à causa em 28/07/2017, não tendo sido intimada à paciente para constituir
novo defensor, em ofensa à ampla defesa e ao devido processo legal.
Persegue, pois, o impetrante a decretação de nulidade da decisão que reconheceu o trânsito em julgado da sentença condenatória, restituindo-
se o prazo recursal à paciente, para que possa exercer o seu direito de irresignação quanto o decisum condenatório.
Registrados, autuados, distribuídos, vieram-me os autos conclusos, ocasião em que solicitei informações a autoridade apontada coatora (fls. 14),
que as prestou às fls. 19/25, noticiando que os autos do processo-crime nº 0001036-24.2016.8.17.0760 se encontra nesta Egrégia Corte, em
grau de recurso interposto pela paciente. No respeitante ao processo-crime nº 0000355-88.2015.8.17.0760, a autoridade impetrada esclareceu
que a alegação de que a sentença transitou em julgado para a paciente "não deve prevalecer, pois este Juízo determinou a intimação da mesma,
conforme despacho de fls. 305, tendo sido ela intimada pessoalmente na secretaria conforme fls. 317v, onde de próprio punho, informou que seu
advogado ainda é o Dr. Rodrigo Trindade, o qual tinha renunciado". Informou, ainda, o juízo impetrado, que o Bel. Rodrigo Trindade substabeleceu
os poderes ao Bel. Romero Grund Lopes, impetrante do presente pedido de habeas corpus, "o qual impetrou recurso de apelação pugnando
pela apresentação das razões na instância superior", já tendo, inclusive, sido expedida carta de guia provisória da paciente Elvirlene Franco
de Souza, condenada à pena concreta e definitiva de 12 (doze) anos e 06 (seis) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente
fechado, mais o pagamento de 1430 (hum mil quatrocentos e trinta) dias, multa, pelas práticas delituosas capituladas nos artigos 33 e 35 da Lei
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nº 113.343/2006 e art. 12 da Lei nº 10.826/2003. Noticiou, por fim, que após apresentadas as contrarrazões recursais pelo Ministério Público
em relação ao recurso interposto pelo réu Rinaldo Martins de Lima Junior, foram os autos remetidos ao Tribunal de Justiça, onde apresentará
as razões recursais (artigo 600, § 4º, CPP).
Instada a se manifestar, a douta Procuradoria de Justiça, em parecer da lavra do Exmo. Sr. Dr. Mário Germano Palha Ramos opinou pelo
reconhecimento da prejudicialidade do presente writ, por perda superveniente do objeto (fls. 28/29).
Ante o acima exposto, a interposição do recurso de apelação pelo novo defensor da paciente acarreta a perda do objeto deste remédio
constitucional, o qual tinha como pedido a reabertura de prazo para a interposição da apelação. Assim sendo, cessado o suposto constrangimento
ilegal, prejudicado está o pedido de ordem de habeas corpus.
A prolação de tal decisão é causa que prejudica o writ, nos termos do art. 659 da Lei Processual Penal Codificada, a qual preceitua que:
"Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou a coação ilegal, julgará prejudicado o pedido".
Logo, não haverá a apreciação do mérito do pedido, sendo proferida decisão terminativa restrita apenas a decretar a extinção do feito, conforme
replicou o parágrafo único do art. 309 do RITJPE (RESOLUÇÃO N. 395, de 30 de março 2017).
Diante das razões acima expostas e, considerando a perda superveniente do objeto, JULGO ESTE PROCESSO PREJUDICADO, nos termos
do artigo 659 do Código de Processo Penal.
Intime-se.
Após o trânsito em julgado desta decisão, determino o arquivamento destes autos, observadas as cautelas de estilo.
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de habeas corpus, com pretensão liminar, impetrado pelo Advogado Randrel Rudson de Mattos - (OAB/PE nº 1.475-A), em favor de
Bruno Manoel da Silva, qualificado nos autos, indicando como autoridade coatora o Exmo. Senhor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da comarca
de Paulista/PE, Juízo perante o qual o Paciente responde ao processo de NPU 0001754-73.2017.8.17.0990.
Em apertada síntese, alega o Impetrante que o Paciente suporta constrangimento ilegal em sua liberdade de locomoção, porquanto está
segregado desde o dia 14/04/2017, acusado da prática do crime de receptação (art. 180, do Código Penal) e, embora recebida a denúncia no
dia 19/05/2017, o feito permaneceu paralisado até 21/07/2017, ocasião em que foi expedido o mandado de citação outrora determinado.
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Argumenta, ainda, que a desídia da secretaria quanto ao cumprimento das determinações do Magistrado vem representando grave prejuízo
ao Paciente, tanto que as audiências de instrução e julgamento designadas para os dias 22/01/2018 e, posteriormente, 17/09/2018, não foram
realizadas em razão de não terem sido confeccionados os expedientes necessários.
Diante do exposto, pugna, liminarmente, pela expedição do competente alvará de soltura em favor do Paciente até o julgamento do feito, tendo
em vista o evidente excesso de prazo na formação da culpa. No mérito, pede a concessão da presente ordem em definitivo em razão do excesso
de prazo ou a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas.
Mediante malote digital de f. 46 o Juízo indicado coator prestou as informações solicitadas (f. 47), acompanhadas de cópia de documentos
processuais (fls. 48/89).
Após, os autos foram remetidos à douta Procuradoria de Justiça que, mediante parecer da lavra da Dra. Sineide Maria Barros da Silva Canuto,
opinou pela concessão da ordem (fls. 92/95).
Em consulta ao sistema JUDWIN, verifica-se que no dia 16/11/2018, às 10h40min, teve início a instrução criminal com a oitiva de uma das
testemunhas arroladas pela acusação e o interrogatório do réu. Ato contínuo, foram apresentadas, oralmente, as alegações finais do Ministério
Público e, em seguida, da Defesa, conforme termo de audiência anexo.
Ora, considerando que as alegações do Impetrante referem-se ao excesso de prazo para a formação da culpa e que o parecer ofertado pela douta
Procuradoria de Justiça (fls. 92/95) tem por abordagem a ilegalidade da prisão por excesso de prazo na instrução, nos termos do enunciado da
súmula 52 do STJ, "Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo" e, nesse contexto,
prejudicado o pleito formulado no presente mandamus.
Com efeito, dispõe o caput do artigo 659 do Código de Processo Penal: "Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou a coação
ilegal, julgará prejudicado o pedido".
Por todo o exposto, consoante o disposto no artigo 308 do Regimento Interno deste Tribunal de Pernambuco1, julgo o presente pedido de habeas
corpus prejudicado, em virtude da perda superveniente do objeto.
Publique-se.
1 Art. 308. Se, pendente o processo de habeas corpus, cessar a violência ou coação, julgar-se-á prejudicado o pedido, podendo, porém, o Tribunal
declarar a ilegalidade do ato e tomar as providências cabíveis para punição do responsável (destaque crescido)
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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
O advogado Darlan Henrique Batista Alves Amorim impetrou este habeas corpus liberatório em favor de A. G. S..
Narra a petição inicial que o paciente se encontra preso preventivamente no Presídio de Igarassu, por determinação do juízo da 2ª Vara Criminal
de Paulista-PE nos autos do processo nº 0001018-126.2018.8.17.1090.
Prossegue alegando que a a gravidade abstrata do crime não é causa suficiente para decretar a prisão cautelar do Paciente, que é acusado de
praticar o delito do art. 217-A do Código Penal.
Prossegue o Impetrante afirmando que ingressou com pedido de liberdade provisória que foi negado pela autoridade impetrada.
Alega que o decreto prisional não se mostra adequado, pois está sendo submetento o Paciente à constrangimento ilegal, vez que estão presentes
os requisitos para colocá-lo em liberdade uma vez que é réu primário, portador de bons antecedentes, tem residência fixa e emprego, e nunca
fugiu do distrito da culpa.
Em suma, argumenta que a prisão é ilegal, razão pela qual a revogação da custódia cautelar é medida apropriada ao caso concreto.
Finaliza, requerendo a concessão de medida liminar no sentido de relaxar a prisão do Paciente. No mérito, qualquer que seja a decisão que seja
concedida a ordem para que possa responder ao processo em liberdade.
Inicialmente é válido lembrar que a concessão de liminar em habeas corpus é medida de extrema exceção, a qual não está prevista em dispositivos
legais, mas foi criada pela doutrina e jurisprudência como forma de sanar possíveis ilegalidades, nos casos em que reste demonstrada, mesmo
que de forma perfunctória, a plausibilidade do direito indicado e, ainda, a probabilidade de lesão grave e irreparável, ou pelo menos de difícil
reparação.
Isso significa dizer que a providência requerida liminarmente somente se justifica em hipótese de flagrante ilegalidade, desde que demonstrados
os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora.
Entretanto, não tenho como conceder a liminar requisitada porque creio que existem alguns elementos em favor da medida imposta ao Paciente.
O que não significa afirmar que, posteriormente, quando da análise do mérito não possa ser concedida a ordem se for verificada o alegado
constrangimento ilegal.
Com efeito, não vislumbro em sede de cognição superficial possibilidade em conceder a liminar pretendida e entendo ser mais prudente ouvir
a autoridade impetrada.
Destarte, INDEFIRO A LIMINAR REQUERIDA, determinando que seja expedido ofício para a autoridade indicada como coatora, enviando-lhe
cópia desta decisão e da peça inaugural, requisitando que preste as informações que entender cabíveis no prazo de 5 (cinco) dias, especialmente
quanto à necessidade da prisão cautelar.
Faça-se constar no expediente que a resposta deverá ser enviada preferencialmente para o endereço eletrônico
gabdes.antonio.carlos.as@tjpe.jus.br ou via malote digital.
Prestadas as informações acima, determino a remessa dos autos à Procuradoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Pernambuco
para opinar sobre este feito.
Emitida em 05/12/2018
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Diretoria Criminal
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de HABEAS CORPUS impetrado no dia 10/09/2018 pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco em favor de PAULO VINICIUS
CORREIA DE OLIVEIRA (filho de Joseane Correia de Oliveira - pront. Nº 2058121).
Segundo a petição inicial, o paciente se encontra preso desde o dia 06/06/2016 acusado da prática de roubo (art. 157, do Código Penal), por
determinação do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital-PE, proferida no processo nº 00010016-22.2016.8.17.0001, sob o fundamento de que a
prisão é necessária para garantir a ordem pública.
Sustenta que mesmo já tendo decorrido 2 (dois) anos e já tendo sido encerrada a instrução criminal, processo se encontra concluso para prolação
de sentença desde 17/05/2018.
Em suma, alega que está ocorrendo excesso de prazo, violando as garantias constitucionais da razoável duração do processo. No mérito, pleiteia
que seja concedida a ordem após a oitiva da autoridade impetrada e do parecer ministerial.
Por fim, temos o Parecer da Procuradoria Justiça opinando pelo ARQUIVAMENTO DESTE PROCESSO por estar prejudicado o pedido (fls.
34-34v).
DECIDO.
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Bem, de fato foi proferida a sentença de mérito no processo em questão, conforme demonstram as informações e documentos enviados da
autoridade impetrada (cópia da sentença nas fls. 26-31).
Assim, a superveniência da sentença é um fato prejudicial ao pedido (objeto) deste writ - que questionava um suposto excesso de prazo por já
ter sido concluída a instrução criminal e não haver decisão final no feito. Portanto, incide neste caso a regra contida no art. 659 do Código de
Processo Penal: "Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal julgará prejudicado o pedido."
Logo, não haverá a apreciação do mérito do pedido, sendo proferida apenas decisão terminativa restrita apenas a decretar a extinção do feito,
conforme replicou o parágrafo único do art. 309 do RITJPE (Resolução nº 395, de 30/03/2017).
Diante das razões acima expostas e, considerando a perda superveniente do objeto, JULGO ESTE PROCESSO PREJUDICADO, nos termos
do artigo 659 do Código de Processo Penal.
Cientificar a Douta Procuradoria de Justiça do Estado de Pernambuco o inteiro teor desta decisão, bem como ao citado juízo de primeiro grau.
Após o trânsito em julgado desta decisão, determino o arquivamento destes autos, observadas as cautelas de estilo.
Intime-se.
Publique-se.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Trata-se de pedido de ordem de Habeas Corpus com pedido liminar, impetrado pela Bela. Maria Luceli de Morais em favor de LEANDRO ALVES
SOBREIRA, a qual indica como autoridade coatora o Exmo. Sr. Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista/PE, processo originário
nº 0002460-13.2018.8.17.1090.
Informa a impetrante que o paciente se encontra recolhido no Cotel, por ter supostamente colaborado para o furto de um veículo em grupo
organizado destinado ao tráfico de drogas.
Esclarece que o paciente vem sofrendo represália por atos ilícitos não cometidos e que o mesmo preenche os requisitos para concessão de sua
liberdade provisória, não havendo, assim, razões para a manutenção da reclusão.
Elucida, ainda, que a autoridade coatora não tem agido no caso com imparcialidade e, portanto, o processo não tem seguido o andamento
processual de forma célere.
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Volta-se, pois, contra o excesso de prazo para a formação da culpa e pugna, preliminarmente pela gratuidade da justiça e pela concessão
sumária da ordem, determinando-se revogação da prisão preventiva e a imediata liberação do paciente, com a confirmação da medida quando
do julgamento definitivo do remédio constitucional.
De início, ressalte-se que a liminar em habeas corpus, admitida pela doutrina e jurisprudência, exige demonstração inequívoca dos requisitos
autorizadores, a saber: o periculum in mora e o fumus boni iuris, bem como a plausibilidade do direito pleiteado.
Os argumentos aduzidos pela impetrante, com o objetivo de obter a liminar requerida, não se mostram suficientes para isso. Com efeito, nos
autos não constam elementos de convicção que demonstrem, nesta fase de cognição sumária, estar o paciente a sofrer de fato constrangimento
ilegal em sua liberdade de locomoção.
Com efeito, a antecipação da tutela, em sede de habeas corpus, é medida de caráter excepcional, para cujo deferimento impõe-se a exibição
induvidosa do fumus boni juris e do periculum in mora, o que não ficou configurado nos autos.
Por isso, entendo ser indispensáveis à solução do caso concreto as informações da autoridade coatora, bem como o parecer do representante
do Parquet.
Oficie-se à indigitada autoridade impetrada, solicitando, no prazo de 05 (cinco) dias, as informações necessárias ao deslinde da causa, após,
vista à Procuradoria de Justiça.
Anexar ao expediente, cópia desta decisão e da peça inaugural, bem como consignar que a resposta poderá ser enviada através de Malote Digital
ou para o endereço eletrônico gabdes.antonio.carlos.as@tjpe.jus.br e, caso necessário, através de carta.
Remetam-se os autos à Diretoria Judiciária Criminal, a fim de que sejam adotadas as providências de estilo.
Publique-se. Cumpra-se
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Criminal
A Diretora Criminal informa a quem interessar possa que se encontra(m) nesta Diretoria o(s) seguinte(s) Feito(s):
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Criminal
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontra nesta Diretoria Criminal o seguinte feito:
VISTAS AO ADVOGADO
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Criminal
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
4ª Câmara Criminal
PAUTA DE JULGAMENTO
Pauta de Julgamento da Sessão Ordinária do 4ª Câmara Criminal convocada para o dia 11 de dezembro de 2018, às 09:00 horas na sala de
Sessões do Segundo andar.
Adiados
Adiado : Em 04/12/2018
Observação : APÓS O VOTO DO RELATOR DANDO PROVIMENTO AO APELO PARA
RECONHECER O DIREITO DO RÉU À SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA
DE LIBERDADE EM SOMENTE UMA RESTRITIVA DE DIREITOS, E O REVISOR
NEGANDO PROVIMENTO AO RECURSO, O DES. CARLOS MORAES PEDIU
VISTA DOS AUTOS.
Adiado : Em 04/12/2018
Observação : APÓS O VOTO DO DES. RELATOR DANDO PROVIMENTO AOS RECURSOS PARA
DESPRONUNCIAR OS RECORRENTES, O DES. CARLOS MORAES PEDIU VISTA
DOS AUTOS.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Adiado : Em 04/12/2018
Observação : APÓS O VOTO DO DESEMBARGADOR RELATOR CONHECENDO DO CONFLITO
E FIXANDO A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE PETROLINA
PARA PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DO FEITO, O DESEMBARGADOR
ALEXANDRE ASSUNÇÃO PEDIU VISTA DOS AUTOS.
Adiado : Em 04/12/2018
Observação : APÓS O VOTO DO DES. RELATOR CONHECENDO EM PARTE DO PEDIDO, E NA
PARTE CONHECIDA, CONCEDENDO A ORDEM NO SENTIDO DE REAFIRMAR
A LIMINAR ANTERIORMENTE CONCEDIDA, PEDIU VISTA DOS AUTOS O DES.
CARLOS MORAES.
Sobras
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Apelado : M. P. E. P.
Procurador : Antonio Carlos de O. Cavalcanti
Relator : Juiz Ana Cristina Mota Ouabdelkader (Des. Alexandre Guedes Alcoforado Assunção)
Revisor : Des. Carlos Frederico Gonçalves de Moraes
Sobra(s) : (27/02/2018), (13/03/2018), (20/03/2018), (27/03/2018), (03/04/2018), (10/04/2018),
(11/04/2018), (17/04/2018), (24/04/2018), (25/04/2018), (08/05/2018), (15/05/2018),
(16/05/2018), (22/05/2018), (23/05/2018), (29/05/2018), (30/05/2018), (05/06/2018),
(06/06/2018), (12/06/2018), (19/06/2018), (20/06/2018), (03/07/2018), (10/07/2018),
(17/07/2018), (24/07/2018), (31/07/2018), (07/08/2018),
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Comarca : Paulista
Vara : 2ª Vara Criminal
Apelante : Joniston Trajano de Araújo
Def. Público : Michel Seichi Nakamura
Apelado : MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO
Procurador : Andréa Karla Maranhão Condé Freire
Relator : Des. Marco Antonio Cabral Maggi
Revisor : Des. Alexandre Guedes Alcoforado Assunção
Sobra(s) : (06/11/2018), (13/11/2018), (20/11/2018), (27/11/2018), (04/12/2018)
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Comarca : Primavera
Vara : Vara Única
Apelante : Jônatas Wanderlon de Barros Olegário
Advog : ANDERSON BEZERRA XAVIER(PE034440)
Apelado : Justiça Pública
Procurador : MARILEA DE SOUZA CORREIA ANDRADE
Relator : Des. Carlos Frederico Gonçalves de Moraes
Revisor : Des. Marco Antonio Cabral Maggi
Sobra(s) : (04/12/2018)
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DECISÃO TERMINATIVA
4ª CCr
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Criminal
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
4ª CÂMARA CRIMINAL
HABEAS CORPUS Nº 0516897-0
NPU: 0004938-63.2018.8.17.0000
IMPETRANTE: Taciana Cardoso Giaquinto D'Assumpção Torres e Outro
PACIENTE: Justiça Pública
AUTORIDADE IMPETRADA: Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal de Vitória de Santo Antão
RELATOR: Des. Carlos Moraes
DECISÃO TERMINATIVA
Cuida-se de habeas corpus impetrado contra ato atribuído ao Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Vitória de
Santo Antão, que não teria concedido o benefício da prisão domiciliar ao paciente, nos autos da ação penal 0000791-84.2012.8.17.1590, mesmo
tendo ele mais de 80 (oitenta) anos de idade e graves problemas de saúde.
Na inicial, em resumo, narram as impetrantes que o paciente foi condenado a 14 (catorze) anos de reclusão, pela prática
de crimes previstos nos artigos 213 e 217-A do CP (estupro e estupro de vulnerável), através de sentença transitada em julgado, proferida em
23/12/2016 e mantida nesta Corte de Justiça quando do julgamento de apelação interposta pela defesa.
Dizem, no entanto, que nada foi abordado na sentença ou no acórdão sobre a possibilidade de prisão domiciliar do paciente,
que tem mais de 80 (oitenta) anos de idade e está fisicamente debilitado por causa de doenças graves.
De acordo com as impetrantes, o acusado sofre de "hipertensão arterial sistêmica grave com risco de infarto do miocárdio e de acidente vascular
cerebral, já tendo realizado cateterismo, além de diabetes mellitus com a glicemia (...) descompensada, tendo picos glicêmicos em que (...) chegar
a beirar o coma diabético, tendo de realizar um estrito e absoluto controle da glicemia, coisa inteiramente impossível de ser realizada dentro de
qualquer estabelecimento prisional".
Aduzem, também, que o paciente precisa ingerir medicamentos que o aparato carcerário não tem "a mínima condição de fornecer".
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Alegam que o STJ "pacificou o entendimento de que, excepcionalmente, pode-se conceder ao preso em regime semiaberto, ou mesmo fechado,
o benefício da prisão domiciliar, quando demonstrado que o recluso é portador de doença grave e haja a impossibilidade de se prestar a devida
assistência médica no estabelecimento penal em que se encontra recolhido, ou sendo o agente maior de oitenta anos de idade".
Em tais termos, pleiteiam a concessão de prisão domiciliar em favor do paciente.
Através de decisão interlocutória datada de 1º de novembro do ano em curso (fl. 60), determinei que as impetrantes juntassem
nos autos cópia de eventual decisão do juiz de execução indeferindo a prisão domiciliar do paciente, sob pena de arquivamento do writ.
À fl. 62, certificou-se que as impetrantes não se manifestaram sobre a decisão supracitada.
Decido.
Ora, em pesquisa realizada no sistema de acompanhamento processual deste Tribunal de Justiça (JudWin), observei que
foi expedida guia de recolhimento definitiva no juízo de origem, em 1º de novembro do ano em curso.
Ocorre que as impetrantes não juntaram nos autos qualquer requerimento de prisão domiciliar formulado perante o juízo da execução, pelo que
inexiste prova de decisão por este proferida a respeito do benefício pleiteado, o que impede o conhecimento do habeas corpus, sob pena de
supressão da instância.
Com efeito, considerando que o paciente foi condenado por sentença transitada em julgado, inclusive com mandado de
prisão expedido, compete ao juiz da execução decidir acerca da concessão da prisão domiciliar e de outros incidentes verificados no cumprimento
da pena, nos termos dos seguintes dispositivos da Lei nº 7.210/84 (Lei de Execução Penal):
Art. 66. Compete ao Juiz da execução: (...)
III - decidir sobre: (...)
f) incidentes da execução; (...)
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; (...)
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: (...)
IV - determinar a prisão domiciliar; (...)
Consequentemente, resta caracterizada a hipótese de inadequação da via eleita, na medida em que o pedido de prisão domiciliar - e, de resto,
de outros incidentes análogos - devem ser postulados perante o juízo das execuções penais competente, e não diretamente no tribunal em sede
de habeas corpus sem manifestação prévia do juiz.
Sobre o assunto, transcrevo o seguinte julgado deste Tribunal:
"PROCESSO PENAL - HABEAS CORPUS - CONDENAÇÃO POR HOMICÍDIO QUALIFICADO - DIREITO À PROGRESSÃO DE REGIME
- IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO NA VIA ESTREITA DO WRIT - SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA - AUSÊNCIA DE CARTA DE
GUIA DEFINITIVA - IRREGULARIDADE SANADA COM A DETERMINAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DO REFERIDO DOCUMENTO - ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, PREJUDICADA - DECISÃO UNÂNIME. I - Não tendo havido, ainda, provocação do
juízo de execuções penais para a apreciação do pedido de progressão de regime, competência prevista no art. 66, inciso III, alínea b, da Lei nº
7.210/84, não cabe a este Tribunal conhecer da matéria em primeira mão, sob pena de indevida supressão de instância. Ademais, a verificação
do preenchimento do requisito subjetivo necessário à concessão do benefício demanda dilação probatória, incabível na via estreita do remédio
heroico. Precedentes: STJ. (...) III - Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, prejudicado. Decisão unânime." (TJPE - HC
465.316-9 - 3ª C. Criminal - Rel. Des. Cláudio Jean Nogueira Virgínio - Julg. 08/02/2017).
Assim sendo, com base no art. 309 do Regimento Interno do TJPE, NÃO CONHEÇO o presente habeas corpus.
Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as devidas baixas.
Intimações necessárias.
Recife, 04 de dezembro de 2018.
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
4ª CCr
Emitida em 05/12/2018
Diretoria Criminal
ÍNDICE DE PUBLICAÇÃO
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O Diretor informa a quem interessar possa que se encontram nesta diretoria os seguintes feitos:
DECISÃO
O advogado Ednaldo Silva Ferreira impetra a presente ordem de habeas corpus, com pedido de liminar, em favor de ROBERTO CÍCERO DA
SILVA, no qual aponta como autoridade coatora o MM juiz de Direito da 7ª Vara Criminal da Capital.
Argumenta o impetrante que o paciente, atualmente recolhido no COTEL, encontra-se sofrendo constrangimento ilegal por parte do juízo coator,
quando foi acusado de ter supostamente infringido o art. 180, § 1º, e art 288, todos do Código Penal, sustenta que o magistrado decretou a prisão
preventiva do paciente na audiência de custódia, sustenta ainda, que não há embasamento legal para se manter a constrição cautelar do mesmo
nos autos do processo de nº 0022363-03.2018.8.17.0001.
Relata o advogado, que foi requerida a revogação da prisão preventiva, tendo o magistrado até a presente data não apreciado o pleito. Defende
que o paciente preenche todos os requisitos para responder ao processo em liberdade, acrescenta ainda que o acusado encontra-se preso e
ainda não houve a conclusão da instrução probatória, configurando assim, excesso de prazo na formação da sua culpa.
Com esses argumentos, invoca então os pressupostos do fumus boni iuris e do periculum in mora, requer que se conceda liminarmente a presente
ordem, com a revogação da prisão preventiva do paciente, expedindo-se o alvará de soltura, para que o mesmo possa aguardar em liberdade
o desenrolar do seu processo.
Como se sabe, a concessão de liminar em habeas corpus é medida de extrema exceção, somente admissível pela doutrina e jurisprudência como
forma de sanar ilegalidades inquestionáveis, nos casos em que reste demonstrada, de plano, a plausibilidade do direito indicado, hipóteses que
não vislumbro, nesse momento de conhecimento superficial, capazes de ensejar a concessão liminar da ordem.
No caso alegado não se evidencia com a nitidez exigida para a concessão in limine da ordem, sendo necessário um exame mais detalhado dos
elementos de convicção dos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento definitivo.
Solicitem-se as informações a autoridade apontada coatora, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre as alegações constantes da inicial, via Malote
Digital, conforme Provimento (CM nº 01 de 09/02/2017).
Publique-se.
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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
... Analisando os autos e a decisão ora atacada, verifico, de logo, que o provimento interino vindicado pelo impetrante carece dos
pressupostos essencias à sua concessão, uma vez que para tanto de impõe a presença do fumus boni juris e do periculum in mora , os quais
os quais não vislumbro presentes no caso vertente, sendo necessário ouvir-se a autoridade indicada coatora.
Isto posto, determino que o presente feito seja distribuido no 1º dia útil subsequente ao Plantão Judiciário, aleatoriamente, a um dos
Desembagadores integrantes de uma das Câmaras Criminais.
Cumpra-se.
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Ficam as partes e advogados dos processos abaixo relacionados intimados da disponibilização do respectivo Acórdão no PJe do 2º Grau, iniciando
na presente data a contagem do prazo recursal.
0020196-51.2018.8.17.8201
Polo ativo
IRACILDE SILVA DE SOUZA - CPF: 166.561.564-87 (RECLAMANTE)
Polo passivo
FERNANDA XAVIER NAVAES SANTOS - ME - CNPJ: 08.150.002/0001-79 (RECLAMADO)
ITAU SEGUROS DE AUTO E RESIDENCIA S.A. - CNPJ: 08.816.067/0001-00 (RECLAMADO)
ED 0001310-38.2017.8.17.8201
Polo ativo
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
LEONARDO JUSTINO ARAUJO - CPF: 990.187.214-68 (EMBARGADO)
ANDRE FRUTUOSO DE PAULA (EMBARGADO)
RecIno 0045441-35.2016.8.17.8201
Polo ativo
banco fiat - CNPJ: 61.190.658/0001-06 (RECORRENTE)
ISABEL DE ANDRADE BEZERRA CABRAL DE MOURA (ADVOGADO)
OLAVO ARAUJO OLIVER CRUZ (ADVOGADO)
Polo passivo
MARIA EDINEIA SILVA DO NASCIMENTO - CPF: 028.947.924-09 (RECORRIDO)
João Campiello Varella Neto (ADVOGADO)
ALYNE ROBERTA ALEIXO DE MELO (ADVOGADO)
0002018-88.2017.8.17.8201
Polo ativo
GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A. - CNPJ: 06.164.253/0001-87 (RECORRENTE)
Polo passivo
RODRIGO LEAL DE SIQUEIRA - CPF: 029.400.444-06 (RECORRIDO)
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RecIno 0041555-28.2016.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRENTE)
DANIELA PINTO LUBAMBO DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
THAISA GABRIELLE DA SILVA OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANIELLE DE SOUZA MATOS PIRES (ADVOGADO)
Polo passivo
ARISONIA LIRA DE ALMEIDA - CPF: 103.350.054-20 (RECORRIDO)
RecIno 0002787-37.2016.8.17.8232
Polo ativo
ASSUELIO SERAFIM DOS SANTOS - CPF: 075.175.674-11 (RECORRENTE)
DANIEL ALVARES GOMES (ADVOGADO)
Polo passivo
BANCO DO BRASIL - CNPJ: 00.000.000/0001-91 (RECORRIDO)
RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO)
RecIno 0035690-87.2017.8.17.8201
Polo ativo
Banco GMAC S A - CNPJ: 59.274.605/0001-13 (RECORRENTE)
HUMBERTO GRAZIANO VALVERDE (ADVOGADO)
Polo passivo
EDSON BERNARDO DA SILVA - CPF: 363.690.984-34 (RECORRIDO)
ANDRE FRUTUOSO DE PAULA (ADVOGADO)
RecIno 0050591-65.2014.8.17.8201
Polo ativo
ARTUR OSCAR ALBUQUERQUE LIMA (RECORRENTE)
André Berardo Carneiro da Cunha (ADVOGADO)
Polo passivo
CONDOMINIO DO EDIFICIO JEQUITIBA - CNPJ: 08.962.110/0001-46 (RECORRIDO)
ALEXSANDRO BAIA ALCANTARA (ADVOGADO)
RecIno 0000810-73.2017.8.17.8232
Polo ativo
NADJA FERNANDA BARBOSA PEREIRA - CPF: 067.517.814-23 (RECORRENTE)
MAGNA BARBOSA DA SILVA (ADVOGADO)
382
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Polo passivo
BANCO DO BRASIL - CNPJ: 00.000.000/0001-91 (RECORRIDO)
RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO)
RecIno 0015084-04.2018.8.17.8201
Polo ativo
EVANDRO BRAZ DA SILVA - CPF: 459.482.834-53 (RECORRENTE)
Polo passivo
BANCO BRADESCO S/A - CNPJ: 60.746.948/0001-12 (RECORRIDO)
CONVOCAÇÃO
3a. TURMA RECURSAL
11ª Sessão
07/12/2018
Ficam cientes as partes e intimados seus advogados para a 7ª sessão de julgamentos da 3a. TURMA RECURSAL do 1º COLÉGIO RECURSAL
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CIVEIS, a realizar-se no SÉTIMO dia do mês de DEZEMBRO de dois mil dezoito, a partir das 14h00m , na sala de
sessões Colégio Recursal, na AV MASCARENHAS DE MORAIS, 1919 - IMBIRIBEIRA - RECIFE-PE FORUM BENILDES DE SOUZA RIBEIRO, na
qual serão julgados os feitos abaixo indicados. Ficam ainda cientes os advogados das partes que o prazo para a interposição de eventuais recursos
em face de acórdão lavrado em própria sessão de julgamento, será contado a partir da data de sua realização, qual seja, do dia 07/12/2018.
0016200-79.2017.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (EMBARGANTE)
DANIELLE DE SOUZA MATOS PIRES (ADVOGADO)
Polo passivo
ARINALDO VIEIRA CRISPIM - CPF: 003.872.314-04 (EMBARGADO)
ARINALDO VIEIRA CRISPIM (ADVOGADO)
0030471-93.2017.8.17.8201
Polo ativo
MERCIA MARIA TAVARES DE MELO - CPF: 533.342.487-04 (RECORRENTE)
NIEDJA CRUZ DE MENEZES (ADVOGADO)
Polo passivo
CAIXA DE ASSISTENCIA DOS FUNCIONARIOS DO BANCO DO BRASIL - CNPJ: 33.719.485/0001-27 (RECORRIDO)
ISABELA GUEDES FERREIRA LIMA (ADVOGADO)
0037873-31.2017.8.17.8201
Polo ativo
LEONARDO DUARTE DE MELO FREITAS - CPF: 076.544.474-77 (RECORRENTE)
LEONARDO DUARTE DE MELO FREITAS (ADVOGADO)
MARIA ZELIA DUARTE DE MELO - CPF: 135.603.524-87 (RECORRENTE)
LEONARDO DUARTE DE MELO FREITAS (ADVOGADO)
383
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Polo passivo
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - CNPJ: 09.769.035/0001-64 (RECORRIDO)
ALESSANDRA DO NASCIMENTO MENEZES (ADVOGADO)
MARITZZA FABIANE LIMA MARTINEZ DE SOUZA (ADVOGADO)
HAROLDO WILSON MARTINEZ DE SOUZA JUNIOR (ADVOGADO)
MARIZZE FERNANDA LIMA MARTINEZ DE SOUZA (ADVOGADO)
0020483-82.2016.8.17.8201
Polo ativo
ARQUIMEDES ALVES PEREIRA - CPF: 026.364.864-88 (RECORRENTE)
ÁLVARO CHAVES CALDAS (ADVOGADO)
Polo passivo
INSTITUTO IPAD - CNPJ: 02.197.495/0001-16 (RECORRIDO)
WALTER FREDERICO NEUKRANZ (ADVOGADO)
0045394-95.2015.8.17.8201
Polo ativo
CIELO ADMINISTRADORA DE CARTÕES - CNPJ: 01.027.058/0001-91 (RECORRENTE)
FELICIANO LYRA MOURA (ADVOGADO)
Polo passivo
KOALA INFANTO COMERCIO DE VESTUARIO LTDA - EPP - CNPJ: 05.904.758/0001-78 (RECORRIDO)
EDUARDO CAMPELO SOARES BRANDAO (ADVOGADO)
0033836-63.2014.8.17.8201
Polo ativo
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (RECORRENTE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (ADVOGADO)
Polo passivo
GERALDA CABRAL VITORIA SENA - CPF: 127.937.014-91 (RECORRIDO)
BARBARA CAROLINE PONDACO (ADVOGADO)
0008063-11.2017.8.17.8201
Polo ativo
FRANCISCO DE ASSIS DO NASCIMENTO JUNIOR - CPF: 062.934.144-38 (EMBARGANTE)
TULIO DANTAS DE SANTANA (ADVOGADO)
RODRIGO BORGES DA SILVA (ADVOGADO)
MARIA JOSE BEZERRA DE MELO - CPF: 009.063.158-75 (EMBARGANTE)
TULIO DANTAS DE SANTANA (ADVOGADO)
RODRIGO BORGES DA SILVA (ADVOGADO)
VRG LINHAS AEREAS S.A. - CNPJ: 07.575.651/0001-59 (EMBARGANTE)
Anderson Ribeiro Ferrari (ADVOGADO)
MARIANA VELLOSO BORGES BEZERRA DE CARVALHO (ADVOGADO)
Polo passivo
VRG LINHAS AEREAS S.A. - CNPJ: 07.575.651/0001-59 (EMBARGADO)
Anderson Ribeiro Ferrari (ADVOGADO)
MARIANA VELLOSO BORGES BEZERRA DE CARVALHO (ADVOGADO)
FRANCISCO DE ASSIS DO NASCIMENTO JUNIOR - CPF: 062.934.144-38 (EMBARGADO)
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0013884-64.2015.8.17.8201
Polo ativo
IVANILDA CARDOSO MAIA - CPF: 659.746.544-04 (RECORRENTE)
ANDRE FRUTUOSO DE PAULA (ADVOGADO)
IVANIA FLORENCIO DE MOURA LEITE (ADVOGADO)
Polo passivo
Banco Itaúcard S.A. - CNPJ: 17.192.451/0001-70 (RECORRIDO)
ISABEL DE ANDRADE BEZERRA CABRAL DE MOURA (ADVOGADO)
0004841-03.2016.8.17.8223
Polo ativo
CAIO FELIPE SALES DE MELO - CPF: 087.919.584-31 (RECORRENTE)
CAIO FELIPE SALES DE MELO (ADVOGADO)
Polo passivo
AESO-ENSINO SUPERIOR DE OLINDA LTDA - CNPJ: 09.726.365/0001-72 (RECORRIDO)
RENATA GUERRA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
0017986-95.2016.8.17.8201
Polo ativo
PAQUETA CALCADOS LTDA - CNPJ: 01.098.983/0032-00 (RECORRENTE)
Polo passivo
LUIZ JOSE DE MIRANDA DIAS - CPF: 732.869.315-00 (RECORRIDO)
0001630-15.2014.8.17.8227
Polo ativo
ZURAIDE MARIA RAMOS - CPF: 345.194.754-49 (RECORRENTE)
Polo passivo
WELLINGTON FERREIRA DA SILVA (RECORRIDO)
CHARLA MARIA DA SILVA (ADVOGADO)
0024263-30.2016.8.17.8201
Polo ativo
ROBERTO GOUVEIA LOPES - CPF: 685.628.704-63 (RECORRENTE)
FERNANDA COSTA JORDAO (ADVOGADO)
MAYRA DE CASTRO MAIA FLORENCIO CAVALCANTI (ADVOGADO)
Polo passivo
GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A. - CNPJ: 06.164.253/0001-87 (RECORRIDO)
0001981-02.2016.8.17.8232
Polo ativo
ARLINDO JOSE DE SANTANA JUNIOR - CPF: 082.494.864-55 (RECORRENTE)
385
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0001575-71.2017.8.17.8223
Polo ativo
WMS SUPERMERCADOS DO BRASIL LTDA. - CNPJ: 93.209.765/0347-98 (RECORRENTE)
MARIA DO PERPETUO SOCORRO MAIA GOMES (ADVOGADO)
Polo passivo
FRANKLIN BARREIRAS ALVES - CPF: 009.623.104-17 (RECORRIDO)
FABIO BARREIRAS ALVES (ADVOGADO)
0033836-63.2014.8.17.8201
Polo ativo
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (RECORRENTE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (ADVOGADO)
Polo passivo
GERALDA CABRAL VITORIA SENA - CPF: 127.937.014-91 (RECORRIDO)
BARBARA CAROLINE PONDACO (ADVOGADO)
0000513-03.2016.8.17.8232
Polo ativo
LUCAS VERISSIMO PINTO - CPF: 215.124.774-00 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
EMANOEL VERISSIMO PINTO (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
BANCO DO BRASIL SA - CNPJ: 00.000.000/0697-10 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
RAFAEL SGANZERLA DURAND (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
BANCO DO BRASIL SA - CNPJ: 00.000.000/0697-10 (EMBARGADO)
RAFAEL SGANZERLA DURAND (EMBARGADO)
LUCAS VERISSIMO PINTO - CPF: 215.124.774-00 (EMBARGADO)
EMANOEL VERISSIMO PINTO (EMBARGADO)
0003321-79.2014.8.17.8222
Polo ativo
OI FIXO (RECORRENTE)
Polo passivo
JOSIAS RODRIGUES DO NASCIMENTO - CPF: 101.249.854-91 (RECORRIDO)
PAULO ROBERTO DE ALBUQUERQUE SILVA (ADVOGADO)
0019945-72.2014.8.17.8201
Polo ativo
ITAÚ UNIBANCO - CNPJ: 60.701.190/3636-73 (RECORRENTE)
386
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0051985-39.2016.8.17.8201
Polo ativo
EDENISE SOUSA DE ABREU - CPF: 447.125.614-91 (RECORRENTE)
DJALMA DA SILVEIRA BARROS (ADVOGADO)
Polo passivo
FERNANDO ANDRE ALVES DE MOURA - CPF: 047.397.194-10 (RECORRIDO)
ROBERTO FERREIRA BRUTO DA COSTA NETO (ADVOGADO)
0036927-30.2015.8.17.8201
Polo ativo
VERONICA RODRIGUES DA SILVA - CPF: 041.709.564-35 (RECORRENTE)
DANILO JOSE FREITAS DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
SHANNON RAPHAELA ROCHA GALASSO (ADVOGADO)
Polo passivo
APROVECON / MULTI FACIL - ASSOCIACAO DE PROTECAO DE VEICULOS E CONSORCIO - CNPJ: 14.332.184/0001-00 (RECORRIDO)
CAROLINA DANTAS SALGUEIRO PONTES QUEIROZ (ADVOGADO)
0018635-94.2015.8.17.8201
Polo ativo
MARCELO SILVA BARROS - CPF: 152.946.924-49 (RECLAMANTE)
PAULO ANDRÉ DA SILVA GOMES (ADVOGADO)
Polo passivo
AUSTRALIA BURGUERES COMERCIAL DE ALIMENTOS - epp (RECLAMADO)
0002648-18.2015.8.17.8201
Polo ativo
GENILDO JOSE DE SOUZA - CPF: 317.117.098-16 (RECORRENTE)
pietro duarte de sousa (ADVOGADO)
Polo passivo
BANCO PANAMERICANO SA - CNPJ: 59.285.411/0001-13 (RECORRIDO)
FELICIANO LYRA MOURA (ADVOGADO)
0001907-46.2013.8.17.8201
Polo ativo
BRADESCO FINANCIAMENTO - CNPJ: 07.207.996/0001-50 (RECORRENTE)
MARIA CHRISLAYNE DE VASCONCELOS (ADVOGADO)
ANDREA FORMIGA DANTAS DE RANGEL MOREIRA (ADVOGADO)
Polo passivo
RAFAEL BESERRA DA SILVA - CPF: 057.196.984-42 (RECORRIDO)
JULIO CESAR BATISTA DOS SANTOS (ADVOGADO)
JOSANY XAVIER DE MENEZES (ADVOGADO)
387
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0048269-72.2014.8.17.8201
Polo ativo
CINTHIA DE FRANCA MORAIS - CPF: 040.990.354-09 (RECORRENTE)
FLAVIO HENRIQUE LEAL LIMA (ADVOGADO)
CYBELLE DE FRANCA MORAIS - CPF: 036.776.414-89 (RECORRENTE)
FLAVIO HENRIQUE LEAL LIMA (ADVOGADO)
Polo passivo
AGATA INCORPORACAO SPE LTDA - CNPJ: 08.545.437/0001-12 (RECORRIDO)
KAMILA COSTA DE MIRANDA (ADVOGADO)
0032511-82.2016.8.17.8201
Polo ativo
FREITAS CONSTRUCOES LTDA - CNPJ: 10.846.129/0001-79 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Carlos Eduardo Mendes Albuquerque (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
MAURICEA NOVAES COSTA PEREIRA - CPF: 053.329.334-01 (EMBARGADO)
DJALMA NOVAES COSTA PEREIRA (EMBARGADO)
RAFAEL MACHADO DOS SANTOS - CPF: 045.001.714-10 (EMBARGADO)
DJALMA NOVAES COSTA PEREIRA (EMBARGADO)
0000381-18.2017.8.17.8229
Polo ativo
MARIA IZABEL DA SILVA LIMA - CPF: 810.320.724-15 (RECORRENTE)
ANDRE FRUTUOSO DE PAULA (ADVOGADO)
Polo passivo
AYMORE CFI - CNPJ: 07.707.650/0001-10 (RECORRIDO)
WILSON SALES BELCHIOR (ADVOGADO)
0046484-07.2016.8.17.8201
Polo ativo
ANA MANOELA DE OLIVEIRA LEITE - CPF: 007.661.554-55 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
rafael medeiros cavalcanti de albuquerque (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
ANA MANOELA DE OLIVEIRA LEITE - CPF: 007.661.554-55 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
rafael medeiros cavalcanti de albuquerque (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
0027297-76.2017.8.17.8201
Polo ativo
RAUDECLERE LUIZA DE LIMA GUEDES - CPF: 661.370.714-72 (RECORRENTE)
JOAO HENRIQUE BELIZARIO ALMEIDA (ADVOGADO)
OSCAR GILBERTO RODAS GOMES (ADVOGADO)
PERDILIANO NICEAS DE ALBUQUERQUE NETO (ADVOGADO)
BRUNO LEONARDO ALVES CHALEGRE (ADVOGADO)
388
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0040864-77.2017.8.17.8201
Polo ativo
FERNANDO ANTONIO SANTIAGO HUNKA - CPF: 294.996.824-49 (RECORRENTE)
FERNANDO JARDIM RIBEIRO LINS (ADVOGADO)
Polo passivo
UNIBANCO-UNIAO DE BANCOS BRASILEIROS S.A. - CNPJ: 33.700.394/0001-40 (RECORRIDO)
BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI (ADVOGADO)
0040664-70.2017.8.17.8201
Polo ativo
J. A. DOS SANTOS MELO - ME - CNPJ: 07.765.353/0001-21 (RECORRENTE)
FRANCISCO DAVID VERAS ROCHA (ADVOGADO)
BANCO BRADESCO S/A - CNPJ: 60.746.948/0001-12 (RECORRENTE)
CRISTINA PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO)
Polo passivo
SEVERINA BELO DA SILVA - CPF: 718.113.544-91 (RECORRIDO)
PAMELLA FIGUEIREDO DE MEDEIROS (ADVOGADO)
0006583-95.2017.8.17.8201
Polo ativo
ROMARCO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA - CNPJ: 11.446.150/0001-40 (RECORRENTE)
FELIX FAUSTO FURTADO DE MENDONCA NETO (ADVOGADO)
Polo passivo
C M B DE MELO - ME - CNPJ: 04.763.958/0001-95 (RECORRIDO)
CARLOS MAGALHÃES BELFORT NETO (ADVOGADO)
AMANDA MELO BELFORT (ADVOGADO)
0003898-18.2017.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRENTE)
Polo passivo
MACKSON QUEIROZ DA SILVA - CPF: 704.540.314-32 (RECORRIDO)
Andre Luiz Gouveia de Oliveira (ADVOGADO)
0015441-52.2016.8.17.8201
Polo ativo
BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. - CNPJ: 90.400.888/0001-42 (RECORRENTE)
WILSON SALES BELCHIOR (ADVOGADO)
TECNOLOGIA BANCARIA S.A. - CNPJ: 51.427.102/0001-29 (RECORRENTE)
Polo passivo
389
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0046484-07.2016.8.17.8201
Polo ativo
ANA MANOELA DE OLIVEIRA LEITE - CPF: 007.661.554-55 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
rafael medeiros cavalcanti de albuquerque (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
ANA MANOELA DE OLIVEIRA LEITE - CPF: 007.661.554-55 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
rafael medeiros cavalcanti de albuquerque (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
CAMILA DE ANDRADE LIMA (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
0000092-57.2018.8.17.9003
Polo ativo
INCORPORADORA MELO RODRIGUES LTDA - CNPJ: 10.455.400/0001-45 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
LIDIO SOUTO MAIOR (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
Juiz de Direito do 9 JEC (EMBARGADO)
0028456-54.2017.8.17.8201
Polo ativo
EMYPRO CONSTRUTORA LTDA - CNPJ: 20.001.062/0001-25 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
THATIANA DINIZ JORDAO (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
VALÉRIA MARIA GOMES MELO (EMBARGADO)
LAIS GOMES DE MELO - CPF: 054.816.124-02 (EMBARGADO)
0021554-85.2017.8.17.8201
Polo ativo
REFRESCOS GUARARAPES LTDA - CNPJ: 08.715.757/0001-73 (EMBARGANTE)
BRUNNA DE ARRUDA QUINTEIRO (ADVOGADO)
Polo passivo
EDILENE ANA DA SILVA - CPF: 389.065.974-87 (EMBARGADO)
IVANILDO PEDRO DO MONTE JUNIOR (ADVOGADO)
0049162-29.2015.8.17.8201
Polo ativo
MAPFRE VERA CRUZ SEGURADORA S/A - CNPJ: 61.074.175/0001-38 (EMBARGANTE)
THIAGO PESSOA ROCHA (ADVOGADO)
Polo passivo
MARCELO JOSE GOMES DA SILVA - CPF: 023.869.804-13 (EMBARGADO)
JOAQUIM PEREIRA DE MENDONCA (ADVOGADO)
390
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0004643-97.2015.8.17.8223
Polo ativo
PAULA ROSALINA FERRAZ DE MIRANDA - CPF: 660.423.994-20 (EMBARGANTE)
FABIANO GOMES BARBOSA (ADVOGADO)
Polo passivo
PATEO COMERCIO DE VEICULOS LTDA - CNPJ: 07.784.006/0001-46 (EMBARGADO)
FILIPE DE SOUZA LEÃO ARAÚJO (ADVOGADO)
BANCO PANAMERICANO SA - CNPJ: 59.285.411/0001-13 (EMBARGADO)
FELICIANO LYRA MOURA (ADVOGADO)
0045771-71.2012.8.17.8201
Polo ativo
Banco Itaúcard S.A. - CNPJ: 17.192.451/0001-70 (RECORRENTE)
WILSON SALES BELCHIOR (ADVOGADO)
Polo passivo
ANTONIO SANCLER DIAS DOS SANTOS - CPF: 782.414.134-91 (RECORRIDO)
DANIEL ANDRADE DA SILVA (ADVOGADO)
0000442-95.2016.8.17.8233
Polo ativo
SEVERINA JOSEFA DA SILVA RODRIGUES - CPF: 960.234.064-91 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
JOAO BOSCO LAURINDO FILHO (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
ALCIDES RODRIGUES DE SENA NETO (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - CNPJ: 09.769.035/0001-64 (EMBARGADO)
HAROLDO WILSON MARTINEZ DE SOUZA JUNIOR (EMBARGADO)
MARIZZE FERNANDA LIMA MARTINEZ DE SOUZA (EMBARGADO)
0000571-03.2016.8.17.8233
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Luciana Pereira Gomes Browne (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
JOSINETE BERNARDO DE OLIVEIRA - CPF: 908.524.604-06 (EMBARGADO)
ELAYNE PATRICIA DOS SANTOS (EMBARGADO)
0000697-53.2016.8.17.8233
Polo ativo
FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS NÃO PADRONIZADOS NPL I - CNPJ: 09.263.012/0001-83 (PROCURADORIA
DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
GIZA HELENA COELHO (PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL - TJPE RECIFE)
Polo passivo
EBRON DA COSTA CABRAL - CPF: 368.953.004-06 (EMBARGADO)
ELAYNE PATRICIA DOS SANTOS (EMBARGADO)
0001532-41.2016.8.17.8233
Polo ativo
391
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0004356-69.2016.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRENTE)
BRUNO NOVAES BEZERRA CAVALCANTI (ADVOGADO)
Polo passivo
JOSEANE COSTA DA MATA - CPF: 030.734.044-90 (RECORRIDO)
0000623-45.2015.8.17.8229
Polo ativo
SANDRO JACINTO DE SOUZA - CPF: 062.371.494-90 (RECORRENTE)
GERALDO LEAO FIGUEIREDO JUNIOR (ADVOGADO)
Polo passivo
TELEFONICA BRASIL S.A. - CNPJ: 02.558.157/0001-62 (RECORRIDO)
PAULO EDUARDO PRADO (ADVOGADO)
0050494-60.2017.8.17.8201
Polo ativo
CAIXA DE ASSISTENCIA DOS FUNCIONARIOS DO BANCO DO BRASIL - CNPJ: 33.719.485/0008-01 (RECORRENTE)
ISABELA GUEDES FERREIRA LIMA (ADVOGADO)
Polo passivo
MARIA DALVA GONCALVES BEM - CPF: 024.271.974-08 (RECORRIDO)
CRISTIANA DA MATTA ALBUQUERQUE FREIRE (ADVOGADO)
0001258-10.2016.8.17.8223
Polo ativo
MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA - CPF: 167.376.794-04 (RECORRENTE)
EDUARDO SOARES DE SIQUEIRA NETO (ADVOGADO)
Polo passivo
FJLS INTERMEDIACAO DE SERVICOS E NEGOCIOS LTDA - EPP - CNPJ: 13.152.159/0001-73 (RECORRIDO)
GRIPOM TECNOLOGIA WEB LTDA - ME - CNPJ: 10.484.146/0001-03 (RECORRIDO)
0007570-87.2016.8.17.8227
Polo ativo
DORALICE GONCALVES BEZERRA - CPF: 030.010.084-15 (RECORRENTE)
MARIANA COUTINHO DUARTE (ADVOGADO)
CINTIA PEREIRA DOS SANTOS (ADVOGADO)
Polo passivo
CENTRO HOSPITALAR SAO MARCOS S/A - CNPJ: 00.736.838/0001-48 (RECORRIDO)
DJALMA ALEXANDRE GALINDO (ADVOGADO)
0002268-87.2018.8.17.8201
392
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Polo ativo
GOL LINHAS AEREAS S/A (RECORRENTE)
MARIANA VELLOSO BORGES BEZERRA DE CARVALHO (ADVOGADO)
Polo passivo
EDUARDO MARQUES TRINDADE (RECORRIDO)
ALEXANDRE DUQUE CARVALHO (ADVOGADO)
0030269-19.2017.8.17.8201
Polo ativo
BRUNO JOSE DE OLIVEIRA - CPF: 050.706.334-14 (RECORRENTE)
BRENO PESSOA MARQUES DA SILVA (ADVOGADO)
LUNA THEBERGE LINS (ADVOGADO)
MANOEL BURGOS NOGUEIRA FILHO (ADVOGADO)
FABIOLA MARIA LIMA DE ARAUJO - CPF: 009.721.474-46 (RECORRENTE)
BRENO PESSOA MARQUES DA SILVA (ADVOGADO)
LUNA THEBERGE LINS (ADVOGADO)
MANOEL BURGOS NOGUEIRA FILHO (ADVOGADO)
Polo passivo
GUILHERME WENDERSON LACERDA DO CARMO - CPF: 051.154.884-26 (RECORRIDO)
GUSTAVO WESLEY LACERDA DO CARMO (ADVOGADO)
THAYSA NELIDA ARRUDA DA SILVA LACERDA - CPF: 066.624.434-09 (RECORRIDO)
GUSTAVO WESLEY LACERDA DO CARMO (ADVOGADO)
0001332-15.2017.8.17.8228
Polo ativo
CNOVA COMERCIO ELETRONICO S.A. - CNPJ: 07.170.938/0001-07 (RECORRENTE)
WILSON SALES BELCHIOR (ADVOGADO)
Polo passivo
DAVID HISTEVES DA SILVA RUFINO - CPF: 110.643.524-99 (RECORRIDO)
JUSTILIANA ALVES DA SILVA DE SOUSA (ADVOGADO)
WILSON SENA BRASIL (ADVOGADO)
JULIANA CARVALHO PEIXOTO DA SILVA (ADVOGADO)
0001278-65.2016.8.17.8234
Polo ativo
VANDEILDA SANTOS DA SILVA - CPF: 263.480.358-32 (RECORRENTE)
Polo passivo
SKY BRASIL SERVICOS LTDA - CNPJ: 72.820.822/0001-20 (RECORRIDO)
FELICIANO LYRA MOURA (ADVOGADO)
PERNAMBUCANAS FINANCIADORA S/A CRED FIN E INVESTIMENTO - CNPJ: 43.180.355/0001-12 (RECORRIDO)
0044038-94.2017.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRENTE)
Luciana Pereira Gomes Browne (ADVOGADO)
Polo passivo
LUCIANO FERREIRA DA SILVA - CPF: 900.341.804-78 (RECORRIDO)
393
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0050666-02.2017.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CELPE (RECORRENTE)
DIOGO DANTAS DE MORAES FURTADO (ADVOGADO)
DANIELLE DE SOUZA MATOS PIRES (ADVOGADO)
Polo passivo
JOSEFA DA SILVA PEREIRA - CPF: 520.723.984-87 (RECORRIDO)
394
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395
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396
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397
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398
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399
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0043532-21.2017.8.17.8201
Polo ativo
TIM CELULAR S.A. - CNPJ: 04.206.050/0082-46 (RECORRENTE)
LEONARDO LIMA CLERIER (ADVOGADO)
Polo passivo
CLAUDIO RAMOS COSTA - CPF: 225.004.564-04 (RECORRIDO)
ROGERIO FERREIRA DOS SANTOS (ADVOGADO)
400
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Polo ativo
ANA LUIZA LIMA CAVALCANTI MOURA FRAGOSO - CPF: 030.341.824-90 (RECORRENTE)
Leonardo Kyrillos (ADVOGADO)
Polo passivo
DIBENS LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTIL - CNPJ: 65.654.303/0001-73 (RECORRIDO)
0002292-23.2016.8.17.8222
Polo ativo
VALTER JOSE GOMES SANTIAGO - CPF: 283.077.714-04 (RECORRENTE)
WALESKA DE ANDRADE MOREIRA (ADVOGADO)
BS LOTERICA LTDA - ME - CNPJ: 20.519.869/0001-54 (RECORRENTE)
ILIDIO PEREIRA TAVARES (ADVOGADO)
Polo passivo
BS LOTERICA LTDA - ME - CNPJ: 20.519.869/0001-54 (RECORRIDO)
ILIDIO PEREIRA TAVARES (ADVOGADO)
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO - CNPJ: 09.769.035/0001-64 (RECORRIDO)
MANUELA MIRANDA FIGUEIREDO PEIXOTO (ADVOGADO)
401
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0000505-83.2017.8.17.8234
Polo ativo
LUCIANA GOMES DA SILVA - CPF: 089.372.384-38 (RECORRENTE)
DERMEVAL BEZERRA DE BRITO FILHO (ADVOGADO)
Polo passivo
RENOVA COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITOS FINANCEIROS S.A. - CNPJ: 19.133.012/0001-12 (RECORRIDO)
GIZA HELENA COELHO (ADVOGADO)
402
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Polo ativo
LUIS FELIPE MEIRELES MORAES - CPF: 128.090.754-17 (RECORRENTE)
ANDRESSA MYRIAN DO AMARAL ARAUJO (ADVOGADO)
MARIANA LEANDRO MORAIS DE LIMA (ADVOGADO)
Polo passivo
SPORT CLUB DO RECIFE - CNPJ: 10.866.051/0001-54 (RECORRIDO)
ESTÁCIO LOBO DA SILVA GUIMARAES NETO (ADVOGADO)
403
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
404
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
405
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
0025785-92.2016.8.17.8201
Polo ativo
ITAPEVA MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS - NAO PADRONIZADOS - CNPJ: 08.944.430/0001-73
(RECORRENTE)
PAULO EDUARDO PRADO (ADVOGADO)
Polo passivo
VALKIRIA CAVALCANTE COUTO - CPF: 073.305.894-97 (RECORRIDO)
ANNA CLAUDIA TAVARES COSTA (ADVOGADO)
0031245-94.2015.8.17.8201
Polo ativo
BANCO DO BRASIL SA - CNPJ: 00.000.000/0697-10 (RECORRENTE)
Polo passivo
DINA MARIA JORGE CORREA GIL RODRIGUES - CPF: 363.731.414-20 (RECORRIDO)
406
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0027890-42.2016.8.17.8201
Polo ativo
MARISA LOJAS S.A. - CNPJ: 61.189.288/0001-89 (EMBARGANTE)
Polo passivo
EMILIO ISHIGAMI - CPF: 215.036.564-20 (EMBARGADO)
0022265-27.2016.8.17.8201
Polo ativo
BANCO DO BRASIL (RECORRENTE)
Polo passivo
JAQUELINE SERRA SOARES VIEIRA - CPF: 025.214.457-03 (RECORRIDO)
0021817-20.2017.8.17.8201
Polo ativo
RICARDO ANGELO DE SOUZA - CPF: 867.213.724-87 (RECORRENTE)
Polo passivo
LUAN PROMOCOES E EVENTOS LTDA - CNPJ: 05.102.456/0001-86 (RECORRIDO)
407
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0021812-95.2017.8.17.8201
Polo ativo
LIGIA XAVIER GUEDES DE SOUZA - CPF: 661.572.934-20 (RECORRENTE)
Polo passivo
LUAN PROMOCOES E EVENTOS LTDA - CNPJ: 05.102.456/0001-86 (RECORRIDO)
0012248-92.2017.8.17.8201
Polo ativo
RENOVA COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITOS FINANCEIROS S.A. - CNPJ: 19.133.012/0001-12 (RECORRENTE)
Polo passivo
JOSE ROBERTO DE BRITO LIMA - CPF: 024.292.944-35 (RECORRIDO)
0034269-62.2017.8.17.8201
Polo ativo
EDUARDO MOTA DE OLIVEIRA - CPF: 640.580.774-68 (RECORRENTE)
Polo passivo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRIDO)
0029575-50.2017.8.17.8201
Polo ativo
408
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Polo passivo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRIDO)
0050118-74.2017.8.17.8201
Polo ativo
EMPRESA BRASILEIRA DE COMERCIALIZACAO DE INGRESSOS S.A. - CNPJ: 15.150.423/0001-65 (RECORRENTE)
Polo passivo
RICARDO MARTINS DE ABREU SILVA - CPF: 821.761.594-20 (RECORRIDO)
0018638-15.2016.8.17.8201
Polo ativo
HIPERCARD BANCO MULTIPLO S.A. - CNPJ: 03.012.230/0001-69 (RECORRENTE)
Polo passivo
ARIANA HENRIQUE BATISTA - CPF: 045.028.224-42 (RECORRIDO)
0047613-13.2017.8.17.8201
Polo ativo
BANCO VOLKSWAGEN S.A. - CNPJ: 59.109.165/0001-49 (RECORRENTE)
Polo passivo
ANA CLAUDIA DE SOUZA - CPF: 399.527.034-49 (RECORRIDO)
0039786-82.2016.8.17.8201
Polo ativo
Banco Bradesco S.A - CNPJ: 60.746.948/0937-06 (RECORRENTE)
Polo passivo
JENNEFER LACERDA DE SOUZA CABRAL - CPF: 081.780.764-03 (RECORRIDO)
409
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0000366-71.2016.8.17.8233
Polo ativo
BANCO DO BRASIL SA - CNPJ: 00.000.000/0697-10 (RECORRENTE)
Polo passivo
LUCIANA COELLY BARBOSA FREITAS - CPF: 109.553.584-69 (RECORRIDO)
0032760-96.2017.8.17.8201
Polo ativo
INSPER - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA - CNPJ: 06.070.152/0001-47 (RECORRENTE)
Polo passivo
ELZA MARIA DA FONTE PORTO CARREIRO - CPF: 081.889.804-63 (RECORRIDO)
0004122-77.2014.8.17.8227
Polo ativo
JOSIVALDO RODRIGUES DA SILVA - CPF: 706.986.604-63 (RECORRENTE)
Polo passivo
UNIBANCO-UNIAO DE BANCOS BRASILEIROS S.A. - CNPJ: 33.700.394/0001-40 (RECORRIDO)
KAVASAKI (RECORRIDO)
0004248-08.2015.8.17.8223
Polo ativo
TATIANA BEZERRA DE LIMA - CPF: 069.445.674-82 (EMBARGANTE)
Polo passivo
UNIFOCUS ADMINISTRADORA DE BENEFICIOS S.A. - CNPJ: 07.674.593/0001-10 (EMBARGADO)
410
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0013036-09.2017.8.17.8201
Polo ativo
BANCO BRADESCARD S. A. - CNPJ: 04.184.779/0001-01 (RECORRENTE)
Polo passivo
S2G COMERCIO ELETRONICO S.A. - CNPJ: 12.386.928/0001-35 (RECORRIDO)
CIBELLE GOMES QUEIROGA MARQUES - CPF: 043.533.214-71 (RECORRIDO)
0033712-46.2015.8.17.8201
Polo ativo
LUIS CARLOS SOARES DOS SANTOS - CPF: 891.415.554-49 (RECORRENTE)
Polo passivo
GETNET ADQUIRENCIA E SERVICOS PARA MEIOS DE PAGAMENTO S.A. - CNPJ: 10.440.482/0001-54 (RECORRIDO)
ITAÚ UNIBANCO - CNPJ: 60.701.190/3636-73 (RECORRIDO)
0004083-80.2014.8.17.8227
Polo ativo
IRIS HIPOLITO DA SILVA - CPF: 818.533.434-04 (RECORRENTE)
Polo passivo
CENTRO NACIONAL DE AUXILIO AO SERVIDOR PUBLICO - CENASP - CNPJ: 05.205.298/0001-90 (RECORRIDO)
0004682-19.2014.8.17.8227
Polo ativo
411
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Polo passivo
OCEANAIR LINHAS AEREAS S/A - CNPJ: 02.575.829/0001-48 (RECORRIDO)
0019793-19.2017.8.17.8201
Polo ativo
RAUL BEZERRA DE MELLO PESSOA DE QUEIROZ - CPF: 116.138.164-30 (RECORRENTE)
Polo passivo
TAM LINHAS AEREAS S/A. - CNPJ: 02.012.862/0001-60 (RECORRIDO)
0010529-12.2016.8.17.8201
Polo ativo
JAQUELINE PATRICIA DE SANTANA E SILVA - CPF: 083.954.044-25 (EMBARGANTE)
Polo passivo
INSTITUTO DE APOIO A FUNDACAO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - IAUPE - CNPJ: 03.507.661/0001-04 (EMBARGADO)
0001029-72.2015.8.17.8227
Polo ativo
MARIA DO CARMO DA SILVA - CPF: 499.175.954-49 (RECORRENTE)
Polo passivo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (RECORRIDO)
0006559-67.2017.8.17.8201
Polo ativo
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CNPJ: 10.835.932/0001-08 (EMBARGANTE)
Polo passivo
HOSANA MARIA DE LIMA - CPF: 858.280.334-68 (EMBARGADO)
412
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0040001-29.2014.8.17.8201
Polo ativo
BV FINANCEIRA S.A - CNPJ: 01.149.953/0001-89 (EMBARGANTE)
Polo passivo
GILSON DE SANTANA RODRIGUES - CPF: 042.846.434-36 (EMBARGADO)
0036951-87.2017.8.17.8201
Polo ativo
SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAUDE - CNPJ: 01.685.053/0001-56 (EMBARGANTE)
Polo passivo
MARCELLA SIMOES DE OLIVEIRA - CPF: 059.863.294-81 (EMBARGADO)
0034358-61.2012.8.17.8201
Polo ativo
MASTERCARD BRASIL SOLUCOES DE PAGAMENTO LTDA. - CNPJ: 05.577.343/0001-37 (RECORRENTE)
Polo passivo
GUSTAVO HENRIQUE MAGALHAES LEAL - CPF: 045.315.374-75 (RECORRIDO)
0002964-36.2013.8.17.8222
Polo ativo
TELEMAR NORTE LESTE S/A - CNPJ: 33.000.118/0013-02 (RECORRENTE)
Polo passivo
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0000242-95.2014.8.17.8221
Polo ativo
TELEMAR NORTE LESTE S/A - CNPJ: 33.000.118/0013-02 (RECORRENTE)
Polo passivo
MARIA DE LOURDES DA SILVA BEZERRA - CPF: 332.918.704-25 (RECORRIDO)
0000600-94.2013.8.17.8221
Polo ativo
VIVO S.A. - CNPJ: 02.449.992/0056-38 (RECORRENTE)
Polo passivo
JOSIVALDO JOSE DA SILVA - CPF: 449.792.404-10 (RECORRIDO)
0002702-79.2015.8.17.8234
Polo ativo
MARIA LUIZA MONTEIRO DE SOUZA - CPF: 186.266.374-20 (RECORRENTE)
Polo passivo
BANCO DO BRASIL SA - CNPJ: 00.000.000/0007-87 (RECORRIDO)
O JUIZ LUIZ SERGIO SILVEIRA CERQUEIRA, O PRESIDENTE DA 3a. TURMA RECURSAL DO 1º COLÉGIO RECURSAL DOS JUIZADOS
ESPECIAIS CIVEIS, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇOES LEGAIS E REGIMENTAIS ETC.
AVISA a todos os interessados que foi convocada a 11ª sessão de julgamento da 3a. TURMA RECURSAL deste colegiado para o próximo 07°
dia do mês de DEZEMBRO de 2018 a partir das 14h00m, a realizar-se no endereço: AV MASCARENHAS DE MORAIS, 1919 – IMBIRIBEIRA
- RECIFE-PE FORUM BENILDES DE SOUZA RIBEIRO, nos termos do Regimento Interno do Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis
do Estado de Pernambuco.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Processo nº 0005516-31.2018.8.17.1130 Procedimento nº 3011/2018- Turma CM02SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... ,HOMOLOGO
por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão de Conciliação,
nos precisos termos dos artigos 487, III, "b", 515, inciso III, todos do CPC c/c o art. 15 da Lei 5.478/68. Após o trânsito em julgado, arquive-se,
com as cautelas de estilo.Sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o
benefício da gratuidade da Justiça. P.R.I.” Petrolina, 13 de Novembro de 2018. Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
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Processonº0005910-38.2018.8.17.1130 Procedimentonº2923/2018-CM02
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”...HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam
legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão de Conciliação, nos precisos termos do art. 515, inciso III c/c art.487,
inciso III, "b" ambos do CPC c/c o art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68. Sem a cobrança de taxas
ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404/1996). Após o trânsito em julgado, arquive-se, com as cautelas de estilo.
Expedientesnecessários.P.R.I”.Petrolina,16deNovembrode2018.Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
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Processo nº 0001000-65.2018.8.17.1130SENTENÇAVistos, etc... “...Ex positis, diante dos fatos narrados, e da fundamentação acima deduzida,
extingo o processo sem resolução de mérito, com fulcro nos artigos 320, 321, parágrafo único e 485, inciso I, do nosso Código de Processo
Civil/2015. P.R.I. Transitada esta em julgado, arquive-se. Anotações de praxe, com baixa na distribuição e no sistema JUDWIN”. Petrolina, 12
de novembro de 2018.Francisco Josafá MoreiraJuiz de Direito
Processo nº 0006150-27.2018.8.17.1130 Procedimento nº 2821/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc,.”... HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o
vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que não
houve modificação no nome das partes, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca de
PETROLINA, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro nº B AUX 20, fl. 162, nº 26257.Esta sentença tem
força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários”.P.R.IPetrolina, 23 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
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Processonº0005838-51.2018.8.17.1130 Procedimentonº2926/2018-CM02
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc.”...,HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão de Conciliação, nos precisos termos do art. 515, inciso III c/c art.487, inciso III, "b" ambos
do CPC c/c o art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68. Sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº
11.404/1996). Após o trânsito em julgado, arquive-se, com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I.” Petrolina, 16 de Novembro de
2018. Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
SENTENÇAVistos etc”...Posto isso, deixo de homologar o acordo celebrado, referente ao reconhecimento da paternidade, ante o não implemento
da condição suspensiva, resultado positivo do exame de DNA, extingo o feito sem julgamento do mérito, com espeque no artigo 485, IV do Código
de Processo Civil, uma vez que a obtenção de conciliação, no âmbito das centrais de conciliação, é pressuposto de desenvolvimento válido do
processo.Intimem-se o requerente G. DE B. C. do resultado do exame de DNA.Expedientes necessários. Após o trânsito em julgado, arquivem-se
os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P. R. I.”Petrolina,13 de novembro de 2018.Francisco Josafá MoreiraJuiz de Direito
Processo nº 0005824-67.2018.8.17.1130 Procedimento nº 2880/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc.”..., HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o
vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que não houve
alteração de nome, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca de PETROLINA -
Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B-106, fl. 170, nº 44559. Esta sentença tem força de mandado de
averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as
cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I”.Petrolina, 16 de novembro de 2018. Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
Processo nº 0005937-21.2018.8.17.1130 Procedimento nº 3086/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc.”... HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes
o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a
divorcianda permanecerá usando o nome de casada, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da
Comarca de PETROLINA, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro nº 39, fl. 179, nº 1942.Esta sentença
tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I.” Petrolina, 23 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
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Processo nº 0005820-30.2018.8.17.1130 Procedimento nº 2797/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o
vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que não
houve alteração de nome, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca de JUAZEIRO
- Estado da Bahia, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B-20, fl. 220, nº 7031. Esta sentença tem força de mandado de
averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as
cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I.” Petrolina, 19 de novembro de 2018.Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
Processo nº 0005544-96.2018.8.17.1130 Procedimento nº 198/2018 – FACAPES SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”...,HOMOLOGO por
sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-
lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que os
divorciandos voltarão a usar o nome de solteiros, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da
Comarca de PETROLINA, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado sob o número 46511, às fls.22, livro B-113.
Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem
for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou
emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em
julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I”. Petrolina, 13 de novembro de 2018.Francisco Josafá
Moreira Juiz de Direito
Processo nº 0005816-90.2018.8.17.1130 Procedimento n° 02993/2018-CM02 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... ,HOMOLOGO por
sentença, o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-
lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os artigos 515, inciso III, 487, inciso III, "b" e 731 do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68, sendo certo que O CÔNJUGE VIRAGO CONTINUARÁ A USAR O NOME DE
CASADA, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil, ou quem suas vezes fizer do Município e Comarca de Petrolina, Estado de Pernambuco,
proceder com a averbação do divórcio do casal, cujo casamento foi registrado sob o n° 37971, fls.181, do liv. B-84. Esta sentença tem força
de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção desse expediente, devendo o Sr. Oficial do Registro Civil a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art.
2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se
os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I”Petrolina, 16 de Novembro de 2018. Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
419
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0005858-42.2018.8.17.1130 Procedimento n° 02919/2018-CM02 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... , HOMOLOGO por
sentença, o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-
lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os artigos 515, inciso III, 487, inciso III, "b" e 731 do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68, sendo certo que O CÔNJUGE VIRAGO VOLTARÁ A USAR O NOME DE
SOLTEIRA, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil, ou quem suas vezes fizer do Município e Comarca de Orocó, Estado de Pernambuco,
proceder com a averbação do divórcio do casal, cujo casamento foi registrado sob a matrícula 074773 01 55 2010 3 00005 278 0000992 01
Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção desse expediente, devendo o Sr. Oficial do Registro Civil
a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de
taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo.Expedientesnecessários.P.R.I”. Petrolina,16deNovembrode2018. Francisco Josafá
Moreira Juiz de Direito
Processonº0005848-95.2018.8.17.1130 Procedimenton°2990/2018-CM02
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”..., HOMOLOGO por sentença, o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais
e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem
os artigos 515, inciso III, 487, inciso III, "b" e 731 do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68,
sendo certo que O CÔNJUGE VARÃO VOLTARÁ A USAR O NOME DE SOLTEIRO, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil, ou quem suas
vezes fizer do Município e Comarca de Petrolina, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio do casal, cujo casamento foi
registrado sob a matrícula 076745 01 55 2017 2 00122 014 0049202 63. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada
a confecção desse expediente, devendo o Sr. Oficial do Registro Civil a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações
registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis
que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes
necessários.P.R.I”.Petrolina, 16 de Novembro de 2018. Francisco Josafá Moreira Juíza de Direito
Processo nº 0006240-35.2018.8.17.1130
Procedimento nº 3518/2018
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... , HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art.
515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a Divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do
Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca de Petrolina, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do
divórcio, lavrado sob o nº 27994, fl. 99, livro B-AUX 26. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste
expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme
determinado no dispositivo. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I.”Petrolina,
28 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
Processo nº 0006232-58.2018.8.17.1130
Procedimento nº 3369/2018
420
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... , HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art.
515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que não houve modificação no nome das partes, devendo o Senhor Oficial do
Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca de RAJADA/PETROLINA, Estado de PERNAMBUCO, proceder com
a averbação do divórcio, lavrado sob o nº 2902, fl. 498, livro nº B-07. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada
a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações
registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis
que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo.Expedientes
necessários.P.R.I”.Petrolina, 29 de novembro de 2018..Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
Processo nº 0006153-79.2018.8.17.1130Procedimento nº 3335/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes
o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a
divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da
Comarca de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, proceder com a averbação do divórcio, lavrado sob a matrícula de nº 017210 01 55 1982 2
00008 176 0002325 82.Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr.
Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo,
sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da
Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I”. Petrolina, 23 de novembro
de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
Processo nº 0006231-73.2018.8.17.1130 Procedimento nº 3468/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... HOMOLOGO por sentença o
acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo
matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda
voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca de
RAJADA/PETROLINA, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro nº B-7, fl. 68, nº 2573. Esta sentença tem
força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I”.Petrolina, 29 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
Processo nº 0006280-17.2018.8.17.1130 Procedimento nº 3439/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o
vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que não
houve modificação no nome das partes, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca
de PETROLINA, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro nº B 109, fl. 55, nº 45344.Esta sentença tem
força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo.Expedientes necessários.P.R.I.”Petrolina, 28 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0006275-92.2018.8.17.1130Procedimento nº 3368/2018 SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Vistos etc”... , HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o
vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que não
houve modificação no nome das partes, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da Comarca
de PETROLINA, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro nº B 115, fl. 95, nº 47184. Esta sentença tem
força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I.” Petrolina, 28 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Vistos, etc...Os transatores firmaram acordo junto ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Petrolina conforme Termo de
Sessão de Mediação/Conciliação juntado aos autos, o qual fica integrando à presente Decisão. Todas as formalidades legais foram observadas.
Ex Positis, extingo o presente processo com julgamento do mérito, o fazendo com alicerce no art. 485, III, alínea b, do nosso Digesto Processual
Civil. Sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade
da Justiça. Anotações de praxe, com baixa na distribuição. Dispensado o prazo recursal. Arquivamento dos autos, oportunamente. P.R.I. Cumpra-
se. Petrolina, 30 de novembro de 2018. Francisco Josafá Moreira Juiz de Direito
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6°
da CF, sendo certo que não houve modificação no nome das partes, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas
vezes fizer, da Comarca de CASA NOVA, Estado da Bahia, proceder com a averbação do divórcio, lavrado com matrícula nº 012542 01 55 2017
2 00017 118 0005753 02. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr.
Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo,
sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da
Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I.Petrolina, 29 de novembro
de 2018. Iure Pedroza Menezes - Juiz de Direito
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença, o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os artigos 515, inciso III, 487, inciso III, "b" e 731
do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68, sendo certo que NÃO HOUVE ALTERAÇÃO NO NOME
DOS CÔNJUGES QUANDO DO CASAMENTO, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil, ou quem suas vezes fizer, do Município e Comarca
de Petrolina, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio do casal, cujo casamento foi registrado sob a matrícula 076745
01 55 2010 2 00094 137 0040927 71. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção desse expediente,
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
devendo o Sr. Oficial do Registro Civil a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado
no dispositivo. Sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da
gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I.Petrolina, 27
de novembro de 2018. - Iure Pedroza Menezes - Juiz de Direito”
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, sendo certo que a Divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou
quem suas vezes fizer, da Comarca de TRINDADE, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado sob o nº 1380, fl.
190V, livro B-10. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial
de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a
cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários.P.R.I. Petrolina, 23 de novembro de 2018.
Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito”
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente,
ou quem suas vezes fizer, da Comarca de Petrolina - Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B-102,
fl. 17, nº 43206. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial
de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a
cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 26 de novembro de 2018.
Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da
CF, sendo certo que não houve alteração de nome, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer, da
Comarca de PETROLINA - Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B 100, fl. 192, nº 42781. Esta sentença
tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 26 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito”
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Autor: E. F. D. S.
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou
quem suas vezes fizer, da Comarca de SERRA TALHADA - Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro
B-35, fl. 134, nº 6711. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr.
Oficial de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo,
sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da
Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 26 de novembro
de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito”
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou
quem suas vezes fizer, da Comarca de PETROLINA - Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B-104,
fl. 143, nº 43932. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial
de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a
cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 26 de novembro de 2018.
Iure Pedroza Menezes - Juiz de Direito”
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6°
da CF, sendo certo que não houve alteração de nome, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas vezes fizer,
da Comarca de PETROLINA - Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B AUX 26, fl. 153, nº 28048. Esta
sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem
for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas
ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 26 de novembro de 2018. Iure Pedroza
Menezes Juiz de Direito”
“...Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados
na Sessão de Conciliação, nos precisos termos dos arts. 487, III, "b", 515, inciso III, do Código de Processo Civil c/c o art. 1.589 do Código Civil
e art. 9º, §1º da Lei 5.478/68. Sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido
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o benefício da gratuidade da Justiça. Oficie-se ao órgão empregador do alimentante (fls. 27 e 28), a fim de interromper o desconto, em folha de
pagamento, da pensão alimentícia em favor dos filhos/alimentandos JADSON DIEGO AMORIM SILVA e JEFFERSON DENIS AMORIM SILVA.
Após o trânsito em julgado, arquive-se, com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 26 de novembro de 2018. Iure
Pedroza Menezes Juiz de Direito”
“...Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226,
§6° da CF, sendo certo que a Divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou
quem suas vezes fizer, da Comarca de Petrolina, Estado de Pernambuco, proceder com a averbação do divórcio, lavrado sob o nº 46147, fl.
258, livro B-111. Esta sentença tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial
de Registro a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a
cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 23 de novembro de 2018.
Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
“... Posto isso, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, e com fundamento no art. 3º, inciso I, da Resolução 222/2007 do
TJPE, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o divórcio dos
requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem o art. 515, inciso III, do CPC, c/c o art. 226, §6° da
CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de solteira, devendo o Senhor Oficial do Registro Civil que for competente, ou quem suas
vezes fizer, da Comarca de ABARÉ - Estado da Bahia, proceder com a averbação do divórcio, lavrado no livro B-06, fl. 446, nº 2046. Esta sentença
tem força de mandado de averbação, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial de Registro a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após o trânsito em julgado, arquivem-
se os autos com as cautelas de estilo. Expedientes necessários. P.R.I. Petrolina, 23 de novembro de 2018. Iure Pedroza Menezes Juiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos
processos abaixo relacionados:
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 9º Distrito Judiciário da Capital/PE proceder à averbação do divórcio no termo de
casamento, sob o nº 1200, livro B AUX-5, fls. 160. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada
a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais
conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que
concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-
se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 09 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de
Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos
e interesses dos pactuantes. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as
formalidades procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de
separação fática, por força da alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010.
Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para
que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade
com o que dispõem os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda
voltará a usar o nome de SOLTEIRA, qual seja, H. B. V., devendo o Cartório de Registro Civil de Olinda- PE proceder à averbação do divórcio
no termo de casamento, sob o nº 23.326, livro nº B-39, às fls. 227. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO,
ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes
alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de
19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO,
ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes
alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de
19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: O alimentante inscrito no CPF N. 3...............-91, contribuirá com os alimentos,
mensalmente, e os prestará em favor de sua filha à razão de 16% (dezesseis por cento), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas
extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver e férias e terço constitucional de
férias, excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão
descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 3.........-0, agência 1835-X, Banco do Brasil S/A, em nome da genitora, H. B. V. DE
C., CPF ............4-72, RG 3......... SDS/PE, até o dia 05º (quinto) de cada mês, devendo ser expedido ofício judicial endereçado ao empregador
do alimentante, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO/TJPE, CNPJ N. 11.431.327/0001-34, localizado à Praça da República, s/n, Santo
Antônio, Recife/PE, CEP 50.010.040. Após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as
cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 01 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais
e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem
os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 2º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio
no termo de casamento, sob o nº 6388, livro nº B-20, às fls. 288. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao
empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o genitor contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará em favor dos
seus filhos à razão de 30,00%, sendo 15,00% para G. M. R. (10/06/2010) e 15,00% para G. M. R. (25/01/2012), de toda a sua remuneração
(salário ou pró-labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias
e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa
hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 0.........-5, operação 013, agência nº 0046, Banco
Caixa Econômica Federal, em nome da genitora, D. R. F. M., CPF nº 0.............-90, RG nº 6......... SDS/PE, até o dia 05 (cinco) útil de cada mês,
pelo empregador do alimentante, ALMEQ SERVICOS TECNICOS INDUSTRIAIS LTDA, CNPJ Nº 05.460.476/0001-29, LOCALIZADO NA RUA
DA PERFURAÇÃO (LOT PRQ TUBOS), 01 LOTE 17 - PART QUADRA "B", IMBOASSICA, MACAÉ/RJ, CEP: 27.932-315, a fim de que se possa
efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as
verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego, exceto saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
- FGTS (este último por negativa expressa). Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a
confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais
conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que
concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-
se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de
Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome de
CASADA, devendo o Cartório de Registro Civil da Comarca de Camaragibe/PE proceder à averbação do divórcio no termo de casamento, sob o nº
19895, livro nº B-38, às fls. 197v. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO
a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos, mensalmente, e
os prestará em favor da sua filha à razão de 23,70% para D. A. DA S. (22/09/2017), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas
extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional de
férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão
descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 000..........-5, operação 013, agência 0923, em nome da genitora, M. A. DE S. S.,
CPF n.º 0..............6, RG n.º 7................ SDS/PE, até o dia 05 (cinco) útil de cada mês, pelo empregador do divorciando/alimentante, ADSERV
EMPREENDIMENTOS E SERVICOS DE MAO DE OBRA EIRELI, CNPJ n.º 08.362.490/0001-88, localizado na RUA ROMILDO JOSE FERREIRA
GOMES, n.º 248, Jardim Atlântico, Olinda - PE, CEP: 53.140-070, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão
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do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima
descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa). Assim, segue
a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião
a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de
taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia
ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.
R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 11º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo
de casamento, sob o nº 2883, livro B-10, fls. 183. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente sentença
servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos,
mensalmente, e os prestará em favor dos seus filhos à razão de 30,00 %, sendo 10,00% para M. E. G. G. DE L. S. (23/09/2004), 10,00% para M.
E. G. G. DE L. (27/08/2009), 10,00% para W. G. G. DE L. (10/07/2016), de toda a sua remuneração (salário ou pró-labore, horas extras, abonos
e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional de férias), excluindo-se,
apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha
de pagamento e creditados na conta n° 5..........-3, agência n.º 1838-4, Banco do Brasil, em nome da genitora, F. G. DA S. J., RG n.º ..............8
SDS/PE, CPF n.º 0.................-82, até o dia 05 (cinco) útil de cada mês, pelo empregador do divorciando/alimentante, MASTER ELETRONICA
DE BRINQUEDOS LTDA. (LASER ELETRO), CNPJ n.º 40.841.728/0117-90 - FILIAL, localizado na AVENIDA BARRETO DE MENEZES, N.º 413,
CAJUEIRO SECO, JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE, CEP: 54.330-000, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de
demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na
conta acima descrita), salário desemprego, exceto saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por negativa expressa).
Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o
Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem
a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as
cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de CASADA, devendo o Cartório de Registro Civil do 3º Distrito Judiciário da Comarca da Capital (sucessor do 4ª Cartório de Casamentos
da Capital) proceder à averbação do divórcio no termo de casamento, sob o nº 004.841, livro 9-B, fls. 23. O casal não tem bens a partilhar,
nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos
seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará em favor do seu filho à razão de 10%, para G. de
M. M. (01.05.2003), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais,
mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes
a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n°
000..........1, op. 013, agência 0048, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, em nome da genitora, CPF Nº 0................60, RG Nº 5........... SDS/PE, até
o quinto dia útil de cada mês, pelo empregador do divorciando/alimentante, Edf. Santana, localizado na Av Santos Dumont, 333. Graças. Recife/
PE. CEP 52.050-050, Recife - PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em
apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego
e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa). Assim, segue a presente via que serve
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como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e
após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE),
13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de
SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil da Comarca de Camaragibe/PE proceder à averbação do divórcio no termo de casamento, sob
a matrícula nº 0742110155 2012 2 00031 0212 0015624 51. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente
sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o genitor contribuirá com os
alimentos, mensalmente, e os prestará em favor da sua filha à razão de 15,18% para E. H. M. S. (11/04/2005), de toda a sua remuneração
(salário ou pró-labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias
e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa
hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 0029899-9, agência nº 1904-6, Banco do Bradesco,
em nome da genitora, B. M. C. S., CPF n.º 0...........-26, RG n.º 5........... SSP/PE, até o dia 05 (cinco) útil de cada mês, pelo empregador do
alimentante, LSI - LOGISTICA S.A., CNPJ n.º 04.057.497/0001-46, LOCALIZADO NA ROD BR-101 SUL, KM 99, S/N INDUSTRIAL - CABO DE
SANTO AGOSTINHO/PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço
também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego e saldo
do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por negativa expressa). Assim, segue a presente via que serve como MANDADO
DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei
5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador,
nos seguintes termos: O genitor inscrito no CPF N. 1...................0, contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará em favor de sua
filha à razão de 15,72% (quinze vírgula setenta e dois por cento), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas extras, abonos e
gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional de férias, excluindo-se,
apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em
folha de pagamento e creditados na conta n° 000...........-5, operação 013, agência 0046, Banco Caixa Econômica Federal, em nome da avó
materna, A. R. DA R., CPF 0.......................1, Registro Geral nº 8.............. SDS/PE, até o 05 (quinto) dia útil de cada mês, sendo expedido ofício
judicial endereçado ao empregador do alimentante, qual seja: GABU SERVICE, CNPJ N. 10.390.590/0001-60, situado na Rua Presidente Ranieri
Mazi, nº 2434, Cristo Redentor, João Pessoa/PB, CEP:58.071.000, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão
do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, salário desemprego e sobre o saldo do
Fundo descrita de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, este último por liberalidade expressa, cujo depósito se dará na conta acima descrita.
Face à renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as
cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 06 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
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DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 8º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio
no termo de casamento, sob o nº 4360, livro B-16, fls. 195. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente
sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os
alimentos, mensalmente, e os prestará em favor dos seus filhos à razão de 20%, sendo 10% para G. J. N. DA S. (09.06.2002), 10% para J. K. J.
N. DA S. (04.05.2006), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais,
mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes
a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n
° 1...........-8, agência 3202-6, Banco Bradesco, em nome da genitora, CPF nº 8....................72, RG nº 4............ SDS/PE, até o quinto dia útil
de cada mês ou data de pagamento, pelo empregador do divorciando/alimentante, localizado na Rua Jito, n° 65, Cabanga. CEP 50.090-340,
Recife - PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá,
no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa). Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE
AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 8º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no
termo de casamento, sob o nº 7846, livro B-28, fls. 81. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente sentença
servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos,
mensalmente, e os prestará em favor da sua filha à razão de 19,41%, para M. A. F. (24.09.2014), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore,
horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional
de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos
serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 000.............1, op. 013, agência 3018, Caixa Econômica Federal, em nome
da genitora, CPF nº 0.....................8, RG nº 7............ SDS/PE, até o dia 05 (cinco) de cada mês, pelo empregador do divorciando/alimentante,
localizado na Rua Hemetério Maciel, N° 274, CEP 50.740-120, várzea Recife - PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. O alimentante
se compromete a ser o responsável financeiro pelas despesas educacionais da menor, bem como pelo seu plano de saúde. Na hipótese de
demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na
conta acima descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa).
Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o
Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem
a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as
cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
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DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de
SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 14º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo de
casamento, sob o nº 2253, livro B AUX-8, fls. 53. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada
a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais
conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que
concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-
se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 08 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de
Amorim Juíza de Direito.
DECIDO. Preliminarmente defiro os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão de Conciliação, nos
precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e art. 515, inciso III do Código de Processo Civil, art. 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º
da Lei 5.478/68 c/c o art. 2º, § 3º da Lei 8.560/92. Após a averbação, D. A. F. DA S., passará a se chamar D. A. M., devendo INCLUIR como
genitor o Sr. G. B. M., e como avós paternos J. B. M., devendo o Cartório de Registro Civil do 15º Distrito Judiciário da Comarca de Recife/PE,
proceder a averbação no assento de nascimento sob o nº 111899, Livro AA-140, fls. 299. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO
DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face a renúncia ao prazo recursal e após os expedientes
necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 07 de novembro de 2018. Karina
Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 11º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo
de casamento, sob o nº 19537, livro nº B AUX-66, às fls. 38. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando
dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações
registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996),
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face a renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários,
certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque
Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais
e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem
os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil de Abreu e Lima/PE proceder à averbação do divórcio no termo de casamento, sob
o nº 1.235, livro BA-3, fls. 38. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção
deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme
determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o
benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-
se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 09 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza
de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de
SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 7º Distrito Judiciário de Recife - PE proceder à averbação do divórcio no termo de casamento,
sob o nº 078, livro 01 B, fls. 40. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO
DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 07 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DECIDO. A satisfação da obrigação pelo devedor extingue a execução (art. 538, §3º c/c art. 924, II, do CPC). Assim, extingo a execução,
encerrando por sentença a fase de cumprimento nos moldes dos arts. 538, §3º, 924, II, e 925 do CPC. Após o trânsito em julgado, certifique-se e
arquive-se, observando-se as cautelas de praxe. P.R.I. Recife, 06 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de
SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 4º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo de
casamento, sob o nº 514, livro B AUX-2, fls. 214. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Assim, segue a presente via que serve
como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e
após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE),
12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 3º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo de
casamento, sob o nº 857, livro nº B AUX-4, às fls. 45. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Assim, segue a presente via que serve
como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face a renúncia ao prazo recursal e
após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE),
12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
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artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 8º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio
no termo de casamento, sob o nº 270, livro nº B-02, às fls. 35v. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao
empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará em
favor dos seus filhos à razão de 27,07%, sendo 13,535% para K. M. B. F. (04/08/2007) e 13,535% para M. A. M. B. F. (03/12/2014), de toda a
sua remuneração (salário ou pró-labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família,
se houver, férias e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto
de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 000.................-6, operação 013,
agência nº 0867, Banco Caixa Econômica Federal, em nome da divorcianda, M. M. B., RG nº 5.......... SDS/PE, CPF nº 9....................1, até o dia
05 (cinco) útil de cada mês, pelo empregador do divorciando/alimentante, JATOBARRRETO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO LTDA ME, CNPJ nº
27.058.274/0001-98, LOCALIZADO NA RUA GREGÓRIO JÚNIOR, Nº 00117, ZUMBI, RECIFE - PE, CEP: 50.720-742, a fim de que se possa
efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as
verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego, exceto saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
- FGTS (este último por negativa expressa). Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a
confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais
conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que
concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-
se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de
Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 3º Distrito Judiciário da Comarca de Paulista/PE proceder à averbação do divórcio
no termo de casamento, sob o nº 2372, livro 11-B, fls. 252. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente
sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os
alimentos, mensalmente, e os prestará em favor da sua filha à razão de 10,00% para K. C. L. M. (19/12/2011), de toda a sua remuneração (salário
ou pró-labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço
constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese,
os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 2..........., agência nº 3175, Banco Itaú, em nome da genitora, F.
C. DE L., RG nº 6..............0 SDS/PE, CPF nº 0...............-02, até o dia 05 (cinco) útil de cada mês, pelo empregador do divorciando/alimentante,
FARMÁCIA PAGUE MENOS, CNPJ Nº 06.626.253/0633-15 (FILIAL), LOCALIZADO NA RODOVIA BR 101 SUL, Nº 80,55 (GALPAO 01 A GALPAO
05), JARDIM JORDÃO, JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE, CEP: 54.320-230, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese
de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na
conta acima descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa).
Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o
Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem
a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça.
Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as
cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º,
§1º da Lei 5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
empregador, nos seguintes termos: O genitor, inscrito no CPF N. 0.........................5, contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará
em favor de suas filhas à razão de 16,3% (dezesseis vírgula seis por cento, de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas extras,
abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional de férias, bem
como, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha
de pagamento e creditados na conta n° 000............3, operação 013, agência 0046, Banco Caixa Econômica Federal, em nome da genitora, J.
I. O. DE A., CPF 1...................2, Registro Geral nº 8................... SDS/PE, até o 05 (quinto) dia útil de cada mês, sendo expedido ofício judicial
endereçado ao empregador do alimentante, qual seja: DDVK COMÉRCIO E SERVIÇOS AUTOMOTIVOS LTDA - CNPJ N. 40.859.233/0001-69,
localizada na AV. NORTE MIGUEL ARRAES DE ALENCAR, N. 6703, RECIFE/PE CEP: 52.070.660, a fim de que se possa efetuar o referido
desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias,
salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, cujo depósito se dará na conta acima descrita. Face à renúncia
do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo.
P.R.I. Recife, 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO. Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da Lei
5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador,
nos seguintes termos: o genitor inscrito no CPF N. 0..........................7 contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará em favor dos
seus filhos à razão de 30% (trinta por cento) do seu salário, sendo 15% (quinze por cento) para J. K. B. DE O. e 15% (quinze por cento) para J. G.
B. DE O., de toda a sua remuneração (salário ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse
do abono família, se houver, férias e terço constitucional de férias - este último por liberalidade expressa), excluindo-se, apenas, os descontos
obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e
creditados na conta poupança n° 8..........0, operação 013, agência 0046, Caixa Econômica Federal, em nome da genitora A. C. DE O. B., CPF
7....................0, até o 5º dia útil de cada mês, pelo empregador do genitor, a empresa P. A. DE BARROS (nome fantasia CONSTRUAÇO), inscrita
no CNPJ nº 07.922.410/0001-39, localizado na Rua Vinte e Um de Abril, 1.245, CEP 50820-000 - Afogados, Recife-PE, a fim de que se possa
efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas
rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este
último por liberalidade expressa). Face à renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-
se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 06 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO. Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da
Lei 5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Face à renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários,
certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 06 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão
de Amorim Juíza de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Autor: M. F. DA S. J.
DECIDO. Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da
Lei 5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Face à renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários,
certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 06 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão
de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos
e interesses dos pactuantes. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as
formalidades procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de
separação fática, por força da alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010.
Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para
que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade
com o que dispõem os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda
voltará a usar o nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 12º Distrito Judiciário da Capital - PE proceder à averbação do
divórcio no termo de casamento, sob o nº 1954, livro nº B-AUX-8, às fls. 194. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE
AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a
ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: O alimentante contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os
prestará em favor de seus filhos à razão de 20% (vinte por cento), sendo 10% (dez por cento) para cada um, de toda a sua remuneração (salário
ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver e férias e terço
constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os
alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 8.....................6, agência 1164-9, Banco Bradesco S/A, em nome
do genitor, MARCONI BRAZ DOS SANTOS, CPF 0..................., Registro Geral n. 4................... SDS/PE, devendo ser expedido ofício judicial
endereçado ao empregador do alimentante, PADARIA E LANCHONETE DOM QUIXOTE LTDA, CNPJ N. 24.083.503/0001-36, localizada na Av
Dantas Barreto 762, São José, Recife/PE, CEP 50.780.035. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no
mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias e salário desemprego e sobre o saldo de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, cujo
depósito se dará na conta acima descrita. Após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com
as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 07 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO. Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da
Lei 5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Face à renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários,
certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 06 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão
de Amorim Juíza de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DECIDO, Preliminarmente DEFIRO o pleito do benefício da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando
direitos e interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade da alimentanda e
proporcionalidade. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades
procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis,
HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão
de Conciliação, nos precisos termos dos artigos 487, inciso III, alínea b. e 515, inciso III, do CPC c/c artigo 1.589 do Código Civil e art. 9º, §1º da
Lei 5.478/68. Sem custas, dado o benefício da gratuidade. Face à renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários,
certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão
de Amorim Juíza de direito.
DECIDO. Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade do alimentando e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença
o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e jurídicos efeitos, nos moldes pactuados na Sessão de Conciliação, nos
precisos termos do art. 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC c/c os artigos 1694, parágrafo primeiro, 1.695 e 1.699, todos do
Código Civil Brasileiro. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO judicial endereçado ao INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL - INSS, APS MÁRIO MELO, CNJP Nº 29.979.036/0987-85, localizado na Av. Mário Melo, 343 - Térreo - Santo Amaro - Recife - PE - CEP:
50.040-010, a fim de que o percentual de 42% (quarenta e dois) por cento, do valor total do benefício do alimentante seja descontado em favor
de seus 4 (quatro) filhos menores B. V. C. DE F., J. J. C. DE F., E. C. DE F. e S. C. DE F., sendo 10,50% (dez vírgula cinquenta) por cento para
cada filho do seu benefício. Nessa hipótese os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta nº 001...............4,
operação 013, agência nº 0876, Banco Caixa Econômica Federal, em nome da genitora dos menores R. A. DE F., RG nº 7............ SDS/PE,
CPF nº 0....................8, até o quinto dia útil de cada mês. Os alimentos ora revisionados foram ofertados no Procedimento nº 003193/2014-00,
processo nº 0059751-34.2014.8.17.0001, que tramitou perante este Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Capital. Face à
renúncia do prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de
estilo. P.R.I. Recife, 07 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome
de CASADA, devendo o Cartório de Registro Civil do 8º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo de
casamento, sob o nº 9634, livro nº B-34, às fls. 69. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Assim, segue a presente via que serve
como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão
apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos
(art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face a renúncia ao prazo recursal e
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE),
12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO. Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos
e interesses dos pactuantes. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as
formalidades procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de
separação fática, por força da alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010.
Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para
que se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade
com o que dispõem os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda
continuará a usar o nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório do 9º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio
no termo de casamento, sob o nº 2025, livro nº B-7, às fls. 223. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Assim, segue a presente
via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for
esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou
emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 07 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos
e interesses dos pactuantes. Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as
formalidades procedimentais necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de
separação fática, por força da alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010.
Isto Posto, considerando satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que
se produzam legais e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com
o que dispõem os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará
a usar o nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 2º Distrito Judiciário da Comarca do Recife/PE proceder à averbação do
divórcio no termo de casamento, sob o nº 15040, livro nº B-AUX-26, às fls. 103v. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE
AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Por fim, cópia da presente sentença servirá como OFÍCIO a
ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando é FUNCIONÁRIO COM VÍNCULO ESTATUTÁRIO
contribuirá com os alimentos, mensalmente, e os prestará em favor da sua filha à razão de 15%, para S. R. O. M. (31.03.2006), de toda a sua
remuneração (salário ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se
houver, férias e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de
Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 007............, agência 3208-5, Banco
Bradesco, em nome da genitora, CPF nº 0.................4-00, RG nº 4.................. SDS/PE, até o dia 05 (cinco) de cada mês, pelo empregador do
divorciando/alimentante, PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE, localizado no Cais Do Apolo, 925. SEC FINANÇAS 14º ANDAR. CENTRO.
CEP 50.030-230. Recife - PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE
AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 26 de outubro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome de
SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil de Camaragibe/PE proceder à averbação do divórcio no termo de casamento, sob o nº 19620,
livro B-38, fls. 60v. O casal não tem bens, nem contas a pagar. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando
dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações
registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996),
eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários,
certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 09 de novembro de 2018.Karina Albuquerque
Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO. Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório do Registro Civil do 8º Distrito Judiciário da Comarca do Recife/PE proceder à averbação do divórcio no
termo de casamento, sob o nº 7919, livro nº B-28, às fls. 154. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente
sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o genitor contribuirá com os
alimentos, mensalmente, e os prestará em favor do seu filho J. M. X. DOS S. à razão de 15% (quinze por cento), de toda a sua remuneração
(salário ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e
terço constitucional de férias - este último por liberalidade expressa), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência
Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta poupança n°
6............0, operação 013, agência nº 0678, Caixa Econômica Federal, em nome da genitora, C. X. F. DOS S., CPF nº 0...................71, RG nº
7....................... SDS/PE, na data de pagamento da remuneração do alimentante pelo empregador, VERDÃO DISTRIBUIDORA DE HORTIFRUTI
LTDA, localizado na Rua Henrique de Holanda, N° 4586, Mauês, Vitória de Santo Antão - PE, 55602-001, a fim de que se possa efetuar o
referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual (15%), sobre as verbas
rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este
último por liberalidade expressa). Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção
deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme
determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o
benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-
se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife, 26 de outubro de 2018 Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais
e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem
os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 1º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no
termo de casamento, sob o nº 434, livro nº B-2, às fls. 134. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente
sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com
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os alimentos, mensalmente, e os prestará em favor do seu filho à razão de 10,00% para J. R. DOS S. (26/03/2011), de toda a sua remuneração
(salário ou pró-labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias
e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa
hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 0003........., operação 013, agência n.º 1294, Banco
Econômica Federal, em nome da genitora, A. J. V. DOS S., RG nº 7................... SDS/PE, CPF n.º 0...................-24, até o dia 05 (cinco) útil de cada
mês, pelo empregador do divorciando/alimentante, FERREIRA COSTA & CIA LTDA, CNPJ n.º 10.230.480/0004-83, localizado na RUA CÔNEGO
BARATA, n.º 275, TAMARINEIRA, RECIFE - PE, CEP: 52.051-020, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão
do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima
descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa). Assim, segue
a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião
a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de
taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia
ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo.
P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil da Comarca de Camaragibe/PE proceder à averbação do divórcio no termo de casamento,
sob o nº 14709, livro B-30, fls. 54. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO
DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 13º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo
de casamento, sob o nº 2456, livro B 10, fls. 086. O casal não tem bens a pagar. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE
AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 08 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Autor: S. J. DA S.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 13º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no
termo de casamento, sob o nº 8823, livro B-40, fls. 1. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente sentença
servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos,
mensalmente, e os prestará em favor da seus filha à razão de 16,75%, para B. V. S. (01.01.2011), de toda a sua remuneração (salário ou pró labore,
horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço constitucional
de férias - este último por liberalidade expressa), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de
Renda. Nessa hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 1.................8, agência 0286-0, BANCO
BRADESCO, em nome da genitora, CPF nº 5.................8, RG nº 3.....................3 SDS/PE, até o quinto dia útil de cada mês, pelo empregador
do divorciando, INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVDORES PUBLICOS DO MUNICIPIO DE JABOATAO DOS GUARARAPES, inscrita
sob o Cnpj nº 04.811.561/0001-21, localizado na Rua Coronel Waldemar Basgal, N° 576, CEP 54.400-170, Piedade. Jaboatão dos Guararapes
- PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. O alimentante é SERVIDOR APOSENTADO, conforme demonstrativo de pagamento
em anexo (INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVDORES PUBLICOS DO MUNICIPIO DE JABOATAO DOS GUARARAPES). Assim, segue
a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião
a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de
taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia
ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.
R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda continuará a usar o nome
de CASADA, devendo o Cartório de Registro Civil do 3º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo
de casamento, sob o nº 335, livro B-2, fls. 34. O casal não tem bens a partilhar. Assim, segue a presente via que serve como MANDADO DE
AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais
e jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem
os artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o
nome de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 10º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
termo de casamento, sob o nº 7449, livro nº B-37, às fls. 49. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente
sentença servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o genitor contribuirá com os
alimentos, mensalmente, e os prestará em favor da sua filha à razão de 25,00% para L. P. DO N. (10/01/2017), de toda a sua remuneração
(salário ou pró-labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias
e terço constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa
hipótese, os alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 0.............-4, agência nº 4052, Banco Santander, em
nome da genitora, W. K. S. P. DO N., CPF nº 0.................8, RG nº 7................8 SDS/PE, até o dia 05 (cinco) útil de cada mês, pelo empregador
do alimentante, CIL - COMERCIO DE INFORMATICA LTDA, CNPJ n.º 24.073.694/0001-55, LOCALIZADO NA RUA JORNALISTA MURILO
MARROQUIM, nº 220, VARZEA, RECIFE - PE, CEP: 50.950-170, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão
do alimentante, o encargo em apreço também incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima
descrita, salário desemprego e saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por liberalidade expressa). Assim, segue
a presente via que serve como MANDADO DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião
a quem for esta decisão apresentada promover as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de
taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia
ao prazo recursal e após a expedição dos expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P.
R. I. Recife (PE), 12 de novembro de 2018. Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
DECIDO, Preliminarmente concedo os benefícios da justiça gratuita. Tenho que o acordo supracitado é lícito e possível, salvaguardando direitos e
interesses dos pactuantes, na medida em que atende ao trinômio: capacidade do alimentante, necessidade dos alimentandos e proporcionalidade.
Convenço-me, diante dos elementos acima aduzidos, de que o pedido encontra respaldo legal e de que as formalidades procedimentais
necessárias foram devidamente observadas. Tenho por dispensada a prova testemunhal do lapso temporal de separação fática, por força da
alteração introduzida pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, publicada no Diário Oficial da União em 14.07.2010. Isto Posto, considerando
satisfeitas as condições legais indispensáveis, HOMOLOGO por sentença o acordo celebrado entre as partes, para que se produzam legais e
jurídicos efeitos, e decreto o Divórcio dos requerentes, dissolvendo-lhes o vínculo matrimonial, tudo em conformidade com o que dispõem os
artigos 487, inciso III, alínea b e 515, inciso III, ambos do CPC, c/c o art. 226, §6° da CF, sendo certo que a divorcianda voltará a usar o nome
de SOLTEIRA, devendo o Cartório de Registro Civil do 5º Distrito Judiciário da Comarca da Capital proceder à averbação do divórcio no termo
de casamento, sob o nº 586, livro B-2, fls. 286. O casal não tem bens a partilhar, nem contas a pagar. Por fim, cópia da presente sentença
servirá como OFÍCIO a ser enviado ao empregador para que efetue o desconto nos seguintes termos: o divorciando contribuirá com os alimentos,
mensalmente, e os prestará em favor do seu filho à razão de 12,90%, para T. E. DE B. DE S. (19.09.2014), de toda a sua remuneração (salário
ou pró labore, horas extras, abonos e gratificações, inclusive a natalina, adicionais, mais o repasse do abono família, se houver, férias e terço
constitucional de férias), excluindo-se, apenas, os descontos obrigatórios referentes a Previdência Social e Imposto de Renda. Nessa hipótese, os
alimentos serão descontados em folha de pagamento e creditados na conta n° 0005..............2, agência 1030, op. 013 Caixa Econômica Federal,
em nome da genitora, CPF nº 1.................08, RG nº 8..................... SDS/PE, até o dia 05 (cinco) de cada mês, pelo empregador do divorciando/
alimentante, Instituto de reintegração e desenvolvimento social, localizado na Av. Visconde de Suassuna, N° 330, Santo Amaro. CEP 50.050-
540, Recife - PE, a fim de que se possa efetuar o referido desconto. Na hipótese de demissão do alimentante, o encargo em apreço também
incidirá, no mesmo percentual, sobre as verbas rescisórias, cujo depósito se dará na conta acima descrita, salário desemprego, exceto saldo do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS (este último por negativa expressa). Assim, segue a presente via que serve como MANDADO
DE AVERBAÇÃO, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Senhor Tabelião a quem for esta decisão apresentada promover
as competentes alterações registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2º da Lei Estadual
nº 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da Justiça. Face à renúncia ao prazo recursal e após a expedição dos
expedientes necessários, certifique-se e arquivem-se os presentes autos com as cautelas de estilo. P. R. I. Recife (PE), 13 de novembro de 2018.
Karina Albuquerque Aragão de Amorim Juíza de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo : 0000742-16.2018.8.17.8127
Ação : ART 140 do CÓDIGO PENAL
QUERELANTE: FABIANA BARBOSA GOMES
QUERELADO: CASSIA KELLY GOMES DOS SANTOS, KELLY GOMES DOS SANTOS, KESSILIN GOMES DOS SANTOS e SILVANA
BATISTA GOMES
O Doutor Edmilson Cruz Júnior, Juiz de Direito deste 3º JECRIM, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a MARCO AURELIO FARIAS , OAB/PE: 24954-D , que neste Juízo de Direito, situado na Rua Jacira, 230 – Afogados, Recife/
PE, onde tramita a Ação Penal nº 0000742-16.2018.8.17.8127 .
Trata-se de procedimento instaurado em face de CASSIA KELLY GOMES DOS SANTOS, KELLY GOMES DOS SANTOS, KESSILIN GOMES
DOS SANTOS e SILVANA BATISTA GOMES, devidamente qualificadas nos autos, a fim de verificar a possível ocorrência, no dia 03.06.18,
do delito previsto no art. 140, do Código Penal Brasileiro – CPB-, afeto à Ação Penal Privada.
Queixa Crime ofertada (f.21/27)
É o relatório. Decido.
Entendo pela intempestividade da queixa crime apresentada, pois.
É sabido por todos os que militam na seara penal que o prazo decadencial para propor a queixa crime tem natureza material. Nesse
diapasão, aplica-se a regra do art.10 do CPB: conta-se o dia do começo e exclui-se o dia do final.
Nesse sentido:
"Sendo este prazo de ordem decadencial, não se interrompe, não se suspende nem se prorroga, contando-se na forma do art. 10 do
CP, incluindo-se o primeiro dia e excluindo-se o do vencimento. Encerrando-se em finais de semana ou feriados, não se dilata para o
primeiro dia útil subsequente" (TÁVORA e ANTONNI, p. 154).
No caso sub examine, constata-se que a ofendida veio a saber da autoria do crime na data 03.06.18 e só intentou a queixa-crime no
dia 03.12.18, ou seja, um dia após o prazo fatal (02.12.18), o que, com efeito, ocasiona o reconhecimento da decadência em razão da
inércia ou da inatividade dos titulares do direito
Isto posto, julgo por sentença EXTINTA A PUNIBILIDADE das quereladas CASSIA KELLY GOMES DOS SANTOS, KELLY GOMES DOS
SANTOS, KESSILIN GOMES DOS SANTOS e SILVANA BATISTA GOMES, qualificadas nos autos, face ao que dispõe o art. 107, inciso
IV, do Código Penal, determinando, por conseguinte, o arquivamento do processo.
Arquive-se o feito depois de feitas as necessárias comunicações e anotações.
Publique-se. Registre-se.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Alexandre José Almeida da Silva, Mat: 181835-0, o digitei e publiquei.
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e acrescida de juros moratórios de 1% ao mês, ambos contados a partir da citação. Considerando a sucumbência recíproca, condeno os réus no
pagamento de 70% das custas processuais e dos honorários de sucumbência, estes fixados em 10% sobre o valor da condenação e condeno
a parte autora no pagamento de 30% das custas processuais. Condeno a autora em honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da
condenação em favor do patrono do corréu habilitado nos autos. Após o trânsito em julgado desta decisão, arquivem-se os autos. Publique-se.
Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Recife/PE, 4 de dezembro de 2018. José Alberto de Barros Freitas Filho Juiz de Direito
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Poder Judiciário
DIRETORIA CÍVEL DO 1º GRAU
AV DESEMBARGADOR GUERRA BARRETO, S/N, FORUM RODOLFO
AURELIANO, ILHA JOANA BEZERRA, RECIFE - PE - CEP: 50080-800
PROCESSO Nº 0019707-87.2018.8.17.2001
AUTOR: LUIZ PAULO DE SOUZA LEAO
RÉ: COESA COMERCIO E ENGENHARIA LTDA - EPP
DESPACHO
R. Hoje;
1. Assino o prazo de dez dias para que junte o Autor certidões emitidas pela Distribuição do Foro acerca de eventuais ações possessórias ajuizadas
em seu nome ou contra sua pessoa nos últimos quinze anos;
2. Sem prejuízo, designo o dia 13 de dezembro de 2018, às 10:00 horas, para ter lugar Audiência de Instrução e Julgamento.
3. Fixo o prazo de 5 (cinco) dias para apresentação do rol de testemunhas, na forma do art. 407 e 450, do CPC 1 [1] .
4. Caberá ao patrono do Demandante intimar as testemunhas por ele arroladas, salvo se houver comprometimento para trazê-las espontaneamente,
tudo na forma do art. 455, §§1º e 2º, do CPC 2 [2] .
5. Intime-se. Cumpra-se.
Recife, 3 de dezembro de 2018.
Dia de São Francisco Xavier.
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Juiz de Direito
Seção B da 1ª Vara Cível da Capital
Processo nº 0017707-17.2018.8.17.2001
AUTOR: CENTRAL DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA
Advogado do AUTOR: LUIZ RICARDO DE CASTRO GUERRA - OAB PE17598
RÉU: SEQUIPE - SERVICO DE QUIMIOTERAPIA DE PERNAMBUCO LTDA
INTIMAÇÃO DE SENTENÇA
"SENTENÇA Vistos, etc... CENTRAL DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA., ingressou com a presente AÇÃO MONITÓRIA contra
SEQUIPE – SERVIÇO DE QUIMIOTERAPIA DE PERNAMBUCO LTDA., alegando que passou a ser credor do demandado da quantia de R$
50.822,95 (Cinquenta mil, oitocentos e vinte e dois reais e noventa e cinco centavos), referente a produtos entregues e não pagos. O demandado,
apesar de regularmente citado, não apresentou embargos monitórios. É o que havia de importante para relatar. Decido. Como o demandado não
apresentou embargos monitórios no prazo legal, deve-se proceder conforme dispõe § 2º do art. 701 do NCPC: “Constituir-se-á de pleno direito o
título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos
no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.” Isto posto, com base no dispositivo supracitado, constituo o
título executivo judicial, convertendo o mandado inicial em mandado executivo, prosseguindo-se o feito na forma prevista para o cumprimento
de sentença. Custas e honorários advocatícios pelo demandado, estes últimos que estipulo em 10% sobre o valor da causa. Após o trânsito em
julgado, dê-se baixa do presente feito, arquivando-o. RECIFE, 26 de novembro de 2018 Juiz(a) de Direito"
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presente decisão de título hábil para a devida inscrição no registro próprio. Diante da ausência de oposição quanto à pretensão autoral, condeno
a parte autora ao pagamento das custas processuais, suspendendo seu pagamento diante da concessão dos benefícios da justiça gratuita. Sem
honorários. Expeça-se o competente Mandado. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Recife,
09 de novembro de 2018.
IASMINA ROCHA
JUÍZA DE DIREITO
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CAPITAL
Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária
Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA
Vistos, etc
RENATA DA SILVA OLIVEIRA EIRELI ME, qualificado nos autos, ingressou com o pedido de ALVARÁ JUDICIAL tendo como finalidade a
AUTORIZAÇÃO PARA CAPTAÇÃO E USO DE IMAGENS dos menores L.B.B. DA S. E L.F. DE S., todos devidamente qualificados nos autos,
para participarem de campanha publicitária/institucional da COMPANHIA HIDROELETRICA DO SÃO FRANCISCO, a qual será veiculada na
região Nordeste pelo período de três meses, em mídia eletrônica/digital na TV aberta, TV fechada, cinema, eventos, elemídia, mídias alternativas
e internet em geral.
A inicial veio instruída com os documentos de fls 05/35.
O Ministério Público ofereceu parecer às fls. 38/39, opinando pelo deferimento do pedido.
Era o que havia para relatar. Decido.
A Constituição Federal Brasileira de 1998, em seu Capítulo V, da Comunicação Social, estabelece no art. 220, § 3º, I: “Art. 220. A manifestação
do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o
disposto nesta Constituição. § 3º Compete à lei federal: I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre
a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada; ”
O art. 149, incisos II, letra “a” da Legislação Federal de nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente c/c art. 3º, I, da Portaria nº 004/2013
determinam que é vedada a participação de criança ou adolescente, acompanhado ou não do responsável, salvo mediante alvará judicial, nos
termos nele estabelecidos em: I- espetáculos públicos teatrais, cinematográficos, televisivos, radiofônicos, anúncios publicitários, apresentações
musicais ou performáticas e congêneres, bem como em seus ensaios.
Trata-se de captação e uso de imagens, a qual será veiculada na internet, redes sociais, TV aberta e fechada, internet, elemidia, tudo
demonstrando não haver qualquer risco a integridade física ou psíquica das crianças envolvidas.
Diante do exposto, nos termos do artigo 149 do ECA c/c artigo 723, parágrafo único do CPC/15, dos princípios da razoabilidade e interesse
público, bem como a interpretação sistemática dos artigos da Portaria 004/2013, desta VRIJ da 1ª Circunscrição, considerando a natureza do
pedido formulado, bem como as precauções que devem ser adotadas quanto o monitoramento das crianças, pela requerente, DEFIRO O PLEITO
DE ALVARÁ nos termos da Portaria n.º 004/2013, da VRIJ 1ª Circunscrição Judiciária de PE, no sentido de permitir a participação das crianças
L.B.B. DA S. E L.F. DE S. todos devidamente qualificados nos autos, na campanha publicitária descrita no requerimento inicial, devendo ser
observada a presença de pelo menos um dos genitores durante os trabalhos de gravação, os quais serão realizados a partir do dia 01/12/2018.
Expeça-se Alvará, fazendo consignar o dever dos genitores ou responsáveis legais acompanharem as crianças durante todo o processo de
captação das imagens.
Sem custas.
Publique-se em segredo de justiça. Registre-se. Intimem-se.
Recife, 27 de novembro de 2018
Anamaria de Farias Borba Lima Silva
Juíza de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA Em que pese o demandado tenha declinado à fl. 1.020 que foi intimado para pagamento do valor remanescente em 05/11/2018 e
que oportunamente apresentaria impugnação, ressalto que o despacho de fl. 989 apenas reiterou a determinação de intimação do mesmo para
pagar, o que já havia sido feito na decisão de fl. 875, não havendo que falar em prazo para impugnar.Tendo o exequente satisfeito o seu crédito,
perde a execução o seu objeto, impondo-se, em consequência, sua extinção. Nos termos do artigo 924, II, do NCPC, julgo extinta a presente
execução.Expeça-se alvará do valor depositado (fl. 1.022) na forma indicada na petição de f. 1.026. P.G.I Após o trânsito, dê-se baixa e arquive-
se.Recife, 05 de dezembro de 2018.Cláudio Malta de Sá Barretto SampaioJuiz de Direitoac
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Considerando o decurso integral do prazo de suspensão requerido pelas partes e concedido pelo Juízo, intime-se a parte autora para, no prazo
de 5 (cinco) dias, informar se houve o cumprimento do acordo. A inércia importará anuência, com o arquivamento definitivo dos autos. Intime-se.
Cumpra-se. Recife, 30 de novembro de 2018. JÚLIO CEZAR SANTOS DA SILVA. Juiz de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO3ª Vara Cível da Comarca da Capital - Recife-PE - SEÇÃO A.Processo nº
0099242-27.2013.8.17.0001SENTENÇA Vistos, etc.LUZINETE MARIA DE CARVALHO ajuizou a presente AÇÃO DE DANOS MATERIAIS E
MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de JOÃO CLAUDIO MARTINS PEREIRA, todos igualmente qualificados nos autos, narrando os
fatos constitutivos de seu direito e juntando documentação pertinente.Em audiência as partes transacionam pondo fim ao litígio e requereram
a homologação da transação em todos os termos de fl. 148. Nestes termos vieram os autos conclusos para deslinde. Consoante legislação
vigente, é lídimo direito das partes transigirem, pondo fim ao conflito de interesses, nos moldes e termos em que admitido na atual fase do
processo. Isso posto, e para que produza os seus jurídicos e legais efeitos, HOMOLOGO POR SENTENÇA, a transação havida entre as partes,
representada pelo Instrumento de fl. 148, motivo pelo qual, com fundamento no artigo 487, III, "b", do NCPC, DECLARO EXTINTO o presente
processo. Custas e honorários nos termos do avençado. P. R. I. e, operando-se o trânsito, certifique-se, promovam-se as baixas, se requerido
substitua-se a documentação que acompanha a inicial por cópia, e, ao final, arquivem-no.Recife, Juiz(a) de DireitoAv. Des. Guerra Barreto, s/
nº - Ilha Joana Bezerra - Recife-PE 2
ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RECIFE - Seção AProcessos nº
0047289-24.2013.8.17.0001SENTENÇA Vistos, etc ... ANA KARINA ROSSITER COSTA, parte devidamente qualificada nos autos em epígrafe,
propôs Ação Ordinária de obrigação de dar cumulada com indenização por danos morais com pedido de tutela antecipada contra ENOTEL
HOTEIS E RESORTS S.A e RCI BRASIL PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INTERCÂMBIO LTDA, igualmente identificados. Sentença proferida
às fls. 338/341, julgando procedente em parte a pretensão inicial deduzida pela autora Antes mesmo do trânsito em julgado da sentença, as
partes acostaram petição de acordo extrajudicial da sentença alhures referida. Destarte, os litigantes requerem a homologação da transação
supramencionada em todos os seus termos, fls. 367/369. É o breve relatório, Decido. Consoante legislação vigente, é lídimo direito as partes
transigirem, pondo fim ao conflito de interesses, nos moldes e termos em que admitido na atual fase do processo. Isso posto, e para que produza
os seus jurídicos e legais efeitos, HOMOLOGO POR SENTENÇA, a transação havida entre as partes, representada pelo Instrumento de fls.
367/369, motivo pelo qual, com fundamento no artigo 487, III, "b", do NCPC, DECLARO EXTINTO o presente processo. Custas e honorários nos
termos do avençado. P. R. I. Após o trânsito em julgado, certifique-se e, ao final, arquive-se. Recife, 29 de novembro de 2018. Juiz(a) de Direito
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Processo nº 0063057-92.2010.8.17.0001Sentença Vistos etc. MANUEL CORREIA NETO E OUTRO, qualificados nos autos, por intermédio de
advogado legalmente constituído, interpôs Embargos de Declaração às fls. 43/45 contra a sentença proferida nos presentes autos, à fl. 37/39,
alegando omissão quanto ao negócio efetivado entre as partes Merfa Empreendimentos de Construções Ltda e o Sr. Manuel Correia Neto. É
o relatório, sucinto. Passo a decidir De proêmio, destaco ser desnecessária a intimação da parte embargada para se manifestar a respeito dos
embargos, uma vez que o §2º do art. 1.023 do CPC dispõe que somente será necessária a intimação em caso de acolhimento que implique a
modificação da decisão embargada, que não é a hipótese dos autos. Pois bem. Os Embargos não merecem prosperar uma vez que não existe
qualquer omissão, contradição ou obscuridade na sentença a necessitar a integração pela via dos Embargos. A sentença é clara em todos os
pontos questionados pela parte embargante. O que se percebe é apenas o inconformismo da parte embargante com a sentença, a qual não
pode ser atacado por meio de embargos. O que pretende a parte embargante é a rediscussão da matéria amplamente apreciada no decisum.
Note-se, por oportuno, que a sentença traz à baila a fundamentação de que a sala comercial 510 objeto dos presentes embargos de terceiro foi
excluída posteriormente da transação, e com o distrato teria ocorrido a transferência a parte embargada (Porto Terra Administração de Imóvel
Ltda.) por meio de novo contrato de promessa de compra e venda, em 30 de março de 2004. Ante o exposto, atento ao que mais dos autos consta
e aos princípios de Direito aplicáveis à espécie, julgo improcedentes os Embargos de Declaração interpostos às fls. 43/45, mantendo inalterada
a sentença constante dos autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Recife, Juiz(a) de Direito2
ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RECIFE - SEÇÃO AProcesso nº
0066487-76.2015.8.17.0001SENTENÇA Vistos, etc. MANOEL AMARO DA SILVA já qualificado nos autos, ajuizou a presente Ação de Habilitação
de Crédito em face da USINA PUMATY S.A., empresa em Recuperação Judicial. Despacho do juízo, à fl. 25, deferindo os benefícios da gratuidade
de justiça e determinando a manifestação da recuperanda sobre a habilitação de crédito, em seguida a intimação do Administrador Judicial
para emitir parecer, por fim, vista ao Ministério Público. Impugnação apresentada às fls. 29/30, parecer do Administrador Judicial às fls. 32/35,
finalmente parecer ministerial à fl. 37. Intimada, por meio do despacho de fl. 39, para sanar as irregularidades processuais, no prazo de 15 (quinze)
dias e emendar a inicial sob pena de indeferimento, nos termos dos arts. 320, 321 e 330 do CPC/15, de modo a: 1) indicar o valor da causa (art.
319, V, do NCPC), e 2) trazer a cópia da CTPS comprovando a data da demissão, a parte autora não atendeu ao determinado, o que foi certificado
à fl. 41. Sendo isto o que importa relatar, decido. Prescreve o artigo 321, parágrafo único, do NCPC, que a petição inicial será indeferida quando
a exordial não preencher os requisitos dos artigos 319 e 320 do NCPC e, intimada a parte autora para emendá-la, não cumpriu a diligência. No
caso vertente a parte autora foi intimada para indicar o valor da causa (art. 319, V, do NCPC) e trazer a cópia da CTPS comprovando a data
da demissão, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de ser decretada a extinção do processo sem julgamento do mérito. O prazo concedido
para a emenda transcorreu sem a manifestação da parte autora, o que foi certificado à fl. 41, fazendo incidir a sanção prevista no dispositivo
legal acima referido. Ressalto, por fim, ser desnecessária, neste caso, a prévia intimação pessoal da parte autora, prevista no artigo 485, § 1º, do
NCPC, por não se tratar das hipóteses elencadas nos incisos II e III do citado artigo. Neste sentido:"PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL
- EXTINÇÃO DO PROCESSO POR INDEFERIMENTO DA INICIAL - DECISÃO FUNDADA NO ARTIGO 267, I, DO CPC - EMENDA À INICIAL
- NÃO CUMPRIMENTO - INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE - DESNECESSIDADE - INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ARTIGO 267, §1º DO
CÓDIGO DE RITOS - AUSÊNCIA DO AVISO DE RECEBIMENTO - SENTENÇA MANTIDA - PROVIMENTO NEGADO AO APELO - DECISÃO
UNÂNIME". (TJPE. 6ª Câmara Cível. Apelação nº 0008611-11.2008.8.17.0810 (219739-9). Rel. Des. José Carlos Patriota Malta. Julgamento
em 14.09.2010)"APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. INDEFERIMENTO DA INICIAL. DETERMINAÇÃO DE
EMENDA NÃO ATENDIDA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AJG DEFERIDA PARA FINS RECURSAIS. Em se tratando
de indeferimento da inicial decorrente do não-atendimento da determinação de emenda, é desnecessária a intimação pessoal da parte. Inteligência
dos arts. 284, parágrafo único, e 267, I, ambos do CPC. Precedentes. APELAÇÃO DESPROVIDA". (Tribunal de Justiça do RS, Quinta Câmara
Cível, Apelação Cível Nº 70049939531, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em 29/08/2012) Posto isso, com fulcro nos artigos 485, inciso
I, e 321, parágrafo único, ambos do CPC/2015, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL E, POR CONSEQUÊNCIA, EXTINGO O PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DETERMINANDO O CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO. Sem custas, ante o deferimento da gratuidade de
justiça. Condeno a parte autora nos honorários advocatícios os quais arbitro em R$ 500,00 (quinhentos reais), ante o trabalho desenvolvido e,
em especial, o indeferimento da exordial, nos exatos termos do art. 85, § 8º do NCPC (em analogia). A execução das custas e dos honorários,
no entanto, ficará sobrestado por cinco anos, até a comprovação de que o beneficiário perdeu a condição de miserabilidade nos termos do art.
12 da Lei 1060/1950. Dê-se ciência ao Administrador Judicial e ao Ministério Público.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Após o trânsito em
julgado, arquivem-se os autos, com baixa.Recife, 29/11/2018 Juiz(a) de Direito
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ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RECIFE - SEÇÃO AProcesso
nº 0062171-20.2015.8.17.0001SENTENÇA Vistos, etc. CICERO BARBOSA DA SILVA já qualificado nos autos, ajuizou a presente Ação de
Habilitação de Crédito em face da USINA PUMATY S/A, empresa em Recuperação Judicial. Despacho juízo de fl. 13, determinando a manifestação
da recuperanda sobre a habilitação de crédito, em seguida a intimação do Administrador para emitir parecer e por fim, vista ao Ministério Público.
Impugnação apresentada às fls. 17/18, parecer do Administrador Judicial às fls. 20/24, finalmente parecer ministerial à fl. 26. Intimada, por meio
do despacho de fl. 39, para sanar as irregularidades processuais, no prazo de 15 (quinze) dias e emendar a inicial sob pena de indeferimento,
nos termos dos arts. 320, 321 e 330 do CPC/15, de modo a: 1) promover o devido recolhimento das custas ou requerer a gratuidade de justiça
e 2) indicar o valor da causa (art. 319, V, do NCPC), a parte autora não atendeu ao determinado, o que foi certificado à fl. 42. Sendo isto o que
importa relatar, decido. Prescreve o artigo 321, parágrafo único, do NCPC, que a petição inicial será indeferida quando a exordial não preencher
os requisitos dos artigos 319 e 320 do NCPC e, intimada a parte autora para emendá-la, não cumpriu a diligência. No caso vertente a parte
autora foi intimada para promover o devido recolhimento das custas ou requerer a gratuidade de justiça e indicar o valor da causa (art. 319, V,
do NCPC), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de ser decretada a extinção do processo sem julgamento do mérito. O prazo concedido para
a emenda transcorreu sem a manifestação da parte autora, o que foi certificado à fl. 42, fazendo incidir a sanção prevista no dispositivo legal
acima referido. Ressalto, por fim, ser desnecessária, neste caso, a prévia intimação pessoal da parte autora, prevista no artigo 485, § 1º, do
NCPC, por não se tratar das hipóteses elencadas nos incisos II e III do citado artigo. Neste sentido:"PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL
- EXTINÇÃO DO PROCESSO POR INDEFERIMENTO DA INICIAL - DECISÃO FUNDADA NO ARTIGO 267, I, DO CPC - EMENDA À INICIAL
- NÃO CUMPRIMENTO - INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE - DESNECESSIDADE - INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ARTIGO 267, §1º DO
CÓDIGO DE RITOS - AUSÊNCIA DO AVISO DE RECEBIMENTO - SENTENÇA MANTIDA - PROVIMENTO NEGADO AO APELO - DECISÃO
UNÂNIME". (TJPE. 6ª Câmara Cível. Apelação nº 0008611-11.2008.8.17.0810 (219739-9). Rel. Des. José Carlos Patriota Malta. Julgamento
em 14.09.2010)"APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. INDEFERIMENTO DA INICIAL. DETERMINAÇÃO DE
EMENDA NÃO ATENDIDA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AJG DEFERIDA PARA FINS RECURSAIS. Em se tratando
de indeferimento da inicial decorrente do não-atendimento da determinação de emenda, é desnecessária a intimação pessoal da parte. Inteligência
dos arts. 284, parágrafo único, e 267, I, ambos do CPC. Precedentes. APELAÇÃO DESPROVIDA". (Tribunal de Justiça do RS, Quinta Câmara
Cível, Apelação Cível Nº 70049939531, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em 29/08/2012) Posto isso, com fulcro nos artigos 485, inciso
I, e 321, parágrafo único, ambos do CPC/2015, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL E, POR CONSEQUÊNCIA, EXTINGO O PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DETERMINANDO O CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO. Custas na forma da lei. Condeno a parte autora nos
honorários advocatícios os quais arbitro em R$ 500,00 (quinhentos reais), ante o trabalho desenvolvido e, em especial, o indeferimento da exordial,
nos exatos termos do art. 85, § 8º do NCPC (em analogia).Dê-se ciência ao Administrador Judicial e ao Ministério Público.Publique-se. Registre-
se. Intimem-se.Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com baixa.Recife, 29/11/2018. Juiz(a) de Direito
ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RECIFE - Seção AProcesso nº
0007226-49.2016.8.17.2001SENTENÇA Vistos e examinados etc... BANCO DO BRASIL S/A, parte legitimamente habilitada, ajuizou a presente
Impugnação de Crédito contra LACOMEX INDÚSTRIA COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO LTDA. - em recuperação judicial, também qualificada,
pleiteando a retificação da relação de credores. Relatados. Passo a decidir. Pois bem. Da análise dos autos verifica-se que a presente ação é
uma reprodução do processo n.º 0046664-19.2015.8.17.0001, ou seja, ação idêntica à presente, ajuizada em 25/08/2015 na nesse juízo, a qual
se encontram os autos conclusos.Inquestionavelmente, este processo padece do vício da litispendência. Tal figura ocorre quando, reproduzindo-
se ação anteriormente ajuizada, repete-se aquela que esteja em curso. Exige-se para sua configuração a tríplice identidade, isto é, que as partes,
a causa de pedir e o pedido sejam os mesmos. Exatamente esta a situação dos autos. Sobre o assunto temos: "A identidade de demandas
que caracteriza a litispendência é a identidade jurídica, quando, idênticos os pedidos, visam ambos o mesmo efeito jurídico." (STJ, 1ª Seção,
MS 1.163-DF-AgRg, DJU 9.3.92, p. 528)." A litispendência, nos termos do art. 485, §3º, do CPC, será conhecida de ofício em qualquer tempo
enquanto não for proferida a sentença de mérito. Em face do exposto, extingo o presente processo sem resolução do mérito, pelo reconhecimento
da litispendência, com fulcro nos artigos 485, inciso V, do Código de Processo Civil/2015. Condeno a parte autora no recolhimento das custas.
Sem condenação em honorários uma vez que não houve citação da parte ré. Dê-se ciência ao Administrador Judicial e ao Ministério Público.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com baixa. Recife, 29 de novembro de 2018 Valéria
Maria Santos Máximo Juíza de Direito 1
ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RECIFE - SEÇÃO AProcesso nº
0144689-38.2013.8.17.0001SENTENÇA Vistos, etc. CÍCERO HILÁRIO DA SILVA já qualificado nos autos, ajuizou a presente Ação de Habilitação
de Crédito em face AGROPECUARIA PIRANGI LTDA., empresa em Recuperação Judicial. Intimada, por meio do despacho de fl. 05, para sanar
as irregularidades processuais, no prazo de 15 (quinze) dias e emendar a inicial sob pena de indeferimento, nos termos dos arts. 320, 321 e 330
do CPC/15, no sentido de: 1) regularizar a representação processual (procuração); 2) indicar o fato e os fundamentos jurídicos do pedido (art.
319, III, do NCPC), com a prestação de esclarecimentos sobre o seu crédito; 3) indicar o valor da causa (art. 319, V, do NCPC); 4) acostar cópia
do documento de identidade, da CTPS comprovando a data de demissão da empresa Recuperanda e do comprovante de residência do Autor; e,
5) finalmente promover o devido recolhimento das custas processuais, a parte autora não atendeu ao determinado, o que foi certificado à fl. 07.
Sendo isto o que importa relatar, decido. Prescreve o artigo 321, parágrafo único, do NCPC, que a petição inicial será indeferida quando a exordial
não preencher os requisitos dos artigos 319 e 320 do NCPC e, intimada a parte autora para emendá-la, não cumpriu a diligência. No caso vertente
a parte autora foi intimada para regularizar a representação processual (procuração), indicar o fato e os fundamentos jurídicos do pedido (art. 319,
III, do NCPC), com a prestação de esclarecimentos sobre o seu crédito, indicar o valor da causa (art. 319, V, do NCPC), acostar cópia do documento
de identidade, da CTPS comprovando a data de demissão da empresa Recuperanda e do comprovante de residência do Autor; e, promover o
devido recolhimento das custas processuais, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de ser decretada a extinção do processo sem julgamento
do mérito. O prazo concedido para a emenda transcorreu sem a manifestação da parte autora, o que foi certificado à fl. 07, fazendo incidir a
sanção prevista no dispositivo legal acima referido. Ressalto, por fim, ser desnecessária, neste caso, a prévia intimação pessoal da parte autora,
prevista no artigo 485, § 1º, do NCPC, por não se tratar das hipóteses elencadas nos incisos II e III do citado artigo. Neste sentido:"PROCESSUAL
CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - EXTINÇÃO DO PROCESSO POR INDEFERIMENTO DA INICIAL - DECISÃO FUNDADA NO ARTIGO 267, I,
DO CPC - EMENDA À INICIAL - NÃO CUMPRIMENTO - INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE - DESNECESSIDADE - INEXISTÊNCIA DE
AFRONTA AO ARTIGO 267, §1º DO CÓDIGO DE RITOS - AUSÊNCIA DO AVISO DE RECEBIMENTO - SENTENÇA MANTIDA - PROVIMENTO
NEGADO AO APELO - DECISÃO UNÂNIME". (TJPE. 6ª Câmara Cível. Apelação nº 0008611-11.2008.8.17.0810 (219739-9). Rel. Des. José
Carlos Patriota Malta. Julgamento em 14.09.2010)"APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. INDEFERIMENTO DA
INICIAL. DETERMINAÇÃO DE EMENDA NÃO ATENDIDA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AJG DEFERIDA PARA
FINS RECURSAIS. Em se tratando de indeferimento da inicial decorrente do não-atendimento da determinação de emenda, é desnecessária
a intimação pessoal da parte. Inteligência dos arts. 284, parágrafo único, e 267, I, ambos do CPC. Precedentes. APELAÇÃO DESPROVIDA".
(Tribunal de Justiça do RS, Quinta Câmara Cível, Apelação Cível Nº 70049939531, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em 29/08/2012) Posto
isso, com fulcro nos artigos 485, inciso I, e 321, parágrafo único, ambos do CPC/2015, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL E, POR CONSEQUÊNCIA,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DETERMINANDO O CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO. Custas na forma da lei.
Sem honorários, haja vista a ausência de intervenção da parte Ré no feito.Dê-se ciência ao Administrador Judicial e ao Ministério Público.Publique-
se. Registre-se. Intimem-se.Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com baixa.Recife, 29/11/2018 Juiz(a) de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
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natureza jurídica de sentença, o pronunciamento jurisdicional de fl. 64 fora lançado no sistema Judwin como despacho. Acerca da natureza
jurídica da decisão que converte o mandado monitório em título executivo judicial, colaciono os precedentes abaixo:RECURSO ESPECIAL -
AÇÃO MONITÓRIA - INÉRCIA DO RÉU - DECISÃO QUE CONVERTE O MANDADO INICIAL EM EXECUTIVO - NATUREZA JURÍDICA DE
SENTENÇA - COBRANÇA, NA EXECUÇÃO, DE ENCARGOS PREVISTOS NO CONTRATO - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO. 1.
Tem natureza jurídica de sentença a decisão que constitui o mandado monitório em título executivo judicial. 2. A decisão que constitui, de pleno
direito, o título executivo judicial, convertendo o mandado inicial em executivo, não confere executividade ao documento apresentado na inicial da
monitória; ao revés, ela reconhece que é devida a obrigação nele subscrita e na forma com que fora apresentado na inicial da monitória (quantum),
constituindo título executivo judicial. 3. Recurso improvido (STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1120051 PA 2009/0015887-3).APELAÇÃO CÍVEL.
ENSINO PARTICULAR. DECISÃO QUE CONVERTE MANDADO MONITÓRIO EM MANDADO EXECUTIVO POSSUI NATUREZA JURÍDICA DE
SENTENÇA. AÇÃO MONITÓRIA NÃO EMBARGADA. FIXAÇÃO DE CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO.
APELO PROVIDO. UNANIME (Apelação Cível Nº 70032437220, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Léo Romi Pilau Júnior,
Julgado em 16/02/2012). Ante o exposto, chamo o feito a ordem para determinar que a decisão seja novamente lançada no sistema Judwin como
sentença. Cumpra-se. Publique-se. Recife, 21 de novembro de 2018. Carlos Eugênio de Castro Montenegro - Juiz de Direito
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jurisdicional de qualidade", ou seja, deve ele estimular o contraditório, para que se torne efetivo e concreto. Deve suprir as deficiências dos
litigantes para superar as desigualdades e favorecer a par conditio. E não pode satisfazer-se com a plena disponibilidade das partes em matéria
de prova. Nessa visão, é inaceitável que o Juiz aplique normas de Direito Substancial sobre fatos não suficientes demonstrados. O resultado da
prova é, na maioria dos casos, fator decisivo para conclusão última do Processo. Por isso, deve o Juiz assumir posição ativa na fase instrutória,
não se limitando a analisar os elementos fornecidos pelas partes, mas determinando sua produção sempre que necessário. Ninguém melhor que
o Juiz, a quem o julgamento está afeto, para decidir se as provas trazidas são suficientes para formação de seu convencimento, mas se entender
insuficientes, o julgador deve tentar descobrir a verdade, embora a verdade e a certeza sejam conceitos absolutos, dificilmente atingíveis, mas é
imprescindível que o Magistrado alcance o maior grau de probabilidade possível. Quanto maior sua iniciativa na atividade instrutória, mais perto da
certeza ele chegará. Ele deve tentar descobrir a verdade e, por isso, a atuação dos litigantes não pode servir de empecilho à iniciativa instrutória
oficial. Diante da omissão da parte, e se entender insuficiente a prova, o Magistrado deverá determinar a produção de outras provas, como por
exemplo, ouvir testemunhas não arroladas no momento adequado, para atingir a mais próxima verdade real, tão preconizada nos Processos.
Reza, pois, o art. 370 do CPC, in verbis: Art. 370. Caberá ao juiz, de Ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento de mérito. O caso vertente insere-se nesta parte deste dispositivo legal, ou seja, nas diligências para suprir falta no quadro probatório
que pode prejudicar o esclarecimento da verdade. Assim, pelas razões acima narradas, mostra-se por demais importante que os autos baixem
em diligência, a fim de que: 1- A Demandante providencie os devidos comprovantes de pagamentos de locação após a data de expiração do
contrato locatício juntados aos autos; 2- Intimem-se as partes deste despacho; 3- Com a juntada dos dados, dê-se ciência mais uma vez aos
ilustres advogados das partes. Recife, 21 de novembro de 2018. Carlos Eugênio de Castro Montenegro - Juiz de Direito
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Normativa nº 13, de 25 de maio de 2016, do TJPE, publicada no Diário de Justiça Eletrônico nº 98/2016 em 27/05/2016; Caso o credor deseje dar
início à fase de cumprimento/execução de sentença, deverá fazê-lo por meio do Sistema PJE (artigo 1º, §1º, da Instrução Normativa nº 13/2016),
observando o disposto no artigo 2º da referida instrução; Após o protocolamento previsto no artigo 2º, o advogado da parte credora tem o prazo
de 5 (cinco) dias para peticionar no processo físico, em que foi prolatada a sentença, juntando o comprovante de protocolo eletrônico do pedido
de cumprimento/execução (artigo 3º); Decorrido o prazo de impugnação ao cumprimento de sentença nos termos do artigo 525 do Código de
Processo Civil, o processo físico será arquivado no Sistema Judwin e remetido ao Arquivo Geral (artigo 5º). Na hipótese de silêncio das partes,
arquivem-se os autos.Recife, 04 de dezembro de 2018.Valdemiro Rodrigues da SilvaChefe de Secretaria
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abaixo relacionados:
Parte dispositiva
Passo a decidir.
Infere-se dos autos que o débito executável foi satisfeito, revelando-se em conformidade com os termos da sentença exequenda. Nesse contexto,
alternativa não há ao Juízo senão deliberar no sentido de determinar a adjudicação dos valores bloqueados e julgar extinta a fase executiva
do processo.
O artigo 904, II do Novel Código de Processo Civil, prevê a possibilidade acima referenciada, ao prescrever que o pagamento ao credor poderá
ser feito pela adjudicação dos bens penhorados. Ainda tratando da matéria, o artigo 905 do mesmo Diploma disciplina que o Juiz autorizará ao
credor levantar os montantes depositados ou penhorados, até a satisfação integral de seu crédito. Nessa diretiva é a lição de Luiz Guilherme
MARINONI e Daniel MITIDIERO, ao afirmarem que: "Poderá o exequente levantar o dinheiro depositado a título de penhora ou o produto da
alienação do bem penhorado quando a execução foi movida só em seu benefício e não houver sobre os bens alienados qualquer outro privilégio
ou preferência, instituído anteriormente à penhora (art. 709). (...) A expedição de alvará para 'entrega do dinheiro' constitui um ato processual
integrado ao processo de execução, na sua derradeira fase, a do pagamento. (...) Estando (o credor) totalmente satisfeito, dar-se-á a extinção
da execução (artigos 794, inciso I, e 795, ambos do CPC)". (In: Código de Processo Civil. Comentado artigo por artigo. São Paulo: Revista dos
Tribunais, p. 683, 2008).
Por estes fundamentos, nos termos dos artigos 904, inciso II, 905 e 924, inciso II, combinado com o artigo 925, todos do nosso Diploma de Ritos,
julgo extinta a presente execução, tendo em vista a total satisfação da obrigação. Custas pelo exequente. P.R.I. Observadas as cautelas legais.
Certificado o trânsito em julgado, expeça-se alvará, em favor do exequente LUNA & GUARDIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS. Em seguida
remeta-se o Processo ao arquivo, após as anotações de praxe. Recife, 12 de novembro de 2017.
Dario Rodrigues Leite de Oliveira
Juiz de Direito
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processos abaixo relacionados:
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DESPACHO R.H. Analisando os autos, observo que a parte demandada interpôs recurso de apelação da sentença retro, sendo necessária a
intimação do apelado para apresentação das contrarrazões, em face das diligências determinadas nos parágrafos do artigo 1.010 do NCPC.
Assim, em atenção a expressa previsão do parágrafo primeiro do citado artigo, intime-se a demandante para apresentação das contrarrazões,
no prazo de 15 (quinze) dias. Após, em obediência ao parágrafo terceiro do citado artigo, com ou sem apresentação de contrarrazões, remetam-
se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, com urgência. Intime-se. Cumpra-se.Recife, 26 de novembro de 2018 LUZICLEIDE
MARIA MUNIZ VASCONCELOS Juíza de Direito da 15ª vara Cível Seção A
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EDITAL DE CITAÇÃO
O Doutor Fernando Jorge Ribeiro Raposo, Juiz de Direito desta 16º Vara Cível da Capital-Seção B, FAZ SABER aos que o presente
edital vierem ou dele notícia tiverem, CITA em especial, os eventuais interessados ausentes, incertos e desconhecidos para integrar a
relação processual de AÇÃO DE USUCAPIÃO, feito nº 0000293-02.2012.8.17.0001 , proposta por ANTÔNIO DE SOUZA LEÃO MEDEIROS,
CPF 281.923.974-91, RG 124036-SSP-PE , em face do Espólio de Joaquim Martins Fornellos Filho. OBJETO: “ Casa de nº 95, situada à Rua
Figueiroa Farias, Torre, Recife-PE, composta por uma sala, três quartos, uma cozinha, um banheiro, um terraço e uma garagem”. Assim,
ficam todos CITADOS para integrarem a relação processual, tendo o presente edital o prazo de trinta (30) dias, tudo nos termos do art.257 e
259 do CPC/2015.Advertência: Não sendo contestada a ação no prazo legal, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo
Autor da petição inicial. Se rá nomeado curador especial em caso de revelia.
Sucinta Descrição da Causa de Pedir e do Pedido: Trata-se de Ação de Usucapião promovida por Antônio de Souza Leão Medeiros, CPF
281.923.974-91, em que o autor pleiteia o domínio do imóvel descrito acima, requerendo ainda a decretação do procedência do pedido e a
consequente expedição de Mandado de Registro no Cartório de Registro de Imóveis, tendo o valor da causa o montante de R$ 10.000,00(dez
mil reais) E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Silvio Mucio de Macedo Filho, o digitei e submeti à conferência
e subscrição da Chefia de Secretaria.
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processos abaixo relacionados:
ATO ORDINATÓRIO : ntimação das partes para manifestarem-se sobre o retorno dos autos da 2ª instânciaProcesso nº
0007957-84.2012.8.17.0001Ação de Procedimento ordinário Em cumprimento ao disposto no Provimento do Conselho da Magistratura do Tribunal
de Justiça de Pernambuco nº 08/2009, publicado no DOPJ de 09/06/2009, e nos termos do art. 203, § 4º do CPC de 2015, intime-se as partes
para manifestar-se sobre o retorno dos autos da 2ª Instância, no prazo de 10 (dez) dias, o qual, decorrido sem que nada seja requerido,
ensejará o arquivamento do processo, inclusive com baixa na distribuição, ressalvado o direito de qualquer das partes interessadas requerer
o seu desarquivamento. Ressalte-se ainda, que eventual pedido de cumprimento de sentença deverá ser processado no Sistema Processo
Judicial Eletrônico -PJE, conforme o art. 1º da Instrução Normativa nº 13/2016, do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco. Recife (PE),
30/11/2018.Nathalia Alencar AmorimChefe de Secretaria Adjunta
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ATO ORDINATÓRIO: I ntimação das partes para manifestarem-se sobre o retorno dos autos da 2ª instânciaProcesso nº
0092271-89.2014.8.17.0001Ação de Procedimento ordinário Em cumprimento ao disposto no Provimento do Conselho da Magistratura do Tribunal
de Justiça de Pernambuco nº 08/2009, publicado no DOPJ de 09/06/2009, e nos termos do art. 203, § 4º do CPC de 2015, intime-se as partes
para, no prazo de 10(dez) dias, manifestar-se sobre o retorno dos autos da 2ª Instância. Recife (PE), 04/12/2018.Niedja Maria Monteiro da
RochaChefe de Secretaria
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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SENTENÇA nº............./2018Condomínio do Edf. Evazco promoveu o cumprimento da sentença de f. 112-113 perseguindo o crédito cujo valor
original apurado em 01º de julho de 2012, a teor da petição de f. 118-119 e cálculos a ela anexos, remontava a R$ 172.533,34.A devedora
impugnou os cálculos do credor e sendo encaminhado o caso a perícia contábil, a contadoria do juízo calculou o débito, com as devidas correções
e incidências legais, para abril deste ano de 2018, em R$ 875.780,31 (oitocentos e setenta e cinco mil, setecentos e oitenta reais e trinta e um
centavos).Instadas as partes a se manifestarem acerca do cálculo, silenciaram, pelo que em seguida este juízo rejeitou a impugnação da devedora
(f. 286) e ordenou o bloqueio e consequente penhora eletrônica da quantia apontada, que veio a ser transferida para conta judicial. Ocorreu,
no entanto, de sobrevir aos autos a petição de f. 297-300 constando acordo entre as partes, lançando este juízo sentença homologatória à f.
302.Contudo este juízo observou a falta de poderes expressos para transigir ao advogado do credor, que por isso veio aos autos atravessar petição
contendo instrumento procuratório em cópia autêntica assinado pela síndica, representante legal do Condomínio, desta feita inserindo poderes
expressos para o advogado transigir (f. 309), mais ata de posse de f. 319.Consta petição de f. 359-361 da devedora impugnando o bloqueio de
valores mediante penhora eletrônica, pedindo seja declarado cumprido este procedimento de cumprimento de sentença para levantamento da
penhora eletrônica de ativos. Sobreveio aos autos, ainda, petição de condôminos acusando irregularidades na concessão de poderes ao advogado
do condomínio credor, cf. f. 366 e seguintes .Vieram conclusos. Cumpre decidir. De logo noto que o ato de homologação de f. 302 não foi ainda
publicado, registrado e dele intimadas as partes. A petição de impugnação do bloqueio de ativos atravessada pela devedora se limitou a contestar
os cálculos, mas não a indisponibilidade em si dos valores, como lhe era devido proceder, na conformidade do disposto no art. 854, § 3º, itens I
e II, do NCPC. Doutra parte, a devedora também alega a existência de débitos do condomínio credor, devido aos quais lhe caberia compensá-
los do débito destes autos, a ponto de não haver mais o que dela ser cobrado. Ora, se há débito do ora credor com a companhia devedora,
cabe a esta promover a competente ação de cobrança, permitindo ao condomínio ora credor o contraditório. Então, como não veio alegar serem
impenhoráveis as quantias que lhe foram indisponibilizadas, nem alega remanescer indisponibilidade excessiva de ativos, rejeito o requerimento
para que seja declarada satisfeita a obrigação e de consequência denego o levantamento da penhora eletrônica dos seus ativos financeiros.
Quanto à homologação da transação atravessada nas f. 297-300, tenho que embora a petição e o respectivo acordo se nos apresentam datados
de 22 de março de 2018, embora protocolados em 26.11.2018, essa discrepância de data não é capaz, por si só, de eivar de nulidade o ato,
podendo ser tratada apenas como mero erro de digitação, prevalecendo a data do protocolamento. Contudo, em que pese a procuração assinada
pela síndica do credor em cópia autêntica de f. 309, conferir poderes ao seu advogado, o dr. Paulo Roberto Coelho Lócio, para transigir, observo
que por haver no bojo do acordo confissões de dívida por parte do condomínio credor, carece o aludido instrumento procuratório de poderes
especiais e expressos para confessar os tais débitos, que ensejariam compensações a favor da devedora, violando assim o disposto no art. 661,
§ 1º, do Código Civil. Portanto, não havendo atribuição especial e expressa desse poder de confessar dívida conferida ao advogado subscritor da
petição conjunta de transação entre as partes, reputo nulo o ato negocial, sem prejuízo de que as partes, oportunamente, atravessem outro acordo
com a observância das devidas formalidades legais, para homologação do negócio. Consequentemente, como ao ato negocial faltou requisito de
validade, ao ato sentencial de sua homologação lhe faltam condições para gerar seus efeitos, até porque não publicado, registrado e nem dele
intimadas as partes pelo diário oficial eletrônico, de modo que o revogo. E, por não haver mais o que enfrentar, dada a satisfação da obrigação,
com apoio na regra do art. 924, item II, do NCPC, declaro extinto este procedimento e consequente execução. Certifique a secretaria se a decisão
denegatória da impugnação aos cálculos de f. 286 transitou em julgado; e, se transitou, expeça-se de logo alvará para liberação da quantia de
R$ 875.780,31 (oitocentos e setenta e cinco mil, setecentos e oitenta reais e trinta e um centavos) e acréscimos legais existentes, a favor do
condomínio credor, autorizada a expedição de segundo alvará para levantamento do quinhão correspondente aos honorários advocatícios, caso
solicitado. Fica expressamente revogada a ordem expedição de alvarás na forma do despacho de f. 321.Passando em julgado esta sentença,
arquive-se com baixa. Custas remanescentes, se houver, pela devedora. P. R. I .Recife, 05 de dezembro de 2018.ARNALDO SPERA FERREIRA
JR. juiz de direito
Décima Oitava Vara Cível da Capital - SEÇÃO A
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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RECIFE 04/12/2018
JEFFERSON FELIX DE MELO
JUIZ DE DIREITO
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Vistos etc.Ludmila Marja de Siqueira, qualificada nos autos, com advogado constituído, ingressa em juízo com a presente Ação de Usucapião,
fundamentados no artigo 1.238, do Código Civil, alegando em síntese estreita que é legítima possuidora do imóvel localizado na Rua Abraham
Lincoln nº 55, Bairro do Parnamirim, Recife-PE, há aproximadamente 18 anos, posse exercida de modo pacífico, sem interrupção, nem oposição
ali residindo como sua moradia desde o ano de 1996, e que não possui outro imóvel. Apresenta dimensão do imóvel de 419,00 m2, apresentando
planta e memorial descritivo do imóvel, certidão de inexistência de ônus afirmando que durante 18 anos de posse ininterrupta, com animus
domini , mansa e pacífica; que o imóvel é registrado em nome de Alberto Booth, inglês, que falecera em 1993, não deixando herdeiros, embora
fez testamento público, deixando o imóvel para a esposa, que inclusive faleceu antes do mesmo, não havendo indicação de possíveis herdeiros.
Indica confinantes, invocando o disposto no artigo 1.238, do CC, formula pedido de procedência do pedido. Inicial é instruída com documentos
de fls. 09-78, formulou pedido da gratuidade, deferida. Citação por edital do proprietário de registro Espólio de Alberto Booth, fls. 97, intimadas
as Fazendas Públicas Municipal, Estadual e Federal, com manifestações por ausência de interesse fls. 108, 109-110 e 125-126. Citação dos
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confiantes, fls. 113, 152, 149 e 163/164.Audiência de instrução e julgamento, fls. 208, nomeação de curador especial ao proprietário do registro, fls.
213. Feito convertido em diligência, para citação por edital de terceiro interessado, fls. 221, a quem foi nomeado curador especial, que no exercício
do múnus formula pedido de nulidade da citação, argumentando que não foram esgotados os meios para citação pessoal. Conclusos, relatei,
decido. É o que tinha para relatar, passo a decidir. Busca Ludmila Marja de Siqueira, a aquisição do imóvel urbano descrito na inicial, localizado
na Rua Abraham Lincoln nº 55, Bairro de Parnamirim - Recife-PE, com as dimensões e confrontações constantes da inicial e na planta baixa do
imóvel, fls. 85, modo originário de aquisição da propriedade pelo decurso do tempo, invocando o disposto no artigo 1.238, do Código Civil. Em sua
argumentação na peça inaugural afirma a promovente que exerce de forma legítima a posse do imóvel há 18 ( dezoito ) anos, de forma mansa
pacífica e ininterrupta, ali residindo desde o ano de 1996, fazendo ali sua moradia habitual, não possuindo outro imóvel. Destaca que em pesquisa
junto ao cartório de imóveis onde está registrado o bem, este foi adquirido por Alberto Booth, de nacionalidade inglesa no ano de 1967 e falecera
no ano de 1993, sem deixar herdeiros necessários, entretanto noticia a existência de testamento público, deixado por Alberto Booth em favor
de sua esposa Lair Andrade Booth, que falecera antes do testador. Antes de analisar a questão meritória, impõe-se conhecer de uma questão
incidental levantada na defesa do Curador Especial, no exercício do múnus da defesa de do terceiro interessado Ralph Collin Leça. Suscita o
Defensor Público a nulidade da citação por edital do terceiro interessado porque não foram esgotados os meios para citação pessoal, de modo a
garantir o contraditório e a ampla defesa. No caso dos autos sabido que a citação por edital, somente se justifica após esgotados os meios para
citação pessoal, é esse a dicção do §3º, do inciso III, do artigo 256, do CPC, transcrito nas alegações do Defensor Público no exercício do múnus
da defesa: "O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisições
pelo juízo de informações sobre o seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos". A citação por
edital neste caso dera-se este juízo converter em diligencia do feito após audiência de instrução e julgamento, ao perceber que o imóvel objeto
da usucapião registrado em nome de Alberto Booth, de naturalidade inglesa deixara em Testamento Público, datado de 22.04.1977, juntado pela
Autora aos autos, nomeando como beneficiária de seus bens a esposa Lair Andrade Booth, e esta, por sua vez também em Testamento Público,
datado de 25.04.1977, destina como beneficiário de todos seus bens o esposo Alberto Booth, e ambos em seus respectivos testamentos, destinam
como segundo beneficiário de seus bens o terceiro Ralph Collin Leça, indicando como endereço a Rua da Hora, 519, Edf. Diplomata, identificado
com o CPF nº "000.372.064", número incompleto que impossibilitou, inclusive ao poder judiciário realizar pesquisas nos sistemas "Infojud" e
"Bacenjud". A parte Autora, intimada para diligenciar o endereço atual do terceiro segundo beneficiário do bem, informa saber que esse beneficiário
era alguém próximo do local de trabalho do de cujus Alberto Booth, que inclusive teria falecido antes dos testadores, embora não apresente
certidão nesse sentido, mas essa ausência de indicação do endereço atualizado do beneficiário permitiu a publicação de edital de citação, com
nomeação de curador especial, garantindo, assim, o contraditório e ampla defesa, esta demonstrada na resistência ao pedido, especialmente
no questionamento quando a validade do ato citatório levantada por seu Defensor Público, fls. 233-235. Entretanto, a despeito da citação por
edital dessa terceira pessoa Ralph Collin Leça, com nomeação de curadoria especial, registro ser prescindível e citação por edital no caso em
desmonte, providência determinada por este juízo como dever de cautela, exatamente porque a ação foi proposta quando vigente o código de
1973, que exigia-se a citação por edital, sem a necessária "diligência para localização dos endereços" de eventuais terceiros interessados, réus
em lugar incerto e não sabido nas ações de usucapião, exigências hoje observadas em razão do disposto na norma infraconstitucional Lei 6.969,
de 10.12.1981, que dispõe sobre a aquisição, por usucapião especial, de imóveis rurais, artigo 5º, § 2º, recepcionado no texto constitucional
artigos 182 e seguintes, contemplando imóveis urbanos. Neste caso, foi promovida a citação por edital do proprietário registral Alberto Booth,
às fls. 97, bem como dos eventuais interessados, ausentes e réus incertos e desconhecidos, exigência do artigo 232, do então vigente Código
de Processo Civil de 1973, e não obstante ausência de correspondência no Código de Processo Civil vigente, remanesce no sistema, também
em atenção ao disposto na já citada Lei nº 6.969/1081. Pois bem! Naquele ato citatório, já se contempla o terceiro interessado Ralph Collin Leça
como "eventual interessado", e assim como réus em lugar incerto e não sabido, sem a necessária nomeação de curador especial, como ocorre
na citação por edital do proprietário registral identificado. O conhecimento do terceiro Ralph Collin Leça, nomeado como segundo beneficiário,
quer de Alberto Booth e sua esposa Lair de Andrade Booth, nos testamentos públicos ambos os cônjuges levou este magistrado a determinar
a citação do mesmo, como interessado na demanda de usucapião do imóvel que comporia o conjunto dos bens, dentre outros eventualmente
tenham existido, mas deles não se tem notícias, cabendo a Autora diligenciar inicialmente o seu endereço atualizado, e, ante a informação de
desconhecer foi realizada a citação por edital, como terceiro interessado, já se observando a destinação no edital anterior, entretanto desta feita
com nomeação de curador especial. Assim, não havendo previsão legal para necessidade de citação pessoal ( o que se buscou nestes autos ),
dos terceiros interessados, nessa hipótese se insere o senhor Ralph Collin Leça, indicado nos testamentos públicos de Alberto Booth e Lair
de Andrade Booth, respectivamente de 22 e 25 de abril de 1977, a citação por edital a ele direcionada, e a nomeação de curador especial, o
exercício de suas funções protetivas, garanti-lhe a ampla defesa e o contraditório. Afasto, desse modo a questão prejudicial de nulidade de citação
do terceiro interessado arguida por Defensor Público, curador especial nomeado. Passo a enfrentar o mérito da pretensão aquisitiva do imóvel
descrito nos autos. Estabelece o artigo 1238, do Código Civil, com correspondência no artigo 550, do Código Civil de 1916, que: "Aquele que, por
quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquiri-lhe a propriedade, independente de titulo e boa-fé; podendo
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de titulo para o registro no Cartório de Registro de Imóveis". O prazo estabelecido
no artigo supracitado é reduzido para dez anos, quando houver o possuidor estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, é a previsão do
parágrafo único do dispositivo legal, que diz:"O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no
imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo". São, pois requisitos básicos para adquirir-se o imóvel
pela usucapião: posse e tempo. A Autora evidencia com documentos que trouxe aos autos, exercer de fato a posse sobre o imóvel desde o
ano de 1997, quando faz prova de que realiza pagamentos de contas de consumo de água e esgoto junto à Companhia Pernambucana de
Saneamento-COMPESA, como a fatura do imóvel que deseja usucapir registradas em seu nome, vencimento em 11.04.1999 ( fls. 71) assim como
o pagamento cujas faturas de energia elétrica junto à CELPE, fatura também registrada em seu nome com data de vencimento de 06.08.2003;
declaração do Imposto de Renda, exercício ano 2012, indicando como endereço a Rua Abrahm Lincoln, 55, Bairro da Imbiribeira-Recife-PE ( fls.
22-28) e comprovantes de pagamentos do Imposto Predial Territorial Urbano -IPTU, desde o ano de 1997, muito embora com registro na edilidade
municipal em nome do de cujus Alberto Booth, proprietário registral. A usucapião é modo originário de aquisição da propriedade e de outros
direitos reais, em razão do uso prolongado sobre a coisa, acrescida de demais requisitos legais. No caso dos autos, resta evidenciada a posse
mansa e pacífica com animus domini da Requerente, por tempo superior ao exigido pelo ordenamento jurídico para aquisição da propriedade
pela usucapião ordinária, quando somada à posse do genitor. A testemunha ouvida em juízo, identificou a autora como moradora do imóvel
cuja aquisição é perseguida, como moradora do imóvel há 21 anos, com sua família, de modo ininterrupto e sem oposição. Os confinantes não
opuseram resistência à pretensão autoral. As Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal, todas intimadas não manifestaram interesse,
informando que a área não lhes pertence. A autora juntou aos autos certidão narrativa do imóvel, nela constando o proprietário registral, além
de testamentos públicos com eles os cônjuges Alberto Booth e Lair de Andrade Booth, elegem com um ao outro como beneficiário de todos
seus bens, e ao terceiro Ralph Collin Leça como segundo beneficiário, garantido ao espolio do proprietário registral o direito de defesa com
nomeação de curador especial Defensora Pública com exercício do múnus ( fls. 213214) como também ao terceiro interessado, cujo Defensor
Público no exercício da defesa se manifesta às fls. 233-235. Foram observados o contraditório de terceiros eventualmente existentes e réus
desconhecidos com publicação de edital de citação. Posto isso, considerando as provas dos autos, julgo procedente o pedido contido na presente
ação de usucapião, declarando o domínio da promovente Ludmila Marja de Siqueira sobre o imóvel localizado na Rua Abraham Lincoln, 55,
Bairro de Parnamirim - Recife-PE, com as dimensões e confrontações constantes da inicial e na planta baixa, tudo consoante os preceitos dos
artigos 1.238 e seguintes do Código Civil, extinguindo o processo, resolvendo o mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC. Servirá a presente
sentença, após o trânsito em julgado, de título para matrícula no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição respectiva.Sem custas porque
a autora é beneficiária da Justiça Gratuita, pedido formulado na inicial, que defiro nos termos do artigo 98, seguinte do CPC.Após o transito em
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julgado, expeça-se mandado para registro, no Registro de Imóveis respectivo, nos termos da Lei 6.015/73 e o Código de Normas dos Serviços
Notariais e de Registro do Estado de Pernambuco. Em que pese a intimação ao interessado por edital, determino que seja expedido mandado
de intimação da sentença, dando conta do julgamento de presenta ação, direcionada ao endereço constante do testamento Rua da Hora, 519,
Edifício Diplomata, Aptº 306, Recife-PE, em nome do terceiro interessado Ralph Collin Leça. Publique-se. Intime-se. Registre-se. Recife, 03 de
dezembro de 2018 Nehemias de Moura TenórioJuiz de Direito
Vistos, etc. ROGÉRIO NEVES BAPTISTA e MARIA RITA DE SÁ LEITÃO promoveram a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE CHAVES, em
face de SAO JORGE VEICULOS LTDA ME, alegando, em síntese, que firmaram, em 30/03/2011, com o ora demandado, contrato de locação
residencial, com prazo de 12 meses, cujo objeto é o apartamento de nº 1002 do Edf. Saint Bernard, situado na Rua Teles Júnior nº 105, Bairro
do Espinheiro, conforme contrato de locação anexado (fls. 06/09 e id nº 7340912). Afirmam que, nada obstante ter sido a Requerida comunicada
acerca do interesse dos Autores em pôr fim a relação locatícia, bem como da desocupação do imóvel em 31/05/2015, nos termos da Lei nº
8245/91, por meio de notificação extrajudicial (fls. 10), através do porteiro do Edifício - Sr. Rutênio Pedro dos Santos -, esta recusa-se a formalizar
a extinção do contrato de locação para fins residenciais, negando-se a receber as chaves da referida unidade residencial, sob a justificativa
de inadimplemento do aluguel referente ao mês de junho de 2015. Destarte, requerem a consignação em juízo das chaves do apartamento
de nº 1002 do Edf. Saint Bernard, situado na Rua Teles Júnior nº 105, Bairro do Espinheiro, para fins de evitar a mora. Em decisão de fls.
15, foi deferido o pedido de depósito das chaves do imóvel acima referido, sendo o ato comprovado pelos Requerentes às fls. 16, conforme
certificado nos autos. A parte Ré, em contestação (fls. 28/40), alega, preliminarmente, a conexão do presente feito com a Ação de Despejo c/c
Cobrança de Aluguéis e Demais Acessórios da Locação (Processo Eletrônico nº 0011080-02.2015.8.17.2001), em tramite na 30ª Vara Cível da
Capital. No mérito, afirma que não foi notificada acerca do desinteresse dos autores na manutenção da locação, tampouco foi contatada para
a devolução das chaves ou vistoria do imóvel. Requer, assim, o pagamento dos alugueres vencidos em 30/05/2015 e 30/06/2015, acrescidos
dos encargos moratórios, das taxas de condomínio, referentes aos meses de maio e junho de 2015; das parcelas do IPTU, vencidas entre os
meses de abril e julho de 2015; da fatura de energia elétrica, com vencimento em junho de 2015, e da multa contratual no valor de um mês
de aluguel, fixada na cláusula décima do contrato de locação entabulado. Réplica de fls. 62/69, em que os autores rebatem os argumentos de
defesa. Em Ação DE DESPEJO c/c COBRANÇA DE ALUGUÉIS E DEMAIS ACESSÓRIOS de nº 0011080-02.2015.8.17.2001, conexa a esta,
SAO JORGE VEICULOS LTDA ME, ora Demandante, sustenta a inadimplência de ROGÉRIO NEVES BAPTISTA e MARIA RITA DE SÁ LEITÃO,
no montante de R$ 13.325,45 (treze mil, trezentos e vinte e cinco reais e quarenta e cinco centavos - tabela de cálculos id nº 7340927), referente
aos alugueis e demais encargos locatícios. Pleiteia, ainda, a rescisão da avença entabulada, a imediata desocupação do imóvel. A parte Ré,
ROGÉRIO NEVES BAPTISTA e MARIA RITA DE SÁ LEITÃO, em contestação (Id nº 8067182), aduzem, no mérito, a inexistência de débito ante
a notificação extrajudicial acerca da extinção do contrato e da desocupação do imóvel em 31/05/2015 (id nº 8080845). Acostam comprovantes
de pagamento referentes ao aluguel, taxa condominial e fatura de energia, referentes ao mês de maio de 2015. Em decisão de id nº 31527791, o
Juízo da 30ª Vara Cível da Capital, Seção B, determinou a remessa dos autos para este, ante a conexão por prejudicialidade existente entre os
feitos. Decisão de id nº 33133505, em que este juízo recebeu, por prevenção, a Ação de Despejo c/c Cobrança de Aluguéis e Demais Acessórios
de nº 0011080-02.2015.8.17.2001, conexa à Ação de Consignação de Chaves de nº 0033331-97.2015.8.17.0001, ante a necessidade de reunir
as demandas para julgamento conjunto, evitando-se decisões contraditórias e conflitantes (artigo 55, §1º e §3º, do Código de Processo Civil);
bem como indeferiu o depoimento pessoal da parte autora. Vieram-me os autos conclusos. É relatório. Decido. Inicialmente, importa registrar
que, no caso dos autos, impõe-se o julgamento em conjunto das ações, porquanto estas possuírem, como cerne da questão, discussão acerca
de parcelas não adimplidas decorrentes de contrato de aluguel entabulado pelas partes. Assim, enquanto os locatários esperam a declaração de
quitação das obrigações e a extinção do contrato de locação, quando da desocupação do imóvel em 31/05/2015 - Ação de Consignação de Chaves
de nº 0033331-97.2015.8.17.0001 -, o Locador, por sua vez, pretende a resolução do pacto com o pagamento de alugueis e demais encargos
locatícios, referentes aos meses de junho e julho de 2015, que entende devidos - 0003505-35.2018.8.17.2001 - Ação De Despejo c/c Cobrança
de Aluguéis. Portanto, diante do confronto de pedidos e da consequente dependência existente entre as ações, além da mescla de argumentos,
os quais podem ser utilizados em todas as demandas, torna-se imperioso que o julgamento ocorra simultaneamente. Ato contínuo, entendo que
os presentes feitos comportam julgamento antecipado, no estado em que se encontram, nos exatos termos do art. 355, I do CPC/15, porquanto
suficientes para esclarecer e decidir o conflito de interesses instalado, os documentos colacionados aos autos. Ademais, as preliminares arguidas
guardam semelhança com a questão meritória, fato que impõe a apreciação conjunta das matérias. Pois bem. É incontroverso que as partes
celebraram contrato de locação do apartamento em questão, conforme verifica-se do contrato acostado (fls. 06/09 e id nº 7340912). Registre-
se, inicialmente, que a parte SAO JORGE VEICULOS LTDA ME já se encontra na posse do imóvel objeto do contrato de locação celebrado,
e assim a relação locatícia já não mais vigora. Dessa forma, a questão controversa a ser enfrentada nesta decisão diz respeito à data a ser
considerada como de efetiva desocupação do imóvel, ou seja, se o dia em que foi comprovado o depósito das chaves em juízo, em 10 de julho
de 2015, conforme certificado nos autos fls. 16, ou se a data afirmada pela parte autora, 31/05/2015. Da leitura da exordial e dos documentos
anexados e não impugnados pela Locadora, depreende-se que os Locatários elaboraram notificação extrajudicial, datada de 30 de abril de 2015,
endereçada à Locadora, dando conta do desinteresse na manutenção do contrato de aluguel, bem como da previsão de desocupação para o dia
31 de maio do mesmo ano (fls. 10). Nada obstante a inexistência de qualquer comprovante de recebimento do comunicado, ante a alegação de
que o ato foi realizado por meio do porteiro do Edifício - Sr. Rutênio Pedro dos Santos -, bem como de que um dos Administradores da locação
- Sr. Jorge Eduardo dos Santos Marques Filho - recusou-se a formalizar o aceite deste, a parte autora comprovou através de conversa de e-
mail, travada em 27/05/2015 com outra administradora da locação, Sra. Denise Marinho, que o Locador estava ciente da devolução do imóvel
(fls. 70). No citado diálogo, inclusive, a Sra. Denise Marinho requer a apresentação de documento "nada consta do condomínio" e a baixa da
solicitação de fornecimento de energia elétrica, quando da entrega das chaves do imóvel. Por outro lado, os Locatários não comprovaram a data
da efetiva da desocupação do imóvel, tendo o Locador demonstrado por meio de fatura de energia elétrica, referente ao mês de junho de 2015,
que houve efetivo consumo no período, o qual corresponde à média do histórico de consumo da unidade (fls. 50). Registre-se ainda que, apenas
em 22 de junho de 2015, os Demandantes - ROGÉRIO NEVES BAPTISTA e MARIA RITA DE SÁ LEITÃO - propuseram a presente ação para a
consignação das chaves do apartamento de nº 1002 do Edf. Saint Bernard para fins de evitar a mora, sendo o depósito comprovado em 10 de
julho de 2015, conforme certificado nos autos fls. 16. Sendo assim, impõe-se reconhecer como parcialmente verdadeira a argumentação autoral
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para considerar como data da efetiva desocupação do imóvel o dia 22 de junho de 2015, sendo considerados devidos os valores relativos aos
alugueis e demais encargos da locação até o mês de junho de 2015. Por fim, no tocante ao pedido de cobrança, considero devido o aluguel no
montante de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), relativo ao mês de junho de 2015, cujo vencimento se deu 30/05/2015, vez que o Locador
não fez prova nos autos de qualquer alteração no valor cobrado a título de alugueis no período, tendo os demandantes demonstrados por meio
de recibo acostado (id nº 8081045) o pagamento do mês de maio de 2015, neste mesmo valor, e recebido a devida quitação, por meio de e-
mail (fls. 70). Quanto às taxas condominiais, os Locatários apenas comprovaram o pagamento da fatura relativa ao mês de maio de 2015 (id
nº 8081067), sendo devida a cobrança com vencimento em junho de 2015. No tocante às parcelas do IPTU, cujo pagamento fora previsto nas
cláusulas 12 e 13 do contrato entabulado, as que se venceram entre os meses de abril e junho de 2015 não tiveram o pagamento comprovado
nos autos, fazendo-se também devidas. Da mesma forma, devida a fatura de energia com vencimento em junho de 2015. No tocante à multa
contratual, fixada na cláusula décima do contrato, em caso de rescisão por descumprimento dos deveres por este imposto, esta não se mostra
devida, porquanto não haver nenhum fato capaz de fundamentar e motivar a rescisão com a incidência deste ônus. Isto posto, com relação
ao Processo nº 0033331-97.2015.8.17.0001 - AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE CHAVES -, proposto por ROGÉRIO NEVES BAPTISTA e MARIA
RITA DE SÁ LEITÃO em face de SAO JORGE VEICULOS LTDA ME, julgo PARCIALMENRE PROCEDENTE a ação para declarar rescindida
a locação relativa ao imóvel descrito na inicial, desde 22.06.2015, bem como para declarar extintas as obrigações referentes aos alugueres e
encargos da locação após tal data, nos termos do art. 487, inciso I do CPC, condenando a Demandada ao pagamento das custas processuais e
dos honorários advocatícios, estes no importe de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa com esteio no art. 85, parágrafos 1º e 2º, do CPC.
Em relação ao Processo nº 0011080-02.2015.8.17.2001 - AÇÃO DE DESPEJO c/c COBRANÇA DE ALUGUÉIS E DEMAIS ACESSÓRIOS DA
LOCAÇÃO, propostos por SAO JORGE VEICULOS LTDA ME em face de ROGÉRIO NEVES BAPTISTA e MARIA RITA DE SÁ LEITÃO, julgo
PARCIALMENRE PROCEDENTE o pedido, nos termos do art. 487, inciso I do CPC para condenar a parte ré ao pagamento do aluguel e da taxa
condominial, referentes ao mês de junho de 2015; das parcelas do IPTU, que se venceram entre os meses de abril e junho de 2015; e da fatura de
energia com vencimento em junho de 2015, todos com incidência de correção monetária, pela Tabela do Encoge, e juros de mora de 1% ao mês,
ambos a partir da data de vencimento de cada parcela. Condeno, ainda, a parte Demandada ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios no percentual de 10% (dez por cento) do valor da condenação, devidamente atualizada. Publique-se. Intime-se. Registre-se. Após
o trânsito em julgado, arquive-se. Recife, 29 de janeiro de 2015.Nehemias de Moura TenórioJuiz de Direito 1Nov 2018 - 03
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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correção monetária de planos econômicos. Decorrido o prazo acima assinalado com ou sem manifestação, faça-se à cnclusão.. Publique-se.
Cumpra-se. Recife-PE, 28 de novembro de 2018. Dra. Maria do Rosário Monteiro Pimentel de Souza Juíza de Direito
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Processo nº 0051328-74.2007.8.17.0001Ação Ordinária de CobrançaAutora - Maria José de Araújo VieiraRéu - Unibanco - União de Bancos
Brasileiros.DECISÃO.R.Hoje. Cuida-se de processo que se encontra na fase de cumprimento de sentença, com trânsito em julgado, cujo trecho
final da sentença vai adiante transcrito:"Diante de todo o exposto, tendo em vista todos os argumentos apresentados, visto ser a matéria pacificada
na jurisprudência, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO para declarar o bom direito da parte autora e determinar a revisão, pela
ré, da aplicação da correção monetária no saldo existente na conta poupança da parte autora, em junho/1987 e/ou em janeiro/1989, utilizando-
se, para tanto, os percentuais de 26,06% e 42,72%, respectivamente, descontados os percentuais efetivamente aplicados pelos bancos réus em
cada mês. Deve o réu proceder a revisão apenas dos saldos das contas de poupança da parte autora que fizeram aniversário entre 01.06.87 e
15.06.87 e entre 01.01.89 e 15.01.89, aplicando os percentuais, respectivamente, de 26.06% e 42,72%, abatendo-se os valores já creditados à
época (obrigação de fazer).Essa diferença será atualizada/acrescida até a presente data, unicamente, pelo índice de correção monetária oficial
das cadernetas de poupança e pelos juros legais de 0,5% ao mês. Após o transito em julgado, intime-se a parte demandada para em 90 (noventa)
dias apresentar os extratos das contas que possuir, no período cujo o direito foi reconhecido, sob pena de arquivamento, ante a impossibilidade de
se efetivar o julgado. Atendida a determinação, intime-se a parte autora para requerer o que entender de direito. Fica permitido o desarquivamento
dos autos caso o autor comprove posteriormente, dentro do novo prazo prescricional que se inicia agora, a existência da conta poupança por
meio de documentação idônea. Caso a conta poupança não esteja mais ativa, a ré deverá abrir outra para depositar as quantias decorrentes
do cumprimento desta sentença (obrigação de fazer).Condeno, ainda, a demandada ao pagamento das custas e honorários advocatícios que
arbitro em 10% sobre o valor da condenação.Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.Recife, 27 de fevereiro de 2009.Gabriel de Oliveira
Cavalcanti Filho-Juiz de Direito". Intimado para o cumprimento da sentença, o banco executado às fls.92/96, manifestar-se alegando que não
há como prosperar os argumentos da inicial, restando inócua e sem qualquer efeito prático, a aplicação de qualquer das normas incertas no
CDC, no CC de 1916 ou no vigente, uma vez que a demanda foi ajuizada há mais de 20 anos para cobrar, pelo que resta prescrito o direito
de pleitear a correção monetária e/ou juros atinentes ao período reclamado. Finaliza pedindo pela extinção do processo.Enquanto, a autora
instada a se manifestar sobre o pedido do executado, fica silente, apenas pede a intimação do executado para apresentar o saldo das contas
poupanças anexadas com a peça inicial.Manifestação do executado - fls.181/183.É o relatório. Decido.De plano, rejeito a prescrição alegada
pelo executado, uma vez que a matéria já foi discutida e examinada, na fase de conhecimento, na decisão final - fls.65/75, que já transitou
em julgado, portanto descabida a alegação de prescrição após o trânsito em julgado da sentença, sendo que somente possível se se tratasse
de prescrição superveniente à sentença proferida no processo de conhecimento, o que não é a hipótese dos autos.Quanto ao argumento do
executado - fls.181/183, relativo a impossibilidade de cumprir com a obrigação de fazer que lhe foi imposta na sentença, compete à autora
comprovar o seu crédito, consoante se vê na parte dispositiva da sentença acima transcrita.No caso dos autos, a sentença não é líquida, pelo
que o seu cumprimento, deve se dar nas demais formas previstas no nosso pergaminho processual.Assim, diante da falta de impulso da parte
autora/vencedora, em apresentar os documentos indispensáveis para a liquidez da sentença.Ademais, ressalto que no caso em comento, o
trânsito em julgado da sentença ocorreu em 17/06/2009 - fls.77, há 09 anos, sem que vencedora, tenha exercido o seu direito de exigir em juízo
o seu cumprimento, ou seja tornar o título judicial líquido.Diante da inercia da parta autora/ exequente, determino o arquivamento provisório do
processo, sem prejuízo do seu desarquivamento a pedido, que desde já fica autorizado, depois do decurso do prazo de 15(quinze) da publicação
desta decisão.Anotações de estilo.Intime-se.Publique-se.Cumpra-se.Recife, 04 de dezembro de 2018.Maria do Rosário Monteiro Pimentel de
SouzaJuíza de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Despacho:
Vistos etc. (...) intime-se o banco devedor para comprovar por meio de guia própria, o pagamento, no prazo de 15 dias, sob pena de inscrição
na dívida pública do Estado. Na hipótese de não pagamento, no prazo de lei, deverá a Secretaria expedir ofício, com documentos necessários,
à Procuradoria Geral do Estado. Após, arquivem-se os autos. Publique-se. Intimem-se. Recife, 09 de agosto de 2018. Ana Paula Lira Melo Juíza
de Direito
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507
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Despacho:
R.H. Ante a informação supra, devolva-se o expediente ao subscritor para que distribua a petição no protocolo competente. Recife, 10 de setembro
de 2018. Ana Paula Lira Melo Juíza de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO,
nos processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA ESPÓLIO DE MOZYR JATAHY DE SAMPAIO, devidamente qualificada, promoveu a presente Ação de Reintegração de Posse com
pedido Liminar de Antecipação de Tutela contra KLEOPATRA MIKHAILENKO DE OLIVEIRA, também qualificada. Juntou-se minuta de acordo fls.
371/373.É o relatório. Decido. Uma vez que a lide em questão envolve direitos patrimoniais disponíveis, e não há outro impedimento à celebração
da transação, deve este Juízo homologar o mesmo. A sentença homologatória é título executivo judicial e pode, no caso de descumprimento
do acordo, ser executada nos moldes do Código de Processo Civil. Isso posto, homologo, por sentença, a TRANSAÇÃO em questão, conforme
a minuta de fls. 371/373. JULGO, em conseqüência, COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, a presente ação, com arrimo no art. 487, inciso III, b
do Código de Processo Civil. Custas e Honorários advocatícios nos termos pactuados no acordo. Após o trânsito em julgado, arquive-se. P.R.I.
Recife, 14 de novembro de 2018. Ana Claudia Brandão de Barros Correia Ferraz Juíza de Direito
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SENTENÇA Trata-se de PROCEDIMENTO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ajuizado por ZILDETE DE ALBUQUERQUE BARBOSA E
OUTROS contra BANCO DO BRASIL S.A, todos já devidamente qualificados na inicial. Após o trânsito em julgado da decisão de fls. 312, que
julgou improcedente a impugnação ao cumprimento de sentença apresentada pela parte Executada, mantendo os cálculos apresentados pela
parte Exequente, este Juízo proferiu despacho de fls. 359, através do qual determinou a liberação do valor penhorado em favor dos Exequentes,
já tendo sido devidamente expedidos os competentes alvarás, bem como a intimação do da instituição Executada para efetuar o pagamento dos
honorários sucumbenciais da fase de cumprimento de sentença, arbitrados em 10% incidentes sobre o valor da causa, devidamente atualizado
pela tabela ENCOGE. Intimado do referido despacho, a parte Executada, Banco do Brasil S/A, voluntariamente cumpriu o comando, apresentando
petição através da qual requereu a juntada do comprovante de pagamento (fls. 380), requerendo, ainda, a baixa e arquivamento dos presentes
autos. No mesmo dia em que o Executado cumpriu voluntariamente a determinação deste Juízo, e quase na mesma hora, a parte Exequente
apresentou petição alegando que o Executado não cumpriu o comando sentencial, requerendo a penhora de ativos financeiros (fls. 383/384).
É o essencial a relatar. Decido. Tendo em vista que houve o cumprimento voluntário da decisão prolatada por este Juízo, pelo Banco do Brasil,
e que tal fato não foi considerado pela parte Exequente ao apresentar a petição de fls. 383/384, desconsidero a referida petição. Consoante
entendimento doutrinário e jurisprudencial o procedimento de cumprimento de sentença continua a deter natureza jurídica de ação1, razão pela
qual a sua extinção dar-se-á através de sentença. Assim, considerando que os Exequentes já receberam o valor exequendo, e considerando
ainda que o valor depositado pela parte Executada às fls. 381 dos presentes autos correspondente à integralidade dos honorários sucumbenciais
referente à fase de cumprimento de sentença, equivalente a 10% do valor da causa, devidamente atualizado pela tabela ENCOGE, dou por
integralmente satisfeita a obrigação de pagar e declaro, por sentença, extinto o presente procedimento de cumprimento de sentença, com fulcro
no artigo 513 c/c artigo 924, inciso II, do Novo Código de Processo Civil. E mais, tendo em vista que houve o cumprimento voluntário da obrigação
de pagar por parte do Executado, com pedido expresso de arquivamento dos presentes autos, expeçam-se imediatamente o competente alvará
para liberação da quantia depositada em Juízo às fls. 381 em favor do advogado Dr. Rossano Leite de Azevedo, inscrito na OAB/PE 34.407.
Intimem-se as partes. Após, arquivem-se os presentes autos. Recife, 3 de dezembro de 2018. Ana Claudia Brandão de Barros Correia Ferraz
Juíza de Direito 1 Neste sentido, decidiu o Eminente Desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves, monocraticamente, no Agravo de
Instrumento nº 153046-5, declarando de modo inexorável o acerto daquela posição doutrinária e aplicando ao cumprimento de sentença as
disposições regentes de uma verdadeira demanda.
SENTENÇA Trata-se de AÇÃO MONITÓRIA ajuizada pelo ITAU UNIBANCO S/A contra ARROWS COMERCIAL LTDA - EPP e EDVALDO
GONÇALVES DOS SANTOS, todos já devidamente qualificados nos autos. A parte autora ajuizou ação monitória alegando que os réus estão
inadimplentes com relação à Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo para Capital de Giro Garantido por Recebíveis da Hipercard, emitida em
30/08/2012, cujo saldo devedor, no momento do ajuizamento da presente ação, era de R$ 49.856,05. Ao final, requereu a intimação dos réus
para efetuar o pagamento da dívida. A primeira ré apresentou exceção de pré-executividade às fls. 63/67. O segundo réu também apresentou
exceção de pré-executividade às fls. 73/75. Em decisão prolatada às fls. 101/103, este Juízo excluiu a primeira ré da lide, bem como determinou
devolveu o prazo para o segunda réu efetuar o pagamento da dívida e/ou apresentar embargos. Contra essa decisão, a parte autora apresentou
agravo de instrumento, conforme documentos constantes às fls. 109/114 dos presentes autos. O segundo e agora único réu apresentou embargos
monitórios alegando a nulidade da dívida, sob o fundamento de nunca ter assinado o contrato objeto de cobrança da presente ação monitória.
Ao final, requereu a realização de perícia grafotécnica, e ainda que sejam julgados improcedentes os pedidos feitos na inicial. Intimada para se
manifestar sobre os embargos monitórios, opostos pelo réu, a parte autora alegou que o embargante é devedor solidário da dívida. Aduziu que
ele assinou sim o contrato, e por sua livre vontade, sendo, portanto, válido o negócio jurídico. Ao final, requereu fossem os embargos monitórios
julgados improcedentes (fls. 165/169). Este Juízo proferiu despacho saneador estabelecendo que cabe à instituição autora, Itaú Unibanco S/A,
comprovar que a assinatura constante no contrato firmado entre as partes é do embargante, bem como determinou a intimação das partes para
informar, no prazo de 15 dias, se tem interesse em produzir novas provas, em especial a prova pericial, para averiguar a veracidade da assinatura
contestada, sendo que a negativa das partes implicaria a possibilidade de julgamento antecipado da lide (fls. 171). Contra essa decisão, a parte
autora interpôs agravo de instrumento, conforme documentos comprovativos constantes às fls. 173/180 dos presentes autos, contudo, quedou-
se inerte quanto à determinação de produzir novas provas. É o essencial a relatar. Decido. A presente ação tem como objeto a legalidade ou não
do contrato de empréstimo firmado entre as partes, e constante nos autos às fls. 38/45. No despacho saneador prolatado, este Juízo determinou
que incumbia à instituição autora a comprovação da autenticidade da assinatura aposta no instrumento firmado entre as partes, contudo, após
intimada para produzir novas provas, a parte autora não requereu a realização da perícia grafotécnica, nem mesmo apresentou qualquer outro
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pedido de produção de prova. Diante de tais fatos, resta-me tão somente reconhecer que a assinatura constante da cédula de crédito bancário
anexa não é do réu, por não ter a parte autora comprovado a veracidade da referida assinatura. Por todo o exposto, e por tudo o mais que dos
autos constam, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS FORMULADOS NA INICIAL, para declarar a inexistência do débito objeto de cobrança,
razão pela qual extingo o presente processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, inciso I do CPC. Por consequência, condeno a
parte autora ao pagamento de honorários sucumbenciais arbitrados em 10% incidente sobre o valor da causa devidamente atualizado. Publique-
se. Intimem-se as partes. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos. Recife, 03 de dezembro de 2018. Ana Cláudia Brandão
de Barros Correia Ferraz Juíza de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho:
considerando o teor da certidão de fl.468, corrijo a inexatidão material constante da decisão de fl.456v e determino a expedição de alvará em
favor do exequente dos valores objeto do extrato da conta judicial vinculada à Caixa Econômica Federal (fls.409/410). Igualmente, determino a
intimação do exequente para, no prazo de 5 dias, manifestar-se quanto à petição de fls.461/464 apresentada pelo executado. Cumpra-se. Recife,
5 de dezembro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta
Trigésima Vara Cível da Capital - SEÇÃO A
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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(...) Passo à decisão. Consoante entendimento doutrinário e jurisprudencial, o procedimento de cumprimento de sentença continua a deter
natureza jurídica de ação, razão pela qual sua extinção dar-se-á através de sentença. Na hipótese dos autos, a parte demandada depositou
judicialmente a quantia devida nos exatos termos da decisão de fls.377/379. Desse modo, declaro satisfeita a obrigação e extingo a execução
com fundamento no art. 924, inciso II, do CPC. A manifestação da parte executada de fls.389/391 constitui-se em ato incompatível com a vontade
de recorrer, nos termos do art.1.000, caput e parágrafo único. Renunciando a parte exequente ao prazo recursal, expeça-se um alvará em favor
da parte autora, GONÇALVES E ASSIS LTDA., no valor R$ R$ 49.698,75 (quarenta e nove mil seiscentos e noventa e oito reais e setenta e
cinco centavos), acrescido das devidas correções, consoante comprovante de fl.391. Determino o imediato recolhimento do mandado expedido
(fl.388), ante a realização de depósito judicial pela parte executada. Oficie-se à Cemando. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após, arquivem-
se os autos. Recife, 5 de dezembro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta
(...) Passo à decisão. Consoante entendimento doutrinário e jurisprudencial, o procedimento de cumprimento de sentença continua a deter
natureza jurídica de ação, razão pela qual sua extinção dar-se-á através de sentença. Pela sistemática do Código de Processo Civil de 2015,
é dado ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, oferecer espontaneamente o pagamento do valor que entender devido
(art. 526, caput). O parágrafo terceiro do dispositivo supramencionado determina que, concordando a parte autora com quantia depositada, o
juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo. Na hipótese dos autos, a parte demandada depositou voluntariamente a quantia
devida, tendo a parte autora concordado com o valor. Desse modo, declaro satisfeita a obrigação e extingo a execução com fundamento no art.
526, § 3º c/c art. 924, inciso II, do CPC. Expeçam-se os seguintes alvarás:a) 01 (um) alvará em favor do autor, na pessoa de sua representante
legal Veralucia e Silva Gutzeit Borgmann, no valor R$ 8.834,53 (oito mil oitocentos e trinta e quatro reais e cinquenta e três centavos), acrescido
das devidas correções;b) 01 (um) alvará em favor do advogado Dr. Jorge Rodrigo de Lima Matos, OAB/PE 24.575, no valor de R$ 1.766,91 (um
mil setecentos e sessenta e seis reais e noventa e um centavos), acrescido das devidas correções. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após,
arquivem-se os autos. Recife, 30 de novembro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta
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Vistos etc. A parte demandada apresentou, às fls. 117/121, guia de depósito judicial no valor de R$ 12.838,58 (doze mil oitocentos e trinta e
oito reais e cinquenta e oito centavos), alusivo à condenação. A parte credora anuiu com o valor depositado e requereu a expedição de alvarás
(fls.127). Após, vieram-me os autos conclusos. É o relatório, sucinto. Passo à decisão. Consoante entendimento doutrinário e jurisprudencial,
o procedimento de cumprimento de sentença continua a deter natureza jurídica de ação, razão pela qual sua extinção dar-se-á através de
sentença. Pela sistemática do Código de Processo Civil de 2015, é dado ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, oferecer
espontaneamente o pagamento do valor que entender devido (art. 526, caput). O parágrafo terceiro do dispositivo supramencionado determina
que, concordando a parte autora com quantia depositada, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo. Na hipótese dos autos,
a parte demandada depositou voluntariamente a quantia devida, tendo a parte autora concordado com o valor. Desse modo, declaro satisfeita a
obrigação e extingo a execução com fundamento no art. 526, § 3º c/c art. 924, inciso II, do CPC. Expeçam-se os seguintes alvarás:a) 01 (um)
alvará em favor do autor, RAFAEL LEONARDO DE SENA E VASCONCELOS, no valor R$ 11.678,11 (onze mil seiscentos e setenta e oito reais
e onze centavos), acrescido das devidas correções;b) 01 (um) alvará em favor do advogado, Bel. GIULIANO CARLO SIQUEIRA FERNANDEZ,
OAB/PE 11.677, no valor de R$ 1.160,47 (um mil cento e sessenta reais e quarenta e sete centavos), acrescido das devidas correções. Publique-
se. Registre-se. Intimem-se. Após, arquivem-se os autos. Recife, 30 de novembro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito
Substituta
(...) Desse modo, acolho o laudo confeccionado pelo perito judicial às fls.208/217, reconhecendo a validade da metodologia de cálculo nele
empregada. No entanto, tendo em vista o vencimento de outras parcelas contratuais, após a confecção do laudo pericial (30/05/2013), deve o
processo, por ocasião da fase de liquidação de sentença, ser instruído com memória descritiva de débitos em conformidade com os parâmetros ora
estabelecidos.No que tange ao pedido de repetição do indébito em dobro, tenho que não merece prosperar, uma vez que a questão controvertida
diz respeito à interpretação contratual, não restando configurado o elemento "má-fé", indispensável para o reconhecimento de tal pretensão.
Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado pela parte autora para reconhecer que a correção monetária e os juros
compensatórios simples no percentual de 1% ao mês, previstos no contrato, devem incidir a partir do vencimento de cada parcela, e não, a partir
do habite-se (à míngua de previsão contratual).Na forma do art.539, do CPC, autorizo o depósito judicial do valor incontroverso da dívida pela
parte autora, com base nos parâmetros estabelecidos no corpo do presente ato judicial. Nos termos do art. 86, parágrafo único, do CPC/15, uma
vez que a autora decaiu de parte mínima do pedido, condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes
fixados em 15% (quinze por cento) sobre o valor atribuído à causa.Publique-se, registre-se, intimem-se.Após o trânsito em julgado, arquivem-
se.Recife, 30 de novembro de 2018.Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta
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(...) Vistos etc. Cuida-se de cumprimento de sentença requerido por força do trânsito em julgado do decisum proferido em sede de ação coletiva.
O executado garantiu o Juízo à fls. 160 (depósito judicial no montante de R$ 481.724,73). Diante de irregularidade na intimação do executado
para pagamento, o Juízo determinou nova intimação (fls. 223/226), contudo a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco,
em sede de agravo de instrumento, reconheceu a regularidade da intimação e reformou a decisão que restituiu o prazo para apresentação de
impugnação, registrando, ainda, que o depósito espontâneo por parte do executado representa satisfação da dívida (fls. 360/369). Em seguida,
o Juízo proferiu a decisão de fls. 371/371v, extinguindo a execução em relação a Altair Pereira de Farias e Valdete Fernandes de Oliveira, bem
como determinando a intimação da parte exequente para apresentar cópia dos contratos com autorização de retenção de honorários e indicar o
montante a ser liberado para cada parte, o que foi atendido às fls. 373/385. Vieram-me os autos conclusos. É o relatório, sucinto. Passo à decisão.
Trata-se de pedido de cumprimento da sentença em que, conforme decisão exarada pelo Tribunal de Justiça, houve a satisfação do débito,
ante o depósito do valor da condenação. Assim, cumprida a obrigação pelo devedor, declaro satisfeita a obrigação e extingo a execução com
fundamento no art. 924, inciso II, do CPC/15. Tendo em vista que a decisão proferida no agravo de instrumento de nº 444435-5 ainda não transitou
em julgado, após o trânsito em julgado da presente sentença, expeçam-se alvarás em favor dos exequentes e da sociedade de advogados
Claudenor Lopes da Silva Sociedade Individual de Advocacia, nos valores indicados às fls. 373/377, acrescidos das devidas correções. Quanto
ao montante depositado em favor dos exequentes excluídos da lide (Altair Pereira de Farias e Valdete Fernandes de Oliveira), expeça-se alvará
à parte executada, no montante de R$ 95.945,71 (noventa e cinco mil novecentos e quarenta e cinco reais e setenta e um centavos), acrescido
das devidas correções. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após a expedição dos alvarás, arquivem-se os autos. Cumpra-se. Recife, 03 de
dezembro de 2018. Catarina Vila-Nova Alves de Lima Juíza de Direito Substituta
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho:
Vistos...Este processo correspondente a uma Ação Cognitiva, tendo sido aplicado à causa o Procedimento Ordinário, movida por RICLEO
GUTZEIT BORGMANN, representado por sua esposa VERALUCIA E SILVA GUTZEIT BORGMANN em face da BRADESCO SEGUROS S/A,
todos qualificados nos autos. O pedido, a título de liminar, é no sentido de que a ré seja compelida a arcar com as despesas para tratamento
domiciliar (Home Care) do demandante, juntamente com todos os materiais e procedimentos descritos pelo médico assistente em fls.15 e
16. Inicialmente, tendo em vista a declaração de hipossuficiência, defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita Eis a exposição. Dos
fundamentos. Os requisitos indispensáveis à concessão da liminar, a saber, a verossimilhança da alegação e o fundado receio de dano irreparável
ou de difícil reparação estão inequivocamente presentes no caso em apreço. De início, entendo necessário ressaltar que em se tratando de
relação de consumo, fato suficiente para receber proteção estabelecida pela lei 8078/90, notadamente quanto a facilitação da defesa dos direitos
do consumidor e a inversão do ônus da prova (art. 6º, inciso VIII), não deve prevalecer o princípio da pacta sunt servanda, porquanto os princípios
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do CDC - - de ordem pública (art. 1º) - - derrogam as disposições contratuais que com eles colidirem. In casu cumpre a ré provar que a autora
ao contratar estava ciente de eventuais exclusões, tendo dado efetivo conhecimento de tais condições no ato da assinatura da proposta, sendo
certo que, a teor do art. 46 do CDC os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores se não lhes for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo. A respeito do tema em questão, observe:AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO
DE SAÚDE. PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE SERVIÇOS. HOME CARE. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. DEFERIMENTO.
PRESENÇA DA VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES E NECESSIDADE DE URGÊNCIA NA CONCESSÃO DO PROVIMENTO. ART. 273
DO CPC. 1. Os planos ou seguros de saúde estão submetidos às disposições do Código de Defesa do Consumidor, enquanto relação de consumo
atinente ao mercado de prestação de serviços médicos. Isto é o que se extrai da interpretação literal do art. 35 da Lei 9.656/98. 2. O objeto
do litígio é o reconhecimento da cobertura pretendida, a fim de que seja restabelecido o serviço diário Home Care para o procedimento de
higiene e de medicação de membro amputado nos moldes anteriormente prestados pela agravante. 3. No caso em exame, estão presentes os
requisitos autorizadores da tutela antecipada concedida, consubstanciado no risco de lesão grave e verossimilhança do direito alegado, não se
podendo afastar o direito da parte agravada de discutir acerca da abrangência do seguro contratado, o que atenta ao princípio da função social
do contrato. 4. Tutela que visa à proteção da vida, bem jurídico maior a ser garantido, atendimento ao princípio da dignidade humana. Negado
seguimento ao agravo de instrumento. (Agravo de Instrumento Nº 70027708734, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge
Luiz Lopes do Canto, Julgado em 28/11/2008). É de se ressaltar, ainda, que a Súmula 007 do TJPE assim dispõe sobre o assunto: "É abusiva
a exclusão contratual de assistência médico domiciliar (home care)". Doutra parte, entendo que eventual dano irreparável ou de difícil reparação
pode ocorrer de modo mais gravoso para a parte autora, sendo certo que em relação a parte demandada o interesse ferido, se acontecer,
será apenas de cunho econômico. Por oportuno, transcrevo: "Plano de Saúde. Interesse. Proteção. A necessidade de proteger-se a saúde e
a vida do cidadão, como exigência que emerge dos princípios fundamentais e, que repousa o próprio Direito Natural, se sobrepõe a qualquer
outro interesse, ainda que se ache este tutelado pela lei ou pelo contrato. Agravo Improvido. Votação indiscrepante" (AG. N.64985.2, Rel. Dês.
Márcio Xavier, 5a CC, DJ 25.05.01). Assim, a própria natureza da providência reclamada não recomenda excessiva demora, considerando as
consequências a serem suportadas, circunstância que torna inadiável a medida perseguida, não sendo descartada, por ser óbvio, a possibilidade
de futura discussão quanto ao objeto da polêmica travada. Por tudo que foi exposto, DEFIRO A LIMINAR POSTULADA determinando que a
ré tome todas as providências necessárias à cobertura das despesas de que trata a peça inaugural. Para a hipótese de descumprimento do
preceito, fixo a multa diária em R$ 1.000,00 (um mil reais). Publique-se. Intimações necessárias. Cite-se, com as advertências de lei. Recife, 19
de junho de 2015. Gildenor Eudócio de Araújo Pires Júnior Juiz de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho:
Intimação de advogado para levantamento de AlvaráProcesso nº 0022633-18.2004.8.17.0001Ação de Exibição Intime-se o advogado Dr. Wilson
Sales Belchior, OAB/PE nº 1.259-A, na qualidade de representante do Banco Itaú S/A, para que compareça à secretaria deste juízo a fim de
retirar Alvará do presente processo. Recife (PE), 05/12/2018.Arnaldo Sabino. Chefe de Secretaria em exercício
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho:
Estado de Pernambuco Poder Judiciário Processo nº 35061-46.2015 1 - R. Hoje. 2 - Ante o teor da petição de fls. 272 e seguintes, intime-se o
perito para que se manifeste sobre a referida petição. Recife, 03 de dezembro de 2018. Gildenor Eudócio de Araújo Pires Júnior, Juiz de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER pelo presente EDITAL DE INTIMAÇÂO, aos Béis. Caiky Cezary Costa Coutinho OAB/PE nº 35.960 e Márcio Eduardo
de Lima OAB/PE nº 44.452 , que ficam os mesmos intimados para apresentar, no prazo de 05 (cinco) dias, as alegações finais em forma
de memorial nos autos do Processo em epigrafe, referente ao acusado José Rafael Leite Nunes. Dado e passado na cidade de Recife,
aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05.12.2018). E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros,
eu, Danilo Guedes Barbosa de Melo, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
Verônica Cavalcanti
Chefe de Secretaria
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Nos termos do artigo 370, do CPP, ficam INTIMADAS as partes e seus respectivos advogados, das AUDIÊNCIAS relativas ao mês de
JANEIRO/2019 designadas nos seguintes processos:
Dia 21/01/2019
- 16:00 HORAS
- PROCESSO Nº 0038546-54.2015.8.17.0001
- ACUSADO: GEFITER LUIZ DE SOUZA MARCELO
- AUDIÊNCIA: Instrução Processual
-ADVOGADO(s): Defensoria Pública
Dia 22/01/2019
- 16:00 HORAS
- PROCESSO Nº 0016816-16.2017.8.17.0001
- ACUSADO: SEBASTIÃO DE CASTRO SÁ BARRETO NETO
- AUDIÊNCIA: Instrução Processual
-ADVOGADO(s): Defensoria Pública
Dia 23/01/2019
- 14:30 HORAS
- PROCESSO Nº 0144997-16.2009.8.17.0001
- ACUSADO: PAULO JOSÉ DA SILVA
- AUDIÊNCIA: Instrução Processual
-ADVOGADO(s): Defensoria Pública
Dia 29/01/2019
- 13:30 HORAS
- PROCESSO Nº 0002097-29.2017.8.17.0001
- ACUSADOS: EDVALDO FERREIRA BARBOSA* E ANDRÉ FILIPE DA ROCHA CORREIA
- AUDIÊNCIA: Instrução Processual
-ADVOGADO(s): Luciano Sérgio Gonçalves Brandão – OAB/PE nº 32990 e Defensoria Pública.
- 14:30 HORAS
- PROCESSO Nº 0007267-45.2018.8.17.0001
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- 15:30 HORAS
- PROCESSO Nº 0000676-04.2017.8.17.0001
- ACUSADO: FABIO DA SILVA FERREIRA
- AUDIÊNCIA: Instrução Processual
-ADVOGADO(s): Defensoria Pública.
Dia 30/01/2019
- 15:30 HORAS
- PROCESSO Nº 0024556-25.2017.8.17.0001
- ACUSADOS: ROMYSON WASHINGTON DA SILVA BEZERRA E RAIMUNDO NONATO DA SILVA NETO
- AUDIÊNCIA: Instrução Processual
-ADVOGADO(s): Carla Magna da Luz – OAB/PE nº 37508.
Fica(m) INTIMADO(s) o(s) Advogado(s) abaixo identificado(s), do despacho e atos constantes dos processos a seguir identificados, com fulcro
no art. 370 do CPP.
PROCESSO: 0003569-31.2018.8.17.0001
Acusado (s): Bianca Dias de Lima Figueiredo
Artigo: 33 da lei 11.363/06.
Advogado: Gustavo Cezar Santa Rosa Pereira OAB/PE 34.458.
INTIMAÇÃO: Fica (m) intimado (s), o Advogado acima especificado (s), para, no prazo da Lei, apresentar Alegações Finais - MEMORIAIS.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Autos nº 0010843-17.2016.8.17.0001 Réu: THIAGO LEANDRO SILVA DO NASCIMENTO e FELIPE FELIX CORREIASENTENÇAI -
RELATÓRIOO Representante do Ministério Público, com base no incluso inquérito policial, denunciou THIAGO LEANDRO SILVA DO
NASCIMENTO e FELIPE FELIX CORREIA, qualificado nos autos, como incurso nas sanções dos art. 12 e 16 da Lei 10.826/03.Em breve
síntese, dispõe a denúncia que no dia 12 de abril de 2016, no local e hora narrados, os acusados foram presos em flagrante na posse das
armas apreendidas, descritas nos autos. O inquérito policial se iniciou com APFD. A denúncia foi recebida e os acusados foram devidamente
citados, apresentando resposta escrita à acusação.Não sendo o caso de absolvição sumária, realizou-se audiência de instrução e julgamento,
oportunidade em que foram ouvidas testemunhas arroladas na denúncia e, ao final, interrogados os réus.Apresentaram as partes suas alegações
finais. Vieram-me os autos conclusos. É o breve relato. Decido.II - FUNDAMENTAÇÃOA materialidade delitiva está devidamente comprovada
pelo auto de apresentação e apreensão de fls. 23 e laudo pericial de fls. 225 e ss..A autoria, igualmente, encontra-se sobejamente provada nos
autos. O réu Thiago confessou o crime a ele imputado. Disse que tinha as armas em seu residência para sua defesa pessoal, as quais adquiriu por
R$ 3500,00. Felipe, em seu depoimento, negou a propriedade das armas apreendida em sua residência. Disse que a polícia forjou um flagrante
para incriminá-lo de algo que não cometeu. Disse que não conhecia os policiais que o prenderem e não tinha motivo para que alguém quisesse
prejudicá-lo. Tal versão do acusado é inverossímil e destoa das provas dos autos, não merecendo acolhimento. Os policiais que efetuaram a
prisão dos acusados ratificaram o depoimento prestado em juízo, não ser recordando direito da ocorrência em razão do lapso temporal da prisão
e da audiência. Contudo, ratificaram os depoimentos prestados em sede policial, o que está de pleno acordo com a confissão de Thiago e
divergente da versão absurda de Felipe.O depoimento de policias em crimes contra o patrimônio tem validade amparada na vasta jurisprudência
atual, conforme abaixo transcrita:48622545 - PENAL E PROCESSUAL PENAL. ROUBO. ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CONDENAÇÃO
MANTIDA. CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE. DEPOIMENTO DE POLICIAL. IDONEIDADE. DECLARAÇÕES NÃO RATIFICADAS EM
JUÍZO. CONTRADITÓRIO. INEXISTÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Incabível a absolvição no que tange ao delito de roubo quando o
conjunto probatório coligido aos autos mostra-se uníssono no sentido de ter o apelante incorrido na mencionada prática delituosa. 2. Anarrativa de
policiais, na qualidade de agentes públicos, possui crédito e confiabilidade suficientes para influírem na formação do convencimento do julgador,
em especial quando proferida em juízo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, sendo corroborado pelos demais elementos constantes
dos autos. 3. As declarações da vítima e de testemunha presencial dos fatos, ainda que não ratificadas em juízo, sob o crivo do contraditório,
mostram-se hábeis a fundamentar Decreto condenatório se harmônicas com as provas judicializadas. 4. Recurso desprovido. (TJ-DF; Rec
2014.01.1.030574-7; Ac. 842.092; Segunda Turma Criminal; Rel. Des. Cesar Laboissiere Loyola; DJDFTE 12/01/2015; Pág. 208).Aliada às demais
provas existentes nos autos, a confissão do réu Thiago tem o condão de servir de fundamento a presente sentença condenatória: PORTE ILEGAL
DE ARMA DE FOGO - REEXAME DE PROVAS - CONFISSÃO - HARMONIA COM O RESTANTE DA PROVA - AUTORIA E MATERIALIDADE
COMPROVADAS - PLEITO DESCLASSIFICATÓRIO - AUSÊNCIA DE PROVA DE QUE A ILEGIBILIDADE DA IDENTIFICAÇÃO DA ARMA SE
DEU POR MEIO MECÂNICO - ESPINGARDA EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO - AUSÊNCIA DE OXIDAÇÃO - CONDENAÇÃO MANTIDA.
- Se a arma apreendida estava em bom estado de conservação, sendo inclusive eficiente a efetuar disparos, não se mostra crível supor que
a numeração de identificação tenha se tornado ilegível pelo decurso do tempo ou por oxidação, devendo ser mantida a condenação. (TJ-MG
- APR: 10392110009439001 MG, Relator: Amauri Pinto Ferreira (JD CONVOCADO), Data de Julgamento: 17/02/2016, Câmaras Criminais /
4ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 24/02/2016). Ambos os acusados têm condenação criminal transitada em julgado. Desta feita,
enfrentadas todas as teses defensivas e não tendo o réu agido amparado em excludentes do injusto ou de culpabilidade, necessária mostra-se
a sua condenação pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito - aplicado no caso o princípio da consunção, vez que o crime do
artigo 12 da lei 10826/03 está absolutamente contido no delito mais grave, previsto no artigo 16 da mesma lei.III - DISPOSITIVOAnte o exposto,
e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE, em parte, o pedido formulado na denúncia para CONDENAR os réus THIAGO
LEANDRO SILVA DO NASCIMENTO e FELIPE FELIX CORREIA, como incurso nas sanções do art. 16 da Lei 10826/03. Em razão disso, passo
a dosar-lhe a pena a ser aplicada em estrita observância ao disposto no artigo 68, caput, do Código Penal:Do réu THIAGO LEANDRO SILVA
DO NASCIMENTO Observadas as diretrizes do art. 59 do CP verifico que o Réu agiu com culpabilidade normal à espécie; o réu é reincidente, o
que será analisado na próxima fase da dosimetria da pena; não há nos autos elementos acerca da sua conduta social e personalidade, pelo que
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deixo de valorá-la; os motivos, as consequências e as circunstâncias são inerentes ao tipo em comento, nada tendo a valorar, as vítimas em nada
contribuíram para a prática do delito. Assim, fixo a pena base em 3 (três) anos de reclusão. Presente a agravante da reincidência e a atenuante
da confissão, as quais se anulam, mantendo-se a pena-base acima. Esse é o entendimento da jurisprudência:48622558 - APELAÇÃO. PENAL
E PROCESSO PENAL. TENTATIVA DE FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INÁPLICÁVEL. AUSENTES REQUISITOS. ATENUANTE
DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA E AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS IGUALMENTE
PREPONDERANTES. PENA. IMPÕE-SE A REDUÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Incabível a aplicação do princípio da
insignificância quando não é reduzido o grau de reprovabilidade do comportamento do agente. 2. A confissão espontânea diz respeito à
personalidade do agente, sendo elemento de prova importante que revela aspecto favorável da personalidade do acusado, devendo, no caso
em análise, ser compensada com a agravante da reincidência, que também é circunstância preponderante nos termos do artigo 67 do Código
Penal. 3. Impõe-se a redução da pena, em observância aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a fim de se prestigiarem os
critérios de necessidade e de suficiência para a reprovação e a prevenção do crime. 4. Dado parcial provimento ao recurso para reduzir-se a
pena aplicada. (TJ-DF; Rec 2014.05.1.002593-5; Ac. 842.028; Segunda Turma Criminal; Rel. Des. João Timóteo; DJDFTE 12/01/2015; Pág. 213)
CP, art. 67Ausentes se mostram as causas de aumento e diminuição de pena.Tendo em vista a existência de pena de multa cominada ao delito,
a qual deve guardar exata proporcionalidade com a pena privativa de liberdade, fica o Réu condenado, ainda, ao pagamento de 10 dias-multa,
cada um no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, ante a inexistência de informações acerca da sua situação financeira. Desta
feita, fixo como definitiva a pena de 3 anos de reclusão e 10 dias-multa, no valor unitário alhures especificado.Em atenção ao disposto no art. 33,
§2º, c, do CP e art. 387, §2º, do CPP, considerando a pena definitiva ser inferior a quatro anos e sendo o acusado reincidente, deverá ele iniciar o
cumprimento da pena em regime semiaberto, a ser cumprido inicialmente na PAISJ. Tendo em vista a pena aplicada e reincidência do acusado,
incabíveis se mostram os benefícios dos artigos 44 e 77 do CP. Defiro ao acusado a liberdade provisória ante a ausência dos requisitos ensejadores
da prisão cautelar. Expeça-se alvará de soltura.Deixo de aplicar o art. 387, IV, do CPP, porquanto entendo que a fixação do valor mínimo para a
reparação dos danos causados pela infração deve observar os princípios do contraditório e da ampla defesa, revelando-se imperioso oportunizar
ao Réu o direito de produzir eventuais provas que pudessem interferir na convicção do julgador no momento da fixação, o que não ocorreu
nos presentes autos. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais, nos termos do art. 804 do CPP.Do réu FELIPE FELIX CORREIA
Observadas as diretrizes do art. 59 do CP verifico que o Réu agiu com culpabilidade normal à espécie; o réu é reincidente, o que será analisado
na próxima fase da dosimetria da pena; não há nos autos elementos acerca da sua conduta social e personalidade, pelo que deixo de valorá-
la; os motivos, as consequências e as circunstâncias são inerentes ao tipo em comento, nada tendo a valorar, as vítimas em nada contribuíram
para a prática do delito. Assim, fixo a pena base em 3 (três) anos de reclusão. Ausentes se mostram as atenuantes. Presente a agravante da
reincidência, de forma que majoro em 1/6 a pena do acusado, fixando-a em 3 anos e 6 meses reclusão. Ausentes se mostram as causas de
aumento e diminuição de pena.Tendo em vista a existência de pena de multa cominada ao delito, a qual deve guardar exata proporcionalidade
com a pena privativa de liberdade, fica o Réu condenado, ainda, ao pagamento de 12 dias-multa, cada um no valor de 1/30 do salário mínimo
vigente à época do fato, ante a inexistência de informações acerca da sua situação financeira. Desta feita, fixo como definitiva a pena de 3 anos
e 6 meses de reclusão e 12 dias-multa, no valor unitário alhures especificado.Em atenção ao disposto no art. 33, §2º, c, do CP e art. 387, §2º, do
CPP, considerando a pena definitiva ser inferior a quatro anos e sendo o acusado reincidente, deverá ele iniciar o cumprimento da pena em regime
semiaberto, a ser cumprido inicialmente na PAISJ. Tendo em vista a pena aplicada e reincidência do acusado, incabíveis se mostram os benefícios
dos artigos 44 e 77 do CP. Defiro ao acusado a liberdade provisória ante a ausência dos requisitos ensejadores da prisão cautelar. Expeça-se
alvará de soltura.Deixo de aplicar o art. 387, IV, do CPP, porquanto entendo que a fixação do valor mínimo para a reparação dos danos causados
pela infração deve observar os princípios do contraditório e da ampla defesa, revelando-se imperioso oportunizar ao Réu o direito de produzir
eventuais provas que pudessem interferir na convicção do julgador no momento da fixação, o que não ocorreu nos presentes autos. Condeno
o réu ao pagamento das custas processuais, nos termos do art. 804 do CPP. IV - DISPOSIÇÕES GERAISApós o trânsito em julgado, adotem-
se as seguintes providências:1. Expeça-se guias de execução definitiva; 2. Oficie-se ao TRE para cumprimento do disposto no art. 15, III, da
CR/88;3. Oficie-se ao órgão estatal encarregado dos registros de dados sobre antecedentes;4. Remetam-se os autos ao Contador do Foro, para
o cálculo do montante da multa. Não havendo pagamento voluntário, após a intimação para tal, no prazo de que trata o artigo 50 do CP, certifique-
se nos autos o ocorrido, comunicando-se a 1ª Procuradoria Regional do Estado para adoção das medidas cabíveis, consoante Ofício Circular nº
01/2008, de 30-06-2008, daquela Procuradoria;5. Encaminhem-se as armas apreendidas para destruição. Cumpridas as diligências, arquive-se.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Recife, 1 de novembro de 2018.____________________________THIAGO FERNANDES CINTRAJuiz de
Direito ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL3
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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(...) ANTE O EXPOSTO, JULGO IMPROCEDENTE A DENÚNCIA E ABSOLVO JONATHAN HENRIQUE LIRA EUSTAQUIO DA SILVA, ERNANDO
FELICIANO DOS SANTOS e COCHISE GUIMARÃES FREIRE MARIZ, qualificado nestes autos, da imputação feita às suas pessoas, com
fundamento no artigo 386, II, do CPP. Após o trânsito em julgado: a) Preencham-se os boletins individuais, encaminhando-os ao Instituto de
Identificação Tavares Buril; b) anote-se a decisão na distribuição, para fins de baixa virtual, e arquivem-se. Sem custas. Publique-se. Registre-
se. Intimem-se. CUMPRA-SE. Recife (PE), 16 de novembro de 2018. JUIZ DE DIREITO a) LAIETE JATOBÁ NETO
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
PROCESSO Nº 0006150-53.2017.8.17.0001
ACUSADA: NIKOLY KARINY MENDONÇA DE FRANÇA;
O Doutor Luciano de Castro Campos, Juiz de Direito da 6ª Vara Criminal da Capital, em virtude da lei, etc...
Faz saber que, pelo presente edital, fica intimad o o Dr. Anderson Flexa Leite (OAB/PE 32.229) , advogad o d a acusad a , Nikoly
Kariny Mendonça de França , para, nos termos do art. 403, §3º, do CPP, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar as alegações finais. Dado
e passado nesta cidade do Recife-PE, aos 04 ( quatro ) dias do mês de dez em bro de 201 8 . Eu, (assinatura ilegível) Hertania Leite
Dantas - Chefe de Secretaria, o fiz digitar e subscrevo.
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O(a) Dr(a). Francisco de Assis Galindo de Oliveira , Juiz(a) de Direito da 7ª Vara Criminal da Comarca do Recife, , Capital do Estado de
Pernambuco, em virtude da Lei, observado o prazo legal, etc...
FAZ SABER que o Sr(a) JOSÉ HILTON SANTOS DE LIMA, brasileiro, natural de Recife/PE, nascido aos 20.06.1986, RG nº 6.580.845
SDS/PE, filho de José Francisco de Lima e Maria de Lourdes dos Santos , atualmente em lugar incerto e não sabido, fica INTIMADO da
SENTENÇA prolatada por este Juízo, abaixo transcrita, ficando ciente de que tem cinco (05) dias para apresentar recurso, observado o prazo
disciplinado no art. 392, §1º, do Código de Processo Penal Brasileiro. SENTENÇA PROCESSO N.º 0014074-18.2017.8.17.0001
José Hilton Santos de Lima responde Ação Penal, como incurso na conduta descrita no art. 157, § 2.º, inc. I, c/c o art. 14, inc. II, ambos do
Código Penal, atribuindo-se-lhe a prática do seguinte fato: No dia 27/06/2017, por volta das 13h, em plena via pública, na Rua Rocha Pita,
bairro de Santo Amaro, nesta cidade, mediante violência e grave ameaça, simulando estar na posse de uma faca, tentara subtrair as
bolsas Ednalva Souza Nóbrega e Laís Souza da Nóbrega, não consumando o delito por circunstâncias alheias à sua vontade. Recebera-
se a denúncia (64). O réu fora citado (68) e oferecera resposta à acusação (72/73). Realizara-se audiência de instrução (82-84). O réu fora
declarado revel, sendo-lhe decretada a prisão preventiva (91). Foram apresentadas as alegações finais (93-96 e 100/101). A Promotoria de Justiça
pugnara pela condenação e a Defesa pedira a absolvição. DECIDO A MATERIALIDADE está consubstanciada no Auto de Prisão em Flagrante
(08-12) e no Boletim de Ocorrência (14/15). AUTORIA – O réu, à autoridade policial (10), utilizara-se do direito constitucional de permanecer
calado. As vítimas explicaram detalhadamente a ação do réu. Declararam que o crime não se consumara porque populares perceberam quando
ele se aproximava. Embora Ednalva de Souza Nobrega tenha informado que não reconhecera o réu, porquanto não visualizara a fisionomia,
a filha Laís Souza da Nóbrega, com propriedade, o reconhecera e acrescentara que a mãe ficara muito nervosa e, por isso, não olhara o
rosto dele (Mídia – 84). Em delito de roubo, conforme tem decidido a Jurisprudência, “a palavra da vítima assume especial preponderância,
notadamente quando descreve com firmeza o desenrolar do fato criminoso e reconhece com igual segurança o seu algoz” (TJSP – RT 618/304
e TACRIM-SP AC-1036.841-3-Rel. Renato Nalini). APELAÇÃO - ROUBO QUALIFICADO COM CONCURSO DE AGENTES - ABSOLVIÇÃO
- Impossibilidade: A palavra da vítima representa viga mestra da estrutura probatória e sua acusação firme e segura com apoio em
outros elementos de convicção autoriza o édito condenatório. CONCURSO DE AGENTES - AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA -
PALAVRA FIRME DA VÍTIMA -Suficiência: O firme e detalhado relato da vítima, atestando o concurso com indivíduo não identificado,
simulando portar arma de fogo, é suficiente para a configuração da figura qualificada, sendo desnecessária a prisão do comparsa. [...]
(TJ-SP - APL: 4777688820108260000 SP 0477768-88.2010.8.26.0000, Relator: J. Martins, Data de Julgamento: 09/06/2011, 15ª Câmara de
Direito Criminal, Data de Publicação: 05/07/2011). As declarações das vítimas foram corroboradas pelos depoimentos dos policiais militares
Melquisedec Antônio dos Santos e Vanessa Gomes da Silva, que realizaram a prisão em flagrante (Mídia – 84). Apesar da ameaça do réu, ao
simular portar uma arma, por debaixo da camisa, como informaram as vítimas, não há informações nos autos de que fora apreendido qualquer
instrumento com o réu. Apesar o silêncio do réu, as provas não deixam dúvidas de que ele, simulando portar uma arma, mediante grave ameaça,
executara um roubo simples, sob a forma tentada. Posto isso: JULGO PROCEDENTE EM PARTE a pretensão estatal, consubstanciada na
denúncia (02-04), e, em consequência, CONDENO José Hilton Santos de Lima, como inserto nas penas do art. 157, caput , c/c o art. 14,
inciso II, do Código Penal. APLICAÇÃO DA PENA Culpabilidade comprovada, sendo o grau de reprovação da conduta muito elevado. O
réu responde a outra ação penal (104), entretanto, é tecnicamente primário. Não há informações para que se possa valorar a conduta social.
A personalidade é, aparentemente, voltada à prática de crimes. O motivo fora a ambição pelo ganho fácil, sem a contraprestação do trabalho
honesto. As circunstâncias não o beneficiam, eis que as vítimas foram surpreendidas e subjugadas pela ação dele, quando se encontrava na via
pública, em nada contribuindo para a realização do ato ilícito. Não houve consequências de ordem material, porquanto o delito não se consumara.
Assim, estabeleço a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão, que, sendo a mínima e inexistindo circunstâncias agravantes, diminuo em 1/3
(um terço), ou seja, 01 (um) ano e 04 (quatro) meses, em razão da tentativa, para torná-la DEFINITIVA EM 02 (DOIS) ANOS E 08 (OITO) MESES
DE RECLUSÃO E 30 (TRINTA) DIAS-MULTA, no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo por dia-multa. O regime inicial de cumprimento
de pena é o ABERTO, na CAEL – Chefia de Apoio a Egressos e Liberados. Inaplicável o disposto no art. 44 do Código Penal porque o crime
não comporta o benefício. Transitada em julgado, expeça-se guia de recolhimento e oficiem-se o TRE e o ITB. Custas pelo réu. P.R.I. Recife, 14
de novembro de 2018. Francisco de Assis GALINDO de Oliveira Juiz de Direito Titular da 7.ª Vara Criminal Dado e Passado nesta Comarca
do Recife aos 05 dias do mês de Dezembro do ano de 2018 . Eu, Natália Souto Maior Barros, digitei e submeti à conferência e subscrição,
encaminhando-o a publicação após assinatura. Eu,_________________ Elisan da Silva Francisco , Chefe de Secretaria, assino.
Juiz de Direito
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O(ª) Dr(ª). FRANCISCO DE ASSIS GALINDO DE OLIVEIRA , Juiz(ª) de Direito da 7ª Vara Criminal da Comarca do Recife, Capital do Estado
de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a todos por meio deste Edital de Citação, com prazo de 15(quinze) dias, e que dele tomarem conhecimento , que o Ministério
Público, pela Promotoria de Justiça, foi denunciado como incurso nas penas do Art. 329 do Código Penal Brasileiro , o(ª) Sr(ª). SÉRGIO
ROBERTO COSTA BEZERRA FILHO, nascido em 07/10/1986, filho de Sérgio Roberto Costa Bezerra e Maria da Conceição Belchior ) ,
por fato ocorrido no dia 28/02/2016, por volta as 3:30, na Rua das Moças, Boa Viagem, Recife/PE, onde o denunciado resistiu a prisão
efetuada por funcionários públicos mediante violência), caracterizando assim o delito a ele imputado ; onde figura como vítima O Estado,
tudo conforme a denúncia recebida dia 30/11/2018 nos autos do Processo Crime nº 0023030-86.2018.8.17.0001 que tramita no Juízo da
7ª Vara Criminal da Capital, situada no Fórum Rodolfo Aureliano, com endereço na Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n, - Ilha de Joana
Bezerra, Recife/PE . E como se encontra EM LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO o Sr. SÉRGIO ROBERTO COSTA BEZERRA FILHO , acima
qualificado, é o referido CITADO por este instrumento legal para apresentar resposta à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, através
de advogado constituído, conforme redação do art. 396 do Código de Processo Penal, caput, do Código de Processo Penal, com a fluência do
prazo com início a partir do comparecimento pessoal do acusado ou de seu defensor constituído em cartório onde tramita o Processo Criminal,
conforme parágrafo único do mesmo dispositivo legal. Fica ainda advertido o acusado de que, em não sendo apresentada a referida resposta no
prazo legal, será nomeado Defensor Público para acompanhar o Processo Criminal, nos termos do art. 396-A, § 2º, do Código de Processo Penal.
Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar
as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário (art. 396-A do CPP). A reparação
do dano sofrido pela vítima é circunstância que sempre atenua a pena, desde que o acusado o faça por sua espontânea vontade, com eficiência
e antes do julgamento. O valor correspondente pode ser fixado de comum acordo entre as partes e homologado no juízo competente. Dado e
Passado nesta Comarca do Recife aos 03 (três) dias do mês de dezembro do ano de 2018. Eu, Natália Souto Maior Barros, o digitei e submeti à
conferência e subscrição, encaminhando-o a publicação após assinatura. _______________ Elisan da Silva Francisco, Chefe de Secretaria.
O(ª) Dr(ª). FRANCISCO DE ASSIS GALINDO DE OLIVEIRA , Juiz(ª) de Direito da 7ª Vara Criminal da Comarca do Recife, Capital do Estado
de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a todos por meio deste Edital de Citação, com prazo de 15(quinze) dias, e que dele tomarem conhecimento , que o Ministério
Público, pela Promotoria de Justiça, foi denunciado como incurso nas penas do Art. 147 do CPB , o(ª) Sr(ª). LENI GONÇALVES PEREIRA
(brasileira, nascida 05/07/1961, RG 2057943-SSP/PE, filha de Ladislau Marcelino Pereira e Dalila Gonçalves Pereira) , por fato ocorrido no
dia 27/08/2017, na Rua Arquiteto Luiz Nunes, nº 751, Imbiribeira, nesta cidade , a denunciada ameaçou a vítima, de causar-lhe mal injusto
e grave, onde figura como vítima Maria Lúcia Pereira da Costa, tudo conforme a denúncia recebida dia 27/11/2018 nos autos do Processo
Crime nº 0022709-51.2018.8.17.0001 , que tramita no Juízo da 7ª Vara Criminal da Capital, situada no Fórum Rodolfo Aureliano, com endereço
na Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n, - Ilha de Joana Bezerra, Recife/PE . E como se encontra EM LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO o
Sr. LENI GONÇALVES PEREIRA , acima qualificado, é o referido CITADO por este instrumento legal para apresentar resposta à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, através de advogado constituído, conforme redação do art. 396 do Código de Processo Penal, caput, do
Código de Processo Penal, com a fluência do prazo com início a partir do comparecimento pessoal do acusado ou de seu defensor constituído
em cartório onde tramita o Processo Criminal, conforme parágrafo único do mesmo dispositivo legal. Fica ainda advertido o acusado de que, em
não sendo apresentada a referida resposta no prazo legal, será nomeado Defensor Público para acompanhar o Processo Criminal, nos termos
do art. 396-A, § 2º, do Código de Processo Penal. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa,
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oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário (art. 396-A do CPP). A reparação do dano sofrido pela vítima é circunstância que sempre atenua a pena, desde que o acusado o faça
por sua espontânea vontade, com eficiência e antes do julgamento. O valor correspondente pode ser fixado de comum acordo entre as partes
e homologado no juízo competente. Dado e Passado nesta Comarca do Recife aos 30 (trinta) dias do mês de novembro do ano de 2018. Eu,
Flávia de Holanda Cavalcanti, o digitei e submeti à conferência e subscrição, encaminhando-o a publicação após assinatura._______________
Elisan da Silva Francisco, Chefe de Secretaria.
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
Advogado (a)(s): DRA. ROSELAYNE NATÁLIA DIAS DE SOUZA, OAB/PE Nº 36.220; DRA. PRISCILA FABÍOLA DO NASCIMENTO, OAB/PE
Nº 42.361; DR. DI’ANGELIS RIBEIRO DE ALBUQUERQUE, OAB/RN Nº 10455 E DR. EMIVAL CRUZ CIRILO DA SILVA, OAB/RN Nº 12527
(AMBOS COM ENDEREÇO NA RUA JOÃO CELSO FILHO, 1950, AP. 1004, ED. PLENARIUM, LAGOA NOVA, NATAL/RN)
A Doutora Sandra de Arruda Beltrão Prado, MM. Juíza de Direito em exercício cumulativo na Oitava Vara Criminal da Capital, em virtude de
lei, etc...
FAZ SABER , que, cumprindo o disposto no art. 370, § 1º, do CPP, fica(m), a partir da publicação deste Edital, INTIMADO(A)(S) o(a)(s) DRA.
ROSELAYNE NATÁLIA DIAS DE SOUZA, OAB/PE Nº 36.220; DRA. PRISCILA FABÍOLA DO NASCIMENTO, OAB/PE Nº 42.361; DR. DI’ANGELIS
RIBEIRO DE ALBUQUERQUE, OAB/RN Nº 10455 E DR. EMIVAL CRUZ CIRILO DA SILVA, OAB/RN Nº 12527, advogados dos acusados
supramencionados, para fins do art. 403, § 3º do CPP, no prazo legal, apresentar suas razões finais em forma de memorial . Dado e passado
nesta Comarca do Recife, aos cinco (05) dias do mês de dezembro de 2018 (dois mil e dezoito). Eu, Rosane Maria Catanho Silva, Chefe de
Secretaria, o fiz digitar e assino.
A Dra. Sandra de Arruda Beltrão Prado, Juíza de Direito, em substituição, da 8ª Vara Criminal da Comarca de Recife, Capital do Estado
de Pernambuco, em virtude da Lei,etc. FAZ SABER, que, cumprindo o disposto no art. 370, § 1º, do CPP, fica (m), a partir da publicação
deste edital, INTIMADO (A)(S) o(a)(s) Bel(a)(éis) : Advogado(a): Dr. Gervásio Lins, OAB-PE nº 11.156, advogado do referido acusado,
da Decisão proferida no presente feito, cujo teor segue transcrito, bem como da audiência de instrução e julgamento , conforme se vê: D E S P
A C H O Verificando tratar-se o dia 12.11.2018 uma segunda-feira e normalmente as audiências realizadas nesses dias, preferencialmente, são
destinadas à Defensoria Pública; Torno sem efeito a audiência ali designada para redesignar o dia 12.02.2019, às 14 horas para a realização
da audiência, permanecendo os demais termos ali consignados.
Dado e passado nesta Comarca do Recife, aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro de 2018 (dois mil e dezoito). Eu, Rodrigo Fernandes Paes
Barreto, Técnico Judiciário, digitei e assino.
Por ordem do MM. Juiz de Direito Titular desta Vara Criminal, conforme PROVIMENTO Nº 02 DE 08/04/2010 ( DJE 12/04/2010) .
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Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 18/02/2019
Data: 26/02/2019
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS, DESPACHOS E DECISÕES
prolatadas nos autos dos processos abaixo relacionados:
ASSENTADA Aos TRÊS DIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E DEZOITO (03-12-2018) , Capital do Estado de Pernambuco, na Sala
das Audiências deste Juízo, no 2.º andar do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, presente(s) o Dr. João Guido Tenório de Albuquerque
, Juiz de Direito, acompanhado do Assessor de Magistrado, Mauricio Luna. Presente(s) , o réu, Paulo Alexandre Marinho De Souza , o
advogado do réu, Dr. Rômulo Alencar , OAB/PE 14.766, as testemunhas do rol do Ministério Público, Mauricio Lopes de Menezes Neto ,
Marília Graziele do Nascimento e Renan Gustavo Lima da Silva , e as testemunhas do rol da defesa, Walmir Bezerra Leitão , Suelany
Karina José dos Passos e Edisia Cristina Moraes Barbosa (fl. 126). Ausente representante do Ministério Público. (...) Passou o MM.
Juiz a proferir a seguinte SENTENÇA, vistos etc.: O Ministério Público de Pernambuco denunciou PAULO ALEXANDRE MARINHO DE
SOUZA , qualificado à fl. 02 dos autos, como incurso nas penas do art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06, e ainda nas penas do art. 14 da Lei
nº 10.826/03, alegando, em síntese, que na noite do dia 20 de junho de 2018, por volta das 21h45, em via pública, na Rua Continental, UR-05,
bairro do Ibura, nesta cidade, o acusado foi preso em flagrante delito por estar na posse de 15 (quinze) invólucros plásticos contendo maconha,
pesando 15,315 Kg (quinze quilos, trezentos e quinze gramas), assim como 01 (um) revólver calibre 38, da marca Rossi, nº de série J187882,
e 06 (seis) munições do mesmo calibre, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Narra ainda a denúncia
que no dia do fato policiais militares realizavam uma blitz na Avenida Expedicionário Francisco Vitoriano, na entrada da comunidade do UR-05,
próximo ao supermercado Trevo, quando avistaram o acusado conduzindo o veículo Voyage de cor cinza e placa PGN-8568 que, ao visualizar o
aludido bloqueio de trânsito, fez um retorno no sentido de evitá-lo, oportunidade em que os policiais seguiram o acusado e conseguiram abordá-
lo na Rua Continental, ocasião em que foi encontrada em seu poder, dentro do veículo, uma sacola grande contendo a referida quantidade de
drogas, bem como o aludido revólver e munições, que estavam sob o banco do motorista, razão pela qual foi preso em flagrante delito. Audiência
de custódia à fl. 21, onde a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. Certidão de consulta ao sistema judwin à fl. 25. Pedido e
restituição de objeto apreendido às fls. 28/45. Pedido de revogação da prisão preventiva às fls. 47/50. Parecer ministerial às fls. 66/68. Boletins
de ocorrência às fls. 78/82. Auto de apresentação e apreensão à fl. 83. Laudo preliminar à fl. 95. Determinação de notificação do réu à fl. 115.
Resposta à acusação às fls. 125/126. Deferido o pedido de restituição de objeto apreendido às fls. 127/128. Laudo pericial à fl. 131. A denúncia
foi recebida à fl. 134. Perícia traumatológica à fl. 148. Nesta data, audiência de instrução e julgamento, onde foram inquiridas três testemunhas
indicadas pelo Ministério Público, e uma testemunha indicada pela defesa, e ao final foi interrogada o réu, que confessou a prática dos crimes.
No momento do art. 402 do CPP, nada foi requerido pelas partes. Em alegações finais orais, o Ministério Público pugnou pela condenação do
réu em relação a ambos os crimes narrados na denúncia, mas, quanto ao tráfico, na sua forma privilegiada, o que foi corroborado pela defesa.
É o relatório. Decido. Trata-se de ação penal pública incondicionada, por crimes tipificados no art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06, e no art. 14
da Lei nº 10.826/03. Analisando detidamente os autos, quanto ao crime do art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06 , verifico que a materialidade
delitiva restou fartamente comprovada através do auto de apresentação e apreensão de fl. 83, do laudo preliminar de fl. 95 e do laudo pericial de
fl. 131, estando comprovada a apreensão, na posse do réu, de 15 (quinze) invólucros plásticos contendo maconha, pesando 15,315 Kg (quinze
quilos, trezentos e quinze gramas), que estava por ele sendo transportado no interior do veículo que conduzia. A autoria também é inconteste,
haja vista que o réu confessou, em juízo, que de fato estava transportando consigo, no interior do veículo que dirigia, aquela quantidade de
droga que foi apreendida, e que estava fazendo isso porque receberia R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) pelo transporte das drogas. Com
efeito, t endo a agente sido preso transportando em via pública estas substâncias entorpecentes, bem como levando-se em conta a sua confissão
espontânea, não há outro caminho senão um decreto condenatório, havendo provas mais do que suficientes para embasá-lo, estando a conduta
da agente perfeitamente ajustada ao tipo penal do art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06 . A intenção de traficância é comprovada pelo fato de que
as citadas substâncias estavam acondicionadas em invólucros plásticos típicos para a venda e estava sendo guardada na clandestinidade, o que
foi confirmado pelos depoimentos prestados pelos policiais militares. Ademais, para a consumação do crime de tráfico ilícito de entorpecentes
é prescindível a verificação de atos de mercancia da droga, em razão da variedade de núcleos típicos previstos para e espécie, tais como “ i
mportar , exportar , remeter , preparar , produzir , fabricar , adquirir , vender , expor à venda , oferecer , ter em depósito , transportar
, trazer consigo , guardar , prescrever , ministrar , entregar” , bastando a demonstração de que a substância apreendida estava destinada à
distribuição ilícita, o que restou demonstrado pelos elementos probatórios acima analisados. Por outro lado, reconheço que não há nos autos
qualquer prova de que a acusada se dedique, com certa frequência, a esta atividade criminosa, ou que integre organização criminosa, não se
verificando periculosidade nesta agente, incidindo, neste caso, a causa de diminuição de pena do art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06 , tendo ele
comprovado, através de certidão juntada aos autos, que sempre foi trabalhador e que contribuiu ao longo dos anos com o INSS. No tocante ao
crime do art. 14 da Lei nº 10.826/03 , a materialidade também restou comprovada através do auto de apresentação e apreensão de fl. 83. A
autoria também é inconteste, estando a confissão espontânea do réu em plena harmonia com a prova testemunhal colhida em juízo. Os policiais
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militares confirmaram seus depoimentos prestados em sede policial e ratificaram que o réu estava transportando ilegalmente a arma de fogo
no interior do veículo, embaixo do banco do motorista, o que foi confirmado pelo citado agente. Com efeito, a situação de flagrância em que o
réu foi detido, aliada aos depoimentos prestados pelos policiais e a confissão do próprio acusado, não deixam dúvida acerca da autoria delitiva.
O réu, tanto tinha conhecimento que portava ilicitamente uma arma, que o fazia de forma clandestina. Ademais, o tipo penal do art. 14 da Lei
nº 10.826/03, ao prever as condutas de portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal e regulamentar, contempla crime de mera conduta, sendo suficiente a ação de portar ilegalmente a arma de
fogo. Diante disso, não resta dúvida que o acusado, ao transitar em via pública na posse de uma arma de fogo, sem autorização e em desacordo
com determinação regulamentar, infringiu o tipo penal previsto no art. 14 da Lei 10.826/03. Quanto aos fatos, verifico que foram praticados dois
crimes, em concurso material, conforme previsão no art. 69 do Código Penal, vez que o acusado, mediante uma ação, praticou dois crimes não
idênticos, devendo-se aplicar cumulativamente as penas previstas. Destarte, acolho o pedido de condenação formulado pelo Ministério Público
em suas alegações finais. DIANTE DO EXPOSTO e tudo o mais que nos autos consta, julgo procedente a denúncia para condenar PAULO
ALEXANDRE MARINHO DE SOUZA , qualificado à fl. 02 dos autos, nas penas do art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06 e nas penas do art. 14
da Lei nº 10826/03. Passo a dosimetria da pena. Quanto ao crime do art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06 , a culpabilidade do réu foi intensa,
pois foi a agente estava transportando ilegalmente, no interior do veículo que dirigia, as drogas para posterior comercialização, sendo o mesmo
primário e de bons antecedentes. A personalidade do réu é reveladora de reduzido senso ético-social, pois não havia motivos que justificassem
trilhar o caminho da criminalidade. Ausentes notícias da sua conduta social. O motivo do crime é a vontade que o réu tem de adquirir bens que
a sua condição financeira não permite, fato que tem levado jovens das classes A, B, C, D e E ao mundo do crime. As circunstâncias dos crimes
demonstram ausência de respeito ao próximo e de sentimento de responsabilidade e de impunidade, agindo na clandestinidade, sem medo das
forças de segurança do Estado, contribuindo, por via de consequência, para o aumento da criminalidade. Considerando que o “quantum” da pena
deve ser aplicado visando ressocializar o agente e inibir os possíveis criminosos, nos termos do art. 59 do Código Penal, fixo a pena - base
em 07 (sete) anos de reclusão, em razão da grande quantidade de droga apreendida. Ausentes agravantes. Presente a atenuante da confissão
espontânea, atenuo a pena em 03 (três) meses, ficando em 06 (seis) anos e 09 (nove) meses de reclusão. Ausentes causas de aumento de pena.
Presente a causa de diminuição de pena do art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06 , razão pela qual diminuo a pena em 1/3 (um terço), em função da
primariedade, o que denota não ser este uma traficante de grande porte e/ou contumaz neste tipo de atividade. Torno a pena definitiva em
04 (quatro) anos e 06 (seis) meses de reclusão. Fica o réu condenada ainda em 500 (quinhentos) dias - multa, fixado cada dia - multa em
1/30 (um trigésimo) do salário mínimo legal. Quanto ao crime do art. 14 da Lei nº 10.826/06 , a culpabilidade do réu foi intensa, sendo o agente
que foi flagrado portando ilegalmente uma arma de fogo em via pública. O réu é tecnicamente primário, em que pese já tenha sido condenado
por outro crime, como ele mesmo declarou em juízo. A personalidade do réu é reveladora de reduzido senso ético-social, pois não havia motivos
que justificassem trilhar o caminho da criminalidade. Ausentes notícias quanto à sua conduta social. Quanto ao fato, tratando-se de crime de
mera conduta, o que por si só já é grave, ainda mais tratando-se de pessoa já envolvida em crime de roubo. Considerando que o “quantum” da
pena deve ser aplicado visando ressocializar o agente e inibir os possíveis criminosos, nos termos do art. 59 do Código Penal, fixo a pena-base
em 02 (dois) anos de reclusão. Ausentes agravantes. Deixo de aplicar a atenuante da confissão espontânea em face de já ter fixado a pena-
base no mínimo legal. Ausentes causas de aumento e de diminuição de pena. T orno-a definitiva em 02 (dois) anos de reclusão . Fica o réu
condenado ainda em 10 (dez) dias - multa, fixado cada dia - multa em 1/20 (um vigésimo) do salário mínimo legal, face às razoáveis condições
econômicas do réu na época do fato. Com base no art. 69 do Código Penal, faço a unificação das penas, qual seja a pena definitiva de 04
(quatro) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 500 (quinhentos) dias-multa (aplicada em relação ao crime de tráfico de drogas), mais a pena
definitiva de 02 (dois) anos de reclusão (aplicada em relação ao crime de porte ilegal de arma de fogo), ficando a pena total em 06 (seis)
anos e 06 (seis) meses de reclusão e 510 (quinhentos e dez) dias-multa , f ixado cada dia - multa em 1/30 do salário mínimo legal na época
do fato. Em face do teor do art. 387, §2º, do CPP, com a nova redação da Lei nº 12.736, de 30-11-2012, faço a detração, observando que da data
da prisão, em 20/06/2018, até a data de hoje, decorreram 05 (cinco) meses e 13 (treze) dias, assim, restando ser cumprida a pena de 06 (seis)
anos e 17 (dezessete) dias de reclusão. Assim, considerando disposto no art. 59, do Código Penal, e com fundamento no art. 33, §3º, do mesmo
diploma legal, fixo o regime inicial de cumprimento da pena no semiaberto , na Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, ou em
local a ser indicado pelo Juízo das Execuções Penais. Nego ao réu o direito de apelar em liberdade. Expeça-se mandado de prisão. Ausentes
os requisitos do art. 44 do Código Penal, impossível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito. Condeno o réu ao
pagamento das custas processuais. Transitada em julgado esta sentença, ficam suspensos os direitos políticos do réu, nos termos do art. 15,
inciso III, da Constituição Federal, enquanto durarem seus efeitos. Transitada em julgado esta sentença, expeça-se carta de guia definitiva, e a
encaminhe, remetendo-se o Boletim Individual ao IITB-PE. Informe-se ao CNJ a respeito de bens apreendidos e restituídos, se houver. Ciência,
ainda, à Justiça Eleitoral, para os fins legais. Após o trânsito em julgado desta sentença, expeça-se guia de recolhimento com o valor da pena
de multa para que o Juízo das Execuções Penais determine a intimação para o pagamento dentro de 10 (dez) dias (art. 50 do CP), conforme
entendimento do STJ (AgRg no REsp 397242/SP). Determino, ainda, a imediata destruição de todas as substâncias entorpecentes apreendidas,
certificando-se nos autos. Quanto à(s) arma(s) e munições apreendida(s), encaminhe-se a(s) mesma(s) ao Exército para destruição, nos termos
do art. 25 da lei 10.826/03, e comunique-se à Polícia Federal para fins de inclusão da mesma no SINARM. Demais anotações e comunicações
necessárias. No final, arquive-se o processo com as cautelas legais. Sentença publicada em audiência. Intimados os presentes. Registre-se. O
Ministério Público e a defesa declararam, neste momento, que renunciam ao prazo recursal, razão pela qual determino a expedição de carta de
guia definitiva . Determinou o MM. Juiz o encerramento do presente termo, que lido e achado conforme vai devidamente assinado pelas partes.
Eu, Maurício Luna, Assessor de Magistrado, digitei. JUIZ DE DIREITO –MINISTÉRIO PÚBLICO –ADVOGADO – RÉU.
ASSENTADA Aos TRÊS DIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E DEZOITO (03-12-2018) , Capital do Estado de Pernambuco, na Sala
das Audiências deste Juízo, no 2.º andar do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, presente(s) o Dr. João Guido Tenório de Albuquerque
, Juiz de Direito, acompanhado do Assessor de Magistrado, Mauricio Luna. Presente(s) , o representante do Ministério Público, Dr. Fernando
Portela Rodrigues , o réu, Mauricio José da Silva , o advogado do réu, Dr. José Vitor Soares de Oliveira , OAB/PE 42.281, e as testemunhas
do rol do Ministério Público, Paulo Sérgio Nascimento de Lima e Anderson Luiz da Silva . Não foram indicadas testemunhas de defesa.
(...) Passou o MM. Juiz a proferir a seguinte SENTENÇA, vistos etc.: O Ministério Público de Pernambuco denunciou MAURICIO JOSÉ DA
SILVA , qualificado à fl. 02 dos autos, como incurso nas penas do art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06, alegando, em síntese, que na manhã do dia
05 de dezembro de 2017, por volta das 09h20, no imóvel situado na Rua Zeppelin, nº 820, no bairro da Mangueira, por trás do Batalhão do BOPE,
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nesta cidade, policiais militares flagraram o acusado mantendo em depósito, para fins de tráfico, 32 (trinta e dois) invólucros plásticos contendo
maconha, bem como 01 (um) invólucro de papel contendo a mesma substância, com peso total equivalente a 156,948g (cento e cinquenta e
seis gramas, novecentos e quarenta e oito miligramas), bem como a quantia de R$ 180,00 (cento e oitenta reais), produto do crime, além de 02
(dois) aparelhos celulares, instrumentos do crime. Audiência de custódia à fl. 26, onde a prisão em flagrante foi substituída por outras medidas
cautelares. Certidão de consulta ao sistema judwin à fl. 30. Boletins de ocorrência às fls. 49/53. Auto de apresentação e apreensão à fl. 54.
Laudo preliminar à fl. 59. Laudo pericial às fls. 80. Determinação de notificação do réu à fl. 94. Resposta à acusação às fls. 107. A denúncia foi
recebida à fl. 109. Audiência de instrução e julgamento às fls. 122/124, onde foi inquirida uma testemunha indicada pela acusação. Nesta data,
audiência em continuação, onde foram inquiridas mais duas testemunhas indicadas pelo MP, e ao final foi interrogado o réu. No momento do
art. 402 do CPP, nada foi requerido pelas partes. Em alegações finais orais, o Ministério Público pugnou pela desclassificação e condenação
do réu nas penas do art. 28, da Lei nº 11.343/06, o que foi corroborado pela defesa. É o relatório. Decido. Trata-se de ação penal pública
incondicionada, por crime tipificado no art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06. Analisando detidamente os autos, verifico que a materialidade delitiva
restou fartamente comprovada através do auto de apresentação e apreensão de fl. 54, do laudo preliminar de fl. 59 e do laudo pericial de fl. 80,
estando comprovada a apreensão, na posse do réu, na residência, da quantidade de drogas indicada no referido laudo pericial definitivo. Quanto
ao pedido de desclassificação formulado pelas partes, quanto ao uso de drogas, entendo que as provas não permitem tal desclassificação em
face de que o acusado foi flagrado justamente com outra pessoa usando droga dentro de sua residência. E hoje o réu foi ouvido, afirmando que a
droga apreendida era de sua propriedade, e se esta outra pessoa se encontrava usando a droga é porque esta foi fornecida pelo acusado. Assim
entendo que é o caso de se desclassificar para o crime do art. 33, §3º, da Lei nº 11.343/06 , e não para o do art. 28 da referida lei. Destarte,
acolho o pedido de condenação formulado pelo Ministério Público em suas alegações finais. DIANTE DO EXPOSTO e tudo o mais que nos
autos consta, julgo procedente em parte a denúncia para condenar MAURICIO JOSÉ DA SILVA , qualificado à fl. 02 dos autos, nas penas
do art. 33, §3º, da Lei nº 11.343/06 . Passo a dosimetria da pena. A culpabilidade do réu foi intensa, pois foi a agente que diretamente forneceu
drogas para a utilização de terceira pessoa sendo o mesmo primário e de bons antecedentes. A personalidade do réu é reveladora de reduzido
senso ético-social, pois não havia motivos que justificassem trilhar o caminho da criminalidade. Ausentes notícias da sua conduta social. O motivo
do crime é a vontade que o réu tem de adquirir bens que a sua condição financeira não permite, fato que tem levado jovens das classes A, B, C,
D e E ao mundo do crime. As circunstâncias dos crimes demonstram ausência de respeito ao próximo e de sentimento de responsabilidade e de
impunidade, agindo na clandestinidade, sem medo das forças de segurança do Estado, contribuindo, por via de consequência, para o aumento
da criminalidade. Considerando que o “quantum” da pena deve ser aplicado visando ressocializar o agente e inibir os possíveis criminosos, nos
termos do art. 59 do Código Penal, fixo a pena - base em 06 (seis) meses de detenção. Ausentes agravantes. Deixo de aplicar a atenuante da
confissão espontânea em face de já ter fixado a pena-base em seu mínimo legal. Ausentes causas de aumento de pena e de diminuição de pena.
Torno a pena definitiva em 06 (seis) meses de detenção. Fica o réu condenado ainda em 700 (setecentos) dias - multa, fixado cada dia -
multa em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo legal. Assim, considerando disposto no art. 59, do Código Penal, e com fundamento no art. 33,
§2º, “c”, do mesmo diploma legal, fixo o regime inicial de cumprimento da pena no aberto , em local a ser indicado pelo Juízo das Execuções
Penais. Presentes os requisitos do art. 44, do Código Penal, promovo a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito, por
igual prazo, do art. 43, incisos IV (prestação de serviços à comunidade), do Código Penal. A execução caberá ao Juízo da Vara de Execução
de Penas Alternativas – VEPA. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais. Transitada em julgado esta sentença, ficam suspensos
os direitos políticos do réu, nos termos do art. 15, inciso III, da Constituição Federal, enquanto durarem seus efeitos. Transitada em julgado esta
sentença, expeça-se carta de guia definitiva, e a encaminhe, remetendo-se o Boletim Individual ao IITB-PE. Informe-se ao CNJ a respeito de
bens apreendidos e restituídos, se houver. Ciência, ainda, à Justiça Eleitoral, para os fins legais. Após o trânsito em julgado desta sentença,
expeça-se guia de recolhimento com o valor da pena de multa para que o Juízo das Execuções Penais determine a intimação para o pagamento
dentro de 10 (dez) dias (art. 50 do CP), conforme entendimento do STJ (AgRg no REsp 397242/SP). Determino, ainda, a imediata destruição
de todas as substâncias entorpecentes apreendidas, certificando-se nos autos. Determino, também, a liberação do celular apreendido . Quanto
à importância apreendida, servirá esta para pagamento da pena de multa ora imposta, devendo ser complementada caso necessário . Demais
anotações e comunicações necessárias. No final, arquive-se o processo com as cautelas legais. Sentença publicada em audiência. Intimados os
presentes. Registre-se. Determinou o MM. Juiz o encerramento do presente termo, que lido e achado conforme vai devidamente assinado pelas
partes. Eu, Maurício Luna, Assessor de Magistrado, digitei. JUIZ DE DIREITO –MINISTÉRIO PÚBLICO –ADVOGADO – RÉU.
ASSENTADA Aos TRÊS DIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E DEZOITO (03-12-2018) , Capital do Estado de Pernambuco, na Sala
das Audiências deste Juízo, no 2.º andar do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, presente(s) o Dr. João Guido Tenório de Albuquerque
, Juiz de Direito, acompanhado do Assessor de Magistrado, Mauricio Luna. Presente(s) , o representante do Ministério Público, Dr. Fernando
Portela Rodrigues , o réu, Ronaldo Ramos dos Santos , e as testemunhas do rol da defesa, Rosania Maria dos Santos e Elizangelo José
Ferreira (fl. 89). Ausentes as testemunhas do rol do Ministério Público, Habner Natalício Elizeu Cardozo e Douglas Oliveira de Almeida
. Ausente , ainda, representante da Defensoria Pública, tendo o Defensor Público atuante nesta Vara saído de licença-prêmio sem que tenha
sido designado um substituto. (...) Passou o MM. Juiz a proferir a seguinte SENTENÇA, vistos etc.: O Ministério Público de Pernambuco
denunciou RONALDO RAMOS DOS SANTOS , qualificado à fl. 02 dos autos, como incurso nas penas do art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06,
alegando, em síntese, que na noite do dia 30 de junho de 2018, por volta das 20h30, em via pública, na Rua Alto do Brasil, Alto José Bonifácio,
nesta cidade, policiais militares flagraram o acusado trazendo consigo um total de 56 (cinquenta e seis) invólucros contendo “crack”, sendo 35
(trinta e cinco) em pedras pequenas e 21 (vinte e um) de pedras maiores, além de 05 (cinco) invólucros contendo maconha, todas destinadas
ao tráfico ilícito, com peso total equivalente a 55,595g (cinquenta e cinco gramas, quinhentos e noventa e cinco miligramas) e 13,831g (treze
gramas, oitocentos e trinta e um miligramas), respectivamente. Narra ainda a denúncia que no dia dos fatos policiais militares estavam de serviço
naquela localidade, realizando rondas, quando avistaram quatro indivíduos, sendo um deles o ora acusado, os quais empreenderam fuga assim
que notaram a presença do policiamento, tendo RONALDO RAMOS tentado se desfazer de uma sacola plástica, arremessando-a ao chão,
sendo posteriormente detido e o material apreendido, enquanto os outros indivíduos conseguiram fugir do local. Diz, também, a peça acusatória
que durante a abordagem foi apreendida no interior da sacola aquela quantidade total de drogas, material este que estava em poder do acusado,
prontas para comercialização, razão pela qual foi preso em flagrante delito. Audiência de custódia às fls. 25/26, onde a prisão em flagrante
foi convertida em prisão preventiva. Boletins de ocorrência às fls. 39/43. Auto de apresentação e apreensão à fl. 44. Laudo preliminar à fl. 52.
Determinação de notificação do réu à fl. 73. Certidão de consulta ao sistema judwin à fl. 75. Laudo pericial às fls. 81/82. Nomeado defensor
público à fl. 85. Resposta à acusação às fls. 87/94. A denúncia foi recebida à fl. 95. Perícia traumatológica à fl. 102. Nesta data, audiência de
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instrução e julgamento, onde foi interrogado o réu, que declarou que não estava traficando drogas e que é apenas usuário. No momento do
art. 402 do CPP, nada foi requerido pelas partes. Em alegações finais orais, o Ministério Público pugnou pela desclassificação e condenação
do réu nas penas do art. 28, da Lei nº 11.343/06, o que foi corroborado pela defesa. É o relatório. Decido. Trata-se de ação penal pública
incondicionada, por crime tipificado no art. 33, caput , da Lei nº 11.343/06. Analisando detidamente os autos, verifico que a materialidade delitiva
restou fartamente comprovada através do auto de apresentação e apreensão de fl. 44, do laudo preliminar de fl. 52 e do laudo pericial de fl.
81/82, estando comprovada a apreensão, na posse do réu, da quantidade de drogas indicada no referido laudo pericial definitivo, a qual era
portada pelo dito agente em via pública. De fato, os elementos de prova trazidos aos autos não comprovam a existência de tráfico, haja vista
que a quantidade aprendida com o acusado é compatível com o uso, e além disso havia mais três indivíduos naquele local, não se podendo
afirmar que ele, de fato, estava traficando naquele momento da abordagem policial, tendo ele confessado que estava ali para usar as substâncias
entorpecentes. Destarte, acolho os pedidos de desclassificação formulado pelas partes em suas alegações finais. DIANTE DO EXPOSTO e
tudo o mais que nos autos consta, julgo procedente em parte a denúncia para condenar RONALDO RAMOS DOS SANTOS , qualificado à fl.
02 dos autos, nas penas do art. 28 da Lei nº 11.343/06 . Passo a dosimetria da pena. A culpabilidade do réu foi intensa, pois possuía ilegalmente
as drogas para consumo pessoal, sendo o mesmo reincidente. A personalidade do réu é reveladora de reduzido senso ético-social, pois não
havia motivos que justificassem trilhar o caminho da criminalidade. Ausentes notícias da sua conduta social. O motivo do crime é a vontade
que o réu tem de utilizar drogas. As circunstâncias do crime demonstram ausência de respeito às leis e sentimento de responsabilidade e de
impunidade, agindo na clandestinidade, sem medo das forças de segurança do Estado, contribuindo, por via de consequência, para o aumento
da criminalidade. Considerando que o “quantum” da pena deve ser aplicado visando ressocializar o agente e inibir os possíveis criminosos, nos
termos do art. 28, §3º, da Lei nº 11.343/06, aplico a pena de prestação de serviço à comunidade pelo prazo de 05 (cinco) meses, que torno
definitiva. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais, contudo, a respectiva exigibilidade fica suspensa durante o prazo extintivo de
05 (cinco) anos, em face da presunção de hipossuficiência financeira, conforme legislação e jurisprudência pátria. Expeça-se alvará de soltura
em face da pena ora imposta. Por outro lado, considerando que o acusado ficou preso preventivamente por pouco mais 05 (cinco) meses, já se
deu o cumprimento da pena imposta , de forma mais gravosa, haja vista que o art. 28 da Lei 11.343/06 veda a pena de prisão quanto ao criem
do art. 28 da referida lei, razão pela qual determino que se remetam os autos ao Juízo das Execuções Penais para verificar a possibilidade de
declarar extinta a punibilidade pelo cumprimento da reprimenda, nos termos do art. 66, inciso II, da Lei nº 7.210/84. Determino, ainda, a imediata
destruição de todas as substâncias entorpecentes apreendidas, certificando-se nos autos . Demais anotações e comunicações necessárias. No
final, arquive-se o processo com as cautelas legais. Sentença publicada em audiência. Intimados os presentes. Registre-se. Por fim, considerando
que o José Marconi Dias, OAB/PE 16.817, foi nomeado para patrocinar a defesa do acusado nesta audiência, em razão da ausência de
representante da Defensoria Pública, devidamente intimada para o ato, tendo o Defensor Público atuante nesta Vara saído de licença-prêmio
sem que tenha sido designado um substituto, conforme acima explicitado, e considerando o disposto no artigo 22, §1º da Lei Federal nº 8.096/94,
bem como, a recomendação contida no Provimento nº 04/2010 do Conselho da Magistratura deste Estado, arbitro os honorários advocatícios
em favor do mesmo em R$ 600,00 (seiscentos reais), tomando por base o valor da tabela de honorários da Ordem dos Advogados do Brasil,
seccional Pernambuco, do ano de 2015, para a prestação deste serviço, por nomeação do Magistrado, na realização da audiência em que a
Defensoria Pública não se fez presente, apesar de devidamente intimada para tanto. Determinou o MM. Juiz o encerramento do presente termo,
que lido e achado conforme vai devidamente assinado pelas partes. Eu, Maurício Luna, Assessor de Magistrado, digitei. JUIZ DE DIREITO –
MINISTÉRIO PÚBLICO –ADVOGADO – RÉU.
João Guido Tenório de Albuquerque
Juiz de Direito
Samia Samara Gomes Sales
Chefe de Secretaria
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Ficam as partes e o advogado DR. SÉRGIO JOSÉ ARAÚJO DA SILVA – OAB/PE Nº 44.738, intimados da sentença
proferida nos autos nº 25817-25.2017.
“ PROCESSO Nº 0025817-25.2017.8.17.0001
SENTENÇA Nº /2018
Vistos, etc.
O Ministério Público Estadual promoveu a presente ação penal pública incondicionada contra MAILTON MIGUEL CABRAL
CAVALCANTE , qualificado na fl. 02, atribuindo-lhe a prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/06, em face de prisão em flagrante,
no qual foi preso, por suposta ação de tráfico de drogas, conforme os dados que se seguem:
A droga 1 apreendida foi submetida a exame definitivo cujo laudo se encontra neste processo.
Promovida a notificação regular, conforme disciplina o art. 55 da Lei nº 11.343/06, o denunciado apresentou a defesa técnica preliminar,
por escrito, sem a interposição de exceções, através de Advogado Constituído, na qual refutou, em suma, os termos da acusação.
A denúncia foi recebida, por preencher os requisitos insertos no art. 41 do CPP, sendo designada a audiência de instrução, para a qual
o denunciado foi citado e intimado, assim como intimados foram os demais interessados, tudo consoante previsão do art. 56 da Lei de Drogas.
Na audiência de instrução, que foi antecedida do interrogatório, tal como prevê o art. 57 da Lei de Drogas, colheu-se a prova testemunhal
e, após, as partes apresentaram as suas alegações finais oralmente. A síntese do arrazoado final da Promotoria foi o requerimento de condenação
do denunciado, levando-se em consideração a atenuante da confissão espontânea, enquanto que a Defesa pugnou pela substituição de uma
pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, tendo em vista a primariedade do acusado, assim como a sua confissão espontânea.
É o que basta relatar.
Passo a decidir.
Historiam os autos que no dia 06/12/2017, por volta das 09hs, em via pública, na Rua Córrego do Deodato, Bairro de Água Fria, nesta
capital, policiais militares prenderam em flagrante delito o acusado MAILTON MIGUEL CABRAL por trazer consigo 40 invólucros contendo
maconha, além de 01 tablete e meio da mesma substância entorpecente, totalizando 1,030kg. No momento da abordagem o acusado assumiu
a propriedade da droga apreendida, informando ainda que havia comprado pelo valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) a uma pessoa
chamada “Riquinho”. De acordo com o acusado, a droga seria destinada ao tráfico, vez que estava desempregado e precisava ganhar algum
dinheiro.
Diante do ocorrido, o acusado foi preso em flagrante delito e apresentado à Autoridade Policial.
Com referência à materialidade, não houve dúvidas em relação à quantidade e à natureza das drogas apreendidas, pois, de fato, tratavam-
se do vegetal cannabis sativa linné (maconha), em cuja composição havia o princípio ativo Delta-9-THC .
As drogas examinadas constam da Portaria n° 344/98 – SVS/MS (LISTAS E, F1 e F2), atualizada por RDC, como substâncias
entorpecentes/psicotrópicas, de uso proscrito no Brasil, indutoras de dependência física e psíquica.
Nos termos do Parágrafo Único do art. 1º da Lei nº 11.343/2006, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas (Portaria nº 344/98 da SVS/MS) atualizadas (RDC) periodicamente
pelo Poder Executivo da União.
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Sobre a autoria, quando interrogado neste juízo, o acusado confessou a prática do crime a ele atribuído, alegando que estava
desempregado e precisava ganhar algum dinheiro para sustentar seus três filhos e mulher. Ao finalizar o seu depoimento, o acusado disse estar
bastante arrependido do que fez e disposto a reconstruir sua vida pelo caminho da correção e licitude.
A prova testemunhal apresentada pela acusação, da mesma forma, não deixou dúvida acerca do envolvimento do acusado na prática
do tráfico de drogas.
Os policiais militares que participaram da prisão do acusado, quando inquiridos, foram taxativos e coerentes no sentido de comprovar
os termos da denúncia, corroborando a confissão do acusado.
Cabe anotar, por oportuno, que o depoimento de policial prestado em Juízo, sob a garantia do contraditório, reveste-se de inquestionável
eficácia probatória, não se podendo desqualificá-lo pelo só fato de emanar de agentes estatais incumbidos, por dever de ofício, da repressão
penal 2 . Tanto é assim que “A jurisprudência do STF é no sentido de que a simples condição de policial não torna a testemunha impedida
ou suspeita” (RT 157/94).
Ante todo o exposto, fui convencido, através das provas insertas neste processo, do intuito livre e consciente do acusado em praticar
o delito previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/06, razão pela qual julgo procedente a pretensão punitiva do Estado, para condená-lo nas sanções
da supramencionada norma.
Para efeito de aplicação da reprimenda, o art. 42 da Lei 11.343/06 estabelece que o Juiz considerará, com preponderância sobre as
circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal, a natureza da substância ou do produto e sua quantidade, além da personalidade
e a conduta social do agente.
No caso em tela o tráfico foi de maconha, substância que provoca dependência e vários outros malefícios.
Pela quantidade da droga apreendida, não há como deixar de apontar o elevado grau de culpabilidade do réu no odioso comércio de
drogas, fato que merece reprovação social.
O réu não possui histórico criminal.
Não foram trazidos aos autos subsídios para a análise da personalidade e conduta social do réu.
As consequências e os efeitos do crime analisado indicam notório grau de nocividade à saúde pública.
É provável que o motivo do crime tenha sido a ideia do “lucro fácil”, que é típica do tráfico de drogas.
Ante o exposto, a pena-base será de 05 anos e 06 meses de reclusão e 550 dias-multa.
Atenuantes: confissão espontânea (art. 65, III, “d”, do CP). Em razão de tais atenuantes, reduzo a pena em 06 meses e 50 dias
multa.
Agravantes: nada a se acrescer na pena relativamente às agravantes.
Reconheço a existência da causa de diminuição prevista no § 4°, do art. 33 da Lei de Drogas, pelo que reduzo a pena em 1/4.
À míngua de causas de aumento de pena, a reprimenda definitiva será de 03 anos e 09 meses de reclusão e 375 dias-multa.
Adianto que na aplicação da pena de multa considerei as circunstâncias judiciais preponderantes e a situação econômica do réu.
Cada dia-multa custará 1/30 do valor do salário mínimo vigente na época do fato, com a atualização devida, conforme previsão
do art. 43 da Lei de Drogas.
O pagamento da multa será feito em conformidade com a norma do art. 50 do Código Penal.
A pena privativa de liberdade será substituída (art. 44, I, II, III, do CP) pela prestação de serviços à comunidade e limitação de
finais de semana, pelo prazo da pena de reclusão, cabendo a VEPA o disciplinamento de tal medida, bem como a sua execução.
A possibilidade de tal medida decorre da Resolução nº 5/2012, do Senado Federal, que suspendeu a expressão “Vedada a conversão
em penas restritivas de direitos”, então prevista no art. 44 da Lei de Drogas.
Fica o réu, desde logo, ciente da previsão do art. 44, § 4°, do CP, com o registro de que o não cumprimento das penas substitutas ensejará
na imediata conversão em pena de reclusão (privativa de liberdade) cujo regime de cumprimento será o fechado (Lei n° 11.464/07), inicialmente,
sendo indicada a PPBC, ou outro estabelecimento ao crivo do Juízo das Execuções.
Admito o recurso em liberdade, ficando desde já o réu isento de cumprir a medida cautelar de comparecimento periódico em juízo, caso
tenha sido-lhe imputada.
Expeça-se alvará de soltura.
Com o trânsito em julgado, a Secretaria lançará o nome do réu no rol dos culpados; preencherá o boletim individual para envio ao ITB
– e alimentação do INFOSEG; comunicará a suspensão dos direitos políticos do réu à Justiça Eleitoral (art. 15, III, da CF); oficiará a Autoridade
Policial para proceder com a destruição das drogas; expedirá as cartas de sentença/guia definitiva; expedirá o mandado de prisão, na hipótese
do art. 44, § 4º; enviará os autos à Contadoria, à elaboração dos cálculos da pena de multa; e expedirá a certidão devida, na hipótese do não
pagamento da multa, para encaminhamento ao Órgão do Ministério Público/Procuradoria da Fazenda que atua junto a VEP, visando à execução
da pena (art. 51 do Código Penal).
O pagamento das será dispensado, ante a situação econômica do réu.
P.R.I.C. e arquive-se no momento oportuno.
Recife, 18/06/2018.
“A Súmula n° 76 do TJPE dispõe que “É válido o depoimento de policial como meio de prova”.
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Juiz de Direito.”
COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Dr. Evanildo Coelho de Araújo Filho, Juiz de Direito Titular da 15ª Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER , com fulcro no artigo 392, inciso VI, § 1º, do Código de Processo Penal, que através do presente Edital, fica INTIMADO o(a)
acusado(a) GEANDSON DANTAS DO NASCIMENTO , filho Antônio Carlos Dantas do Nascimento e Ivânia Felipe de Santana, por se
encontrar(em) em lugar incerto e não sabido , a tomar ciência da Sentença de extinção da punibilidade, prolatada em 20/07/2018:
“ PROCESSO N° 89550-67/14
SENTENÇA
Vistos, etc.
A presente ação penal foi movida contra GEANDSON DANTAS DO NASCIMENTO e EMANUEL ROBERTO DA SILVA, em face da
prática dos crimes previstos nos arts. 33 e 35, da Lei n° 11.343/06.
Constou da denúncia, em suma, que as pessoas denunciadas foram presas em flagrante no dia 14/12/14, pela 01 hora e 45 minutos, na
localidade de São José, nesta Comarca, ante o porte da droga conhecida vulgarmente por crack, a qual seria, supostamente, destinada ao tráfico.
Na defesa foram refutados os termos da acusação, em síntese, com ênfase para a tese da desclassificação, relativamente ao tipo de
inserto no art. 28 da Lei sobre Drogas
Após o recebimento da denúncia ocorreu a instrução, e após os interrogatórios seguiu-se com as alegações das partes (debates), as
quais requereram a desclassificação do crime de tráfico de drogas para o crime de uso de drogas, com a extinção de punibilidade em face da
prescrição, e a absolvição quanto ao tipo de associação ao tráfico.
Relatei.
Decido.
Embora certa a materialidade do delitiva, que restou consubstanciada no laudo definitivo incluso nestes autos, não houve provas seguras
para confirmar a narrativa da denúncia, com alusão à autoria do(s) crime(s) de tráfico de drogas e associação destinada ao tráfico de drogas.
Entretanto não se afastou a hipótese do crime previsto no art. 28 da Lei n° 11.343/06.
Em assim sendo, acolho os requerimentos das partes para operar a desclassificação (art. 384 do CPP) do tipo de tráfico (art. 33) para
o de uso de droga (art. 28).
Considerando-se que entre a data do recebimento da denúncia e a presente já se passaram mais de dois anos, sou levado a decretar
a extinção da punibilidade, ante a ocorrência da prescrição.
A Secretaria providenciará as devidas anotações no tombo e na distribuição, INCLUSIVE QUANTO À MUDANÇA DE GÊNERO DO
ACUSADO EMANUEL ROBERTO DA SILVA, o qual, por força de sentença, passou se chamar MANUELLEY ROBERTA DA SILVA.
EXPEDIR ALVARÁ DE SOLTURA.
P.R.I.
Recife, 20 de julho de 2018.
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Ficam as partes e o advogado DR. ALBERTO DUARTE – OAB/PE Nº 14.089 e DR. REBECCA DUARTE – OAB/PE Nº
42.373, intimados da sentença proferida nos autos nº 31860-12.2016.
“ PROCESSO N° 0031860-12/2016
SENTENÇA
Vistos, etc.
DAS PARTES E DA TIPIFICAÇÃO
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL , através do seu órgão que atua na Central de Inquéritos da Capital, com base no Inquérito
Policial nº 573/2016 DP DE BOA VIAGEM, denunciou SAMUEL JOSÉ DA SLVA , qualificado na fl. 02, ante a prática do crime previsto no art.
33 da Lei n° 11.343/06.
DA SITUAÇÃO DE LIBERDADE E INTEGRIDADE FÍSICA DO DENUNCIADO
O denunciado foi ouvido em audiência de custódia, na qual foram analisadas as suas garantias constitucionais, bem como dirimida a sua
situação processual penal relativa à liberdade, por magistrado designado para tal fim, na presença do representante do ministério público e do
defensor (vide mídia digital inclusa/ou acesse o sistema JUDWIN do TJPE para visualização).
O denunciado recebeu o benefício da liberdade provisória, e se submeteu às exigências legais, sem que houvesse quebrado as obrigações
que assumiu.
Não foi constatada qualquer lesão à integridade física do denunciado, que tivesse sido provocada pelas pessoas que o prenderam, em
decorrência do flagrante, conforme a perícia traumatológica.
DO RESUMO DA DENÚNCIA.
No dia 24 de novembro de 2016, por volta da 1 hora, no Habitacional Via Mangue I, Bl. J, apt. 3, nesta Capital, o denunciado foi flagrado
por policiais militares, na guarda de 890 gramas de maconha, para fins de tráfico.
DA SINOPSE DA DEFESA.
Promovida a notificação regular, conforme disciplina o art. 55 da Lei nº 11.343/06, o denunciado apresentou a sua defesa, por escrito,
sem a interposição de exceções, através de Defensor, e refutou, em suma, os termos da acusação.
DA DECISÃO SOBRE O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA
A denúncia foi recebida por preencher os requisitos insertos no art. 41 do CPP, sendo designada a audiência de instrução, para a qual
o denunciado foi citado e intimado, assim como intimados foram os demais interessados, tudo consoante previsão do art. 56 da Lei de Drogas.
DOS ATOS DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
Na audiência de instrução, que foi antecedida do interrogatório, tal como prevê o art. 57 da Lei sobre Drogas, colheu-se a prova
testemunhal, através do sistema de filmagem do TJPE, no qual foram gravados os interrogatórios e os testemunhos em mídia digital (favor
acessar o sistema JUDWIN do TJPE para visualização da audiência, na hipótese de inexistência de mídia inclusa) dispensando-se, portanto, a
transcrição dos testemunhos nesta sentença.
DO LAUDO PERICIAL DEFINITIVO.
Peritos do Instituto de Criminalística analisaram a droga 1 apreendida e subscreveram, em caráter definitivo, a perícia que se
encontra neste processo.
DO RESUMO DAS ALEGAÇÕES FINAIS.
A síntese do arrazoado final da Promotoria foi o requerimento de condenação do denunciado, por haver provas suficientes de autoria
e materialidade.
O Defensor, por seu turno, clamou pela absolvição do acusado ou pela a desclassificação para o tipo de uso de drogas, e,
alternativamente, pela a aplicação das redutoras da pena, e início de cumprimento no regime semiaberto, na hipótese de condenação.
É o que importa relatar.
Decido .
DOS FATOS APURADOS EM JUÍZO.
Nos termos do Parágrafo Único do art. 1º da Lei nº 11.343/2006, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar
dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas (Portaria nº 344/98 da SVS/MS) atualizadas (RDC) periodicamente pelo Poder
Executivo da União.
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Historiam os autos que no dia, hora e local acima referidos policiais militares lotados no 19º BPMPE, munidos de informação visualizada
na página do facebook, com a fotografia do suspeito junto a tabletes de maconha, deslocaram-se ao endereço do acusado e lá apreenderam
890 gramas de maconha que seriam destinados a venda.
Segundo se apurou, o acusado estava guardando droga a mando de terceiro não identificado.
DA PROVA MATERIAL.
No tocante à materialidade, não houve dúvidas quanto à quantidade e à natureza da droga apreendida, pois, de fato, tratava-se do vegetal
cannabis sativa linné (maconha), em cuja composição havia o princípio ativo Delta-9-THC;
A droga examinada consta da Portaria n° 344/98 – SVS/MS (LISTAS E, F1 e F2), atualizada pela RDC 22/09, como substância psicotrópica, de
uso proscrito no Brasil, tendente a causar dependência psíquica.
DA AUTORIA.
No tocante à autoria, o acusado negou a prática do crime descrito na inicial, à consideração de que a droga serviria ao seu uso pessoal.
Todavia o acusado não apresentou provas para confirmar a sua alegação, tal como prevê a norma do art. 156 da Lei Adjetiva Penal.
DA PROVA TESTEMUNHAL
A Prova Testemunhal, de outra forma, não deixou dúvida acerca do envolvimento do acusado no crime referido na denúncia.
Com efeito, os policiais que participaram da prisão do acusado foram taxativos ao mencionar que ele estava em situação de
tráfico, no momento do flagrante (vide mídia digital inclusa/ou acesse o sistema JUDWIN do TJPE para visualização).
Cabe anotar, por oportuno, que o depoimento de policial prestado em Juízo, sob a garantia do contraditório, reveste-se de inquestionável
eficácia probatória, não se podendo desqualificá-lo pelo só fato de emanar de agentes estatais incumbidos, por dever de ofício, da repressão
penal 2 . Tanto é assim que “A jurisprudência do STF é no sentido de que a simples condição de policial não torna a testemunha impedida
ou suspeita” (RT 157/94).
Dispensei, por oportuno, a transcrição das declarações colhidas em juízo, ante a filmagem, a qual, por si somente, afasta qualquer dúvida
quanto a real forma de expressão das pessoas inquiridas.
Deveras, a imperiosa necessidade de harmonização dos atos processuais com a realidade do Poder Judiciário na atualidade, que se
depara com número crescente de demandas e, concomitantemente, tem o dever constitucional de garantir aos jurisdicionados a duração razoável
do processo , acaba por exigir a adoção de tecnologias compatíveis com as exigências desta demanda crescente da tutela jurisdicional.
A gravação da audiência por meio audiovisual e o armazenamento da mídia em CD ou DVD, autorizada pela nova redação do art. 405 , §
1º , do Código de Processo Penal , além de propiciar a maior fidedignidade das informações colhidas em audiência, intenção expressamente
consignada pelo legislador, atende com adequação à realidade fática forense, da qual se exige maior celeridade, sem afrontar os princípios
constitucionais da ampla defesa e do contraditório. E não se pode ignorar, da exegese do aludido dispositivo legal e do seu § 2º, o manifesto
escopo da regra processual dispensar a transcrição da prova oral colhida.
Nesse sentido, conclui o Conselho Nacional de Justiça, que, na Resolução n.º 105 , em seu art. 2º , dispensou a degravação dos depoimentos
documentados por meio audiovisual, caracterizando, inclusive, ofensa à independência funcional do juiz de primeiro grau a determinação desta
providência por Magistrado integrante de Tribunal.
DA CONFIRMAÇÃO E DA ANÁLISE CRIME.
Estou convencido, ante as provas insertas neste processo, que o acusado, com intuito livre e consciente (dolo genérico), praticou o
delito previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/06.
Como se sabe o tráfico de drogas 3 está incluído entre os delitos que ofendem a incolumidade pública, sob o particular aspecto
da saúde pública.
Em realidade, trata-se de crime de ação múltipla ou de conteúdo variado, e não exige dano para ser configurado, bastando somente
que a(s) conduta(s) do agente se subsuma num dos dezoito núcleos previstos, por se tratar de crime de perigo abstrato.
De salientar que o perigo abstrato é presumido juris et de jure , ou seja, não precisa ser provado, porque a lei se contenta com a
simples prática da ação que se pressupõe perigosa, completando o tipo incriminador; e que a sua sanção leva em consideração o perigo que as
substâncias entorpecentes representam à saúde pública e não a lesão comprovada em caso concreto.
Para a formação de um juízo razoável de certeza sobre o comércio ilegal de drogas não se faz necessária prova efetiva do tráfico. A
lei não exige prova flagrancial da venda ilegal de psicotrópicos, bastando somente os elementos indiciários, tais como a confissão extrajudicial,
a quantidade e qualidade do material (substância) apreendido, a conduta e os antecedentes do agente, as circunstâncias da prisão, a origem
do material apreendido.
DA PARTE DISPOSITIVA.
Ante o exposto, julgo procedente a pretensão punitiva do Estado, para condenar o referido acusado nas sanções do art. 33 da Lei
de drogas.
DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS.
O art. 42 da Lei 11.343/06 estabelece que, na fixação da pena, o juiz considerará a natureza da substância ou do produto e sua
quantidade, além da personalidade e a conduta social do agente, tudo isso com preponderância sobre as circunstâncias judiciais previstas no
art. 59 do Código Penal.
“A Súmula n° 75 do TJPE dispõe que “É válido o depoimento de policial como meio de prova”.
A redação do crime previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/06 compõe-se de dezoito verbos que traduzem a ação material, in verbis :
“importar, exportar, remeter, preparar, produzir, preparar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo, ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar”.
A pena de reclusão é de 05 (cinco) a 15 (quinze) anos, além do pagamento da pena multa estipulada entre 500 a 1.500 dias-multa.
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No caso presente o tráfico foi de maconha, substância cujo uso pode provocar dependência físico-psíquica, segundo anotações
transcritas na perícia definitiva.
A quantidade de droga apreendida foi elevada, quase um quilograma, e estava guardada à venda.
Não identifiquei no réu qualquer anormalidade psíquica para admitir que ele desconhecesse a ilicitude do fato.
Poder-se-ia exigir do réu conduta diversa, todavia preferiu agir em desconformidade à lei, sem que houvesse qualquer excludente de
ilicitude, justificando-se, pois, a reprovação social.
Imperioso consignar que o réu não possui histórico criminal.
O réu detém conduta normal, conforme declarações de testemunhas do seu convívio social e não aparenta ser pessoa voltada ao crime,
tanto que demonstrou arrependimento, quando do seu interrogatório.
Aparentemente, os fatos apurados foram isolados na vida do réu.
Provavelmente a motivação de traficar surgiu da idéia do “lucro fácil”.
As circunstâncias do crime não lhe foram favoráveis, embora normais à espécie.
As consequências e os efeitos do crime analisado indicam expressivo grau de nocividade à saúde e pública.
DA APLICAÇÃO DAS PENAS EM CONCRETO.
A análise das circunstâncias judiciais, anteriormente procedida, leva-me a concluir que a pena-base, relativamente ao tráfico de drogas,
deve ser fixada além da mínima, pois "Ao fixar a pena dentre os limites mínimo e máximo estabelecidos no preceito secundário do tipo do tráfico,
pode o Juiz majorar a pena a partir da conjugação da espécie de substância apreendida com outros elementos, como a quantidade ou mesmo a
qualidade do entorpecente apreendido" (STF - HC nº 94.655 - 1ª Turma - Rel. Min. Cármen Lúcia - DJU de 10.10.2008).
Assim a pena-base será de 06 anos e 06 meses de reclusão e 600 dias-multa.
DAS ATENUANTES.
O réu tinha menos de 21 anos na época do fato (art. 65, I, do CP).
A existência de atenuante implica na redução da pena em 06 meses e 60 dias-multa.
DAS AGRAVANTES.
Inexistentes.
DAS CAUSAS DE AUMENTO DA PENA.
Inexistentes.
DAS CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DA PENA.
Reconheço a existência da causa de diminuição prevista no § 4°, do art. 33 da Lei de Drogas, pelo que reduzo a pena em 1/6.
DA PENA DE RECLUSÃO DEFINITIVA.
5 ANOS
DA PENA DE MULTA DEFINITIVA.
500 DIAS-MULTA
Na aplicação da pena de multa considerei as circunstâncias judiciais preponderantes e a situação econômica do réu.
Cada dia-multa custará 1/30 do valor do salário mínimo vigente na época do fato, com a atualização devida, conforme previsão do art.
43 da Lei de Drogas.
O pagamento da multa será feito em conformidade com a norma do art. 50 do Código Penal.
DA DETRAÇÃO, DO REGIME, DO LOCAL DE CUMPRIMENTO DA PENA E DA POSSIBILIDADE DE SE RECORRER EM LIBERDADE.
Conforme previsão da Lei nº 12.736/2012, a detração será promovida pelo juízo das execuções penais, pois não haverá alteração
no regime inicial do cumprimento da pena.
O regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade será o semiaberto (art. 33, §2°, ‘b’, do CP), sendo recomendada a
PAISJ, ou outro estabelecimento ao crivo do Juízo das Execuções, com a possibilidade do recurso em liberdade.
DA DESTINAÇÃO DAS DROGAS.
Toda a droga apreendida será destruída, excetuando-se a destinada à contraprova, por força do mandamento inserido no art. 58, § 1° da Lei n
° 11.343/06, e na forma do art. 32, § 1° da citada lei.
DO DESTINO DA QUANTIA APREENDIDA.
A quantia apreendida será destinada ao FUNAD, pois foi originária do narcotráfico (art. 63, § 1º, da Lei n° 11.343/06).
DA DESTINAÇÃO DOS OBJETOS APREENDIDOS
NÃO RELACIONADOS COM OS FATOS CRIMINOSOS .
Os demais objetos apreendidos, caso existentes, que não foram decorrentes da prática do crime de tráfico de drogas, serão restituídos, mediante
prova de propriedade.
Vale salientar que se os bens não forem reclamados no prazo de 90 dias, a partir do trânsito em julgado, serão vendidos em leilão, e o saldo será
destinado ao FUNAD, em homenagem aos princípios norteadores da Lei de Drogas.
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Caso tais objetos não possuam valor que justifique a praça, serão destruídos ou doados a instituições, mediante termo de recebimento.
DAS PROVIDÊNCIAS QUE SERÃO TOMADAS PELA SECRETARIA
COM O TRÂNSITO EM JULGADO.
Lançar o nome do réu no rol dos culpados;
Preencher o boletim individual para envio ao ITB – e alimentar o sistema INFOSEG;
Comunicar a suspensão dos direitos políticos do réu à Justiça Eleitoral (art. 15, III, da CF);
Oficiar a Autoridade Policial para proceder com a destruição das drogas;
Expedir a guia definitiva;
Expedir mandado de prisão para o encaminhamento à penitenciária.
Enviar os autos à Contadoria, à elaboração dos cálculos da pena de multa e custas;
Expedir a certidão devida, na hipótese do não pagamento da multa, para encaminhamento ao Órgão do Ministério Público/Procuradoria
da Fazenda que atua junto a VEP(A), visando à execução da pena (art. 51 do Código Penal).
O pagamento das custas não será dispensado, ante a situação econômica do réu.
P.R.I.C. e arquive-se no momento oportuno.
Recife, 16 de março de 2018.
Ficam as partes e o advogado DRA. MICHELA RODRIGUES DE MOURA– OAB/PE Nº 34.704 e DRA. TATIANE SANTOS
DA PAIXÃO – OAB/PE Nº 33.079, intimados da sentença proferida nos autos nº 23038-97.2017.
PROCESSO N° 23038-97/2017
SENTENÇA
Vistos, etc.
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, através do seu Órgão que atua na Central de Inquéritos, como base nas informações do Inquérito
Policial em anexo, promoveu a presente ação penal contra:
DOUGLAS HNRIQUE PESSOA NUNES DA SILVA, qualificado na fl. 02, atribuindo-lhe a prática do(s) crime(s) previsto(s) no(s) artigo(s) 33 E
35 da Lei nº 11.343/06; e
EVERTON LINCON DA SILVA MENDES, qualificado na fl. 02, atribuindo-lhe a prática do(s) crime(s) previsto(s) no(s) artigo(s) 33 E 35 da Lei
nº 11.343/06.
Antes da ação penal, saliente-se que os denunciados foram ouvidos acerca da prisão em flagrante, em audiência de custódia, perante
Magistrado designado para tal fim, com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública/Advogado(s), na qual foi a prisão em flagrante
convertida preventiva.
Não foi constatada qualquer lesão à integridade física dos denunciados, por ação direta das pessoas que participaram do flagrante (vide
perícias traumatológicas).
Eis a síntese da denúncia: no dia 25 de outubro de 2017, por volta das 16 horas e 20 minutos, na segunda Travessa da Rua Regina,
Alto do Buriti, Macaxeira, nesta Cidade, os denunciados, após se associarem à prática do tráfico de drogas, foram flagrados trazendo consigo
40,673 gramas de maconha, subdivididos e 14 invólucros; e 28 pedrinhas de crack (5,651 gramas), para fins de venda ilegal. Em poder dos
acusados foi apreendida a quantia de R$ 462,00.
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Promovida a notificação regular, conforme disciplina o art. 55 da Lei nº 11.343/06, os denunciados se defenderam da acusação, por escrito,
sem a interposição de exceções, através de Advogado, e, em suma, refutaram os termos da denúncia.
Além das drogas, por ocasião da lavratura da peça policial, foram apreendidos os seguintes objetos: quantia em dinheiro (R$ 462,00),
que foi depositada em conta judicial.
.
A denúncia foi recebida por preencher os requisitos insertos no art. 41 do CPP, sendo designada a audiência de instrução, para a qual
as pessoas denunciadas foram citadas e intimadas, assim como foram intimados os demais interessados, tudo consoante previsão do art. 56
da Lei de Drogas.
Na audiência de instrução se colheu a prova testemunhal, bem como o interrogatório da denunciada, tudo conforme a gravação que
foi registrada em mídia digital e/ou no sistema de informática (JUDWIN), cuja visualização pode ser obtida no sítio eletrônico do TJPE.
Acerca da prova material, os peritos do Instituto de Criminalística analisaram as drogas 1 , em caráter definitivo, e subscreveram
o laudo da perícia juntada nestes autos.
Nas alegações finais, a Promotoria, em resumo, requereu a procedência da acusação para condenar os acusados em conformidade
com a tipificação que foi proposta, por haver provas de autoria e materialidade.
O Patrono dos denunciados, por sua vez, clamou pela absolvição dos demandados, a teor do art. 386, V ou VII, do CPP.
É o que basta relatar.
Passo a decidir .
Historiam os autos que no dia, na hora e no local acima apontados uma equipe policial militar, lotada no BPGD, em serviço de
policiamento ostensivo no Bairro da Macaxeira, nesta Capital, e em decorrência de delação apócrifa, avistou um grupo de rapazes (4), os quais
foram abordados e revistados.
Dois dos indivíduos, anote-se, portavam quantias em dinheiro e armas brancas, e coube à autoridade policial promover outro
procedimento administrativo contra aqueles, com diferente tipificação.
Com referência aos acusados, DOUGLAS HENRIQUE PESSOA NUNES DA SILVA foi apreendida a importância de trezentos e oitenta
e três reais, além de 14 papelotes (big-big’s) contendo maconha, na quantidade de 40,673 gramas. Na posse de EVERTON LINCON DA SILVA
MENDES foram apreendidos 28 fragmentos de cocaína em forma de pedra (crack), algo em torno de 5,651 gramas, além da quantia de setenta
e nove reais.
As drogas seriam destinadas ao tráfico e os valores decorreram de tal empreitada criminosa.
Ouvidos na esfera judicial, os acusados negaram o envolvimento nos crimes que lhes foram atribuídos, porém não trouxeram provas
para confirmar tal alegação, contrariando a norma do art. 156 do CPP.
De outra forma, os policiais MISAEL JOSÉ DO NASCIMENTO e CAMILA TIMÓTEO DE LIMA, que participaram do flagrante, foram
taxativos ao mencionar que os acusados estavam traficando drogas quando foram presos em flagrante, consoante observação do vídeo da
audiência de instrução (vide mídia digital inclusa/ou acesse o sistema sítio eletrônico do TJPE para a visualização).
Cabe anotar, por oportuno, que o depoimento de policial prestado em Juízo, sob a garantia do contraditório, reveste-se de inquestionável
eficácia probatória, não se podendo desqualificá-lo pelo só fato de emanar de agentes estatais incumbidos, por dever de ofício, da repressão
penal 2 . Tanto é assim que “A jurisprudência do STF é no sentido de que a simples condição de policial não torna a testemunha impedida
ou suspeita” (RT 157/94).
De outra forma, as testemunhas do rol da defesa não presenciaram o flagrante e não trouxeram informações importantes para confirmar
a tese de negativa dos acusados.
Dispensei, por oportuno, a transcrição das declarações colhidas em juízo, ante a filmagem, a qual, por si somente, afasta qualquer dúvida
quanto a real forma de expressão das pessoas inquiridas. Registro que a necessidade de harmonização dos atos processuais com a realidade
do Poder Judiciário na atualidade, que se depara com número crescente de demandas e, concomitantemente, tem o dever constitucional de
garantir aos jurisdicionados a duração razoável do processo , acaba por exigir a adoção de tecnologias compatíveis com as exigências desta
demanda crescente da tutela jurisdicional.
A gravação da audiência por meio audiovisual e o armazenamento da mídia em CD ou DVD/ ou em estoque no sítio do TJPE, autorizada
pela nova redação do art. 405 , § 1º , do Código de Processo Penal , aqui utilizado por analogia, além de propiciar a maior fidedignidade das
informações colhidas em audiência, intenção expressamente consignada pelo legislador, atende com adequação à realidade fática forense, da
qual se exige maior celeridade, sem afrontar os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. E não se pode ignorar, da exegese
do aludido dispositivo legal e do seu § 2º, o manifesto escopo da regra processual dispensar a transcrição da prova oral colhida.
Nesse sentido, conclui o Conselho Nacional de Justiça, que, na Resolução n.º 105 , em seu art. 2º , dispensou a degravação dos depoimentos
documentados por meio audiovisual , caracterizando, inclusive, ofensa à independência funcional do juiz de primeiro grau a determinação desta
providência por Magistrado integrante de Tribunal.
No tocante à materialidade, não houve dúvidas quanto à quantidade e à natureza (potencialmente ofensivas ao usuário) do arrecadado de
droga apreendido, pois, de fato, tratava(m)-sedo vegetal cannabis sativa linné (maconha), em cuja composição havia o princípio ativo Delta-9-
THC. Dita droga consta da Portaria n° 344/98 – SVS/MS (LISTAS E, F1 e F2), como substância psicotrópica; e do alcalóide cocaína ( metil éster
de benzoil-1-ecgonina ), o qual foi obtido do vegetal Erythroxylum Coca Lamarca . Dita droga consta da Portaria n° 344/98 – SVS/MS (LISTAS
F1), como substância entorpecente.
Desnecessário anotar que todo o apanhado de droga apreendido tem uso proscrito no Brasil.
Nos termos do Parágrafo Único do art. 1º da Lei nº 11.343/2006, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes
de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas (Portaria nº 344/98 da SVS/MS) atualizadas (RDC) periodicamente
pelo Poder Executivo da União.
“A Súmula n° 75 do TJPE dispõe que “É válido o depoimento de policial como meio de prova”.
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Estou convencido, ante as provas insertas neste processo, de que os acusados, com intuito livre e consciente (dolo genérico), praticaram
o delito previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/06.
Outrossim, para a formação de um juízo razoável de certeza sobre o tráfico de drogas não se faz necessária prova efetiva da venda/
comercialização. A lei não exige prova flagrancial da comercialização ilegal de tóxicos, bastando somente os elementos indiciários, tais como a
confissão extrajudicial, a quantidade e qualidade do material apreendido, a conduta e os antecedentes do agente, as circunstâncias da prisão,
a origem do material apreendido, conforme já detalhado acima.
Aliás, para robustecer a ideia de que houve tráfico, veja-se que o local onde ocorreu o flagrante costuma acontecer o comércio de
drogas, os acusados foram pegos em via pública, com vários fragmentos de crack e invólucros de maconha prontos para a venda, e as quantias,
em espécie, apreendidas evidenciam com nitidez a situação de tráfico.
Como se sabe o tráfico de drogas 3 está incluído entre os delitos que ofendem a incolumidade pública, sob o particular aspecto da
saúde pública.
Em realidade, trata-se de crime de ação múltipla ou de conteúdo variado, e não exige dano para ser configurado, bastando somente que a(s)
conduta(s) do agente se subsuma num dos dezoito núcleos previstos, por se tratar de crime de perigo abstrato.
De salientar que o perigo abstrato é presumido juris et de jure , ou seja, não precisa ser provado, porque a lei se contenta com a simples prática
da ação que se pressupõe perigosa, completando o tipo incriminador; e que a sua sanção leva em consideração o perigo que as substâncias
entorpecentes representam à saúde pública e não a lesão comprovada em caso concreto.
Com alusão ao crime previsto no art. 35 da Lei n° 11.343/06, entendo que o mesmo não restou provado, porque esse tipo se orienta com
a realização de um objetivo comum, perfeitamente ajustado e determinado, qual seja: a prática dos crimes inseridos na norma dos artigos 33,
caput e § 1°, e 34 da Lei n° 11.343/06. Não foi o que se viu nos autos.
Vale salientar que a configuração do crime de associação 4 baseia-se na conjugação dos seguintes elementos: (a) concurso necessário
de pelo menos dois agentes; (b) finalidade específica dos agentes voltada ao cometimento de delitos de tráfico de drogas; e (c) exigência de
estabilidade e de permanência da associação criminosa.
Como se viu os elementos não foram provados, sendo certo que a associação também pressupõe ajuste permanente ou estável à prática
do crime de tráfico de drogas, distinguindo-se, aliás, do concurso eventual de pessoas, que exige um acordo de vontades ocasional e efêmero
para a perpetração de um crime.
Isto posto, julgo parcialmente procedente a pretensão punitiva do Estado para condenar os supramencionados acusados, como incursos
nas sanções do(s) art(s). 33 da Lei nº 11.343/06 – e para absolve-los da imputação de associação ao tráfico de drogas, a teor do art. 386, VII, do CP.
Seguem-se as sanções:
O art. 42 da Lei 11.343/06 estabelece que, na fixação da pena, o juiz considerará a natureza da substância ou do produto e sua
quantidade, além da personalidade e a conduta social do agente, tudo isso com preponderância sobre as circunstâncias judiciais previstas no
art. 59 do Código Penal.
No caso presente o tráfico foi de crack e maconha, substâncias que provocam dependência físico-psíquica.
A quantidade de droga apreendida não foi diminuta, afastando-se a hipótese de uso de drogas.
Não identifiquei nos réus quaisquer anormalidades psíquicas para admitir que eles desconhecessem a ilicitude do fato. Poder-se-ia exigir
dos réus conduta diversa, todavia preferiram agir em desconformidade à lei, sem que houvesse qualquer excludente de ilicitude, justificando-
se, pois, a reprovação social.
Os réus não possuíam histórico criminal.
Não houve informações contrárias, na faze adulta, à conduta social e à personalidade dos réus .
A motivação do crime de tráfico foi incerta , mas não se descartou a possibilidade da obtenção de ‘lucro fácil’.
As circunstâncias não favoreceram os réus, porém foram normais à espécie.
A s consequências e os efeitos do crime analisado indicaram notório grau de nocividade à saúde pública.
A análise das circunstâncias judiciais, anteriormente procedida, leva-me a concluir que a pena-base, relativamente ao tráfico de drogas,
deve ser fixada além da mínima, pois "Ao fixar a pena dentre os limites mínimo e máximo estabelecidos no preceito secundário do tipo do tráfico,
pode o Juiz majorar a pena a partir da conjugação da espécie de substância apreendida com outros elementos, como a quantidade ou mesmo
a qualidade do entorpecente apreendido" (STF - HC nº 94.655 - 1ª Turma - Rel. Min. Carmen Lúcia - DJU de 10.10.2008).
Assim a pena-base será de 06 anos e 06 meses de reclusão e 660 dias-multa
DOUGLAS HENRIQUE PESSOA NUNES DA SILVA
ATENUANTES: INEXISTENTES.
AGRAVANTES: INEXISTENTES.
CAUSA DE AUMENTO DE PENA: INEXISTENTES.
CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA: Reconheço a existência da causa de diminuição prevista no § 4°, do art. 33 da Lei de Drogas,
pelo que reduzo a pena em 1/6.
A redação do crime previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/06 compõe-se de dezoito verbos que traduzem a ação material, in verbis : “importar,
exportar, remeter, preparar, produzir, preparar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo, ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar”.
A pena de reclusão é de 05 (cinco) a 15 (quinze) anos, além do pagamento da pena multa estipulada entre 500 a 1.500 dias-multa.
3 Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
caput e § 1 o , e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Dr. Evanildo Coelho de Araújo Filho, Juiz de Direito Titular da 15ª Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER , com fulcro no artigo 392, inciso VI, § 1º, do Código de Processo Penal, que através do presente Edital, fica INTIMADO
o(a) acusado(a) LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS, filho de Adilson Félix dos Santos e Wanda Guimarães dos Santos, por se encontrar em lugar
incerto e não sabido , a tomar ciência da Sentença condenatória prolatada em 24/05/2018, nos autos do processo crime nº 12610-03.2010.
“ SENTENÇA
Vistos, etc.
I – RELATÓRIO:
LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS e RICARDO JOSÉ DE LIMA NOGUEIRA , já qualificados na inicial, foram
denunciado(s) pelo Ministério Público em razã o de terem , em tese, praticado os delitos previstos nos arts. 12, da Lei nº 10.826/2003 c/c art.
33 e 35, ambos da Lei nº 11.343/2006 (LEONARDO FÉLIX); arts. 33 e 35, ambos da Lei nº 11.343/2006 (RICARDO JOSÉ) porque, segundo
a acusação, no dia 12/03/2010, por volta das 11h00, o primeiro denunciado (Leonardo) foi detido em sua residência, por ter em deposito 970
g(novecentos e setenta gramas)de maconha, além de possuir um revolver calibre 22, Rossi, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar.
Consta ainda, nos termos da denúncia, que o segundo acusado(Ricardo) forneceu ao primeiro imputado a
substância entorpecente apreendida.
Devidamente notificados, os acusados apresentaram Defesa preliminar às fls. 124/129 e 177/178.
Afastada a possibilidade de absolvição sumária, às fls. 226, foi recebida a denúncia em 11.02.2011.
Audiência de instrução e julgamento, onde foram inquiridas as testemunhas e procedido aos interrogatórios dos
acusados.
Laudo pericial às fls. 135/139(drogas) e fls. 142/145(armas).
Em memoriais o Ministério Público apresentou alegações finais às fls. 342/343, pugnando pela procedência da
peça acusatória, e consequentemente pela condenação dos acusados.
A defesa dos acusados apresentaram Alegações Finais (fls. 346/358 e 371/372) , pugnando pela absolvição dos
acusados com relação aos tipos penais previstos nos arts. 33 e 35, da Lei n° 11.343/06, por insuficiência de provas para um juízo condenatório.
E quanto ao crime previsto no art. 12, da Lei n° 10.826/03 pugnando pela aplicação de pena justa ao acusado Leonardo Félix , reconhecendo-
se a atenuante da confissão.
É o que de importante há a relatar. Passo a fundamentar (art. 93, IX, CF), para, ao final, decidir.
II – FUNDAMENTAÇÃO:
O presente processo est á em ordem, Ab initio, observo inexistirem preliminares a serem enfrentadas,
inexistindo irregularidade ou nulidade a sanar, sendo certo, por outro lado, que as condições da ação penal e os pressupostos processuais estão
preenchidos bem como que foram assegurados aos acusados o princ í pio do due process of law, nos vetores do contradit ó rio e da ampla
defesa, de modo que não existem m á culas a sanear, impondo-se, pois, o julgamento do m érito.
Passo à análise de mérito.
Ao(s) acusado(s) imputou o órgão ministerial a prática de três fato s criminoso s , cujas condutas encontram-
se descritas no s ar t s . 33 e 35 da Lei n º 11.343/2006 e art. 12, da Lei n º 10.826/2003 , ipsis litteris :
Lei n º 11.343/2006
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em dep ó sito, transportar, trazer
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclus ão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
(...)
§ 4 o Nos delitos definidos no caput e no § 1 o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois ter ços , desde que o agente
seja prim á rio, de bons antecedentes, nã o se dedique à s atividades criminosas nem integre organizaçã o criminosa.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput
e § 1 o , e 34 desta Lei:
Pena - reclus ão, de 3 (tr ê s) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
Pará grafo ú nico. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a pr á tica reiterada do crime definido no art. 36
desta Lei.
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Destarte, uma vez descritos os tipos penais imputados na peça de abertura, passo à análise da prova constante
dos autos para verificação da ocorrência de delitos e dos indícios de sua autoria.
A materialidade dos delitos de tráfico ilícito de entorpecentes resta comprovada pelo auto de apresentação
e apreensão de fl. 21, laudo preliminar de fl. 33 e laudo definitivo de substância entorpecente de fls. 135/139, bem como no auto de prisão em
flagrante delito e depoimentos colhidos em juízo.
Com relação à autoria e responsabilidade penal dos réus, necessário se torna proceder à análise das provas
carreadas aos autos, cotejando-as com o fato descrito na denúncia.
A testemunha de acusação Marcos Bruno Sales , Policial Civil, ouvida em juízo, reafirma que são verdadeiros
os fatos narrados na denúncia, que estava trabalhando quando chegou a informação da autoridade policial, de que no endereço constante na
exordial acusatória estaria o acusado Leonardo traficando substância entorpecente. Afirma ainda que se dirigiu ao local, constatou a veracidade
das informações, onde foi apreendida na residência do acusado “Leo” a substância entorpecente mencionada nos autos. Afirmou ainda, que o
acusado relatou que quem lhe enviava a droga, era o outro acusado Ricardo José, de Maceió/AL.
No mesmo sentido, foi o depoimento da testemunha de acusação José Diogenes Alves Varela , também
policial civil, atuou na apreensão da droga. Relata que são verdadeiros os fatos narrados na denúncia, que receberam informações sigilosas de
que na residência do acusado Leonardo, estava ocorrendo tráfico de entorpecentes, e ao se dirigirem ao local, constataram a veracidade das
informações, onde foram apreendidos com o mesmo, a droga mencionada nos autos e este acusado, afirmou para os policiais que quem lhe
enviava a droga para ser vendida, era o agente penitenciário da SUZIPE de Alagoas, Ricardo José.
O acusado LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS confessou a propriedade da arma apreendida em sua residência,
bem como, que possuía pouco mais de 100gramas de maconha, mas para consumo próprio, negando a traficância .
O acusado RICARDO JOSÉ LIMA NOGUEIRA negou qualquer participação nos delitos narrados na exordial
acusatória.
Entretanto, analisando detalhadamente os autos, observo que as declarações dos acusados estão totalmente
dissociadas das demais provas colhidas nos autos, são depoimentos desconexos, numa tentativa de confundir ação das autoridade judiciárias.
Reafirmo, mais uma vez, que as versões apresentadas pelos acusados, estão dissociadas do conjunto probatório
constante nos autos. Restando claro, que todos os quatro acusados praticaram o crime de trafico de entorpecente.
Assim, o que se conclui das provas colacionadas é que os acusados LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS e
RICARDO JOSÉ DE LIMA NOGUEIRA efetivamente praticaram o crime de tráfico de drogas descrito na denúncia, pois os depoimentos
testemunhais são contundentes neste sentido.
Ora, em análise detida das provas produzidas no decorrer da instrução do feito, verifico que a autoria e a
responsabilidade penal dos acusados estão devidamente comprovadas, pois, as testemunhas de acusação inquiridas atestaram a ocorrência
deste, sendo seus depoimentos, na essência, uníssonos e harmônicos entre si, os quais evidenciam que os réus, sem sombras de dúvidas,
tiveram participação no delito.
Destarte, a autoria , por sua vez, também ficou comprovada, consoante se infere do conjunto probatório acima
explanado.
Do bojo do conjunto probatório brota prova farta e harmoniosa, suficiente para corroborar a imputação ministerial,
isso porque restou caracterizada a ocorrência do crime de tráfico, nos núcleos ter em depósito , guardar .
No caso em exame, não há prova de nenhuma das excludentes, de modo que a adequação típica se perfez em
sua integralidade (fato típico, antijurídico e culpável).
Na linha do que foi dito e seguindo a intelecção do disposto no art. 28, § 2º, da referida Lei Antitóxico, é possível
asseverar que - considerando a natureza, a quantidade da substância apreendida, o local, as condições em que se desenvolveu a ação delituosa
perpetrada pelos denunciados, assim como as demais circunstâncias que circundam o fato, a conduta por eles praticada se amolda à figura penal
referente ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes, na modalidade suso referida.
Ressalto, em alinhavado final, que a prova da mercância para a caracterização do crime não é elemento essencial
do tipo, já que a Lei nº 11.343/2006 trouxe em seu art. 33 o chamado tipo penal congruente , o qual não exige, para a adequação típica do
fato à norma, qualquer elemento subjetivo adicional, tal como a finalidade comercial, de modo que a valoração das circunstâncias deve ser feita
em conjunto com o disposto nos arts. 28 e 52, I, da supracitada lei.
Doutra sorte, observo que, os acusados respondem a outras ações penais, e é expressiva a quantidade de
entorpecentes apreendidos(960 gramas, aproximadamente, de maconha), além das evidências do envolvimento dos mesmos com o tráfico entre
os Estados de Pernambuco e Alagoas, levam no sentir deste magistrado a convicção que os acusados se dedicam à atividade criminosa, não
sendo recomendado, pois, beneficiá-los pelo contido no art. 33 , § 4º , da Lei nº 11.343 /06 , o qual dispõe que as penas descritas em
seu caput , assim como em seu parágrafo 1º, "poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o acusado seja primário, de bons
antecedentes e não se dedique à atividade criminosa nem integre organização destina à prática de crimes .”
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Posto isso, a análise dos autos permite divisar que, concluída a instrução processual, a responsabilidade criminal
dos acusados LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS e RICARDO JOSÉ DE LIMA NOGUEIRA restou bem configurada à luz das provas coligidas
e constantes do caderno processual.
No caso em análise, como já ressaltado, restou caracterizada ocorrência do crime de tráfico, ante o auto de
apreensão, o laudo pericial e os depoimentos das testemunhas ministeriais acima descritos, além da confissão de um dos acusados de forma
que não se apresenta outro caminho a não ser a condenação dos acusados pelo crime inserto na peça vestibular.
DOS DELITOS DE ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (ART. 35 DA LEI 11.343/2006)
No que se refere ao crime de associação para o tráfico, é tipificada a conduta, ainda que não haja prática reiterada,
mas desde que o animus subjetivo dos participantes seja, ao menos, estável, descabendo, portanto, a consideração de associação um simples
concurso de agentes.
Dessa forma, e sem, ainda, entrar nas condutas individuais do caso em tela, é possível concluir que os atos de
participação, ainda que não reiterados, mas que possuam o dolo específico de associar-se são capazes para deflagrar o tipo disposto no art. 35
da Lei de Tóxico, sendo certo que o próprio crime de associação torna-se absolutamente autônomo em relação ao crime de tráfico de drogas.
Assim, nada impede que alguém seja acusado de cometer crime de Associação para o Tráfico ( artigo 35 da Lei 11.343/06 ), e não o seja ao
crime de Tráfico de Drogas ( artigo 33 do mesmo diploma ) 1 .
Conforme Vicente Greco Filho, em comento ao art. 35 da Lei de Drogas , o crime de associação deve conter
elemento subjetivo, in verbis :
Parece-nos, todavia, que não será toda vez que ocorrer concurso que ficará caracterizado o crime em tela. Haverá necessidade de um animus
associativo, isto é, um ajuste prévio no sentido da formação de um vínculo associativo de fato, um verdadeira conduta punível, prevista nos
arts. 33, §1º e 34. 2
Nessa vereda, não vislumbro, de forma cabal, a presença do vínculo associativo entre os denunciados citados
na denúncia. Desta forma, impossível vislumbrar, nestes autos, a conduta criminosa contida no art. 35 da Lei de Drogas .
Destarte, tenho como inexistente o liame subjetivo da associação para o tráfico entre os acusados envolvidos no
presente caso, razão pela qual, não resta outro caminho, senão absolvê-los da imputação prevista no art. 35, da Lei n° 11.343/06.
A materialidade do delito de posse ilegal de arma de fogo se encontra cabalmente comprovada nos autos,
também por meio do auto de apresentação e apreensão de fl. 21, bem como pelos depoimentos colhidos em juízo, os quais atestam de forma
cristalina a ocorrência do fato.
A autoria , por sua vez, também ficou comprovada, consoante se infere do conjunto probatório acima explanado,
o que revela que os fatos se deram da forma narrada na denúncia, levando ao convencimento deste magistrado de que o acusado LEONARDO
FÉLIX DOS SANTOS possuía ilegalmente arma de fogo de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar.
Neste sentido, os depoimentos das testemunhas Marcos Bruno Sales e José Diogenes Alves Varela , foram
uníssonos e harmônicos entre si, em afirmarem que as armas apreendidas nos autos, foram encontradas na posse do mencionado acusado,
no interior da sua residência.
O acusado LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS , confessou a propriedade da arma de fogo apreendida nos autos .
Posto isso, a análise dos autos permite divisar que, concluída a instrução processual, a responsabilidade criminal
do acusado LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS restou bem configurada à luz das provas coligidas e constantes do caderno processual.
No caso em análise, como já ressaltado, restou caracterizada ocorrência do crime de posse ilegal de arma de
fogo(art. 12, da Lei n° 10.826/03), ante o auto de apreensão, laudo pericial e os depoimentos das testemunhas ministeriais acima descritos, de
forma que não se apresenta outro caminho a não ser a condenação do mencionado acusado pelo crime inserto na peça vestibular.
Por todo o exposto, aliando as condutas dolosas dos réus, que efetivamente cumpriram todo o iter criminis ,
desde o conatus até a meta optata , à efetiva produção do resultado, encontra-se o delineamento do fato típico em todos os seus elementos.
Amoldando o fato típico à sua antijuridicidade, ante a inexistência de causas justificadoras encontradas no processo, constrói-se o delito em
todas suas multifárias feições.
Ademais, conclui-se que durante toda a conduta os réus agiram em inteiro entendimento do caráter ilícito de
sua ação, podendo determinar-se de outra forma, no entanto, preferindo agir de forma criminosa. Como consequência, há a presença indelével
da culpabilidade.
(...) 6.A peça inicial narra a apreensão da droga que seria remetida para Barcelona e que foi apreendida, mas
em nenhum momento aponta qualquer participação do paciente nesse episódio, tanto que, de forma coerente, não imputa ao mesmo o crime de
tráfico de drogas, mas apenas e tão somente o crime de associação para o tráfico. Contudo, com relação a todos os demais co-réus, a denúncia
também imputa-lhe, além do crime de associação para o tráfico, também o crime de tráfico de drogas; 7. O comportamento do paciente, apontado
na inicial acusatória, não se amolda ao tipo do artigo 35 da Lei 11.343/2006, que exige acordo prévio e duradouro entre os integrantes, unidos
com a finalidade de praticarem tráfico de drogas. É certo que o crime de associação para o tráfico é de natureza formal e autônomo com relação
ao próprio crime de tráfico de drogas. Em outras palavras, é possível a prática do crime de associação para o tráfico, sem que necessariamente
tenha ocorrido a prática do crime de tráfico de drogas. Contudo, não menos certo é que o referido crime exige, para a sua caracterização, a
estabilidade e permanência da associação criminosa, embora não seja necessária que a associação vise à prática reiterada do tráfico.(TRF 3ª
Região, HC 35252/SP, 1ª turma, Relator Juiz Federal Mário Mesquita, d. em 03.03.2009, DJF3 em 09.03.2009, p.181)
Tóxicos, prevenção e repressão . 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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Assim, não havendo prova de causas excludentes de ilicitude ou de culpabilidade, estando provada a imputação
ministerial em sua tipicidade formal e material (tipicidade conglobante), verificando-se a inexistência de quaisquer obstáculos relacionados à
punibilidade do agente, o reconhecimento da procedência do pedido de condenação contido na peça de ingresso é medida de rigor.
III – DISPOSITIVO:
DOSIMETRIA:
Atendendo às circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal que dispõe que o juiz estabelecerá,
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime as penas aplicáveis dentre as cominadas, a quantidade de pena
aplicável e o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade, bem como ao método trifásico hungriano do art. 68 do Código
Penal em vigor para estabelecer a dosimetria da pena, objetivando a prevenção geral e especial – negativa e positiva, proteção dos bens
jurídicos relevantes, repressão à criminalidade e ressocialização do Réu , passo as seguintes considerações.
As condutas incriminadas e atribuídas ao réu incide no mesmo juízo de reprovabilidade. Portanto, impõe-
se uma única apreciação sobre as circunstâncias judiciais enunciadas no art. 59 do Código Penal a todos os crimes, a fim de evitarmos
repetições desnecessárias.
Circunstâncias Judiciais (art.59, CP):
a.1) culpabilidade: O acusado, ao tempo do crime, tinha consciência dos efeitos maléficos do material
entorpecente com ele apreendida, tendo, pois, praticado a ação sem nenhum juízo de reprovabilidade, embora tivesse condições de assim não
atuar, sendo assim desfavorável a circunstância. Ademais, em relação ao delito de posse de arma o acusado agiu de forma premetidata com
dolo direito, sem nenhum juízo de reprovabilidade. Ressalte-se, ademais, que a culpabilidade em análise não tem relação com a culpabilidade
que se mostra como pressuposto à aplicação da pena, que envolve a avaliação de elementos ligados à imputabilidade, potencial consciência
da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.
a.2) antecedentes : Ausente condenação com trânsito em julgado, em atenção ao disposto na súmula n. 444
do STJ (“É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”), a circunstância é favorável.
a.3) conduta social : não há informação segura de que o acusado tenha má conduta social na comunidade
onde vive, sendo, pois a circunstância favorável .
a.4) personalidade : pelo que consta dos autos, é normal. Favorável.
a.5) motivos dos crimes : sem motivação conhecida para o crime, circunstância já valorada pelo próprio tipo
penal, sendo a circunstância favorável .
a.6) circunstâncias dos crimes : Normal às espécies. Favorável .
a.7) consequências do crime: normais às espécies em apuração, já que não se pode valorar como negativa
a simples apreensão de droga, sendo referida conduta inserida na formação do próprio tipo penal, pelo próprio desvalor da ação punida, razão
pela qual é favorável a circunstância.
a.8) comportamento da vítima: não há comportamento da vítima a ser valorado, pois o sujeito passivo é a
coletividade. Ademais, seguindo corrente jurisprudencial majoritária, entendo que essa circunstância não pode prejudicar a situação concreta do
agente, já que se a vítima nada fez, ou se agiu facilitando a prática do crime, a relevância ou não dessa situação se encontra na esfera de atuação
daquela e não do acusado. Assim, tendo em conta que a culpabilidade tem um maior peso de valoração sobre as demais circunstâncias judiciais,
conclui-se que esta deva se apropriar do patamar do valor atribuído à circunstância ora analisada, sendo ela desinfluente na valoração da
pena-base, enquanto a culpabilidade passa a ter sua valoração fixada em 2/8.
a.9) natureza e quantidade da droga apreendida (art. 42, da Lei nº 11.343/06) : verifico que foram apreendidos
960 gramas da droga(maconha), sendo a circunstância Desfavorável ;
B) pena-base : à vista das circunstâncias acima analisadas, dividindo-se a faixa de cominação legal
abstratamente atribuída ao crime em destaque, e atento às circunstâncias judiciais influentes, e tendo em conta a existência de circunstâncias
desfavoráveis a acusada, a pena ficará acima do mínimo legal.
b.1) Para o delito de tráfico ilegal de droga (art. 33, Lei nº 11.343/2006) : 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão e 700 (setecentos)
dias-multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente pobreza
do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP);
b.2) Para o delito de posse ilegal de arma de fogo (art. 12, Lei nº 10.826/2003) : 1 (um) ano e 6 (seis) meses de detenção e 60 (sessenta)
dias-multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente pobreza
do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP);
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C) atenuantes e agravantes: Reconheço a atenuante da confissão, prevista no art. 65, III, “d”, do CP, tão
somente, para o delito previsto no art. 12, da Lei n° 10.826/03, diminuindo-a em 1/6(um sexto), dosando-a em:
c.1) Para o delito de tráfico ilegal de droga (art. 33, Lei nº 11.343/2006) : 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão e 700 (setecentos)
dias-multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente pobreza
do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP);
c.2) Para o delito de posse ilegal de arma de fogo (art. 12, Lei nº 10.826/2003) : 1 (um) ano e 3 (três) meses de detenção e 50 (cinquenta)
dias-multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente
pobreza do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP);
D) Causas de aumento e diminuição: inexistem causa especial de aumento e/ou diminuição da pena,
TORNANDO DEFINITIVAS AS PENAS :
d.1) Para o delito de tráfico ilegal de droga (art. 33, Lei nº 11.343/2006) : 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão e 700 (setecentos)
dias-multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente pobreza
do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP);
d.2) Para o delito de posse ilegal de arma de fogo (art. 12, Lei nº 10.826/2003) : 1 (um) ano e 3 (três) meses de detenção e 50 (cinquenta)
dias-multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente
pobreza do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP); ;
E) Considerando que os crimes de tráfico e posse de arma de fogo foram cometidos em concurso material,
sendo pois aplicável a regra contida no art. 69 do CP, fica a ré condenada definitivamente à pena de 8 (OITO) ANOS E 9 (NOVE) MESES
DE RECLUSÃO E 750 (SETECENTOS E CINQUENTA) DIAS-MULTA, com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo
vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente pobreza do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP).
B) pena-base : à vista das circunstâncias acima analisadas, dividindo-se a faixa de cominação legal
abstratamente atribuída ao crime em destaque, e atento às circunstâncias judiciais influentes, e tendo em conta a existência de circunstâncias
desfavoráveis a acusada, a pena ficará acima do mínimo legal.
b.1) Para o delito de tráfico ilegal de droga (art. 33, Lei nº 11.343/2006) : 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão e 700 (setecentos) dias-
multa , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista a evidente pobreza
do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP).
C) atenuantes e agravantes: inexistem circunstâncias atenuantes e ou agravantes.
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D) Causas de aumento e diminuição: inexistem causa especial de aumento e/ou diminuição da pena,
TORNANDO DEFINITIVA A PENA :
d.1) Para o delito de tráfico ilegal de droga (art. 33, Lei nº 11.343/2006) : 7 (SETE) ANOS E 6 (SEIS) MESES DE RECLUSÃO E 700
(SETECENTOS) DIAS-MULTA , com valor do dia-multa fixado em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, tendo em
vista a evidente pobreza do réu (art. 49 c/c art. 60, caput, do CP) ;
REGIME PRISIONAL E DETRAÇÃO DO PERÍODO DE PRISÃO CAUTELAR (art. 33 do CP e art. 387, § 2º,
do CPP): Atento à determinação do § 2º do art. 387 do Código de Processo Penal , diminuo das penas aplicadas, para fim exclusivo
de fixação do regime, por ocasião da prolação da sentença , os períodos em que os acusados permaneceram presos preventivamente,
razão pela qual fixo, inicialmente, o regime fechado para cumprimento de pena, conforme §2°, letra “a” e §3°, ambos do art. 33, do CP
para o acusado LEONARDO FÉLIX DOS SANTOS. E para o acusado, RICARDO JOSÉ DE LIMA NOGUEIRA , fixo, inicialmente, o
regime semiaberto para cumprimento de pena, conforme §2°, letra “b” e §3°, ambos do art. 33, do CP .
DA REPARAÇÃO DO DANO
Deixo de fixar valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando que os crimes
atribuídos aos acusados são de perigo abstrato, havendo, a priori, inexistência de resultado naturalístico em desfavor de ofendido determinado,
exceto do Estado, por via indireta.
LIBERDADE PARA RECORRER:
Os réus responderam a boa parte da instrução processual em liberdade. Portanto, entendo não ser razoável e
nem necessário, neste momento, o encarceramento das mesmas. Sendo assim, concedo-lhes o direito de recorrerem em liberdade
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COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
O Doutor Evanildo Coelho de Araújo Filho , Juiz de Direito da Décima Quinta Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER a(o) ALBERTO LEANDRO SILVA LIMA , filho de Antônio da Costa Lima e Suely de Siqueira Silva, o qual se encontra
em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, tramita Ação Penal - Procedimento Ordinário , sob o nº 15293-32.2018.8.17.0001,
movida contra sua pessoa. Desta feita, fica o mesmo CITADO para, querendo, apresentar resposta à acusação no prazo de 10 dias contados do
transcurso deste edital, conforme o art. 396, do CPP. Não sendo apresentada resposta no prazo acima assinalado, fica, desde já nomeado
Defensor Público para oferecê-la. Dado e passado aos 04/12/2018.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Patricia Tenorio Marques de Sá , o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria. Recife (PE), 04/12/2018.
COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
O Doutor Evanildo Coelho de Araújo Filho , Juiz de Direito da Décima Quinta Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER a(o) ALDO CESAR DOS SANTOS , filho de Manoel da Luz dos Santos e Teresa Maria de Lima, o qual se encontra
em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, tramita Ação Penal - Procedimento Ordinário , sob o nº 22542-34.2018.8.17.0001,
movida contra sua pessoa. Desta feita, fica o mesmo CITADO para, querendo, apresentar resposta à acusação no prazo de 10 dias contados do
transcurso deste edital, conforme o art. 396, do CPP. Não sendo apresentada resposta no prazo acima assinalado, fica, desde já nomeado
Defensor Público para oferecê-la. Dado e passado aos 04/12/2018.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Patricia Tenorio Marques de Sá , o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria. Recife (PE), 04/12/2018.
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COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
O Doutor Evanildo Coelho de Araújo Filho , Juiz de Direito da Décima Quinta Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER a(o) IVERSON DA SILVA SANTOS , filho de Maria dos Prazeres Germano dos Santos, o qual se encontra em local
incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, tramita Ação Penal - Procedimento Ordinário , sob o nº 22706-96.2018.8.17.0001, movida contra
sua pessoa. Desta feita, fica o mesmo CITADO para, querendo, apresentar resposta à acusação no prazo de 10 dias contados do transcurso
deste edital, conforme o art. 396, do CPP. Não sendo apresentada resposta no prazo acima assinalado, fica, desde já nomeado Defensor
Público para oferecê-la. Dado e passado aos 04/12/2018.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Patricia Tenorio Marques de Sá , o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria. Recife (PE), 04/12/2018.
Ficam as partes e o advogado DR. CARLOS ALBERTO RODRIGUES LIMA – OAB/PE Nº 14.501, intimados da sentença
proferida nos autos nº 12107-35.2017.
“ PROCESSO Nº 12107-35.2017.8.17.0001
SENTENÇA Nº 135/2018
Vistos, etc.
O Ministério Público Estadual promoveu a presente ação penal pública incondicionada contra LAUCIANDRA SOUZA DA SILVA ,
qualificada na fl. 02, atribuindo-lhe a prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/06, em face de prisão em flagrante, na qual foi presa,
por suposta ação de tráfico de drogas, conforme os dados que se seguem:
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A droga 1 apreendida foi submetida a exame definitivo cujo laudo se encontra neste processo.
Promovida a notificação regular, conforme disciplina o art. 55 da Lei nº 11.343/06, a denunciada apresentou a defesa técnica preliminar,
por escrito, sem a interposição de exceções, através de Defensor, na qual refutou, em suma, os termos da acusação.
A denúncia foi recebida, por preencher os requisitos insertos no art. 41 do CPP, sendo designada a audiência de instrução, para a qual
a denunciada foi citada e intimada, assim como intimados foram os demais interessados, tudo consoante previsão do art. 56 da Lei de Drogas.
Na audiência de instrução colheu-se a prova testemunhal, no entanto não foi possível, após o seu encerramento, seguir-se com os
debates, em face do avançar da hora e das outras audiências designadas para o mesmo dia, ainda por fazer. As partes concordaram em apresentar
as alegações finais através de memoriais.
A síntese do arrazoado final da Promotoria foi o requerimento de condenação da denunciada, por haver provas suficientes de autoria e
materialidade, enquanto que a Defesa seguiu o caminho inverso e pugnou pela absolvição da acusada.
É o que basta relatar.
Passo a decidir.
Historiam os autos que no dia e hora acima uma patrulha policial militar, em serviço de policiamento ostensivo, recebeu denúncias
repassadas por populares de que um grupo de pessoas em atitudes suspeitas estaria nas proximidades da Estação do BRT.
Munidos dessas informações, os milicianos dirigiram-se até o local informado, onde havia cerca de 9 pessoas, ocasião em que resolveram
abordá-las.
Durante as abordagens, nada de ilícito foi encontrado em poder dos outros indivíduos, mas a denunciada nos presentes autos trazia
consigo, dentro de suas vestes, 22 (vinte e duas) pedras de crack, além da quantia de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) em espécie.
Diante do ocorrido, a demandada foi presa em flagrante delito e apresentada à Autoridade Policial.
Com referência à materialidade, não houve dúvidas em relação à quantidade e à natureza da droga apreendida, pois, de fato, tratava-se
do alcalóide cocaína ( metil éster de benzoil-1-ecgonina ), o qual foi obtido do vegetal Erythroxylum Coca Lamarcak .
A droga examinada consta da Portaria n° 344/98 – SVS/MS (LISTAS E, F1 e F2), atualizada por RDC, como substância entorpecente/
psicotrópica, de uso proscrito no Brasil, indutora de dependência física e psíquica.
Sobre a autoria, a acusada, quando interrogado na fase policial, apesar de ter negado ser traficante, confessou que sabia que o seu namorado
era traficante e que estava guardando as 22 pedras de crack para ele.
Por outro lado, em juízo, mudou a sua versão, à consideração de que o rapaz que com ela estava havia colocado a droga na sua cintura, sem
informar a ela do que se tratava. Afirmou que estava conhecendo o rapaz pessoalmente naquele dia e que tinham acabado de sair do cinema,
mas não soube nem mesmo informar qual filme havia assistido. Além disso, não apresentou provas para confirmar as suas alegações, tal como
prevê a norma do art. 156 da Lei Adjetiva Penal.
A prova testemunhal apresentada pela acusação, por outro lado, não deixou dúvida acerca do envolvimento da acusada na prática do
tráfico de drogas. Os policiais que participaram da sua prisão em flagrante, neste juízo, prestaram depoimentos convergentes e uníssonos no
sentido de confirmar os termos da denúncia.
Cabe anotar, por oportuno, que o depoimento de policial prestado em Juízo, sob a garantia do contraditório, reveste-se de inquestionável
eficácia probatória, não se podendo desqualificá-lo pelo só fato de emanar de agentes estatais incumbidos, por dever de ofício, da repressão
penal 2 . Tanto é assim que “A jurisprudência do STF é no sentido de que a simples condição de policial não torna a testemunha impedida
ou suspeita” (RT 157/94).
Além disso, mesmo que a acusada não praticasse a mercância da droga, o fato de guardar o entorpecente ilícito em suas vestes,
sabendo que o era, conforme ela afirmou na fase policial, já configura um dos verbos constantes do art. 33 da Lei 11.343/06, qual seja, guardar.
Logo, a autoria delitiva mostra-se induvidosa, uma vez que os policiais que participaram da prisão da acusada confirmaram em juízo
os fatos narrados na denúncia.
Vale ressaltar que os tribunais superiores já se posicionaram acerca da possibilidade de utilização da prova indiciária para embasar o
decreto condenatório, desde que referida prova tenha sido ratificada em juízo, senão vejamos:
STJ. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO. FURTO. NULIDADE. AFRONTA AO ART 155 DO CPP.
INEXISTÊNCIA. CONDENAÇÃO COM BASE EM PROVA TESTEMUNHAL, SUBMETIDA AO CRIVO DO CONTRADITÓRIO, CORROBORANDO
CONFISSÃO NA FASE INQUISITIVA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
- Este Superior Tribunal de Justiça, na esteira do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, tem amoldado o cabimento do remédio
heróico, adotando orientação no sentido de não mais admitir habeas corpus substitutivo de recurso ordinário/especial. Contudo,a luz dos princípios
constitucionais, sobretudo o do devido processo legal e da ampla defesa, tem-se analisado as questões suscitadas na exordial a fim de se verificar
a existência de constrangimento ilegal para, se for o caso, deferir-se a ordem de ofício.
- Esta Corte Superior tem o entendimento pacífico de que não se admite a condenação com base exclusivamente em elementos de
informação colhidos durante o inquérito policial. Todavia, no presente caso não há falar em afronta ao art. 155 do CPP, uma vez que
a condenação baseou-se também na prova testemunhal colhida em juízo, corroborando a confissão extrajudicial.
Nos termos do Parágrafo Único do art. 1º da Lei nº 11.343/2006, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas (Portaria nº 344/98 da SVS/MS) atualizadas (RDC) periodicamente
pelo Poder Executivo da União.
“A Súmula n° 76 do TJPE dispõe que “É válido o depoimento de policial como meio de prova”.
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Habeas corpus não conhecido. HC 241348/MG HABEAS CORPUS 2012/0090464-5 DJe 07/08/2014 RSTJ vol. 235 p. 623
No presente caso, a confissão extrajudicial da acusada se coaduna com a narrativa dos policiais, embora em juízo ela tenha negado
que sabia o que trazia em suas vestes íntimas.
Em que pese o esforço da Defesa, não vejo como acolher o pleito de absolvição, porque fui convencido, através das provas insertas
neste processo, do intuito livre e consciente da acusada em praticar o delito previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/06, razão pela qual julgo procedente
a pretensão punitiva do Estado, para condená-la nas sanções da supramencionada norma.
Para efeito de aplicação da reprimenda, o art. 42 da Lei 11.343/06 estabelece que o Juiz considerará, com preponderância sobre as
circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal, a natureza da substância ou do produto e sua quantidade, além da personalidade
e a conduta social do agente.
Culpabilidade normal à espécie.
A ré não possui histórico criminal.
Não foram trazidos subsídios para a análise da personalidade e conduta social da ré.
As consequências e os efeitos do crime analisado indicam notório grau de nocividade à saúde pública.
É provável que o motivo do crime tenha sido a ideia do “lucro fácil”, que é típica do tráfico de drogas.
Ante o exposto, a pena-base será de 05 anos e 03 meses de reclusão e 525 dias-multa.
Atenuo a pena em 03 meses e 25 dias-multa, pelo fato de a ré ter confessado espontaneamente a prática do crime durante a fase
inquisitória (65, III, “d”, do CP).
Reconheço a existência da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, pelo qual diminuo a pena em ¼.
Nada a acrescer na pena relativamente às agravantes e causas de aumento de pena.
Em assim sendo, a pena definitiva será de 03 anos e 09 meses de reclusão e 375 dias-multa.
Adianto que na aplicação da pena de multa considerei as circunstâncias judiciais preponderantes e a situação econômica da ré.
Cada dia-multa custará 1/30 do valor do salário mínimo vigente na época do fato, com a atualização devida, conforme previsão do art.
43 da Lei de Drogas.
O pagamento da multa será feito em conformidade com a norma do art. 50 do Código Penal.
A pena privativa de liberdade será substituída (art. 44, I, II, III, do CP) pela prestação de serviços à comunidade e limitação de
finais de semana, pelo prazo da pena de reclusão, cabendo a VEPA o disciplinamento de tal medida, bem como a sua execução.
Admito o recurso em liberdade.
Expeça-se o competente alvará de soltura, sendo o caso.
A possibilidade de tal medida decorre da Resolução nº 5/2012, do Senado Federal, que suspendeu a expressão “Vedada a conversão
em penas restritivas de direitos”, então prevista no art. 44 da Lei de Drogas.
Fica a ré, desde logo, ciente da previsão do art. 44, § 4°, do CP, com o registro de que o não cumprimento das penas substitutas
ensejará na imediata conversão em pena de reclusão (privativa de liberdade) cujo regime de cumprimento será o fechado (Lei n° 11.464/07),
inicialmente, sendo indicada a PPBC, ou outro estabelecimento ao crivo do Juízo das Execuções.
Com o trânsito em julgado, preencherá o boletim individual para envio ao ITB – e alimentação do INFOSEG; comunicará a suspensão
dos direitos políticos da ré à Justiça Eleitoral (art. 15, III, da CF); oficiará a Autoridade Policial para proceder com a destruição das drogas;
expedirá mandado de prisão, na hipótese do art. 44, §4º, do CP; expedirá a carta de sentença/guia definitiva ; enviará os autos à Contadoria,
à elaboração dos cálculos da pena de multa; e expedirá a certidão devida, na hipótese do não pagamento da multa, para encaminhamento ao
Órgão do Ministério Público/Procuradoria da Fazenda que atua junto a VEP, visando à execução da pena (art. 51 do Código Penal).
O pagamento das custas será dispensado, ante a situação econômica da ré.
P.R.I.C. e arquive-se no momento oportuno.
Recife, 05/10/2018
COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
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O Doutor Evanildo Coelho de Araújo Filho , Juiz de Direito da Décima Quinta Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER a(o) MICHEL MOURA DA SILVA , filho de Nivaldo Pereira da Silva e Severina Augusto de Moura, o qual se encontra
em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, tramita Ação Penal - Procedimento Ordinário , sob o nº 14909-69.2018.8.17.0001,
movida contra sua pessoa. Desta feita, fica o mesmo CITADO para, querendo, apresentar resposta à acusação no prazo de 10 dias contados do
transcurso deste edital, conforme o art. 396, do CPP. Não sendo apresentada resposta no prazo acima assinalado, fica, desde já nomeado
Defensor Público para oferecê-la. Dado e passado aos 04/12/2018.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Patricia Tenorio Marques de Sá , o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria. Recife (PE), 04/12/2018.
COMARCA DE RECIFE
JUÍZO DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
O Dr. Evanildo Coelho de Araújo Filho, Juiz de Direito Titular da 15ª Vara Criminal da Capital, em virtude da Lei, etc,
FAZ SABER , com fulcro no artigo 392, inciso VI, § 1º, do Código de Processo Penal, que através do presente Edital, fica INTIMADO
o(a) acusado(a) LEANDRO JOAQUIM COSTA DA SILVA, filho de Irineu Joaquim da Silva e Maria dos Prazeres Costa da Silva, por se
encontrar em lugar incerto e não sabido , a tomar ciência da Sentença condenatória prolatada em 28/05/2018, nos autos do processo crime
nº 22394-62.2014.
“ I. RELATÓRIO
LEANDRO JOAQUIM COSTA DA SILVA foi(ram) denunciado(s) pelo MINISTÉRIO PÚBLICO como incursos nos seguintes tipos penais :
A Denúncia, exordial da ação penal, relata, em síntese, que: em 28 de março de 2014, por volta das 21h, na Travessa Lourenço de Sá, em frente
ao imóvel de n° 380, bairro de São José, nesta cidade o acusado fora flagrado trazendo consigo 30 pedras de “crack”, contendo o total de 7g,
para fins de comercialização, em desacordo com determinação legal, conforme Laudo Preliminar, Auto de Apreensão, BO e depoimentos.
A Denúncia foi recebida no dia 25/04/2014 por decisão proferida nas fls. 55.
Citação válida;
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Interrogatório(s).
O Ministério Público em sede de alegações finais, pugnou pela condenação do acusado no art. 33 da Lei de Tóxicos e também no art. 244 –
B do ECA.
II. FUNDAMENTAÇÃO
Ao(s) réu(s) foram asseguradas amplas oportunidades de defesa, patrocinada por bons DEFENSORES do nosso Estado.
Nada se vislumbra ou foi alegado que possa ter ensejado a nulidade dos atos processuais praticados.
II.1. DO CRIME
Para que se possa afirmar a ocorrência de um crime, é preciso que se verifique a reunião de certos elementos: 1. a conduta; 2. o resultado; 3.
a relação de causalidade e 4. a tipicidade.
A CONDUTA - Não há fato jurídico sem uma ação ou sem uma omissão. A conduta é uma atividade humana - omissiva ou comissiva -
voluntária e dirigida a uma finalidade. Nos crimes dolosos, a finalidade da conduta é a vontade de concretizar o fato ilícito. Nos crimes
culposos, o fim da conduta não está dirigido ao resultado lesivo, mas o agente não emprega em seu comportamento os cuidados necessários
para evitar o evento, razão pela qual é autor de fato típico.
A) RESULTADO - O resultado, que pode ser físico, fisiológico ou psicológico, deve ser entendido como a lesão ou perigo de lesão de um
interesse protegido pela norma penal.
A) RELAÇÃO DE CAUSALIDADE - A conduta e o resultado devem estar em relação de causalidade. No Brasil, adota-se a teoria da equivalência
das condições ou da equivalência dos antecedentes, pela qual todos os fatos que concorrem para a eclosão do evento devem ser
considerados causa destes. Em outra linguagem, tudo o que concorrer para o resultado é causa dele.
Deve existir sempre o nexo causal para a atribuição de uma conduta típica ao agente. Não havendo nexo causal, não há que se cogitar de
responsabilidade penal.
1. TIPICIDADE - A tipicidade é a correspondência exata, a adequação perfeita entre o fato natural e a descrição contida na lei. Assim, só
haverá crime, se a conduta humana estiver descrita em lei penal anterior. É o princípio da legalidade, previsto constitucionalmente (artigo
5º, inciso XXXIX).
II.2 DA MATERIALIDADE
A materialidade está consubstanciada de forma direta, através do laudo de constatação preliminar, auto de apresentação e apreensão e laudos
periciais, corroborada pela prova deponencial colhida na instrução do processo.
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A) As testemunhas EDIJAILSON RODRIGUES DA SILVA e JORGE FERNANDO SANTIAGO DA SILVA JÚNIOR, receberam informações do
serviço reservado de inteligência de que dois indivíduos estariam traficando entorpecentes em frente ao imóvel de n° 380, na Travessa Lourenço
de Sá. No intuito de averiguar a ocorrência deste crime, os policiais se dirigiram até o local. Chegando lá, perceberam que o acusado, ao avistar o
policiamento, rapidamente se desfez de uma sacola plástica e entrou na residência. Diante disso, os policiais adentraram no imóvel, apreenderam
o acusado e se depararam, ainda, com o adolescente JEMERSON SANTANA DE PAULA. Este, ao ser confrontado pelos policias, prontamente
confessou possuir material entorpecente escondido no imóvel, mais especificamente no interior de um bicho de pelúcia, além de duas armas de
fogo escondidas no telhado. Disseram que na sacola, da qual o acusado tentou se desfazer, foram encontradas 30 (trinta) pedras de “crack”, com
massa bruta total de 7,550g (sete gramas, quinhentos e cinquenta miligramas), fato que ocasionou a sua prisão em flagrante.
B) O acusado não compareceu na audiência de instrução, tendo sido decretada a sua revelia, nos termos do art. 367 do CPP (fl. 169).
C) Os policiais depuseram de forma similar e coerente, tanto entre si, como em relação ao que relataram anteriormente na ocorrência, no sentido
de afirmar, em suma, que haviam informações do serviço reservado de que dois indivíduos estariam traficando drogas em frente ao imóvel de
n° 380, na Travessa Lourenço de Sá.
D) AS testemunhas foram uníssonas a dizerem que, ao chegarem no local, verificaram a procedência das informações, tendo realizado a
apreensão do acusado e do menor JAMERSON, que estavam em atividade de traficância. Além disso, ambos confirmaram a apreensão de
material tóxico em poder do réu. De fato , e ncerrada a instrução e diante das provas produzidas, tem-se que a conduta do acusado de trazer
consigo 30 (trinta) pedras de “crack’ (cocaína sob a forma de pedras), com massa bruta total de 7 ,555g (sete gramas, quinhentos e cinquenta
miligramas) , sem autorização ou em desacordo com determinação legal, para fins de tráfico, enquadra-o como traficante, nos termos do
art. 33, da Lei 11.343/06.
E) Assiste razão ao Ministério Público. É o caso dos autos de aplicação da Emendatio Libelli , para o delito do art. 244 – B do ECA.
Embora não haja expressamente esta imputação na denúncia, a narração contida na peça acusatória evidencia que o acusado, além
do tráfico de drogas também praticou o ilícito de corrupção de menores (art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente).
F) A denúncia descreve de maneira clara que os policiais possuíam informações de que dois indivíduos estavam realizando tráfico de
drogas no imóvel do acusado. Ao chegarem no local, perceberam que as informações eram verídicas, de maneira que, no interior da
residência do acusado, foi apreendido um menor, o adolescente JEMERSON, que estava na posse uma grande quantidade de droga,
além de duas armas de fogo. Ambos os policiais, em juízo, às fls. 176, confirmaram a apreensão de um menor de idade juntamente com
acusado, estando o adolescente na posse de várias pedras de crack e de duas armas de fogo.
Assim, o fato de o acusado ter praticado infração penal com o adolescente, já incorreu no crime do art. 244-B, de maneira que é
irrelevante a prova efetiva que o menor foi por ele corrompido. Nesse sentido a súmula n° 500 do STJ:
III. DISPOSITIVO
Diante das razões expendidas, arrimada em todo o acervo probatório dos autos, condeno o réu LEANDRO JOAQUIM COSTA DA SILVA nas
penas dos seguintes dispositivos legais :
A dosimetria da pena é o momento em que o julgador, imbuído do poder jurisdicional do Estado, comina ao indivíduo que pratica fato típico, a
sanção que reflete a reprovação estatal pelo crime ocorrido, através da pena imposta, objetivando, com isso, a prevenção do crime e sua correção.
Ao magistrado, para esse mister, é outorgada, pelo Ordenamento Jurídico pátrio, larga margem de discricionariedade vinculada, para analisar
os ditames do art. 59 do CP.
É de se salientar, todavia, que na análise das circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, deve ser observado que, se alguma das
circunstâncias judiciais for elementar do próprio tipo legal, descabe desconsiderá-la para influir na dosagem da reprimenda inicial.
Dessa forma, atendendo-se ao comando contido no artigo 68, do Código Penal, passo à fixação da pena a ser imposta ao(s) acusado(s)
apreciando, inicialmente, as circunstâncias descritas no artigo 59, do Código Penal:
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CULPABILIDADE
Com a culpabilidade, deve o juiz analisar o grau de reprovabilidade da conduta do condenado, o que a sociedade esperava que o agente fizesse
diante do fato que ocorreu.
O denunciado compreendia e entendia as circunstâncias do fato e sua ilicitude, podendo ter optado por não praticar o crime. Naquele instante,
exigia-se dele comportamento que se ajustasse ao Direito. A culpabilidade está presente, não havendo qualquer causa que exclua os elementos
que a integram.
A culpabilidade do acusado encontra-se presente, pois fora ele acusado quem executou pessoalmente os atos da ação delituosa voltada para a
efetivação do tráfico, comprando, guardando a droga visando o lucro da mercância ilícita. Além disso estava praticando ele mesmo delito junto
com o adolescente.
ANTECEDENTES CRIMINAIS
Quanto aos antecedentes criminais, c omo o próprio enunciado da circunstância dosimétrica diz, deve-se considerar aqui apenas a vita anteacta
do réu.
Segundo ALBERTO SILVA FRANCO, "o Juiz deverá levar em conta, ao individualizar a pena, os antecedentes do agente, isto é, tudo aquilo
que existiu ou lhe aconteceu antes da prática do fato criminoso. Em resumo, o seu comportamento anterior" (Código Penal e sua Interpretação
Jurisprudencial, 6 ed., SP: RT, 1997, Vol.1, Tomo, Parte Geral, p. 884).
Não podemos esquecer que somente serão computados, como antecedentes, os processos e inquéritos transitados em julgado, pois existe o
princípio da presunção de inocência do réu.
Dessa forma os antecedentes criminais são bons, à míngua de qualquer processo criminal contra si, antes do fato, com trânsito em julgado.
CONDUTA SOCIAL
Com esse item, o juiz avaliará o agente e sua vida em sociedade, como seu relacionamento com a família, vizinhos, no trabalho, se o ato violento
foi um acontecimento fora do normal.
De fato é de se aquilatar, neste momento, como o acusado está inserido na sociedade, sua vida antes do crime.
Como é cediço, a jurisprudência pátria nos leciona: “A conduta social do agente não pode ser considerada desfavorável apenas por conta
do cometimento do próprio delito, assim como considerações de cunho ético e moral devem ser excluídas da avaliação.” STJ (HC 67710 / PE.
HABEAS CORPUS)
Neste diapasão, há no processo, dados firmes que apontam que a conduta social do réu mantinha-se, na época do crime, fora dos padrões de
normalidade social, uma vez que é contumaz na prática de tráfico de drogas.
Dessa forma, a conduta social do acusado na época do crime não era boa.
PERSONALIDADE DO AGENTE
Nesta etapa, o Juiz deve levar em consideração o caráter do agente, sua índole, moral, se houve frieza ao cometer o crime, se está arrependido,
enfim, elementos bem subjetivos.
É de se frisar que juiz nenhum possui formação em estudos psicossomáticos ou de qualquer natureza que investigue os confins obscuros da
mente humana.
A lei leva os juízes a analisar tal circunstância, para que analise fatos e provas do processo que possam revelar atos que conduzam a conclusão
da existência de desvios sociais de personalidade, ou seja, se os atos noticiados nos autos e fora da esfera do fato típico, para que não se alegue
bis in idem, revelam personalidade tendenciosa ou voltada para o crime.
E o conjunto probatório destes fólios não fornecem elementos que levem a crer que o acusado tenha personalidade voltada para o crime posto que
tanto as testemunhas em seus depoimentos não trazem elementos importantes de que o acusado tenha por hábito, a prática de condutas ilícitas.
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Dessa forma presume-se que a personalidade do agente não é voltada para o crime.
MOTIVOS DO CRIME
Nada há que favoreça ao Réu. O motivo do crime foi unicamente de se locupletar com a venda de drogas.
CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
Aqui devemos analisar aquilo que faz parte na prática do crime, a maneira como o agente agiu, o lugar, o tempo e os objetos utilizados por ele, etc.
As circunstâncias não favorecem de igual modo ao acusado em face do modo de agir, tendo o acusado:
- Ter sido preso com quantidade considerável de porções da droga, CRACK, substância com alto poder viciante.
As conseqüências extra-penais têm relevância, uma vez que os crimes de tráfico fomentam outros tipos de delito praticados por viciados,
contribuindo para a sensação de insegurança na população.
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA
Analisa-se aqui se o comportamento da vítima contribuiu para a eclosão do crime ou não. A vítima é o Estado e em nada contribui para a ação
do réu.
Há circunstâncias desfavoráveis ao acusado, o que enseja a aplicação de pena superior ao mínimo legal.
Vejo a existência de causas de diminuição, a do §4º do art. 33 da Lei de Tóxicos, pelo que reduzo a pena imposta em 1/3, média redução legal
diante da péssima inserção social do acusado.
Encontro nesta fase a pena de:
- 4 (quatro) anos e 8(oito) meses de reclusão e multa de 200 dias-multa pelo delito do art. 33 da Lei 11.343 e
- 1(um) ano e 6(seis) meses de reclusão pelo delito do art. 244 B do ECA
6 (seis) anos e 2(dois) meses de reclusão e 200 dias-multa, o qual aplico no mínimo legal de
1/30 avos do salário mínimo vigente na época do fato, a ser cobrado na forma do art. 50 do CP
A determinação do regime inicial da pena depende de dois fatores: a quantidade de pena fixada (artigo 33, parágrafo 2º, do Código Penal) e as
condições pessoais do Condenado (artigo 33, parágrafo 3º, do Código Penal).
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Aplico ao réu o regime de cumprimento da pena INICIALMENTE SEMI-ABERTO EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL A SER DEFINIDO PELO
COTEL.
a). Deixo de CONDENAR o(s) acusado(s) ao pagamento das custas processuais posto que defendido pela Defensoria Pública.
b). Em seguida, extraiam-se Guias de Recolhimento, com fiel observância dos comandos abrigados nos artigo 105 a 107, da Lei n 7.210, de 11
de julho de 1984 para o acompanhamento do cumprimento das penas impostas.
c). Empós, oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Pernambuco para que adote as providências necessárias no que pertine à
suspensão dos direitos políticos dos apenados, nos termos do artigo 15, inciso III, da Constituição Federal.
O réu encontra-se solto desde 26/1/2012, por decisção de fls. 45 e por tal razão, reconheço ao(s) Condenado(s) o direito de recorrer em liberdade.
Após o trânsito em julgado ou sendo o caso de execução provisória da sentença, remeta-se cópia da presente sentença e das guias pertinentes
ao juízo das execuções penais do Estado de Pernambuco. Faça-se constar no Ofício ao Juízo das Execuções Penais que o relatório da presente
sentença servirá como o breve relatório, consoante determinado pelo egrégio TJ/PE.
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Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados do despacho exarado nos autos do processo abaixo:
Despacho: Ficam intimadas as defesas dos acusados DIEGO CLERICUZI SANTIAGO PACHECO e MOISÉS VERAS SOARES MARTINS para
apresentar alegações finais no prazo legal. Blanche Maymone Pontes Matos. Juíza de Direito.
580
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Despacho:
RH Tratando os presentes autos de matéria fática plenamente suscetível de alteração substancial(alteração de posse) com o decurso de lapso
de tempo elevado como no caso dos autos, sendo inclusive do conhecimento deste magistrado o encerramento das atividades da ONG que
prestava assistência jurídica aos postulantes, resolvo determinar a intimação dos requerentes, através dos defensores, para manifestar interesse
no feito, apresentando os endereços de citação dos atuais proprietários dos imóveis objeto da disputa, no prazo de até 15(quinze) dias, pena de
extinção do feito sem a resolução do mérito. Após, conclusos. Recife, 10.08.2018.Breno Duarte Ribeiro de Oliveira Juiz de Direito.
1 RH Ante a Instrução Normativa n.º 13/2016 do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco que instituiu a obrigatoriedade do Processo Judicial
eletrônico (PJE) nas fases de cumprimento ou execução de sentença, no âmbito do Poder Judiciário Estadual, intime-se a parte exequente para
tomar ciência do presente despacho e adequar o pedido de fls. 161 às disposições do Novo Código de Processo Civil e da Instrução Normativa
n.º 13/2016. Ato contínuo, remetam-se os autos ao arquivo com as devidas cautelas. Recife, 22 de outubro de 2018. Breno Duarte Ribeiro de
Oliveira. Juiz de Direito. 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
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Despacho:
1R.HConsiderando a certidão de trânsito em julgado de fls. 329 nos autos, aguarde-se manifestação da parte interessada por 15 (quinze) dias.
No silêncio, ao arquivo. Recife, 22 de outubro de 2018.BRENO DUARTE RIBEIRO DE OLIVEIRA Juiz de Direito1ª Vara da Fazenda Pública.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos
processos abaixo relacionados:
Processo nº 0125503-10.2005.8.17.0001AUTOR: Valéria Oliveira Brandão e Ricardo Elias de MedeirosRÉUS: Município do Recife e Município
de Jaboatão dos GuararapesSENTENÇA Vistos etc. Valéria Oliveira Brandão e Ricardo Elias de Medeiros, qualificados na inicial, por intermédio
de advogado legalmente habilitado por instrumento de mandato, ajuizaram ação civil ex-delito de indenização por perdas e danos decorrente
de responsabilidade objetiva do Estado em face do Município do Recife e Município de Jaboatão dos Guararapes, alegando, em breve resumo,
que são genitores da menor Kailany Nalanda Oliveira de Medeiros, falecida em 20.05.2005, por culpa exclusiva dos réus. Narraram que no dia
19.05.2005 a menor foi conduzida pelos autores à Policlínica Barros Lima, em Recife/PE, queixando-se de febre persistente. Alegaram que a
menor foi admitida na referida policlínica às 13h05 e às 15h47 ainda apresentava 39° (trinta e nove graus) de febre, condição que se manteve às
18h40. Sustentaram que às 22h40 a médica plantonista do turno da noite procedeu à reavaliação da menor, registrando na ficha médica sintomas
como "prurido disseminado todo corpo, febre", baseando-se apenas em sua inspeção visual, e que o hemograma realizado demorara demais,
considerando que a menor estava internada na emergência da Policlínica. Argumentaram que a ficha médica da menor foi adulterada e que
apesar de o hemograma indicar a gravidade do caso, foi feita medicação típica de indicação de permanência na mesma unidade hospitalar, que
não possui estrutura para casos graves, ao invés de se transferir a criança para um hospital que disponibilizasse de melhor estrutura para o caso.
Aduziram que, após apelos incessantes dos autores no intuito de transferir a enferma para o IMIP, a criança foi encaminhada para o Hospital Nossa
Senhora de Lourdes, em Jaboatão dos Guararapes/PE, quando deveria ter sido encaminhada para o Hospital Correia Picanço, para realizar o
exame LCR - Líquido céfalo-raquidiano, procedimento que detectaria rapidamente se a paciente estava acometida de meningite. Alegaram que
no Hospital Nossa Senhora de Lourdes nada foi realizado para tentar salvar a vida da criança, sendo administrada a mesma medicação e que, na
noite de 19.05.2005, a criança começou a se contorcer no berço e nos braços da mãe, além de apresentar os pés roxos, informação negligenciada
pelas enfermeiras e médicos do hospital, que afirmaram que os sintomas eram apenas sonolência e alergia. Sustentaram que decidiram transferir
a criança por suas próprias responsabilidades ao IMIP, o que não foi autorizado pela médica plantonista. Narraram que, apenas às 13h45 do dia
20.05.2005 a criança foi transferida para o IMIP, onde foi isolada e medicada, porém tardiamente, vindo a óbito. Aduziram que o falecimento de
sua filha decorreu da negligência dos servidores envolvidos, requerendo, ao fim, indenização pelos danos morais sofridos. Juntou procuração
e documentos às fls. 23/79. Citado, o Município de Jaboatão dos Guararapes apresentou sua defesa em forma de contestação às fls. 98/102,
em que alegou, preliminarmente, sua ilegitimidade passiva ad causam, por não ser, à época dos fatos narrados na inicial, gestor do Hospital
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. No mérito, sustentou, em suma, que não restou comprovada a negligência e que durante as 11 (onze)
horas que a menor permaneceu internada no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, foi atendida por 04 (quatro) médicos, que lhe deram os devidos
atendimentos e ministraram os tratamentos pertinentes. Requereu a improcedência dos pedidos. Juntou o documento de fls. 103/104. Às fls.
106/118, o Município do Recife apresentou contestação, em que alegou, em síntese, a inexistência de negligência ou imperícia no atendimento
prestado à filha dos autores, havendo a equipe médica acertado no diagnóstico e iniciado o tratamento, ministrando a medicação correta e
indicada para a doença. Sustentou que a filha dos autores não faleceu de meningite, mas de infecção causada pela bactéria Staphylococos
aureus, impugnando ainda as alegações de adulteração de documentos médicos. Argumentou que o Município do Recife não tem poder para
escolher para qual hospital mandar o paciente, o que é decidido pela Central de Regulação de Leitos do Estado de Pernambuco, e que ainda
assim a médica plantonista tentou pessoalmente, por telefone, transferir a paciente para o Hospital Infantil Helena Moura, o que não se realizou
por falta de leitos. Alegou não haver necessidade de exumação do cadáver da menor, uma vez que os exames realizados pelo IMIP fornecem
dados suficientes para se saber a real causa da morte, pugnando ao fim pela inexistência de nexo de causalidade e culpa do Município. Requereu
a improcedência do pedido. Juntou os documentos de fls. 119/129. Réplica às fls. 134/139 e 144/147. O Ministério Público declinou de sua
intervenção no feito, por não se encontrarem presentes os pressupostos de sua intervenção (fls. 154/155). Petição da parte autora de fls. 159/161,
requerendo a juntada do documento de fls. 162/342. À fl. 346, foi rejeitada a preliminar de ilegitimidade passiva aduzida pelo segundo réu e
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determinada a intimação de ambos os réus para se manifestarem sobre o documento juntado pelos autores. Petição do Município do Recife
às fls. 348/350, manifestando-se sobre o documento de fls. 162/342. O Município de Jaboatão dos Guararapes interpôs agravo de instrumento
às fls. 352/366, e manifestou-se às fls. 367/369 sobre o documento juntado pelos autores. Realizada audiência, prejudicada por não ter a parte
autora juntado o rol de testemunhas tempestivamente (fl. 394). Razões finais da parte autora às fls. 396/400, anexando os documentos de fls.
401/411. O Município do Recife apresentou razões finais às fls. 416/419 e o Município de Jaboatão dos Guararapes às fls. 424/434. Vieram os
autos conclusos, remetidos da Oitava Vara da Fazenda Pública do Recife para esta Central de Agilização Processual. É o breve relato. Decido.
A preliminar de ilegitimidade passiva foi devidamente apreciada à fl. 346. Não obstante, é necessário repisar o tema, uma vez o exame da
legitimidade, tanto na decisão referida quanto na decisão terminativa exarada no agravo de instrumento nº 0018728-61.2011.8.17.0000 não foi
exauriente. Como anotou o Exmo. Desembargador relator na decisão datada de 20.10.2011, publicada no Diário da Justiça do dia 03.11.2011, a
Portaria Ministerial nº 874/2005 trata apenas "que caberá ao município o atendimento assistencial básico e que fará a gestão dos recursos, não
esclarecendo qual o alcance desta determinação, bem como não explicita quais os nosocômios que passariam à administração do Município".
Assim, apenas com tal documento, não há como afastar a legitimidade do Município do Jaboatão dos Guararapes, com base na alegação de que
seria responsável pelo Hospital Nossa Senhora de Lourdes apenas depois de publicada a referida portaria. Além disso, cumpre ressaltar que,
tratando-se do Sistema Único de Saúde, a responsabilidade é solidária entre os entes, inclusive no tocante ao erro médico, ao contrário do que
sustenta o Município de Jaboatão dos Guararapes, que tal solidariedade seria restrita às obrigações de fazer. Confiram-se os seguintes julgados
neste sentido: RESPONSABILIDADE CIVIL Erro médico - Entes públicos - Solidariedade - Estado - Denunciação da lide - Impossibilidade:
- A responsabilidade solidária dos entes federados pelo funcionamento do SUS torna desnecessária a denunciação à lide do Estado. (TJ-
SP 21190283520178260000 SP 2119028-35.2017.8.26.0000, Relator: Teresa Ramos Marques, Data de Julgamento: 24/07/2017, 10ª Câmara
de Direito Público, Data de Publicação: 27/07/2017)AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ERRO MÉDICO. DENUNCIAÇÃO
DA LIDE. ATENDIMENTO PELO SUS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS. CARGA DINÂMICA DA PROVA. - A
solidariedade passiva dos entes federativos em matéria de saúde não é fundamento à denunciação à lide. Integração do polo passivo da lide
pelo município, corresponsável pelo custeio público da saúde através de atendimentos prestados pelo SUS. Desnecessidade de integração da
lide por todos os entes públicos. Litisconsórcio passivo facultativo. Tumulto processual desnecessário e prejudicial à parte autora. Possibilidade
de ação regressiva em momento oportuno. - Alegação de erro em procedimento cirúrgico. Distribuição do ônus probatório. Carga dinâmica
da prova. Entendimento deste Tribunal de o prestador de serviço ter, presumidamente, melhores condições técnicas de ultimar a prova.
Hipossuficiência técnica por parte do demandante. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA. (TJ-RS - AI:
70075329474 RS, Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Data de Julgamento: 03/10/2017, Décima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário
da Justiça do dia 06/10/2017) Em julgamento recente de caso semelhante ao dos autos, o TRF4 decidiu pela solidariedade passiva de todos
os entes federativos também quando da reparação de dano causado pela ausência de prestação adequada do serviço médico, como se vê, no
trecho destacado:ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. AUSÊNCIA DE VAGAS EM HOSPITAL PÚBLICO.
ÓBITO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. SOLIDARIEDADE PASSIVA DOS ENTES RESPONSÁVEIS PELO SUS. CARACTERIZADA
A CULPA CONCORRENTE ESTIMADA EM 30%. INDENIZAÇÃO DEVIDA. PENSIONAMENTO DEVIDO. IMPOSSIBILIDADE DE INCLUSÃO DE
GRATIFICAÇÃO NATALINA E FÉRIAS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. SUCUMBÊNCIA. MANUTENÇÃO.
APLICAÇÃO DA SÚMULA 326 DO STJ. Tratando-se de caso em que, em tese, o sistema como um todo deixou de funcionar adequadamente,
a caracterizar a faute du service - falha no serviço público de prestação de assistência à saúde, direito garantido pelo art. 6º da CF/88, está em
discussão ausência de providência (no caso o atendimento cirúrgico), que integra políticas sociais de promoção à saúde, insertas na Constituição
Federal, e atribuídas às esferas federal, estadual e municipal. O funcionamento do Sistema Único de Saúde - SUS é de responsabilidade solidária
da União, Estados-membros e Municípios. Nestes termos, qualquer destas entidades tem legitimidade ad causam para figurar no polo passivo de
demanda que objetiva garantir o tratamento médico adequado. O mesmo entendimento deve ser adotado quando a demanda visa à obtenção de
reparação de dano decorrente de ausência de prestação de adequado tratamento medico. Considerando tratar-se de uma criança, apresentando
crescente piora no estado de saúde e com graves sintomas, deveria a instituição ter adotado medidas emergenciais no atendimento prestado,
tais como uma investigação mais apurada no diagnóstico e a imediata transferência a outro hospital com mais recursos, de modo a evitar um
possível óbito, como de fato ocorreu. Resta incontroverso, pois, que a conduta negligente e imprudente constituiu como fato gerador do dano
sofrido. Verificada a culpa concorrente dos pais da vítima, estimada no percentual de 30% a qual contribuiu, senão para o óbito, ao menos para
um atendimento menos eficaz. Na quantificação do dano moral, resta reduzida a indenização para o valor de R$150.000,00 para cada genitor,
o que redundaria numa quantia final de R$105.000,00, descontada a parcela da culpa concorrente. Quanto aos irmãos, o valor base deve ser
fixado em R$70.000,00, o que resulta num valor final de R$49.000,00, devidamente atualizados e com juros de mora a contar do evento danoso.
É devido o pensionamento aos pais, em caso de morte de filho menor, de família de baixa renda, mesmo que à época de seu óbito, não exercesse
qualquer atividade laborativa. Entretanto, o pedido de inclusão de gratificação natalina e férias enseja a comprovação de vínculo empregatício da
vítima, o que não reflete a hipótese destes autos. As frações de 2/3 e 1/3 do salário-mínimo devem igualmente ser reduzidas em 30%, em razão
da culpa concorrente. A Súmula 326 do STJ prevê que a condenação em indenização por dano moral em valor inferior ao requerido não enseja a
sucumbência recíproca. Manutenção da sucumbência no percentual de 10% em favor da parte autora, incidindo sobre o valor total da condenação,
nos termos do entendimento da Turma, e sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas da pensão devida
a título de danos materiais (art. 85, § 9º do CPC). Tal parcela já engloba os honorários recursais previstos no § 11º, art. 85 do CPC, considerando
que ambas as partes foram vencedoras e vencidas em seus recursos. (TRF-4 - APL: 50020645720124047006 PR 5002064-57.2012.4.04.7006,
Relator: LUÍS ALBERTO D'AZEVEDO AURVALLE, Data de Julgamento: 04/07/2018, QUARTA TURMA) Registre-se, por fim, que compete à
direção municipal do Sistema Único de Saúde celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem
como controlar e avaliar sua execução, por força do disposto no art. 18, X, da Lei nº 8.080/90. Logo, não há como acolher o argumento de
inexistência do dever de fiscalização da entidade privada conveniada com o SUS, tecido pelo Município de Jaboatão dos Guararapes. Assim,
entendo pela legitimidade do Município do Jaboatão dos Guararapes para figurar no polo passivo da presente demanda. Ressalte-se que é ônus
do réu provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, imposto pelo art. 373, II, do CPC, o que, no tocante à sua legitimidade,
não ocorreu de maneira suficiente nos autos. Antes de adentrar o mérito, verifico que a defesa dos réus foi tempestiva, ao contrário do que
argumenta a parte autora em suas razões finais. O último mandado de citação foi juntado aos autos em 31.05.2006 (fl. 91v), termo a quo do prazo
para a resposta, conforme dispõe o art. 231, §1º do CPC. Como se verifica às fls. 98 e 106, as peças de bloqueio das rés foram protocoladas
em 31.07.2006, portanto, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias que tem a Fazenda Pública para oferecer resposta, considerando que o dia
30.07.2006 caiu em um domingo. O pleito tem por fundamento o art. 37, § 6º da Constituição da República, que consagra o denominado princípio
da responsabilidade objetiva do estado, onde se estabelece que "as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa". Pela dicção do dispositivo constitucional ora transcrito, percebe-se que o direito positivo nacional adotou
a doutrina da teoria do risco administrativo, estabelecendo a responsabilidade do poder público para o ressarcimento de danos que decorram
direta ou indiretamente de sua atividade, cabendo ao Estado (que desempenha a atividade administrativa em favor de todos), suportar o ônus
dessa atividade, independentemente da culpa dos seus agentes, visto que tal atividade representa um risco para a coletividade como um todo.
Sabe-se que, pela teoria do risco administrativo, adotada pelo direito positivo nacional, para que se configure a responsabilidade civil do Poder
Público, é necessária a ocorrência de três pressupostos, quais sejam: o fato, o dano e o nexo causal entre a atuação do agente público e o dano.
Sendo assim, cabe ao lesado apenas demonstrar que o prejuízo sofrido se originou de conduta estatal. Do exposto, infere-se que a culpa, como
elemento subjetivo da responsabilidade civil, não a integra, cabendo, na hipótese fática, verificar da atuação do estado no que diz respeito a esta
responsabilidade, ou mesmo a ausência desta atuação (omissão), no sentido de se aferir da existência de um nexo que vincule as referidas ações
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ou omissões do estado, no exercício da sua atividade administrativa, a um dano sofrido pelo administrado. Evidentemente, a construção teórica
sub examine, adotada pelo legislador pátrio, não deve ser confundida com a teoria do risco integral, que é a modalidade extrema da doutrina do
risco, buscando fundamentar a responsabilidade de indenizar do Estado mesmo que a culpa seja exclusiva da vitima, decorra de fato de terceiro
ou mesmo de caso fortuito ou força maior, acarretando na responsabilidade do poder público em ressarcir os danos. Neste contexto, tratando-se
de erro médico, embora a responsabilidade dos Municípios réus seja objetiva, que, como já afirmado, dispensa a investigação da culpa, o nexo de
causalidade só restará comprovado diante da demonstração de negligência ou imperícia da equipe médica que atendeu a filha dos autores. Isto
considerado, é possível extrair da leitura da inicial que a parte autora sustenta a existência de negligência e imperícia da parte ré com base em
dois principais argumentos: 1) a ausência de diagnóstico preciso, embora o hemograma indicasse a gravidade do caso; e 2) a transferência tardia
da menor a um Hospital com mais recursos para tratamento da doença que a acometia. Neste último ponto, deve-se considerar os argumentos
da parte ré, de que depende de autorização da Central de Regulação de Leitos do Estado de Pernambuco para providenciar a transferência de
qualquer pessoa internada. Como se verifica no sítio eletrônico da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, "a Central de Regulação possui
equipe formada por 100 pessoas. O serviço atua com o apoio de um call center, que recebe ligações de todas as unidades de saúde do Estado que
lidam com casos de urgência/emergência, UTI e obstetrícia, sejam estaduais, municipais, federais ou particulares que prestam serviço ao SUS.
Com essas informações, a equipe de médicos e enfermeiros avalia os casos encaminhados e, a partir disso, indica o serviço de saúde do SUS
mais adequado ao perfil clínico do paciente" (disponível em: http://portal.saude.pe.gov.br/programa/secretaria-executiva-de-regulacao-em-saude/
complexo-regulador). Sendo assim, não se pode atribuir aos Municípios réus o poder de decidir para qual hospital transferir o paciente, ainda
que, como alega a parte autora, a comunidade médica tenha o conhecimento de que na ausência de leitos no IMIP, os pacientes com doenças
graves ficam na emergência provisoriamente, aguardando a liberação de leitos. Só restaria, neste ponto, caracterizada a responsabilidade dos
Municípios réus diante da comprovação de autorização concedida pela Central de Regulação de Leitos para a transferência da menor ao IMIP
ou ao Hospital Correia Picanço, e que deixou de ser realizada por ato imputável aos réus. Não obstante, tenho que a negligência no tocante
ao serviço médico prestado à paciente falecida, filha dos autores, restou suficientemente demonstrada. Faço aqui um parêntese para anotar a
dificuldade em geral de avaliação e de caracterização da culpa médica. Isto decorre, dentre outros fatores, da própria tecnicalidade da matéria.
Assim, diante das dificuldades probatórias evidentes nos casos de erro e responsabilidade médica, deve o julgador socorrer-se de todos os meios
probatórios válidos a fim de que a justiça possa ser feita. Sobre essa dificuldade, também doutrina o eminente Min. RUY ROSADO DE AGUIAR
JR. (Responsabilidade Civil do Médico, in RT 718/33-53, agosto/95): "São consideráveis as dificuldades para a produção da prova da culpa.
Em primeiro lugar, porque os fatos se desenrolam normalmente em ambientes reservados, seja no consultório ou na sala cirúrgica; o paciente,
além das dificuldades em que está pelas condições próprias da doença, é um leigo que pouco ou nada entende dos procedimentos a que é
submetido, sem conhecimentos para avaliar causa e efeito, sequer compreendendo o significado dos termos técnicos; a perícia é imprescindível,
na maioria das vezes, e sempre efetuada por quem é colega do imputado causador do dano, o que dificulta e na maioria das vezes impede a
isenção e a imparcialidade. É preciso superá-las, porém, com determinação, especialmente quando atuar o corporativismo". Assim, tenho que a
negligência médica demonstrada nos autos estabelece o nexo de causalidade necessário para se configurar a responsabilidade civil do segundo
réu, Município de Jaboatão dos Guararapes, mas não do Município do Recife. In casu, os autos estão instruídos com indícios suficientes de que
o a filha dos autores faleceu em decorrência de negligência da equipe médica do segundo demandado. Os médicos Oscar Nogueira de Paula
Baptista e Sandra Regina Ferreira Monteiro foram processados e condenados pelo CREMEPE por infração ao art. 29 do Código de Ética Médica,
assim tipificado: "praticar atos profissionais danosos ao paciente, que possam ser caracterizados como imperícia, imprudência ou negligência".
No acórdão datado de 14.04.2010, o primeiro médico foi condenado por unanimidade pela negligência que teria causado a morte da filha dos
autores, enquanto a segunda médica foi condenada por maioria de votos, à pena de "censura pública em publicação oficial". Não obstante a
responsabilidade civil ser independente da responsabilidade administrativa, assim como da criminal, tal fato é suficiente para estabelecer o nexo
de causalidade entre o dano sofrido pelos autores e a conduta danosa descrita na inicial. Tratando-se de responsabilidade objetiva, conforme já
anotado, desnecessária a investigação da culpa, estando presentes os demais elementos em relação ao Município do Jaboatão dos Guararapes.
O mesmo não ocorre com o Município do Recife, primeiro réu. Não há nos autos nenhuma demonstração do nexo de causalidade entre o dano
sofrido pelo autor e a conduta narrada na peça inicial. Designada audiência, a parte autora deixou de acostar rol de testemunhas no prazo legal (fl.
394), o que não permitiu a demonstração mínima da negligência por parte dos médicos vinculados a este réu. Incumbe à parte autora demonstrar
os fatos constitutivos de seu direito, por força do disposto no art. 373, I, do CPC, ônus de que não se desincumbiram os autores em relação ao
Município do Recife. Assim, quanto a este réu, julgo a demanda improcedente. Quanto ao Município do Jaboatão dos Guararapes, configurada sua
responsabilidade civil, resta quantificar o dano a reparar. Neste contexto, reconhecemos as dificuldades para a atribuição de um valor na hipótese
da indenização por dano moral. Contudo, seguiremos algumas diretrizes estabelecidas pela jurisprudência, principalmente as decisões emanadas
do STJ, manifestando desde já a nossa adesão ao entendimento de que a dosimetria desse valor, deverá relevar aspectos pertinentes ao caráter
compensatório e punitivo do dano, que na presente hipótese atingiu a vida de uma criança de tenra idade, como também deverá ser considerada
a extensão do dano, conforme mencionado, pela gravidade da lesão, além da capacidade econômica do demandado, sempre valendo-nos da
moderação e do bom senso, atento à realidade da vida e a peculiaridade do caso. Ademais, a dor e o sofrimento experimentados pelos autores,
bem como as suas aflições, angustias e desequilíbrios em seu bem estar devem ser dimensionados proporcionalmente à extensão do dano
(gravidade da lesão), o grau de culpa do lesante e a capacidade econômica do mesmo no sentido de que se obtenha uma compensação justa aos
males causados à vítima. O valor da indenização pelo dano moral deve ser fixado de forma a ponto de alcançar seu caráter educativo - que na
presente lide traduz-se no dever de impedir que o Estado se sinta indiferente ao importe atribuído - e de proporcionar a satisfação do prejuízo moral
sofrido pela vítima, concebendo-lhe o direito a uma quantia razoável, excluindo-se a possibilidade de enriquecimento sem causa. Tratando-se de
dano moral decorrente de morte de um ente querido, é tarefa ingrata atender a todos os parâmetros indicados, mormente pelo valor inestimável
da vida humana e da impossibilidade de se mensurar a dor de tal perda. A este respeito, ensina o jurista Carlos Alberto Bittar: "(...) a indenização
por danos morais deve traduzir-se em montante que represente advertência ao lesante e à sociedade de que não se aceita o comportamento
assumido, ou evento lesivo advindo. Consubstancia-se, portanto, em importância compatível com o vulto dos interesses em conflito, refletindo-
se, de modo expressivo, no patrimônio do lesante, a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurídica aos efeitos do resultado lesivo
produzido. Deve, pois, ser a quantia economicamente significativa, em razão das potencialidades do patrimônio do lesante." (Reparação civil por
danos morais. 3. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993. p.233) In casu, os autores experimentaram a terrível dor de ver
a filha vir a óbito, em razão da negligência dos médicos que lhe assistiram no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, fato este demonstrado de
maneira suficiente no processo ético-profissional, como já anotado. Por todo o exposto, fixo o quantum indenizatório em R$ 150.000,00 (cento e
cinquenta mil reais), valor que reputo suficiente para atingir o objetivo compensatório pretendido e serve para que o demandado envide esforços
no sentido de evitar a repetição de situações como a presente. Em face do exposto, e compulsando tudo que nos autos consta, julgo procedente
o pedido em relação ao Município de Jaboatão dos Guararapes, condenando-o ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$
150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), corrigidos monetariamente pelo IPCA-E e incidindo juros de mora pelos índices oficiais de remuneração
básica e juros aplicados à caderneta de poupança, nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/97, contados mensalmente, nos termos das teses
firmadas pelo STF no Tema 810 (RE 870947), a partir da data da prolação desta sentença. Condeno o município de Jaboatão dos Guararapes
nos honorários advocatícios, que arbitro em 15% do valor da condenação, nos termos do art. 85, §3º, I, do CPC. Quanto ao Município do Recife,
julgo improcedente o pedido, resolvendo o mérito do processo nos termos do art. 487, I, do CPC. Condeno a parte demandante no pagamento
de honorários advocatícios, que fixo em R$ 3.000,00 (três mil reais), nos termos do art. 85, §8º do CPC, suspensa a exigibilidade em face da
gratuidade judiciária que ora defiro. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Remeta-se ao TJPE para o reexame necessário, nos termos do art. 496,
I do CPC. Após o trânsito em julgado, arquive-se. Recife, 10 de setembro de 2018. Cristina Reina Montenegro de AlbuquerqueJUÍZA DE DIREITO
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano -
AV. Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0176130-71.2012.8.17.0001Autor:
Ideilson Ribeiro Tavares e outrosRéu: Estado de PernambucoSENTENÇAEMENTA: AÇÃO ORDINÁRIA - GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE
POLICIAMENTO OSTENSIVO - MILITARES DA RESERVA OU REFORMADOS - POLÍCIA MILITAR - LEI COMPLEMENTAR 59/2004
- GRATIFICAÇÃO DE CARÁTER GERAL - PRECEDENTES DO TJPE - EXTINÇÃO DA GRATIFICAÇÃO PELA LC Nº 351/2017 E
INCORPORAÇAO DO VALOR NOMINAL AO SOLDO - DIREITO À PERCEPÇÃO DAS PARCELAS ACUMULADAS ANTERIORES A 01.05.2017
- PRELIMINAR AFASTADA - PREJUDICIAL DE MÉRITO AFASTADA - PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 487, I,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.Vistos, etc. IDEILSON RIBEIRO TAVARES, MAGALI MORAIS CAMPELO, JOÃO BATISTA ATANASIO DE
OLIVEIRA e GERALDO MANOEL DA SILVA, devidamente qualificados na inicial de fls. 02/08, através de advogado devidamente constituído,
intentaram a presente "Ação ordinária de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada" em face do ESTADO DE PERNAMBUCO,
objetivando, em síntese, a incorporação da gratificação de risco de policiamento ostensivo - GRPO em seus proventos. Nessa peça, os autores
informam, em suma, que são militares da reserva ou reformado e que recebem seus proventos através da parte ré. Aduzem que seus proventos
não estão sendo calculados corretamente, posto que a GROP foi excluída dos seus vencimentos. Entendem que a referida gratificação, instituída
pela LC nº 59/2004, tem caráter geral, visto que atingem a todo o efetivo da Polícia Militar do Estado de Pernambuco. Nesse contexto, afirmam
que por força do art. 40 da CF/88, a parcela em tela também deve ser extensiva aos inativos e pensionistas. Formularam pedido de tutela
antecipada para que a parte ré seja compelida a implantar a gratificação postulada em seus vencimentos. Ao final, pugnam pela procedência
da ação para tornar definitiva a liminar, bem como para que o demandado seja compelido a efetivar o pagamento das diferenças acumuladas e
não pagas, desde a sanção da LC nº 59/2004, devidamente corrigidas. Formularam pedido de justiça gratuita. Atribuíram à causa o valor de R$
100,00 (cem reais). Juntaram documentos de fls. 09/28. Sentença indeferindo a inicial às fls. 29/29v. Inconformados com a sentença, os autores
interpuseram apelação às fls. 31/52, sendo o recurso recebido no efeito devolutivo, conforme despacho de fls. 53. O Estado de Pernambuco
apresentou contrarrazões às fls. 55/61. Decisão terminativa de fls. 76/78 anulou a sentença recorrida, ao tempo que determinou o retorno dos
autos a este Juízo para regular trâmite. Tutela antecipada indeferida às fls. 95/95v. Devidamente citado, o réu apresentou contestação às fls.
98/115, suscitando, em sede de preliminar, a ilegitimidade passiva e a prescrição do fundo de direito. No mérito, aduz, em breve síntese, que a
gratificação postulada é de natureza condicional, variável, precária e provisória, sendo devida apenas aos Policiais Militares que desenvolvam
atividades especiais e de risco, enquanto estiverem envolvidos nestas tarefas. Salienta que o art. 14 da LC nº 59/2004 veda a incorporação
da parcela em tela para fins de aposentadoria ou pensão. Destaca que as verbas de caráter transitório, como a postulada nesta ação, não
são incorporáveis à remuneração, conforme entendimento jurisprudencial do STJ e STF. Mencionam julgado sobre a matéria. Ressalta que não
há que se falar em extensão da gratificação postulada aos inativos e pensionistas com base no art. 40, § 4º da CF, sob pena de afronta ao
princípio da legalidade estrita, que exige lei específica para fins de concessão de aumento de remuneração dos servidores públicos. Tece outras
considerações. Ao final, pugna pelo acolhimento das preliminares e, caso superadas, requer o julgamento improcedente dos pedidos. Intimada
para apresentar réplica, a parte autora deixou transcorrer o prazo sem apresentar qualquer manifestação, conforme certidão de fls. 120. O Órgão
Ministerial, através de manifestação de fls. 121/123, opinou pela improcedência dos pedidos. Intimados para falarem sobre as mudanças trazidas
pela LC nº 351/2017, os autores informaram que a gratificação postulada já se encontra incorporada aos seus soldos. Na mesma oportunidade,
requereram a continuidade do processo em relação aos valores retroativos (fls. 126/127. É O RELATÓRIO. DECIDO. Mantenho os benefícios
da justiça gratuita anteriormente concedidos. Compulsando aos autos, verifico que a questão de mérito é unicamente de direito, não havendo
necessidade de produção de outras provas, visto que os documentos carreados nos autos são suficientes para comprovar o alegado, tipificando
uma das hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do mérito, conforme o art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil: "Art.
355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção
de outras provas;" Em relação à preliminar de ilegitimidade passiva ad causam do Estado de Pernambuco, entendo não merecer prosperar,
haja vista que apesar de ser a FUNAPE a única responsável pelo pagamento dos valores recebidos por aposentados, inativos e pensionistas
do Estado de Pernambuco, há, nos autos, pedido pagamento de valores vencidos e não recebidos, motivo pelo qual, a inclusão do Estado
de Pernambuco no polo passivo da demanda se faz de acordo com a conveniência do demandante, que poder executar ou um ou outro nos
valores que porventura lhes fizer direito. Rejeito, portanto, a presente preliminar. Quanto à prejudicial mérito, a saber, a prescrição quinquenal
que atingiria o fundo do direito dos autores, entendo que melhor sorte não cabe ao contestante. Verifica-se, no caso sub judice, que a lesão
ao direito do autor renova-se mês a mês. Caracterizada a relação jurídica de trato sucessivo, como no caso dos autos, o direito de ação se
renova mês a mês, atingindo a prescrição apenas as parcelas vencidas no período anterior ao quinquênio antecedente à propositura da ação,
conforme a correta inteligência da Súmula 443, do STF, e da Súmula 85, do STJ e, em conformidade com o estabelecido no art. 3º do Decreto
n.º 20910/32, que regula os prazos prescricionais contra a Fazenda Pública: Art. 3º Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou anos,
a prescrição atingirá progressivamente as prestações à medida que completarem os prazos estabelecidos pelo presente decreto. Superada as
preliminares, passo a analisar o pedido em si. O cerne da lide gira em torno da natureza atribuída à Gratificação de Risco de Policiamento
Ostensivo, se geral ou propter laborem. Pois bem, entendo que a gratificação instituída pela LC nº 59/04 tem natureza geral, haja vista que
se trata de vantagem inerente a todo efetivo da Polícia Militar em decorrência da atividade fim da corporação. Feitas tais considerações, com
espeque nos §§ 7º e 8º do art. 40, da CF, há de ser paga também aos inativos e pensionistas. Nestes termos é o entendimento jurisprudencial
pacífico no âmbito do TJPE, vejamos os arrestos abaixo colacionados, que contrariam os argumentos levantados pela demandada: DIREITO
CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO - PROCESSO CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - PENSÃO POR MORTE - PRESCRIÇÃO DO FUNDO
DE DIREITO - GRATIFICAÇÃO DE JORNADA EXTRA DE SEGURANÇA - CARÁTER PROPTER LABOREM - GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE
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POLICIAMENTO OSTENSIVO - CARÁTER GERAL - GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE ATIVIDADE DE DEFESA CIVIL - DEVIDA APENAS A
BOMBEIROS MILITARES - APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. 1. Entre o termo inicial de vigência da Lei Complementar
Estadual nº 59/2004 e do Decreto Estadual nº 25.361/2003, que amparam o pleito da apelante, e a data propositura da demanda não decorreram
cinco anos. Prejudicial de mérito rejeitada. 2. A Gratificação de Jornada Extra de Segurança, não se estende a todos os policiais militares da ativa,
mas somente àqueles que integrarem o Programa de Jornada Extra de Segurança, afigurando-se propter laborem e não sendo estendível, pois,
às pensionistas apelantes. 3. A Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, consoante jurisprudência dominante neste Tribunal de Justiça
de Pernambuco, possui natureza geral e há de ser paga também aos pensionistas e inativos. 4. A Gratificação de Atividade de Defesa Civil é
concedida apenas aos bombeiros militares, não sendo devida a pensionistas de policiais militares. 5. Apelo conhecido e parcialmente provido (AC
160758-1, 7CC, rel. Des. Fernando Cerqueira, julgado em 01/06/2010). (grifamos) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO
DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. PRETENSÃO DE REEXAME. PREQUESTIONAMENTO. 1. A controvérsia
dos autos diz respeito à percepção da integralidade de pensão com a gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, instituída pela Lei Estadual
nº 59/04. 2. Observa-se que o pedido deduzido na ação originária tem por fundamento a regra constitucional da paridade remuneratória entre
ativos, inativos e pensionistas (à luz do princípio tempus regit actum), regra esta considerada auto-aplicável pela jurisprudência pacífica do STF.
3. Assim, o reconhecimento do caráter geral da "gratificação" policiamento ostensivo é suficiente só por si (por força da auto-aplicabilidade da
regra constitucional) para implicar no deferimento do pedido, independentemente de qualquer discussão a respeito da constitucionalidade, ou
não, do dispositivo encartado no art. 14 da LCE nº 59/04, não sendo o caso de ofensa ao princípio da reserva de plenário (art. 97 da CF/88).
4. Por outro lado, a gratificação de risco de policiamento ostensivo, conforme explanado na decisão guerreada, foi criada pela Lei Estadual nº
59/04, em seu art. 8º, devendo ser concedida aos militares em serviço ativo na Polícia Militar que desenvolvessem as atividades previstas no
art. 2º da mesma lei, cumulativamente lotados nas Unidades Operacionais da Corporação e nos Órgãos de Direção Executiva, mediante ato de
designação específico, cumprindo escala permanente de policiamento ostensivo. 5. O teor dos dispositivos legais retro mencionados aponta no
sentido de que a gratificação em testilha, por abranger os militares que atuam na própria atividade-fim da Corporação, tem, em essência, caráter
geral, a ensejar sua extensão aos inativos e pensionistas. 6. De fato, não obstante a vedação expressa no art. 14 da Lei Complementar 59/04,
quanto à incorporação de tal gratificação "aos proventos ou pensões dos referidos militares", observa-se que a mesma constitui, em essência,
vantagem de caráter geral, paga em decorrência do exercício de atribuições próprias do cargo, mediante prestação de serviço em condições
normais, não sendo, ao reverso, condicionada nem a aspectos individuais nem a circunstâncias peculiares do trabalho dos servidores que a
percebem na ativa. 7. Neste contexto, não há que se falar em violação ao princípio da legalidade, eis que é a própria Constituição Federal, em
seu art. 40, §§ 7º e 8º, com redação anterior à EC nº 41/2003, que ampara o direito à paridade das pensões dos embargados. 8. Ademais,
não se trata de aumento de remuneração de pensionistas de servidores públicos (conforme preceitua o art. 37, X, da CF/88), mas sim de
atender a regra constitucional da paridade remuneratória entre ativos, inativos e pensionistas (à luz do princípio 'tempus regit actum'), regra esta
considerada auto-aplicável pela jurisprudência pacífica do STF. 9. O acórdão embargado é claro e suficiente por seus próprios termos, havendo
apreciado a matéria debatida e tendo o julgador decidido a questão em conformidade com a legislação que entendeu aplicável à matéria. 10.
Inexistência, pois, das alegadas omissões, sendo certo que a via aclaratória não se presta ao reexame da causa. 11. Embargos declaratórios
conhecidos, para fins de prequestionamento, porém improvidos (ED 214554-6/01, 8CC, rel. Des. Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello,
julgado em 01/06/2010). (grifamos) Não é diverso o entendimento do Pretório Excelso, in verbis: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE PERNAMBUCO. "GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO". 1.
EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. 2. NATUREZA DA VANTAGEM. CONTROVÉRSIA DECIDIDA
À LUZ DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que as vantagens de natureza
genérica, concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados e pensionistas, em nome do princípio da isonomia, nos termos do §
8º do art. 40 (na redação anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas
a servidores públicos é de índole eminentemente infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF. Agravo regimental desprovido. (AI-
AgR 831281, AYRES BRITTO, STF) (grifamos) Cumpre ressaltar que a LC nº 351/2017 extinguiu a referida gratificação, incorporando o valor
nominal da parcela aos soldos dos militares. Vejamos: Art. 1º (...)§ 3º A partir de 1º de maio de 2017, em decorrência de sua incorporação aos
valores nominais de soldo definidos nesta Lei Complementar, ficam extintas as gratificações instituídas pelos arts. 8º a 12 da Lei Complementar
nº 59, de 5 de julho de 2004 e vedada a percepção do benefício previsto no Decreto nº 43.053, de 17 de maio de 2016, conforme representado
na tabela contida no Anexo I. (grifamos) Assim, com a extinção da GRPO, o pedido de implantação da parcela nos proventos dos autores perdeu
o objeto. Desse modo, o pedido a ser analisado fica restrito às verbas pretéritas e não pagas anteriores à vigência da LC nº 351/2017. Isto posto,
julgo PROCEDENTE o pedido autoral, para determinar que o réu pague aos autores as diferenças acumuladas e não percebidas atinentes à
gratificação de risco de policiamento ostensivo, devidamente corrigidas, até a vigência da LC nº 351/2017, respeitada a prescrição quinquenal,
resolvendo, assim, o mérito da causa, nos termos do art. 487, I, do CPC. Custas ex lege. Condeno, ainda, o demandado ao pagamento de
honorários advocatícios, porém deixo para fixar o percentual da condenação após a liquidação da sentença, nos termos do art. 85, § 4º, inciso
II, do CPC. Transcorrido o prazo recursal, com ou sem o recurso voluntário, subam os autos deste processo à superior instância para o reexame
necessário. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. P.R.I.Recife, 21 de agosto de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito
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05/20. O juízo processante ordenou citação e designou audiência (fl. 22). Realizada audiência, conforme termo acostado à fl. 30. Em seguida a
parte autora peticionou fornecendo novo endereço do réu (fls. 31), sendo intimada a ré à fl. 38v para nova audiência. Termo de audiência na qual
as partes acordaram pela suspensão do processo pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias a fim da demandada retomar a administração do prédio
(fl. 39). Apresentada contestação (fls. 41/44), informando que o imóvel se encontra locado à Realesis Recife Empreendimentos Imobiliários S/A,
tendo sido o mesmo posteriormente cedido pela locatária ao Ministério da Agricultura. Informa que vem alertando a locatária sobre a necessidade
de vistoria e conservação estrutural do imóvel e, que a mesma atribui a situação ao Ministério da Agricultura, que nega o ingresso da locatária no
imóvel, bem como a devolução do prédio. Pugna por concessão de prazo não inferior a 6(seis) meses a fim de reaver o imóvel judicialmente e
realizar a manutenção em sua fachada, expedição de ofício ao Ministério da Agricultura, solicitando a desocupação do imóvel e retirada de todos
os pertences existentes no interior do prédio. Junto procuração e documentos (fls. 45/77). Em seguida a ré peticionou requerendo dilação de prazo
para o cumprimento integral a determinação judicial e acostou documentos (fls. 79/105). Despacho deferindo a suspensão do processo (fl. 106).
Certificado o decurso de prazo de 120 dias (fl. 108). Intimada as partes (fl. 109), apenas a parte autora peticionou requerendo o prosseguimento do
feito (fl. 111 e 113). Intimada a parte ré para comprovar o adimplemento da obrigação (fl. 114), a mesma deixo decorrer o prazo sem manifestação
(fl. 116). Ratificada intimação do réu, sob pena de julgamento conforme o estado do processo (fl. 117). Certificado o decurso de prazo do despacho
de fl. 117(fl. 119). O Ministério Público, à fl.122, deixou de apresentar parecer por entender inexistir interesse material primário. Por fim, o juízo
processante deu por concluída a instrução processual com conclusão para julgamento (fl. 123). É o relatório. Passo a decidir. Trata-se de ação
de obrigação de fazer onde a municipalidade autora, após realização de vistoria no imóvel situado na Rua do Apolo, nº 133, Recife/PE, e de
posse de parecer técnico elaborado pela Comissão de Defesa Civil do Recife (CODECIR), datado de 05/10/2010, concluiu que a edificação
necessita de reparos imediatos, de modo a antecipar a ocorrência de sinistro internos, ressaltando que o imóvel em questão se encontra fechado,
limitando-se aos elementos de fachada. Como é cediço, os documentos públicos são dotados de fé pública, tanto quanto à sua formação quanto
ao seu conteúdo, mas admite prova em contrário (art. 405, NCPC). No caso dos autos, a parte ré não impugnou a documentação acostada pelo
município-autor, reconhecendo a condição de precariedade do imóvel. A intervenção do Poder Público na propriedade privada é necessária,
quando o interesse público assim o exige. No caso dos autos, foram constatados desde o ano de 2010, diversos problemas estruturais, que
implicam risco à segurança daquelas pessoas que residem e transitam pelo local, em total discordância com o que preceitua o art. 241, inc.
III, da Lei Municipal nº 16.292/97. Destaque-se que o art. 265, da Lei de Edificações e Instalações da Cidade do Recife (Lei nº 16.292/97),
prescreve que "uma obra ou edificação poderá ser interditada total ou parcialmente quando oferecer perigo iminente de caráter público, hipótese
em que o Município exigirá do proprietário os serviços necessários a anular aquele efeito". Assim, os elementos probatórios constantes dos
autos, inclusive o relatório de vistoria, aliado à inércia da ré em se manifestar e comprovar nos autos o cumprimento de sua obrigação, conduz
à procedência do pedido Ante o exposto, julgo procedente o pedido autoral, para determinar a demandada, que proceda com a recuperação do
bem imóvel discriminado na inicial, segundo o parecer técnico preliminar (fls. 05/16, através de empresa especializada e registrada no CREA,
sob pena de execução forçada, tudo conforme fundamentação supra, proferindo sentença com julgamento do mérito, com fulcro no Art. 487, I,
do Novo Código de Processo Civil. O trabalho de restauração deverá ser concluído no prazo de 120 (cento e vinte) dias. Após este prazo, os
serviços poderão ser executados pelo Município do Recife, diretamente ou através de terceiros, correndo às expensas do réu todos os custos
dos serviços, acrescidos de 10% (dez por cento) a título de taxa de administração, conforme dispõe o parágrafo único, do art. 265, da Lei
Municipal nº 16.292/1997. Fixo ao réu a multa-diária de R$ 200,00 (duzentos reais), pelo descumprimento da presente decisão. Condeno a parte
ré ao pagamento das custas processuais, e honorários advocatícios, estes últimos fixados, nesta oportunidade, em R$ 1.000,00 (mil reais), com
fundamento no Art.85, §8º, do Novo Código de Processo Civil. Recife, 18 de setembro de 2018. André Carneiro de Albuquerque SantanaJuiz de
Direito Substituto da CapitalPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO DE PROCESSOS DA CAPITAL
Fórum Desembargador Rodolfo AurelianoAv. Desembargador Guerra Barreto, s/n - Joana Bezerra - 2 -
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advogadas legalmente constituídas, ingressaram com a presente "Ação Ordinária de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada" em
face do ESTADO DE PERNAMBUCO, também qualificado, sob as alegações fáticas e jurídicas contidas na peça atrial de fls. 02/06. Objetivam
os autores, militares da reserva remunerada, perceber vantagens referentes à Gratificação do Adicional de Inatividade, sustentando a ocorrência
de erro a menor de cálculo nos seus proventos, uma vez que o referido adicional não foi devidamente implantado, alegando estar amparado
pelos preceitos da Lei 10.426/90, que lhes garantiria um percentual não inferior a 25% incidente sobre o soldo. Dizem que a Lei Complementar
Estadual nº 32/2001 e a Lei Complementar nº 59/2004 teriam maculado seu direito líquido e certo; a primeira, modificou as formas de cálculo de
seus proventos, já aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, e a segunda, congelou as gratificações que porventura percebia, causando-
lhe decesso remuneratório. Asseguram que as referidas Leis são inconstitucionais por violar direito adquirido deles autoesr, requerendo, em
razão disso, a procedência do pedido para que seja implantada a gratificação do adicional de Inatividade em seus proventos de aposentadoria,
mantendo-se a fórmula de cálculo anterior dos seus proventos. Atribuiu à causa o valor de R$100,00 (cem reais). Juntaram documentos de fls.
07/58. Decisão de fls. 59/60 deferiu o pleito antecipatório. Destaque-se a numeração dos autos "salta" das fls. 65 para 321. Devidamente citado, o
Estado de Pernambuco apresentou contestação às fls. 321/351, pugnando, inicialmente, pelo indeferimento da medida liminar, ante a ausência dos
requisitos legais para seu deferimento. Quanto ao mérito, diz que a legislação estadual modificou a forma de cálculo da remuneração sem importar
em decesso remuneratório. Advogou a tese de que o servidor público está submetido a regime jurídico próprio, não havendo razão para se falar
em direito adquirido, uma vez que a Administração poderá rever a qualquer tempo o regime de remuneração dos seus servidores, obrigando-se
apenas a preservar o valor nominal. Ressalta ainda que a LC nº 59/2004 não congelou os valores da gratificação, apenas manteve a vedação legal
quanto à vinculação com o soldo. Assim, pugna pelo julgamento improcedente dos pedidos. Às fls. 355/390, informa-se a interposição de agravo
de instrumento pelo Estado réu. Réplica à contestação às fls. 392/395. Parecer do Ministério Público às fls. 397/398 opinando pela improcedência
do pedido. Intimadas, as partes não manifestaram interesse na produção de outras provas. Vieram-me os autos conclusos. È o relatório. DECIDO.
Mantenho os auspícios da justiça gratuita anteriormente deferidos. Importante destacar que, por não haver qualquer pronunciamento das partes
acerca do interesse de produção de mais provas e, tratando-se de matéria eminentemente de direito, entendo que há, nos autos, provas
documentais suficientes para comprovar o alegado, tipificando uma das hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido,
conforme os termos do art. 355, inciso I do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015): "Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido,
proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção de outras provas;" Não havendo preliminares ou
prejudicial de mérito, passo ao exame do pedido em si. Quanto ao fundo do direito, observo que os autores pretendem que se lhes garanta a
percepção de suas remuneraões nos moldes anteriores ao advento da referida Lei Complementar que suprimiu diversas vantagens, ferindo, a
seu ver, o direito adquirido. Tenho que não é assim tão simplista. O princípio do direito adquirido comporta temperamentos quando concorre com
outros princípios de mesma ou superior grandeza. Mas não só por isso. É que, com a aposentadoria, o servidor passa a manter uma relação
residual decorrente da relação de trabalho, sendo-lhe garantidos alguns direitos. Até o advento da Emenda Constitucional Federal nº 41, de 19 de
dezembro de 2003, essa relação garantia integralidade dos proventos em relação aos vencimentos, ou seja, paridade entre servidores inativos e
ativos. Ora, para a manutenção dessa isonomia, considerou-se o servidor inativo como se em atividade estivesse, submetido, pois, às alterações
adotadas no regime remuneratório dos ativos, tanto que ao novo sempre eram automaticamente contemplados os ativos e inativos. Vale dizer:
havendo alteração na forma de cálculo da remuneração, a ela ficavam vinculados os ativos e inativos. Não se olvida que na Administração Pública
existem várias formas de composição da remuneração de seus servidores, estando cada tipo a depender das peculiaridades e diversidades das
categorias profissionais, dado que algumas são remuneradas com parcela única - subsídio recebido por membro de poder ex vi do art. 39, §
4º, da Constituição Federal - outras com parcelas condicionadas à produtividade ou ao regime de prestação de serviço, como vem a ser as dos
auditores tributários, dos médicos, dos professores e dos policiais. O dinamismo da Administração tem permitido o aperfeiçoamento continuado
da gestão de pessoal, sendo induvidoso que pode alterar o regime jurídico quanto à remuneração de seus servidores, incluindo a fórmula de
sua composição. Não se olvida, evidentemente, que nessas mudanças alguns aspectos jurídicos devem ser preservados em homenagem ao
ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e à coisa julgada, sendo exemplo não permitir redução de vencimentos. Não seria razoável considerar
intangível o formato do cálculo da remuneração do servidor público, como se a fórmula adotada circunstancialmente integrasse o próprio fundo
do direito funcional. A admitir isso, estar-se-á permitindo casuísmos infindáveis, já que haveria tantos regimes jurídicos quantos fossem as
naturezas dos atos administrativos ditos "perfeitos". Conquanto se possa afirmar que para o servidor militar inativo permanece a equivalência
remuneratória com o militar ativo, por força da especialidade ditada nos arts. 40, § 2 e 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal, resultando em
recepcionamento de lei local, não haveria lógica admitir que estaria, também, garantida uma determinada fórmula de cálculo dessa remuneração.
Imagine-se a hipótese em que as gratificações em percentuais do soldo são incorporadas, resultando um soldo de grandeza consideravelmente
superior. Reconhecido um direito a essas gratificações em percentual e vindo de serem aplicados sobre o novo soldo, o resultado seria uma
inaceitável distorção. É basicamente o que se pretende na espécie. Por isso está firmado o entendimento de que não há direito adquirido a regime
jurídico e, bem assim, não há em relação ao formato da composição da remuneração paga pela Administração a seus servidores. Há sim, em
relação ao quantum remuneratório, em respeito ao princípio da irredutibilidade dos vencimentos. Vale também destacar que a irredutibilidade de
vencimentos não é sinônimo de valorização monetária dos vencimentos, mas de impossibilidade de se reduzir tais vencimentos a valores nominais
inferiores aos que são percebidos pelos servidores quando da modificação legislativa do regime jurídico. O tema tem sido apreciado nos tribunais
como exemplificam as ementas de julgados do Superior Tribunal de Justiça, verbis: "CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES
PÚBLICOS MILITARES. LEI DE REMUNERAÇÃO DOS MILITARES. LEI Nº 8.237/91. GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS. PERCENTUAL.
REDUÇÃO. POSSIBILIDADE. O regime jurídico estatutário, que disciplina o vínculo entre o servidor público e a Administração, não tem natureza
contratual, em razão do que inexiste direito a inalterabilidade do regime remuneratório. Em tema de regime remuneratório do funcionalismo
público, descabe a invocação aos princípios constitucionais do direito adquirido e da irredutibilidade dos vencimentos quando, a despeito da
redução do percentual numérico de gratificação, os novos critérios impostos acarretam efetivo acréscimo remuneratório. A superveniência da Lei
nº 8.237/91, que introduziu novos critérios de remuneração dos militares ativos e inativos, ainda que reduzindo os percentuais das gratificações
e indenizações, teve por escopo prestigiar e valorizar o soldo básico, base sobre a qual incidem os cálculos de todas as demais vantagens
salariais, restando por conceder sensível elevação no valor final dos vencimentos. Recurso especial conhecido e provido." (RESP 447786 /
RS)"ADMINISTRATIVO - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - POLICIAL MILITAR - NOVO REGIME REMUNERATÓRIO
- ABONOS, GRATIFICAÇÕES E REPRESENTAÇÃO - INCORPORAÇÃO AO SOLDO - ART. 4º, § 2º, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 94/2001 -
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS OBSERVADA - AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.1 - A Reforma do Sistema Remuneratório
da Polícia Militar do Estado do Acre, promovida pela Lei Complementar nº 94/2001, estabelecendo subsídio fixado em parcela única, respeitou
devidamente o princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos, porquanto não houve redução da remuneração. Ademais, não há direito
adquirido a regime jurídico. Ausência de liquidez e certeza a amparar a pretensão. 2 - Precedentes (ROMS nºs 15.431/MT e 12.280/SC). 3 -
Recurso conhecido, porém, desprovido." (ROMS 14800 / AC ) "RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
POLICIAL MILITAR ESTADUAL. GRATIFICAÇÕES E ABONOS. SUPRESSÃO. NOVO REGIME REMUNERATÓRIO. LEI COMPLEMENTAR
94/2001. INCORPORAÇÕES. REDUÇÃO VENCIMENTAL INDEMONSTRADA. AUSÊNCIA DE DIREITO A REGIME JURÍDICO. O servidor não
tem direito adquirido a regime jurídico de composição de vencimentos, sendo-lhe garantido o quantum remuneratório. A modificação do novo
regime remuneratório dos respectivos servidores, por meio da Lei Complementar citada, em nada afrontou qualquer direito, muito menos líquido
e certo do impetrante, uma vez que as mencionadas gratificações foram incorporadas ao valor do soldo dos militares. Não houve demonstração
de redução vencimental. Precedentes. Recurso desprovido." (ROMS 15576/AC) Neste sentido também o entendimento no Supremo Tribunal
Federal:"DIREITO CONSTITUCIONAL, PREVIDENCIÁRIO E ADMINISTRATIVO. MILITAR DA RESERVA REMUNERADA DA AERONÁUTICA.
PROVENTOS. QUOTA COMPULSÓRIA. TRANSFERÊNCIA A PEDIDO. INDENIZAÇÕES DE HABILITAÇÃO MILITAR E DE COMPENSAÇÃO
ORGÂNICA E ADICIONAL DE INATIVIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. IRREDUTIBILIDADE DE PROVENTOS. 1. Havendo o autor, no posto de
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Tenente Coronel Aviador, com 26 anos de serviço militar, requerido sua inclusão na quota compulsória de passagem para a Reserva remunerada
da Aeronáutica - inclusão voluntária, portanto, e não "ex-officio" -, não faz jus a proventos integrais, mas, sim, proporcionais. 2. Interpretação
dos artigos 5º, III, 56, 98, V, 96, II, 97, § 1º, 98, V, 101, I, II, da Lei nº 6.880, 9.12.1980. 3. Quanto às indenizações de habilitação militar, de
compensação orgânica, e adicional de inatividade, é de se observar a Lei nº 8.237, de 30.9.1991, como decidiu o acórdão recorrido, que não ofende
os princípios constitucionais do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos, soldos e proventos, porque não há direito adquirido a regime
jurídico (percentuais de vantagens), nem se verifica redução dos valores percebidos anteriormente. Precedente: RTJ 99/1267. 4. Mandado de
Segurança indeferido pelo S.T.J. 5. Recurso Ordinário improvido pelo S.T.F". (RMS 21789 / DF)."POLICIA MILITAR. LEI QUE ALTEROU A TABELA
DE ESCALONAMENTO VERTICAL DO SOLDO. LEGITIMIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CONHECIDO E PROVIDO." (RE 84472/ ES) O adicional de inatividade estava previsto nos arts. 79 e 91 da Lei Estadual nº 10.426/90 - Lei de
Remuneração dos Militares do Estado de Pernambuco. Em razão de tais dispositivos legais, os militares estaduais que fossem transferidos para
a reserva remunerada ou restassem reformados, recebiam um acréscimo salarial na inatividade, em relação aos servidores militares ativos, que
variava de 1% até 35% sobre o valor do soldo e da gratificação adicional por tempo de serviço. Contudo, a Emenda Constitucional Estadual nº
16/99 vedou que os servidores públicos civis e militares estaduais recebessem, na inatividade, remuneração maior do que a percebida quando
estavam em atividade. Assim, firmou-se o entendimento de que teria havido a revogação tácita dos arts. 79 e 91 da Lei Estadual nº 10.426/90,
na parte relativa ao Adicional de Inatividade, resguardando-se, porém, o direito adquirido daqueles que já recebiam este adicional e dos que
já haviam preenchido os requisitos legais para aposentadoria, antes do advento de tais modificações. Inclusive, a Lei Complementar Estadual
nº 32/01, ao dispor sobre a remuneração dos militares, tratou apenas do Adicional de Inatividade daqueles que já tinham direito ao benefício
antes da edição da Emenda Constitucional referida, ressaltando que os demais militares não fariam jus ao Adicional de Inatividade por ter sido
extinto. Com o advento da Lei Complementar Estadual nº 59/2004, o Adicional de Inatividade, reitere-se, somente percebido pelos militares
que entraram na inatividade até a EC Estadual nº 16/99 e pelos que já poderiam ir para reserva remunerada na data da sua entrada em vigor,
passou a constituir Parcela Autônoma de Vantagem Pessoal, conforme disposto em seu art. 19, in verbis: "Art. 19 - O Adicional de Inatividade
atualmente percebido pelo militar estadual da reserva remunerada ou reformado passa a constituir, a partir da publicação da presente Lei, parcela
autônoma de vantagem pessoal, fixado o seu valor nominal em montante correspondente ao valor percebido a este título por cada militar no
mês anterior ao da vigência da presente Lei Complementar.§ 2º - A parcela autônoma de vantagem pessoal de que trata este artigo somente
será reajustada mediante lei específica que disponha sobre a remuneração dos militares estaduais." Tenho, pois, não haver direito adquirido a
uma determinada fórmula de composição da remuneração do servidor, ainda que se tenha perfeito o ato de sua aposentação. De mais a mais, a
prevalecer o entendimento da parte autora, inevitável a distorção, a não ser que fosse possível adotar um formato em particular para a composição
da remuneração de cada um dos servidores públicos, o que não se discute, desembocaria no caos. Não há direito adquirido do servidor público a
regime jurídico, podendo a Administração adotar nova forma da composição da remuneração desde que não acarrete decesso no valor pago. Daí
a conclusão de que não há inconstitucionalidade a ser reparada, seja por força da aplicação da Lei Complementar Estadual nº 32/2001, seja da
LC nº 59/2004. Deixo de considerar os demais argumentos das partes nos autos, pois desnecessários para afastar a autoridade desta sentença,
conforme art. 489, § 1º, IV do CPC. ISTO POSTO, pelas razões expendidas e por tudo que contém os autos, com apoio no direito aplicável à
espécie, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, extinguindo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Condeno os autores ao pagamento de custas e também em honorários sucumbenciais, no valor de R$1.000,00 (um mil reais) - art. 85, §8º do CPC,
suspensa a exigibilidade por serem beneficiários da justiça gratuita, enquanto perdurar a situação de pobreza (artigo. 98, §3º, do CPC). Publique-
se. Registre-se. Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquive-se. Recife, 16 de outubro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito 2
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
são partes legítimas para integrarem o vértice passivo da presente contenda. Neste sentido, a jurisprudência do TJPE: CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. RECURSO DE AGRAVO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO REJEITADA. PRESCRIÇÃO DE FUNDO DE DIREITO. INOCORRÊNCIA. RELAÇÃO DE TRATO
SUCESSIVO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 85 DO STJ. NO MÉRITO. CARÁTER DE GENERALIDADE DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO
DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. VANTAGEM EXTENSIVA AOS MILITARES INATIVOS E PENSIONISTAS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
RESERVA DE PLENÁRIO NÃO CONFIGURADA. RECURSO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Prefacial de ilegitimidade passiva ad causam
do Estado rejeitada, eis que o mesmo é solidariamente responsável pelo pagamento dos benefícios previdenciários, nos termos dos arts. 1º,
caput, e 94, ambos da LCE nº 28/2000. 2. Tratando-se de relação jurídica de trato sucessivo, a qual se renova a cada mês, a prescrição
atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação. 3. A gratificação de risco de policiamento ostensivo,
consoante jurisprudência reiterada deste Tribunal de Justiça de Pernambuco, possui natureza geral e há de ser paga também aos pensionistas
e inativos. 4. Quanto à violação da reserva do plenário reclamada, revela-se descabida, pois não houve qualquer espécie de declaração de
inconstitucionalidade e sim uma interpretação, baseada no princípio do livre convencimento motivado do julgador, sobre qual norma é mais
adequada para incidir no caso concreto. 5. Recurso de agravo unanimemente improvido. (TJ/PE. AGV: 3445927 PE. Relator: Itamar Pereira Da
Silva Junior. 4ª Câmara de Direito Público. DJe 27/08/2015). Por essas razões, rejeito a prefacial. Igualmente carece de amparo a alegação de
ausência de pedido certo e determinado, porquanto a vestibular contém os elementos necessários para identificar a pretensão autoral, sendo
que, da narrativa da peça de ingresso é perfeitamente possível concluir qual é a causa de pedir e o pedido, restando preenchidos, portanto, os
requisitos dos arts. 322 e 324, do Código de Processo Civil. Ultrapassados tais óbices, VEJO O MÉRITO. Cuida-se de ação por meio da qual
a demandante questiona a redução injustificada de seus proventos de aposentadoria, em afronta ao princípio constitucional de irredutibilidade
de vencimentos, após ter sido enquadrada na nova estrutura remuneratória do Quadro de Pessoal Permanente da Secretaria de Educação,
disciplinada pela Lei nº 12.642/2004, que alterou a Lei nº 11.559/98, instituidora do Plano de Cargos e Carreiras - PCC, do quadro permanente
de Pessoal do Sistema Público Estadual de Educação. O Estado requerido, em contrapartida, em sua peça de resposta, defendeu que sua
atuação decorreu do regular exercício do poder de autotutela, porquanto restou verificado erro relativamente à sigla referente à jornada mensal
de trabalho da ex-servidora, ora requerente. Pois bem. Compulsando os autos, observo que a demandante logrou êxito em demonstrar a redução
de seus proventos de aposentadoria, após o reconhecimento de seu direito ao reenquadramento na nova estrutura remuneratória instituída,
do cargo de professor, nível II, classe 'a', para o de professor, nível IV, classe 'a', como se infere dos contracheques acostados às fls. 11/26
dos autos. De outro giro, a parte requerida esclareceu de forma satisfatória (fls. 54/69) que, ao proceder ao reenquadramento da demandante
na nova matriz de vencimentos, modificou corretamente a faixa salarial em função do tempo de serviço (no nível II para o nível IV), tendo,
contudo, alterado equivocadamente a sigla concernente à jornada mensal de trabalho, passando a demandante para a tabela MGE/MAG/
IV/A, aplicável aos profissionais com jornada mensal de 200 horas, quando o correto seria o enquadramento MGC/MAG/IV/A, referente aos
profissionais com jornada mensal de 150 horas, consistente com a situação da autora. Daí tendo decorrido, portanto, a redução do vencimento-
base da demandante. Conforme é cediço, a Administração Pública pode, com base no princípio da legalidade, corrigir seus atos, quando
eivados de vícios ou ilegalidades, sem que isso importe em ofensa aos princípios do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos,
o que legitima, in casu, a atuação da Administração quando, ao verificar erro no pagamento no vencimento-base da autora, reduziu-o ao
patamar legalmente estabelecido. Nesse sentido, eis o entendimento do Supremo Tribunal Federal: "(...) A jurisprudência desta Corte é firme
no sentido de que a Administração, ao constatar a ilegalidade de seus atos, pode corrigi-los no exercício do seu poder de autotutela, de modo
a garantir a legalidade de seus provimentos (art. 37, caput, CF). A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo
com a lei, não ofende, portanto, o direito adquirido e o princípio da irredutibilidade de vencimentos. Nesse sentido o RE 185.255, Rel. Min.
Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 19.9.1997; RE 247.399, Rel. Min. Ellen Gracie, Primeira Turma, DJ 24.5.20002; REAgR 273.665, Rel.
Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 5.8.2005 e REAgR 259.201, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 28.10.2004. (RE nº 556.429/
RS (DJe de 14/12/10)". (destaquei). Todavia, o poder de autotutela não pode ser exercido de forma livre e irrestrita, mormente quando culmina
com a redução de vencimentos/proventos de servidor. Em casos como este, impõe-se o respeito aos princípios do contraditório e da ampla
defesa, previamente à tomada de decisão administrativa que implique redução dos proventos. Vale dizer: ao Estado é facultada a revogação
de atos que repute ilegalmente praticados, porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de
regular processo administrativo.1 Neste sentido, colaciono o entendimento dos tribunais pátrios: MANDADO DE SEGURANÇA. REEXAME
NECESSÁRIO. ATO ADMINISTRATIVO QUE IMPLICA NA REDUÇÃO DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA. MUNICÍPIO DE RIACHO
DOS MACHADOS. PODER DE AUTOTUTELA. AUSÊNCIA DE PRÉVIO PROCESSO ADMINISTRATIVO. VIOLAÇÃO DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL. SEGURANÇA CONCEDIDA. SENTENÇA CONFIRMADA. O poder de autotutela da Administração decorre da regular observância dos
princípios constitucionais e não é absoluto, tampouco ilimitado. No caso em que o ato praticado afeta, diretamente, suposto direito remuneratório
do servidor aposentado, o poder de autotutela deverá ser precedido do devido processo legal, garantindo-se o exercício do contraditório e da ampla
defesa (TJ-MG - REEX: 10522130010468001 MG, Relator: Armando Freire, Data de Julgamento: 05/04/2016, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 14/04/2016) Apelação Cível - Redução do valor recebido pela autora, em razão de ser a aposentadoria por invalidez
proporcional ao tempo de contribuição - Exercício legal da autotutela - Imposição de desconto mensal de valor apurado pela Administração nos
proventos recebidos pela autora - Impossibilidade - Abuso no exercício da autotutela que, embora permita à Administração controlar a legalidade
de seus atos, impõe a observância do devido processo legal e do princípio da confiança e da boa-fé - Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJ-
SP 00063757720148260082 SP 0006375-77.2014.8.26.0082, Relator: Magalhães Coelho, Data de Julgamento: 13/11/2017, 7ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 14/11/2017). (grifos nossos). Feitas tais considerações, observo que o Estado de Pernambuco não demonstrou ter
conferido à demandante a oportunidade para exercer sua defesa contra o ato que veio a reduzir seus proventos de aposentadoria, em patente
ofensa aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Assim dito, examino o pleito indenizatório. A Constituição da República,
art. 5º, X, estabelece que a violação à honra gera indenização por dano moral ou material. Dano é o efetivo prejuízo sofrido por alguém por
conduta de outrem. Este dano pode ser material ou moral, ou ambos no mesmo contexto. No caso em tela, persegue a autora reparação pelos
danos morais experimentados em decorrência da conduta do réu. Neste ponto, ressalto que a demandante recebeu o reajuste pela mudança de
enquadramento de boa-fé, acreditando que tais verbas, de natureza alimentar, haviam se incorporado ao seu patrimônio de forma irreversível.
Assim, vendo diminuída sua renda, sem qualquer justificativa ou notificação prévia, decerto a demandante experimentou sofrimento e transtorno
absolutamente evitáveis, os quais provocaram abalo psicológico. Os elementos caracterizadores da responsabilidade civil, quais sejam o dano
moral, o nexo causal e o ato ilícito são facilmente visualizados nos autos. Nestas circunstâncias, inegavelmente encontra-se configurado o dano
moral indenizável. Como sabido, o valor da indenização pelo dano moral deve ser fixado de forma a ponto de alcançar seu caráter educativo -
que na presente lide traduz-se no dever de impedir que o réu se sinta indiferente ao importe atribuído - e de proporcionar a satisfação do prejuízo
extrapatrimonial sofrido pela vítima, concedendo-lhe o direito a uma quantia razoável, excluindo-se a possibilidade de enriquecimento sem causa.
Desse modo, determino o pagamento pelo réu da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a qual reputo justa e condizente com o caso analisado.
Ante o exposto e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido autoral, resolvendo o mérito com
fundamento no artigo 487, I do CPC, para condenar o réu Estado de Pernambuco ao pagamento de indenização por danos morais, no importe
de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Tratando-se de condenação judicial de natureza administrativa geral, os valores deverão ser acrescidos de juros
de mora segundo índice de remuneração da caderneta de poupança e de correção monetária pelo IPCA-E, nos termos das teses firmadas pelo
STF no Tema 810 (RE 870947) e pelo STJ no Tema 905 (REsp 1.495.146/MG), com incidência a partir da prolação desta sentença, nos moldes
da Súmula 3622, do STJ. Reciprocamente sucumbentes, arcarão autora e réu, em igual proporção, com os honorários advocatícios, os quais
fixo em 10% sobre o valor da condenação, por força do disposto no art. 85, do CPC, ficando suspensa a cobrança relativamente à demandante,
por ser parte beneficiária da gratuidade processual. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, em nada sendo requerido,
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arquivem-se. Recife, 02 de outubro de 2018. Patrícia Xavier de Figueirêdo Lima JUÍZA DE DIREITO1 STF. RE: 594296 MG, Relator: Min. DIAS
TOFFOLI, Data de Julgamento: 21/09/2011, Tribunal Pleno, Data de Publicação: REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO. 2 "A correção monetária
do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento"
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do julgamento servirá de acórdão".(TJ-SC - RI: 03003223220168240166 Forquilhinha 0300322-32.2016.8.24.0166, Relator: Ana Lia Moura Lisboa
Carneiro, Data de Julgamento: 20/03/2018, Quarta Turma de Recursos - Criciúma) É bem verdade que um veículo de placa alfanumérica
desatualizada provavelmente já está fora de circulação, mas o suplicante deveria, nesse caso, ter pedido a baixa do registro segundo o art. 126
do Código de Trânsito Brasileiro, pois não é possível fazer a transferência sem indicar quem seria o novo proprietário. III - Ante o exposto, de
acordo com a fundamentação antes produzida, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial, resolvendo o feito com resolução meritória, na forma
do art. 487, inc. I, do CPC/15. Condeno a parte requerente ao pagamento de custas e honorários advocatícios, que, nos termos do art. 85, §
8º, do CPC/15, arbitro em R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquivem-
se. Recife, 08 de outubro de 2018. Ana Paula Costa de Almeida Juíza de Direito SubstitutaPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL
DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº,
Joana BezerraFone: (81)31810564
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITAL - PE TERCEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA Processo no. 18704.30-2011
SENTENÇA Vistos, etc... Trata-se de ação ordinária para anular punição disciplinar ajuizada por Edileuza Martins Estevão contra o Estado de
PE, ambos qualificados, afirmando autora que é delegada da Polícia Civil e foi injustamente punida com três dias de suspensão, acusada de
negligencia no cumprimento dos deveres por ter liberado motorista embriagado, ao invés de autua-lo em flagrante. Pugna autora pela anulação
da suspensão, com antecipação da tutela, já que não teria incorrido em falha funcional. Estado se manifestou sobre a tutela antecipada às
fls. 320, negada por este Juízo às fls. 329, sem recurso pela autora. Estado em seguida contestou às fls. 338 asseverando a regularidade
do processo sofrido pela autora, e da penalidade aplicada. Foi designada audiência de instrução com ouvida de três testemunhas às fls. 364,
confirmando as partes em audiência seus argumentos anteriores. Finalmente em parecer, a Promotoria revelou desinteresse na lide. Relatados,
decido: Estes autos tramitam há vários anos e recebi o processo concluso na central de agilização da capital. Autos já instruídos com argumentos,
documentos e oitiva de testemunhas, pelo que passo a proferir sentença. Não há preliminares e controvérsia é sobre regularidade de procedimento
administrativo sofrido pela autora, e da penalidade de suspensão aplicada por seu superior na Polícia. Para julgamento do processo, a análise
das provas destacadas pelas autoridades policiais na ata de fls. 253, após regular procedimento, se revela indispensável. E o que se vê são
elementos, indícios e fundamentos de três delegados de Polícia para punir a autora, que antes do término do seu plantão recebeu uma ocorrência
de embriaguez no trânsito, com apresentação do infrator para lavratura do flagrante, outrossim o motorista foi liberado. Insiste a autora que
a ocorrência chegou após às 8h, quando já terminara seu turno, mas essa não foi a conclusão unanime de três delegados que instruíram o
procedimento administrativo contra Dra. Edileuza, ratificado pelo Secretário de Defesa Social, culminando com a pena de suspensão de três
dias. Tem mais, destaco ser incabível ao Poder Judiciário o reexame de provas produzidas pela Administração, para se imiscuir no mérito da
punição, quanto à conveniência e oportunidade. Tendo sido regular o procedimento, a produção de provas, a defesa ampla, a fundamentação e a
legalidade da punição, incabível intervenção judicial para atender insatisfação da autora com a punição sofrida. Pensar diferente seria transformar
o Judiciário num super Poder, a desequilibrar o Estado de Direito, por isso que o art. 5º, XXXV, da CF precisa ser mitigado numa democracia.
Isto posto, julgo por sentença improcedente o pedido e determino seu arquivamento, condenando a autora nas custas processuais e honorários
de três mil reais conforme art. 85, § 8º do CPC. PRI. Recife, 17 de outubro de 2018 Juiz Rafael Jose de Menezes
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0021677-50.2014.8.17.2001 Autor: José
Marcos Medeiros de Oliveira MatosRéu: Estado de Pernambuco e outros SENTENÇAEMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA.
DUPLA PROMOÇÃO POR QUANDO DA PASSAGEM À RESERVA REMUNERADA. PREJUDICIAL DE MÉRITO: PRESCRIÇÃO DE FUNDO
DE DIREITO. REJEITADA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO DE DUPLA PROMOÇÃO NO MOMENTO DA REFORMA NA LC Nº 59/2004.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Inteligência do art. 487, I do CPC. Vistos, etc.
JOSÉ MARCOS MEDEIROS DE OLIVEIRA MATOS, devidamente qualificado nos autos, através de advogado habilitado, propôs a presente
AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA contra o ESTADO DE PERNAMBUCO, o FUNDO FINANCEIRO DE
APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DE ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAFIN e a FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS
E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE, afirmando, em síntese, ser policial militar da reserva, reformado
em 01.12.2009, tendo sido promovido para 3º Sargento, conforme inicial de fls. 02/16 Nessa peça, alega, em suma, que o ato de reforma não
respeitou o contido no art. 15 da Lei nº 6.783/74, posto que deveria ter sido promovido para a graduação de 2º Sargento, que representa duas
hierarquias superiores à patente de Cabo. Segue informando que a EC nº 20/98 não incluiu os militares na vedação contida nos §§ 2º e 3º do
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art. 40 da CF/88, razão pela qual é permitido que os militares percebam proventos de reforma superiores aos vencimentos do cargo efetivo da
ativa. Nesse contexto, pugna pela declaração de inconstitucionalidade do art. 171, § 2º da Emenda Constitucional Estadual nº 16/99, a qual veda
a percepção de proventos de aposentadoria superiores ao recebido na ativa. Assinala que se tratando de vencimentos, reforma e pensão de
servidor público, o administrador está obrigado a aplicar o que a lei determina, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade. Tece consideração
acerca da responsabilidade civil do Estado, momento em que alega que o não pagamento dos proventos de forma correta gera prejuízos ao
patrimônio do requerente. Sendo assim, entende que tem direito a receber o pagamento do valor dos atrasados, com juros e correção monetária,
bem como a percepção de indenização por danos materiais e morais. Cita julgados sobre a matéria. Ao final requer a concessão de tutela
antecipada para que os réus sejam compelidos a promover o autor para a graduação de 2º Sargento da PMPE. No mérito, pugna pela procedência
da ação para tornar definitiva a tutela, bem como para que os réus sejam condenados ao pagamento das diferenças vencidas e não pagas,
desde o ato de aposentadoria do autor, e ao pagamento de indenização por danos morais e materiais. Atribuiu à causa o valor de R$ 1.000,00
(mil reais). Formulou pedido de justiça gratuita. Juntou documentos de fls. 17/23. A petição inicial foi indeferida, conforme sentença de fls. 25/26.
Inconformado com a sentença, o demandante interpôs apelação às fls. 28/45, tendo o recurso sido recebido no duplo efeito, conforme decisão de
fls. 47. A FUNAPE apresentou contrarrazões às fls. 49/55. Decisão terminativa de fls. 70/74 deu provimento à apelação para anular a sentença
proferida, ao tempo que determinou o regular processamento do feito neste Juízo. Tutela antecipada indeferida às fls. 79. Agravo retido interposto
às fls. 81/95. A parte demandada atravessou contestação às fls. 100/108, suscitando, em sede de preliminar, a prescrição de fundo de direito. No
mérito, alega, em suma, que a pretensão autoral é desprovida de fundamento, posto que não existe a promoção de Cabo para 2º Sargento. Informa
que existiu, em dado momento histórico, o direito à promoção para graduação do segundo grau hierárquico imediato em relação aos Soldados
que se enquadrassem em hipóteses bem específicas e isso por diplomas legais já revogados. Assinala que após o advento da EC nº 16/99,
restou vedado ao militar estadual passar à inatividade com proventos da graduação superior, haja vista a proibição constante no art. 171, §§ 2º e
3º da Constituição Estadual. Ressalta que após a edição da LCE nº 59/2004, voltou a ser prevista no ordenamento jurídico estadual a percepção,
pelos militares inativos, de proventos calculados com base na remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao
que ocupavam na atividade, de modo que o autor já foi promovido nos termos da referida lei. Destaca a inexistência de danos morais e materiais
indenizáveis. Tece outras considerações. Ao final pugna pelo acolhimento da prescrição e, caso superada, requer o julgamento improcedente
dos pedidos. Réplica às fls. 11/116. O Ministério Público, através de parecer de fls. 117/119, opinou pela improcedência do pedido. Vieram-
me os autos conclusos. RELATADOS. PASSO A DECIDIR. Mantenho os benefícios da justiça gratuita anteriormente concedidos. Importante
destacar que, por não haver qualquer pronunciamento das partes acerca do interesse de produção de mais provas e, tratando-se de matéria
eminentemente de direito, entendo que há, nos autos, provas documentais suficientes para comprovar o alegado, tipificando uma das hipóteses
legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido, conforme os termos do art. 355, inciso I do Código de Processo Civil: Art. 355. O juiz
julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção de outras
provas; Em relação à alegada prescrição de fundo de direito, cumpre ressaltar que o autor foi transferido para a reserva em 30.11.2009, momento
no qual entende que deveria ter sido promovido para a graduação de 2º Sargento. Nesse contexto, cumpre ressaltar que a presente demanda
foi autuada em 27.03.2014, ou seja, dentro do prazo de 05 (cinco) anos do após a publicação do administrativo impugnado. Logo, verifica-se
que não há que se falar na ocorrência do prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910/32. Rejeito, portanto, esta preliminar.
Ultrapassada a prejudicial, passo a análise do mérito. Trata-se de ação em que se busca a revisão dos cálculos de proventos da inatividade,
baseando-se na dupla promoção que não teria ocorrido quando da passagem do autor para a reserva remunerada. O cerne da questão cinge
em saber se o autor tem direito aos proventos de aposentadoria equivalentes à graduação de 2º Sargento. No caso sub examine, observo que
o autor foi reformado em novembro/2009, conforme Portaria nº 3924 de 30.11.2009 (fls. 20). Cumpre ressaltar que no momento da transferência
do demandante para inatividade, vigorava a Lei Complementar nº 59/2004, que garante aos militares, quando da passagem para a reserva
remunerada ou reforma, a percepção de remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava na ativa,
nos termos do art. 21, in verbis: Art. 21. Fica assegurada aos militares da ativa, quando de sua passagem à reserva remunerada ou reforma, a
percepção da remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava em atividade, a título de promoção.
Nesse contexto, observo que no momento da reforma, o autor, então Cabo, foi promovido para a graduação 3ª Sargento, grau imediatamente
superior ao que ocupava, conforme documentos de fls. 20. Na linha de entendimento acima esposado, colaciono o seguinte julgado deste E.
Tribunal de Justiça:RECURSO DE APELAÇÃO. MILITAR REFORMADO. EC 16/99. INCONSTITUCIONALIDADE RECHAÇADA. PASSAGEM À
INATIVIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº. 59/2004. PROMOÇÃO À PATENTE SUPERIOR (3º SARGENTO). IMPOSSIBILIDADE DE PROMOÇÃO
PARA 2º SARGENTO. DUPLA PROMOÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.1. Não merece guarida a alegação do apelante
de inconstitucionalidade do art. 171, §2º e §3º da Constituição Estadual, pois tais dispositivos vieram para ajustar a Carta Estadual à Constituição
Federal. Com a edição da Emenda Constitucional Estadual nº. 16/99, responsável pelo atual texto dos supramencionados §§1º e 2º do artigo 171,
ficaram revogados os dispositivos que previam a possibilidade de militares da inativa receberem proventos maiores que os da ativa que ocupem
mesmo posto.2. É cediço que a aposentadoria do servidor público deve ser regida pela legislação vigente à época em que o servidor tenha
implementado as condições para sua concessão (Súmula nº. 359 do Supremo Tribunal Federal).3. O apelante foi transferido para a Reserva
Remunerada em 20/10/2010, com base no 21, da LCE nº 59/20041, e nos termos dos artigos 88, inciso II2 e 90, inciso I, da Lei nº 6.783/19743. 4.
Como visto, o militar foi reformado após a vigência da Emenda Constitucional Estadual nº. 16/99, a qual revogou tacitamente os dispositivos da
Lei nº. 10.426/90 que garantiam ao militar inativo a possibilidade receber proventos maiores que os da ativa que ocupassem o mesmo posto.5.
Com efeito, a Lei Complementar nº. 59/2004, com a redação dada pela Lei nº. 12.731/2004, prevê que o militar, quando da passagem para a
inatividade, passa a ter direito à percepção da remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava em
atividade, a título de promoção, dando tal direito inclusive aos militares que já estavam na reserva ou reforma no momento da edição da LC.6.
Outrossim, o § 3º do art. 21 da EC 16/99 traz dispositivo que garante ao militar, quando da passagem à reserva remunerada ou reforma, o status
e dignidade de tratamento hierárquico correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava.7. No presente caso,
o recorrente, quando de sua passagem para a inatividade, em 20/10/2010, foi promovido à patente de 3º Sargento, superior a de Cabo, posto
que ocupava na atividade (fl. 22). Subir mais uma vez a graduação, para 2º Sargento PM, seria provocar uma dupla promoção, o que não é
possível de acordo com a legislação vigente.8. Com efeito, a Súmula nº 51 do STF dispõe que: "Militar não tem direito a mais de duas promoções
na passagem para a inatividade, ainda que por motivos diversos". Ocorre que o mencionado verbete tem apenas o intuito de definir normas
gerais para os Estados, determinado que as legislações estaduais somente podem prever duas promoções nesses casos.9. Sendo assim, a
legislação estadual, aplicável à matéria, previu apenas uma promoção para o militar que entra na reserva, sendo ela no posto imediatamente
superior ao que ocupava quando na ativa (Lei Complementar nº 59/2004). Desse modo, o recorrente, Cabo da PM no momento da reforma, foi
corretamente promovido à graduação de 3º Sargento, não havendo nenhuma irregularidade ou ilegalidade a ser sanada.10. O militar não tem
direito à promoção pretendida, na patente de 2º Sargento, mas, tão somente, à promoção de 3º Sargento, o que já goza desde 20/10/2010,
pois é fato incontroverso nos autos que a Administração Pública implantou os proventos correspondentes à graduação correta. (...) (Apelação
500357-40042227-37.2012.8.17.0001, Rel. Erik de Sousa Dantas Simões, 1ª Câmara de Direito Público, julgado em 17/07/2018, DJe 01/08/2018)
(grifamos) Desta forma, não há que se falar em dupla promoção na passagem para a inatividade do autor da presente demanda, haja vista que
o ato de aposentação ocorreu de acordo com a legislação em vigor. Quanto ao pedido de declaração de inconstitucionalidade, é fundamental
esclarecer que a EC nº 24/05 deu nova redação ao art. 100, § 13 da Carta Magna Estadual, excluindo do regime dos servidores militares a
vedação constante no art. 171, §§ 2º e 3º. Assim, é perfeitamente possível aos militares inativos perceberem proventos em valores superiores à
remuneração percebida pelos mesmos quando em atividade. Sendo assim, verifico o pleito de declaração incidental de inconstitucionalidade do
art. 171, § 2º da Constituição Estadual, com redação dada pela EC nº 16/99, não guarda pertinência com a presente demanda. ISTO POSTO, por
tudo que contém os autos, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos artigo 487,
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inciso I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 98, §
3º do CPC. Fixo os honorários advocatícios no importe de R$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do art. 85, §8º, do CPC. Publique-se. Intimem-se.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as cautelas devidas.Recife, 13 de novembro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito 2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0040018-61.2013.8.17.0001Autor: José
Pedro da Silva e outrosRéu: Estado de Pernambuco e FUNAPESENTENÇAEMENTA: AÇÃO ORDINÁRIA - GRATIFICAÇÃO DE RISCO
DE POLICIAMENTO OSTENSIVO - MILITARES DA RESERVA - POLÍCIA MILITAR - LEI COMPLEMENTAR 59/2004 - GRATIFICAÇÃO DE
CARÁTER GERAL - PRECEDENTES DO TJPE - EXTINÇÃO DA GRATIFICAÇÃO PELA LC Nº 351/2017 E INCORPORAÇAO DO VALOR
NOMINAL AO SOLDO - DIREITO À PERCEPÇÃO DAS PARCELAS ACUMULADAS ANTERIORES A 01.05.2017 - PRELIMINAR AFASTADA -
PREJUDICIAL DE MÉRITO AFASTADA - PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 487, I, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL.Vistos, etc. JOSÉ PEDRO DA SILVA, MARIA JOSÉ DE LIMA DO NASCIMENTO, JOSÉ MARIA DE BARROS NETO, PAULO ROBERTO
DE BARROS BEZERRA e LUIZ CARLOS PEREIRA DA SILVA, devidamente qualificados na inicial de fls. 02/11, através de advogado
devidamente constituído, intentaram a presente "Ação ordinária de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada" em face do ESTADO
DE PERNAMBUCO e da FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE,
objetivando, em síntese, a incorporação da gratificação de risco de policiamento ostensivo - GRPO em seus proventos. Nessa peça, os autores
informam, em suma, que são militares da reserva e que recebem seus proventos através da parte ré. Aduzem que seus proventos não estão
sendo calculados corretamente, posto que a GRPO foi excluída dos seus vencimentos. Entendem que a referida gratificação, instituída pela
LC nº 59/2004, tem caráter geral, visto que atingem a todo o efetivo da Polícia Militar do Estado de Pernambuco. Nesse contexto, afirmam
que por força do art. 40 da CF/88, a parcela em tela deve ser extensiva aos inativos e pensionistas. Formularam pedido de tutela antecipada
para que a parte ré seja compelida a implantar a gratificação postulada em seus vencimentos. Ao final, pugnam pela procedência da ação
para tornar definitiva a liminar, bem como para que o demandado seja compelido a efetivar o pagamento das diferenças acumuladas e não
pagas, desde a sanção da LC nº 59/2004, devidamente corrigidas. Formularam pedido de justiça gratuita. Atribuíram à causa o valor de R$
100,00 (cem reais). Juntaram documentos de fls. 12/32. Sentença indeferindo a inicial às fls. 34/35. Inconformados com a sentença, os autores
interpuseram apelação às fls. 37/50, sendo o recurso recebido no efeito devolutivo, conforme decisão de fls. 52. Decisão terminativa de fls. 61/62
anulou a sentença recorrida, ao tempo que determinou o retorno dos autos a este Juízo para regular trâmite. Tutela antecipada indeferida às fls.
68. Devidamente citado, o réu apresentou contestação às fls. 73/80, suscitando, em sede de preliminar e prejudicial de mérito, a ilegitimidade
passiva e a prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio que antecede o ajuizamento da ação. No mérito, aduz, em breve síntese, que a
gratificação postulada é de natureza condicional, variável, precária e provisória, sendo devida apenas aos Policiais Militares que desenvolvam
atividades especiais e de risco, enquanto estiverem envolvidos nestas tarefas. Salienta que o art. 14 da LC nº 59/2004 veda a incorporação da
parcela em tela para fins de aposentadoria ou pensão. Destaca que as verbas de caráter transitório, como a postulada nesta demanda, não
são incorporáveis à remuneração, conforme entendimento jurisprudencial do STJ e STF. Menciona julgado sobre a matéria. Ressalta que não
há que se falar em extensão da gratificação postulada aos inativos e pensionistas com base no art. 40, § 4º da CF, sob pena de afronta ao
princípio da legalidade estrita, que exige lei específica para fins de concessão de aumento de remuneração dos servidores públicos. Tece outras
considerações. Ao final requer o julgamento improcedente dos pedidos. Juntou documentos de fls. 81/90. Réplica às fls. 92/100. O Ministério
Público apresentou cota às fls. 102/109. Os autores requereram a citação da FUNAPE às fls. 112/113. Às fls. 114/115, o Parquet pugnou pela
citação da FUNAPE. Regularmente citada, a FUNAPE apresentou contestação às fls. 121/125 com conteúdo semelhante à peça de defesa juntada
pelo Estado de Pernambuco. O Órgão Ministerial, através de manifestação de fls. 130/134, opinou pelo julgamento procedente dos pedidos. Os
autores requereram a continuação do processo às fls. 135. Vieram-me os autos conclusos. É O RELATÓRIO. DECIDO. Mantenho os benefícios
da justiça gratuita anteriormente concedidos. Compulsando aos autos, verifico que a questão de mérito é unicamente de direito, não havendo
necessidade de produção de outras provas, visto que os documentos carreados nos autos são suficientes para comprovar o alegado, tipificando
uma das hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do mérito, conforme o art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil: Art.
355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção
de outras provas; Em relação à preliminar de ilegitimidade passiva ad causam do Estado de Pernambuco, entendo não merecer prosperar,
haja vista que apesar de ser a FUNAPE a única responsável pelo pagamento dos valores recebidos por aposentados, inativos e pensionistas
do Estado de Pernambuco, há, nos autos, pedido pagamento de valores vencidos e não recebidos, motivo pelo qual, a inclusão do Estado de
Pernambuco no polo passivo da demanda se faz de acordo com a conveniência do demandante, que poder executar ou um ou outro nos valores
que porventura lhes fizer direito. Rejeito, portanto, a presente preliminar. Quanto à prejudicial de mérito suscitada pelos réus, a saber, prescrição
das parcelas anteriores ao quinquênio que antecede o ajuizamento da demanda, merece guarida, pois o art. 1º, do Decreto n º 20.910/32,
estabelece que as dívidas passivas da União, dos Estados e Municípios prescrevem em cinco anos. Assim, em caso de eventual acolhimento do
pedido autoral, será necessário decretar a prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio que antecede o ajuizamento da demanda. Superada
as preliminares, passo a analisar o pedido em si. O cerne da lide gira em torno da natureza atribuída à Gratificação de Risco de Policiamento
Ostensivo, se geral ou propter laborem. Pois bem, entendo que a gratificação instituída pela LC nº 59/04 tem natureza geral, haja vista que
se trata de vantagem inerente a todo efetivo da Polícia Militar em decorrência da atividade fim da corporação. Feitas tais considerações, com
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espeque nos §§ 7º e 8º do art. 40, da CF, há de ser paga também aos inativos e pensionistas. Nestes termos é o entendimento jurisprudencial
pacífico no âmbito do TJPE, vejamos os arrestos abaixo colacionados, que contrariam os argumentos levantados pela demandada: DIREITO
CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO - PROCESSO CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - PENSÃO POR MORTE - PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE
DIREITO - GRATIFICAÇÃO DE JORNADA EXTRA DE SEGURANÇA - CARÁTER PROPTER LABOREM - GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE
POLICIAMENTO OSTENSIVO - CARÁTER GERAL - GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE ATIVIDADE DE DEFESA CIVIL - DEVIDA APENAS A
BOMBEIROS MILITARES - APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. 1. Entre o termo inicial de vigência da Lei Complementar
Estadual nº 59/2004 e do Decreto Estadual nº 25.361/2003, que amparam o pleito da apelante, e a data propositura da demanda não decorreram
cinco anos. Prejudicial de mérito rejeitada. 2. A Gratificação de Jornada Extra de Segurança, não se estende a todos os policiais militares da ativa,
mas somente àqueles que integrarem o Programa de Jornada Extra de Segurança, afigurando-se propter laborem e não sendo estendível, pois,
às pensionistas apelantes. 3. A Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, consoante jurisprudência dominante neste Tribunal de Justiça
de Pernambuco, possui natureza geral e há de ser paga também aos pensionistas e inativos. 4. A Gratificação de Atividade de Defesa Civil é
concedida apenas aos bombeiros militares, não sendo devida a pensionistas de policiais militares. 5. Apelo conhecido e parcialmente provido (AC
160758-1, 7CC, rel. Des. Fernando Cerqueira, julgado em 01/06/2010). (grifamos) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO
DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. PRETENSÃO DE REEXAME. PREQUESTIONAMENTO. 1. A controvérsia
dos autos diz respeito à percepção da integralidade de pensão com a gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, instituída pela Lei Estadual
nº 59/04. 2. Observa-se que o pedido deduzido na ação originária tem por fundamento a regra constitucional da paridade remuneratória entre
ativos, inativos e pensionistas (à luz do princípio tempus regit actum), regra esta considerada auto-aplicável pela jurisprudência pacífica do STF.
3. Assim, o reconhecimento do caráter geral da "gratificação" policiamento ostensivo é suficiente só por si (por força da auto-aplicabilidade da
regra constitucional) para implicar no deferimento do pedido, independentemente de qualquer discussão a respeito da constitucionalidade, ou
não, do dispositivo encartado no art. 14 da LCE nº 59/04, não sendo o caso de ofensa ao princípio da reserva de plenário (art. 97 da CF/88).
4. Por outro lado, a gratificação de risco de policiamento ostensivo, conforme explanado na decisão guerreada, foi criada pela Lei Estadual nº
59/04, em seu art. 8º, devendo ser concedida aos militares em serviço ativo na Polícia Militar que desenvolvessem as atividades previstas no
art. 2º da mesma lei, cumulativamente lotados nas Unidades Operacionais da Corporação e nos Órgãos de Direção Executiva, mediante ato de
designação específico, cumprindo escala permanente de policiamento ostensivo. 5. O teor dos dispositivos legais retro mencionados aponta no
sentido de que a gratificação em testilha, por abranger os militares que atuam na própria atividade-fim da Corporação, tem, em essência, caráter
geral, a ensejar sua extensão aos inativos e pensionistas. 6. De fato, não obstante a vedação expressa no art. 14 da Lei Complementar 59/04,
quanto à incorporação de tal gratificação "aos proventos ou pensões dos referidos militares", observa-se que a mesma constitui, em essência,
vantagem de caráter geral, paga em decorrência do exercício de atribuições próprias do cargo, mediante prestação de serviço em condições
normais, não sendo, ao reverso, condicionada nem a aspectos individuais nem a circunstâncias peculiares do trabalho dos servidores que a
percebem na ativa. 7. Neste contexto, não há que se falar em violação ao princípio da legalidade, eis que é a própria Constituição Federal, em
seu art. 40, §§ 7º e 8º, com redação anterior à EC nº 41/2003, que ampara o direito à paridade das pensões dos embargados. 8. Ademais,
não se trata de aumento de remuneração de pensionistas de servidores públicos (conforme preceitua o art. 37, X, da CF/88), mas sim de
atender a regra constitucional da paridade remuneratória entre ativos, inativos e pensionistas (à luz do princípio 'tempus regit actum'), regra esta
considerada auto-aplicável pela jurisprudência pacífica do STF. 9. O acórdão embargado é claro e suficiente por seus próprios termos, havendo
apreciado a matéria debatida e tendo o julgador decidido a questão em conformidade com a legislação que entendeu aplicável à matéria. 10.
Inexistência, pois, das alegadas omissões, sendo certo que a via aclaratória não se presta ao reexame da causa. 11. Embargos declaratórios
conhecidos, para fins de prequestionamento, porém improvidos (ED 214554-6/01, 8CC, rel. Des. Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello,
julgado em 01/06/2010). (grifamos) Não é diverso o entendimento do Pretório Excelso, in verbis: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE PERNAMBUCO. "GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO". 1.
EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. 2. NATUREZA DA VANTAGEM. CONTROVÉRSIA DECIDIDA
À LUZ DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que as vantagens de natureza
genérica, concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados e pensionistas, em nome do princípio da isonomia, nos termos do §
8º do art. 40 (na redação anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas
a servidores públicos é de índole eminentemente infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF. Agravo regimental desprovido. (AI-
AgR 831281, AYRES BRITTO, STF) (grifamos) Cumpre ressaltar que a LC nº 351/2017 extinguiu a referida gratificação, incorporando o valor
nominal da parcela aos soldos dos militares. Vejamos: Art. 1º (...)§ 3º A partir de 1º de maio de 2017, em decorrência de sua incorporação aos
valores nominais de soldo definidos nesta Lei Complementar, ficam extintas as gratificações instituídas pelos arts. 8º a 12 da Lei Complementar
nº 59, de 5 de julho de 2004 e vedada a percepção do benefício previsto no Decreto nº 43.053, de 17 de maio de 2016, conforme representado
na tabela contida no Anexo I. (grifamos) Assim, com a extinção da GRPO, o pedido de implantação da parcela nos proventos dos autores perdeu
o objeto. Desse modo, o pedido a ser analisado fica restrito às verbas pretéritas e não pagas anteriores à vigência da LC nº 351/2017. Isto posto,
julgo PROCEDENTE o pedido autoral, para determinar que os réus paguem aos autores as diferenças acumuladas e não percebidas atinentes
à gratificação de risco de policiamento ostensivo, devidamente corrigidas, até a vigência da LC nº 351/2017, respeitada a prescrição quinquenal,
resolvendo, assim, o mérito da causa, nos termos do art. 487, I, do CPC. Custas ex lege. Condeno, ainda, os demandados ao pagamento de
honorários advocatícios, porém deixo para fixar o percentual da condenação após a liquidação da sentença, nos termos do art. 85, § 4º, inciso
II, do CPC. Transcorrido o prazo recursal, com ou sem o recurso voluntário, subam os autos deste processo à superior instância para o reexame
necessário. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. P.R.I.Recife, 27 de novembro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito
Terceira Vara da Fazenda Pública
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos
processos abaixo relacionados:
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano
- AV Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0008626-35.2015.8.17.0001
SENTENÇAEMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. MILITAR DA RESERVA REMUNERADA. GUARDA
PATRIMONIAL. SUPRESSÃO DE VANTAGEM. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA. PUBLICAÇÃO DA NORMA. ATO DE EFEITO CONCRETO.
PRESCRIÇÃO DE FUNDO DO DIREITO. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, NOS TERMOS DO ART. 487, II DO
CPC.Vistos, etc. LUIS ANTÔNIO DA SILVA, devidamente qualificado na exordial, por advogado constituído, ajuizou a presente Ação de Obrigação
de Fazer com pedido de tutela antecipada em face do ESTADO DE PERNAMBUCO, questionando, em suma, a alteração implementada pela
Lei Estadual nº 12.494/2003, que modificou a forma de percepção da retribuição financeira pelo efetivo exercício da Guarda Patrimonial. Em sua
peça inicial, o autor afirma ser militar da reserva remunerada, sendo selecionado e nomeado para compor a Guarda Patrimonial do Estado de
Pernambuco. Diz que sofreu decesso remuneratório em razão da alteração legislativa, uma vez que a Lei nº 11.216/1995 garantia remuneração
correspondente a 55% (cinquenta e cinco por cento) dos proventos integrais que estivesse recebendo na inatividade, alegando que o referido
percentual estaria defasado e a modificação da remuneração em parcela fixa gerou redução do seu soldo. Requer a procedência da ação para
que seja implantada e restaurada a diferença que deixou de receber, equivalente a 55% (cinquenta e cinco por cento) do soldo da inatividade pelo
exercício de suas atividades como agente patrimonial da Guarda Patrimonial, sendo proporcional a cada ano, respeitada a prescrição quinquenal.
Atribuiu à causa o valor de R$94.184,04 (noventa e quatro mil cento e oitenta e quatro reais e quatro centavos). Juntou documentos de fls. 12/34.
Citado, o Estado de Pernambuco apresentou contestação às fls. 39/46v, aduzindo, inicialmente, a existência de óbices legais ao deferimento
da antecipação da tutela. Em prejudicial de mérito, suscitou a prescrição do fundo de direito. No mérito, requer o julgamento improcedente
do pedido, em razão da ausência de amparo legal. Réplica à contestação às fls. 53/58. Parecer do Ministério Público às fls. 62/66, opinando
pelo acolhimento da prejudicial de mérito. Vieram-me os autos conclusos. É o que importa relatar. Decido. Mantenho os benefícios da justiça
gratuita anteriormente deferidos. Importante destacar que, por não haver qualquer pronunciamento das partes acerca do interesse de produção
de mais provas e, tratando-se de matéria eminentemente de direito, entendo que há, nos autos, provas documentais suficientes para comprovar
o alegado, tipificando uma das hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido, conforme os termos do art. 355, inciso I do
Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015): "Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito,
quando:I - não houver necessidade de produção de outras provas;" O cerne da questão consiste em saber se a modificação na sistemática
do cálculo da gratificação de função da Guarda patrimonial, efetuada pela Lei Estadual nº 12.494/03, ofendeu os princípios constitucionais da
irredutibilidade de vencimentos e do direito adquirido, gerando diferenças de cálculos nos proventos do demandante. O Estado Réu alega, em
sua peça de bloqueio, a prescrição do fundo de direito, sob o argumento de que a lei contestada é de efeitos concretos, publicada em 2003, tendo
o autor proposto a presente ação apenas em 2015. A questão da prescrição é clara. Explico. É de se ver que, por conta da Lei nº 11.116/94,
regulamentada pelo Decreto nº 18.687/95, os militares inativos recebem a contraprestação pecuniária pelos serviços nos termos do art. 5º da
referida lei. A partir da vigência da Lei nº 11.216/95, o valor devido aos inativos era um adicional de designação de 55% (cinquenta e cinco
por cento) dos proventos da inatividade. Porém, com a entrada em vigor da Lei nº 12.494/2003, o montante devido passou a ser um valor fixo
especificado, o chamado valor nominal. Para uma melhor compreensão, transcrevo §1º do art. 5º da Lei nº 12.494/2003, in verbis:Art. 5º ... (...) §
1º A retribuição financeira, pelo efetivo exercício, de que trata o caput deste artigo, será consignada juntamente com os pagamentos mensais, sob
a forma de adicional de designação, nos valores e limites quantitativos definidos no Anexo Único, isento de descontos previdenciários, sujeitos
aos impostos gerais, na forma da legislação tributária em vigor, e não servindo de base de cálculos ulteriores para os respectivos proventos
de aposentadoria, ficando expressamente vedada a sua vinculação a quaisquer vantagens remuneratórias, parcelas adicionais ou acréscimos
pecuniários. (destaquei) Observa-se que a legislação transcrita gerou efeitos concretos a partir de sua vigência que, portanto, tornou-se o marco
inicial da prescrição. Com efeito, embora o autor receba a gratificação mensalmente, a forma de remuneração foi modificada em 2003, tornando-
se fato concretizado no universo jurídico nesta data e, em sendo assim, incide a prescrição do fundo de direito. Corrobora ao entendimento
aqui esposado, a jurisprudência já pacificada do Superior Tribunal de Justiça, senão vejamos: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MUNICIPAL.
MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. PETIÇÃO DEDUZIDA EM JUÍZO PARA RESTABELECIMENTO DE
PENSÃO VITALÍCIA A EX-PREFEITO. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE ENTRE OS PEDIDOS. OFENSA À COISA JULGADA. NÃO OCORRÊNCIA.
EXTINÇÃO DA VANTAGEM. LEI DE EFEITOS CONCRETOS. ATO QUE NÃO SE RENOVA MÊS A MÊS. RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO.
NÃO OCORRÊNCIA. FUNDO DE DIREITO. DIES A QUO DO PRAZO PRESCRICIONAL OU DECADENCIAL. DATA DA EFETIVA SUPRESSÃO.
PRESCRIÇÃO RECONHECIDA. 1. Não havendo identidade entre os pedidos contidos no mandado de segurança impetrado pelo ex-prefeito
do Município de Coelho Neto-MA em 1984 e o novo pedido apresentado em 2002, não subsiste a alegação de violação à coisa julgada. 2.
A supressão de vantagem dos vencimentos ou proventos dos servidores públicos, por força de lei, não configura relação de trato sucessivo,
mas ato único de efeitos concretos e permanentes. 3. O dies a quo do prazo decadencial para a impetração do mandado de segurança, ou do
prazo prescricional para o ajuizamento da ação ordinária, dá-se na data da efetiva supressão da vantagem. 4. A extinção da pensão ocorreu em
07/05/1991, com a publicação da Lei Orgânica do Município. A irresignação contra a supressão da vantagem deveria ter sido trazida ao Poder
Judiciário no prazo decadencial de 120 dias, previsto no art. 18 da Lei n.º 1.533/51 ou no lustro prescricional do art. 1.º do Decreto 20.910/32,
ambos contados da data da mencionada publicação, o que não se verificou na espécie. Reconhecimento da decadência para a impetração de
mandado de segurança e da prescrição do próprio fundo de direito. 5. Recurso conhecido e provido. (STJ - RMS: 18557 MA 2004/0091885-3,
Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 19/11/2009, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 15/12/2009). (sem destaques
no original)ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ENQUADRAMENTO FUNCIONAL EQUIVOCADO
POR ERRO DA ADMINISTRAÇÃO. ATO ÚNICO DE EFEITO CONCRETO. RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO NÃO CARACTERIZADA. 1. O
ato de enquadramento constitui-se em ato único de efeito concreto que, a despeito de gerar efeitos contínuos futuros, não caracteriza relação
de trato sucessivo. Sendo assim, decorridos mais de cinco anos entre o ato questionado e o ajuizamento da ação, prescreve o próprio fundo
de direito (c.f.: AgRg no REsp 1.067.333/PR, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, DJe 28/06/2013 e AgRg no REsp 1.360.762/SC,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe 25/09/2013). 2. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no AREsp: 401820
SC 2013/0328918-2, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 03/12/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de
Publicação: DJe 10/12/2013) (sem destaques no original) O Tribunal de Justiça de Pernambuco, ao apreciar um caso semelhante, adotou a
diretriz interpretativa conferida por este juízo e pelo STJ, senão vejamos: DIREITO ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PAGAMENTO DE
GRATIFICAÇÃO DE SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 16 DE 08.01.1996. PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO
DE FUNDO DE DIREITO ACOLHIDA. RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. 1- Analisando os autos verifico que a matéria debatida pelo
Agravante se faz desprovida de amparo legal, mesmo porque a Gratificação de Serviços Extraordinários (GSE) foi substituída pela Gratificação
de Incentivo por força do Decreto Estadual nº 22.105/2000, evitando o decesso remuneratório nos vencimentos dos militares. 2- Contudo feita
esta breve explanação acima, constata-se através da documentação acostada pelo agravante que seu direito foi fulminado pela prejudicial de
prescrição de fundo de direito, que foi acolhida por esta Relatoria monocraticamente. 3- Ora, verificando que a Lei Complementar Estadual nº 16
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de 08.01.1996, acabou com o instituto da estabilidade financeira, e, por tratar-se de um ato de efeito concreto, iniciou-se dali o prazo prescricional
do próprio fundo de direito do agravante.4- Equivale dizer que em 08.01.2006, iniciou-se a contagem do prazo prescricional de 05 (cinco) anos
para propor a ação buscando o seu direito, porém, o aqui-agravante, somente ingressou em juízo em 02.01.2013, ou seja, mais 11 (onze) anos,
da data a qual poderia requerer o seu pretenso direito. 5- RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (Agravo 407854-4 0000828-91.2013.8.17.0001,
Rel. Des. Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, Data de Julgamento: 05/06/2018, 3ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 14/06/2018) (sem
destaques no original)Apelação. Vencimento Básico de Referência - VBR. Lei Complementar Estadual 32/01. Lei Estadual nº 11.216/95. Ação de
cobrança de diferenças salariais. Prescrição. Decreto 20.910/32. Agravo a que se nega provimento. 1- Estrita-se o cerne do litígio na existência
ou não do direito dos recorrentes ao reajuste dos seus proventos com base na correção do valor do soldo pago aos militares, a partir da criação do
Vencimento Básico de Referência (VBR) pela Lei Estadual nº 11.216/95. 2- A respeitável sentença consignou que a Lei Complementar Estadual
nº 32/2001 revogou o regime anterior e a partir de sua vigência iniciou-se o prazo prescricional para que os interessados manejassem as ações
que entendem para resguardo dos seus direitos. No caso, a ação de cobrança de eventuais diferenças salariais teve seu prazo prescricional
iniciado nesta data, sendo alcançado pela prescrição em 02 de janeiro de 2006, por aplicação do Decreto nº 20.910/32. 3 - Trata-se de hipótese de
relação jurídica de trato sucessivo, pois o ato lesivo renova-se mensalmente, surgindo, a cada pagamento a menor, uma nova pretensão. Incide
ao caso a Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça, que passo a transcrever: "85. Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda
Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas
antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação"; 4 - Com o advento da Lei Complementar Estadual nº 32/01, o soldo e as gratificações de
moradia, de capacitação profissional, de exercício, de incentivo, de representação de nível hierárquico e de representação de posto tiveram seus
valores nominais fixados nos Anexos da lei. Registre-se que este mesmo diploma, através de seu art. 1º, desvinculou do valor do soldo todas as
parcelas remuneratórias, que passaram a ser reajustáveis por lei específica ou lei de revisão geral; 5 - Por fixar valores nominais, e não aumentos
percentuais, pode-se dizer que a Lei Complementar Estadual nº 32/01, através do ato singular de sua entrada em vigor, consolidou, por assim
dizer, a lesão, pois estabeleceu quantias inferiores as que seriam devidas, caso fossem observadas as disposições da Lei Estadual nº 11.216/95;
6 - A partir daí, a relação jurídica deixou de ser de trato sucessivo, porque a Lei Complementar Estadual nº 32/01 é uma lei de efeitos concretos,
isto é, uma lei "cuja vigência já acarreta lesão a direitos alegados em juízo pela parte interessada. A suposta lesão, nesses casos, não surge
do ato administrativo que aplica a lei, mas sim da vigência da própria lei que, por exemplo, suprimiu uma vantagem ou modificou uma situação
anterior" (CUNHA, Leonardo José Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo. 5ª ed. São Paulo: dialética, 2007, p. 69); 7 - Passa, então, a ser
aplicável não mais o artigo 3º, mas o artigo 1º do Decreto nº 20.910/32, que estabelece o prazo prescricional qüinqüenal, contado a partir do
ato ou fato lesivo. 8 - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (TJ-PE - AGV: 2829556 PE, Relator: Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, Data de
Julgamento: 30/01/2014, 3ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 06/02/2014) (sem destaques no original) Dessa forma, não há como
negar a ocorrência do instituto da Prescrição, e não apenas das parcelas anteriores ao quinquênio que antecedeu o ajuizamento da demanda,
mas o próprio fundo de direito está prescrito, uma vez que o autor ficou inerte por mais de 10 (dez) anos para reclamar a cobrança de tais valores.
Isto posto, reconheço a ocorrência da prescrição da pretensão autoral e, em consequência, extingo o processo com resolução de mérito, na
forma que dispõe o inciso II do art. 487, do Código de Processual Civil. Condeno o autor em custas processuais e honorários advocatícios no
percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, nos termos do art. 85, §3º, I, §4º, III c/c 98, §2º e§3º do CPC. P.R.I. Recife,
22 de agosto de 2018.Mariza Silva BorgesJuíza de Direito2
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Devidamente citado, o Estado de Pernambuco apresentou contestação às fls. 65/87, alegando, em preliminar, inépcia da inicial e ilegitimidade
passiva do Estado Réu. No mérito, afirma que a Lei Complementar nº 169/2011 extinguiu a Gratificação Adicional por Tempo de Serviço,
incorporando-o aos vencimentos/proventos dos policiais militares em valores nominais. Dessa forma, não houve decesso remuneratório, haja
vista que a lei respeitou os direitos adquiridos, não havendo, por outro lado, direito adquirido a regime jurídico. Juntou documentos de fls. 88/139.
Réplica à contestação às fls. 144/148. Parecer ministerial às fls. 151/152, informando a ausência de interesse público que imponha sua intervenção
no feito. Vieram-me os autos conclusos. É O RELATÓRIO. PASSO A DECIDIR. Importante destacar que, por não haver qualquer pronunciamento
das partes acerca do interesse de produção de mais provas e, tratando-se de matéria eminentemente de direito, entendo que há, nos autos,
provas documentais suficientes para comprovar o alegado, tipificando uma das hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido,
conforme os termos do art. 355, inciso I do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015): "Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido,
proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção de outras provas;" Mantenho os auspícios da
justiça gratuita anteriormente deferidos. Em relação à preliminar de inépcia da inicial por se tratar de ação de cobrança sem valor determinado,
não vejo como este argumento possa prosperar, uma vez que o pedido principal não é de cobrança de qualquer valor, mas de reconhecimento de
eventual direito que poderá, em consequência, condenar os Réus ao pagamento de valores atrasados. Sendo assim, afasto essa preliminar. Em
relação à de ilegitimidade passiva, entendo que melhor sorte não cabe às considerações dos Requeridos, haja vista que, apesar de ser a FUNAPE
a única responsável pelo pagamento dos valores recebidos por aposentados, inativos e pensionistas do Estado de Pernambuco, há, nos autos,
pedido pagamento de valores vencidos e não recebidos, motivo pelo qual, a inclusão do Estado de Pernambuco no polo passivo da demanda se
faz de acordo com a conveniência dos demandantes, que poderão executar ou um ou outro nos valores que porventura lhes fizer direito. Rejeito,
portanto, a alegação de ilegitimidade passiva ad causam do Estado-réu. Superada a defesa processual, passo ao exame do pedido em si. O cerne
da questão discutida nos autos é o eventual direito dos autores a receberem as gratificações e vantagens que teriam sido incorporadas a seus
soldos, em especial a Gratificação por Tempo de Serviço - GTS, nos moldes das Lei nº 10.426/90, excluindo a incidência da Lei Complementar nº
32/2001 e Lei Complementar nº 59/204, por entenderem os postulantes que houve decesso remuneratório pela mudança das regras através da
referida Lei Complementar, o que, no seu entender, contraria a Constituição Federal, ressaltando os princípios da irredutibilidade de vencimentos
e do direito adquirido. Tenho que o pleito não é assim tão simplista. O princípio do direito adquirido comporta temperamentos quando concorre
com outros princípios de mesma ou superior grandeza. Mas não só por isso. É que, com a aposentadoria, o servidor passa a manter uma relação
residual decorrente da relação de trabalho, sendo-lhe garantidos alguns direitos. Até o advento da Emenda Constitucional Federal nº 41, de 19 de
dezembro de 2003, essa relação garantia integralidade dos proventos em relação aos vencimentos, ou seja, paridade entre servidores inativos e
ativos. Ora, para a manutenção dessa isonomia, considerou-se o servidor inativo como se em atividade estivesse, submetido, pois, às alterações
adotadas no regime remuneratório dos ativos, tanto que ao novo sempre eram automaticamente contemplados os ativos e inativos. Vale dizer:
havendo alteração na forma de cálculo da remuneração, a ela ficavam vinculados os ativos e inativos. Não se olvida que na Administração Pública
existem várias formas de composição da remuneração de seus servidores, estando cada tipo a depender das peculiaridades e diversidades das
categorias profissionais, dado que algumas são remuneradas com parcela única - subsídio recebido por membro de poder ex vi do art. 39, § 4º, da
Constituição Federal - outras com parcelas condicionadas à produtividade ou ao regime de prestação de serviço, como vem a ser as dos auditores
tributários, dos médicos, dos professores e dos policiais. O dinamismo da Administração tem permitido o aperfeiçoamento continuado da gestão de
pessoal, sendo induvidoso que pode alterar o regime jurídico quanto à remuneração de seus servidores, incluindo a fórmula de sua composição.
Não se olvida, evidentemente, que nessas mudanças alguns aspectos jurídicos devem ser preservados em homenagem ao ato jurídico perfeito,
ao direito adquirido e à coisa julgada, sendo exemplo não permitir redução de vencimentos. Não seria razoável considerar intangível o formato do
cálculo da remuneração do servidor público, como se a fórmula adotada circunstancialmente integrasse o próprio fundo do direito funcional. Caso
viéssemos a admitir isso, estaríamos permitindo casuísmos infindáveis, já que haveria tantos regimes jurídicos quantos fossem as naturezas dos
atos administrativos ditos "perfeitos". Conquanto se possa afirmar que para o servidor militar inativo permanece a equivalência remuneratória com
o militar ativo, por força da especialidade ditada nos arts. 40, § 2 e 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal, resultando em recepcionamento
de lei local, não haveria lógica admitir que estaria, também, garantida uma determinada fórmula de cálculo dessa remuneração. Imagine-se a
hipótese em que as gratificações em percentuais do soldo são incorporadas, resultando um soldo de grandeza consideravelmente superior.
Reconhecido um direito a essas gratificações em percentual e vindo de serem aplicados sobre o novo soldo, o resultado seria uma inaceitável
distorção. É basicamente o que se pretende na espécie. Por isso está firmado o entendimento de que não há direito adquirido a regime
jurídico e, bem assim, não há em relação ao formato da composição da remuneração paga pela Administração a seus servidores. Há sim, em
relação ao quantum remuneratório, em respeito ao princípio da irredutibilidade dos vencimentos. Vale também destacar que a irredutibilidade de
vencimentos não é sinônimo de valorização monetária dos vencimentos, mas de impossibilidade de se reduzir tais vencimentos a valores nominais
inferiores aos que são percebidos pelos servidores quando da modificação legislativa do regime jurídico. O tema tem sido apreciado nos tribunais
como exemplificam as ementas de julgados do Superior Tribunal de Justiça, verbis: "CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES
PÚBLICOS MILITARES. LEI DE REMUNERAÇÃO DOS MILITARES. LEI Nº 8.237/91. GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS. PERCENTUAL.
REDUÇÃO. POSSIBILIDADE. O regime jurídico estatutário, que disciplina o vínculo entre o servidor público e a Administração, não tem natureza
contratual, em razão do que inexiste direito a inalterabilidade do regime remuneratório. Em tema de regime remuneratório do funcionalismo
público, descabe a invocação aos princípios constitucionais do direito adquirido e da irredutibilidade dos vencimentos quando, a despeito da
redução do percentual numérico de gratificação, os novos critérios impostos acarretam efetivo acréscimo remuneratório. A superveniência da Lei
nº 8.237/91, que introduziu novos critérios de remuneração dos militares ativos e inativos, ainda que reduzindo os percentuais das gratificações
e indenizações, teve por escopo prestigiar e valorizar o soldo básico, base sobre a qual incidem os cálculos de todas as demais vantagens
salariais, restando por conceder sensível elevação no valor final dos vencimentos. Recurso especial conhecido e provido." (RESP 447786 /
RS)"ADMINISTRATIVO - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - POLICIAL MILITAR - NOVO REGIME REMUNERATÓRIO
- ABONOS, GRATIFICAÇÕES E REPRESENTAÇÃO - INCORPORAÇÃO AO SOLDO - ART. 4º, § 2º, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 94/2001 -
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS OBSERVADA - AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.1 - A Reforma do Sistema Remuneratório
da Polícia Militar do Estado do Acre, promovida pela Lei Complementar nº 94/2001, estabelecendo subsídio fixado em parcela única, respeitou
devidamente o princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos, porquanto não houve redução da remuneração. Ademais, não há direito
adquirido a regime jurídico. Ausência de liquidez e certeza a amparar a pretensão. 2 - Precedentes (ROMS nºs 15.431/MT e 12.280/SC). 3 -
Recurso conhecido, porém, desprovido." (ROMS 14800 / AC ) "RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
POLICIAL MILITAR ESTADUAL. GRATIFICAÇÕES E ABONOS. SUPRESSÃO. NOVO REGIME REMUNERATÓRIO. LEI COMPLEMENTAR
94/2001. INCORPORAÇÕES. REDUÇÃO VENCIMENTAL INDEMONSTRADA. AUSÊNCIA DE DIREITO A REGIME JURÍDICO. O servidor não
tem direito adquirido a regime jurídico de composição de vencimentos, sendo-lhe garantido o quantum remuneratório. A modificação do novo
regime remuneratório dos respectivos servidores, por meio da Lei Complementar citada, em nada afrontou qualquer direito, muito menos líquido
e certo do impetrante, uma vez que as mencionadas gratificações foram incorporadas ao valor do soldo dos militares. Não houve demonstração
de redução vencimental. Precedentes. Recurso desprovido." (ROMS 15576/AC) Neste sentido, também o entendimento no Supremo Tribunal
Federal:"DIREITO CONSTITUCIONAL, PREVIDENCIÁRIO E ADMINISTRATIVO. MILITAR DA RESERVA REMUNERADA DA AERONÁUTICA.
PROVENTOS. QUOTA COMPULSÓRIA. TRANSFERÊNCIA A PEDIDO. INDENIZAÇÕES DE HABILITAÇÃO MILITAR E DE COMPENSAÇÃO
ORGÂNICA E ADICIONAL DE INATIVIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. IRREDUTIBILIDADE DE PROVENTOS. 1. Havendo o autor, no posto de
Tenente Coronel Aviador, com 26 anos de serviço militar, requerido sua inclusão na quota compulsória de passagem para a Reserva remunerada
da Aeronáutica - inclusão voluntária, portanto, e não "ex-officio" -, não faz jus a proventos integrais, mas, sim, proporcionais. 2. Interpretação
dos artigos 5º, III, 56, 98, V, 96, II, 97, § 1º, 98, V, 101, I, II, da Lei nº 6.880, 9.12.1980. 3. Quanto às indenizações de habilitação militar, de
compensação orgânica, e adicional de inatividade, é de se observar a Lei nº 8.237, de 30.9.1991, como decidiu o acórdão recorrido, que não ofende
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os princípios constitucionais do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos, soldos e proventos, porque não há direito adquirido a regime
jurídico (percentuais de vantagens), nem se verifica redução dos valores percebidos anteriormente. Precedente: RTJ 99/1267. 4. Mandado de
Segurança indeferido pelo S.T.J. 5. Recurso Ordinário improvido pelo S.T.F". (RMS 21789 / DF)."POLICIA MILITAR. LEI QUE ALTEROU A TABELA
DE ESCALONAMENTO VERTICAL DO SOLDO. LEGITIMIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CONHECIDO E PROVIDO." (RE 84472/ ES) A Lei Complementar Estadual nº 59/2004 deu novo tratamento à política remuneratória da Polícia
e Militar de Pernambuco, desvinculando as gratificações e adicionais do soldo. Na mesma ocasião, ao tempo em que as gratificações foram
consolidadas nos valores nominais até então pagos, o soldo sofreu um reajuste positivo, não tendo havido redução, mas, ao contrário, verificou-se
efetivo aumento remuneratório. Tenho, pois, não haver direito adquirido a uma determinada fórmula de composição da remuneração do servidor,
ainda que se tenha perfeito o ato de sua aposentação. De mais a mais, a prevalecer o entendimento dos autores, inevitável a distorção, a não
ser que fosse possível adotar um formato em particular para a composição da remuneração de cada um dos servidores públicos, o que não
se discute, desembocaria no caos. Não há direito adquirido do servidor público a regime jurídico, podendo a Administração adotar nova forma
da composição da remuneração desde que não acarrete decesso no valor pago. Daí a conclusão de que não há inconstitucionalidade a ser
reparada no seio da Lei Complementar 59/2004. Deixo de considerar os demais argumentos das partes nos autos, pois desnecessários para
afastar a autoridade desta sentença, conforme art. 489, § 1º, IV do CPC. ISTO POSTO, pelas razões expendidas e por tudo que contém os autos,
e com apoio no direito aplicável à espécie, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, extinguindo o feito com resolução de mérito,
nos termos do art. 487, I, do CPC. Condeno os autores ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais no valor de R$1.000,00 (um mil
reais), nos termos do art. 85, §8º, do CPC, suspensa a exigibilidade por serem beneficiários da justiça gratuita, enquanto perdurar a situação
de pobreza (artigo. 98, §2º e §3º, do CPC). Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquive-se.Recife, 24 de setembro
de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito 2
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19/09/2011 A parte autora ajuizou a presente ação objetivando provimento jurisdicional para retificar edital de concurso público, nos termos já
relatados. Com base, entretanto, na conclusão do certame, inclusive passados mais de 08 (oito) anos da interposição da demanda, esvaziaram-
se todos os pedidos autorais. É de se considerar ainda que, como a tutela jurisdicional não pode ser outorgada sem uma necessidade, e como
o interesse processual surge da necessidade de obter proteção a interesse substancial, diante do quadro supra, a parte autora passou a ser,
supervenientemente, carecedora de interesse processual para a presente ação, uma vez que não mais subsiste o pleito formulado na inicial.
POSTO ISSO, reconheço a superveniente falta de interesse processual de agir do autor e dou este processo por extinto, sem resolução do mérito
(art. 485, VI do Código de Processo Civil). Custas satisfeitas, deixo de condenar em honorários de sucumbência, eis que nenhuma das partes
deu causa, diretamente, à perda superveniente do interesse processual. P.R.I. Recife, 24 de setembro de 2018.Milena Flores Ferraz CintraJuíza
de DireitoPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR
RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana BezerraFone: (81)3181-05642
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assegurada ao servidor militar a estabilidade financeira, quanto a gratificação ou comissão percebida a qualquer título por mais cinco anos
ininterruptos ou sete intercalados, facultada a opção de incorporar a de maior tempo exercido, ou a última de valor superior quando esta for
atribuída por prazo não inferior a doze meses vedada a sua acumulação ou qualquer outra de igual finalidade. Várias alterações legislativas
modificaram a forma e a composição dos vencimentos e gratificações atribuídas aos policiais militares do Estado de Pernambuco. Com a evolução
legislativa, a então denominada estabilidade financeira foi regulamentada pelo art. 1º, da Lei nº 10.798/92, que tinha a seguinte redação: Art. 1º.
Ao servidor público civil e militar do Estado que, a partir da vigência da presente Lei, vier a completar o período de 05 (cinco) anos ininterruptos
ou 07 (sete) intercalados de percepção de gratificação de representação ou de função, pelo exercício nos órgãos da administração direta,
autárquica e fundacional e dos diversos Poderes do Estado, de cargo de provimento em comissão ou função gratificada de direção, chefia,
assessoramento ou apoio, e assegurado o direito de, quando deles afastado por exoneração, dispensa ou aposentadoria, continuar a receber
vantagem financeira percebida por maior lapso de tempo, naquele período, a título de adicional. Posteriormente, em virtude de nova alteração
legislativa, os requisitos para aquisição da vantagem financeira previstos na Lei nº 10.798/92 foram modificados pelo art. 9º, da Lei nº 10.930/93,
cuja redação era a seguinte: Art. 9º. O servidor público civil e militar do Estado que, a partir da vigência da presente Lei, vier a completar o período
de cinco anos ininterruptos ou sete anos intercalados de percepção da gratificação de representação ou função, pelo exercício, nos órgãos da
administração direta, autárquica ou fundacional de qualquer dos Poderes do Estado, de cargo em comissão ou função gratificada de direção,
chefia, assessoramento ou apoio, poderá, ao se aposentar, incorporar a gratificação de representação ou de função percebida por maior lapso de
tempo, naquele período.§1º. É facultada a opção pela última gratificação de representação ou de função exercida, quando esta for percebida por
prazo não inferior a 12 meses, consecutivos.§2º. É vedada a incorporação, aos proventos da inatividade, de qualquer outra gratificação de igual
tipo, nomenclatura ou fundamento à estabelecida neste artigo, facultada a opção. Novamente, a legislação que disciplina a matéria sob exame
foi alterada através da Lei Complementar Estadual nº 16/96 que fixou o prazo de 28/02/1996 para a incorporação das vantagens percebidas
pelo servidor durante os vinte e quatro meses consecutivos anteriores à aposentadoria (art. 9º), assim como extinguiu o instituto da estabilidade
financeira, decorridos cento e oitenta dias contados de sua edição (art. 10). De se ressaltar, ainda, o entendimento das Cortes Superiores de que
não há direito adquirido do servidor público a regime jurídico, no caso, ao regramento que impõe forma de cálculo dos seus proventos, desde que
tal alteração não gere redução no valor global dos vencimentos. Para ilustrar tal entendimento, reproduzimos a decisão proferida pela 2ª Turma
do Supremo Tribunal Federal: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAIS MILITARES. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL.
REDUÇÃO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. INOCORRÊNCIA. O entendimento neste Tribunal é pacífico
no sentido de que inexiste direito adquirido a regime jurídico. Sendo assim, o Supremo tem admitido diminuição ou mesmo supressão de
gratificações ou outras parcelas remuneratórias desde que preservado o montante nominal da soma dessas parcelas, ou seja, da remuneração
global. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento (STF, 2ª Turma, AI - AgR 555262/ PR, Rel. Min. EROS GRAU, unânime,
DJU 20.04.2006). Portanto, não se admitindo direito adquirido à imutabilidade de regime jurídico, tanto o Poder Constituinte originário como o
derivado podem o alterar livremente, respeitados, neste último caso, apenas os efeitos válidos já consumados sob a ordem jurídica anterior.
Compulsando os autos, observo que não há provas de que os autores tenham percebido a Gratificação de Localização Especial (GLE), não
tendo observado seu ônus probatório a teor do disposto no art. 373, do CPC. Decerto, teriam os demandantes que fazer prova de que receberam
a gratificação objeto da lide por mais de cinco anos ininterruptos ou sete anos intercalados, para fazer jus à estabilidade financeira sob os
auspícios da Lei 10.426/90, isto até o advento da Lei Complementar estadual nº 16/96, o que não foi feito, contudo. Ante o exposto atenta
a tudo que mais dos autos consta e aos princípios de Direito aplicáveis à espécie JULGO IMPROCEDENTE o pleito inicial, com arrimo no
art. 487, I, do novo Código de Processo Civil, revogando a decisão antecipatória exarada nestes autos (fls. 47/48). Sucumbentes, devem os
autores arcar com o pagamento dos honorários advocatícios, os quais fixo em R$ 1.000,00, por força do art. 85 do CPC. Por fim, ressalvo
que a condenação imposta aos vencidos ficará sob condição suspensiva de exigibilidade, somente podendo ser executada se, nos 5 (cinco)
anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que
justificou a concessão de gratuidade (§3º, do art. 98, do NCPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cientifique-se o MP. Após o trânsito em
julgado desta decisão, arquivem-se os autos. Recife, 21 de setembro de 2018. Patrícia Xavier de Figueirêdo Lima JUÍZA DE DIREITO1 "Nas
relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado,
a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação. (Corte Especial, DJ 02/07/1993).
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com sua inscrição estadual suspensa em razão de várias irregularidades (fls. 156/192). Instadas à produção de outros meios de prova, as partes
pugnaram pelo julgamento antecipado da lide (fls. 195 e 197) Relatei e decido: O feito comporta o julgamento antecipado, sendo desnecessária
dilação probatória em Juízo, nos termos do art. 355, I, do NCPC. Antes de ingressar no mérito da demanda, analiso a preliminar de ausência
de interesse processual arguida na contestação, que, a toda evidência não merece prosperar. Isso porque, ainda que o réu não tenha editado
qualquer norma interna incorporando o protocolo ICMS n° 21/2011, é certo que a presente ação veicula pretensão cominatória negativa, no sentido
de evitar os efeitos negativos que tal ajuste, do qual é signatário o Estado de Pernambuco, podem vir a lhe alcançar. Resta claro, portanto, o
interesse processual do autor. Assim, rejeito a preliminar suscitada. Passando ao mérito, trata-se de ação ordinária na qual o requerente, pessoa
jurídica contribuinte de ICMS, alega a inconstitucionalidade do Protocolo do ICMS n° 21/2011 do CONFAZ, no qual se autoriza que os Estados
aderentes cobrem o referido imposto sobre mercadorias adquiridas de forma não presencial - virtual - no estado de origem por consumidores
não contribuintes do tributo em outro Estado da Federação. Afirma o autor que a incidência da alíquota interestadual na citada operação de
transferência de mercadorias vai de encontro à disciplina constitucional sobre a matéria. Dessa forma, busca-se na presente demanda o direito
ao não recolhimento da alíquota adicional de ICMS estabelecida com base na Portaria nº 21/2011 nas vendas realizadas de forma não presencial
(internet e televendas) a consumidores finais não contribuintes do referido tributo. Com efeito, o ponto central da lide consiste em analisar se é
possível a incidência do diferencial de alíquota de ICMS sobre mercadorias adquiridas em outras unidades da Federação em vendas realizadas
de forma não presencial e destinadas a consumidor final não contribuinte do ICMS, na forma estabelecida pela Portaria nº 21/2011. Pois bem, da
leitura do mencionado Protocolo, verifica-se que houve a alteração do regime de tributação nas vendas realizadas via internet e televendas, de
forma que os Estados e o Distrito Federal (signatários do Protocolo) passam a dividir o ICMS, que, antes, era recolhido nas unidades da Federação
de origem das mercadorias. Impende destacar os dispositivos constitucionais no tocante ao ICMS, mormente, o artigo 155, § 2º, inciso VII, alínea
"b", in verbis:"Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:(...)VII - em relação às operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:(...)b) a alíquota interna, quando o destinatário não for
contribuinte dele;" (Destacou-se) A bem da verdade, da leitura do dispositivo supra, percebe-se que a Constituição Federal tratou da matéria
constante no impugnado Protocolo. Desta feita, resta que a exigência da alíquota interestadual nas operações de venda não presencial, por ter
sido veiculada por meio de Protocolo ICMS, apresenta-se arbitrária e inconstitucional, pois não podem tais Entes Federativos criar nova hipótese
de incidência para aumentar sua arrecadação, mudando-se a competência tributária dos Estados, sem amparo constitucional. O Protocolo em
questão dispôs em sentido diverso do arcabouço constitucional então vigente à época de sua edição, o que atenta frontalmente contra o princípio
da segurança jurídica. Acresça-se que entender em sentido diverso é o mesmo que ignorar o princípio da hierarquia das normas, para se conferir
a supremacia de um Protocolo em relação à norma prevista no §3º, do art. 134, da Lei Complementar nº 87/96, como também frente ao art.
155, item VII, alínea b, da Carta Magna. Tanto isso é verdade que o Supremo Tribunal Federal quando do julgamento das Ações Diretas de
Inconstitucionalidade nº 4.628 e nº 4.713/DF, declarou a inconstitucionalidade do Protocolo CONFAZ nº 21/2011 sob o argumento de que a
Constituição Federal determinou claramente como critério de cobrança pelo Estado de origem das mercadorias, sendo ilegítima a mudança
da cobrança para o Estado de destino através de Protocolo do CONFAZ. O e. TJPE já teve oportunidade de apreciar processos com matéria
similar ao que ora se apresenta, ratificando o entendimento ora esposado:REEXAME NECESSÁRIO. ICMS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS.
DESTINATÁRIOS NÃO CONTRIBUINTES DO IMPOSTO. PROTOCOLO Nº 21/2011. INCONSTITUCIONALIDADE. REEXAME NECESSÁRIO
IMPROVIDO. 1. A solução da controvérsia consiste em definir se é, ou não, legítima a previsão contida no Protocolo ICMS nº 21/2011 relativamente
à cobrança de ICMS pelo Estado de destino nas operações interestaduais, na hipótese em que o destinatário (caracterizado como consumidor
final) adquire a mercadoria de forma não presencial (isto é, por meio de internet, telemarketing ou showroom). 2. No que tange ao regime de
incidência de ICMS em operações interestaduais, é certo que a Constituição Federal (art. 155, §2º, VII e VIII) estabeleceu que: 1) nas operações
interestaduais em que o adquirente não for contribuinte do imposto, o recolhimento do ICMS será realizado unicamente em favor do Estado
de origem da mercadoria/serviço, aplicando-se sobre a operação a sua alíquota interna (maior); e 2) nas operações interestaduais em que o
adquirente for contribuinte do imposto, haverá uma divisão das receitas tributárias, de modo que será aplicada a alíquota interestadual (menor)
em favor do Estado de origem da mercadoria/serviço e caberá ao Estado de destino da mercadoria/serviço a diferença entre a sua alíquota interna
(maior) e a alíquota interestadual (menor). 3. Nesse cenário, tem-se que o Protocolo ICMS nº 21/2011 colide frontalmente com a sistemática
prevista no art. 155, §2º, VII e VIII, CF, ao determinar que, nas operações interestaduais em que o destinatário figurar como consumidor final e
adquirir mercadorias de forma não presencial (por meio de internet, telemarketing ou showroom), será devido ao Estado de destino uma parcela do
ICMS incidente sobre tal operação. 4. Com efeito, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do Protocolo ICMS nº 21/2011 no
julgamento da ADI 4628/DF, na qual firmou o entendimento de que não se pode admitir que os Estados-membros editem atos normativos, de forma
isolada ou em conjunto com outros Estados, que violem a estrutura jurídica que o legislador constituinte quis emprestar ao ICMS, procedendo de
maneira unilateral aos ajustes que entenderem necessários para a consecução de seus próprios interesses econômicos. 5. Além disso, no plano
formal, verifica-se que o Protocolo ICMS nº 21/2011, além de extrapolar indevidamente os limites constitucionais acerca da incidência de ICMS
em operações interestaduais, tratou de matéria cuja competência não lhe foi atribuída pelo ordenamento jurídico pátrio. 6. De fato, no julgamento
da ADI 4628/DF, o Supremo Tribunal Federal demonstrou que os Protocolos são atos normativos destinados a tratar sobre matérias de cunho
administrativo, de modo que, de maneira geral, regulamentam a prestação de assistência mútua entre entes federados no campo de fiscalização
de tributos e permuta de informações, nos termos do art. 199 do CTN. 7. Nesse sentido, após examinar o art. 38 do Regimento Interno do CONFAZ
(Convênio nº 138/1997), que dispõe sobre a edição de Protocolos no âmbito do ICMS, a Corte Suprema concluiu que a alteração dos critérios
de repartição, entre os Estados, das receitas de ICMS incidentes sobre operações interestaduais não pode ser veiculada por meio de Protocolo,
mas tão somente por meio de promulgação de emenda constitucional. 8. Na sequência, observa-se que o Supremo Tribunal Federal constatou
ainda que o Protocolo ICMS nº 21/2011, ao determinar que o estabelecimento remetente é o responsável pela retenção e pelo recolhimento de
ICMS em favor da unidade federada destinatária, vulnera a exigência de lei em sentido formal (art. 150, §7º, CF) para instituir nova modalidade de
substituição tributária. 9. Por fim, a Corte Suprema rechaçou igualmente a prática de apreensão de mercadorias quando do ingresso no território
de alguns dos Estados subscritores, nas hipóteses em que constatado o não recolhimento do ICMS segundo os parâmetros estabelecidos pelo
Protocolo ICMS nº 21/2011, posto que tal prática tal prática viola, a um só tempo, os incisos IV e V do art. 150 da CF. 10. Irretocável, portanto,
a sentença vergastada. 11. Reexame necessário improvido, à unanimidade. (Remessa Necessária 416756-20038412-66.2011.8.17.0001, Rel.
Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello, 2ª Câmara de Direito Público, julgado em 28/01/2016, DJe 16/02/2016)CONSTITUCIONAL E
TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS E PROTOCOLO Nº 21/2011. MERCADORIAS E BENS ADQUIRIDOS DE FORMA NÃO
PRESENCIAL. CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DA AUTORIDADE
COATORA. REJEITADA. PRELIMINAR DE IMPETRAÇÃO CONTRA LEI EM TESE. REJEITADA. ALÍQUOTA INTERESTADUAL. INCIDÊNCIA
NO ESTADO DE ORIGEM E DE DESTINO. INAPLICABILIDADE DO PROTOCOLO. VIOLAÇÃO AO TEXTO CONSTITUCIONAL. CONCESSÃO
PARCIAL DA SEGURANÇA POR UNANIMIDADE. (...) VOTO MÉRITO. À Constituição Federal cumpre a atribuição de competência tributária às
pessoas jurídicas de Direito Público, tal incumbência vem disposta em seus arts. 153 a 156. Destaco que, por competência tributária entende-se
a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária,
de forma que ao ente instituidor só é dado agir dentro dos limites estabelecidos pelo Texto Constitucional. - Quanto ao Imposto sobre operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação - ICMS,
a Constituição Federal traz regra específica quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em
outro Estado, pela qual se determina que seja adotada a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte de ICMS, ver art. 155, § 2º,
VII, alíneas "a" e "b", VIII, da CF/88. - Pois bem. Enquanto a regra constitucional determina o recolhimento do ICMS para o Estado de origem, o
protocolo ora reclamado estabelece, além do recolhimento do tributo no Estado de origem, a exigência do imposto para o Estado destinatário da
mercadoria ou bem. Desse modo, o Protocolo nº 21/2011, ao tratar da repartição do ICMS entre os Estados de origem e de destino, em relação
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a operações interestaduais de venda de mercadoria ou bem destinadas a consumidores não contribuintes do imposto, vai de encontro às regras
trazidas no artigo 155, § 2º, VII, b da Constituição, acima transcrito. - Vejamos a redação do Protocolo: Cláusula primeira: Acordam as unidades
federadas signatárias deste protocolo a exigir, nos termos nele previstos, a favor da unidade federada de destino da mercadoria ou bem, a parcela
do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação - ICMS - devida na operação interestadual em que o consumidor final adquire mercadoria ou bem de forma não presencial por
meio de internet, telemarketing ou showroom. Parágrafo único. A exigência do imposto pela unidade federada destinatária da mercadoria ou bem,
aplica-se, inclusive, nas operações procedentes de unidades da Federação não signatárias deste protocolo. Cláusula segunda: Nas operações
interestaduais entre as unidades federadas signatárias deste protocolo o estabelecimento remetente, na condição de substituto tributário, será
responsável pela retenção e recolhimento do ICMS, em favor da unidade federada de destino, relativo à parcela de que trata a cláusula primeira.
Cláusula terceira: A parcela do imposto devido à unidade federada destinatária será obtida pela aplicação da sua alíquota interna, sobre o valor
da respectiva operação, deduzindo-se o valor equivalente aos seguintes percentuais aplicados sobre a base de cálculo utilizada para cobrança
do imposto devido na origem: I - 7% (sete por cento) para as mercadorias ou bens oriundos das Regiões Sul e Sudeste, exceto do Estado do
Espírito Santo; II - 12% (doze por cento) para as mercadorias ou bens procedentes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Estado do
Espírito Santo. Parágrafo único. O ICMS devido à unidade federada de origem da mercadoria ou bem, relativo à obrigação própria do remetente,
é calculado com a utilização da alíquota interestadual. - Conforme se depreende, o protocolo trouxe nova forma de repartição do imposto entre
os Estados da Federação, a despeito da existência de regra constitucional dispondo sobre a matéria. A uma, porque prevê o recolhimento do
imposto tanto no Estado de origem, como no Estado de destino, em que pese o Texto Constitucional ser explícito ao determinar o recolhimento
tão somente no Estado de origem, quando o destinatário for consumidor final, independente do tipo de operação, se presencial, ou não presencial
(internet, telemarketing e showroom). Dessa forma, a aplicação do Protocolo ocasiona a tributação de uma mesma causa jurídica, duas vezes, por
entes tributantes diversos, o que enseja a ocorrência do fenômeno da bitributação, o que é vedado pela CF/88. A duas, porque adota a alíquota
interestadual nas operações não presenciais para consumidores finais, quando a Constituição determina a alíquota interna para este tipo de
venda. - Ocorre que, a pretexto de reduzir desigualdades sociais, bem como de adequar a Constituição Federal à atual realidade, que deslocou as
operações comerciais com consumidor final, não contribuintes de ICMS, para vertente diversa daquela que ocorria predominantemente quando
da promulgação da CF/88, não é dado ao ente tributante alterar a sistemática estabelecida no texto Constitucional. - Diante do conflito de
normas entre a Constituição Federal e um Protocolo ICMS, deve prevalecer o preceito constitucional. Dessa forma, a cobrança do ICMS nas
operações interestaduais efetuadas pela internet, telemarketing ou showroom e destinadas a consumidores finais deve ser feita com base nas
regras constitucionais e não com base no Protocolo ICMS nº 21/2011. Nesse sentido ver TJPE - Grupo de Câmaras de Direito Público. Mandado
de Segurança nº 0242754-7. Relator: Des. Alfredo Sérgio Magalhães Jambo. Data de Julgamento: 29/01/2013. - Por fim, assevero que à ação
mandamental em tela não pode ser conferido o alcance desejado pelo impetrante, de modo que a segurança há de ser concedida para fins de
suspensão imediata da exigibilidade do ICMS, na modalidade prevista no Protocolo ICMS nº 21/2011 do CONFAZ. Leis posteriores, que porventura
ratifiquem ou reproduzam os termos do Protocolo em questão, hão de ser objeto de ação própria. - Com essas considerações, CONCEDO
PARCIALMENTE A SEGURANÇA, a fim de que a autoridade impetrada suspenda a imediata exigibilidade do ICMS, na modalidade prevista pelo
Protocolo ICMS nº 21/2011 do CONFAZ, para fins de se abster de exigir o ICMS diferencial de alíquota nas operações interestaduais de venda
não presenciais, destinadas a consumidores não contribuintes de ICMS, bem como que se abstenha de proceder à apreensão de mercadorias
do impetrante. - Unanimemente, concedeu-se parcialmente a segurança, tudo nos termos do voto do Des. Relator. (Mandado de Segurança
242523-20007659-32.2011.8.17.0000, Rel. Antenor Cardoso Soares Junior, Grupo de Câmaras de Direito Público, julgado em 18/06/2014, DJe
17/07/2014) Por fim, é preciso destacar que, tão somente com o advento da Emenda Constitucional nº 87/2015, a Constituição passou a admitir
a incidência da alíquota interestadual sobre operações de venda de mercadorias destinadas ao consumidor final localizado em outro Estado da
Federação. Todavia, considerando que o ordenamento pátrio não acolhe a figura da constitucionalidade superveniente, as situações anteriores à
referida emenda deverão ser regidas conforme o regramento constitucional anterior. Isto Posto, julgo procedente o pedido inicial, para reconhecer
o direito do autor ao não recolhimento da alíquota adicional de ICMS com base na Portaria CONFAZ n° 21/2011 nas vendas realizadas de forma
não presencial (internet e televendas) a consumidores finais não contribuintes do referido tributo, extinguindo o feito com resolução do mérito, a
teor do disposto no art. 487, II, do CPC/15. Condeno o réu no pagamento dos honorários advocatícios, que fixo em R$5.000,00 (cinco mil reais),
considerando o trabalho desenvolvido e a importância da causa. Isento o Estado do pagamento das custas processuais. Publique-se. Registre-se.
Intimem-se. Sentença sujeita ao reexame necessário, nos termos do art. 496, inciso I, do novo Código de Processo Civil.Publique-se. Registre-
se. Intimem-se.Recife/PE, 12 de setembro de 2018.Claudio da Cunha CavalcantiJuiz de Direito Substituto
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano
- AV. Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0002279-25.2011.8.17.0001
SENTENÇAEMENTA: ADMINISTRATIVO. REVISÃO DE APOSENTADORIA. PROMOÇÃO AO GRAU HIERÁRQUICO SUPERIOR AO ÚLTIMO
QUE EXERCIA NA ATIVA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE NO ATO DA ADMINISTRAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. EXTINÇÃO
DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Vistos, etc. MAURILO JOSÉ CHAPRÃO, SEVERINO PEDRO DOS SANTOS, GILVAN
RODRIGUES DA SILVA e ANTÔNIO JOSÉ DOS SANTOS, devidamente qualificados na inicial de fls. 08, através de advogadas habilitadas,
propuseram a presente Ação de Obrigação de Fazer com pedido de tutela antecipada contra o ESTADO DE PERNAMBUCO, objetivando,
em suma, a implantação em suas aposentadorias do valor do soldo correspondente ao grau hierárquico superior ao último que exerceram na
ativa, bem como o pagamento da diferença atrasada, na forma fixada pelas Leis Estaduais nº 10.426/1990 e nº 6.783/1974. Em sua inicial,
os autores aduzem, em breve síntese, que foram reformados da PM por incapacidade definitiva, porém, seus proventos não foram calculados
acrescentando-se a promoção ao grau hierárquico imediato ao que possuíam na ativa, direito garantido pelas Leis Estaduais nº 10.426/1990
e nº 6.783/1974. Pugnam pelo deferimento do benefício da justiça gratuita. Atribuíram à causa o valor de R$100,00 (cem reais). Juntaram os
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documentos de fls. 09/31. Citado, o Estado de Pernambuco apresentou contestação às fls. 36/42, alegando, no mérito, que a pretensão dos
autores é juridicamente impossível, uma vez que foram promovidos a uma graduação superior na ocasião de suas reformas, inexistindo direito
à dupla promoção, ressaltando o enunciado da súmula 51 do STF. Requer, ao final, o julgamento improcedente dos pedidos. Intimados, os
autores não apresentaram réplica à contestação (certidão de decurso de prazo às fls. 47). Em parecer de fls. 48/52, o Ministério Público opina
pela improcedência do pedido. Vieram-me os autos conclusos. RELATADOS. PASSO A DECIDIR. Mantenho os auspícios da justiça gratuita
anteriormente deferidos. Importante destacar que, por não haver qualquer pronunciamento das partes acerca do interesse de produção de
mais provas e, tratando-se de matéria eminentemente de direito, entendo que há, nos autos, provas documentais suficientes para comprovar
o alegado, tipificando uma das hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido, conforme os termos do art. 355, inciso I
do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015): "Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de
mérito, quando:I - não houver necessidade de produção de outras provas;" Não havendo preliminar ou prejudicial de mérito, passo a análise
do pedido em si. Cuida-se de ação objetivando revisar ato de aposentadoria dos autores, com a implantação em suas aposentadorias do valor
do soldo correspondente ao grau hierárquico superior ao último que exerceram na ativa, bem como o pagamento da diferença atrasada, na
forma fixada pelas Leis Estaduais nº 10.426/1990, nº 6.783/1974 e da LCE nº 59/2004, em virtude de terem sido reformados por incapacidade
física definitiva. Feito ajuizado em 17/01/2011, observando-se a prescrição quinquenal, possibilita rever os atos de aposentadoria de todos os
autores, mas somente pode condenar o réu no pagamento da diferença atrasada no período retroativo há cinco anos, ou seja, até a data de
17/01/2006, período em que já se encontra em vigor a LCE nº 59/2004, que assim regulamentou a matéria em seu art. 21:"Art. 21 Fica assegurada
aos militares da ativa, quando de sua passagem à reserva remunerada ou reforma, a percepção da remuneração correspondente ao posto ou
graduação imediatamente superior ao que ocupava em atividade, a título de promoção. § 1º Aos militares que sejam transferidos à inatividade
no exercício do último posto da hierarquia das corporações militares, fica assegurada a percepção de R$ 1.225,00 (hum mil, duzentos e vinte
e cinco reais), a título de Parcela de Complementação Compensatória, a qual comporá a base de cálculo para gratificação adicional de tempo
de serviço e para o adicional de inatividade dos que possuem direito adquirido à sua percepção. § 2º Aos militares que, até a data da presente
Lei, tenham sido reformados ou transferidos para a reserva remunerada no mesmo posto ou graduação que ocupavam em atividade, aplica-
se o disposto neste artigo, com reflexos financeiros contados a partir da publicação desta Lei." O dispositivo legal supra transcrito estendeu a
todos os Policiais Militares reformados por incapacidade física permanente o bônus da percepção da remuneração correspondente à graduação
imediatamente superior ao que ocupava em atividade, independentemente da relação de causa de efeito da enfermidade com o exercício da
atividade castrense. Entretanto, deixo de conhecer os pedidos de revisão do ato de reforma sob a vigência das Leis Estaduais nº 10.426/1990
e nº 6.783/1974, posto que tais diplomas legais exigem a relação de causa e efeito da enfermidade incapacitante com o exercício da atividade
policial, fato que não restou comprovado nos autos. O único documento apresentado pelos autores que trata da matéria em comento - atos de
reforma - apenas informam a ocorrência da aposentadoria por incapacidade física definitiva, silenciando-se no tocante à relação de causa e efeito
da enfermidade com o serviço ativo. Passo a analisar a situação de cada autor individualmente. O autor MAURILO JOSÉ CHAPRÃO era Cabo
quando em atividade (fls. 14) e à época da distribuição do feito ostentava a patente de Terceiro Sargento (fls. 10). SEVERINO PEDROS DOS
SANTOS era Terceiro Sargento quando em atividade (fls. 18) e à época da distribuição do feito ostentava a patente de Segundo Sargento (fls. 17).
GILVAN RODRIGUES DA SILVA era Soldado quando em atividade (fls. 24) e à época da distribuição do feito ostentava a patente de Cabo (fls.
23). ANTÔNIO JOSÉ DOS SANTOS era Soldado quando em atividade e à época da distribuição do feito ostentava a patente de Cabo (fls. 31).
Assim, conclui-se que, quando da passagem dos autores para a reserva, eles passaram à graduação imediatamente superior ao que possuíam
na ativa, sendo concedido, portanto, corretamente os seus direitos à promoção, não merecendo guarida a pretensão buscada nesta ação. ISTO
POSTO, por tudo que contém os autos, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos
artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Condeno os autores ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no valor
de R$1.000,00 (um mil reais), nos termos do art. 85, §8º, c/c art. 98, §2º e §3º, do CPC. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após o trânsito em
julgado, arquivem-se com as cautelas devidas.Recife, 19 de setembro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito 3
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a esta Central de Agilização Processual oriundos da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Era o que havia a relatar. DECIDO. Ausentes
questões preliminares, passo diretamente à análise do mérito. Trata-se de ação em que se discute a legalidade do repasse do PIS e da COFINS,
destacados nas faturas mensais de energia elétrica. Pois bem. Sobre o assunto, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, por ocasião
do julgamento do Recurso Especial nº 1.185.070/RS, submetido ao regime do artigo 543-C do Código de Processo Civil (Recursos Repetitivos) -
Tema nº 428, pacificou o entendimento no sentido de considerar legítimo o repasse do PIS e da COFINS nas faturas de energia elétrica. Oportuna
a sua transcrição:ADMINISTRATIVO. SERVIÇO PÚBLICO CONCEDIDO. ENERGIA ELÉTRICA. TARIFA. REPASSE DAS CONTRIBUIÇÕES
DO PIS E DA COFINS. LEGITIMIDADE. 1. É legítimo o repasse às tarifas de energia elétrica do valor correspondente ao pagamento da
Contribuição de Integração Social - PIS e da Contribuição para financiamento da Seguridade Social - COFINS devido pela concessionária. 2.
Recurso Especial improvido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.(STJ, Relator: Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, Data de Julgamento: 22/09/2010, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO). O mesmo posicionamento já tinha sido tomado, inclusive, pelo STF,
que sumulou o tema no seguinte verbete:Súmula 659, STF: É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre as operações
relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Analisando caso semelhante,
o TJPE igualmente reconheceu a legalidade da cobrança, em julgado que ora trago: RECURSO DE APELAÇÃO. DIREITO ADMINISTRATIVO E
TRIBUTÁRIO. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO - CELPE. ENERGIA ELÉTRICA. REPASSE DAS CONTRIBUIÇÕES DO PIS E DA
COFINS. LEGITIMIDADE. MATÉRIA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ. RECURSO DE APELAÇÃO DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
1. A presente discussão reside na legalidade, ou não, do repasse econômico do PIS e da COFINS para as faturas de energia elétrica do município
consumidor, ora Apelante. 2. O presente caso é normatizado pela legislação própria da concessão de serviço público e da correspondente
política tarifária. A legislação aplicável à política tarifária da concessão do serviço público é a Lei nº 8.987/95, e compete à Lei nº 9.427/96,
por sua vez, dispor sobre a organização dos serviços de energia elétrica. 3. A Lei nº 8.987/95 estabelece em seu artigo 9º: "A tarifa do serviço
público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras e revisão previstas nesta Lei, no edital
e no contrato. (...)§ 2º: Os contratos poderão prever mecanismos de revisão de tarifas, a fim de manter o equilíbrio econômico-financeiro. §3º
Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da
proposta, quando comprovado seu impacto, implicará na revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso."4. Diante da adoção da
política tarifária fundada no custo do serviço, e considerando que o PIS e a COFINS compõem as despesas operacionais da atividade empresarial,
resta legítimo o repasse dos referidos tributos aos consumidores, sob pena de se inviabilizar as atividades da concessionária, que teria que arcar
com a exação, sem considerá-la para o cálculo do serviço prestado ao usuário. 5. O Superior Tribunal de Justiça já pacificou entendimento,
no julgamento do Recurso Especial Representativo de Controvérsia nº 1.185.070/RS no sentido de é legítimo o repasse às tarifas de energia
elétrica das contribuições do PIS e COFINS: ADMINISTRATIVO. SERVIÇO PÚBLICO CONCEDIDO. ENERGIA ELÉTRICA. TARIFA. REPASSE
DAS CONTRIBUIÇÕES DO PIS E DA COFINS. LEGITIMIDADE. 1. É legítimo o repasse às tarifas de energia elétrica do valor correspondente
ao pagamento da Contribuição de Integração Social - PIS e da Contribuição para financiamento da Seguridade Social - COFINS devido pela
concessionária. 2. Recurso Especial improvido. Acórdão sujeito ao regime do art.543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08. (REsp 1185070/
RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/09/2010, DJe 27/09/2010 conforme procedimento previsto para
os Recursos Repetitivos no âmbito do STJ)6. Conclui-se, portanto, que o repasse do valor relativo ao PIS a à COFINS aos consumidores de
serviços de energia elétrica é legítimo, nos termos do art. 9º, § 3º da Lei nº 8.987/95, pois se trata de mera transferência econômica do custo do
serviço e não de repasse jurídico da responsabilidade pelo pagamento de tributos.7. No âmbito do STF tem-se que o presente tema teve sua
repercussão geral reconhecida e trata da discussão sobre a necessidade de lei complementar para determinar o repasse do PIS e da COFINS aos
consumidores dos serviços de telefonia. Como o resultado do julgamento do ARE nº 638.550/RS poderá refletir no deslinde de diversos casos pelo
Brasil, foi determinado o sobrestamento dos feitos, até o julgamento do mencionado recurso.8. Recurso de apelação a que se nega provimento.
(TJPE, Apelação 370616-50145893-59.2009.8.17.0001, Rel. Luiz Carlos Figueirêdo, 3ª Câmara de Direito Público, julgado em 20/02/2018, DJe
08/03/2018). Portanto, sendo lícita a cobrança de PIS e COFINS nas contas de energia elétrica, repassada ao consumidor, a condução da
improcedência da lide é medida que se impõe. Por todo o exposto, com fundamento no art. 487, I, do NCPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido
autoral. Vencido, condeno o autor ao pagamento da verba honorária do patrono da parte ré, que arbitro em R$ 1.000,00 (um mil reais). Publique-
se. Registre-se. Intimem-se. Cientifique-se o Ministério Público. Forme-se novo volume processual, vez que o feito já comporta mais de 200
páginas. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Recife (PE), 10 de setembro de 2018. Patrícia Xavier de Figueiredo Lima JUÍZA DE DIREITO
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em seu art. 69, traria previsão expressa no sentido de que o fato gerador das contribuições se constituiria de remuneração "a qualquer título",
englobando vencimento básico, adicionais e gratificações percebidas pelo servidor. Tal seria ainda mais contundente no art. 70 da LCE 28/00,
sendo inaplicável ao caso o §5º, "que exclui as vantagens não incorporáveis", pois este trata da base de cálculo das contribuições dos servidores
"que não estiverem, na forma da lei, percebendo remuneração oriunda dos cofres públicos do Estado". Acrescentam que apenas a lei pode
excluir do campo de incidência da contribuição previdenciária estadual determinadas parcelas que compõem a remuneração ou os vencimentos
recebidos pelos servidores, como o fez o art. 75, parágrafo único, da LC 28/00. Impugam os pedidos de devolução em dobro e de indenização
por danos morais, pedindo, ao final, a improcedência da ação. Réplica, às fls. 79/89. A pedido do Ministério Público (fl. 93), a FUNAPE informou
que o adicional por atividades foi introduzido no ordenamento jurídico pela Lei nº 12.643/04, ou seja, em data posterior à estabilidade financeira
(fl. 96). Juntou os documentos de fls. 97/104. Em seu parecer, a Promotora de Justiça opinou pela procedência parcial dos pedidos, para que
seja excluída da base de cálculo da contribuição previdenciária a parcela relativa ao adicional por condições especiais de trabalho (fls. 107/112).
A então Juíza processante, entendendo concluída a instrução processual, determinou a conclusão dos autos para prolação de sentença (fl. 113).
Relatado, DECIDO: A discussão gira em torno da possibilidade de incidência de descontos previdenciários sobre vantagens não incorporáveis
pelo servidor quando da inatividade aos seus proventos de aposentadoria. Da simples análise do contracheque juntado à fl. 22, referente à
competência NOV/2006, verifica-se que a contribuição previdenciária está a incidir sobre todas as verbas percebidas pelo servidor, incluindo
salário-base, quinquênios, gratificação de exercício, gratificação de incentivo à produtividade e o adicional por atividades, excetuando apenas o
auxílio-alimentação e o auxílio-transporte. De logo, vejo que nada de ilegal há na incidência da contribuição sobre os quinquênios, gratificação de
exercício e gratificação de incentivo à produtividade, já que constituem parcelas que compõem, juntamente com o salário-base, os vencimentos
do titular do cargo, consoante art. 7º da Lei Estadual nº 12.643/2004, se incorporando aos proventos de aposentadoria. Quanto ao adicional por
atividades, de que reclama de modo mais incisivo a autora, a Lei nº 12.643/04, com as alterações da Lei nº 12.850/05, dispõe em seu art. 10
que será esta vantagem concedida aos servidores lotados na Divisão de Arquivo Geral, como é o caso da suplicante, sob a denominação de
"adicional por condições especiais de trabalho". Trata-se de uma função gratificada que não integra a aposentadoria, como reconhece a própria
Administração. A questão é saber se sobre ela pode ou não incidir as contribuições previdenciárias. O Estado defende que o sistema prevideniário
do servidor público, de acordo com o art. 40 da CF, com a alteração promovida pela EC nº 41/03, tem caráter contributivo e solidário, não
havendo correspondência entre a contribuição e o benefício decorrente dessa contribuição. Ou seja, inexiste sinalagma ou comutatividade entre
a contribuição e o benefício previdenciário, de modo que o fato de alguma gratificação não se incorporar aos proventos quando da aposentadoria
não significa que fique afastada da base de cálculo da contribuição. Ressalta ainda que a LCE 28/00, em seu art. 69, e de forma mais contundente
no art. 70, contempla que a base de cálculo das contribuições será o montante total da remuneração do servidor, "a qualquer título". Apenas a lei
poderia excluir da incidência determinadas parcelas. Vejamos as disposições da LCE 28/00, com as alterações da LC 41/01, invocadas pela parte
autora na defesa do seu direito:Art. 70. A base de cálculo das contribuições dos segurados para os fundos criados por esta Lei Complementar
será o montante total da remuneração, a qualquer título, inclusive dos subsídios, oriundos dos cofres públicos estaduais, das autarquias e das
fundações públicas, bem como, nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 1º desta Lei Complementar, oriundos dos órgãos ou entidades aos quais os
segurados estejam cedidos, percebidos efetivamente pelo segurado ou cuja disponibilidade econômica ou jurídica foi por este adquirida. §1º.
Não integrarão a base de cálculo das contribuições previstas no caput deste artigo, as importâncias pagas, disponibilizadas ou antecipadas
aos segurados do Sistema de Previdência Social dos Servidores do Estado de Pernambuco, relativas:I - à remuneração adicional de férias;II
- ao salário-família;III - à diária;IV - à ajuda de custo;V - ao ressarcimento de despesas de transporte;VI - ao ressarcimento de despesas de
alimentação;VII - às verbas de natureza meramente indenizatória.§3º. A base de cálculo das contribuições de que trata o art. 26, §3º, desta
Lei Complementar será o montante da remuneração, a qualquer título, inclusive dos subsídios e da gratificação natalina, que seria pago pelo
órgão ou entidade de origem ao segurado como se em efetivo exercício permanecesse, excluídas as vantagens não incorporáveis para fins de
aposentação.Art. 44. Os proventos de quaisquer das aposentadorias referidas nesta Lei Complementar serão calculados com base nos subsídios
ou nos vencimentos relativos ao cargo efetivo do segurado em que se der a sua aposentação, acrescidos das vantagens pessoais que porventura
o segurado tenha incorporado e às quais o segurado faça jus na forma da lei concessiva da vantagem, excluídos sempre, em qualquer caso, as
parcelas remuneratórias não incorporáveis na forma da lei que as concedeu.§12. Na forma do inciso X, do artigo 1º, da Lei Federal n.º 9.717, de 27
de novembro de 1998, é vedada a inclusão nos benefícios previdenciários, para efeito de cálculo e percepção destes, de parcelas remuneratórias
pagas em decorrência de função de confiança, de cargo em comissão ou do local de trabalho. Primeiramente, observo que o §3º do art. 70,
que exclui as vantagens não incorporáveis para fins de aposentação, diz respeito à base de cálculo das contribuições dos servidores que não
estejam percebendo remuneração oriunda dos cofres públicos do Estado, suas autarquias e fundações pública, em conformidade com o art. 26,
§3º, da LCE 28/00, com a redação dada pela LC 41/01:Art. 26. .....................................................................§ 3º. Os segurados do Sistema de
Previdência Social dos Servidores do Estado de Pernambuco que não estiverem, na forma da lei, percebendo remuneração oriunda dos cofres
públicos do Estado, de suas autarquias e fundações públicas, excetuado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 1º desta Lei Complementar, poderão
continuar a contribuir para o fundo ao qual estiverem vinculados em montantes equivalentes àqueles que seriam recolhidos como contribuições
do segurado e do Estado, ou das autarquias e fundações públicas estaduais. Desta forma, não tem aplicação o §3º do art. 70 à situação da
autora, já que a mesma estava lotada na Divisão de Arquivo Geral do Tribunal de Justiça do Estado e recebendo deste sua remuneração. Quanto
ao art. 44, bom esclarecer que a LCE 56, de 30/12/2003, suprimiu a parte final, que trazia a regra de exceção. A parte do dispositivo que dizia
"excluídos sempre, em qualquer caso, as parcelas remuneratórias não incorporáveis na forma da lei que as concedeu" foi extirpada do texto.
Fica a pergunta: não havendo, então, proibitivo legal, poderiam as contribuições previdenciárias incidirem sobre o "adicional por atividades", o
qual não foi excluído expressamente da base de cálculo? A resposta é não, e a matéria já se encontra pacificada no âmbito da jurisprudência
não só do STJ, como também da Corte local, como veremos. Segundo dispõe o caput do artigo 40, da Constituição Federal, na redação dada
pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003, aos "servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição
do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo." Por sua vez, o §3º estabelece que, para o cálculo dos proventos de aposentadoria, quando da sua concessão, devem
ser consideradas as parcelas remuneratórias utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam
os arts. 40 e 201 da Constituição. O art. 201 da CF/88 preceitua o seguinte:Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos
da lei, a: (...)§11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária
e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. Assim, observados os preceitos constitucionais e considerado o caráter
contributivo e solidário da previdência pública, aliado à equidade na forma de participação no custeio (art. 194, V, da CF/88), o servidor público
contribuirá com seus ganhos habituais, a qualquer título, incorporados aos vencimentos, para que repercutam nos benefícios da aposentadoria.
Porem, as vantagens não levadas para a inatividade, como é o caso do adicional ora discutido, instituído pela Lei Estadual nº Lei nº 12.643/04,
devem ficar afastadas da base de cálculo da contribuição previdenciária, a qual, diga-se, tem natureza tributária e cuja própria materialidade
já está definida pela Lei Maior, quando no seu artigo 40, com a redação dada pela EC nº41/03, dispõe que é assegurado aos servidores de
caráter efetivo regime de previdência de caráter contributivo e solidário. Também as leis ordinárias federais de nº 9.717/98 e 10.887/04, que são
verdadeiras normas gerais sobre a organização e o funcionamento dos regimes previdenciários dos Servidores Públicos da União, Estados e
Municípios, portanto, leis nacionais, garantem, respectivamente, a primeira delas no art. 1º, inc. X, que é vedada a inclusão nos benefícios de
parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho, função de confiança e cargo em comissão; e a segunda, dispondo, no art.
1º, §2º, que a base de cálculo da contribuição é a remuneração do servidor no cargo efetivo. Não se pode esquecer que, conforme já entendeu o
STF, o sistema previdenciário em nosso país também tem um caráter retributivo, daí se concluindo que a base de cálculo da contribuição deverá
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ser o valor da remuneração do cargo efetivo, jamais compreendendo eventual remuneração decorrente de gratificações cujos valores serão
desconsiderados por ocasião do estabelecimento dos proventos de aposentadoria. Assim, leciona a doutrina que: "a contribuição previdenciária
seria uma obrigação tributária, uma prestação pecuniária compulsória paga ao ente público, com a finalidade de constituir um fundo para ser
utilizado em eventos previstos em lei. Trata-se de uma contribuição social caracterizada pela sua finalidade, isto é, constituir um fundo para o
trabalhador utilizá-lo quando ocorrerem certas contingências previstas em lei" (MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social. São Paulo:
Ática, 1999, p. 88). Os valores arrecadados a título de contribuição previdenciária destinam-se exclusivamente ao custeio das despesas com a
seguridade social. Desta forma, somente as parcelas que se incorporam à remuneração do servidor para fins de aposentadoria sujeitam-se aos
descontos de contribuição previdenciária. Esse entendimento é o que prevalece no âmbito da jurisprudência dos Tribunais pátrios, citando-se,
entre outros, os seguintes precedentes: AgRg no REsp 7193, Min. Mauro Campbell, DJ de 24/03/10; EResp 895.589, Min. Benedito Gonçalves, DJ
de 10/02/10; EResp 956.289, Min. Eliana Calmon, DJ de 10/11/09. Nesse sentido, destaco ainda os julgados abaixo transcritos:ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO. FUNÇÃO COMISSIONADA. NÃO INCIDÊNCIA. SÚMULA
83/STJ. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. ARTS. 480 E 481 DO CPC. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA
211/STJ. ANÁLISE DE LEI LOCAL. SÚMULA 280/STF. 1. Inexistente a alegada violação do art. 535 do CPC, pois a prestação jurisdicional foi
dada na medida da pretensão deduzida, como se depreende da análise do acórdão recorrido. 2. Da análise detida dos autos, observa-se ainda
que a Corte de origem não analisou, sequer implicitamente, os arts. 480 e 481 do Código de Processo Civil. 3. O acórdão recorrido dirimiu
a controvérsia com base em legislação local (Lei Complementar Estadual n. 28/2000 e Lei Complementar Estadual n. 85/2006), circunstância
que não enseja a abertura da via especial, sob pena de se esbarrar no óbice da Súmula 280/STF. 4. É assente nesta Corte que não incide
contribuição previdenciária sobre a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança. Incidência
da Súmula 83/STJ. Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg no Ag: 1376759 PE 2011/0007717-0, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS,
Data de Julgamento: 17/03/2011, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 29/03/2011)PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO
INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC/1973. NÃO OCORRÊNCIA. SERVIDOR PÚBLICO.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. FUNÇÃO COMISSIONADA E CARGO EM COMISSÃO. NÃO INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. 1. Afasta-se
a alegada violação do artigo 535 do CPC/1973, porquanto o acórdão recorrido manifestou-se de maneira clara e fundamentada a respeito das
questões relevantes para a solução da controvérsia. A tutela jurisdicional foi prestada de forma eficaz, não havendo razão para a anulação do
acórdão proferido em sede de embargos de declaração. 2. A jurisprudência do STJ é no sentido de que não incide contribuição previdenciária
sobre parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança. Precedentes: AgRg no AREsp 402881/PE,
Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF1ª Região), Primeira Turma, DJe 17/11/2015; EDcl no REsp 859691 / RS, Rel. Min.
Teori Zavascki, Primeira Turma, DJe 08/06/2011; AgRg no REsp 1366263 / DF, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 06/09/2013. 3.
Agravo interno não provido. (STJ - AgInt no AREsp: 870060 PE 2016/0044952-3, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Julgamento:
17/04/2018, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/04/2018) Não é diferente o entendimento da nossa egrégia Corte de Justiça
no sentido de que somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária. A propósito,
colaciono ilustrativos precedentes, in verbis:DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO DE AGRAVO. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA SOBRE FUNÇÃO GRATIFICADA. COBRANÇA INDEVIDA. PARCELAS NÃO INCORPORÁVEIS AOS PROVENTOS DE
APOSENTADORIA. PRECEDENTES STJ E STF. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA, SÚMULAS 162 E 188/STJ. RECURSO DE
AGRAVO IMPROVIDO À UNANIMIDADE. 1- O Estado de Pernambuco, se insurge através deste recurso de agravo contra decisão terminativa
proferida na Apelação Cível/Reexame Necessário que manteve na íntegra a decisão proferida no 1º grau, no sentido de condenar o Estado de
Pernambuco a não incluir as gratificações não incorporáveis da base de cálculo da contribuição previdenciária de que trata a LCE nº 28/2000,
bem como condená-lo a restituir à autora, os valores descontados indevidamente da sua remuneração, respeitado o prazo quinquenal, acrescidos
de correção monetária pela tabela da Encoge, a contar do pagamento indevido e juros de mora, a contar do trânsito em julgado, no percentual
estabelecido para a caderneta de poupança, consoante a nova redação do artigo 1º - F, da Lei nº 9494/97 e Lei nº 11.960/2009. (fls. 105 v) 2-
No presente recurso de agravo (fls. 283/304), o Estado de Pernambuco insiste nos mesmos argumentos já esgotados no apelo, em suma: que
a legalidade e a constitucionalidade da tributação das parcelas remuneratórias, independentemente de serem incorporáveis à aposentadoria,
não se aplicam após a EC 41/03, ademais a agravada não indicou as parcelas a serem restituídas, o que inviabiliza, ante a falta de documento
essencial a propositura da demanda. 3- Ora, a Constituição Federal de 1988 no seu artigo 40, § 3º, prevê que "para o cálculo dos proventos
de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor
aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.". Sem delongas, a interpretação ofertada pelas Cortes no que
diz respeito ao dispositivo supracitado é no seguinte sentido: "AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE ABONO DE INCENTIVO POR PARTICIPAÇÃO EM REUNIÃO PEDAGÓGICA. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. Esta Corte fixou entendimento no sentido que somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da
contribuição previdenciária. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - AI: 744610 MG , Relator: EROS GRAU, Data de Julgamento:
26/05/2009, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-113 DIVULG 18-06-2009 PUBLIC 19-06-2009 EMENT VOL-02365-15 PP-03050)"4- A
Colenda Corte Superior de Justiça sedimentou o entendimento no sentido de que o desconto previdenciário incidente sobre as gratificações
não incorporáveis aos proventos de aposentadoria é indevido, visto que a contribuição não pode exceder ao valor necessário para o custeio do
benefício previdenciário. 5- Logo, configurado nos autos que houve os descontos de contribuição previdenciária sobre as funções gratificadas
e cargos em comissão dos agravados, o ato administrativo ora impugnado revela-se ilegal, uma vez que as citadas parcelas remuneratórias
não são incorporadas aos proventos de aposentadoria dos servidores públicos o que comprova a impropriedade dos descontos efetuados
pelo Instituto réu. 6- Juros de mora a partir do trânsito em julgado da sentença e correção monetária a partir do pagamento indevido, nos
termos das Súmulas 162 e 188 do STJ.7- RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. POR UNANIMIDADE. (TJ-PE - AGV: 3157422 PE, Relator:
Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, Data de Julgamento: 04/08/2015, 3ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 14/08/2015)DIREITO
PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. EXCLUSÃO DA BASE DE CONTRIBUIÇÃO DAS PARCELAS REMUNERATÓRIAS
DECORRENTES DO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES GRATIFICADAS E CARGOS COMISSIONADOS. VANTAGENS QUE NÃO INTEGRARÃO OS
FUTUROS PROVENTOS DE INATIVIDADE. REPETIÇÃO DE INDÉBITO DOS VALORES DESCONTADOS INDEVIDAMENTE ATÉ O ADVENTO
DA LC Nº 85/2006. PROCEDÊNCIA. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO. 1. De proêmio, afasta-se a alegação de ilegitimidade passiva ad
causam do Estado de Pernambuco, por força da responsabilidade solidária estatuída nos termos do art. 94 da Lei Complementar Estadual nº
28/00. 2. A matéria de fundo trata de questão referente à incidência de contribuição previdenciária sobre parcelas remuneratórias decorrentes do
exercício de funções gratificadas e cargos comissionados. 3. Na inicial, sustentam os autores/apelados que, desde a diretriz estabelecida pela LC
nº 85/2006, segundo a qual não integrarão a base de cálculo da contribuição previdenciária "as importâncias relativas a parcelas percebidas em
decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função gratificada", cessaram os descontos a esse título, porém não lhes foram ressarcidos
os valores descontados indevidamente até então. 4. Compulsando os autos, verifica-se que os autores colacionaram aos autos planilhas com
os valores da função gratificada que serviu de base de cálculo para a contribuição previdenciária e as suas respectivas fichas financeiras
(fls. 22/151), de modo a demonstrar que sofreram desconto indevido até abril de 2006, data do advento da Lei Complementar nº 85/2006. 5.
Deveras, a questão em lume encontra-se pacificada nos Tribunais Superiores, no sentido de que não são devidas as contribuições previdenciárias
incidentes sobre gratificações de natureza transitória, ao fundamento de que tais vantagens não são suscetíveis de compor os futuros proventos
de aposentadoria. 6. Isso porque o regime previdenciário, apesar de solidário, é também contributivo, prevalecendo, nesse ponto, o seu caráter
contributivo, pelo que não se legitima a incidência da contribuição sobre vantagens não incorporáveis aos proventos. 7. Desta forma, não deve
incidir contribuição previdenciária sobre os valores percebidos pelo servidor público a título de cargo comissionado e de função gratificada, em
face da vedação de sua incorporação aos proventos de aposentadoria, sendo devida a restituição dos valores descontados a esse título. 8. Diante
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disso, não se vislumbra violação aos artigos 195, § 5º, da CF, e 69 e 70 da LC nº 28/2000. 9. Reexame necessário improvido, à unanimidade.
(TJ-PE - APL: 3228411 PE, Relator: Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello, Data de Julgamento: 28/05/2015, 2ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 09/06/2015)MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE CARGO COMISSIONADO
OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA. NÃO INCIDÊNCIA. RECURSO DE AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Versa a presente insurgência
acerca da admissibilidade da incidência de contribuição previdenciária sobre as gratificações e demais parcelas remuneratórias não incorporáveis
a proventos de aposentadoria. 2. Embora o ora agravante fundamente seu pleito na previsão legal do desconto ora guerreado, mais precisamente
nos dispositivos insertos na Lei Complementar nº 28/00, a questão suscitada, após prolongada discussão doutrinária e jurisprudencial, restou
pacificada no Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que não são devidas as contribuições previdenciárias incidentes sobre função ou cargo
comissionados, sob o argumento de que estes não comporão, futuramente, os proventos de aposentadoria. 3. No que respeita ao argumento do
agravante acerca do caráter não sinalagmático da prestação previdenciária, é de se ressaltar que o mesmo não é pertinente, vez que não se
pode considerar um sistema contributivo que não seja retributivo. 4. De fato, o servidor deve contribuir com o montante necessário para que lhe
seja garantido o valor dos proventos equivalentes, todavia não é justo que deva pagar sobre o valor do cargo ou função comissionada que exerce
se não poderá usufruir dessa contribuição no futuro, eis que a mesma não será incorporada à sua remuneração, sendo certo que o fato da EC
nº 41/03 estabelecer que o sistema previdenciário tem caráter contributivo e solidário, não autoriza a interpretação da cobrança de exação que
ultrapassa os limites da razoabilidade, na medida que não lhe traria benefício algum. 5. A procedência do pedido decorreu do posicionamento
da jurisprudência dominante no sentido de que apenas haverá incidência de contribuição previdenciária sobre vencimentos do cargo efetivo. 6.
Assim é que, apesar da legislação estadual determinar o desconto relativo às contribuições previdenciárias sobre a remuneração percebida a
qualquer título por seus servidores, não excluindo os valores decorrentes das funções gratificadas e dos cargos em comissão, a jurisprudência
dominante do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que o cargo em comissão e a função gratificada não integram os proventos
de aposentadoria dos servidores, razão pela qual não deve incidir a contribuição previdenciária sobre seus montantes. 7. Na esteira de referido
entendimento, a Lei Federal nº 10.887/04, expressamente excluiu da base de cálculo da contribuição previdenciária dos servidores federais a
parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, revogando, assim, as disposições em contrário
decorrentes da Lei nº 9.783/99. 8. No âmbito do Estado de Pernambuco, a despeito de a Lei Complementar nº 28/00 expressamente dispor
no sentido da viabilidade da cobrança da contribuição previdenciária em apreço sobre as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de
função de confiança e de cargo em comissão, por outro lado, o § 12º do artigo 14 do mesmo diploma legal afirma que tais valores não integram
os proventos de aposentadoria dos servidores, de modo que impende que prevaleça a tese segundo a qual, em atenção à necessidade de se
conferir caráter retributivo às contribuições devidas ao sistema previdenciário, as mesmas não devem incidir sobre as parcelas que compõem
as funções de confiança e os cargos comissionados, postura esta que, consoante já afirmado, encontra respaldo na jurisprudência assente do
Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. 9. Por unanimidade, negou-se provimento ao presente recurso. (TJ-PE - AGV:
3112058 PE, Relator: Luiz Carlos Figueirêdo, Data de Julgamento: 08/03/2016, 3ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 17/03/2016)
(...) A contribuição previdenciária é tributo com natureza de contribuição social, e por isto, está vinculada a uma atividade estatal específica. Além
disso, a contribuição em comento tem caráter contributivo e solidário, sendo contributiva exatamente porque o servidor recolhe mensalmente
um percentual do valor que recebe, para ser incorporado à aposentadoria. O caráter solidário da Previdência Pública foi dado para distingui-la
da forma de administração da previdência privada, de caráter retributivo, pois na privada, o montante pago pelo contribuinte fica "guardado" em
uma "poupança" para possibilitar o futuro pagamento do beneficiário da aposentadoria. Na previdência pública, a solidariedade se dá porque
o que o servidor recolhe, a título de contribuição, destina-se ao pagamento dos que estão, no momento, na inatividade, mas não implica em
recolhimento de contribuição em parcelas não incorporáveis. (...) As Gratificações de Localidade Especial, de Difícil Acesso, de Locomoção e
de Direção Escolar são propter laborem, de natureza temporária, de forma que o servidor só recebe enquanto trabalha nas condições especiais
previstas pela legislação. Sendo assim, não há como incluí-la na base de cálculo da contribuição previdenciária. (...) Com efeito, a EC nº 41/03
alterou a redação do § 3º, do art. 40 da CF, estabelecendo que a fixação dos proventos de aposentadoria dos ocupantes de cargos, funções
e empregos públicos dependerá da aplicação da regra de cálculo que tem por critério a média das remunerações utilizadas como base para
as contribuições do servidor, recolhidas aos regimes de previdência, com as devidas atualizações. Em junho de 2004, foi editada a Lei Federal
nº 10.887/04, dispondo sobre a aplicação de disposições da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, com a definição da
base de cálculo das contribuições previdenciárias dos servidores públicos, determinando que nela não incidirá a parcela decorrente do exercício
de cargo em comissão ou de função de confiança, de acordo com o art. 4º, § 1º, VIII, verbis: "Art. 4º - (...) §1º - Entende-se como base de
contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter
individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas: (...) VIII - A parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de
função de confiança." O parágrafo 2º do mesmo artigo deixou ao servidor a opção da "inclusão, na base de cálculo da contribuição, de parcelas
remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho e do exercício de cargo em comissão ou de função comissionada ou gratificada",
para aumentar o valor de sua futura aposentadoria, uma vez que, a partir da EC nº 41/03, a sistemática de cálculo para a fixação dos proventos
de aposentadoria dos servidores púbicos em geral, tem por critério a média das remunerações percebidas, com base nos valores efetivamente
recolhidos à Previdência Social. Destarte, como as gratificações em comento são recebidas pelos professores de forma temporária, não pode
integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária, sob pena de violação ao equilíbrio e à proporcionalidade existentes entre o valor a
ser pago pelo servidor e o do benefício futuro, consagrado no texto constitucional (arts. 40, §3º, e 201, §11, CF) (...) (TJPE Apelação PJE nº.
0004007-40.2016.8.17.2810, 1ª Câmara de Direito Público, Rel. Erik de Sousa Dantas Simões, j. 6/09/2018)(...) No que respeita ao argumento
dos agravantes acerca do caráter não sinalagmático da prestação previdenciária, é de se ressaltar que o mesmo não é pertinente, vez que
não se pode considerar um sistema contributivo que não seja retributivo. 5. De fato, o servidor deve contribuir com o montante necessário para
que lhe seja garantido o valor dos proventos equivalentes, todavia não é justo que deva pagar sobre o valor do cargo ou função comissionada
que exerce se não poderá usufruir dessa contribuição no futuro, eis que a mesma não será incorporada à sua remuneração, sendo certo que
o fato da EC nº 41/03 estabelecer que o sistema previdenciário tem caráter contributivo e solidário, não autoriza a interpretação da cobrança
de exação que ultrapassa os limites da razoabilidade, na medida que não lhe traria benefício algum. 6. A procedência do pedido impõe-se pelo
posicionamento da jurisprudência dominante no sentido de que apenas haverá incidência de contribuição previdenciária sobre vencimentos do
cargo efetivo. 7. Assim é que, apesar da legislação estadual determinar o desconto relativo às contribuições previdenciárias sobre a remuneração
percebida a qualquer título por seus servidores, não excluindo os valores decorrentes das funções gratificadas e dos cargos em comissão, a
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que o cargo em comissão e a função gratificada não integram
os proventos de aposentadoria dos servidores, razão pela qual não deve incidir a contribuição previdenciária sobre seus montantes. 8. Na esteira
de referido entendimento, a Lei Federal nº 10.887/04, expressamente excluiu da base de cálculo da contribuição previdenciária dos servidores
federais a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, revogando, assim, as disposições
em contrário decorrentes da Lei nº 9.783/99. 9. No âmbito do Estado de Pernambuco, a despeito de a Lei Complementar nº 28/00 expressamente
dispor no sentido da viabilidade da cobrança da contribuiçãoprevidenciária em apreço sobre as parcelas remuneratórias pagas em decorrência
de função de confiança e de cargo em comissão, por outro lado, o § 12º do artigo 14 do mesmo diploma legal afirma que tais valores não integram
os proventos de aposentadoria dos servidores, de modo que impende que prevaleça a tese segundo a qual, em atenção à necessidade de se
conferir caráter retributivo às contribuições devidas ao sistema previdenciário, as mesmas não devem incidir sobre as parcelas que compõem
as funções de confiança e os cargos comissionados, postura esta que, consoante já afirmado, encontra respaldo na jurisprudência assente do
Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal (...) (TJPE AGRAVO DE INSTRUMENTO 0004050-60.2018.8.17.9000, Relator Des.
Luiz Carlos de Barros Figueiredo, 17/07/2018). Assim, em que pese os argumentos expendidos pela parte ré, filio-me ao entendimento pacificado
de que não poderia a contribuição previdenciária ter por base de cálculo valores recebidos pelo servidor sobre parcelas que não irão futuramente
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compor seus ganhos de aposentadoria. Caso contrário, a contribuição possuiria caráter nitidamente confiscatório, uma vez que acarretaria em
aumento desarrazoado da tributação previdenciária sem que existisse contraprestação por parte da futura fonte pagadora dos proventos de
aposentadoria. Não é justo que o servidor deva pagar indiscriminadamente sobre a totalidade de sua remuneração, mas que não poderá usufruir
dessa prestação no futuro. Desta feita, observa-se que os descontos previdenciários não devem incidir sobre o adicional por atividades, que não
se incorpora aos proventos do servidor, devendo servir como base de cálculo da contribuição previdenciária, além do vencimento do cargo efetivo,
apenas as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas por lei e os adicionais de caráter individual, portanto de natureza remuneratória.
A propósito a Súmula 124 do TJPE: "Não incide contribuição previdenciária sobre as parcelas não incorporáveis à aposentadoria do servidor".
Face a ilegalidade dos descontos que foram realizados, deverão os valores serem restituídos, na forma simples, porquanto aplicável à espécie
as regras específicas de natureza tributária, respeitado o prazo de prescrição quinquenal. Finalmente, não há que se falar em abalo psíquico
ensejador da responsabilização extrapatrimonial pela simples incidência de tributo. Isto posto, julgo parcialmente procedentes os pedidos da
autora para condenar a parte ré, solidariamente, a restituir os valores descontados indevidamente a título de contribuição previdenciária da sua
remuneração, no que diz respeito ao "adiconal por atividades", corrigidos monetariamente pela SELIC (Súmula 165 TJPE) e acrescidos de juros
de mora devidos a partir do trânsito em julgado da sentença (art. 167, parágrafo único, do CTN, Súmulas 188 STJ e 158 TJPE), por se tratar
de repetição de indébito tributário, a ser apurado em liquidação de sentença e respeitada a prescrição quinquenal. Tenho, assim, por resolvido
o mérito deste processo, nos termos do art. 487, I, do CPC/15, e, considerando a sucumbência recíproca, distribuo entre as partes, por igual, o
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes arbitrados em R$2.000,00 (dois mil reais), cuja exigibilidade fica suspensa
em face do autor em razão da gratuidade. Isento o Estado do recolhimento de custas. Sujeita ao reexame necessário. Desentranhe a Secretaria
a petição de fls. 90/91, uma vez que não diz respeito a este processo. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Recife/PE, 12 de setembro de
2018.CLÁUDIO DA CUNHA CAVALCANTIJuiz de Direito substituto13
Processo nº 001645-05.2010.8.17.0001Requerente (s): Elivan Barbosa Rodrigues Teixeira e Ezequias José Barbosa Rodrigues Requerido (s):
DER - Departamento de Estrada e Rodagens de Pernambuco e o Estado de PernambucoSENTENÇAVistos, etc. Elivan Barbosa Rodrigues
Teixeira e Ezequias José Barbosa Rodrigues, devidamente qualificados nos autos, intentaram a presente ação indenizatória em face do DER -
Departamento de Estrada e Rodagens de Pernambuco e o Estado de Pernambuco, alegando, em suma, que, quando na trajetória para o trabalho
em 25/11/2009, conduzia o veículo (Fiat/Palio EX - de placas KlN 2883), de propriedade de sua irmã, Elivan Barbosa Rodrigues Teixeira, segunda
demandante, sendo o mesmo apreendido por agente do DER-PE, no trevo de acesso a Matriz da Luz, no município de São Lourenço da Mata-
PE, sob o pretexto de que estaria realizando transporte remunerado de passageiros intermunicipal sem autorização do órgão gestor competente,
por estar acompanhado de mais 3(três) passageiros, colegas de trabalho, oportunidade em que foi enquadrado como infrator. Aduz que, o veículo
foi apreendido com o documento CRLV com abuso de autoridade do agente, posto que o veículo deveria ter sido retido, consoante art. 231, VIII,
da Lei nº 9.503/97. Segue afirmando que apenas foram cientificados do cancelamento da notificação constante do auto de infração nº 0000795-3
em 14/012/2009, acatando as justificativas apresentadas na defesa administrativa, cabendo a reparação pelos danos morais suportados pelo
constrangimento do autor em ter o veículo apreendido diante dos seus colegas de trabalho, bem como da proprietária do veículo, que ficou um
período de 20(vinte) dias sem o mesmo, no valor de 30(trinta) salários mínimos para cada demandante ou outro valor arbitrado por esse juízo.
Requer os benefícios da justiça gratuita. Instrui o feito com os documentos de fls. 11/25. Citados, os requeridos apresentaram, de forma conjunta,
contestação (fls.33/58), alegando, preliminarmente, a ilegitimidade passiva do Estado de Pernambuco para atuar no feito, sob o argumento de
que a apreensão foi realizada por servidor do DER/PE, que detém personalidade jurídica distinta do Estado de Pernambuco. Também se insurge
quanto a ausência de recolhimento das custas processuais, posto que os demandantes não fizeram prova ou apresentaram declaração para
obter a gratuidade judiciária. No mérito, defende a legalidade do ato questionado nos autos, já que praticado por agente do DER no exercício
regular do poder de polícia, quando se deparou com situação que, em sua avaliação, seria o cometimento da dita infração. Se, posteriormente, o
ato foi revisto, não está inquinada de ilicitude a atuação do agente público, muito menos de haver direito a indenização moral. Quanto à questão
de mera retenção e não apreensão do veículo, cumpre esclarecer que, há norma específica disciplinando os serviços rodoviários de transporte
de passageiros intermunicipais, qual seja, Decreto Estadual nº 22.616/2000, sendo a conduta ora questionada, respaldada no art. 47, Inciso
IV, alínea "a" c/c art. 52,IV, não se aplicando à situação narrada na exordial o Código de Trânsito Brasileiro, pugnando pela improcedência dos
pedidos. Junta documentos (fls.59/79). Apresentada a réplica às fls.82/85. Chamado a opinar, o Parquet declinou de atuar no feito (fls. 87/89).
Petição informando sobre o falecimento do advogado do autor e nova habilitação (fls. 100/102). Intimadas para especificarem as provas que
porventura desejassem produzir, apenas os autores apresentaram manifestação (fl. 103 e 105). Termo de audiência (fls. 212 e 123/124). É o
relatório. Passo a decidir. Trata-se de ação indenizatória em que pretendem os demandantes a reparação dos alegados danos morais sofridos
quando da alegada apreensão ilegal de veículo por agente do DER/PE, sob o argumento de realização de transporte remunerado de passageiros
intermunicipal sem autorização do órgão gestor competente. De logo, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pelo Estado de
Pernambuco, uma vez que o auto de infração discutido neste processo (fl.20) foi expedido por agente do Estado de Pernambuco, não havendo,
portanto, qualquer justificativa para sua exclusão do polo passivo desta lide. Quanto a insurgência acerca da ausência de recolhimento das custas
processuais pelos autores, entendo que a concessão do benefício da gratuidade da justiça não implica, necessariamente, a assistência pelo
beneficiário da Defensoria Pública, isso porque a contratação de advogado particular para patrocínio da causa não inibe a concessão de referido
benefício, especialmente porque, para as finalidades da Lei n° 1.060/50, vigente à época dos fatos, bastava a declaração da parte interessada
de que não possuía condições de arcar com as despesas do processo, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família. Ademais, os artigos
4º e 5º, do mencionado diploma legal, dispunham que a simples afirmação do estado de pobreza era suficiente para a obtenção do benefício
da assistência judiciária gratuita e deveria haver fundadas razões para o indeferimento do benefício em tela, o que não é o caso dos autos.
Cite-se, por todos, neste sentido, o seguinte julgado do STJ: REsp 1261220 / SP, Ministra DIVA MALERBI (Desembargadora Convocada TRF
3ª REGIÃO), julgado em 20/11/2012, DJe 04/12/2012. Passo à análise do mérito. Pois bem, o cerne da questão está em saber se a conduta
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praticada pelo agente do DER-PE, no sentido de apreensão do veículo de propriedade da segunda demandada e a emissão de auto de infração,
teria ocorrido de forma abusiva. No caso em análise, pode-se observar que a conduta perpetrada pelo agente de trânsito ocorreu em razão
do poder de polícia a ele conferido, sendo certo que caberia ao autor, quando da abordagem, fazer prova de que teria autorização do Poder
Público competente para fins de realização do transporte de pessoas ou mesmo apresentar prova contundente de que não estaria praticando
tal atividade. Conforme dispõe o Parágrafo único do art.78 do Código Tributário Nacional, o exercício do poder de polícia é considerado regular
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Também o artigo 231, VIII, do CTB, assim dispõe:Art. 231. Transitar com o veículo:
(...)VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com
permissão da autoridade competente:Infração - média;Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo. (grifos nossos). Faz-se
imperioso esclarecer que as medidas de retenção e apreensão de veículo são de natureza distintas. No caso de apreensão, o CTB determina
que a autoridade administrativa condicione a restituição de veículo apreendido ao prévio pagamento das multas, taxas e despesas com remoção
e estadia em depósito. Por outro lado, na retenção, o veículo é liberado tão logo ocorra a regularização da situação, que pode ser sanada no local
onde se verificou a prática da infração, independente do pagamento de multa ou quaisquer outras despesas. Este é o entendimento consolidado
do Superior Tribunal de Justiça, confira-se:Súmula nº 510: "A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está
condicionada ao pagamento de multas e despesas". A matéria, inclusive, já foi objeto de Recurso Repetitivo no âmbito do STJ, que expressamente
consignou a ilegalidade da exigência do pagamento de multas e outras penalidades nos casos de retenção de veículo por transporte irregular
de passageiros.ADMINISTRATIVO. TRANSPORTE IRREGULAR DE PASSAGEIROS. RETENÇÃO DO VEÍCULO. LIBERAÇÃO. 1. A liberação
do veículo retido por transporte irregular de passageiros, com base no art. 231, VIII, do Código de Trânsito Brasileiro, não está condicionada
ao pagamento de multas e despesas. 2. Recurso especial improvido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC (STJ, REsp 1144810 /
MG RECURSO ESPECIAL 2009/0113988-4, Rel Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 18/03/2010) Quanto à atuação
do agente estadual, a defesa amparou sua atuação em decreto estadual nº 22.616/2000, em princípio, válido e, portanto, não eivado de abuso
ou irregularidade. Diante de uma infração, regulamentada em decreto estadual, procedeu com a autuação e apreendeu o veículo, conforme lhe
era determinado, até mesmo para não correr o risco de estar prevaricando. Contudo, é cediço, que trânsito é matéria de competência legislativa
privativa da União, na forma do inciso XI do art. 22 da Constituição da República, de maneira que Estados e Municípios não podem criar infrações
administrativas ou alterar as sanções em níveis diversos do estabelecido pelo Código Brasileiro de Trânsito. Daí a provável causa do cancelamento
da notificação do auto de infração nº 0000795-3 em 14/012/2009. No caso em exame, entendo que o pedido de indenização não pode prosperar
diante da ausência de ilicitude do ato. Ainda que a apreensão e remoção para depósito sejam posteriormente consideradas irregulares, isto
se dá à luz de uma interpretação sistêmica, de acordo com parâmetros de legalidade. Desse modo, em não tendo restado configurados os
elementos ensejadores da responsabilidade civil por ato ilícito, mais precisamente a conduta culposa, não há que se falar em condenação do réu
ao pagamento de indenização. Incontroverso que houve a apreensão do veículo - o que não poderia ter ocorrido - e ficou privado de sua utilização,
o que, sem sombra de dúvida, poderia gerar inúmeros transtornos, até alguma repercussão na órbita dos direitos personalíssimos dos autores.
Porém, no caso em epígrafe, tal dano moral não restou comprovado nos autos, o que se faria imprescindível para a sua concessão. Sendo da
parte autora o ônus de provar suas alegações, nos termos do art. 373, I, do NCPC, e não tendo ela produzido prova suficiente a corroborar as
suas alegações, o seu pedido não pode ser acolhido. Assim sendo, por todo o exposto e por tudo mais que consta dos autos, julgo improcedente
a pretensão contida na exordial contra o réu, proferindo sentença com julgamento do mérito, com fulcro no Art.487, I, do Código de Processo
Civil. Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios da parte adversa, estes últimos estipulados,
nesta oportunidade, em R$954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), com fundamento no Art.85, §8°, do Código de Processo Civil, com
exigibilidade suspensa, por ser beneficiária da justiça gratuita (art.98, §3º, do CPC) Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em
julgado, em não havendo qualquer requerimento, arquive-se. Recife, 17 de setembro de 2018. André Carneiro de Albuquerque SantanaJuiz de
Direito Substituto da CapitalPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO DE PROCESSOS DA CAPITAL
Fórum Desembargador Rodolfo AurelianoAv. Desembargador Guerra Barreto, s/n - Joana Bezerra - 3 -
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de educação em comparação aos recém ingressados na carreira educacional, violando, assim, o princípio da isonomia. Ao fim, pugnou pela
incorporação do adicional por tempo de serviço (quinquênio), da gratificação de efetivo magistério (pó de giz) e da gratificação de especialização
como professora em educação especial, bem como pelo pagamento retroativo dos valores suprimidos, respeitando-se a prescrição quinquenal,
tudo devidamente corrigido. Juntou procuração e documentos de fls. 35/65. Requereu o benefício da gratuidade processual. À fl. 67, foi concedida
a gratuidade processual e determinada a citação da parte contrária. O Estado de Pernambuco, por sua procuradoria judicial, ofertou contestação
às fls. 70/80, na qual suscitou prejudicial de ilegitimidade passiva ad causam. No mérito, afirmou que não houve qualquer tipo de decesso
remuneratório porque a gratificação adicional por tempo de serviço (qüinqüênio) foi extinta por incorporação ao vencimento-base da remuneração
de todos os ocupantes do Grupo Ocupacional Magistério, incluindo os professores aposentados ou em atividade, a teor do estabelecido pela Lei
Complementar nº 112/2008, art. 1º, parágrafo único e art. 1º, §1º, I 'a' c/c II, 'a', §§ 2º e 3º, todos da Lei Complementar nº 154/2010. Defendeu a
possibilidade de alteração do regime jurídico de remuneração dos servidores públicos, afastando a possibilidade de alegação de direito adquirido,
bem como de afronta ao ato jurídico perfeito. Ao fim, pugnou pela improcedência dos pedidos iniciais. Juntou cópia da ficha financeira dos anos
de 2007 a 2012. Houve réplica, v. fls. 96/102. Manifestação do Órgão Ministerial pelo indeferimento da preliminar de ilegitimidade passiva ad
causam ou, alternativamente pela citação da FUNAPE, fls. 104. Devidamente citada, a Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores
do Estado de Pernambuco - FUNAPE apresentou peça de bloqueio às fls. 107/116, na qual reproduziu o teor da contestação apresentada
anteriormente pelo Estado de Pernambuco, notadamente relatando que não houve qualquer tipo de decesso remuneratório porque a gratificação
adicional por tempo de serviço foi extinta por incorporação ao vencimento-base da remuneração de todos os ocupantes do Grupo Ocupacional
Magistério, incluindo os professores aposentados ou em atividade, a teor do estabelecido pela Lei Complementar nº 112/2008, art. 1º, parágrafo
único e art. 1º, §1º, I 'a' c/c II, 'a', §§ 2º e 3º, todos da Lei Complementar nº 154/2010. Nova réplica às fls. 122/127. Em novo pronunciamento,
o Ministério Público requereu a intimação da parte autora para apresentar certidão da Secretaria informando o valor de seus vencimentos se
na ativa estivesse; outrossim, que as partes fossem instadas a manifestarem interesse na produção de outras provas, v. fls. 128/129. Acolhida
a cota, e intimadas, a parte autora informou que a antedita certidão foi requerida perante a segunda ré, porém sem previsão de data para seu
recebimento, v.132/133. Juntou, para tanto, os documentos de fls. 134/144. Já a segunda demandada, informou que encaminhou ofício à sede
da FUNAPE, solicitando as informações requeridas na manifestação ministerial (fl. 145). A FUNAPE apresentou documentos informando todas as
parcelas que compõem os proventos da autora às fls. 149/159. Ato contínuo, a fundação ré apresentou histórico da ficha financeira da parte autora
às fls. 160/184. À fl. 189, novo despacho determinando a intimação das partes para manifestar interesse na produção de provas em audiência.
Intimados, fl. 188, a parte autora limitou-se a requerer o julgamento antecipado da lide (fl. 189). Já os demandados silenciaram, v. cert. fl. 190.
Em manifestação lançada nos autos, fls. 193/194, o Ministério Público declinou de sua participação no feito. Assim, os autos foram remetidos
pela 3ª Vara da Fazenda Pública a esta Central de Agilização Processual. É o relatório. Decido. O feito comporta julgamento antecipado, nos
termos do art. 355, inciso I, do CPC, por se tratar de matéria de direito e de fato em que as provas coligidas aos autos são suficientes para
seu deslinde. Antes de ingressar no mérito da contenda, cuido de afastar a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pelo primeiro réu sob o
argumento de que a discussão sobre benefícios de aposentadoria, implantação, reajuste e revisão de proventos compete a cada órgão, poder
ou entidade pública estadual a que está vinculado o segurado, in casu, apenas à Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do
Estado de Pernambuco - FUNAPE. É que o Estado de Pernambuco e a fundação requerida são solidariamente responsáveis pelo pagamento
dos benefícios previdenciários dos servidores públicos estaduais, nos termos dos arts. 1º, caput, e 94, ambos da LCE nº 28/2000, motivo porque
são partes legítimas para integrarem o vértice passivo da presente contenda. Neste sentido, a jurisprudência do TJ/PE:CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. RECURSO DE AGRAVO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO REJEITADA. PRESCRIÇÃO DE FUNDO DE DIREITO. INOCORRÊNCIA. RELAÇÃO DE TRATO
SUCESSIVO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 85 DO STJ. NO MÉRITO. CARÁTER DE GENERALIDADE DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO
DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. VANTAGEM EXTENSIVA AOS MILITARES INATIVOS E PENSIONISTAS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
RESERVA DE PLENÁRIO NÃO CONFIGURADA. RECURSO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Prefacial de ilegitimidade passiva ad causam
do Estado rejeitada, eis que o mesmo é solidariamente responsável pelo pagamento dos benefícios previdenciários, nos termos dos arts. 1º,
caput, e 94, ambos da LCE nº 28/2000. 2. Tratando-se de relação jurídica de trato sucessivo, a qual se renova a cada mês, a prescrição
atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação. 3. A gratificação de risco de policiamento ostensivo,
consoante jurisprudência reiterada deste Tribunal de Justiça de Pernambuco, possui natureza geral e há de ser paga também aos pensionistas
e inativos. 4. Quanto à violação da reserva do plenário reclamada, revela-se descabida, pois não houve qualquer espécie de declaração de
inconstitucionalidade e sim uma interpretação, baseada no princípio do livre convencimento motivado do julgador, sobre qual norma é mais
adequada para incidir no caso concreto. 5. Recurso de agravo unanimemente improvido. (TJ/PE. AGV: 3445927 PE. Relator: Itamar Pereira Da
Silva Junior. 4ª Câmara de Direito Público. DJe 27/08/2015). (destaques nossos). Por essas razões, rejeito a prefacial. Posta essa prévia, vejo o
mérito. O cerne da presente lide reside em saber se a autora detém, mesmo com o advento da Lei Complementar de nº 120/2008, o apontado
direito adquirido à manutenção da forma de cálculo na remuneração de seus proventos, mais precisamente no que tange ao Adicional por Tempo
de Serviço (qüinqüênio), a gratificação por tempo de serviço e por efetivo magistério ('Pó de Giz'), e a gratificação da especialização de magistério
em educação especial. Vê-se que, com a Lei Complementar Estadual nº 120/2008, os valores percebidos pelos servidores estaduais ocupantes
do Grupo Ocupacional Magistério, a título de adicional por tempo de serviço, foram incorporados aos vencimentos-base nesses termos: Art. 1º. Os
valores nominais de vencimento base atribuídos aos cargos integrantes do Grupo Ocupacional Técnico-Administrativo, de que trata o artigo 24 da
Lei Complementar nº 101, de 23 de novembro de 2007, à exceção do cargo de médico, passam a ser os constantes do Anexo Único da presente
lei, a partir de 1º de agosto de 2008.§1º. Em decorrência do disposto no caput deste artigo, ficam extintas, para os cargos nele mencionados,
por incorporação dos seus respectivos valores nominais ao vencimento base, as Gratificações de Incentivo à Titulação Profissional e Adicional
por Tempo de Serviço, instituídas, respectivamente, pelos artigos 39, inciso II, da Lei Complementar nº 101, de 23 de novembro de 2007, e 160,
inciso VIII, e 166, da Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968, e alterações.§2º. Ainda por efeito da fixação dos valores nominais de vencimento base
referida no caput deste artigo e no disposto no parágrafo anterior, não poderá haver decesso remuneratório, salvo erro de cálculo ou reforma de
decisão anterior, cuja eventual diferença detectada deverá constituir parcela de irredutibilidade remuneratória, expressa nominalmente, em valor
equivalente a eventual diferença detectada.§3º. Para efeito do disposto no parágrafo anterior, considerar-se-á remuneração a definida nos termos
da alínea "a" do § 2º do artigo 1º da Lei Complementar nº 13, de 30 de janeiro de 1995.§4º. A parcela de irredutibilidade remuneratória referida
no § 2º será concedida em caráter precário, enquanto persistir a diferença que a originou, devendo ser suprimida, integral ou parcialmente,
quando das futuras majorações remuneratórias, a qualquer título.§5º. Além da natureza jurídica prevista no § 2º, terá, ainda, a parcela de
irredutibilidade remuneratória, o condão de assegurar, a partir da data referida no caput deste artigo, aos servidores neles referidos, o reajuste
remuneratório mínimo de 5% (cinco por cento). (destaquei). Ao incorporar o valor nominal da gratificação ao vencimento-base, a parte ré não
promoveu qualquer decesso remuneratório nos proventos dos servidores. O que ocorreu, na verdade, foi uma alteração da forma da composição
salarial. No tocante à percepção das gratificações de "pó de giz" e de especialização como professor em educação especial calculadas sobre o
vencimento básico, não vislumbro a ocorrência da supressão apontada pela servidora, ao menos durante o período em que a mesma começou
a perceber proventos, à vista das fichas financeiras colacionadas às fls. 171/172 dos autos. Verifico, inclusive, que a repercussão geral do tema
constitucional versado nos presentes autos já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no RE 563.965-RG/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia,
vejamos: DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA
REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA.
LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal
pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime
jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de
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gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por
dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. (STF - RE nº 563.965,
Relatora Ministra CÁRMEN LÚCIA, Plenário, Publicado DJe de 20/03/2009).(grifei). Ainda do Supremo Tribunal Federal: AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. AUXÍLIO-INVALIDEZ. REDUÇÃO. REMUNERAÇÃO. PRESERVAÇÃO DO
VALOR NOMINAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. INOCORRÊNCIA. 1. Não há direito adquirido a regime
jurídico, sendo possível, portanto, a redução ou mesmo a supressão de gratificações ou outras parcelas remuneratórias, desde que preservado o
valor nominal da remuneração. Precedentes. 2. Para afirmar que houve redução da remuneração seria necessária a análise dos fatos e provas.
Incide no caso a Súmula n. 279 deste Tribunal. Agravo regimental a que se nega provimento'. (RE n. 550.650-AgR, Relator o Ministro Eros
Grau, 2ª Turma, DJe de 27.6.08). ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. FIXAÇÃO DE SUBSÍDIOS. MANUTENÇÃO DA REMUNERAÇÃO
TOTAL. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I - A jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que, ante a ausência de direito adquirido a regime jurídico, é legítimo que lei superveniente modifique a composição dos
vencimentos dos servidores públicos, desde que não haja decesso remuneratório. II - Agravo regimental improvido. (RE n. 597.838-AgR, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 24.2.11).EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. QUINTOS. TRANSFORMAÇÃO
EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE DIREITO
ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA
283 DO STF. PRECEDENTES. I - A ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. II - A
jurisprudência desta Corte está pacificada no sentido de que não configura ofensa ao direito adquirido a desvinculação do cálculo da vantagem
incorporada, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão ou função de confiança outrora ocupado pelo servidor, desde que respeitada a
irredutibilidade de vencimentos. Precedentes. III - Incumbe aos recorrentes o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos
da decisão atacada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 283 do STF. Precedentes. IV - Agravo regimental
improvido (RE-AgR 412232, RICARDO LEWANDOWSKI).AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR INTEGRANTE
DA RESERVA. SUPRESSÃO DO ADICIONAL DE INATIVIDADE DOS PROVENTOS. MP 2.131/2000. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO
À MANUTENÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. NÃO-CORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO À GARANTIA DE IRREDUTIBILIDADE
DE VENCIMENTOS. 1. Consoante a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os servidores públicos não têm direito adquirido a regime
jurídico, isto é, à forma de composição da sua remuneração. 2. Não se constata ofensa à garantia da irredutibilidade de vencimentos quando
preservado o valor nominal do total da remuneração. 3. Agravo Regimental desprovido (AI-AgR 730096, AYRES BRITTO). (grifos nossos). A
ressalva que se faz é que essas mudanças não podem reduzir a remuneração do servidor, considerando que o art. 37, XV, da CF/88 assegura o
princípio da irredutibilidade dos vencimentos (STF, Plenário, ARE 660010/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 30/10/2014 - repercussão geral).
Assim, posiciona-se o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco:ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR. RESTAURAÇÃO DA FORMA
DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. LCE Nº 32/2001. AUSÊNCIA DE DECESSO REMUNERATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE
DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. APELO IMPROVIDO. 1. É remansoso no âmbito do Supremo Tribunal Federal o entendimento
de que inexiste direito adquirido a regime jurídico (e à forma de cálculo de vantagem remuneratória) por parte dos servidores públicos, sejam
os mesmos ativos ou inativos. Precedentes citados. 2.Por outro lado, verifica-se que os autores/apelantes não comprovaram a ocorrência de
decréscimo salarial após as alterações introduzidas pelas Leis Complres de nºs 32/2001 e 59/2004. 3. Assim, fixada a inexistência de direito
adquirido à forma de cálculo de vantagem remuneratória por parte dos servidores públicos, é de rigor reconhecer a legitimidade das alterações
legislativas levadas a efeito seja pela Lei Complementar Estadual nº 32/2001, que vedou "a vinculação de quaisquer vantagens remuneratórias,
parcelas ou acréscimos pecuniários ao soldo", seja pela Lei Complementar nº 59/2004 que incorporou várias gratificações ao soldo dos militares
e transformou a vantagem denominada "adicional de inatividade" em parcela autônoma de remuneração, preservando o valor nominal global
percebido pelos servidores. 4.Apelo improvido. (TJ-PE - APL: 1157551220098170001 PE 0115755-12.2009.8.17.0001, Relator: Francisco José
dos Anjos Bandeira de Mello, Data de Julgamento: 29/03/2012, 8ª Câmara Cível, Data de Publicação: 66/2012). (destaquei). Não havendo, pois, a
parte autora comprovado decesso remuneratório, não há qualquer direito adquirido ao regime jurídico que garanta forma de cálculo anterior à LC
120/2008. Ante o exposto atenta a tudo que mais dos autos consta e aos princípios de Direito aplicáveis à espécie, JULGO IMPROCEDENTE o
pleito inicial, com arrimo no art. 487, I, do novo Código de Processo Civil. Sucumbente, deve a promovente arcar com o pagamento dos honorários
advocatícios, os quais ora fixo em 10% do valor atualizado da causa, a teor do art. 85, §2º do CPC. Por fim, ressalvo que a condenação imposta
à vencida ficará sob condição suspensiva de exigibilidade, somente podendo ser executada se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em
julgado da decisão, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade
(§3º, do art. 98, do NCPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado desta decisão, arquivem-se os autos. Recife (PE),
08 de outubro de 2018. Patrícia Xavier de Figueirêdo Lima JUÍZA DE DIREITO
Processo nº 0011429-35.2008.8.17.0001Ação Cautelar InominadaAutor: Agroplan LtdaRéu: Município do Recife Processo nº:
0014879-83.2008.8.17.0001Ação Anulatória de Débito Fiscal Autor: Agroplan LtdaRéu: Município do Recife SENTENÇA Vistos etc. I -
Trata-se de julgamento simultâneo da medida cautelar inominada n.º 0011429-35.2008.8.17.0001 e da ação anulatória de débito fiscal n.º
0014879-83.2008.8.17.0001, feitos reunidos por força da conexão. 1. Processo n° 0011429-35.2008.8.17.0001 AGROPLAN LTDA, qualificada
nos autos, através de advogado constituído, promoveu a presente Ação Cautelar Inominada em face do MUNICÍPIO DO RECIFE, objetivando a
suspensão da exigibilidade de débitos tributários relativos ao Auto de Infração no 15.00465.8.07. Asseverou que os serviços objeto do referido
auto de infração foram prestados em outros municípios da Federação, ocorrendo no local de cada prestação de serviço os respectivos fatos
geradores do ISS, de forma que o tributo é devido aos respectivos municípios, e não ao réu. Pediu, em caráter liminar, a suspensão da exigibilidade
dos respectivos débitos, determinando-se ao réu que emita autorização para a confecção de talonários, documentos fiscais e certidão negativa
de débitos. No mérito, requereu a procedência dos pedidos, confirmando-se a liminar. Inicial instruída com documentos e guia de recolhimento
de custas (fls. 11/32). Pelo despacho de fl. 34, o Juízo deixou para se pronunciar sobre o pedido de liminar após a manifestação da parte
ré. Devidamente citada, a parte ré contestou às fls. 39/45, sustentando preliminarmente a ilegitimidade passiva da Secretaria de Finanças
da Prefeitura do Recife. No mérito, defendeu que o legislador municipal elegeu o critério pelo qual se considera o lugar em que o prestador
é estabelecido como local do fato gerador. Assim, sustentou a legalidade e constitucionalidade da cobrança e pediu a improcedência dos
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pedidos. Réplica às fls. 51/54. O Ministério Público opinou pela procedência dos pedidos (fls. 55/57). 2. Processo n° 0014879-83.2008.8.17.0001
AGROPLAN LTDA, qualificada nos autos, através de advogado constituído, promoveu a presente Ação Anulatória de Débito Fiscal em face do
MUNICÍPIO DO RECIFE, distribuída por dependência ao processo n° 0011429-35.2008.8.17.0001. Reiterando os termos da cautelar, acrescentou
que o montante apontado no auto de infração nº 15.00465.8.07 não corresponde à realidade contábil apresentada pela demandante, já que
o valor da receita não representa o somatório dos valores constantes nas notas fiscais dos serviços emitidos. Reforçou o pedido liminar de
suspensão da exigibilidade do crédito e, no mérito, pediu o reconhecimento da nulidade do auto de infração por vício formal. Juntou documentos
e guia de recolhimento de custas (fls. 10/25). Pelo despacho de fl. 26, o Juízo deixou para se pronunciar sobre o pedido de liminar após a
manifestação da parte ré. Devidamente citada, a parte ré contestou às fls. 35/37. No mérito, defendeu a legalidade da cobrança, assegurando
que o ato administrativo de lançamento tem presunção de legitimidade. Pediu, ao fim, a improcedência dos pedidos. Não houve réplica, conforme
certidão de fl. 43. O Ministério Público opinou pela procedência parcial dos pedidos (fls. 44/46). Após, vieram os autos conclusos para julgamento,
remetidos pela 3ª Vara da Fazenda Pública para esta Central de Agilização Processual. São os relatórios. DECIDO. II - Conforme explicitado no
relatório, trata-se de julgamento simultâneo de feitos, reunidos por força da conexão. Cuida-se de hipótese que dispensa dilação probatória, uma
vez que os elementos constantes dos autos, inclusive a prova documental, já são suficientes para emitir a sentença antecipadamente, conforme
autoriza o art., 330, inciso I, do CPC. Antes de adentrar ao mérito, faz-se necessária a análise da preliminar ofertada pela ré, de ilegitimidade
passiva ad causam. Defende o requerido que a Secretaria de Finanças do Município do Recife não deveria integrar o pólo passivo da lide.
De fato, assiste razão ao réu quando argumenta a ausência de personalidade jurídica da Secretaria, integrante da estrutura da Administração
Pública; porém, observo que as demandas apenas foram distribuídas e cadastradas em nome de referido ente, pois as iniciais são claramente
direcionadas ao Município e pedem a citação deste. Assim, houve simples equívoco do órgão distribuidor quando da autuação dos feitos, razão
pela qual determino a retificação do pólo passivo de ambos para Município do Recife no sistema e na capa dos autos. Assim sendo, rejeito a
preliminar, vez que, à evidência, não há ilegitimidade passiva. Outrossim, não vislumbro qualquer prejuízo para o requerido, já que o feito foi
contestado em nome do Município, através de sua Procuradoria. Ultrapassada a questão introdutória, passo a analisar o mérito da lide. Trata-se
de demanda em que se discute a exigibilidade do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, cobrado no período de janeiro/2003 até
dezembro/2005, no auto de infração nº 15.00465.8.07. Segundo o art. 156, III, da Constituição Federal/1988, compete aos Municípios a instituição
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, não compreendidos aqueles relativos ao ICMS. A Lei Complementar nº 116/03, publicada
em 31/07/2003, por sua vez, define o Município competente para a cobrança do ISS na prestação do serviço, dispondo, em seu art. 3º, que se
considera prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador,
salvo algumas exceções que o próprio artigo trata de listar. Vejamos:Art. 3o O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII,
quando o imposto será devido no local: I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele
estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar;II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas,
no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19
da lista anexa;IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;V - das edificações em geral, estradas, pontes,
portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração,
tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09
da lista anexa;VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques,
jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e
poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza
e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;X - (VETADO)XI - (VETADO)XII -
do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa;XIII - da
execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;XIV
- da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;XV - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no
caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa;XVI - dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados,
no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;XVII - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do
bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;XVIII - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e
congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;XIX - do Município onde está sendo executado
o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa;XX - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta
de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;XXI - da feira, exposição,
congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da
lista anexa;XXII - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20
da lista anexa. Ocorre que, na hipótese dos autos, alguns dos fatos geradores do ISS, relativos ao auto de infração que se pretende anular,
ocorreram sob a égide do Decreto-Lei n° 406/68, pois se referem à suposta falta de recolhimento do ISS nos meses de janeiro a dezembro de
2003, tendo a Lei Complementar nº 116/03 entrado em vigor apenas em 1º de janeiro de 2004. Nos termos do artigo 12 do Decreto-lei 406/68,
à época vigente, "considera-se local da prestação do serviço: a) o estabelecimento prestador ou, na falta de estabelecimento, o do domicílio do
prestador". Assim, a solução da controvérsia consiste em definir o município competente para exigir o ISS incidente sobre os serviços prestados
pelo autor durante a vigência do Decreto-Lei n° 406/68 (para a cobrança no ano de 2003) e pela Lei Complementar nº 116/03 (para a cobrança de
2004/2005). No ponto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em revisitação ao tema, por ocasião do julgamento do REsp nº 1.060.210/
SC - submetido à sistemática dos recursos repetitivos prevista no art. 543-C do CPC -, analisando as hipóteses de incidência de ISS sobre
arrendamento mercantil financeiro, concluiu que: "(b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do
estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada,
assim entendido o local onde se comprove haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes
à concessão e aprovação do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo". De tal sorte, é a mais moderna
orientação do Superior Tribunal de Justiça:"TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISSQN. ENGENHARIA CONSULTIVA. SERVIÇO QUE NÃO
SE CONFUNDE COM O DE CONSTRUÇÃO CIVIL. ART. 11, PARÁGRAFO ÚNICO, DO DECRETO-LEI N. 406/68. MUNICÍPIO COMPETENTE
DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR. CONTROVÉRSIA DECIDIDA PELA PRIMEIRA SEÇÃO NO RESP 1.060.210/SC, SUBMETIDO AO
REGIME DO ART. 543-C DO CPC. 1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 1.060.210/SC, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC
e da Resolução STJ n. 08/2008, firmou a orientação no sentido de que: "(b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é
o Município da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde
a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com
poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo".2.
Ao contrário do que se possa imaginar, as premissas estabelecidas nesse precedente aplicam-se a todos os casos que envolvam conflito de
competência sobre a incidência do ISS em razão de o estabelecimento prestador se localizar em municipalidade diversa daquela em que realizado
o serviço objeto de tributação.3. No caso dos autos, a controvérsia se refere a fatos geradores do ISSQN ocorridos na vigência do Decreto-Lei n.
406/68, restando incontroverso que a sociedade recorrida possuía, à época dos fatos, estabelecimento prestador no Município de São Paulo.4.
O serviço de engenharia consultiva desenvolve-se antes ou até mesmo em concomitância com o serviço de "construção civil", mas com esse
não se confunde, conforme se depreende do art. 11, parágrafo único, do Decreto-Lei n. 406/68. Inaplicabilidade, portanto, da exceção à regra de
competência prevista na alínea "b" do art. 12 desse normativo.5. Dessa forma, aplicando-se a recente orientação jurisprudencial deste Tribunal
Superior firmada nos autos do REsp 1.060.210/SC, tem-se que subsiste relação jurídico-tributária apta a legitimar a instituição e cobrança do
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ISSQN pelo Município de São Paulo em relação aos fatos geradores ocorridos sob a vigência do Decreto-Lei n. 406/68, uma vez que, para esse
período, o município competente corresponde àquele onde situado o estabelecimento prestador. 6. Recurso especial a que se dá provimento.
(STJ, REsp 1211219/SP, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, j. em 24/04/2014, DJe 20/05/2014). A mesma conclusão lógica passou
a ser adotada pelo TJPE, em julgado que ora trago:TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA ISSQN PELO MUNICÍPIO DO RECIFE
SOBRE SERVIÇO PRESTADO FORA DE SUA SEDE. IMPOSSIBILIDADE. AVILTAMENTO AOS TERMOS DA LC Nº 116/2003. REFORMA DA
SENTENÇA PARA DETERMINAR A REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL. JURISPRUDÊNCIA
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CORREÇÃO E JUROS PELO STJ SEGUNDO O RESP 1495146/MG. PROVIMENTO DO APELO. 1.
Trata-se de apelação cível manejada contra sentença em ação ordinária onde o Juízo entendeu como improcedentes os pedidos arguidos na
exordial, onde a empresa, ora recorrente, defende que está sofrendo tributação e cobrança de ISSQN (Imposto sobre Serviços) pelo Município do
Recife em razão de serviços prestados em outros Municípios da Federação. Ônus sucumbencial de 10 % (dez por cento) do valor da causa. 2. No
recurso a apelante informa que presta serviços de cobrança e renegociações de crédito a diversas instituições bancárias, em diversos Municípios
do país, mas que o Município do Recife vem efetuando a tributação sobre serviços não realizados dentro da área geográfica do Município, o que
afronta a LC nº 116/2003. Com essa argumentação, o pedido é pela reforma da sentença. 3. O Juízo julgou improcedentes os pedidos arguidos
na exordial e condenou a recorrente ao ônus sucumbencial de 10% (dez por cento) do valor da causa. 4. A autora minucia os fatos alegando
que o Município do Recife vem tributando os serviços de cobrança como se estes tivessem sido prestados na sede da Capital Pernambucana,
quando, na verdade, foram prestados em diversos Estados do país, onde igualmente possui sede/filial/escritório para o mesmo fim, em razão
da diversidade de agências bancárias dos mais diversos bancos que solicitam sua intervenção. 5. A princípio, merece ressalva que o ISSQN é
tributo de competência municipal e é cobrado em razão da prestação de serviços, nos termos da Constituição de 1988. 6. Ademais, a respeito
de se saber qual o município competente para o recolhimento do citado imposto, tal dúvida dirimiu-se com o julgamento do REsp 1.117.121/SP
(representativo da controvérsia - DJe 29/10/2009), onde o STJ assentou entendimento de que a competência para cobrança do ISS, sob a égide
do Decreto-Lei nº 406/1968, era do local da prestação do serviço e, após a Lei Complementar nº 116/2003, passou a ser do local da sede do
prestador (art. 3º da LC ). 7. Ora, a análise da documentação acostada aos autos revela que a empresa apelante possui sede na Rua da Moeda,
63, 1º Andar, nesta Capital (Contrato Social às fls. 21/27) e a matriz tem sede no mesmo endereço, conforme cláusula 4ª do citado contrato social.
Todavia, a empresa possui diversos escritórios espalhados pelo país, de acordo com a necessidade de atendimento às agências bancárias e
instituição financeiras que solicitam e contratam os seus serviços de cobrança. 8. Vê-se, então, que em cada lugar em que o serviço tem sido
prestado, fora da Capital Pernambucana, a empresa possui filial com proveito econômico e logística para o desempenho de suas atividades. 9.
Por outro lado, os lançamentos fiscais referem-se a ISSQN do ano fiscal de 2012, portanto, em momento posterior à edição da Lei Complementar
nº 116/2003, que determinou o Município da sede da empresa para cobrança do imposto.10. A abertura de escritórios pela empresa em outros
Estados da Federação para atender a demanda de serviços, notadamente, aqueles requisitados pelo Banco do Brasil, tem sim o condão de
modificar o estabelecimento da apelante, para fins de determinação da competência municipal para cobrança do ISSQN, conforme anotou o
Juízo. 11. A jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça é exatamente nesse sentido. 12. Assim, entende-se que a exação fiscal providenciada
pelo Município encontra-se incorreta, quando lavrada sobre serviço prestado fora das linhas territoriais do Município do Recife. A sentença deve
ser modificada para se determinar a repetição do indébito tributário, nos termos pedidos na inicial, com inversão do ônus sucumbencial, tudo a
ser apurado em fase de liquidação. 13. PROVIMENTO do recurso. CORREÇÃO E JUROS PELO STJ SEGUNDO O RESP 1495146/MG. (TJPE,
Apelação 454365-50010976-64.2013.8.17.0001, Rel. Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, 3ª Câmara de Direito Público, julgado em 17/07/2018, DJe
14/09/2018). Assim, a competência para cobrança do ISS sobre fatos geradores ocorridos na vigência do Decreto-lei 406/68 é do município onde
está situado o estabelecimento prestador do serviço, conforme jurisprudência firmada pela 1ª seção do STJ no julgamento do REsp 1.060.210,
quando foi definido que o sujeito ativo da relação tributária, durante a vigência do decreto-lei, é o município onde se situa a empresa prestadora,
à exceção dos serviços de construção civil e exploração de rodovias. Nesse sentido:AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. ISS. FATOS GERADORES OCORRIDOS NA VIGÊNCIA DO DECRETO-LEI N. 406/1968. SUJEITO
ATIVO DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA. SEDE DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR DO SERVIÇO. RECURSO REPETITIVO. NECESSIDADE
DE DEVOLUÇÃO DOS AUTOS PARA QUE O TRIBUNAL LOCAL PROSSIGA NO JULGAMENTO DA APELAÇÃO. 1. A Primeira Seção, no
julgamento do REsp 1.060.210/SC (paradigma repetitivo), firmou entendimento de que, tratando-se de fato gerador do ISS ocorrido na vigência do
Decreto-Lei n. 406/1968, o sujeito ativo da relação tributária é o município no qual está localizada a sede do estabelecimento prestador do serviço.
2. Estabelecida essa premissa, da qual destoa o acórdão recorrido, e considerando que a divergência entre as partes - inclusive objeto do apelo
interposto - está em definir qual o estabelecimento prestador do serviço, devem os autos retornar à origem para que o Tribunal local prossiga no
julgamento da apelação, a partir da prova dos autos e da conclusão jurídica fixada no aresto paradigma. 3. Agravo interno parcialmente provido.
(STJ, AgInt nos EDcl no REsp 1721926/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe 27/06/2018). A
mudança de paradigma pode ser visualizada com mais facilidade a partir da lição de Hugo de Brito Machado1 (2014, p. 411-412): "O STJ vinha
entendendo que competente para a cobrança do ISS seria o Município em cujo território ocorre a prestação do serviço, sendo irrelevante o local
em que se encontra o estabelecimento prestador. Com essa orientação jurisprudencial, a pretexto de interpretar o art. 12 do Decreto-lei 406/1968,
vinha declarando implicitamente sua inconstitucionalidade. A Lei Complementar 116/2003 manteve a regra de competência do art. 12 do Decreto-
lei 406/1968, embora tenha ampliado as exceções a essa regra. Em seu art. 3º estabeleceu que o serviço considera-se prestado e o imposto
devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas
em seus incisos, que indicam o local em que será devido o imposto. Na determinação de qual seja o Município competente para a cobrança
do ISS é de grande importância sabermos o que se deve entender por "estabelecimento prestador do serviço". Para esse fim, considera-se
estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que
configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevante para caracterizá-lo as denominações - sede, filial, agência, posto de atendimento,
sucursal, escritório de representação ou contato, ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas (Lei Complementar 116/2003, art. 4º)". Nesse
contexto, perfilhando a orientação emanada pelo Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria, tenho que o pedido do autor merece ser julgado
improcedente. Explico. Vê-se, do contrato social de fl. 13, que o requerente tem sede na cidade do Recife e, na vigência do Decreto-lei 406/68,
para os débitos envolvidos no ano de 2003, a competência para cobrança do ISS é do município onde está situado o estabelecimento prestador
do serviço, no caso, o Município do Recife. Logo, para esse período, é lícita a cobrança do tributo, devendo ser mantida sua exigibilidade. Já em
relação aos fatos geradores ocorridos nos anos de 2004/2005, quando já estava em vigor a LC nº 116/2003, entendo que: a) à luz do objeto social,
os serviços prestados pela requerente não fazem parte da lista excepcional criada pelo art. 3º, que importaria em recolhimento do tributo no local
da prestação do serviço; inexiste comprovação de que o requerente possui unidades econômica/profissional nos locais onde prestou serviço, de
modo a ser sua situação amoldada ao decidido no Recurso Repetitivo do STJ. Portanto, entendo que a regra geral do caput do art. 3º da LC nº
116/2003 deve ser aplicável ao caso, mantendo-se como ente competente para receber o ISS devido em virtude das operações ocorridas no AI
em referência o local do estabelecimento prestador do serviço, qual seja, o Município do Recife. III - Ante o exposto, decidindo conjuntamente
os processos (nº 0011429-35.2008.8.17.0001 e 0014879-83.2008.8.17.0001), julgo-os IMPROCEDENTES, nos termos do artigo 487, I do CPC.
Custas satisfeitas. Condeno a parte autora a pagar honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa, em cada um dos
processos, tendo em vista o disposto no art. 85, § 4º, III, do CPC. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Ciência ao Ministério Público. Após o
trânsito em julgado, arquivem-se. Recife, 25 de outubro de 2018.ANA PAULA COSTA DE ALMEIDAJuíza de Direito Substituta1 MACHADO, Hugo
de Brito. Curso de direito tributário. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO
PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0003207-05.2013.8.17.0001 Autor: José Carlos
da Silva Réu: Estado de Pernambuco e outros SENTENÇAEMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR REFORMADO. DUPLA PROMOÇÃO POR
QUANDO DA PASSAGEM À RESERVA REMUNERADA. PRELIMINAR: INÉPCIA DA INICIAL E ILEGITIMIDADE PASSIVA. REJEITADAS.
AUSÊNCIA DE PREVISÃO DE DUPLA PROMOÇÃO NO MOMENTO DA REFORMA NA LC Nº 59/2004. INAPLICABILIDADE AUTOMÁTICA DA
SÚMULA Nº 51 DO STF. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Inteligência do art.
487, I do CPC. Vistos, etc. JOSÉ CARLOS DA SILVA, devidamente qualificado nos autos, através de advogado habilitado, propôs a presente
AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO contra o ESTADO DE PERNAMBUCO, o FUNDO FINANCEIRO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS
SERVIDORES DE ESTADO DE PERNAMBUCO e a FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE
PERNAMBUCO, afirmando, em síntese, ser policial militar da reserva, tendo sido reformado em 30.09.2010, com os proventos equivalentes
ao grau hierárquico imediatamente superior ao de cabo PM, qual seja, de 3º Sargento, conforme inicial de fls. 02/18. Nessa peça, alega, em
suma, que a Súmula 51 do STF estabelece que o militar tem direito até duas promoções na passagem para inatividade, ainda que por motivos
diversos. Sendo assim, entende que deveria ter sido promovido para a graduação de 2º Sargento, o que corresponderia a duas promoções,
posto que quando estava na ativa ocupava a graduação de Cabo. Informa que a Polícia Militar é considerada força auxiliar e reserva do Exército,
conforme art. 2º da Lei nº 6.783/74, razão pela qual o art. 59 da Lei nº 2.370/54, que regulamenta a inatividade dos militares do Exército, Marinha
e Aeronáutica, também deve ser aplicado aos policiais militares estaduais. Assinala de que o art. 2º da Lei Estadual nº 9.221/83 limita o número
de promoções que o militar pode obter na sua passagem para inatividade ao montante de duas. Alega que o art. 171, § 2º da Constituição
Estadual, o qual proíbe que os proventos da reserva remunerada sejam superiores aos vencimentos do cargo efetivo na ativa, com a redação
dada pela EC nº 16/99, carece de inconstitucionalidade formal, posto que matéria tratada é reservada à lei específica de iniciativa do Chefe
do Poder Executivo. Afirma que se tratando de vencimentos, reforma e pensão de servidor público, o administrador está obrigado a aplicar o
que a lei determina, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade. Tece consideração acerca da responsabilidade civil do Estado, momento
em que alega que o não pagamento dos proventos de forma correta gera prejuízos ao patrimônio do requerente. Sendo assim, entende que
tem direito a receber o pagamento do valor dos atrasados, com juros e correção monetária, bem como a percepção de indenização por danos
materiais e morais. Cita julgados sobre a matéria. Ao final pugna pela procedência da ação para que a parte ré seja compelida a retificar o ato
administrativo de transferência para a reserva remunerada, de forma que o autor passe a receber seus proventos integrais no valor correspondente
ao de soldo de 2º Sargento da PMPE, com data retroativa a de 14.09.2010. Requer, ainda, a declaração incidental de inconstitucionalidade
do art. 171, § 2º da EC 16/99, bem como as diferenças da remuneração vencidas e vincendas e indenização por danos morais e materiais
supostamente sofridos. Formulou pedido de justiça gratuita. Atribuiu à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Juntou documentos de fls.
19/24. A petição inicial foi indeferida, conforme sentença de fls. 25/26. Inconformado com a sentença, o demandante interpôs apelação às fls.
28/45, tendo o recurso sido recebido no duplo efeito, conforme decisão de fls. 46. Decisão terminativa de fls. 59/60 deu provimento à apelação
para reformar a sentença proferida e para declarar este Juízo como competente para processar e julgar o feito. Justiça gratuita deferida às
fls. 63. Os réus apresentaram contestação às fls. 66/82, suscitando, em sede de preliminar, a inépcia da inicial e a ilegitimidade passiva do
Estado de Pernambuco e do FUNAFIN. No mérito, aduzem, em síntese, que a legislação do Estado de Pernambuco aplicável ao autor, tendo em
vista a data de sua passagem para a reserva remunerada, não estabelece direito a duas promoções, mas apenas aposentadoria com base no
soldo do grau hierárquico imediatamente superior ao da ativa, conforme LC nº 59/2004. Assinalam que o direito à aposentaria pretendida com
base na graduação do segundo grau hierárquico imediato só existiu no Estado em hipóteses bastantes específicas disciplinadas por diplomas
legais há muito revogados e aplicável apenas ao Soldado PM reformado por incapacidade definitiva, nos termos do art. 83, § 1º da Lei nº
10.426/90. Destacam que após o advento da EC nº 16/99, restou vedado ao militar estadual passar à inatividade com proventos da graduação
superior, haja vista a proibição constante no art. 171, §§ 2º e 3º da Constituição Estadual. Ressalta que após a edição da LCE nº 59/2004.
Defendem a constitucionalidade do art. 171, § 2º da EC 16/99. Ressaltam a inexistência de danos morais e materiais indenizáveis. Tecem outras
considerações. Ao final pugnam pelo acolhimento das preliminares e, caso superadas, requerem o julgamento improcedente dos pedidos. Réplica
às fls. 88/98. Substabelecimento atravessado às fls. 99/100. O Ministério Público, através de parecer de fls. 101/103, opinou pela improcedência do
pedido. Vieram-me os autos conclusos. RELATADOS. PASSO A DECIDIR. Mantenho os benefícios da justiça gratuita anteriormente concedidos.
Importante destacar que, por não haver qualquer pronunciamento das partes acerca do interesse de produção de mais provas e, tratando-se de
matéria eminentemente de direito, entendo que há, nos autos, provas documentais suficientes para comprovar o alegado, tipificando uma das
hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido, conforme os termos do art. 355, inciso I do Código de Processo Civil: "Art.
355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção
de outras provas;" A preliminar de inépcia da inicial não merece guarida, posto que, em caso de eventual procedência da ação, o valor devido
ao autor será apurado em sede de liquidação, sendo, na ocasião do cumprimento de sentença, dada aos réus a oportunidade de impugnar a
quantia executada. Além disso, verifico que documentos colacionados à inicial são suficientes para a análise do pleito autoral. Em relação à
alegada ilegitimidade passiva do Estado de Pernambuco, entendo que melhor sorte não cabe as considerações dos contestantes, haja vista que,
apesar de ser a FUNAPE a única responsável pelo pagamento dos valores recebidos por aposentados, inativos e pensionistas do Estado de
Pernambuco, há, nos autos, pedido pagamento de valores vencidos e não recebidos, motivo pelo qual, a inclusão do Estado de Pernambuco
no polo passivo da demanda se faz de acordo com a conveniência do demandante, que poderão executar ou um ou outro nos valores que
porventura lhes fizer direito. A ilegitimidade passiva do FUNAFIN igualmente não merece guarida, posto que tal fundo é dotado de personalidade
jurídica e patrimônio distinto da FUNAPE, não podendo esta responder pelas obrigações daquela entidade, conforme art. 2º, § 4º da Lei nº
28/2000. Superada a defesa processual, passo ao mérito. Trata-se de ação em que se busca a revisão dos cálculos de proventos da inatividade,
baseando-se na dupla promoção que não teria ocorrido quando da passagem do autor para a reserva remunerada. O cerne da questão cinge
em saber se o autor tem direito aos proventos de aposentadoria equivalentes à graduação de 2º Sargento. No caso sub examine, observo que
o autor foi reformado em novembro/2010, conforme Portaria nº 3256 de 30.09.2010 (fls. 20). Cumpre ressaltar que no momento da transferência
do demandante para inatividade, vigorava a Lei Complementar nº 59/2004, que garante aos militares, quando da passagem para a reserva
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remunerada ou reforma, a percepção de remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava na ativa,
nos termos do art. 21, in verbis: "Art. 21. Fica assegurada aos militares da ativa, quando de sua passagem à reserva remunerada ou reforma, a
percepção da remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava em atividade, a título de promoção."
Nesse contexto, observo que no momento da reforma, o autor, então Cabo, foi promovido para a graduação 3º Sargento, grau imediatamente
superior ao que ocupava, conforme documento de fls. 20. Na linha de entendimento acima esposado, colaciono o seguinte julgado deste E.
Tribunal de Justiça: RECURSO DE APELAÇÃO. MILITAR REFORMADO. EC 16/99. INCONSTITUCIONALIDADE RECHAÇADA. PASSAGEM À
INATIVIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº. 59/2004. PROMOÇÃO À PATENTE SUPERIOR (3º SARGENTO). IMPOSSIBILIDADE DE PROMOÇÃO
PARA 2º SARGENTO. DUPLA PROMOÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.1. Não merece guarida a alegação do apelante
de inconstitucionalidade do art. 171, §2º e §3º da Constituição Estadual, pois tais dispositivos vieram para ajustar a Carta Estadual à Constituição
Federal. Com a edição da Emenda Constitucional Estadual nº. 16/99, responsável pelo atual texto dos supramencionados §§1º e 2º do artigo
171, ficaram revogados os dispositivos que previam a possibilidade de militares da inativa receberem proventos maiores que os da ativa que
ocupem mesmo posto.2. É cediço que a aposentadoria do servidor público deve ser regida pela legislação vigente à época em que o servidor
tenha implementado as condições para sua concessão (Súmula nº. 359 do Supremo Tribunal Federal).3. O apelante foi transferido para a Reserva
Remunerada em 20/10/2010, com base no 21, da LCE nº 59/20041, e nos termos dos artigos 88, inciso II2 e 90, inciso I, da Lei nº 6.783/19743. 4.
Como visto, o militar foi reformado após a vigência da Emenda Constitucional Estadual nº. 16/99, a qual revogou tacitamente os dispositivos da
Lei nº. 10.426/90 que garantiam ao militar inativo a possibilidade receber proventos maiores que os da ativa que ocupassem o mesmo posto.5.
Com efeito, a Lei Complementar nº. 59/2004, com a redação dada pela Lei nº. 12.731/2004, prevê que o militar, quando da passagem para a
inatividade, passa a ter direito à percepção da remuneração correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava
em atividade, a título de promoção, dando tal direito inclusive aos militares que já estavam na reserva ou reforma no momento da edição da
LC.6. Outrossim, o § 3º do art. 21 da EC 16/99 traz dispositivo que garante ao militar, quando da passagem à reserva remunerada ou reforma,
o status e dignidade de tratamento hierárquico correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior ao que ocupava.7. No presente
caso, o recorrente, quando de sua passagem para a inatividade, em 20/10/2010, foi promovido à patente de 3º Sargento, superior a de Cabo,
posto que ocupava na atividade (fl. 22). Subir mais uma vez a graduação, para 2º Sargento PM, seria provocar uma dupla promoção, o que não é
possível de acordo com a legislação vigente.8. Com efeito, a Súmula nº 51 do STF dispõe que: "Militar não tem direito a mais de duas promoções
na passagem para a inatividade, ainda que por motivos diversos". Ocorre que o mencionado verbete tem apenas o intuito de definir normas
gerais para os Estados, determinado que as legislações estaduais somente podem prever duas promoções nesses casos.9. Sendo assim, a
legislação estadual, aplicável à matéria, previu apenas uma promoção para o militar que entra na reserva, sendo ela no posto imediatamente
superior ao que ocupava quando na ativa (Lei Complementar nº 59/2004). Desse modo, o recorrente, Cabo da PM no momento da reforma, foi
corretamente promovido à graduação de 3º Sargento, não havendo nenhuma irregularidade ou ilegalidade a ser sanada.10. O militar não tem
direito à promoção pretendida, na patente de 2º Sargento, mas, tão somente, à promoção de 3º Sargento, o que já goza desde 20/10/2010,
pois é fato incontroverso nos autos que a Administração Pública implantou os proventos correspondentes à graduação correta. (...) (Apelação
500357-40042227-37.2012.8.17.0001, Rel. Erik de Sousa Dantas Simões, 1ª Câmara de Direito Público, julgado em 17/07/2018, DJe 01/08/2018)
(grifamos) Desta forma, não há que se falar em dupla promoção na passagem para a inatividade do autor da presente demanda, haja vista que o
ato de aposentação se deu da forma correta prevista na legislação em vigor. Em relação à Súmula nº 51 do STF, a qual dispõe que o "militar não
tem direito a mais de duas promoções na passagem para a inatividade, ainda que por motivos diversos", cumpre ressaltar que sua aplicação não
é automática, sendo necessário a edição de lei estadual com tal previsão. Na verdade, o verbete assinalado tem a finalidade de definir que as
legislações estaduais somente podem prever duas promoções na passagem para a inatividade. Logo, como a LCE nº 59/2004 não traz qualquer
previsão quanto ao direito de dupla promoção quando da passagem para a reserva, carece de respaldo legal o pedido autoral de retificação do
ato de aposentadoria. Nesse sentido já decidiu este E. Tribunal de Justiça: PREVIDENCIÁRIO. DUPLA PROMOÇÃO EM FACE DA PASSAGEM
PARA A INATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. LCE N° 59/04 NÃO FEZ PREVISÃO. APELAÇÃO IMPROVIDA. DECISÃO UNÂNIME. 1. O cerne da
questão posta diz respeito a existência de direito ou não do autor/apelante de perceber seus proventos com base em dupla promoção. 2. O art.
21, § 2º, da LCE nº 59/04 é expresso no sentido de dar garantia a todos os militares que se encontrassem reformados à época da sua entrada em
vigor, em 05 de julho de 2004, da percepção dos proventos de inatividade no valor correspondente ao posto ou graduação imediatamente superior
ao que ocupava em atividade, a título de promoção, sem fazer qualquer distinção quanto ao grau da incapacidade que motivou a reforma. 3. A
aplicação da Súmula nº 51 do STF não é automática, sendo necessária a edição de legislação estadual para tanto. E, como dito anteriormente,
a LCE nº 59/04 não fez qualquer previsão ao direito do recebimento de dupla promoção quando da passagem para a reserva. 4. Carece de
respaldo legal o pedido de dupla promoção em face da passagem do demandante a inatividade. 5. O direito à percepção de proventos, com
base no grau hierárquico imediatamente superior ao percebido na atividade, a título de promoção, já foi garantido ao agravante quando da
passagem deste para a reserva (fls. 07/09), não lhe sendo devida qualquer indenização. 6. Apelação improvida. 7. Decisão unânime. (Apelação
499888-50036681-35.2011.8.17.0001, Rel. Itamar Pereira Da Silva Junior, 4ª Câmara de Direito Público, julgado em 06/07/2018, DJe 19/07/2018)
(grifamos) Quanto ao pedido de declaração de inconstitucionalidade, é fundamental esclarecer que a EC nº 24/05 deu nova redação ao art. 100,
§ 13 da Carta Magna Estadual, excluindo do regime dos servidores militares a vedação constante no art. 171, §§ 2º e 3º. Assim, é perfeitamente
possível aos militares inativos perceberem proventos em valores superiores à remuneração percebida pelos mesmos quando em atividade. Sendo
assim, verifico o pleito de declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 171, § 2º da Constituição Estadual, com redação dada pela
EC nº 16/99, não guarda pertinência com a presente demanda. ISTO POSTO, por tudo que contém os autos, JULGO IMPROCEDENTES OS
PEDIDOS, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 98, § 3º do CPC. Fixo os honorários advocatícios no importe
de R$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do art. 85, §8º, do CPC. Publique-se. Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as cautelas
devidas.Recife, 14 de novembro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito 2
Processo nº 0056266-15.2007.8.17.0001Ação Ordinária Autor: Juscelino Estácio BarretoRéu: Estado de PernambucoSENTENÇA Vistos etc.
Juscelino Estácio Barreto, qualificado na inicial, por intermédio de advogado legalmente habilitado por instrumento de mandado, ingressou com a
presente ação de rito ordinário com pedido de tutela antecipada em face do Estado de Pernambuco, igualmente qualificado, aduzindo, em resumo,
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que em 07.06.2007 foi publicado no Diário Oficial de Pernambuco portaria do Secretário de Defesa Social do Estado, determinando a exclusão
do autor das fileiras da Corporação Militar, em razão da conclusão do processo administrativo disciplinar nº 092/2006, em que foi acusado de ter
praticado o crime de extorsão. Sustentou que o referido processo administrativo desprezou toda sorte de provas em favor do autor, concluindo
que o autor teria ferido a ética policial militar, e que os fatos narrados no processo administrativo não ocorreram como no libelo acusatório, não
tendo a conduta do autor se ajustado em qualquer tipo penal. Narrou que não teve intenção de constranger ou coagir a pretensa vítima, agindo no
intuito de colher informes na tentativa de resgate de um veículo furtado, e que as diligências extra-quartel eram rotineiras na área onde ocorreram
os fatos narrados na inicial. Afirmou que o oficial do 7º BPM tinha conhecimento de tal prática e que as investigações de caráter particular eram
sigilosas, realizadas quando na folga do registro público. Argumentou que uma vez que não houve trânsito em julgado da sentença criminal, não se
pode afirmar que tenha o autor praticado os atos a ele imputados no processo administrativo, sendo o processo nulo por ser maculado por desvio
de finalidade, uma vez que sua punição se deu por motivação política, e não por motivos disciplinares. Aduziu que a sentença criminal afastou a
autoria na fundamentação, concluindo pela insuficiência de provas na parte dispositiva, devendo ser afastada sua responsabilidade administrativa.
Requereu a antecipação da tutela para determinar ao réu a suspensão da exclusão do autor, com seu retorno ao cargo anteriormente ocupado e
pagamento de seus vencimentos e, no mérito, a declaração da nulidade do ato que excluiu o autor da Polícia Militar do Estado de Pernambuco,
confirmando o provimento antecipatório. Pediu a gratuidade judicial e acostou procuração e documentos de fls. 43/582. Intimado, o Estado de
Pernambuco manifestou-se sobre o pedido antecipatório às fls. 602/607, em que sustentou, em apertada síntese, a inexistência dos requisitos
necessários à concessão da tutela antecipada. A tutela antecipada foi indeferida em decisão de fls. 609/610. O autor interpôs agravo de
instrumento contra a decisão que indeferiu o pedido antecipatório (fls. 617/634). Regularmente citado, o réu apresentou contestação às fls.
640/644, em que alegou, em síntese, que o foi constatado no processo administrativo disciplinar instaurado contra o autor que este não reunia
mais condições de permanecer nos quadros da Corporação Militar, em razão das infrações que afetaram o sentimento do dever e do decoro
policial militar. Aduziu que no processo administrativo não há qualquer nulidade ou causa de anulação do ato que o torne nulo ou anulável, tendo o
ato administrativo presunção juris tantum de legitimidade, cabendo ao autor a prova da ilegalidade do ato, o que não ocorreu nos autos. Requereu
ao fim a improcedência dos pedidos. Não houve réplica (fl. 650). O Ministério Público opinou pela rejeição do pedido autoral (fls. 651/652). O autor
requereu a produção de prova testemunhal (fl. 653). Vieram os autos conclusos. Relatado o feito, passo a decidir. O feito encontra-se pronto para
julgamento, a teor do disposto no art. 355, I, do CPC. Trata-se de matéria de direito, visto que o controle judicial do ato administrativo limita-se à sua
legalidade, sendo vedado ao Estado-Juiz imiscuir-se no mérito administrativo, razão porque são suficientes para o deslinde da questão posta as
provas constantes dos autos e se mostra dispensável a produção de prova testemunhal. Ausentes óbices de índole processual, passo ao exame
do mérito. Pretende o autor a anulação do processo administrativo disciplinar contra si instaurado, que culminou em sua exclusão da Corporação
Militar do Estado de Pernambuco, sob a alegação de não haver provas de que agiu com o dolo exigido para a configuração do tipo penal de
extorsão, não havendo, à época da propositura da ação, o trânsito em julgado da ação penal. Por sua vez, sustenta o réu que não há ilegalidades
no processo administrativo instaurado. A exclusão do autor das fileiras da PMPE foi embasada no art. 2º, I, "b" e "c", do Decreto Estadual n.º
3.639/75 (Estatuto Policial), in verbis: Art. 2º - É submetida a Conselho de Disciplina, "ex-officio", a praça referida no Art. 1º e seu Parágrafo Único: I
- acusada oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação social de ter: (...)b) tido conduta irregular; ou c) praticado ato que afete a honra
pessoal, o pundonor policial-militar ou o decoro da classe; O presente processo foi instruído com cópia do PAD sofrido pelo autor, onde se verifica
que foi observado o princípio do contraditório, sendo o autor ouvido em audiência e apresentando sua versão dos fatos, culminando o processo
com o despacho do Corregedor Geral da Secretaria de Defesa Social de fls. 544/547, que homologou o relatório do Conselho de Disciplina da
PMPE, concluindo pela exclusão do autor a bem da disciplina dos quadros da PMPE. Nos termos dos arts. 32 e 33 da Lei Estadual nº 6.425/72,
as instâncias civil, penal e administrativa são independentes entre si, não havendo necessidade de suspensão do processo civil ou administrativo
para aguardar o julgamento no processo penal, salvo se o juiz ou a autoridade administrativa entender pela conveniência a fim de se evitar conflito
ou divergência de soluções. Nesse sentido, o STJ: DIREITO SANCIONADOR. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
EX-SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO. IMPUTAÇÃO DE ATOS INCOMPATÍVEIS COM A
ATIVIDADE POLICIAL TAMBÉM CAPITULADOS COMO CRIMES. SANÇÃO DE CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA. INCOMPATIBILIDADE DA
LEGISLAÇÃO QUE A ESTABELECE COM O ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL POSTERIOR À EC 20/98. INTERPRETAÇÃO CONFORME
DO ART. 134 DA LEI 8.112/90, SEM PRONUNCIAMENTO DE SUA INCONSTITUCIONALIDADE. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA
ORDEM. SEGURANÇA DENEGADA, COM RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO RELATOR. 1. Não prospera a alegação do impetrante de que
seria necessário aguardar o trânsito em julgado da ação penal proposta em face do Servidor, onde são apurados os mesmos fatos objeto do
PAD, para a aplicação da penalidade disciplinar, isto porque esta Corte Superior tem se manifestado pela desnecessidade de tal sobrestamento,
tendo em vista a independência entre as esferas penal e administrativa (...) (STJ - MS: 19311 DF 2012/0220092-8, Relator: Ministro NAPOLEÃO
NUNES MAIA FILHO, Data de Julgamento: 23/11/2016, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 02/02/2017) Confira-se ainda o
seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Pernambuco: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR
PÚBLICO ESTADUAL. POLICIAL CIVIL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. CONCLUSÃO. EXCESSO DE PRAZO.
AUSÊNCIA DE NULIDADE. PRINCÍPIO DO PREJUÍZO OU PAS DE NULITÉ SANS GRIEF. AÇÃO PENAL PROPOSTA PELOS MESMOS
FATOS. PRETENSÃO DE SOBRESTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. INDEPENDÊNCIA DE INSTÂNCIAS. USO DE PROVA EMPRESTADA.
LEGALIDADE. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA RESPEITADOS. ORDEM DENEGADA. POR MAIORIA DE VOTOS. 1. Descabe falar-
se em nulidade sob o fundamento de que houve excesso de prazo para a conclusão dos trabalhos da Comissão Processante. O excesso de
prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar não é causa de nulidade, quando não demonstrado qualquer prejuízo à defesa do
servidor. Precedentes. 2. Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça têm decidido, reiteradamente, no sentido de que as nulidades
porventura existentes no âmbito do PAD, somente são declaradas quando restar evidenciada a ocorrência de qualquer prejuízo ao investigado,
uma vez que no processo administrativo disciplinar aplica-se, também, o princípio do prejuízo - pas de nulité sans grief. 3. As instâncias penal
e administrativa são independentes, assim sendo, a imposição de sanção disciplinar pela Administração Pública, quando comprovado que o
servidor praticou ilícito administrativo, prescinde de anterior julgamento na esfera criminal. 4. Não há falar-se que o impetrante teve prejuízo
em função da utilização, em sede administrativa, das provas obtidas em sede judicial, sendo certo que, tendo tramitado o feito administrativo
dentro da legalidade, ao Poder Judiciário não cabe imiscuir-se no mérito administrativo, sob pena de violação ao princípio da separação dos
poderes e usurpação de função precipuamente destinada ao Poder Executivo, qual seja a de processar e punir administrativamente seus próprios
servidores, desde que respeitados os princípios da ampla defesa e contraditório, como ocorrido. 5. convencida a autoridade processante da efetiva
violação, pelo Impetrante, de seus deveres funcionais, deveres estes que, pelo que se pode apurar da documentação trazida aos autos, sequer se
confundem com os ilícitos penais apurados no âmbito criminal, não há óbice à aplicação de penalidade administrativa antes do trânsito em julgado
do referido processo criminal. 6. Ordem denegada. Por maioria de votos. (TJ-PE - MS: 3838297 PE, Relator: Fausto de Castro Campos, Data de
Julgamento: 26/10/2015, Corte Especial, Data de Publicação: 20/01/2016) Como já anotado, é mister estabelecer que há vedação constitucional
no sentido de o Poder Judiciário não poder se imiscuir na esfera do Poder executivo, no chamado mérito administrativo, sob pena de violação
ao princípio da separação dos poderes, disposto no art. 2.º da CF/88. Entretanto, conforme é cediço, o Poder Judiciário possui o dever-poder
de controlar a legalidade dos atos competentes a outras esferas de poder. Sendo assim, limitado ao referido campo de atuação, verifica-se que
portaria do Secretário de Defesa Social de Pernambuco baseou-se nas conclusões do relatório do Processo Administrativo Disciplinar nº 092/2006,
homologado pelo Corregedor Geral da Secretaria de Defesa Social, que, por sua vez, fundamentou-se nos dispositivos legais já mencionados
nesta sentença, não havendo o referido processo administrativo padecido de qualquer ilegalidade, sendo amplamente instruído, e, como já
ressaltado, observado o princípio do contraditório. Não devem ser acolhidos, portanto, os argumentos autorais de que o processo administrativo
padece de desvio de finalidade, argumento este sustentado inclusive perante o Conselho de Disciplina da PMPE. O Relatório do Conselho de
Disciplina conclui pela não configuração do crime de extorsão, por não restar comprovada a ameaça, entretanto, afirma que o autor "não agiu
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de conformidade com as normas castrenses, utilizou-se de meios não recomendáveis para conseguir a tal recuperação/localização do veículo
furtado, pois como PM deveria agir independentemente de haver uma recompensa, além de que mesmo recebendo ordens do Tem França para se
empenhar nas diligências inclusive na obtenção das informações, que como subordinado, e estando na sua esfera de atribuição não as cumpriu,
além de faltar com a verdade nas suas justificações, naquela ocasião, não fornecendo todos os detalhes possíveis para elucidação dos fatos" (fls.
530/531). Diante de tais fatos, o Corregedor Geral entendeu que o autor, "por haver ferido o pundonor policial militar e o decoro da classe, restando
evidenciado seus maus antecedentes fáticos", não teria condições de permanecer como membro da Polícia Militar do Estado de Pernambuco (fl.
547), determinando sua exclusão, em conformidade com o art. 13, IV, "a", do Decreto Estadual 3.639/75, que cito: Art. 13º - Recebidos os autos do
processo do Conselho de Disciplina, o Comandante-Geral, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando, ou não, seu julgamento e, neste último
caso, justificando os motivos de seu despacho, determina: (...)IV - a exclusão a bem da disciplina, nos termos do Estatuto dos Policiais Militares, ou
a remessa do processo ao Governador do Estado para a efetivação da Reforma, se considera que: a) a razão pela qual a praça foi julgada culpada,
está prevista nos itens I, II ou IV do art. 2º; O despacho do Corregedor Geral foi acolhido pelo Secretário de Defesa Social na Portaria GAB/SDS nº
976, de 25.04.2007, nos seguintes termos "(...) II - Excluir a Bem da Disciplina da Polícia Militar de Pernambuco, Sd PM MAT Nº 26229-3/7º BPM
Jucelino Estácio Barreto (...), por haver incorrido no que dispõe o art. 2º, "b" e "c" d Decreto nº 3.639 de 19AGO75, pelos fundamentos fáticos e
jurídicos também esposados no Despacho Homologatório do Corregedor Feral, datado de 28DEZ06, ofertado à luz da instrução processual do
Conselho de Disciplina nº 092/2006, da 3º CPDPM" como se verifica na publicação do Diário Oficial do Estado de Pernambuco de 07.06.2007.
Verifica-se que, em consonância com a teoria dos motivos determinantes, o ato administrativo de exclusão do autor da Polícia Militar do Estado
de Pernambuco encontra pertinência e adequação nos motivos ensejadores da punição, ou seja, haver o autor ferido o decoro da classe militar,
nos termos do art. 2º, I, "c", do Decreto Estadual nº 3.639/75, como se constata na situação fática exposta pelo Conselho de Disciplina. Logo, não
há falar em desvio de finalidade do ato administrativo de exclusão, e consequentemente, de ilegalidade praticada pela parte ré. A tese sustentada
pelo autor é de que não teria praticado o ilícito penal descrito na inicial e, como tal, não poderia ter sofrido a penalidade de exclusão. Não obstante,
como se denota na documentação acostada aos autos, o processo administrativo conclui pela não caracterização da extorsão, por restarem
ausentes provas da violência ou grave ameaça, elementares do tipo penal. Em verdade, a exclusão do autor do corpo da Polícia Militar do Estado
de Pernambuco se deu pelas condutas desabonadoras que restaram comprovadas no curso do processo administrativo, já citadas neste decisum.
Ante o exposto e do mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE os pedidos formulados na inicial, com base no art. 487, I, do CPC/15,
resolvendo o mérito da lide. Condeno a parte autora no pagamento das custas e honorários advocatícios, que fixo em R$ 2.000,00 (dois mil
reais), nos termos do art. 85, §8º do CPC, condenação que fica suspensa em razão a gratuidade da justiça ora deferida (art. 98, §3º, CPC).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Recife, 16 de novembro de 2018. Cristina Reina Montenegro
de AlbuquerqueJUÍZA DE DIREITO SUBSTITUTAPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA
CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra2
Terceira Vara da Fazenda Pública
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Processo n.º 0073654-72.2000.8.17.2001Exequente: Estado de PernambucoExecutado: Eduardo Antônio Paiva de Almeida SENTENÇA
EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO - HOMOLOGAÇÃO -
EXTINÇÃO DA EXCECUÇÃO - INTELIGÊNCIA DO ART. 924, II, DO CPC."Extingue-se a execução quando::(...)II- a obrigação for satisfeita".
Vistos etc... O ESTADO DE PERNAMBUCO, devidamente qualificado, ajuizou a presente "Ação de execução de título extrajudicial" em face de
EDUARDO ANTÔNIO PAIVA DE ALMEIDA, também qualificado, pelas razões aduzidas na inicial de fls. 02/04. Aduz, em suma, que é credor da
executada em quantia líquida, certa e exigível no importe de R$ 559,78 (quinhentos cinquenta e nove reais e setenta e oito centavos), decorrente
de condenação pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco nos autos do Processo T.C. nº 9801953-3. Requer a procedência do pedido
para que o executado seja condenado a satisfazer o crédito assinalado. Atribuiu à causa o valor de R$ R$ 559,78 (quinhentos cinquenta e nove
reais e setenta e oito centavos). Juntou documentos de fls. 05/06. Despacho de fls. 07 determinou a citação do executado. Após reiteradas
tentativas frustradas de localização, o réu foi citado em 09.10.2015, conforme certidão de fls. 42. Às fls. 43/45, o executado informou que procedeu
com depósito bancário referente ao crédito executado, ao tempo que requereu a extinção do feito. Intimado para falar sobre o pagamento realizado
pelo executado, o Estado de Pernambuco informou que o valor depositado não foi atualizado monetariamente. Nesse contexto, afirma que restou
um saldo remanescente a ser pago no importe de R$ 1.129,24 (mil cento e vinte e nove reais e vinte e quatro centavos). Além disso, afirma que
os honorários advocatícios devem ser arbitrados por este Juízo (fls. 49/50). Despacho de fls. 51 fixou os honorários advocatícios em 10% (dez
por cento) sobre o total da dívida atualizada, bem como determinou que o executado procedesse com o pagamento da dívida remanescente.
Através da petição de fls. 60/62, o réu informou que pagou a dívida remanescente acrescida dos honorários advocatícios. Sendo assim, requereu
a extinção da execução. Às fls. 66, o Estado de Pernambuco informou que concorda com o depósito realizado relativo ao débito principal. Quanto
aos honorários advocatícios, diz que este Juízo não arbitrou qualquer valor e que a quantia de R$ 84,45 (oitenta e quatro reais e quarenta e
cinco centavos) foi depositada de forma aleatória. Vieram-me os autos conclusos. Brevemente relatados. Decido. Analisando a documentação
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de fls. 45 e 62, verifico que o executado procedeu com o depósito judicial da quantia objeto da execução. Assinalo que o exequente reconheceu
a satisfação da quantia executada, requerendo a transferência do valor depositado relativo ao débito principal (fls. 66). Quanto aos honorários
advocatícios, observo que os mesmos foram fixados 10% (dez por cento) sobre o total da dívida atualizada, totalizando a quantia de R$ 168,90
(cento e sessenta e oito reais), conforme despacho de fls. 51. Cumpre ressaltar que consta no aludido despacho a previsão legal de que tal valor
seria reduzido pela metade em caso de pagamento integral, nos termos do art. 827, § 1º do CPC Sendo assim, não há que se falar que não
houve fixação de honorários advocatícios, tampouco que o pagamento realizado às fls. 61 foi feito de forma aleatória. Com efeito, o art. 924,
inciso II do CPC, estabelece que a execução será extinta quando satisfeita a obrigação. Vejamos: Art. 924. Extingue-se a execução quando:
(...)II - a obrigação for satisfeita; Diante do exposto, HOMOLOGO o ato da parte e, com fundamento no art. 924, II, do CPC, extingo a presente
execução. Condeno o executado ao pagamento das custas judiciais. Por fim, determino que o Estado de Pernambuco forneça os dados bancários
da conta corrente para a qual deverá ser transferido o valor depositado a título de débito principal e de honorários advocatícios. Cumpridas as
formalidades legais, arquive-se. P. R. I. C. Recife, 22 de agosto de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito PODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV. Desembargador Guerra Barreto,
s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900
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02.05.2008; RE 572.811 AgR, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, julgado em 26.05.2009, DJe-113 DIVULG 18.06.2009 PUBLIC
19.06.2009; e RE 579.084 AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, julgado em 26.05.2009, DJe-118 DIVULG 25.06.2009 PUBLIC
26.06.2009 Precedentes do Superior Tribunal de Justiça: EREsp 149.946/MS, Rel. Ministro Ari Pargendler, Rel. p/ Acórdão Ministro José Delgado,
Primeira Seção, julgado em06.12.1999, DJ 20.03.2000; AgRg no Ag 687.218/MA, Rel. Ministro Luiz Fux Primeira Turma, julgado em 04.05.2006,
DJ 18.05.2006; REsp 909.343/DF, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 03.05.2007, DJ 17.05.2007; REsp 919.769/
DF, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 11.09.2007, DJ 25.09.2007; AgRg no Ag 889.766/RR, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 25.09.2007, DJ 08.11.2007; AgRg no Ag 1070809/RR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em
03.03.2009, DJe 02.04.2009; AgRg no REsp 977.245/RR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 28.04.2009,
DJe 15.05.2009; e REsp 620.112/MT, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 07.05.2009, DJe 21.08.2009).2. É que as
empresas de construção civil, quando adquirem bens necessários ao desenvolvimento de sua atividade-fim, não são contribuintes do ICMS.
Conseqüentemente, "há de se qualificar a construção civil como atividade de pertinência exclusiva a serviços pelo que 'as pessoas (naturais ou
jurídicas) que promoverem a sua execução sujeitar-se-ão exclusivamente à incidência de ISS, em razão de que quaisquer bens necessários
a essa atividade (como máquinas, equipamentos, ativo fixo, materiais, peças, etc.) não devem ser tipificados como mercadorias sujeitas a
tributo estadual' (José Eduardo Soares de Melo, in 'Construção Civil - ISS ou ICMS?', in RDT 69, pg. 253, Malheiros)." (EREsp 149.946/MS). 3.
Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (STJ, REsp 1135489 / AL,
Órgão Julgador: S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Ministro Relator: LUIZ FUX, Data do Julgamento: 09/12/2009). (grifei). Neste sentido, dispõe a Súmula
432/STJ: Súmula 432: "As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em
operações interestaduais". Compulsando os autos, foi possível verificar que o Fisco Estadual impôs à empresa requerente a cobrança do ICMS,
na sistemática de antecipação tributária, no tocante à aquisição de mercadorias destinadas ao insumo de suas atividades-fim, oriundas de outras
unidades da federação (fls. 15/19, v. código da receita 058-2, referente ao 'ICMS-ANTECIPACAO - DIF.ALIQ.SISTEMA FRONTEIRAS'). De outro
giro, o Estado réu não negou a imposição da cobrança do ICMS, defendendo, todavia, sua conduta com fundamento na legislação estadual que
rege a matéria. Entretanto, como visto, tal cobrança não se afigura correta, porquanto as empresas de construção civil não estão obrigadas ao
pagamento do ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais. Como decorrência lógica do reconhecimento
da impropriedade da cobrança do ICMS pelo Estado neste caso, devida a restituição do indébito tributário perseguido pela parte promovente,
especificamente no que toca à aquisição de mercadorias destinadas ao insumo de suas atividades-fim em outros Estados, que deve respeitar a
prescrição quinquenal, por força do disposto no art. 168, I, do Código Tributário Nacional, em sua nova redação conferida pela Lei Complementar nº
118/2005.1 Esclareço, neste ponto, que o prazo prescricional das ações de compensação/repetição de indébito dos tributos sujeitos ao lançamento
por homologação ou auto lançamento, ajuizadas após a entrada em vigor da Lei Complementar nº 118/2005, é de cinco anos.2 Ante o exposto e
com base no art. 487, I, do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados, para: a) declarar inexigível o recolhimento
do ICMS sobre operações interestaduais de aquisição de mercadorias destinadas às obras e construções da empresa acionada, prestadora de
serviço de construção civil;b) determinar que o Estado se abstenha de efetuar qualquer restrição referente à mencionada cobrança tributária;c)
condenar o réu Estado de Pernambuco à repetição do valor adimplido pela autora a título de ICMS sobre operações interestaduais de aquisição
de mercadorias destinadas ao insumo de suas atividades-fim, montante que deverá ser apurado em fase de liquidação de sentença, respeitada
a prescrição quinquenal. Tratando-se de condenação de natureza tributária, sobre o valor devido incidirão ainda correção monetária e a taxa de
juros de mora, devendo corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não havendo disposição legal específica, os juros de
mora deverão ser calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, §1º, do CTN). Observada a regra isonômica e havendo previsão na legislação da
entidade tributante, é legítima a utilização da taxa Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices. Tudo conforme Tema 905
do STJ, formulado em sede de julgamentos repetitivos. Sucumbente, deve o ente público demandado arcar com o pagamento dos honorários
advocatícios, cujo percentual, contudo, deixo de fixar, por força do disposto no inciso II, §4º, do art. 85, do Código de Processo Civil. Sentença
sujeita a reexame necessário. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Recife (PE), 01 de outubro de
2018. Patrícia Xavier de Figueiredo Lima JUÍZA DE DIREITO 1 Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de
5 (cinco) anos, contados:I - Nas hipóteses dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art. 3 da LC nº 118, de
2005)2 STJ - REsp: 1003296 SP 2007/0261798-4, Relator: Ministra REGINA HELENA COSTA, Data de Julgamento: 22/03/2018, T1 - PRIMEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 10/04/2018).
Ação Declaratória de Inexistência de Débito FiscalProcesso n° 0046667-42.2013.8.17.0001Autor: Atlanta Alimentos Ltda - EPP e Flórida Alimentos
Ltda Réu: Estado de PernambucoSENTENÇA Vistos etc. ATLANTA ALIMENTOS LTDA - EPP e FLÓRIDA ALIMENTOS LTDA, devidamente
qualificadas, através de advogado constituído, ajuizaram a presente Ação Declaratória de Inexistência de Débito Fiscal contra o ESTADO DE
PERNAMBUCO, alegando, em apertada síntese, que estão na iminência de receber autuação fiscal referente à ausência de recolhimento de
ICMS, baseada em cruzamento de dados obtidos de operações com cartões de créditos. Aduzem que o procedimento adotado é ilegal, diante da
quebra de sigilo sem autorização judicial, bem como não reflete a correta incidência do ICMS, ante a desconsideração do regime de substituição
tributária e crédito presumido. Em sede de antecipação de tutela, pediram que o fisco se abstivesse de autuar as demandantes, suspendendo a
exigibilidade do crédito tributário. No mérito, pugnaram pela declaração de inexistência de débito fiscal e obrigação de não constituir o débito pela
apuração do ICMS inscrito em malha fina. Juntaram documentos e guia de recolhimento de custas às fls. 17/63. Intimado a prestar informações
antes da apreciação do pedido liminar, o Estado de Pernambuco apresentou manifestação às fls. 88/96. Decisão de fl. 106 deferiu o pleito liminar.
O Estado de Pernambuco interpôs Agravo de Instrumento contra a decisão liminar (fls. 126/141), tendo sido deferido o efeito suspensivo requerido
(fls. 145/147). O Estado de Pernambuco apresentou contestação às fls. 149/165, suscitando preliminar de inépcia da inicial. No mérito, defendeu
o sistema de Controle da Malha Fina, assegurando o respeito aos direitos e garantias do contribuinte. Disse que o procedimento para apuração e
controle de saída das mercadorias é legal, não havendo qualquer irregularidade na sua tramitação. Argumentou pela ausência de crédito tributário
em face das autoras e, ao final, pugnou pela improcedência dos pedidos. Réplica às fls. 169/176. Sobreveio decisão em Agravo Regimental
revogando o efeito suspensivo deferido no agravo de instrumento (fls. 177/179). O Ministério Público opinou pela produção de prova pericial (fls.
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180). Intimadas as partes (fl. 183), o réu não requereu novas provas (fls. 189/191) e a parte autora juntou documentos (fls. 198/220). Petição
da parte demandada (fl. 228), apontando a ausência de lavratura de auto de infração em face dos autores. Juntou documentos (fls. 229/232).
Parecer do Ministério Público pela improcedência dos pedidos (fl. 234). Após, vieram os autos conclusos para julgamento, remetidos pela 3ª Vara
da Fazenda Pública para esta Central de Agilização Processual. É o que importa relatar. Decido. O feito comporta julgamento antecipado, nos
termos do art. 355, I do CPC, por se tratar de matéria de direito e de fato em que as provas coligidas aos autos são suficientes para seu deslinde.
Antes de adentrar no mérito, porém, enfrento a questão preliminar suscitada pelo requerido de inépcia da inicial. Não procede a preliminar de
inépcia da inicial, vez que não restou evidenciada qualquer das hipóteses relacionadas no art. 321 do CPC. Ademais, a petição inicial narra com
clareza e objetividade a causa de pedir e o pedido, chegando, assim, a uma conclusão lógica, em atenção aos requisitos delineados no art. 319
do CPC, permitindo, inclusive, que o réu a responda integralmente. Ademais, a questão da efetiva comprovação dos fatos alegados, por sua vez,
não conduz à extinção do feito, visto que se trata do mérito da causa, não devendo ser discutida em sede de preliminar. Assim, rejeito a preliminar
de inépcia da inicial. Ausentes outras questões introdutórias, passo diretamente ao mérito da lide. Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência
de Débito por ausência de recolhimento de ICMS, baseada em cruzamento de dados obtidos de operações com cartões de créditos. No caso dos
autos, a Autoridade Fiscal constatou que foram realizadas diversas operações de venda com o uso do cartão de crédito e débito sem registro.
Assim, não foram emitidas notas fiscais correspondentes às vendas realizadas (omissão de saída), o que gerou contrariedade de informações na
base de dados do Fisco. Constatada a existência de operação financeira para a venda de produtos, com a saída efetiva de mercadorias, caberia
ao contribuinte indicar as provas de que houve o registro pertinente, com o recolhimento do imposto, seja pela forma ordinária ou simplificada,
ou ainda de que a saída não ocorreu. Todavia, o Autor não apresentou qualquer prova cabível que indique o erro de fato na atuação do Agente
Público, ônus que lhe competia. Ora, o Decreto nº 32.716, de 26 de novembro de 2008, institui o sistema Gestão do Malha Fina no âmbito da
Secretaria da Fazenda Estadual. Em seu art. 2º, VIII, do Decreto nº 32.716/2008 reza: Art. 2º O sistema de que trata o art. 1º utilizará, para
efeito de apuração dos indícios de infração ali mencionados, o cruzamento de informações obtidas a partir, entre outras, das seguintes bases de
dados:(...)VIII - arquivos digitais apresentados pelas administradoras de cartões de crédito, relativos a pagamentos efetuados por meio de seus
sistemas de crédito, de débito ou similares, correspondentes a operações e a prestações realizadas por contribuintes do imposto; O cruzamento
de informações apurada nos autos tem base legal, portanto. Ademais, a Lei Complementar nº 105, do dia 10 de janeiro de 2001, disciplinou o sigilo
financeiro, aplicável às operações de cartão de crédito (art. 5º, § 1º, XIII), assegurando que seu uso não consistiu em quebra de sigilo quanto o
fornecimento de informações (art. 1º, § 3º, VI c.c. art. 6º). Há, inclusive, amplos precedentes do STF nesse sentido, garantindo à Fazenda Estadual
o acesso aos citados dados financeiros (RE 601314, ADIs 2859, 2390, 2386 e 2397). Analisando situação semelhante, o TJPE já enfrentou a
matéria, posicionando-se pela legalidade do sistema de Malha Fina Estadual, instituído pelo Decreto nº 32.716/08. Reconheceu a regularidade
do procedimento e a ausência de violação de direitos e garantias do contribuinte, em decisão que ora trago, inclusive, como razões de decidir.
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ICMS. ANULATÓRIA DE DÉBITO TRIBUTÁRIO. GESTÃO DA MALHA FINA. DADOS FORNECIDOS
PELAS EMPRESAS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO. MEIO DE FISCALIZAÇÃO REGULAR. IMPOSSIBILIDADE
DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. 1. Importa consignar, inicialmente, que o Agravo de
Instrumento é recurso de cognição limitada, pois, em regra, não se pode ultrapassar os limites da decisão vergastada, sob pena de incorrer-
se em supressão de instância. Assim, o julgador de segunda instância deve ater-se à retidão da decisão atacada. 2. A autora da Ação de
origem, ora agravada, é pessoa jurídica de direito privado que possui como atividade econômica fim o comércio varejista de produtos óticos,
sendo, portanto, contribuinte regular do ICMS. 3. A referida empresa ingressou na primeira instância com uma Ação Ordinária, com pedido
de tutela de urgência em caráter antecedente, para "suspensão da exigibilidade do credito tributário, referente ao Processo Administrativo nº
2014.000005812846-35, modificado parcialmente pelo julgamento do Tribunal Administrativo do Estado de Pernambuco (Processo TATE nº
00.539/16-3), e ainda não inscrito em CDA determinando-se, determinando-se a expedição pelo demandado de CERTIDÃO POSITIVA COM
EFEITO DE NEGATIVA, possibilitando a autora ingressar, optar e/ou migrar para o SIMPLES NACIONAL". 4. A empresa alega que o procedimento
fiscal em comento é nulo, uma vez que teria por base, apenas, as planilhas elaboradas unilateralmente pela auditora fiscal, sem quaisquer outras
provas. Aponta, ainda, a irregularidade da quebra de sigilo financeiro da empresa; a configuração de solicitação irregular de documentos não
obrigatórios; a ausência de fundamentação para requisição/entrega do SEF e a ausência de solicitação de notas fiscais de saída da empresa. 5.
De proêmio, há de se deixar claro que, conforme competência fixada constitucionalmente pelo art. 37, IV da Constituição Federal, o Governo do
Estado de Pernambuco instituiu o sistema de Gestão do Malha Fina no âmbito da Secretaria da Fazenda Estadual pelo Decreto nº 32.716/08,
com o objetivo de aperfeiçoar os controles relativos à atividade de monitorização dos contribuintes do ICMS, por meio de sistema eletrônico
de cruzamento de dados que permita identificar indícios de cometimento de infração à legislação tributária estadual. 6. Em seu art. 2º, VIII, o
referido Decreto dispõe que o sistema utilizará, para efeito de apuração dos indícios de infração, o cruzamento de informações obtidas a partir
de arquivos digitais apresentados pelas administradoras de cartões de crédito, relativos a pagamentos efetuados por meio de seus sistemas de
crédito, de débito ou similares, correspondentes a operações e a prestações realizadas por contribuintes do imposto. 7. Destarte, a autuação
em comento é procedimento prévio de apuração de supostos débitos, o qual abre a oportunidade aos contribuintes faltosos de sanear possíveis
irregularidades antes do lançamento. 8. Assim, o sistema eletrônico de cruzamento de dados denominado Gestão do Malha Fina consiste em
ação fiscal desenvolvida para que haja uma maior efetividade na fiscalização com o objetivo de evitar a sonegação fiscal, não havendo que se falar
em constituição de crédito tributário, necessariamente. 9. Apresentados os arquivos digitais pelas administradoras de cartões de crédito, haverá
o cruzamento de dados entre as saídas declaradas e as operações apresentadas. Havendo indícios de cometimento de infração à legislação
tributária estadual, inicia-se o procedimento instituído pelo Decreto nº 32.716/08, onde os referidos indícios serão relacionados em documento
que conterá informações sintéticas sobre os dados obtidos, inclusive a indicação do valor do imposto, se for o caso. 10. No prazo de 30 (trinta)
dias a contar da emissão deste documento, o contribuinte deverá: (i) recolher o imposto devido e efetuar os ajustes necessários em sua escrita
fiscal, quando for o caso; (II) na hipótese de discordância em relação aos indícios, apresentar justificativa; (iii) apresentar justificativa pelo não
recolhimento do imposto devido, quando for o caso. 11. Somente após a não regularização das situações constantes do documento é que poderá
ser objeto de Auto de Lançamento de Crédito Tributário - Simplificado ou de Auto de Infração, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis. 12.
Assim, ao contribuinte apontado na malha fina é dada a oportunidade de regularizar sua situação, justificando-se ou pagando o imposto devido,
nos termos do artigo 4º do supracitado decreto. Só após "a não-regularização das situações constantes do documento de que trata o art. 3º
poderá ser objeto de Auto de Lançamento de Crédito Tributário - Simplificado ou de Auto de Infração". (§1º, do art. 4º, do Decreto nº 32.716/2008).
13. Como consignado, a empresa agravada foi autuada, através de ação fiscalizadora da Fazenda Estadual, por suposto recolhimento a menor
de ICMS, haja vista a divergência entre as informações prestadas pela empresa e os dados fornecidos pelas administradoras de cartão de crédito
ao Fisco Estadual. 14. No que pertine à questão da violação ao sigilo financeiro, sabe-se que este não tem conteúdo absoluto, sendo essencial
a observância ao princípio da moralidade, devendo ceder sempre que transações bancárias ou similares - como as de cartões de crédito/débito
- demonstrem algum indício de ilicitude, já que o cometimento de atos ilícitos não pode ser acobertado pelo manto das garantias fundamentais.
15. Atentaria contra a razoabilidade impedir a Administração Tributária, devidamente informada de possível sonegação fiscal, de apurá-la, pois
estamos diante de um procedimento investigatório tão somente. 16. No mesmo sentido, não há que se cogitar aqui da existência de violação de
sigilo financeiro da agravada pelas operadoras de cartão de crédito, posto que o cruzamento de dados se refere, especificamente, às operações
vinculadas à sua atividade comercial e não à generalidade das operações econômico financeiras que realiza. 17. A medida adotada pelo fisco
já foi referendada pelo Superior Tribunal de Justiça, com efeito de recurso repetitivo do artigo543-CdoCPC (REsp 1.134.665/SP, rel. Min. Luiz
Fux, j. 25-11-2009). 18. Sendo assim, identificadas as divergências entre a escrituração das saídas e o registro constante das operadoras de
cartão de crédito, o procedimento do Malha Fina é instaurado, criando uma presunção relativa de omissão de valores na saída das mercadorias/
serviços, que só poderá ser afastada pela empresa interessada mediante prova em contrário, já que o próprio procedimento assegura essa
possibilidade, garantindo o contraditório e a ampla defesa administrativos. 19. Destarte, pelos elementos de prova carreados aos autos, tem-
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se que o procedimento adotado pelo fisco para fiscalizar as operações tributáveis apenas deu cumprimento às determinações legais, em estrita
observância ao princípio da legalidade, inexistindo indícios de ofensa ao sigilo financeiro/fiscal da empresa autora, ou de afronta ao devido
processo legal administrativo. 20. Por conseguinte, merece reforma a decisão interlocutória recorrida, posto que estão ausentes os requisitos
necessários à concessão da tutela de urgência requerida na primeira instância. 21. Agravo de Instrumento provido, para reformar integralmente
a decisão vergastada, negando a tutela de urgência pleiteada. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento
nº. 0006893-32.2017.8.17.9000, sendo partes as acima indicadas, acordam os Excelentíssimos Desembargadores que compõem a 1ª Câmara
de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco, à unanimidade, em dar provimento ao Agravo de Instrumento, nos termos do voto
do Relator, estando tudo de acordo com as notas Taquigráficas, votos e demais peças que passam a integrar este julgado. P.R.I. Des. Erik de
Sousa Dantas Simões Relator (TJPE, AGRAVO DE INSTRUMENTO 0006893-32.2017.8.17.9000, Rel. ERIK DE SOUSA DANTAS SIMOES,
j. 17/10/2017). Logo, entendo que o procedimento realizado pelo Fisco se deu de forma escorreita, não havendo elementos para se anular o
crédito tributário apurado. Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos formulados pelos autores, nos termos do art. 487, I do
CPC, revogando, por conseguinte, a liminar deferida à fl. 106. Condeno os autores no pagamento de custas processuais, já antecipadas, e
dos honorários advocatícios fixados em favor da Fazenda Estadual, no montante de 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da causa
(art. 85, §4º, III do CPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Recife, 17 de outubro de
2018.Cristina Reina Montenegro de AlbuquerqueJuíza de Direito SubstitutaPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO
PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra2
Processo nº 0043400-72.2007.8.17.0001Ação de Indenização Autor: Maria Estelita da Costa Souza e Aurino Soares de Souza Réu: Município do
Recife SENTENÇA Vistos etc. Galvão Engenharia S/A, qualificado na inicial, por intermédio de advogado legalmente habilitado por instrumento
de mandato, ingressou com a presente ação anulatória de lançamento fiscal contra o Município do Recife, pessoa jurídica de direito público
interno, aduzindo, em resumo, que foi lavrado contra o autor notificação fiscal, relativa à cobrança de ISS próprio incidente sobre receitas de
serviço de limpeza urbana prestado ao Município de Olinda, no período de apuração compreendido entre 2002 e 2004. Sustentou que, no período,
o Município de Olinda, no exercício de suas atribuições, reteve o competente valor do imposto, calculado em razão das receitas originadas
no referido contrato, e que o fato gerador do imposto é a efetiva prestação de serviço realizada dentro dos limites territoriais do município.
Requereu, em sede de antecipação da tutela, a suspensão da exigibilidade do questionado crédito fiscal, e no mérito, a anulação do referido
crédito. Acostou procuração, documentos e comprovante de recolhimento de custas às fls. 13/722. O pedido antecipatório foi indeferido (fl. 724).
A parte demandante interpôs agravo de instrumento contra a referida decisão (fls. 727/742), restando deferida a tutela antecipada pleiteada (fls.
744/749). O município demandado apresentou contestação de fls. 753/760, em que alegou, em síntese, que o local da prestação de serviços,
nos termos do art. 12, "a", do Decreto-Lei nº 406/68, é o lugar onde o prestador é estabelecido, sendo devido o crédito tributário cobrado.
Pediu a improcedência do pedido. Réplica às fls. 769/775. O Ministério Público declinou de sua participação no feito por estarem ausentes os
pressupostos de sua intervenção (fls. 776/777). Vieram os autos conclusos para sentença. Relatado o feito, passo a decidir. O feito encontra-se
pronto para julgamento. Ausentes óbices de índole processual, passo ao exame do mérito Segundo o art. 156, III, da Constituição Federal/1988,
compete aos Municípios a instituição do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, não compreendidos aqueles relativos ao ICMS. A
Lei Complementar nº 116/03, por sua vez, define o Município competente para a cobrança do ISS na prestação do serviço, dispondo, em seu art.
3º, que se considera prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador, salvo algumas exceções que o próprio artigo trata de listar. Ocorre que, na hipótese dos autos, os fatos geradores do ISS relativos aos
autos de infração que se pretende anular ocorreram sob a égide do Decreto-Lei n° 406/68, pois referem-se a suposta falta de recolhimento do
ISS nos meses de janeiro de 2002 a dezembro de 2004, tendo a Lei Complementar nº 116/03 entrado em vigor apenas em 1º de janeiro de 2004.
Nos termos do artigo 12 do Decreto-lei 406/68, à época vigente, "considera-se local da prestação do serviço: a) o estabelecimento prestador ou,
na falta de estabelecimento, o do domicílio do prestador; b) no caso de construção civil, o local onde se efetuar a prestação". O art. 3º da Lei
Complementar nº 116/03, manteve o conteúdo normativo do Decreto-lei 406/68, fixando como regra de competência o estabelecimento prestador
do serviço, porém, acrescentando as exceções elencadas nos incisos I a XXV, nestes termos: "o serviço considera-se prestado, e o imposto,
devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas
nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local (...)", enumerando, ato contínuo, as hipóteses excepcionais. Assim, a solução da
controvérsia consiste em definir o município competente para exigir o ISS incidente sobre os serviços prestados pelo autor durante a vigência do
Decreto-Lei n° 406/68. No ponto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em revisitação ao tema por ocasião do julgamento do REsp
nº 1.060.210/SC - submetido à sistemática dos recursos repetitivos prevista no art. 543-C do CPC, superou o entendimento anterior, no sentido
de que o ISS era de competência do Município onde se deu o fato gerador, ou seja, a efetiva prestação do serviço, e concluiu que: "(b) o sujeito
ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03,
é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove haver unidade
econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do financiamento - núcleo da
operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo". De tal sorte, é a mais moderna orientação do Superior Tribunal de Justiça:"TRIBUTÁRIO.
RECURSO ESPECIAL. ISSQN. ENGENHARIA CONSULTIVA. SERVIÇO QUE NÃO SE CONFUNDE COM O DE CONSTRUÇÃO CIVIL. ART. 11,
PARÁGRAFO ÚNICO, DO DECRETO-LEI N. 406/68. MUNICÍPIO COMPETENTE DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR. CONTROVÉRSIA
DECIDIDA PELA PRIMEIRA SEÇÃO NO RESP 1.060.210/SC, SUBMETIDO AO REGIME DO ART. 543-C DO CPC.1. A Primeira Seção, no
julgamento do REsp 1.060.210/SC, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 08/2008, firmou a orientação no
sentido de que: "(b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do estabelecimento prestador (art.
12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde
se comprove haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação
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do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo".2. Ao contrário do que se possa imaginar, as premissas
estabelecidas nesse precedente aplicam-se a todos os casos que envolvam conflito de competência sobre a incidência do ISS em razão de o
estabelecimento prestador se localizar em municipalidade diversa daquela em que realizado o serviço objeto de tributação.3. No caso dos autos,
a controvérsia se refere a fatos geradores do ISSQN ocorridos na vigência do Decreto-Lei n. 406/68, restando incontroverso que a sociedade
recorrida possuía, à época dos fatos, estabelecimento prestador no Município de São Paulo.4. O serviço de engenharia consultiva desenvolve-
se antes ou até mesmo em concomitância com o serviço de "construção civil", mas com esse não se confunde, conforme se depreende do
art. 11, parágrafo único, do Decreto-Lei n. 406/68. Inaplicabilidade, portanto, da exceção à regra de competência prevista na alínea "b" do
art. 12 desse normativo.5. Dessa forma, aplicando-se a recente orientação jurisprudencial deste Tribunal Superior firmada nos autos do REsp
1.060.210/SC, tem-se que subsiste relação jurídico-tributária apta a legitimar a instituição e cobrança do ISSQN pelo Município de São Paulo
em relação aos fatos geradores ocorridos sob a vigência do Decreto-Lei n. 406/68, uma vez que, para esse período, o município competente
corresponde àquele onde situado o estabelecimento prestador.6. Recurso especial a que se dá provimento. (REsp 1211219/SP, Rel. Min. Og
Fernandes, Segunda Turma, j. em 24/04/2014, DJe 20/05/2014) Assim, a competência para cobrança do ISS sobre fatos geradores ocorridos na
vigência do Decreto-lei 406/68 é do município onde está situado o estabelecimento prestador do serviço, conforme jurisprudência firmada pela
1ª seção do STJ no julgamento do REsp 1.060.210, quando foi definido que o sujeito ativo da relação tributária, durante a vigência do decreto-
lei, é o município onde se situa a empresa prestadora, à exceção dos serviços de construção civil e exploração de rodovias. A mudança de
paradigma pode ser visualizada com mais facilidade a partir da lição de Hugo de Brito Machado1 (2014, p. 411-412):"O STJ vinha entendendo
que competente para a cobrança do ISS seria o Município em cujo território ocorre a prestação do serviço, sendo irrelevante o local em que se
encontra o estabelecimento prestador. Com essa orientação jurisprudencial, a pretexto de interpretar o art. 12 do Decreto-lei 406/1968, vinha
declarando implicitamente sua inconstitucionalidade.A Lei Complementar 116/2003 manteve a regra de competência do art. 12 do Decreto-lei
406/1968, embora tenha ampliado as exceções a essa regra. Em seu art. 3º estabeleceu que o serviço considera-se prestado e o imposto devido
no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas em seus
incisos, que indicam o local em que será devido o imposto.Na determinação de qual seja o Município competente para a cobrança do ISS é de
grande importância sabermos o que se deve entender por "estabelecimento prestador do serviço".Para esse fim, considera-se estabelecimento
prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade
econômica ou profissional, sendo irrelevante para caracterizá-lo as denominações - sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório
de representação ou contato, ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas (Lei Complementar 116/2003, art. 4º)". Nesse contexto, perfilhando
a orientação emanada pelo Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria, no que se refere ao período cobrado na vigência do Decreto-lei nº
406/68 tenho que o pedido do autor não merece acolhida, eis que a competência para cobrança do ISS é do município onde está situado o
estabelecimento prestador do serviço, no caso, o Município do Recife. Não obstante, verifica-se na inicial e nos documentos que a acompanham,
que uma parcela do crédito tributário cobrado refere ao mês de dezembro de 2004, quando já estava em vigor a Lei Complementar nº 116/03,
como se vê no demonstrativo de débito de fls. 24/25. O art. 3º, VI, considera que o imposto será devido no local da execução da varrição,
coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa. Os serviços descritos no item 7.09 são exatamente os serviços prestados pela demandante
ao Município de Olinda, como se vê no anexo ao atestado referente ao contrato 869/98 (fl. 117), bem como no item 1.3 do contrato celebrado (fl.
119). O item 1.2 do referido contrato enumera o local onde os serviços serão prestados, todos do município de Olinda. Logo, quanto ao crédito
tributário referente ao mês de 12/2004, o pedido autoral deve ser julgado procedente. Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o
pedido, resolvendo o mérito nos termos do artigo 487, I do CPC, para declarar nulo o crédito tributário perseguido pela parte ré, apenas no que
se refere ao mês de dezembro de 2004. Condeno as partes no pagamento das custas e honorários advocatícios, que fixo em 10% do proveito
econômico obtido, a se apurar em liquidação de sentença, na proporção de 80% para o autor e 20% para o réu, tendo em vista o disposto no art.
85, §3º, I e § 4º, III do CPC. Remessa necessária. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Recife, 24 de
outubro de 2018. Cristina Reina Montenegro de AlbuquerqueJuíza de Direito Substituta 1 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário.
34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM
DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra1
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de fato ou de direito da causa, inibe o prosseguimento adequado da solução da controvérsia e, em caso de sentença (ou acórdão sobre o mérito),
praticamente nega tutela jurisdicional à parte, na medida em que tolhe a esta o direito de ver seus argumentos examinados pelo Estado" (Manual
do Processo de Conhecimento: A tutela jurisdicional através do processo de conhecimento, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001, pg.
544). (Grifos nossos). Já o erro material é aquele perceptível 'primo ictu oculi' e sem maior exame, a traduzir desacordo entre a vontade do juiz e a
expressa na sentença. Bem por isso, têm os embargos de declaração o escopo de integrar decisão omissa, de aclará-la ou de extirpar contradição
ou erro material existente, de modo a tornar efetivamente claros e precisos os seus termos. In casu, os embargos não podem prosperar, posto
que não existe qualquer contradição ou omissão a ser suprida. Conforme se depreende da leitura dos autos, conquanto a ação cautelar tenha
sido direcionada ao Município do Recife e ao Carrefour, o pedido liminar, consistente em "determinar ao Município a se abster de expedir a
licença de funcionamento e o habitese (sic) e, conseqüentemente, expedir também ordem de interdição da atividade mercantil de revenda de
combustível a ser exercida na sede da demandada" (fls. 14/15), foi direcionado exclusivamente ao município demandado. Trata-se de uma única
liminar, portanto, e não duas, como sustenta o embargante. A liminar foi deferida nos moldes requeridos (fls. 93/95), sendo os dois demandados
intimados de seu teor na mesma data, qual seja, 05/05/2003 (fls. 57/59), conforme salientado na sentença embargada. A ação principal, processo
nº 0018222-63.2003.8.17.0001, somente foi ajuizada em 11/06/2003, conforme certificado à fl. 318, portanto 35 (trinta e cinco) dias após a
efetivação da medida cautelar. Assim, inexiste qualquer obscuridade a ser suprida, uma vez que, nos termos do artigo 485, inciso IV e VI,
combinado com os artigos 308, caput e 309, inciso I, do CPC, o não ajuizamento da ação principal, no prazo determinado pela norma processual,
obriga a extinção do feito. Por outro lado, os honorários de sucumbência foram fixados por equidade, atendendo ao disposto no art. 85, § 8º do
CPC, conforme explicitado na sentença embargada. A indicação do dispositivo legal é suficiente à sua fundamentação, uma vez que seu teor
se subsume perfeitamente à situação dos autos1. Ademais, em sede de ação cautelar, segundo a jurisprudência pacífica, o proveito econômico
não se vincula ao pretendido na ação principal, sendo o valor da causa inestimável. Nesse sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
CAUTELAR. INSTRUMENTALIDADE E ACESSORIEDADE. OBJETO PRÓPRIO, DIVERSO DA AÇÃO PRINCIPAL. DESNECESSIDADE DE
CORRESPONDÊNCIA ENTRE O VALOR DA CAUSA PRINCIPAL E ACESSÓRIA. VALOR INESTIMÁVEL. PRECEDENTES.1. A ação cautelar
é de natureza acessória e instrumental e possui objeto próprio. Assegurar as condições matérias que permitirão a utilidade do processo principal.
2. Não há confundir, na espécie, o objeto da ação principal. Anulação do ato administrativo que inabilitou a agravante. Com o objeto da ação
cautelar há garantia da eficácia da futura decisão a ser proferida naquela ação anulatória. 3. Sendo diversos os objetos, o valor da causa na
ação cautelar não corresponde ao proveito econômico/financeiro que terá o autor com o acolhimento do pedido principal. Na ação cautelar o
valor da causa é inestimável. 4. Provimento do agravo.(TRF5 - PROCESSO: 200005000375186, AG31253/PE, DESEMBARGADOR FEDERAL
ALCIDES SALDANHA (CONVOCADO), Primeira Turma, JULGAMENTO: 12/12/2002, PUBLICAÇÃO: DJ 04/04/2003). Assim, não há qualquer
omissão por parte do juízo a ser suprida. Ante o exposto, atenta ao que mais dos autos consta e aos princípios de Direito aplicáveis à espécie,
julgo improcedentes os Embargos de Declaração, mantendo inalterada a sentença constante dos autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Transitada em julgado, arquivem-se. Recife, 22 de novembro de 2018.CRISTINA REINA MONTENEGRO DE ALBUQUERQUEJuíza de Direito
Substituta1 § 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará
o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o. PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL
DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO 2
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(dezessete) anos desde a devolução do imóvel objeto da locação torna inócua a realização de qualquer perícia, diante da elevada probabilidade
de realização dos consertos necessários à época. É sabido que somente resta configurada a necessidade de realização de perícia, se não for
possível comprovar os fatos por outros meios de prova. Ante o exposto, indefiro a prova pericial requerida". Como se vê, os motivos que levaram
à conclusão do juízo acerca da desnecessidade da prova pericial foram devidamente explicitados. O embargante, inconformado com a decisão,
insurgiu-se suscitando novos argumentos, não trazidos durante a tramitação do processo. Com efeito, no tocante ao orçamento de conserto e
recuperação, o embargante limitou-se, em sua contestação, a apontar ausência de nexo de causalidade entre os estragos do imóvel e a ação dos
agentes públicos. Da mesma forma, ao requerer a produção de prova pericial, apontou a necessidade de demonstração do nexo de causalidade
e da especificação e quantificação dos prejuízos, mas em nenhum momento apontou a necessidade de apuração de desgastes naturais do
imóvel, razão pela qual não há qualquer omissão por parte do juízo a ser suprida. Na verdade, o que pretende o embargante é a rediscussão
da matéria decidida, com base em argumentos novos, o que é inviável na estreita via dos embargos. Ante o exposto, atenta ao que mais dos
autos consta e aos princípios de Direito aplicáveis à espécie, julgo improcedentes os Embargos de Declaração, mantendo inalterada a sentença
constante dos autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Transitada em julgado, arquivem-se. Recife, 22 de novembro de 2018.CRISTINA
REINA MONTENEGRO DE ALBUQUERQUEJuíza de Direito SubstitutaPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO
PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO 2
Terceira Vara da Fazenda Pública
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos
processos abaixo relacionados:
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo n.º 0006043-73.1998.8.17.0001 SENTENÇA
EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AUSÊNCIA DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS - EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO
DE MÉRITO - Inteligência do art. 290 c/c art. 485, IV, todos do CPC.Vistos etc. A. M. IMPORTADORA LTDA, Pessoa Jurídica regularmente
qualificada nos autos, através de advogado habilitado, ingressou com a presente Ação em face do ESTADO DE PERNAMBUCO, solicitando,
em suma, tutela jurisdicional para o fim específico de anular o lançamento tributário contra ela efetuado pela fiscalização fazendária, assim
descrito e fundamentado: "Quando no exercício de nossas funções, constatamos que o contribuinte acima qualificado utilizou crédito fiscal
inexistente no valor de R$18.189,37, no período de Agosto/95 a Fevereiro/96, deixando de recolher ICMS em igual valor, conforme se segue.
Pelas notas fiscais de entrada n. 101;168;169 e 226 emitidas pela PEN Coml e Informática Ltda (CGC nº 00.236.390/0001-01) e n. 000166
emitidas pela NANCIEL Com. Imp. E Exp. Ltda. (sendo esta nota fiscal com numeração de CGC de outra empresa, bem como a gráfica), a
qualificada adquiriu a contribuintes INIDÔNEOS lançamento crédito fictício, mercadoria (informática hardware) no valor de R$259.348,20". Alega
que a nulidade do auto de infração emerge do fato de que o objeto da autuação é idêntico ao objeto da consulta que formulou ao tribunal
Administrativo Tributário do Estado - TATE, através da qual solicitava orientação quanto ao procedimento a ser adotado em relação aos créditos
pela aquisição de mercadorias as empresas Nanciel Importação e exportação Ltda e pen Comercial Informática Ltda, tidas informalmente pela
autora, como inidôneas. Assim, tendo o auto de infração se aperfeiçoado apenas com a cientificação do representante legal da autora que,
na hipótese, deu-se por publicação no Diário Oficial do Estado, portanto, em momento temporal posterior a consulta, verbera que não poderia
ter sofrido autuação fiscal relativa a matéria consultada, razão pela qual pugna, alternativamente, pela nulidade do auto de infração ou pela
exclusão da multa face a sua boa-fé. Atribuiu à causa o valor de R$3.000,00 (três mil reais). Juntou documentos de fls. 11/50. Recolheu custas
processuais. Citado, o Estado de Pernambuco apresentou contestação às fls. 54/61. Juntou documentos. Em petição de fls. 65/67, a parte
autora afirmou concordar com os termos da impugnação ao valor da causa, informando que efetuaria a complementação das custas após a
determinação judicial para tanto. Parecer do Ministério Público às fls. 77/78. Em decisão proferida nos autos da Impugnação ao Valor da Causa
nº 0043815-70.1998.8.17.0001, este Juízo acolheu o pedido do impugnante, e fixou o valor da causa em R$75.023,46 (setenta e cinco mil vinte
e três reais e quarenta e seis centavos), determinando que a autora complementasse as custas e a taxa judiciária no prazo de 15 (quinze) dias.
Devidamente intimada, a Demandante deixou transcorrer o prazo legal sem cumprir a determinação judicial (certidão de decurso de prazo fls.
92). Vieram-me os autos conclusos. RELATADOS. DECIDO. Compulsando aos autos, verifico que em 10.08.2018 foi determinada a intimação
da parte autora para proceder com o recolhimento das custas judiciais complementares, em cumprimento à decisão do incidente processual -
Impugnação ao Valor da Causa nº 0043815-70.1998.8.17.0001. Às fls. 92, a Secretaria deste Juízo certificou o decurso do prazo. Pois bem. Ao
tratar sobre o recolhimento de custas judiciais, o art. 290 do CPC dispõe que a parte terá o prazo de 15 (quinze) dias para o recolhimento das
custas, sob pena de cancelamento de distribuição do feito. Assim, após ser devidamente intimada do aludido despacho, a requerente preferiu
permanecer inerte, deixando, assim, de preencher um dos pressupostos de constituição do processo. O Código Processual Civil estabelece no
art. 485, inciso IV, que o processo será extinto sem resolução do mérito quando for constatada a ausência dos pressupostos processuais, in verbis:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: (...)IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular
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do processo;" Logo, não resta outra alternativa a este Juízo, senão extinguir processo sem resolução do mérito. Nesse sentido, oportunamente,
colaciono o seguinte julgado:APELAÇÃO CÍVEL - COBRANÇA - EXTINÇÃO DO PROCESSO - AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DE CUSTAS
INICIAIS - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA INDEFERIDA - PRECLUSÃO - FALTA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL (ART. 257 C.C. 267, IV, DO
CPC). Preclusa a discussão sobre o indeferimento da assistência judiciária, não pode a parte renová-la em grau de apelação. O recolhimento
das custas iniciais é pressuposto de constituição do processo, devendo ele ser extinto caso o autor não efetue o seu recolhimento. Recurso não
provido. (TJ-MG - AC: 10704110065841001 MG, Relator: Gutemberg da Mota e Silva, Data de Julgamento: 14/01/2014, Câmaras Cíveis / 10ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/01/2014) (grifo nosso) Isto posto, extingo o processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 290
c/c art. 485, IV do Código de Processo Civil. Condeno a Autora ao pagamento das custas processuais complementares, devendo a Secretaria
emitir o documento via SICAJUD, acostar aos autos e intimar a autora para pagamento, em 15 (quinze) dias. Condeno ainda a Demandante ao
pagamento de honorários advocatícios no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §3º, I
e §4º, III, do CPC. P.R.I., arquivando-se após o trânsito em julgado, com baixa e anotações de estilo. Recife, 11 de outubro de 2018.MARIZA
SILVA BORGESJuíza de Direito 2
Processo nº 0073017-33.2014.8.17.0001Autor: Natália Amorim da SilvaRéu: Estado de PernambucoSENTENÇA N.º EMENTA: OBRIGAÇÃO
DE FAZER. RENÚNCIA DOS PODERES OUTORGADOS NA PROCURAÇÃO. INTIMAÇÃO DA AUTORA PARA CONSTITUIR NOVO
ADVOGADO. CARTA DE INTIMAÇÃO ENTREGUE NO ENDEREÇO DA AUTORA. DECURSO DE PRAZO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS
DE CONSTITUIÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO. Inteligência do artigo 485, IV do Código Processual Civil.Vistos, etc. NATÁLIA AMAORIM SILVA, neste ato representado por sua
genitora VILMA SUELY AMORIM, devidamente qualificados nos autos, através de patronos devidamente constituídos, intentou a presente AÇÃO
DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO LIMINAR EM TUTELA ANTECIPADA em face do ESTADO DE PERNAMBUCO, objetivando, em
suma, o fornecimento e a implantação do aparelho de vibração óssea em sua calota craniana (BAHA), a fim de restaurar a sua saúde auditiva,
conforma razões aduzidas na inicial de fls. 02/23. Formulou pedido de justiça gratuita. Atribuiu à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta
mil reais). Juntou documentos de fls. 24/66. Foi proferido despacho às fls. 72 determinando a intimação da autora para emendar a inicial. Em
cumprimento ao aludido despacho, a autora colacionou laudo médico às fls. 74/76. Tutela antecipada deferida às fls. 77/78. Devidamente citado,
o réu atravessou contestação às fls. 88/105, sem preliminares. No mérito, assinala, em síntese, que a autora pretende vincular a realização
do procedimento cirúrgico à utilização de OPME de marca determinada, o que não é admissível no âmbito do SUS. Ressalta que a aquisição
de OPME, medicamentos e outros insumos pelo Poder Público pressupõe a submissão do postulado inserto no inciso XXI do art. 37 da
CF/88, segundo o qual as compras efetuadas dependem de licitação prévia destinada a garantir a observância dos princípios da isonomia, da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, entre outros. Diz que compete à Administração Pública estabelecer as prioridades para a compra
de medicamentos, insumos e produtos afins, proporcionalmente à demanda existente nos postos de saúde e hospitais da rede pública, levando
em conta, ainda, a sua disponibilidade financeira e orçamentária. Afirma que não há prova contundente de que o aparelho pleiteado seja o único
eficaz para o tratamento da demandante, tampouco inexiste demonstração da ineficácia do tratamento ao qual já se submeteu a parte autora. Tece
outras considerações. Cita julgados sobre a matéria. Ao final pugna pelo julgamento improcedente dos pedidos. O réu comunicou a interposição
de agravo de instrumento às fls. 106, ao tempo que requereu a reconsideração da decisão recorrida. Na oportunidade, colacionou cópia do
aludido recurso às fls. 107/120. Réplica às fls. 127/141. Cota ministerial às fls. 143/144. Em observância a cota proferida pelo Parquet, foi proferido
despacho às fls. 147, determinando a intimação das partes para falarem no interesse da produção de provas adicionais. Às fls. 149/152, o réu
noticiou que o processo de aquisição da OPME foi finalizado e que estava aguardando a entrega do produto pelo fornecedor. A autora informou
que a tutela de urgência não foi cumprida (fls. 158/159). Despacho de fls. 160 determinou a intimação do réu para comprovar o cumprimento
da tutela antecipada. Ademais, restou determinado que a autora apresentasse 03 (três) orçamentos do aparelho postulado. Em cumprimento ao
aludido despacho, o réu informou mais uma vez que o processo de aquisição da OPME foi finalizado e que estava aguardando a entrega do
produto pelo fornecedor (fls. 164/166). Às fls. 167 foi certificado que a autora deixou transcorrer o prazo sem apresentar manifestação quanto ao
despacho de fls. 160. Foi proferido despacho às fls. 168 determinando a intimação da autora para apresentar instrumento procuratório assinado
pela própria requerente, tendo em vista a sua maior idade. Os patronos renunciaram aos poderes anteriormente outorgados pela demandante
(fls. 170/171). Despacho de fls. 172 determinou a intimação da autora para constituir novo advogado. A carta de intimação do aludido despacho
foi recebida no dia 27.03.2018 por Luiz Carlos da Silva Júnior, conforme AR de fls. 175. Às fls. 178 foi certificado que a autora deixou transcorrer o
prazo sem apresentar manifestação. Vieram-me os autos conclusos. BREVEMENTE RELATADOS. DECIDO. Mantenho os benefícios da justiça
gratuita anteriormente concedidos. Compulsando aos autos, verifico os patronos da autora comunicaram a renúncia da procuração anteriormente
outorgada (fls. 170/171). Em face da renúncia dos advogados, este Juízo determinou a intimação pessoal da demandante para que constituísse
novo advogado. A carta de intimação foi direcionada ao endereço apontado na inicial, tendo sido recebida por Luiz Carlos da Silva Júnior, em
27.03.2018, que, conforme sobrenome, deve ser familiar da requerente. Cumpre ressaltar que a intimação pessoal encaminhada via postal, com
aviso de recebimento (AR), ao endereço declinado nos autos, é válida, ainda que recebida por pessoa estranha ao processo. Com efeito, a
Constituição Federal dispõe em seu art. 133 que o advogado é indispensável à administração da justiça. Ao tratar sobre os procuradores, o Código
Processual Civil estabelece no art. 103 que "a parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados
do Brasil". Assim, fica claro que a capacidade postulatória é pressuposto essencial de constituição e de desenvolvimento válido do processo, não
sendo permitido à parte postular em juízo sem a assistência do advogado. Ao tratar sobre as hipóteses de extinção do processo sem resolução de
mérito, o art. 485 do CPC estabelece que: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:(...)IV- verificar a ausência de pressupostos de constituição
e de desenvolvimento válido e regular do processo Dessa forma, considerando a validade da intimação realizada via postal e a ausência de
constituição de novo advogado nos autos, não resta outra alternativa a este Juízo, senão extinguir o feito por ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo Acrescento, ainda, que a presente matéria pode ser reconhecida de ofício, nos
termos do § 3º do art. 485 do CPC. Isto posto, nos termos do art. 485, incisos IV, do Código de Processo Civil, declaro extinto o processo sem
resolução de mérito. Condeno a autora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 98, § 3º do CPC, fixando
estes na quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais), nos termos do art. 85, § 8º do CPC. P. R. I.C. Após o trânsito em julgado, arquivem-se.Recife,
22 de agosto de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda
PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV. Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-9003
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configurada a abusividade da punição, quando fixada em patamar superior a 100% do imposto devido. Veja-se:"RECURSO EXTRAORDINÁRIO
- ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO INSCRITO NO ART. 150, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - CARÁTER SUPOSTAMENTE
CONFISCATÓRIO DA MULTA TRIBUTÁRIA COMINADA EM LEI - CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL DE
CONFISCATORIEDADE DO TRIBUTO - CLÁUSULA VEDATÓRIA QUE TRADUZ LIMITAÇÃO MATERIAL AO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA
TRIBUTÁRIA E QUE TAMBÉM SE ESTENDE ÀS MULTAS DE NATUREZA FISCAL - PRECEDENTES - INDETERMINAÇÃO CONCEITUAL
DA NOÇÃO DE EFEITO CONFISCATÓRIO - DOUTRINA - PERCENTUAL DE 150% SOBRE O VALOR RETIDO E NÃO REPASSADO, PELO
RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO, À FAZENDA PÚBLICA - "QUANTUM" DA MULTA TRIBUTÁRIA QUE ULTRAPASSA, NO CASO, O VALOR
DO DÉBITO PRINCIPAL - EFEITO CONFISCATÓRIO CONFIGURADO - OFENSA ÀS CLÁUSULAS CONSTITUCIONAIS QUE IMPÕEM AO
PODER PÚBLICO O DEVER DE PROTEÇÃO À PROPRIEDADE PRIVADA, DE RESPEITO À LIBERDADE ECONÔMICA E PROFISSIONAL
E DE OBSERVÂNCIA DO CRITÉRIO DA RAZOABILIDADE - AGRAVO IMPROVIDO. (STF - RE: 771660 RS, Relator: Min. CELSO DE
MELLO, Data de Julgamento: 23/09/2014, Segunda Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-202 DIVULG 15-10-2014
PUBLIC 16-10-2014)"."Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MULTA FISCAL. CARÁTER CONFISCATÓRIO.
VIOLAÇÃO AO ART. 150, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Esta Corte firmou entendimento no sentido de que são
confiscatórias as multas fixadas em 100% ou mais do valor do tributo devido. Precedentes. II - Agravo regimental improvido. (STF - RE: 657372
RS, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 28/05/2013, Segunda Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-108 DIVULG 07-06-2013 PUBLIC 10-06-2013)". (destaques nossos). Ainda sobre o tema, manifestou-se o TJPE: TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO
CÍVEL. ICMS. RETIRADA DO APELADO DO CONVÊNIO CONFAZ 107/97. VINCULAÇÃO AO CONVÊNIO ICMS Nº 73/2004. INEXISTÊNCIA DE
ISENÇÃO. MULTA MORATÓRIA APLICADA EM 150%. CONFISCATÓRIA. REDUÇÃO A 80%. HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIAIS DE FORMA
RECÍPROCA NO VALOR DE R$ 10.000,00. APELO PROVIDO EM PARTE. 1. Apelação cível em face de sentença que julgou improcedentes
os pleitos autorais, deixando de reconhecer a exclusão tributária e o caráter confiscatório da multa fiscal, mantendo subsistente a penhora e
condenando a apelante ao pagamento da verba honorária em 5% sobre o valor da causa. 2. O convênio ICMS nº 107/97 autorizou a concessão
de isenção do imposto nas prestações de serviços de telecomunicação destinadas a consumo por órgãos da Administração Pública Estadual
Direta e suas Fundações e Autarquias, mantidas pelo Poder Público Estadual e regidas por normas de direito público. 3. Contudo, ao tempo dos
fatos geradores do tributo cobrado, ocorridos em 2007, o Estado de Pernambuco já havia se retirado do convênio nº 107/97, por força do convênio
nº 101/2005. 4. O Ente estatal continuou vinculado tão somente ao convênio ICMS nº 73/2004, o qual estende a isenção apenas na prestação
de serviços aos órgãos do Poder Executivo, e cuja interpretação deve ser literal, em obediência ao contido no art. 111, II, do CTN. 5. Diante da
limitação interpretativa, conclui-se pela impossibilidade de extensão da aludida hipótese de exclusão à prestação de serviços de telecomunicação
aos órgãos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, uma vez que a norma é clara ao conferir o benefício apenas às prestações cujo receptor
sejam órgãos do Poder Executivo. 6. Em relação às multas fiscais, segundo a dicção legal - art. 106, II, c do CTN - a nova lei é aplicável a
ato ou fato pretérito, não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua
prática. 7. A Lei Estadual 11.514/1997 (Lei nº 15.600/2015) reduziu a penalidade de 150% para 80% do valor do tributo. 8. O novo patamar
legal, de 80%, afigura-se, razoável, em vista do ato praticado, não violando, assim, a vedação constitucional ao confisco (art. 150, IV, CF/88).
9. Tendo em conta o acolhimento parcial da pretensão recursal em embargos à execução, devida à condenação em honorários advocatícios de
forma recíproca, no valor de R$ 10.000,00. 10. Apelação cível provida parcialmente, para reduzir a multa moratória de 150% para 80% sobre o
valor do crédito tributário, e condenar as partes em sucumbência recíproca no importe de R$ 10.000,00. 11. Decisão unânime. (TJPE, Apelação
334334-20037385-14.2012.8.17.0001, Rel. Itamar Pereira Da Silva Junior, 4ª Câmara de Direito Público, julgado em 27/09/2016, DJe 25/01/2017).
(grifei). Desse modo, analisando os documentos de fls. 39/40, infere-se que a multa aplicada sobre o débito tributário se deu no percentual de
200%, o que, inequivocamente, possui efeito confiscatório. Ressalte-se que a aplicação de multa pelo indébito é devida, mas não no percentual
fixado pelo fisco, razão pela qual reconheço a abusividade na sua fixação e a reduzo para o patamar de 100%, montante que entendo mais
equânime e justo ao caso concreto, atendendo-se assim ao dispositivo constitucional mencionado. Diante de tais argumentos, entendo que não
persistem os requisitos necessários à concessão da tutela antecipada, de modo que resta revogada. Ante o exposto e considerando tudo mais
que dos autos consta, ao tempo em que revogo a antecipação de tutela concedida, com fulcro no art. 487, I, do CPC, JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTES OS PEDIDOS, apenas para reconhecer a abusividade da multa aplicada no patamar de 200%, reduzindo-a para 100%. Por
força da sucumbência recíproca, condeno a parte autora ao pagamento de 1/2 das custas processuais, já adiantadas, bem como de 1/2 dos
honorários ora fixados em R$ 1.000,00, nos termos do art. 85, §8°, do NCPC, em favor do patrono da parte ré. Publique-se. Registre-se. Intimem-
se. Ciência ao Ministério Público. Recife, 14 de setembro de 2018. Patrícia Xavier de Figueirêdo Lima JUÍZA DE DIREITO
Ação Ordinária Processo nº 0023818-13.2012.8.17.0001Requerente: ADELI ROSA MENEZES BEZERRA Requerido: ESTADO DE
PERNAMBUCO SENTENÇA Vistos etc. I - ADELI ROSA MENEZES BEZERRA, devidamente qualificada na inicial, através de advogado
regularmente constituído, ingressou com a presente Ação Ordinária em face do ESTADO DE PERNAMBUCO, pessoa jurídica de direito público.
Alegou, em síntese, que é professora aposentada do Estado de Pernambuco e que adquiriu o direito à incorporação dos valores referentes aos
quinquênios, gratificações de efetivo magistério (pó-de-giz) e gratificação da especialização como professora em educação especial em seus
proventos; no entanto, tais acréscimos foram indevidamente suprimidos ao longo do tempo, causando-lhe prejuízos financeiros. Pediu, ao final,
a condenação do réu a reincorporaçação dos valores referentes aos quinquênios, gratificações de efetivo magistério (pó-de-giz) e gratificação
da especialização como professora em educação especial já percebidos, inclusive de forma retroativa. Requereu os benefícios da gratuidade
da justiça e juntou documentos (fls. 37/61). Devidamente citado, o ESTADO DE PERNAMBUCO apresentou contestação (fls. 66/75), arguindo,
preliminarmente, ilegitimidade passiva ad causam, por não ser o ente responsável pelo pagamento dos proventos de aposentadoria da autora. No
mérito, sustentou que a Lei Complementar n° 112, de 06/06/2008, extinguiu a gratificação por tempo de serviço (quinquênio) incorporando-a ao
vencimento-base da remuneração de todos os ocupantes do Grupo Ocupacional Magistério, incluídos neste os professores aposentados ou na
ativa. Esclareceu que a Gratificação pelo Exercício do Magistério também foi extinta pela Lei Complementar Estadual n° 154, de 26/03/2010, sendo
que houve preocupação em prever a percepção de parcela autônoma a fim de evitar eventual decesso remuneratório. Destacou que a gratificação
de magistério de educação especial foi estendida à aposentadoria da autora, que, no entanto, se irresigna quanto à forma de pagamento de tal
acréscimo, ou seja, em valor nominal fixo, conforme determinado pela LC n° 154. Defendeu, por fim, que os servidores não tem direito adquirido
à manutenção do regime jurídico da remuneração, pugnando, ao final, a improcedência dos pedidos iniciais. Juntou documentos (fls. 76/90).
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Réplica às fls. 95/100. Com vista dos autos, o órgão ministerial ofereceu parecer opinando pela improcedência do pedido autoral (fls. 101/102). Os
autos vieram da 3ª Vara da Fazenda Pública da capital para esta Central de Agilização Processual no estado em que se encontram. É o relatório.
Passo à decisão. II - Conheço diretamente do pedido, pois a lide comporta julgamento antecipado, a teor da regra editada no art. 355, inc. I, do
NCPC, por desnecessária a dilação probatória, sendo suficiente ao deslinde do litígio a prova documental já produzida. Antes de ingressar no
mérito, analiso a questão preliminar arguida na contestação, no que tange à ilegitimidade passiva do Estado de Pernambuco, sob o argumento de
que não seria o ente responsável pelo pagamento dos proventos de aposentadoria da autora. Pois bem. Entendo que há solidariedade passiva
entre o Estado de Pernambuco e a FUNAPE, ante o disposto n° 94, da Lei Complementar n° 28/2000, que assim disciplina:"Art. 94. O Estado é
solidariamente responsável para com a FUNAPE e para com os Fundos criados por esta Lei Complementar, conforme o caso, pelo pagamento
dos benefícios previdenciários a que fizerem jus os segurados, na forma prevista nesta Lei Complementar.§1º - A solidariedade de que trata o
caput deste artigo compreende, inclusive, a complementação dos benefícios previdenciários de responsabilidade do FUNAPREV a que fizerem
jus os segurados vinculados aquele Fundo se vierem a ser insuficientes os resultados do regime financeiro adotado por ele." Assim, o Estado
de Pernambuco é parte legítima para figurar no polo passivo da presente ação. Ausentes outras questões preliminares, passo ao exame do
mérito. O cerne da questão gira em torno da pretensão da autora de restabelecer a Gratificação Adicional por Tempo de Serviço (quinquênio),
a Gratificação por Exercício de Magistério e a Gratificação da Especialização como professora em educação especial em seus proventos de
aposentadoria. A Lei Complementar n° 112/2008, ao instituir o Piso Profissional para os servidores do Grupo Ocupacional Magistério, do Quadro
de Pessoal Permanente da Secretaria de Educação do Estado, determinou a incorporação ao vencimento base da Gratificação Adicional por
Tempo de Serviço, in verbis:Art. 1º - Os valores de vencimento-base dos cargos integrantes dos grupos ocupacionais de que trata a Lei n° 11.559,
de 10 de junho de 1998, e alterações, ficam reajustados conforme definido na presente Lei Complementar. Parágrafo Único - Em decorrência
do disposto no caput deste artigo, fica extinta, a partir de 01 de setembro de 2008, a gratificação adicional por tempo de serviço, instituída pelos
artigos 160, inciso VIII e 166, da Lei n° 6.123, de 20 de julho de 1968, e alterações, bem como a parcela remuneratória eventualmente percebida
naquela data, a título de Parcela Autônoma de Vantagem Pessoal - PAVP, exclusivamente instituída pela Lei n.° 12.396, de 03 de julho de 2003,
por incorporação dos seus respectivos valores nominais ao vencimento base dos cargos nele indicados. (Grifos nossos) Restou estabelecido,
ainda, no art. 5º da referida Lei Complementar, que as modificações introduzidas pelo novo diploma legal não poderiam resultar em decesso
remuneratório, e bem assim que as eventuais diferenças detectadas a partir da nova sistemática deveriam constituir parcela complementar
compensatória, expressa nominalmente, assegurando o reajuste remuneratório de 5% (cinco por cento), adiante transcrito: Art. 5º - Do disposto
nos artigos antecedentes não poderá resultar decesso remuneratório salvo erro de cálculo ou reforma de decisão anterior, cuja eventual diferença
detectada deverá constituir parcela complementar compensatória, expressa nominalmente, assegurando o reajuste remuneratório de 5% (cinco
por cento). Parágrafo Único - A parcela complementar compensatória, referida no caput deste artigo, será concedida em caráter precário, enquanto
persistir a diferença que a originou, devendo ser suprimida, parcial ou integralmente, quando da implementação do piso salarial de que trata o
art. 4º desta Lei Complementar, ou outras majorações remuneratórias, a qualquer título. (Grifamos) Por outro lado, a Lei Complementar n° 154,
de 24 de março de 2010, ao redefinir a estrutura de remuneração dos professores, determinou a incorporação da gratificação de exercício de
magistério ao vencimento base da categoria, in verbis:Art.1º - Observado o disposto no § 3º do artigo 4º da Lei Complementar nº 112, de 6 de
junho de 2008, os valores nominais de vencimento base dos cargos integrantes dos Grupos Ocupacionais de que trata a Lei nº 11.559, de 10 de
junho de 1998, e alterações, do quadro de pessoal efetivo ou em extinção, da Secretaria de Educação, passam a ser os constantes das Grades
Vencimentais definidas no Anexo I da presente Lei Complementar, a partir de 01 de janeiro e 01 de junho de 2010, respectivamente. §1º - Em
decorrência do disposto no caput deste artigo, exclusivamente para os cargos que nomeia, ficam: I - a partir de 01 de janeiro de 2010:a) fixada,
no valor mensal limite correspondente a 20% (vinte por cento) do respectivo vencimento base, a Gratificação pelo Exercício do Magistério, a
ser concedida, exclusivamente, aos ocupantes do cargo de Professor, em regência de classe;b) fixada, no valor mensal limite correspondente
a 20% (vinte por cento) do respectivo vencimento base, a Gratificação de Função Técnico Pedagógica, a ser concedida, exclusivamente, aos
ocupantes do cargo de Professor, no desempenho de funções técnicas de orientação, acompanhamento, capacitação, dentre outras definidas em
lei; ec) fixadas, exclusivamente para o cargo de professor, nos valores nominais definidos no Anexo II desta Lei Complementar, as Gratificações
de Difícil Acesso; de Locomoção; pelo Magistério de Educação Especial e Programas Especiais em Educação;II - a partir de 01 de junho de 2010:
a) extintas, para o cargo público de professor, por incorporação dos seus respectivos valores nominais ao vencimento base, as Gratificações pelo
Exercício do Magistério e de Função Técnico Pedagógica, instituídas, respectivamente, no artigo 11 da Lei n° 8.094, de 27 de dezembro de 1979,
e artigo 18 da Lei n° 10.335, de 16 de outubro de 1989; e a Gratificação de que trata o artigo 8º da Lei n° 11.125, de 22 de setembro de 1994,
bem como a Parcela Autônoma de Vantagem Pessoal decorrente da conversão jurídica desta, por força do artigo 14 da Lei Complementar n°
78, de 18 de novembro de 2005 e alterações (grifos nossos) Restou estabelecido, ainda, nos §§ 2º e 3º do art. 1º da referida Lei Complementar,
que as modificações introduzidas pelo novo diploma legal não poderiam resultar em decesso remuneratório aos professores, e bem assim que
as eventuais diferenças detectadas a partir da nova sistemática deveriam constituir parcela de irredutibilidade de vencimentos, in litteris: §2º -
Ainda em decorrência do disposto no caput deste artigo, e nos parágrafos anteriores, não poderá resultar decesso remuneratório, salvo erro de
cálculo ou reforma de decisão anterior, cuja eventual diferença negativa detectada deverá constituir parcela de irredutibilidade remuneratória,
expressa e fixada nominalmente. §3 º - A parcela de irredutibilidade remuneratória, definida no parágrafo anterior, será concedida em caráter
precário, enquanto persistir a diferença que a originou, devendo ser suprimida, parcial ou integralmente, quando das eventuais majorações
remuneratórias posteriores do servidor, a qualquer título. Da análise da documentação acostada aos autos pela própria autora, percebe-se que não
houve diminuição nos valores nominais percebidos, conforme se vê às fls. 46/58, pois apesar da supressão das gratificações aqui discutidas, os
proventos da autora tiveram um aumento nominal, preservando-se a garantia constitucional da irredutibilidade do quantum remuneratório previsto
pela Magna Carta. Com efeito, consoante a mais abalizada doutrina e a jurisprudência da Suprema Corte, o art. 37, XV, da Constituição Federal,
tutela a irredutibilidade nominal da remuneração global do servidor público, compreendida nesta a soma de todas as parcelas, gratificações e/ou
vantagens. Ademais, é sabido que os critérios legais com base nos quais o referido quantum foi estabelecido podem sofrer modificações, pelo que
é firme o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido de que os servidores públicos não têm direito adquirido à inalterabilidade do regime
jurídico de composição de vencimentos. Nesse sentido, trago à colação os seguintes arestos do Supremo Tribunal Federal, verbis: "EMENTA:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR INATIVO. GRATIFICAÇÃO. REDUÇÃO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. INOCORRÊNCIA. É pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que inexiste direito adquirido
a regime jurídico. O STF tem admitido redução ou mesmo supressão de gratificações ou outras parcelas remuneratórias desde que preservado o
montante nominal da soma dessas parcelas, ou seja, da remuneração global. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento." (RE-
AgR 445810/PE, DJ 06-11-2006, PP-00046). "EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO
RECURSO DE AGRAVO - SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES - INATIVOS E PENSIONISTAS - ADICIONAL DE INATIVIDADE - SUPRESSÃO
- INALTERABILIDADE DO REGIME JURÍDICO - DIREITO ADQUIRIDO - INEXISTÊNCIA - REMUNERAÇÃO - PRESERVAÇÃO DO MONTANTE
GLOBAL - AUSÊNCIA DE OFENSA À IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS - RECURSO IMPROVIDO. - Não há direito adquirido do
servidor público à inalterabilidade do regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos, desde que a modificação introduzida por ato
legislativo superveniente preserve o montante global do estipêndio até então percebido e não provoque, em conseqüência, decesso de caráter
pecuniário. A preservação do quantum global, em tal contexto. descaracteriza a alegação de ofensa à garantia constitucional da irredutibilidade
de vencimentos e/ou proventos. Precedentes. (RE-ED 468076 / RS - RIO GRANDE DO SUL DJ 31-03-2006 PP-00038). Por fim, observo que,
muito embora a parte autora persiga o restabelecimento da "Gratificação de especialização como professora de educação especial", é certo
que tal acréscimo remuneratório vem sendo pago regularmente sob a rubrica "GRT. MAG. ED.", como se vê dos contracheques trazidos aos
autos, o que implica em improcedência do pedido sob tal fundamento. De outra banda, considerando a discordância da parte autora quanto à
forma de pagamento de tal gratificação, ou seja, em valor nominal fixo de R$450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), manifestada na petição
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inicial, entendo que tal pleito redundaria na improcedência sob o mesmo fundamento dos demais pedidos já analisados, no sentido de que não
há direito adquirido à manutenção de regime jurídico dde servidor público. Acrescente-se, ainda, que com a vigência da LCE n° 154/2010, a
gratificação teve o seu valor aumentado de R$256,18 para R$450,00, ou seja, não houve decesso remunetório, restando observado o princípio
da irredutibilidade de vencimentos, consagrado pela Magna Carta. III - Ante o exposto e considerando tudo quanto o mais dos autos consta,
JULGO IMPROCEDENTES os pedidos iniciais, nos termos do art. 487, inc. I, do CPC/15. Condeno a parte autora ao pagamento das custas
processuais e dos honorários de sucumbência, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85,
§4°, inc. III, do CPC/15. Tal condenação fica suspensa haja vista o disposto no § 3º, art. 98, do mencionado diploma legal, em face do benefício da
gratuidade da justiça deferido. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com anotações de estilo. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Recife (PE), 17 de outubro de 2018. Ana Paula Costa de AlmeidaJuíza de Direito Substituta PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL
DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº,
Joana BezerraFone: (81)3181-05642Processo n° 0023818-13.2012.8.17.0001
Processo nº 0011429-35.2008.8.17.0001Ação Cautelar InominadaAutor: Agroplan LtdaRéu: Município do Recife Processo nº:
0014879-83.2008.8.17.0001Ação Anulatória de Débito Fiscal Autor: Agroplan LtdaRéu: Município do Recife SENTENÇA Vistos etc. I -
Trata-se de julgamento simultâneo da medida cautelar inominada n.º 0011429-35.2008.8.17.0001 e da ação anulatória de débito fiscal n.º
0014879-83.2008.8.17.0001, feitos reunidos por força da conexão. 1. Processo n° 0011429-35.2008.8.17.0001 AGROPLAN LTDA, qualificada
nos autos, através de advogado constituído, promoveu a presente Ação Cautelar Inominada em face do MUNICÍPIO DO RECIFE, objetivando a
suspensão da exigibilidade de débitos tributários relativos ao Auto de Infração no 15.00465.8.07. Asseverou que os serviços objeto do referido
auto de infração foram prestados em outros municípios da Federação, ocorrendo no local de cada prestação de serviço os respectivos fatos
geradores do ISS, de forma que o tributo é devido aos respectivos municípios, e não ao réu. Pediu, em caráter liminar, a suspensão da exigibilidade
dos respectivos débitos, determinando-se ao réu que emita autorização para a confecção de talonários, documentos fiscais e certidão negativa
de débitos. No mérito, requereu a procedência dos pedidos, confirmando-se a liminar. Inicial instruída com documentos e guia de recolhimento
de custas (fls. 11/32). Pelo despacho de fl. 34, o Juízo deixou para se pronunciar sobre o pedido de liminar após a manifestação da parte
ré. Devidamente citada, a parte ré contestou às fls. 39/45, sustentando preliminarmente a ilegitimidade passiva da Secretaria de Finanças
da Prefeitura do Recife. No mérito, defendeu que o legislador municipal elegeu o critério pelo qual se considera o lugar em que o prestador
é estabelecido como local do fato gerador. Assim, sustentou a legalidade e constitucionalidade da cobrança e pediu a improcedência dos
pedidos. Réplica às fls. 51/54. O Ministério Público opinou pela procedência dos pedidos (fls. 55/57). 2. Processo n° 0014879-83.2008.8.17.0001
AGROPLAN LTDA, qualificada nos autos, através de advogado constituído, promoveu a presente Ação Anulatória de Débito Fiscal em face do
MUNICÍPIO DO RECIFE, distribuída por dependência ao processo n° 0011429-35.2008.8.17.0001. Reiterando os termos da cautelar, acrescentou
que o montante apontado no auto de infração nº 15.00465.8.07 não corresponde à realidade contábil apresentada pela demandante, já que
o valor da receita não representa o somatório dos valores constantes nas notas fiscais dos serviços emitidos. Reforçou o pedido liminar de
suspensão da exigibilidade do crédito e, no mérito, pediu o reconhecimento da nulidade do auto de infração por vício formal. Juntou documentos
e guia de recolhimento de custas (fls. 10/25). Pelo despacho de fl. 26, o Juízo deixou para se pronunciar sobre o pedido de liminar após a
manifestação da parte ré. Devidamente citada, a parte ré contestou às fls. 35/37. No mérito, defendeu a legalidade da cobrança, assegurando
que o ato administrativo de lançamento tem presunção de legitimidade. Pediu, ao fim, a improcedência dos pedidos. Não houve réplica, conforme
certidão de fl. 43. O Ministério Público opinou pela procedência parcial dos pedidos (fls. 44/46). Após, vieram os autos conclusos para julgamento,
remetidos pela 3ª Vara da Fazenda Pública para esta Central de Agilização Processual. São os relatórios. DECIDO. II - Conforme explicitado no
relatório, trata-se de julgamento simultâneo de feitos, reunidos por força da conexão. Cuida-se de hipótese que dispensa dilação probatória, uma
vez que os elementos constantes dos autos, inclusive a prova documental, já são suficientes para emitir a sentença antecipadamente, conforme
autoriza o art., 330, inciso I, do CPC. Antes de adentrar ao mérito, faz-se necessária a análise da preliminar ofertada pela ré, de ilegitimidade
passiva ad causam. Defende o requerido que a Secretaria de Finanças do Município do Recife não deveria integrar o pólo passivo da lide.
De fato, assiste razão ao réu quando argumenta a ausência de personalidade jurídica da Secretaria, integrante da estrutura da Administração
Pública; porém, observo que as demandas apenas foram distribuídas e cadastradas em nome de referido ente, pois as iniciais são claramente
direcionadas ao Município e pedem a citação deste. Assim, houve simples equívoco do órgão distribuidor quando da autuação dos feitos, razão
pela qual determino a retificação do pólo passivo de ambos para Município do Recife no sistema e na capa dos autos. Assim sendo, rejeito a
preliminar, vez que, à evidência, não há ilegitimidade passiva. Outrossim, não vislumbro qualquer prejuízo para o requerido, já que o feito foi
contestado em nome do Município, através de sua Procuradoria. Ultrapassada a questão introdutória, passo a analisar o mérito da lide. Trata-se
de demanda em que se discute a exigibilidade do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, cobrado no período de janeiro/2003 até
dezembro/2005, no auto de infração nº 15.00465.8.07. Segundo o art. 156, III, da Constituição Federal/1988, compete aos Municípios a instituição
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, não compreendidos aqueles relativos ao ICMS. A Lei Complementar nº 116/03, publicada
em 31/07/2003, por sua vez, define o Município competente para a cobrança do ISS na prestação do serviço, dispondo, em seu art. 3º, que se
considera prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador,
salvo algumas exceções que o próprio artigo trata de listar. Vejamos:Art. 3o O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII,
quando o imposto será devido no local: I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele
estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar;II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas,
no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19
da lista anexa;IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;V - das edificações em geral, estradas, pontes,
portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração,
tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09
da lista anexa;VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques,
jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e
poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza
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e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;X - (VETADO)XI - (VETADO)XII -
do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa;XIII - da
execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;XIV
- da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;XV - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no
caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa;XVI - dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados,
no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;XVII - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do
bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;XVIII - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e
congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;XIX - do Município onde está sendo executado
o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa;XX - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta
de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;XXI - da feira, exposição,
congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da
lista anexa;XXII - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20
da lista anexa. Ocorre que, na hipótese dos autos, alguns dos fatos geradores do ISS, relativos ao auto de infração que se pretende anular,
ocorreram sob a égide do Decreto-Lei n° 406/68, pois se referem à suposta falta de recolhimento do ISS nos meses de janeiro a dezembro de
2003, tendo a Lei Complementar nº 116/03 entrado em vigor apenas em 1º de janeiro de 2004. Nos termos do artigo 12 do Decreto-lei 406/68,
à época vigente, "considera-se local da prestação do serviço: a) o estabelecimento prestador ou, na falta de estabelecimento, o do domicílio do
prestador". Assim, a solução da controvérsia consiste em definir o município competente para exigir o ISS incidente sobre os serviços prestados
pelo autor durante a vigência do Decreto-Lei n° 406/68 (para a cobrança no ano de 2003) e pela Lei Complementar nº 116/03 (para a cobrança de
2004/2005). No ponto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em revisitação ao tema, por ocasião do julgamento do REsp nº 1.060.210/
SC - submetido à sistemática dos recursos repetitivos prevista no art. 543-C do CPC -, analisando as hipóteses de incidência de ISS sobre
arrendamento mercantil financeiro, concluiu que: "(b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do
estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada,
assim entendido o local onde se comprove haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes
à concessão e aprovação do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo". De tal sorte, é a mais moderna
orientação do Superior Tribunal de Justiça:"TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISSQN. ENGENHARIA CONSULTIVA. SERVIÇO QUE NÃO
SE CONFUNDE COM O DE CONSTRUÇÃO CIVIL. ART. 11, PARÁGRAFO ÚNICO, DO DECRETO-LEI N. 406/68. MUNICÍPIO COMPETENTE
DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR. CONTROVÉRSIA DECIDIDA PELA PRIMEIRA SEÇÃO NO RESP 1.060.210/SC, SUBMETIDO AO
REGIME DO ART. 543-C DO CPC. 1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 1.060.210/SC, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC
e da Resolução STJ n. 08/2008, firmou a orientação no sentido de que: "(b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é
o Município da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado, onde
a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove haver unidade econômica ou profissional da instituição financeira com
poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo".2.
Ao contrário do que se possa imaginar, as premissas estabelecidas nesse precedente aplicam-se a todos os casos que envolvam conflito de
competência sobre a incidência do ISS em razão de o estabelecimento prestador se localizar em municipalidade diversa daquela em que realizado
o serviço objeto de tributação.3. No caso dos autos, a controvérsia se refere a fatos geradores do ISSQN ocorridos na vigência do Decreto-Lei n.
406/68, restando incontroverso que a sociedade recorrida possuía, à época dos fatos, estabelecimento prestador no Município de São Paulo.4.
O serviço de engenharia consultiva desenvolve-se antes ou até mesmo em concomitância com o serviço de "construção civil", mas com esse
não se confunde, conforme se depreende do art. 11, parágrafo único, do Decreto-Lei n. 406/68. Inaplicabilidade, portanto, da exceção à regra de
competência prevista na alínea "b" do art. 12 desse normativo.5. Dessa forma, aplicando-se a recente orientação jurisprudencial deste Tribunal
Superior firmada nos autos do REsp 1.060.210/SC, tem-se que subsiste relação jurídico-tributária apta a legitimar a instituição e cobrança do
ISSQN pelo Município de São Paulo em relação aos fatos geradores ocorridos sob a vigência do Decreto-Lei n. 406/68, uma vez que, para esse
período, o município competente corresponde àquele onde situado o estabelecimento prestador. 6. Recurso especial a que se dá provimento.
(STJ, REsp 1211219/SP, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, j. em 24/04/2014, DJe 20/05/2014). A mesma conclusão lógica passou
a ser adotada pelo TJPE, em julgado que ora trago:TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA ISSQN PELO MUNICÍPIO DO RECIFE
SOBRE SERVIÇO PRESTADO FORA DE SUA SEDE. IMPOSSIBILIDADE. AVILTAMENTO AOS TERMOS DA LC Nº 116/2003. REFORMA DA
SENTENÇA PARA DETERMINAR A REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL. JURISPRUDÊNCIA
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CORREÇÃO E JUROS PELO STJ SEGUNDO O RESP 1495146/MG. PROVIMENTO DO APELO. 1.
Trata-se de apelação cível manejada contra sentença em ação ordinária onde o Juízo entendeu como improcedentes os pedidos arguidos na
exordial, onde a empresa, ora recorrente, defende que está sofrendo tributação e cobrança de ISSQN (Imposto sobre Serviços) pelo Município do
Recife em razão de serviços prestados em outros Municípios da Federação. Ônus sucumbencial de 10 % (dez por cento) do valor da causa. 2. No
recurso a apelante informa que presta serviços de cobrança e renegociações de crédito a diversas instituições bancárias, em diversos Municípios
do país, mas que o Município do Recife vem efetuando a tributação sobre serviços não realizados dentro da área geográfica do Município, o que
afronta a LC nº 116/2003. Com essa argumentação, o pedido é pela reforma da sentença. 3. O Juízo julgou improcedentes os pedidos arguidos
na exordial e condenou a recorrente ao ônus sucumbencial de 10% (dez por cento) do valor da causa. 4. A autora minucia os fatos alegando
que o Município do Recife vem tributando os serviços de cobrança como se estes tivessem sido prestados na sede da Capital Pernambucana,
quando, na verdade, foram prestados em diversos Estados do país, onde igualmente possui sede/filial/escritório para o mesmo fim, em razão
da diversidade de agências bancárias dos mais diversos bancos que solicitam sua intervenção. 5. A princípio, merece ressalva que o ISSQN é
tributo de competência municipal e é cobrado em razão da prestação de serviços, nos termos da Constituição de 1988. 6. Ademais, a respeito
de se saber qual o município competente para o recolhimento do citado imposto, tal dúvida dirimiu-se com o julgamento do REsp 1.117.121/SP
(representativo da controvérsia - DJe 29/10/2009), onde o STJ assentou entendimento de que a competência para cobrança do ISS, sob a égide
do Decreto-Lei nº 406/1968, era do local da prestação do serviço e, após a Lei Complementar nº 116/2003, passou a ser do local da sede do
prestador (art. 3º da LC ). 7. Ora, a análise da documentação acostada aos autos revela que a empresa apelante possui sede na Rua da Moeda,
63, 1º Andar, nesta Capital (Contrato Social às fls. 21/27) e a matriz tem sede no mesmo endereço, conforme cláusula 4ª do citado contrato social.
Todavia, a empresa possui diversos escritórios espalhados pelo país, de acordo com a necessidade de atendimento às agências bancárias e
instituição financeiras que solicitam e contratam os seus serviços de cobrança. 8. Vê-se, então, que em cada lugar em que o serviço tem sido
prestado, fora da Capital Pernambucana, a empresa possui filial com proveito econômico e logística para o desempenho de suas atividades. 9.
Por outro lado, os lançamentos fiscais referem-se a ISSQN do ano fiscal de 2012, portanto, em momento posterior à edição da Lei Complementar
nº 116/2003, que determinou o Município da sede da empresa para cobrança do imposto.10. A abertura de escritórios pela empresa em outros
Estados da Federação para atender a demanda de serviços, notadamente, aqueles requisitados pelo Banco do Brasil, tem sim o condão de
modificar o estabelecimento da apelante, para fins de determinação da competência municipal para cobrança do ISSQN, conforme anotou o
Juízo. 11. A jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça é exatamente nesse sentido. 12. Assim, entende-se que a exação fiscal providenciada
pelo Município encontra-se incorreta, quando lavrada sobre serviço prestado fora das linhas territoriais do Município do Recife. A sentença deve
ser modificada para se determinar a repetição do indébito tributário, nos termos pedidos na inicial, com inversão do ônus sucumbencial, tudo a
ser apurado em fase de liquidação. 13. PROVIMENTO do recurso. CORREÇÃO E JUROS PELO STJ SEGUNDO O RESP 1495146/MG. (TJPE,
Apelação 454365-50010976-64.2013.8.17.0001, Rel. Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, 3ª Câmara de Direito Público, julgado em 17/07/2018, DJe
14/09/2018). Assim, a competência para cobrança do ISS sobre fatos geradores ocorridos na vigência do Decreto-lei 406/68 é do município onde
está situado o estabelecimento prestador do serviço, conforme jurisprudência firmada pela 1ª seção do STJ no julgamento do REsp 1.060.210,
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quando foi definido que o sujeito ativo da relação tributária, durante a vigência do decreto-lei, é o município onde se situa a empresa prestadora,
à exceção dos serviços de construção civil e exploração de rodovias. Nesse sentido:AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. ISS. FATOS GERADORES OCORRIDOS NA VIGÊNCIA DO DECRETO-LEI N. 406/1968. SUJEITO
ATIVO DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA. SEDE DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR DO SERVIÇO. RECURSO REPETITIVO. NECESSIDADE
DE DEVOLUÇÃO DOS AUTOS PARA QUE O TRIBUNAL LOCAL PROSSIGA NO JULGAMENTO DA APELAÇÃO. 1. A Primeira Seção, no
julgamento do REsp 1.060.210/SC (paradigma repetitivo), firmou entendimento de que, tratando-se de fato gerador do ISS ocorrido na vigência do
Decreto-Lei n. 406/1968, o sujeito ativo da relação tributária é o município no qual está localizada a sede do estabelecimento prestador do serviço.
2. Estabelecida essa premissa, da qual destoa o acórdão recorrido, e considerando que a divergência entre as partes - inclusive objeto do apelo
interposto - está em definir qual o estabelecimento prestador do serviço, devem os autos retornar à origem para que o Tribunal local prossiga no
julgamento da apelação, a partir da prova dos autos e da conclusão jurídica fixada no aresto paradigma. 3. Agravo interno parcialmente provido.
(STJ, AgInt nos EDcl no REsp 1721926/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe 27/06/2018). A
mudança de paradigma pode ser visualizada com mais facilidade a partir da lição de Hugo de Brito Machado1 (2014, p. 411-412): "O STJ vinha
entendendo que competente para a cobrança do ISS seria o Município em cujo território ocorre a prestação do serviço, sendo irrelevante o local
em que se encontra o estabelecimento prestador. Com essa orientação jurisprudencial, a pretexto de interpretar o art. 12 do Decreto-lei 406/1968,
vinha declarando implicitamente sua inconstitucionalidade. A Lei Complementar 116/2003 manteve a regra de competência do art. 12 do Decreto-
lei 406/1968, embora tenha ampliado as exceções a essa regra. Em seu art. 3º estabeleceu que o serviço considera-se prestado e o imposto
devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas
em seus incisos, que indicam o local em que será devido o imposto. Na determinação de qual seja o Município competente para a cobrança
do ISS é de grande importância sabermos o que se deve entender por "estabelecimento prestador do serviço". Para esse fim, considera-se
estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que
configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevante para caracterizá-lo as denominações - sede, filial, agência, posto de atendimento,
sucursal, escritório de representação ou contato, ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas (Lei Complementar 116/2003, art. 4º)". Nesse
contexto, perfilhando a orientação emanada pelo Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria, tenho que o pedido do autor merece ser julgado
improcedente. Explico. Vê-se, do contrato social de fl. 13, que o requerente tem sede na cidade do Recife e, na vigência do Decreto-lei 406/68,
para os débitos envolvidos no ano de 2003, a competência para cobrança do ISS é do município onde está situado o estabelecimento prestador
do serviço, no caso, o Município do Recife. Logo, para esse período, é lícita a cobrança do tributo, devendo ser mantida sua exigibilidade. Já em
relação aos fatos geradores ocorridos nos anos de 2004/2005, quando já estava em vigor a LC nº 116/2003, entendo que: a) à luz do objeto social,
os serviços prestados pela requerente não fazem parte da lista excepcional criada pelo art. 3º, que importaria em recolhimento do tributo no local
da prestação do serviço; inexiste comprovação de que o requerente possui unidades econômica/profissional nos locais onde prestou serviço, de
modo a ser sua situação amoldada ao decidido no Recurso Repetitivo do STJ. Portanto, entendo que a regra geral do caput do art. 3º da LC nº
116/2003 deve ser aplicável ao caso, mantendo-se como ente competente para receber o ISS devido em virtude das operações ocorridas no AI
em referência o local do estabelecimento prestador do serviço, qual seja, o Município do Recife. III - Ante o exposto, decidindo conjuntamente
os processos (nº 0011429-35.2008.8.17.0001 e 0014879-83.2008.8.17.0001), julgo-os IMPROCEDENTES, nos termos do artigo 487, I do CPC.
Custas satisfeitas. Condeno a parte autora a pagar honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa, em cada um dos
processos, tendo em vista o disposto no art. 85, § 4º, III, do CPC. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Ciência ao Ministério Público. Após o
trânsito em julgado, arquivem-se. Recife, 25 de outubro de 2018.ANA PAULA COSTA DE ALMEIDAJuíza de Direito Substituta1 MACHADO, Hugo
de Brito. Curso de direito tributário. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO
PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra
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Furtado ("Curso de Direito Administrativo". Editora Fórum, 2ª Ed. - Belo Horizonte, 2010; pág. 1042). 5. A previsão contida no art. 10 do Decreto
20.910/32, por si só, não autoriza a afirmação de que o prazo prescricional nas ações indenizatórias contra a Fazenda Pública foi reduzido pelo
Código Civil de 2002, a qual deve ser interpretada pelos critérios histórico e hermenêutico. Nesse sentido: Marçal Justen Filho ("Curso de Direito
Administrativo". Editora Saraiva, 5ª Ed. - São Paulo, 2010; págs. 1.296/1.299) (STJ, REsp 1251993 / PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, 12/12/2012). Afastadas todas as preliminares e qualquer óbice de índole processual, passo ao exame do mérito.
Trata-se de indenização por danos morais e materiais fundada na morte do filho da autora, que cumpria medida socioeducativa de internamento
em estabelecimento destinado a adolescentes. À luz do art. 5º, V, CF/88, a todos é assegurada indenização por dano material, moral e à imagem
em virtude da ocorrência de um ato ilícito. Nos termos do parágrafo 6º do art. 37 da Constituição Federal de 1988, "as pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que os seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa". Já o art. 186 do Código Civil impõe a obrigação
de reparar o dano a todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem,
ainda que exclusivamente moral. Assim, o ente público deve ser responsabilizado pelos danos por ele provocados através de atos comissivos
ou omissivos. No entanto, a depender da natureza do ato (ação ou omissão), variável é o tipo de responsabilidade - objetiva ou subjetiva. Em se
tratando de responsabilidade civil do Estado por ação, sua responsabilidade é do tipo objetiva, não havendo que se perquirir se estão presentes,
portanto, todos os elementos necessários à sua responsabilização, especialmente, se houve, por sua parte, conduta dolosa ou culposa. De outro
giro, ainda que não se analise a existência de dolo ou culpa na conduta do servidor estatal, em ações tais, a parte requerente deve demonstrar a
existência dos demais elementos necessários à responsabilização do ente público, quais sejam ação, dano e nexo causal, ônus que lhe compete
(art. 373, I, do CPC). A responsabilidade objetiva, onde não se discute a culpa do agente público, implica o dever reparatório como decorrência
do ato causador do dano à vítima. Pela Teoria do Risco Administrativo, adotada pela Constituição Federal de 1988, basta que se demonstre a
relação de causalidade entre o ato do agente e o dano. Porém, não se trata da Teoria do Risco Integral, onde a responsabilidade do Estado
subsistiria nos casos de culpa da vítima, caso fortuito ou força maior. Em nosso ordenamento jurídico, estas hipóteses excluem a responsabilidade
do Estado. Há quem defenda que as omissões da administração pública importam na necessidade da comprovação da culpa desta pela inação
qualificada, ou seja, impende demonstrar previamente a relação entre o dever de evitar o dano com ações que a administração, por dever de
lei, era obrigada a empregar, e o evento que surge em razão da falta de cumprimento do seu dever. Evidentemente que a Administração não
poderá se transformar, como afirma Celso Antônio Bandeira de Melo, em seguradora universal pelas simples omissões ao dever do Estado
em prestar segurança, saúde e educação. Há a necessidade de se comprovar, no caso concreto, a relação entre o não agir da Administração,
mesmo estando obrigada a tal, e o evento danoso ao administrado. Ao abordar a "Responsabilidade Civil e Omissão de Socorro Público", Jones
Figueirêdo Alves leciona que "bastante será considerar, para efeito da responsabilização estatal, ocorrente a omissão de serviço, ou o seu mau
funcionamento, a tanto implicando que o ato omissivo, identificado concludentemente, tenha uma correlação direta e imediata com o evento
danoso. Isto porque o dano resultará, inexoravelmente, da omissão do Estado na prática de um dever prescrito em lei, a cujo cumprimento se ache
obrigado" (Revista Interesse Público, vol. 43, pg. 43). Executando seu dever constitucional de prover a sociedade com a segurança pública e o
encarceramento dos infratores, não pode o Estado negligenciar a garantia da integridade física e mental dos detentos. Não se pode utilizar como
escusa o fato de pessoas violentas estarem concentradas em um mesmo estabelecimento durante longo período para invocar a força maior. Esta
situação é previsível e evitável com ações de segurança e disciplinares que emergem de investimentos e estudos adequados. Não executando
adequadamente a custódia dos detentos, atos rebeldes ou violentos serão uma constante nos estabelecimentos prisionais ou penitenciários,
como lamentavelmente estamos a ver. O Superior Tribunal de Justiça, inclusive, firmou a tese de responsabilidade civil objetiva do Estado em
casos como o presente: "A jurisprudência do STJ reconhece a responsabilidade objetiva do Estado nos casos de morte de preso custodiado
em unidade prisional" (AgRg no AREsp 346.952/PE, Relator Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 23/10/2013). Já o Supremo Tribunal
Federal, nos autos do Recurso Extraordinário nº 841526 (Tema nº 592), em regime de Repercussão Geral, firmou entendimento de que "em
caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela
morte de detento". Assim dito, observo que os requisitos caracterizadores da responsabilidade civil objetiva do Estado, quais sejam: a ocorrência
de dano e o nexo causal entre este e a ação ou omissão do agente no exercício de suas funções, encontram-se demonstrados. Analisando os
documentos que instruem a inicial, resta constatado o óbito de Deivid Saulo Lopes de Souza, no dia 29 de janeiro de 2008, por asfixia decorrente
de sufocação direta e indireta (certidão de óbito de fl. 11). A perícia tanatoscópica concluiu que o rapaz foi vítima de "homicídio, ocasionado por
mais de um agressor, haja visto as diversas lesões encontradas nos exames externo e interno do cadáver" - fl. 12. O local do homicídio restou
igualmente demonstrado, nos termos da guia de remoção de cadáver (fls. 13), que noticia a retirada do corpo já sem vida da FUNDAC - Unidade
do Cabo de Santo Agostinho. Logo, o fato administrativo consistiu na própria circunstância da custódia do filho da autora em estabelecimento
de internação para cumprimento de medida socioeducativa, o que restou comprovado através da guia de remoção de cadáver (fl. 13). O dano,
por seu turno, encontra-se demonstrado na certidão de óbito da vítima, restando, pois, caracterizado o nexo causal de forma direta e imediata,
inexistindo concausa ou fato superveniente que rompa o dano sofrido pela autora com a conduta estatal ora vergastada. O Estado requerido
levanta excludentes de ilicitude de sua conduta, imputando que o homicídio ocorreu por ato exclusivo da vítima e/ou por ato de terceiros. A perícia
tanatoscópica afastou a possibilidade de suicídio, o que exclui o ato praticado pela própria vítima. Essa perícia apontou ainda, diante da quantidade
de lesões corporais apresentadas, que vários foram os agressores da vítima. Ora, em uma unidade responsável pela custódia de adolescentes,
onde se cumpre medida socioeducativa de internação, os agentes deveriam ter maior controle quanto aos atos operados em suas dependências,
cabendo conter com rapidez os excessos eventualmente provocados por esses adolescentes. Assim, evidenciada a responsabilidade objetiva
do Estado, passo agora à análise do quantum devido. O pedido indenizatório se desdobra em dois capítulos: um referente ao dano material
e outro ao moral. No que concerne aos danos materiais, entendo que tal direito deve ser reconhecido, uma vez que em uma unidade familiar,
mormente de baixa renda, como é o caso dos autos, há presunção de ajuda mútua entre os integrantes da família em seu sustento, ainda que não
comprovada atividade laboral remunerada no momento do infortúnio. De fato, a autora tem direito ao que foi pleiteado, basta observar o contido
no artigo 948, inciso II, do Código Civil: Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: I - no pagamento
das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,
levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. Conclui-se que o dever de indenizar, pelos prejuízos suportados em caso de homicídio,
inclui, como conceito legal, o próprio pensionamento aos familiares da vítima. Interpretação consentânea com o princípio da restitutio in integro,
já que propicia aos beneficiários da indenização uma situação material mais próxima ao prejuízo sofrido. A propósito, a jurisprudência brasileira
tende a se posicionar no mesmo sentido, conforme se pode observar na ementa a seguir colacionada, da lavra do Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ORDINÁRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE
DE DETENTO NO INTERIOR DEPRESÍDIO ESTADUAL. PRESUNÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO NO SUSTENTO DA FAMÍLIADE BAIXA RENDA.
PENSÃO PÓS-MORTE EM FAVOR DOS GENITORES DA VÍTIMA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ. 1. No caso dos autos, os pais
da vítima propuseram ação ordinária visando à condenação do Estado do Rio Grande do Sul (ora recorrente) ao pagamento de indenização por
danos materiais e morais decorrentes do falecimento de seu filho em um incêndio ocorrido no interior de Presídio Estadual, a qual foi julgada
improcedente por ocasião da sentença. O Tribunal a quo reformou a sentença, ao reconhecer a responsabilidade subjetiva do Estado do Rio
Grande do Sul pelo evento danoso, e condenou o recorrente ao pagamento de: a) indenização por danos morais no valor de R$ 20.400,00; e b)
de pensão mensal na quantia de 2/3 do salário mínimo do dia em que a vítima faleceu até o momento em que ela completaria 25 anos de idade.
2. O recorrente, nas razões do recurso especial, somente impugnou a condenação ao pagamento da pensão mensal, alegando a impossibilidade
de se transferir obrigação personalíssima (prestação de alimentos do filho aos seus pais) para a Administração Pública Estadual, bem como pelo
fato da condenação estabelecer pensão mensal para os ascendentes de vítima falecida que não percebia renda mensal. 3. A Corte de origem não
transferiu para o ente público a obrigação de pagar alimentos, pois fixou a pensão mensal, com fundamento no art. 948, II, do CC, como forma de
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indenização devida aos genitores da vítima, em razão da morte do detento em presídio estadual, já que perderam o direito de serem auxiliados
pelo filho em seu sustento. 4. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no sentido de que é legítima a presunção de que existe ajuda
mútua entre os integrantes de famílias de baixa renda, ainda que não comprovada atividade laborativa remunerada. 5. Recurso especial não
provido. (REsp 1258756 RS 2011/0053072-2; Relator (a): Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES; Julgamento: 22/05/2012; Órgão Julgador:
T2 - SEGUNDA TURMA). (grifos nossos). Não é outro o entendimento consolidado do STJ, que já se posicionou no sentido de que: "é devida
a indenização de dano material consistente em pensionamento mensal aos genitores de menor falecido, ainda que este não exerça atividade
remunerada, posto que se presume ajuda mútua entre os integrantes de famílias de baixa renda" (AgRg no REsp 1.228.184/RS, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 28/08/2012, DJe 05/09/2012). Diante da ausência de comprovação da renda familiar à
época do acidente, não havendo um valor exato que possa servir de parâmetro justo, determino que o valor a ser pago, a título de pensionamento,
deverá ser de 01 (um) salário mínimo mensal devido, descontados de 1/3, que são os gastos que a vítima presumivelmente teria com ela própria,
a ser pago desde a data do homicídio até a data em que a vítima completaria 73 anos de idade, sendo essa a data média de expectativa de vida
da população brasileira ou até o falecimento do beneficiário, o que ocorrer primeiro. Neste sentido, trago o seguinte julgado: A pensão mensal
por ato ilícito deve perdurar (termo final) até a data em que a vítima atingisse a idade correspondente à expectativa média de vida do brasileiro
prevista na data do óbito, segundo a tabela do IBGE, ou até o falecimento do beneficiário, se tal fato ocorrer primeiro (STJ, REsp 1422873 /
SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe 20/03/2018).RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
ATROPELAMENTO FATAL. TRAVESSIA NA FAIXA DE PEDESTRE. RODOVIA SOB CONCESSÃO. CONSUMIDORA POR EQUIPARAÇÃO.
CONCESSIONÁRIA RODOVIÁRIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS DO
SERVIÇO. ART. 37, § 6°, CF. VIA EM MANUTENÇÃO. FALTA DE ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO PRECÁRIA. NEXO CAUSAL CONFIGURADO.
DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO CONFIGURADO. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. INOCORRÊNCIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS DEVIDOS. (...) Atento às peculiaridades do caso, em que a sentença reconheceu a responsabilidade da concessionária,
bem como ao fato de se tratar de vítima de tenra idade, circunstância que exaspera sobremaneira o sofrimento da mãe, além da sólida capacidade
financeira da empresa ré e consentâneo ao escopo pedagógico que deve nortear a condenação, considero razoável para a compensação do
sofrimento experimentado pela genitora o valor da indenização de R$ 90.000,00 (noventa mil reais). Com relação aos danos materiais, a pensão
mensal devida deve ser estimada em 2/3 do salário mínimo dos 14 aos 25 anos de idade da vítima e, após, reduzida para 1/3, até a data em
que a falecida completaria 65 anos. (STJ, REsp 1268743 / RJ, Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe DJe 07/04/2014). No
que concerne aos danos morais, passo às digressões a seguir. Na fixação do quantum reparatório por gravames morais, deve-se buscar atender
à duplicidade de fins a que a indenização se presta, atentando para o grau de ofensa, a culpa dos envolvidos e a busca do sentido punitivo-
desestimulador que deve ser utilizado na dosimetria, especialmente em caso de morte de ente familiar próximo. No mesmo sentido se coloca a
jurisprudência pátria: "RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. DUPLA FUNÇÃO DA INDENIZAÇÃO. FIXAÇÃO DO QUANTUM DEVIDO.
Considera-se de natureza grave a perda do companheiro e do pai cuja vida foi ceifada em pleno verdor dos anos. A indenização do dano moral
tem dupla função: reparatória e penalizante. Se a indenização pelo dano moral visa compensar o lesado com algo que se contrapõe ao sofrimento
que lhe foi imposto, justo que para aplacar os grandes sofrimentos, seja fixada indenização capaz de propiciar aos lesados grandes alegrias.
(TJ/DF. AP. Cível nº 44 676/97 -5º turma Cível do TJDF, Relatora Dês. Carmelita Brasil). ""A ideia de que o dano simplesmente moral não é
indenizável pertence ao passado. Na verdade, após muita discussão e resistência, acabou impondo-se o princípio da responsabilidade do dano
moral. Quer por ter a indenização a dupla função reparatória e penalizante, quer por não se encontrar nenhuma restrição na legislação privada
vigente em nosso País. (RSTJ 33/513 - Resp. 3.220 - RJ - registro 904 792, trecho do voto do relator Ministro Cláudio Santos)." A vida humana
é, por essência, um bem jurídico de valor inestimável; logo, o prejuízo moral decorrente de ofensa a esta não pode ser suscetível de avaliação
em sentido estrito. Da mesma forma, os bens morais ou direitos da personalidade não são passíveis de avaliação pecuniária e, por esta razão, a
reparação quanto aos danos a eles causados não pode ficar adstrita ao patrimônio do ofendido. Portanto, a única forma de se buscar reparação
civil à ofensa moral oriunda da morte é punindo seus responsáveis com indenizações que lhes cause um real abalo patrimonial, especialmente
quando se tratarem de pessoas jurídicas, vez que estas jamais poderão, efetivamente, sofrer as iras punitivas do Direito Penal. É nesse sentido
punitivo que se devem desestimular estes ofensores de perpetrarem atitudes que derem causa a tamanha ofensa moral, para que ao final não
reste impune, ou até mesmo em vão, mortes ocasionadas. Diante disso, entendo como montante considerado razoável para punir os réus e
reparar a autora, mãe do de cujus, pelo abalo sofrido, o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), este considerado razoável também pelos
tribunais brasileiros, como se pode aferir da decisão abaixo ementada: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EMRECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. AÇÃO DEINDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. MORTE
DE DETENTO NO ESTABELECIMENTOPRISIONAL. FALHA NO SERVIÇO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DIRIMIU ACONTROVÉRSIA COM
BASE NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. VALORINDENIZATÓRIO FIXADO EM PARÂMETRO RAZOÁVEL. REVISÃO DO
QUANTUM.DESNECESSIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIALNÃO COMPROVADO. 1. O Superior Tribunal
de Justiça consolidou a orientação de que a revisão do montante indenizatório somente é possível quando exorbitante ou insignificante a
importância arbitrada, em flagrante violação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 2. O Tribunal de origem, ao considerar as
circunstâncias do caso concreto, as condições econômicas das partes e a finalidade da reparação, entendeu por bem reduzir o valor a título de
danos morais de R$100.000,00 (cem mil reais) para R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), patamar que reputou mais razoável. A reforma de tal
entendimento, quer para reduzir quer para majorar o valor fixado, demanda reexame do conjunto fático-probatório dos autos, providência obstada
pelo enunciado 7 da Súmula do STJ. 3. O apontado dissídio jurisprudencial não foi demonstrado, nos termos do art. 255, e seus parágrafos,
do Regimento Interno do STJ, tendo em vista que o recorrente sequer juntou cópias de ementas capazes de comprovar o alegado dissenso
pretoriano.4. Agravo regimental não provido. (Grifos nossos) (AgRg no AREsp 15303 MA 2011/0130058-2; Relator (a): Ministro BENEDITO
GONÇALVES; Julgamento: 01/09/2011; Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA). (destaquei). III - Ante o exposto e considerando tudo quanto
o mais dos autos consta, com fundamento nos artigos 487, I, do Código de Processo Civil/15, JULGO PROCEDENTES os pedidos iniciais,
resolvendo este feito com análise de mérito, para condenar o Estado de Pernambuco e a FUNDAC (atual FUNASE) a pagar, em favor da autora
Maria Madalena Lopes de Oliveira: a) a título de danos materiais, pensão mensal no importe de 2/3 do salário mínimo desde a data do homicídio
(29/01/2008), até a data em que a vítima completaria 73 anos de idade ou até o falecimento da autora, o que ocorrer primeiro; b) a título de danos
morais, a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Tratando-se de "condenação judicial de natureza administrativa em geral", os valores da
condenação deverão ser acrescidos de correção monetária e juros de mora, nos termos das teses firmadas pelo STF, no Tema 810 (RE 870947),
e pelo STJ, no Tema 905 (REsp 1.495.146/MG): "no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei nº 11.960/2009: juros
de mora correspondente à Taxa SELIC, vedada a cumulação com qualquer outro índice; e no período posterior à vigência da Lei nº 11.960/2009,
juros de mora segundo índice de remuneração da caderneta de poupança e correção monetária com base no IPCA-E". Ressalto, por fim, que
o termo inicial dos juros de mora e da correção monetária deverá corresponder, quanto à condenação ao pagamento de indenização por danos
morais, à data do arbitramento; já na condenação ao pagamento de indenização por danos materiais, a atualização monetária deve ocorrer a
partir de cada inadimplemento, enquanto que os juros de mora, a partir da citação. Diante da sucumbência, devem os requeridos arcar com o
pagamento dos honorários advocatícios devidos ao advogado da parte autora, cujo percentual deixo de fixar diante da necessidade de liquidação
posterior do julgado para verificação do real proveito econômico obtido pela suplicante na presente ação, como determina o art. 85, §4, II, do
novo Diploma Processual Civil. Custas pelos requeridos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Transcorrido o prazo, com ou sem interposição de
recurso voluntário, remetam-se os autos à superior instância para reexame necessário. Ciência ao Ministério Público. Recife (PE), 04 de outubro
de 2018. Ana Paula Costa de AlmeidaJUÍZA DE DIREITO SUBSTITUTA 1
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo n.º 0058737-23.2015.8.17.0001Autor: ASPJ/PERéu:
Estado de Pernambuco SENTENÇA EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL - DESISTÊNCIA - INEXISTÊNCIA DE OPOSIÇÃO DO RÉU
- HOMOLOGAÇÃO - EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO - INTELIGÊNCIA DO ART. 485, VIII, DO CPC. Vistos etc. ANA KARLA
CARVALHO RAMOS REINALDO, devidamente qualificada nos autos, através de advogada devidamente constituída, na qualidade de associada
da Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco - ASPJ, nestes autos da Ação Coletiva com pedido de liminar,
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requereu, às fls. 689/690, a desistência da presente demanda. Devidamente intimado, o Estado de Pernambuco concordou com o pedido de
desistência (fls. 696). É o que importa relatar. Decido. O CPC, no seu artigo 485, § 4º, estabelece que o Autor não poderá desistir da ação sem
o consentimento do Réu depois de apresentada a contestação. Ocorre que, após a devida intimação, o Demandado não se opôs ao pleito da
requerente, ressaltando apenas a necessidade de condenação no ônus da sucumbência. Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência para que
surta os seus jurídicos e legais efeitos em relação à associada ANA KARLA CARVALHO RAMOS REINALDO e, com fundamento no art. 485, VIII,
do CPC, extingo o presente feito sem resolução de mérito em relação a ela, continuando em relação aos demais associados identificados nestes
autos. Condeno a desistente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Fixo os honorários advocatícios no percentual de
10% (dez por cento) sobre o valor da causa atualizado, nos exatos termos do art. 85, §4º, III c/c art. 90, todos do CPC. Certifique a Secretaria
que decorreu o prazo sem que as partes manifestassem interesse na produção de provas. Após o prazo recursal, remetam-se os autos ao
Ministério Público Estadual. Ato contínuo, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos. P.R.I.C. Recife, 27 de novembro de 2018.MARIZA
SILVA BORGESJuíza de Direito2
Terceira Vara da Fazenda Pública
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos
processos abaixo relacionados:
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e conservação do bem, de modo a evitar danos para os ocupantes, usuários e para a coletividade como um todo. Nesse aspecto, a Lei Municipal
nº 16.292/97 estabelece a responsabilidade do proprietário quanto às obras e aos serviços necessários para manutenção e habitabilidade de
prédios (art. 241), bem como ser de competência desse ente político exigir a manutenção preventiva e permanente das edificações construídas
em seu território. Vejamos:Art. 238 - É da responsabilidade do Município:IV - exigir manutenção preventiva e permanente das edificações em
geral, para assegurar à população as condições satisfatórias de segurança e habitabilidade;Art. 241 Constituem responsabilidades do proprietário
da edificação ou instalação, ou usuário a qualquer título, conforme o caso:III - conservar as edificações e instalações em condições de utilização
e funcionamento; No caso dos autos, restou provado que o imóvel de propriedade de Isaac Corestein encontra-se em péssimas condições
de conservação. O termo de vistoria elaborada pela CODECIR (Coordenadoria de Defesa Civil do Recife) à fl. 09 dá conta da existência de
danos estruturais, ocasionados por falta de manutenção. Ademais, a Secretaria de Defesa Civil constatou que o requerido não procedeu com
todos os reparos e manutenção que se comprometeu fazer em audiência preliminar (fls. 63/68). O demandado reconheceu a procedência do
pedido e comprometeu-se em audiência a proceder com os reparos necessários (fls. 33 e 83). Contudo, até a presente data, não há informações
de que tenha promovido as medidas necessárias para restaurar a edificação, promovendo sua manutenção e conservação, conforme ditames
legais, apesar de devidamente intimado para tanto (fls. 94, 99/100). A permanência no imóvel nessas condições coloca em risco não só a vida
dos vizinhos, mas também causa ameaça à segurança pública, o que obriga o Município a tomar as providências cabíveis. Em tais situações,
não há outra solução que não a de confirmar a liminar anteriormente concedida (fls. 20/21), para determinar definitivamente a interdição do
local e a obrigação do requerido em proceder com as reformas necessárias para a conservação e manutenção do imóvel em questão. Em
casos semelhantes, os tribunais de justiça assim se pronunciaram: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - PATRIMÔNIO HISTÓRICO -
PROJETO DE RESTAURAÇÃO DE IMÓVEL - PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA ADMINISTRAÇÃO - OBRIGAÇÃO LEGAL DE CONSERVAÇÃO
DO IMÓVEL - SENTENÇA PROCEDENTE - RECURSOS DESPROVIDOS. 1. Omitindo-se os órgãos competentes do Poder Público em proceder
às medidas administrativas indispensáveis à conservação do bem em foco, inexiste impedimento de que a tutela se dê mediante intervenção
do Poder Judiciário. 2. Não há que se falar em ofensa ao princípio da separação dos poderes, tendo em vista a omissão do Poder Público
em zelar pelo acervo histórico, cultural e arquitetônico do Município e a necessidade de intervenção do Ministério Público no caso em tela.
(TJ-MS - APL: 08067549520138120021 MS 0806754-95.2013.8.12.0021, Relator: Des. Fernando Mauro Moreira Marinho, Data de Julgamento:
22/03/2016, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 29/03/2016).DIREITO DE VIZINHANÇA Imóvel abandonado com proliferação de mato e
animais peçonhentos, que estão invadindo as casas vizinhas. Ação voltada contra o Município. Impossibilidade. Tratando-se de uso anormal do
imóvel vizinho, a responsabilidade pela sua conservação e limpeza e pelo ressarcimento dos danos causados em decorrência do uso nocivo
é de seu proprietário. Eventual omissão quanto ao dever de fiscalização não obriga o Poder Público a proceder à limpeza e à higienização do
terreno. Inteligência dos artigos 1.277 e 1.280 do Código Civil. Ilegitimidade de parte passiva reconhecida. Extinção da ação (art. 267, VI, do
CPC) Sentença de procedência. Recurso provido. (TJ-SP - APL: 60499820108260360 SP 0006049-98.2010.8.26.0360, Relator: Reinaldo Miluzzi,
Data de Julgamento: 03/12/2012, 6ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 05/12/2012). Assim, em harmonia com o parecer ministerial
de fls. 102/104, reconheço a procedência do pleito inicial. Ante o exposto, nos termos do art. 485, I do CPC, excluo o Condomínio do Edifício
Santa Clara da lide, por ilegitimidade passiva, ao passo que JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial e, em consequência, determino
a Isaac Corenstein a recuperação do imóvel de sua propriedade, localizado na à Rua Matriz, nº 44, Boa Vista, Recife-PE, no prazo de 120
(cento e vinte) dias, sob pena de aplicação de multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia de descumprimento, tudo conforme fundamentação
supra, proferindo sentença com julgamento do mérito, com fulcro no art. 487, I, do Novo Código de Processo Civil. Condeno o demandado
ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes últimos fixados, nesta oportunidade, em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa, com fundamento no art. 85, 4º, III, do Novo Código de Processo Civil. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com
o trânsito em julgado, em não havendo qualquer requerimento, arquivem-se os autos. Recife (PE), 04 de outubro de 2018. Cristina Reina
Montenegro de AlbuquerqueJuíza de Direito SubstitutaPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA
CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra2
Ação Ordinária Processo nº 0096691-74.2013.8.17.0001Requerente: Liliany Vieira da SilvaRequerido: Universidade de Pernambuco SENTENÇA
Vistos etc. LILIANY VIEIRA DA SILVA, devidamente qualificada nos autos, através de advogado devidamente representado, ajuizou a presente
Ação Ordinária de Obrigação de Fazer com Pedido de Antecipação de Tutela em face da UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, alegando, em
resumo, que foi aprovada em 77º lugar no concurso público promovido pelo demandado em 2012. Aduz que, embora haja concurso vigente
e candidatos para o preenchimento das vagas existentes, o demandado abriu duas seleções para contratação de funcionários por tempo
determinado em suas unidades. Argumenta ter direito à nomeação para algum dos cargos vagos de enfermagem, a fim de que não seja preterida
pela contratação de temporários. Pede liminarmente que seja nomeada em um dos cargos de enfermagem vagos. No mérito, requer a confirmação
da liminar, a fim de determinar que a ré nomeie a autora em um dos cargos vagos de enfermagem, tendo em vista que há necessidade de
serviço e cargos vagos. Pede gratuidade de justiça e junta documentos (fls. 22/106). Decisão de fl. 108 indefere o pedido liminar. A autora
apresente cópia de Agravo de Instrumento interposto (fls. 111/138). Citada, a Fundação Universidade de Pernambuco apresentou contestação
(fls. 143/149), por meio da qual aduz que a autora prestou concurso para lotação em Caruaru, Salgueiro, Arcoverde, Garanhuns, Petrolina,
Nazaré da Mata e CISAM, conforme anexo I do edital, enquanto as seleções para contratação temporária são exclusivas para lotação no Hospital
Universitário Osvaldo Cruz e no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco. Argumenta que não há comunicabilidade entre as vagas oferecidas
no concurso público e nas seleções simplificadas, não havendo que se falar em preterimento da autora na contratação de temporários. Afirma
que o edital prevê 18 vagas para o cargo concorrido pela autora, todas já preenchidas, não havendo direito líquido e certo a nomeação aos
candidatos classificados fora das vagas. Informa que a autora ficou na posição nº 77, havendo diversos candidatos na lista de classificação em
posição anterior à autora. Pugna, por fim, pela improcedência do pedido. Réplica às fls. 154/160. Cota Ministerial requerendo a apresentação de
documentos pela parte demandada (fl. 161), acolhida através do despacho de fl. 162. A ré juntou documentos às fls. 164/260. Nova cota ministerial
requerendo a apresentação de documentos pela parte autora (fls. 264/265), acolhida através do despacho de fl. 266. Intimada pessoalmente
através de mandado (fl. 269), a autora deixou correr o prazo sem se manifestar (fl. 272). Remetidos os autos ao Ministério Público, foi oferecido
parecer opinando pela improcedência do pedido (fls. 275/277). Intimadas as partes a especificar provas (fl. 278), não houve manifestação
(fls. 280/281). Vieram os autos para esta unidade de agilização remetidos da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Relatado, DECIDO: A
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demandante requereu os benefícios da Justiça Gratuita e o pedido não foi apreciado por ocasião do despacho inaugural, razão por que defiro
a gratuidade judiciária nos termos do art. 98, CPC, e com isso a isenção do pagamento das despesas processuais (art. 98, § 3º, CPC). Cuida-
se a hipótese de questão que dispensa dilação probatória, uma vez que os elementos presentes, notadamente a prova documental, já são
suficientes para se proferir sentença antecipadamente, conforme autoriza o art. 355, inciso I, CPC/15. Ademais, instada a se manifestar, a parte
autora quedou-se inerte em pugnar pela especificação de outras provas, razão pela qual passo diretamente a analisar o cerne da demanda.
Afirma a autora que, durante a validade de concurso, o demandado abriu duas seleções para contratação de funcionários por tempo determinado
em suas unidades hospitalares, ocasionando a preterição da autora no preenchimento das vagas existentes para o cargo de enfermagem.
Pois bem. É certo que o candidato preterido na ordem de classificação tem direito à nomeação. Ocorre que, no caso dos autos, não restou
demonstrado que houve a nomeação de outros candidatos para o cargo ao qual concorreu a autora. Com a inicial, vieram apenas os editais
do concurso e das seleções simplificadas, documentos que não são aptos a comprovar a preterição alegada. Não obstante, o provimento dos
cargos públicos é ato discricionário da Administração, que deve observar os critérios de conveniência e oportunidade para adotá-lo. É certo que,
encontrando-se aprovado dentro do número de vagas oferecidas pelo edital, surge ao candidato o direito à nomeação, passando a se submeter
à discricionariedade da administração de eleger o momento mais adequado e oportuno para o gerenciamento da estrutura estatal. Confiram-
se os seguintes julgados nesse sentido: MANDADO DE SEGURANÇA - DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - CONCURSO
PÚBLICO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - CARGO DE ESPECIALISTA EM POLÍTICAS E GESTÃO DA SAÚDE - APROVAÇÃO DO
REQUERENTE DENTRO DO NÚMERO DAS VAGAS - PRETENSÃO DE OBTER A NOMEAÇÃO - NÃO EXPIRAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE
DO CERTAME - DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. O candidato aprovado dentro do número de vagas do edital tem
o direito subjetivo à nomeação, o qual, entretanto, só se configura após a expiração do prazo de validade do concurso público, pois, até este
momento, há discricionariedade da Administração Pública em prover os cargos - salvo nas hipóteses excepcionais descritas pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento do RE n.º 837.311, com repercussão geral -, as quais, no entanto, não estão presentes no caso concreto. (TJ-MG
- MS: 10000150866051000 MG, Relator: Edgard Penna Amorim, Data de Julgamento: 22/06/2016, Órgão Especial / ÓRGÃO ESPECIAL, Data
de Publicação: 29/06/2016).CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO E POSSE. APROVAÇÃO FORA DAS VAGAS. EXPECTATIVA DE DIREITO.
DISCRICIONARIEDADE. NECESSIDADE DO SERVIÇO. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA. CARGOS EM COMISSÃO. I - A EXISTÊNCIA DE
CARGOS VAGOS, POR SI SÓ, NÃO IMPLICA DEVER DE NOMEAÇÃO E POSSE DE CANDIDATOS APROVADOS FORA DO NÚMERO
DE VAGAS OFERECIDAS NO EDITAL, DIANTE DA DISCRICIONARIEDADE QUE ORIENTA, COMO REGRA, OS RESPECTIVOS ATOS DE
PROVIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. II - A PAR DA MERA EXPECTATIVA DE DIREITO DOS IMPETRANTES E DA AUSÊNCIA
DE VIOLAÇÃO À ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO NO CONCURSO, NÃO HÁ NOS AUTOS PROVA DA NECESSIDADE DO SERVIÇO E DA
EXISTÊNCIA DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, ELEMENTOS QUE NÃO DEVEM SER PRESUMIDOS. POR OUTRO LADO, A INSTRUÇÃO
PROBATÓRIA COM ESSA FINALIDADE É INADMISSÍVEL NA VIA MANDAMENTAL. III - APELAÇÃO DOS AUTORES DESPROVIDA. (TJ-DF
- APC: 20120110454108 DF 0002756-39.2012.8.07.0018, Relator: VERA ANDRIGHI, Data de Julgamento: 23/10/2013, 6ª Turma Cível, Data
de Publicação: Publicado no DJE : 05/11/2013 . Pág.: 156).MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - CANDIDATO APROVADO
FORA DO NÚMERO DE VAGAS - SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS - CONTRATAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO - CARGO VAGO -DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. O candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital possui direito líquido e certo à nomeação quando, no
prazo de validade do concurso, a Administração Pública celebra contratos a título precário para o preenchimento de cargos vagos existentes, em
quantidade suficiente para alcançar sua colocação. Manifestação da administração pública no sentido de que os cargos são vagos na forma do
art. 103 da Lei 869/52, passíveis de provimento por nomeação via concurso público. V. V. AÇÃO ORIGINÁRIA DE MANDADO DE SEGURANÇA.
CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATA CLASSIFICADA FORA DO NÚMERO DE VAGAS. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO. SURGIMENTO
DE NOVAS VAGAS. DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO À NOMEAÇÃO INEXISTENTE. SEGURANÇA
DENEGADA. 1. O acesso a cargo público de provimento efetivo deve obedecer à ordem de classificação e em igualdade de condições entre todos
os que forem aprovados no concurso respectivo. 2. Os candidatos classificados fora do número de vagas ofertadas no edital não têm direito à
nomeação, exceto se comprovada inobservância da ordem de classificação. 3. Segundo entendimento do egrégio Superior Tribunal de Justiça, o
surgimento de novas vagas no período de validade do concurso não confere aos candidatos aprovados fora do número de vagas previstas no edital
o direito à nomeação, a qual está sujeita ao juízo de conveniência e oportunidade da Administração Pública. 4. Portanto, ausente a comprovação
de eventual inobservância da obrigatória ordem de classificação na nomeação dos candidatos, não há direito líquido e certo da impetrante
à nomeação. 5. Segurança denegada. (TJ-MG - MS: 10000170132443000 MG, Relator: Estevão Lucchesi, Data de Julgamento: 09/05/2018,
Data de Publicação: 11/05/2018). Dessa forma, a parte autora só teria seu direito violado caso sobreviesse alguma ilegalidade no provimento
do cargo ao qual foi aprovada, como a inobservância da ordem de classificação ou a expiração do prazo do concurso sem que os candidatos
aprovados dentro do número de vagas fossem nomeados, por exemplo. Nenhuma dessas hipóteses, porém, restou comprovada nos autos, ônus
que competia à autora provar (art. 373, I, do CPC). Não é permitido ao Judiciário imiscuir-se nos poderes da Administração Pública para avaliar
o mérito do ato administrativo. Por fim, cumpre destacar que a autora foi nomeada para exercer cargo de Enfermeiro, no Hospital Universitário
Oswaldo Cruz - HUOC, por meio da Portaria nº 0747/2016, de 07.07.2016, publicada no Diário Oficial do Estado em 09/07/2016, cuja cópia anexo
a este decisum, o que demonstra a ausência de qualquer prejuízo ou preterição da autora pelas seleções públicas apontadas. Por todas essas
razões, indefiro o pleito autoral. Ante o exposto, atenta a tudo que mais dos autos consta e aos princípios de Direito aplicáveis à espécie, resolvo
o mérito do processo, com fulcro no art. 487, I, do CPC e JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial. Condeno a parte autora nas
custas, nas despesas processuais e nos honorários advocatícios, que fixo, nos termos do art. 85, §4º, III, do CPC, em 10% sobre o valor atualizado
da causa, suspensa a exigibilidade ante os benefícios da assistência judiciária gratuita (artigo 98, § 3º, do CPC/15). Publique-se, registre-se,
intimem-se. Não sendo a hipótese de reexame necessário (art. 496 do CPC/2015), após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Recife, 03
de outubro de 2018. Cristina Reina Montenegro de AlbuquerqueJuíza de Direito SubstitutaPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL
DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº,
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Ação Ordinária Processo nº 0065084-14.2011.8.17.0001Requerentes: MARICÉA DOS SANTOS CANÁRIO E OUTROS Requeridos: FUNDAÇÃO
DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE e ESTADO DE
PERNAMBUCO SENTENÇA Vistos etc. I - MARICÉA DOS SANTOS CANÁRIO E OUTROS, devidamente qualificados na inicial, através de
advogado regularmente constituído, promoveram a presente Ação Ordinária em face da FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES
DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE e ESTADO DE PERNAMBUCO. Alegaram, em síntese, que são
aderentes do FUNAFIN, nos termos da Lei Complementar nº 28, de janeiro de 2000, e entendem que as gratificações não incorporáveis para a
inatividade não podem servir de base para o cálculo da contribuição previdenciária, sendo inconstitucional disposição legal nesse sentido. Aduzem
que, apesar de o art. 44 da citada LC nº 28/2000 excluir expressamente as parcelas remuneratórias não incorporáveis, o art. 70 o contrapõe,
não excluindo gratificações não incorporáveis. Defendem, assim, que não deveria incidir contribuição previdenciária sobre as gratificações de
risco de policiamento ostensivo, gratificação de apoio operacional, gratificação de apoio administrativo, entre outras, não incorporáveis aos
proventos de inativação, bem como verbas de natureza indenizatória. Pediram, em sede de antecipação dos efeitos da tutela, que o Estado se
abstenha de incluir as gratificações não incorporáveis e parcelas indenizatórias na base de cálculo da contribuição previdenciária, e, no mérito,
a confirmação da medida antecipatória e a condenação dos réus à devolução das contribuições previdenciárias pagas a maior, observada a
prescrição quinquenal. Juntaram documentos (fls. 11/45). Intimado para se manifestar sobre a antecipação de tutela, o Estado peticionou (fls.
53/69), alegando que não há prova de que estejam sendo efetuados descontos sobre parcelas indenizatórias e que os descontos efetuados
sobre as parcelas não incorporáveis são constitucionais em face da solidariedade que rege o sistema de custeio da previdência dos servidores
públicos. Aduz, ainda, que as gratificações que entram na base da contribuição previdenciária não se confundem com as funções gratificadas,
que já são isentas desde a Lei Complementar nº 85/2006. Sustenta também que a Lei Complementar nº 13/1995 definiu remuneração como
todas as vantagens recebidas a título permanente, e que conforme os art. 69 e 70 da LC nº 28/2000, a contribuição previdenciária deverá
incidir sobre remuneração a qualquer título, pelo que sustenta a constitucionalidade desta Lei, diante do caráter contributivo e solidário do
sistema previdenciário, conforme arts. 3º, I e 40, caput, da CF/88. Asseverou que o STF já negou a natureza sinalagmática da contribuição
previdenciária, em face de seu caráter solidário e contributivo. Entende que não tem cabimento o privilégio perseguido pelos suplicantes, vez que
a gratificação se enquadra no conceito de remuneração, arguindo, pois, que a tutela deve ser indeferida. Na contestação a Fazenda Estadual
reiterou os argumentos tecidos anteriormente, pleiteando a improcedência do pedido (fls. 71/89). Intimados, os autores peticionaram para requerer
o regular prosseguimento do feito, com o julgamento da lide (fl. 121). Com vista dos autos, o representante do órgão ministerial limitou-se a
informar a desnecessidade de sua intervenção no feito (fls. 144/145). O então juiz processante entendeu ser matéria eminentemente de direito,
concluindo os autos para sentença (fl. 146). Os autos vieram remetidos da 3ª Vara da Fazenda Pública da capital para esta Central de Agilização
Processual no estado em que se encontram. É o relatório. Passo à decisão. II - Ausentes questões preliminares, passo diretamente ao exame
do mérito. Cinge-se a presente controvérsia em analisar se os valores pagos a título de contribuição previdenciária pelos requerentes devem
ou não incidir sobre parcelas remuneratórias não incorporáveis aos seus futuros proventos de aposentadoria. Segundo dispõe o caput do artigo
40 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003, aos "servidores titulares de cargos efetivos
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo." Por sua vez, o § 3º do artigo 40 da Constituição Federal
estabelece que para o cálculo dos proventos de aposentadoria, quando da sua concessão, devem ser consideradas as parcelas remuneratórias
utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam os arts. 40 e 201 da mesma Carta. Preceitua
o §11 do art. 201 da CF/88:Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:(...)Os ganhos habituais do
empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios,
nos casos e na forma da lei. Assim, observados os preceitos constitucionais e considerado o caráter contributivo e solidário da previdência
pública, aliado à equidade na forma de participação no custeio (art. 194, V, da CF/88), o servidor público contribuirá com seus ganhos habituais,
a qualquer título, incorporados aos vencimentos, para que repercutam nos benefícios da aposentadoria. Também as leis ordinárias federais de
nº 9.717/98 e 10.887/04, que são verdadeiras normas gerais sobre a organização e o funcionamento dos regimes previdenciários dos Servidores
Públicos da União, Estados e Municípios, portanto, leis nacionais, garantem, respectivamente, a primeira delas no art. 1º, inc. X, que é vedada
a inclusão nos benefícios de parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho, função de confiança e cargo em comissão;
e a segunda, dispondo no art. 1º, §2º, que a base de cálculo da contribuição é a remuneração do servidor no cargo efetivo. Enfim, o sistema
previdenciário em nosso país é de caráter retributivo, conforme já entendeu o STF, daí se concluindo que a base de cálculo da contribuição deverá
ser o valor da remuneração do cargo efetivo, jamais compreendendo eventual remuneração decorrente de gratificações cujos valores serão
desconsiderados por ocasião do estabelecimento dos proventos de aposentadoria. Assim, leciona a doutrina que: "a contribuição previdenciária
seria uma obrigação tributária, uma prestação pecuniária compulsória paga ao ente público, com a finalidade de constituir um fundo para ser
utilizado em eventos previstos em lei. Trata-se de uma contribuição social caracterizada pela sua finalidade, isto é, constituir um fundo para o
trabalhador utilizá-lo quando ocorrerem certas contingências previstas em lei" (MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social. São Paulo:
Ática, 1999, p. 88). Os valores arrecadados a título de contribuição previdenciária destinam-se exclusivamente ao custeio das despesas com
a seguridade social. Assim, somente as parcelas que se incorporam à remuneração do servidor para fins de aposentadoria sujeitam-se aos
descontos de contribuição previdenciária. Esse entendimento é o que prevalece no âmbito da jurisprudência dos Tribunais pátrios, citando-se,
entre outros, os seguintes precedentes: AgRg no REsp 7193 , Min. Mauro Campbell, DJ de 24/03/10; EResp 895.589, Min. Benedito Gonçalves,
DJ de 10/02/10; EResp 956.289, Min. Eliana Calmon, DJ de 10/11/09. Nesse sentido, destaco ainda o julgado abaixo transcrito: RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. CARGO OU FUNÇÃO COMISSIONADA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ILEGALIDADE. (...) 3. O Eg.
STF, apreciando a constitucionalidade da Lei 9.783/99 na ADINMC 2.010/DF, de relatoria do Ministro Celso de Melo, concluiu que: "o regime
contributivo é por essência, um regime de caráter eminentemente retributivo" pelo que "deve haver, necessariamente, correlação entre custo
e benefício." 4. Seguindo esta orientação, as Turmas de Direito Público do STJ consagraram posicionamento no sentido de afastar, a partir
da edição da Lei 9.783/99, o desconto previdenciário incidente sobre a gratificação pelo exercício de função comissionada, em virtude da
supressão de sua incorporação, visto que a contribuição não pode exceder ao valor necessário para o custeio do benefício previdenciário.
5. A ratio essendi dos precedentes está em que: "O arcabouço previdenciário vigente está esteado em bases rigorosamente atuariais, de
sorte que, se não houve lamentáveis distorções, deve haver sempre equivalência entre o ganho na ativa e os proventos e as pensões da
inatividade. Por essa razão, é defeso ao servidor inativo, em vista da nota contributiva do regime previdenciário, perceber proventos superiores
à respectiva remuneração no cargo efetivo em que se deu a aposentação. Se é certo que no ensejo da aposentadoria não será percebida
a retribuição auferida na ativa concernente ao exercício de cargo em comissão, não faz o menor sentido que sobre o percebido a título de
função gratificada incida o percentual relativo à contribuição previdenciária (cf. ROMS 12.686/DF, Relatora Min. Eliana Calmon, DJU 05.08.2002
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e ROMS 12.590/DF, Relator Min. Milton Luiz Pereira, DJU 17.06.2002). (ROMS12455, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 12/05/2003) 6. Recurso
provido. (REsp 584.498/DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/05/2004, DJ 31/05/2004, p. 218)AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇAO SOCIAL INCIDENTE SOBRE O ABONO DE INCENTIVO À PARTICIPAÇAO EM
REUNIÕES PEDAGÓGICAS. IMPOSSIBILIDADE. Somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição
previdenciária. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no RE 589.441/MG , rel. MINISTRO EROS GRAU, SEGUNDA TURMA,
DJ06/02/2009) Aliás, não é diferente o entendimento da nossa egrégia Corte de Justiça no sentido de que somente as parcelas incorporáveis
ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária, não havendo que se falar apenas nas funções gratificadas ou
cargos comissionados. A propósito, colaciono ilustrativo precedente, in verbis:PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE
PARCELAS NÃO INCORPORÁVEIS NA APOSENTADORIA. ILEGALIDADE. NÃO SE TRANSMUDA EM PROVENTOS DA APOSENTADORIA.
POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Cinge-se a controvérsia
quanto à inclusão da Gratificação de Risco de Vida e Gratificação em Regime Especial de Trabalho no cálculo do valor da aposentadoria do
apelante. 2. É cediço que o regime previdenciário brasileiro possui caráter retributivo. Isso significa dizer que deve haver uma correspondência
entre o custo suportado pelo contribuinte e o benefício que lhe será concedido. 3. Conforme a remansosa jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, a incidência de contribuição previdenciária sobre parcelas não incorporáveis aos futuros proventos de aposentadoria constitui desconto
indevido. Neste sentido, citam-se os seguintes precedentes da Suprema Corte: AI 603. 537 - AgR/DF, Rel. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de
03/03/2007 e ARE nº. 791489/RJ, Relator Ministro Luiz Fux, Data de Julgamento: 27/02/2014, DJe 10/03/2014. 3. Recurso de Agravo conhecido
e improvido. Decisão unânime. 4. Contudo, no caso presente, muito embora a base de cálculo utilizada pelo IGEPREV para fins de contribuição
previdenciária tenha adotado critério da remuneração total, e consequentemente, incidindo na contribuição parcelas não incorporáveis como a
Gratificação de Risco de vida e a Gratificação de Regime Especial de Trabalho, é certo que tal desconto não faz trasmudar as referidas parcelas
em incorporação a aposentadoria do apelante. Isto porque, como dito, tais parcelas não se incorporam à aposentadoria. 5. Desta feita, como
bem pontuou o juízo a quo, na hipótese de incidência indevida da contribuição previdenciária sobre parcelas não incorporáveis percebidas pelo
apelante durante o período em que esteve na ativa, é cabível a restituição de indébito previdenciário, sem, contudo, incluir referidas verbas nos
proventos da aposentadoria. 6. À unanimidade de votos, a primeira turma resolveu negar provimento a presente apelação (Apelação 394309-7
0008346-09.2014.8.17.1130; Relator: José Viana Ulisses Filho; Órgão Julgador: 1ª Câmara Regional de Caruaru - 1ª Turma; Data do julgamento:
24/08/2016; Data da Publicação/Fonte: 02/09/2016) Ademais, foi inclusive criada súmula no âmbito desta corte sobre a questão:Súmula 124
do TJ-PE: "Não incide contribuição previdenciária sobre as parcelas não incorporáveis à aposentadoria do servidor. Logo, em que pesem os
argumentos expendidos pela parte ré, filio-me ao entendimento pacificado de que não poderia a contribuição previdenciária ter por base de cálculo
valores recebidos pelo servidor sobre parcelas que não irão futuramente compor seus ganhos de aposentadoria. Caso contrário, a contribuição
possuiria caráter nitidamente confiscatório, uma vez que acarretaria em aumento desarrazoado da tributação previdenciária sem que existisse
contraprestação por parte da futura fonte pagadora dos proventos de aposentadoria. Não é justo que o servidor deva pagar indiscriminadamente
sobre a totalidade de sua remuneração, mas que não poderá usufruir dessa prestação no futuro. Desta forma, não deve incidir contribuição
previdenciária sobre parcelas não incorporáveis aos proventos de aposentadoria do servidor público, sendo devida a restituição dos valores
descontados a esse título. Face à ilegalidade dos descontos que foram realizados, deverão os valores ser restituídos, respeitado o prazo de
prescrição quinquenal.III - Ante o exposto e considerando tudo quanto o mais dos autos consta, JULGO PROCEDENTES os pedidos iniciais
para determinar: a) determinar aos demandados que se abstenham de proceder com a incidência da contribuição previdenciária sobre parcelas
não incorporáveis aos proventos de aposentadoria dos autores e; b) condenar os demandados a ressarcir aos requerentes os valores referentes
à incidência da contribuição previdenciária nas parcelas remuneratórias que não componham os proventos de aposentadoria, montante a ser
apurado em liquidação de sentença e respeitada a prescrição das parcelas vencidas no quinquênio que antecedeu a propositura desta ação.
Tratando-se de "condenação judicial referente a servidores e empregados públicos", os valores da condenação deverão ser acrescidos de
correção monetária e juros de mora, nos termos das teses firmadas pelo STF, no Tema 810 (RE 870947), e pelo STJ, no Tema 905 (REsp
1.495.146/MG): "(a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no Manual de
Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora:
0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança; correção
monetária: IPCA-E". Remessa necessária. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Recife (PE), 17 de outubro de 2018. Ana Paula Costa de
AlmeidaJuíza de Direito Substituta PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM
DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana BezerraFone: (81)3181-05642Processo n°
0065084-14.2011.8.17.0001
Ação Civil PúblicaProcesso nº 0029583-04.2008.8.17.0001Autor: ADUSEPS - Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas
de SaúdeRéu: ESTADO DE PERNAMBUCO SENTENÇA Vistos etc. ADUSEPS - Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e
Sistemas de Saúde promove a presente Ação Civil Pública em face da Estado de Pernambuco aduzindo, em síntese, que na qualidade de entidade
civil sem fins lucrativos, constituída desde 30.04.96 nos termos da Lei Civil, inscrita no Registro de Pessoas Jurídicas do Cartório do 1º Oficio
desde 09.07.96, tem por objeto a defesa dos interesses e direitos individuais, coletivos e difusos dos usuários de serviços públicos e privados
elencados em seus estatutos, pelo que detém legitimidade ativa para propor a presente lide. Aduz que a medida visa proteger os pacientes
portadores de patologias neurológicas que necessitam realizar procedimentos cirúrgicos com urgência, mas que permanecem abandonados nos
corredores dos hospitais públicos à espera do tratamento apto a preservação da vida. Requereu, com isso, antecipação parcial da tutela a fim de
que o demandado: 1) realize o procedimento cirúrgico de emergência, na rede pública ou particular, na paciente Maria José Bernardino Silva, para
a extinção de tumor cerebral; 2) informe todos os casos de pacientes portadores de patologias neurológicas no prazo de 24h, sendo compelido
a realizar todos os procedimentos cirúrgicos indicados para a preservação da vida de tais pacientes; e 3) forneça diariamente lista de espera
dos pacientes que aguardam cirurgias neurológicas. No mérito, reitera os mesmos pedidos requeridos em liminar. A exordial veio acostada com
documentos às fls. 24/85. Decisão determinando a prevenção do juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital (fl. 87). Redistribuídos os
autos, foi proferida decisão liminar para determinar a realização da cirurgia da paciente Maria José Bernardino Silva em hospital público ou,
em caso de impossibilidade, em hospital privado (fls. 90/91). Devidamente citado e intimado, o Estado de Pernambuco apresentou contestação
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(fls. 106/122), arguindo preliminares de ausência de citação dos litisconsortes passivos necessários e incompetência absoluta do juízo estadual.
No mérito, defende a ausência de omissão do Estado e a necessidade de observância dos princípios legais na celebração de convênios com
entidades privadas. Por fim, pleiteou a improcedência dos pedidos. O Estado de Pernambuco apresentou Agravo de Instrumento, cuja cópia
colacionou às fls. 124/143, e juntou documentos às fls. 147/148. Réplica as fls. 149/160, através da qual a associação demandante rebateu as
preliminares suscitadas, requerendo o julgamento antecipado da lide. Parecer do Representante do Órgão Ministerial (fls. 163/165). Sobreveio
petição requerendo a inclusão de Carlos Antônio Chaves Amorim e Josélia Maria do Prado, a fim de determinar liminarmente a transferência dos
referidos pacientes para UTI neurológica (fls. 179/184), acompanhados dos documentos de fls. 185/188), sendo deferida a liminar à fl. 179. Em
seguida, o demandante peticionou informando o falecimento de Carlos Antônio Chaves Amorim e denunciando o não cumprimento da liminar
em relação a Josélia Maria do Prado (fls. 169/171), juntando documentos às fls. 172/178. Nova petição indicando a ausência de internação de
pacientes com patologias neurológicas em UTI (fls. 190/191), com juntada de documentos às fls. 192/195. Sobreveio despacho intimando as partes
a indicar as provas que pretendem produzir (fl. 197), havendo requerimento de julgamento antecipado da lide pelo autor (fl. 199) e requerimento
de realização de audiência de instrução e julgamento pelo réu (fl. 201). Encerrada a instrução processual (fl. 202), vieram os autos conclusos
para julgamento, remetidos da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital para esta Central de Agilização Processual. É o relatório. Passo a decidir.
Vislumbra-se, ab initio, que o presente feito comporta julgamento antecipado nos moldes do artigo 355, I, do Código de Processo Civil, porquanto
a matéria nele ventilada é unicamente de direito, prescindindo de dilação probatória. Trata-se de Ação Civil Pública, por meio da qual pretende
a associação demandante que o Estado realize o procedimento cirúrgico de emergência, na rede pública ou particular, na paciente Maria José
Bernardino Silva, para a extinção de tumor cerebral; informe todos os casos de pacientes portadores de patologias neurológicas no prazo de 24h,
sendo compelido a realizar todos os procedimentos cirúrgicos indicados para a preservação da vida de tais pacientes; e forneça diariamente ao
órgão ministerial a lista de espera dos pacientes que aguardam cirurgias neurológicas. Aprecio, inicialmente, as questões preliminares. O Sistema
Único de Saúde está alicerçado no princípio da cogestão, sendo solidária a obrigação dos entes da Federação em promover os atos indispensáveis
à concretização do direito à saúde. Assim, a preliminar de litisconsórcio passivo necessário, arguida pelo contestante, não merece prosperar, já
que, no sistema de cogestão pelo qual se pauta o SUS, há a participação simultânea dos entes estatais pertencentes aos três níveis da federação.
Logo, pode a parte se insurgir contra qualquer um deles. Neste sentido é o entendimento do Supremo Tribunal Federal: EMENTA: AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. LEGITIMIDADE PASSIVA DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. OBRIGAÇÃO SOLÍDARIA ENTRE OS ENTES DA FEDERAÇÃO EM MATÉRIA DE SAÚDE. AGRAVO
IMPROVIDO. I - O Supremo Tribunal Federal, em sua composição plena, no julgamento da Suspensão de Segurança 3.355-AgR/RN, fixou
entendimento no sentido de que a obrigação dos entes da federação no que tange ao dever fundamental de prestação de saúde é solidária. II
- Ao contrário do alegado pelo impugnante, a matéria da solidariedade não será discutida no RE 566.471-RG/RN, Rel. Min. Marco Aurélio. III
- Agravo regimental improvido. (STF - AI 808059 AgR, Relator (a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 02/12/2010,
DJe-020 DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 01-02-2011 EMENT VOL-02454-13 PP-03289) Ademais, o Sistema Único de Saúde delegou aos Estados
da Federação, através do art. 15 Lei Federal nº 8.080/90, a administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados à saúde. A
Constituição Estadual de Pernambuco, por sua vez, dispõe em seu art. 5º, II e 159 e seguintes, a respeito do exercício da competência para o
cuidado da saúde, que este será desempenhado pelo Estado. Neste contexto, não há que se falar em litisconsórcio passivo necessário, nem
tampouco em incompetência da Justiça Estadual para processamento e julgamento do feito. Por esta razão, rejeito as preliminares suscitadas
pelo contestante. Objetiva-se com a presente ação civil pública compelir o Estado a realizar procedimento cirúrgico de emergência, na rede
pública ou particular, na paciente Maria José Bernardino Silva, para a extinção de tumor cerebral. Além disso, sob a alegação de deficiência no
atendimento dos pacientes com patologias neurológicas, pretende a associação autora que o Estado seja obrigado a informar todos os casos
de pacientes portadores de patologias neurológicas no prazo de 24h, sendo compelido a realizar todos os procedimentos cirúrgicos necessários
para a preservação da vida de tais pacientes; fornecendo, ainda, ao órgão ministerial, lista diária de espera dos pacientes que aguardam cirurgias
neurológicas. Pois bem. O direito fundamental à vida, assegurado pelo art. 5º, caput da Constituição Federal, há de ser compreendido à luz dos
princípios e fundamentos do Estado, devendo este proporcionar a todo cidadão os meios necessários a uma vida digna, de qualidade, com
resguardo de seu bem-estar físico, mental e social. É com esse intuito que a CF/88, em seu art. 198, II, dispõe que o atendimento à saúde
deve ocorrer de forma integral, ou seja, o constituinte pretende tornar possível o pleno exercício dessa garantia constitucional, promovendo o
acesso a todos os meios e serviços disponíveis na medicina. É nesse sentido deve ser compreendido o termo "atendimento integral" utilizado
no dispositivo. Registro, por oportuno, que a regra constitucional do art. 196, da Carta Magna, atribui ao Estado (lato sensu) a proteção à saúde
de todos, como se nota: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação. Assim, para que ao Estado, in abstrato, seja imposta a obrigação de prestação de determinado serviço de saúde, basta que seja
demonstrada a sua necessidade e utilidade para a população. No caso em exame, os documentos trazidos à colação demonstram de forma
inequívoca a urgência da medida deferida pelo Juízo a quo em caráter liminar (fls. 90/91 e 179), por entender estarem presentes todos os
requisitos à antecipação da tutela, uma vez que não há dúvidas quanto ao estado de saúde dos pacientes apontados e a demora no atendimento,
bem como quanto à necessidade de internação em UTI, a fim de preservar a vida dos pacientes. Ressalte-se, ademais, não ser possível a
qualquer ente federado, por consequência ao réu, esquivar-se de prestar efetivo atendimento aos cidadãos necessitados, alegando ausência
de dotação orçamentária, argumentação de natureza fluida, que serviria à negativa das prestações de caráter positivo de toda ordem. Adotar o
argumento contrário corresponde a defender o que J.J. CANOTILHO chamou de "ditadura dos cofres vazios", quando toda e qualquer pretensão
social oponível encontra resposta na ausência de recursos e barreiras orçamentárias. Também não se admite a postergação do tratamento ou
intervenção médica tendente a restabelecer a saúde do administrado, que em casos específicos, como na causa em apreço, pode implicar os
mesmos efeitos da negativa. A orientação encontra respaldo no verbete n° 18 da Súmula da Jurisprudência do E. Tribunal de Justiça do estado de
Pernambuco: Súmula 018. É dever do Estado-membro fornecer ao cidadão carente, sem ônus para este, medicamento essencial ao tratamento
de moléstia grave, ainda que não previsto em lista oficial. Nessa linha observem-se, ainda, os seguintes julgados: DIREITO CONSTITUCIONAL.
DIREITO À SAÚDE. INTERNAÇÃO EM UTI DA REDE PRIVADA. AUSÊNCIA DE VAGA NA REDE PÚBLICA. DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO.
INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA INDEPENDÊNCIA ENTRE OS PODERES, DA ISONOMIA E DA IMPESSOALIDADE. I. A
SAÚDE INTEGRA A SEGURIDADE SOCIAL E É REGIDA PELOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO,
CONSTITUINDO DIREITO FUNDAMENTAL QUE NÃO PODE SER POSTERGADO EM FACE DE CONTINGÊNCIAS ORÇAMENTÁRIAS OU
ADMINISTRATIVAS. II. DADA A LATITUDE E GABARITO CONSTITUCIONAL DO DIREITO À SAÚDE, POR SE APOIAR DIRETAMENTE NA LEI
MAIOR, A SUA PROTEÇÃO INCONDICIONAL NÃO TRADUZ QUALQUER TIPO DE VULNERAÇÃO À INDEPENDÊNCIA DOS PODERES OU
AOS PRIMADOS DA ISONOMIA E DA IMPESSOALIDADE. III. À FALTA DE VAGA NA REDE PÚBLICA, O DISTRITO FEDERAL DEVE ARCAR
COM OS CUSTOS DA INTERNAÇÃO EM UTI DE HOSPITAL PARTICULAR. IV. REMESSA OBRIGATÓRIA CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJ-
DF - RMO: 20090111929039 DF 0163791-64.2009.8.07.0001, Relator: JAMES EDUARDO OLIVEIRA, Data de Julgamento: 30/04/2014, 4ª Turma
Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 26/05/2014 . Pág.: 111)APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO CAUTELAR. LEITO DE UTI. AUSÊNCIA DE
VAGA NA REDE PÚBLICA. CUSTEIO, PELO ESTADO, DAS DESPESAS DA INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DA REDE PRIVADA. 1) Buscada,
sem sucesso, vaga de UTI na rede pública. Ordem dirigida ao ente estatal para que promovesse a imediata remoção do paciente para o necessário
leito, custeando as despesas de hospital particular. 2) Tese de inadequação da via eleita, por desvelado o caráter satisfativo da providência
requerida pelo apelado. Rejeitada. A Lei nº 8.437/92, em seu art. 1º, § 3º, estabelece, como regra, o descabimento de liminares, em processo
cautelar, que esgotem no todo ou em parte o objeto da demanda. A limitação normativa, entretanto, tem sido reiteradamente mitigada pela
jurisprudência quando estiver em risco o direito à vida ou à saúde, preponderantes sobre quaisquer outros interesses, inclusive os fazendários.
3) Tese de inexistência de disposição normativa que ampare a pretensão do apelado. Rejeitada. Preceituam os art. 3º, inciso IV, 5º, caput, 6º, 23,
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inciso II, 196 e 198, inciso II, todos da Constituição Federal de 1988, que a saúde é direito de todos e dever do Estado. 4) Recurso conhecido e
desprovido. ACORDA a Egrégia Primeira Câmara Cível, em conformidade da ata e notas taquigráficas da sessão, que integram este julgado, à
unanimidade, negar provimento ao recurso, mantendo incólume a sentença. Vitória/ES, 17 de abril de 2012. DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DESEMBARGADORA RELATORA (TJES, Classe: Apelação Cível, 38080051048, Relator: ELIANA JUNQUEIRA MUNHOS FERREIRA, Órgão
julgador: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL , Data de Julgamento: 17/04/2012, Data da Publicação no Diário: 09/05/2012) (TJ-ES - AC: 38080051048
ES 38080051048, Relator: ELIANA JUNQUEIRA MUNHOS FERREIRA, Data de Julgamento: 17/04/2012, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data
de Publicação: 09/05/2012)APELAÇÃO CÍVEL. DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ATUAÇÃO CONTRA O
ESTADO. SÚMULA 421/STJ. AUSÊNCIA DE LEITO EM UTI DE HOSPITAL DA REDE PÚBLICA. QUADRO CLÍNICO A EXIGIR ATENDIMENTO
URGENTE. PACIENTE ATENDIDO EM MACA NO CORREDOR DE NOSOCÔMIO PÚBLICO. DIREITO. À VIDA E À SAÚDE. DEVER DO
ESTADO. CONFIGURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE. DEVER DE INDENIZAR. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1) há confusão entre
credor e devedor dos honorários sucumbenciais quando a Defensoria Pública Estadual atua em face do Estado, consoante precedente da
Súmula nº 421, STJ: ¿Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito
público à qual pertença. 2) O direito à vida e à saúde é garantia fundamental, prevista nos artigos 6º e 196 da Constituição Federal. Paciente
com quadro clínico a exigir atendimento urgente deve ter o direito à vida e saúde resguardado pelo Estado. Configurada a responsabilidade
do Estado pela falha no atendimento ao paciente, impõe-se o dever de indenizar. 3) Indenização a título de danos morais arbitrada no valor
de R$ 10.000,00 (dez mil reais); 4) Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJ-ES - APL: 00279355620148080024, Relator: JORGE DO
NASCIMENTO VIANA, Data de Julgamento: 16/11/2015, QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 20/01/2016)CONSTITUCIONAL -
PROCESSUAL CIVIL - MANDADO DE SEGURANÇA - INTERNAÇÃO EM HOSPITAL P ARTICULAR - AUSÊNCIA DE LEITO EM UTI DE
HOSPITAL DA REDE PÚBLICA - DIREIT0 À VIDA E À SAÚDE - DEVER DO ESTADO. A SAÚDE CONSTITUI DIREITO FUNDAMENTAL
INERENTE A TODO SER HUMANO. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 196 DA CF E 204 E 207, II, DA LODF. COMPROVADA A GRAVIDADE
DO ESTADO DE SAÚDE DO IMPETRANTE E A NECESSIDADE DE SUBMETER-SE AOS PROCEDIMENTOS REQUERIDOS, MOSTRA-SE
ADEQUADA A VIA DO MANDADO DE SEGURANÇA. SE A INTERNAÇÃO EM HOSPITAL PARTICULAR DECORREU DA COMPROVADA
INEXISTÊNCIA DE LEITO NA REDE PÚBLICA, A CONCESSÃO INTEGRAL DA SEGURANÇA NOS TERMOS FORMULADOS NA INICIAL,
É MEDIDA QUE SE IMPÕE. (TJ-DF - MS: 110480920088070000 DF 0011048-09.2008.807.0000, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Data de
Julgamento: 03/03/2009, Conselho Especial, Data de Publicação: 12/06/2009, DJ-e Pág. 8) Também o Tribunal de Justiça de Pernambuco tem
julgado em sentido semelhante: RECURSO DE AGRAVO. CUSTEIO DE TRATAMENTO EM ESTABELECIMENTO HOSPITALAR PRIVADO POR
FALTA DE VAGAS NOS HOSPITAIS PÚBLICOS. OBRIGAÇÃO DO ESTADO EM SEUS TRÊS NÍVEIS FEDERADOS. DIREITO FUNDAMENTAL.
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. RECURSO IMPROVIDO. Trata-se de Recurso de Agravo interposto pelo Estado de Pernambuco contra
decisão terminativa que negou seguimento ao Recurso de Apelação n. 282007-5 (autos em apenso) ante o seu manifesto confronto com a
jurisprudência dominante deste Egrégio Tribunal. Em síntese, alega o recorrente a ausência de necessidade, por parte da autora, de internamento
em leito de UTI, com base no posicionamento da Gerência de Regulação Hospitalar da Secretaria Estadual de Saúde que informou a sua melhora
clínica. Deflui do cotejo dos autos que a autora-apelada é portadora de AVC Hemorrágico, motivo pelo qual, o médico competente solicitou a
disponibilização de uma vaga de UTI em qualquer hospital disponível, de rede pública ou de rede privada, conforme o laudo anexado às fls. 20/21.
Em primeiro lugar, ressalto que, no caso sub judice, existem elementos fáticos e normativos que comprovam que a sentença vergastada não
representa grave lesão aos interesses da parte apelante. No caso em tela, existe evidente lesão à parte apelada que se encontra sob a enfermidade
AVC Hemorrágico em estado grave com sintomas como: suores, agonizando e ficando com um lado do corpo dormente, além da voz "embolada",
que necessitava assim com urgência de uma(1) vaga de UTI em qualquer hospital, seja de rede pública ou de rede privada prescrito no laudo
médico(fls.20/21) pelo Dr. Carlos Benjamin D. Roda CRM 003, podendo a sua não disponibilização causar à parte recorrida a morte, tratando-se
de um dano irreparável. Vale ressaltar que a apelada, possui 66 anos de idade, e nos termos do art. 2º do Estatuto do idoso (Lei nº 10.741/2003)
necessita de proteção especializada e diferenciada. Eis a redação do dispositivo: "Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes
à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade
e dignidade." Nada impede que seja fornecido ao cidadão necessitado o tratamento adequado que precisa para sua melhora, sendo pois dever do
Ente Público e direito de todos a garantia à saúde e à vida, como exposto na Constituição Federal nos arts. 196 e 197. Constatada a necessidade
de disponibilização do tratamento essencial a saúde do cidadão, como no caso em tela, cabe ao Estado prover as condições indispensáveis à
plena efetivação da política nacional de assistência à saúde. Sobre a matéria, o Min. Celso de Melo concluiu: "[...] a essencialidade do direito
à saúde fez com que o legislador constituinte qualificasse como prestações de relevância pública as ações e serviços de saúde (CF, art.197)",
legitimando a atuação do Poder Judiciário nas hipóteses em que a Administração Pública descumpra o mandamento constitucional em apreço.
(AgR-RE N. 271.286-8/RS, Rel. Celso de Mello, DJ 12.09.2000)." "Súmula 51: O Estado e o Município, com cooperação técnica e financeira da
União, têm o dever de garantir serviço de atendimento à saúde da população, inclusive disponibilizando leitos de UTI na rede privada, quando não
suprida a demanda em hospitais públicos." Unanimemente, negou-se provimento ao recurso. (TJ-PE, Agravo 282007-5/01, RELATOR: Antenor
Cardoso Soares Junior, ORGAO JULGADOR: 3ª Câmara de Direito Público, DATA JULGAMENTO:08/11/2012, DATA PUBLICACAO:19/11/2012)
Desse modo, consoante acima disposto, tenho que a pretensão autoral destinada ao internamento em UTI e realização de procedimentos
cirúrgicos necessários aos pacientes apontados no caderno processual merece ser atendida, por estar em conformidade com a legislação vigente.
Todavia, em relação aos pedidos que objetivam compelir o Estado a informar diariamente todos os casos de pacientes portadores de patologias
neurológicas e realizar os procedimentos cirúrgicos necessários para a preservação da vida de tais pacientes, não merecem ser acolhidos. É que,
não sendo de antemão precisada a situação necessária a cada caso, ou grupo de casos, torna-se extremamente indefinido o pedido, uma vez que
as situações particulares estão sujeitas a inúmeras peculiaridades, que necessitam de tratamentos jurídicos diversos. Além disso, o comando a
ser expedido pelo juiz não pode corresponder a uma norma prévia, geral e abstrata, ainda mais quando a própria lei já determina que seja realizado
o atendimento e internação dos pacientes usuários da rede pública do sistema único de saúde de modo imperativo, tornando desnecessária a
medida requerida pelo autor. Isto posto, nos termos do art. 487, I, do CPC/15, julgo parcialmente procedente o pedido inicial, para confirmar
os efeitos da medida antecipatória concedida às fls. 90/91 e 179. Sem custas e sem condenação em honorários advocatícios (art. 18 da Lei nº
7.347/85). Ciência ao Ministério Público. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Recife (PE), 03
de outubro de 2018.Cristina Reina Montenegro de AlbuquerqueJuíza de Direito Substituta PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL
DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº,
Joana BezerraFone: (81) 3181-05642
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo n.º 0059360-24.2014.8.17.0001 SENTENÇA
EMENTA: ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL APOSENTADO - REAJUSTE ANUAL DA REMUNERAÇÃO - COMPETÊNCIA
PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO - PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES - IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO - INTELIGÊNCIA
DO ARTIGO 487, I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.Vistos etc. FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA DAVI, devidamente qualificado nos
autos, através de advogado habilitado, propôs a presente "Ação Ordinária de Implantação de Reajustes e Indenização" em face do ESTADO DE
Pernambuco, do Departamento de Estradas de Rodagem - DER/PE e da Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de
Pernambuco - FUNAPE, pelas razões de fato e de direito expressas na exordial de fls. 02/25. Alega o Autor, em síntese apertada, ser engenheiro
aposentado do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Pernambuco - DER/PE, e que desde o ano de 2002 a sua remuneração
jamais se modificou, e teria havido, apenas em 2013, uma elevação ínfima do seu vencimento base. Destaca que recebe a mesma remuneração
por mais de uma década sem reajustamento ou revisão. Tece considerações acerca do direito postulado, colacionando jurisprudências diversas,
e ao final requer a condenação dos réus para que implementem os reajustes e revisões gerais concedidos aos servidores ativos. Atribuiu à
causa o valor de R$100.000,00 (cem mil reais). Juntou documentos de fls. 26/205. Recolheu custas processuais iniciais. Citados, o Estado de
Pernambuco, o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco - DER/PE e a Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores
do Estado de Pernambuco - FUNAPE apresentaram contestação às fls. 208/221, aduzindo, em preliminar, ilegitimidade passiva tanto do Estado
de Pernambuco quanto do DER/PE. No mérito, afirmam inexistir o direito perseguido. Destacam que a tentativa de forçar o Poder Judiciário atuar
como legislador, ofende o princípio da separação dos poderes previsto no art. 2º da Carta Magna. Ressalta o entendimento do STF, no sentido
de que a inciativa da lei para a concessão de reajuste de vencimentos depende de vontade política do Chefe do Executivo e das conveniências
subjetivas de sua avaliação. Entendem que a pretensão autoral encontra óbice na Constituição Federal, uma vez que ofende aos limites de
despesa com pessoal previstos nos art. 167, II e 169, § 1º, da aludida Carta Magna. Ao final, requereram o acolhimento da preliminar e, caso
ultrapassada, o julgamento improcedente dos pedidos. Réplica colacionada às fls. 226/238. Juntada de contracheques do autor às fls. 257/273v.
Instado a se pronunciar, o Ministério Público, às fls. 277/278, informou a ausência de interesse público que imponha sua intervenção no feito,
deixando, portanto, de se manifestar na presente ação. Intimadas, as partes não manifestaram interesse na produção de outras provas. Vieram-
me conclusos. É O RELATÓRIO. DECIDO. Quanto à preliminar de ilegitimidade passiva do Estado de Pernambuco e do DER/PE, entendo que
merece prosperar, visto que o órgão responsável pelo pagamento de pensões no Estado de Pernambuco é a FUNAPE, fundação criada pela
Lei Complementar nº 28/2000, cabendo a ela a gestão dos benefícios de pensão e aposentadorias. Assim, acolho a preliminar suscitada na
peça de bloqueio para afastar do polo passivo o Estado de Pernambuco e o DER/PE. Superada a defesa processual, passo à análise do mérito
da demanda. O cerne da presente lide é estabelecer se o autor tem ou não direito ao reajustamento/correção do valor do respectivo provento
de aposentadoria, mediante aplicação dos índices previstos nas leis que majoraram os valores dos vencimentos dos servidores em atividade.
Com a aposentadoria, o servidor passa a manter uma relação residual decorrente da relação de trabalho, sendo-lhe garantidos alguns direitos.
Até o advento da Emenda Constitucional Federal nº 41, de 19 de dezembro de 2003, essa relação garantia integralidade dos proventos em
relação aos vencimentos, ou seja, paridade entre servidores inativos e ativos. Ora, para a manutenção dessa isonomia, considerou-se o servidor
inativo como se em atividade estivesse, submetido, pois, às alterações adotadas no regime remuneratório dos ativos, tanto que ao novo sempre
eram automaticamente contemplados os ativos e inativos. Vale dizer: havendo alteração na forma de cálculo da remuneração, a ela ficavam
vinculados os ativos e inativos. Não se olvida que na Administração Pública existem várias formas de composição da remuneração de seus
servidores, estando cada tipo a depender das peculiaridades e diversidades das categorias profissionais, dado que algumas são remuneradas
com parcela única - subsídio recebido por membro de poder ex vi do art. 39, § 4º, da Constituição Federal - outras com parcelas condicionadas
à produtividade ou ao regime de prestação de serviço, como vem a ser as dos auditores tributários, dos médicos, dos professores e dos
policiais. O dinamismo da Administração tem permitido o aperfeiçoamento continuado da gestão de pessoal, sendo induvidoso que pode alterar
o regime jurídico quanto à remuneração de seus servidores, incluindo a fórmula de sua composição. Não se olvida, evidentemente, que nessas
mudanças alguns aspectos jurídicos devem ser preservados em homenagem ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e à coisa julgada,
sendo exemplo não permitir redução de vencimentos. Não seria razoável considerar intangível o formato do cálculo da remuneração do servidor
público, como se a fórmula adotada circunstancialmente integrasse o próprio fundo do direito funcional. Caso viéssemos a admitir isso, estaríamos
permitindo casuísmos infindáveis, já que haveria tantos regimes jurídicos quantos fossem as naturezas dos atos administrativos ditos "perfeitos".
De logo, observo que a Constituição Federal no seu art. 37, X, estabelece que a remuneração do servidor público somente poderá ser fixada
ou alterada por lei específica, observando a iniciativa privativa em cada caso, assegurando a revisão geral anual. Assim, fica evidente que a
revisão postulada pelo autor é de competência privativa do Poder Executivo Estatal, não podendo o Judiciário suprir a sua omissão, sob pena
de violar o Princípio da Separação dos Poderes. Nesse sentindo, colaciono as seguintes jurisprudências deste E. TJPE:PROCESSO CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO E CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO. MÉRITO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR.
ADICIONAL DE INATIVIDADE. DIREITO À REVISÃO GERAL DE QUE TRATA O INCISO X DO ART. 37 DA CARTA DE OUTUBRO (REDAÇÃO
ORIGINÁRIA). NECESSIDADE DE LEI ESPECÍFICA. IMPOSSIBILIDADE DE O PODER JUDICIÁRIO FIXAR O ÍNDICE OU DETERMINAR
QUE O EXECUTIVO O FAÇA EMBARGOS CONHECIDOS TAO SOMENTE PARA FINS DE PREQUESTIONAMENTO, PORÉM, IMPROVIDOS.
DECISÃO UNÂNIME.1. Não se reflete no acórdão embargado qualquer vício a ser suprido na presente via.2. O pedido relativo ao reajuste do
adicional de inatividade foi devidamente analisado no acórdão embargado, oportunidade em que foi proferido entendimento no sentido de que o
art. 37, X, da CF/88, que garantiu a periodicidade da revisão da remuneração dos servidores públicos, não tem aplicabilidade imediata, competindo
ao Poder Executivo editar lei específica para que mesmo tenha eficácia. Salientou-se, inclusive, que não cabe ao Poder Judiciário conceder o
pleiteado reajuste geral e anual, sob pena de afronta ao Princípio da Separação dos Poderes e da Reserva Legal, bem como o teor da súmula 339,
STF: Não cabe ao poder judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.3.
O julgamento do mérito da ação em que for reconhecida a existência de repercussão geral não vinculará as decisões a serem proferidas em
instâncias inferiores, pois a repercussão geral trata-se, apenas e tão somente, de requisito recursal.4. Aclaratórios conhecidos tão somente para
fins de prequestionamento da matéria ventilada, porém improvidos. Decisão unânime. (ED 412941-5, 2ª Câmara de Direito Público, Relator José
Ivo de Paula Guimarães, julgado em 10/03/2016).CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO DE AGRAVO. SERVIDORES PÚBLICOS
ESTADUAIS. PLEITO DE INDENIZAÇÃO MATERIAL E MORAL EM FACE DA OMISSÃO LEGISLATIVA ACERCA DA REVISÃO GERAL ANUAL
DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA RESERVADA AO EXECUTIVO. PRECEDENTS DO STF. RECURSO
DE AGRAVO DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Os agravantes, servidores públicos estaduais, pretendem a condenação do Estado de
Pernambuco ao pagamento de indenização decorrente da alegada omissão legislativa em não promover a revisão geral anual dos servidores
públicos, prevista no art. 37, inciso X, da Carta Magna. 2. O caput do artigo 37 é expresso no sentido de que a Administração Pública submete-
se à legalidade, constituindo-se parâmetro normativo importante para salvaguardar o Estado de Direito, por meio da compreensão de primazia
da lei e reserva legal. 3. No caso em concreto, como visto, é da iniciativa do Governador do Estado a lei que trata da revisão geral anual
da remuneração dos servidores públicos, descabendo ao Poder Judiciário, que não possui função legislativa, aumentar os vencimentos dos
servidores públicos, nos termos da Súmula 339 do STF. 4. A pretensão indenizatória implica em concessão mascarada de reajuste remuneratório
sem o correspondente supedâneo legal, o que refoge da competência do Judiciário que, além de estar impedido de substituir-se ao legislador,
editando, aplicando e/ou interpretando normas que impliquem no reajuste pretendido, não pode substituir a revisão anual geral determinada
constitucionalmente por indenização a título de perdas e danos de igual sentido e alcance. 5. Recurso de Agravo desprovido.6. Decisão Unânime.
(Agravo 188861-1/01, 1ª Câmara de Direito Público, Relador Erik de Sousa Dantas Simões, julgado em 06/05/2014). Desta feita, fica evidente
que o reajuste postulado pelo demandante não pode ser concedido pelo Judiciário, devendo ocorrer através de lei de iniciativa do Chefe do
Poder Executivo, neste caso, o Governador do Estado de Pernambuco. Deixo de considerar os demais argumentos das partes nos autos, pois
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desnecessários para afastar a autoridade desta sentença, conforme art. 489, § 1º, IV do CPC. Isto posto, julgo IMPROCEDENTE o pedido autoral,
extinguindo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, I, do CPC. Custas processuais satisfeitas. Condeno o autor ao pagamento
de honorários advocatícios, fixando estes em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, conforme previsão do art. 85, §2º c/c § 4º,
III, do CPC. Após o trânsito em julgado, ao arquivo.P. R. I.Recife, 07 de novembro de 2018.Mariza Silva BorgesJuíza de Direito 2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo n.º 0037835-54.2012.8.17.0001Autor: Joel José de
Almeida FilhoRéu: Município do Recife SENTENÇA EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - VENCIMENTO
BÁSICO COMO BASE DE CÁLCULO - ALTERAÇÃO LEGISLATIVA - FIXAÇÃO DE VALOR NOMINAL DE ACORDO COM O GRAU DE
INSALUBRIDADE - NÃO HÁ DIREITO ADQUIRIDO A FORMA DE CÁLCULO - IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS - EXTINÇÃO DO PROCESSO
COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Inteligência do Artigo 487, I, do Código de Processo Civil. Vistos etc. JOEL JOSÉ DE ALMEIDA FILHO,
devidamente qualificado na inicial, através de advogado legalmente constituído, ajuizou a presente "Ação de complementação de adicional de
insalubridade pago aos professores municipais" em face do MUNICÍPIO DO RECIFE, pelas razões contidas na inicial de fls. 02/10. Nessa peça,
aduz, em suma, é Professor Municipal, admitido pela ré em 01.03.1982, e recebe o salário de R$ 2.667,60 (dois mil seiscentos e sessenta e
sete reais e sessenta centavos). Assinala que a Lei Orgânica do Município do Recife garante aos servidores municipais o pagamento adicional
de insalubridade, conforme art. 79, § 2º, XIV. Ressalta, ainda, que o Estatuto dos Servidores Públicos do Município do Recife (Lei nº 1.478/85)
estabelece em seu art. 151, § 1º, o pagamento do adicional de insalubridade sobre o valor do vencimento. Diz que vem recebendo o referido
adicional em descompasso com a legislação aplicável, posto que recebe a quantia de R$ 77,88 (setenta e sete reais e oitenta e oito centavos).
Entende que o adicional em tela não pode ser calculado sobre o salário mínimo, posto que o art. 7º, IV, da CF/88, veda a vinculação do salário
mínimo para qualquer fim. Ressalta, outrossim, que a parcela de insalubridade deve ser calculada sobre o salário base/vencimento do empregado,
conforme previsão do art. 7º, XXIII, da Carta Magna. Tece outras considerações. Ao final pugna pela procedência da ação, para que o réu
seja compelido a efetuar o pagamento do adicional de insalubridade com base no seu vencimento base ou, alternativamente, que a referida
parcela seja calculada sobre o salário mínimo vigente. Requer, ainda, que sejam realizadas as devidas repercussões decorrentes da majoração
do adicional nas férias e nas gratificações natalinas, bem como que o réu seja compelido a pagar as parcelas em atraso. Formulou pedido de
justiça gratuita. Atribuiu à causa o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Juntou documentos de fls. 11/28. Os benefícios da justiça gratuita foram
deferidos às fls. 30, ao tempo que restou determinada a citação do réu. Às fls. 33/37, o réu impugnou à assistência judiciária gratuita concedida
ao demandante, sob o argumento de que o requerente é funcionário público, com remuneração fixa, mensal e que, pelo valor percebido, tem
condições de arcar com os custos do processo judicial. Diz que o vencimento básico do autor alcança o importe de R$ 4.530,60 (quatro mil
quinhentos e trinta reais e sessenta centavos), o que descaracteriza a sua alegação de miserabilidade. Acrescenta que a presunção de pobreza
que decorre da sua simples declaração é juris tantum, isto é, admite prova em contrário. Sendo assim, pugna pelo indeferimento da assistência
judiciária postulada. O réu apresentou contestação de fls. 30/52, suscitando, preliminarmente, a impossibilidade jurídica do pedido e, em sede de
prejudicial de mérito, a prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio que antecede a data de ajuizamento da demanda. No mérito, alega, em
suma, que a Constituição Federal veda expressamente que o valor de uma dada parcela remuneratória esteja atrelado a outra parcela, conforme
a EC nº 19/98, que alterou a redação do art. 37, XIII da CF/88. Diz que quando ao autor passou a perceber o adicional de insalubridade, estava
em vigor a Lei nº 17.725/85, a qual determinava que a referida parcela deveria ser calculada no importe 20% sobre o vencimento do cargo efetivo.
Salienta que após a entrada em vigor da EC nº 19/98, editou a Lei nº 16.406/98, que em seu art. 3º revogou e declarou insubsistente os dispositivos
de todas as Leis Municipais que estabeleçam vinculações e equiparações de espécies remuneratórias para efeitos de cálculo da remuneração dos
servidores municipais. Salienta que a referida legislação estabeleceu que não haveria decesso remuneratório em relação à rubrica referenciada,
garantindo, assim, a irredutibilidade salarial. Acrescenta que em 2003 foi editada a Lei Municipal nº 16.881, a qual estabelece em seu art. 11
os valores para a gratificação em tela de acordo com o grau de insalubridade. Assinala que desde então outras leis definidoras do valor da
insalubridade foram publicadas, estabelecendo valores fixos em moeda nacional a serem pagos a título de insalubridade. Sendo assim, afirma
que o autor vem percebendo seus vencimentos de acordo com a legislação em vigor. Tece outras considerações. Ao final requer o acolhimento
das preliminares e, no mérito, pugna pelo julgamento improcedente dos pedidos. Na oportunidade, colacionou documentos de fls. 53/108. O autor
juntou substabelecimento às fls. 111/112. Réplica de fls. 113/119. O Parquet estadual pronunciou-se às fls. 120/123, opinando pela improcedência
do pedido. Vieram-me conclusos. Brevemente relatados. Passo a decidir. Ao exame, observo que o réu impugnou à assistência judiciária gratuita
concedida ao autor às fls. 33/36, requerendo o indeferimento da benesse pleiteada. Nessa peça, requer a autuação do presente incidente em
apenso, conforme determinava o art. 4º, § 2º da Lei 1.060/50, em vigor na época do protocolamento da petição (11.09.2012). Ocorre que não restou
determinado nos autos a autuação em apenso do referido incidente, tendo a petição sido mantida nos autos até a presente data. Cumpre destacar
que com o advento do Novo Código Processual Civil (Lei nº 13.105/2015), a impugnação à concessão aos benefícios da justiça gratuita passou
a oferecida em sede de contestação, conforme art. 100 do Diploma Processual. Sendo assim, pautando-me no princípio da economia processual
e da celeridade, mantendo a impugnação nestes autos e passo a apreciá-la no presente momento. A impugnação à assistência judiciária não
merece guarida. Explico. O valor atribuído à causa (R$ 30.000,00) é alto e que gera encargos bastante graves do ponto de vista financeiro para
a parte autora que precisa adiantar as custas processuais no momento da propositura da ação, caso não seja deferido o benefício da gratuidade
processual. Além disso, este juízo, quando da análise do pedido de assistência judiciária, verificou os documentos apresentados e entendeu serem
suficientes para o deferimento do pleito. Ressalte-se o direito constitucionalmente assegurado de acesso à justiça, haja vista a garantia prevista
no artigo 5º, LXXIV, assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos, certo que, para obtenção desta, basta
declaração, feita pelo próprio interessado, de que sua situação econômica não permite vir a Juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua
família. Importante enfatizar também que, dentro do espírito da Constituição, deseja-se que seja facilitado o acesso de todos à Justiça (CF, artigo
5º, XXXV). Tem-se então que o acesso ao Judiciário é amplo, e o pressuposto para o deferimento do benefício é a carência econômica, de modo
a impedir a requerente de arcar com as custas e despesas processuais. Esse acesso deve ser recepcionado com liberalidade. Caso contrário,
não será possível o próprio acesso, constitucionalmente garantido. Some-se a isso, que o contracheque colacionado pelo Município do Recife,
por si só, não é capaz de afirmar que o autor tem condições de arcar com as custas processuais, sendo necessário a apresentação de outros
elementos para comprovar que o pagamento das despesas processuais não comprometerá o sustento do requerendo. Sendo assim, afasto à
impugnação à assistência judiciária. Deixo apreciar a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, posto que seu conteúdo se confunde com o
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mérito da ação. Por outro lado, reconheço a prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio que antecede o ajuizamento da demanda, conforme
prejudicial suscitada parte demandada, posto que o art. 1º do Decreto n º 20.910/32 estabelece que as dívidas passivas da União, dos Estados
e Municípios prescrevem em cinco anos. Assim, em caso de eventual procedência do pedido autoral, será necessário declarar a prescrição das
parcelas anteriores ao quinquênio que antecede o ajuizamento da demanda. Superadas as preliminares, passo a analisar o mérito da demanda.
Importante destacar que, por não haver qualquer pronunciamento das partes acerca do interesse de produção de mais provas e, tratando-se de
matéria eminentemente de direito, entendo que há, nos autos, provas documentais suficientes para comprovar o alegado, tipificando uma das
hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do pedido, conforme os termos do art. 355, inciso I do Código de Processo Civil: Art.
355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção de
outras provas; O cerne da questão consiste em verificar se a parte autora tem direito à percepção do adicional de insalubridade calculado sobre
o seu vencimento. Pois bem. A Lei Municipal nº 14.728/85 estabelecia em seu art. 151, com redação dada pela Lei nº 15.619/92, que o adicional
de insalubridade seria calculado sobre o vencimento do cargo efetivo. Com o advento da EC nº 19/98, o art. 37, XIII da Constituição Federal
passou a ter a seguinte redação: "é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
de pessoal do serviço público". Objetivando adequar-se à nova disposição constitucional, o Município do Recife editou a Lei nº 16.881/03,
fixando em seu art. 11 os valores nominais para a gratificação de insalubridade, de acordo com o grau de exposição à condição nociva. Sendo
assim, a gratificação em tela deixou de ser calculada em valor percentual sobre o vencimento básico, passando a ter valor nominal. Ademais,
cumpre ressaltar que está firmado o entendimento de que não há direito adquirido a regime jurídico, não havendo, pois, em relação ao formato
da composição da remuneração paga pela Administração a seus servidores. O direito adquirido limita-se à garantia de que não poderá haver
redutibilidade de vencimentos. O tema tem sido apreciado nos tribunais como exemplificam as ementas de julgados do STF, in verbis: EMENTA:
DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL POR TEMPO DE
SERVIÇO. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 563.965-RG, da relatoria
da Ministra Cármen Lúcia, reafirmou a jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, assegurada a irredutibilidade de
vencimentos. Dessa orientação não divergiu o Tribunal de origem. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (RE 686326 AgR, Relator(a): Min.
ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 14/10/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-234 DIVULG 03-11-2016 PUBLIC 04-11-2016)
(grifamos)EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO
ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO E À FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. PRECEDENTES. RECURSO MANIFESTAMENTE
INADMISSÍVEL. IMPOSIÇÃO DE MULTA. 1. O Supremo Tribunal Federal possui firme entendimento no sentido de que não há direito adquirido
a regime jurídico, sendo assegurada somente a irredutibilidade de vencimentos. Precedentes. 2. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica
majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015. 3. Agravo
interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015. (RE 895068 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO
BARROSO, Primeira Turma, julgado em 26/08/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-203 DIVULG 22-09-2016 PUBLIC 23-09-2016) (grifamos)
Nesse contexto, observo que, conforme fichas financeiras de fls. 53/107, que o demandante vem recebendo o adicional na forma fixada em lei,
com os devidos reajustes decorrentes das inovações legislativas. Sendo assim, verifico que o pedido autoral não possui amparo legal. Ante o
exposto, julgo IMPROCEDENTE os pedidos, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC. Condeno o
autor em custas judiciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 98, § 3º, do CPC. Fixo os honorários sucumbenciais no importe de R$
500,00 (quinhentos reais), conforme previsão do art. 85, § 8º, do CPC. P. R. I. Após o transito em julgado, arquivem-seRecife, 12 de novembro
de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito2
Processo n.º 0100408-94.2013.8.17.0001Exequente: Estado de PernambucoExecutado: Marcelo Falcão Moura SENTENÇA EMENTA: DIREITO
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - ACORDO - HOMOLOGAÇÃO - EXTINÇÃO DA EXCECUÇÃO -
INTELIGÊNCIA DO ART. 487, III, a do CPC. Vistos etc... O ESTADO DE PERNAMBUCO, devidamente qualificado, ajuizou a presente "Ação de
Execução de Título Extrajudicial" em face de MARCELO FALCÃO MOURA, também qualificado, pelas razões carreadas à inicial de fls. 02/03.
Aduz, em suma, que é credor da executada em quantia líquida, certa e exigível no importe de R$ 8.419,95 (oito mil quatrocentos e dezenove
reais e noventa e cinco centavos), decorrente de condenação pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, nos autos do Processo T.C.
Nº 1207675-2, processo este que apreciou o Relatório de Gestão Fiscal da Câmara Municipal de Condado, julgando irregulares as contas e
aplicando ao executado a multa no valor supracitado. Requer a procedência do pedido para que o executado seja condenado ao pagamento
da multa supracitada, devendo o valor ser recolhido o Fundo de Aperfeiçoamento Profissional e Reequipamento Técnico do Tribunal de Contas.
Atribuiu à causa o valor de R$ de R$ 8.419,95 (oito mil quatrocentos e dezenove reais e noventa e cinco centavos. Juntou documentos de
fls. 04/05. Despacho de fls. 07 determinou a citação do executado, nos termos do art. 652 do CPC/73, bem como fixou o valor dos honorários
advocatícios. O executado foi citado por carta precatória, conforme expediente de fls. 16/17. Às fls. 20, consta a informação de que o executado
deixou transcorrer o prazo sem apresentar manifestação. O Estado de Pernambuco requereu a penhora online do valor executado (fls. 23/24), o
que foi deferido por este Juízo às fls. 26. Às fls. 27/28, a Gerência de Tratamento de Demandas Repetitivas e Grandes Eventos deste E. Tribunal
de Justiça, encaminhou o termo de acordo do presente feito, realizado na 13ª Semana Nacional de Conciliação do CNJ, ao tempo que requereu a
análise e homologação por este Juízo. Brevemente relatados. Decido. Como relatado, as partes chegaram a um acordo, nos termos constantes no
documento de fls. 28, tendo o sido realizado o parcelamento do valor executado e dos honorários advocatícios. A transação é um negócio jurídico
de direito material e sua celebração resolve o mérito da causa (art. 487, III, b, CPC). Logo, é lícito aos interessados prevenirem ou terminarem
o litígio mediante concessões mútuas, através de declaração ou de reconhecimento de direitos, desde que estejam em jogo apenas direitos
patrimoniais de caráter privado, como é o caso dos autos. O juiz, presentes os requisitos que autorizam a transação, está vinculado ao negócio
entabulado pelas partes, não podendo recusar-se à homologação da transação. Dito isto, em razão da previsão legal, e se tratando de direito
exclusivamente patrimonial, é inteiramente disponível pelos litigantes, posto que a disponibilidade da demanda executiva é um dos princípios do
processo de execução, nos termos do art. 775 do CPC, HOMOLOGO o acordo entre as partes e, em consequência, julgo extinto o feito com
resolução de mérito, nos termos do art. 487, III, a do CPC. Condeno o executado ao pagamento das custas judiciais. Em relação aos honorários
advocatícios, verifico que os mesmos foram objeto de acordo, conforme Cláusula 2ª (fls. 28). Cumpridas as formalidades legais, arquive-se. P. R.
I. C. Recife, 21 de novembro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de DireitoPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira
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Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV. Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP:
50.080-900
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do cargo exercido, mas da designação da autoridade competente, que é o Secretário Municipal de Saúde. Registre-se, por derradeiro, que não
é dado pleitear que o Poder Judiciário atue de modo a majorar vencimentos de servidores com base no constitucional princípio da isonomia,
sob pena de contrariedade à firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consubstanciada na Súmula Vinculante 37 (antiga Súmula 339/
STF), a saber: "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento
de isonomia". Por tudo isso, o argumento autoral, consubstanciado na equiparação de cargos e vencimentos, não merece prosperar. De igual
modo, a pretensão de indenização por danos morais não merece amparo, tendo em vista a ausência de verossimilhança das alegações contidas
na exordial, bem como da comprovação dos pressupostos da responsabilidade civil (ato ilícito, dano e nexo causal). Por esses fundamentos,
ante o exposto, em consonância com o entendimento ministerial, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na peça vestibular, extinguindo
o processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, inciso I, do CPC/2015. Por força da sucumbência, condeno o autor ao pagamento
das custas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em R$ 1.000,00 (um mil reais), tomando por base o art. 85, §8º do CPC/2015, cuja
exigibilidade fica suspensa por se tratar de parte beneficiária da justiça gratuita (art. 98, §§2° e 3°, NCPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-
se. Cientifique-se o MP. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Recife, 08 de novembro de 2018.Patrícia Xavier de Figueirêdo Lima JUÍZA
DE DIREITO
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conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) Logo, com a edição da EC nº 41/2003,
não há mais no texto constitucional norma que confira aos pensionistas o direito à revisão dos seus proventos na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade. A Carta Magna não mais prevê a paridade entre pensionistas e ativos,
mas assegura o reajustamento dos benefícios para preserva-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
Seguindo o regramento constitucional, a Lei Complementar Estadual nº 28/2000, que trata do sistema de previdência dos servidores do Estado de
Pernambuco, foi igualmente modificada. Com redação dada pelas Leis Complementares nº 56/2003 e nº 58/20204, assim dispõe atualmente:Art.
50. O valor da pensão por morte será igual: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 56, de 30 de dezembro de 2003.)I - caso o
segurado falecido estiver aposentado na data anterior a do óbito, ao valor da totalidade dos proventos deste, até o limite máximo estabelecido
para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta por cento)
da parcela excedente a este limite; ou (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 58, de 2 de julho de 2004.)II - caso o segurado
falecido estiver em atividade na data anterior a do óbito, ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição
Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 58,
de 2 de julho de 2004.)Art. 58. É assegurado aos segurados e aos pensionistas o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 58, de 2 de julho
de 2004.) Por ter sido instituída a pensão após o óbito do ex-segurado (14.07.2010), restou atendida a regra da integralidade e o benefício
ficou sendo submetido a reajustes gerais destinados à preservação do valor real, conforme critérios estabelecidos nas normas correspondentes,
inexistindo qualquer vinculação com eventuais reajustes posteriores concedidos aos servidores ocupantes do mesmo cargo titularizado pelo ex-
segurado, quando vivo e em atividade. Por assim entender, está evidenciado que a autora não faz jus à revisão postulada na petição inicial. O
fato das normas posteriores haverem elevado a remuneração do cargo ocupado pelo ex-segurado quando vivo não tem qualquer reflexo sobre
a pensão por morte instituída. Ante o exposto, por tudo que nos autos consta, julgo IMPROCEDENTE o pedido autoral, extinguindo o processo
com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC. Condeno a autora ao pagamento de custas processuais, bem como de honorários
advocatícios, fixando estes em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, conforme previsão do art. 85, §2º c/c § 4º, III, do CPC,
cuja exigibilidade ficará suspensa pelo prazo de 05 (cinco) anos, nos termos do art. 98, §2º e §3º, também do CPC. Publique-se. Registre-se.
Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se.Recife, 22 de novembro de 2018.MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito 2
Terceira Vara da Fazenda Pública
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos
processos abaixo relacionados:
Processo n.º 0145167-85.2009.8.17.0001Autor: Emerson Teixeira de Arruda e outroRéu: Estado de PernambucoRéu IPAD SENTENÇA Nº
EMENTA: AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. CONCURO PÚBLICO DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO
REALIZADO EM 2006. ALEGAÇÃO DE CANDIDATO AO CONCURSO COMO AVALIADOR DO TESTE FÍSICO. NÃO HABILITAÇÃO PARA O
MISTER. UTILIZAÇÃO DA PROVA EMPRESTADA. POSSIBILIDADE. PRELIMINARES REJEITADAS. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. EXTINÇÃO
DO FEITO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Inteligência do art. 269, inciso I do CPC. "O princípio da impessoalidade está consagrado no
art. 37, caput, da Constituição Federal determinando à Administração o tratamento aos administrados sem discriminação, sem favoritismo, ser
perseguições""O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da Administração Pública. A moral
administrativa liga-se à idéia de probidade e de boa-fé que devem nortear os atos administrativos". A participação de profissional imparcial e
habilitado em Educação Física é imprescindível para a regular realização do teste de aptidão física, tanto para resguardar a saúde dos participantes
e garantir que os exercícios serão executados corretamente conforme previsto no edital, como para que o ato seja praticado com isenção, sem
perseguir ou favorecer os demais candidatos. Vistos, etc. EMERSON TEIXEIRA DE ARRUDA, FÁBIO FARIAS SILVA DOS ANJOS, devidamente
qualificados nos autos, por advogada regularmente habilitada, ajuizaram a presente Ação Ordinária com pedido de Tutela Antecipada, em face
do ESTADO DE PERNAMBUCO e do INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO -
IPAD, nos termos das disposições contidas na inicial de fls. 02/14. Alegam que se inscreveram no Edital do Concurso Público para o cargo de
Soldado da Polícia Militar de Pernambuco, contendo 1.000 vagas, tendo sido reprovados na 2ª etapa do certame, a dizer, no Teste de Aptidão
Física, face às irregularidades cometidas pelo IPAD, pois foram habilitados como avaliadores na Comissão Avaliadora do Exame de Aptidão
Física, candidatos que também estavam inscritos para o mesmo cargo, além de outros avaliadores sem capacidade para participar dessa fase
eliminatória, comprometendo a validade do concurso por ser ilegal e imoral, violando princípios administrativos inafastáveis. Afirmam que a ação
de nº 001.2008.009537-3 que tramitou perante a 1ª Vara da Fazenda Pública, tem identidade de fatos da presente, tendo já sido realizada
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audiência em que foram ouvidas diversas testemunhas e os autores daquela também são candidatos ao Concurso Público da Polícia Militar de
Pernambuco em 2006. Transcrevem trechos de depoimentos tomados na referida audiência e requer a admissão da prova emprestada. Referem-
se à possibilidade jurídica da concessão de tutela e à desnecessidade da formação de litisconsórcio em relação aos demais candidatos. Reúnem
decisões de diversas Varas da Fazenda Pública, envolvendo casos similares, e afirmam que tais irregularidades ferem princípios constitucionais
previstos no art. 37 da CF, tornando imperiosa a anulação dos atos impugnados vez que plenamente demonstrados que os Srs. Josivan dos
Prazeres Albuquerque, José Ricardo da Silva, funcionaram na condição de aplicadores dos testes físicos dos autores e, também, na condição de
candidatos, sem qualquer habilitação em Educação Física, conforme exigência legal, arts. 1º e 3º, da Lei 9.696/1998, sendo prova inequívoca,
comportando a tutela antecipada. Fazem outras considerações e, por fim, requerem: sejam consideradas as provas que instruem a medida
cautelar, por medida de economia processual. Como pedido alternativo, requerem provimento para determinar que as demandadas designem
nova data para realização do Exame de Aptidão Física e, em sendo aprovados, se submetam às demais etapas do certame; citação do Estado
de Pernambuco e IPAD; designação de audiência para comprovação dos fatos, caso necessário, e, finalmente, que seja julgada procedente a
presente ação, com a conseqüente nulidade do ato que os eliminou do certame, determinando incontinenti as suas participações nas demais
etapas; manifestação do Ministério Público; provar o alegado por todas as formas admitidas em direito. Com a inicial vieram os documentos de
fls. 15/54. Às fls. 63/72, o Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico - IPAD apresentou Contestação, dando-
se por citado, alegando ilegitimidade ad causam, referindo-se aos fatos, transcrevendo jurisprudência e, por fim, requerendo: o acolhimento da
preliminar de ilegitimidade ad causam, a fim de que se julgue o processo extinto sem resolução do mérito; o indeferimento do pedido de tutela
antecipada; improcedência da presente ação; condenação dos autores em custas a honorários advocatícios; provar o alegado por todos os meios
de provas admitidas em Direito. Fez juntar os documentos de fls. 73/75. Decisão Interlocutória, de fl. 114/115, indeferiu o pedido de Antecipação
de Tutela, a qual, após interposição de Embargos de Declaração, foi revista pela Decisão de fls. 125/126, que deferiu o pedido alternativo de
realização de novo teste de aptidão física em data a ser marcada pela organizadora do certame. O Estado de Pernambuco apresentou sua
Contestação às fls. 185/206, alegando, em sede de preliminar a perda do objeto; a impossibilidade jurídica do pedido; necessidade de formação
de litisconsórcio passivo com os demais candidatos do certame. No mérito, aduz que as supostas irregularidades não teriam vínculo direto com
a eliminação dos candidatos. Afirma que determinar que refaçam os testes seria uma violação ao princípio da isonomia, haja vista que outros
candidatos também foram eliminados nessa etapa do certame. Ao final, pugna pela improcedência da ação, condenado os autores nos ônus
da sucumbência. Intimados para réplica, os autores peticionaram às fls. 210/220. Parecer ministerial de fls. 222/224, opinando pela rejeição das
preliminares elencadas pelos réus e, no mérito, pela procedência da ação, no sentido de serem os autores submetidos a novo teste de aptidão
física e, caso aprovados, nas demais etapas do concurso e demais conseqüências. Vieram-me os autos conclusos. RELATADOS. PASSO A
DECIDIR. Inicialmente, defiro os benefícios da justiça gratuita. Trata-se de ação ordinária visando a declaração de nulidade do ato de exclusão dos
Autores, na etapa de aptidão física, do concurso público para a Polícia Militar de Pernambuco, bem como oportunizar nova data para tal etapa, sob
fundamento de que os avaliadores além de não terem habilitação adequada, eram candidatos ao mesmo concurso, portanto, suspeitos. Passo
à análise das preliminares levantadas. O argumento do Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico - IPAD
de que seria parte ilegítima para figurar no pólo passivo da demanda, sob o argumento de ser mero executor dos comandos contidos no Edital
do certame, instituído pela Secretaria de Administração e Reforma - SARE e Secretaria de Defesa Social do Estado - SDS, órgãos promoventes
do referido concurso, não merece acolhimento, eis que o ato impugnado foi por ele mesmo praticado, tudo nos termos da Portaria Conjunta nº
45 de 14.08.2006, que estabeleceu a absoluta responsabilidade do IPAD à efetivação de todos os meios necessários à inscrição, à publicação
das avaliações, elaboração e divulgação dos resultados do concurso, além de todos os comunicados que se fizerem necessários. Por assim
entender, rejeito tal preliminar. O Estado de Pernambuco, por seu turno, alegou a perda do objeto da ação, a necessidade de chamamento dos
demais candidatos, na qualidade de litisconsortes, e a impossibilidade jurídica do pedido. No que tange ao chamamento dos demais candidatos,
entendo que tal procedimento inviabilizaria o trâmite processual e a célere prestação judicial, isso se não a inviabilizasse totalmente. Desta forma,
para fins de evitar a violação ao direito de acesso ao Poder Judiciário, rejeito tal preliminar. No que importa à preliminar de perda do objeto da
ação, sob o argumento de que a validade do concurso já teria esvaído, entendo não merecer prosperar, pois a presente ação foi ajuizada em
tempo hábil (07/10/2009), anterior a conclusão do certame, não podendo o longo trâmite processual, decorrente de questões fora do alcance dos
autores, ser circunstância capaz de violar o direitos dos mesmos, devendo, sob pena de se cometer injustiças, dar eficácia ao provimento judicial,
independentemente de institutos do Direito Administrativo. No que atine à suposta impossibilidade jurídica do pedido, tenho que não nenhuma
vedação legal à atuação do poder judiciário contra o cometimento de ilegalidades no âmbito dos atos da administração pública, muito pelo
contrário, trata-se de uma de suas maiores prerrogativas e atribuição. Desta forma, rejeito a referida preliminar. Ultrapassadas as preliminares,
passo a analisar o mérito. É cediço que a Administração Pública está vinculada a princípios constitucionais emanados do art. 37 da Cara Magna,
sobretudo os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa Das provas acostadas aos autos, decorrem a veracidade das alegações
dos candidatos, ora autores. Não vejo porque não admitir a prova emprestada realizada em processo similar que tramitou perante a 1ª Vara
da Fazenda Pública da Capital (Processo nº 001.2008.009537-3), que em nenhum momento foi impugnada pelos réus. No caso de concurso
público, a comissão examinadora está rigorosamente adstrita à lei e ao edital do certame, somente podendo/devendo fazer ou deixar de fazer de
acordo com as normas ali expressamente previstas. Aduzem os autores que o IPAD habilitou, como avaliadores do seu exame de aptidão física,
os fiscais Josivan Prazeres de Albuquerque e José Ricardo Araújo da Silva, que também eram candidatos inscritos no certame e concorriam ao
cargo em que estavam avaliando. A afirmação de que os Srs. Josivan Prazeres de Albuquerque e José Ricardo Araújo da Silva eram candidatos
do concurso e concorriam ao cargo de soldado da polícia militar está devidamente comprovada pela documentação acostada, tendo os próprios
envolvidos, através de depoimento, assumido o fato narrado pelos autores. Conclui-se, pois, que são verdadeiras as alegações dos autores, de
que os seus avaliadores do referido teste também eram candidatos do concurso, o que ofende o princípio da impessoalidade, porquanto poderiam
praticar atos, criar privilégios ou restrições que alterem, de qualquer sorte, o resultado do certame. Além disso, informam os requerentes que os
apontados avaliadores não possuem a necessária habilitação profissional para fiscalizar a realização do teste, porquanto não seriam inscritos no
Conselho Regional de Educação Física, consoante prevê a Lei 9.696/98, sendo de importância relevante para poder proceder com a avaliação.
A Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998, que dispõe sobre as atribuições dos profissionais em Educação Física: "Art. 1º - O exercício das
atividades de Educação Física e a designação de Profissional de Educação Física é prerrogativa dos profissionais regularmente registrados
nos Conselhos Regionais de Educação Física.(omissis)Art. 3º - Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar,
supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria,
consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes
técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto." A participação de profissional habilitado em Educação
Física e devidamente inscrito no Conselho da classe é importante tanto para resguardar a saúde dos participantes do certame como para garantir
que os exercícios serão executados corretamente, como previsto no edital. Observe-se que o edital prevê detalhadamente como cada exercício
deve ser executado, fazendo minuciosa referência à posição das mãos, da cabeça e de todo o corpo, sendo evidente a imprescindibilidade de
profissional na área, pois a questão envolve conhecimentos técnicos, o que não poderia ser fiscalizado por quem desconhece a anatomia do
corpo humano e o esforço que cada teste requer. O teste de aptidão física, portanto, está eivado de vícios, eis que realizado por pessoas que
tinham interesse, pois eram candidatos ao mesmo concurso, portanto, parciais e que, sequer, tinham aptidão técnica comprovada na área de
Educação Física. Ante o exposto e por tudo o que contêm os autos, rejeitando as preliminares levantadas, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO,
a fim de declarar a nulidade da decisão administrativa que considerou os autores inaptos na avaliação física, devendo os réus submetê-los a
novo teste de aptidão física, caso ainda não tenham sido submetidos, e, em sendo aprovados nesta e em todas as demais etapas do certame,
fica assegurado o direito à participação em curso de formação, nomeação e posse, respeitada a ordem de classificação, conforme o número de
vagas. Em conseqüência, extingo o processo com resolução do mérito, com arrimo no art. 269, inciso I, do Código de Processo Civil. Custas ex
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lege. Condeno os réus ao pagamento de honorários sucumbenciais, ora fixados em R$ 1.000,00 (mil reais), pro rata, nos termos do Artigo 20, § 4º,
do Código de Processo Civil. Após decurso do prazo recursal, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado, em razão do duplo
grau de jurisdição obrigatório, previsto no Artigo 475 do CPC. P.R.I. Recife, 09 de fevereiro de 2015.Mariza Silva BorgesJuíza de DireitoPODER
JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV. Desembargador
Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900CA (REPUBLICAÇÃO )
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOTerceira Vara da Fazenda PúblicaFórum Desembargador Rodolfo Aureliano - AV.
Desembargador Guerra Barreto, s/nº - Joana Bezerra, Recife/PE - CEP: 50.080-900Processo nº 0196635-83.2012.8.17.0001 Autor: Edvaldo José
da Silva Réu: Estado de Pernambuco SENTENÇAEMENTA: ADMINISTRATIVO. INGRESSO NO CURSO DE FORMAÇÃO DE 3º SARGENTO.
PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE. INEXISTÊNCIA DE PROMOÇÃO AUTOMÁTICA POR ANTIGUIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
DOS REQUISITOS PREVISTOS NA LEI COMPLEMENTAR Nº 134/2008. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. Inteligência do art. 487, I do Código
Processual Civil. Vistos, etc. EDVALDO JOSÉ DA SILVA, devidamente qualificado, através de advogado habilitado, propôs a presente AÇÃO
ORDINÁRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER em face do ESTADO DE PERNAMBUCO, pelas razões contidas na inicial de fls. 02/07. Aduz, em
síntese, que é cabo da polícia militar, admitido na corporação em 17.12.1986. Salienta que encontra-se com o comportamento "BOM" e que
não responde a processo criminal. Desse modo, afirma que preenche os requisitos previstos na LC nº 134/2008 para ingressar no Curso de
Formação e Sargento da PMPE. Pugna pelo julgamento procedente da ação, para que o Estado de Pernambuco seja compelido a incluir o
autor no próximo Curso de Formação de Sargentos e que, concluído o curso e preenchido os demais requisitos, seja promovido a graduação
de 3º Sargento. Formulou pedido de justiça gratuita. Atribuiu à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Juntou documentos de fls. 08/19.
Devidamente citado, o Estado de Pernambuco apresentou contestação de fls. 23/27, sem preliminares. No mérito, argumenta, em síntese, que
os requisitos exigíveis para o ingresso no curso de formação não se limitam ao tempo de serviço, sendo esse apenas uma das exigências para
que se torne possível a participação do militar. Afirma que o autor não comprovou que teria preenchido todos os demais requisitos previstos
na legislação infraconstitucional própria para lograr a tutela jurisdicional perseguida. Ressalta que a Lei nº 12.344/2003 estabelece uma série
de exigências que devem ser observadas para que ocorra a promoção do militar, destacando, dentre eles, a observação do limite de vagas, a
inspeção de saúde e a apresentação de comportamento, no mínimo, "BOM". Ao final pugna pela improcedência dos pedidos. Substabelecimento
juntado às fls. 31/32 O autor apresentou réplica às fls. 34/36. O Ministério Público opinou pelo indeferimento do pedido (fls. 37/41). Às fls. 42/43
os patronos do autor comunicaram a renúncia dos poderes outorgados no instrumento procuratório. Intimado para constituir novo patrono, o
autor atravessou procuração às fls. 49/50. Vieram-me os autos conclusos. RELATADOS. PASSO A DECIDIR. Mantenho os benefícios da justiça
gratuita anteriormente concedidos. Compulsando aos autos, verifico que a questão de mérito é unicamente de direito, não havendo necessidade
de produção de outras provas, visto que os documentos carreados nos autos são suficientes para comprovar o alegado, tipificando uma das
hipóteses legais que autorizam o julgamento antecipado do mérito, conforme o art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil: "Art. 355. O juiz
julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:I - não houver necessidade de produção de outras
provas;" A matéria discutida nos autos envolve o suposto direito do suplicante em ingressar no Curso de Formação de Sargento da PMPE, sob
a alegação de que preenche os requisitos exigidos pela LC nº 134/2008. Como não foram suscitadas preliminares, passo a analisar o pedido
em si. No caso sub examine, observo que além do critério de antiguidade, outros requisitos devem ser preenchidos, como, por exemplo, estar o
candidato dentro das vagas oferecidas e figurar em quadro de acesso. Isso é o que dispõe a Lei Complementar nº 134/2008 que trata sobre a
promoção por antiguidade dos militares da PMPE. Vejamos: "Art. 5º A promoção por antiguidade para as graduações de Subtenente, 1º Sargento,
2º Sargento, 3º Sargento e Cabo se baseia na precedência hierárquica de um graduado sobre os demais de igual graduação, dentro do número
de vagas estabelecidas nas respectivas Qualificações.""Art. 6º O militar do Estado que possuir a graduação de soldado, ao completar o interstício
para promoção, passará a integrar os Quadros de Acesso para promoção à graduação imediata, respeitando-se a existência de vagas.""Art. 7º O
militar do Estado que possuir a graduação de soldado, somente poderá ser promovido à graduação de Cabo após concluir, com aproveitamento,
o Curso de Habilitação de Cabos.""Art. 8º A promoção à graduação de 3º Sargento dar-se-á, até 5 de março de 2022, exclusivamente, pelo
critério de antiguidade, para os cabos que possuírem o Curso de Formação e Habilitação de Praças - CFHP, ou concluírem, com aproveitamento,
o curso de formação previsto no parágrafo único, do art. 6º, da Lei Complementar nº 320, de 23 de dezembro de 2015, desde que preenchidos os
requisitos previstos no art. 17 desta Lei Complementar. (Redação alterada pelo art. 2° da Lei Complementar n° 322, de 3 de março de 2016.)""Art.
17. São condições imprescindíveis para promoção do praça à graduação superior por antigüidade: I - ter concluído, com aproveitamento, até a
data prevista para encerramento das alterações, o curso que o habilita ao desempenho dos cargos e funções próprios da graduação superior;
II - ter completado até a data da promoção, os seguintes requisitos: a) interstício mínimo: 1. Primeiro-Sargento: 02 (dois) anos na graduação;
2. Segundo-Sargento: 02 (dois) anos na graduação; 3. Terceiro Sargento: 02 (dois) anos na graduação; 4. Cabo: 03 (três) anos na graduação;
5. Soldado: 03 (três) ano de efetivo serviço na respectiva corporação militar; b) serviço arregimentado: 1. Primeiro-Sargento: 01 (um) ano; 2.
Segundo-Sargento: 02 (dois) anos; 3. Terceiro-Sargento: 02 (dois) anos; III - estar classificado, no mínimo, no comportamento BOM; IV - ter
sido considerado apto na inspeção de saúde para fins de promoção, ressalvada a hipótese do art. 19 desta Lei Complementar; V - ter sido
incluído no Quadro de Acesso (QA) de sua respectiva qualificação.(...)" Vê-se, portanto, que para que o autor ingresse no curso de formação
postulado, é necessário além do critério temporal, o preenchimento de outros requisitos, bem como a existência de vagas disponíveis, o que
não restou comprovado pela parte demandante nos autos, sendo que este ônus lhe cabia nos termos do artigo 333, I do CPC. Nesse sentido se
posicionou o Tribunal de Justiça de Pernambuco, conforme o julgado abaixo ementado. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO DE
AGRAVO. PROMOÇÃO DE MILITAR À GRADUAÇÃO DE CABO DA PMPE. SUPOSTA PRETERIÇÃO NA ORDEM DE CONVOCAÇÃO. NÃO
OCORRÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE PROMOÇÃO AUTOMÁTICA POR ANTIGUIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS
ESSENCIAIS. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Com base nas disposições contidas na LCE nº 134/2008, alterada pela LCE nº 295/2015, sobre a
promoção por antiguidade de Cabos e Soldados da PMPE, infere-se cinco requisitos para a promoção por antiguidade, quais sejam: a) aprovação
no Curso de Formação; b) tempo de serviço mínimo em cada patente; c) comportamento classificado no mínimo como "BOM"; d) aptidão no exame
de saúde; e) inclusão no Quadro de Acesso (QA). 2. Pacífico é também o entendimento jurisprudencial de inexistência de promoção automática por
antiguidade, a qual exige condições básicas a serem preenchidas pelos postulantes, assim como, depende do número de vagas disponíveis(...).
(Agravo 344747-20057102-46.2011.8.17.0001, Rel. Itamar Pereira Da Silva Junior, 4ª Câmara de Direito Público, julgado em 17/06/2016, DJe
14/07/2016) ISTO POSTO, por tudo que contém os autos, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS, pelo que resolvo o mérito da lide, nos
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termos artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos
termos do art. 98, § 3º do CPC. Fixo os honorários sucumbenciais no importe de R$ 500,00 (quinhentos reais), nos termos do art. 85, §8º do CPC.
P.R.I.C. Após o trânsito em julgado, arquive-se. Recife, 11 de junho de 2018. MARIZA SILVA BORGESJuíza de Direito3apvv( REPUBLICAÇÃO)
Processo nº 0063002-10.2011.8.17.0001Ação de Indenização por Danos Morais c/c Pedido LiminarRequerente: José Manoel Marques
CadimaRequerido: Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco - DETRAN/PE S E N T E N Ç A Vistos etc. JOSÉ MANOEL MARQUES
CADIMA, qualificado na inicial, através de advogado regularmente constituído, promoveu a presente Ação Declaratória c/c Indenizatória por Danos
Morais contra o DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE PERNAMBUCO - DETRAN/PE, também identificado. Alegou, em resumo, que
no dia 30/04/2010, às 00h30min, foi autuado por agente de trânsito estadual por dirigir sob a influência de álcool. Destaca que a abordagem da
autoridade de trânsito foi prepotente e inquisitiva, razão pela qual se recusou a realizar o teste do bafômetro. Aduz que, apesar de não ter ingerido
bebida alcoólica e inexistir sinais de embriaguez, este foi autuado apenas por estar com os olhos avermelhados. Afirma que esta condição se dá
por possuir sensibilidade nos olhos, agravada pelo cansaço, estresse e horário da ocorrência. Pede que seja concedida medida liminar a fim de
suspender a multa imposta. No mérito, pede que seja declarada nula e ilegal a infração imputada, com a condenação do réu a pagar indenização
pelos danos morais causados. Instrui a inicial com procuração e documentos (fls. 11/17). Decisão de fl. 22 concedeu o pedido liminar. O Detran
interpôs Agravo de Instrumento contra a decisão (fls. 32/56). Realizada audiência, o réu apresentou contestação e exceção de incompetência,
havendo manifestação oral do autor (fl. 57). Em contestação (fls. 58/95), a parte ré denunciou a lide ao funcionário Eduardo Alves de Lima, a fim
de assegurar o direito de regresso em caso de condenação pela forma com que o agente conduziu a lavratura do auto, e inépcia da inicial por
ausência de provas. No mérito, defende a validade do auto lavrado, o preenchimento dos requisitos legais em sua elaboração e aduz sobre a
inexistência de danos morais indenizáveis. Junta documentos (fls. 96/118). Exceção de incompetência juntada às fls. 121/122, com decisão às fls.
125/126, que determinou a remessa dos autos ao juízo competente. Juntada decisão que negou provimento ao Agravo de Instrumento interposto
pelo réu (fls. 133/138). Intimadas as partes a manifestar interesse na produção de provas nos autos (fl. 139), não houve qualquer manifestação
(fls. 141/143). Os autos vieram conclusos para julgamento, remetidos da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital para esta Central de Agilização
Processual. É o relatório. Decido. O feito comporta julgamento antecipado, ante a desnecessidade de produção de novas provas para a solução
do litígio, conforme previsão constante do art. 355, inciso I, do novo Código de Processo Civil. Inicialmente, aprecio as preliminares suscitadas
na contestação. É cediço, a teor do que prevê o art. 37, § 6º da CF, que a responsabilidade dos entes públicos perante terceiros é objetiva, sendo
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Assim, eventual ação da Autarquia Estadual em face dos seus
agentes será fundamentada na responsabilidade subjetiva, ou seja, haverá a necessidade da existência de dolo ou culpa, além do dano e do
nexo de causalidade. Já a presente demanda está fundamentada na responsabilidade objetiva, havendo, portanto, a necessidade de tão somente
se comprovar o dano e o nexo de causalidade. Nestes termos, admitir a denunciação à lide violaria a economia e a celeridade processual, pois
haveria a necessidade de se aferir a responsabilidade subjetiva do servidor que causou o dano, o que por óbvio é irrelevante para esta demanda
que visa tão somente ao ressarcimento do alegado dano moral suportado devido à suposta abordagem prepotente e inquisitiva noticiada na
inicial. Neste mesmo sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE
CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. MORTE DECORRENTE DE ERRO MÉDICO. DENUNCIAÇÃO À LIDE. NÃO OBRIGATORIEDADE. RECURSO
DESPROVIDO.1. Nas ações de indenização fundadas na responsabilidade civil objetiva do Estado (CF/88, art. 37, § 6º), não é obrigatória a
denunciação à lide do agente supostamente responsável pelo ato lesivo (CPC, art. 70, III).2. A denunciação à lide do servidor público nos casos de
indenização fundada na responsabilidade objetiva do Estado não deve ser considerada como obrigatória, pois impõe ao autor manifesto prejuízo
à celeridade na prestação jurisdicional. Haveria em um mesmo processo, além da discussão sobre a responsabilidade objetiva referente à lide
originária, a necessidade da verificação da responsabilidade subjetiva entre o ente público e o agente causador do dano, a qual é desnecessária e
irrelevante para o eventual ressarcimento do particular. Ademais, o direito de regresso do ente público em relação ao servidor, nos casos de dolo ou
culpa, é assegurado no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, o qual permanece inalterado ainda que inadmitida a denunciação da lide.3. Recurso
especial desprovido.(REsp 1089955/RJ, Relator Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/11/2009, DJe 24/11/2009) Assim,
rejeito a denunciação à lide do servidor Eduardo Alves de Lima. Quanto à preliminar de inépcia da inicial por ausência de provas, apresentada
pela parte autora, ao fundamento de que o requerente se limitou a alegar a ocorrência de nulidade do ato administrativo, sem produzir evidências
da alegada inquinação, trata-se de questão afeta ao mérito da causa, não sendo este o momento de sua apreciação. Superadas as prévias, vejo
o mérito. Trata-se de ação indenizatória na qual se busca a anulação de auto de infração emitido pelo réu, sob a arguição de que não poderia o
agente atestar o estado de embriaguez apenas em virtude de o autor apresentar "olhos vermelhos", requerendo indenização por danos morais
pela abordagem efetuada pela autoridade de trânsito. Por outro lado, o departamento de trânsito ora acionado sustentou a regularidade do auto
de infração impugnado, rebatendo os argumentos suscitados pelo promovente. Cinge-se o mérito da demanda, então, à aferição de legalidade da
multa de trânsito imposta pelo réu em desfavor do autor, por suposta infração ao art. 165, do Código de Trânsito Brasileiro (Dirigir sob a influência
de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência). Vejamos. O ilícito imputado ao autor encontra previsão legal
no art. 165, do Código de Trânsito Brasileiro, com redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008, de seguinte teor:Art. 165. Dirigir sob a influência de
álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:(Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)Infração - gravíssima;
(Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada
pela Lei nº 12.760, de 2012)Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o
do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)Parágrafo
único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº
12.760, de 2012) O art. 277, do mesmo Código de Trânsito Brasileiro, tem a seguinte redação:Art. 277. Todo condutor de veículo automotor,
envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a
testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN,
permitam certificar seu estado. §1º. omissis§2º. A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de trânsito
mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo
condutor. §3º. Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que se recusar
a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN editou a Resolução
nº 206, de 20.10.2006, regulamentando os artigos 165 e 277 do CTB. Tratando especificamente da hipótese em que o condutor do veículo
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realiza os exames para a aferição do seu estado de embriaguez, dispôs tal regulamentação:Art. 1º. A confirmação de que o condutor se encontra
dirigindo sob a influência de álcool ou de qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, se dará por, pelo
menos, um dos seguintes procedimentos:I - teste de alcoolemia com a concentração de álcool igual ou superior a seis decigramas de álcool por
litro de sangue;II - teste em aparelho de ar alveolar pulmonar (etilômetro) que resulte na concentração de álcool igual ou superior a 0,3mg por
litro de ar expelido dos pulmões;III - exame clínico com laudo conclusivo e firmado pelo médico examinador da Polícia Judiciária;IV - exames
realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de uso
de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos. Para a análise do caso dos autos, merecem destaque as exigências do CONTRAN
para a regularidade da autuação por direção de veículo em estado de embriaguez, relativas ao próprio condutor, a saber:- quanto à aparência,
se o condutor apresenta: sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluços, desordem nas vestes, odor de álcool no hálito;- quanto à orientação, se
o condutor: sabe onde está, sabe a data e a hora;- quanto à memória, se o condutor: sabe seu endereço, lembra dos atos cometidos;- quanto à
capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta: dificuldade no equilíbrio, fala alterada. Exige, ainda, o mencionado anexo que o agente de
trânsito, depois da aferição de todas as informações obrigatórias, afirme que:"De acordo com as características acima descritas, constatei que
o condutor [nome do condutor] do veículo de placa [placa do veículo], [está/não está] sob a influência de álcool, substância tóxica, entorpecente
ou de efeitos análogos e se recusou a submeter-se aos testes, exames ou perícia que permitiriam certificar o seu estado." Eis a legislação de
regência para o exame do presente caso. Observo, inicialmente, que, no caso do crime de embriaguez ao volante, o tipo penal prevê quantidade
específica de concentração de álcool, exigindo-se prova técnica que indique a exata dosagem alcoólica no sangue. Na esfera administrativa,
entretanto, o Código de Trânsito Brasileiro - CTB contenta-se com a simples manifestação de sinais visíveis da embriaguez, tal como dispõe
seu artigo 277. Corroborando esse entendimento, mutatis mutandis, assim se manifestou o Superior Tribunal de Justiça, cujo acórdão passo a
transcrever:ADMINISTRATIVO. MULTA DE TRÂNSITO. EMBRIAGUEZ. OUTROS MEIOS DE PROVA. POSSIBILIDADE. 1. A leitura do art. 277
do Código de Trânsito Brasileiro legitima a caracterização do estado de embriaguez por outros meios de prova em direito admitidas. Precedentes.
2. No caso em apreço, o visível estado de ebriedade do condutor ficou constatado pela autoridade policial, servindo o teste do bafômetro tão
somente para corroborar a irregularidade. Recurso especial da UNIÃO provido. Agravo de CLÁUDIO ROBERTO MENDONÇA PASCOAL não
conhecido." (REsp 1308779/ CE, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, julgado em 25/03/2014, publicado em 11/04/2014). Como
é sabido, os atos administrativos gozam da presunção de veracidade e legitimidade, ou seja, ao serem editados, presumem-se verdadeiros, assim
consideradas suas razões de fato e de direito. A presunção de veracidade diz respeito às questões de fato, ou seja, presumem-se verdadeiras as
questões fáticas em que o ato administrativo se baseou. Já a presunção de legitimidade diz respeito às questões de direito, ou seja, presume-se
que o ato administrativo foi editado em conformidade com as normas que regem o ordenamento jurídico. Sem dúvida, o preenchimento de todos
os itens da Resolução nº 206/2006 do CONTRAN, ou pelo menos sua maioria, conduzem à presunção de que o condutor do veículo encontrava-
se sob o efeito de álcool no momento em que conduzia o veículo automotor. Na presente hipótese, no entanto, verifica-se que o agente de trânsito
restringiu-se a asseverar no Termo de Registro da aferição do condutor apenas que o autor encontrava-se com olhos vermelhos (fl. 15), quando
a mencionada Resolução indica aproximadamente vinte itens para se constatar o estado de ebriedade do condutor. Nesse sentido, mostra-se
desarrazoada a imputação do estado de embriaguez apenas pela constatação de olhos vermelhos, principalmente devido à hora da abordagem
da autoridade de trânsito. Ademais, não houve o apontamento a qualquer outro sinal que pudesse evidenciar o estado de embriaguez do condutor,
não restando assinalados os pontos de dificuldade de equilíbrio, fala alterada, agressividade, dispersão, odor de álcool, sonolência ou soluços.
Outrossim, não fora realizado qualquer outro exame que pudesse atestar a influência do álcool, o que poderia ter ocorrido por permissivo do
art. 277 do CTB e do art. 1º da Resolução 206 do CONTRAN (teste de alcoolemia, exame clínico com laudo conclusivo firmado por médico ou
exames realizados por laboratório especializado). Por pertinência ao caso, colaciono os julgados: DIREITO ADMINISTRATIVO - INFRAÇÃO DE
TRÂNSITO. CONDUÇÃO DE VEÍCULO SOB O EFEITO DE ÁLCOOL - ABORDAGEM EM BLITZ - RECUSA NA REALIZAÇÃO DO TESTE DO
"BAFÔMETRO". APLICAÇÃO DO ART. 277 DO CTB E RESOLUÇÃO 432/2013 DO CONTRAN. AUTO CIRCUNSTANCIADO - NECESSIDADE.
NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO E DOS ATOS DELE DECORRENTES. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1.A configuração da infração
de trânsito prevista no art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro - dirigir sob a influência de álcool -prescinde do teste de alcoolemia, desde que o
agente de trânsito certifique o estado de embriaguez por outros meios de prova (art. 277 do CTB). 2.É dever do agente de trânsito, verificando o
estado de embriaguez, registrar a ocorrência de forma circunstanciada, a fim de que o ato administrativo por ele exarado goze dos atributos de
presunção de legitimidade e veracidade e ganhe altitude suficiente a suprir o laudo de alcoolemia. (Art. 277 do CTB e na Resolução 432/2006
do CONTRAN). 3.Não se presta a circunstanciar o estado de embriaguez o auto de infração que se limita a mencionar "os sinais de olhos
vermelhos e atitude falante" como determinantes para formar a convicção sobre o estado de embriaguez, sem detalhar especificadamente as reais
condições do condutor, ainda mais quando se considera que a Resolução 432/2013, do CONTRAN, prevê 23 sinais de embriaguez, supletivos
do teste de alcoolemia. 4.RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 5.Sentença reformada para acolher os pedidos do autor e declarar nulo o ato
administrativo e seus consectários, inclusive a multa aplicada, que deverá ser ressarcida ao recorrente. 6.Sem custas e honorários, nos termos
do art. 55 da Lei nº 9.099/95. (TJ-DF - ACJ: 20140111288824, Relator: ASIEL HENRIQUE DE SOUSA, Data de Julgamento: 14/04/2015, 3ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 04/05/2015 . Pág.: 340)APELAÇÃO CÍVEL
- ANULAÇÃO DE AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO - TESTE DE ALCOOLEMIA - RECUSA DO MOTORISTA - NÃO VERIFICAÇÃO DO
ESTADO DE EMBRIAGUEZ - IMPRESCINDIBILIDADE DA CONSTATAÇÃO - RECURSO DESPROVIDO. 1 - O Código de Trânsito Brasileiro, em
seu artigo 277, § 2º, (de acordo com a Lei 11.705/2008 vigente à época dos fatos), prevê outras formas de verificação do estado de embriaguez
do condutor, não restando demonstrada qualquer delas no caso concreto. 2 - A constatação poderia ter sido feita diretamente pelos agentes
diante da recusa do condutor em se submeter aos exames ou testes, com a elaboração de termo circunstanciado que provasse a recusa e
fosse capaz de caracterizar, mediante outras provas em direito admitidas, os notórios sinais resultantes do consumo de álcool ou de qualquer
substância entorpecente. 3 - Conforme precedentes deste E. Tribunal, se a Fazenda Pública deu causa ao ajuizamento da ação, deve ressarcir
as despesas iniciais adiantadas pela autora. 4 - Recurso desprovido. VISTOS, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima
indicadas. ACORDA a Egrégia Quarta Câmara Cível, na conformidade da ata e notas taquigráficas que integram este julgado, à unanimidade,
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Eminente Desembargador Relator. Vitória/ES, DESEMBARGADOR PRESIDENTE/RELATOR
(TJ-ES - APL: 00363563520148080024, Relator: MANOEL ALVES RABELO, Data de Julgamento: 25/04/2016, QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data
de Publicação: 03/05/2016)" Quanto ao pedido de danos morais, não visualizo na espécie o alegado prejuízo extrapatrimonial vivenciado pelo
requerente. É que da narrativa dos fatos, não decorre nenhuma situação excepcional capaz de causar um abalo aos direitos da personalidade,
como a honra, a imagem ou o bom nome do autor. Na verdade, a meu ver, trata-se de mero aborrecimento do cotidiano incapaz de afligir
o autor da lide, o que por consequência afasta o pleito de cunho indenizatório. Ausente, pois, um dos requisitos à configuração do dever de
indenizar, deve ser rejeitado o pedido. Sobre o tema: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO. DANOS MORAIS
NÃO COMPROVADOS. MERO ABORRECIMENTO. Se não demonstrada uma situação excepcional e anormal gerada pelas autuações de
trânsito imputadas à apelante, que obteve sua suspensão liminar e poderia ter se utilizado dos meios processuais cabíveis para garantir o seu
cumprimento, não há como deferir indenização de cunho moral. Recurso conhecido mas não provido. (TJ-MG - AC: 10331110003323001 MG,
Relator: Albergaria Costa, Data de Julgamento: 19/03/2015, Câmaras Cíveis / 3ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 30/03/2015)ANULATÓRIA
DE AUTO DE INFRAÇÃO - Multa de trânsito - Condutor autuado por ter recusado a se submeter ao teste de bafômetro - Inadmissibilidade, no
caso - Autor que se submeteu a outros testes que não constataram a situação de embriaguez, o que implica reconhecer que não infringiu a
regra do art. 277, do CTB - Ilegalidade da autuação caracterizada - Ausência de demonstração dos danos morais alegados pelo Autor - Mero
dissabor que não gera o dever de indenizar - Multa diária fixada em R$ 500,00 mantida. R. Sentença mantida. Recursos improvidos. (TJ-SP
- APL: 10193523120168260562 SP 1019352-31.2016.8.26.0562, Relator: Carlos Eduardo Pachi, Data de Julgamento: 08/05/2017, 9ª Câmara
de Direito Público, Data de Publicação: 08/05/2017)APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ANULATÓRIA CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS
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MORAIS - MULTA DE TRÂNSITO - INEXIBILIDADE DE DEFESA PRÉVIA. 1 - O EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONSOLIDOU
O ENTENDIMENTO, COM BASE NOS ARTS. 280 E 281 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, NO SENTIDO DE SER NECESSÁRIA
A REALIZAÇÃO DE DUAS NOTIFICAÇÕES AO MOTORISTA TIDO COMO INFRATOR: A PRIMEIRA, REFERENTE À NOTIFICAÇÃO DA
AUTUAÇÃO, NA QUAL DEVERÁ CONSTAR O PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA DEFESA; E A SEGUNDA, REFERENTE À APLICAÇÃO DA
MULTA. 2 - A AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA CONSTITUI OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO.
3 - O SIMPLES RECEBIMENTO DA AUTUAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO, POR SI SÓ, NÃO CONFIGURA DANO MORAL, EIS QUE
NÃO HÁ QUALQUER DANO À IMAGEM, À HONRA, À VIDA PRIVADA OU À INTIMIDADE QUE PUDESSE ASSEGURAR ALGUM DIREITO À
INDENIZAÇÃO A ESSE TÍTULO. 4 - PROVIMENTO PARCIAL À APELAÇÃO (TJ-DF - AC: 20030110521524 DF, Relator: VASQUEZ CRUXÊN,
Data de Julgamento: 16/05/2005, 3ª Turma Cível, Data de Publicação: DJU 09/08/2005 Pág. : 118) Por esses fundamentos, ante o exposto, julgo
PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos elaborados na exordial, para tão somente declarar a nulidade do auto de infração D02284391-7
(Fl. 14), o que faço com fundamento no art. 487, inciso I, do NCPC. Em razão da sucumbência recíproca, cada uma das partes arcará com 50%
(cinqüenta por cento) das custas processuais e da verba honorária, esta última arbitrada em R$ 2.000,00 (dois mil reais), nos termos do art. 85,
§8º do CPC, suspensa a exigibilidade em relação ao autor em face da gratuidade judicial concedida (art. 98, § 3º do CPC). Publique-se. Registre-
se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de praxe. Recife (PE), 03 de outubro de 2018. Cristina Reina
Montenegro de AlbuquerqueJuíza de Direito SubstitutaPODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DA
CAPITALFÓRUM DESEMBARGADOR RODOLFO AURELIANO Av. Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Joana Bezerra2
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DJe 25/03/2014; AgRg no AREsp 352.883/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 25/09/2013. Nesse sentido, também o
julgado: TRIBUTÁRIO. ISS. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. BASE DE CÁLCULO. PREÇO DO SERVIÇO. TRIBUTO INDIRETO. ART. 166 DO CTN.
PROVA DA REPERCUSSÃO FINANCEIRA. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 7/STJ.1. Trata-se de Recurso Especial que versa sobre a legitimidade
ativa para pleitear a repetição de indébito do ISS incidente sobre serviços bancários.2. O recorrente afirma que houve, além da divergência
jurisprudencial, violação dos arts. 165, I, e 166 do CTN, sob o fundamento de que tem direito à restituição do indébito tributário e que "improcede
o argumento de que a Instituição Financeira ora Recorrente não fez prova de que não repassou o valor do tributo aos tomadores de serviço,
nos termos do artigo 166 do Código Tributário Nacional e da Súmula do STF n° 546", uma vez que esse raciocínio não seria aplicável ao ISS
(fl. 292).3. O Tribunal a quo reconheceu a ilegitimidade do sujeito passivo tributário para pleitear a repetição do indébito, nos termos do art.
166 do CTN, uma vez que ele não se desincumbiu do ônus de demonstrar que não repassou o encargo financeiro do tributo ao contribuinte de
fato.4. A Primeira Seção do STJ definiu, sob o regime do art. 543-C do CPC, que o ISS é espécie tributária que, a depender do caso concreto,
pode se caracterizar como tributo direto ou indireto (REsp 1.131.476/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, DJe 1.2.2010).5. Nos casos em que a base de
cálculo do tributo é o preço do serviço, a exação assume feição indireta, permitindo transferir o ônus financeiro ao contribuinte de fato (EREsp
873.616/PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 13.12.2010, DJe 1°.2.2011).6. A mesma orientação é aplicável
à presente controvérsia, cuja base de cálculo do imposto não é apurada em valor fixo, na forma do art.9°, § 1°, do Decreto-Lei 406/1968.7.
Confirmada a incidência do art. 166 do CTN, a reforma do acórdão recorrido, segundo o qual "inexistem elementos indicadores de que o autor
deixou de repassar aos tomadores dos serviços o encargo financeiro do tributo" (fl. 266), exigiria revolver fatos e provas, procedimento vedado
pela Súmula 7/STJ.8. Recurso Especial não provido. (STJ, REsp 1323520/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 04/10/2012, DJe 10/10/2012). TRIBUTÁRIO. ISS. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ALUGUEL DE BEM MÓVEL. TRIBUTO INDIRETO. ART. 166
DO CTN. REPERCUSSÃO DO ENCARGO TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE PROVA. SÚMULA 7/STJ. ILEGITIMIDADE ATIVA PARA A QUESTÃO
REPETITÓRIA.1. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.131.476/RS, submetido ao rito dos recursos repetitivos (art. 543-
C do CPC), consolidou entendimento segundo o qual a pretensão repetitória de valores indevidamente recolhidos a título de ISS incidente
sobre a locação de bens móveis, hipótese em que o tributo assume natureza indireta, reclama da parte autora a prova da não repercussão,
ou, na hipótese de ter transferido o encargo a terceiro, de estar autorizada por este a recebê-los.2. No caso dos autos, o Tribunal de origem
expressamente assenta que as provas contidas nos autos não são hábeis a configurar a legitimidade ativa ad causam, pois não demostram que
o autor assumiu o pagamento da exação. Súmula 7/STJ.3. Em demanda decorrente de repetição de indébito tributário, é imprescindível apenas
a comprovação da qualidade de contribuinte do autor, não sendo necessária a juntada de todos os demonstrativos de pagamento do tributo no
momento da propositura da ação, por ser possível a sua postergação para a fase de liquidação, momento em que deverá ser apurado o quantum
debeatur. REsp 1111003/PR, Rel. Min. Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 13.5.2009, DJe 25.5.2009 - submetido ao rito dos recursos
repetitivos.4. Tal entendimento não exclui o ônus da parte de fazer prova da não repercussão tributária, ainda na fase de conhecimento, pois
"não se pode relegar à liquidação a prova de um fato que diz respeito à legitimidade da parte e à própria procedência do pedido formulado na
demanda, temas que, portanto, devem necessariamente ficar exauridos na fase cognitiva" (AgRg no REsp 1028031/RJ, Rel. Min. Teori Albino
Zavascki, Primeira Turma, julgado em 18.9.2012, DJe 25.9.2012).Agravo regimental improvido. (STJ, AgRg no AREsp 352.883/SC, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/09/2013, DJe 25/09/2013). Dessa forma, nos termos dos julgados acima citados, a
parte autora deveria ter comprovado que não repassou a terceiros o encargo financeiro pelo pagamento do tributo que pretende ser restituída,
ônus que não cumpriu. Com a inicial, apresentou farta documentação para corroborar a tese de ser empresa de industrialização gráfica, com
parque industrial, vinculação ao sindicato específico etc. Ocorre que não acostou nenhum documento apto a comprovar o recolhimento do ISS ao
longo dos últimos cinco anos, tampouco, que este permaneceu em sua órbita financeira, ao invés de ser repassado a terceiros, contratantes dos
serviços prestados. No caso concreto, por se tratar de tributo com natureza indireta, a empresa autora não comprovou deter legitimidade ativa ad
causam, pelo que a extinção do feito sem apreciação do mérito é medida que se impõe. Ante o acolhimento de tal preliminar, deixo de apreciar as
demais questões suscitadas. III - Por esses fundamentos, ante o exposto, com fulcro no art. 485, inciso VI, do Código de Processo Civil, JULGO
EXTINTO o feito, sem resolução do mérito, por ilegitimidade ativa ad causam. Por força do princípio da causalidade, condeno a parte autora ao
pagamento das custas processuais, já satisfeitas, e dos honorários advocatícios, os quais fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa, a teor
do disposto no §4º, III, do art. 85, do Código de Processo Civil. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se.
Forme-se novo volume processual vez que o feito já conta com mais de 200 páginas. Recife (PE), 07 de novembro de 2018. Ana Paula Costa de
Almeida JUÍZA DE DIREITO SUBSTITUTA2COMARCA DO RECIFE5ª VARA DA FAZENDA ESTADUALPROCESSO Nº 95.054559-8
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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EXTINGO O PROCESSO sem resolução de mérito. Oficie-se a Caixa Econômica Federal para que efetue a transferência do valor depositado, de
fls. 35 para a conta do Município informada às fls. 147. P. R. I. Recife, 08 de novembro de 2018.DJALMA ANDRELINO NOGUEIRA JÚNIORJuiz
de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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e pelo art. 45 desta Lei. (Redação acrescida pela Lei nº 16.899/2003, renumerando-se os Incisos subsequentes)III - conservar as edificações e
instalações em condições de utilização e funcionamento;IV - responder perante o Município e terceiros, pelos danos e prejuizos causados em
função do estado e manuntenção das edificações e instalações. Ante o exposto, conheço dos embargos e, no mérito, julgo-os improcedentes. P.
R. I. Recife, 22 de novembro de 2018.DJALMA ANDRELINO NOGUEIRA JUNIORJUIZ DE DIREITO
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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PROCESSO N.º (SENTENÇA UNA) - LISTAGEM EM ANEXOS – S E N T E N Ç A Vistos etc. Trata-se de Execução Fiscal proposta pela FAZENDA
ESTADUAL DE PERNAMBUCO em que se pretende a satisfação de crédito inscrito em Certidão de Dívida Ativa acostada à inicial. O processo
foi distribuído antes de 2012 e até a presente data não foi possível a localização do executado e/ou satisfação do crédito tributário. A Fazenda
Pública requereu a suspensão do feito, nos termos do art. 40 da LEF. Cabe destacar neste momento que as questões de fato e de direito tratadas
nesta sentença se repetem em numerosos feitos que tramitam neste juízo, motivo pelo qual, em cumprimento ao PROVIMENTO N.º 09 de
27/08/2009 deste TJPE, que prevê a possibilidade de prolação de sentença una nos executivos fiscais em que ocorra prescrição e a necessidade
de diminuição da taxa de congestionamento do judiciário, a presente sentença produzirá efeito sobre os inúmeros processos que se encontrem
na mesma situação jurídica, conforme indicação dos números respectivos em lista anexa. É o breve relato. Decido. Até o presente momento
várias providências já foram adotadas por este Juízo e pela Fazenda Pública visando à satisfação do crédito tributário, a exemplo de pesquisa
no Detran, Cartórios de Imóveis e tentativa de bloqueio de numerários via BacenJud, todas infrutíferas. O pedido de suspensão realizado pela
Fazenda Pública ratifica a impossibilidade de se localizar bens e/ou o executado. Por outro lado, o presente feito se arrasta há pelo menos seis
anos, de modo que o lapso temporal suplantou os limites temporais exigidos para a configuração da prescrição intercorrente. Ante o exposto
e, por tudo mais que dos autos consta, com fulcro no art. 487, II, do CPC, extingo a presente execução pela ocorrência da prescrição. Custas
ex lege. Sem honorários. Com o trânsito em julgado para a Fazenda Pública, arquive-se de imediato, com as devidas baixas na distribuição,
observadas as formalidades legais. P. R.I. Recife, 09 de novembro de 2018.
LÚCIO GRASSI DE GOUVEIA Juiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Data: 05/12/2018
PROCESSO N.º (SENTENÇA UNA) - LISTAGEM EM ANEXOS – S E N T E N Ç A Vistos etc. Trata-se de Execução Fiscal proposta pela FAZENDA
ESTADUAL DE PERNAMBUCO em que se pretende a satisfação de crédito inscrito em Certidão de Dívida Ativa acostada à inicial. O processo
foi distribuído antes de 2012 e até a presente data não foi possível a localização do executado e/ou satisfação do crédito tributário. A Fazenda
Pública requereu a suspensão do feito, nos termos do art. 40 da LEF. Cabe destacar neste momento que as questões de fato e de direito tratadas
nesta sentença se repetem em numerosos feitos que tramitam neste juízo, motivo pelo qual, em cumprimento ao PROVIMENTO N.º 09 de
27/08/2009 deste TJPE, que prevê a possibilidade de prolação de sentença una nos executivos fiscais em que ocorra prescrição e a necessidade
de diminuição da taxa de congestionamento do judiciário, a presente sentença produzirá efeito sobre os inúmeros processos que se encontrem
na mesma situação jurídica, conforme indicação dos números respectivos em lista anexa. É o breve relato. Decido. Até o presente momento
várias providências já foram adotadas por este Juízo e pela Fazenda Pública visando à satisfação do crédito tributário, a exemplo de pesquisa
no Detran, Cartórios de Imóveis e tentativa de bloqueio de numerários via BacenJud, todas infrutíferas. O pedido de suspensão realizado pela
Fazenda Pública ratifica a impossibilidade de se localizar bens e/ou o executado. Por outro lado, o presente feito se arrasta há pelo menos seis
anos, de modo que o lapso temporal suplantou os limites temporais exigidos para a configuração da prescrição intercorrente. Ante o exposto
e, por tudo mais que dos autos consta, com fulcro no art. 487, II, do CPC, extingo a presente execução pela ocorrência da prescrição. Custas
ex lege. Sem honorários. Com o trânsito em julgado para a Fazenda Pública, arquive-se de imediato, com as devidas baixas na distribuição,
observadas as formalidades legais. P. R.I. Recife, 09 de novembro de 2018.
LÚCIO GRASSI DE GOUVEIA Juiz de Direito
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Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Sentença: Isto posto, julgo parcialmente procedentes os presentes EMBARGOS, suspendendo a exigibilidade do crédito exeqüendo, aguardando
providencias do exeqüente junto ao DAC – Departamento de Apoio ao Contribuinte, com vistas ao expurgo dos valores concernentes à TR, com
a conseqüente substituição da CDA, após o quê, deverá ser dado seguimento ao processo executivo em curso. Devido à sucumbência recíproca,
com base no art. 21 do CPC, condeno proporcionalmente o embargante e o embargado ao pagamento das custas e honorários advocatícios que
ora arbitro em 5% (cinco por cento). Remetam-se os autos ao contador, para que se proceda à apuração dos valores. P.R.I.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se definitivamente, bem como se dê baixa na distribuição. Recife, 11 de Setembro de 2012. Ângela Cristina
de Norões Lins Cavalcanti. Juíza de Direito.
Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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CDA: 15155/01-3
Autor: Estado de Pernambuco
Procurador(a): Luciana Pontes de Miranda
Réu: C H D INDÚSTRIA COMÉRCIO LTDA
DESPACHO: Defiro o pedido formulado pela Exequente às fls. 54/54-v, e determino a expedição de mandado de intimação da Executada por
edital, para que compareça no prazo de 10 dias ao PRIMEIRO DEPÓSITO ESTADUAL DE PENHORA JUDICIAL, localizado na Rua Imperial,
nº1410, São José, recife-PE, CEP 50090-000, para retirar os bens de sua propriedade, penhorados nestes autos, conforme auto de penhora às
fls.10. Caso a Executada não compareça no prazo determinado, será reconhecido o abandono dos referidos bens, e como consequência a perda
dos bens para a Fazenda Pública Estadual. Publique-se. Intime-se. Recife, 16 de fevereiro de 2018.
Ângela Cristina de Norões Lins Cavalcanti. Juíza de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Em consonância com o art. 1.010 c/c o art. 332, §4º, do NCPC: (a) cite-se/intime-se o recorrido para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
as devidas contrarrazões (§ 1º); (b) se o apelado interpuser apelação adesiva, intime-se o apelante para apresentar contrarrazões (§ 2º); (c)
decorrido o prazo acima estipulado, com ou sem a apresentação das contrarrazões, subam os autos ao Egrégio TJPE, com as homenagens
deste Juízo (§ 3º). Recife, 7 de novembro de 2018. JOSÉ SEVERINO BARBOSA JUIZ DE DIREITO.
Vara dos Executivos Fiscais Municipais
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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se manifestar sobre o resultado da consulta.Decorrido o prazo, de acordo com a hipótese, volvam os autos conclusos.Recife, 21 de novembro
de 2018.ROBERTA VIANA JARDIMJuíza de Direito
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realizado, e aguarde-se o prazo de 05 (cinco) dias para realizar a transferência, caso não haja oposição que justifique a liberação dos valores
bloqueados;3. Em sendo totalmente positivo o resultado da requisição do bloqueio:3.1. Intime imediatamente o executado do bloqueio realizado e
aguarde-se o prazo de 05 (cinco) dias para realizar a transferência, caso não haja oposição que justifique a liberação dos valores bloqueados;3.2.
Promova-se o desbloqueio do excedente, se for o caso.4. Em sendo negativo o resultado da requisição do bloqueio, intimem-se os exequentes,
por seus patronos, para no prazo de dez dias emitirem pronunciamento sobre o resultado da Ordem Judicial de Bloqueio de Valores pelo sistema
BACEN-JUD. Decorrido o prazo, de acordo com a hipótese, volvam os autos conclusos.Cumpra-se.Recife, 23 de novembro de 2018.ROBERTA
VIANA JARDIMJuíza de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao disposto no Provimento do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco nº 08/2009,
publicado no DOPJ em 09/06/2009, e nos termos do art. 203, § 4º do CPC de 2015, INTIMO as partes para no prazo de 15 dias, falarem sobre
os cálculos realizados pelo Distribuidor. Recife (PE), 05/12/2018.Dorvaneide Maria A. M. de N. AlmeidaChefe de Secretaria
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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SENTENÇAVistos etc.SOCIEDADE PERNAMBUCANA DE CULTURA E ENSINO, devidamente qualificado nos autos, através de advogado,
propôs a presente Execução de Título Extrajudicial em face de MÁRCIO RICARDO FERREIRA, também já qualificado. A presente execução
funda-se em Contrato de Prestação de Serviços Educacionais impago. O exequente foi intimado para apresentar planilha atualizada do débito
exequendo conforme despacho de fl. 69, que foi publicado em 30 de agosto de 2017, sem que tenha apresentado manifestação nos autos até
a presente data. Diante disso, foi determinada a intimação pessoal da parte exequente para manifestar interesse no feito, sob pena de extinção.
Publicada tal intimação e expedida carta com aviso de recebimento para o endereço fornecido pela autora nos autos, mais uma vez o exequente
quedou-se silente, conforme certidão de fl. 77.Vieram-me os autos conclusos.Eis o que importa relatar. Decido:O Código de Processo Civil aponta
ser responsabilidade das partes a demonstração de interesse para que se dê continuidade a processo sem movimentação por um longo período.
A parte autora, supostamente a grande interessada na tutela de seu direito, injustificadamente, deixou o feito paralisado por um longo período, não
diligenciando para o seu prosseguimento, nem, ao menos, manifestando seu interesse na continuação do processo. O exequente, devidamente
intimada para dar prosseguimento ao feito quedou-se silente, inclusive com cumprimento das formalidades legais de sua intimação pessoal para
manifestação. Por todo o exposto, EXTINGO por sentença o processo, nos termos do art. 485, III, do Código de Processo Civil. Custas na forma
da lei. Condeno a exequente no pagamento de honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.Decorrido in albis o prazo
recursal e observadas as formalidades legais, arquive-se este feito. P.R.I.Recife, 20 de julho de 2016.ROBERTA VIANA JARDIMJuíza de Direito
SENTENÇAVistos etc.BANDEPE S/A, devidamente qualificado nos autos, através de advogado, propôs a presente Execução de Título
Extrajudicial em face de NEVE CASTRO LTDA, ANTÕNIO AUGUSTO SILVA CASTRO e GLÍCIA FERNANDES DE SOUZA, também já qualificado.
A presente execução funda-se em crédito decorrente de NOTA PROMISSÓRIA vencida e impaga. Em setembro de 2015, foi deferida vista dos
autos a pedido do exequente, com a devida intimação do exequente em março de 2016, sem que tenha havido qualquer manifestação dele nos
autos. Diante disso, foi determinada a intimação pessoal da parte exequente para manifestar interesse no feito, sob pena de extinção. Publicada
tal intimação e expedida carta com aviso de recebimento o exequente quedou-se silente conforme despacho de fl. 73.Vieram-me os autos
conclusos.Eis o que importa relatar. Decido:O Código de Processo Civil aponta ser responsabilidade das partes a demonstração de interesse
para que se dê continuidade a processo sem movimentação por um longo período. A parte autora, supostamente a grande interessada na tutela
de seu direito, injustificadamente, deixou o feito paralisado por um longo período, não diligenciando para o seu prosseguimento, nem, ao menos,
manifestando seu interesse na continuação do processo. O exequente, devidamente intimada para dar prosseguimento ao feito quedou-se silente,
por um período superior a 03 (três) anos, inclusive com cumprimento das formalidades legais de sua intimação pessoal para manifestação. Por
todo o exposto, EXTINGO por sentença o processo, nos termos do art. 485, III, do Código de Processo Civil. Custas na forma da lei. Condeno
a exequente no pagamento de honorários advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.Decorrido in albis o prazo recursal e
observadas as formalidades legais, arquive-se este feito. P.R.I.Recife, 04 de dezembro de 2018.ROBERTA VIANA JARDIMJuíza de Direito
SENTENÇAVistos etc. CARMINU VITO PASCARETTA, devidamente qualificada nos autos, através de advogado, promoveu neste juízo, a
presente AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS, contra SERVILAR COMÉRCIO DE ELETROS LTDA, também já qualificado.
Conforme certidão de fl. 24, os embargos à execução opostos à presente ação foram julgados totalmente procedentes, reconhecendo a
inexistência de título executivo extrajudicial, visto que as duplicatas virtuais executadas não apresentam o comprovante de recebimento das
mercadorias.É o breve relatório. Decido. De fato, verifico que o exequente não atendeu a todos os requisitos previstos na lei 5.474/68 para a
execução das duplicatas sem aceite, que em seu artigo 15, que assim dispõe:"Art. 15: A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada
de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando
se tratar:I) de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;II) de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:a) haja
sido protestada;b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; ec) o sacado não tenha,
comprovadamente, recusado o aceite, no prazo e nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei;(...)§ 2º Processar-se-á
também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações
do credor ou do apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo." Assim, o título executivo
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apresentado pelo exequente não atende aos requisitos legais para sua constituição, e, ausente título executivo carece o autor de ação, por faltar-
lhe a condição específica para a execução nos termos do artigo 783 e seguintes.Diante do exposto, EXTINGO POR SENTENÇA o processo nos
termos do art. 485, IV do código de processo civil.Custas satisfeitas.Sem sucumbência.Certificado o trânsito em julgado, arquive-se.P.R.I.Recife,
04 de dezembro de 2018.ROBERTA VIANA JARDIMJuíza de Direito
Processo nº 0075523-84.2011.8.17.0001SENTENÇAVistos etc.BANCO SANTANDER S/A, devidamente qualificado nos autos, através de
advogado, propôs a presente Execução de Título Extrajudicial em face de ALEXANDRE CASSEMIRO LAPA, também já qualificado. A presente
execução funda-se em um Contrato de Empréstimo inadimplido. O executado não foi citado, tendo o exequente sido intimado para se manifestar
sobre a citação frustrada em maio de 2016 sem que até a presente data, tenha realizado qualquer movimentação nos autos. À fl. 61 foi determinada
a intimação pessoal do exequente, através de carta com aviso de recebimento, para informar se tinha interesse no prosseguimento do feito, sob
pena de extinção. Publicada tal intimação e expedida carta com aviso de recebimento para o endereço fornecido pela autora nos autos, o referido
aviso de recebimento retornou aos autos, tendo sido regularmente recebido, sem que até a presente data tenha havido qualquer manifestação da
parte autora.Vieram-me os autos conclusos. Eis o que importa relatar. Decido:O Código de Processo Civil aponta ser responsabilidade das partes
a demonstração de interesse para que se dê continuidade a processo sem movimentação por um longo período. A parte autora, supostamente
a grande interessada na tutela de seu direito, injustificadamente, deixou o feito paralisado por um longo período, não diligenciando para o
seu prosseguimento, nem, ao menos, manifestando seu interesse na continuação do processo. Por todo o exposto, EXTINGO por sentença o
processo, nos termos do art. 485, III, do Código de Processo Civil.Custas na forma da lei. Condeno a exequente no pagamento de honorários
advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.Decorrido in albis o prazo recursal e observadas as formalidades legais, arquive-se
este feito. P.R.I. Recife, 19 de abril de 2018.ROBERTA VIANA JARDIMJuíza de Direito
SENTENÇAVistos, etc. BANCO BRADESCO S/A, por meio de advogado, promoveu neste juízo a presente Ação de Execução de Título
Extrajudicial em face de AAA COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA e ARACELY DE VASCONCELOS BEZERRA, todos qualificados à fl. 02 dos autos.
Funda-se a Contrato de Empréstimo firmado entre as partes, assinado pelo devedor e por duas testemunhas, atendendo, assim, aos requisitos do
inciso III, art. 784 do Código de Processo Civil. Ante a frustração da citação requerida pela parte autora, este juízo determinou que o exequente
promovesse a citação da parte executada, no prazo prorrogado de 30 (trinta) dias, sob pena de aplicação do §2º do art. 240 do Código de
Processo Civil. Decorrido o prazo, o exequente se manteve silente, conforme certidão de fl. 68. É o breve relatório. DECIDO. O título executivo
no qual se funda a presente Ação é um documento particular assinado pelo devedor por duas testemunhas com pagamento parcelado, cuja data
de vencimento da última parcela ocorreu em 11 de junho de 2005. Nos termos do art. 206, § 5º inciso I do Código Civil, o prazo prescricional do
mencionado título é de 05 (cinco) anos. Assim, tem-se que operada a prescrição do título executivo em questão em 11 de junho de 2010. O art.
802 do Código de Processo Civil, assim prevê: Art. 802. Na execução, o despacho que ordena a citação, desde que realizada em observância ao
disposto no § 2o do art. 240, interrompe a prescrição, ainda que proferido por juízo incompetente. De acordo com o disposto no art. 240 do Código
de Processo Civil: "A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em
mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).", restando disposto em seus
parágrafos: § 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá
à data de propositura da ação.§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob
pena de não se aplicar o disposto no § 1o.§ 3o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.§ 4o O
efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei. Considerando que, mesmo tendo
sido concedido um prazo prorrogado de 30 (trinta) dias para que o exequente promovesse a citação, essa não foi realizada por inércia do autor,
resta clara a aplicação do art. 240 do Código de Processo Civil e seus parágrafos no presente caso. Dessa forma e por tudo o que foi exposto,
declaro ocorrida a prescrição do título executivo extrajudicial desde 11 de junho de 2010 e EXTINGO o processo com fulcro no art. 803 c/c art.
240 ambos do Código de Processo Civil. Sem condenação em honorários advocatícios. Custas satisfeitas. Decorrido in albis o prazo recursal e
observadas as formalidades legais, arquive-se este feito. P.R.I. Recife, 04 de dezembro de 2018.ROBERTA VIANA JARDIMJuíza de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0058423-19.2011.8.17.0001SENTENÇAVistos, etc. BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., através de advogado legalmente
habilitado, propôs a presente EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL em face de BRAULINO FORTUNATO DA SILVA. Em síntese, alega o
exequente ser credor da quantia histórica de R$ 36.326,63 (trinta e seis mil, trezentos e vinte e seis reais e sessenta e três centavos), proveniente
de instrumento particular de confissão de dívidas e outras avenças. Mandados de citação cumpridos negativamente. Intimado para indicar o
atual endereço da parte executada, sob pena de extinção, deixou o exequente transcorrer in albis o prazo estabelecido, conforme certidão
de fls.120v. É o que importa relatar. Decido. De proêmio, destaco que a presente ação merece ser extinta sem resolução do mérito. Explico.
No curso do processo, foi dado ao exequente prazo para a indicação de endereço válido da parte executada, para fins de citação, entretanto
deixou transcorrer in albis o prazo concedido. É cediço que constitui ônus do exequente promover a citação do executado, no prazo de 10
(dez) dias, conforme §2º, do art. 240, do Código de Processo Civil, que assim dispõe: Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por
juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). § 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda
que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. § 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as
providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o. § 3o A parte não será prejudicada pela
demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. § 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais
prazos extintivos previstos em lei. Registre-se que a ausência de citação enseja a extinção do feito nos termos do art. 485, IV, do CPC, ou
seja, por ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, haja vista a citação ser considerada um
requisito objetivo intrínseco de validade. Nesse sentido é a lição de Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero: "Nossa legislação refere que se
extingue o processo, sem resolução de mérito, 'quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo' (art.267, IV, CPC), 'quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada' (art.267, V, CPC) e
'pela convenção de arbitragem' (art.267, VII, CPC). Arrola o legislador nesses casos os chamados pressupostos processuais. Tradicionalmente,
a doutrina trabalha os pressupostos processuais como requisitos de existência e de validade do processo. Nesse sentido, relaciona entre os
pressupostos de existência subjetivos a investidura do juiz na jurisdição e a capacidade para ser parte, e como pressuposto de existência objetivo
intrínseco o pedido de tutela jurisdicional. (...) Como pressupostos objetivos intrínsecos a necessidade de observância do procedimento e das
normas do procedimento encartadas na legislação (necessidade de citação existente e válida, por exemplo)." (Marinoni, Luiz Guilherme; Mitidiero,
Daniel. Código de Processo Civil comentado artigo por artigo. 3 ed. Revista dos Tribunais: São Paulo, 2011, p. 260.) Sobre esse tema, vejamos
o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL (FALTA DE CITAÇÃO). INTIMAÇÃO
DA PARTE. DESNECESSIDADE.1. A falta de citação do réu, embora transcorridos cinco anos do ajuizamento da demanda, configura ausência
de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo, ensejando sua extinção sem exame do mérito, hipótese que prescinde de prévia
intimação pessoal do autor.2. Agravo regimental desprovido.STJ. AgRg no REsp 1302160 / DF. Terceira Turma, Relator: Ministro João Otávio de
Noronha, Julgamento: 04/02/2016. Publicação: 18/02/2016. Conforme decisão acima citada, independe de requerimento do executado a extinção
do feito lastreada na falta de pressuposto de constituição válida e regular da relação processual, uma vez que o ato citatório sequer foi efetivado.
Outrossim, destaco que a intimação pessoal do §1º, do art.485, do CPC, só é cabível nos casos dos incisos II e III, que tratam, respectivamente, de
processo parado por mais de um ano e do abandono da causa pelo autor por mais de 30 dias, sendo desnecessária a intimação pessoal quando
o processo é extinto com base no inciso IV. Ressalto, por fim, que, em se tratando de nulidade absoluta, matéria de ordem pública, é possível
o conhecimento de ofício pelo julgador, a qualquer tempo, conforme §3º, do art.485, do CPC. Nesse sentido, trago à colação aresto do Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Sul, vejamos:APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS.
ENERGIA ELÉTRICA. SUSPENSÃO DO SERVIÇO. DEMORA NO RESTABELECIMENTO DO FORNECIMENTO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO.
PRESSUPOSTO PROCESSUAL. NULIDADE. É cediço que para a validade do processo, é indispensável a citação do réu, conforme disposição
expressa do art. 214 do CPC. Verificado que, no caso, não houve citação da parte adversa, impõe-se o reconhecimento da nulidade do processo
desde o momento em que o ato deveria ter sido praticado. Matéria de ordem pública, cognoscível de ofício pelo juiz, nos termos do art. 267, IV
e § 3º, do CPC. NULIDADE DECRETADA, DE OFÍCIO. APELAÇÃO PREJUDICADA. (Apelação Cível Nº 70062810700, Décima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 24/09/2015) Isso posto, considerando não ter a parte exequente
promovido a citação válida da parte executada, com indicação do endereço, extingo o processo sem resolução do mérito, com base no art. 485,
inciso IV, c/c art. 771, parágrafo único, ambos do CPC. Custas processuais satisfeitas. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as
cautelas de estilo. P.R.I. Recife, 03 de dezembro de 2018. Roberta Viana Jardim Juíza de Direito em exercício cumulativo
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Processo nº 0052921-07.2008.8.17.0001SENTENÇAVistos, etc. BANCO ITAUBANK S.A., através de advogado legalmente habilitado, propôs a
presente AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL em face de MARIA CLÁUDIA DE ALBUQUERQUE. Em síntese, alega o exequente
ser credor da quantia histórica de R$ 41.260,51 (quarenta e um mil, duzentos e sessenta reais e cinquenta e um centavos), proveniente de
contrato de empréstimo taxa pré-fixada nº 03378714/97570. Mandado de citação cumprido positivamente, às fls.32v. Acordo firmado entre as
partes, às fls.53/55. Intimado para se manifestar acerca do pagamento da dívida, sob pena de seu silêncio ser interpretado como anuência em
relação ao adimplemento do crédito, quedou-se inerte o credor, conforme certidão de fls.71. É o que importa relatar. DECIDO. Trata-se de ação
de execução de título extrajudicial regularmente distribuída, registrada e autuada, com anuência do credor acerca do adimplemento da dívida.
Dispõe o art. 924, II, do CPC, que se extingue a execução quando o devedor satisfaz a obrigação. POSTO ISSO, considerando o adimplemento
da parte devedora, declaro extinta a obrigação da executada, nos termos do art. 924, II e art.925, ambos do Código de Processo Civil. Custas e
honorários advocatícios já satisfeitos. Após o trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se os autos, com as cautelas de estilo. P.R.I. Recife,
03 de dezembro de 2018. Roberta Viana Jardim Juíza de Direito em exercício cumulativo
Segunda Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Capital - SEÇÃO B
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Despacho: R.H. Diante dos pedidos formulados às fls. 486 e 489, analisando os autos observo que ainda não foi deferido o processamento das
sucessões dos herdeiros falecidos do Sr. Felino Lopes dos Santos, nem tampouco, habilitados os herdeiros da Sra. Thereza Cristina Lopes dos
Santos (conforme certidão de óbito à fl. 436). Por essa razão, intime-se os herdeiros para se manifestarem quanto à abertura das sucessões
de Maria Marcelina dos Santos, Fátima Maria Lopes dos Santos e Thereza Cristina Lopes dos Santos, nestes mesmos autos Intime-se ainda, o
inventariante, para habilitar os sucessores da falecida Thereza Cristina Lopes dos Santos, ou informar seus endereços para fins de citação. Devem,
os herdeiros se pronunciarem se desejam processar nestes mesmos autos a sucessão da sua mãe falecida. Cumpra-se. Recife, 26/11/2018.
Alfredo Hermes Barbosa de Aguiar Neto, Juiz de Direito.
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DECISÃO: Vistos etc. I - Carmen Lucchesi Carneiro Leão e Marta Lucchesi Carneiro Leão, qualificadas nos autos, opuseram EMBARGOS
DECLARATÓRIOS à decisão de fls. 949. Alegam, as embargantes, em síntese, que houve omissão na decisão referida, vez que este Juízo
deferiu o pedido para prestação de contas da Sra. Carmem Lucchesi nestes mesmos autos de Inventário. Agora vieram-me os autos conclusos
para decisão. É o relatório. Decido. Os embargos foram interpostos no prazo legal (art. 1.023 do CPC). Prestam eles, os declaratórios, para
esclarecer imprecisões nas decisões e julgados, a exemplo de obscuridade, omissão ou contradição e não uma rediscussão da matéria apreciada.
Compulsando os autos, verifica-se que merecem prosperar as razões expostas pelas requerentes. Posto isto, julgo procedente os Embargos
Declaratórios de fls. 951/953, devendo ser ajuizada ação própria de prestação de contas visando obter as informações requeridas. Por fim, deve
ser cumprido os demais itens do despacho de fl. 949. Findo o prazo comum aos herdeiros para manifestação sobre o despacho em análise, defiro
o pedido de vista contido no instrumento recursal. Cumpra-se. P.R.I. Recife, 29.11.2018. Alfredo Hermes Barbosa de Aguiar Neto, Juiz de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Viagem, 2398, apto. 101, Edf. Santo Inácio, Recife, PE, matrícula nº 57.637 junto ao 1º Cartório de Imóveis do Recife. Informam ainda, que tendo
falecido o Sr. Julio Machado Costa Filho, contra quem o gravame foi constituído, o seu Espólio realizou com a Sra. Maria de Fatima de Mendonça
Vasconcelos, ambos requerentes deste, contrato de novação de dívida (fls. 40/43), indicando assim, as partes o fim da referida indisponibilidade
do bem. Eis o relato. Decido. Observo que tratando o feito apenas de baixa na indisponibilidade de bem imóvel cuja ordem for expedida pelo Juízo
da 9ª Vara Cível da Capital, tendo o feito originário sido declinado a este Juízo, entendo, conforme o artigo 82, inciso II, alínea "a" do Código de
Organização Judiciária do Estado de Pernambuco, ser da competência deste Juízo julgar as questões contenciosas e administrativas referentes
a atos notariais e registros públicos, caso do processo em tela. Ademais, as partes a quem alude o gravame estão em harmonia, não existindo
polos contrários nesta demanda. Apresentados os documentos que ressalvam o cumprimento da obrigação pelo Espólio de Júlio Machado Costa
Filho, com o aceite da Sra. Maria de Fátima de Mendonça Vasconcelos do ora firmado, conforme contrato de novação de dívida (fls. 40/43),
entendo que não deve perdurar a indisponibilidade nº AV-4-57-637 constante do imóvel em questão, matrícula nº 57.637 junto ao 1º Cartório de
Imóveis do Recife. Desta forma, expeça-se mandado de averbação para o 1º Cartório de Imóveis do Recife para que se retire a indisponibilidade
nº AV-4-57-637 do bem situado na Avenida Boa Viagem, 2398, apto. 101, Edf. Santo Inácio, Recife, PE, matrícula nº 57.637. P.R.I. Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos. Cumpra-se. Recife, 04.12.2018.a) Juiz Alfredo Hermes Barbosa de Aguiar Neto.
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Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS e DESPACHOS prolatados nos autos
dos processos abaixo relacionados:
SENTENÇA (PARTE FINAL): Ex positis e considerando tudo mais que dos autos constam, extingo o presente feito, sem julgamento do mérito,
o que faço amparado no art. 485, III, da Lei Adjetiva Civil, ressalvando, contudo, que caso haja interesse das partes, o inventario terá o seu
regular andamento (arts. 656, 669 e 670, CPC), não havendo liberação de nenhum título, sem prévia intimação do representante da Fazenda
Pública. Transitado em julgado o presente feito, aguarde-se no arquivo o interesse das partes. P.R.I. Recife, 04 de dezembro de 2018.Andrea
Rose Borges Cartaxo. Juíza de Direito.
DESPACHOR. H.I - Tendo em vista o falecimento da inventariante, conforme certidão de óbito de fls. 72, bem como em razão do alegado às fls.
86, nomeio inventariante o requerente SÉRGIO JOAQUIM DA SILVEIRA, que prestará o compromisso de estilo no prazo de 05 (cinco) dias.II -
Após, remetam-se os autos à Fazenda Pública. Recife, 04 de dezembro de 2018.Andrea Rose Borges Cartaxo. Juíza de Direito.
DESPACHO: R. H.I - Quanto ao requerido às fls. 109/111, entendo não haver necessidade de transferência de valores para conta judicial, tendo
em vista que o presente feito encontra-se julgado e, portanto, em sua fase final, razão pela qual deixo de apreciar o constante às fls. 109/111.II -
Intime-se a inventariante para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se acerca da cota da Fazenda Pública constante 114.III - Após, remetam-
se os autos à Fazenda Pública.IV - Não havendo novos requerimentos por parte da Fazenda Pública, dê-se cumprimento à sentença de fls. 92/93.
Recife, 04 de dezembro de 2018.Andrea Rose Borges Cartaxo.Juíza de Direito.
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DESPACHO: R. Hoje. I - Intime-se a inventariante para, no prazo de 10 (dez) dias, acostar aos autos as certidões de propriedade atualizadas dos
imóveis objeto do pedido de alvará de fls. 88. II - Após, dê-se vista ao Representante da Fazenda Pública. Recife, 03 de dezembro de 2018.Andréa
Rose Borges Cartaxo Juíza de Direito.
DESPACHO: R. Hoje.Defiro o pedido de dilação do prazo, formulado às fls. 105, devendo o inventariante, no prazo de 10 (dez) dias, manifestar-
se acerca dos cálculos de fls. 98/100. Recife, 03 de dezembro de 2018.Andrea Rose Borges Cartaxo Juíza de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
DESPACHO: Habilite-se conforme solicitado às fls. 76.2. O pedido de alvará às fls. 88 será apreciado após o pagamento do ITCMD, junto à
SEFAZ/PE.3. Voltem os autos ao contador, atendendo a cota da Fazenda Pública de fls. 90, devendo o mesmo atualizar monetariamente os bens
do espólio e, após, proceder com a atualização dos cálculos de fls. 71/72. 4. Após o retorno dos autos do contador, intimem-se os interessados
para, no prazo comum de 05 (cinco) dias, falar sobre os cálculos, nos termos do artigo 638 do CPC. 5. Depois de cumpridas as exigências acima,
vistas à Fazenda Pública para se pronunciar quanto aos cálculos. Recife, 07/06/2017. Romão Ulisses Sampaio. Juiz de Direito.
DESPACHO : Revisitando o despacho de fls. 2.281, hei por bem, chamar o feito a ordem para intimar a inventariante e demais herdeiros, para,
no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestarem sobre o inteiro teor da petição de fls. 2.219/2.221.2. E em igual prazo, determino a intimação da
representante do menor Sérgio Tomaz Guerra, por meio de seu advogado, para se pronunciar sobre a petição de fls. 2.222/2.237 e documentos a
ela anexados, ficando o despacho acima mencionado, suspenso até ulterior deliberação. RECIFE, 28 de novembro de 2018. Maria Auri Alexandre
Ribeiro. Juíza de Direito.
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DESPACHO : Vieram-me os autos para apreciação dos pedidos formulados às fls. 1838/1839, pelos herdeiros Antônio Mardônio Magalhães
de Oliveira e José Maurício Magalhães de Oliveira no sentido de ser liberado a importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para cada um
dos herdeiros, pedido este reiterado por ocasião da audiência realizada em data de 22.11.2018, tendo os demais herdeiros concordado com o
pedido, conforme a ata da audiência às fls. 1974.2. Da análise dos autos, verifico que o ICD, custas e taxas, relativos a 1ª Sucessão, ou seja,
a da Sra. Walquíria Magalhães de Oliveira já foi quitado, bem como existem bens imóveis e valores monetários que garantem os interesses da
Fazenda Pública, no que se refere à 2ª Sucessão, razão pela qual defiro o pedido, para autorizar o levantamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais)
para todos os herdeiros necessários, como adiantamento do quinhão de cada um deles.3. Defiro também o levantamento da importância de R$
100.000,00 (cem mil reais), para a herdeira legatária, Isabel Otávia do Nascimento Lambert Meirelles, cujo valor deverá ser deduzido do quinhão
dos herdeiros Maria Magali Magalhães O. Roma e Francisco Marconi Magalhães, na proporção de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) de cada,
portanto, ao final, deverá ser deduzido do quinhão dos herdeiros mencionados o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) cada.4.
Outrossim, relativamente ao herdeiro Antônio Mardônio Magalhães de Oliveira, não obstante, haver notícia nos autos de um mandado de penhora
no valor de R$ 1.280.036,91 (um milhão, duzentos e oitenta mil, trinta e seis reais e noventa e um centavos), verifico que o seu quinhão hereditário
é superior ao valor da penhora determinada, razão porque não vislumbro óbice à liberação do valor de R$ 100.000,00, com requerido, devendo ser
observado, por ocasião da elaboração do formal de partilha e/ou qualquer outro título, a reserva do valor para o efetivo cumprimento da penhora.5.
No mais, intime-se o inventariante dativo para promover o recolhimento administrativo do ICD relativo à 2ª sucessão, bem como apresentar as
certidões de regularidade fiscal do espólio.6. Por fim, considerando o Decreto Estadual nº 44.903/2013, que determinou a transferência para conta
transitória de titularidade do Estado de Pernambuco de parte dos valores existentes nas contas judiciais, resolvo determinar que se oficie à Caixa
Econômica Federal para que proceda com a abertura de conta poupança vinculada ao processo em epígrafe, transferindo para tal conta todos
os valores existentes nas contas judiciais nº 2717.040.01527046-0, 2717.040.01542306-1 e 2717.040.01533910-9, bem como os eventualmente
transferidos para o Estado de Pernambuco para as contas transitórias. RECIFE, 03 de dezembro de 2018. Maria Auri Alexandre Ribeiro. Juíza
de Direito.
Eu, Juliana Soares de Brito de Araújo, Técnico Judiciário, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho:
Diante do certificado às fls. 29, Intime-se o advogado de fls. 22 para esclarecer o percentual a ser exonerado. Recife, 04/12/2018. Paulo Romero
de Sá Araújo. Juiz de Direito.
Sétima Vara de Família e Registro Civil da Capital
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
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Representante: G. N. da S.
Advogado: PE006368 - Cleideci Maria Pessôa de Araújo
Executado: P. A. P. B.
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte por longo período. Vejo dispensável a sua intimação para promover o impulso, ante a previsão contida no §7º do art. 485 do CPC,
que autoriza o juiz a retratar-se no prazo de cinco dias acaso interposta apelação da sentença extintiva. Ante o exposto, prestigiando os princípios
da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito. Intime-se a
parte autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constate nos autos, além de seu patrono por publicação
ou Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, pronunciando-se sobre a
justificativa do executado e promovendo a juntada de demonstrativo discriminado e atualizado da dívida, sob pena de arquivamento. Manifestado
o interesse e suprida a falta, fica de logo revogada a presente sentença, dando-se vista ao MP.Sem custas.R.I.P.Recife, 17 de fevereiro de
2017.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: A parte autora pleiteia a decretação do divórcio. A parte ré, pessoalmente citada, deixou transcorrer o prazo de resposta
sem se manifestar, ensejando sua revelia e o julgamento antecipado do mérito (art. 355 do CPC). Ante o exposto, com fulcro no art. 226, §6º da
CF, decreto Divórcio do casal. Sem partilha ante a inexistência de bens conhecidos. Não há alterações no nome, ante a falta de manifestação da
interessada (art. 1.578, §2° do CC). Caso deseje, poderá manifestar tal desejo até a expedição do mandado. Com o trânsito em julgado, expeça-
se o mandado de averbação.Sem custas.R.I.P.Recife, 05 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte por longo período. Vejo dispensável a sua intimação para promover o impulso, ante a previsão contida no §7º do art. 485 do CPC, que
autoriza o juiz a retratar-se no prazo de cinco dias acaso interposta apelação contra sentença extintiva. Ante o exposto, prestigiando os princípios
da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito. Intime-se a parte
autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constate nos autos, além de seu patrono por publicação ou
Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, sob pena de arquivamento.
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Manifestado o interesse e suprida a falta, cumpra-se o despacho de fls. 92, promovendo a citação. Sem custas. R.I.P. Recife, 05 de novembro
de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
Ante o exposto, prestigiando os princípios da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo
sem resolução do mérito. Intime-se a parte autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constate nos autos,
além de seu patrono por publicação ou Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento
do feito, sob pena de arquivamento. Manifestado o interesse e suprida a falta, fica de logo revogada a presente sentença, juntando memória
discriminada de cálculos e aquilo que entender cabível.Sem custas.R.I.P.Recife, 05 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ
DE DIREITO
É o relatório, decido: A requerente veio a juízo em busca do reconhecimento de união estável, post mortem, assegurando ter convivido
maritalmente com W J D, no período de 1979, quando "estabeleceu relação amorosa", fixou residência em comum e, em 24.01.1980 tiveram a
filha C M D T. Que desde setembro de 1996 operam conjuntamente a mesma conta bancaria, perante a CEF e é referenciada na declaração do IR,
daquele, como companheira, fixaram residência em dois endereços consecutivos, Av. Conselheiro Aguiar, 855, apto. 101 e Rua Cônego Romeu,
373, apto. 1402, ambos em Boa Viagem, Recife/PE. Que o acompanhou em tratamentos hospitalares e, quando do seu falecimento, assumiu os
procedimentos funerários. Citados a viúva civil e os dois filhos com esta gerados, D e D, a primeira e a filha D ofereceram contestação na qual, em
resumo, asseguram que tal relacionamento configurou concubinato, não havendo que se falar em união estável por tratar-se de relação adulterina
e que o de cujus nunca pensou em se desvincular do lar matrimonial, numa nítida transparência de manutenção do casamento. O comparecimento
posterior do filho, D, fls. 218/219, em contestação, reiterou a argumentação apresentada por sua genitora, aqui já resumida. A prova colhida em
audiência, com os depoimentos da requerente, do seu enteado, D S D, co-requerido, e das testemunhas constantes do termo é no sentido de que
a requerente manteve longa convivência marital com o de cujus, a qual se prolongou até o óbito deste, havendo inclusive a geração da filha C, que
ocorreu em 24.01.1980 (doc. 16). Embora a requerente assegure que ao iniciarem a convivência, o companheiro já estivesse separado de fato
da esposa civil, tal não restou devidamente comprovado, entretanto momento houve em que o mesmo tomou a iniciativa da separação de fato e
assumiu plena convivência com a requerente. Extrai-se do acurado parecer do MP, fls. 295/295v, (...) "no tocante à prova testemunhal, frise-se que
esta corroborou as assertivas da exordial, inclusive com a oitiva do demandado, D S D (fls.26, verso). De fato, apesar do mesmo ter asseverado
que seu pai só abandonou a primeira esposa em meados dos anos 80 deve prevalecer a ideia de que esse fato ocorreu no início daquela década,
mormente quando se confronta a informação por ele prestada de que o mesmo tinha 22 anos quando a separação fática ocorreu. Ora, ao se
confrontar esta assertiva com o documento de fls. 95, depreende-se ter ocorrido no ano de 1980, quando ele contava com 22 anos de idade".
Considerando, deste modo, farta prova documental e o substrato da prova deponencial comentada, conclui-se que a relação de convivência
marital da requerente com o de cujus, teve em seu primeiro momento a característica de união concumbinária, caraterística esta que deixou de
subsistir quando o de cujus deixou a convivência de fato com a esposa civil e assumiu, com exclusividade a coabitação com a requerente. Este
período remanescente, do ano de 1980 até o seu falecimento, em 24.01.2015, configurou União Estável, nos termos do que dispõe o art. 1.723 do
CC: "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, continua e duradoura
e estabelecida com o objetivo de constituição de família". Por todo o exposto julgo procedente o pedido, extinguindo o processo com resolução
do mérito, na forma do art. 487, I do CPC, para declarar a ocorrência histórica da união estável no período compreendido entre o ano de 1980
até 24.01.2015, data do óbito do companheiro. Com o trânsito em julgado, expeça-se Mandado de Registro. Oportunamente desentranhem-se
as mídias de fls. 193, devolvendo-as a parte que as juntou, certificando-se a respeito. Processo excluído da ordem cronológica de conclusão com
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
fundamento no art. 12, § 2º, VII, do CPC. Estando os requeridos sob os benefícios da gratuidade, deixo de condená-los (aos remanescentes) nas
verbas sucumbenciais. Custas satisfeitas.R.I.P.Recife, 19 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte por longo período. Vejo dispensável a sua intimação para promover o impulso, ante a previsão contida no §7º do art. 485 do CPC, que
autoriza o juiz a retratar-se no prazo de cinco dias acaso interposta apelação contra sentença extintiva. Ante o exposto, prestigiando os princípios
da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito. Intime-se a parte
autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constate nos autos, além de seu patrono por publicação ou
Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, sob pena de arquivamento.
Manifestado o interesse e suprida a falta, fica de logo revogada a presente sentença, cumpra-se o despacho de fls. 52.Sem custas.R.I.P.Recife,
22 de março de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cuida-se de Ação de Investigação de paternidade proposta pela autora, contra o investigado, sob a alegação de que
sua genitora manteve relacionamento amoroso com o investigado ao tempo da concepção, contudo o investigado se recusa a reconhecer a
sua paternidade. O argumento do réu, de dúvida quanto a apontada paternidade, restou vazio, quando o próprio admitiu em contestação ter
mantido o relacionamento amoroso com a mãe da investigante. Assim, revestiu-se de mais uma das infinitas injustas recusas, da negação da
responsabilidade ante a filha gerada, o que restou evidenciado no exame de DNA que, às fls. 37/40, assegura, com a precisão cientifica que lhe
é característica, a paternidade biológica cobrada. Em face do exposto, com fundamento no art. 1.616 do Código Civil, julgo procedente o pedido
para que produza seus jurídicos e legais efeitos. Em consequência, declaro como genitor de M R P B o investigado, M B DA S, fazendo-se constar
do registro de nascimento da investigante o nome de seus avós paternos (fls. 21) e mudança do patronímico, acaso e conforme requerido até
expedição do mandado de averbação. Após o trânsito em julgado, expeça-se mandado de averbação ao Cartório de Registro Civil competente.
Sem verbas sucumbenciais.Sem custas.R.I.P.Recife, 19 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
Sétima Vara de Família e Registro Civil da Capital
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Réu: D. MC I.
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
É o relatório, decido: A autora veio pleitear a busca e apreensão da filha E. ao argumento de que fora subtraída da guarda fática então exercida
unilateralmente, após separação fática entre os genitores, quando os dois filhos precedentes optaram em acompanhar o pai, na saída deste do lar
comum. Foi denegada a liminar pretendida, já que a ambos cabia essa guarda, inerente ao poder familiar. O estudo psicossocial mencionado é
apenas parcial, tendo ouvido apenas a requerente que deixou evidenciado o exaurimento da relação marital e que posteriormente a filha menor foi
levada para a companhia do genitor e desde então não vinha tendo acesso à casa da mesma. Pelo doc. de fls. 08 a referida filha conta atualmente
com doze anos, coincidentemente aniversariando nesta data, tornando-se adolescente e podendo exercer a opção da convivência com qualquer
dos separados pais. Resta, deste modo, como objeto do litígio apenas o interesse da autora na convivência de visitação, com o que já manifestara
em sua réplica de fls. 67/69. Ante o exposto, vejo perdido o objeto do pedido originário, ao tempo em que concluo como salutar a proposta de
ambos os contendores na manutenção da guarda compartilhada da filha E., com residência com o genitor varão, cabendo à requerente a visitação
na forma seguinte: 1 - Terá a filha em sua companhia, em finais de semana alternados, buscando-a na escola ao largar das aulas, na sexta-feira,
devolvendo-a ao genitor até às 20h do domingo; 2 - Nas férias de julho, ficará com a mesma na primeira quinzena; 3 - Nas férias de final/início de
ano, terá a filha nos primeiros 45 dias, de 01 de dezembro a 15 de janeiro; 4 - Nas datas comemorativas dos dias dos pais e das mães a menor
ficará com cada respectivo genitor; 5 - Nas datas de aniversário da filha, à falta de melhor combinação, ficará a mesma na companhia da mãe
até às 14h e, após isso, na companhia do pai, invertendo-se no ano seguinte. Assim fica o presente feito extinto com resolução do mérito com
fundamento no art. 487, III, "b".Sem custas.P.I.R.Recife, 16 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Fato superveniente, o implemento da maioridade civil do então menor, ocorrido no dia 26 do mês pretérito, fez desaparecer
o objeto do pedido, razão pela qual extingo o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VI, segunda figura do CPC.Sem
custas.P.I.R.Recife, 16 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte por longo período. Vejo dispensável a sua intimação para promover o impulso, ante a previsão contida no §7º do art. 485 do CPC,
que autoriza o juiz a retratar-se no prazo de cinco dias acaso interposta apelação contra sentença extintiva. Ante o exposto, prestigiando os
princípios da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito. Intime-
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se a parte autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constante nos autos, além de seu patrono por
publicação ou Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, sob pena de
trânsito em julgado formal da presente sentença e consequente arquivamento definitivo dos autos. Manifestado o interesse e suprida a falta,
fica de logo revogada a presente sentença. Intime-se também o Ministério Público.Sem custas.R.I.P.Recife, 05 de novembro de 2018.PAULO
ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: A transação atende aos interesses dos envolvidos e não contravém disposição legal e, assim sendo, homologo por
sentença para que surta seus jurídicos efeitos, extinguindo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, III, 'b', do CPC. Sem
custas.R.I.P.Recife, 05 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte por longo período. Vejo dispensável a sua intimação para promover o impulso, ante a previsão contida no §7º do art. 485 do CPC, que
autoriza o juiz a retratar-se no prazo de cinco dias acaso interposta apelação contra sentença extintiva. Ante o exposto, prestigiando os princípios
da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito. Intime-se a parte
autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constate nos autos, além de seu patrono por publicação ou
Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, sob pena de arquivamento.
Manifestado o interesse e suprida a falta, fica de logo revogada a presente sentença.Sem custas.R.I.P.Recife, 05 de novembro de 2018.PAULO
ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: O presente feito foi distribuído em 10.05.2011, ao tempo em que a menor, objeto da disputa, contava com cerca de 4 anos e
cinco meses de idade, e desde então o autor tem se deparado com destemperada resistência da ex- companheira, a ré, em ter acesso à filha. Da
síntese da sua defesa emerge que "tem receios que o requerente se utilize da filha como vingança" e, logo em seguida complementa, "apesar de
não resistir quanto ao direito de visitas, requer tão somente a regulamentação de forma gradativa, impedindo as pernoites inicialmente". Desde
as primeiras tratativas, em prol de uma conciliação, como as registradas no termo de audiência de fls. 18, a ré tem demonstrado resistência ao
convívio da filha com o genitor, como que a demonstrar ser objeto de propriedade exclusiva, quando sabia tratar-se de bem que não comporta tal
presunção, ou seja, os pais não detém propriedade de filho menor, apenas lhes compete a guarda, o zelo, o melhor do amparo, como elementos
necessários ao seu crescimento físico e intelectual, para o que primordialmente exsurge o afeto como o mais importantes desses elementos.
Tal resistência pôde ser registrada, inclusive quando da intermediação do centro psicossocial para a determinada realização de estudo, quando
resolveu contra-atacar representando administrativamente perante vários órgãos, incluindo Corregedoria do TJPE e Conselho de Psicologia,
como narrado às fls. 50/51 e 53, ou seja, achando insuficiente o injusto combate ante o ex-companheiro, que apenas desejava o acesso à filha,
passou a combater contra os profissionais desse eficiente órgão, CAP, como aqui mencionado. Mudou de endereço, não comunicando nos autos,
tornou-se escorregadia ao chamamento dos demais atos do processo, de modo que o próprio autor quedou-se desmotivado em continuar com
o seu justo propósito, como registrado na peça de fls. 47/49, quando a assistente social subscritora, ali relata que "reconhece que não há razoes
para o impedimento da senhora S. quanto à visitas a sua filha M. N., porém preocupa-se com as atitudes da ex-companheira, que em sua opinião
não mede consequências para conseguir suas intenções de mantê-lo afastado. Pensa que tem uma carreira e um nome a zelar e não pretende
ver-se envolvido em acusações apenas com o intuito de prejudica-lo. Acredita que sua filha vai crescer e poderá decidir se deve procura-lo ou
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não. Entristece-se com o fato ser excluído da vida da filha por conta da decisão da Sra. S., no entanto prefere não dar prosseguimento a essa
situação." O temperamento da ré é objeto do depoimento da sua genitora, quando ouvida neste juízo, fls. 139/140, Sra. J. L. dos S.: "(...) que é
verdadeiro que a sua filha já teve com a depoente desentendimento ao ponto daquela prestar queixa contra a depoente na Delegacia de Vasco
da Gama; que a depoente não se recorda o motivo dessa queixa, acreditando que possa ter sido uma reclamação porque a depoente não estava
cuidando de um irmão, J., o qual tem problemas mentais, sendo beneficiário de pensão por morte do genitor; que ao tempo da convivência do
autor com a ré, a depoente não tomara ciência de alguma conduta reprovável do então genro, apenas sabia que "arengavam" mas não soube
de agressão física entre ambos. Que a filha da depoente, a ré, sabia que a depoente estava vindo para esta audiência, tendo comentado que
não viria porque não foi intimada. O objeto desta demanda é a regulamentação de visitas, o que pressupõe resistência à pretensão do genitor,
em visitar a filha, para o que todos os elementos de prova dos autos são eficientes e vêm ao amparo do pleito ora em apreciação final de mérito.
A mencionada filha conta atualmente com 12 anos incompletos, prestes a ocorrer em primeiro de dezembro vindouro, sendo de presumir-se o
quanto tem sido prejudicada quando sua mãe, egoisticamente, arroga-se ao poder absoluto da sua guarda de fato, esquivando-se de fazer uso da
razão para com isso compreender o alcance desse mal, sonegando à filha o direito de conviver com o pai e com respectiva família. Isso configura,
sem qualquer dúvida, alienação parental, como bem observado pela Douta Rep. Do MP em seu pronunciamento de fls. 166/170, quando citando
trechos de artigo de revista do IBDFAM, transcreve: "...A alienação parental relaciona-se com o processo desencadeado pelo progenitor que
intenta arredar o outro genitor da vida do filho. Essa conduta - quando ainda não dá lugar à instalação da síndrome - é reversível e permite - com o
concurso de terapia e auxílio do poder judiciário - o reestabelecimento das relações com o genitor preterido. Já a síndrome, segundo estatísticas
divulgadas por Darnall, somente cede durante a infância em 5% dos casos." Por todo o exposto, e sobretudo pela farta prova residente nos autos,
julgo procedente o pedido, deferindo ao autor o direito de visitação à filha, M N S B, na forma seguinte: 1 - Terá a filha em sua companhia, em
finais de semana alternados, buscando-a no sábado, às 8h, com pernoite, devolvendo-a no domingo imediato até às 20h; 2 - Poderá visita-la
tantas quanto forem necessárias, na escola, atentando-se para não atrapalhar as respectivas atividades escolares; 3 - Terá a mesma em metade
de cada período de férias escolares (janeiro e julho), começando com a primeira quinzena do mês de janeiro do ano vindouro, alternando-se
nos seguintes, podendo com a mesma viajar, exceto para o exterior, caso em que dependerá de anuência da genitora; 4 - As festividades de
Natal e Ano Novo, serão alternadas com cada genitor, ano a ano, nos próximos, o Natal será com o requerente, o genitor varão, enquanto o
ano novo será com a genitora; 5 - Nas datas comemorativas dos dias dos pais e das mães a menor ficará com cada respectivo genitor; 6 - Nas
datas de aniversário da filha, à falta de melhor combinação, ficará a mesma na companhia da mãe até às 14h e, após isso, na companhia do
pai, invertendo-se no ano seguinte. 7 - Nos aniversários dos pais, cada qual terá "prioritariamente" a companhia da filha; Nos termos do art. 2º,
p. único, inciso III, da Lei 12.318 de 2010, declaro a ocorrência de alienação parental, da ré, em relação à filha e, deste modo com base no seu
art. 6º e incisos, estipulo multa no valor que fixo em "meio salário mínimo", para cada ocorrência de negação ou supressão, por qualquer ato
ou meio, ao exercício da visitação ora estabelecida, advertida a ré de que, a comprovação desse fato por 3 (três) vezes consecutivas, implicará
na reversão da guarda, podendo ser na forma exclusiva, em favor do pai, para o que poderá ser deferida a medida de busca e apreensão, sem
prejuízo da responsabilização penal na forma do art. 236 da Lei 8.069/90. Assim, fica o presente feito extinto com resolução do mérito na forma
do art. 487, I, do CPC. Deixo de condenar a ré nas verbas sucumbenciais, face ao benefício da gratuidade postulado na peça de defesa.Sem
custas.P.I.R.Recife, 16 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
Sétima Vara de Família e Registro Civil da Capital
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte. Ante o exposto, com fundamento no art. 485, III do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito.Sem custas.R.I.P.Recife, 05
de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
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É o relatório, decido: Cuida-se de Ação de Investigação de paternidade proposta pela autora, contra o investigado, sob a alegação de que sua
genitora manteve relacionamento amoroso com o investigado ao tempo da concepção, contudo o investigado se recusa a reconhecer a sua
paternidade. O argumento do réu, de dúvida quanto a apontada paternidade, restou insuficiente, quando alega em contestação não ter tido
qualquer relação sexual com a genitora do menor, e que apenas "em uma única noite após dançarem em um bar, trocaram beijos e carícias,
porém nada suficiente para gerar uma criança (...)". Ouvido em audiência, o requerido confirma ter mantido relacionamento amoroso com a mãe
do investigante, com relações sexuais apenas uma vez. A prova testemunhal é unânime ao afirmar que, de fato, a genitora do autor era vista na
companhia do requerido e que com ele manteve um breve relacionamento à época da concepção do menor. O exame de DNA não foi realizado em
razão da ausência injustificada do demandado, o qual foi advertido que o não comparecimento ao referido exame poderia acarretar a presunção
da paternidade. Observa-se do não comparecimento espontâneo do réu ao exame de DNA, que o demandado procurou dificultar a produção
da prova pericial, decorrendo desta recusa injustificada um forte indício de sua paternidade, entendimento corroborado pelo teor da Súmula nº
301 do STJ, que estabelece: "Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum
de paternidade." A recusa injustificada do requerido em submeter-se ao exame de DNA, somada à prova testemunhal produzida no processo
demonstram que a paternidade do autor deve ser atribuída ao investigado. Em face do exposto, com fundamento no art. 1.616 do Código Civil e
na súmula 301 do STJ, julgo procedente o pedido para que produza seus jurídicos e legais efeitos. Em consequência, declaro como genitor de M
G de O o investigado, A D B, fazendo-se constar do registro de nascimento do investigante o nome de seus avós paternos (fls. 20) e mudança do
patronímico, acaso e conforme requerido até expedição do mandado de averbação. À luz do art. 7º da lei 8.560/92, condeno o réu ao pagamento
de uma pensão alimentícia, a ser repassada por qualquer meio idôneo e comprovável, em valor correspondente a 20% (vinte por cento) de seus
rendimentos brutos, deduzidos os descontos obrigatórios, incidindo sobre verbas de comissões, 13º salário, terço de férias, verbas rescisórias
e seguro desemprego, devidos a partir da data da citação. Em caso de atividade informal, a base de incidência será o valor do salário mínimo.
A fixação impõe-se tendo em vista a condição sócio-econômica das partes. Com o trânsito em julgado, expeça-se o Mandado de Averbação.
Sempre que pertinente, oficie-se à fonte pagadora. Sem verbas sucumbenciais, diante da gratuidade concedida.Sem custas.R.I.P.Recife, 27 de
novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
É o relatório, decido: Cabe à parte autora impulsionar o feito, já que principal interessada no pronunciamento jurisdicional. No presente caso,
restou inerte por longo período. Vejo dispensável a sua intimação para promover o impulso, ante a previsão contida no §7º do art. 485 do CPC, que
autoriza o juiz a retratar-se no prazo de cinco dias acaso interposta apelação contra sentença extintiva. Ante o exposto, prestigiando os princípios
da economia e da eficiência processual, com fundamento no art. 485, III, do CPC, extingo o processo sem resolução do mérito. Intime-se a parte
autora pessoalmente por mandado, presumindo-se válida a intimação no endereço constate nos autos, além de seu patrono por publicação ou
Defensor Público pessoalmente, para que, no prazo de 15 dias, manifeste interesse no prosseguimento do feito, sob pena de arquivamento.
Manifestado o interesse e suprida a falta, fica de logo revogada a presente sentença, juntando memória atualizada e discriminada de cálculos para
cumprimento do despacho de fls. 34l.Sem custas.R.I.P.Recife, 05 de novembro de 2018.PAULO ROMERO DE SÁ ARAÚJOJUIZ DE DIREITO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITALPROC. Nº 0054696-18.2012.8.17.0001. Assente no processo que devidamente intimadas
as exequentes para se pronunciarem sobre a quitação da dívida excutida, quedaram-se silentes, assim resultando daquele fato processual
demonstrado que satisfeita a obrigação pelo pagamento da dívida, pelo que nos termos dos arts. 771 e 487, inc. I c/c os arts. 924, inc. II e 925,
do C.P.C, julgo procedente o pedido declarando extinto o processo com resolução do mérito.Sem custas, ex lege.P.R.I.Recife, 28 de novembro
de 2018.ROSALVO MAIA SOARESJuiz de Direito
8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITALPROC. N.º 0619246-19.1999.8.17.0001. Isto posto, pelo que dos autos do processo
consta e nos termos do art. 485, caput e inc. IV, do Código de Processo Civil declaro extinto o processo sem resolução do mérito determinando
o arquivamento dos autos. Sem custas, ex lege. P. R. I. Recife, 28 de novembro de 2018. ROSALVO MAIA SOARES Juiz de Direito.
8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITAL PROC. N.º 0071660-18.2014.2015.8.17.0001. Ante o exposto e pelo que dos autos do
processo consta, nos termos do art. 485, caput, inc. VI c/c o art. 354, do Código de Processo Civil, declaro extinto o processo sem resolução
do mérito determinando o arquivamento dos autos. Sem custas, ex lege. P. R. I.Recife, 28 de novembro de 2018.ROSALVO MAIA SOARES
Juiz de Direito
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8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITAL PROC. N.º 0060466-35.2011. 8.17.0001. Isto posto, pelo que dos autos do processo
consta e nos termos do art. 485, caput e inc. IV, do Código de Processo Civil declaro extinto o processo sem resolução do mérito determinando
o arquivamento dos autos. Sem custas, ex lege. P. R. I. Recife, 28 de novembro de 2018.ROSALVO MAIA SOARES Juiz de Direito
8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITALPROC. Nº 0043779-32.2015.8.17.0001 Isto posto como fundamento, ante a prova
documental assente no processo, nos termos do art. 487, inc. I, do Código de Processo Civil c/c o § 4º do art. 109 da Lei Nº 6.015/73 (LRP)
julgo PROCEDENTE o pedido determinando expedir-se mandado ao Cartório de Registro Civil do 6º Distrito Judiciário desta Comarca para que
seja retificado o assento de óbito sob o nº 33306, às fls. 262-b do Livro 26 respectivo, de Walter Teixeira Neves, no assento registral incluindo-
se o nome do requerente, CARLOS ALBERTO DA SILVA NEVES, como filho do falecido. Sem custas, ex lege. P. R. I.Recife, 27 de novembro
de 2018.ROSALVO MAIA SOARES Juiz de Direito
8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITAL PROC. N.º 0040867-96.2014.8.17.0001. Ante o exposto frente o procedimentalizado no
processo, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL nos termos do art. 330, caput e inc. IV do CPC, declarando extinto o processo sem resolução do mérito
ex art. 485, caput e inc. I c/c o art. 354, do Código de Processo Civil. Sem custas, ex lege. P. R. I.Recife, 28 de novembro de 2018.ROSALVO
MAIA SOARES Juiz de Direito Juiz de Direito
8ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITALPROC. N.º 0008121-15.2013.8.17.0001. Assente no processo que devidamente intimada
a exequente para se pronunciar sobre a quitação da dívida excutida, quedou-se inerte, assim resultando daquele fato processual demonstrado
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que satisfeita a obrigação pelo pagamento da dívida, nos termos dos arts. 771 e 487, inc. I c/c os arts. 924, inc. II e 925, do C.P.C, julgo procedente
o pedido declarando extinto o processo com resolução do mérito. Sem custas, ex lege. P. R. I. Recife, 28 de novembro de 2018. ROSALVO
MAIA SOARES Juiz de Direito
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A Doutora ANA PAULA PINHEIRO BANDEIRA DUARTE VIEIRA , Juíza de Direito, em virtude da lei, etc. FAZ SABER a todos quantos
o presente edital virem, ou dele tiverem notícias e a quem interessar possa que por este Juízo e secretaria situados à Av. Desembargador
Rodolfo Aureliano, s/n, Ilha Joana Bezerra, telefone 31810037, tramitam os autos da AÇÃO DE INTERDIÇÃO nº 0006385-59.2013.8.17.0001
, na qual FREDERICO DOS SANTOS, RG 8.071.887 SDS-PE, CPF 015.554.121-24, foi declarado por sentença proferida nestes autos em
27/09/2018, RELATIVAMENTE INCAPAZ para os atos da vida civil, por ser portador de Retardo Mental não especificado e Transtorno Mental
Orgânico compromete sobremaneira o seu discernimento permanentemente, o que a impossibilita de exercer, pessoalmente, os atos da vida
civil, concluindo, então, pela sua incapacidade absoluta e permanente. , sendo-lhe nomeada curadora, o Sr. ROGÉRIO VIEIRA LESSA , CPF
333.474.924-04 conforme sentença: “ Ante o exposto, à vista da fundamentação ora expendida e que passa a fazer parte integrante deste
decisum julgo PROCEDENTE EM PARTE o pedido declinado na exordial, e, DECRETO A INTERDIÇÃO de FREDERICO DOS SANTOS ,
declarando-o RELATIVAMENTE INCAPAZ de exercer, pessoalmente, os atos da vida civil, na forma do que dispõem os artigos 4º, III e 1.767,
I, ambos do Código Civil, nomeando-lhe como curador, o Sr. ROGÉRIO VIEIRA LESSA , conforme ventila o art. 1.767, do Código Civil, devendo
o curador nomeado prestar o compromisso, e prestar contas anualmente na forma da lei (artigo 84, §4º, Lei 13.146 1 ). Os poderes conferidos
à curadora aqui nomeado são amplos, sendo-lhe permitido, em nome da parte deficiente, sem a presença desta, praticar atos perante quaisquer
repartições públicas ou privadas, podendo ainda praticar em nome do curatelado todos os atos jurídicos necessários à preservação dos interesses
desta, observados os artigos 1.748 e 1.749 combinados com o artigo 1.774, todos do Código Civil. Não poderá a curatelada, sem curador, e sem
autorização judicial, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar. Sem a assistência do curador nomeado, o curatelado apenas poderá
ingressar em Juízo para levantar/alterar os termos de sua própria interdição (artigo 114, lei 13.146/2015). Em obediência ao disposto no art.
755, §3º, e 98, §1º, III, do Código de Processo Civil, inscreva-se a presente decisão no Registro Civil, mediante Mandado de Averbação, bem
como publique-se no Órgão Oficial por três vezes, com intervalo de dez dias, constando os nomes da parte Curatelada e da Curadora, a causa
e os limites da Curatela, devendo este ser intimado em seguida para prestar o compromisso legal em 05 (cinco) dias (artigo 759 do Código de
Processo Civil). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Recife, 27 de setembro 2018.Ana Paula Pinheiro Bandeira Duarte Vieira-Juíza de Direito.
RECIFE, 05 de Dezembro 2018 . Eu__, Maria Bernadete Cruz de Moura, Chefe de Secretaria, digitei e assino. Ana Paula Pinheiro Bandeira
Duarte Vieira-Juíza de Direito.
EDITAL DE CITAÇÃO
PRAZO: 20 Dias
A Doutora ANA PAULA PINHEIRO BANDEIRA DUARTE VIEIRA , Juíza de Direito, em virtude da lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o
presente edital virem, ou dele tiverem notícias e a quem interessar possa que por este Juízo e secretaria situados à Av. Desembargador Rodolfo
Aureliano, s/n, Ilha Joana Bezerra, telefone 31810037, tramitam os autos da AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS tombado sob o nº
0066340-50.2015.8.17.0001 , proposta por J.G.da S. em face de Raquel Ribeiro de Lima Silva, Rafaela Ribeiro de Lima Silva e Raqueline Ribeiro
de Lima Silva, ficando desde já CITADAS RAQUEL RIBEIRO DE LIMA SILVA, RAFAELA RIBEIRO DE LIMA SILVA e RAQUELINE RIBEIRO
DE LIMA SILVA, filhas de José Galdino da Silva e Vera Lúcia Ribeiro de Lima Silva para, querendo, apresentar contestação, no prazo de
15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte ao do término do prazo do edital, sob pena de não o fazendo se presumirem aceitos como
verdadeiros os fatos alegados pela autora (2ª parte do art.285 do CPC) nos autos da ação acima citada. E para que se chegue a notícia ao
conhecimento de todos, é este edital publicado na forma da lei e afixado no lugar de costume. E para que se chegue a notícia ao conhecimento
de todos, é este edital publicado na forma da lei e afixado no lugar de costume. Recife, 05 de dezembro de 2018. Eu______, Maria Bernadete
Cruz de Moura- Chefe de Secretaria, digitei e assino.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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FAZ SABER a(o) WELLINGTON JOSÉ DOS SANTOS JÚNIOR, brasileiro, natural de Recife – PE, Nascido em 24/08/1995, RG nº
9.372.512 – SDS/PE, filho de Wellington José dos Santos e Jôze Celina de Oliveira , o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste
Juízo de Direito, situado no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano na Avenida Desembargador Guerra Barreto, s/nº, Ilha de Joana Bezerra,
Recife/PE , tramita a Ação Penal de Competência do Júri , sob o nº 0014942-64.2015.8.17.0001.
Assim, fica o mesmo CITADO sobre o ADITAMENTO À DENÚNCIA, querendo, apresentar resposta no prazo de 10 dias contados
do transcurso deste edital, conforme o art. 396, do CPP.
“ADITAMENTO À DENÚNCIA, para acrescentar as qualificadoras do art. 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal, pelos fundamentos a seguir
expostos:
De acordo com o que restou apurado, a vítima e o acusado Ivson pactuaram uma aposta sobre um jogo de futebol. Tendo o ofendido perdido a
disputa, o referido denunciado foi cobrar a dívida, gerando uma discussão que chegou inclusive, às vias de fato.
Após a referida discussão, a vítima foi para frente de sua casa, e, estando de “costas para a rua”, foi surpreendida pela chegada dos acusados.
Consta dos autos que os denunciados se aproximaram em uma moto pilotada pelo denunciado Wellington, e, sem dar qualquer chance de defesa,
tentaram ceifar-lhe a vida, mediante disparos de arma de fogo.
Dado o exposto, pelos fatos e circunstâncias acima levantados, encontram-se IVSON ALEX RODRIGUES VIEIRA e WELLINGTON JOSÉ DOS
SANTOS JÚNIOR incursos nas penas do artigo 121, § 2º, incisos II e IV, c/c art. 14, II, e art. 29, todos do Código Penal Brasileiro.”
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, CFSS , o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de
Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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O Doutor Jorge Luiz dos Santos Henriques, Juiz de Direito, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a(o) LUIZ ALBERTO DOS SANTOS, vulgo “Baiano”, brasileiro, natural de Esplanada/Bahia, nascido aos 02/05/1968,
casado, filho de João Batista da Silva e Edivânia dos Santos, o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito,
tramita a ação penal, sob o nº 0076252-91.2003.8.17.0001. Assim, fica o mesmo INTIMADO da decisão de pronúncia, proferida na Ação Penal
Nº 0076252-91.2003.8.17.0001 proposta pelo Ministério Público.
“Sentença
Vistos etc...
LUIZ ALBERTO DOS SANTOS, vulgo “Baiano”, brasileiro, natural de Esplanada/Bahia, nascido aos 02/05/1968, casado, filho de João Batista da
Silva e Edivânia dos Santos, atualmente recolhido na Casa de Detenção de Aracaju, Sergipe, foi denunciado, perante este Juízo, pela prática
do ato a seguir transcrito:
“No dia 16 de agosto de 2002, por volta das 5hs, na Av. São Paulo, nº 515, Jardim São Paulo, nesta cidade, o denunciado atingiu o Sr. SEBASTIÃO
DE OLIVEIRA ARAÚJO com cinco disparos de arma de fogo, ocasião em que o seu revólver descarregou, passando, assim, a atingi-lo com
coronhadas, causando-lhe diversos ferimentos, conforme se verifica na perícia traumatológica de fls. 34, conseguindo a vítima ainda reagir a
seus golpes, evadindo-se o denunciado em seguida do local, deixando cair a arma do crime.
A vítima, na referida ocasião, foi abordada pelo denunciado no momento em que saia para trabalhar, momento em que o denunciado começou
a atirar contra sua pessoa, esvaziando o tambor do revólver que utilizou no crime, passando em seguida a feri-lo dando coronhadas na cabeça
da vítima, que resistiu aos golpes, fazendo-lhe evadir-se do local. A vítima foi socorrida por seus familiares que o levaram ao Hospital Pan de
Areias, e posteriormente removido para o Hospital da Restauração.”
Em face disso, o incriminado, o Sr. Luiz Alberto dos Santos, foi dado como infrator do art. 121, § 2º, inciso I c/c art. 14, inciso II do Código Penal,
combinado ainda com a Lei nº 8.072/90.
O inquérito policial nº 098/03 foi instaurado por portaria expedida em 04 de setembro de 2002, onde constam também auto de apresentação
e apreensão (fl. 14), perícia traumatológica (fls. 42/42v.), declarações de testemunhas e da vítima (fls. 13, 15-21) e outros documentos, tendo
sido observadas as formalidades legais.
Oferecida a denúncia, foi recebida (fl. 63), onde foi ordenada a expedição de Carta Precatória ao Juízo de Direito da Comarca de Aracaju, Sergipe,
a fim de que se procedesse à citação e interrogatório do acusado.
Folha de antecedentes criminais (fl. 70, 91-94).
Carta Precatória (fls. 71/89), onde consta o termo de interrogatório (fls. 85/87).
Defesa prévia (fl. 90), deixando a defensoria de apresentar o rol de testemunhas uma vez que o acusado, ouvido através de carta precatória,
encontra-se preso na cidade de São Cristóvão, Sergipe.
Iniciada a instrução criminal, foram colhidos os depoimentos das testemunhas arroladas quando da denúncia (fls. 98-101).
Ultimada a instrução criminal, o representante ministerial lançou alegações finais que tomaram as fls. 106/107, onde reclama a pronúncia do
denunciado para submetê-lo ao Júri Popular.
A defesa, em sede de alegações finais (fl. 109), reservou-se para apresentar sua tese quando do julgamento pelo tribunal do Júri, ressalvando
que o que àquela ocasião se requeria não deveria ser interpretado em prejuízo do acusado.
É o relatório. Decido.
A pronúncia, como é sabido, constitui mero juízo de admissibilidade da ação. Na palavra de Adriano Marrey, tem o juiz a precípua função de
verificar a existência do fumus boni iuris que justifique o julgamento do réu pelo júri. Trata-se, na pronúncia, de um juízo de possibilidade, que
faz crer plausíveis os fatos contidos na denúncia.
Bastam, para a sua decretação, a prova da materialidade do delito e indícios de sua autoria, não se exigindo certeza da culpa ainda que relativa.
Assim sendo, provada a materialidade e presentes indícios de autoria, o juiz deve pronunciar o acusado para submetê-lo ao veredicto popular.
Creio ser esta a hipótese destes autos.
A materialidade está comprovada na perícia traumatológica de fls 42/42v.
Quanto à autoria, tomando por base a prova testemunhal bem como o interrogatório do acusado, tenho por plausível.
Na pronúncia, deve o juiz sentenciante auferir também a plausibilidade das qualificadoras porventura suscitadas, explicita ou implicitamente, na
denúncia. Assim, nestes autos, o Ministério Público, ao oferecer denúncia capitulou a conduta do acusado como violadora ao art. 121, § 2º, inciso
I c/c art. 14, inciso II do Código Penal, combinado ainda com a Lei nº 8.072/90.
Ao magistrado, quando da pronúncia, não é dado afastar qualificadoras porventura suscitadas, a menos que pareçam absolutamente
impertinentes. Não é a hipótese destes autos.
O motivo do delito teria sido vingança. Assim, é de ser apreciado o motivo torpe, como qualificadora, pelo Conselho de Sentença.
Posto isso, com fundamento no art. 408 do Código de Processo Penal, JULGO PROCEDENTE A DENÚNCIA de fls. 04/06, e PRONUNCIO, para
julgamento do Tribunal do Júri desta Comarca, o acusado LUIZ ALBERTO DOS SANTOS, dando-o como incurso no art. 121, § 2º, inciso I c/c
art. 14, inciso II do Código Penal, combinado ainda com o art. 1º, I, da Lei nº 8.072/90.
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos à secretaria do 2º Tribunal do Júri, onde deverá ser concedida vista ao representante do
Ministério Público, para a apresentação do Libelo, e, em seguida, à Defesa para contrariá-lo, com a observância das necessárias intimações. Em
seguida, façam-se os autos conclusos, para a apreciação dos requerimentos por ventura feitos e a inclusão na pauta, para o julgamento do Júri.
P. R. I.
Recife, 18 de outubro de 2005.
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E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Kezia da Costa Lima, o digitei e submeti à conferência e subscrição da
Chefia de Secretaria.
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Data: 05/12/2018
Data de envio à publicação: 05/12/2018
PAUTA COMPLEMENTAR DE INTIMAÇÃO PARA AS SESSÕES DE JULGAMENTOS DA REUNIÃO PERIÓDICA REFERENTE AO ANO DE
2018 (NOVEMBRO E DEZEMBRO), Nº 00021/2018. Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados
para a SESSÃO DE JULGAMENTO designada no processo abaixo relacionado:
Data: 20/12/2018
PROCESSO N° 42605-61.2010.8.17.0001
ACUSADO: MIGUEL JOSE DE OLIVEIRA
VÍTIMA: RAMALIA TRAJANO DO NASCIMENTO
ADVOGADO S: ALEXANDRE FRANCISCO PESSOA GUERRA, OAB/PE Nº 17096; MARIA DO CARMELO DE ALMEIDA ARRUDA, OAB/
PE 6673
O Doutor Abérides Nicéas de Albuquerque Filho , Juiz de Direito desta Terceira Vara do Tribunal do Júri da Comarca do Recife, Estado de
Pernambuco, em virtude da lei, etc... FAZ SABER , pelo presente EDITAL DE INTIMAÇÃO , aos advogados acima mencionados, que ficam os
mesmos devidamente intimados a informarem se continuam patrocinando os interesses do réu Miguel Jose de Oliveira, no prazo de 05 dias, ou,
em caso negativo, providenciem a juntada da respectiva renúncia aos autos. Dado e passado nesta Comarca do Recife, aos quatro dias do mês
de dezembro do ano dois mil e dezoito (04/12/2018). Eu, ________, Fernando Pinto Ferreira Júnior, Chefe de Secretaria em exercício, subscrevo.
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Pauta de Despachos
Pela presente, ficam a(s) parte(s) e seu(s) respectivo(s) procurador(es) intimados do(s) despacho(s) proferido(s) no(s) processo(s) abaixo
relacionado(s):
Processo nº 0055586-49.2015.8.17.0001
Natureza da Ação: Ação Penal de Competência do Júri
Acusado: NAILSON NOGUEIRA DOS SANTOS
Advogado: PE 28092 – MAURÍCIO GOMES DA SILVA
Advogado: PE 42954 – FÁBIO BARREIRA ALVES
Advogado: PE 32172 – BRWNNO GABRYEL DE ARAÚJO SILVA
Vítima: MARIA DO CARMO GUILHERMINA PEREIRA
FINALIDADE : Intimar o(s) advogado(s) do(s) acusado(s) para que apresente(m) contrarrazões ao recurso.
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Processo: 2008.184.42
Sentenciado: REGINALDO BARBOSA DA SILVA
ADVOGADA: Maiara R.A. Santos OAB-PE 38242
2)AGRAVO – INTIMAÇÃO
Processo: 2017.772.1413
Sentenciado: BONIFÁCIO ALVES DA SILVA JÚNIOR
ADVOGADO: Brunnus César Barros Sousa Rêgo OAB-PE 32884
Fica a defesa intimada para apresentar suas razões.
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O Exmo. Sr. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho, Juiz de Direito da 2ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Comarca de Recife-PE,
em virtude da lei, etc...FAZ SABER que, cumprindo o disposto no art. 370, § 1º, do CPP, ficam, a partir da publicação deste edital, intimado o Bel.
Anderson Philipe Frazão, OAB/PE 44872, na qualidade de advogado do acusado, nos autos do processo nº 0016910-27.2018.8.17.0001, em
que figura como acusado V. G. S., do despacho: “1.PRISAO PREVENTIVA De fato, da análise dos fatos, verifico que os fundamentos da prisão
preventiva se mantêm inalterados e qualquer medida cautelar diversa da prisão não inibi a sanha libidinosa do acusado por crianças. Além da
violência concreta do fato ao atacar a dignidade sexual de várias crianças de formal tão vil, utilizando de uma posição social e espiritual que exige
respeito, ética e confiança. Assim, justifica-se a manutenção no cárcere para manutenção da ordem pública.A prisão cautelar do réu foi medida
que se impôs, como garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, de acordo com a análise do caso em comento feita
em decisão de fls. 56-58 do Processo nº0006181-39.2018.8.17.0001, cujos fundamentos se mantém, acentuados com a chegada de mais três
processos contra três vítimas diferentes, motivo pelo qual, DECRETO a prisão preventiva do réu V. G. S., com esteio no art. 312 do CPP, também
pelos fatos deste processo. Expeça-se mandado de prisão. INTIMEM-SE SOBRE ESSA DECISÃO. 2- DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO Trata-
se de Resposta à Acusação apresentada às fls.69-71, na qual a Defesa não apresenta preliminares e informa que as testemunhas participarão
da audiência independente de intimação.Isto posto, diante das provas até agora colacionada nos autos, não há qualquer fato que enseje a
absolvição sumária do acusado, eis que não se verifica nas provas obtidas até o presente momento a existência manifesta de causa excludente
da ilicitude do fato; a existência manifesta de causa excludente de culpabilidade do agente ou que o fato narrado evidentemente não constitui
crime, mas, ao reverso.Considerando que este é um dos processos é instruído juntamente com outros três, em conexão instrumental e o número
de vítimas e testemunhas, DESIGNO audiência de instrução e julgamento para os seguintes períodos:a) OUVIDA DA VÍTIMA NO DEPOIMENTO
ACOLHEDOR: dia 12/12/2018 às 10h .b) OUVIDA DAS TESTEMUNHAS E INTERROGATÓRIO: dia 19/12/2018 às 9h. Determino a intimação
das testemunhas ainda não ouvidas, do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso , do querelante, do assistente e do
ofendido, depoimento colhedor devidamente agendado. Requisite-se o(s) réu(s), acaso preso(s) e informe-se ao estabelecimento prisional
onde o mesmo se encontra custodiado que o acusado preso está sendo requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder
público providenciar sua apresentação, sob pena de responsabilidade, haja visto, o determinado na Lei 11.719/2008, que alterou a norma adjetiva
penal. Faça-se constar no mandado que na audiência de instrução e julgamento, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido (se for
o caso), à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 do CPP, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (art.
400 e 411 do CPP).Faça-se, ainda, constar no mandado que todas as testemunhas serão intimadas, mas, se o acusado ou seus familiares
puderem e quiserem já tragam as testemunhas de defesa, independentemente da intimação, no dia da audiência, pois isso poderá tornar o trâmite
do processo mais rápido. Expeçam-se carta precatória, se necessárias. Intimem-se. Ciência ao MP. ENCAMINHE-SE COM URGENCIA AO
CRIAR.14/11/2018.JOSÉ CARLOS VASCONCELOS FILHO Juiz de Direito ” . Eu, Erickson Moura, o digitei e submeti à conferência do Chefe
de Secretaria. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho Juiz de Direito
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Exmo. Sr. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho, Juiz de Direito da 2ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Comarca de Recife-PE,
em virtude da lei, etc...FAZ SABER que, cumprindo o disposto no art. 370, § 1º, do CPP, ficam, a partir da publicação deste edital, intimado o Bel.
Anderson Philipe Frazão, OAB/PE 44872, na qualidade de advogado do acusado, nos autos do processo nº 0016085-83.2018.8.17.0001, em
que figura como acusado V. G. S., do despacho: “1. PRISAO PREVENTIVA De fato, da análise dos fatos, verifico que os fundamentos da prisão
preventiva se mantêm inalterados e qualquer medida cautelar diversa da prisão não inibi a sanha libidinosa do acusado por crianças. Além da
violência concreta do fato ao atacar a dignidade sexual de várias crianças de formal tão vil, utilizando de uma posição social e espiritual que exige
respeito, ética e confiança. Assim, justifica-se a manutenção no cárcere para manutenção da ordem pública. A prisão cautelar do réu foi medida
que se impôs, como garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, de acordo com a análise do caso em comento feita
em decisão de fls. 56-58 do Processo nº0006181-39.2018.8.17.0001, cujos fundamentos se mantém, acentuados com a chegada de mais três
processos contra três vítimas diferentes, motivo pelo qual, DECRETO a prisão preventiva do réu V. G. S., com esteio no art. 312 do CPP, também
pelos fatos deste processo. Expeça-se mandado de prisão. INTIMEM-SE SOBRE ESSA DECISÃO.2. DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO Trata-
se de Resposta à Acusação apresentada às fls.61-63, na qual a Defesa não apresenta preliminares e informa que as testemunhas participarão
da audiência independente de intimação. Isto posto, diante das provas até agora colacionada nos autos, não há qualquer fato que enseje a
absolvição sumária do acusado, eis que não se verifica nas provas obtidas até o presente momento a existência manifesta de causa excludente
da ilicitude do fato; a existência manifesta de causa excludente de culpabilidade do agente ou que o fato narrado evidentemente não constitui
crime, mas, ao reverso. Considerando que este é um dos processos é instruído juntamente com outros três, em conexão instrumental e o número
de vítimas e testemunhas, DESIGNO audiência de instrução e julgamento para os seguintes períodos: a) OUVIDA DA VÍTIMA NO DEPOIMENTO
ACOLHEDOR: dia 12/12/2018 às 11h .b) OUVIDA DAS TESTEMUNHAS E INTERROGATÓRIO: dia 19/12/2018 às 9h. Determino a intimação
das testemunhas ainda não ouvidas, do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso , do querelante, do assistente e do
ofendido, depoimento colhedor devidamente agendado. Requisite-se o(s) réu(s), acaso preso(s) e informe-se ao estabelecimento prisional
onde o mesmo se encontra custodiado que o acusado preso está sendo requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder
público providenciar sua apresentação, sob pena de responsabilidade, haja visto, o determinado na Lei 11.719/2008, que alterou a norma adjetiva
penal. Faça-se constar no mandado que na audiência de instrução e julgamento, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido (se for
o caso), à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 do CPP, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (art.
400 e 411 do CPP).Faça-se, ainda, constar no mandado que todas as testemunhas serão intimadas, mas, se o acusado ou seus familiares
puderem e quiserem já tragam as testemunhas de defesa, independentemente da intimação, no dia da audiência, pois isso poderá tornar o trâmite
do processo mais rápido. Expeçam-se carta precatória, se necessárias. Intimem-se. Ciência ao MP. ENCAMINHE-SE COM URGENCIA AO
CRIAR.14/11/2018.JOSÉ CARLOS VASCONCELOS FILHO Juiz de Direito”.Eu, Erickson Moura, o digitei e submeti à conferência do Chefe de
Secretaria. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho Juiz de Direito
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Exmo. Sr. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho, Juiz de Direito da 2ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Comarca de Recife-PE,
em virtude da lei, etc...FAZ SABER que, cumprindo o disposto no art. 370, § 1º, do CPP, ficam, a partir da publicação deste edital, intimado o
Bel. Anderson Philipe Frazão, OAB/PE 44872, na qualidade de advogado do acusado, nos autos do processo nº 0015962-85.2018.8.17.0001,
em que figura como acusado V. G. S., do despacho: “1. PRISAO PREVENTIVA De fato, da análise dos fatos, verifico que os fundamentos da
prisão preventiva se mantêm inalterados e qualquer medida cautelar diversa da prisão não inibi a sanha libidinosa do acusado por crianças.
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Além da violência concreta do fato ao atacar a dignidade sexual de várias crianças de formal tão vil, utilizando de uma posição social e espiritual
que exige respeito, ética e confiança. Assim, justifica-se a manutenção no cárcere para manutenção da ordem pública. A prisão cautelar do
réu foi medida que se impôs, como garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, de acordo com a análise do caso em
comento feita em decisão de fls. 56-58 do Processo nº0006181-39.2018.8.17.0001, cujos fundamentos se mantém, acentuados com a chegada
de mais três processos contra três vítimas diferentes, motivo pelo qual, DECRETO a prisão preventiva do réu V. G. S., com esteio no art.
312 do CPP, também pelos fatos deste processo. Expeça-se mandado de prisão. INTIMEM-SE SOBRE ESSA DECISÃO. 2. DA AUDIÊNCIA
DE INSTRUÇÃO Trata-se de Resposta à Acusação apresentada às fls.69-71, na qual a Defesa não apresenta preliminares e informa que as
testemunhas participarão da audiência independente de intimação. Isto posto, diante das provas até agora colacionada nos autos, não há qualquer
fato que enseje a absolvição sumária do acusado, eis que não se verifica nas provas obtidas até o presente momento a existência manifesta de
causa excludente da ilicitude do fato; a existência manifesta de causa excludente de culpabilidade do agente ou que o fato narrado evidentemente
não constitui crime, mas, ao reverso. Considerando que este é um dos processos é instruído juntamente com outros três, em conexão instrumental
e o número de vítimas e testemunhas, DESIGNO audiência de instrução e julgamento para os seguintes períodos: a) OUVIDA DA VÍTIMA
NO DEPOIMENTO ACOLHEDOR: dia 12/12/2018 às 10h30 .b) OUVIDA DAS TESTEMUNHAS E INTERROGATÓRIO: dia 19/12/2018 às
9h. Determino a intimação das testemunhas ainda não ouvidas, do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso , do
querelante, do assistente e do ofendido, depoimento colhedor devidamente agendado. Requisite-se o(s) réu(s), acaso preso(s) e informe-se ao
estabelecimento prisional onde o mesmo se encontra custodiado que o acusado preso está sendo requisitado para comparecer ao interrogatório,
devendo o poder público providenciar sua apresentação, sob pena de responsabilidade, haja visto, o determinado na Lei 11.719/2008, que alterou
a norma adjetiva penal. Faça-se constar no mandado que na audiência de instrução e julgamento, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido (se for o caso), à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222
do CPP, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida,
o acusado. (art. 400 e 411 do CPP).Faça-se, ainda, constar no mandado que todas as testemunhas serão intimadas, mas, se o acusado ou
seus familiares puderem e quiserem já tragam as testemunhas de defesa, independentemente da intimação, no dia da audiência, pois isso
poderá tornar o trâmite do processo mais rápido. Expeçam-se carta precatória, se necessárias. Intimem-se. Ciência ao MP. ENCAMINHE-SE
COM URGENCIA AO CRIAR.14/11/2018.JOSÉ CARLOS VASCONCELOS FILHO Juiz de Direito”. Eu, Erickson Moura, o digitei e submeti à
conferência do Chefe de Secretaria. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho Juiz de Direito
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Exmo. Sr. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho, Juiz de Direito da 2ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Comarca de Recife-PE,
em virtude da lei, etc...FAZ SABER que, cumprindo o disposto no art. 370, § 1º, do CPP, ficam, a partir da publicação deste edital, intimado o Bel.
Anderson Philipe Frazão, OAB/PE 44872, na qualidade de advogado do acusado, nos autos do processo nº 0019525-87.2018.8.17.0001, em
que figura como acusado V. G. S., para tomar ciência das fls.08/08v e fl.19 .Eu, Erickson Moura, o digitei e submeti à conferência do Chefe
de Secretaria. Dr. José Carlos Vasconcelos Filho Juiz de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 10/12/2018
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
741
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
ACIDENTES DO TRABALHO DA CAPITALAv. Des. Guerra Barreto, n° 200 - Fórum do Recife - 1° andar - Ala Norte - Ilha do Leite - Joana Bezerra
- Recife (PE) - CEP: 50080-900 Fone: (81) 3412.5094 - 3412.50951bvaa
Primeira Vara de Acidentes de Trabalho da Capital
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
743
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
744
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
seguida, voltem-me os autos conclusos.Recife, 4 de dezembro de 2018.Carlos Antonio Alves da SilvaJuiz de Direito PODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE ACIDENTES DO TRABALHO DA CAPITALAv. Des. Guerra Barreto, n° 200 -
Fórum do Recife - 1° andar - Ala Norte - Ilha do Leite - Joana Bezerra - Recife (PE) - CEP: 50080-900 - Fone: (81) 3181.00951MG
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
746
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
747
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Chefe de Secretaria
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
748
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
749
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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03.12.2018
SENTENÇA: “ Posto isso, DECLARO EXTINTA A PENA PELA PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA ESTATAL , nos termos do arts. 109, inc. IV e
110 do CP c/c o art. 61 do CPP e art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 14 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL , nos termos
do art. 109, inc.IV e 110, todos do CPB c/c o art. 61 do CPP, e art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 14 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO
F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL , nos termos
do art. 109, inc. V do CPB c/c o art. 61 do CPP, e art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 12 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE
LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL , nos termos
do art. 109, inc. IV do CPB c/c o art. 61 do CPP, e art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 12 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE
LIMA. Juiz de Direito”.
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SENTENÇA: “ Posto isso, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL , nos termos
do art. 109, inc. V do CPB c/c o art. 61 do CPP, e art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 12 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE
LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL , nos termos
do art. 109, inc. V do CPB c/c o art. 61 do CPP, e art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 12 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE
LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 14 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz
de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 15 de junho de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz
de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 02 de maio de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz
de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84. . Recife, 03 outubro de 2018. GILDENOR
EUDÓCIO DE A. P. JÚNIOR. Juiz de Direito”.
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SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84. . Recife, 03 maio de 2018. FLÁVIO
AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84. . Recife, 03 maio de 2018. FLÁVIO
AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 27 de abril de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 24 de abril de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 02 de maio de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 02 de maio de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
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SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 27 de abril de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 02 de maio de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XIII do Decreto 7.648/2011 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 02 de maio de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
05.12.2018
SENTENÇA: “Posto isso, concedo indulto definitivo ao acima citado, nos termos art. 1º, inciso XV do Decreto 8.615/2015 , DECLARANDO
EXTINTA A PUNIBILIDADE com base no art. 107, inc. II do CPB. Recife, 27 de abril de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “ Posto isso, consideradas cumpridas as condições da substituição da pena, declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO
CUMPRIMENTO DA PENA , com base no art. 66, inc. II da Lei 7.210/84 . Recife, 27 de julho de 2018. MARYLÚSIA PEREIRA F. D. DE
ARAÚJO. “ Juiza de Direito”.
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SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 19 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
REF. PROCESSO CRIMINAL 0027769-44.2014.8.17.0001 – JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL/PE
AUTOR: JUSTIÇA PÚBLICA.
RÉU: PETER HALASZ GATI
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 22 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
REF. PROCESSO CRIMINAL 0085080-90.2014.8.17.0001 – JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL/PE
AUTOR: JUSTIÇA PÚBLICA.
RÉU: RICARDO OLIVEIRA DA SILVA
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 22 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 19 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 20 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 22 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
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SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 23 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 22 de março de 2018. ORLEIDE ROSÉLIA N. SILVA. “ Juiza de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 25 de janeiro de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. “ Juiz de Direito”.
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 19 de abril de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. “ Juiz de Direito”.
REF. PROCESSO CRIMINAL 0046798-80.2014.8.17.0001 – JUIZ DE DIREITO DA VARA DOS CRIMES C/ A ADM. PÚBLICA E A ORDEM
TRIBUTÁRIA DA CAPITAL/PE
AUTOR: JUSTIÇA PÚBLICA.
RÉ: CHAIENE DOS SANTOS SILVA
SENTENÇA: “Posto isso, consideradas cumpridas as condições do SURSIS, sem que tenha havido revogação ou prorrogação, com fundamento
no § 5º do art. 89 da Lei 9.099/95, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO CUMPRIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO. Recife, 19 de abril de 2018. FLÁVIO AUGUSTO F. DE LIMA. “ Juiz de Direito”.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA: Vistos, etc... “Diante desse quadro, tenho que a culpabilidade da acusada se mostra elevada, estando, pois, a exigir um razoável
grau de censura e reprovação. As consequências do crime cometido pela acusada vão além daquelas previstas no próprio tipo penal. Neste
ponto há de se destacar que, além de causar o prejuízo de toda ordem ao Banco do Brasil, inclusive, financeiros, que, frise-se, até a presente
data não foi ressarcido, os atos praticados pela denunciada atingiram diretamente as pessoas em nome das quais foram abertas as contas
irregulares, pois seus nomes foram direcionados para os órgãos de restrição ao crédito. Não bastando isso, ao se utilizar de forma desautorizada
das senhas de seus gerentes, quando descobertas as irregularidades cometidas, a acusada fez com que os mesmos fossem interpelados pela
diretoria do Banco do Brasil, colocando em risco os seus cargos de confiança e até mesmo os seus empregos. Essas graves consequências,
portanto, deverão ser consideradas no presente caso. Não consta nos autos maiores informações sobre a conduta social e a personalidade da
ré, pelo que não há nada a ser extraído em seu desfavor. Em sendo assim, fixo a pena base de TACIANA DE ARAÚJO LINS em 03 (três) anos e
06 (seis) meses de reclusão, levando-se em conta que a acusada não restituiu o valor do qual se apropriou. Considerando que milita em favor de
réu a atenuante da confissão espontânea prevista no artigo 65, inciso III, letra "d" do Código Penal, reduzo a sua pena base em 06 (seis) meses,
fixando-a, então, em 03 (três) anos de reclusão. Tendo em vista que a ré agiu em continuidade delitiva, posto que o crime de peculato se perpetrou
aproximadamente de setembro de 2001 a julho de 2002, aumento a pena da acusada TACIANA DE ARAÚJO LINS em 1/3 (um terço), em face do
que dispõe o artigo 71 do Código Penal, para torná-la concreta e definitiva em 04 (quatro) anos de reclusão, à míngua de outras circunstâncias
legais e ou causas especiais de diminuição ou de aumento da pena. Fica a ré condenada ao pagamento de 90 (noventa) dias-multa, que fixo
na base de um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo fato para cada dia-multa, a ser devidamente atualizado quando do seu efetivo
pagamento. Condeno, ainda, a ré a reparar os danos causados ao Banco do Brasil o valor de R$ 40.810,62 (quarenta mil, oitocentos e dez reais e
sessenta e dois centavos), devidamente corrigida com base na tabela ENCOGE, nos termos do art. 387, IV do CPP. Com fundamento no art. 15,
III da Constituição Federal, suspendo os direitos políticos da ré, pelo tempo que perdurarem os efeitos da condenação. Condeno, ainda, a ré ao
pagamento das custas processuais. A pena deverá ser cumprida em regime aberto. Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos previstos
no artigo 44 do Código Penal, substituo a pena privativa de liberdade imposta à ré por duas penas restritivas de direitos, a serem designadas pelo
Juiz da Vara de Execução de Penas Alternativas. Deixo de decretar a perda do cargo público da acusada, uma vez que a pena de perdimento
deve ser restrita ao cargo ocupado no momento do delito, salvo se o novo cargo tiver relação com as atribuições anteriores (informativo n° 599
do STJ). Com fundamento no art. 15, III da CF/88, suspendo os direitos políticos do réu pelo tempo que perdurarem os efeitos da condenação
penal. Condeno-a, ainda, ao pagamento das custas processuais. P.R.I. Comunique-se o inteiro teor desta decisão à Corregedoria deste Tribunal
de Justiça, para as cabíveis providências. Após o trânsito em julgado desta decisão, lance-se o nome da ré no rol dos culpados, preenchendo-
se o seu Boletim Individual, encaminhando-o ao Instituto Tavares Buril, expedindo-se também Carta de Guia para a Vara de Execução de Penas
Alternativas, bem como, ofício ao T.R.E., informando sobre a condenação da ré, arquivando-se os autos em seguida. Recife, 04 de dezembro
de 2018. Ana Cristina Mota - Juíza de Direito.”
VARA DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A ORDEM TRIBUTÁRIA
Fórum do Recife
Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n
Ilha Joana Bezerra – Recife/PE
Expediente nº 2018.0674.002086
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
A Dra. Ana Cristina Mota, Juiz de Direito da Vara dos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária, da Comarca do Recife, Capital
do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc.
FAZ SABER, que cumprindo o disposto no art. 370, § 1º do CPP, ficam a partir da publicação deste edital INTIMADOS os Beis. José de Siqueira
Silva Júnior - OAB/PE 15.501 e Vivian Sibelly Barbosa da Silva – OAB/PE 38.938 , do seguinte despacho: “Havendo nos autos notícias de
que a testemunha WALDIR JESUS BEZERRA, arrolada pela defesa do acusado JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE, não foi localizada
no endereço constante nos autos, ‘fica intimada’ a referida defesa para, no prazo de 03 (três) dias, falar sobre a dita testemunha. Recife,
05 de dezembro de 2018. ANA CRISTINA MOTA - Juíza de Direito” Dado e Passado nesta Comarca do Recife aos 05 (cinco) dias do mês de
dezembro do ano de 2018. Eu, Sílvio Sérgio Gomes Alves Júnior, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
Fórum do Recife
Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n
Ilha Joana Bezerra – Recife/PE
Expediente nº 2018.0674.002087
EDITAL DE INTIMAÇÃO
A Dra. Ana Cristina Mota, Juiz de Direito da Vara dos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária, da Comarca do Recife, Capital
do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc.
FAZ SABER, que cumprindo o disposto no art. 370, § 1º do CPP, ficam a partir da publicação deste edital INTIMADOS os Beis. José de Siqueira
Silva Júnior - OAB/PE 15.501 e Vivian Sibelly Barbosa da Silva – OAB/PE 38.938 , do seguinte despacho: “Trata-se de ação penal movida
pelo Ministério Público de Pernambuco em face de JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE e RENAN ARAÚJO, dados como incursos nas
penas do art. 1º, inciso II, da Lei nº 8.137/90 c/c o art. 71 do CPB. Às fls. 305-306, a Defesa de JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE
requereu que este juízo determinasse "a instauração do competente incidente de insanidade mental, recebendo a perícia elaborada
nos autos do incidente de insanidade mental n° 89428-54.2014.8.17.0001 como prova emprestada e em caráter de economia processual,
determinando, a vista do art. 152 do CPP a suspensão do processo até que ele se recupere da demência de alzheimer devidamente
diagnosticada. Com vista dos autos, o Ministério Público apresentou a cota de fl. 327, opinando pelo indeferimento do pleito defensivo,
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destacando que o perito, nos autos do incidente de insanidade mental de n° 0089428-54.2014.8.17.0001, concluiu não ser o réu possuidor
de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Conclusos vieram-me os autos. Verifico que, em 03 de janeiro
de 2018, o denunciado JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE foi submetido à exame pericial, em razão do incidente de insanidade mental
nos autos do processo n° 0089428-54.2014.8.17.0001, conforme se vê em cópia acostada pela defesa às fls. 308/309. No referido laudo
psiquiátrico, o médico, Dr. Gilson Mendes, afirmou que JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE apresentou-se lúcido, não havendo psicose,
delírio, alucinações nem retardo mental. Na oportunidade, o médico afirmou ainda que "não há doença mental". Logo, não sendo
JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE portador de doença mental, não vejo qualquer razão para instauração do pretendido incidente de
insanidade mental, tampouco da suspensão da ação penal nos termos do art. 152 do CPP. Diante do exposto, indefiro o pleito defensivo
e dou seguimento à ação penal, designando o dia 27 de fevereiro de 2019, às 09:00h, para realização da audiência de instrução, ocasião
em que serão ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa de JOSÉ GILBERTO DA COSTA GULDE, bem como interrogado este
acusado. Publique-se. Intime-se. Recife, 28 de novembro de 2018. ANA CRISTINA MOTA - Juíza de Direito” Dado e Passado nesta Comarca
do Recife aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro do ano de 2018. Eu, Sílvio Sérgio Gomes Alves Júnior, o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria.
Fórum do Recife
Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n
Ilha Joana Bezerra – Recife/PE
Expediente nº 2018.0674.002092
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Processo nº 0045898-05.2011.8.17.0001
Acusado: MANOEL AMERICO DE CARVALHO FONSECA FILHO
Vítima: O Estado
Autor: Ministério Público do estado de Pernambuco
Advogado: OAB/PE nº 27.589 – João Marco Lazera D. Santos
A Dra. Ana Cristina Mota, Juíza de Direito da Vara dos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca do Recife, Capital
do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc.
FAZ SABER, que cumprindo o disposto no art. 370, § 1º do CPP, fica a partir da publicação deste edital INTIMADO o Bel. João Marco Lazera
D. Santos - OAB/PE nº 27.589, do seguinte despacho: “Fica intimado o Bel. João Marco Lazera D. Santos, inscrito na OAB/PE n° 27.589,
para, no prazo de 03 (três) dias, juntar aos autos instrumento de procuração. Recife, 30 novembro de 2018. Ana Cristina Mota - Juíza
de Direito”. Dado e Passado nesta Comarca do Recife aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro do ano de 2018. Eu, Sílvio Sérgio Gomes Alves
Júnior, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Fórum do Recife
Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n
Ilha Joana Bezerra – Recife/PE
Expediente nº 2018.0674.002095
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Processo nº 0017191-17.2017.8.17.0001
Acusado: Paulo Gulde
Acusado: Agildo Lourenço Pinto
Acusado: Antônio José Moreira Monteiro
Vítima: O Estado
Advogado: Rubens José Arruda de Assis Pedrosa – OAB/PE nº 20.107
A Dra. Ana Cristina Mota, Juíza de Direito da Vara dos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária, da Comarca do Recife, Capital
do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc.
FAZ SABER , que cumprindo o disposto no art. 370, § 1º do CPP, ficam a partir da publicação deste edital INTIMADO os Bel. Rubens José
Arruda de Assis Pedrosa – OAB/PE nº 20.107 , do seguinte despacho: “Designo o dia 13 de março de 2019, às 10h, para realização de audiência
de instrução e julgamento, ocasião em que serão ouvidas a testemunha arrolada na denúncia, as testemunhas de Defesa GEORGE ALLAN
BARRETO DA SILVEIRA e JULIO MARTINS DE SOUZA, bem como interrogados os acusados. Intimações e requisições necessárias. Saliente-
se, desde já, que o entendimento do Superior Tribunal de Justiça é de que a ordem do art. 400 do CPP pode ser excepcionada nos casos em
que há expedição de carta precatória. No mesmo sentido, é o teor do art. 400 do CPP, in verbis: Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento,
a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos,
às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. Como pode ser observado, o mencionado
dispositivo legal estatui a ordem de inquirição das testemunhas em audiência. No entanto, excetua o caso em que há expedição de carta precatória
(art. 200 do CPP), quando a mencionada ordem não precisa ser cumprida. Tal entendimento foi sedimentado em 2014, quando a Sexta Turma
do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, proferiu, nos autos do RHC Nº 38.435 - SP, o precedente abaixo ementado: RECURSO EM
HABEAS CORPUS . EXTORSÃO. NULIDADE. ALEGADA OFENSA AO ARTIGO 212 DO CPP. OITIVA POR MEIO DE CARTA PRECATÓRIA.
PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. MANIFESTO CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 1. Ainda que a nova redação do artigo
212 do Código de Processo Penal tenha estabelecido uma ordem de inquirição das testemunhas, a não observância dessa regra acarreta, no
máximo, nulidade relativa, sendo necessária, ainda, a demonstração de efetivo prejuízo (pas de nullité sans grief), por se tratar de mera inversão,
visto que não foi suprimida do juiz a possibilidade de efetuar perguntas, ainda que subsidiariamente, para a busca da verdade. 2. Esta Corte
Superior de Justiça firmou a compreensão no sentido de que a inversão da oitiva de testemunhas de acusação e defesa não configura nulidade
quando a inquirição é feita por meio de carta precatória, cuja expedição não suspende a instrução criminal. Inteligência do artigo 222 do Código de
Processo Penal. 3. Mostra-se inviável anular o processo, por ofensa ao artigo 212 do Código de Processo Penal, quando verificado que a Corte
de origem, em momento nenhum, atestou a existência de eventuais prejuízos concretos advindos da forma com que foi realizada a inquirição das
testemunhas, sendo certo que, segundo entendimento consolidado neste Superior Tribunal, o simples advento de sentença condenatória não tem
o condão, per si, de cristalizar o prejuízo indispensável para o reconhecimento da aventada nulidade. 4. Recurso em habeas corpus não provido.
Nos anos de 2017 e 2018 também foram proferidas decisões no mesmo sentido, sedimentando ainda mais o entendimento do STJ sobre a
matéria. A título de exemplo, vejamos as seguintes ementas: HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO CABÍVEL.
UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. VIOLAÇÃO AO SISTEMA RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. 1. A via eleita
revela-se inadequada para a insurgência contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento jurídico prevê recurso específico para tal fim,
circunstância que impede o seu formal conhecimento. Precedentes. 2. O alegado constrangimento ilegal será analisado para a verificação da
eventual possibilidade de atuação ex officio, nos termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal.
ESTUPRO DE VULNERÁVEL. INTERROGATÓRIO DO ACUSADO ANTES DA INQUIRIÇÃO DE VÍTIMA E TESTEMUNHA. INEXISTÊNCIA DE
NOVAS OITIVAS APÓS A COLHEITA DO DEPOIMENTO DO RÉU. AUSÊNCIA DE PEDIDO DE REINQUIRIÇÃO DO PACIENTE PELA DEFESA
NA FASE DO ARTIGO 402 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. MÁCULA NÃO CARACTERIZADA. 1.
Conquanto o princípio do devido processo legal compreenda a garantia ao procedimento tipificado em lei, não se admitindo a inversão da ordem
processual ou a adoção de um rito por outro, não se pode olvidar que as regras procedimentais não possuem vida própria, servindo ao regular
desenvolvimento do processo, possibilitando a aplicação do direito ao caso concreto. 2. Assim, a eventual inversão de algum ato processual ou
a adoção do procedimento ordinário em detrimento de rito especial só podem conduzir à nulidade do processo se houver prejuízo às partes.
3. No caso dos autos, após a colheita das declarações da vítima e algumas testemunhas, o magistrado interrogou o acusado, tendo as partes
desistido das demais oitivas a serem implementadas, razão pela qual o interrogatório do paciente foi, efetivamente, o último ato da instrução
processual, não tendo a defesa, outrossim, requerido a sua reinquirição, o que afasta a ocorrência de prejuízos e impede o reconhecimento da
eiva suscitada na impetração. 4. O fato de o acusado haver sido inquirido antes do retorno da deprecata referente ao depoimento de um dos
ofendidos não implica ofensa à ordem prevista no artigo 400 da Lei Processual Penal, uma vez que os §§ 1º e 2º do artigo 222 do referido diploma
legal disciplinam que, na hipótese de oitiva de testemunha que se encontra fora da jurisdição processante, a expedição da carta precatória não
suspende a instrução criminal, razão pela qual o feito prosseguirá, em respeito ao princípio da celeridade processual, procedendo-se à oitiva das
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demais testemunhas, ao interrogatório do acusado e, inclusive, ao julgamento da causa, ainda que pendente a devolução da carta pelo juízo
deprecado. Precedente. PRISÃO PREVENTIVA. SEGREGAÇÃO FUNDAMENTADA NO ARTIGO 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO. MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE DO AGENTE. NECESSIDADE DE ACAUTELAMENTO DA
ORDEM PÚBLICA. CONSTRIÇÃO JUSTIFICADA. 1. Não há que se falar em constrangimento ilegal quando a custódia cautelar está devidamente
justificada na garantia da ordem pública, dada a periculosidade social do agente envolvido, bem demonstrada pelas circunstâncias e motivos que
o levaram à prática criminosa. 2. Caso em que, de acordo com a denúncia, o paciente, que exercia a função de zelador ao lado de uma escola
municipal, costumeiramente recebia alunos do sexo masculino em seu local de trabalho, dando-lhes dinheiro para a prática de atos libidinosos
diversos da conjunção carnal, o que revela a potencialidade lesiva dos ilícitos que lhe foram assestados e a sua real periculosidade social,
havendo risco concreto de continuidade no cometimento de infrações penais contra menores de idade. 3. Condições pessoais favoráveis não têm
o condão de, por si sós, revogarem a prisão preventiva, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a necessidade da medida extrema.
EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. INSTRUÇÃO CRIMINAL ENCERRADA. ENUNCIADO 52 DA SÚMULA DESTE SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. Com o encerramento da instrução criminal, resta superado o alegado constrangimento ilegal por excesso de prazo
na formação da culpa, consoante o verbete 52 da Súmula deste Sodalício. 2. Habeas corpus não conhecido, com recomendação para que se
imprima celeridade ao julgamento da ação penal. (HC 388.688/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 04/04/2017, DJe
17/04/2017). PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CARTAS PRECATÓRIAS. INVERSÃO NA ORDEM DE OITIVA DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO E DE DEFESA. POSSIBILIDADE.
INTELIGÊNCIA DO ART. 400 C/C ART. 222 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL E JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. SÚMULA 83/STJ. ALEGAÇÃO DE PREJUÍZO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 356 E 282/STF. NECESSIDADE
DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 1. O acórdão impugnado encontra-se em consonância com a orientação do Superior
Tribunal de Justiça, no sentido de que "a inversão da oitiva de testemunhas de acusação e defesa não configura nulidade quando a inquirição é
feita por meio de carta precatória, cuja expedição não suspende a instrução criminal. Inteligência do artigo 222 do Código de Processo Penal" (RHC
38.435/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, DJe 15/05/2014). Incidência da Súmula n. 83/STJ. 2. A alegação de
prejuízo não foi objeto de debate pelo Tribunal de origem e nem sequer foram opostos embargos de declaração para esse fim. Incidência das
Súmulas n. 356 e 282/STF. 3. O acolhimento da tese de que o prejuízo se comprova em razão de rixas e perseguições políticas demandaria o
reexame de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 1047668/BA, Rel. Ministro
ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/03/2018, DJe 26/03/2018). Outrossim, determino que seja expedido ofício à
comarca de Bom Jesus - PI solicitando que seja o mais breve possível devolvida com cumprimento a carta precatória nº 2018.0674.001727 (fl.
817). Por fim, considerando o teor da certidão de fl. 835v, intime-se a Defesa para, no prazo de 03 (três) dias, informar se ainda tem interesse
na ouvida das testemunhas ROSA DIAS e FILOMENA THEODORO por carta precatória, devendo, em caso afirmativo, informar um ponto de
referência do local bem como juntar aos autos documentação que comprove que o endereço informado está correto. Publique-se. Recife,30 de
novembro de 2018. ANA CRISTINA MOTA - Juíza de Direito”. Dado e Passado nesta Comarca do Recife aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro
do ano de 2018. Eu, Marcianne Alane Alves de Oliveira, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
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INTERIOR
Abreu e Lima - 3ª Vara
Terceira Vara Cível da Comarca de Abreu e Lima
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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D E S P A C H O R. H. Vistos, etc. Considerando om teor da certidão lavrada à fl. 09v, determino a CITAÇÃO da demandada D. A. D. S. através
de EDITAL (art. 256, II, § 3º, CPC), com prazo de trinta (30) dias para, querendo, apresentar resposta à pretensão autoral, em 15 (quinze) dias,
consignando-se as advertências dos arts. 335 e 344, CPC. Transcorrido o prazo supra, com ou sem resposta, venham-me conclusos, certificado
o necessário. Abreu e Lima, 04 de dezembro de 2018.Naiana Lima Cunha Juíza de Direito Titular
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 20/12/2018
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
O DR. LUIZ CARLOS VIEIRA DE FIGUEIRÊDO , JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ABREU E LIMA, ESTADO DE
PERNAMBUCO, EM VIRTUDE DA LEI, etc...
FAZ SABER , pelo presente EDITAL DE INTIMAÇÃO, fica, o Advogado abaixo mencionado devidamente intimado:
Processo: 0002365-48.2015.8.17.0100
Acusado: Claudevan Carlos de Mendonça
Advogado: Elton Marques Seabra, OAB/PE 32.925-D
Intimação : Fica o Bel. acima citado devidamente intimados do despacho a seguir: DESPACHO Vistos etc.
Não foram trazidos argumentos capazes de levar à absolvição sumária. Designe-se audiência de instrução e julgamento. Abreu e Lima,
04/12/2018Luiz Carlos Vieira de Figueirêdo Juiz de Direito
Dada e passada nesta cidade e comarca de Abreu e Lima, Estado de Pernambuco, aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e dezoito (2018). Eu, _______, Jacquilene Teixeira, Chefe de Secretaria, digitei e assino.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O DR. LUIZ CARLOS VIEIRA DE FIGUEIRÊDO , JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ABREU E LIMA, ESTADO DE
PERNAMBUCO, EM VIRTUDE DA LEI, etc...
FAZ SABER , pelo presente EDITAL DE INTIMAÇÃO, fica, o Advogado abaixo mencionado devidamente intimado:
Processo: 0004676-53.2018.8.17.0990
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Acusados: Glebson Jhone Ferreira de Lima, Daniel Nivaldo da Silva e Genildo Ferreira de Araujo
Advogado: Edson Armando de Lima, OAB/PE 38.660-D
Intimação : Fica o Bel. acima citado devidamente intimados do despacho a seguir: DESPACHO Vistos etc Considerando que o requerente juntou
documentos relativos ao veículo, lavre-se termo de restituição.Em relação ao telefone, como bem ponderou a douta representante do MP, este
ainda pode ser objeto de perícia, razão pela qual, no momento, indefiro sua devolução.
No mais, cumpra-se da decisão anterior. Abreu e Lima, 04/12/2018Luiz Carlos Vieira de Figueirêdo Juiz de Direito
Dada e passada nesta cidade e comarca de Abreu e Lima, Estado de Pernambuco, aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e dezoito (2018). Eu, _______, Jacquilene Teixeira, Chefe de Secretaria, digitei e assino.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O DR. LUIZ CARLOS VIEIRA DE FIGUEIRÊDO , JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ABREU E LIMA, ESTADO DE
PERNAMBUCO, EM VIRTUDE DA LEI, etc...
FAZ SABER , pelo presente EDITAL DE INTIMAÇÃO, fica, o Advogado abaixo mencionado devidamente intimado:
Processo: 0000924-73.2018.8.17.0990
Acusados: Rodrigo de Souza da Silva e Leandro José da Silva
Advogado: Aliadja Larissa Leão dos S. Freitas, OAB/PE 36.524-D
Intimação : Fica a Bela. acima citado devidamente intimada do despacho a seguir: Vistos, etc.
1. De já, designo audiência de instrução em continuação para o dia 05 de fevereiro de 2019, às 10h30min . Cumpram-se as
intimações e demais expedientes necessários.
3. Quanto ao pedido de revogação da prisão preventiva formulado pelo acusado RODRIGO DE SOUZA DA SILVA , por sua
advogada, contra o qual se insurgiu o Ministério Público às fls. 214/215, vejo que, por ora, não comporta deferimento. O acusado foi preso em
flagrante delito e teve tal prisão convertida em custódia preventiva pelas razões que vão às fls. 30/30v., a qual ratifico, confirmando o periculum
libertatis , a indicar que, qualquer das medidas cautelares diversas da prisão, previstas no art. 319, do CPP, não são adequadas, nem suficientes,
para a garantia da ordem pública.
Ainda, na esteira de entendimento jurisprudencial pátrio dominante, destaco que a ausência de antecedentes criminais,
a indicação de residência fixa e ocupação lícita não asseguram ao acusado a revogação de sua prisão preventiva, quando há nestes autos
fundamentos idôneos para a manutenção de sua prisão cautelar.
Destarte, não verificando a existência de fato novo e consistente a ensejar decisão diversa do que restou expendido na
decisão supra referida, a qual ratifico, INDEFIRO o pleito da defesa e mantenho a prisão preventiva do acusado RODRIGO DE SOUZA DA
SILVA , nestes autos qualificado. Intimem-se. Ciência ao MP. Abreu e Lima, 05/12/2018. Luiz Carlos Vieira de Figueiredo Juiz de Direito.
Dada e passada nesta cidade e comarca de Abreu e Lima, Estado de Pernambuco, aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e dezoito (2018). Eu, _______, Jacquilene Teixeira, Chefe de Secretaria, digitei e assino.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados do DESPACHO proferido, por este JUÍZO, no processo
abaixo relacionado:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para PERICÍA MÉDICA NAS DEPENDÊNCIAS DO
FÓRUM nos processos abaixo relacionados:
Data: 14/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 11/12/2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Data: 18/12/2018
Data: 19/12/2018
O Juiz Rodrigo Ramos Melgaço da Primeira Vara da Comarca de Água Preta torna público que, na Ação Nº
0000180-53.2011.8.17.0140 proposta por Maria das Dores da Silva, foi declarada a interdição da pessoa abaixo indicada, constando da sentença
o seguinte (CPC, art. 1.184): “ Ante o exposto , com base no art. 1.767 e seguintes do Código Civil, art. 754 e 755, I e II, §1º, do NCPC, e art. 85
§1º do EPD, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial formulado para colocar sob curatela ELIAS JOSÉ DE LIMA, acima qualificado, nomeando-
lhe como curadora, sob compromisso, MARIA DAS DORES DA SILVA, acima qualificada, o qual exercerá o “ munus ” de modo a representá-la
nos atos patrimoniais ou negociais da vida civil (art. 85, caput , da Lei 13.146/15), sem poder praticar por ela atos de disposição sem autorização
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judicial, tais como emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e, em geral, os atos que não sejam de mera
administração (art. 1.772 c/c art. 1.782, do CC), dispensando-o de especialização da hipoteca legal, uma vez que não se evidenciou nos autos
a existência de bens em nome do curatelado. Sem custas na forma do art. 98, §1º, do CPC. Lavre-se termo o compromisso na forma do art.
759 do NCPC, constando as limitações da curatela acima descritas. Publique-se esta sentença, por 03 (três) vezes no DJe, com intervalos de
10 (dez) dias, nos termos do art. 755, §3º, do NCPC. Deixo de informar ao Cartório Eleitoral correspondente a esta Comarca, para suspensão
dos direitos políticos do curatelado, uma vez que se trata de ato existencial (art. 85, §1º, do EPD) para o qual tem capacidade plena. Sentença
publicada e partes intimadas em audiência. Registre-se. As partes renunciam ao prazo recursal. Com o trânsito em julgado, expeça-se mandado
para averbação no livro próprio do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais competente. Cumpridos os expedientes de estilo, ARQUIVE-
SE.” E para o conhecimento de todos, terceiros e interessados, nesta data expedi o presente edital. Água Preta, 14/11/2018. Genilson Pereira
de Gouveia, Chefe de Secretaria.
O Juiz Rodrigo Ramos Melgaço da Primeira Vara da Comarca de Água Preta torna público que, na Ação Nº
0000180-53.2011.8.17.0140 proposta por Maria das Dores da Silva, foi declarada a interdição da pessoa abaixo indicada, constando da sentença
o seguinte (CPC, art. 1.184): “ Ante o exposto , com base no art. 1.767 e seguintes do Código Civil, art. 754 e 755, I e II, §1º, do NCPC, e art.
85 §1º do EPD, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial formulado para colocar sob curatela ELISABETH MARIA DA SILVA, acima qualificado,
nomeando-lhe como curadora, sob compromisso, ELIANE MARIA DA SILVA, acima qualificada, o qual exercerá o “ munus ” de modo a representá-
la nos atos patrimoniais ou negociais da vida civil (art. 85, caput , da Lei 13.146/15), sem poder praticar por ela atos de disposição sem autorização
judicial, tais como emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e, em geral, os atos que não sejam de mera
administração (art. 1.772 c/c art. 1.782, do CC), dispensando-o de especialização da hipoteca legal, uma vez que não se evidenciou nos autos
a existência de bens em nome do curatelado. Sem custas na forma do art. 98, §1º, do CPC. Lavre-se termo o compromisso na forma do art.
759 do NCPC, constando as limitações da curatela acima descritas. Publique-se esta sentença, por 03 (três) vezes no DJe, com intervalos de
10 (dez) dias, nos termos do art. 755, §3º, do NCPC. Deixo de informar ao Cartório Eleitoral correspondente a esta Comarca, para suspensão
dos direitos políticos do curatelado, uma vez que se trata de ato existencial (art. 85, §1º, do EPD) para o qual tem capacidade plena. Sentença
publicada e partes intimadas em audiência. Registre-se. As partes renunciam ao prazo recursal. Com o trânsito em julgado, expeça-se mandado
para averbação no livro próprio do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais competente. Cumpridos os expedientes de estilo, ARQUIVE-
SE.” E para o conhecimento de todos, terceiros e interessados, nesta data expedi o presente edital. Água Preta, 14/11/2018. Genilson Pereira
de Gouveia, Chefe de Secretaria.
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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eminentemente verbal. Além disso, não se impugnou a capacidade dos contratantes, não ilegalidade no objeto nem vício de vontade, ou seja,
a cópia anexada do instrumento é plenamente válida e também eficaz, com todas as consequências dele decorrentes. Assim sendo, entendo
que a parte autora conseguiu comprovar os danos materiais ocorridos em seu veículo através das fotografias de fls. 12/13, bem como pela prova
testemunhal e nas palavras do Sr. Érico que também confirmou a ocorrência do acidente. No contrato mencionado, havia a previsão na cláusula
terceira - das obrigações da locatária, itens 3.4 e 3.5 o seguinte:3.4 - Providenciar Boletim de Ocorrência Policial, em casos de acidentes, incêndio
ou roubo do veículo, e encaminhar imediatamente a LOCADORA para que este possa tomar as providências necessárias quanto a proteção
contratada;3.5 - Na falta do Boletim de Ocorrência Policial, citado na cláusula 3.4 deste contrato, o LOCATÁRIA arcará com todas as despesas
decorrentes de acidentes, roubos e incêndios. Portanto, a responsabilidade contratual estava devidamente prevista no contrato celebrado e não
requer esforço argumentativo para sua interpretação. Sobre isso a ré não impugnou a cláusula, insurgindo-se apenas sobre a existência do
contrato o qual, como já mencionei, restou comprovado que existiu e é plenamente válido. Diante disso, não há como não reconhecer a obrigação
de reparar o dano por aquele que o causou, tendo em vista a disposição do Código Civil:Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.Art. 927. Aquele que, por
ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Portanto, o dano material da autora restou comprovado, o que é
diferente da sua quantificação, não merecendo acolhimento a alegação da parte demandada no sentido de que se tivesse restringido o veículo
não seria possíveis os reparos do veículo. Segundo a demandante, o valor do conserto do carro seria de R$18.000,00 (dezoito) mil reais, porém
não juntou aos autos comprovação de nenhum orçamento que ateste o patamar indicado, o que DEVERÁ ser comprovado em fase de liquidação
de sentença. Quanto aos valores inadimplidos a título de alugueres atrasados, entendo que assiste, mais um vez, razão à autora. A ré poderia
ter juntado aos autos o comprovante de pagamento se o tivesse realizado, mas não o fez, o que inclusive questionou até mesmo a existência
do negócio jurídico. Dessa forma, entendo que o pedido "e" (fl. 04) merece acolhimento, notadamente porque a data final é a mesma data do
comunicado de rescisão contratual, qual seja, 15.12.2006. Assim sendo, os alugueres no patamar de R$ 1.430,00 (mil quatrocentos e trinta
reais) são devidos a autora, pois a parte demandada poderia perfeitamente acostar aos autos prova do pagamento, logo, não se desincumbiu
do ônus previsto no art. 373, II, CPC. De forma contrária, isto é, não procede o pedido quanto à condenação da ré do dia 16.12.2006 até o dia
efetivo do pagamento da indenização sob o argumento de "lucros cessantes". Conforme se verificou, o contrato tinha prazo determinado, e a
condenação por lucros cessantes não tem o condão de remunerar a autora ad eternum. Não tem lugar um lucro que deixou de existir (cessante)
durante um prazo que o contrato não mais vigia. Assim sendo, caberia, caso efetivamente demonstrado e requerido nestes termos, eventual lucro
cessante pela rescisão unilateral do contrato apenas do período entre a referida rescisão e o termo final anteriormente estabelecido. Porém, não
houve requerimento nesse sentido, levando-se à improcedência do pedido de lucros cessantes. Quanto aos danos morais requeridos, entendo
que em nenhum momento a parte autora conseguiu demonstrar o abalo aos seus direitos da personalidade. A ação se baseia inteiramente na
responsabilidade contratual, não se trata de responsabilidade aquiliana, advinda da lei e a respeito do direito negativo de não causar dano a
outrem. Assim sendo afigura-se necessária a interpretação dos pedidos restringindo-se ao negócio jurídico celebrado. Portanto, sem elementos
que caracterizem a extrapolação do exercício de direito ou até mesmo o próprio dano, não há como serem reconhecida a responsabilidade civil,
pois sem dano, não há o que indenizar, não se podendo argumentar no caso em tela que estaria presente qualquer ordem de dano presumido.
Ademais, e, por fim, os prejuízos demonstrados pela parte autora são eminentemente patrimoniais. Não houve demonstração de prejuízo moral,
abalo ao seu arcabouço de direitos da personalidade, razão pela qual improcede tal pedido. Ante o exposto, ACOLHO A PRELIMINAR nos termos
fundamentados, para afastar do polo passivo o Sr. Erico, ao passo que JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, o que faço com esteio
no art. 487, I, CPC, a fim de: a) CONDENAR a demandada ao pagamento do valor do conserto do carro, ou, em sua impossibilidade, o valor do
veículo com base na tabela FIPE do ano da ocorrência do dano, nos termos do contrato firmado entre as partes, valor a ser apurado em liquidação
de sentença, atualizado com correção monetária pela tabela ENCOGE desde o descumprimento contratual, e juros de mora de 1% ao mês desde
a citação válida; b) CONDENAR a ré ao pagamento do valor de R$1.430,00 (mil quatrocentos e trinta reais) referentes aos alugueres atrasados,
valor este que deverá ser corrigido pela ENCOGE desde a mora, com incidência de juros de 1% ao mês desde a citação válida. c) DENEGAR
a reparação moral e lucros cessantes; d) Condeno a requerida no pagamento dos honorários advocatícios em 10% do valor da indenização
devidamente apurada em liquidação de sentença. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Sobrevindo eventual recurso de apelação, intime-se a
parte apelada para apresentar contrarrazões e remetam-se os autos ao TJPE. Caso não seja interposto qualquer recurso, arquivem-se os autos,
após o trânsito em julgado.Água Preta, 04 de dezembro de 2018.RODRIGO RAMOS MELGAÇOJuiz de Direito11\hwfo
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Pelo presente, ficam as partes abaixo nominadas INTIMADAS dos despachos/decisões/sentenças exarados nos processos abaixo mencionados:
Processo nº 0000020-57.2013.8.17.0140
Natureza do feito: Ação Cível
Autor: BV Financeira S.A
Advogado: OAB PE 660-A – Fernando Luz Pereira
Advogado: OAB PE 1124-A – Moisés Batista de Souza
Réu: Edivanildo Rafael Alves
Despacho: Trata-se de execução por quantia certa (após conversão da ação de busca e apreensão em alienação fiduciária) proposta por
BV Financeira S/A em face de Edvanildo Rafael Alves . Foram realizadas diligências para citação do executado em diversos endereços
apresentados pelo exequente, entretanto todas sem sucesso. Intimado, o exequente requereu a realização de nova diligência. DEFIRO o
requerimento da parte autora. 1. Expeça-se carta de citação para o endereço constante da petição de fl. 90, ficando desde já advertida a
parte exequente que não serão realizadas outras diligências sem que sejam apresentadas informações concretas da localização do executado
. 2. Caso reste frustrada a diligência, intime-se a parte autora para que apresente justificadamente novo endereço para citação ou requeira
a realização desta em outra modalidade. No caso do “item 2” deverá a parte ser advertida que o descumprimento acarretará na extinção do
feito sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485 do CPC, ou, se for o caso, na suspensão da execução, posto que não é admissível
a perpetuação da demanda por mero deleite da parte autora ao requerer a citação em diversos endereços de forma aleatória, sem qualquer
justificativa. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Água Preta, 06 de novembro de 2018. Rodrigo Ramos Melgaço - Juiz de Direito.
Processo nº 0000242-98.2008.8.17.0140
Natureza do feito: Ação Penal
Acusado: M. P. S
Advogado: OAB PE 34820 – Thiago Gonçalves de Lima
Vítima: J. P. C. S.
Decisão: Trata-se de ação penal que move o Ministério Público de Pernambuco em face de Manoel Pedro da Silva pela suposta prática do crime
previsto no artigo 214 e 224, “a” c/c art. 71, ambos do Código Penal. A denúncia foi recebida em 09.05.2008 (fl. 38), entretanto o acusado não foi
localizado para ser citado. Realizada a citação por edital, foi decretada a prisão preventiva do acusado (fl. 61). Às fls. 70/74 consta comunicação
da prisão do acusado, que está recolhido na Unidade Prisional de Vicentinópolis/GO, Comarca Pontalina/GO. O acusado constituiu advogado às
fls. 75/76. Às fls. 78/86 foi requerida a revogação da prisão preventiva, acompanhada dos documentos de fls. 87/114. Às fls. 115/117 consta o
envio de carta precatória de citação. É O RELATÓRIO. DECIDO. Compulsando os autos verifico que o acusado foi preso no Estado de Goiás e
constituiu patrono nos autos, que apresentou pedido de revogação da prisão preventiva decretada sob os argumentos trazidos na petição de fls.
78/86. Constato ainda que os autos foram devolvidos pelo patrono após a vista pelo prazo legal sem que fosse apresentada a resposta à acusação.
É cediço que não é lícito à defesa causar qualquer embaraço ao andamento do processo, devendo ser intimado o(s) advogado(s) constituídos
para apresentarem a resposta à acusação no prazo legal, posto que o pedido de revogação da prisão preventiva apenas será apreciado após a
apresentação da referida manifestação. INTIME-SE o advogado constituído pelo acusado para que apresente a resposta à acusação no prazo
de 10 (dez) dias. SOLICITE-SE o recambiamento do acusado junto à SERES. Cumprido o acima determinado quanto à apresentação de
resposta à acusação, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestar-se sobre o pedido formulado pela defesa às fls. 78/86. Após,
autos conclusos. Água Preta/PE, 05 de dezembro de 2018. Rodrigo Ramos Melgaço - Juiz de Direito.
Processo nº 0000425-20.2018.8.17.0140
Natureza do feito: Ação Penal
Acusado: M. P. S. N
Advogado: OAB PE 45359 – Silvio Lima da Silva
Advogado: OAB PE 39346 – Leopoldino Miranda Freire Neto
Vítima: C. V. S.
Decisão: Trata-se de Ação Penal proposta pelo Ministério Público em face de Cícero Vieira da Silva pela suposta prática de ato infracional
equiparado ao crime previsto no artigo 129, §2º, IV, do Código Penal. O feito tramitou regularmente e teve sentença de mérito proferida em
audiência realizada em 14.11.2018, da qual saíram intimados o Ministério Público, o acusado e seu advogado (fls. 65/67). À fl. 72 o condenado
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
interpôs recurso de apelação, protocolado em 22.11.2018. É O RELATÓRIO. DECIDO. Trata-se de ação penal em que houve a interposição de
recurso de apelação em face da sentença que julgou procedentes os pedidos da denúncia e condenou o acusado à pena privativa de liberdade.
A sentença de mérito foi proferida em audiência, após finda a instrução, conforme se verifica dos autos 65/67, ocasião em que saíram o acusado,
seu advogado e o Ministério Públicos intimados do seu teor. À fl. 72, em petição protocolada no dia 22/11/2018, o condenado interpôs recurso
de apelação. Tendo em vista que a audiência foi realizada em 14.11.2018 e que em 15.11.2018 não houve expediente forense por ser feriado
nacional, o prazo de 05 (cinco) dias para interposição do recurso de apelação iniciou-se em 16.11.2018, tendo como data limite o dia 20.11.2018.
Portanto, vislumbra-se que o recurso de apelação é intempestivo. Ante o exposto , NÃO RECEBO o recurso de apelação interposto pela defesa
do condenado, por ser intempestivo. Publique-se. Intime-se. Com o trânsito em julgado, cumpra-se as determinações da sentença de mérito
proferida. Água Preta, 04 de dezembro de 2018. Rodrigo Ramos Melgaço - Juiz de Direito.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam os respectivos advogados, intimados do DESPACHO proferido, por este JUÍZO, no processo abaixo relacionado:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho: Intime-se a parte autora para se manifestar acerca do depósito realizado à fl. 73. Após, transcorrido o prazo do despacho de fl. 68,
remetam-se os autos a Colenda Câmara Regional da Comarca de Caruaru. Alagoinha/PE, 20 de novembro de 2018. JOÃO PAULO BARBOSA
LIMA, Juiz de Direito.
Vara Única da Comarca de Alagoinha
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 05/02/2019
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 19/02/2019
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER os Beis. JOSIAS MANOEL DA SILVA- OAB-PE 29.176 e ALTEMAR TAVARES PESSOA, OAB-PE 27.660 , advogados
do acusado MARINALDO DA SILVA, neste Juízo de Direito, situado à R DOIS, 79 - Vila da Cohab Aliança/PE Telefone: (081)36375824 -
(081)36375825, tramita a ação de Ação Penal - Procedimento Sumário, sob o nº 0000551-19.2014.8.17.0170, aforada pelo Ministério Público
em desfavor de Marinaldo da Silva.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Lenormy Correia B. de Moraes, o digitei e subscrevi de ordem do MM Juiz
de Direito da Comarca. Aliança (PE), 05/12/2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE CITAÇÃO
Expediente nº 2018.0308.003136
A Doutora Izabel de Souza Oliveira, Juíza de Direito nesta Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a tantos quantos o presente Edital de Citação virem, dele notícias tiverem, a quem interessar possa, especialmente ao Sr. GILIARD
VICENTE DOS SANTOS “Gili” , brasileiro, nascido em 22/06/1989, natural de Cortês/PE, filho de José Vicente dos Santos e Maria José de
Araújo Silva, atualmente em lugar incerto e não sabido, que por este Cartório do Único Ofício desta Comarca tramitam os autos da Ação
Penal de Competência do Júri tombada sob o nº 0000163-17.2018.8.17.0190 , impetrada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
PERNAMBUCO , em seu desfavor, por infringência ao tipo penal previsto no art. 121, §2º, I e IV, do CPB . CITO-O e O tenho por CITADO , a
fim de responder à acusação que lhe é imputada, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias , na forma do art. 406 do CPP, através de advogado, na
forma do art. 406 do CPP, podendo arguir preliminares e alegar tudo que interesse à(às) sua(s) defesa(s), oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário,
ficando ciente(s) de que não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em até 10 (dez) dias, concedendo-
lhe vista dos autos (art. 408 do CPP) . Fica o réu também intimado acerca da Decisão proferida por este Juízo, cujo teor segue transcrito:
“ DECISÃO
Vistos, etc.
APENSE-SE AOS FEITOS Nº 164-02.2018.8.17.0190 E 137-19.2018.8.17.0190.
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de GILIARD VICENTE DOS SANTOS “GILI”, qualificado às fls. 02 dos autos, pela
prática do tipo penal previsto no art. 121, § 2º, I e IV – CPB.
Narra a denúncia que o denunciado, no dia 02.06.2018, por volta da 1h, na Rua Raul Araújo, o denunciado aguardou a vítima SAMUEL
DA SILVA GALDINO se afastar da mesa onde estava bebendo e, quando ela estava sozinha, a surpreendeu e a matou mediante disparos de
arma de fogo. O provável motivo deste crime foi dívida oriunda do tráfico de drogas, sendo a vítima a parte devedora.
Distribuído o Proc Nº 137-19.2018.8.17.0190 decretando a prisão preventiva do denunciado, pendente de cumprimento, ante a fuga
do distrito da culpa.
Inquérito policial em ordem e nos autos (fls. 04/64).
É o sucinto relatório, fundamento e decido.
Nesta fase processual, cumpre analisarmos os pressupostos legais de constituição da denúncia. Para a realização deste mister passo
a uma apreciação negativa da peça inicial no sentido de eliminar, sem adentrar ao mérito, elementos que levariam à sua imediata rejeição. Para
tanto, observe-se o art. 395 do CPP. A inépcia da denúncia deve ser analisada à luz do art. 41 do CPP. Compulsando os autos, percebo que
se encontram preenchidos, neste ponto, todos os elementos legais: exposição clara e objetiva dos fatos imputados ao acusado, com todas as
circunstâncias, concedendo-lhe o pleno exercício da ampla defesa; a qualificação do acusado; a classificação do crime; e o rol de testemunhas.
Assim, encontra-se apta a denúncia.
Cumprida a primeira análise, passemos aos pressupostos processuais e as condições da ação. Quanto aos primeiros, estão
regulares no sentido da escolha do órgão jurisdicional competente para apreciação da demanda e a legitimidade para o processo, assim como
não há litispendência ou coisa julgada sobre o fato em tela. Já em sede de condições da ação está clara a possibilidade jurídica do pedido, a
legitimidade das partes e o interesse processual.
Por fim, sem adentrar ao mérito da questão há, in casu , razoável suspeita, indícios suficientes de materialidade e autoria, lançando-
se um breve olhar sobre a demanda, mostra a peça inicial justa causa para o exercício da ação penal.
Portanto, não vislumbrando, para o momento, nenhum elemento que leve à rejeição liminarmente da peça inicial, RECEBO a
DENÚNCIA oferecida pelo Ministério Público em face de GILIARD VICENTE DOS SANTOS “GILI”.
dECRETADA e mantida a prisão preventiva do denunciado, por incólumes os fundamentos que ensejaram a medida constritiva grave.
CITE-SE o denunciado – primeiro pessoalmente e depois, restando infrutífera a citação pessoal, por edital, para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, na forma do art. 406-CPP, CIENTIFICANDO-LHE das advertências do art. 408-CPP.
Caso o denunciado não compareça, não seja preso e/ou não indique e não constitua advogado no momento de sua citação, INTIME-
SE a Defensoria Pública para ofertar resposta à acusação nos termos ora determinados.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, Fórum local, situado à Rua Agnaldo Correia, s/nº, no Cartório do
Ofício Único, aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu, Elivaldo Almeida da Rocha, Chefe de Secretaria,
o digitei e subscrevo.
EDITAL DE CITAÇÃO
Expediente nº 2018.0308.003144
A Doutora Izabel de Souza Oliveira, Juíza de Direito nesta Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a tantos quantos o presente Edital de Citação virem, dele notícias tiverem, a quem interessar possa, especialmente ao Sr. GILIARD
VICENTE DOS SANTOS “Gili” , brasileiro, nascido em 22/06/1989, natural de Cortês/PE, filho de José Vicente dos Santos e Maria José de
Araújo Silva, atualmente em lugar incerto e não sabido, que por este Cartório do Único Ofício desta Comarca tramitam os autos da Ação
Penal de Competência do Júri tombada sob o nº 0000164-02.2018.8.17.0190 , impetrada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
PERNAMBUCO , em seu desfavor, por infringência ao tipo penal previsto no art. 121, §2º, I e IV, do CPB . CITO-O e O tenho por CITADO , a
fim de responder à acusação que lhe é imputada, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias , na forma do art. 406 do CPP, através de advogado, na
forma do art. 406 do CPP, podendo arguir preliminares e alegar tudo que interesse à(às) sua(s) defesa(s), oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário,
ficando ciente(s) de que não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em até 10 (dez) dias, concedendo-
lhe vista dos autos (art. 408 do CPP) . Fica o réu também intimado acerca da Decisão proferida por este Juízo, cujo teor segue transcrito:
“ DECISÃO
Vistos, etc.
APENSE-SE AOS FEITOS Nº 163-17.2018.8.17.0190 E 137-19.2018.8.17.0190.
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de GILIARD VICENTE DOS SANTOS “GILI”, qualificado às fls. 02 dos autos, pela
prática do tipo penal previsto no art. 121, § 2º, I e IV – CPB.
Narra a denúncia que o denunciado, no dia 02.06.2018, por volta da 21h, na Rua Antônio Gervásio de Souza, o denunciado, 20 (vinte
horas) após ter matado a vítima Samuel da Silva Galdino, em local próximo ao homicídio anterior, o denunciado agiu com o mesmo modus
operandi do homicídio perpetrado anteriormente: aguardou a vítima LUIZ HENRIQUE DA SILVA se afastar da mesa onde estava bebendo e,
quando ela adentrava ao banheiro público, a surpreendeu e matou, também mediante disparos de arma de fogo. O provável motivo do crime foi
a vítima, dias antes, ter intervindo numa discussão entre o denunciado e a pessoa de MELKZEDEK, agindo a vítima para que o representado e
seu amigo Eronildo José da Silva não matassem MELKZEDEK, gerando esta animosidade entre a vítima e o representado.
Distribuído o Proc Nº 137-19.2018.8.17.0190 decretando a prisão preventiva do denunciado, pendente de cumprimento, ante a
fuga do distrito da culpa.
Inquérito policial em ordem e nos autos (fls. 04/60).
É o sucinto relatório, fundamento e decido.
Nesta fase processual, cumpre analisarmos os pressupostos legais de constituição da denúncia. Para a realização deste mister passo
a uma apreciação negativa da peça inicial no sentido de eliminar, sem adentrar ao mérito, elementos que levariam à sua imediata rejeição. Para
tanto, observe-se o art. 395 do CPP. A inépcia da denúncia deve ser analisada à luz do art. 41 do CPP. Compulsando os autos, percebo que
se encontram preenchidos, neste ponto, todos os elementos legais: exposição clara e objetiva dos fatos imputados ao acusado, com todas as
circunstâncias, concedendo-lhe o pleno exercício da ampla defesa; a qualificação do acusado; a classificação do crime; e o rol de testemunhas.
Assim, encontra-se apta a denúncia.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Cumprida a primeira análise, passemos aos pressupostos processuais e as condições da ação. Quanto aos primeiros, estão regulares
no sentido da escolha do órgão jurisdicional competente para apreciação da demanda e a legitimidade para o processo, assim como não há
litispendência ou coisa julgada sobre o fato em tela. Já em sede de condições da ação está clara a possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade
das partes e o interesse processual.
Por fim, sem adentrar ao mérito da questão há, in casu , razoável suspeita, indícios suficientes de materialidade e autoria, lançando-se
um breve olhar sobre a demanda, mostra a peça inicial justa causa para o exercício da ação penal.
Portanto, não vislumbrando, para o momento, nenhum elemento que leve à rejeição liminarmente da peça inicial, RECEBO a DENÚNCIA
oferecida pelo Ministério Público em face de GILIARD VICENTE DOS SANTOS “GILI”.
dECRETADA e mantida a prisão preventiva do denunciado, por incólumes os fundamentos que ensejaram a medida constritiva grave.
CITE-SE o denunciado – primeiro pessoalmente e depois, restando infrutífera a citação pessoal, por edital, para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, na forma do art. 406-CPP, CIENTIFICANDO-LHE das advertências do art. 408-CPP.
Caso o denunciado não compareça, não seja preso e/ou não indique e não constitua advogado no momento de sua citação, INTIME-
SE a Defensoria Pública para ofertar resposta à acusação nos termos ora determinados.
REQUISITE-SE folhas de antecedentes junto ao IITB.
Apresentada a resposta à acusação, VENHAM-ME OS AUTOS CONCLUSOS.
Amaraji, 25 de outubro de 2018. ”
Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, Fórum local, situado à Rua Agnaldo Correia, s/nº, no Cartório do
Ofício Único, aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu, Elivaldo Almeida da Rocha, Chefe de Secretaria,
o digitei e subscrevo.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Expediente nº 2018.0308.3133
A Doutora Izabel de Souza Oliveira, Juíza de Direito desta Comarca de Amaraji/PE, do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a(s) parte(s) e seu(s) advogado(s), nos autos epigrafados, que pelo presente edital fica(m) o(s) mesmo(s) devidamente INTIMADO(s)
do Despacho/Sentença/Decisão proferido(a) na ação em tela, transcrito(a) a seguir:
Vistos, etc.
Ofertada impugnação ao cumprimento de sentença pelo Município executado (fls. 61/63), decidindo o Juízo pela improcedência da
mesma (fls. 72) – decisão devidamente publicada (fls. 77), tenho que o executado não foi processualmente intimado da mesma, não sendo
possível, assim, se atestar sua preclusão.
Cumpre ressaltar que, na forma do art. 183 – CPC:
“Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo
em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1ºA intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.”
Muito embora a decisão tenha sido publicada no DJE (fls. 77), dela não se fez constar o Procurador Municipal, na forma prescrita
em lei. Observe-se ainda que às fls. 76, o Juízo alterou a forma de procedimento da execução pretendida – despacho do qual também não foi
intimado o Procurado Municipal.
Dessa forma, a fim de se evitar nulidade posterior e cerceamento de defesa, INTIME-SE o executado POR SEU PROCURADOR
MUNICIPAL POR MEIO ELETRÔNICO da decisão de fls. 72 e do despacho de fls. 76.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Expediente nº 2018.0308.3131
A Doutora Izabel de Souza Oliveira, Juíza de Direito desta Comarca de Amaraji/PE, do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a(s) parte(s) e seu(s) advogado(s), nos autos epigrafados, que pelo presente edital fica(m) o(s) mesmo(s) devidamente INTIMADO(s)
do Despacho/Sentença/Decisão proferido(a) na ação em tela, transcrito(a) a seguir:
Vistos, etc.
Trata-se de cumprimento de sentença proposta por RAQUEL DE CASTRO LIMA em face de PAG TOTAL.
Analisando os autos, tenho que a autora é esposa do então Chefe de Secretaria deste Juízo – Sr. ALMIR
CORDEIRO BARROS FILHO, afastado da função e devolvido à SGP – TJPE por determinação desta Magistrada.
Assim, aplicando a regra do art. 145, § 1º - CPC, e DECLARO-ME SUSPEITA para processar e julgar o Feito,
e DECLINO da competência em favor do meu substituto legal.
P.R.I. , com as devidas baixas.
OFICIE-SE ao Juiz Substituto para conhecimento e processamento .
Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, Fórum local, situado à Rua Agnaldo Correia, s/nº, no Cartório do
Ofício Único, aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu, Elivaldo Almeida da Rocha, Chefe de Secretaria,
o digitei e subscrevo.
786
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Expediente nº 2018.0308.3132
A Doutora Izabel de Souza Oliveira, Juíza de Direito desta Comarca de Amaraji/PE, do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a(s) parte(s) e seu(s) advogado(s), nos autos epigrafados, que pelo presente edital fica(m) o(s) mesmo(s) devidamente INTIMADO(s)
do Despacho/Sentença/Decisão proferido(a) na ação em tela, transcrito(a) a seguir:
Vistos, etc.
Uma vez que este Juízo declinou e sua competência para julgamento e processamento do Feito em favor do juízo da Comarca
de Escada (fls. 171), não detendo, pois, competência para cumprimento do despacho de fls. 174, REMETAM-SE os autos ao Juízo processante.
Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, Fórum local, situado à Rua Agnaldo Correia, s/nº, no Cartório do
Ofício Único, aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu, Elivaldo Almeida da Rocha, Chefe de Secretaria,
o digitei e subscrevo.
. . . . . . . . . . . . .
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Expediente nº 2018.0308.003145
ARROLAMENTO
Processo Nº 0000432-61.2015.8.17.0190
Inventariante: ELIZÂNGELA MARIA DA SILVA DAVI
Inventariado(a): DAMIANA MARIA DA SILVA
Advogado(a): ALBERES JOSÉ DOS SANTOS JÚNIOR – OAB/PE 29305
Outros: LUCICLEIDE MARIA DA SILVA
Advogado(a): HUMBERTO BARROS PERSIVO CUNHA – OAB/PE 4651-D
A Doutora Izabel de Souza Oliveira, Juíza de Direito nesta Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER à(o) advogado(a)(s), que pelo presente Edital de Intimação, fica(m) o(a)(s) mesmo(a)(s) devidamente intimado(a)(s) do(a) Despacho/
Decisão proferido(a) por este Juízo, cujo teor segue transcrito:
“ Vistos, etc.
787
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Amaraji, do Estado de Pernambuco, Fórum local, situado à Rua Agnaldo Correia, s/nº, no Cartório do
Ofício Único, aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu, Elivaldo Almeida da Rocha, Chefe de Secretaria,
o digitei e subscrevo.
788
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Doutor Doutor Andrian de Lucena Galindo, Juiz de Direito, em Exercício Cumulativo da Vara Única da Comarca de Angelim, na forma da lei,
etc...FAZ SABER a todos que o presente edital virem, dele tiverem conhecimento tiverem e a quem interessar possa, que neste Juízo, tramita
uma ação de Interdição, na qual foi proferida sentença, cujo teor dispositivo é:” Ante o exposto, com fulcro no art. 487, I, do CPC, julgo procedente
o pedido formulado pela Autora e, com base no art. 4º, III c/c art. 1767, ambos do CC, decreto a interdição de MARIA SIMONI DE OLIVEIRA,
devidamente qualificado nos autos, declarando-o relativamente incapaz de exercer, por si, todos os atos da vida civil, determinando a forma
relativa de curatela, apenas sobre direito patrimonial e negocial, nomeando-lhe curadora sua esposa CICERA LOPES DE OLIVEIRA , a qual
prestará, no prazo e forma legal, compromisso de bem e fielmente cumprir o encargo que lhe fora atribuído.Lavre-se termo de curatela.Em
conformidade com o disposto no art. 92 da lei 6.015/73 c/c o art. 1.184 do CPC, inscreva-se a presente no Registro de Pessoas Naturais e
publique-se na imprensa oficial, por três vezes, com intervalo de dez dias, constando do edital os nomes do interditando e da curadora, a causa
da interdição e os limites da curatela, fazendo observar o art. 85 da Lei 13.146 de 2015 (Estatuto da pessoa com deficiência).Oficia-se ao Tribunal
Regional Eleitoral para cancelamento inscrição eleitoral do interditando. Sem custas ou honorários, por estar o requerido litigando sob o pálio da
justiça gratuita. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, com baixa na distribuição. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Angelim,
30 de agosto de 2017.Marcus Vinícius Barbosa de Alencar Luz, Juiz de Direito em exercício cumulativo” .
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, e u, Rejane Domingos de Sena, Chefe de Secretaria, o digitei.
Angelim,05/12/2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Doutor Andrian de Lucena Galindo , Juiz de Direito, e m exercício cumulativo, da Vara Única da Comarca de Angelim, na forma da lei e etc...
FAZ SABER ao condenado EVANDO GOMES DA SILVA, o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à
R ANTÔNIO MARTINIANO DA COSTA, s/nº - Centro Angelim/PE Telefone: (087)3788.1994, tramita a Ação Penal de Competência do Júri, sob
o nº 0000010-08.2005.8.17.0200, aforada por O M. P., em desfavor de EVANDRO GOMES DA SILVA.
Assim, fica o réu INTIMADO da sentença condenatória proferida no julgamento pelo Tribunal do Júri Popular desta Comarca,
nos autos em epígrafe, cuja parte final segue transcrita: “(...) II – Assim, o Juiz Constitucional da causa julgou PARCIALMENTE PROCEDENTE
O PEDIDO contido na denúncia e submeteu o acusado EVANDRO GOMES DA SILVA à pena disposta no artigo 121, § 2º, III, c/c § 1º, primeira
parte, do Código Penal, em relação à vítima José Cícero Bezerro de Aquino. Reconhecida, nesses termos, a parcial procedência da imputação,
passo à dosimetria, abordando, antes do critério trifásico adotado pelo Código Penal, algumas questões relacionadas à individualização da pena.
Registro que o réu possuía menos de 21 (vinte e um) anos na época do fato, razão pela qual faz juz à atenuante da menoridade relativa.
Em obediência à soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, passo à dosimetria da pena, em observância ao princípio constitucional de sua
individualização (Constituição da República, art. 5º, XLVI) e consoante o disposto nos artigos 59 e 68 do Código Penal. Preliminarmente, destaco
que será utilizada a qualificadora reconhecida pelos jurados configuradora do meio cruel para qualificar a pena. Na primeira fase, examino as
circunstâncias judiciais: a) Culpabilidade : entendida como o juízo de reprovabilidade incidente sobre a conduta do agente, a culpabilidade
demonstrada pelo acusado não destoa do comum para o contexto. b) Antecedentes : não possui maus antecedentes; c) Conduta social: não
consta dos autos prova concreta da prática de conduta extrapenal (convivência com o grupo em que pertence: família, vizinhança e sociedade em
geral) que venha a lhe desabonar o comportamento social; d) Personalidade: não há nos autos elementos suficientes para aferi-la, quer pela
inexistência de laudo psicossocial, quer pela ausência de elementos suficientes no interrogatório do acusado, pelo que, considero tal circunstância
neutra; e) Motivos: o motivo do crime, reconhecido pelos jurados, foi de relevante valor moral. Conduto, será valorado na terceira fase.
f) Circunstâncias: o modus operandi utilizado pelo acusado lhe é desfavorável, pois desferiu vários golpes de faca e chegou a degolar a
vítima. Entretanto, deixo de valorá-lo neste momento por já ter sido utilizado para qualificar o crime, sob pena de bis in ide. g) Consequências:
consistentes nos efeitos produzidos pela ação criminosa, o maior ou menor vulto do dano ou perigo de dano e o sentimento de insegurança
trazido pela ação, são as normais para o tipo a perda de uma vida. h) Comportamento da vítima: segundo reconhecido pelos jurados, a
conduta pregressa da vítima contribui para fato. Contudo, entendo abarcado pelo motivo do crime, a ser valorado na terceira fase. Ponderadas
as circunstâncias judiciais, fixo a pena-base privativa de liberdade em seu mínimo, ou seja, 12 (doze) anos de reclusão. Na segunda fase,
presente a agravante do meio cruel. Mas, como já afirmado, deixo de valorá-lo neste momento por já ter sido utilizado para qualificar o crime, sob
pena de bis in idem. Estão presentes as atenuantes da menoridade relativa e do motivo de relevante valor moral, este último a ser valorado na
terceira fase. Assim, não obstante a menoridade relativa, mantenho a pena em 12 (doze) anos de reclusão , uma vez que já se encontra em
seu patamar mínimo, em observância à Sumula 231 do STJ. Na terceira fase, não há causas de aumento. Presente a causa de diminuição do
motivo de relevante valor moral. Assim, considerando que o acusado teria praticado o delito em razão de estupro sofrido por sua irmã, praticado
pela vítima; considerando que sua irmã é deficiente física e mental e que, inclusive, teria engravidado pelo estupro; tenho que tal contexto é
suficiente para influenciar intensamente a conduta do ser humano, motivo pelo qual aplico a causa de diminuição em seu redutor máximo, ou seja,
em 1/3. Logo, fixo a pena definitiva em 08 (oito) anos de reclusão. Não houve prisão nos autos, não havendo que se falar em detração. Atento
ao disposto no artigo 387, § 2º, do CPP, e ao art. 33, § 2º, alínea ‘b’, do CP, estabeleço o regime semiaberto para início de cumprimento da
pena , a se dar no Centro de Ressocialização do Agreste, situado na Comarca de Canhotinho/PE. Por ter sido cometido o crime com violência à
pessoa, inviável se mostra a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, na forma prevista nos artigos 44 e seguintes do
Código Penal. Do mesmo modo, tendo em vista a condenação do acusado a pena privativa de liberdade superior a dois anos, deixo de oferecer-
lhe a suspensão condicional da pena , nos termos dos artigos 77 e seguintes do Código Penal. Considerando a recente decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF – 1ª Turma – HC 118.770/SP – Min. Luis Roberto Barroso, j. 07/03/2017), segundo a qual a condenação pelo Tribunal
do Júri em razão de crime doloso contra a vida deve ser executada imediatamente, como decorrência natural da competência soberana do júri
conferida pelo art. 5º, XXXVIII, “d”, CF, DECRETO a prisão do réu , não lhe concedendo o direito de recorrer em liberdade. Portanto, expeça-
se, imediatamente, MANDADO DE PRISÃO, lançando-se no BNMP, devendo ser encaminhado ao Presídio de Canhotinho. Efetuada a
prisão, expeça-se guia de execução provisória para fins de cumprimento da pena imposta na sentença, devendo ser observado o regime
semiaberto, salvo se por outra causa deva permanecer em regime mais gravoso. Inaplicável a providência prevista no artigo 387, IV, do
Código de Processo Penal, tendo em vista a ausência de pedido, do contraditório acerca dos danos sofridos e de informações suficientes para
fixação da reparação. Transitada em julgado esta decisão, determino: a) oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Pernambuco ,
para os fins do artigo 15, inciso III, da Constituição da República; b) procedam-se às comunicações e anotações de praxe, inclusive ao Instituto de
Identificação do Estado. d) expeça-se guia de execução definitiva, que deverá ser cumprida perante o Juízo de execução criminal da Comarca de
Canhotinho. e) o perdimento e a destruição dos objetos apreendidos e vinculados a este processo, com observância das formalidades legais
e regulamentares. Condeno o acusado ao pagamento das despesas processuais (artigo 804 do Código de Processo Penal). Contudo, assistido
por Advogado Dativo, presume-se sua hipossuficiência, motivo pelo qual lhe concedo os benefícios da Justiça Gratuita, ficando suspensa a
condenação. Considerando a ausência de defensor público na Comarca, bem como considerando que Defensoria Pública, apesar de notificada,
lamentavelmente não indicou defensor público para atuar no plenário de julgamento, em observância ao Provimento nº 04/2010, do Conselho da
Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco, e em atenção à Tabela de Honorários da OAB/PE, condeno o Estado de Pernambuco ao
pagamento de honorários advocatícios, que arbitro em R$8.233,00 (oito mil duzentos e trinta e três reais), em benefício da Dra. Mayra Joanne
Marinho Silva Correia, advogada dativa nomeado para a atuação neste plenário do Tribunal do Júri. Desde já, autorizo a secretaria a expedir
a respectiva certidão para fins de execução. Publicada nesta assentada de julgamento do Tribunal do Júri da Comarca de Angelim, dou os
presentes por intimados. P.R.I.C. Sala das Sessões do Tribunal do Júri da Comarca de Canhotinho-PE, às 14h40min do dia 06 de novembro de
2018 Lucas Cristóvam Pacheco, Juiz Presidente .
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Rejane Domingos de Sena, Chefe de Secretaria, o digitei .
Angelim (PE), 06/12/2018
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Araripina - 2ª Vara
2ª VARA
EDITAL DE CITAÇÃO
(PRAZO 20 DIAS)
A Dra. ANGÉLICA CHAMON LAYOUN, Juiz de Direito Substituto em exercício cumulativo na 2ª Vara da Comarca de Araripina, Estado de
Pernambuco, em virtude da Lei, etc... FAZ SABER, pelo presente Edital de intimação com prazo de 20 (vinte) dias, MOTOS FIGUEIREDO E
MOURA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 08.675.203/0001-90 , com endereço na Avenida da Integração, nº
1330 A, Palhinhas, na cidade de Petrolina-PE, CITO e tenho como CITADA, a executada, para, querendo, apresentar contestação no prazo legal,
oportunidade em que deverá dizer, motivadamente, quais provas pretende produzir em juízo. O requerimento genérico de prova, sem a devida
fundamentação, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, no Processo nº 0000555-42.2017.8.17.2210 – PJE . Dado e Passado nesta Comarca de
Araripina, (05/12/2018). Eu, Daniel Sloanne Nogueira Sampaio, Técnico Judiciário o digitei e subscrevi, ______________. ANGÉLICA CHAMON
LAYOUN Juíza de Direito.
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Arcoverde - 1ª Vara
Primeira Vara Cível da Comarca de Arcoverde
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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fosse ativada. Sendo assim, diante das provas colacionadas aos autos, resta patente que a Requerida realizou cobrança indevida em face da
autora e, no momento de compensar o valor cobrado indevidamente, porém quitado pela autora, a Requerida quedou-se totalmente omissa e,
ainda, determinou a suspensão da energia elétrica na unidade consumidora da autora. Acerca do tema, colacionamos julgado do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Sul:EMENTA CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE NULIDADE DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
SUSPEITA DE FRAUDE NO APARELHO RESONSÁVEL PELA MEDIÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA. SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO.
IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO. AUSÊNCIA DE INADIMPLEMENTO. CONSTRANGIMENTO E AMEAÇA AO CONSUMIDOR. CDC, ART.
42. COBRANÇA ILEGAL DE DÉBITO. DANO MORAL. CARACTERIZAÇÃO. DEVER DE INDENIZAR. FIXAÇÃO EM VALOR SUFICIENTE.
APELO. IMPROVIDO. MANUTENÇÃO DE SENTENÇA. DECISÃO UNÂNIME. 1)NÃO SE FIGURA LÍCITA A ATITUDE DA CONCESSIONÁRIA
QUE, BASEADA NA EXISTÊNCIA DE MERA IRREGULARIDADE EM MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA (DESVIO ANTES DO MEDIDOR),
AMEAÇAR EFETUA A SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA E COBRANÇA POR CONSUMO PRESUMIDO SUPERIOR
À MÉDIA HABITUAL NOS ANOS ANTERIORES DO CONTRATO, MORMENTE QUANDO NÃO HÁ, NOS AUTOS, QUALQUER PROVA DE
QUE O CONSUMIDOR TENHA CONCORRIDO PARA O EVENTO. 2)EVIDENCIADA A OCORRÊNCIA DO ATO ILÍCITO, DO NEXO CAUSAL
E DO DANO, É DE SER CONFIRMADA A SENTENÇA QUE CONDENOU O OFENSOR A INDENIZAR O OFENDIDO, POR DANOS MORAIS,
TENDO COMO OBJETIVO APENAS MINIMIZAR A DOR E A AFLIÇÃO SUPORTADA PELA PARTE PREJUDICADA, DEVENDO SER FIXADA
DENTRO DOS PADRÕES DE RAZOABILIDADE, PARA QUE NÃO ACARRETE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. (APELAÇÃO CÍVEL 152002-9.
COMARCA CARUARU. RELATOR EURICO DE BARROS CORREIA FILHO. REVISOR FRANCISCO MANOEL TENORIO DOS SANTOS.
ÓRGÃO JULGADOR 4ª CÂMARA CÍVEL. DATA DE JULGAMENTO 7/8/2008. PUBLICAÇÃO 157) Não se ignora a existência da legislação
referida pela demandada, onde é previsto o corte no fornecimento de energia quando houver inadimplemento por parte do consumidor, o que
não é o caso dos autos, como evidentemente restou demonstrado. Entretanto, a lei veda prática abusiva que tal por se traduzir em coação
ilegal como disposto nos artigos 42 e parágrafo único, 51, IV, § 1º, I e II e 54, § 4º, do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, em se
tratando de serviço essencial, fornecimento de energia elétrica, os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias
ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
contínuos na forma do disposto no art. 22, do CDC, respondendo as pessoas jurídicas pelos danos causados na forma do disposto no parágrafo
único, do art. 22 e da legislação civil, inclusive por dano moral. Desta forma, diante de todo o conteúdo probatório existente nos autos, resta
demasiadamente caracterizado o dano moral, considerando, sobretudo, que a supressão no fornecimento de energia lastreou-se em alegação
genérica de inadimplemento por parte da requerente, sendo que consta dos autos o pagamento de duas faturas cobradas em duplicidade da
unidade consumidora da autora, sem, contudo, proceder a Requerida com a devida compensação de valores. Logo, negar proteção ao seu
patrimônio moral ensejaria o desrespeito à tutela jurídica abalizada pela própria CF/88, a teor do seu art. 5º, V e X; artigo 6º, VI, do CDC e arts.186,
187 c/c art. 927, todos do CCB. Quanto à quantificação da indenização devem ser observados os princípios da proporcionalidade, isto é, análise
das condições financeira da Requerido, e da razoabilidade, devendo a indenização ser proporcional ao dano. Isso posto, JULGO PROCEDENTE
O PEDIDO Indenizatório, nos termos do artigo 487, I do CPC, para condenar a Requerida ao ressarcimento do valor de R$ 111,10 a título de
reparação material, corrigida monetariamente e acrescida de juros de mora de 12 % a.a., a contar da citação, por se tratar de dano contratual,
bem como ao pagamento, a título de verba reparadora por dano de natureza moral (art. 5º, inc. V, da CF/88 e arts. 186 e 927, do CCB) na
importância correspondente a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que fixo tomando por parâmetro, para a precisa dosagem do quantum necessário à
reparação pleiteada, a natureza e extensão do dano, o grau de culpa do ofensor e as qualidades e condições econômicas das partes, corrigida
monetariamente a partir da presente decisão e acrescida de juros de mora de 12 % a.a., a contar da citação, por se tratar de dano contratual.
Custas processuais e honorários advocatícios pela parte Demandada, sendo esta última em 20% sobre o valor da condenação. P.R.I. Arcoverde,
03 de dezembro de 2018. CLÁUDIO MÁRCIO PEREIRA DE LIMA JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA2
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os sentimentos e fere as facetas da personalidade. Esse dano é considerado de natureza subjetiva, já que está ligado a um direito inerente à
pessoa, como a vida, a integridade física, a liberdade, a honra, a vida privada e a vida social. Caracterizando-se então, pela dor, angústia, aflição
física ou espiritual causado a vítima, em razão de um evento danoso. Assim, em matéria de dano moral é de se considerar que há um atentando
contra a personalidade do indivíduo, o qual se passa no seu interior, sem reflexos externos, sendo suficiente para configurar a ocorrência de tal
dano que se prove o ilícito praticado. O autor sustenta a existência do dano moral no momento em que, diante do descumprimento contratual pelo
Requerido, teve o seu nome lançado no rol dos maus pagadores, bem como responde a ação de busca e apreensão. Pois bem, vislumbro que
o autor, não comprovou a restrição cadastral que informa existir em seu desfavor, nem que existe busca e apreensão em seu desfavor, apenas
este ingressou com busca e apreensão em desfavor do requerido. Sustenta o autor que o incidente causo-lhe constrangimento, sendo suficiente
para ensejar os danos morais. Analisando os autos, vislumbro que o autor comprova a existência do liame contratual entre as partes, assim como
restou demonstrado o descumprimento contratual pelo Requerido. Porém, nessa ambiência, entendo que o fato narrado caracteriza-se como mero
dissabor, decorrente de uma violação de relação contratual pura e simples, pois, em momento algum restou comprovado o nexo de causalidade
entre o abalo moral pretendido pelo autor e a conduta do Requerido, o que é o caso dos autos, não gerando direito ao recebimento de indenização
por dano moral, sendo considerado apenas um incômodo do cotidiano sofrido pela autora. Portanto, tenho que o fato corresponde a mero dissabor
do cotidiano das relações de massa, não ensejando reparação a título de dano moral. A jurisprudência, em casos análogos, assim tem decidido:
Ementa: E M E N T A - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - MÁ PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
- ALEGAÇÃO DE PRESUNÇÃO DO DANO - AFASTADA - MERO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL - DANO MORAL NÃO VERIFICADO -
HONORÁRIOS CONTRATUAIS NÃO INDENIZÁVEIS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Verificando-se que no caso em tela o autor
adquiriu equipamento da empresa apelada, cuja instalação foi oferecida de forma deficitária (matéria incontroversa), inarredável a constatação
de relação de consumo fundada em contrato de prestação de serviço. 2. Ao contrário do que alega o apelante, o inadimplemento contratual por
si só não faz presumir a existência de dano moral, havendo necessidade de sua comprovação. Precedentes STJ. 3. Aborrecimento, transtornos
e dissabores decorrentes de descumprimento contratual não caracterizam o dano moral, pois são insuficientes para levar ao convencimento de
que houve abalo emocional, sofrimento ou vergonha, ou qualquer tipo de mácula à honra ou direito de personalidade. 4. Apesar da imperícia
dos prepostos da empresa requerida ter causado danos ao autor (quebra do monobloco do trator), e ainda, de ter a empresa requerida se
proposto a reparar a peça danificada, o que, segundo o laudo pericial, estava fadado ao insucesso, tais circunstâncias demonstram tão somente
o descumprimento contratual, que, a meu juízo, não gera indenização por dano moral. 5. Necessário se faz observar que o contrato de honorários
firmado pelo apelante o foi em seu próprio interesse. Daí que não há como impor à parte apelada o pagamento de obrigação da qual sequer
anuiu, inexistindo no caso em tela previsão legal ou contratual capaz de corroborar com o pedido formulado. (Relator(a): Des. Sideni Soncini
Pimentel. Comarca: Dourados Órgão julgador: 5ª Câmara Cível Data do julgamento: 26/11/2018. Data de publicação: 27/11/2018) Quanto ao
pedido de cobrança de valores, cumpre enfatizar, primeiramente, que o requerido reconhece integralmente a realização do contrato como exposto
na exordial, assim como reconhece que são verdadeiros os fatos ditos pelo autor no sentido de que o Requerido não cumpriu o contrato, ainda que
sob o argumento de estar enfrentando uma crise financeira, como também restou comprovado que o Requerido não procedeu com a devolução do
bem ao autor, já que não podia mais pagar as prestações assumidas. Dessa forma, resta comprovado o alegado pelo autor, ante o reconhecimento
do pedido em relação a existência do débito, logo, procede o ressarcimento por danos materiais. Isto posto, com fundamento no art. 487, inciso I,
do CPC JULGO PROCEDENTE EM PARTE o pedido pelo Requerente, condenando o Requerido a pagar ao requerente o valor de R$ 37.758,00
(trinta e oito mil setecentos e cinquenta e oito reais), acrescidos de juros de mora de 12% a.a a partir da citação e correção monetária pela
tabela do Encoge, a partir da presente decisão. EXTINGUINDO O FEITO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. Custas processuais e. Honorários
advocatícios pela parte Demandada, sendo esta última em 10% sobre o valor da condenação. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Arcoverde,
30 de novembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito2
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
DEVOLUÇÃO DE PROCESSO(S)
Ilmº. Sr. Bel. CESAR RICARDO BEZERRA MACEDO OAB-PE nº. 20.666 , através do presente, solicito a Vossa senhoria a devolução, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, do(s) processo(s) abaixo relacionado(s), sob pena de ser feita comunicação a OAB, por encontrar(em)-se
excedendo o prazo de devolução. 0004177-90.20148.17.0220. Claudio Marcio Pereira de Lima. Juiz de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
INTIMAÇÃO
Processo nº: 0000193-30.2016.8.17.0220
Classe: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária
Expediente nº: 2018.0545.002619
Partes: Requerente AYMORÉ CFI - AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.
Advogado Fábio Frasato Caires
Requerido Jucicleyde Dias da Silva
Advogado Cristiane Belinati Garcia Lopes
Ilmo(a). Sr(a).:
Fábio Frasato Caires Advogada PE01105-A
Cristiane Belinati Garcia Lopes Advogado PE01161-A
Através da presente, fica V.Sa. " intimado ", para o fim declarado no(s) item(ns) abaixo, conforme nos autos: S E N T E N Ç A VISTOS, ETC... O
autor, ora embargante, apresentou embargos de declaração em face da sentença de fls. 29 aduzindo, em síntese, que há erro material pois foi
proferida sentença sem que se tenha observada a publicação correta do patrono do autor. Intimado o embargado via edital, quedou-se silente.
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Em seguida, vieram-me os autos conclusos. É O RELATÓRIO. DECIDO. Trata-se de embargos declaratórios com efeito infringente, onde o
embargante alega a existência de erro material, uma vez prolatada sentença sem intimação correta da sentença. Vislumbro que as razões
expostas nos presentes embargos de declaração se coadunam com o rol taxativo contido no artigo 1.022, do CPC, inclusive, da análise dos
fundamentos dos embargos, vislumbro que, de fato, esse MM Juiz incorreu em erro por causa de erro da secretaria da judicial, haja vista que, a
publicação do despacho de fls. 26, se deu de forma equivocada. Na exordial, foi explicitada que todas as intimações deveriam se dar na pessoa
do causídico Fabio Frasato Caires OAB//PE 1.105-A. Contudo, a publicação já referida se deu em advogado diverso. Ora, O art. 272, §5º, do
CPC prevê a nulidade no caso de não observada a intimação exclusiva requerida pela parte. Dessa forma, impõe-se a nulidade da sentença,
pois, baseada em premissa equivocada. Sobre a possibilidade dos efeitos infringentes ante a premissa equivocada, a jurisprudência assim tem
entendido: Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO . ROL DO ART. 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. EFEITO INFRINGENTE.
OMISSÃO. Embargos acolhidos para sanar a omissão apontada. Embargos de declaração com efeito infringente somente
têm aceitação para emprestar efeito modificativo à decisão em raríssimas exceções, quando é mera decorrência da correção
do vício efetivamente existente, ou quando se trata de erro material. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. ( Embargos
de Declaração Nº 70077170918, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Bayard Ney de Freitas Barcellos,
Julgado em 09/05/2018). Como se vê, merece guarida o pleito do embargante. Diante do exposto, ante a existência de premissa
equivocada, conheço dos embargos por ter sido interposto na forma legal e acolho os mesmos, nos termos do art. 1.022, I, do CPC, para
reconhecer o vício, este que supro para anular a sentença de fls. 29. Em continuação, ante a nulidade reconhecida, defiro a substituição
do polo ativo pela ITAPEVA II, - MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS NÃO PADRONIZADO, devendo
se proceder a alteração perante a Distribuição. Deverá, ainda, a Secretaria intimar o causídico Fabio Frasato Caires OAB//PE 1.105-A, do
presente decisum, bem como, a causídica Cristiane Belinati Garcia Lopes, OAB/PE 1.161-A, do deferimento da alteração do polo ativo,
bem como para em 15 dias, proceder ao recolhimento das custas complementares, sob pena de extinção, consoante já deliberado às
fls. 26. P.R.I. Arcoverde, 05 de dezembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito
DECLARO, para os devidos fins, que eu, Maria das Dores M. da Silva, subscrevo este expediente por ordem do(a) MM. Juiz(a) desta Comarca.
Provimento nº 002/2010 – CGJ-TJPE
Arcoverde (PE), 05/12/2018.
Atenciosamente,
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Despacho:
Vistos, etc.Diga o autor em 10 dias, ante a certidão retro.Intime-se.Arcoverde, 30 de novembro de 2018.Cláudio Márcio Pereira de LimaJuiz de
Direito
800
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485, inciso III, do CPC determina a extinção do feito quando este ficar parado por mais de 30 dias, em virtude do exequente não promover
diligência que lhe competia e, considerando que o feito se encontra parado há mais de 30 dias por culpa do Exequente, restando a este Juízo,
julgar extinta a ação, sem resolução do mérito. Diante do exposto e tendo em vista os preceitos legais atinentes à espécie, JULGO extinto o
presente feito, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, III do CPC/2015. Isento de custas. Após o trânsito em julgado, baixa e arquive-
se. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Arcoverde, 30 de novembro de 2018. CLÁUDIO MÁRCIO PEREIRA DE LIMA Juiz de Direito.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Fábio Luiz Magalhães, o digitei e submeti à conferência e subscrição da
Chefia de Secretaria.
Data: 05/12/2018.
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS, EDITAIS, SENTENÇAS E
AUDIÊNCIAS proferidos por este JUÍZO, nos processos abaixo relacionados:
SENTENÇA : (...) Diante do exposto, e tendo em vista os preceitos legais atinentes à espécie, com fulcro nos art. 183, da CF/88 e art.
1.240, do NCC, julgo procedente o pedido na exordial para declarar o domínio do imóvel situado na Rua Sérgio de Souza Padilha, nº 26,
centro nesta cidade, para MÁRCIO LUIDSON PEREIRA DA SILVA e KLEYDJANE DE BRITO LIMA , devendo esta sentença servir de título
para matrícula, oportunamente, no Cartório de Registro de Imóveis, deste Município. Custas já recolhidas. Após o trânsito em julgado, expeça-se
a competente carta de sentença, feito isto, baixa e arquive-se. PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. INTIME-SE. Publique-se. Registre-se. Intime-
se. Arcoverde, 04 de dezembro de 2018. CLÁUDIO MÁRCIO PEREIRA DE LIMA Juiz de Direito 1ª Vara.
SENTENÇA : (...) Isto posto, com fundamento no art. 487, inciso I, do CPC JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado pelo Requerente,
EXTINGUINDO O FEITO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO . Custas processuais e. Honorários advocatícios pela parte Demandante, sendo esta
última em 10% sobre o valor da causa, observando, contudo, que o feito tramita sob os auspícios da justiça gratuita. Publique-se. Registre-se.
Intime-se. Arcoverde, 29 de novembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito.
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SENTENÇA: (...) Desta sorte, a pretensão do Requerente não merece acolhimento, especialmente quanto aos pedidos de restituição do indébito
e dano moral. Isto posto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO , com fundamento no art. 487, inciso I, do CPC, extingo o feito com resolução
do mérito. Custas processuais e honorários advocatícios pela parte Requerente, sendo esta última em 10% sobre o valor da causa. Publique-se.
Registre-se. Intimem-se. Arcoverde, 26 de novembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito.
SENTENÇA: (...) Diante do exposto, tendo em vista os preceitos legais atinentes à espécie, homologo por sentença, o acordo de fls.
177/180, para que produza os seus jurídicos e legais efeitos, e, em consequência, julgo extinto o feito com resolução do mérito, nos
termos do art. 487, inciso III, B, do CPC. Proceda-se a alteração do polo ativo, consoante requerido às fls. 171. Custas já recolhidas.
Após o trânsito em julgado , baixa e arquive-se. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Arcoverde, 14 de novembro de 2018. CLÁUDIO
MÁRCIO PEREIRA DE LIMA Juiz de Direito lª Vara.
SENTENÇA: (...) Isto posto, diante dos argumentos acima explanados, que adoto como razões de decidir Julgo procedente em parte a
demanda para, c ondenar Município/requerido ao pagamento de indenização correspondente aos depósitos fundiários, durante todo o período
laboral observado o período abarcado pela prescrição, ou seja, de 09/05/2011 a 18/12/2015, bem como ao pagamento de indenização
correspondente as férias integrais e proporcional vencidas e não pagas referentes 2011/2012 e 2012/2013 e proporcionais referente aos anos e
2014/2015, acrescidas de um terço e na forma simples, já respeitando-se o período abarcado pela prescrição. É devido também o pagamento
referente ao 13º salário proporcional referente ao ano de 2011 e integral dos anos de 2012,2013, 2014 e 2015, não quitado durante todo o período
laboral, com observância do lapso temporal abarcado pela prescrição. J uros aplicados à caderneta de poupança, nos termos da regra do art.
1º-F da Lei 9.494/97, com redação da Lei 11.960/09 , e correção monetária , por força da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 5º
da Lei 11.960/09, deverá ser calculada com base no IPCA, índice que melhor reflete a inflação acumulada do período . Custas processuais e
verba honorária advocatícia pelo requerido, sendo esta última arbitrada em 20% sobre o valor da condenação. Decorrido o prazo de recurso
voluntário, subam os autos ao Egrégio TJPE, ante a remessa necessária. P.R.I. Arcoverde, 04 de dezembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira
de Lima Juiz de Direito da 1ª Vara Cível.
SENTENÇA: (...) Diante do exposto, e tendo em vista os preceitos legais atinentes à espécie e entendimento jurisprudencial pertinente
INACOLHO OS PRESENTES EMBARGOS, extinguindo o feito, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e V, do CPC. Sem
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custas em face da gratuidade judiciária. Após o trânsito em julgado, traslade-se cópia do decisum para a execução e, baixa e arquive-se.
Publique-se. Registre-se. Intime-se. Arcoverde, 14 de novembro de 2018. CLÁUDIO MÁRCIO PEREIRA DE LIMA Juiz de Direito 1ª Vara.
DESPACHO: Vistos, etc. Defiro a consulta/restrição via BACENJUD e RENAJUD, de todos os executados. Com a resposta, dê-se vista ao
exequente para requerer o que entender de direito em 10 dias. Cumpra-se. Intime-se. Arcoverde, 21 de novembro de 2018. Cláudio Márcio
Pereira de Lima Juiz de Direito.
DESPACHO: Vistos, etc. Defiro o pedido de suspensão nos termos do art. 921, III, §1º, do CPC. Decorrido o prazo de 1 (um) ano sem
manifestação, certifique a secretaria e arquive-se provisoriamente com fluência da prescrição intercorrente. Intime-se. Cumpra-se. Arcoverde, 04
de Dezembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito.
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DESPACHO : Vistos, etc. Intime-se o patrono da autora para comprovar em 10 dias, a condição de companheira do extinto da 1ª demandante.
Decorrido o prazo, venham-me conclusos para sentença. Cumpra-se. Arcoverde, 30 de novembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz
de Direito.
DESPACHO: Vistos, etc. Concedo o prazo improrrogável de 10 dias para regularização do polo passivo, indicando os herdeiros da falecida
Maria José Moreira Fagundes. Intime-se o patrono de fls. 91. Cumpra-se. Arcoverde, 26 de novembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima
Juiz de Direito.
DESPACHO: Vistos, etc. Que o exequente promova o andamento do feito em 10 dias, sob pena de de suspensão nos termos do art. 921, III,
§1º, do CPC. Decorrido o prazo de 1 (um) ano sem manifestação, certifique a secretaria e arquive-se provisoriamente com fluência da prescrição
intercorrente. Intime-se. Cumpra-se. Arcoverde, 04 de Dezembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito.
DESPACHO: Vistos, etc. Que o exequente promova o andamento do feito em 10 dias, sob pena de de suspensão nos termos do art. 921, III,
§1º, do CPC. Decorrido o prazo de 1 (um) ano sem manifestação, certifique a secretaria e arquive-se provisoriamente com fluência da prescrição
intercorrente. Intime-se. Cumpra-se. Arcoverde, 04 de Dezembro de 2018. Cláudio Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito.
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DESPACHO : Vistos, etc. Preclusa a oportunidade de manifestação quanto à discordância do valor depositado, importa em concluir que o autor
está de acordo com o depósito. Assim, expeçam-se os alvarás e arquivem-se os autos. Cumpra-se. Arcoverde, 30 de novembro de 2018. Cláudio
Márcio Pereira de Lima Juiz de Direito.
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Arcoverde - 2ª Vara
.......................................................................................................
Segunda Vara Cível da Comarca de Arcoverde
Juiz de Direito: João Eduardo Ventura Bernardo (Titular)
Chefe de Secretaria: Luiz Marques de Melo Filho
Data: 05/12/2018
Pauta de Despachos Nº 00252/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Processo Nº: 0000455-68.2002.8.17.0220
Natureza da Ação: Execução de Título Extrajudicial
Exequente: Banco Bradesco S/A
Advogado: PE001259A - Wilson Sales Belchior
Executado: Cícero Romão Melo
Advogado: PE008963 - Antônio Monteiro Ramos
Despacho:
Processo nº 0000455-68.2002.8.17.0220SENTENÇA Trata-se de Execução de Título Extrajudicial interposta pelo Banco Bradesco S.A. na qual
foi extinto sem resolução do mérito, ante o suposto abandono processual. Regularmente intimado, o exequente apresentou recurso de apelação,
sustentando a ausência de intimação pessoal do exequente para fins de caracterização do abandono, nos termos do art. 485, §1 do CPC/15,
requerendo, para tanto, a reforma da decisão. Após, vieram-me os autos conclusos. É o que importa relatar, passo a DECIDIR. Como se sabe,
para caracterizar o abandono da causa, apto a ensejar a extinção do feito sem resolução de mérito, obrigatória a intimação pessoal da parte
autora, para, querendo, dar prosseguimento ao processo, tudo isso nos termos claros do art. 485, §1 do CPC/15. Ou seja, não havendo a
intimação pessoal do autor/exequente, o que, nesse caso, é ato imprescindível para certificar à inércia da parte, não há que se falar em extinção
do processo. Neste aspecto, as sentenças extintivas por abandono de causa sem prévia e pessoal intimação da parte interessada têm sido sem
exceção reformadas pelo egrégio Tribunal de Justiça e devolvidas. Ante o exposto, EXERÇO O JUÍZO DE RETRATAÇÃO sobre a sentença
anteriormente exarada, com fulcro no disposto no artigo 485, §7º do CPC/2015, para determinar o prosseguimento do feito. Considerando a notícia
do falecimento da parte executada, intime-se o exequente para, no prazo de 15 (quinze) dias, promover a substituição processual, nos termos do
no art. 76 do CPC/15. P.R.I. Arcoverde/PE, 28 de agosto de 2018. João Eduardo Ventura Bernardo Juiz de DireitoPODER JUDICIÁRIOESTADO
DE PERNAMBUCO2ª Vara Cível da Comarca de Arcoverde/PE11
.......................................................................................................
Segunda Vara Cível da Comarca de Arcoverde
Juiz de Direito: João Eduardo Ventura Bernardo (Titular)
Chefe de Secretaria: Luiz Marques de Melo Filho
Data: 05/12/2018
Pauta de Despachos Nº 00252/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Processo Nº: 0000431-83.2015.8.17.0220
Natureza da Ação: Procedimento ordinário
Requerente: José Antonio Cesário da Silva
Advogado: PE030163 - Vicente Mateus M. Cardoso da Silva
Advogado: PE014958 - José Vicente Pereira Cardoso da Silva
Requerido: Banco Bradesco S/A
Advogado: PE026687 - ANDREA FORMIGA DANTAS
Advogado: PE026387 - Mirella Soares de Matos Lira
Despacho:
Proc. 0000431-83.2015.8.17.0220 R.H. Vistos, etc. Considerando o decurso de significativo lapso temporal desde a última determinação deste
juízo, defiro parcialmente o requerido as fls. 110, concedendo o prazo de 5(cinco) dias para apresentação do original do contrato assinado pela
parte. Cumpra-se Arcoverde, 4 de setembro de 2018. Dr. Cláudio Márcio Pereira de LimaJuiz de Direito em exercício cumulativo
.......................................................................................................
Segunda Vara Cível da Comarca de Arcoverde
Juiz de Direito: João Eduardo Ventura Bernardo (Titular)
Chefe de Secretaria: Luiz Marques de Melo Filho
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Data: 05/12/2018
Pauta de Despachos Nº 00252/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Processo Nº: 0003105-68.2014.8.17.0220
Natureza da Ação: Usucapião
Autor: CREMILDA TENORIO DOS SANTOS
Advogado: PE022498 - Edmir de Barros Filho
Autor: JOSE FRANCISCO DOS SANTOS
Despacho:
Processo nº 0003105-68.2014.8.17.0220DESPACHO Intime-se o autor para, no prazo de 15 dias, juntar aos autos certidão negativa de distribuição
cível desta Comarca quanto a existência ou não de ações possessórias, reivindicatórias, de inventário ou arrolamentos, envolvendo os autores ou
o imóvel usucapiendo. Uma vez cumprida a diligência, renove-se vista ao MP. Arcoverde/PE, 5 de setembro de 2018.Dr. Cláudio Márcio Pereira
de LimaJuiz de Direito em exercício cumulativo
.......................................................................................................
Segunda Vara Cível da Comarca de Arcoverde
Juiz de Direito: João Eduardo Ventura Bernardo (Titular)
Chefe de Secretaria: Luiz Marques de Melo Filho
Data: 05/12/2018
Pauta de Despachos Nº 00252/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Processo Nº: 0003641-45.2015.8.17.0220
Natureza da Ação: Monitória
Requerente: IBF INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FILMES S.A
Advogado: RS080909 - EDUARDO SCHEIBLER
Advogado: PE028017 - WDSON PYERRE SOARES SILVA
Advogado: PE039878 - André Luiz Borges Gonçalves
Requerido: MUNICIPIO DE ARCOVERDE
Despacho:
Processo nº 0003641-45.2015.8.17.0220DESPACHO Considerando o decurso do prazo já decorrido, intime-se a parte autora para, no prazo
de 15 dias, se manifestar sobre a proposta de compensação elaborada pelo Município.Uma vez decorrido o prazo, com ou sem manifestação,
voltem-me os autos conclusos para sentença. Arcoverde/PE, 4 de setembro de 2018.Dr. Cláudio Márcio Pereira de LimaJuiz de Direito
.........................................................................................................
EDITAL DE CITAÇÃO – USUCAPIÃO
O Doutor João Eduardo Ventura Bernardo, Juiz de Direito da Segunda Vara Cível de Arcoverde, FAZ SABER aos eventuais réus
que se encontram em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à AV ANDERSON HENRIQUE CRISTINO, s/n - Pôr do Sol
Arcoverde/PE, Telefone: 87 3821-8673, tramita a ação de Usucapião, sob o nº 0004970-58.2016.8.17.0220 , aforada por Fundação Terra em
desfavor de ABRICAVA – Construções e Mineração S/A..
Assim, ficam os mesmos CITADOS para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 dias.
Advertência : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo Autor na
petição inicial (art. 344 do NCPC).
Síntese da Inicial : Trata-se de ação de usucapião de um imóvel identificado como “lote de terreno nº 08 onde encontra-se edificado o imóvel
denominado “casa do idoso – Domus Christi, situado na Rua 16 de setembro, São Cristóvão, Arcoverde – PE.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Emanuela Bezerra Martins, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 18/12/2018
INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA
Partes:
Acusado : Pedro Henrique Domingos Ferreira da Silva
Advogado: Bruno Chrystian de França Cavalcanti – OAB/PE n°20.522
O(A) Doutor(a) Mônica Wanderley Cavalcanti Magalhães , Juiz(a) de Direito na Vara Criminal da Comarca de Arcoverde, Pernambuco,
em virtude da lei, etc
FAZ SABER da realização de audiência de Instrução e Julgamento a ser realizada na sala de audiências da Vara Criminal da Comarcar de
Arcoverde/PE, na data de 15/01/2019 , às 10:00min .
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Forum Clóvis de Carvalho Padilha - AV ANDERSON HENRIQUE CRISTINO, s/n - vcrim.arcoverde@tjpe.jus.br - Pôr do Sol
INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA
Partes:
Acusado : Daniel Victor Barbosa da Silva
Advogado: Felipe Assunção Padilha – OAB/PE n°35.533
O(A) Doutor(a) Mônica Wanderley Cavalcanti Magalhães , Juiz(a) de Direito na Vara Criminal da Comarca de Arcoverde, Pernambuco,
em virtude da lei, etc
FAZ SABER da realização de audiência de Instrução e Julgamento a ser realizada na sala de audiências da Vara Criminal da Comarcar de
Arcoverde/PE, na data de 29/01/2019 , às 11:00min .
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 21/02/2019
INTIMAÇÃO
Processo nº: 0000434-89.2008.8.17.0250
Classe: Ação Penal
Expediente nº: 2018.0222.003182
Partes:
Autor: Ministério Público
Acusado: Adriano Araújo Silva
Advogado: Teoflio César Soares da Silva OAB/PE nº 15.843
Fica o Bel. Teófilo César Soares da Silva, OAB/PE nº 15.843, intimado da expedição da carta precatória nº 2018.0222.003055 para a comarca
de Pesqueira – PE, com a finalidade da inquirição da testemunha Júlio César Estácio Rocha.
Dado e passado nesta cidade de Belém do São Francisco, Estado de Pernambuco, em 26 de outubro de 2018. Eu, Roberval de Aguiar Couto,
digitei e assino.
Alexandre José Ferreira da Silva
Chefe de Secretaria
Mat. 172.335-9
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos
abaixo relacionados:
Data: 19/12/2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
De ordem do Doutor THIAGO FELIPE SAMPAIO , Juiz de Direito Substituto da Comarca de Belém de São Francisco/PE, em
virtude de lei,
FAZ SABER a(o) Sr. JOHN LENNON FREIRE DA SILVA, filho de Dimailson Freire da Silva e Ivone Gonçalves de Souza , o
qual(ais) se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à AV CEL. JERÔNIMO PIRES, 820 - Centro Belém
de São Francisco/PE Telefone: (87) 3876.2952 - (87) 3876.2947, tramita a ação de nº 0000951-84.2014.8.17.0250 , aforada pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO .
Audiência :
Eu, WESLEY JOHANNES RODRIGUES DA SILVA, o digitei e o submeto à conferência e assinatura. Belém do São Francisco, 5 de Dezembro
de 2018 .
INTIMAÇÃO
Processo nº: 0000232-63.2018.8.17.0250
Classe: Ação Penal
Expediente nº: 2018.0222.003202
Partes:
Autor: Ministério Público
Acusados: Cícero Gildivan da Silva, Robson Carlos de Oliveira, Janison Carlos de Oliveira e Frederico Barros de Melo
Advogados: Welma Lopes Roriz, OAB/PE nº 15.574 e Raimundo Tadeu Araújo de Sá, OAB/PE nº 14.913
Ficam os advogados acima identificados, intimados da sentença penal condenatória prolatada nos autos do processo em epígrafe em desfavor
de seus respectivos clientes Cícero Gildivan da Silva, Robson Carlos de Oliveira, Janison Carlos de Oliveira e Frederico Barros de Melo, cujo
conteúdo segue abaixo na íntegra.
Processo: 0000232-63.2018.8.17.0250
Réu: Cicero Gildivan da Silva, Robson Carlos de Oliveira, Janison Carlos de Oliveira e Frederico Barros de Melo
SENTENÇA
Cicero Gildivan da Silva, Robson Carlos de Oliveira, Janison Carlos de Oliveira e Frederico Barros de Melo, já qualificados nos autos, foram
denunciados pelo Ministério Público pela prática do crime previsto no art. 16 da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) e art. 288 do
Código Penal.
Narra a denúncia que:
“No dia 14 de maio de 2018, por volta das 13:30h, na rua Antônio Maximiliano da Cruz, s/n, Belo Horizonte, nesta urbe, os denunciados tinham em
sua posse 01 (uma) espingarda calibre 12, marca e modelo ilegíveis; 01 (um) revolver calibre .38 marca Taurus modelo special, número de série
ES425329; 01(uma) pistola calibre 7,65, com um carregador, marca Taurus, modelo PT 57 s AMF, numeração raspada e 04 (quatro) munições
calibre .32 intactas, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Nas mesmas circunstancias de tempo e lugar, os denunciados associaram-se os denunciados para o fim específico de cometer crimes.”
Auto de prisão em flagrante à fl. 02/03
Auto de apresentação e apreensão à fl. 24/25
Auto de exame preliminar de arma à fl. 27
Resposta prévia às fls. 161/168;189/195
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Termo de audiência de instrução e julgamento à fl. 212/221;236/238, em que foram ouvidas as testemunhas da acusação, da defesa, os réus e
foram produzidas as alegações Finais do Ministério Público e da defesa.
É o Relatório
Passo a decidir.
Trata a espécie de ação penal deflagrada para apurar delito de mera conduta e de perigo abstrato, consubstanciado na posse ilegal de arma de
fogo de uso permitido e restrito, cujo objeto jurídico atingido é a incolumidade pública e o sujeito passivo mediato é a coletividade, bem como
crime de associação criminosa.
Da preliminar de inépcia da denúncia.
Rejeito a preliminar suscitada, considerando que a denúncia traz todas as informações do fato, de maneira precisa e clara, individualizando as
condutas dos réus, bem como imputando a cada fato o crime correspondente.
Do mérito.
Do crime de Posse ilegal de arma de fogo de uso restrito
Inicialmente, observa-se que o Ministério Público narra duas condutas praticadas pelos réus. O porte de arma de fogo de uso permitido e o
porte de arma de fogo de uso restrito. Neste sentido, é cabível a emendatio libelli, considerando a ausência de capitulação dos fatos no art. 12
da lei. 10.826/03, no tocante a posse do revolver calibre .38 marca taurus. Importa salientar que não há consunção entre os delitos, conforme
entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Neste sentido:
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS.
CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DA PENA. AFASTAMENTO. GRANDE QUANTIDADE DE ENTORPECENTES. INDICATIVO DA
DEDICAÇÃO DO AGENTE À ATIVIDADE CRIMINOSA. ARTS. 12 E 16 DA LEI N. 10.826/2003. CONCURSO MATERIAL.
OCORRÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.
1. A apreensão de grande quantidade de drogas - 3 kg de cocaína, 58 g de "crack" e 15 g de maconha -, fato reconhecido na origem, deve ser
valorado como indicativo da dedicação do agente à atividade criminosa, sem que isso implique em reexame de provas, mas tão somente em
revaloração delas, o que pode ser feito no âmbito do recurso especial sem ofensa ao disposto na Súmula n. 7 desta Corte Superior.
2. A posse de munições de uso permitido e de uso restrito caracteriza os delitos previstos nos arts. 12 e 16 da Lei n.10.826/2003, em concurso
material, ainda que apreendidas no mesmo contexto. Ressalta-se que o afastamento da consunção entre esses crimes também partiu apenas da
valoração dos fatos reputados como provados na origem, pois restou assentado que os agentes tinham a posse de munições de uso permitido,
bem como de uso restrito.
3. Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1724649/MG, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 11/05/2018)
Portanto, passo a análise de ambos os crimes de forma conjunta.
A materialidade delitiva encontra-se assentada no auto de prisão em flagrante de fls. 02/03 e no auto de apreensão e apresentação de fls. 24/25,
bem como pelo Auto de exame preliminar de arma à fl. 27.
Não há nos autos o laudo pericial das armas apreendidas. Todavia, o laudo é prescindível para a configuração da materialidade do crime, por
se tratar de crime de perigo abstrato. Neste sentido:
CONSTITUCIONAL E PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003. TRANCAMENTO.
EXCEPCIONALIDADE NA VIA ELEITA.
CRIME DE PERIGO ABSTRATO. ATIPICIDADE DA CONDUTA NÃO EVIDENCIADA.
RECURSO DESPROVIDO.
1. Nos termos do entendimento consolidado desta Corte, o trancamento da ação penal por meio do habeas corpus é medida excepcional, que
somente deve ser adotada quando houver inequívoca comprovação da atipicidade da conduta, da incidência de causa de extinção da punibilidade
ou da ausência de indícios de autoria ou de prova sobre a materialidade do delito. Precedente.
2. A conclusão do Colegiado a quo se coaduna com a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que o crime previsto no
art. 12 da Lei n. 10.826/2003 é de perigo abstrato, sendo desnecessário perquirir sobre a lesividade concreta da conduta, porquanto o objeto
jurídico tutelado não é a incolumidade física, e sim a segurança pública e a paz social, colocados em risco com a posse de arma de fogo, ainda
que desmuniciada, revelando-se despicienda a comprovação do potencial ofensivo do artefato através de laudo pericial. Precedentes.
3. Recurso desprovido.
(RHC 50.320/RJ, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 17/03/2016, DJe 30/03/2016)
Por sua vez, no que pertine à autoria, a tenho como igualmente demonstrada em relação a todos os réus, uma vez que a prova produzida durante
a instrução reforça os elementos colhidos na fase investigativa, de modo a confirmar que os réus possuíam arma e munição de uso restrito, bem
como arma de uso permitido, sem autorização legal ou regulamentar, quando de sua prisão em flagrante.
Conforme depoimento do policial responsável pela prisão em flagrante, Clésio Bezerra de Sá, a atuação da polícia ocorreu em razão de
informações repassadas pelo serviço de inteligência de que o réu Cícero, juntamente com os demais, tinha o intuito de fazer vingança contra a
pessoa chamada Elves. Que após esta informação, dirigiu-se à casa de Cícero, na companhia dos policiais Jaelson, Gilberlandio e André. Que
chegando no local, abordou o réu Cícero. Que o réu Cícero a princípio afirmou que não tinha ninguém na casa. Que ao entrar na casa verificou
que os demais réus estavam dentro da casa, no quarto. Que perguntou ao réu Cícero sobre a arma. Que o próprio réu Cicero afirmou que tinha
uma soca-soca, a qual foi localizada. Que o réu Cícero foi junto com os policiais buscar a arma. Que continuou com as diligências. Que a irmã
do réu Cícero intermediou com ele para que fosse entregue o restante do armamento. Que soube da existência dessas outras armas através
do pessoal da polícia que repassou que haveria mais armamento. Que após a conversa com a irmã do réu Cícero, foi localizada a arma. Que a
irmã do réu Cícero foi quem conduziu o sargento Jaelson até onde estavam as outras armas. Que não se recorda onde foram encontradas. Que
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viu as armas. Que se recorda da soca-soca, do revolver 38 e da pistola. Que não sabe se haviam outras armas. Que os réus ficaram na viatura,
enquanto a irmã do réu Cícero foi buscar as armas. Que o réu Cícero informou que eram dos demais réus.
Importante ressaltar que, embora a testemunha tenha dito que a arma era uma soca-soca, restou apurado que se tratava da espingarda calibre 12.
O depoimento é corroborado pelas testemunhas Jaelson carlos da silva e Gilberlandio Bezerra da Silva.
Jaelson, quando ouvido em juízo, afirmou que os fatos aconteceram conforme narrado na denúncia. Que ao chegar na casa, os quatro réus
estavam no local. Que o pai de Cícero também estava no local, bem como a irmã de Cícero. Que o réu Cícero Gildivan foi indagado sobre as
armas de fogo. Que a princípio ele negou, mas depois disse confirmou sobre a existência da arma. Que as armas estavam em um terreno baldio
próximo à casa do réu Cícero. Que foram apreendidas uma 12, uma pistola e um revólver. Que a irmã do réu Cícero colaborou, mostrando as
armas que estavam no local, dizendo que as armas eram deles. Que a irmã do réu Cícero falou que a intenção era de matar Elves com as armas.
Que não se lembra de quem especificamente eram as armas. Que chegou informação de inteligência da Bahia que todos os réus são matadores
de aluguel, na Bahia e em Pernambuco, bem como de também de cometerem assalto na estrada.
Gilberlândio afirmou que os réus assumiram a propriedade das armas, mas que não foi dita qual era a pretensão com as armas. Que foi o policial
responsável por pegar a pistola e que a irmã do réu Cícero foi ao local indicar onde estavam as armas.
Assim, os policiais responsáveis pelo fragrante foram uníssonos em seus depoimentos ao afirmarem que todos os réus estavam presentes no
local da apreensão das armas e que todos estariam juntos a fim de auxiliar o réu Cícero em sua Vingança contra a pessoa conhecida por Elves,
conforme informes que foram repassados pelo setor de inteligência da polícia.
As testemunhas arroladas pela defesa não estavam no local dos fatos, com exceção da testemunha Gildivan Joaquim, pai do réu Cícero, a
qual trouxe depoimento contraditório à prova dos autos, uma vez que negou a existência de armas na sua casa, em forma contrária à própria
apreensão e aos depoimentos dos próprios réus.
Destaque-se, por oportuno, que os réus foram presos em flagrante juntos. Assim, o mero fato da existência de um número menor de armas, com
relação ao número de autores do crime, é insuficiente para afastar a participação de todos os réus.
Importante frisar que todos os réus contam histórias distintas, desconexas entre si.
Em seu interrogatório, o réu Cícero negou os fatos narrados na denúncia. Afirmou que conheceu os demais réus em Petrolina, quando estava no
hospital e que os réus foram a sua casa às 4:00 da manhã para dormir depois de uma festa, bem como teriam os réus chegado em sua casa sem
avisar. Informou que os réus iam embora no dia seguinte, sendo que não foram por causa da abordagem policial. Que os réus somente acordaram
com a abordagem policial. Negou os fatos narrados em sede policial, tendo afirmado que as armas foram encontradas a 100 metros de sua casa.
O réu Robson Carlos de Oliveira afirmou que vinha de rodelas com destino à Petrolina, juntamente com o réu Frederico, para visitar seu pai.
Afirmou que seu veículo quebrou na estrada de terra e que deixou seu carro na casa da mãe do réu Cícero, pois o local tinha sombra. Informou
que dormiu na casa de uma conhecida, junto com o réu Frederico e que não se recorda de ter visto o réu Janison. Que chegou na casa do réu
Cícero no dia anterior à tarde e saiu em busca de um mecânico. Que somente retornou no dia dos fatos, para aguardar o mecânico. Que somente
viu as armas após serem apreendidas. Que acordou em torno de 06h, 07h da manhã. Que chegou na casa do Cícero, pois o mototaxi o deixou
la. Que descobriu ao perguntar ao mototaxi onde era a casa. Que o carro chegou “esguichado”. Que dormiu na casa das meninas da “rainha
do lanche”. Que saiu de la de manhã. Que a pistola 765 era sua, reconhecendo sua propriedade. Todavia, afirmou que não sabe dizer como a
pistola chegou no local em que foi apreendida. Informou que comprou a pistola de um caminhoneiro e que não se recorda a última vez que a viu.
Também afirmou que não se recorda de ter dito em delegacia que deixou a pistola aos cuidados de Cícero. Que lembra de ter visto a arma .12
e o revólver. Informou que não se recorda de uma festa no dia anterior.
O réu Janison Carlos de Oliveira, em seu interrogatório, afirmou que ia de Petrolina para rodelas para visitar seu pai que estava doente. Que
estava somente com sua esposa e seu carro quebrou em frente à casa de Cícero e que populares empurraram o carro até a casa de Cícero.
Informou que isso aconteceu próximo do amanhecer. Que soube onde era a casa de Cícero, pois perguntou a pessoas na rua. Que seu irmão
Robson e Frederico foram de lotação e que não estavam juntos. Afirmou que o carro quebrou em Belém, em local com calçamento. Informou
que encontrou Robson já na frente da casa de Cícero. Que não sabe dizer o que seu irmão Robson foi fazer na casa de Cícero. Que depois que
deixou o carro na casa de Cícero, foi encontrar as meninas da “rainha do lanche”, tendo ido para a casa do Cícero para dormir. Que acordou no
momento que os policiais chegaram, em torno de meio dia. Que dormiu em um quarto com Robson e Frederico. O réu assumiu a propriedade
do revolver apreendido, afirmando que comprou a arma da mão de um caminhoneiro em um posto de gasolina. Informou que a irmã de Cícero
quem foi buscar a arma de cano longo, sem que alguém pedisse. Que ela foi buscar a arma de bicicleta e que o revolver estava guardada em
um terreno, sendo que o réu Cícero quem guardou a arma. Afirmou que o réu Cícero pediu a arma para o depoente.
O réu Frederico Afirmou que estava vindo de rodelas para Petrolina e que pegou carona com Robson e Janison, que estavam indo visitar o seu
pai. Que chegando em Belém o carro apresentou defeito, não tendo se recordado qual o defeito. Informou que isso aconteceu ao final do dia,
sendo que Robson e Janison pediram informações sobre onde seria o endereço de Cícero. Que o carro ficou no local encostado e foram andando
até a casa de Cícero. Que tomaram banho e jantaram na casa de Cícero. Que foram para o bar da “rainha do lanche” que ficava atrás da casa
de Cícero. Que ficaram bebendo no local todos, Cícero, Janison e Robson e que voltaram para casa de Cícero para dormir. Que dormiram os 3
no mesmo quarto e Cícero em outro quarto. Que acordou para tomar café e depois voltou a deitar. Que depois a polícia entrou no quarto e levou
todos para o muro, sendo que Cícero ficou com outro policial. Indagado, falou inicialmente que não viu nenhuma arma. Posteriormente, falou que
a irmã de Cícero foi buscar a arma .12. Que ouviu o réu Cícero assumir a propriedade da arma .12 e que ouviu os policiais dizendo que viram
uma fotografia de Cícero com uma arma no aparelho celular. Afirmou que não viu as outras armas.
Ora, há diversos pontos desconexos nos depoimentos. O primeiro em relação a quem teria chegado junto à cidade de Belém do São Francisco.
O réu Robson foi enfático ao afirmar que estava apenas com o réu Frederico no veículo que teria quebrado na estrada. Todavia, o réu Frederico
afirmou que estava juntamente com os dois dentro do carro, tendo pego carona com os mesmos. Houve também divergência acerca de quem
estaria de carro. O réu Janison afirmou que estava com sua esposa, dentro do veículo e que Frederico e Robson estavam de lotação. A história
também diverge com relação ao local que o veículo teria quebrado e o local onde o mesmo teria sido deixado, se numa estrada de terra ou em
local com calçamento, bem como se na frente da casa do réu Cícero ou se no mesmo local em que quebrou, se os réus teriam ou não empurrado
o carro juntamente com terceiros. Os réus também divergiram com relação ao horário em que chegaram à casa de Cícero, sendo que o réu
Robson chegou a afirmar que sequer dormiu na casa de Cícero, pois teria dormido na casa das meninas da “rainha do lanche”.
É também pouco verossímil a alegação de que os réus Frederico, Robson e Janison teriam chegado à casa de Cícero sem ter conhecimento do
endereço, através de informações de populares na rua, bem como a existência de um fortuito, decorrente da quebra de um veículo que os réus
sequer souberam afirmar categoricamente o seu defeito e como o mesmo teria sido locomovido ou consertado.
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Observa-se que os réus tentam elaborar uma história para justificar o fato de estarem todos juntos no momento em que foram localizadas as
armas de fogo, história que não merece credibilidade, considerando os informes policiais de que os mesmos estariam juntos a fim de se vingar
da pessoa conhecida como Elves, a qual estaria num imbróglio com o réu Cícero, decorrente de uma suposta tentativa de homicídio.
A confissão qualificada dos réus no sentido de que deveriam responder cada um pela propriedade de uma arma sequer tem respaldo, uma vez
que não conseguiram lograr êxito em afirmar como as armas teriam chegado ao local em que foram apreendidas e onde exatamente foram
localizadas na residência, sendo patente a disponibilidade das armas para todos.
Embora o réu Frederico Barros de melo negue conhecimento acerca das armas, o mesmo foi preso em flagrante com os demais réus no local
em que se encontravam as armas, sendo que o interrogatório de todos não merece guarida, pois são dissonantes dos demais elementos de
provas produzidos nos autos.
Outrossim, a co-autoria em crime de porte ou posse de arma de fogo é plenamente aceita pela jurisprudência dos tribunais superiores, conforme
pode-se verificar pelo julgado abaixo do STJ:
HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO ESPECIAL CABÍVEL. IMPOSSIBILIDADE. RESPEITO AO
SISTEMA RECURSAL PREVISTO NA CARTA MAGNA. NÃO CONHECIMENTO.
1. Com o intuito de homenagear o sistema criado pelo Poder Constituinte Originário para a impugnação das decisões judiciais, necessária a
racionalização da utilização do habeas corpus, o qual não deve ser admitido para contestar decisão contra a qual exista previsão de recurso
específico no ordenamento jurídico.
2. Tendo em vista que a impetração aponta como ato coator acórdão proferido por ocasião do julgamento de apelação criminal, contra o qual
seria cabível a interposição do recurso especial, depara-se com flagrante utilização inadequada da via eleita, circunstância que impede o seu
conhecimento.
3. Tratando-se de writ impetrado antes da alteração do entendimento jurisprudencial, o alegado constrangimento ilegal será enfrentado para que
se analise a possibilidade de eventual concessão de habeas corpus de ofício.
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ARTIGO 14 DA LEI 10.826/2003). ALEGADA ATIPICIDADE DA CONDUTA.
AVENTADA IMPOSSIBILIDADE DE PORTE COMPARTILHADO DE ARMA DE FOGO. CRIME COMUM.
ADMISSIBILIDADE DO CONCURSO DE PESSOAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO.
1. O crime previsto no artigo 14 da Lei 10.826/2003 é comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa.
2. Não se exigindo qualquer qualidade especial do sujeito ativo, não há dúvidas de que se admite o concurso de agentes no crime de porte
ilegal de arma de fogo, não se revelando plausível o entendimento pelo qual apenas aquele que efetivamente porta a arma de fogo incorre nas
penas do delito em comento.
3. Ainda que apenas um dos agentes esteja portando a arma de fogo, é possível que os demais tenham concorrido de qualquer forma para a
prática delituosa, motivo pelo qual devem responder na medida de sua participação, nos termos do artigo 29 do Código Penal. Precedentes.
DOSIMETRIA DA PENA. PRETENDIDA REDUÇÃO DA SANÇÃO. REPRIMENDA BÁSICA FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. FALTA DE INTERESSE
DE AGIR.
1. Não se vislumbra interesse de agir no que se refere à almejada redução da sanção imposta ao acusado, uma vez que no aresto objurgado
sua pena-base foi fixada no mínimo legal.
PENA RECLUSIVA. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVAS DE DIREITOS.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS QUE AUTORIZAM A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
REINCIDÊNCIA QUE NÃO SE OPEROU EM VIRTUDE DA PRÁTICA DO MESMO TIPO DE ILÍCITO. PERMUTA SUFICIENTE PARA A
REPRESSÃO E PREVENÇÃO DA CONDUTA INCRIMINADA. EXEGESE DO § 3º DO ARTIGO 44 DO CÓDIGO PENAL.
COAÇÃO DEMONSTRADA.
1. Aplicada pena inferior a 4 (quatro) anos, perfeitamente possível a sua substituição por restritivas de direitos, mesmo aos reincidentes, quando
essa condição não se der em virtude de prática de idêntico delito e a medida for suficiente para a prevenção e repressão da conduta incriminada.
Inteligência do § 3º do artigo 44 do Código Penal.
2. Consideradas favoráveis todas as circunstâncias judiciais, mostra-se socialmente recomendável a substituição da pena detentiva por medidas
alternativas, diante das particularidades do caso concreto e especialmente em se considerando que a reincidência se deu em delito em crime
contra o patrimônio praticado no ano de 2005.
3. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício apenas para substituir a reprimenda reclusiva por duas restritivas de direitos, a
serem estabelecidas pelo Juízo das Execuções.
(HC 198.186/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 05/02/2014)
Portanto, restou plenamente demonstrado nos autos a participação de todos os réus na posse das armas de fogo apreendidas, restando claro
que o motivo do crime era a vingança do réu Cícero contra a pessoa conhecida como Elves, com a colaboração de todos os participantes,
ação que foi frustrada com as informações do setor de inteligência da polícia e com a prisão em flagrante de todos os réus, participantes da
empreitada criminosa.
Portanto, comprovada a materialidade e a autoria, os réus praticaram o verbo “possuir” arma e munição de uso restrito contido no art. 16 da Lei
10.826/03, bem como o verbo “possuir” arma de uso permitido contido no art. 12 da Lei 10.826/03.
Do crime de associação criminosa
De outra banda, a materialidade do referido crime não restou minimamente configurada, pois inexistem nos autos dados que revelem a existência
da societas criminis.
O crime de associação criminosa ocorre com a reunião de forma estável e permanente, para o fim especifico de cometer crimes. Tem-se a
consciência e vontade de os agentes em se associarem. Difere-se do mero concurso de pessoas pelo seu caráter de durabilidade e permanência,
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elementos indispensáveis. Assim, não restando demonstradas a estabilidade e a permanência do ânimo associativo para a prática de crimes,
a absolvição é medida que se impõe.
No caso dos autos, embora haja indícios de que os acusados iriam cometer crime de homicídio, não há elementos mínimos a fim de se demonstrar
que os réus atuam, de forma estável e permanente para a prática de crimes. Saliente-se que a prova dos autos reside na prisão em flagrante e
no depoimento dos policiais, sendo que nenhuma delas aponta a estabilidade e permanência.
Com relação à atenuante da confissão espontânea, apenas os réus Janison e Robson confessaram parcialmente em juízo que eram proprietários
de parte das armas apreendidas, mesmo diante da co-autoria por todas as armas de fogo, sendo que o réu Cícero negou em juízo o conhecimento
acerca das armas, bem como o réu Frederico, que também negou conhecimento sobre as armas.
Ex vi positis, JULGO PROCEDENTE EM PARTE a pretensão punitiva estatal para CONDENAR Cicero Gildivan da Silva, Robson Carlos de
Oliveira, Janison Carlos de Oliveira e Frederico Barros de Melo, devidamente qualificados, como incurso nas sanções previstas nos arts. 12 e 16
da Lei n.º 10.826/03, bem como para absolve-los do crime previsto no art. 288 do Código Penal, com fulcro no art. 386, VII do CPP.
Cicero Gildivan da Silva
Do crime do art. 12 da lei 10.826
Passo à dosimetria em observância ao disposto nos arts. 59 e 68, caput, ambos do Código Penal.
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando que o revolver apreendido era objeto de crime de roubo ao banco Bradesco,
conforme boletim de ocorrência de fl. 36, aumentando o juízo de reprovabilidade do crime; é tecnicamente primário; poucos elementos foram
colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime
são superiores a normalidade, uma vez que se apurou que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa
conhecida como Elves, desafeto do réu; não houve consequência extrapenal; o delito não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez que
trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 01(um) ano e 07 meses de detenção e 60 (sessenta) dias-multa.
Não há circunstâncias atenuantes ou agravantes.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 01 (um) ano e 08 (oito) meses de detenção e 110(cento
e dez) dias-multa.
Do crime do Art. 16 da lei 10.826
Passo à dosimetria em observância ao disposto nos arts. 59 e 68, caput, ambos do Código Penal.
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando o número de armas de uso restrito apreendidas, fato que gera maior
reprovabilidade em sua conduta; é tecnicamente primário; poucos elementos foram colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e
personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime são superiores a normalidade, uma vez que se apurou
que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa conhecida como Elves, desafeto do réu; não houve
consequência extrapenal; o delito não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez que trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 04(quatro) anos de reclusão e 110 (cento e dez) dias-multa.
Não há circunstâncias atenuantes ou agravantes.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 04 (quatro) anos de reclusão e 60(sessenta) dias-multa.
DO CONCURSO DE CRIMES
Aplica-se o concurso formal de crimes, pois os crimes foram praticados mediante uma ação, devendo ser aplicado no patamar mínimo de 1/6
sobre a pena mais grave, considerando que foram dois os crimes praticados.
Assim, fixo a pena em definitivo em 04 (quatro) anos, 08 (oito) meses e 128(cento e vinte e oito) dias-multa.
Fixo o dia-multa no valor de 1/30 do salário mínimo, vigente à época do fato, considerando a falta de informações acerca da situação econômica
do réu.
Fixo o regime fechado para o cumprimento da pena privativa de liberdade, considerando o disposto no art. 33, § 2º, “a”, do Código Penal, uma
vez que são desfavoráveis as circunstancias judiciais, em atenção ao §3º do dispositivo citado, já aplicado o art. 387, §2º do CPP.
Não estão presentes os requisitos estabelecidos no art. 44 e 77 do Código Penal, em razão da pena aplicada e por serem desaforáveis as
circunstâncias judiciais.
Condeno o réu ao pagamento das custas processuais (art. 804 CPP).
REVOGO a prisão preventiva, considerando que o tempo que o réu se encontra em cárcere é suficiente para a pacificação da ordem pública,
não subsistindo mais os requisitos para manutenção da prisão.
Robson Carlos de Oliveira
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando que o revolver apreendido era objeto de crime de roubo ao banco Bradesco,
conforme boletim de ocorrência de fl. 36, aumentando o juízo de reprovabilidade do crime; é tecnicamente primário; poucos elementos foram
colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime
são superiores a normalidade, uma vez que se apurou que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa
conhecida como Elves, devendo esta circunstância ser valorada na medida de sua participação; não houve consequência extrapenal; o delito
não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez que trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 01(um) ano e 06 (seis) meses de detenção e 100 (cem) dias-multa.
Aplico a circunstância atenuante da confissão espontânea, embora tenha o réu confessado os fatos parcialmente, afirmando que apenas era
proprietário da pistola apreendida, mesmo com a apreensão das demais armas e co-autoria em todas as armas. Assim, fixo a pena intermediária
em 01(um) ano e 03(três) meses de detenção e 85 dias-multa.
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Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 01 (um) ano e 03 (três) meses de detenção e 85(oitenta
e cinco) dias-multa.
Do crime do Art. 16 da lei 10.826
Passo à dosimetria em observância ao disposto nos arts. 59 e 68, caput, ambos do Código Penal.
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando o número de armas de uso restrito apreendidas, fato que gera maior
reprovabilidade em sua conduta; é tecnicamente primário; poucos elementos foram colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e
personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime são superiores a normalidade, uma vez que se apurou
que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa conhecida como Elves, devendo esta circunstância
ser valorada na medida de sua participação; não houve consequência extrapenal; o delito não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez
que trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 03(três) anos e 09(nove) meses de reclusão e 100 (cem) dias-multa.
Aplico a circunstância atenuante da confissão espontânea, embora tenha o réu confessado os fatos parcialmente, afirmando que apenas era
proprietário da pistola apreendida, mesmo com a apreensão das demais armas e co-autoria em todas as armas. Assim, fixo a pena intermediária
em 03(três) anos e 02(dois) meses de reclusão e 94(noventa e quatro dias multa.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 03 (três) anos e 02 (dois) meses de reclusão e 85(oitenta
e cinco) dias-multa.
DO CONCURSO DE CRIMES
Aplica-se o concurso formal de crimes, pois os crimes foram praticados mediante uma ação, devendo ser aplicado no patamar mínimo de 1/6
sobre a pena mais grave, considerando que foram dois os crimes praticados.
Assim, fixo a pena em definitivo em 03 (três) anos, 8(oito) meses e 10(dez) dias de reclusão e 99(noventa e nove) dias-multa.
Fixo o dia-multa no valor de 1/30 do salário mínimo, vigente à época do fato, considerando a falta de informações acerca da situação econômica
do réu.
Fixo o regime semi-aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade, considerando o disposto no art. 33, § 2º, “b”, do Código Penal, uma
vez que são desfavoráveis as circunstancias judiciais, em atenção ao §3º do dispositivo citado, já observado o disposto no art. 387, §2º do CPP
Não estão presentes os requisitos estabelecidos no art. 44 e 77 do Código Penal, em razão da pena aplicada e por serem desaforáveis as
circunstâncias judiciais.
Condeno o réu ao pagamento das custas processuais (art. 804 CPP).
REVOGO a prisão preventiva, considerando que o tempo que o réu se encontra em cárcere é suficiente para a pacificação da ordem pública,
não subsistindo mais os requisitos para manutenção da prisão.
Janison Carlos de Oliveira
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando que o revolver apreendido era objeto de crime de roubo ao banco Bradesco,
conforme boletim de ocorrência de fl. 36, aumentando o juízo de reprovabilidade do crime; é tecnicamente primário; poucos elementos foram
colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime
são superiores a normalidade, uma vez que se apurou que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa
conhecida como Elves, devendo esta circunstância ser valorada na medida de sua participação; não houve consequência extrapenal; o delito
não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez que trata de crime praticado contra a coletividade.
Aplico a circunstância atenuante da confissão espontânea, embora tenha o réu confessado os fatos parcialmente, afirmando que apenas era
proprietário do revolver apreendido, mesmo com a apreensão das demais armas e co-autoria por todas as armas. Assim, fixo a pena intermediária
em 01(um) ano e 03(três) meses de detenção e 85 dias-multa.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 01 (um) ano e 03 (três) meses de detenção e 85(oitenta
e cinco) dias-multa.
Do crime do Art. 16 da lei 10.826
Passo à dosimetria em observância ao disposto nos arts. 59 e 68, caput, ambos do Código Penal.
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando o número de armas de uso restrito apreendidas, fato que gera maior
reprovabilidade em sua conduta; é tecnicamente primário; poucos elementos foram colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e
personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime são superiores a normalidade, uma vez que se apurou
que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa conhecida como Elves, devendo esta circunstância
ser valorada na medida de sua participação; não houve consequência extrapenal; o delito não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez
que trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 03(três) anos e 09(nove) meses de reclusão e 100 (cem) dias-multa.
Aplico a circunstância atenuante da confissão espontânea, embora tenha o réu confessado os fatos parcialmente, afirmando que apenas era
proprietário da pistola apreendida, mesmo com a apreensão das demais armas e co-autoria em todas as armas. Assim, fixo a pena intermediária
em 03(três) anos e 02(dois) meses de reclusão e 85(oitenta e cinco) dias multa.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 03 (três) anos e 02 (dois) meses de reclusão e 85(oitenta
e cinco) dias-multa.
DO CONCURSO DE CRIMES
Aplica-se o concurso formal de crimes, pois os crimes foram praticados mediante uma ação, devendo ser aplicado no patamar mínimo de 1/6
sobre a pena mais grave, considerando que foram dois os crimes praticados.
Assim, fixo a pena em definitivo em 03 (três) anos, 8(oito) meses e 10(dez) dias de reclusão e 99(noventa e nove) dias-multa.
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Fixo o dia-multa no valor de 1/30 do salário mínimo, vigente à época do fato, considerando a falta de informações acerca da situação econômica
do réu.
Fixo o regime semi-aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade, considerando o disposto no art. 33, § 2º, “b”, do Código Penal, uma
vez que são desfavoráveis as circunstancias judiciais, em atenção ao §3º do dispositivo citado, já observado o disposto no art. 387, §2º do CPP.
Não estão presentes os requisitos estabelecidos no art. 44 e 77 do Código Penal, em razão da pena aplicada e por serem desaforáveis as
circunstâncias judiciais.
Condeno o réu ao pagamento das custas processuais (art. 804 CPP).
REVOGO a prisão preventiva, considerando que o tempo que o réu se encontra em cárcere é suficiente para a pacificação da ordem pública,
não subsistindo mais os requisitos para manutenção da prisão.
Frederico Barros de Melo
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando que o revolver apreendido era objeto de crime de roubo ao banco Bradesco,
conforme boletim de ocorrência de fl. 36, aumentando o juízo de reprovabilidade do crime; é tecnicamente primário; poucos elementos foram
colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime
são superiores a normalidade, uma vez que se apurou que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa
conhecida como Elves, devendo esta circunstância ser valorada na medida de sua participação; não houve consequência extrapenal; o delito
não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez que trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 01(um) ano e 06 (seis) meses de detenção e 100 (cem) dias-multa.
Não há circunstâncias atenuantes ou agravantes.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 01 (um) ano e 06 (seis) meses de detenção e 100(cem)
dias-multa.
Do crime do Art. 16 da lei 10.826
Passo à dosimetria em observância ao disposto nos arts. 59 e 68, caput, ambos do Código Penal.
O réu agiu com culpabilidade superior a normalidade, considerando o número de armas de uso restrito apreendidas, fato que gera maior
reprovabilidade em sua conduta; é tecnicamente primário; poucos elementos foram colhidos para autorizar o exame de sua conduta social e
personalidade; as circunstâncias não ultrapassam a normalidade. Os motivos do crime são superiores a normalidade, uma vez que se apurou
que o motivo da posse da arma de fogo seria para perpetrar uma vingança contra a pessoa conhecida como Elves, devendo esta circunstância
ser valorada na medida de sua participação; não houve consequência extrapenal; o delito não tem como vítima pessoa individualizada, uma vez
que trata de crime praticado contra a coletividade.
Considerando as circunstâncias relatadas, fixo a pena base em 03(três) anos e 09(nove) meses de reclusão e 100 (cem) dias-multa.
Não há circunstâncias atenuantes ou agravantes.
Não há causas de aumento ou diminuição, razão pela qual fixo a pena em definitivo em 03 (três) anos e 09 (nove) meses de reclusão e
100(sessenta) dias-multa.
DO CONCURSO DE CRIMES
Aplica-se o concurso formal de crimes, pois os crimes foram praticados mediante uma ação, devendo ser aplicado no patamar mínimo de 1/6
sobre a pena mais grave, considerando que foram dois os crimes praticados.
Assim, fixo a pena em definitivo em 04 (quatro) anos, 04(quatro) meses e 15(quinze) dias de reclusão e 116(cento e dezesseis) dias-multa.
Fixo o dia-multa no valor de 1/30 do salário mínimo, vigente à época do fato, considerando a falta de informações acerca da situação econômica
do réu.
Fixo o regime fechado para o cumprimento da pena privativa de liberdade, considerando o disposto no art. 33, § 2º, “a”, do Código Penal, uma
vez que são desfavoráveis as circunstancias judiciais, em atenção ao §3º do dispositivo citado, já observado o disposto no art. 387, §2º do CPP.
Não estão presentes os requisitos estabelecidos no art. 44 e 77 do Código Penal, em razão da pena aplicada e por serem desaforáveis as
circunstâncias judiciais.
Condeno o réu ao pagamento das custas processuais (art. 804 CPP).
REVOGO a prisão preventiva, considerando que o tempo que o réu se encontra em cárcere é suficiente para a pacificação da ordem pública,
não subsistindo mais os requisitos para manutenção da prisão.
Disposições finais
Deixo de fixar a indenização prevista no art. 387, IV do CPP, introduzido pela Lei nº. 11.719/08, em virtude do delito não apresentar vítima
específica.
Após o trânsito em julgado:
a)Lance-se o nome dos réus no rol dos culpados;
b)Preencha-se o Boletim Individual, encaminhando-o ao Instituto de Identificação Tavares Buril (art. 809 do CPP);
c)Remetam-se os autos ao contador para o cálculo da multa, intimando-se o réu para pagamento em 10 (dez) dias (art. 50 do CPB). Transcorrendo
o prazo legal in albis, extraia-se cópia da sentença, encaminhando-a à Procuradoria da Fazenda para que sejam tomadas as providências legais
cabíveis;
d)Oficie-se ao Cartório Eleitoral informando acerca da condenação, em observância à regra do art. 15, III da Constituição Federal;
e)Proceda-se ao arquivamento dos autos.
819
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EXPEÇA-SE ALVARÁ DE SOLTURA EM FAVOR DE TODOS OS RÉUS, DEVENDO OS MESMOS SEREM POSTOS EM LIBERDADE
IMEDIATAMENTE, CASO NÃO ESTEJAM PRESOS POR OUTRO MOTIVO.
INTIME-SE O RÉU JANISON PARA QUE COMPAREÇA À CEMER PARA RETIRADA DA TORNOZELEIRA ELETRÔNICA, JUNTANDO AOS
AUTOS COMPROVANTE.
Registre-se. Publique-se.
Proceda-se com as intimações necessárias.
Cumpra-se.
Belém do São Francisco, 26 de novembro de 2018.
THIAGO FELIPE SAMPAIO
Juiz Substituto de Direito
Dado e passado nesta cidade de Belém do São Francisco, Estado de Pernambuco, em 05 de dezembro de 2018. Eu, Roberval de Aguiar Couto,
digitei e assino.
Alexandre José Ferreira da Silva
Chefe de Secretaria
Mat. 172.335-9
Provimento nº 02/2010 (CGJ)
VARA Única da Comarca de Belém São Francisco, Forum Joaquim Crispiniano Coelho Brandão - AV CEL. JERÔNIMO PIRES, 820 –
Centro, Belém de São Francisco/PE CEP: 56440000 Telefone: (87)3876-2952/(87)3876-2947 - Email: vunica.bsaofrancisco@tjpe.jus.br
__________________________________________________________________________________________
De ordem do Doutor THIAGO FELIPE SAMPAIO , Juiz de Direito Substituto da Comarca de Belém de São Francisco/PE, em
virtude de lei,
FAZ SABER a(o) Sr. JOHN LENNON FREIRE DA SILVA, filho de Dimailson Freire da Silva e Ivone Gonçalves de Souza , o
qual(ais) se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à AV CEL. JERÔNIMO PIRES, 820 - Centro Belém
de São Francisco/PE Telefone: (87) 3876.2952 - (87) 3876.2947, tramita a ação de nº 0001037-55.2014.8.17.0250 , aforada pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO .
Audiência :
Eu, WESLEY JOHANNES RODRIGUES DA SILVA, o digitei e o submeto à conferência e assinatura. Belém do São Francisco, 5 de Dezembro
de 2018 .
820
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 000137-71.2016.8.17.0260
Requerente: Katia Cristiane Cavalcanti Padilha e outros
Advogado: Ubaldo Ataíde Cavalcante OAB-PE 1.157A
Arrolado: Maria do Socorro Cavalcanti Padilha
SENTENÇA
Vistos, etc.
Kátia Cristiane Cavalcante Padilha, Carla Jeanne Cavalcanti Padilha, Aluísio Pereira Padilha, Ana Kérsia Cavalcanti e Cavalcante,
Alisson Cavalcanti Padilha e Robson Cavalcanti Padilha, devidamente individualizadas nos autos, por meio de advogado, ingressaram neste
juízo com inventário dos bens da falecida Maria do Socorro Cavalcanti Padilha, juntando documentos de f. 09/13.
À f. 61 foi ordenado que os herdeiros adequassem o presente processo ao rito do arrolamento, além de que fosse oficiado a 1ª Vara
no sentido de que fosse declinada a competência para processar e julgado processo de alvará em trâmite naquele juízo e ordenando que a
inventariante trouxesse a este juízo o comprovante de depósito da venda do veículo integrante do patrimônio do espólio.
A inventariante atravessou petição informando que o valor conseguido com a venda do veículo foi gasto para pagar despesas do
traslado do corpo da de cujus do Estado do Rio de Janeiro para a capital deste Estado e de lá para esta urbe, além do funeral, com a abertura do
inventário, com a averbação do imóvel constante do inventário, despesas correntes do imóvel (água e luz), conservação do móvel, descrevendo
no bojo da petição os gastos do valor (f. 63/64), juntando os documentos de f. 65/91.
Pedido de vista dos autos formulado pela Fazenda Nacional (f. 92).
Petição dos herdeiros requerendo a conversão do presente pedido em arrolamento (f. 94/96).
Ofício oriundo da 1ª Vara dando conta que o processo nº 0004873-06.2014.8.17.0260 se encontra em sede de diligência para ser
encaminhado ao TJPE em grau de recurso, porém desacompanhado dos documentos que mencionou constar como anexoa à referida missiva
(f. 99).
Relatados, à decisão.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ex positis e considerando tudo o mais que dos autos constam, HOMOLOGO, por sentença, para que produza seus jurídicos e legais
efeitos, com observância nos arts. 659 usque 663, do Diploma Processual Civil, a partilha de f. 70/72 dos bens deixados por falecimento de Maria
do Socorro Cavalcanti Padilha, salvo erros, omissões ou prejuízos a terceiros.
Subtraído da apreciação judicial o dever de controlar o lançamento, pagamento ou quitação dos tributos incidentes sobre a transmissão
de propriedade do bem do espólio (art. 662, CPC), afigura-se indispensável para o registro do título a comprovação do recolhimento do Imposto
de Transmissão (art. 143 da Lei dos Registros Públicos), cujo pagamento será atendido mediante procedimento administrativo próprio.
Assim sendo, fica condicionado o registro do título à prévia quitação dos tributos devidos, devendo, portanto, o Senhor Oficial do Registro
de Imóveis proceder a transcrição do título no álbum registral, somente quando atendidas todas as obrigações tributárias pelo pagamento do
Imposto de Transmissão Causa Mortis e, se for o caso, o Inter Vivos, bem assim as custas processuais remanescentes.
Transitada em julgado a presente sentença, o respectivo título (formal de partilha) só será expedido e entregue às partes
após o pagamento das custas judiciais complementares (se houver), bem como após a intimação pessoal da Fazenda Pública para
lançamento administrativo dos tributos (CPC, art. 659, §2º).
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0003246-64.2014.8.17.0260
Requerente: Rosa Maria da Silva Araújo
Advogado: Antônio Jackson de Araújo Santos OAB-PE 20.151
Requerido: O Município de Belo Jardim-PE
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição Parcial das Verbas Reclamadas –
A Percepção de Vencimentos é Regra no Serviço Público – Direitos Sociais de Fonte Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida –
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório ROSA MARIA DA SILVA ARAÚJO, qualificando-se pela pena de procurador constituído, aforou
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também qualificado, dizendo-se com fulcro na CLT, no escopo de
receber vantagens do cargo exercido em caráter temporário no serviço público municipal, abrangendo anotação na CTPS, recolhimento de FGTS,
férias e 13° salário integrais e proporcionais relativos aos últimos 05 anos.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a incompetência da Justiça do
Trabalho e a prescrição parcial dos direitos reclamados.
No mérito, sustenta que a Autora lhe prestou serviços temporários por necessidade do interesse público, tendo sempre recebido
férias e 13° salário, sendo indevidas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
Declarada em definitivo a incompetência da Justiça Especializada, os autos vieram a esse Juízo Comum,
quando as partes já haviam sido chamadas ao acordo, restando inconciliadas.
É o relatório.
Preliminar Ao exame dos pedidos formulados na inicial, anoto que a prestação de serviços contratada entre
as partes não se regeu pela legislação trabalhista, não se lhes aplicando as regras do regime celetista, mas sim as de Direito Administrativo,
consoante já decidido nestes autos pela Justiça Especializada.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Anoto ainda que o Réu reconheceu em sua peça de resposta (fl. 35) o ajuste de 03(três) contratos temporários de prestação de serviços
mantidos com a Autora, sendo: o primeiro entre 09.02.2009 e 15.04.2010; o segundo entre 20.06.2010 e 20.10.2010; e o terceiro entre 01.02.2011
e 31.12.2011.
Ora, em tendo ajuizado a demanda em 05.02.2014, conforme termo de autuação de fl. 28, ou seja, antes
de decorridos 05 (cinco) anos da extinção do último dos contratos, hei por afastar a alegação de prescrição suscitada pelo Réu, que é quinquenal.
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte a
pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a ROSA MARIA DA SILVA ARAÚJO, já qualificada,
as verbas laborais acima discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39, § 2º e 40, inc.
III, alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o RPV.
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 24 de agosto de 2018.
Dia de São Bartolomeu.
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0003245-79.2014.8.17.0260
Requerente: Maria José Bezerra Santos
Advogado: Antônio Jackson de Araújo Santos OAB-PE 20.151
Requerido: O Município de Belo Jardim-PE
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição Quinquenal Parcial das Verbas
Reclamadas – A Percepção de Vencimentos é Regra no Serviço Público – Férias Gratificação Natalina Inadimplidas- Direitos Sociais de Fonte
Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida – Procedência Parcial.
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório MARIA JOSÉ BEZERRA SANTOS, qualificando-se pela pena de procurador constituído, aforou
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também qualificado, dizendo-se com fulcro na CLT, no escopo de
receber vantagens do cargo exercido em caráter temporário no serviço público municipal, abrangendo anotação na CTPS, recolhimento de FGTS,
férias e 13° salário integrais e proporcionais relativos aos últimos 05 anos, além de indenização por danos extrapatrimoniais.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a incompetência da Justiça do
Trabalho e a prescrição parcial dos direitos reclamados. No mérito, sustenta que a Autora lhe prestou serviços temporários por necessidade do
interesse público, tendo sempre recebido férias e 13° salário, sendo indevidas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
Declarada em definitivo a incompetência da Justiça Especializada, os autos vieram a esse Juízo Comum,
quando as partes foram chamadas ao acordo ou à produção de novas provas, protestando pelo julgamento antecipado da lide.
É o relatório.
Preliminar Ao exame dos pedidos formulados na inicial, anoto que a prestação de serviços contratada entre
as partes não se regeu pela legislação trabalhista, não se lhes aplicando as regras do regime celetista, mas sim as de Direito Administrativo,
consoante já decidido nestes autos pela Justiça Especializada.
Anoto ainda que o Réu reconheceu expressamente em sua peça de resposta (fl. 54) o ajuste de 04(quatro) contratos
temporários de prestação de serviços mantidos com a Autora, sendo: o primeiro entre 05.02.2001 e 31.08.2003; o segundo entre 01.03.2005 e
31.10.2008; o terceiro entre 01.02.2009 e 20.10.2010 e o quarto entre 01.02.2011 e 30.12.2012.
Ora, em tendo ajuizado a demanda em 13.02.2014, conforme termo de autuação de fl. 13, ou seja,
antes de decorridos 05 (cinco) anos da extinção do último dos contratos, hei por afastar parcialmente a alegação de prescrição suscitada pelo
Réu, que na hipótese é quinquenal, só alcançando os períodos anteriores ao mês de Fevereiro/2009.
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte a
pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a MARIA JOSÉ BEZERRA SANTOS, já qualificada,
as verbas laborais acima discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39, § 2º e 40, inc.
III, alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o respectivo RPV.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 30 de agosto de 2018.
Dia de Santo Adauto.
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0001909-11.2012.8.17.0260
Requerente: Cícera Lima da Silva
Advogado: Marcos Antônio Inácio da Silva OAB-PE 573ª
Jorge Soares Leitão de Melo OAB-PE 38.516
Requerido: O Município de Belo Jardim-PE.
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição Parcial das Verbas Reclamadas
– Direitos Sociais de Fonte Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida – Procedência Parcial.
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório CÍCERA LIMA DA SILVA, qualificando-se pela pena de procurador constituído, aforou RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também qualificado, dizendo-se com fulcro na Lei Federal 11.350/2006, no escopo
de receber vantagens do cargo exercido em caráter efetivo no serviço público municipal abrangendo anotação na CTPS, recolhimento de FGTS
e PIS, pagamento de adicional de insalubridade, férias e 13° salário integrais e proporcionais.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a incompetência da Justiça do
Trabalho e a prescrição parcial dos direitos reclamados. No mérito, sustenta que a Autora lhe presta serviços sob o regime jurídico estatutário,
tendo sempre recebido férias e 13° salário, sendo indevidas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
Declarada em definitivo a incompetência da Justiça Especializada, os autos vieram a esse Juízo Comum,
quando as partes foram chamadas ao acordo, restando inconciliadas, tendo ambas protestado pelo julgamento antecipado da lide.
É o relatório.
Preliminar Hei por acolher a alegada ocorrência de prescrição parcial dos direitos e valores reclamados pela
Autora. Com efeito, a Reclamante foi contratada pelo Reclamado em 01.06.2002 (vide Doc. de fl. 13), mediante contrato temporário de prestação
de serviços por necessidade do interesse público, tendo ajuizado a reclamação em 03.06.2010 (termo de autuação de fl. 27).
Contudo, referido contrato temporário de trabalho se extinguiu com a efetivação da Autora no serviço
público, sob o regime estatutário, em 02.05.2007 (Portaria de fl. 12), nos termos da Lei Municipal de n° 1.670/2006 (fls. 18/20).
Destarte, em tendo ajuizado a demanda somente depois de decorridos mais de 02(dois) anos da extinção da contratação precária, tem-se que
a ação quanto aos direitos e às verbas amparadas na CLT foram alcançados pela prescrição (CF, art. 7°, inc. XXIX).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ora, entendo que cabia ao Réu fazer a prova de que a Edilidade não devia essas verbas remuneratórias
reclamadas na inicial, mormente na alegada hipótese de já terem sido pagas, pois olvidando de assim proceder, admite o Suplicado expressamente
a existência da dívida laboral e, por tal, deve sucumbir.
A seu turno, como incumbe à Autora o ônus da prova do fato constitutivo do seu direito (CPC, art. 373,
I), impõe-se o registro de que a Promovente fez a prova suficiente de que integrou o quadro de servidores efetivos do Réu no período reclamado,
pelo que fazia jus a tais valores, salientando que nem mesmo o gozo de férias está registrado na ficha funcional (fl. 52).
Atente-se para o fato de que a Autora é parte hipossuficiente na presente relação jurídico-processual
relativamente ao Réu, pois este na condição de pessoa jurídica de direito público é obrigado a manter escrituração pública de suas receitas e
despesas, para fins de fiscalização pelo Tribunal de Contas do Estado.
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte
a pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a CÍCERA LIMA DA SILVA, já qualificada, as
verbas laborais acima discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39, § 2º e 40, inc. III,
alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A condenação supra compreende o pagamento de: a) férias simples não gozadas relativas aos períodos
de 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010, acrescidas de 1/3(um terço); b) décimo terceiro salário relativos aos mesmos períodos e c) adicional de
insalubridade à razão de 20% (vinte por cento) sobre todos os pagamentos relativos aos períodos acima referidos.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o RPV.
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total e atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 24 de agosto de 2018.
Dia de São Bartolomeu.
Bel. DAMIÃO SEVERIANO DE SOUSA
Juiz de Direito Titular da 26ª Vara Cível da Capital
Designado para Atuação Cumulativa na CAP - Caruaru
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0001959-37.2012.8.17.0260
Requerente: Vilma Delmar Silva Oliveira
Advogado: Marcos Antônio Inácio da Silva OAB-PE 573-A
Jorge Soares Leitão de Melo OAB-PE38.516
Requerido: O Munícipio de Belo Jardim-PE.
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição das Verbas Amparadas na CLT
– Direitos Sociais de Fonte Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida – Procedência Parcial.
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório VILMA DELMAR SILVA OLIVEIRA, qualificando-se pela pena de procurador constituído, aforou
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também qualificado, dizendo-se com fulcro na Lei Federal
11.350/2006, no escopo de receber vantagens do cargo exercido em caráter efetivo no serviço público municipal abrangendo anotação na CTPS,
recolhimento de FGTS e PIS, pagamento de adicional de insalubridade, férias e 13° salário integrais e proporcionais.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a incompetência da Justiça do
Trabalho e a prescrição parcial dos direitos reclamados. No mérito, sustenta que a Autora lhe presta serviços sob o regime jurídico estatutário,
tendo sempre recebido férias e 13° salário, sendo indevidas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Declarada em definitivo a incompetência da Justiça Especializada, os autos vieram a esse Juízo Comum,
quando as partes foram chamadas ao acordo, restando inconciliadas, tendo ambas protestado pelo julgamento antecipado da lide.
É o relatório.
Preliminar Hei por acolher a alegada ocorrência de prescrição parcial dos direitos e valores reclamados pela
Autora. Com efeito, a Reclamante foi contratada pelo Reclamado em 01.07.2001 (vide Doc. de fl. 14), mediante contrato temporário de prestação
de serviços por necessidade do interesse público, tendo ajuizado a reclamação em 03.06.2010 (termo de autuação de fl. 28).
Contudo, referido contrato temporário de trabalho se extinguiu com a efetivação da Autora no serviço
público, sob o regime estatutário, em 02.05.2007 (Portaria de fl. 13), nos termos da Lei Municipal de n° 1.670/2006 (fls. 19/21).
Destarte, em tendo ajuizado a demanda somente depois de decorridos mais de 02(dois) anos da extinção da contratação precária, tem-
se que a ação quanto aos direitos e às verbas amparadas na CLT foram alcançados pela prescrição (CF, art. 7°, inc. XXIX).
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte a
pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a VILMA DELMAR SILVA OLIVEIRA, já qualificada,
as verbas laborais abaixo discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39, § 2º e 40, inc.
III, alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A condenação supra compreende o pagamento de: a) férias simples não gozadas relativas aos períodos
de 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010, acrescidas de 1/3(um terço); b) décimo terceiro salário relativos aos mesmos períodos e c) adicional de
insalubridade à razão de 20% (vinte por cento) sobre todos os pagamentos relativos aos períodos acima referidos.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o RPV.
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total e atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 24 de agosto de 2018.
Dia de São Bartolomeu.
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0004475-59.2014.8.17.0260
Autor: Maria de Jesus Silva
827
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição Parcial das Verbas Reclamadas –
A Percepção de Vencimentos é Regra no Serviço Público – Direitos Sociais de Fonte Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida –
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório MARIA DE JESUS SILVA, qualificando-se pela pena de procurador constituído, aforou RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também qualificado, dizendo-se com fulcro na CLT, no escopo de receber vantagens
do cargo exercido em caráter temporário no serviço público municipal, abrangendo anotação na CTPS, recolhimento de FGTS, férias e 13° salário
integrais e proporcionais relativos aos últimos 05 anos.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a incompetência da Justiça do
Trabalho e a prescrição parcial dos direitos reclamados. No mérito, sustenta que a Autora lhe prestou serviços temporários por necessidade do
interesse público, tendo sempre recebido férias e 13° salário, sendo indevidas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
Declarada em definitivo a incompetência da Justiça Especializada, os autos vieram a esse Juízo Comum,
quando as partes foram chamadas ao acordo, restando inconciliadas, tendo ainda apresentado razões finais na forma de memoriais.
É o relatório.
Preliminar Ao exame dos pedidos formulados na inicial, anoto que a prestação de serviços contratada entre
as partes não se regeu pela legislação trabalhista, não se lhes aplicando as regras do regime celetista, mas sim as de Direito Administrativo,
consoante já decidido nestes autos pela Justiça Especializada.
Anoto ainda que o Réu reconheceu em sua peça de resposta (fl. 75) o ajuste de 03(três) contratos temporários de prestação
de serviços mantidos com a Autora, sendo: o primeiro entre Janeiro de 2004 e Outubro/2008; o segundo entre Março de 2010 e Novembro/2012;
e o terceiro entre Fevereiro e Dezembro/2013.
Ora, em tendo ajuizado a demanda em 28.03.2014, conforme termo de autuação de fl. 68, ou seja,
antes de decorridos 05 (cinco) anos da extinção do último dos contratos, hei por afastar parcialmente a alegação de prescrição suscitada pelo
Réu, que é quinquenal, só alcançando os períodos anteriores a Março/2009.
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte
a pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a ROSA MARIA DE JESUS SILVA, já qualificada,
as verbas laborais acima discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39, § 2º e 40, inc.
III, alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o RPV.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 24 de agosto de 2018.
Dia de São Bartolomeu.
Bel. DAMIÃO SEVERIANO DE SOUSA
Juiz de Direito Titular da 26ª Vara Cível da Capital
Designado para Atuação Cumulativa na CAP – Caruaru
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0001237-66.2013.8.17.0260
Requerente: Maria José de Albuquerque
Advogada: Waléria Souza Lima OAB-PE 24.223
Ravenna Korina Alves Almeida OAB-PE 30.156-D
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição Parcial das Verbas Reclamadas –
A Percepção de Vencimentos é Regra no Serviço Público – Direitos Sociais de Fonte Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida –
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório MARIA JOSÉ DE ALBUQUERQUE, qualificando-se pela pena de procurador constituído, aforou
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também qualificado, dizendo-se com fulcro na CLT, no escopo de
receber vantagens do cargo exercido em caráter temporário no serviço público municipal, abrangendo anotação na CTPS, recolhimento de FGTS,
férias e 13° salário integrais e proporcionais relativos aos últimos 05 anos, além de indenização por danos extrapatrimoniais.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a incompetência da Justiça do
Trabalho e a prescrição parcial dos direitos reclamados. No mérito, sustenta que a Autora lhe prestou serviços temporários por necessidade do
interesse público, tendo sempre recebido férias e 13° salário, sendo indevidas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
Declarada em definitivo a incompetência da Justiça Especializada, os autos vieram a esse Juízo Comum,
quando as partes foram chamadas ao acordo, restando inconciliadas, protestando ambas pelo julgamento do processo no estado em que se
encontra.
É o relatório.
Preliminar Ao exame dos pedidos formulados na inicial, anoto que a prestação de serviços contratada entre
as partes não se regeu pela legislação trabalhista, não se lhes aplicando as regras do regime celetista, mas sim as de Direito Administrativo,
consoante já decidido nestes autos pela Justiça Especializada.
Anoto ainda que o Réu reconheceu em sua peça de resposta (fl. 67) o ajuste de 05(cinco) contratos temporários de prestação de
serviços mantidos com a Autora, sendo: o primeiro entre 04.01.2002 e 31.12.2003; o segundo entre 01.04.2005 e 31.10.2008; o terceiro entre
09.02.2009 e 30.04.2009; o quarto entre 01.07.2009 e 31.12.2009; e o quinto entre 01.03.2010 e 20.10.2010.
Ora, em tendo ajuizado a demanda em 17.01.2013, conforme termo de autuação de fl. 09, ou seja,
antes de decorridos 05 (cinco) anos da extinção do último dos contratos, hei por afastar parcialmente a alegação de prescrição suscitada pelo
Réu, que é quinquenal, só alcançando os períodos anteriores a Outubro/2005.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
A seu turno, bem analisados os autos, tenho que o Réu não logrou êxito na comprovação de fato
impeditivo, extintivo ou modificativo do direito da Autora (CPC, art. 373.inc. II) em receber parte dos valores reclamados relativamente a férias
não gozadas e gratificações natalinas não adimplidas.
Com efeito, cabia ao Réu fazer a prova de que a Edilidade não devia essas verbas remuneratórias
reclamadas na inicial, mormente na alegada hipótese de já terem sido pagas, pois olvidando de assim proceder, admite o Suplicado expressamente
a existência da dívida laboral e, por tal, deve sucumbir.
Atente-se para o fato de que a Autora é parte hipossuficiente na presente relação jurídico-processual
relativamente ao Réu, pois este na condição de pessoa jurídica de direito público é obrigado a manter escrituração pública de suas receitas e
despesas, para fins de fiscalização pelo Tribunal de Contas do Estado, de modo que lhe era fácil comprovar tais pagamentos.
Contudo, tenho que a falta de pagamento de verbas rescisórias, por si só, não caracteriza a prática de
ato ilícito causador de dano moral indenizável, mas mero inadimplemento de obrigação administrativa, reparável pelo provimento condenatório
consistente no pagamento forçado do crédito reclamado.
Destarte, em relação ao primeiro contrato, extinto em Dezembro/2003, as verbas estão prescritas; já
em relação ao segundo contrato, a Requerente faz jus a 03(três) períodos de férias integrais e simples, acrescidas de 1/3(um terço), mais 03(três)
gratificações natalinas; no que tange aos terceiro, quarto e quinto contratos, a Autora não faz jus a férias, à míngua de locupletamento de períodos
aquisitivos, pois duraram menos de 01(um) ano cada, porém faz jus a 3/12(três doze avos), 5/12(cinco doze avos) e 8/12(oito doze avos) de
13° salário proporcionais.
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte a
pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a MARIA JOSÉ DE ALBUQUERQUE, já qualificada,
as verbas laborais acima discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39, § 2º e 40, inc.
III, alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o RPV.
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 24 de agosto de 2018.
Dia de São Bartolomeu.
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE BELO JARDIM-PE
CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL DE CARUARU-PE
Processo n° 0002516-92.2010.8.17.0260
Requerente: Alisson Andrade Ludgero da Silva
Advogado: Washington Luiz Cadete Junior OAB-PE 20.897
Eber Lucena dos Santos OAB-PE 14.014
Requerido: O Município de Belo Jardim-PE
SENTENÇA
EMENTA: Constitucional e Administrativo – Verbas Remuneratórias do Exercício de Cargo Público – Prescrição Parcial das Verbas Reclamadas
– A Percepção de Vencimentos é Regra no Serviço Público – Direitos Sociais de Fonte Constitucional e Natureza Alimentar – Retenção Indevida.
‘Tenho confiança no Senhor e nada temo’ (Salmo 12).
Relatório ALISSON ANDRADE LUDUGERO DA SILVA, qualificando-se pela pena de procurador constituído,
aforou AÇÃO DE COBRANÇA cumulada com INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS contra o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE, também
qualificado, dizendo-se com fulcro na CLT, no escopo de receber vantagens do cargo exercido em caráter temporário no serviço público municipal,
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
abrangendo anotação na CTPS, recolhimento de FGTS, férias e 13° salário integrais e proporcionais relativos aos últimos 05 anos, mais repara
extrapatrimonial.
Citado, o Promovido contestou os pedidos, alegando em preliminar a prescrição parcial dos direitos
reclamados e, no mérito, sustenta que a Autora lhe prestou serviços temporários por necessidade do interesse público, tendo sempre recebido
férias e 13° salário, sendo indevidas todas as demais verbas pleiteadas, à míngua de amparo legal.
As partes foram chamadas ao acordo, restando inconciliadas, protestando ambas pelo julgamento do
processo no estado em que se encontra, vindo-me os autos conclusos.
É o relatório.
Preliminar Ao exame dos pedidos formulados na inicial, anoto que a prestação de serviços contratada entre
as partes não se regeu pela legislação trabalhista, não se lhes aplicando as regras do regime celetista, mas sim as de Direito Administrativo,
consoante já decidido nestes autos pela Justiça Especializada.
Anoto ainda que o Réu reconheceu em sua peça de resposta (fl. 22) o ajuste de 02(dois) contratos temporários de prestação
de serviços mantidos com o Autor, tornando-se fato incontroverso, sendo: o primeiro entre 02.01.2005 e 30.10.2008; o segundo entre 01.03.2010
e 20.10.2010.
Ora, em tendo o Autor ajuizado a demanda em 30.11.2010, conforme se depreende do termo de
autuação lavrado na capa dos autos, ou seja, antes de decorridos 05 (cinco) anos da extinção do último dos contratos, hei por afastar parcialmente
a alegação de prescrição suscitada pelo Réu, que é quinquenal, só alcançando os períodos anteriores ao mês de Novembro/2005.
Decisão ISTO POSTO, na esteira da fundamentação supra e do mais visto nos autos, julgo procedente em parte
a pretensão embutida na atrial e, pois, condeno o MUNICÍPIO DE BELO JARDIM-PE em pagar a ALISSON ANDRADE LUDUGERO DA SILVA,
já qualificado, as verbas laborais acima discriminadas, dando resolução de mérito ao processo, o que faço com suporte nos arts. 37, inc. XV, 39,
§ 2º e 40, inc. III, alínea ‘a’, da Constituição da República, c/c o art. 487, inc. I, 1ª parte, do Código de Processo Civil.
A liquidação das verbas acima discriminadas far-se-á por cálculos do Contador do Juízo, devendo
ser atualizadas e acrescidas de juros moratórios, conforme índices e taxas previstas em lei específica para os débitos de responsabilidade das
Fazendas Públicas, expedindo-se em seguida o RPV.
Condeno ainda o vencido no ônus sucumbencial, sendo a verba honorária à razão de 5,0%(cinco por
cento) sobre o valor total atualizado da condenação.
Transata em julgado, arquive-se, ressalvada eventual manifestação executória.
P.R.I.C.
Recife, 24 de agosto de 2018.
Dia de São Bartolomeu.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0002159-73.2014.8.17.0260
Exequente: José Diego Cavalcante Leite e Outros
Advogado: Waléria Souza Lima OAB-PE 24.223
Executado: Heraldo Leite da Silva
SENTENÇA
Vistos etc.
Relatório.
Trata-se de execução de alimentos movida por José Diego Cavalcante Leite, José Diogo Cavalcante Leite e José Douglas Cavalcante
Leite, representados por sua genitora Maria José Cavalcante Silva, em face de Heraldo Leite da Silva.
Deferida a inicial, foi determinada a citação do executado para pagar em 03 (três) dias, sob pena de prisão civil, não sendo este
localizado no endereço informado na inicial (f. 19-v).
Intimada a parte credora para se manifestar sobre a certidão do oficial de justiça, esta quedou inerte (vide f. 24), não obstante haja
feito carga pessoal dos autos (f. 26).
Manifestação do Ministério Público pela intimação pessoal da parte credora (f. 30).
Fundamentação.
É usualmente aceito que a citação válida é requisito de validade da relação processual (= pressupostos de desenvolvimento válido e
regular do processo), de modo que cumpre ao juiz conhecê-lo de ofício, em qualquer tempo ou grau de jurisdição (art. 485, § 3º, do CPC).
In casu, a parte demandante não ofereceu os meios necessários para o aperfeiçoamento da citação do executado, não indicando seu
correto endereço nem requerendo sua citação por edital, de modo que, não sendo cumprido o ônus processual no prazo assinado à requerente,
a solução que se impõe é a extinção do processo sem resolução do mérito.
Observe-se, por remate, que não se tratam de cruéis formalismos jurídicos, mas apenas de requisitos legais não atendidos pela parte
autora.
Dispositivo.
Do exposto, extingo o feito sem resolução do mérito, com fulcro no art. 485, inc. IV, do CPC.
Considerando que não houve citação, deixo de condenar a parte autora no pagamento de honorários advocatícios. Todavia, condeno-
a no pagamento das custas processuais, cuja exigibilidade fica suspensa nos termos do art. 98 e ss. do CPC, tendo em vista os benefícios da
assistência judiciária gratuita, que ora defiro.
832
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Juiz de Direito
SENTENÇA
Vistos etc.
I - Relatório
Trata-se de execução de alimentos promovida por Weniki Ryann Santos de Oliveira, representado por Rute Maria da Silva Santos, em
desfavor de Leonílson Caetano de Oliveira, onde cobrava o valor de R$ 2.085,12 (dois mil e oitenta e cinco reais e doze centavos), pelo rito
previsto no art. 733 do revogado Código de Processo Civil (atual art. 911).
Regularmente citado para pagamento do débito (f. 28-v), o executado não apresentou justificativa, nem pagou o débito. Tampouco
comprovou a impossibilidade de pagar, tendo o Ministério Público pugnando pela decretação da sua prisão civil.
Manifestação do Ministério Público pugnando pela comprovação do pagamento do acordo pelo executado (f. 52), sendo deferido o
pedido (f. 54).
O exequente informou que o executado não cumpriu a avença celebrada (f. 55).
As partes peticionaram em juízo dando conta da celebração de novo acordo no que pertine ao pagamento da pensão alimentícia (f.
76/79), conforme documentos de f. 80/90, pugnado, ainda, pela revogação do decreto de prisão do executado.
O Ministério Público com vista dos autos, o Ministério Público opinou pela extinção do presente processo em virtude do pagamento
do débito (f. 103/104).
II - Fundamentação
No presente caso, iniciada a execução de alimentos pelo rito da prisão, o devedor foi citado para pagar o valor devido no prazo de
três dias (f. 53-v), ou apresentar aquilo que a lei denomina de “justificativa”, expondo que já pagou ou demonstrando a impossibilidade absoluta
de pagar, sob pena de prisão em regime fechado pelo prazo de um a três meses e protesto do pronunciamento judicial. Prisão essa que foi
efetivamente decretada, conforme se infere das decisões de f. 38, 70 chegando a prisão a ser cumprida (f. 96).
833
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Assim, noticiado o pagamento do crédito cobrado nestes autos, impõe-se a extinção do presente feito, nos termos do art. 924,
inc. II, do Código de Processo Civil.
III - Dispositivo
Em face do exposto, extingo o presente processo nos termos do art. 924, inc. II, do CPC.
Nos termos do art. 85, § 2º, do CPC, condeno o réu ao pagamento das custas processuais e de honorários advocatícios. Contudo,
concedo-lhe as benesses da justiça gratuita, de modo que as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de
exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 05 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o
credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado
esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
Processo nº 0001629-74.2011.8.17.0260
Autor: Kelvin dos Santos e outro
Advogado: Andrea Lucia da Silva OAB-PE 14.756
Maria Inez Belarmino de Farias OAB-PE 8905E
Requerido: Cícero Simão dos Santos
SENTENÇA
I - Relatório
Vistos, etc.
Cuida-se de ação de investigação de paternidade c/c com pedido de alimentos movida por Kelvin dos Santos e Kenedy Ruan dos
Santos, representados por sua genitora Maria Margarida dos Santos, em desfavor de Cícero Simão dos Santos.
O feito foi ajuizado em 19 de julho de 2011 e o demandado não foi citado, conforme se dessume da certidão de f. 28.
Ordenada a intimação da autora e de seu advogado para impulsionar o feito (f. 34).
Intimação da autora (f. 37v) tendo a secretaria do juízo certificado o decurso do prazo (f. 38).
Com vista dos autos, a representante do Ministério Público pugnou pela extinção do processo com amparo no art. 485, inc. III, do CPC.
Relatados.
834
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
II – Fundamentação
É consabido que as partes devem impulsionar o processo, de modo a contribuir para o livre convencimento motivado do juiz. O que se
observa é que não foi dado o impulso necessário para o regular andamento do feito, mesmo tendo a parte autora e seu advogado sido intimados
para tanto.
Como bem ressaltado pela representante do Ministério Público em sua manifestação, o direito de perquirir acerca da paternidade é
inalienável, irrenunciável, e imprescritível e, portanto, poderá ser exercido pelo investigante a qualquer tempo, e a extinção do presente processo
não atrapalhará eventual pedido.
Deste modo, a solução que se impõe é a extinção do processo sem resolução do mérito.
III - Dispositivo
Pelo exposto, extingo o processo, sem julgamento do mérito, o que faço com fundamento no art. 485, inc. III, do Código de Processo
Civil.
Nos termos do art. 85, § 2º, do CPC, e considerando o princípio da causalidade, condeno a parte autora ao pagamento das custas
processuais.
Deferidos, todavia, os benefícios da assistência judiciária gratuita aos requerentes, de modo que as obrigações decorrentes de sua
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 05 (cinco) anos subsequentes ao
trânsito desta sentença, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (art. 98, § 3º, do CPC).
835
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EXPEDIENTE Nº 99/2018
FICAM, os Doutores advogados abaixo indicados DEVIDAMENTE INTIMADOS, das sentenças, despachos e decisões na forma abaixo.
DADOS DO PROCESSO:
PROCESSO Nº 0000016-13.2016.8.17.0270;
AÇÃO PENAL;
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO;
ACUSADO: JULIANO JOÃO CORDEIRO;
ADVOGADO(A): BEL(A) MARIA DE LOURDES B. BRITO, OAB/PE Nº 13.599;
DETERMINAÇÃO DE TEOR SEGUINTE: “CONCEDA-SE VISTA À DEFESA TÉCNICA, PARA APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES FINAIS
EM MEMMORIAIS, NO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS ”.
836
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Bezerros - 1ª Vara
O Excelentíssimo Senhor Doutor PAULO ALVES DE LIMA , Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Bezerros, Estado de Pernambuco, em
virtude da Lei, etc. INTIMA as partes e seus respectivos advogados , do inteiro teor do despacho exarado por este Juízo nos presentes autos,
a seguir transcrito : ”Processo nº. 0001243-42.2015.8.17.0280. Rh. Considerando que a 1ª Câmara Regional de Caruaru do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Pernambuco, unanimemente negou provimento ao apelo, intimem-se as partes acerca do retorno dos autos, bem como para
requererem o que de direito no prazo legal. Nada sendo requerido, arquivem-se. Caso contrário, voltem conclusos. Bezerros, 12 de setembro
de 2016. Paulo Alves de Lima. JUIZ DE DIREITO.”
Dado e passado nesta 1ª Vara da Comarca de Bezerros, Estado de Pernambuco, aos 04 (quatro) dias do mês de dezembro do ano de 2018.
Eu, Genildo José de Oliveira, Chefe de Secretaria, conferi e subscrevo.
837
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Bezerros - 2ª Vara
Edital de Citação-Usucapião
(Prazo do Edital: 20 dias)
Expediente: 2018.0878.003143
O MM. Murilo Borges Koerich, Juiz de Direito desta Segunda Vara da Comarca de Bezerros, Estado de Pernambuco, em virtude
da lei etc...
FAZ SABER a terceiros, ausentes, incertos e eventuais interessados (inclusive as respectivas esposas) , os quais se
encontram em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito da Segunda Vara da Comarca de Bezerros, tramita a Ação de Usucapião,
sob o nº 0001290-79.2016.8.17.0280 , aforada por JOSÉ ADRIANO DE SOUZA , tendo por objeto imóvel rural que tem 3,65ha , localizado no
Sítio Mulungu, Município de Bezerros/PE , a seguir transcrito Inicia-se no vértice V-1 (E = 197604.914m N = 9090323.633m), com ângulo interno
66°47'56" e azimute verdadeiro 243°27'39", segue confrontando com Construtora Alpes Ltda-ME na extensão de 2,11m até o vértice V-2. Do
vértice V-2 (E = 197603.029m e N = 9090322.691m), com ângulo interno 180°00'00" e azimute verdadeiro 243°27'39", segue confrontando com
Construtora Alpes Ltda-ME na extensão de 72,89m até o vértice V-3. Do vértice V-3 (E = 197537.817m e N = 9090290.122m), com ângulo interno
182°20'27" e azimute verdadeiro 245°48'07", segue confrontando com Construtora Alpes Ltda-ME na extensão de 59,66m até o vértice V-4. Do
vértice V-4 (E = 197483.402m e N = 9090265.669m), com ângulo interno 108°43'12" e azimute verdadeiro 174°31'19", segue confrontando com
Irene Maria Pereira na extensão de 123,00m até o vértice V-5. Do vértice V-5 (E = 197495.144m e N = 9090143.233m), com ângulo interno
183°48'56" e azimute verdadeiro 178°20'15", segue confrontando com Irene Maria Pereira na extensão de 161,13m até o vértice V-6. Do vértice
V-6 (E = 197499.819m e N = 9089982.170m), com ângulo interno 84°22'12" e azimute verdadeiro 82°42'27", segue confrontando com Estrada
que liga Bezerros a Gravatá na extensão de 45,78m até o vértice V-7. Do vértice V-7 (E = 197545.228m e N = 9089987.981m), com ângulo interno
172°15'06" e azimute verdadeiro 74°57'33", segue confrontando com Estrada que liga Bezerros a Gravatá na extensão de 8,98m até o vértice
V-8. Do vértice V-8 (E = 197553.899m e N = 9089990.311m), com ângulo interno 173°48'54" e azimute verdadeiro 68°46'27", segue confrontando
com Estrada que liga Bezerros a Gravatá na extensão de 49,99m até o vértice V-9. Do vértice V-9 (E = 197600.496m e N = 9090008.409m), com
ângulo interno 172°45'06" e azimute verdadeiro 61°31'33", segue confrontando com Estrada que liga Bezerros a Gravatá na extensão de 22,54m
até o vértice V-10. Do vértice V-10 (E = 197620.309m e N = 9090019.155m), com ângulo interno 180°00'00" e azimute verdadeiro 61°31'33",
segue confrontando com Estrada que liga Bezerros a Gravatá na extensão de 2,61m até o vértice V-11. Do vértice V-11 (E = 197622.600m
e N = 9090020.397m), com ângulo interno 115°08'10" e azimute verdadeiro 356°39'44", segue confrontando com Maria de Lourdes Xavier da
Costa na extensão de 50,00m até o vértice V-12. Do vértice V-12 (E = 197619.689m e N = 9090070.313m), com ângulo interno 180°00'00"
e azimute verdadeiro 356°39'44", segue confrontando com Maria de Lourdes Xavier da Costa na extensão de 50,00m até o vértice V-13. Do
vértice V-13 (E = 197616.777m e N = 9090120.228m), com ângulo interno 180°00'01" e azimute verdadeiro 356°39'45", segue confrontando com
Maria de Lourdes Xavier da Costa na extensão de 50,00m até o vértice V-14. Do vértice V-14 (E = 197613.866m e N = 9090170.143m), com
ângulo interno 179°59'58" e azimute verdadeiro 356°39'43", segue confrontando com Maria de Lourdes Xavier da Costa na extensão de 50,00m
até o vértice V-15. Do vértice V-15 (E = 197610.955m e N = 9090220.058m), com ângulo interno 180°00'01" e azimute verdadeiro 356°39'44",
segue confrontando com Maria de Lourdes Xavier da Costa na extensão de 50,00m até o vértice V-16. Do vértice V-16 (E = 197608.044m e N
= 9090269.973m), com ângulo interno 180°00'00" e azimute verdadeiro 356°39'44", segue confrontando com Maria de Lourdes Xavier da Costa
na extensão de 53,75m até o vértice V-01 (início da descrição), fechando assim o polígono acima descrito com uma área superficial de 3,6543
ha e perímetro de 852,428 m , conforme memorial descritivo. Assim, ficam os mesmos CITADOS para responderem a ação, querendo, no
prazo de 15 (quinze) dias contados do transcurso deste edital. Advertência: Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão
aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo Autor na petição inicial (art. 344 do NCPC).
DADO E PASSADO na Cidade e Comarca de Bezerros/PE , aos 05 dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). E,
para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, DECLARO, para os devidos fins, que eu, Valdinairo Reis Cruz, subscrevo este
expediente por ordem do MM. Juiz desta Comarca. Provimento nº 002/2010 – CGJ-TJPE.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Pelo presente, o(a)s advogado(a)s abaixo citados, ficam INTIMADO(A)(S) para DEVOLVER , no prazo de 48 (quarenta e oito), os autos
dos processos infracitados , sob pena de busca e apreensão, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis:
Eu, Joel Custódio da Silva, Técnico Judiciário, matrícula nº 177717-3, digitei, sendo Valdinairo Reis Cruz o Chefe da Secretaria, aos cinco dias
dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018).
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 15/01/2019
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 17/01/2019
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Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pelo presente, fica a parte autora, através de sua advogada Dra. Maria Lucia de Barros Campos , devidamente intimados para apresentar
CONTRARRAZÕES à apelação de fls. 100/106 dos autos, no prazo legal, no processo abaixo relacionado:
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
Doutor Daniel Silva Paiva, Juiz de Direito da Vara Única da c9marca de Bom Jardim, Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a(o) Dr. PAULO ROBERTO DE ARAÚJO, OAB-PE,,SOB Nº 30.786, advogado do autor, que, neste Juízo de Direito,
situado à R TABELIÃO MANOEL ARNÓBIO SOUTO MAIOR, s/n - Centro Bom Jardim/PE Telefone: (81) 3638-2221, tramita a ação de Usucapião,
sob o nº 0000579-18.2015.8.17.0310, aforada por JOÃO PAULO LUCENA DA FONSECA, em desfavor de INTERESSADOS.
Assim, fica o mesmo INTIMADO para no prazo de 15 dias cumprir o requerido pelo Estado de Pernambuco, ás Fls, 29/30.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Jose Pereira de Lima, o digitei e submeti à conferência e subscrição da
Chefia de Secretaria.
Cumpra-se
Bom Jardim (PE), 05/12/2018
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Através do presente ficam as partes e seus advogados devidamente intimados do DESPACHO , no processo abaixo relacionado:
PROCESSO Nº 000236-21.2017.8.17.0320
ACUSADO: Wellington Manoel da Silva
ADVOGADO: Bel. Zenilson Bonfim da Costa OAB/PE 30.063
ACUSADA: Fabiana Alves da Silva
ADVOGADO: Bel. José Cláudio Soares de Oliveira OAB/PE 41.208
DESPACHO: Vistos, etc. Proceda-se à intimação do órgão do Ministério Público e do(s) defensor(es) , para, no prazo de 5 (cinco) dias,
apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e
requerer diligências. (art. 422 do CPP). Bonito/PE, 18 de outubro de 2018. VALDELÍCIO FRANCISCO DA SILVA, Juiz de Direito.
Através do presente ficam as partes e seus advogados devidamente intimados da SENTENÇA , no processo abaixo relacionado:
PROCESSO Nº 000535-42.2010.8.17.0320
ACUSADO: Valdemir José Hermínio
DEFENSOR PÚBLICO: Bel. Samuel Domingos de Azevedo Melo
VÍTIMA: Valdemir Anastácio Vilela
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SENTENÇA: (...) Ex positis , atento ao que mais dos autos consta e princípios de Direito aplicáveis à espécie, com fulcro nos arts. 107, IV
c/c o art. 109, VI e 110, todos do Código Penal Brasileiro, DECLARO A PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA DO ESTADO E ,
consequentemente, a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE do réu Valdemir José Hermínio , já qualificado nos autos. Sem custas. Publique-se.
Registre-se. Ciência ao Ministério Público. Desnecessária a intimação pessoal do suposto autor do fato no presente caso, ante o teor do Enunciado
nº VI da II Jornada de Uniformização de Procedimentos das Unidades Judiciárias do TJPE em Triunfo, que assim dispõe: “É desnecessária a
intimação do acusado nas sentenças de extinção da punibilidade, correndo o prazo para recurso para o Réu, desde a data da publicação da
sentença”. Transitada em julgado, façam-se nos registros próprios as anotações e cancelamentos cabíveis acerca da extinção da punibilidade,
pela prescrição da pretensão punitiva, arquivando-se em seguida. Bonito/PE, 04 de dezembro de 2018. VALDELÍCIO FRANCISCO DA SILVA,
Juiz de Direito.
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Expediente nº 2018.0100.001714
Edital de Citação
FAZ SABER a(o)s Sras. Maria José da Conceição e Maria José do Nascimento, o qual se encontram em local incerto e não sabido,
bem como a seus possíveis herdeiros incertos e desconhecidos que, neste Juízo de Direito, situado à AV MAJOR SEVERINO MENDES, S/
N - CENTRO Buenos Aires/PE Telefone: (81) 3647.1913 Fax: (81) 3647.1916 E-mail: varaunica.buenosaires@tjpe.jus.br, tramita a ação de
Usucapião, sob o nº 0000084-14.2016.8.17.0350, aforada por Maria do Carmo da Silva.
Assim, ficam as mesmas CITADAS para responderem aos termos da presente ação, no prazo de 15 dias.
Advertência : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo Autor na
petição inicial (art. 285, c/c o art. 319, do CPC).
Síntese da Inicial : Alega a requerente que desde 2005 vem ocupando a propriedade rural como sua, de forma ininterrupta e pacífica.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Alexandre C. R. Guimaraes, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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são cabíveis em caso de inacolhimento da impugnação. Intimem-se as partes deste Decisum, para requererem o que entenderem oportuno. P.R.I.
Cabo, 29/11/2018 Adriana Brandão de Barros Correia Juíza de Direito-em exercício-
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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(PRAZO DE 20 DIAS)
O Dr. Álvaro Mariano da Penha, Juiz de Direito da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca do Cabo de Santo Agostinho,
Estado de Pernambuco, em virtude da lei e no exercício de suas atribuições etc.
Por meio do presente edital, de prazo de 20 (vinte) dias, FAZ SABER a quantos o virem ou dele ciência tiverem que tramita nesta vara o Processo
n. 3104-79.2018.8.17.0370 , originário de pedido de medidas protetivas de urgência formulado por Maria Luciene da Silva contra Silmar Cícero
Damião Ferreira , o qual é brasileiro, nascido em 15 de agosto de 1984, natural do Cabo de Santo Agostinho/PE, filho de Cícero Damião Ferreira e
Edileusa Maria José da Silva, com último endereço na Rua José Pedro Ferreira, 33, Ilha Tatuoca, Suape, Ipojuca/PE, estando atualmente em lugar
incerto e não sabido, razão pela qual fica ora CITADO para apresentar contestação no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de revelia (art. 306 do Código
Processo Civil), e advertido de que, não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pela autora. De igual
modo, fica ele INTIMADO das seguintes decisões: “[...] Diante do exposto, DEFIRO as medidas protetivas pleiteadas pela requerente, inicialmente
pelo prazo de 6 (seis) meses , podendo ser reduzido ou ampliado em posterior deliberação. 1. DETERMINO que o requerido: a) abstenha-se de se
aproximar da requerente, devendo dela obedecer a limite mínimo de distância que fixo em 200 metros, até o deslinde final do processo ou ulterior
deliberação deste Juízo ; b) abstenha-se de manter contato com a requerente, por qualquer meio de comunicação (ligações telefônicas, cartas, e-
mail etc.), até o deslinde final do processo ou ulterior deliberação deste Juízo; c) abstenha-se de frequentar a residência da requerente e o seu local
de trabalho, até o deslinde final do processo ou ulterior deliberação deste Juízo. 2. Intime-se o requerido, por oficial plantonista, nos termos do art. 18
da Instrução Normativa n. 9/2006 do TJPE, do inteiro teor desta decisão, cientificando-o ainda que no caso de descumprimento das medidas acima
aplicadas poderá ser decretada a sua prisão preventiva e responder pela prática do crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência,
cuja pena prevista é de três meses a dois anos de detenção. 3. Intime-se a requerente acerca da presente decisão e para que compareça neste
Juízo em 11 de dezembro de 2018, às 8h30min, a fim de que seja entrevistada pela Equipe Psicossocial. Na oportunidade, seja ela informada de
que, havendo qualquer descumprimento, deverá dirigir-se a uma delegacia de polícia para fazer boletim de ocorrência. 4. Dê-se ciência ao Ministério
Público (MP). 5. Cite-se o requerido para, querendo, contestar no prazo de 5 dias, sob pena de revelia. Decorrido o prazo de citação sem resposta,
certifique-se. 6. Caso a citação e intimação do requerido sejam infrutíferas, diligencie a Secretaria no Sistema de Informações Eleitorais para obter
outro endereço. Uma vez obtido, proceda-se à citação e intimação. Não sendo localizado nenhum endereço, faça-se intimação e citação por edital. 7.
Após manifestação da equipe e a juntada de contestação eventualmente apresentada pelo requerido, vão os autos com vista ao MP. Com o retorno,
venham-me conclusos. 8. Anexe-se à decisão cópia de documentos que forneçam ao oficial de justiça os elementos necessários à realização das
diligências determinadas nestes fólios. 9. Oficie-se ao Comando do 18º BPMPE solicitando apoio para o cumprimento desta decisão, se necessário.
10. Determino, ainda, a inclusão da requerente no cadastro do 190 – Mulher, a fim de que possa lhe ser dado atendimento prioritário em caso de
novas demandas. Para tanto, oficie-se à Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco. 11. Cumpra-se. Cabo de Santo Agostinho, 1º de novembro
de 2018. D r . Álvaro Mariano da Penha. Juiz de Direito.”
Dado e passado nesta cidade e Comarca do Cabo de Santo Agostinho-PE em 03 de dezembro de 2018. Eu, ______ Suelene Macedo de Carvalho,
Técnico Judiciário, digitei e subscrevo.
Certifico que a assinatura lançada neste edital é do Dr. Álvaro Mariano da Penha, MM. Juiz de Direito da Vara de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher da Comarca do Cabo de Santo Agostinho-PE. O referido é verdade e dou fé. Eu ______, Chefe de Secretaria, digitei e assino.
EDITAL DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
(PRAZO DE 20 DIAS)
O Dr. Álvaro Mariano da Penha, Juiz de Direito da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca do Cabo de Santo Agostinho,
Estado de Pernambuco, em virtude da lei e no exercício de suas atribuições etc.
Por meio do presente edital, de prazo de 20 (vinte) dias, FAZ SABER a quantos o virem ou dele ciência tiverem que tramita nesta vara o Processo
n. 3242-46.2018.8.17.0370 , originário de pedido de medidas protetivas de urgência formulado por Robérica da Silva Carvalho contra Lindomar
José da Silva , o qual é brasileiro, solteiro, ajudante de pedreiro, filho de Rogério José da Silva e Maria José da Silva, com último endereço no
Engenho Massangana, s/n, Cabo de Santo Agostinho/PE, estando atualmente em lugar incerto e não sabido, razão pela qual fica ora CITADO para
apresentar contestação no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de revelia (art. 306 do Código Processo Civil), e advertido de que, não sendo contestada
a ação, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pela autora. De igual modo, fica ele INTIMADO das seguintes decisões: “[...]
Diante do exposto, DEFIRO as medidas protetivas pleiteadas pela requerente, inicialmente pelo prazo de 6 (seis) meses , podendo ser reduzido
ou ampliado em posterior deliberação. 1. DETERMINO que o requerido: a) abstenha-se de se aproximar da requerente, devendo dela obedecer a
limite mínimo de distância que fixo em 200 metros, até o deslinde final do processo ou ulterior deliberação deste Juízo ; b) abstenha-se de manter
contato com a requerente, por qualquer meio de comunicação (ligações telefônicas, cartas, e-mail etc.), até o deslinde final do processo ou ulterior
deliberação deste Juízo; c) abstenha-se de frequentar a residência da requerente e o seu local de trabalho, até o deslinde final do processo ou ulterior
deliberação deste Juízo. 2. Intime-se o requerido, por oficial plantonista, nos termos do art. 18 da Instrução Normativa n. 9/2006 do TJPE, do inteiro
teor desta decisão, cientificando-o ainda que no caso de descumprimento das medidas acima aplicadas poderá ser decretada a sua prisão preventiva
e responder pela prática do crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência, cuja pena prevista é de três meses a dois anos de detenção.
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3. Intime-se a requerente acerca da presente decisão e para que compareça neste Juízo em 17/01/2019, às 10h30min, a fim de que seja entrevistada
pela Equipe Psicossocial. Na oportunidade, seja ela informada de que, havendo qualquer descumprimento, deverá dirigir-se a uma delegacia de
polícia para fazer boletim de ocorrência. 4. Dê-se ciência ao Ministério Público (MP). 5. Cite-se o requerido para, querendo, contestar no prazo de
5 dias, sob pena de revelia. Decorrido o prazo de citação sem resposta, certifique-se. 6. Caso a citação e intimação do requerido sejam infrutíferas,
diligencie a Secretaria no Sistema de Informações Eleitorais para obter outro endereço. Uma vez obtido, proceda-se à citação e intimação. Não sendo
localizado nenhum endereço, faça-se intimação e citação por edital. 7. Após manifestação da equipe e a juntada de contestação eventualmente
apresentada pelo requerido, vão os autos com vista ao MP. Com o retorno, venham-me conclusos. 8. Anexe-se à decisão cópia de documentos que
forneçam ao oficial de justiça os elementos necessários à realização das diligências determinadas nestes fólios. 9. Oficie-se ao Comando do 18º
BPMPE solicitando apoio para o cumprimento desta decisão, se necessário. 10. Determino, ainda, a inclusão da requerente no cadastro do 190 –
Mulher, a fim de que possa lhe ser dado atendimento prioritário em caso de novas demandas. Para tanto, oficie-se à Secretaria da Mulher do Estado
de Pernambuco. 11. Cumpra-se. Cabo de Santo Agostinho, 12 de novembro de 2018. D r . Álvaro Mariano da Penha. Juiz de Direito.”
Dado e passado nesta cidade e Comarca do Cabo de Santo Agostinho-PE em 03 de dezembro de 2018. Eu, ______ Suelene Macedo de Carvalho,
Técnico Judiciário, digitei e subscrevo.
Certifico que a assinatura lançada neste edital é do Dr. Álvaro Mariano da Penha, MM. Juiz de Direito da Vara de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher da Comarca do Cabo de Santo Agostinho-PE. O referido é verdade e dou fé. Eu ______, Chefe de Secretaria, digitei e assino.
VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER NA COMARCA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO/PE – Rua Dr. Manoel
Clementino Cavalcante, 96 – Centro – CABO/PE
Juiz de Direito: Dr. Álvaro Mariano da Penha
Chefe de Secretaria: Eronildo Paulo da Silva
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das AUDIÊNCIAS nos processos abaixo relacionados:
Processo: nº 2869-49.2017.8.17.0370
Natureza da Ação: Auto de Prisão em Flagrante
Vítima: ALINE MARIA DE ALBUQUERQUE
Acusado: CRISTIANO JOSÉ DA SILVA REIS
Advogado : AURÉLIO RAFAEL MARTINS FÉLIX DE SOUSA - OAB/PE nº 33.996
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: 21/01/2018 às 10:00hs : Audiência de Instrução e Julgamento do Acusado a ser realizada
na VARA DA MULHER DA COMARCA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO no dia 21/01/2018 às 10:00hs na Rua Dr. Manoel Clementino
Cavalcante, 96 – Centro – CABO/PE
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
espécie, a materialidade do delito resta sobjemente provada nos autos pelos bens apreendidos, pelo auto de prisão em flagrante, pelo depoimento
das vítimas, bem como pelos testemunhos e interrogatório dos acusados prestados perante a autoridade policial e em Juízo. 2.1.2 - AUTORIA:
A autoria dos denunciados, igualmente, resta sobejamente comprovada diante das provas coligidas em Juízo mediante contraditório e ampla
defesa, seja pelas declarações da vítima, seja pela oitiva das testemunhas, seja pela própria confissão de um dos denunciados, Lucas Barros
da Silva. A testemunha DENISON FLORENTINO NOVAES, relatou que "Que, no dia da prisão em flagrante doas menores e Lucas o declarante
estava de plantão na delegacia de polícia; Que, realizou uma outra diligência na residência do acusado Reginaldo na qual um celular roubado nas
ocorrências estava de posse da esposa de Reginaldo; Que, os menores não relataram para o declarante qualquer tipo de tortura; Que, o ministério
público, bem como conselheiros tutelares compareceram na delegacia após a apreensão dos menores; Que, em conversa do declarante com o
acusado Lucas, este informou que quem orquestrava os roubos era o acusado Reginaldo; Que, não conhecia Reginaldo de outras ocorrências;
Que, nunca sequer tinha visto o acusado Reginaldo e apenas o conheceu no dia que efetuou a prisão dele; Que, um dos menores, que é enteado
do Reginaldo, filho da companheira dele, Francisco Júnior, foi juntamente com o declarante na casa de Reginaldo e apontou onde estaria um
dos celulares roubados, sendo o celular encontrado na posse da companheira de Reginaldo e mãe do menor; Que, o enteado de Reginaldo
informou ao declarante que Reginaldo era quem fornecia as armas a serem utilizadas nos crimes, bem como que Reginaldo ficava em pontos
de van, escolhendo aquela que seria abordada e fazia contato via celular com os menores e o outro acusado para que mais a frente houvesse
a abordagem e o roubo;" A testemunha MARIA NAZIOZENA DOS SANTOS SILVA, afirmou que "Que dois indivíduos estavam na Van como
passageiros e durante o trajeto um deles pediu ao motorista para desviar a rota; Que o motorista se negou a desviar a rota, tendo um deles
anunciado o assalto; Que os assaltantes determinaram que os passageiros ficassem de costas e com a mão na cabeça e por isso não percebeu
que estavam armados; Que o motorista, por determinação dos indivíduos, fez a volta e entrou numa estrada de terra; Que à declarante e aos
demais passageiros foi determinado que descessem; Que antes de descerem os indivíduos determinaram que fossem entregues os pertencem,
tendo, após, eles juntamente com o motorista continuado na Van e ido para outro local; Que mais à frente o motorista da Van também foi solto;
Que nem todos os pertences foram roubados; Que não agrediram fisicamente ninguém, apenas anunciaram o roubo; Que não recuperou o seu
dinheiro até hoje e não sabe quanto foi roubado, porém toda a feira de alimentos foi recuperada" A testemunha FRANCISCO GILDEMAR PINTO
DOS SANTOS relatou que "Que estava na Van no dia narrado na denúncia, quando dois menores e um maior subiram na Van; Que após os
três subirem juntos e já no final da cidade de Cabrobó, eles anunciaram o assalto; Que os assaltantes determinaram que a Van adentrasse na
mata; Que viu com os assaltantes um revolver calibre 38 e uma faca; Que os assaltantes foram mais violentos com o motorista; Que na delegacia
reconheceu os dois menores e um maior que praticou o assalto; Que a van juntamente com o declarante e os demais passageiros ficou em poder
dos assaltantes por aproximadamente 40 minutos; Que do declarante levaram dinheiro e celular, mas que a polícia o restituiu; Que presenciou na
delegacia outros passageiros reconhecendo os dois menores e o maior como os executores do roubo" O adolescente RICARDO DOS SANTOS
declarou que "Que participou de dois assaltos, com Júnior e Lucas; Que nos assaltos usaram revolver 38, faca e arma de brinquedo; Que a
escolha das Vans era de forma aleatória e era o declarante que escolhia as Vans a serem assaltadas; Que nos sois roubos a van de passageiros
foi conduzida para lugares ermos; Que conhecia o outro menor Júnior da cidade de Cabrobó mesmo; Que Lucas e o outro menor Júnior estudava
na mesmo escola que ele; Que o acusado Reginaldo é padrasto do outro menor, conhecido por Júnior; Que as vítimas ficavam em poder do
declarante e dos outros assaltantes por aproximadamente 25 (vinte e cinco) minutos; Que não ameaçaram matar; Que não é verdade que o
declarante era o mais violento do grupo; Que conhecia Lucas, pois trabalharam juntos na padaria; Que foi encontrado um celular com a mulher
de Reginaldo, sendo esse celular fruto de roubo; A testemunha ALEX DE SÁ MATIAS relatou que "Que, foi ele depoente quem investigou o
objeto dos presentes autos; Que, na época os dois menores e Lucas confessaram os crimes; Que, na época os dois menores e Lucas apontavam
Reginaldo como autor intelectual, que inclusive entrava na divisão do que era apurado nos roubos; Que, as armas e as munições eram fornecidas
por Reginaldo; Que, os menores foram ouvidos na presença do conselho tutelar; que, o Conselho tutelar ficou presente do início ao fim dos
depoimentos prestados na delegacia; Que, não chegou a mostrar celular com fotos de Reginaldo aos menores infratores, até porque não conhecia
Reginaldo e só veio saber quem era ele quando esteve na cadeia de Cabrobó; Que, não chegou a ameaçar nenhum dos menores para que
apontassem quem participou dos crimes, inclusive disse a eles que só falassem a verdade, pois a confissão ajudaria na aplicação da pena; Que,
se recorda da presença do promotor de justiça na delegacia quando da prisão dos menores e quer não houve por parte do promotor qualquer
tipo de pressão; Que, se recorda inda que os próprios menores infratores relataram ao promotor que foram bem tratados pelo delegado; Que,
os menores relataram uma tortura da polícia militar e posteriormente foram encaminhados ao IML para exame de corpo de delito; Que, não se
recorda os motivos que os menores informaram para terem sido torturados; Que, conheceu Lucas apenas no dia da prisão; Que foram realizadas
diligências pra encontrar o acusado Reginaldo, porém não houve sucesso; Que, se não lhe falha a memória foram apreendidos um revólver, um
faca e um simulacro; Que, se não lhe falha a memória, o menor infrator é enteado do acusado Reginaldo; Que, um celular oriundo dos roubos foi
encontrado com a companheira de Reginaldo e mãe de um dos menores infratores; Que,as vítimas relataram que erma extremamente violentos
e em um dos roubos mantiveram o motorista como refém; Que, é delegado há mais de 06 anos; Que, não responde há nenhum processo na
corregedoria e nem há processo em nenhuma das comarcas em que já atuou como delegado" O réu LUCAS BARROS DA SILVA confessou os
crimes ao argumentar que "Que, participou dos dois roubos das vans, sendo tais roubos em dias separados; Que, os dos roubos se deram no
período da tarde; Que, nos roubos tinham: uma arma de fogo e uma faca; Que, não se recorda se me em dos roubos houve um disparo de arma
de fogo; Que, nos roubos as vítimas juntamente com o caminhão eram levados para o interior do matagal; Que, o motorista de uma das vans
assaltadas não ficou com refém; Que, na verdade a penas a chave foi tirada e jogada no mato; Que, quem chamou o declarante para praticar
os crimes foram os menores infratores Ricardo e Júnior; Que, não sabem onde os menores, Ricardo e Júnior, adquiriram as armas; Que, não
apanhou do delegado" Diante dos depoimentos transcritos acima, fico convencido de que os réus, em comunhão de desígnios, praticaram fato
típico consistente em roubo majorado. Os depoimentos das vítimas são harmônicos, corroborados pelas testemunhas ouvidas em Juízo e na
DEPOL, bem como há que se considerar a confissão do acusado Lucas Barros da Silva, que se encontra em total coerência com os fatos narrados
na exordial acusatória. Em razão do aludido princípio, o art. 197 do CPP prevê que "o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os
outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas
existe compatibilidade ou concordância." Não se pode negar o valor da confissão do réu, por ocasião do interrogatório. A sinceridade do mesmo
foi corroborada por outros elementos de prova, aí incluídas também as circunstancias que envolvem o caso. Tal confissão do denunciado somente
poderia ser desprezada se totalmente ausentes de circunstâncias outras que as confirmassem, ou ainda, se desmentidas ou nulificadas por outros
elementos probantes. Não é o caso dos autos. Deparo-me, portanto, com um processo criminal fartamente instruído com provas robustas de
autoria e materialidade delitivas. 2.1.3 - DAS QUALIFICADORAS DE EMPREGO DE ARMA, CONCURSO DE AGENTES e Manter a vítima em
seu poder restringindo a liberdade Na denúncia foi imputada aos acusados a prática do crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo
e do concurso de pessoas e manter a vítima em seu poder restringindo sua liberdade. Ocorre que, da análise dos autos, não ficou devidamente
comprovada a restrição da liberdade da vítima. É que dos depoimentos colhidos em juízo não se conseguiu vislumbrar essa qualificadora. Por
outro lado, não pairam dúvidas quanto ao concurso de pessoas (dois adultos e dois menores), o que faz incidir a causa de aumento prevista
no art. 157, §2°, II do CP, bem como que houve o emprego de arma de fogo. Como se não bastasse o próprio denunciado Lucas Barros da
Silva confessou que "participou dos dois roubos das vans, sendo tais roubos em dias separados; Que, os dos roubos se deram no período da
tarde; Que, nos roubos tinham: uma arma de fogo e uma faca; Que, não se recorda se me em dos roubos houve um disparo de arma de fogo;
Que, nos roubos as vítimas juntamente com o caminhão eram levados para o interior do matagal; Que, o motorista de uma das vans assaltadas
não ficou com refém; Que, na verdade a penas a chave foi tirada e jogada no mato; Que, quem chamou o declarante para praticar os crimes
foram os menores infratores Ricardo e Júnior". Nesse contexto, resta comprovada a divisão de tarefas entre os assaltantes nos moldes do art. 29
do CP, de forma que todos respondem pelo mesmo crime de roubo circunstanciado. Do crime de corrupção de menores MATERIALIDADE DO
DELITO: Na espécie, a materialidade do delito resta sobjemente provada nos autos pelo auto de prisão em flagrante delito, auto de apresentação
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e apreensão, bem como pelos testemunhos prestados em Juízo, inclusive pela confissao de um dos acusados, que afirmou estar na companhia
dos dois menores. Outrossim, impõe-se frisar que o crime de corrupção de menores é, de acordo com a pacífica jurisprudência do STJ, formal,
não se exigindo a comprovação da efetiva corrupção do menor, bastando a sua participação no cometimento do delito, enquadrando-se na figura
típica, também, o já corrompido, pois pune-se igualmente a nova oportunidade oferecida para o crime, devendo-se entender que o incremento
na corrupção da vítima configura o delito. Nesse sentido, veja-se as lições do STJ: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL.
RECURSO ESPECIAL. PRETENSÃO DE REEXAME DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO. SÚMULA 7/STJ.
CORRUPÇÃO DE MENORES. CRIME FORMAL. EMBARGOS ACOLHIDOS EM PARTE. (... ) 3. De acordo com entendimento deste Superior
Tribunal de Justiça, pacificado por ocasião do julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.127.954/DF, da relatoria do Ministro Marco Aurélio
Bellizze, o crime de corrupção de menores é crime formal, o qual dispensa a prova da efetiva corrupção do menor para sua configuração. (...)(EDcl
no AgRg no REsp 1312726/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 20/11/2012, DJe 27/11/2012).
(Supressões e grifos nossos) Com tais argumentos e fundamentos, afasta-se a tese da defesa de que não teria havido o crime de corrupção
de menor, bem como de que o mesmo seria material e não formal. Esse tema inclusive foi recentemente sumulado pelo Superior Tribunal de
Justiça, veja-se: Súmula n° 500, STJ: "A configuração do crime previsto no artigo 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente independe
da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal". II.2.2 - AUTORIA: No mesmo sentido, não pairam dúvidas de que os
denunciados praticaram o crime de corrupção de menores, haja vista que as provas produzidas nos presentes autos infirmam que os mesmos
corromperam ou facilitaram a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal, fato comprovado pelos depoimentos das vítimas,
das testemunhas (policiais militares que confirmaram a apreensão do menor na companhia dos denunciados) e do próprio acusado, que confirmou
que estavam em companhia dos menores no momento da investida criminosa, todos em Juízo. II.3 - DO CRIME DE QUADRILHA e DO DELITO
DE DISPARO DE ARMA DE FOGO II.3.1 MATERIALIDADE DO DELITO: Para a configuração do crime em tela necessário se faz que reste
configurada a associação de três ou mais pessoas para o de cometer uma série indeterminada de crimes, ou seja, deve haver a comprovação da
intenção (dolo) dos agentes de se reunir para cometimento de crimes. Não logrou êxito a acusação em comprovar que os denunciados agiram com
o dolo específico, se reunindo para cometimento de uma série indeterminada de crimes, não havendo sido produzida prova nos autos a verificar
a materialidade do delito. Embora haja informes de que havia um grupo de pessoas realizando roubos e furtos na região, não há a identificação
dos denunciados como sendo os autores, nem tampouco há demonstração do vínculo subjetivo de associação para o cometimento de delitos.
Com tais justificativas, e sem haver qualquer prova nos autos da materialidade do delito de associação criminosa, entendo que razão assiste à
defesa quanto a não ocorrência do delito em espécie, sendo de rigor o reconhecimento da absolvição dos denunciados quanto ao presente delito.
Da mesma forma não restou provado que houve disparo de arma de fogo nas empreitadas criminosas dos réus, vez que da prova produzida em
juízo não ficou evidenciado que houve disparo de arma de fogo, as testemunhas, as vítimas e os réus negaram a pratica do referido crime. Logo,
a absolvição é medida que se impõe. Da continuidade delitiva No caso dos autos, incide a regra prevista no art. 71 do Código Penal, porquanto os
réus praticaram os delitos da mesma espécie, mediante mais de uma ação, nas mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução, motivo
pelo qual os subsequentes são havidos como continuação do primeiro, o que faz este julgador aplicar a pena de um só dos crimes, aumentada
de 1/6 em razão da quantidade de assaltos praticados dois roubos a duas van. Do concurso formal de crimes Por derradeiro, verifico que o caso
em tela revela a ocorrência de apenas uma ação praticada pelos agentes, muito embora tenham roubado 14 vítimas, conforme descreve as
denúncias, o que revela a incidência da circunstância prevista no art. 70 do CP, devendo ao final a pena ser aumentada pela metade. Destaco que
o e. STJ entende que não há bis in idem na cumulação da continuidade delitiva com o concurso forma de crimes, in verbis:"HABEAS CORPUS.
CRIMES DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA. ESTELIONATO E CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO. INTERROGATÓRIO. AUSÊNCIA DE
ELABORAÇÃO DE PERGUNTAS DA DEFESA DO PACIENTE AOS DEMAIS CO-RÉUS. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. CRIME
CONTINUADO E CONCURSO FORMAL. BIS IN IDEM. INOCORRÊNCIA. 1. Em que pese a alteração do art. 188, do Código de Processo
Penal, advinda com a Lei n.º 10.792/03, o interrogatório judicial continua a ser uma peça de defesa, logo, não se pode sujeitar o interrogado às
perguntas de advogado de co-réu, no caso de concurso de agentes. 2. Qualquer alegação do co-réu que porventura incrimine o ora Paciente
pode ser reprochada em momento oportuno, pois a Defesa dela tomará conhecimento antes do encerramento da instrução. Em sendo assim,
não há que se falar em qualquer cerceamento à defesa do Paciente ou ofensa ao contraditório na ação penal. 3. Precedentes do Superior
Tribunal de Justiça. 4. Não há bis in idem na dupla majoração da pena, pelo crime continuado e pelo concurso formal. Na espécie, em uma
única ação, o Paciente induziu os consumidores a erro com a divulgação publicitária enganosa e obteve várias vantagens ilícitas, praticando
diversos estelionatos em continuidade delitiva, e em concurso material com crime contra as relacoes de consumo. 5. Ordem denegada"(STJ -
HC: 98554 PR 2008/0007002-6, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 21/10/2008, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação:
DJe 10/11/2008) III - Dispositivo Ante as razões expostas, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial acusatória para
condenar os réus LUCAS BARROS DA SILVA E REGINALDO GOMES BARBOSA, com arrimo no art. 387, como incurso nas penas do art. 157,
§ 2º, incisos I e II e art. 244-B da Lei 8.068/90, ao passo em que absolvo dos crimes tipificados nos artigos 288, parágrafo único do CP e art. 15
da Lei 10.826/03. Atendendo às diretrizes do art. 59 e 68 do Código Penal c/c o art. 42 da citada lei antitóxico, passo à dosimetria da pena. Do réu
Lucas Barros da Silva Dos roubos circunstanciados em concurso formal Tendo em vista que os crimes de roubos foram praticados nas mesmas
circunstâncias fáticas e com o mesmo modus operandi contra vítimas diversas, para evitar repetições inúteis procederei a dosimetria conjunta,
determinando a pena de cada um deles. Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade normal às espécies, deixo de valorar; no que se refere
aos antecedentes, o réu é primário, merecendo valoração positiva; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes,
deixo de valorar; os motivos dos delitos são típicos à espécie; as circunstâncias dos delitos dos roubos são reprováveis tendo em vista que os
crimes foram cometidos em local ermo, estrada fora da rodovia, em uma estrada de barro, dificultando o socorro às vítimas, merecendo valoração
negativa; as consequências dos delitos merecem valoração negativa, porquanto alguns objetos das vítimas não foram devolvidos. As vítimas não
contribuíram para o crime motivo pelo qual merece valoração negativa. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base em 5 anos e 6 meses
de reclusão. Não incide na espécie circunstâncias agravantes. Incide as atenuantes da confissão espontânea e menoridade motivo pelo qual
reduzo a pena em 6 meses de reclusão para cada atenuante, passando a valorá-la em 4 anos e 6 meses de reclusão. Incide na espécie o art.
157, §2º, incisos I e II do Código Penal, de forma que exaspero a pena no mínimo legal 1/3, tendo em vista que as circunstâncias fáticas revelam
que o delito fora cometido mediante ameaça com uso de arma fogo e em concurso de pessoas, de sorte que passo a dosar a pena em 6 anos
de reclusão. Incide na espécie o concurso formal de crimes, a teor do disposto no art. 70 do Código Penal, uma vez que com uma só ação ou
omissão praticou o réu 14 crimes de roubos, porquanto foram 14 vítimas de sorte que exaspero em 1/2, motivo pelo qual passo a dosá-la em 9
anos de reclusão. Tendo em vista que a pena de multa (capitulada para cada um dos roubos) também observa o critério trifásico, diante do acima
exposto, fixo, com arrimo nos arts 49 e 60 do CP, a pena de multa em 60 (sessenta) dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30
do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. Não havendo nenhuma outra
causa de diminuição ou aumento da reprimenda, torno definitiva a pena em 9 anos de reclusão e 60 dias-multa, estabelecendo cada dia multa no
valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. a.2) Da corrupção
de menores Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade normal à espécie, deixo de valorar; no que se refere aos antecedentes, o réu é primário,
merecendo valoração positiva; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes, deixo de valorar; os motivos do delito
sãos típicos à espécie; as circunstâncias típicas à espécie, deixo de valorar; conseqüências, elementares ao tipo penal, pelo que deixo de valorá-
las. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base para o crime de corrupção de menores no mínimo legal, qual seja, 01 ano de reclusão. Não
incidem circunstâncias agravantes na espécie. De outra banda, reputo verificada a circunstância atenuante da confissão espontânea (art. 65, III,
"d"), mas deixo de valorá-las para não incidir em violação ao Enunciado de Súmula 231 do STJ (A incidência da circunstância atenuante não
pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal). Não havendo nenhuma causa de diminuição ou aumento, torno definitiva a pena para
o crime de corrupção de menores em 01 ano de reclusão. Diante desse quadro, fixo como regime inicial de cumprimento como sendo o fechado,
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conforme art. 33, §2°, "b" do CP a ser cumprida no Presídio de Limoeiro ou outro estabelecimento prisional a ser determinado pelo Juízo da
Execução. Da soma das penas e da pena final Tendo em vista que o réu foi condenado no delito de roubo a pena de 9 anos de reclusão e 60
dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a
situação econômica do réu e no delito de corrupção de menores a pena de 01 ano de reclusão a pena final do réu passa a ser de 10 anos e 60
dias-multas, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato. Ante a recente alteração
legislativa prevista no art. 387, §2° do CPP promovo a detração da pena, computando-se a prisão provisória para efeitos de aferição do regime
inicial. Tendo em vista que o réu encontra-se preso preventivamente desde 15 de maio de 2013, fazendo-se a detração da pena imposta nessa
sentença para os fins do referido dispositivo, a pena que sobeja cumprimento ainda é bastante superior à oito anos. Diante desse quadro, fixo
como regime inicial de cumprimento como sendo o fechado, conforme art. 33, §2°, "a" do CP, além de que desfavoráveis as circunstancias
judiciais (art. 33, §3° e 59, III do CP). Por estarem ausentes os pressupostos objetivos e subjetivos do art. 44 do CP, haja vista o crime ter sido
cometido com violência, bem como por serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais, denego a substituição da pena por restritivas de direito
para o réu. Denego a suspensão condicional da pena, tendo em vista que o quantum fixado supera o patamar legalmente previsto, bem como por
serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais (art. 77, I e II do CP) do réu. Não concedo ao réu o direito de apelar em liberdade por estarem
subsistentes os pressupostos do art. 312 do CPP, conforme decisão de fls. 132/134 e pelo fato do réu ter permanecido preso durante toda a
instrução processual. Nesse sentido, a jurisprudência do STJ entende que se existiam motivos para segregação cautelar quando da instrução
processual, mais razão haverá em manter os réus presos após existência de sentença penal condenatória, mesmo que recorrível. Deixo de fixar
indenização mínima (Art. 387, IV do CPP) por inexistirem dados para tanto, bem como por não haver pedido e comprovação dos danos sofridos
pelas vítimas. Condeno o réu ao pagamento de custas (art. 804 do CPP). Expeça-se carta de guia provisória, a ser cumprida na Penitenciária de
Petrolina/PE Do réu Reginaldo Gomes Barbosa Dos roubos circunstanciados em concurso formal Tendo em vista que os crimes de roubos foram
praticados nas mesmas circunstâncias fáticas e com o mesmo modus operandi contra vítimas diversas, para evitar repetições inúteis procederei a
dosimetria conjunta, determinando a pena de cada um deles. Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade intensa, haja vista que foi o idealizador
da empreitada criminosa, motivo pelo qual valoro negativamente; no que se refere aos antecedentes, o réu já foi condenado em outro crime
da mesma espécie, motivo pelo qual valoro negativamente; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes, deixo
de valorar; os motivos dos delitos sãos típicos às espécies; as circunstâncias dos delitos dos roubos são reprováveis tendo em vista que os
crimes foram cometidos em local ermo, estrada fora da rodovia, em uma estrada de barro, dificultando o socorro às vítimas, merecendo valoração
negativa; as consequências dos delitos merecem valoração negativa, porquanto alguns objetos das vítimas não foram devolvidos. As vítimas não
contribuíram para o crime motivo pelo qual merece valoração negativa. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base em 6 anos e 6 meses de
reclusão. Incide na espécie circunstâncias agravantes prevista no art. 62, inciso I, do CP, dirigir a atividade criminosa, e da reincidência motivo
pelo qual aumento a pena em 1 ano de reclusão, passando a dosá-la em 7 anos e 6 meses de reclusão. Não há atenuantes. Incide na espécie
o art. 157, §2º, incisos I e II do Código Penal, de forma que exaspero a pena no mínimo legal 1/3, tendo em vista que as circunstâncias fáticas
revelam que o delito fora cometido mediante ameaça com uso de arma fogo e em concurso de pessoas, de sorte que passo a dosar a pena em
10 anos de reclusão. Incide na espécie o concurso formal de crimes, a teor do disposto no art. 70 do Código Penal, uma vez que com uma só
ação ou omissão praticou o réu 14 crimes de roubos, porquanto foram 14 vítimas de sorte que exaspero em 1/2, motivo pelo qual passo a dosá-
la em 15 anos de reclusão. Tendo em vista que a pena de multa (capitulada para cada um dos roubos) também observa o critério trifásico, diante
do acima exposto, fixo, com arrimo nos arts 49 e 60 do CP, a pena de multa em 100 (cem) dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de
1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. Não havendo nenhuma
outra causa de diminuição ou aumento da reprimenda, torno definitiva a pena em 15 anos de reclusão e 100 dias-multa, estabelecendo cada
dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. a.2)
Da corrupção de menores Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade normal à espécie, deixo de valorar; no que se refere aos antecedentes,
o réu é primário, merecendo valoração positiva; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes, deixo de valorar; os
motivos do delito sãos típicos à espécie; as circunstâncias típicas à espécie, deixo de valorar; conseqüências, elementares ao tipo penal, pelo
que deixo de valorá-las. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base para o crime de corrupção de menores no mínimo legal, qual seja, 01 ano
de reclusão. Não incidem circunstâncias agravantes nem atenuantes. Não havendo nenhuma causa de diminuição ou aumento, torno definitiva
a pena para o crime de corrupção de menores em 01 ano de reclusão. Diante desse quadro, fixo como regime inicial de cumprimento como
sendo o fechado, conforme art. 33, §2°, "b" do CP a ser cumprida no Presídio de Limoeiro ou outro estabelecimento prisional a ser determinado
pelo Juízo da Execução. Da soma das penas e da pena final Tendo em vista que o réu foi condenado no delito de roubo a pena de 15 anos de
reclusão e 100 dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em
consideração a situação econômica do réu e no delito de corrupção de menores a pena de 01 ano de reclusão a pena final do réu passa a ser de
16 anos e 100 dias-multas, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato. Ante a recente
alteração legislativa prevista no art. 387, §2° do CPP promovo a detração da pena, computando-se a prisão provisória para efeitos de aferição do
regime inicial. Tendo em vista que o réu encontra-se preso preventivamente desde 18 de agosto de 2013, fazendo-se a detração da pena imposta
nessa sentença para os fins do referido dispositivo, a pena que sobeja cumprimento ainda é bastante superior à oito anos. Diante desse quadro,
fixo como regime inicial de cumprimento como sendo o fechado, conforme art. 33, §2°, "a" do CP, além de que desfavoráveis as circunstancias
judiciais (art. 33, §3° e 59, III do CP). Por estarem ausentes os pressupostos objetivos e subjetivos do art. 44 do CP, haja vista o crime ter sido
cometido com violência, bem como por serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais, denego a substituição da pena por restritivas de direito
para o réu. Denego a suspensão condicional da pena, tendo em vista que o quantum fixado supera o patamar legalmente previsto, bem como por
serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais (art. 77, I e II do CP) do réu. Não concedo ao réu o direito de apelar em liberdade por estarem
subsistentes os pressupostos do art. 312 do CPP, conforme decisão de fls. 132/134 e pelo fato do réu ter permanecido preso durante toda a
instrução processual. Nesse sentido, a jurisprudência do STJ entende que se existiam motivos para segregação cautelar quando da instrução
processual, mais razão haverá em manter os réus presos após existência de sentença penal condenatória, mesmo que recorrível. Deixo de fixar
indenização mínima (Art. 387, IV do CPP) por inexistirem dados para tanto, bem como por não haver pedido e comprovação dos danos sofridos
pelas vítimas. Condeno o réu ao pagamento de custas (art. 804 do CPP). Expeça-se carta de guia provisória, a ser cumprida na Penitenciária de
Salgueiro/PE. Decreto a perda dos produtos e bens utilizados para a prática criminosa em favor da União, o fazendo com base no disposto no art.
91, I do CP, salvo a comprovação de propriedade. A Secretaria providenciará a expedição das cartas de sentença provisória, em conformidade
com a Resolução n° 113/2010 do CNJ. Com o trânsito em julgado, a Secretaria tomará as providências seguintes: a) Lançar os nomes dos réus
no rol dos culpados b) Preencher os boletins individuais para envio ao ITB/INFOSEG; c) Comunicar a suspensão dos direitos políticos dos réus
à Justiça Eleitoral (art. 15, III, da CF); d) Expedir as cartas de sentença definitiva; e) Enviar os autos à Contadoria, para elaborar os cálculos
da pena de multa; f) Em caso de não pagamento da multa, oficie-se à Procuradoria Estadual para providenciar a execução da pena de multa.
Encaminhem-se cópias: denúncia, sentença, trânsito em julgado da sentença, intimação da sentença, cálculo da pena de multa e certidão de
não pagamento da multa. g) Nos termos do Provimento nº 02/2008-CM, encaminhem, por intermédio e sob escolta da polícia militar (art. 4º),
as munições apreendidas nos autos para o Comando do Exército para que, nos termos da Lei 10.826/2003 seja procedida à sua destruição ou
doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Arquive-se oportunamente. Cabrobó, 26
de Maio de 2015. Thiego Dias Marinho Juiz Substituto (em exercício cumulativo) 1
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dinheiro até hoje e não sabe quanto foi roubado, porém toda a feira de alimentos foi recuperada" A testemunha FRANCISCO GILDEMAR PINTO
DOS SANTOS relatou que "Que estava na Van no dia narrado na denúncia, quando dois menores e um maior subiram na Van; Que após os
três subirem juntos e já no final da cidade de Cabrobó, eles anunciaram o assalto; Que os assaltantes determinaram que a Van adentrasse na
mata; Que viu com os assaltantes um revolver calibre 38 e uma faca; Que os assaltantes foram mais violentos com o motorista; Que na delegacia
reconheceu os dois menores e um maior que praticou o assalto; Que a van juntamente com o declarante e os demais passageiros ficou em poder
dos assaltantes por aproximadamente 40 minutos; Que do declarante levaram dinheiro e celular, mas que a polícia o restituiu; Que presenciou na
delegacia outros passageiros reconhecendo os dois menores e o maior como os executores do roubo" O adolescente RICARDO DOS SANTOS
declarou que "Que participou de dois assaltos, com Júnior e Lucas; Que nos assaltos usaram revolver 38, faca e arma de brinquedo; Que a
escolha das Vans era de forma aleatória e era o declarante que escolhia as Vans a serem assaltadas; Que nos sois roubos a van de passageiros
foi conduzida para lugares ermos; Que conhecia o outro menor Júnior da cidade de Cabrobó mesmo; Que Lucas e o outro menor Júnior estudava
na mesmo escola que ele; Que o acusado Reginaldo é padrasto do outro menor, conhecido por Júnior; Que as vítimas ficavam em poder do
declarante e dos outros assaltantes por aproximadamente 25 (vinte e cinco) minutos; Que não ameaçaram matar; Que não é verdade que o
declarante era o mais violento do grupo; Que conhecia Lucas, pois trabalharam juntos na padaria; Que foi encontrado um celular com a mulher
de Reginaldo, sendo esse celular fruto de roubo; A testemunha ALEX DE SÁ MATIAS relatou que "Que, foi ele depoente quem investigou o
objeto dos presentes autos; Que, na época os dois menores e Lucas confessaram os crimes; Que, na época os dois menores e Lucas apontavam
Reginaldo como autor intelectual, que inclusive entrava na divisão do que era apurado nos roubos; Que, as armas e as munições eram fornecidas
por Reginaldo; Que, os menores foram ouvidos na presença do conselho tutelar; que, o Conselho tutelar ficou presente do início ao fim dos
depoimentos prestados na delegacia; Que, não chegou a mostrar celular com fotos de Reginaldo aos menores infratores, até porque não conhecia
Reginaldo e só veio saber quem era ele quando esteve na cadeia de Cabrobó; Que, não chegou a ameaçar nenhum dos menores para que
apontassem quem participou dos crimes, inclusive disse a eles que só falassem a verdade, pois a confissão ajudaria na aplicação da pena; Que,
se recorda da presença do promotor de justiça na delegacia quando da prisão dos menores e quer não houve por parte do promotor qualquer
tipo de pressão; Que, se recorda inda que os próprios menores infratores relataram ao promotor que foram bem tratados pelo delegado; Que,
os menores relataram uma tortura da polícia militar e posteriormente foram encaminhados ao IML para exame de corpo de delito; Que, não se
recorda os motivos que os menores informaram para terem sido torturados; Que, conheceu Lucas apenas no dia da prisão; Que foram realizadas
diligências pra encontrar o acusado Reginaldo, porém não houve sucesso; Que, se não lhe falha a memória foram apreendidos um revólver, um
faca e um simulacro; Que, se não lhe falha a memória, o menor infrator é enteado do acusado Reginaldo; Que, um celular oriundo dos roubos foi
encontrado com a companheira de Reginaldo e mãe de um dos menores infratores; Que,as vítimas relataram que erma extremamente violentos
e em um dos roubos mantiveram o motorista como refém; Que, é delegado há mais de 06 anos; Que, não responde há nenhum processo na
corregedoria e nem há processo em nenhuma das comarcas em que já atuou como delegado" O réu LUCAS BARROS DA SILVA confessou os
crimes ao argumentar que "Que, participou dos dois roubos das vans, sendo tais roubos em dias separados; Que, os dos roubos se deram no
período da tarde; Que, nos roubos tinham: uma arma de fogo e uma faca; Que, não se recorda se me em dos roubos houve um disparo de arma
de fogo; Que, nos roubos as vítimas juntamente com o caminhão eram levados para o interior do matagal; Que, o motorista de uma das vans
assaltadas não ficou com refém; Que, na verdade a penas a chave foi tirada e jogada no mato; Que, quem chamou o declarante para praticar
os crimes foram os menores infratores Ricardo e Júnior; Que, não sabem onde os menores, Ricardo e Júnior, adquiriram as armas; Que, não
apanhou do delegado" Diante dos depoimentos transcritos acima, fico convencido de que os réus, em comunhão de desígnios, praticaram fato
típico consistente em roubo majorado. Os depoimentos das vítimas são harmônicos, corroborados pelas testemunhas ouvidas em Juízo e na
DEPOL, bem como há que se considerar a confissão do acusado Lucas Barros da Silva, que se encontra em total coerência com os fatos narrados
na exordial acusatória. Em razão do aludido princípio, o art. 197 do CPP prevê que "o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os
outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas
existe compatibilidade ou concordância." Não se pode negar o valor da confissão do réu, por ocasião do interrogatório. A sinceridade do mesmo
foi corroborada por outros elementos de prova, aí incluídas também as circunstancias que envolvem o caso. Tal confissão do denunciado somente
poderia ser desprezada se totalmente ausentes de circunstâncias outras que as confirmassem, ou ainda, se desmentidas ou nulificadas por outros
elementos probantes. Não é o caso dos autos. Deparo-me, portanto, com um processo criminal fartamente instruído com provas robustas de
autoria e materialidade delitivas. 2.1.3 - DAS QUALIFICADORAS DE EMPREGO DE ARMA, CONCURSO DE AGENTES e Manter a vítima em
seu poder restringindo a liberdade Na denúncia foi imputada aos acusados a prática do crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo
e do concurso de pessoas e manter a vítima em seu poder restringindo sua liberdade. Ocorre que, da análise dos autos, não ficou devidamente
comprovada a restrição da liberdade da vítima. É que dos depoimentos colhidos em juízo não se conseguiu vislumbrar essa qualificadora. Por
outro lado, não pairam dúvidas quanto ao concurso de pessoas (dois adultos e dois menores), o que faz incidir a causa de aumento prevista
no art. 157, §2°, II do CP, bem como que houve o emprego de arma de fogo. Como se não bastasse o próprio denunciado Lucas Barros da
Silva confessou que "participou dos dois roubos das vans, sendo tais roubos em dias separados; Que, os dos roubos se deram no período da
tarde; Que, nos roubos tinham: uma arma de fogo e uma faca; Que, não se recorda se me em dos roubos houve um disparo de arma de fogo;
Que, nos roubos as vítimas juntamente com o caminhão eram levados para o interior do matagal; Que, o motorista de uma das vans assaltadas
não ficou com refém; Que, na verdade a penas a chave foi tirada e jogada no mato; Que, quem chamou o declarante para praticar os crimes
foram os menores infratores Ricardo e Júnior". Nesse contexto, resta comprovada a divisão de tarefas entre os assaltantes nos moldes do art. 29
do CP, de forma que todos respondem pelo mesmo crime de roubo circunstanciado. Do crime de corrupção de menores MATERIALIDADE DO
DELITO: Na espécie, a materialidade do delito resta sobjemente provada nos autos pelo auto de prisão em flagrante delito, auto de apresentação
e apreensão, bem como pelos testemunhos prestados em Juízo, inclusive pela confissao de um dos acusados, que afirmou estar na companhia
dos dois menores. Outrossim, impõe-se frisar que o crime de corrupção de menores é, de acordo com a pacífica jurisprudência do STJ, formal,
não se exigindo a comprovação da efetiva corrupção do menor, bastando a sua participação no cometimento do delito, enquadrando-se na figura
típica, também, o já corrompido, pois pune-se igualmente a nova oportunidade oferecida para o crime, devendo-se entender que o incremento
na corrupção da vítima configura o delito. Nesse sentido, veja-se as lições do STJ: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL.
RECURSO ESPECIAL. PRETENSÃO DE REEXAME DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO. SÚMULA 7/STJ.
CORRUPÇÃO DE MENORES. CRIME FORMAL. EMBARGOS ACOLHIDOS EM PARTE. (... ) 3. De acordo com entendimento deste Superior
Tribunal de Justiça, pacificado por ocasião do julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.127.954/DF, da relatoria do Ministro Marco Aurélio
Bellizze, o crime de corrupção de menores é crime formal, o qual dispensa a prova da efetiva corrupção do menor para sua configuração. (...)(EDcl
no AgRg no REsp 1312726/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 20/11/2012, DJe 27/11/2012).
(Supressões e grifos nossos) Com tais argumentos e fundamentos, afasta-se a tese da defesa de que não teria havido o crime de corrupção
de menor, bem como de que o mesmo seria material e não formal. Esse tema inclusive foi recentemente sumulado pelo Superior Tribunal de
Justiça, veja-se: Súmula n° 500, STJ: "A configuração do crime previsto no artigo 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente independe
da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal". II.2.2 - AUTORIA: No mesmo sentido, não pairam dúvidas de que os
denunciados praticaram o crime de corrupção de menores, haja vista que as provas produzidas nos presentes autos infirmam que os mesmos
corromperam ou facilitaram a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal, fato comprovado pelos depoimentos das vítimas,
das testemunhas (policiais militares que confirmaram a apreensão do menor na companhia dos denunciados) e do próprio acusado, que confirmou
que estavam em companhia dos menores no momento da investida criminosa, todos em Juízo. II.3 - DO CRIME DE QUADRILHA e DO DELITO
DE DISPARO DE ARMA DE FOGO II.3.1 MATERIALIDADE DO DELITO: Para a configuração do crime em tela necessário se faz que reste
configurada a associação de três ou mais pessoas para o de cometer uma série indeterminada de crimes, ou seja, deve haver a comprovação da
intenção (dolo) dos agentes de se reunir para cometimento de crimes. Não logrou êxito a acusação em comprovar que os denunciados agiram com
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o dolo específico, se reunindo para cometimento de uma série indeterminada de crimes, não havendo sido produzida prova nos autos a verificar
a materialidade do delito. Embora haja informes de que havia um grupo de pessoas realizando roubos e furtos na região, não há a identificação
dos denunciados como sendo os autores, nem tampouco há demonstração do vínculo subjetivo de associação para o cometimento de delitos.
Com tais justificativas, e sem haver qualquer prova nos autos da materialidade do delito de associação criminosa, entendo que razão assiste à
defesa quanto a não ocorrência do delito em espécie, sendo de rigor o reconhecimento da absolvição dos denunciados quanto ao presente delito.
Da mesma forma não restou provado que houve disparo de arma de fogo nas empreitadas criminosas dos réus, vez que da prova produzida em
juízo não ficou evidenciado que houve disparo de arma de fogo, as testemunhas, as vítimas e os réus negaram a pratica do referido crime. Logo,
a absolvição é medida que se impõe. Da continuidade delitiva No caso dos autos, incide a regra prevista no art. 71 do Código Penal, porquanto os
réus praticaram os delitos da mesma espécie, mediante mais de uma ação, nas mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução, motivo
pelo qual os subsequentes são havidos como continuação do primeiro, o que faz este julgador aplicar a pena de um só dos crimes, aumentada
de 1/6 em razão da quantidade de assaltos praticados dois roubos a duas van. Do concurso formal de crimes Por derradeiro, verifico que o caso
em tela revela a ocorrência de apenas uma ação praticada pelos agentes, muito embora tenham roubado 14 vítimas, conforme descreve as
denúncias, o que revela a incidência da circunstância prevista no art. 70 do CP, devendo ao final a pena ser aumentada pela metade. Destaco que
o e. STJ entende que não há bis in idem na cumulação da continuidade delitiva com o concurso forma de crimes, in verbis:"HABEAS CORPUS.
CRIMES DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA. ESTELIONATO E CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO. INTERROGATÓRIO. AUSÊNCIA DE
ELABORAÇÃO DE PERGUNTAS DA DEFESA DO PACIENTE AOS DEMAIS CO-RÉUS. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. CRIME
CONTINUADO E CONCURSO FORMAL. BIS IN IDEM. INOCORRÊNCIA. 1. Em que pese a alteração do art. 188, do Código de Processo
Penal, advinda com a Lei n.º 10.792/03, o interrogatório judicial continua a ser uma peça de defesa, logo, não se pode sujeitar o interrogado às
perguntas de advogado de co-réu, no caso de concurso de agentes. 2. Qualquer alegação do co-réu que porventura incrimine o ora Paciente
pode ser reprochada em momento oportuno, pois a Defesa dela tomará conhecimento antes do encerramento da instrução. Em sendo assim,
não há que se falar em qualquer cerceamento à defesa do Paciente ou ofensa ao contraditório na ação penal. 3. Precedentes do Superior
Tribunal de Justiça. 4. Não há bis in idem na dupla majoração da pena, pelo crime continuado e pelo concurso formal. Na espécie, em uma
única ação, o Paciente induziu os consumidores a erro com a divulgação publicitária enganosa e obteve várias vantagens ilícitas, praticando
diversos estelionatos em continuidade delitiva, e em concurso material com crime contra as relacoes de consumo. 5. Ordem denegada"(STJ -
HC: 98554 PR 2008/0007002-6, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 21/10/2008, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação:
DJe 10/11/2008) III - Dispositivo Ante as razões expostas, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial acusatória para
condenar os réus LUCAS BARROS DA SILVA E REGINALDO GOMES BARBOSA, com arrimo no art. 387, como incurso nas penas do art. 157,
§ 2º, incisos I e II e art. 244-B da Lei 8.068/90, ao passo em que absolvo dos crimes tipificados nos artigos 288, parágrafo único do CP e art. 15
da Lei 10.826/03. Atendendo às diretrizes do art. 59 e 68 do Código Penal c/c o art. 42 da citada lei antitóxico, passo à dosimetria da pena. Do réu
Lucas Barros da Silva Dos roubos circunstanciados em concurso formal Tendo em vista que os crimes de roubos foram praticados nas mesmas
circunstâncias fáticas e com o mesmo modus operandi contra vítimas diversas, para evitar repetições inúteis procederei a dosimetria conjunta,
determinando a pena de cada um deles. Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade normal às espécies, deixo de valorar; no que se refere
aos antecedentes, o réu é primário, merecendo valoração positiva; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes,
deixo de valorar; os motivos dos delitos são típicos à espécie; as circunstâncias dos delitos dos roubos são reprováveis tendo em vista que os
crimes foram cometidos em local ermo, estrada fora da rodovia, em uma estrada de barro, dificultando o socorro às vítimas, merecendo valoração
negativa; as consequências dos delitos merecem valoração negativa, porquanto alguns objetos das vítimas não foram devolvidos. As vítimas não
contribuíram para o crime motivo pelo qual merece valoração negativa. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base em 5 anos e 6 meses
de reclusão. Não incide na espécie circunstâncias agravantes. Incide as atenuantes da confissão espontânea e menoridade motivo pelo qual
reduzo a pena em 6 meses de reclusão para cada atenuante, passando a valorá-la em 4 anos e 6 meses de reclusão. Incide na espécie o art.
157, §2º, incisos I e II do Código Penal, de forma que exaspero a pena no mínimo legal 1/3, tendo em vista que as circunstâncias fáticas revelam
que o delito fora cometido mediante ameaça com uso de arma fogo e em concurso de pessoas, de sorte que passo a dosar a pena em 6 anos
de reclusão. Incide na espécie o concurso formal de crimes, a teor do disposto no art. 70 do Código Penal, uma vez que com uma só ação ou
omissão praticou o réu 14 crimes de roubos, porquanto foram 14 vítimas de sorte que exaspero em 1/2, motivo pelo qual passo a dosá-la em 9
anos de reclusão. Tendo em vista que a pena de multa (capitulada para cada um dos roubos) também observa o critério trifásico, diante do acima
exposto, fixo, com arrimo nos arts 49 e 60 do CP, a pena de multa em 60 (sessenta) dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30
do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. Não havendo nenhuma outra
causa de diminuição ou aumento da reprimenda, torno definitiva a pena em 9 anos de reclusão e 60 dias-multa, estabelecendo cada dia multa no
valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. a.2) Da corrupção
de menores Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade normal à espécie, deixo de valorar; no que se refere aos antecedentes, o réu é primário,
merecendo valoração positiva; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes, deixo de valorar; os motivos do delito
sãos típicos à espécie; as circunstâncias típicas à espécie, deixo de valorar; conseqüências, elementares ao tipo penal, pelo que deixo de valorá-
las. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base para o crime de corrupção de menores no mínimo legal, qual seja, 01 ano de reclusão. Não
incidem circunstâncias agravantes na espécie. De outra banda, reputo verificada a circunstância atenuante da confissão espontânea (art. 65, III,
"d"), mas deixo de valorá-las para não incidir em violação ao Enunciado de Súmula 231 do STJ (A incidência da circunstância atenuante não
pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal). Não havendo nenhuma causa de diminuição ou aumento, torno definitiva a pena para
o crime de corrupção de menores em 01 ano de reclusão. Diante desse quadro, fixo como regime inicial de cumprimento como sendo o fechado,
conforme art. 33, §2°, "b" do CP a ser cumprida no Presídio de Limoeiro ou outro estabelecimento prisional a ser determinado pelo Juízo da
Execução. Da soma das penas e da pena final Tendo em vista que o réu foi condenado no delito de roubo a pena de 9 anos de reclusão e 60
dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a
situação econômica do réu e no delito de corrupção de menores a pena de 01 ano de reclusão a pena final do réu passa a ser de 10 anos e 60
dias-multas, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato. Ante a recente alteração
legislativa prevista no art. 387, §2° do CPP promovo a detração da pena, computando-se a prisão provisória para efeitos de aferição do regime
inicial. Tendo em vista que o réu encontra-se preso preventivamente desde 15 de maio de 2013, fazendo-se a detração da pena imposta nessa
sentença para os fins do referido dispositivo, a pena que sobeja cumprimento ainda é bastante superior à oito anos. Diante desse quadro, fixo
como regime inicial de cumprimento como sendo o fechado, conforme art. 33, §2°, "a" do CP, além de que desfavoráveis as circunstancias
judiciais (art. 33, §3° e 59, III do CP). Por estarem ausentes os pressupostos objetivos e subjetivos do art. 44 do CP, haja vista o crime ter sido
cometido com violência, bem como por serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais, denego a substituição da pena por restritivas de direito
para o réu. Denego a suspensão condicional da pena, tendo em vista que o quantum fixado supera o patamar legalmente previsto, bem como
por serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais (art. 77, I e II do CP) do réu. Não concedo ao réu o direito de apelar em liberdade por estarem
subsistentes os pressupostos do art. 312 do CPP, conforme decisão de fls. 132/134 e pelo fato do réu ter permanecido preso durante toda a
instrução processual. Nesse sentido, a jurisprudência do STJ entende que se existiam motivos para segregação cautelar quando da instrução
processual, mais razão haverá em manter os réus presos após existência de sentença penal condenatória, mesmo que recorrível. Deixo de fixar
indenização mínima (Art. 387, IV do CPP) por inexistirem dados para tanto, bem como por não haver pedido e comprovação dos danos sofridos
pelas vítimas. Condeno o réu ao pagamento de custas (art. 804 do CPP). Expeça-se carta de guia provisória, a ser cumprida na Penitenciária de
Petrolina/PE Do réu Reginaldo Gomes Barbosa Dos roubos circunstanciados em concurso formal Tendo em vista que os crimes de roubos foram
praticados nas mesmas circunstâncias fáticas e com o mesmo modus operandi contra vítimas diversas, para evitar repetições inúteis procederei a
dosimetria conjunta, determinando a pena de cada um deles. Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade intensa, haja vista que foi o idealizador
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da empreitada criminosa, motivo pelo qual valoro negativamente; no que se refere aos antecedentes, o réu já foi condenado em outro crime
da mesma espécie, motivo pelo qual valoro negativamente; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes, deixo
de valorar; os motivos dos delitos sãos típicos às espécies; as circunstâncias dos delitos dos roubos são reprováveis tendo em vista que os
crimes foram cometidos em local ermo, estrada fora da rodovia, em uma estrada de barro, dificultando o socorro às vítimas, merecendo valoração
negativa; as consequências dos delitos merecem valoração negativa, porquanto alguns objetos das vítimas não foram devolvidos. As vítimas não
contribuíram para o crime motivo pelo qual merece valoração negativa. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base em 6 anos e 6 meses de
reclusão. Incide na espécie circunstâncias agravantes prevista no art. 62, inciso I, do CP, dirigir a atividade criminosa, e da reincidência motivo
pelo qual aumento a pena em 1 ano de reclusão, passando a dosá-la em 7 anos e 6 meses de reclusão. Não há atenuantes. Incide na espécie
o art. 157, §2º, incisos I e II do Código Penal, de forma que exaspero a pena no mínimo legal 1/3, tendo em vista que as circunstâncias fáticas
revelam que o delito fora cometido mediante ameaça com uso de arma fogo e em concurso de pessoas, de sorte que passo a dosar a pena em
10 anos de reclusão. Incide na espécie o concurso formal de crimes, a teor do disposto no art. 70 do Código Penal, uma vez que com uma só
ação ou omissão praticou o réu 14 crimes de roubos, porquanto foram 14 vítimas de sorte que exaspero em 1/2, motivo pelo qual passo a dosá-
la em 15 anos de reclusão. Tendo em vista que a pena de multa (capitulada para cada um dos roubos) também observa o critério trifásico, diante
do acima exposto, fixo, com arrimo nos arts 49 e 60 do CP, a pena de multa em 100 (cem) dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de
1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. Não havendo nenhuma
outra causa de diminuição ou aumento da reprimenda, torno definitiva a pena em 15 anos de reclusão e 100 dias-multa, estabelecendo cada
dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em consideração a situação econômica do réu. a.2)
Da corrupção de menores Verifica-se que o réu agiu com culpabilidade normal à espécie, deixo de valorar; no que se refere aos antecedentes,
o réu é primário, merecendo valoração positiva; a conduta social e personalidade, não foram levantados dados suficientes, deixo de valorar; os
motivos do delito sãos típicos à espécie; as circunstâncias típicas à espécie, deixo de valorar; conseqüências, elementares ao tipo penal, pelo
que deixo de valorá-las. À vista dessas circunstâncias, fixo a pena-base para o crime de corrupção de menores no mínimo legal, qual seja, 01 ano
de reclusão. Não incidem circunstâncias agravantes nem atenuantes. Não havendo nenhuma causa de diminuição ou aumento, torno definitiva
a pena para o crime de corrupção de menores em 01 ano de reclusão. Diante desse quadro, fixo como regime inicial de cumprimento como
sendo o fechado, conforme art. 33, §2°, "b" do CP a ser cumprida no Presídio de Limoeiro ou outro estabelecimento prisional a ser determinado
pelo Juízo da Execução. Da soma das penas e da pena final Tendo em vista que o réu foi condenado no delito de roubo a pena de 15 anos de
reclusão e 100 dias-multa, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato, levando em
consideração a situação econômica do réu e no delito de corrupção de menores a pena de 01 ano de reclusão a pena final do réu passa a ser de
16 anos e 100 dias-multas, estabelecendo cada dia multa no valor de 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente na data do fato. Ante a recente
alteração legislativa prevista no art. 387, §2° do CPP promovo a detração da pena, computando-se a prisão provisória para efeitos de aferição do
regime inicial. Tendo em vista que o réu encontra-se preso preventivamente desde 18 de agosto de 2013, fazendo-se a detração da pena imposta
nessa sentença para os fins do referido dispositivo, a pena que sobeja cumprimento ainda é bastante superior à oito anos. Diante desse quadro,
fixo como regime inicial de cumprimento como sendo o fechado, conforme art. 33, §2°, "a" do CP, além de que desfavoráveis as circunstancias
judiciais (art. 33, §3° e 59, III do CP). Por estarem ausentes os pressupostos objetivos e subjetivos do art. 44 do CP, haja vista o crime ter sido
cometido com violência, bem como por serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais, denego a substituição da pena por restritivas de direito
para o réu. Denego a suspensão condicional da pena, tendo em vista que o quantum fixado supera o patamar legalmente previsto, bem como
por serem desfavoráveis as circunstâncias judiciais (art. 77, I e II do CP) do réu. Não concedo ao réu o direito de apelar em liberdade por estarem
subsistentes os pressupostos do art. 312 do CPP, conforme decisão de fls. 132/134 e pelo fato do réu ter permanecido preso durante toda a
instrução processual. Nesse sentido, a jurisprudência do STJ entende que se existiam motivos para segregação cautelar quando da instrução
processual, mais razão haverá em manter os réus presos após existência de sentença penal condenatória, mesmo que recorrível. Deixo de fixar
indenização mínima (Art. 387, IV do CPP) por inexistirem dados para tanto, bem como por não haver pedido e comprovação dos danos sofridos
pelas vítimas. Condeno o réu ao pagamento de custas (art. 804 do CPP). Expeça-se carta de guia provisória, a ser cumprida na Penitenciária de
Salgueiro/PE. Decreto a perda dos produtos e bens utilizados para a prática criminosa em favor da União, o fazendo com base no disposto no art.
91, I do CP, salvo a comprovação de propriedade. A Secretaria providenciará a expedição das cartas de sentença provisória, em conformidade
com a Resolução n° 113/2010 do CNJ. Com o trânsito em julgado, a Secretaria tomará as providências seguintes: a) Lançar os nomes dos réus
no rol dos culpados b) Preencher os boletins individuais para envio ao ITB/INFOSEG; c) Comunicar a suspensão dos direitos políticos dos réus
à Justiça Eleitoral (art. 15, III, da CF); d) Expedir as cartas de sentença definitiva; e) Enviar os autos à Contadoria, para elaborar os cálculos
da pena de multa; f) Em caso de não pagamento da multa, oficie-se à Procuradoria Estadual para providenciar a execução da pena de multa.
Encaminhem-se cópias: denúncia, sentença, trânsito em julgado da sentença, intimação da sentença, cálculo da pena de multa e certidão de
não pagamento da multa. g) Nos termos do Provimento nº 02/2008-CM, encaminhem, por intermédio e sob escolta da polícia militar (art. 4º),
as munições apreendidas nos autos para o Comando do Exército para que, nos termos da Lei 10.826/2003 seja procedida à sua destruição ou
doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Arquive-se oportunamente. Cabrobó, 26
de Maio de 2015. Thiego Dias Marinho Juiz Substituto (em exercício cumulativo) 1
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O DOUTOR GERSON BARBOSA DA SILVA JUNIOR, JUIZ DE DIREITO AUXILIAR DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE
CAMARAGIBE, ESTADO DE PERNAMBUCO, EM VIRTUDE DA LEI, ETC...
FAZ SABER a EFETIVO CURSOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA ME, o qual se encontra em local incerto e não sabido que,
neste Juízo de Direito, situado à AV DOUTOR BELMINIO CORREIA, 144, - Centro Camaragibe/PE Telefone: (81) 3181-9273 Fax: (081)3458.1303,
tramita a ação de EXECUÇÃO FISCAL , sob o nº 0000611-18.2014.8.17.0420, aforada por , na qual se afigura como demandado , em face de
ser devedor da quantia de R$ 13.082,46, referente Certidão de Dívida Ativa, sob o nº 082020004987. Assim, fica o mesmo CITADO para que no
prazo de 5 (cinco) dias (Lei 6830/80, art. 8º, caput ), pague o principal, acessórios, verba advocatícia e despesas processuais ou efetue a garantia
do juízo através de: a) depósito em dinheiro; b) fiança bancária; ou, c) nomeação de bens à penhora, observada a gradação estabelecida no art.
11, da Lei 6.830/80, provando-os de sua propriedade, livres e desembaraçados, facultando-se, a posteriori , a interposição de embargos, em 30
(trinta) dias. Não ocorrendo o pagamento nem a garantia do juízo, proceder-se-á a penhora ou arresto dos bens do devedor, nos termos dos arts.
10 e 11, do aludido texto de Lei. E para que chegue ao conhecimento do Executado, como de todos os demais interessados, foi determinada a
lavratura do presente, com sua publicação na sede deste Juízo, bem como uma única vez, no Diário da Justiça do Estado.Eu, Ana Lucia Galdino
Sancho, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
S E N T E N Ç A (com força de mandado) Vistos etc. Parte final...Trata-se de Ação de Inventário, em que são partes as acima descritas.
Regularmente processado o feito, o inventariante deixou de se manifestar nos autos, apesar de regularmente intimado, através de advogado,
deixando de adotar integralmente as providências determinadas em vários despachos. Vieram-me os autos conclusos. É o relatório, passo a
decidir. O(s) interessado(s) demonstrara(m) desinteresse na continuidade do presente feito, não cumprindo as diligências necessárias ao seu
regular andamento, estando caracterizado o abandono da causa, o que autoriza a extinção da presente ação sem resolução do mérito. Saliente-
se, outrossim, que, com a novel sistemática introduzida pela Lei nº 11.441/07, os inventários e partilhas em que não haja testamento ou incapazes,
concordes as partes, poderão ser feitos por escritura pública, a qual constitui título hábil para o registro imobiliário. A finalidade da referida lei se
apresenta como de facilitar e simplificar a realização do inventário por escritura pública independentemente de homologação judicial, desafogando
o Poder Judiciário e racionalizando os seus recursos. Um outro atrativo do inventário e partilha realizados por escritura pública é que eles tendem a
ser mais céleres e baratos; céleres porque dispensam a utilização do processo judicial (e todo aparato judicial); baratos porquanto, diferentemente
dos inventários judiciais onde há a cobrança de custas com base no valor do patrimônio, as custas para o extrajudicial são estabelecidas em
um valor único (fixo) através da tabela de custas elaborada pela Corregedoria Geral de Justiça. A obrigatoriedade do procedimento do inventário
judicial passou então a se restringir aos casos em que haja testamento e incapazes ou ausentes, ou ainda quando haja divergências entre os
herdeiros; nos demais casos albergados pela referida lei, o processo judicial passou a ser opção da parte. Instituiu-se, desse modo, uma faculdade
para os herdeiros/sucessores optarem pelo procedimento judicial ou extrajudicial. Visando prevenir e evitar conflitos, diante das omissões da
lei, o Conselho Nacional de Justiça editou a Resolução nº 35 de 24/04/2007, disciplinando a aplicação da Lei nº 11.441/2007 pelos serviços
notariais, uniformizando e disciplinando os procedimentos de inventários e partilhas extrajudiciais em todos os Estados da Federação. Como o
mesmo intuito, foi editado o Provimento nº 13 da Corregedoria Geral de Justiça do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, que dispõe sobre
o procedimento extrajudicial para lavratura de escrituras de inventários, partilhas, separações e divórcios consensuais, perante os tabelionatos
notariais, instituído pela Lei nº 11.441/07. Reforçando a tese de que o processo judicial para os casos albergados pela Lei nº 11.441/2007 se
trata de uma faculdade dos interessados, a Resolução nº 35 do Conselho Nacional de Justiça e a Provimento nº 13 da Corregedoria Geral de
Justiça do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco disciplinam a possibilidade de pedido de desistência dos feitos em andamento, inclusive
que tenham sido iniciados antes da vigência da referida lei. Nesse sentido, o art. 2º da Resolução nº 35 do Conselho Nacional de Justiça,
disciplina que:Art. 2° É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial; podendo ser solicitada, a qualquer momento, a
suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a desistência da via judicial, para promoção da via extrajudicial. No mesmo sentido, o § 2º do art. 1º
do Provimento nº 13 da Corregedoria Geral de Justiça, prescreve que:Art. 1o- No Estado de Pernambuco, o procedimento para lavratura de
escrituras de inventários, partilhas, separações e divórcios consensuais, por via administrativa, perante os tabelionatos notariais, instituído pela
Lei nº 11.441/07, observará as normas deste Provimento.(...)§ 2o- Na hipótese de existir ação judicial em tramitação envolvendo o mesmo objeto
regulado por este Provimento, a conclusão do procedimento extrajudicial fica condicionada à demonstração de requerimento de desistência da
demanda corroborado por certidão de trânsito em julgado da sentença. Da análise dos textos legais acima transcritos, tem-se que eventual
pedido de desistência formulado pela parte dispensa, inclusive, a comprovação de início do trâmite administrativo. Arrebatando dúvidas acerca da
possibilidade de aplicação da Lei nº 11.441/07 aos casos de óbitos ocorridos antes de sua vigência, o art. 30 da Resolução nº 35, CNJ, preceitua
que: Art. 30. Aplica-se a Lei n.º 11.441/07 aos casos de óbitos ocorridos antes de sua vigência. Assim sendo, considerando então a expressa
possibilidade de opção pelo inventário extrajudicial inclusive relativamente aos óbitos ocorridos antes da vigência da referida lei, tem-se então
ratificada a possibilidade de pedido de desistência do procedimento para os inventários judiciais, anteriores ou não à referida lei. Ponderando
então que a parte pode optar pelo procedimento judicial ou extrajudicial, mesmo quando já exista um procedimento judicial, tenho então que
o procedimento passou a ser disponível e, em sendo disponível a via judicial, não promovendo os interessados o regular andamento do feito,
pode o mesmo ser extinto sem apreciação do mérito, como no caso ora em análise. A prática tem ainda demonstrado a esdrúxula situação
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em que, na pendência de inventário judicial, as partes realizam o inventário e partilha extrajudicialmente e não comunicam ao juízo, ficando
o feito a congestionar o Poder Judiciário, já tão assoberbado. Ressalte-se que nem sempre as partes comunicam ao Tabelião a existência de
procedimento judicial, o que impediria a conclusão do feito administrativo sem a prévia extinção do judicial (conforme art. 1º, § 2º do Provimento
nº 13, CGJ acima mencionado), havendo ainda casos em que há a conclusão equivocadamente realizada pelo cartório de Notas do procedimento
extrajudicial, mesmo estando registrado na escritura pública a existência de um procedimento judicial. A extinção do feito sem apreciação do
mérito não fere os direitos da Fazenda Pública ao recolhimento do imposto, porquanto esse ainda é exigível e poderá ser cobrado quando da
finalização da partilha judicial ou extrajudicialmente (se este último já não tiver sido concretizado e o respectivo tributo recolhido). O interesse da
Fazenda Pública reside na arrecadação dos tributos e não no processamento do inventário pela via judicial. Consigne-se que os interesses do
Estado estão resguardados, quer seja o inventário promovido pela via judicial ou extrajudicial. Ante o exposto, e considerando tudo o mais que
consta dos autos, extingo o processo sem julgamento do mérito, com fundamento no art. 485, III, do NCPC, por abandono da parte interessada, a
qual reitera em não promover os atos e diligências necessárias à continuidade do feito, eternizando, na via judicial, um feito que pode ser resolvido
extrajudicialmente. Custas já satisfeitas. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, e adotadas as providências de estilo,
remetam-se os autos ao arquivo. Camaragibe, 19 de novembro de 2018. Gerson Barbosa da Silva Júnior Juiz de Direito em Exercício Auxiliar 3
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a apelada promova com a demolição requerida, mediante notificação oportuna, sob pena de demolição compulsória à suas expensas, invertido
o ônus da sucumbência. 4. Decisão unânime. Ante o exposto, nos termos do art. 487, I, do NCPC, resolvo o mérito do processo, JULGANDO
PROCEDENTE o pedido formulado na exordial, para determinar, após o trânsito em julgado desta decisão, a demolição da construção irregular
descrita os termos de vistoria, relatórios fotográficos e notificações (fls. 17/30), após decorrido o prazo de 40 dias que entendo razoável para o
cumprimento voluntário, sob pena de execução forçada. Com o trânsito em julgado, intimem-se as partes e, após decorrido o prazo concedido,
ao arquivo, ao aguardo de provocação da parte interessada na via do Pje. Custas e honorários pela demandada, que fixo em 10% sobre o valor
da causa, cuja execução fica suspensa em razão dos benefícios da justiça gratuita ora deferidos, por restar evidenciada a situação de pobreza
dos demandados. P.R.I. Camaragibe, 13 de novembro de 2018. Gerson Barbosa da Silva Júnior Juiz de Direito em exercício auxiliar
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho: Vistos etc. 1. Cuida-se de desapropriação direta por utilidade pública, nos termos do Decreto-Lei nº 3.365/41, tendo como objeto o
imóvel situado na Rua Seridó, Lote nº 11 da Quadra "F" do Loteamento Jardim Camaragibe, no bairro de Santa Mônica, neste Município, com
área total de 450,00 m2, para fins de construção de casas populares.2. Inclua-se no polo passivo da ação os expropriados Célia Andrade do
Nascimento, Marcos Alexandre Barboza de Santana e Edjane Pereira de Santana. 3. No que tange ao pedido de levantamento de 80% do valor
depositado, formulado pela expropriada EDJANE PEREIRA DE SANTANA na sua contestação (fls. 83/84), indefiro, uma vez que, nos termos
do art. 34, caput, do Decreto-Lei 3.365/41, o levantamento dos valores depositados pressupõe a prova da propriedade, a quitação das dívidas
fiscais e a ciência de terceiros e, na hipótese dos autos, tais requisitos ainda não foram devidamente implementados, salvo no que tange ao
primeiro, pois, conforme certidão de fl. 79, a proprietária do lote objeto da desapropriação é Célia Andrade do Nascimento. A prova da propriedade
e da quitação das dívidas fiscais é encargo do expropriado e a publicação dos editais é ônus do expropriante.4. Considerando a certidão de fl.
86, decreto à revelia da expropriada CÉLIA ANDRADE DO NASCIMENTO.5. Verificada a existência de apenas uma publicação de edital para
terceiros e eventuais interessados pelo Município expropriante à fl. 75, publique-se o edital de fl. 62 no DJe, bem como intime-se o Município
expropriante para juntar mais 01 (uma) publicação de edital, com prazo de 10 (dez) dias, para conhecimento de terceiros, conforme previsto no art.
34 da legislação de regência. 6. Considerando o ofício de fl. 70, oficie-se ao Cartório de Imóveis de São Lourenço da Mata solicitando a remessa
a este juízo de certidão de propriedade e ônus do lote de terras nº 11 da Quadra "F" do Loteamento Jardim Camaragibe, no bairro de Santa
Mônica, neste Município, para viabilizar o registro da imissão provisória na posse, consoante previsto no art. 14, § 4º, do referido Decreto-Lei.7.
Intime-se o Dr. LEONARDO COLLIER SELVA, engenheiro, CREA-PE 22.124, do despacho de fls. 23 para, aceitando o encargo, realizar a perícia
no imóvel objeto da expropriação, devendo apresentar o respectivo laudo de avaliação em 30 (trinta) dias. As partes deverão ser intimadas para,
querendo, indicar assistente técnico e formular quesitos no prazo de 05 (cinco) dias, conforme art. 14, parágrafo único do Decreto-Lei nº3365/41
c/c o art. 421, § 1º, do CPC.8. Cientifique-se o Ministério Público.9. Intimem-se as partes do inteiro teor deste despacho.Camaragibe, 09/11/2018.
JACIRA JARDIM DE SOUZA MENESES Juíza de Direito.
DESPACHO: Verifico que as partes firmaram acordo para quitação contratual mediante levantamento da "importância total depositada nos
presentes autos, qual seja, R$ 4.536,32 (quatro mil quinhentos e trinta e seis reais e trinta e dois centavos)" (fl.175, 178v e 180). Nada obstante,
o depósito judicial de fl. 46 encontra-se vinculado a processo diverso, e os depósitos de fls. 39, 41, 90v, 91, 91v, 158, 160, 171, 174, 184, 185,
187, 188v, 189v e 191 totalizam tão-somente a importância de R$ 3.006,75 (três mil e seis reais e setenta e cinco centavos). Na cláusula 2.1 da
minuta de transação consta expressamente que "caso o valor a ser levantado mediante alvará judicial da presente ação [...] não corresponda ao
montante acordado acima, o autor se compromete a complementar o valor faltante, ao banco credor, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob
pena de restar descumprido o acordado". Destarte, intime-se o demandante para comprovar o pagamento da diferença no prazo de 05 (cinco)
dias, sob pena de não homologação do acordo.Camaragibe, 14/11/2018.Jacira Jardim de Souza Meneses Juíza de Direito
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DESPACHO: Considerando o teor da petição de fl. 193, citem-se ROSENDO CLEMENTE DA SILVA NETO, PATRICIA CLAUDIA DE SOUSA
MIRANDA, SANDOVAL ALVES DE SOUZA JUNIOR e POLLYANA DA SILVA DE SOUZA (herdeiros de SANDOVAL ALVES DE SOUZA e ELIETE
DA SILVA ALVES DE SOUZA) por edital, com prazo de 20 (vinte) dias. Designo audiência de instrução para o dia 12/02/2019 às 10h30min.
Intime-se a autora através do seu advogado, com a advertência do disposto no art. 455 do CPC. Intime-se a interessada Maria Cristina da Silva
através da Defensoria Pública. Camaragibe/PE, 26/11/2018. Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO: Defiro o pedido de fl. 47, exclusivamente no que tange ao presente feito. Expeça-se certidão na forma solicitada e intime-se a
advogada peticionante para recebimento no prazo de 05 (cinco) dias, mediante comprovação de pagamento dos respectivos emolumentos. Após,
retornem os autos ao arquivo. Camaragibe, 26/11/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo Juízo de Direito
da 3ª Vara Cível da Comarca de Camaragibe
DESPACHO: Considerando: o teor da petição de fl. 94; que "as demandas possessória e de usucapião não possuem entre si relação de
conexão ou continência" (STJ - AgRg no REsp 1.483.832/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, DJe 13/10/2015); que "serão
reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles" (CPC, art. 55, § 3º); determino a reunião entre o presente feito e a Ação de Reintegração de
Posse nº 0001477-69.2016.8.17.2420, que tramita eletronicamente. Apensem-se, certificando-se em ambos os processos. Designo audiência de
instrução para o dia 12/02/2019 às 09h30min. Intimem-se os autores, ficando seu advogado advertido do disposto no art. 455 do CPC.Camaragibe,
26/11/2018.Luciene Robéria Pontes de Lima Juíza de Direito em Exercício Cumulativo
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DESPACHO: Considerando as certidões negativas do Oficial de Justiça às fls. 116v e 117, bem como a habilitação de novos patronos do
Banco autor às fls. 119/136, intime-se a parte autora, através dos novos advogados, para, no prazo de 10 (dez) dias, dizer se tem interesse
no prosseguimento do feito e, em caso positivo, informar se localizou bens penhoráveis ou requerer o que entender de direito, sob pena de
extinção.Camaragibe, 28/11/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO: Converto o julgamento em diligência. Considerando a necessidade de definir a cota parte da requerente, uma vez que não foi
possível trazer aos autos os termos de anuência dos demais herdeiros do falecido DOMIRO JOSÉ GOMES, bem como a divergência do rol de
herdeiros apresentado no ofício da Associação Universitária dos Professores da UFRPE - AUPURFPE de fl. 41 com o apontado na exordial (fl.
03), intime-se a requerente para, no prazo de 10 (dez) dias, esclarecer a referida divergência. Camaragibe, 28/11/2018.Luciene Robéria Pontes
de Lima Juíza de Direito em Exercício Cumulativo.
DESPACHO Considerando que às certidões referidas pelo espólio expropriado na petição de fls. 407/408 datam de 2014, reitere-se a intimação
do espólio expropriado para juntar as certidões atualizadas de regularidade fiscal (federal, estadual e municipal), no prazo de 15 (quinze) dias.
Camaragibe, 28/11/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo.
DESPACHO: Considerando a inércia das partes quanto à manifestação acerca do despacho de fl. 104 (fls. 110 e 119), bem como a cota Ministerial
de fl. 120v, intime-se a parte autora para, no prazo de 05 (cinco) dias, dizer se tem interesse no prosseguimento do feito, tudo sob pena de
extinção. Camaragibe, 03/12/2018.Luciene Robéria Pontes de Lima Juíza de Direito em Exercício Cumulativo
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DESPACHO: Considerando a certidão negativa do Oficial de Justiça de fl. 70v, intime-se a inventariante, através de seus advogados, para, no
prazo de 10 (dez) dias, cumprir o despacho de fl. 61 (prestação de contas e depósito judicial do produto da venda), sob pena de extinção/
arquivamento dos autos. Após, dê-se vista à Fazenda Estadual.Camaragibe, 03/12/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em
Exercício Cumulativo
DESPACHO: Defiro a cota Ministerial de fl. 66v. Intimem-se as partes, através de seus patronos, para, no prazo de 10 (dez) dias, manifestarem-
se acerca da certidão de fl. 64.Camaragibe, 03/12/2018.Luciene Robéria Pontes de Lima Juíza de Direito em Exercício Cumulativo.
DESPACHO: Intime-se a parte autora para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção.
Na hipótese de decurso do prazo in albis, voltem-me os autos conclusos. Camaragibe, 03/12/2018. Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de
Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO: Defiro o pedido de desarquivamento de fl. 48. Dê-se vista dos autos fora de cartório ao advogado peticionante, pelo prazo de 05
(cinco) dias, conforme art. 107, inc. II, do CPC/2015. Com a devolução, arquive-se novamente. Intime-se. Camaragibe, 03/12/2018. Luciene
Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO:1. Cuida-se de Ação de Usucapião ajuizada por GERCINA BATISTA FERREIRA, qualificada na inicial, tendo como objeto o imóvel
situado à "RUA EDSON FERREIRA GOMES, Nº 55, VILA DA INABI, JARDIM PRIMAVERA", neste município de Camaragibe/PE.2. Analisando
cuidadosamente os autos, verifico algumas pendências a serem sanadas. Verifiquei, inicialmente, que a parte autora deixou de observar alguns
requisitos próprios da ação, previstos na legislação de regência. Destarte, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena
de indeferimento e extinção do processo sem resolução do mérito (artigos 485, inciso I, 320 e 321, todos do CPC/2015):2.1 Juntar 03 (três) cópias
de planta de situação e localização do imóvel para instruir as intimações endereçadas às Fazendas Federal, Estadual e Municipal.2.2 Juntar 03
(três) cópias da petição inicial para instruir os mandados/cartas de citação dos confinantes e/ou Réus certos, se for o caso.2.3 Indicar e qualificar
os confinantes e respectivos cônjuges (caso existam), bem assim promover sua citação.2.4 Juntar cópia de certidão de casamento atualizada,
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uma vez que o documento de fl. 31 foi o mesmo apresentado na forma de cópia à fl. 10 dos autos. 3. Após, voltem-me os autos conclusos.
Camaragibe/PE, 03/12/2018. Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO:1. Intime-se a parte autora, através do advogado constituído nos autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias, cumprir integralmente
a deliberação da audiência de fl. 71, informando o endereço atualizado da autora e da genitora do falecido, sob pena de extinção do
processo. 2. Cumprida a diligência, voltem-me os autos conclusos para apreciação do requerimento Ministerial em audiência (fl. 71).Camaragibe,
03/12/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO: Considerando o comparecimento da demandada aos autos, intime-se a parte ré, através dos advogados constituídos na procuração
de fl. 53, para, no prazo de 05 (cinco) dias, dizer se concorda ou não com o pedido de desistência formulado pelo Banco autor na petição de fls.
59/59v. Camaragibe, 03/12/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício Cumulativo
DESPACHO: Considerando a suspensão do presente feito (fls. 68/70 e 132) até julgamento final da ação revisional Processo nº
0019588-06.2004.8.17.0001, que tramitou perante o juízo da Seção A da 32ª Vara Cível da Capital, bem como que em consulta ao sistema
Judwin, verifiquei ter sido a referida ação julgada e remetida ao arquivo geral em 17/08/2018, intime-se a parte ré para, no prazo de 10 (dez) dias,
se manifestar sobre as petições de fls. 139/139v e 140. Camaragibe, 03/12/2018.Luciene Robéria Pontes de LimaJuíza de Direito em Exercício
CumulativoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de CamaragibeFórum Des. Agenor Ferreira de Lima Av. Belmínio Correia, nº 144, Centro,
Camaragibe-PE CEP: 54.759-000 Fones: (81) 3458-2625 / 3458-9784Processo n.º 0004383-57.2012.8.17.0420Juízo de Direito da 3ª Vara Cível
da Comarca de CamaragibeFórum Des. Agenor Ferreira de Lima Av. Belmínio Correia, nº 144, Centro, Camaragibe-PE CEP: 54.759-000 Fones:
(81) 3181-9273 / 3181-9282
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FAZ SABER a(o) KELVEN ITALO ALVES DA SILVA, o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito,
situado à AV DOUTOR BELMINIO CORREIA, 144, - Centro Camaragibe/PE Telefone: (81) 3181-9273 Fax: (081)3458.1303, tramita a ação de
Ação Penal de Competência do Júri, sob o nº 0000670-98.2017.8.17.0420, aforada pelo MPPE, em desfavor de KELVEN ITALO ALVES DA SILVA.
Local da audiência: AV DOUTOR BELMINIO CORREIA, 144, - Centro Camaragibe/PE Telefone: (81) 3181-9273 Fax: (081)3458.1303
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Renata Pinheiro Carvalho, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER a(o) GABRIEL JOSE DOS SANTOS, alcunha o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito,
situado à AV DOUTOR BELMINIO CORREIA, 144, - Centro Camaragibe/PE Telefone: (81) 3181-9273 Fax: (081)3458.1303, tramita a ação de
Ação Penal - Procedimento Ordinário, sob o nº 0068782-16.2017.8.17.0810, aforada pelo MPPE, em desfavor de GABRIEL JOSE DOS SANTOS.
Assim, fica o mesmo INTIMADO para EFETUAR O DEPÓSITO NO VALOR DE R$ 5.888,46, DIRETAMENTE NO CAIXA DO BANCO (NÃO
UTILIZAR CAIXA ELETRONICO) , REFERENTE A MULTA PENAL DECORRENTE DA SENTENÇA CONDENATORIA, NA CONTA CORRENTE
11.432-4, AGENCIA 3234-4, DO BANCO DO BRASIL, REALIZAR O PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E DA TAXA JUDICIÁRIA
CUJO BOLETO SEGUE EM ANEXO, NO PRAZO DE 10 DIAS.
APÓS, TRAZER O COMPROVANTE NA SECRETARIA DESTA VARA CRIMINAL.
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CIENTIFICAR AINDA QUE NÃO TRAZENDO OS COMPROVANTES PARA JUNTADA NOS AUTOS, PODERÁ IMPLICAR RESTRIÇÃO NO
NOME DO DEVEDOR JUNTO AOS ORGÃOS COMPETENTES.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Renata Pinheiro Carvalho, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados do DESPACHO proferido, por este JUÍZO, nos processos
abaixo relacionados:
PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCO
2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CAMARAGIBE
Acusados: JOSÉ WILLIAN SOUSA DA SILVA, FÁVIO JOSÉ DO NASCIMENTO, FABIANO DA SILVA NASCIMENTO e DIOGO ANTONIO DA
SILVA
Advogados:
KARINE DUARTE DE ALMEIDA OAB/PE 18.071, MARIA HELENA CAROLINO FERREIRA OAB/PE 44.723, MARCOS VINICIUS RIOS GIL
RODRIGUES OAB/PE 32.426.
Processo nº. 41668-68.2018.8.17.0810
DECISÃO
Vistos etc.,
Trata-se de pedido de liberdade provisória de DIOGO ANTONIO DA SILVA .
O representante do Ministério Público pronunciou-se pela revogação da prisão preventiva de todos os acusados.
Compulsando os autos, noto que, apesar de haver fortes indícios da prática do crime de tráfico, não estão
satisfeitos os requisitos para a segregação cautelar, especialmente por não restar demonstrada a ameaça à ordem pública.
Os acusados são primários, não ostentam antecedentes criminais e seus atos não geraram consequências mais
graves. Pela narrativa das peças inquisitivas, os réus não se utilizaram de violência física para a prática do crime e colaboraram com a autoridade
policial.
Cabível, portanto, a revogação da prisão preventiva dos réus em questão, substituindo-a pela aplicação de
medidas cautelares substitutivas, nos termos do art. 319 do Código de Processo Penal.
Em substituição à prisão provisória, decreto as seguintes medidas cautelares que deverão ser rigorosamente
cumpridas pelos réus , sob pena de serem novamente recolhidos a estabelecimento prisional :
não se ausentar da Comarca em que reside sem autorização deste Juízo por mais de 08 (oito) dias;
comunicar a este Juízo qualquer mudança de endereço;
comparecer a todos os atos processuais;
recolhimento domiciliar no período noturno, a partir das 20h, além dos dias de feriado e finais de semana;
comparecer mensalmente, entre o dia 1ª e o dia 5 de cada mês, a este Juízo, para informar e justificar as suas atividades, tudo sob pena
de ser revogado o benefício ora concedido, com a expedição de mandado de prisão.
Expeça-se, imediatamente, o alvará de soltura em favor de JOSÉ WILLIAN, FÁBIO JOSÉ, FABIANO e DIOGO
ANTONIO , pondo-os em liberdade, salvo se por outro motivo estiverem presos, advertindo-os sobre o dever de comparecer neste Juízo, no
primeiro dia útil após a sua soltura, para assinatura do termo de liberdade provisória, na forma dos art. 327 e 328 do Código de Processo Penal,
onde deverá constar que o descumprimento das medidas poderá ensejar a decretação de nova prisão. Registre-se, no alvará, que o oficial de
justiça deve colher o endereço dos imputados.
Cumpram-se as providências para a audiência já designada.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 11/12/2018
Data: 06/02/2019
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Carpina - 2ª Vara
Segunda Vara Cível da Comarca de Carpina
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Processo n. 0002323-53.2015.8.17.0470 D E S P A C H O Vistos. Intimem-se as partes para, no prazo de 15 (quinze) dias, informar sobre a
possibilidade de composição entre as partes, conforme noticiado nos autos. Outrossim, intime-se o causídico do demandado para, no prazo de 15
(quinze) dias, se manifestar sobre a certidão de fls. 47v. Após, voltem. Cumpra-se. Carpina, 27/11/2018. Marcelo Marques Cabral. Juiz de Direito.
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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ATO ORDINATÓRIO Processo nº 0001792-30.2016.8.17.0470 Ação de Procedimento ordinário Em cumprimento ao disposto no Provimento do
Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco nº 08/2009, publicado no DOPJ em 09/06/2009, e nos termos do art. 203, §
4º do CPC de 2015, intimo a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre a contestação apresentada. Carpina(PE),
30/11/2018.Chefe de Secretaria Severino Ferreira de Lima
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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junto à referida empresa no valor indicado na inicial (Docs. De fls. 39/45). Do contexto dos autos, isto é, das provas documentais apresentadas pela
demandante e da contestação apresentada pela ré, considero que assiste razão à demandante quanto ao seu crédito decorrente de contemplação
do consórcio e quanto ao direito de ser restituídas pelas despesas decorrentes da frustração do crédito da contemplação. Quanto ao pedido de
reparação dos danos morais, entendo que assiste razão também à demandante. Embora se venha admitindo sem discussões a reparação por
danos morais nas situações de violação a direito da personalidade ou a qualquer situação existencial amparada pela cláusula de proteção à
pessoa humana prevista no artigo 5º, inciso III da CF, o caso em apreço demonstra outra situação de reparabilidade. Por outro lado, as situações
que geram em pessoa vulnerável no mercado, como é o caso do consumidor, o desequilíbrio psicológico e a quebra da paz de espírito, muitas
vezes causadores de doenças psicossomáticas que não se sabe muitas das vezes ao certo a origem, decorrentes do desrespeito ao princípio da
solidariedade constitucional, podem configurar situações de danos extrapatrimoniais reparáveis. Neste sentido: JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS.
DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ASSINATURA DE REVISTA. DESINTERESSE NA RENOVAÇÃO. DIVERSOS PEDIDOS DE
CANCELAMENTO. DESCASO. MÁ-FÉ CONFIGURADA. DESRESPEITO AO CONSUMIDOR. DANO MORAL CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO.
REDUÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. 1. Aplica-se a Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do
Consumidor, artigos 2º e 3º, uma vez que o autor e a ré se enquadram, respectivamente, nos conceitos de consumidor e fornecedor. 2. Restou
demonstrada afronta ao art. 6º, IV; art. 14, § 1º; art. 17 e art. 51, IV e IX, todos do Código de Defesa do Consumidor, bem como o art. 421 do
Código Civil. Há demonstração real do que se entende por vulnerabilidade do consumidor, porque o réu, detendo as informações do cartão de
crédito do cliente, transpõe o direito de liberdade daquele de contratar ou tenta eternizar o vínculo à força, cuja conduta não deve prevalecer. 3.
Em que pese valor do dano moral ter sido alto, quando comparado aos diversos processos analisados pelas Turmas Recursais deste Tribunal, o
quantum da condenação deve ser reduzido. O valor se mostra excessivo e desproporcional ao da renovação. Como se trata de muitos processos,
altas quantias podem levar a empresa ré a "fechar suas portas", porque nos dias atuais em que livros, revistas, jornais em papel (físicos) estão em
extinção e existe ampla possibilidade de buscar informações na internet, o que por certo causará desemprego de seus empregados, aumentando
os problemas sociais, o valor da condenação deve ser reduzido. 4. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Sentença reformada.
(TJ-DF 07215552220178070016 DF 0721555-22.2017.8.07.0016, Relator: ARNALDO CORRÊA SILVA, Data de Julgamento: 11/04/2018, 2ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Publicação: Publicado no DJE: 17/04/2018 . Pág.: Sem Página
Cadastrada).RECURSO INOMINADO. INDENIZATÓRIA. VÍCIO NO PRODUTO. AUSÊNCIA DE SOLUÇÃO ADMINISTRATIVA. DESCASO E
DESRESPEITO AO CONSUMIDOR. DANO MORAL CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. O vício no produto e a ausência de solução administrativa para o problema restaram reconhecidos na sentença, da qual apenas a parte
autora recorre. A ausência de solução administrativa demonstra o descaso e desrespeito ao consumidor, causando dano moral que comporta
indenização. 2. Com relação ao valor da indenização por dano moral, este deve ser suficiente para compensar a vítima pelo sofrimento, sem
caracterizar enriquecimento sem causa. Todavia, deve conter uma aparência punitiva, com a finalidade de que aquele que tem o dever de indenizar
passe a tomar as cautelas necessárias para que não ocorra fato idêntico ao que criou a punição. Assim, levando-se em conta tais considerações,
o caráter sancionador, a extensão e a gravidade do dano moral e ainda, a condição econômica das partes, considero adequado o valor de R
$ 1.000,00 (um mil reais) a título de indenização por danos morais, corrigido monetariamente pela média INPC/IGP-DI a contar desta decisão
e acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde a citação. RECURSO PROVIDO.Esta Turma Recursal resolve, por unanimidade de votos,
CONHECER E DAR PROVIMENTO ao recurso, nos exatos termos do vot (TJPR - 1ª Turma Recursal - DM92 - 0003729-91.2016.8.16.0021/0 -
Cascavel - Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - - J. 07.04.2017). (TJ-PR - RI: 000372991201681600210 PR 0003729-91.2016.8.16.0021/0 (Acórdão),
Relator: GIANI MARIA MORESCHI, Data de Julgamento: 07/04/2017, 1ª Turma Recursal - DM92, Data de Publicação: 11/04/2017). Em suma,
no caso em analise e sob questão, a autora espera uma solução para o seu problema há quase três anos sem qualquer postura da ré para
viabilizar o cumprimento de dever obrigacional de sua parte, causando transtornos concretos ao dia a dia da demandante. Portanto, o caso não
pode ser tido como o que se costuma chamar de "mero dissabor". Para a fixação do quantum satis, entretanto, deve-se partir do pressuposto de
que a reparação por dano extrapatrimonial possui natureza prevalentemente compensatória e não punitiva, cujo efeito pedagógico que se busca
é subsidiário a fim de impedir a repetição de atos ilícitos com os da espécie. Ademias, a capacidade econômica do réu e a condição social da
vítima são elementos indispensáveis. Cabe considerar, a partir de então, que a autora não teve consequências mais sérias em sua saúde e na sua
vida, razão pela qual o montante da reparação deve ser arbitrado com cautela. Diante de tais digressões, fixo o valor da reparação compensatória
por danos extrapatrimoniais em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por entender justo e razoável para a situação sob julgamento. Ante o exposto, pelo
o que até aqui bem analisei, JULGO procedentes os pedidos formulados por DENISE ANA SOARES, no sentido de CONDENAR a ré GMAC
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA, a PAGAR o valor da carta de crédito, R$ 34.990,00 (trinta e quatro mil novecentos e noventa reais)
em favor da demandante, valor este corrigido desde a data do ajuizamento da ação e acrescido de juros de 1.0% ao mês, incidentes desde a data
da citação, a PAGAR a quantia de R$ 200,00 (duzentos reais), a título de indenização por danos materiais, valor este corrigido e acrescido de
juros de 1.0% ao mês, ambos incidentes da data da citação, assim como a PAGAR à mesma demandante o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
a título de reparação compensatória por danos extrapatrimoniais, valor este acrescido de correção incidente a partir da data desta sentença e
também acrescido de juros de 1.0% ao mês, a contar da data da citação, pelo que EXTINGO o feito com resolução do mérito na forma do artigo
487, inciso I do novo CPC. Ao fim, CONDENO, ainda, a demandada a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios na base de
20% (vinte por cento) sobre o valor total da condenação. P. R. I. Com o trânsito em julgado, devidamente certificado nos autos, ARQUIVE-SE.
Cumpra-se. Carpina, 29/11/2018 Marcelo Marques Cabral. Juiz de Direito.
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CORREIA DOS SANTOS em face de FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO
(FUNAPE), O autor é aposentado da Polícia Militar de Pernambuco e requer a implantação da Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo,
bem como a restituição dos valores que deixaram de ser pagos no que tange à referida gratificação. A análise da presente demanda envolve
a definição da natureza jurídica da chamada gratificação de risco de policiamento ostensivo. Inicio então a análise pela legislação aplicável
à espécie, qual seja a Lei Complementar Estadual nº 59/2004, que conceitua no seu art. 2º: Art. 2º - O serviço de Policiamento Ostensivo
constitui atividade-fim da Polícia Militar e abrange as ações de segurança pública preventivas e repressivas, com vistas à preservação da
ordem pública interna, compreendendo o policiamento de radiopatrulha, o policiamento de guarda dos estabelecimentos prisionais, das sedes
dos Poderes Estaduais e dos estabelecimentos públicos, o policiamento de trânsito urbano e rodoviário, o policiamento de choque e demais
modalidades previstas no artigo 24 da Lei nº 11.328, de 11 de janeiro de 1996. De outro turno, a definição legal da parcela requestada no bojo
destes autos é estabelecida pelo disposto no art. 8º do mesmo instrumento legal, nos seguintes termos (LCE 59/2004): Art. 8º aos militares em
serviço ativo na Polícia Militar que desenvolvam as atividades previstas no art. 2º desta Lei Complementar e que, cumulativamente, estejam
lotados nas Unidades Operacionais da Corporação (Batalhões e Companhias Independentes) e nos Órgãos de Direção Executiva (Comandos
de Policiamento), mediante ato de designação específico, cumprindo escala permanente de policiamento ostensivo. O conteúdo da regra acima
indiscutivelmente sugere a atribuição da gratificação de maneira inespecífica a todos os policiais integrantes da ativa remunerada, isto em face de
que as atividades efetivamente exercíveis no âmbito policial são enumeradas segundo o disposto no art. 2º da LCE nº 59/2004. Desse modo, ante
o caráter remissivo da redação do art. 8º da LCE nº 59/2004 a verba em apreço deveria ser atribuída a todos os policiais Militares em atividade
no Estado de Pernambuco. Ora, a constatação da generalidade da verba concedida a título de gratificação define a sua natureza como salarial,
e portanto, extensível aos inativos e pensionistas do sistema. Nesse sentido é o posicionamento do Excelso Pretório, cristalizado no julgado
abaixo ementado: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO CONCEDIDA AOS
SERVIDORES EM ATIVIDADE. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. NATUREZA DA VANTAGEM. CONTROVÉRSIA
DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. 1. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que as vantagens de natureza genérica,
concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados, em nome do princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação
anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a servidores públicos é
de índole eminentemente infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF.( RE 576441 SC - Min. AYRES BRITTO - Segunda Turma
- DJe-164 DIVULG 25-08-2011 PUBLIC 26-08-2011 EMENT VOL-02574-02 PP-00407 3. Agravo regimental desprovido. No caso dos autos,
portanto, aos policiais militares do estado de Pernambuco inativos e pensionistas é devida a Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo,
já que, segundo posicionamento pacífico, também no âmbito do Tribunal de Justiça de Pernambuco a mesma possui caráter de generalidade,
conforme dispõe a Súmula 129 do TJPE: Súmula 129 - TJPE: A Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, instituída pela Lei Complementar
Estadual n. 59, de 2004, possui caráter de generalidade, sendo extensível aos militares inativos e aos pensionistas. Consoante exaustivamente
observado nos diversos julgados que cristalizam o entendimento majoritariamente predominante, tanto na corte local, como no âmbito do Supremo
Tribunal Federal, a extensão da gratificação de risco de policiamento ostensivo aos inativos, pensionistas é medida que decorre da inteligência
dos dispositivos legais regentes da questão. Assim, referida verba, deve ser estendida a todos os policiais militares, inclusive aos inativos e
pensionistas, como decorrência do princípio da isonomia, a teor do disposto no § 8º do art. 40 (na redação anterior à EC 41/2003) da Magna
Carta uma vez que a própria atividade fim da categoria de policial, impõe que o benefício receba este tratamento hermenêutico. Posto isso,
com fundamento no artigo 487, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE EM PARTE os pedidos contidos na inicial e
CONDENO a FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO (FUNAPE) a incorporar
à aposentadoria percebida por EDMILSON CORREIA DOS SANTOS, a parcela referente à "Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo",
observada sua graduação, ao tempo que CONDENO ainda a Ré a pagar à Autora as diferenças havidas nas parcelas anteriores à propositura da
presente ação, obedecida a prescrição quinquenal, devidas a partir de 18/02/2009, tudo devidamente corrigido, devendo a correção monetária
ser calculada com base no ENCOGE, conforme Súmula 168 do TJPE, a partir de cada parcela vencida, e juros com base no índice oficial de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, incidentes a partir da citação. Condeno o requerido ao pagamento de honorários
advocatícios no percentual de 10% do valor da condenação. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Transcorrido o prazo para recurso voluntário,
encaminhem-se os autos ao TJPE. Carpina, 20/11/2018. Marcelo Marques Cabral. Juiz de Direito.
Pauta de Editais
EDITAL DE INTERDIÇÃO
3ª publicação
O Exmo. Sr. Dr. MARCELO MARQUES CABRAL, Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Carpina, em virtude da lei, FAZ SABER a
todos, quando o presente edital virem, ou dele notícias tiverem e a quem interessar possa que por este Juízo, tramitam os autos da AÇÃO DE
INTERDIÇÃO do processo judicial eletrônico sob o nº 0000505-75.2018.8.17.2470, proposta por ELIETE VIEIRA DA SILVA LIMA , brasileira,
casada, RG n° 5.600.712, SDS /PE, CPF n° 037.311.284 - 03 , endereço eletrônico: elietevi26@gmail.com , residente e domiciliada na rua “J” ,
n° 11 , Cohab I , Carpina - PE, Cep: 55.810 - 0 00, em favor de DEONE SOARES DE LIMA , brasileiro, casado, 2° SG da Marinha do Brasil,
aposentado da Marinha do Brasil, CPF n° 093.925.567 - 72 , RG n° 7.095.289 SDS/PE , residente e domiciliado na rua “J” , n° 11 , Cohab I ,
Carpina - PE, Cep: 55.810 - 000, cuja Interdição foi decretada por sentença proferida nos autos nos seguintes termos de seu dispositivo: "POSTO
ISTO, e levando-se em consideração o respeitável parecer firmado pelo Órgão Ministerial, JULGO PROCEDENTE PEDIDO FORMULADO NA
EXORDIAL, com fundamento no art. 487, inciso I, e art. 755, ambos do Novo Código de Processo Civil, e, via de consequência, DECRETO A
INTERDIÇÃO DE DEONE SOARES DE LIMA declarando-o incapaz de exercer os atos da vida civil, “ex vi” do art. 4º, inciso III, e art. 1.767, inciso
I, ambos do Código Civil combinado com as inovações trazidas pela Lei nº 13.146/2.015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), deste modo,
faz-se necessário a nomeação de curadora para representar seus interesses nos atos da vida civil, pelo que, nos termos do art. 1.775, § 1º, do
Código Civil, NOMEIO o Sr. ELIETE VIEIRA DA SILVA LIMA como CURADORA de seus esposo, ora interditando, devendo, em seguida, o curador
prestar o devido compromisso por termo, após a publicação desta decisão, observando-se as formalidades legais, e, prestado o compromisso,
esta assumirá a administração de eventuais bens pertencentes à interditanda, presentes ou futuros, conforme estabelece o art. 759, §§ 1º e 2º,
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do Novel Estatuto Adjetivo Civil, devendo ser advertida: 1) de que somente poderá permanecer com valores da incapaz, que sejam destinados a
cobrir as despesas mensais de sobrevivência desta; 2) da necessidade de guardar eventuais recibos e notas fiscais de todas as despesas que
efetuar em prol da incapaz, para prestar contas ao Juízo, sempre que determinado; 3) de que não poderá realizar qualquer ato que importe em
comprometimento do patrimônio do interditando, sem prévia autorização deste Juízo. Outrossim, ressalte-se que os poderes da curatela devem
limitar-se à prática dos atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial, relativos ao interditando, não alcançando, desse modo,
o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto, concernentes à pessoa do
interditando, conforme dispõe o art. 85 da Lei nº 13.146/2.015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Importante advertir, ainda, que a curadora
não poderá praticar quaisquer atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial que impliquem em alienação ou oneração de
bens, presentes ou futuros, que pertençam ao interditando, salvo, sob autorização judicial. Observado o disposto no art. 755, § 3º, do Novo
Código de Processo Civil e art. 9º, inciso III, do Código Civil, proceda-se a inscrição da presente decisão no Registro Civil das Pessoas Naturais
competente, averbando-se à margem do Registro de pessoas naturais competente. Do mesmo modo, inscreva-se a sentença em epígrafe no
site do Tribunal de Justiça deste Estado e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses.
Determino, finalmente, ante a ausência de imprensa local, a publicação da presente decisão em Diário Oficial do Estado por 03 (três) vezes,
com intervalos de 10 (dez) dias. Afixe-se em local de costume. Isento de custas, tendo em vista a concessão da gratuidade da Justiça. Com o
trânsito em julgado, arquivem-se os autos mediante as cautelas legais. P.R.I. CARPINA, 16 de outubro de 2018 Juiz(a) de Direito". E, para que
chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, passa o presente edital. CARPINA, 19 de outubro de 2018, Eu, SEVERINO FERREIRA
DE LIMA, digitei e submeti a conferência e assinatura(s).
Dr. Marcelo Marques Cabral
Juiz de Direito
EDITAL DE INTERDIÇÃO
3ª publicação
O Exmo. Sr. Dr. MARCELO MARQUES CABRAL, Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Carpina, em virtude da lei, FAZ SABER a
todos, quando o presente edital virem, ou dele notícias tiverem e a quem interessar possa que por este Juízo, tramitam os autos da AÇÃO DE
INTERDIÇÃO do processo judicial eletrônico sob o nº 0000156-72.2018.8.17.2470, proposta por EDINEIDE FRANCELINO DA SILVA SANTOS,
brasileira, casada, do lar, portadora do RG: 6.443.385– SDS/PE, inscrita no CPF sob o n.º: 857.117.304-44, residente e domiciliada na Rua
Leôncio Ribeiro da Silva, n. 35, Bairro Cajá, Carpina-PE, CEP: 55813-300, Fone: (81) 9 9230-3593, em favor de JOSÉ FRANCELINO DA SILVA,
brasileiro, casado, aposentado, beneficiaria do INSS, inscrito no CPF sob o n.º: 741.659.844-34, residente e domiciliado na Rua Leôncio Ribeiro
da Silva, n. 35, Bairro Cajá, Carpina-PE, CEP: 55813-30, cuja Interdição foi decretada por sentença proferida nos autos nos seguintes termos
de seu dispositivo: "POSTO ISTO, e levando-se em consideração o respeitável parecer firmado pelo Órgão Ministerial, JULGO PROCEDENTE
PEDIDO FORMULADO NA EXORDIAL, com fundamento no art. 487, inciso I, e art. 755, ambos do Novo Código de Processo Civil, e, via de
consequência, DECRETO A INTERDIÇÃO DE JOSÉ FRANCELINO DA SILVA declarando-o incapaz de exercer os atos da vida civil, “ex vi” do
art. 4º, inciso III, e art. 1.767, inciso I, ambos do Código Civil combinado com as inovações trazidas pela Lei nº 13.146/2.015 (Estatuto da Pessoa
com Deficiência), deste modo, faz-se necessário a nomeação de curadora para representar seus interesses nos atos da vida civil, pelo que, nos
termos do art. 1.775, § 1º, do Código Civil, NOMEIO o Sr. EDINEIDE FRANCELINO DA SILVA SANTOS como CURADORA do ora interditando,
devendo, em seguida, o curador prestar o devido compromisso por termo, após a publicação desta decisão, observando-se as formalidades
legais, e, prestado o compromisso, esta assumirá a administração de eventuais bens pertencentes ao interditando, presentes ou futuros, conforme
estabelece o art. 759, §§ 1º e 2º, do Novel Estatuto Adjetivo Civil, devendo ser advertida: 1) de que somente poderá permanecer com valores da
incapaz, que sejam destinados a cobrir as despesas mensais de sobrevivência desta; 2) da necessidade de guardar eventuais recibos e notas
fiscais de todas as despesas que efetuar em prol da incapaz, para prestar contas ao Juízo, sempre que determinado; 3) de que não poderá realizar
qualquer ato que importe em comprometimento do patrimônio do interditando, sem prévia autorização deste Juízo. Outrossim, ressalte-se que
os poderes da curatela devem limitar-se à prática dos atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial, relativos ao interditando,
não alcançando, desse modo, o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao
voto, concernentes à pessoa do interditando, conforme dispõe o art. 85 da Lei nº 13.146/2.015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Importante
advertir, ainda, que a curadora não poderá praticar quaisquer atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial que impliquem
em alienação ou oneração de bens, presentes ou futuros, que pertençam ao interditando, salvo, sob autorização judicial. Observado o disposto
no art. 755, § 3º, do Novo Código de Processo Civil e art. 9º, inciso III, do Código Civil, proceda-se a inscrição da presente decisão no Registro
Civil das Pessoas Naturais competente, averbando-se à margem do Registro de Nascimento do interditando. Do mesmo modo, inscreva-se a
sentença em epígrafe no site do Tribunal de Justiça deste Estado e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá
por 6 (seis) meses. Determino, finalmente, ante a ausência de imprensa local, a publicação da presente decisão em Diário Oficial do Estado
por 03 (três) vezes, com intervalos de 10 (dez) dias. Afixe-se em local de costume. Isento de custas, tendo em vista a concessão da gratuidade
da Justiça. Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos mediante as cautelas legais. P.R.I. Carpina, 22 de outubro de 2018. MARCELO
MARQUES CABRAL Juiz de Direito". E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, passa o presente edital. CARPINA, 31
de outubro de 2018, Eu, SEVERINO FERREIRA DE LIMA, digitei e submeti a conferência e assinatura(s).
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EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo: 30 (trinta) dias
O(A) Exmo.(a) Sr.(a) Juiz(a) de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Carpina, em virtude de Lei, etc. FAZ SABER a TERCEIROS INCERTOS
E NÃO SABIDOS, AUSENTES e EVENTUAIS INTERESSADOS, a(o)(s) qual(is) se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste Juízo
de Direito, situado à Avenida Presidente Getúlio Vargas, S/N, SÃO JOSÉ, CARPINA - PE - CEP: 55815-105, tramita a ação de USUCAPIÃO (49),
Processo Judicial Eletrônico - PJe 0000897-49.2017.8.17.2470, proposta por AUTOR: ISAC JOAQUIM DA SILVA brasileiro, casado, aposentado
inscrito no CPF 897.497.318 - 91 e RG 9132.497 SDS/PE com endereço na Travessa Martins Júnior, 70 – Santo Antônio – Carpina/PE , CEP
55816 - 422 e sua esposa, MARTA SOARES FERREIRA, brasileira, casada, do lar inscrita no RG 3.853.230 SDS/PE com endereço na Travessa
Martins Júnior, 70 – Santo Antônio – Carpina/PE, CEP 55816-422. Assim, fica(m) os interessados CITADA(O)(S) para, querendo, contestar
a ação supracitada no prazo de 15 (quinze) dias, contados do transcurso deste edital. Advertência: Não sendo contestada a ação no prazo
marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo(a)(s) autor(a)(es) na petição inicial, com a nomeação de curador
especial (art. 344, c/c art. 257, da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015). Observação: O presente processo tramita de forma eletrônica através
do sistema PJe. Independentemente de cadastro prévio, a parte/advogado poderá realizar consulta através do seguinte endereço eletrônico:
https://pje.tjpe.jus.br/1g/ConsultaPublica/listView.seam . A tramitação desta ação deverá ser feita através do referido sistema, sendo necessária
a utilização de Certificação Digital. As instruções para cadastramento e uso do sistema podem ser obtidas através do seguinte endereço na
internet: http://www.tjpe.jus.br/web/processo-judicial-eletronico/cadastro-de-advogado. Objeto da ação: casa residencial S/N, situada por trás do
nº 737 da Rua Martins Júnior nesta cidade , construída em alvenaria e coberta com telhas, com portas e janelas, terraço lateral, 02 quartos, 01
sala, cozinha e banheiro, com 57,50m² de área construída, edificada em terreno próprio, medindo 7,50 m de frente e de fundos; por 14,50m de
comprimento de ambos os lados, perfazendo a área de 10 8,75m², limitando - se pela frente, com uma transversal da Rua Martins Júnior; pelos
fundos, com a parte do terreno da casa nº 727, da Rua Martins Júnior; pelo lado direito , com o terreno da casa nº 737, da Rua Martins júnior; e
pelo lado esquerdo, com o terreno da casa nº 60 da dita transversal. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, JOSE
WIGENES AIRES JUNIOR, o digitei e submeti à conferência e assinatura(s).
CARPINA, 27 de novembro de 2018.
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Carpina - 3ª Vara
Terceira Vara Cível da Comarca de Carpina
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARPINAFÓRUM DR. JOSÉ GONÇALVES
GUERRAAv. Presidente Getúlio Vagas nº 595, Bairro: Santa Cruz - CEP.: 55.819-904 Ação de Busca e Apreensão c/c Pedido Liminar Processo nº
0001589-73.2013.8.17.0470 SENTENÇA Vistos, etc. ITAPEVA II MULTICARTEIRA FUNDO DE INVETIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS
NÃO PADRONIZADOS S.A., pessoa jurídica de direito privado, devidamente qualificado nos autos, através de advogados constituídos, ingressou
com a presente Ação de Busca e Apreensão c/c Pedido Liminar em face de JONATHAN VICENTE DAS CHAGAS, igualmente qualificado, pelas
razões de fato e de direito descritas na exordial de fls.02/04, instruída com os documentos de fls.05/24. Inicialmente foi deferida a liminar, fls.26. A
citação restou frustrada em virtude de inexatidão no endereço do requerido, embora tenha sido realizada várias tentativas, e em vários endereços,
pelo que foi determinada a intimação do banco autor para manifestar interesse no feito, sob pena de extinção do feito, tendo em vista o decurso
do prazo sem qualquer manifestação do requerente autos, fls.81. A parte autora não foi localizada no endereço descrito nos autos, conforme
devolução de correspondência de fls.83. Vieram-me os autos conclusos. Relatado. Passo a decidir. Trata-se de Ação de Busca e Apreensão c/
c Pedido Liminar em que a parte autora não cumpriu com o dever processual que lhe cabe, qual seja, o de promover e cooperar para o regular
andamento do feito. Nestas circunstâncias, o Novo Código de Processo Civil, não tutela a inércia e o desinteresse da parte que, intimada a se
manifestar, mantém-se indiferente. Nesse sentido é o art. 485, III do NCPC: Art. 485, NCPC. O juiz não resolverá o mérito quando: (...) III - por não
promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; No caso em tela, a parte autora, teve
o seu endereço modificado no decorrer da demanda sem quaquer comunicação nos autos. Nesse contexto, não pode o Judiciário se ocupar do
papel infindável de localizar as partes, quando elas mesmas têm o ônus processual de proceder ao regular andamento do feito, cooperando com
a Justiça. Desse modo, não resta alternativa além da extinção do feito sem resolução do mérito, em razão do cristalino desinteresse por parte
do requerente. Isto posto, JULGO EXTINTO o presente feito, sem adentrar no mérito, com base no art. 485, III, do Novo Código de Processo
Civil. Custas já satisfeitas. Publique-se. Registre-se. Intime-se. "In Albis" o prazo de recurso, enviar o processo para o Arquivo, com as cautelas
legais. Carpina, 5 de dezembro de 2018. Mariana Vieira Sarmento - Juíza de Direito.
PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARPINAFÓRUM DR. JOSÉ GONÇALVES
GUERRA. Av. Presidente Getúlio Vagas nº 595, Bairro: Santa Cruz - CEP.: 55.819-904 Ação de Busca e Apreensão c/c Pedido Liminar Processo
nº 0003178-71.2011.8.17.0470 SENTENÇA. Vistos, etc. FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS NÃO PADRONIZADO -
PCG BRASIL MULTICARTEIRA S.A., pessoa jurídica de direito privado, devidamente qualificado nos autos, através de advogados constituídos,
ingressou com a presente Ação de Busca e Apreensão c/c Pedido Liminar em face de DANNY RENATO DE ANDRADE DA SILVA, igualmente
qualificado, pelas razões de fato e de direito descritas na exordial de fls.02/04, instruída com os documentos de fls.05/24. Inicialmente foi deferida
a liminar, fls.32. A citação restou frustrada em virtude de inexatidão no endereço do requerido, embora tenha sido realizada várias tentativas, e
em vários endereços, pelo que foi determinada a intimação do banco autor para recolher as custas da carta precatória, sob pena de extinção do
feito, tendo em vista o decurso do prazo sem qualquer manifestação do autor autos, fls.88. A parte autora não foi localizada no endereço descrito
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nos autos, conforme devolução de correspondência de fls.90. Vieram-me os autos conclusos. Relatado. Passo a decidir. Trata-se de Ação de
Busca e Apreensão c/c Pedido Liminar em que a parte autora não cumpriu com o dever processual que lhe cabe, qual seja, o de promover e
cooperar para o regular andamento do feito. Nestas circunstâncias, o Novo Código de Processo Civil, não tutela a inércia e o desinteresse da
parte que, intimada a se manifestar, mantém-se indiferente. Nesse sentido é o art. 485, III do NCPC: Art. 485, NCPC. O juiz não resolverá o
mérito quando: (...) III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; No
caso em tela, a parte autora, teve o seu endereço modificado no decorrer da demanda sem quaquer comunicação nos autos. Nesse contexto,
não pode o Judiciário se ocupar do papel infindável de localizar as partes, quando elas mesmas têm o ônus processual de proceder ao regular
andamento do feito, cooperando com a Justiça. Desse modo, não resta alternativa além da extinção do feito sem resolução do mérito, em razão
do cristalino desinteresse por parte do requerente. Isto posto, JULGO EXTINTO o presente feito, sem adentrar no mérito, com base no art. 485,
III, do Novo Código de Processo Civil. Custas já satisfeitas. Publique-se. Registre-se. Intime-se. "In Albis" o prazo de recurso, enviar o processo
para o Arquivo, com as cautelas legais. Carpina, 5 de dezembro de 2018. Mariana Vieira Sarmento -Juíza de Direito.
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARPINA. Fórum Dr. José Gonçalves Guerra -
Av. Pres. Getúlio Vargas, 595, Santa Cruz, Carpina-PE, CEP: 55819-904. Ação de Cobrança de Diferença de Seguro DPVAT. Processo nº
0003744-78.2015.8.17.0470 SENTENÇA MARILENE ADELINO DE MORAIS, qualificado na exordial, ingressou com a presente ação de cobrança
de diferença de seguro DPVAT em face da SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT, através da qual aduz que sofreu
um acidente de trânsito no dia 17/07/2014, tendo como consequência debilidade permanente do membro inferior esquerdo, e, em virtude disso, a
seguradora só pagou o valor de R$ 2.362,50 (dois mil trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos), quando, o valor correto, a receber
era de R$ 9.450,00 (nove mil quatrocentos e cinquenta reais). Ao final, requereu que a ré seja condenada a pagar o valor da diferença do seguro
pago. Junta aos autos documentos de fls. 09/18. Devidamente citada, a demandada não apresentou contestação, conforme certidão de fls.23.
Foi acostado aos autos Laudo de Verificação e Quantificação de Lesões Permanentes realizado pelo médico perito Dr. Cláudio Cunha - CRM/
PE 14043, fls.115/120. Vieram-me os autos conclusos. É o que importa relatar. Passo a decidir. Trata-se de Ação de Cobrança de Diferença de
Seguro DPVAT, ajuizada por MARILENE ADELINO DE MORAIS, em face da SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT.
Alega o requerente que sofreu um acidente de trânsito no dia 17/07/2014, tendo como consequência debilidade permanente do membro inferior
esquerdo, e, em virtude disso, a seguradora só pagou o valor R$ 2.362,50 (dois mil trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos),
quando, o valor correto, que o autor deveria ter recebido era de R$ 9.450,00 (nove mil quatrocentos e cinquenta reais). Ao final, requereu que
a ré seja condenada a pagar o valor da diferença do seguro pago. Defende a requerida que já houve liquidação do sinistro em tela, com o
pagamento de R$ 2.362,50 (dois mil trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos), valor correspondente à quantificação da lesão, não
havendo nenhuma diferença a ser quitada ou completada. Sabe-se que o seguro DPVAT tem por objetivo garantir a satisfação de indenização
das vítimas de acidentes causados por veículos automotores que circulam por vias terrestres, cobrindo danos pessoais decorrentes deste tipo de
evento danoso. O referido seguro obrigatório foi criado pela Lei n.º 6.194/74, a qual determina que todos os proprietários de veículos automotores
de via terrestre, sem exceção, paguem o prêmio relativo ao seguro DPVAT. A obrigatoriedade do pagamento garante às vítimas de acidentes
com veículos o recebimento de indenizações em caso de morte e invalidez permanente, ainda que os responsáveis pelos danos causados não
arquem com a reparação devida. No presente caso, a Lei 11.945/2009 era a vigente à época do sinistro, ocorrido em 17/07/2014, de sorte que
devem ser aplicadas de pronto as alterações introduzidas por aquela na Lei 6.194/74. Portanto, os efeitos da novel legislação passaram a viger
desde a edição daquela medida, que fixou o quantum indenizatório segundo o grau de invalidez para a cobertura securitária em questão, in
verbis: Art. 3º. Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art. 2o desta Lei compreendem as indenizações por morte, por invalidez
permanente, total ou parcial, e por despesas de assistência médica e suplementares, nos valores e conforme as regras que se seguem, por pessoa
vitimada:§ 1o No caso da cobertura de que trata o inciso II do caput, deverão ser enquadradas na tabela anexa a esta Lei as lesões diretamente
decorrentes de acidente e que não sejam suscetíveis de amenização proporcionada por qualquer medida terapêutica, classificando-se a invalidez
permanente como total ou parcial, subdividindo-se a invalidez permanente parcial em completa e incompleta, conforme a extensão das perdas
anatômicas ou funcionais, observado o disposto abaixo:I - quando se tratar de invalidez permanente parcial completa, a perda anatômica ou
funcional será diretamente enquadrada em um dos segmentos orgânicos ou corporais previstos na tabela anexa, correspondendo a indenização
ao valor resultante da aplicação do percentual ali estabelecido ao valor máximo da cobertura; eII - quando se tratar de invalidez permanente
parcial incompleta, será efetuado o enquadramento da perda anatômica ou funcional na forma prevista no inciso anterior, procedendo-se, em
seguida, à redução proporcional da indenização que corresponderá a setenta e cinco por cento para as perdas de repercussão intensa, cinqüenta
por cento para as de média repercussão, vinte e cinco por cento para as de leve repercussão, adotando-se ainda o percentual de dez por cento,
nos casos de seqüelas residuais. § 2o: O seguro previsto nesta Lei não contempla as despesas decorrentes do atendimento médico ou hospitalar
efetuado em estabelecimento ou em hospital credenciado ao Sistema Único de Saúde - SUS, mesmo que em caráter privado, sendo vedado o
pagamento de qualquer indenização nesses casos. No caso dos autos, conforme conclusão do Laudo de Verificação e Quantificação de Lesões
Permanentes, o evento danoso resultou na invalidez permanente parcial incompleta de leve repercussão do membro inferior esquerdo. Portanto,
nos termos dos incisos I e II, §1°, do art. 3° da Lei 6.194/74 incluídos pela Lei 11.945/2009, trata-se, como se vê, de invalidez permanente parcial
incompleta, cujo enquadramento na tabela introduzida pela Lei nº 11.945/2009 resulta no valor de R$ 843,75 (oitocentos e quarenta e três reais
e setenta e cinco centavos), conforme o seguinte cálculo: R$ 13.500,00 (valor máximo da cobertura) x 25% (percentual previsto na tabela anexa
à Lei resultante do enquadramento do dano no segmento corporal correspondente à perda completa da mobilidade de um tornozelo) x 25%
(redução proporcional da indenização correspondente à perda de leve repercussão). Dos fatos relatados na inicial, pode-se concluir que a autora
recebeu administrativamente valor superior ao que de fato teria direito, de acordo com a perícia médica, considerando que percebeu R$ 2.362,50
(dois mil trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos). Posto isso, pelo que consta dos autos, JULGO IMPROCEDENTE o pedido
formulado pela autora MARILENE ADELINO DE MORAIS, em face da demandada SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DPVAT, pelo
que ainda extingo o presente processo com resolução do mérito com fulcro no artigo 487, inc. I, do CPC/2015. Condeno ainda o requerente
ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que arbitro em 10% sobre o valor da causa, condenações estas que ficam
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suspensas pelo prazo de 05 (cinco) anos, por ser beneficiário(a) da justiça gratuita. Transitada em julgado, remetam-se os autos para o ARQUIVO
com as cautelas e baixas necessárias. P. R. I. Carpina, 29/11/2018. Mariana Vieira Sarmento- Juíza de Direito.
PODER JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARPINAFÓRUM DR. JOSÉ GONÇALVES
GUERRA. Av. Presidente Getúlio Vagas nº 595, Bairro: Santa Cruz - CEP.: 55.819-904 Ação de Busca e Apreensão. Processo nº
0005286-68.2014.8.17.0470SENTENÇA AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A, devidamente qualificado(a) nos autos,
por advogado constituído nos autos, ajuizou AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO contra ANTÔNIO FRANCISCO RIBEIRO, devidamente qualificado
na inicial, pelas razões de fato e de direito descritas na exordial. O despacho inicial deferiu a liminar de busca e apreensão (ID 23750445).O
bem objeto da presente ação não foi localizado no endereço constante nos autos (conforme certidão sob ID 25580092).A parte autora
atravessou petição aos autos requerendo a desistência do p resente feito (ID 25743166).Vieram-me os autos conclusos. É o relatório. Decido. A
DESISTÊNCIA, é faculdade da parte e, causa de extinção do processo sem apreciação do mérito, ex vi do artigo 485, inciso VIII do CPC/2015.
A citação não se concretizou, não tendo assim a parte demandada apresentado contestação. Desnecessária a providência do § 4º do artigo 485
do CPC/2015.ANTE O EXPOSTO, ausente interesse da parte, HOMOLOGO A DESISTÊNCIA, e com fundamento no artigo 485, inciso VIII do
Código de Processo Civil de 2015, sem apreciação do mérito, declaro a extinção deste processo. Custas já satisfeitas com a inicial. Transitada
em julgado, remeter o processo ao ARQUIVO, com as anotações necessárias nos registros dos feitos, inclusive distribuição. Este juízo não
determinou restrição com relação ao nome do demandado, mas se alguma decorreu do ajuizamento deste processo; autorizo o levantamento
independente de novos requerimentos. Recolha-se o mandado de busca e apreensão expedido por força da decisão sob ID 30253200.Após o
trânsito em julgado dessa decisão, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Carpina, 08 de outubro de 2018. Mariana Vieira
Sarmento-Juíza de Direito.
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PAUTA Nº 97/2018
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos representantes e advogados, intimados das SENTENÇAS/DECISÕES/DESPACHOS
prolatados nos autos dos processos abaixo relacionado:
Processo nº 0007009-53.2018.8.17.0480
Ação: Execução de Medidas Socioeducativas
Advogado: Aluizio Bezerra Tavares – OAB/PE nº 38.751
Despacho: [...] DISPOSTIVO entendendo, por todo o exposto, nos termos da Lei 8.069/90, declaro EXTINTO o processo em relação a ERICK
JOSÉ DA SILVA, em face do cumprimento da medida e consecução de sua finalidade, o que faço com fulcro no art. 46, inc. II, da Lei nº 12.594/2012
. [...] . Caruaru, 22.11.2018. José Fernando Santos de Souza, Juiz de Direito.
Processo nº 0002234-92.2018.8.17.0480
Ação: Execução de Medidas Socioeducativas
Advogado: Ivanildo Fernando de Freitas Silva – OAB/PE nº 32.955
Despacho: [...] Outrossim, caso o socioeducando constitua advogado nos autos, DETERMINO que SEMPRE que seja acostado novo Relatório
Psicossocial de acompanhamento da Medida, ato contínuo já seja intimado o advogado do socioeducando via DJe, para apresentar Defesa
Técnica no prazo de 05 (cinco) dias, e em seguida seja dada vista dos autos ao MP para apresentar manifestação, em igual prazo . [...] Caruaru,
05.12.2018. José Fernando Santos de Souza, Juiz de Direito.
Expediente nº 2018.0718.005561
Edital de Intimação
Prazo do Edital : 20 dias
O Doutor José Fernando Santos de Sousa, Juiz de Direito titular desta Vara Regional da Infância e da Juventude da Comarca de
Caruaru, Estado de Pernambuco, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a M. V. F. da S, nascido em 11.07.2001, filha de Geraldo Ferreira do Nascimento e de Maria Cicera da Silva Santana, com
domicílio incerto e não sabido , bem como aos demais interessados , que neste Juízo de Direito da Infância e Juventude, situado à Avenida José
Florêncio Filho, s/nº, bairro Maurício de Nassau, Caruaru/PE, tramita a Ação de Tutela c/c Destituição do Poder Familiar nº 0004698-26.2017.8.17.0480,
proposta pelo Ministério Público de Pernambuco. Assim, fica(m) os destinatário(os) INTIMADO(S) da sentença proferida nos autos: [...] ISSO POSTO, e
por tudo mais que dos autos constam, julgo PROCEDENTE o pedido e DECRETO A PERDA DO PODER FAMILIAR de M. V. F. da S . em relação a A. L.
F. DA S. , julgando Extinto o processo com Resolução do Mérito, o que faço com arrimo no art. 487, I, do Código de Processo Civil, bem como na Lei 8069/90
(Estatuto da Criança e do Adolescente). Remeta-se cópia desta Sentença ao Cartório de Registro Civil competente para que proceda à averbação desta
sentença nas margens do Assento de Nascimento dos favorecidos, nos moldes do artigo 163, parágrafo único, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Com o trânsito em julgado, proceda-se a inscrição dos destituídos no CNA, na forma do art. 50, § 8º do ECA, observando o prazo de 48 horas. Em seguida,
remetam-se imediatamente os autos à Equipe para busca de possíveis pretendentes à adoção. Intime-se a Coordenação da instituição de acolhimento para
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conhecimento da Sentença. [...] DADO E PASSADO na cidade de Caruaru, aos quatro (04) dias do mês de dezembro (12) do ano de 2018 (dois mil e dezoito).
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Eliene Vilela dos Anjos, o digitei e submeti à conferência da Chefe de Secretaria.
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JUSTIÇA GRATUITA
EDITAL DE CITAÇÃO
(Prazo de 30 dias)
O Doutor José Arnaldo Vasconcelos da Silva, Juiz de Direito, em virtude de lei, etc.
FAZ saber aos que o presente virem, dele noticia tiverem, bem como a quem interessar possa, que, por esta Vara e Secretaria, tramita
uma AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL C/C INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE , autos de nº 0007378-23.2013.8.17.0480
, promovida por RENATA GLACIANE BEZERRA , tendo por requeridos SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA COSTA e outros , sendo o
presente EDITAL publicado no Diário da Justiça, afixado no local público do costume para citar SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA COSTA ,
residente em local incerto e não sabido, como a tem por citada para todos os termos da ação e do prazo de 15 (quinze) dias para que conteste,
querendo, devidamente advertida de que em não sendo contestada a Ação reputar-se-ão como verdadeiros os fatos alegados na inicial, segundo
o disposto no art. 344 do CPC/2015. DADO e passado nesta cidade e Comarca de Caruaru, aos cinco (05) dias do mês de dezembro do ano de
2018. Eu, Anderson Diego Oliveira Alves, Analista Judiciário, o digitei e submeti a conferência e subscrição da Chefe de Secretaria.
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Processo nº 0010158-72.2009.8.17.0480
Ação Penal de Competência do Tribunal do Júri
Autor: Ministério Público do Estado de Pernambuco
Assistente de Acusação: Bel. Eriko Cesar Ramos Gomes Pontes (OAB/PE. 17.132)
Vítimas: José Rildo Xavier e Tiago Henrique Frutuozo do Nascimento Xavier
Réu: José Wellington da Silva Santos
Defensor: Defensoria Pública
Réu: João Paulo da Silva
Defensores: Bel. Washington Luiz Cadete Júnior (OAB/PE 20.897) e Bel. Washington Cadete (OAB/PE. 9.092)
De ordem da Exmo. Sr. Hildemar Macedo de Morais, MM Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Caruaru, Estado
de Pernambuco, em virtude da Lei etc...
FAÇO SABER que tramita por este Juízo o processo nº 0010158-72.2009.8.17.0480 , em face dos réus JOSÉ WELLINGTON SILVA
DOS SANTOS , de alcunha “Gago”, ajudante de mecânico, filho de Geralda Rego da Silva e JOÃO PAULO DA SILVA , natural de Caruaru/
PE, filho de Severina da Silva, nascido em 26/09/1983.
E a todos os que virem o presente edital, as partes e seus procuradores, bem como o assistente da Acusação, também acima
indicado, que os intimo e os tenho por intimados para comparecerem à Sessão de Julgamento do Tribunal do Júri, designada para o DIA
07 DE FEVEREIRO DE 2018, às 08:00h , que se realizará no Salão do Tribunal do Júri, sito à Av. José Florêncio Filho, s/n, Loteamento Jardim
Europa, Universitário, Caruaru/PE.
Eu, __________ Renato Antonio de Carvalho Figueirêdo, Analista Judiciário mat. 185435-6, digitei e subscrevi. Caruaru, 05 de
dezembro de 2018.
________________________________________________________________
ESTADO DE PERNAMBUCO - PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE CARUARU VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI
Av. José Florêncio Filho, s/n, Loteamento Jardim Europa
Bairro Maurício de Nassau, Caruaru/ PE
CEP 55.014-827 FONE 3725-7400
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Vítimas: Hiago Gomes Silva; Caíque César Silva; Letícia Paula da Silva; Laysa Taynã Santos de Oliveira
Defensor: Defensoria Pública / NPJ; ASCES: Bel. Alysson Barbosa da Silva (OAB/PE n. 35.481); Bel. Antônio Rafael Vicente da Silva (OAB/PE
n.24.200); Bela. Alyne Virginia Silva Rodrigues (OAB/PE n. 28.686); Bela. Elizabeth Bezerra de Moura (OAB/PE N. 32.025); Bel. Daniel Teixeira
da Paixão (OAB/PE n. 27.741); Bela. Luciana Rosas de Melo (OAB/PE n. 18.669); Bela. Maria Edna Alves Ribeiro (OAB/PE n. 33.604); Bela.
Maria Paula pessoa Lopes Bandeira (OAB/PE N. 27.909); Bela. Rebecca Sthefhanie Santana Barbosa (OAB/PE n. 25.509); Bel. Rodrigo Diego
Diniz Souto (OAB/PE n. 28.475); Bel. Saulo de Tarso Gomes Amazonas (OAB/PE n. 11.730); Bel. Thiago Pessoa Pimentel (OAB/PE n. 23.715).
De ordem da Excelentíssima Priscila Vasconcelos Areal Cabral Farias Patriota, MM. Juíza de Direito da Vara do Tribunal do
Júri da Comarca de Caruaru, Estado de Pernambuco, em virtude da Lei etc... FAÇO SABER que tramita por este Juízo o processo n.
0001586-49.2017.8.17.0480 em face de JOSÉ AMARO SANTOS DA SILVA, nascido em 31/01/1990, filho de Domingo Amaro da Silva e Cícera
Maria Santos.
E a todos os que virem o presente Edital, as partes e seus procuradores, que os intimo e os tenho por intimados da audiência
designada para o dia 10 de janeiro de 2019, às 10h30, a ser realizada na sala de audiências da Vara do Tribunal do Júri de Caruaru/PE, no
Fórum Dr. Demóstenes Batista Veras, localizado no endereço do cabeçalho desse.
Caruaru, 05 de dezembro de 2018. Eu, Marcelo Silva Ferraz, Técnico Judiciário mat. 182897-5, digitei e subscrevi.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Despacho:
PROCESSO Nº 8586-08.2014.8.17.0480PROCEDIMENTO ORDINÁRIO REQUERENTE: JOÃO PEREIRA DA SILVAREQUERIDA: BANCO
BMGD E S P A C H O Conforme despacho de fls. 159, intimem-se ambas as partes, através de seus advogados, para se manifestarem acerca dos
documentos apresentados pelo Banco do Brasil, às fls. 163/172, no prazo de 10 dias. Após o decurso do prazo assinalado, venham-me conclusos
para sentença. Caruaru, 06 de agosto de 2018.MARIA MAGDALA SETTE DE BARROSJUÍZA DE DIREITO3ª Vara Cível da Comarca de Caruaru
- PEPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU - PETELF
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
STÇ- 265/2018 - MMSB - PROCESSO Nº 7016-84.2014AUTORA: MARIA JOSÉ DE JESUSS E N T E N Ç A Trata-se de ação de alvará proposta
pela parte autora para recebimento de valores supostos por ela em conta bancária do falecido pai. Diligenciado, nada foi encontrado. Intimada,
a autora desistiu do pedido. Assim, vieram-me os autos conclusos. O pedido de desistência formulado pela parte autora encontra-se entre as
hipóteses de extinção do processo sem análise do mérito, elencadas no artigo 485 do Código de Processo Civil. Eis o que dispõe o inciso VIII
deste artigo: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: ... VIII- homologar a desistência da ação; ... Diante do exposto, por tudo que dos
autos consta e diante do requerimento da parte autora, EXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, com base no art. 485, VIII,
do CPC. Sem custas. Publique-se, registre-se e intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as cautelas devidas. Caruaru, 21 de
agosto de 2018.MARIA MAGDALA SETTE DE BARROSJUÍZA DE DIREITO3ª Vara Cível da Comarca de Caruaru - PEPODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU - PE
Processo No. 0017836-65.2014R HVistos etc,Considerando a Certidão de fls. 20-v, decreto a revelia do Demandado.Intime-se o Demandante,
por seu Procuradora, para informar se pretende produzir outras provas, no prazo de 10 (dez) dias.Após, à conclusão.Publique-se. Comarca de
Caruaru, 1º 06 2017.EDINALDO AURELIANO DE LACERDAJUIZ DE DIREITO EM EXERCÍCIO SUBSTITUTIVO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
STÇ-2018 PROCESSO Nº 16-09.2009S E N T E N Ç A Trata-se de monitória proposta por SÉRGIO RICARDO SANTOS SOUZA em face de
JAILSON FIGUEIREDO TAVARES, devidamente qualificadas. Contudo, a parte autora apresentou petição onde manifestou a desistência da
ação, requerendo a extinção do presente feito. Vieram-me os autos conclusos.O pedido de desistência da ação, formulado pelo autor, encontra-
se entre as hipóteses de extinção do processo sem análise do mérito, elencadas no artigo 485 do Código de Processo Civil. Eis o que dispõe o
inciso VIII deste artigo: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: ... VIII- homologar a desistência da ação; Há uma ressalva, no parágrafo
4º do mesmo artigo, que impõe que o réu deverá ser ouvido acerca do pedido de desistência formulado pela parte autora, quando houver
oferecido a contestação. Ocorre que, tratando-se de direitos disponíveis e não havendo impugnação apresentada pela parte ré, o processo
deve ser extinto. Diante do exposto, por tudo que dos autos consta e diante do requerimento da parte autora, EXTINGO O PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO, com base no art. 485, VIII, do CPC. Custas satisfeitas. Segue comprovante de retirada de restrição junto ao Renajud.
Publique-se, registre-se e intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as cautelas devidas.Caruaru, 19 de outubro de 2018.MARIA
MAGDALA SETTE DE BARROSJUÍZA DE DIREITO3ª Vara Cível da Comarca de Caruaru - PEMSSBCPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE
PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU - PE
STÇ-2018 PROCESSO Nº 16296-16.2013S E N T E N Ç A Trata-se de ação de busca e apreensão, convertida em execução, proposta por
CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA em face de GILSON DA SILVA ALVES, devidamente qualificadas. Contudo, a parte autora apresentou
petição onde manifestou a desistência da ação, requerendo a extinção do presente feito. Vieram-me os autos conclusos.O pedido de desistência
da ação, formulado pelo autor, encontra-se entre as hipóteses de extinção do processo sem análise do mérito, elencadas no artigo 485 do Código
de Processo Civil. Eis o que dispõe o inciso VIII deste artigo: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: ... VIII- homologar a desistência da
ação; Há uma ressalva, no parágrafo 4º do mesmo artigo, que impõe que o réu deverá ser ouvido acerca do pedido de desistência formulado pela
parte autora, quando houver oferecido a contestação. Ocorre que, tratando-se de direitos disponíveis e não havendo impugnação apresentada
pela parte ré, o processo deve ser extinto. Diante do exposto, por tudo que dos autos consta e diante do requerimento da parte autora, EXTINGO
O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, com base no art. 485, VIII, do CPC. Custas satisfeitas. Publique-se, registre-se e intimem-se.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as cautelas devidas.Caruaru, 19 de outubro de 2018.MARIA MAGDALA SETTE DE BARROSJUÍZA
DE DIREITO3ª Vara Cível da Comarca de Caruaru - PEMSSBCPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA
3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU - PE
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transação. O novo Código de Processo Civil prevê no art. 659 que a partilha amigável, celebrada entre partes capazes, será homologada pelo
juiz, observando apenas os requisitos do art. 660 a 663. Neles não consta exigência de pagamento prévio do ICD, devendo o Fisco promover
sua cobrança administrativamente, conforme prevê o art. 662, do CPC:Art. 662. No arrolamento, não serão conhecidas ou apreciadas questões
relativas ao lançamento, ao pagamento ou à quitação de taxas judiciárias e de tributos incidentes sobre a transmissão da propriedade dos bens
do espólio.§ 1º A taxa judiciária, se devida, será calculada com base no valor atribuído pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em processo
administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual diferença pelos meios adequados ao lançamento de créditos tributários em geral.§
2º O imposto de transmissão será objeto de lançamento administrativo, conforme dispuser a legislação tributária, não ficando as autoridades
fazendárias adstritas aos valores dos bens do espólio atribuídos pelos herdeiros. Há comprovantes de imposto arrecadado, sendo assim, se
houver eventual complementação a ser feita, cabe ao Fisco promover a cobrança administrativa. Por fim, verifico que os herdeiros pediram
autorização para a venda de um imóvel, neste caso, havendo concordância na partilha, sem litígio entre os herdeiros, há de se autorizar para que
se possa pagar as despesas remanescentes. Sendo assim, com fundamento no art. 659, do CPC, JULGO POR SENTENÇA, para que produza
seus legais e jurídicos efeitos, a partilha amigável de f.756-767, homologando-a e contemplando a posse e/ou propriedade dos bens entre as
herdeiros, na forma avençada. Promova-se o cálculo das custas judiciais pela Contadoria para pagamento das custas finais. Expeça-se alvará
de autorização da venda do imóvel apontado à f. 749, independente de outras diligências. P. R. I. Após o trânsito e comprovação das custas,
expeçam-se os formais de partilha e alvarás de transferência. Após cumprimento de todos os expedientes, dê-se vista à Procuradoria, pelo prazo
de 10 dias para ciência, assim como, oficie-se ao Fisco com cópia das primeiras declarações e termo do acordo da partilha, com cópia desta
sentença e arquive-se. Caruaru, 18 de outubro de 2018. MARIA MAGDALA SETTE DE BARROS JUÍZA DE DIREITOPODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU - PE.
STÇ- MMSB/2018 - PROCESSO Nº 16486-08.2015S E N T E N Ç A Trata-se de ação de indenização proposto por JOSÉ JOSEILDO FLORÊNCIO
DO NASCIMENTO em face de BANCO FIBRA S/A, estando as partes devidamente qualificadas nos autos. Houve a juntada de termo de
acordo celebrado entre as partes (fls. 103/105), requerendo-se a sua homologação.Assim, vieram-me conclusos para homologação.As partes
transacionaram chegando a um acordo, nos termos estipulados no instrumento de transação de fls. 103/105. Tratando-se de direitos disponíveis
e diante da plena capacidade das partes, reveste-se de validade o acordo celebrado.DIANTE DO EXPOSTO, e por tudo que dos autos consta, de
acordo com o art. 487, III, "b" do CPC, RESOLVO A LIDE HOMOLOGANDO O ACORDO DE FLS. 103/105, PARA QUE SURTA SEUS EFEITOS
JURÍDICOS. Honorários na forma do acordo. Custas em partes iguais, nos termos do art. 90, §2º do CPC, devendo cada parte arcar com os
honorários de seus advogados. Contudo, isento a parte autora do pagamento das verbas sucumbenciais, por deferir os benefícios da assistência
judiciária gratuita, sem prejuízo do que dispõe §3º do artigo 98 do CPC, ficando suspensa sua exigibilidade pelo prazo legal.Intime-se a parte ré
para pagamento da parte que lhe cabe nas custas, no prazo de 05 dias. Não havendo o pagamento, oficie-se à PGE dando-lhe ciência, após
os cálculos da Contadoria Judicial. Havendo depósito judicial, desde já fica autorizada a expedição de alvará de forma imediata e na forma do
acordo, não se aguardando o prazo referido no Provimento nº 68/2018.Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após, certifique-se o trânsito em
julgado e arquivem-se estes autos. Caruaru, 22 de outubro de 2018.MARIA MAGDALA SETTE DE BARROSJUÍZA DE DIREITO3ª vara Cível da
Comarca de Caruaru - PERNAMPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA
DE CARUARU - PERNAM
STÇ - MMSB/2018 - PROCESSO Nº 17506-34.2015 S E N T E N Ç A Trata-se de ação de indenização proposta por CREZIVALDO JOSÉ DA
SILVA em face de NETO MOTOS SERVIÇOS, PEÇAS E ACESSÓRIOS, já qualificados.Intimado regularmente, não apresentou endereço hábil
a citação do réu. Vieram-me conclusos. Trata-se de processo instaurado em novembro de 2015, portanto, há quase 3 anos, sem que haja a
regular integração do polo passivo da demanda, com a citação da parte ré. Não houve prática concreta de demonstração de interesse na lide.
O autor não promoveu a adequada citação da parte, deixando de indicar endereço onde possa ser encontrado. O fato é que, numa situação
peculiar como esta, o autor, ao invés de adotar as medidas legais previstas, não pede diligências em órgãos oficiais, nem decide pela citação
por edital, contribuindo para que o processo complete 3 anos de trâmite sem regularização, pois não existe parte ré na demanda. Vislumbro
nulidade insanável nestes autos. A ausência de citação válida, após quase 3 anos, torna impossível o prosseguimento do processo, diante da
ausência de pressuposto de validade:TJDFT-0273055) PROCESSUAL CIVIL. BUSCA E APREENSÃO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. EXTINÇÃO
DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. ARTIGO 267, IV. NÃO APLICAÇÃO DO
§ 1º, DO CPC. INÉRCIA DO AUTOR. PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO. 1 - É obrigação do autor promover a citação do
réu, no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis por até 90 (noventa dias), conforme o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 219 do Código de Processo Civil;
2 - O processo não pode ficar paralisado à espera do autor posto que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da razoável duração
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do processo; 3 - Sendo a citação um pressuposto de validade e não sendo esta, mesmo após várias diligências, realizada de forma a regularizar
a relação processual, cumpre ao magistrado extinguir o processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 267, IV, do Código de Processo
Civil; 4 - Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (Processo nº 2013.01.1.096808-2 (832957), 2ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Gislene
Pinheiro. maioria, DJe 21.11.2014). Não é justo que o Poder Judiciário seja responsabilizado pela inércia do autor, que contribui para que o acervo
seja crescente, inerte e sem definição.DIANTE DO EXPOSTO, e por tudo que dos autos consta, de acordo com o art. 485, IV, do CPC, EXTINGO
O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DIANTE DA FALTA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E
REGULAR DO PROCESSO. Sem honorários. Condeno o autor ao pagamento das custas processuais, no entanto, isento-o do pagamento por
estar sob os benefícios da assistência judiciária gratuita.P. R. I. Após o trânsito, arquivem-se. Caruaru, 22 de outubro de 2018. MARIA MAGDALA
SETTE DE BARROS JUÍZA DE DIREITO3ª Vara Cível da Comarca de Caruaru - PEPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO
DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU - PE.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O Doutor PIERRE SOUTO MAIOR COUTINHO DE AMORIM, MM. Juiz de Direito desta 2ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru, Estado de
Pernambuco, em virtude da Lei etc... FAZ SABER, que pelo presente, fica(m) o(a)(s) advogado(a)(s) DAVI ÂNGELO LEITE DA SILVA – OAB/
PE 36.499, ISABELLA APARECIDA SANTIAGO BRAYNER – OAB/PE 39.032 e JANNCE ECLÉSIO SANTOS DE ARAÚJO – OAB/PE 39.299,
INTIMADO(A)(S) para oferecerem resposta à acusação no prazo de 10 (dez) dias.
Eu, Talita de Almeida Soares, Técnica Judiciária, digitei. Caruaru, 5 de Dezembro de 2018 .
O Doutor PIERRE SOUTO MAIOR COUTINHO DE AMORIM, MM. Juiz de Direito desta 2ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru, Estado de
Pernambuco, em virtude da Lei etc... FAZ SABER, que pelo presente, fica(m) o(a)(s) advogado(a)(s) BRUNO ROBERTO TABOSA CORDEIRO
– OAB/PE 28.726, INTIMADO(A)(S) do inteiro teor do DESPACHO a seguir transcrito: “ DESPACHO Trata-se de feito de execução onde
o réu Sérgio Ricardo Florêncio dos Santos foi beneficiado com a suspensão condicional da penal, ficando sujeito, entre outras condições, ao
recolhimento em sua residência nos feriados e finais de semana, bem como, nos dias úteis, ao recolhimento noturno, tudo conforme audiência
admonitória de fl.13. Lado outro, considerando que o sentenciado, por ocasião da realização da audiência admonitória, noticiou que, por motivos
profissionais, precisa ausentar-se periodicamente de sua residência, em algumas vezes até por dias consecutivos, determino a intimação da
Defesa Técnica para que, dentro do prazo de 48h, justifique o alegado, inclusive trazendo aos autos eventuais roteiros realizados pelo sentenciado
nos dias e horários em questão , com o fito de viabilizar o cumprimento das condições impostas pelo sursis penal. Caruaru-PE, 04 de dezembro
de 2018. PIERRE SOUTO MAIOR COUTINHO DE AMORIM Juiz de Direit o ”
Eu, Talita de Almeida Soares, Técnica Judiciária, digitei. Caruaru, 5 de Dezembro de 2018 .
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EDITAL nº 2018.700.7472
Processo nº 6882-18.2018.8.17.0480
Autor: JUSTIÇA PÚBLICA
Juiz de Direito: FRANCISCO ASSIS DE MORAIS JUNIOR
Chefe de Secretaria: Neide Pires dos Santos
Pelo presente fica(m) o(s) Bel(s) ROBERTO H. T. DE VASCONCELOS OAB/PE 16.931, JOSE ROSALVO NUNES
CAVALCANTE DE SOUZA OAB/PE 34.279D intimado (s)(a) a comparecer no dia 10/01/2019, às 15:00 , na sala de audiências da 4ª Vara
Criminal, no Fórum Dr. Demóstenes Veras, situado na Av: José Florêncio Filho, s/nº, Bairro Maurício de Nassau, Caruaru-PE, telefone (081)
3725-7426, a fim de participar da audiência de instrução na qualidade de Defensor (s)(a) do Autuado, bem como ficar ciente da expedição
de carta precatória para a Comarca de TORITAMA, 2018.700.7469 para inquirição da testemunha INÁCIO LOURENÇO DE LIMA. DADO E
PASSADO, nesta Cidade e Comarca de Caruaru - Estado de Pernambuco, aos 28 dias do mês de NOVEMBRO do ano de dois mil e dezoito
(2018). Eu,_______José Kleyton, Analista Judiciário, digitei.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
Edital nº 2018.0700.007561
Processo nº 0005856-19.2017.8.17.0480
Autor: JUSTIÇA PÚBLICA
Acusado: CISLEY HENRIQUE BERLARMINO DOS SANTOS e outro
Juiz de Direito: Francisco Assis de Morais Junior
Chefe de Secretaria: Neide Pires dos Santos
Pelo presente fica a advogada ANDREZZA PONTES FLORÊNCIO, OAB-PE, n° 20.632-D, intimada para, em 05 (cinco) dias , aditar as suas
alegações finais já apresentadas, discorrendo sobre as demais imputações e apresentando as respectivas teses defensivas . DADO E PASSADO,
nesta cidade e comarca de Caruaru, Estado de Pernambuco, aos cinco (05) dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (2018). Eu,
Jefferson Nascimento de Souza Lima, Técnico Judiciário, digitei e submeti a conferência da Chefe de Secretaria. Eu, _________________, Neide
Pires dos Santos - Chefe de Secretaria, conferi e subscrevi.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pelo presente edital FICA MANOEL PEDRO DA LUZ (nascido em 07.07.1969, natural de Caruaru / PE, filho de Filomena Enedina da Luz),
atualmente em local incerto e não sabido, sentenciado condenado nos autos do processo em epígrafe, INTIMADO da SENTENÇA nestes
prolatada, cujo teor do dispositivo é o seguinte: “ 3 - DISPOSITIVO. Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia
contra o acusado MANOEL PEDRO DA LUZ, devidamente qualificado, para CONDENAR, com supedâneo no artigo 387 do diploma
processual penal, nas penas do art. 147 do Código Penal, c.c. o art. 7º, I, Lei nº 11.340/2006, à reprimenda definitiva de 03 (três) meses
de detenção, cuja execução SUSPENDO POR 2 (DOIS) ANOS nos termos acima delineados. Condeno o acusado ao pagamento das
custas processuais, excetuando-se o caso de ser beneficiário da Assistência Judiciária, sem prejuízo das regras dispostas no artigo
98, §3º, do Código de Processo Civil, aplicado subsidiariamente ao processo criminal.” E para que chegue ao conhecimento de todos,
partes e terceiros, eu, Thássia Maendra Silva Cadete, digitei o presente edital e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
Caruaru (PE), 05/12/2018.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0000833-08.2012.8.17.0500
Ação: Penal
Autora: Justiça Pública
Réu : KELTON EUSTÁQUIO DOS SANTOS
Advogados: ARNALDO LELLIS DA SILVA NETO – OAB/PE 17506
Pelo presente, fica Vossa Senhoria intimada para apresentar as alegações finais do acusado, no prazo de 05 (cinco) dias. Chã Grande, 04 de
dezembro de 2018. MARIA DE FÁTIMA SOARES DE VASCONCELOS - CHEFE DE SECRETARIA
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Intimação de Despacho
Pelo presente, ficam a parte autora e seu respectivo Advogado intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos processos abaixo
relacionados:
DESPACHO
Intime-se o apelado para apresentar contrarrazões no prazo legal – art. 1.010, § 1º do NCPC.
Em sendo interposta apelação adesiva, intime-se o apelante para contrarrazoar antes de remeter ao TJPE.
Após, com ou sem resposta, subam ao Egrégio TJPE.
Correntes/PE, 22 de agosto de 2018
Alyne Dionísio Barbosa Padilha
Juíza de Direito
DESPACHO
Intime-se o apelado para apresentar contrarrazões no prazo legal – art. 1.010, § 1º do NCPC.
Em sendo interposta apelação adesiva, intime-se o apelante para contrarrazoar antes de remeter ao TJPE.
Após, com ou sem resposta, subam ao Egrégio TJPE.
Correntes/PE, 22 de agosto de 2018
Alyne Dionísio Barbosa Padilha
Juíza de Direito
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DESPACHO
Intime-se o apelado para apresentar contrarrazões no prazo legal – art. 1.010, § 1º do NCPC.
Em sendo interposta apelação adesiva, intime-se o apelante para contrarrazoar antes de remeter ao TJPE.
Após, com ou sem resposta, subam ao Egrégio TJPE.
Correntes/PE, 22 de agosto de 2018
Alyne Dionísio Barbosa Padilha
Juíza de Direito
DESPACHO
Intime-se o apelado para apresentar contrarrazões no prazo legal – art. 1.010, § 1º do NCPC.
Em sendo interposta apelação adesiva, intime-se o apelante para contrarrazoar antes de remeter ao TJPE.
Após, com ou sem resposta, subam ao Egrégio TJPE.
Correntes/PE, 22 de agosto de 2018
Alyne Dionísio Barbosa Padilha
Juíza de Direito
Intimação de Despacho
Pelo presente, ficam as Partes e seus respectivos advogados acima indicados, intimados do DESPACHO de fls. 39, proferido, por este
JUÍZO, nos autos do processo em epígrafe, abaixo transcrito:
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DESPACHO
Considerando os recentes julgamentos dos RE 591.797-RG/SP, RE 626.307/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, do AI 754.745-RG/SP, Rel. Min.
GILMAR MENDES e da ADPF 165, nos quais o plenário o plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da
matéria constitucional, tendo sido homologado acordo, no qual os interessados terão o prazo de 24 (vinte e quatro) meses para aderirem
ao acordo, recebendo a quantia a qual fazem jus, através de cadastro plataforma ( https://www.pagamentodapoupanca.com.br/?
gclid=EAIaIQobChMImcyt25Cw2wIVEo7ICh3Lxw4REAAYASAAEgLDwvD_BwE ), disponível no site da Advocacia Geral da União (http://
www.agu.gov.br/), determino o fim da suspensão e o prosseguimento do feito.
Intime-se as partes, para querendo, ter vista dos autos pelo prazo de 20 (vinte) dias, requerendo o que entender de direito.
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Doutor Antônio Carlos dos Santos, Juiz de Direito em exercício cumulativo na Comarca de Cortês/PE, FAZ SABER que, por este edital, fica
a parte autora, na pessoa de seu advogado acima descrito, intimada da sentença conforme segue:
SENTENÇA
Vistos, etc.
ROSINETE ZULEIDE GOMES DA SILVA , já qualificada, por procuradora constituída, ajuizou “Ação Ordinária ” em desfavor
da FUNAPE .
Alegou, em síntese, que foi se aposentou em 06 de fevereiro de 2004, recebendo proventos da categoria de professora e
mais estabilidade financeira referente a gratificação de magisterio e quinquenio. Aduziu que, quando de sua aposentação, teve suprimida as
verbas acima mencionadas o que lhe trouxe prejuizos financeiros. Informou ainda que, mesmo após requerimento administrativo perante órgãos
competentes no sentido de aparar as arestars de forma amigavel, nenhum providencia fora tomada por parte do demandado o que levou ao
ingresso na esfera judicail.Inical de fls.02/07, instruida com documetnos de fls.08/21.
Recebida aação, deferiu-se a gratuiddade e determinou-se a ctiçaao do requerido ( fl.22).
Na contestação ofertada (fls. 27/42, , o réu sustentou, preliminarmente, o indeferimento da inicial com a conseuqente extinção
do feito sem resolução de mérito, face a ausência de pedido certo em ação de cobrança., bem como a prejudicial de mérito- prescrição- tendo
em vista o prazo prescricioal em face da fazenda publica ser de 05 ( cinco) anos. No mérito aduziu, em suma, a inexistencia de direito adquirido
a regime juridico e a não violação ao principio da irredutibillade de vencimentos.
Houve réplica ( fls.45/51).
Intimadas as partes para dizerem se pretendiam produzir outras provas ( fls.54/55), as mesma quedaram-se inertes, conforme
certidão de fl.56.
É O RELATÓRIO. PASSO A FUNDAMENTAR E A DECIDIR.
O feito teve processamento regular, não havendo qualquer nulidade a ser sanada.
Ademais, as partes foram devidamente intimadas para dizerem se pretendiam produzir outras provas e quedaram-se inertes,
autorizando o julgamento antecipado do feito (art. 355, II do CPC).
Antes da análise do mérito propriamente dito da questão, reconheço, de logo a prejudicial de prescrição. Explico.
O prazo prescricional para as ações contra a Fazenda Pública, está disposto no artigo 1º do Decreto Federal nº 20.910/32:
Art. 1º- As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal,
Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Nesse sentido restou consolidado o entendimento do Tribunais Superiores, inclusive em sede de recurso repetitivo, na forma
do art. 543-C do CPC:
"ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. PRESCRIÇÃO CONTRA
A FAZENDA PÚBLICA. PRAZO DE CINCO ANOS. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL CONSOLIDADO NO RESP N. 1.205.626/AC,
SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. PROMOÇÃO. DIFERENÇAS SALARIAIS ATRASADAS. PRESCRIÇÃO. PARCELAS
VENCIDAS HÁ MAIS DE CINCO ANOS DA PROPOSITURA DA AÇÃO. SÚMULA N. 85/STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. O
Superior Tribunal de Justiça, no julgado do REsp n.1.205.626/AC, sedimento o entendimento jurisprudencial segundo o qual toda ação contra
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a Fazenda Pública, seja federal, estadual ou municipal, é de cinco anos. 2. A orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça já
se manifestou no sentido de que o pagamento de diferenças salariais atrasadas forma típica relação de trato sucessivo entre o servidor e a
Administração, de tal modo que somente as prestações vencidas há mais de cinco da propositura da ação podem ser consideradas prescritas.3.
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 704.798/AP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em
06/08/2015, DJe 18/08/2015)."
Ao que consta do documento da fl. 18, a autora foi aposentada na data de 06 de fevereiro de 2004. Verifica-se que,
inconformada, ingressou com requerimento administrativo junto ao requerido, a fim de sanar as irregularides descritas no relatório supra, sendo
tal pleito, julgado em 03 de outubro de 2005, sendo, a partir desta data, que começou a correr o prazo prescrional.
Pois bem, a ação veio ser proposta, apenas, em 05 de junho de 2015 ( fl.02), ou seja, quase 10 ( dez) anos após a suposta
lesão alegada pela autora.
Assim, outra solução não há do que reconhecer que a pretensao da autora encontra-se prescrita.
DIANTE DO EXPOSTO , firme no art. 487, II, do NCPC, reconheço a prescrição da pretensão deduzida pela autora na
presente ação
Arcará a parte autora as custas e das despesas processuais, bem assim com os honorários de sucumbência do procurador
do demandado, que arbitro em R$ 600,00 (seiscentos), em atenção do art. 85, § 2º, I a IV do NCPC. No entanto, suspendo a exigibilidade dessas
verbas em relação à parte autora, já que litiga sob o pálio da gratuidade da Justiça ( fl.22).
Apresentado recurso por qualquer das partes, intime-se a adversa para contrarrazões (art. 1.010, § 1º do NCPC) e, em
seguida, remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça (art. 1.010, § 3º do NCPC), com as cautelas de praxe, independentemente de nova conclusão.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Após o trânsito em julgado, arquive-se
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Wildervan Verçosa Mendonça, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE CITAÇÃO
FAZ SABER a MARCOS RAMALHO DA SILVA ME, o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito,
situado à AV LUIZ EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Procedimento
ordinário, sob o nº 0000148-15.2012.8.17.0560, aforada por BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A, em desfavor de MARCOS RAMALHO
DA SILVA ME.
Assim, fica o mesmo CITADO para responder a ação, querendo, no prazo de 15 dias contados do transcurso deste edital.
Advertência : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo Autor na
petição inicial (art. 285, c/c o art. 319, do CPC).
Síntese da Inicial : O requerido, em 29.08.1996, emitiu em favor do requerente a cédula de crédito comercial prefixo CCC-96/0011, no valor
nominal de R$ 23. 122,18 (vinte e três mil, cento e vinte e dois reais e dezoito centavos), e apenas efetuou o reembolso parcial. Punga pela
condenação do requerido ao pagamento do valor por ele tomado, no montante de R$ 13.334,16 (treze mil, trezentos e trinta e quatro reais e
dezesseis centavos).
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER ao Dr. ALAN FERREIRA DE SOUZA, OAB-PE 21.801, que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ EPAMINONDAS,
s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária, sob o nº
0000172-09.2013.8.17.0560, aforada por AYMORE CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S. A., em desfavor de CÍCERO MÁRCIO
DOS SANTOS.
Assim, fica o mesmo INTIMADO do seguinte: “DESPACHO: Intime-se o Autor para falar sobre a certidão de fls. 35 (não localização
do bem). Custódia, 13/08/2014. Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de Direito”.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER ao Dr. RUBINALDO RODRIGUES DE REZENDE, OAB-PE nº. 6679 que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ
EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Busca e Apreensão em Alienação
Fiduciária, sob o nº 0000246-44.2005.8.17.0560, aforada por Cícera Rodrigues da Silva, em desfavor de Reginaldo Olegário de Souza.
Assim, fica o mesmo INTIMADO do seguinte: “Despacho: Diante da entrega do bem, requeira a parte autora o que entender de direito
em 10 dias. Custódia, 02/09/2014 - Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de Direito.”
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER ao Dr. RÔMULO CÉSAR PEREIRA DE CARVALHO DINIZ, OAB-PE nº. 23.684 que, neste Juízo de Direito, situado
à AV LUIZ EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Busca e Apreensão
em Alienação Fiduciária, sob o nº 0000472-44.2008.8.17.0560, aforada por FIAT ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA, em desfavor de
MARIA JOSÉ SILVA DE AQUINO.
Assim, fica o mesmo INTIMADO para apresentar novo endereço da requerida, tendo em vista que a citação restou frustrada, bem
como para se pronunciar sobre a certidão do oficial de justiça, onde consta a informação prestada pelo morador da residência, de que a requerida
teria falecido e o bem vendido, após quitação.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER a Dra. Glaucya Araújo, OAB-PE nº. 23.990 que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ EPAMINONDAS, s/n - Centro
Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Procedimento ordinário, sob o nº 0000478-12.2012.8.17.0560,
aforada por Yolanda Nunes da Silva, em desfavor de BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A.
Assim, fica a mesma INTIMADA para falar sobre a contestação e os documentos que a instruem.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER a Dra. Doriane de Lima Queiroz, OAB-PE nº. 19.710 que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ EPAMINONDAS,
s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária, sob o nº
0000088-47.2009.8.17.0560, aforada por BANCO FINASA S/A, em desfavor de JOSIMARIA PEREIRA BEZERRA.
Assim, fica a mesma INTIMADA para apresentar novo endereço da requerida, tendo em vista que a citação restou frustrada.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER ao Dr. MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA, OAB-PE nº. 573-A que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ
EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Procedimento ordinário, sob o nº
0000218-08.2007.8.17.0560, aforada por FRANCISCO ANTONIO DA SILVA , em desfavor de BANCO BRADESCO S.A.
Assim, fica o mesmo INTIMADO do seguinte despacho: “Diante da notícia de morte do autor, suspendo o feito nos termos do artigo
265, I, pelo prazo de 30 dias e determino a intimação do procurador habilitado para regularizar o polo ativo da ação, sob pena de extinção do
artigo 267, IV do CPC. Custódia, 21/10/2014 - Raquel Barofaldi Bueno – Juíza de Direito.”
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER as Dras. MARIA DE LOURDES DANTAS FERREIRA DE ALMEIDA, OAB-PE 12.808 e DÉBORA LINS CATTONI, OAB-PE
1018-A que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937,
tramita a ação de Procedimento ordinário, sob o nº 0001138-06.2012.8.17.0560, aforada por ANDRÉ CAVALCANTE DE QUEIROZ, em desfavor
de Claro S.A.
Assim, ficam as mesmas INTIMADAS do seguinte: “DESPACHO: Intimem-se as partes para informar se há interesse em audiência
de conciliação. Em caso negativo, especifiquem, em 10 dias, as provas que pretendem produzir. Em caso positivo, designe-se audiência de
conciliação. Custódia, 22/10/2014. Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de Direito.”
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER aos Drs. Antônio Medeiros de Souza, OAB-PE 14.077 e Daniel José Feitosa Santos, OAB-PE 28.222, que, neste Juízo
de Direito, situado à AV LUIZ EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de
Procedimento ordinário, sob o nº 0001028-41.2011.8.17.0560, aforada por Banco do Nordeste do Brasil S.A, em desfavor de FRANCISCO A
SANTOS ME.
Assim, ficam os mesmos INTIMADOS do seguinte: “Despacho: Digam as partes se há interesse em audiência de conciliação. Em
caso negativo, especifiquem, em dez dias, as provas que pretendem produzir. Em caso positivo, designe-se audiência de conciliação. Custódia,
14 de março de 2014. Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de Direito.’
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER ao Dr. RÔMULO CÉSAR PEREIRA DE CARVALHO DINIZ, OAB-PE 23.684 que, neste Juízo de Direito, situado à AV
LUIZ EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Reintegração / Manutenção de
Posse, sob o nº 0000316-90.2007.8.17.0560, aforada por BANCO ITAUCARD S.A, em desfavor de TATIANA FABIOLA LEITE OLIVEIRA.
Assim, fica o mesmo INTIMADO do seguinte: “DESPACHO: Intime-se a parte autora para apresentar novo endereço da ré, tendo em
vista que a primeira citação e a intimação da liminar concedida restou frustrada. Custódia, 04 de novembro de 2013. Raquel Barofaldi Bueno
- Juíza de Direito”.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER a Dra. Ana Cristina Silva Rodrigues, OAB-PE nº. 32.221 que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ
EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Procedimento ordinário, sob o nº
0000206-18.2012.8.17.0560, aforada por KERLLIANO SIQUEIRA DA SILVA, em desfavor de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -
INSS - SERRA TALHADA-PE.
Assim, fica a mesma INTIMADA do seguinte: “R.H.: Intime-se a parte autora para, no prazo de dez dias, dizer se tem interesse no
prosseguimento do feito, sob pena de extinção. Custódia, 23/09/2014. Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de Direito”.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER ao Dr. MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA, OAB-PE 573-A que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ
EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Procedimento ordinário, sob o nº
0001084-74.2011.8.17.0560, aforada por A ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DO SÍTIO RIACHO NOVO E ADJACÊNCIAS, em desfavor de
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DOS AGRICULTORES E AGRICULTORAS DO SÍTIO BOI VELHO, UMBURANAS, BARREIROS E CA.
Assim, fica o mesmo INTIMADO do seguinte: “DESPACHO: Intimem-se as partes para informar se há interesse em audiência de
conciliação, e, em caso negativo para no prazo de dez dias, especificarem as provas que pretendem produzir. Em caso positivo, designe-se
audiência de conciliação. Custódia, 23/05/2014. Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de Direito.”
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER ao Dr. Ilson Luis de Sousa Barbosa Júnior, OAB-PE nº. 25.258-D que, neste Juízo de Direito, situado à AV LUIZ
EPAMINONDAS, s/n - Centro Custódia/PE Telefone: (87) 3848.3931 Fax: (87) 3848.3937, tramita a ação de Procedimento ordinário, sob o nº
0000116-78.2010.8.17.0560, aforada por MARIA MADALENA DE MELO SILVA, em desfavor de INSS - INSITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL.
Assim, fica o mesmo INTIMADO da seguinte “DECISÃO: Considerando a decisão de fls. 37, decreto revelia da requerida, sem os
seus efeitos, uma vez que é Fazenda Pública. Intime-se a parte autora para indicar as provas que pretende produzir, especialmente se pretende
prova oral. Custódia, 02/09/2014. Raquel Barofaldi Bueno - Juíza de direito.”
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Sheila Liliany R de Souza, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER ao Bel José Américo Ferraz Barreto, OAB/PE 10.269 que, neste Juízo de Direito, situado à R DR. EZEQUIEL DE
BARROS, s/n - MARACUJÁ Escada/PE Telefone: (081)3534-8923 - (081)3534-8927, tramita a ação de Ação Penal - Procedimento Ordinário,
sob o nº 0000606-94.2015.8.17.0570, aforada pelo Ministério Público de Pernambuco, em desfavor de Pernambuco.
Local da audiência: R DR. EZEQUIEL DE BARROS, s/n - MARACUJÁ Escada/PE Telefone: (081)3534-8923 - (081)3534-8927
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Thiago Francisco da Silva, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
De ordem do Doutor Claudio Américo de Miranda Junior, Juiz de Direito da Primeira Vara da Comarca de Escada/PE, intimo ao Bel. Camillo
Soubhia Netto, inscrito na OAB/PE nº 1265-A, para comparecer à audiência designada nos autos da Ação de Aposentadoria Rural por Idade,
proposta por Expedita Maria da Silva, em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), processo nº 0000060-73.2014.8.17.0570.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Thiago Jose Cavalcanti Silva, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria. Escada (PE), 05/12/2018.
De ordem do Doutor Claudio Américo de Miranda Junior, Juiz de Direito da Primeira Vara da Comarca de Escada/PE, intimo ao Bel. Camillo
Soubhia Netto, inscrito na OAB/PE nº 1265-A, para comparecer à audiência designada nos autos da Ação de Aposentadoria Rural por Idade,
proposta por Cleonice Maria da Silva, em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), processo nº 0000082-05.2012.8.17.0570.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Thiago Jose Cavalcanti Silva, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria. Escada (PE), 05/12/2018
INTIMAÇÃO - ADVOGADO
De ordem do Doutor Cláudio Américo de Miranda Júnior, Juiz de Direito da Primeira Vara da Comarca de Escada/PE.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER ao Dr. MARCONI ALVES DE MELO FILHO, OAB/PE nº 41.895 , que, neste Juízo de Direito, situado à R DR. EZEQUIEL
DE BARROS, s/n - MARACUJÁ Escada/PE, Telefone: (081)3534-8922, tramita a Ação Penal sob o nº 0000538-42.2018.8.17.0570, aforada pelo
Ministério Público, em desfavor de José Wibson Santana de Abreu e outros.
“Diante das considerações de fls. 253, indefiro o pedido de transferência do réu José Wibson. Abra-se vista conforme requerido às fls. 251.
Cumpra-se com o determinado no item IV da decisão de fls. 229. Escada, 05 de dezembro de 2018. Cláudio Miranda Júnior – Juiz Titular”
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Núbia Gabriela Nascimento da Silva, o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE INTIMAÇÃO
FAZ SABER a (o) Bel. Hugo Correia de Andrade OAB/PE 28.290, que, neste Juízo de Direito, situado à AV FRANCISCO FREIRE, s/
n - Centro Ferreiros/PE Telefone: (081)3657-1915 - (081)36571914 Fax: (081)36571921, tramita a ação de Ação Penal - Procedimento Ordinário,
sob o nº 0000005-61.2016.8.17.0600, aforada por Justiça Pública, em desfavor de Ronaldo Soriano da Silva.
Assim, fica o mesmo INTIMADO da expedição da carta precatória nº 2018.0090.001884 para a cidade de São Vicente Ferrer/PE
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, KALLYNA ANDREWS LOPES DA SILV, o digitei e submeti à conferência
e subscrição da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente pauta ficam as partes e seus defensores devidamente INTIMADOS das decisões, deliberações, despachos e sentenças exarados
nos processos abaixo indicados:
Processo Nº 0000857-25.2016.8.17.0620
Natureza: Criminal
Expediente: 2018.0220.003164
Autor: Ministério Público do Estado de Pernambuco
Réu: DjailtonLuiz Lira de Sá Bezerra Novaes
Advogados: Dra. Caroline do RÊgo Barros, OAB/PE 32.753
DECISÃO
O réu DJAILTON LUIZ LIRA DE SÁ BEZERRA NOVAES, por meio da petição de fls. 723/734, opôs embargos de declaração apontando
contradição na decisão de pronúncia de fls. 679/692. Alega, em suma, que existem nulidades em razão da não intimação da defesa para
manifestação acerca dos exames cadavéricos e perícia hematológica acostados aos autos. Aduz também uma série de supostas contradições
em razão de matéria fática analisada. Em razão da possibilidade de efeitos infringentes, o Ministério Público foi intimado a se manifestar, ocasião
na qual pugnou pelo não acolhimento dos embargos declaratórios, posto que tem como finalidade a reanálise sobre as provas produzidas. É o
relatório. Decido. Os presentes embargos de declaração foram interpostos tempestivamente, razão pela qual, os recebo. Compulsando os autos
verifico que em verdade a parte embargante pretende uma reanálise de toda a matéria fática discutida em decisão de pronuncia, bem como alega
nulidades no tocante à ausência de intimação do réu para se manifestar sobre os laudos cadavéricos e perícia hematológica. Ou seja, apenas
tentam rediscutir a matéria decidida. Ora, não resta dúvida de que tais alegações não constituem contradição, omissão ou obscuridade a serem
sanadas via embargos declaratórios, mas sim matéria atacável via Recurso em Sentido Estrito. Nesse sentido: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
– RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – PRONÚNCIA – HOMICÍDIO QUALIFICADO – OMISSÃO QUANTO À ANÁLISE DA PROVA – VÍCIO
INEXISTENTE – MATERIALIDADE DO CRIME E INDÍCIOS SUFICIENTES DA AUTORIA – JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA ACUSAÇÃO –
EMBARGOS DESPROVIDOS. Não se visualizando as omissões apontadas, impõe-se o desprovimento dos embargos declaratórios, que
não se prestam à rediscussão da matéria decidida . (ED 81243/2018, DES. ORLANDO DE ALMEIDA PERRI, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL,
Julgado em 25/09/2018, Publicado no DJE 27/09/2018) (TJ-MT - ED: 00812435620188110000812432018 MT, Relator: DES. ORLANDO DE
ALMEIDA PERRI, Data de Julgamento: 25/09/2018, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 27/09/2018)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIMES CONTRA A VIDA. SENTENÇA DE PRONÚNCIA. HOMICÍDIO
QUALIFICADO PELO MOTIVO FÚTIL E POR RECURSO QUE DIFICULTOU A DEFESA DO OFENDIDO. PRETENSÃO DE MODIFICAÇÃO
DO JULGADO. VIA RECURSAL INADEQUADA. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.
DESACOLHIMENTO. 1. Inexistindo ambiguidade, omissão, contradição, obscuridade ou prequestionamento no acórdão, impõe-se desacolher os
embargos declaratórios. Merece destaque que as questões foram adequadamente analisadas no acórdão embargado, e resolvidas de acordo com
o disposto em lei, bem como com o entendimento do órgão colegiado. Inclusive, resultado de julgamento que contrarie aquele pretendido pela parte
não enseja a possibilidade de acolhimento de embargos de declaração. A matéria controvertida foi suficientemente resolvida, por fundamentação
íntegra, coerente e clara. A atribuição de efeitos infringentes ou modificação do julgado, assim como o prequestionamento em sede de embargos
de declaração, somente é admissível em casos excepcionais, os quais exigem, necessariamente, a ocorrência de qualquer dos vícios previstos
no art. 619 do Código de Processo Penal hipótese não configurada nos autos. 2. O embargante pretende, em verdade, a rediscussão do
mérito - para que este Órgão Colegiado reveja seu posicionamento -, não sendo os embargos declaratórios a via adequada para tal
fim, considerando a sua natureza integrativa . Ressalta-se que mesmo nos embargos de declaração com objetivo de prequestionamento,
mostra-se necessária a configuração de uma das hipóteses de seu cabimento. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESACOLHIDOS. (Embargos
de Declaração Nº 70078216447, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rinez da Trindade, Julgado em 24/10/2018).
(TJ-RS - ED: 70078216447 RS, Relator: Rinez da Trindade, Data de Julgamento: 24/10/2018, Terceira Câmara Criminal, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 30/11/2018). PENAL E PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
PRONÚNCIA PELA PRÁTICA DO CRIME DE HOMÍCIDIO. TRAVESTIDA PRETENSÃO DE REANÁLISE. INEXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÕES
E/OU OMISSÃO. OBJETIVO SECUNDÁRIO DE PREQUESTIONAR A MATÉRIA. INVIABILIDADE. CONHECIMENTO E REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. Inviável o manejo dos embargos de declaração com o fito único de rediscutir matéria já decidida pelo respectivo
órgão jurisdicional . 2. Da mesma forma, não podem ser os embargos acolhidos tão só com o fim de prequestionamento. (TJ-RN - RSE:
20140180899000200 RN, Relator: Desembargador Glauber Rêgo., Data de Julgamento: 24/05/2016, Câmara Criminal) Portanto, não merece
nenhum reparo o decisum recorrido, pois, não houve nenhum erro, omissão ou contradição, restando devidamente analisadas todas as questões
relevantes para a prolação da decisão de pronúncia. Posto isto, sem maiores delongas, conheço os embargos de declaração opostos e lhes
nego acolhimento, ficando mantida na íntegra a decisão de pronúncia prolatada, por seus próprios fundamentos. PASSO A ANALISAR
O PEDIDO FORMULADO ÀS FLS. 749/750. Narra a parte ré que, por ocasião da sua pronúncia, foi concedida a liberdade provisória com
a imposição de cautelares. Assim, restou determinada a liberdade após o pagamento de fiança estipulada em 10 salários mínimos vigentes
à época, monitoramento eletrônico e comparecimento mensal em juízo para justificar as atividades. Alega a defesa que as três medidas se
destinam à mesma função e, por isso, pugna pela revogação do monitoramento eletrônico. Entendo que assiste razão ao réu no que diz respeito
à mesma função existente na medida cautelar de comparecimento mensal e de monitoramento eletrônico. Assim, revogo a medida cautelar
de comparecimento mensal do acusado em juízo, tendo em vista que o monitoramento eletrônico traduz maior controle quanto à não evasão
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do pronunciado do distrito da culpa. Intime-se o acusado sobre a revogação da medida cautelar de comparecimento mensal em juízo.
Intimem-se. Floresta, 02 de dezembro de 2018. Carolina de Almeida Pontes De Miranda. Juíza Substituta
Processo nº 0000340-88.2014.8.17.0620
Natureza da Ação: PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Expediente: 2018.0220.003169
Requerente: GENIVALDO MANOEL DE SOUZA
Advogado: MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA, OAB/PE 573-A
Requerido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
DESPACHO ORDINATÓRIO
Em cumprimento ao disposto no Provimento do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco nº 08/2009, publicado no DOPJ
em 09/06/2009, e nos termos do art. 203, § 4º do CPC de 2015, intimo a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre a
contestação apresentada. Floresta(PE), 05/12/2018. Chefe de Secretaria - Augustinho Nogueira Junior
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Data 05/12/2018.
Processo: 0000034-50.2018.8.17.0630
Réus: Lenilton Pereira Lago
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Trata-se de ação penal em que é atribuído ao acusado os fatos delituosos capitulados na denúncia.
Não há preliminares e nem questões prejudiciais de mérito para serem apreciadas, assim, passo ao “ meritum causae ”.
Art . 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil,
ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
A MATERIALIDADE que é o reconhecimento da ocorrência de fato delitivo e que não importa por si só em condenação se encontra
cabalmente comprovada nos autos, por meio do “Inquérito Policial” e demais peças que o acompanham, e ainda pela prova oral produzida em juízo.
Com relação à AUTORIA e responsabilidade penal do réu, necessário se torna proceder ao estudo das provas carreadas aos autos,
cotejando-as com os fatos descritos na denúncia para fins de individualização da conduta, sendo que ainda que tenha ocorrida a negativa em
juízo, entendo que seu envolvimento ficou mais que demonstrado, o que, outrossim, não implica em condenação “ tout court ”, sendo necessário
a análise dos elementos do tipo penal para sua consubstanciação.
A primeira testemunha EDILENE esposa de uma das vítimas (Aurélio) disse que seu marido na época hoje falecido usava dos
serviços do réu para sacar dinheiro, ficando sabendo que o réu teria feito empréstimos em nome da vítima, não tendo repassado para a vítima os
valores, o que fez com que o valor do benefício ficar em valor baixo, tendo inclusive o acusado uma vez ameaçado. Que seu marido teria deixado
o cartão com o réu porque ele teria ajudado a aposentá-lo.
Foi ouvida uma vítima de nome QUITÉRIA, que afirmou que o réu disse que iria aposentar seu filho, tendo dado a ele documentos
e assinado procuração, tendo ele feito empréstimos em seu nome, no banco Bradesco e no Banco do Brasil, tendo inclusive ele providenciado a
abertura da conta no Banco do Brasil, o que foi feito sem sua autorização, reconhecendo que assinou procuração a ele, estando com várias dívidas
por causa dele, repetindo que tudo começou pela promessa de ajudar a aposentar o filho.
Ouvida uma outra vítima de nome JOSÉ FELIPE, disse que não foi aposentado, e que pagou para o réu vários valores, não tendo
assinado qualquer documento a ele, nem mesmo chegou a ter qualquer empréstimo em seu nome, ficando sabendo mais adiante que não foi
dada entrada qualquer em pedido de aposentadoria, afirmando em juízo que pagou mais de R$2.000,00, confirmando mais adiante que teria pago
aproximadamente R$4.000,00, tendo a advogado afirmado a ele que deveria ele procurar a delegacia, pois possivelmente estaria sendo vítima
de fraude com as promessas do réu.
Foi ouvida uma testemunha de nome Fábio José Felipe, filho da última vítima, afirmando que na época disse para seu pai não
aceitar serviços para aposentadoria, pois não teria como se aposentar, não sabendo se seu pai chegou a pagar valores ao acusado, tendo apenas
acompanhado seu pai até a casa do réu, tendo ficado fora da casa.
Por fim, foi ouvida uma testemunha de defesa, esposa do réu, disse que ele trabalhava para a advogada Dra. Janaina, negando
que ele recebia dinheiro para ele, e que tudo era repassado para ela advogada, afirmando que não sabe como que ela advogada levou as vítimas
à delegacia de polícia, insistindo que todo o dinheiro era para a advogada.
Foi então interrogado o réu, e disse que atual como assistência de documentos, preparando documento para benefícios
previdenciários, tendo trabalhado já com a Dr. Janaina e atualmente com a Dra. Núbia. Nega que tenha praticado qualquer ato de empréstimos,
negando que tenha recebido e ficado com os valores recebidos por ele, e que tudo ficava com a Dra. Janaina, negando as acusações integralmente.
Afirma que até hoje trabalha na mesma atividade, que fica em sua residência, enquanto a advogada Núbia tem escritório também em Ribeirão. A
Sra. Quitéria assinou uma procuração para ele para que providenciasse a alteração da conta bancária do Bradesco para o Banco do Brasil, sempre
cobrando pelos serviços prestados, recebendo por cada serviço prestado.
Compulsando os autos, mais precisamente a versão que apresentou em sede inquisitiva e também as alegações apresentadas
pela defesa técnica e pela em sede de autodefesa, argumentações que não merecem acolhimento, não prosperando a alegação pela absolvição,
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muito menos que ele apenas prestava serviços com fins previdenciários, como nem mesmo o acusado negou, negando a prática dos crimes que
lhes foram imputados.
Ademais, não há qualquer tese de excludente de ilicitude, tipicidade e culpabilidade, que mereça acolhimento.
As vítimas embora de forma tímida foram claras a respeito do fato, ficando nítida as condutas praticadas em face das vítimas dos
autos, ainda que uma delas não tenha sido ouvida, o que de forma alguma afasta as práticas, seja pelos demais elementos, como também, pela
prova colhida inquisitivamente, e confirmada nesta data em juízo.
A negativa do réu não prospera, assim como a tentativa de delegar a responsabilidade a qualquer advogado, pois tal como sustentou
o MP, quando souberam da postura do réu já trataram de levar o fato e as vítimas às autoridade, onde a advogado providenciou até mesmo a não
permissão que o réu tivesse acesso aos processos que ela dava entrada.
Tenho que a versão defensiva, assim como o apresentado em juízo não passa do princípio do “nemo tenetur se detegere”
ou seja, que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, sendo indeclinável que as diversas condutas em face de cada vítima,
isso das constantes dos autos, tendo em relação a cada vítima praticados fatos diversos de estelionato, contra duas ao menos praticou
empréstimos, tal como consta na denúncia, enquanto que em relação a outras ficavam em pagamento de serviços dos mais diversos, tudo
de forma fraudulenta, angariando valores dos mais diversos e constantemente, tal como relataram as vítimas, não prosperando a tentativa de
delegação da responsabilidade a advogada, não tendo nos autos o mínimo de substrato a tanto.
Houve a prática do crime do art.147 do CP em relação à vítima Aurélio, por mais que a esposa dele ouvida nesta data não tenha
conseguido esclarecer mais detalhes, estando ele atualmente morto, sendo que o conjunto de provas evidenciam que a ameaça efetivamente
aconteceu tal como consta na denúncia, a partir do momento e que começou a questionar o réu sobre o que estaria fazendo com seus dados,
afinal, teria obtido lucro ilegalmente de forma fraudulenta, tal como fez com relação às demais vítimas, portanto, praticou o fato do art. 171 do
CP em relação às 4 vítimas dos autos.
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp 1080106 SP 2017/0084697-0 (STJ)
Data de publicação: 01/12/2017
Ementa: CONDENAÇÃO BASEADA APENAS EM PROVA INQUISITORIAL. AUSÊNCIA. ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. ART. 171 , § 3.º ,
DO CP . AUTORIA E DOLO NA CONDUTA. VERIFICAÇÃO QUE IMPLICA REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7 DO STJ.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O entendimento desta Corte perfilha no sentido de ser inadmissível a condenação baseada apenas
em elementos colhidos na fase inquisitorial, sem a submissão ao crivo do contraditório. Todavia, a condenação amparou-se em provas colhidas
tanto na fase inquisitorial quanto na judicial, com observância dos princípios da ampla defesa e do contraditório, inexistindo, desse modo, negativa
de vigência ao art. 155 do Código de Processo Penal . Precedentes. 2. A pretensão de se comprovar a ausência de autoria e o dolo na conduta,
consistente na obtenção indevida de benefício de prestação continuada perante a autarquia previdenciária, demanda necessariamente a revisão
das circunstâncias fáticas da causa, o que é vedado em recurso especial. Súmula n. 7 do Superior Tribunal de Justiça - STJ. 3. Agravo regimental
desprovido.
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Em apreciação às conduta imputada ao réu, tenho que restaram praticado os fatos típicos descrito no art. 171 por 4 (quatro) vezes
e art. 147 do Código Penal, concurso de crimes que se amolda ao determinado no art.69 do Código Penal, seja pelas diversas prática do crime do
art.171, em face de diversas vítimas, condutas que entendo que não podem ser tidas simplesmente como continuidade delitiva, mesmo porque os
fatos foram praticados em datas distintas, e muitas delas ultrapassando 30 dias de um fato com o outro, logo, é cediço que devem as condutas ser
valoradas pelos desígnios autônomos, variando a forma de execução, pois com algumas vítimas o réu se utilizava da necessidade de saque, com
auxílio, e com outros através de promessas de prestação de serviços previdenciários, um motivo a mais para afastar cabalmente a continuidade
delitiva, aplicando, assim o art.69 do Código Penal em relação a cada vítima.
Entendo que a continuidade delitiva está afeta apenas aos atos praticados em relação a cada vítima, pois evidentemente foram
praticadas várias inserções para com cada vítima, assim, reconheço o concurso material em face de cada vítima, considerando diversas prática
em face de cada uma delas, que está previsto a incidência do art.71 do Código Penal.
TJ-SC - Apelação Criminal APR 00467225820158240023 Capital 0046722-58.2015.8.24.0023 (TJ-SC)
Data de publicação: 18/10/2018
Ementa: ESTELIONATO PRATICADO 9 VEZES (ART. 171, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL ). SENTENÇA DE PARCIAL PROVIMENTO.
CONDENAÇÃO POR 3 FATOS. RECONHECIDA A CONTINUIDADE DELITIVA E O CONCURSO MATERIAL ENTRE AS CONDUTAS .
RECURSO DA DEFESA. DOSIMETRIA. PRETENDIDO O RECONHECIMENTO DA CONTINUIDADE DELITIVA ENTRE TODOS OS FATOS
PELOS QUAIS A APELANTE FOI CONDENADA. POSSIBILIDADE. SIMILITUDE NO LOCAL, NO TEMPO E NA FORMA DE EXECUÇÃO.
LAPSO SUPERIOR A 30 (TRINTA) DIAS QUE NÃO OBSTA A EXISTÊNCIA DE CRIME CONTINUADO. PARTICULARIDADES DO CASO
CONCRETO QUE REVELAM A CORREIÇÃO DO PLEITO RECURSAL. ACUSAÇÃO, ADEMAIS, QUE PUGNOU PELO ACOLHIMENTO DO
APELO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. - Como o critério temporal de trinta dias não encontra fundamentação legal, tratando-se
de criação jurisprudencial e doutrinária, é lícito ao julgador, no âmbito de discricionariedade que lhe confere a lei quanto à dosimetria
da pena, reconhecer a continuidade delitiva se persistente entre as condutas a homogeneidade subjetiva, não obstante ultrapassado
aquele lapso de tempo entre elas, à luz da teoria objetivo-subjetiva."
Ante o exposto , nos temos do art. 387 do Código de Processo Penal, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia
e CONDENO o réu LENILTON PEREIRA LAGO, na pena prevista nos arts. 171 (por 4 vezes) e art.147(1 vez), ambos do Código Penal, na
forma do art.69 do Código Penal.
Em razão da condenação passo a dosar a pena a ser-lhe aplicada, em estrita observância ao disposto pelo art. 68, “ caput
”, do Código Penal, realizando apenas uma dosimetria para evitar repetições desnecessárias em relação a cada crimes e vítimas, os quais
especificarei, quando da dosimetria.
Tenho que o réu agiu com CULPABILIDADE censurável além da normal a espécie por envolver conduta vastamente ostensiva
e que atingiu as vítimas diretamente em seus patrimônio, já de somenos importância, portanto, a pena merece majoração, por atingir pessoas de
pouquíssimos recursos, portanto, elevarei a pena base aos crimes do art.171 do CP, sendo que apenas o crime do art.147 deve ser fixada a pena
base no mínimo ; DOS ANTECEDENTES: Não há. DA CONDUTA SOCIAL: Nenhum fato é merecedor de registro. DA PERSONALIDADE
DO AGENTE: não há elementos nos autos. DOS MOTIVOS: A obtenção de lucro fácil, que é o próprio do tipo penal, portanto, deixo de valorar.
DAS CIRCUNSTÂNCIAS : Inexistem nos autos prova da ocorrência de elementos acidentais ao delito; DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME:
Prejudicadas, porquanto já valorei isto quando da culpabilidade, do contrário incorreria em bis in idem . DO COMPORTAMENTO DA VÍTIMA:
não houve comportamento da mesma que concorresse para a consumação dos delitos.
Assim, observadas as diretrizes do art. 68, do Código Penal, e considerando que as circunstâncias judiciais já valoradas, fixo-lhe
a pena-base em 2 (dois) anos de reclusão e ao pagamento de 15 (quinze) dias-multa, PARA CADA CRIME DO ART.171 DO CP (4 VÍTIMAS
E CRIMES) , cada uma no equivalente a 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente ao tempo do fato delituoso, ao passo que pelo crime do
art. 147, fixo a pena base em 1 (hum) mês de detenção, em observância ao disposto no art. 60, do Código Penal.
Na segunda fase da fixação da pena anoto a ausência de circunstâncias atenuantes e agravantes, portanto, mantenho as penas
nos patamares já fixados.
Na terceira fase de fixação da pena tenho que estão ausentes causas de diminuição da pena, ao passo que presente a continuidade
delitiva em relação a cada uma das vítimas, motivo pelo qual aumento a pena em ½, nos termos do art.71, do CP, pois foram praticadas várias
inserções em cada vítima tal como ficou provado nos autos, com diversos dispêndios de valores, portanto, elevo a pena de cada crime do art. 171
para 3 (três) anos de reclusão e 30 dias multa no valor já dosado, mantendo a pena pelo crime do art. 147 do CP.
Por fim, somo as penas nos termos do art.69 do CP, tal como fundamentei, afinal foi praticado um crime de estelionato em relação
a cada vítima, de forma continuada, logo, incidem tanto a majoração pela continuidade como a soma das penas em face de cada vítima, além da
soma à pena do crime do art.147 do CP, ficando o réu definitivamente condenado a pena de 12 (doze) anos de reclusão e ao pagamento
de 120 (cento e vinte) dias-multa, mantendo-se no valor anteriormente fixado pelos crimes do art.171 , além de 1 (hum) mês de detenção
pelo crime do art.147 do CP. NÃO É CASO DE PRESCRIÇÃO QUANTO AOS CRIMES DO ART.171, ao passo que restou prescrito o crime
do art.147 do CP.
Deixo de condenar o réu no pagamento das custas processuais.
Incabível no presente caso a providência do artigo 387, IV, do Código de Processo Penal, ante a ausência de pleito pela fixação
de indenização.
REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DA PENA . Registro a aplicação da Lei n.º 12.736/2012, que entrou em vigor no dia
03.12.2012 , estabelecendo que a detração deve ser considerada pelo juiz que proferir a sentença condenatória já para a fixação do regime inicial
de cumprimento da pena, nos termos do art. 387, § 2º do Código de Processo Penal. No caso concreto o condenado não ficou preso em nenhum
momento e pelo “ quantum ” da pena deverá iniciar o cumprimento da pena no regime FECHADO.
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITOS . Em razão do “ modus operandi
” tenho como incabível o instituto previsto no art. 44 do Código Penal , sobretudo com a soma das penas, que não serve apenas para
valoração da prescrição, tal como já valorei.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA . Entendo manifestamente insuficiente, até mesmo pela soma das penas.
Com fundamento no art. 387, § 1º, do Código de Processo penal, entendo que é caso de decretar a prisão preventiva neste
momento, sendo caso de denegar a concessão o direito de recorrer em liberdade, sendo que “i n casu ”, entendo que a substituição por medidas
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
cautelares diversas da prisão não são suficientes para a prevenção e repressão da conduta incriminada, presentes, portanto, os ausentes os
requisitos do art. 282, I e II do Código de Processo Penal, por mais que o réu tenha comparecido em audiência, o que a princípio poderia acarretar
na desnecessidade da prisão, porém, o caso dos autos evidencia vasta censurabilidade, demonstrando que ainda que o fato não envolva violência,
que a gravidade em concreto e reiteração de condutas evidenciam a indispensabilidade da prisão preventiva, para fins de resguardar a ordem
pública e a aplicação da lei penal, portanto, estão mais que demonstrados os requisitos do art.312 do CPP, havendo gravidade em concreto de
suas condutas, que envolveu lesões reiteradas em face de diversas vítimas que foram localizadas, e confirmaram tudo em audiência.
Expeça-se Mandado de prisão.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Com o trânsito em julgado , determino que:
1. Preencha-se o boletim individual para envio ao ITB - Instituto Tavares Buril da Secretaria de Defesa Social do Estado de
Pernambuco;
2 . Oficie-se ao E. Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Pernambuco, informando-lhe sobre a condenação para os fins do
inciso III, do art. 15, da Constituição Federal de 1988;
3. Instaure-se o competente processo de execução e designe-se audiência admonitória, ressaltando na intimação que em caso
de não comparecimento será possível a conversão da pena restritiva por pena privativa.
4 . Arquive-se.
E nada mais havendo a constar, mandou o MM. Juiz encerrar o presente termo que, lido e achado conforme,
vai devidamente assinado pelos presentes. Eu, _______, Cristiane Márcia da Silva, servidora à disposição, Matrícula n° 181.494-0, digitei e
subscrevo-o.
Rodrigo Ramos Melgaço
Juiz de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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não foi atingido. A parte autora peticionou nos autos apresentando novo veículo como caução (fl.189), apresentando esclarecimentos (fls. 193)
e réplica, conforme fls. 196/205. Frustrada a tentativa de conciliação. Devidamente intimada, a demandada se opôs a substituição de caução
(fls. 232). As fls. 236 o juízo rejeitou a substituição de fiança e determinou o depósito em dinheiro da caução. A parte autora agravou da decisão
(fls. 239) e o juízo manteve a decisão inalterada as fls. 252. As fls. 225 a parte autora noticiou nos autos a decisão do agravo de instrumento,
modificando a decisão anterior e deferindo a substituição de caução. As fls. 256 foi determinado o reparo do veículo, sob pena de multa. A
demandada agravou da decisão de fls. 256. As fls. 291/293 manifestou seu desinteresse na audiência de conciliação e pleiteou pela realização
de perícia. Intimada para comprovar o cumprimento da tutela antecipada, a parte ré peticionou em 04.04.2016, fls. 304, informando que o veículo
já estava pronto, aguardando a retirada pelo autor. Ante a dificuldade de nomeação de perito, as partes foram intimadas para, de comum acordo,
indicar especialista apto a realização da perícia. A parte ré peticionou as fls. 350/351 desistindo da prova pericial. A parte autora peticionou as fls.
388 alegando que o veículo se deteriorou no período em que esteve na ré, e requereu o reparo do veículo. Devidamente intimada a ré alegou que
se trata de desgaste natural do veículo. Eis o sucinto relato do curso processual até então. À luz do princípio da eficiência, norma fundamental do
Novo Código de Processo Civil (art. 8º), o impulso do feito deve se dar através do saneamento do processo, nos moldes do art. 357 do Código
de Processo Civil em vigor o que se passa a fazer. DA PROVA PERICIAL Ante a dificuldade deste juízo em nomear um perito, e, diante do
pleito desistência de produção da prova pericial, efetuado pela ré e da petição da parte autora que alega a impossibilidade de produção da prova
pericial após o reparo do veículo, homologo o pleito de desistência da prova pericial. PROVIDÊNCIAS FINAIS Saneado o feito, importa, ainda,
especificar a mecânica da produção de provas. Cuida de uma relação de consumo, pois se encontram presentes os elementos caracterizadores
desta relação jurídica, ou seja, o consumidor, o fornecedor e a venda de um suposto bem para destinatário final. Não se pode olvidar que é
plenamente possível a incidência no caso concreto da regra de inversão do ônus probatório prevista no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa
do Consumidor, a fim de facilitar a defesa do consumidor em Juízo: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de
seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Com efeito, a inversão do ônus da prova preconizada pelo artigo 6º,
VIII, do Código de Defesa do Consumidor, impõe ao fornecedor do produto ou serviço a demonstração salienter tantum da responsabilidade do
consumidor, máxime tratando-se de parte hipersuficiente, em relação à parte hipossuficiente. Diante do exposto, determino a inversão do ônus
da prova, conforme fundamentação supra. Diante do pleito de fls. 388/391, intime-se a demandada para acostar aos autos documento que ateste
as condições em que o veículo foi recebido em 25.02.2015, no prazo de 05 (cinco) dias úteis. Especifiquem, as partes, as provas que desejam
produzir. Sendo requerida prova testemunhal ou depoimento das partes, resta a mesma, desde logo, deferida e deverá ser cumprida nos termos
abaixo colacionados. Concedo o prazo comum de 10 (dez) dias para as partes juntarem o rol de testemunhas, contados da intimação deste
despacho, nos termos do art. 357, §4º do Código de Processo Civil em vigor. Atente-se às partes para a necessidade de indicação do rol cumpridos
os requisitos do art. 450 do Código de Processo Civil. Ficam as partes advertidas de que as intimações das testemunhas devem ser realizadas
pelos advogados de cada parte que deverão remeter a intimação para as testemunhas, com aviso de recebimento que deverá ser juntado aos
autos com antecedência mínima de três dias da audiência, salvo a hipótese de comparecimento independente de intimação (art. 455 do Código
de Processo Civil) que não dispensa a obrigatoriedade de apresentação do rol. Havendo necessidade justificada de intimação de testemunha
comum, restando prejudicada a intimação feita pelo advogado de quaisquer das partes, proceda-se com a intimação pessoal, expedindo-se os
mandados necessários. Em caso de ser arrolado servidor público ou militar dentro do rol, requisite-se ao chefe da repartição ou ao comando
do corpo a que servir o servidor o comparecimento da testemunha indicada. Nos mandados de intimação, advirta-se à testemunha que o não
comparecimento injustificado poderá implicar na condução coercitiva e a responsabilização pelas despesas do adiamento do ato processual, nos
termos do art. 455, §4º do Código de Processo Civil. Ademais, tratando-se de oitiva das autoridades previstas no art. 454 do Código de Processo
Civil, volte-me concluso para a tomada das providências cabíveis. Para o depoimento pessoal dos demandados, intime-os pessoalmente, nos
termos do art. 385, §1º do Código de Processo Civil. Ficam as partes cientes do prazo de cinco dias para solicitar esclarecimentos ou requerer
ajustes, nos termos do art. 357, §1º do Código de Processo Civil. Após este prazo, designe-se audiência de instrução, reservando, a Secretaria,
tempo não inferior a duas horas e meia para sua realização. Intimem-se as partes. Cumpra-se. Garanhuns-PE, 03 de dezembro de 2018. Bel.
Enéas Oliveira da RochaJuiz de Direito3
Primeira Vara Cível da Comarca de Garanhuns
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Processo nº 0000470-47.2016.8.17.06401ª Vara Cível.Comarca de Garanhuns.DESPACHO. Nos termos do art. 364, §2º, CPC, intimem-se as
partes, por seus causídicos, para apresentarem suas alegações finais, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Em seguida, voltem-me os autos
conclusos. Garanhuns-PE, 04 de dezembro de 2018. Bel. Enéas Oliveira da RochaJuiz de Direito
Primeira Vara Cível da Comarca de Garanhuns
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Processo nº 0000097-16.2016.8.17.06401ª Vara cível.Comarca de Garanhuns.SENTENÇA. Vistos, etc... Cuida o presente feito de "AÇÃO
ORDINÁRIA DE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO CUMULADA AOS PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E DE ANTECIPAÇÃO
DOS EFEITOS DA TUTELA", promovida por SILVIO ROBERTO MACIEL FREIRE em face de BANCO DO BRASIL S.A., alegando, em síntese:
Que o demandado efetuou, um mês antes da data de vencimento acordada, o débito em conta corrente referente a contrato de empréstimo.
Pleiteia, em síntese, a citação do demandado, restituição em dobro dos valores descontados, abstenção de negativação, danos morais, custas
e honorários de sucumbência. Instruiu a inicial com os documentos de fls. 21/24. Determinada a citação da parte demandada as fls. 27.
Devidamente citada a ré, por mandado, apresentou contestação de fls. 33/46, alegando, em síntese: tempestividade, impugnação a justiça
gratuita, não cabimento da tutela antecipada, que se trata de contrato legitimo, com pagamento previsto em parcela única, legalidade da cobrança,
ausência dos requisitos caracterizadores da responsabilidade civil, inexistência de ato ilícito, inexistência de culpa, improcedência do pedido
de indenização por danos morais, não cabimento de repetição de indébito. A parte demandante apresentou réplica, conforme fls. 81. Frustrada
a tentativa de conciliação. Devidamente intimadas as partes não pleitearam a produção de provas. Verifico que a presente ação se trata de
matéria exclusivamente de direito, comportando dessa forma o seu julgamento antecipado com fulcro ao artigo 355 do Código de Processo Civil.
É o relatório. Da fundamentação. Cuida o presente sobre "AÇÃO ORDINÁRIA DE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO CUMULADA AOS PEDIDOS
DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA", promovida por SILVIO ROBERTO MACIEL
FREIRE em face de BANCO DO BRASIL S.A. Da tempestividade da contestação Observo que o mandado de citação foi juntado aos autos
em 18.03.2016 (sexta feira). Verifico, ainda, que nos dias 24.03.2016 e 25.03.2016 não houve expediente forense devido ao feriado da semana
santa. Como a contestação foi enviada pelos correios em 11.04.2016, resta clara sua tempestividade. Impugnação à Justiça Gratuita Para afastar
a presunção de veracidade das declarações afirmadas pelo autor, necessário que a ré traga aos autos comprovação documental da situação
econômica, caso contrário, deve prevalecer a presunção da necessidade. Consoante disposto no art. 99 do CPC, o benefício da assistência
judiciária gratuita pode ser concedido com base em simples declaração de pobreza do postulante. Em se tratando de impugnação à assistência
judiciária concedida à pessoa física, o ônus da prova acerca das possibilidades financeiras do beneficiário para arcar com as despesas processuais
pertence ao impugnante. Nesse sentido, destaca-se a jurisprudência:"JUSTIÇA GRATUITA - IMPUGNAÇÃO - Cabe à parte contrária o ônus de
demonstrar a existência de situação patrimonial favorável do beneficiário da justiça gratuita, com vista ao indeferimento ou revogação da benesse.
Não restando comprovada a alegada expressão patrimonial da apelada, de rigor é a rejeição da impugnação Apelo improvido". (Apelação nº
0024955-82.2011.8.26.0011, Rel. Des. José Malerbi, 35ª Câmara de Direito Privado, j. e, 26/05/2014)."IMPUGNAÇÃO - JUSTIÇA GRATUITA
- ÔNUS DA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROVA - IMPUGNANTE - O ônus da prova em
incidente de impugnação à assistência judiciária compete ao impugnante, de modo que, caso este não apresente provas convincentes de que
o impugnado não faz jus aos benefícios da justiça gratuita, o pedido de impugnação deve ser indeferido, mantendo-se a assistência judiciária.
Recurso provido". (Apelação nº 0071771-86.2010.8.26.0002, Des. Rel. Roberto Mac Cracken, 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, j. em
24/04/2012). Não há nos autos, portanto, informações sólidas a respeito da condição financeira privilegiada da parte autora, tampouco qualquer
documento que possa demonstrar novos bens ou modificação da situação já demonstrada nos autos. Diante do exposto, defiro a concessão dos
benefícios da justiça gratuita a parte autora, rejeitando a impugnação. Do Mérito Cuida de uma relação de consumo, pois se encontram presentes
os elementos caracterizadores desta relação jurídica, ou seja, o consumidor, o fornecedor e a venda de um suposto bem para destinatário final.
Não se pode olvidar que é plenamente possível a incidência no caso concreto da regra de inversão do ônus probatório prevista no artigo 6º,
inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, a fim de facilitar a defesa do consumidor em Juízo: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do
juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; A inteligência do CDC busca o
restabelecimento do equilíbrio nas relações de consumo, compensando o consumidor por sua vulnerabilidade, adotando o Código a teoria do
risco do empreendimento, pois quem se dispuser a exercer qualquer atividade no mercado de consumo deverá responder independentemente de
culpa, por quaisquer vícios ou defeitos dos bens e serviços fornecidos. Como a lesão decorreu de má-prestação de serviço, sendo uma relação de
consumo, conforme já mencionado e não havendo a comprovação de culpa exclusiva do ofendido, inexiste a necessidade de apuração de culpa
da empresa para que seja deduzida a responsabilidade civil. Colaciono abaixo decisão do TJRJ que reforça o entendimento.TJRJ - APELAÇÃO
CÍVEL. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. DANOS MORAISde fato de terceiro incapaz de afastar a responsabilidade da empresa. 3 Teoria do Risco
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do Empreendimento. A fraude constitui risco da atividade empresarial. Observa-se que a parte autora reconhece a existência do contrato de
empréstimo, contudo alega a irregularidade do débito em conta corrente, por ter confiscado a totalidade dos seus proventos, bem como por ter
ocorrido um mês antes do vencimento da dívida. O aprovisionamento de saldo em conta corrente destina-se ao pagamento de contratos nos quais
há autorização para débito em conta, não sendo tal procedimento ilegal, pois não contraria as disposições do BACEN acerca do tema. Ocorre
que o réu, com sua contestação, não juntou qualquer documento comprovando a autorização emitida pela parte autora para débito em conta,
limitando-se a copiar um extrato com dados sobre o empréstimo, onde não consta a data do vencimento, sem qualquer assinatura da autora e
produzido de forma unilateral. De resto, impende registrar-se a omissão do réu na juntada de documento essencial à prova do seu direito, tendo
ocorrido a preclusão em relação à prova. O demandante, por seu turno, comprovou que o aprovisionamento do saldo um mês antes do vencimento
do débito, confiscou a totalidade dos seus proventos, expondo-o a situação constrangedora. O comprovante de empréstimo de fls. 23 comprova
que o pagamento deveria ocorrer em uma parcela, com vencimento em 01.01.2016. O extrato bancário de fls. 24, por sua vez, demonstra que o
débito ocorreu em 01.12.2015, portanto, um mês antes do vencimento. A regularidade do débito, desta forma, não foi comprovada. Entendo, pela
ilegitimidade do débito um mês antes do vencimento da dívida. Ressalto que a responsabilidade do réu é objetiva, e, não foi afastada por nenhuma
excludente de responsabilidade. A falha na prestação do serviço foi caracterizada, e deve ser absorvida pela fornecedora a título de risco do
empreendimento. Depreende-se, pois, que a ré, na qualidade de prestadora de serviços a consumidores (pessoas físicas), deve estar cercada de
todos os meios prudentes para consecução de sua finalidade, de modo que se configura conduta temerária e imprudente o fato de não se certificar
da data do vencimento do débito, antes de efetuar o desconto em conta. Ao escolher, portanto, sua atividade profissional, a empresa ré está ciente
de todos os seus riscos. Nesse passo, é amplamente majoritário o entendimento jurisprudencial que reconhece a negligência do fornecedor de
serviços em casos que tais, destacando-se o que já foi dito sobre a aplicação da teoria do risco profissional, prescindindo-se, pois, de qualquer
discussão acerca da culpa. De qualquer forma, ainda que se entenda necessária a evidência da culpa, pelos motivos já consignados ao longo da
fundamentação desta sentença, temos que é patente a negligência e imprudência da parte ré na espécie. Por isso, pelos motivos já consignados,
é certo que não existem outros fundamentos que justifiquem a conduta da ré, motivo pelo qual se passa à análise do ponto controvertido seguinte,
referente à existência de vexame social como causa do dano moral e sua quantificação. Ora, são notórios os devastadores efeitos que o confisco
dos proventos do autor, dispensando-se, pois, a prova nesse sentido. De tal forma, o conjunto probatório juntado é suficiente para a condenação
ante os danos morais, máxime que em face o teor do artigo 5º, inciso X da Magna Carta, que não se exige a prova do prejuízo no caso de
dano moral. Transposta a barreira da exigibilidade de indenização, passo a analisar o quantum que seria justo à sua reparação por todo aquele
constrangimento e dor de caráter moral. Considerando, assim, a condição social da parte autora, a compensação de suas dores, bem como,
por outro lado, a negligência praticada pela ré e seu porte econômico, mostra-se justo e razoável, para estes autos, a fixação da indenização
no montante R$8.000,00. Tenho para mim, que o valor estabelecido irá desestimular comportamentos semelhantes do réu e, com efeito, o valor
fixado por esse magistrado, tem como base a teoria da proporcionalidade do dano combinado com a do desestímulo, harmoniosamente, e para
que o causador do dano tenha mais cuidado em suas atividades. A fixação de montante inferior, a nosso ver, não teria o efeito reparador e
educador que se espera atingir com esta prestação jurisdicional. Quanto ao dano material, para ser deferido, deve ser especificado em um valor
concreto e idêntico ao prejuízo financeiro sofrido pela parte requerente ou, seja a título de perdas e danos, seja a título de lucro cessantes. No caso
dos autos, o valor restou evidenciado de forma clara pelos documentos acostados pela parte autora, o desconto realizado na conta do autor. A
repetição do indébito, por sua vez, além do requisito da comprovação do pagamento, exige a comprovação da má-fé do fornecedor do serviço, nos
moldes já consolidados pelo Superior Tribunal de Justiça, senão vejamos:AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ARTIGO 544 DO CPC) - AÇÃO
DECLARATÓRIA DE PRÁTICA ABUSIVA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO - DECISÃO MONOCRÁTICA CONHECENDO DO RECLAMO PARA,
DE PRONTO, DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, A FIM DE DETERMINAR A REPETIÇÃO DO INDÉBITO DE FORMA SIMPLES.
INSURGÊNCIA DA AUTORA. 1. Conforme orientação jurisprudencial consolidada por esta Corte, a repetição em dobro do indébito, prevista no
artigo 42, parágrafo único, do CDC, pressupõe tanto a existência de pagamento indevido quanto a má-fé do credor, o que não ficou configurado
na hipótese. 2. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 530.594/RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, julgamento em 30/03/2015). Nestes moldes,
deve-se perquirir, in casu, sobre a má-fé do réu no que se refere a proceder ao débito em conta do valor do empréstimo um mês antes de seu
vencimento. Este juízo, na esteira do que vem decidindo os tribunais pátrios, entende que a má-fé só não será caracterizada quando a situação
do caso concreto indicar erro justificável passível de atestar a boa-fé do fornecedor do serviço ou do produto. (AgRg no AREsp 253812/RJ, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, julgamento em 07/02/2013). Diante da análise dos autos, é de constatar que não há, portanto, erro
justificável apto a elidir a conclusão que ora se extrai dos autos, ensejando, portanto, a repetição do indébito pelos valores pagos, mormente
em virtude de não ter cumprido as formalidades legais para a regularidade da contratação. Quanto ao pleito de determinação de abstenção de
negativação, não restou comprovado nos autos que houve inscrição indevida do nome do consumidor nos cadastros de inadimplentes, razão
pela qual improcedente tal pleito. Diante do exposto e no mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE com fundamento
na dicção do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para: CONDENO o BANCO DO BRASIL S.A, no importe de R$ 8.000,00 (cinco
mil reais), a título de indenização por danos morais sofridos por SILVIO ROBERTO MACIEL FREIRE, corrigido pela tabela do ENCOGE e juros
de mora de 1% (um por cento ao mês), a partir da data do evento danoso, que considero o dia 01.12.2015. CONDENO, também, ao pagamento
em dobro de todos os valores descontados pelo réu, referente ao contrato nº 842449685, no montante de R$21.750,34, nos moldes do art. 42,
parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor. Condeno, ainda, a Requerida nos honorários advocatícios, estes que arbitro em 10% (dez
por cento) sobre o valor da indenização atualizado. Sem custas posto que a demandante é beneficiária da justiça gratuita. Publique-se, registre-
se, intimem-se e, tão logo este pronunciamento judicial seja alcançado pelo manto da coisa julgada, devidamente certificado, aguarde-se na
Secretaria da Vara a iniciativa da parte interessada por 30 (trinta) dias, arquivando-se em seguida. Garanhuns-PE, 04 de dezembro de 2018.
Bel. Enéas Oliveira da RochaJuiz de Direito 2
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Processo nº 4310-36.2014.8.17.0640
Autor: Ministério Público
Acusado: José Vieira da Silva Filho
EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo de 15 dias
A Doutora Pollyanna Maria Barboza Pirauá Cotrim, Juíza de Direito da Primeira Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, Estado de Pernambuco,
em virtude da Lei etc. Faz saber pelo presente Edital de Citação com o prazo de 15 (quinze) dias, que, pelo Sr. Promotor de Justiça foi denunciado
o indivíduo de nome JOSÉ VIEIRA DA SILVA FILHO , brasileiro, filho de Antonio Vieira da Silva e Quitéria Baia da Silva, atualmente em lugar
incerto e não sabido, como incurso nas sanções do art. 19 da LCP. E, como se encontra o referido Denunciado em lugar incerto e não sabido,
CITO e o hei por citado para responder à acusação, por escrito, através de advogado, no prazo de 10 (dez) dias, contados do transcurso deste
edital, nos termos do artigo 406 e parágrafos, do Código de Processo Penal, podendo na defesa argüir preliminares e invocar todas as razões de
defesa que tiver, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e arrolar testemunhas. CIENTIFICANDO-O de
que, não apresentada a resposta no prazo legal, ou se citado não constituir defensor, o Juiz nomeará um defensor para oferecê-la, concedendo-
lhe vistas dos autos por 10 dias e, caso o acusado não seja absolvido sumariamente será designada audiência de instrução e julgamento. Obs.:
A reparação do dano sofrido pela vítima é circunstância que sempre atenua a pena, desde que o acusado o faça por espontânea vontade, com
eficiência e antes do julgamento. O valor correspondente pode ser fixado de comum acordo entre as partes e homologado no Juízo competente.
(Art. 65, III, alínea “b”, do CP). Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Garanhuns, aos 05/12/2018. E, para que chegue ao conhecimento de
todos, partes e terceiros, eu, Luciana Gonzaga de Araújo, Técnico Judiciário, digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim Juíza de Direito
Certifico que afixei o original do presente EDITAL no local de costume. O referido é verdade. Dou fé. Garanhuns,05/12/2018. Eu, _________
Guilherme Medeiros paz e Silva, o conferi e assino.
Processo nº 6349-06.2014.8.17.0640
Autor: Ministério Público
Acusado: José Cícero da Silva
EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo de 15 dias
A Doutora Pollyanna Maria Barboza Pirauá Cotrim, Juíza de Direito da Primeira Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, Estado de Pernambuco,
em virtude da Lei etc. Faz saber pelo presente Edital de Citação com o prazo de 15 (quinze) dias, que, pelo Sr. Promotor de Justiça foi denunciado
o indivíduo de nome JOSÉ CÍCERO DA SILVA, brasileiro, filho de Cícero Vicente da Silva e Maria Antônia da Silva, nascido aos 08/10/1973,
natural de Palmeirina/PE, portador do RG n° 3317548-9 SSP/AL, atualmente em lugar incerto e não sabido, como incurso nas sanções do art.
147 e 163, p.u., III do CP. E, como se encontra o referido Denunciado em lugar incerto e não sabido, CITO e o hei por citado para responder à
acusação, por escrito, através de advogado, no prazo de 10 (dez) dias, contados do transcurso deste edital, nos termos do artigo 406 e parágrafos,
do Código de Processo Penal, podendo na defesa argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa que tiver, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas que pretende produzir e arrolar testemunhas. CIENTIFICANDO-O de que, não apresentada a resposta no
prazo legal, ou se citado não constituir defensor, o Juiz nomeará um defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vistas dos autos por 10 dias e,
caso o acusado não seja absolvido sumariamente será designada audiência de instrução e julgamento. Obs.: A reparação do dano sofrido pela
vítima é circunstância que sempre atenua a pena, desde que o acusado o faça por espontânea vontade, com eficiência e antes do julgamento.
O valor correspondente pode ser fixado de comum acordo entre as partes e homologado no Juízo competente. (Art. 65, III, alínea “b”, do CP).
Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Garanhuns, aos 05/12/2018. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu,
Luciana Gonzaga de Araújo, Técnico Judiciário, digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria. Pollyanna Maria Barbosa
Pirauá Cotrim Juíza de Direito
Certifico que afixei o original do presente EDITAL no local de costume. O referido é verdade. Dou fé. Garanhuns,05/12/2018. Eu, _________
Guilherme Medeiros paz e Silva, o conferi e assino.
Processo nº 2552-56.2013.8.17.0640
Autor: Ministério Público
Acusado: Enéias Pessoa da Costa
Advogado: Felipe Padilha OAB/PE 35.533
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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A Doutora Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim, Juíza de Direito da 1.ª Vara Criminal e Privativa do Júri da Comarca de Garanhuns, Estado
de Pernambuco, em virtude da lei, etc. Com o objetivo que chegue ao conhecimento, de todos que possa interessar, principalmente ao advogado
acima nominado, expede-se o presente Edital, pelo que fica o referido Defensor INTIMADO-NOTIFICADO , para apresentação de alegações
finais, no prazo legal. Dado e passado nesta Comarca de Garanhuns-PE, aos 05 de dezembro de 2018. Eu..................... Guilherme Medeiros
Paz e Silva, Chefe de Secretaria, digitei e assino.
Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim
Juíza de Direito da 1.ª Vara Criminal e do Júri
Ofício nº 2018.0909.005443
Processo nº 000328-72.2018.8.17.0640
Faz saber pelo presente Edital de Intimação de decisão, que INTIMO o Sr. HIGO CESAR FERNANDES MARANHÃO,CPF 028701664-19 ,
de todo o conteúdo da Decisão prolatada neste Juízo: .
PROCESSO 328-72.2018.8.17.0640
. Defiro a aplicação em desfavor do Agressor, das medidas protetivas de urgência a abaixo descriminadas.
Não aproximação da ofendida MCP das testemunhas que presenciaram ou que ficaram sabendo dos fatos ,num raio mínimo de
500(quinhentos metros).
Contato com a ofendida e testemunhas, por qualquer tipo de veículo de comunicação
Dado e passado nesta Comarca de Garanhuns, Estado de Pernambuco, 05/12/2018 Eu, RMSSG, Técnico Judiciário, digitei e submeti à
conferência de _______ Guilherme Medeiros Paz e Silva, Chefe de Secretaria
Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim
Juíza de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ofício nº 2018.0909.005445
Processo nº 0003454-33.2018.8.17.0640
Faz saber pelo presente Edital de Intimação de decisão, que INTIMO o Sr. DAVID VICENTE DOS SANTOS, filho de Josefa Rosa de Melo de
Edvaldo Vicente dos Santos , de todo o conteúdo da Decisão prolatada neste Juízo: .
PROCESSO 3454-33.2018.8.17.0640
. Defiro a aplicação em desfavor do Agressor, das medidas protetivas de urgência a abaixo descriminadas.
Não aproximação da vítima(TSMF) e de seus familiares e das testemunha que presenciaram ou que ficaram sabendo da ameaça,num raio
mínimo de 500(quinhentos) metros.
Proibição de manter contato com a ofendida,seus familiares e testemunhas por qualquer tipo de veículo de comunicação,bem como
frequentar local de trabalho ou estudo da vítima.
Dado e passado nesta Comarca de Garanhuns, Estado de Pernambuco, 05/12/2018 Eu, RMSSG, Técnico Judiciário, digitei e submeti à
conferência de _______ Guilherme Medeiros Paz e Silva, Chefe de Secretaria
Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim
Juíza de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pelo presente, fica o Advogado do réu, Bel. Hugo de Andrade Brasileiro – OAB/PE 31.997 , intimado do teor do despacho prolatado no
processo abaixo relacionado:
Processo nº 0001174-89.2018.8.17.0640
2ª Vara Criminal
Comarca de Garanhuns
Ação – Procedimento Ordinário
Autor/Vítima: O Estado
Réu: Cleiton Bruno da Silva Santos
Advogado: Bel. Hugo de Andrade Brasileiro – OAB/PE 31.997
DESPACHO: ... Nos termos do art. 56, da Lei 11.343/06, d esigno audiência de instrução e julgamento para o dia 17/12/2018, às 10:30
horas , para a qual deverão ser intimados: o réu e seu advogado (fl. 51), bem como, as testemunhas arroladas pelo Ministério Público (fl. 03).
A Defesa deixou de arrolar testemunhas. Cite-se. Intimações necessárias e expedientes necessários. Garanhuns, 07 de novembro de 2018.
Malu Marinho Sette- Juíza de Direito
FAZ SABER a(o) José Audálio de Brito Costa , o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito,
situado à AV RUI BARBOSA, 479 - Heliópolis Garanhuns/PE Telefone: (087)3764.9074 , tramita a ação Penal - Procedimento Ordinário , sob
o nº 0002496-52.2015.8.17.0640, na qual é vítima a Sra. MARIA SIMONE DA SILVA aforada por MPPE em desfavor de JOSÉ AUDÁLIO DE
BRITO COSTA, brasileiro, solteiro, autônomo, natural de Garanhuns/PE, nascido em 04/05/1975, portador do RG 5.014.808 SDS/PE e
CPF 021.012.154-89, filho de Audálio da Costa Maximiano e de Ama Maria de Brito Costa .
Assim, fica o mesmo CITADO , para responder, por escrito, a acusação no prazo de 10(dez) dias cientificando-o das advertências
do artigo 396-A do CPP.
Art. 396 -A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Cássia M Vilela de Almeida , o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Assim, fica o mesmo INTIMADO da sentença proferida nos autos acima mencionados cujo teor é o seguinte:
SENTENÇA
Trata-se de Medida de Proteção de Urgência intitulada no art. 22, da Lei 11.340/06, requerida pela vítima Gilda Félix dos Santos, em
desfavor do seu ex-companheiro Eraldo José dos Santos.
Em 03/12/2015, este Juízo decretou medidas protetivas de urgência.
O agressor foi intimado.
É o relatório. Passo a decidir.
Não obstante à pendência de IP, é plenamente possível a extinção do procedimento com a manutenção das medidas protetivas já
aplicadas, não havendo prejuízo para as partes e havendo manutenção da proteção legal.
De fato, as Medidas Protetivas de Urgência da Lei Maria da Penha são espécie de tutela inibitória, e não cautelar. Com efeito, a
tutela inibitória traz consigo em sua causa de pedir o mérito da ação, qual seja, proteção à ameaça a direito; já a tutela cautelar, por sua vez, não
tem mérito, não possui um fim em si mesma. Prova disto é o teor do art. 15 da Lei 11.340/06, pois, acaso as medidas fossem espécie de tutela
cautelar, obrigatoriamente, deveriam ser ajuizadas no foro da ação penal principal – o que não é verdade. Ademais, se as Medidas Protetivas
de Urgência tivessem natureza cautelar, para sua existência haveria necessidade da existência de Inquérito Policial ou Ação Penal, sem o que
a mulher ficaria sem proteção judicial – o que também não é verdade.
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
I — do seu domicílio ou de sua residência;
II — do lugar do fato em que se baseou a demanda;
III — do domicílio do agressor
Assim, por sua natureza de tutela inibitória, não faz diferença para o deferimento destas Medidas Protetivas de Urgência se a vítima
registrou boletim de ocorrência ou representou criminalmente. Corrobora este entendimento o contido no art. 12, I e III, da Lei Maria da Penha,
que determina que seja colhida a representação apenas se esta for apresentada, sem prejuízo de remeter, no prazo de quarenta e oito horas,
expediente apartado ao juiz - com o pedido da ofendida acerca da concessão de medidas protetivas de urgência.
APELAÇÃO CRIMINAL - LEI MARIA DA PENHA - ARQUIVAMENTO DO PROCESSO CAUTELAR - DECISÃO QUE DESAFIA
RECURSO DE APELAÇÃO - NATUREZA CAUTELAR E AUTÔNOMA DAS MEDIDAS - NÃO COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE. 1. A
decisão que determina o arquivamento do feito cautelar, pondo termo ao processo, desafia recurso de apelação. 2. As medidas protetivas são
autônomas, no entanto, para seu deferimento, deve restar demonstrado nos autos a sua necessidade e urgência. V.V.P.APELAÇÃO CRIMINAL
- RECEBIMENTO COMO AGRAVO DE INSTRUMENTO - APLICAÇÃO - FUNGIBILIDADE RECURSAL - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - LESÃO
CORPORAL - LEI MARIA DA PENHA - EXPEDIENTE APARTADO DE MEDIDAS PROTETIVAS - DESINTERESSE NA REPRESENTAÇÃO
CRIMINAL - IRRELEVÂNCIA - PROCEDIMENTO AUTÔNOMO - CARÁTER SATISFATIVO - VIABILIDADE - PROTEÇÃO - INTEGRIDADE FÍSICA
DA VÍTIMA - RECURSO PROVIDO. - As decisões que extinguem ou indeferem as medidas protetivas de urgência não são definitivas e, por isso,
devem ser combatidas por meio de agravo de instrumento, conforme disposição no art. 13, da Lei nº 11.340/2006 c/c o art. 162, § 2º, e art. 522
e seguintes do CPC. - As medidas protetivas abarcadas pela Lei Maria da Penha têm natureza autônoma, de caráter satisfativo, devendo por
isso, produzir efeitos enquanto perdurar uma situação de perigo que ensejou o requerimento de proteção do Estado e, não apenas enquanto for
manejada uma persecução criminal contra o suposto ofensor.
(TJ-MG - APR: 10024101617181001 MG , Relator: Jaubert Carneiro Jaques, Data de Julgamento: 03/09/2013, Câmaras Criminais /
6ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 11/09/2013)
Por todo o exposto, extingo o processo em epígrafe mantendo as medidas protetivas aplicadas.
Notifique-se a ofendida.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Após a notificação da vítima, ou da certificação do mandado cumprido negativamente, intime-se pessoalmente o autuado
(comunicando-lhe que, caso haja descumprimento das medidas aplicadas, será decretada sua prisão).
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Cássia M Vilela de Almeida, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
FAZ SABER a(o) GILDA FELIX DOS SANTOS, o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado
à AV RUI BARBOSA, 479 - Heliopolis Garanhuns/PE Telefone: (087)3764.9074, tramita a ação de Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da
Penha, sob o nº 0006886-65.2015.8.17.0640, sendo vítima Gilda Felix dos Santos e indiciado Eraldo José dos Santos.
Assim, fica a mesma INTIMADA para, no prazo de 48 horas, compareça em Juízo e, justificada e pormenorizadamente, indique sobre
a necessidade de manutenção das medidas protetivas.
E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Cássia M Vilela de Almeida, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
Processo nº 0003153-37.2017.8.17.2640
REQUERENTE: MARIA APARECIDA FATIMA DA SILVA
REQUERIDO: CIPRIANO DOS SANTOS
DESPACHO R.H. Decreto a revelia do réu. Publique-se. GARANHUNS, 29 de novembro de 2018. Maria Betânia Duarte Rolim. Juiz(a)
de Direito
Processo nº 0003518-57.2018.8.17.2640
AUTOR: FRANCISCO DA SILVA
RÉU: DANIELE DE MELO MORAES
DESPACHO
R.H.
Decreto a revelia da ré. Publique-se, nos termos do artigo 346 do Código de Processo Civil.
Após, voltem-me os autos conclusos para sentença.
Juiz(a) de Direito
1ª, 2ª e 3ª PUBLICAÇÕES
Processo nº 0001996-92.2018.8.17.2640
REQUERENTE: MARIA VERONICA DA SILVA PONTES
REQUERIDO: MARIA DO CARMO PAES SILVA
SENTENÇA Vistos, etc. Trata-se de Ação de Interdição proposta por MARIA VERÔNICA DA SILVA PONTES , por meio de Defensor Público,
em face de MARIA DO CARMO PAES SILVA , aduzindo que é filha da interditanda e que esta não possui condições de exercer, por si só, os
atos da vida civil. Com a inicial vieram os documentos ID Num.28609988. Curatela provisória deferida por meio da decisão ID Num.28954577.
Ofício informando a inexistência de bens em nome da interditanda ID Num.29333881. Citação da curatelanda ID Num.30054420. Audiência de
entrevista da interditanda ID Num.30938003. A interditanda deixou transcorrer in albis o prazo para impugnação (ID Num.31971208). Nomeado
curador, este se manifestou por meio da contestação ID Num.33173759. Laudo Pericial ID Num.37459009. Parecer do Ministério Público opinando
pela procedência do pedido ID Num.38167452. É o relatório. Decido. Trata-se de Ação de Interdição proposta por MARIA VERÔNICA DA SILVA
PONTES, por meio de Defensor Público, em face de MARIA DO CARMO PAES SILVA. A curatela objeto destes autos representa instituto
assistencial, de amparo e proteção, com encargo deferido por lei a alguém para reger uma pessoa e administrar seus bens, quando esta não
pode fazer por si própria, em razão de deficiência, que a torne incapaz para prática de atos da vida civil. Com a entrada em vigor do Estatuto
da Pessoa com Deficiência (Lei n. 13.146/2015), houve grande mudança no sistema das incapacidades regido pelo Código Civil, bastando dizer,
por ora, que não há mais incapacidade absoluta para pessoa maior de idade , porquanto o art. 3º do CC foi alterado para admitir como pessoa
absolutamente incapaz somente o menor de 16 anos. O art. 2º do Estatuto define pessoa com deficiência como sendo “(...) aquela que tem
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Vê-se, pois, que a pessoa com deficiência
tem capacidade plena para prática de todos os atos da vida civil, especialmente os chamados atos existenciais, os quais estão elencados nos
arts 6º e 85 do Estatuto. [1] No entanto, excepcionalmente, uma pessoa com deficiência pode ser relativamente incapaz, mas tão somente para
a prática dos atos patrimoniais ou negociais e ficarão sujeitos à curatela neste último caso . No caso sob exame, a interdição foi requerida de
forma a declarar a interdição do promovido, por apresentar doença mental que o torna incapaz para todos os atos da vida civil, o que não é mais
possível a não ser sob sua forma relativa. Neste diapasão, o art. 1.767, I, do Código Civil, com redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015 , elenca
as pessoas sujeitas à curatela, entre elas, “aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade”.
Primeiramente, é de observar que a parte autora é legítima para requerer a curatela, pois se encontra dentro do rol de pessoas que podem
e devem requerer a aplicação do instituto assistencial, estatuído no art. 1.768, do Código Civil, na condição de filha da interditanda. Ademais, as
provas emanadas dos autos apontam no sentido de que a parte requerente é a pessoa mais apta a fornecer cuidados ao interditando, reunindo
em si todas as condições para o encargo na ausência de outro parente que possa assumi-lo. Os elementos de prova emanados dos autos,
especialmente o laudo médico ID Num.37459009 – o qual concluiu que o(a) interditando(a) possui Demência Não Especificada ( CID 10 –
F 03 ) – bem como o interrogatório do interditando em juízo, apontam que este não tem suficiente compreensão do mundo ao seu redor, sendo
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incapaz de levar uma vida totalmente independente, enquadrando-se, pois, perfeitamente na hipótese legal do art. 1.767, I, e art. 4º, III, do CC/02.
Neste caso, na égide do sistema atual trazido pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, não cabe mais ao juiz aferir se há incapacidade absoluta
ou relativa, mas se existe ou não incapacidade relativa para os atos negociais ou patrimoniais, mas na presente hipótese, entendo que os autos
indicam que aquele possui incapacidade absoluta , vez que, em razão de sua doença mental, é incapaz de reger sua pessoa e seus bens em todos
os atos da vida civil. Sendo assim, como não se pode ir pela a incapacidade absoluta, reconhece-se aquela incapacidade relativa, o que enseja
sua assistência através da figura do curador. Pois bem, estamos dentro de um impasse: se devido ao alto grau de deficiência mental o curatelado
não puder exprimir sua vontade, como vai praticar o ato em conjunto com o curador? Esta é umas das intrincadas questões não resolvidas pelo
Estatuto. Tal embate, na visão do Juiz e Professor Atalá Correa, enseja “ uma hibridização de institutos, para que se admita a existência de
incapacidade relativa na qual o curador representa o incapaz, e não o assiste” , o que realmente causa perplexidade, não se encontrando no
ordenamento jurídico outra solução ou resposta. Na hipótese dos autos, a deficiência do interditando, Demência Não Especificada ( CID 10 –
F 03 ), realmente o priva da possibilidade de manifestação de sua vontade, razão por que o curador irá representá-lo nos atos patrimoniais,
sem poder praticar atos de disposição sem autorização judicial , o que pode causar estranheza, mas não vislumbro outra solução razoável e
adequada ao presente caso concreto. Destarte, comprovado nos meandros processuais que o interditando sofre de deficiência de tal sorte que o
impede de praticar por si só os atos patrimoniais da vida civil, evidencia-se que o pedido tem em parte amparo no ordenamento jurídico. De resto
salienta-se, por oportuno, que não se evidenciou nos autos a existência de bens em nome da interditanda , pelo que, nos precisos termos
do art. 1.190, do CPC/73 , não há necessidade da especialização da hipoteca legal. EX POSITIS , e considerando tudo o mais que consta dos
autos, com base no art. 1.767 e seguintes do Código Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido constante da inicial para declarar a incapacidade
civil relativa da interditanda (art. 4º, III, CC/02) para a prática tão somente de atos meramente patrimoniais ou negociais, sendo plenamente
capaz para os demais atos da vida civil, pelo tempo que perdurar a sua deficiência, e, em consequência, DECRETO A INTERDIÇÃO RELATIVA
de MARIA DO CARMO PAES SILVA , nascido(a) em 29/11/1939, RG 1.214.041 SSP/PE , nomeando-lhe curadora, sob compromisso, a
requerente MARIA VERONICA DA SILVA PONTES, RG 3.847.665 SSP/PE , o qual exercerá a curatela de modo a representá-lo nos atos
patrimoniais ou negociais (art. 85, caput , do Estatuto), sem poder praticar por ele atos de disposição sem autorização judicial, tais
como efetuar saques em conta poupança ou conta de investimentos, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser
demandado, e, em geral, os atos que não sejam de mera administração (art. 1.772 do Código Civil, com as alterações da Lei 13.146, de 6 de julho
de 2015).Tome-se por termo o compromisso nos autos e em livro próprio, constando as limitações da curatela acima descritas, após a inscrição
desta Sentença do “Livro E” do Cartório do Registro Civil- 1ª Zona Judiciária da Comarca de Garanhuns. Oficie-se. Cientifique a curadora de
que os valores eventualmente recebidos da entidade previdenciária, em decorrência da presente interdição, deverão ser aplicados na
saúde, alimentação e bem-estar do interditado. Cumpra-se o disposto no art. 755 do CPC. Publique-se imediatamente na rede mundial
de computadores , no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça , onde
permanecerá por 6 (seis) meses, na imprensa local, 1 (uma) vez, e na Imprensa Oficial por três vezes, com intervalo de dez dias, constando
do edital os nomes do interdito e do curador, a causa da interdição, os limites da curatela e, não sendo total a interdição, os atos que o interdito
poderá praticar autonomamente , conforme dispõe o Art. § 3° do Art. 755 do CPC . Deixo de informar ao Cartório Eleitoral correspondente a
esta Comarca, para suspensão dos direitos políticos do curatelado, uma vez que se trata de ato existencial (arts. 6º e 85, §1º, do EPD) para o qual
tem capacidade plena. Cumpridas as formalidades legais, arquive-se com baixa. Condeno o requerente no pagamento de custas processuais,
nos termos do artigo 88 do CPC, ficando suspensa a exigibilidade do crédito, considerando que a mesma foi beneficiária da justiça gratuita,
nos termos do artigo 98, parágrafo 2. Do CPC. Publique-se. Registre-se.Intime-se a curadora nomeada e seu advogado, o curador especial e
cientifique à representante do MP. Cumpridas as formalidades legais, arquive-se. [ 1] Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da
pessoa, inclusive para: I - casar-se e constituir união estável; II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; III - exercer o direito de decidir sobre
o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; IV - conservar sua fertilidade, sendo
vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e VI - exercer o direito à guarda, à tutela,
à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. (...) Art. 85. A curatela afetará tão
somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial. § 1o A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo,
à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto. § 2o A curatela constitui medida extraordinária, devendo
constar da sentença as razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado. § 3o No caso de pessoa em situação de
institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com
o curatelado. GARANHUNS, 03 de dezembro de 2018 MARIA BETÂNIA DUARTE ROLIM Juiz(a) de Direito
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Com base no Art. 755, § 3º, do CPC, pelo presente, para os devidos fins de Direito, PUBLICO por 03 (três) vezes, com interstício de 10 dias,
no DJE (Diário da Justiça Eletrônico), e, consequentemente na rede mundial de computadores e no site do Tribunal de Justiça de Pernambuco
a SENTENÇA de INTERDIÇÃO a seguir relacionada, ficando as partes, seus respectivos advogados e procuradores e a quem mais interessar
devidamente intimados. Garanhuns/PE, 04 de Dezembro de 2018. Eu, Leonardo Queiroga da Silveira, Chefe de Secretaria da 2ª Vara de Família
e Registro Civil. Expedi, digitei e encaminhei para publicação no DJ-e.
Processo nº 0000041-60.2017.8.17.2640
REQUERENTE: CLAUDEMIR DE MELO MATIAS
REQUERIDO: CARLOS ANDRE BEZERRA DE SOUZA
SENTENÇA
Trata-se de Ação de Interdição proposta por Claudemir de Melo Matias, assistido por advogados devidamente habilitados nos autos, em que
requer a interdição de Carlos André Bezerra de Souza, todos qualificados na inicial. Aduziu em apertada síntese que o interditando é seu cunhado,
e que em vista do falecimento dos seus genitores, é a única pessoa responsável por cuidar do mesmo, e que aquele é portador de deficiências
mentais, e que em virtude destas, não possui o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil, conforme narrativa da exordial,
Id. 16592001 .
Com a inicial acostou os documentos que considerou necessários a comprovar suas alegações, dentre eles, laudo médico de Id. 16592237.
Despacho inicial designando data de entrevista do interditando e outras determinações inerentes a processos dessa natureza, Id.
16600056, verificando-se na sequência, os expedientes para intimação das partes e advogados, e ofícios para cumprimento das diligências
ordenadas pelo Juízo.
Manifestação pelo Ministério Público requerendo diligências, id. 16901023
Certidão da diligência realizada na residência das partes, id. 17075944.
Manifestação pela advogada do requerente, prestando esclarecimentos requisitados pelo Juízo, id. 17604540.
Termo de audiência de entrevista do interditando, Id. 18658296.
Instada a se manifestar sobre o pedido de curatela provisória, a representante do Ministério Público não apresentou qualquer
manifestação, conforme certidão de Id. 25015209.
Decisão concedendo a curatela provisória do interditando em favor do requerente, Id. 26765800.
Apresentação de contestação, por negativa geral, Id. 25960320.
Termo de curatela provisória, Id. 26765800.
Nomeação de perito para realização da perícia médica no interditando, Id. 28389810.
Laudo da perícia médica, Id. 30924359
Manifestação do Ministério Público, opinando pela concessão da curatela do interditando nos moldes pleiteados na exordial, Id.
35799426.
É o RELATÓRIO. DECIDO.
A curatela objeto destes autos representa instituto assistencial, de amparo e proteção, com encargo deferido por lei a alguém para
reger uma pessoa e administrar seus bens, quando esta não pode fazer por si própria, em razão de deficiência, que a torne incapaz para prática
de atos da vida civil.
Com a entrada em vigor do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n. 13.146/2015), houve grande mudança no sistema das
incapacidades regido pelo Código Civil, bastando dizer, por ora, que não há mais incapacidade absoluta para pessoa maior de idade, porquanto
o art. 3º do CC foi alterado para admitir como pessoa absolutamente incapaz, somente o menor de 16 anos.
O art. 2º do Estatuto da Pessoa com Deficiência, define pessoa com deficiência como sendo:
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“(...) aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Vê-se, pois, que a pessoa com deficiência tem capacidade plena para a prática de todos os atos da vida civil, especialmente os
chamados atos existenciais, os quais estão elencados nos arts 6º e 85 do Estatuto. 1 [1] No entanto, excepcionalmente, uma pessoa com
deficiência pode ser relativamente incapaz, mas tão somente para a prática dos atos patrimoniais ou negociais e ficarão sujeitos à curatela neste
último caso.
No caso em comento, a interdição foi requerida de forma a declarar a interdição do promovido, por apresentar doença mental que o
torna incapaz para todos os atos da vida civil, o que não é mais possível, a não ser sob sua forma relativa.
Neste diapasão, o art. 1.767, I, do Código Civil, com redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015 , elenca as pessoas sujeitas à curatela,
entre elas, “aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade”.
Primeiramente, é de observar que o requerente é parte legítima para requerer a curatela, pois se encontra dentro do rol dos legitimados
a requerer a aplicação do instituto assistencial, estatuído no art. 1.768, do Código Civil, sendo cunhado do interditando.
Os elementos de prova emanados dos autos, especialmente o atestado médico de Id. 16592237, e Id. 16592298, associado às
informações contidas no Laudo da perícia Médica de Id. 30924359, o qual concluiu que o interditando possui ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE,
moléstia descrita no (CID 10 – F 20.0 ), e que a enfermidade é de caráter permanente, e que em virtude de tal moléstia não tem condições de
realizar trabalho remunerado, nem de gerir bens ou negócios, e apontam no sentido de que apesar de o interditando assimilar alguns aspectos
da vida ao seu redor, é incapaz de levar uma vida independente, e que necessita de curador para todos os atos da vida civil, enquadrando-se,
pois, perfeitamente na hipótese legal do art. 1.767, I, e art. 4º, III, do CC/02.
Por outro lado, as informações do resultado da diligência realizada na residência do interditando, indicam que o requerente é cunhado
do interditando, e auxiliado por Joseilda de Souza (irmã do interditando), é a pessoa responsável por todos cuidados dos quais o interditando
necessita, sendo responsável por leva-lo ao médico (terapia), toda sexta-feira, providenciando sua medicação e de ministrar seus medicamentos,
bem como cuidar da sua alimentação, havendo a informação de que não gosta de tomar banho, trocar de roupas e só quem consegue fazê-lo
tomar banho é o autor, , e ainda, que apesar de o interditando morar em local diverso daquele em que mora o requerente, este vai todos os dias à
casa daquele, constatando-se que o curador provisório reúne em si todas as condições para o múnus da curatela, e detém condições de prestar
os cuidados dos quais o cunhado/interditando necessita, sendo dispensável, portanto, a colheita de outras provas em audiência, nos termos do
disposto no Art. 355, Inciso I do CPC, que assim dispõe:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
A jurisprudência tem pacificado entendimento quanto a realização de audiência de instrução e julgamento, nas ações de interdição,
posicionando-se que, após a apresentação do laudo médico, o juiz só designará audiência de instrução e julgamento, se houver necessidade de
esclarecimentos do perito sobre o laudo, ou para inquirir testemunhas, se houver.
No caso em tela, após a juntada do laudo da perícia médica, instada a se manifestar, a representante do Ministério Público não
requereu audiência de instrução e julgamento, opinando pela concessão da curatela definitiva do interditando em favor do requerente, nos moldes
constantes do Parecer de Id. 35799426.
EX POSITIS, e considerando tudo o mais que consta dos autos, com base no art. 1.767 e seguintes do Código Civil, JULGO EM PARTE
PROCEDENTE o pedido constante da inicial para declarar a incapacidade civil relativa do interditando, Carlos André Bezerra de Souza (art. 4º,
III, CC/02), para a prática tão somente de atos meramente patrimoniais ou negociais, sendo plenamente capaz para os demais atos da vida
civil, pelo tempo que perdurar a sua deficiência, e, em consequência, DECRETO A INTERDIÇÃO RELATIVA de CARLOS ANDRÉ BEZERRA
DE SOUZA, brasileiro, solteiro, carteira de identidade nº 8.494.232 –SDS-PE e do CPF nº 096.277.854-07, nomeando-lhe como curador, sob
compromisso a ser prestado perante este Juízo, a pessoa da requerente, CLAUDEMIR DE MELO MATIAS, brasileiro, solteiro, portador(a) da
carteira de identidade nº 5.405.913 SDS- PE e do CPF nº 030.563.434-88, o qual exercerá a curatela de modo a assisti-lo nos atos patrimoniais
ou negociais (art. 85, caput, do Estatuto), sem poder praticar pelo interditado, atos de disposição, sem autorização judicial, tais como efetuar
saques em conta poupança ou conta de investimentos, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, e, em geral, os atos que não sejam
de mera administração (art. 1772 do Código Civil, com as alterações da LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.).
Cientifique o curador de que os valores eventualmente recebidos da entidade previdenciária, em decorrência da interdição, deverão
ser aplicados na saúde, alimentação e bem-estar do interditado.
[1] Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento
familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas .
(...)
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
§ 1o A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde,
ao trabalho e ao voto.
§ 2o A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e motivações de sua definição, preservados
os interesses do curatelado.
§ 3o No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo
de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado .
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Esta sentença servirá como MANDADO DE AVERBAÇÃO, devendo o Oficial do Cartório do Registro Civil – 1ª. Zona judiciária da
Comarca de Garanhuns (PE), promover a averbação no Livro E, da presente INTERDIÇÃO, devendo ainda ser oficiado ao Cartório do Registro
Civil competente desta Comarca (Id. 16592106), para averbação junto à Certidão de nascimento do interditado, CARLOS ANDRÉ BEZERRA DE
SOUZA, LIVRO A- 44 – FL. 195 – TERMO 23321.
Tome-se por termo, o compromisso nos autos e em livro próprio, constando as limitações da curatela acima descritas, após a inscrição
desta Sentença no LIVRO “E” do Cartório do Registro Civil - 1ª. Zona Judiciária da Comarca de Garanhuns ( Art. 93, § único da Lei 6015/73).
Oficie-se.
Cumpra-se o disposto no Art. 755 do CPC. Publique-se esta sentença, imediatamente, na rede mundial de computadores, no sítio do
Tribunal de Justiça de PE e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 06 (seis) meses, na imprensa local,
1 (uma) vez, e na Imprensa Oficial por três vezes, com intervalo de dez dias, constando do edital os nomes do interditado e da curadora, a causa
da interdição, os limites da curatela e, não sendo total a interdição, os atos que o interditado poderá praticar autonomamente.
Deixo de informar ao Cartório Eleitoral correspondente a esta Comarca, para suspensão dos direitos políticos da curatelada, uma vez
que se trata de ato existencial (arts. 6º e 85, §1º, do EPD) para o qual tem capacidade plena.
Condeno o requerente no pagamento das custas processuais, nos termos do Art. 88 do CPC, ficando suspensa a exigibilidade do
crédito, considerando que a mesma foi beneficiária dos auspícios da Justiça gratuita, nos termos do Art. 98, § 2° do CPC.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se os advogados do requerente, o curador especial, e cientifique à representante do Ministério
Público. Cumpridas as formalidades legais, arquive-se.
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Processo nº 0001562-06.2018.8.17.2640
EXEQUENTE: ESTADO DE PERNAMBUCO, PGE - PROCURADORIA DO CONTENCIOSO CÍVEL
EXECUTADO: ALMEIDA & BARROS ALIMENTOS LTDA - EPP
(A) Exmo.(a) Sr.(a) Juiz(a) de Direito da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Garanhuns, em virtude de Lei, etc. FAZ SABER ao
representante legal da empresa ALMEIDA & BARROS ALIMENTOS LTDA - EPP , a(o)(s) qual(is) se encontra(m) em local incerto e não sabido
que, neste Juízo de Direito, situado à AV RUI BARBOSA, 479, - até 1061 - lado ímpar, HELIÓPOLIS, GARANHUNS - PE - CEP: 55295-530,
tramita a ação de EXECUÇÃO FISCAL (1116), Processo Judicial Eletrônico - PJe 0001562-06.2018.8.17.2640 , proposta por EXEQUENTE:
ESTADO DE PERNAMBUCO, PGE - PROCURADORIA DO CONTENCIOSO CÍVEL. Assim, fica(m) a(o)(s) ré(u)(s) CITADO em face de ser
devedor da quantia de R$ 11.745,67 (ONZE MIL E SETECENTOS E QUARENTA E CINCO REAIS E SESSENTA E SETE CENTAVOS) referente
Certidão de Dívida Ativa, sob o nº 58710/17-5 de 21.08.2017. Assim, fica o mesmo CITADO para que no prazo de 5 (cinco) dias (Lei 6830/80,
art. 8º, caput ), pague o principal, acessórios, verba advocatícia e despesas processuais ou efetue a garantia do juízo através de: a) depósito
em dinheiro; b) fiança bancária; ou, c) nomeação de bens à penhora, observada a gradação estabelecida no art. 11, da Lei 6.830/80, provando-
os de sua propriedade, livres e desembaraçados, facultando-se, a posteriori , a interposição de embargos, em 30 (trinta) dias. Não ocorrendo o
pagamento nem a garantia do juízo, proceder-se-á a penhora ou arresto dos bens do devedor, nos termos dos arts. 10 e 11, do aludido texto de
Lei. E para que chegue ao conhecimento do Executado, como de todos os demais interessados, foi determinada a lavratura do presente, com
sua publicação na sede deste Juízo, bem como uma única vez, no Diário da Justiça do Estado. Observação : O presente processo tramita de
forma eletrônica através do sistema PJe. Independentemente de cadastro prévio, a parte/advogado poderá realizar consulta através do seguinte
endereço eletrônico: https://pje.tjpe.jus.br/1g/ConsultaPublica/listView.seam . A tramitação desta ação deverá ser feita através do referido sistema,
sendo necessária a utilização de Certificação Digital. As instruções para cadastramento e uso do sistema podem ser obtidas através do seguinte
endereço na internet: http://www.tjpe.jus.br/web/processo-judicial-eletronico/cadastro-de-advogado . E, para que chegue ao conhecimento de
todos, partes e terceiros, eu, ANTONIO MANUEL DA SILVA JUNIOR, o digitei e submeti à conferência e assinatura(s). GARANHUNS, 05 de
dezembro de 2018. GLACIDELSON ANTONIO DA SILVA. Juiz(a) de Direito
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Expediente n. 788/2018
Edital n. 01/2018 – Referente ao exercício de 2019
A Excelentíssima Dra. Karla Fabíola Rafael Peixoto Dantas, Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal de Garanhuns/PE, em virtude da lei,
etc...
CONSIDERANDO o disposto no Provimento nº 06/2013 da Corregedoria Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco,
combinado com a Resolução nº 101/2009 e o teor da Resolução nº 154/2012, ambas do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, que dispõem sobre
a política institucional do Poder Judiciário na utilização dos recursos oriundos das medidas e penas de prestação pecuniária,
FAZ SABER, pelo presente Edital, e torna pública a ABERTURA DE PRAZO PARA SELEÇÃO DE ENTIDADES A SEREM BENEFICIADAS
EM VIRTUDE DE PRESTAÇÕES PECUNIÁRIAS decorrentes das penas e medidas provenientes dos processos/procedimentos do Juizado
Especial Criminal de Garanhuns/PE:
1. DO OBJETO:
a) a promoção pessoal de integrantes das entidades beneficiárias e para pagamento de quaisquer espécies de remuneração aos seus membros;
b) para fins político-partidários;
c) a entidades que não estejam regularmente constituídas, de forma a impedir a responsabilização caso haja desvio de finalidade.
2. DO CADASTRAMENTO:
2.1. A entidade deverá requerer seu cadastro junto a Secretaria do Juizado Especial Criminal de Garanhuns/ PE, instruindo-o com os seguintes
documentos:
a) fotocópia legível do estatuto social ou contrato social atualizado e seu registro em cartório;
b) fotocópia da ata de eleição da atual diretoria ou do ato de nomeação de seu diretor;
c) fotocópia do RG e CPF dos integrantes do quadro de diretores, sócios ou administradores;
d) certificado do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
e) dados bancários com indicação do CNPJ;
f) comprovantes de regularidade fiscal junto às Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal;
g) certidão negativa relativa a débitos previdenciários;
h) certidão de regularidade do FGTS, obtida perante a Caixa Econômica Federal, com a especificação do prazo de validade;
i) certificado de regular funcionamento emitido pelo Conselho Municipal, que regula a área de atuação da entidade;
j) Apresentação do e-mail da instituição e do número do telefone;
k) apresentação de projeto na área de sua respectiva atuação.
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Parágrafo único. O requerimento de cadastro estará disponível na Secretaria do Juizado Especial Criminal de Garanhuns, situada na Avenida
Rui Barbosa, nº 479 - Fórum Ministro Eraldo Gueiros Leite, Garanhuns/PE, CEP: 55295-530.
2.2. Os documentos deverão ser entregues EXCLUSIVAMENTE na Secretaria do Juizado Especial Criminal, dentro do horário do expediente
(das 07h00min às 13h00min), em envelope LACRADO, com a seguinte especificação:
“JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE GARANHUNS/ PE. CADASTRO - EDITAL Nº 01/2018. ENTIDADE: (RAZÃO SOCIAL, ENDEREÇO
ATUALIZADO E TELEFONE)”.
2.3. O prazo para as entidades se cadastrarem será do dia 02/01/2019 ao dia 15/02/2019.
2.4. Serão elegíveis as entidades e instituições públicas ou privadas que possuam finalidade social e que consigam comprovar a atuação no
Município de Garanhuns/ PE.
3. DO PROJETO:
3.1. O projeto, com modelo disponível na Secretaria do Juizado Especial de Garanhuns/PE, deverá conter as seguintes informações:
a) identificação do projeto a ser executado;
b) atividades ou etapas de execução;
c) resultados pretendidos;
d) indicadores de desempenho do projeto e metas a serem atingidas, bom como a data final para a sua efetiva execução ou implementação;
e) beneficiários do projeto;
f) custos da implementação do Projeto;
g) custos da manutenção do Projeto;
h) cronograma de desembolso;
i) indicação dos dados bancários do beneficiário, número de conta corrente, agência e banco, para a pretensão do crédito.
§1º A inexatidão ou ausência de informação referente aos dados enumerados no item acima e no item 2.1 terá de ser justificada pelo proponente
e, excepcionalmente, poderá, em decisão fundamentada, ser dispensada ou considerada suprida pela Comissão Julgadora.
3.2. O projeto deve ser acompanhado de 03 (três) orçamentos referentes ao mesmo objeto de aquisição, e que sejam originais, legíveis, contendo
o nome de um responsável devidamente identificado.
3.3. Deferido o financiamento do projeto apresentado, o repasse ficará condicionado à assinatura de termo de responsabilidade de aplicação
dos recursos, a ser assinado pelo representante da instituição pública ou privada beneficiária, na Secretaria do Juizado Especial Criminal de
Garanhuns/PE.
4. DA SELEÇÃO:
4.1. Os projetos serão avaliados em 02 (duas) etapas: análise administrativa e análise do projeto, ambas de caráter eliminatório.
4.2. A análise administrativa consistirá na verificação da documentação, no item 2.1 deste Edital. A documentação será analisada em relação à
legislação e ao presente Edital, nos dias 18/02/2019 a 22/02/2019, e será realizada pela Secretaria do Juizado Especial Criminal de Garanhuns/
PE.
4.3. A análise do projeto também será realizada entre os dias 18/02/2019 a 22/02/2019, consistindo na avaliação dos seguintes critérios:
a) oportunidade para o voluntariado: mantém, por maior tempo, um número expressivo de cumpridores de prestação de serviços à comunidade
ou entidade pública;
b) atua diretamente na execução penal: assistência à ressocialização de apenados, assistência às vítimas de crimes e prevenção da criminalidade,
incluídos os conselhos da comunidade;
c) relevância social: apresenta diagnóstico social que justifique sua atuação e o grau de importância dessa atuação;
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d) viabilidade: apresenta projeto com viabilidade de implementação, segundo a utilidade e a necessidade, obedecendo-se aos critérios
estabelecidos nas políticas públicas específicas. Ainda, se dispõe de equipe técnica, capacidade operacional e institucional viáveis, em relação
ao objetivo proposto, contando com outros recursos financeiros próprios ou de parceiros;
e) abrangência: quantitativo de beneficiários;
f) potencial de continuidade: desenvolve alternativas para a manutenção/continuidade do projeto;
g) avaliação de processos e resultados: apresentar indicadores a respeito da atividade desenvolvida e do projeto proposto.
4.4. Os projetos serão avaliados pela Comissão Julgadora, composta pela Juíza de Direito e 02 (dois) servidores do Juizado Especial Criminal
de Garanhuns/PE, e por membro do Ministério Público Estadual em exercício na referida Unidade Judiciária, em posterior análise.
4.5. Para ser aceito, o projeto deverá ser aprovado na avaliação dos critérios do item 4.3.
4.6. Os componentes da comissão de avaliação do projeto poderão, a seu critério, fazer visitas às entidades, a fim de colher informações
necessárias ao julgamento.
5.1. Serão cadastradas e estarão habilitadas as instituições que apresentarem toda a documentação constante no item 2.1 e forem aprovadas
no projeto, conforme critérios de seleção (item 4).
5.2. A listagem com o resultado final será afixada no átrio do Juizado Especial Criminal de Garanhuns e publicada no Diário de Justiça Eletrônico
do Tribunal de Justiça de Pernambuco, disponível por meio do sítio: www.tjpe.jus.br , no dia 28/02/2019.
5.3. Preenchidos os requisitos e as finalidades previstas em lei, a unidade gestora poderá homologar o projeto submetido.
6.1. O valor arrecadado será distribuído de forma equânime, de acordo com o número de entidades cadastradas, sendo vedada a destinação
de todo o recurso arrecadado a uma única entidade.
6.2. O repasse do numerário deverá ser feito, exclusivamente, mediante expedição de alvará, de forma parcelada, à medida que o projeto for
sendo desenvolvido e as contas forem sendo prestadas pela entidade beneficiária.
6.3. Caberá à Secretaria do Juizado Especial Criminal de Garanhuns/PE realizar levantamento semestral dos valores depositados nas contas
judiciais e, assim, promover a distribuição equânime que trata o item 6.1, devendo criar pasta própria para promover o arquivamento de toda
documentação comprobatória de tal mister.
7. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS:
7.1. Após a liberação do valor pela unidade gestora, a entidade beneficiária terá o prazo de 30 (trinta) dias, para prestar contas, sob pena de
enquadramento da conduta do seu representante legal em crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Código Penal, podendo gerar,
ainda, responsabilidade civil e penal, em caso de desvio.
7.2. A prestação de contas deverá ser a mais completa possível, com a apresentação de balanços, notas fiscais eletrônicas, em conformidade
com os Decretos Estaduais de números 43.733 /2016 e 44.650/2017 , este atualizado pelo Decreto de número 46.087/2018, fotografias e
outras provas que se justifiquem pela natureza do projeto. Caso o projeto englobe mão-de-obra, o ISS deverá ser recolhido junto à Prefeitura e,
posteriormente, a entidade deverá apresentar a competente nota fiscal eletrônica.
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7.3. As prestações de contas apresentadas em desacordo com as determinações do presente Edital serão rejeitadas , ao tempo em que
a Comissão Julgadora avaliará o possível enquadramento das seguintes penalidades: desclassificação da entidade, devolução da quantia
pecuniária recebida e demais medidas cabíveis.
7.4. Caso seja detectada alguma irregularidade na prestação de contas, a entidade poderá ser notificada para apresentar, no prazo de 05 (cinco)
dias, o competente aditivo, sob pena de enquadramento do crime previsto no art. 330 do Código Penal, à luz do ítem 7.1 deste Edital.
Parágrafo único – A homologação da prestação de contas será precedida de manifestação do Ministério Público, responsável pela fiscalização
do cumprimento das penas e medidas alternativas.
8.1. O Juizado Especial Criminal de Garanhuns/PE, entendido como unidade gestora, é o responsável pela administração da conta judicial aberta
junto à Caixa Econômica Federal (CEF), exclusiva para o fim de depósito da prestação pecuniária.
8.2. O recolhimento dos valores de prestação pecuniária, pagos em conta judicial vinculada à unidade gestora, terá movimentação apenas por
meio de alvará judicial.
8.4. A inexatidão das afirmativas ou irregularidades em documentos, ainda que verificadas posteriormente, eliminará a entidade da seleção,
anulando-se todos os atos decorrentes da inscrição.
8.5. O cadastramento das instituições não obriga a unidade gestora a firmar termo de convênio.
8.6. Toda documentação (prestações de contas, aditivos, pleitos, justificativas, etc) entregue na Secretaria desta Unidade Judiciária, durante
a vigência deste Edital, deverá ser apresentada em um envelope lacrado constando o endereçamento ao Juizado com referência ao Edital n.
01/2018, o nome da entidade e o assunto, sob pena de não ser recepcionada ;
8.7. Todas as comunicações e solicitações, provenientes da Comissão Julgadora, durante a vigência deste Edital, serão efetuadas
EXCLUSIVAMENTE mediante e-mail institucional ( jecrim.garanhuns@tjpe.jus.br ), devendo-se observar o seguinte:
Com a leitura do e-mail, os representantes das entidades deverão imediatamente acusar recebimento;
É obrigatória a consulta regular à caixa de e-mail, bem como, por cautela, à lixeira eletrônica e à caixa de spam, com o intuito de verificar
eventual comunicação/pleito da Comissão Julgadora;
Caso o representante legal da entidade não acuse recebimento nas 72 (setenta e duas) horas posteriores ao encaminhamento, a mensagem
automaticamente será considerada como lida e eventual prazo consignado no texto do e-mail começará a fluir.
8.8. A inscrição da entidade implicará ciência e aceitação das condições estabelecidas neste Edital, das quais não poderá alegar
desconhecimento.
8.9. Os casos omissos, ou seja, aqueles que porventura não foram contemplados neste Edital, serão resolvidos por meio das disposições
expressas nas Resoluções números 101/2009 e 154/2012, ambas, do Conselho Nacional de Justiça e do Provimento nº 06/2013, da Corregedoria
Geral de Justiça do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Este Edital terá validade até o dia 31/12/2019.
E para que chegue o conhecimento de todos, mandei publicar o presente Edital no Diário da Justiça Eletrônico e afixá-lo no átrio deste
Juizado Especial Criminal. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Garanhuns, Estado de Pernambuco, aos 03 de dezembro de 2018. Eu,
________________, Rodrigo Rougllas Eloi Gomes, Assessor de Magistrada – Analista Judiciário, Matrícula n. 186.265-0, digitei e subscrevo.
CRONOGRAMA:
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Goiana - 1ª Vara
Primeira Vara Cível da Comarca de Goiana
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Goiana - 2ª Vara
Segunda Vara Cível da Comarca de Goiana
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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ATO ORDINATÓRIOIntimação da parte para comparecer ao cartório para receber AlvaráProcesso nº 381-23.2000.8.174.0660 Em cumprimento
ao disposto no Provimento do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco nº 08/2009, publicado no DOPJ de 09/06/2009, e
nos termos do art. 203, § 4º do CPC de 2015, intimo a parte autora para, no prazo de 05 (cinco) dias, comparecer ao cartório para receber Alvará
expedido Goiana (PE) 05/12/2018.Ana Sílvia Graciano de AraújoTécnica Judiciária
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Processo n° 0000321-20.2018.8.17.0660
Natureza da Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário
Autor: Ministério Público
Acusado: Júlio César Bezerra de Santana
Advogado: Emiliano Eustáquio Junior OAB/PE 14.317
Acusado: José Emerson de Santana Lima
Advogado: Joaquim Pinto Lapa Filho OAB/PE 6.082
Advogado: Joaquim Pinto Lapa Neto OAB/PE 24.557
Advogado: Lays Morgana Lira de Abreu Trajano OAB/PE 41.263
Advogado: Etiene de Fátima Cruz e Silva OAB/PE 39.223
Acusado: Jailton Vasconcelos da Silva
Advogado: Wayne Vicente Antão Xavier OAB/PE 37.397
Advogado: Roque Leão Carneiro Neto OAB/PE 1469-B
Advogado: Shannon Raphaela Rocha Galasso OAB/PE 36.437
Acusado: Isaías Pedro da Silva
Defensoria Pública Estadual
Finalidade 1: fica a Defesa intimada da expedição da Carta Precatória para a Comarca de Recife/PE, para audiência da testemunha arrolada
pela Acusação.
Finalidade 2: fica a Defesa intimada da expedição da Carta Precatória para a Comarca de Maracanaú/CE, para audiência da testemunha arrolada
pela Acusação.
Finalidade 3: fica a Defesa intimada da expedição da Carta Precatória para a Comarca de Paudalho/PE, para audiência da testemunha arrolada
pela Acusação e Defesa.
Finalidade 4: fica a Defesa intimada da expedição da Carta Precatória para a Comarca de Nazaré da Mata/PE, para audiência da testemunha
arrolada pela Acusação e Defesa.
Finalidade 5: fica a Defesa intimada da expedição da Carta Precatória para a Comarca de Lagoa de Itaenga/PE, para audiência da testemunha
arrolada pela Defesa.
DE ORDEM do Doutor Danilo Felix Azevedo, Juiz de Direito, desta Vara Criminal da Comarca de Goiana, Estado de Pernambuco,
em virtude da lei etc.
FAZ SABER a(o) acusado LUIZ GALHARDO CARLUCI, portador do RG nº 9.433.922 SDS/PE , filho de Claudio Carluci
e de Maria Auxiliadora Costa de Melo , o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado na RUA
HISTORIADOR ANTÔNIO CORREIA DE OLIVEIRA A. FILHO, s/n - Loteamento Boa Vista Goiana/PE (Telefone: (81)36268552), tramita a Ação
Penal - Procedimento Ordinário, sob o nº 0001065-15.2018.8.17.0660, aforada pela JUSTIÇA PÚBLICA, em desfavor de LUIZ GALHARDO
CARLUCI .
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Assim, fica o mesmo CITADO, querendo, apresentar resposta no prazo de 10 dias contados do transcurso deste edital, conforme o
art. 396, do CPP. Assim, ficam o(a)s mesmo(a)s CITADO(a)s E INTIMADO(a)s para, querendo, apresentar resposta a acusação, como determina
o art. 396 do Código de Processo Penal, no prazo de 10 (dez) dias, contados do transcurso deste edital. Fica, ainda, advertido(a) de que
deverá constituir advogado para a apresentação de sua defesa escrita e assisti-lo(a) em todos os atos processuais, sendo que, em não sendo
apresentada a defesa escrita no prazo fixado, será nomeado defensor dativo para a apresentação da mencionada defesa e acompanhá-los(as)
nos demais atos processuais
Síntese da peça acusatória : “(...) incurso nas penas do art. 129, § 9º do CPB c/c art. 7º, Inciso I, da Lei 11.340/06...”
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Heitor Alexis Araújo Macêdo, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
DE ORDEM do Doutor Danilo Felix Azevedo, Juiz de Direito, desta Vara Criminal da Comarca de Goiana, Estado de Pernambuco,
em virtude da lei etc.
FAZ SABER a(o) acusado ERIQUE DE OLIVEIRA ANDRADE, filho de José Amaro de Andrade e de Maria José de Oliveira da
Silva , o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado na RUA HISTORIADOR ANTÔNIO CORREIA DE
OLIVEIRA A. FILHO, s/n - Loteamento Boa Vista Goiana/PE (Telefone: (81)36268552), tramita a Ação Penal - Procedimento Ordinário, sob o nº
0003050-24.2015.8.17.0660, aforada pela JUSTIÇA PÚBLICA, em desfavor de ERIQUE DE OLIVEIRA ANDRADE .
Assim, fica o mesmo CITADO, querendo, apresentar resposta no prazo de 10 dias contados do transcurso deste edital, conforme o
art. 396, do CPP. Assim, ficam o(a)s mesmo(a)s CITADO(a)s E INTIMADO(a)s para, querendo, apresentar resposta a acusação, como determina
o art. 396 do Código de Processo Penal, no prazo de 10 (dez) dias, contados do transcurso deste edital. Fica, ainda, advertido(a) de que
deverá constituir advogado para a apresentação de sua defesa escrita e assisti-lo(a) em todos os atos processuais, sendo que, em não sendo
apresentada a defesa escrita no prazo fixado, será nomeado defensor dativo para a apresentação da mencionada defesa e acompanhá-los(as)
nos demais atos processuais
Síntese da peça acusatória : “(...) incurso nas penas do art. 180, Caput, do CPB...”
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Heitor Alexis Araújo Macêdo, o digitei e submeti à conferência e subscrição
da Chefia de Secretaria.
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Gravatá - 1ª Vara
Primeira Vara Cível da Comarca de Gravatá
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS e SENTENÇAS proferidos, por este
JUÍZO, nos processos abaixo relacionados:
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOPrimeira Vara Cível da Comarca de GravatáR.h.1. Registro inicialmente que assumi o
exercício na 1ª Vara Civil de Gravatá em 02.01.2017, encontrando o processo concluso há vários anos.2. Assim, verifico, em tese, que as partes
não possuem mais interesse no feito, face o tempo transcorrido, bem como a ausência de manifestação.3. Por conseguinte, primando pela
baixa no acervo processual, bem como pela implantação do processo judicial eletrônico, determino a intimação da parte autora, por meio do seu
advogado, via DJE, para, querendo, manifestar interesse no feito, no prazo de 15(quinze) dias, sob pena de extinção do feito, sem apreciação
do mérito.4. Transcorrido o prazo do item 3, não havendo manifestação, tornem os autos conclusos para sentença.5. Existindo requerimento da
parte autora, tornem os autos conclusos. Gravatá, 25 de julho de 2017. Luís Vital do Carmo Filho Juiz de Direito
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados da Sentença e Decisão proferidas, por este JUÍZO,
nos processos abaixo relacionados:
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Gravatá - 2ª Vara
Segunda Vara Cível da Comarca de Gravatá
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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do CPC/15. Sem custas face à concessão dos benefícios da Justiça Gratuita. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Esta sentença
tem força de mandado de registro, ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial a quem for esta decisão apresentada
promover as competentes inscrições registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de taxas ou emolumentos (art. 2° da Lei
Estadual n° 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da justiça. Gravatá 03 de abril de 2017. Dra. Brenda Azevedo
Paes Barreto Teixeira Juíza de Direito
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Ficam as partes e seus respectivos advogados e/ou procuradores INTIMADOS dos despachos/decisões/sentenças, proferidos nos processos
abaixo:
Processo nº 0000537-56.2016.8.17.0690
Classe: Ação de Concessão de Pensão por Morte
Autor: Marinalva Umbilina de Siqueira Silva
Advogado: Marcos André da Silva OAB PE031208 / Pedro Paulo do Nascimento Vital OAB PE034240
Réu: INSS
SENTENÇA . I – RELATÓRIO: MARINALVA UMBILINA DE SIQUEIRA SILVA , qualificada nos autos, propôs a presente ação previdenciária
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS , também identificado no processo , onde postula benefício de pensão
rural por morte. Alega na inicial ser viúva de José Gomes da Silva, o qual seria aposentado perante o instituto requerido, com o qual conviveu
por mais de quarenta e cinco anos. Informou, ainda, que seu então esposo teria falecido em 28/05/2016, tendo a autora protocolado requerimento
administrativo de concessão de pensão por morte junto a autarquia ré em 08/062016. Ao final, pugnou pela concessão da assistência judiciária
e julgamento procedente do pedido inicial, condenando a autarquia requerida ao pagamento do benefício de pensão por morte. Juntou os
documentos que entendeu pertinentes de fls. 07/22. Benefício da justiça gratuita concedido à fl. 24. Citada, a ré apresentou contestação e
documentos (fls. 25/48), argumentando, em suma, a não comprovação da condição de dependente da autora, pugnando pela improcedência
da ação. Réplica às fls. 50/52. Realizada audiência de instrução e julgamento, foi colhido o depoimento pessoal da autora e inquirida uma
testemunha (fls. 60/61). Alegações finais escritas, a começar pela parte autora (fls. 62/64), sendo seguida da parte ré (fl. 65). Vieram-me os autos
conclusos para desenlace. Eis o relatório sucinto do feito. II – MOTIVAÇÃO O que tudo bem visto, examinado e ponderado, passo a DECIDIR
: Demais disso, convém registrar a regularidade processual, encontrando-se o feito isento de vício ou nulidades, sem falhas a sanar, havendo
sido devidamente observados, durante a sua tramitação, os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. O presente feito versa
sobre requerimento de concessão de benefício previdenciário, com arrimo nas disposições normativas contidas na Lei. 8.213/91, onde um dos
sujeitos da relação processual se apresenta como segurado e de outro lado, o Instituto da Previdência Social. O pedido é improcedente. No
que diz respeito à questão de mérito, calha transcrever que o benefício de pensão por morte é devido ao conjunto de dependentes do segurado,
enquanto perdurar essa situação de dependência (Lei n.º 8.213/91, arts.74 e ss.) Para concessão do benefício de pensão por morte, segundo a
legislação previdenciária vigente, é necessária a comprovação do óbito, da qualidade de segurado do falecido, bem como da de beneficiários dos
requerentes . A morte encontra-se demonstrada por certidão própria (fl. 12). Nesse tópico, consoante o disposto no art. 16, inciso I e §4º da Lei de
Benefícios, é de se ressaltar que a companheira goza de presunção legal de dependência ( iuris et de juris ). Nesse diapasão, a jurisprudência dos
Tribunais Federais: “Pensão por morte. Dependência econômica. Lei 8.213/91, arts.16, I e § 4º e 74. Em consonância com o art. 16,I e §4º da Lei nº
8.213/91, a companheira goza de presunção de dependência, ademais, devidamente demonstrada nos autos. (TRF 3ª Região – Ap.Cív. 68.002-8
– Rel. Juíza Theotônio Costa – DJ de 18.11.2007). PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. ESPOSA E FILHA MENOR. QUALIDADE DE
SEGURADO COMPROVADA. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. LEI 8213/91 ART.16 §4º. MARCO INICIAL DO BENEFÍCIO. DATA
DO ÓBITO. LEGISLAÇÃO VIGENTE LEI 8213/91. REDAÇÃO ORIGINAL. APELAÇÃO DAS AUTORAS PROVIDA. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. ALTERAÇÃO DO TERMO INICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELO INSS. MANUTENÇÃO. 1 - comprovado que as autoras
eram respectivamente esposa e filha do de cujus, segundo certidão de casamento (fl.08), registro de nascimento (fl. 18) e certidão de óbito (fl. 11).
2 - Presunção de dependência econômica da esposa e da filha menor, em relação ao segurado (art. 16, § 4º, da lei 8.213/91) 3 - Pensão por morte
pedida a contar do óbito do segurado, a teor do art. 74 da lei 8213/91, em sua redação original vigente à época do fato gerado do benefício antes das
alterações introduzidas pela lei 9528/97.4 - Apelação do inss desprovida 5 - apelação das autoras provida, para fixar o termo inicial do benefício na
data do óbito do segurado. (TRF 1ª Região – Ap. Cív.2002.01.99.017421-0/MG – Rel. Luiz Gonzaga Barbosa Moreira – DJ 07.10.2010)”. No que
tange à qualidade de segurado do de cujus , o artigo 11, inciso VII da Lei nº 8.213/91, considera como segurado especial: “Art. 11. São segurados
obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: VII – como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário
rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a
eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo.” No caso em tela, essa condição restou devidamente
demonstrada, sendo que o falecido já era aposentado perante a autarquia ré. Importa notar, no entanto, que diferentemente do apontado na inicial,
a autora informou que conviveu com o falecido por cerca de 20, 30 anos. Aduziu, contudo, que morava na mesma casa do falecido, todavia, devido
a traição deste, não mais conviviam como se um casal fosse, condição similar a uma separação de fato. Nesses casos, a dependência econômica
até então com presunção legal deveria ter sido comprovada, a exemplo do recebimento de verba alimentar, o que não restou demonstrado nos
autos. Nesse sentido: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. CONDIÇÃO DE DEPENDENTE. EX-ESPOSA SEPARADA DE FATO. PROVA
DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. BENEFÍCIO MANTIDO. 1. Para a obtenção do benefício de pensão por morte, deve a parte interessada
preencher os requisitos estabelecidos na legislação previdenciária vigente à data do óbito, consoante iterativa jurisprudência dos Tribunais
Superiores e desta Corte. 2. É presumida a dependência econômica da cônjuge separada de fato do de cujus, nos termos do art. 76, § 2º da
Lei nº 8.231/91, desde que tenha direito a alimentos. Deve ser comprovada a dependência econômica, nos casos de separação de fato. 3.
Percebendo a ex-cônjuge pensionamento extraoficial, mensal, a comprovar a persistência da dependência econômica após a separação
de fato do casal, deve ser mantida a quota parte da pensão por morte. (TRF-4 - AC: 50646677820124047100 RS 5064667-78.2012.404.7100,
Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 29/03/2017, SEXTA TURMA) PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE PENSÃO POR
MORTE DE COMPANHEIRO. COMPROVAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. EX-ESPOSA SEPARADA
DE FATO. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA NÃO COMPROVADA. BENEFÍCIO INDEVIDO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. 1.
Para a obtenção do benefício de pensão por morte deve a parte interessada preencher os requisitos estabelecidos na legislação previdenciária
vigente à data do óbito, consoante iterativa jurisprudência dos Tribunais Superiores e desta Corte. 2. Comprovada a união estável, presume-
se a dependência econômica (artigo 16, § 4º, da Lei 8.213/91), impondo-se à Previdência Social demonstrar que esta não existia. 3. Não
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se desincumbindo a corré do ônus de provar a efetiva dependência econômica em relação ao ex-cônjuge falecido, indevido o pagamento de
benefício de pensão por morte. 4. Deliberação sobre índices de correção monetária e taxas de juros diferida para a fase de cumprimento de
sentença, a iniciar-se com a observância dos critérios da Lei 11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a
expedição de precatório pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal, decisão sobre o tema com caráter geral e
vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4ª Região. (TRF-4 - AC: 50421773720134047000 PR 5042177-37.2013.404.7000, Relator: SALISE
MONTEIRO SANCHOTENE, Data de Julgamento: 05/04/2017, SEXTA TURMA) Ademais, a dependência econômica consiste na condição da
pessoa que está economicamente sujeita a outra, ou seja, cujas necessidades primárias, como alimentação, habitação, vestuário, medicamentos,
etc, são providas por aquela. O que de fato não resta comprovado nos autos. A concessão de pensão por morte quanto ao cônjuge separado
de fato, o art. 76, §2° da Lei n° 8.213/91, preconiza que: “Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação
de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão de dependente só produzirá efeito a contar
da data da inscrição ou habilitação; (…) §2° O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos
concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei”. Denota-se do referido artigo que se a parte
autora recebesse pensão alimentícia, a mesma teria o seu direito previdenciário resguardado, o que de fato não ocorreu, assim, em razão da
não comprovação de dependência econômica. Nesse ponto, frise-se que a autora informou em audiência que o falecido era seu dependente
no plano de assistência funerária, e não o contrário. Não tendo o conjunto probatório formado nos autos comprovado que à época do óbito do
segurado subsistia a dependência econômica, não há o que falar no direito da parte autora à pensão por morte previdenciária, por ausência de
dependência econômica, qualidade necessária para a concessão do benefício. III – DISPOSITIVO: Ante o Exposto, JULGO IMPROCEDENTE
o pedido formulado e declaro extinto o processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC. Em observância ao princípio da
sucumbência, condeno a autora ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, estes últimos fixados em R$ 700,00
(setecentos reais), nos termos do art. 85, § 8º, do CPC/2015, devendo ser observado, no entanto, a regra de suspensão disposta no art. 98, § 3º,
do CPC/2015, vez que beneficiária da justiça gratuita. Se interposta apelação, intime-se a parte contrária para apresentar contrarrazões no prazo
legal e, em seguida, remetendo-se o feito à Instância Superior (TRF-5ª REGIÃO), independentemente de juízo de admissibilidade. Publique-se.
Registre-se. Intimem-se. Ibimirim-PE, 5 de December de 2018 . Gustavo Silva Hora - Juiz Substituto de Direito .
Processo nº 0000415-43.2016.8.17.0690
Classe: Ação de Concessão de Auxílio Doença
Autor: Maria Jailma da Silva
Advogado: Marcos André da Silva OAB PE031208 / Pedro Paulo do Nascimento Vital OAB PE034240
Réu: INSS
SENTENÇA : I – RELATÓRIO: MARIA JAILMA DA SILVA, qualificada nos autos, propôs a presente ação previdenciária em face do INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, também identificado no processo , onde postula a declaração de sua qualidade de segurado especial,
com posterior concessão de benefício de auxílio doença ou aposentadoria por invalidez. Alega, na inicial, que é trabalhadora rural em regime de
economia familiar, tendo em decorrência de patologia identificada pelo CID 10-M25.5 (dor articular), ficado totalmente incapaz para realizar suas
atividades laborais habituais. Aduziu, ainda, ter requerido administrativamente perante a autarquia ré benefício de auxílio-doença em 04/04/2016,
o qual, contudo, restou indeferido. Requereu a concessão de justiça gratuita e realização de prova pericial. Juntou documentos de fls. 07/19.
Concessão do benefício da gratuidade da justiça à fl. 21. Citada, a requerida apresentou contestação e documentos às fls. 22/70. Não suscitou
questões de ordem preliminar. No mérito, alegou que a requerente não preencheu os requisitos da qualidade de segurado, bem como não restou
verificada sua incapacidade laboral. Réplica às fls. 72/75. Determinação de realização de perícia à fl. 88. Quesitos formulados pelas partes
respondidos à fl. 95. Audiência de instrução realizada conforme assentada de fl. 141, onde foram ouvidas a requerente e duas testemunhas
(mídia de fl. 142). Alegações finais da autora às fls. 143/146 e da parte requerida à fl. 148. Vieram-me os autos conclusos para desenlace. Eis o
relatório sucinto do feito. II – MOTIVAÇÃO O que tudo bem visto, examinado e ponderado, passo a DECIDIR: Demais disso, convém registrar
a regularidade processual, encontrando-se o feito isento de vício ou nulidades, sem falhas a sanar, havendo sido devidamente observados,
durante a sua tramitação, os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. De antemão, deixo de considerar os documentos de
fls. 26/29, uma vez que estranhos ao objeto do presente processo. O presente feito versa sobre dois capítulos: a) declaração de qualidade de
segurado especial da requerente; b) requerimento de concessão de benefício previdenciário, com arrimo nas disposições normativas contidas na
Lei. 8.213/91, onde os sujeitos da relação processual são, de um lado a apontada segurada e de outro, o Instituto da Previdência Social. A autora
formula pedido de concessão de auxílio doença e subsidiariamente requer aposentadoria por invalidez. Ambos os benefícios previdenciários:
aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, estão previstos, atualmente, na Lei 8.213/91, respectivamente, nos arts. 59 e seguintes e 42 e
seguintes. Pois bem, será concedido o benefício do auxílio-doença, consoante os termos do artigo 59 da Lei 8.213/91, ao segurado que, havendo
cumprido o período de carência, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias. Por outro lado, será
concedida aposentadoria por invalidez, nos termos do artigo 42 da Lei nº 8.213/91, ao segurado que cumprida a carência, estando ou não no
gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
Em ambos os casos, há requisitos a serem cumpridos. Para a concessão do benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez exige-se o
preenchimento de três requisitos: a) qualidade de segurado; b) período de carência exigida pela lei (12 contribuições mensais, a teor do disposto
no art. 25, I, da mesma lei); e c) incapacidade total e permanente, para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Já o benefício do
auxílio-doença também exige igualmente o preenchimento de três requisitos: a) qualidade de segurado; b) período de carência exigida pela lei;
e c) incapacidade total e temporária para o exercício da atividade habitual por período superior a quinze dias consecutivos. No caso em tela, os
documentos carreados aos autos se mostram insuficientes a comprovação de segurada especial da autora. A par disso, a alegada incapacidade
não foi provada a contento. O laudo pericial médico juntado à fl. 95 apontou que, embora a autora apresentasse incapacidade, esta não seria
total (quesito 11), ou seja, apenas para atividades físicas, bem como que seria temporária (quesito 10), não possuindo natureza progressiva
(quesito 7). A existência de uma doença não implica em incapacidade laborativa, para fins de obtenção de benefício por invalidez ou auxílio-
doença. - A parte autora não logrou comprovar a existência de incapacidade total e permanente para o exercício de qualquer atividade laborativa,
que autorizaria a concessão de aposentadoria por invalidez; tampouco logrou comprovar a existência de incapacidade total e temporária, que
possibilitaria a concessão de auxílio-doença; dessa forma, o direito que persegue não merece ser reconhecido. Aliado a isso, constata-se que a
requerente possui atualmente 22 anos de idade, apta a ensejar mais facilmente eventual colocação no mercado de trabalho, bem como melhor
nível de escolarização. Sendo assim, não comprovada a incapacidade laborativa total da autora, ainda que temporária, a improcedência dos
pedidos iniciais é de rigor. III - DISPOSITIVO: Ante o exposto e tudo o mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos da
presente ação previdenciária movida por MARIA JAILMA DA SILVA , qualificada nos autos, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS. Em observância ao princípio da sucumbência, condeno a autora ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários
advocatícios, estes últimos fixados em R$ 700,00 (setecentos reais), nos termos do art. 85, § 8º, do CPC/2015, devendo ser observado, no
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entanto, a regra de suspensão disposta no art. 98, § 3º, do CPC/2015, vez que beneficiária da justiça gratuita. Publique-se. Registre-se. Intimem-
se. Ibimirim-PE, 5 de December de 2018 . Gustavo Silva Hora - Juiz Substituto de Direito .
Processo nº 0001035-89.2015.8.17.0690
Classe: Ação de Repetição Indébito
Autor: José Wilton dos Santos
Advogado: Heloisa Fernanda S. Santos OAB PE035085 / Ezequias Barbosa C. Filho OAB PE029915
Réu: COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO-COMPESA
Advogado: Daniel dos Santos D’Emery Gomes OAB PE042181 / Haroldo Martinez OAB PE020366
SENTENÇA : I – RELATÓRIO: JOSÉ WILTON DOS SANTOS, devidamente qualificado, por intermédio de seu advogado legalmente constituído,
propôs perante este juízo ação de repetição de indébito em face da COMPESA - COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO, também
identificada no processo, pela prática do fato devidamente descrito na peça vestibular, nos seguintes termos: Narra o autor ser usuário dos
serviços prestados pela requerida mediante matrícula nº 11005659, referente ao imóvel situado na Avenida Manoel Vicente, nº 131, Centro, neste
município. Aduziu, ainda, que durante os meses de maio a dezembro de 2014, sem perceber uma cobrança a maior, haja vista estar pagamento,
numa única fatura e código de barras, os valores correspondentes ao consumo de água de seu imóvel e do ponto comercial vizinho. Acrescentou
que diante do ocorrido procurou a empresa ré, a qual regularizou a irregularidade. Pugna, no entanto, pela devolução em dobro dos valores pagos
indevidamente, somando a quantia de R$ 723,74. À peça atrial, instruindo-a, foram juntos os documentos de fls. 09/18. Custas recolhidas à fl.
22. Devidamente citada, a requerida apresentou contestação e documentos (fls. 27/80), arguindo a preliminar de carência da ação. No mérito,
alegou, genericamente, que agiu no seu exercício regular de direito, sendo a cobrança legal, não havendo dever de indenizar. Intimadas sobre
a produção de outras provas, as partes nada requereram (fls. 86 e 95). Vieram-me os autos conclusos para desenlace. Eis o relatório sucinto
do feito. II – MOTIVAÇÃO O que tudo bem visto, examinado e ponderado, passo a DECIDIR: No caso em análise, verifico que o autor carece
de legitimidade para a propositura da presente ação. Nesse ponto, embora o requerente tenha juntado aos autos comprovante de residência
referente ao mesmo imóvel informado nos autos como destinatário do fornecimento de água, vislumbro que as faturas supostamente pagas
a maior de fls. 12/16 possuem como titular terceira pessoa. Sobre o tema, cabe frisar que, embora a obrigação em tela não esteja vinculada
propriamente ao dono do imóvel, possuindo natureza pessoal, conforme jurisprudência dominante sobre a matéria, não restou demonstrado
que o autor assumiu o ônus pelos pagamentos das faturas questionadas, aliada ao fato da titularidade da conta está em nome de terceiro.
Nesse sentido: ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE ÁGUA. INADIMPLEMENTO. OBRIGAÇÃO PESSOAL. DÉBITOS DE CONSUMO
DO ANTIGO LOCATÁRIO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO ATUAL. PRETENSÃO DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ.
CONTRAPRESTAÇÃO DE ÁGUA. OBRIGAÇÃO PESSOAL. 1. O Tribunal de origem, com amparo nos elementos de convicção dos autos, decidiu
que não cabe à atual locatária do imóvel responder pelo débito referente a consumo de água em questão, porquanto não foi a efetiva usuária do
serviço, mas sim o locatário anterior. 2. Insuscetível de revisão, nesta via recursal, o referido entendimento, por demandar reapreciação de matéria
fática. Incidência da Súmula 7 deste Tribunal. 3. A jurisprudência deste Tribunal firmou no sentido de que o inadimplemento é do usuário, ou seja,
de quem efetivamente obteve a prestação do serviço, pois a contraprestação de água é obrigação pessoal, pois não se vincula à titularidade do
imóvel, mas a quem solicitou o serviço. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 592.870/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 11/11/2014, DJe 21/11/2014) (grifei) Ademais, o comprovante de pagamento de fl. 12, referente ao pagamento
da fatura de água do mês de maio do ano de 2014, ou seja, dentro do período informado pelo autor, também está em nome de terceira pessoa
(Mirtes N. V. Santos). Assim, reconhecida a ilegitimidade da parte autora, a extinção do processo é medida de rigor. III – DISPOSITIVO: Diante
do exposto, extingo o processo, e assim o faço sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil.
Em observância ao princípio da sucumbência, condeno o autor ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios,
estes últimos fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015. Transitado em julgado e não sendo
apresentado recurso e havendo o cumprimento voluntário, arquive-se. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Ibimirim-PE, 5 de December de
2018 . Gustavo Silva Hora - Juiz Substituto de Direito .
Processo nº 0000045-65.1996.8.17.0690
Classe: Mandado de Segurança
Impetrante: Cícera Maria de Lima Silva
Advogado: Fernando Antônio Lima de Medeiros OAB PE015915
Impetrado: INSS
SENTENÇA : Vistos e etc. Cuida-se de MANDADO DE SEGURANÇA C/C PEDIDO LIMINAR proposto por CÍCERA MARIA DA SILVA em
face do CHEFE DO POSTO DE BENEFÍCIO DO INSS. Autos regularmente instruídos com documentos de fls.03/16. Indeferida a liminar pela
decisão de fls. 21/22. Parecer do Ministério público às fls. 26/27. Sentença de fls. 29/35. Apelação pelo requerido às fls. 38/41 e contrarrazões
às fls. 45/47. Decisão de fls. 75/76. Recurso Extraordinário pelo requerido ás fls. 125/130, com decisão à fl. 193/194. Intimada a parte autora
para iniciar o cumprimento de sentença, requereu a dilação de prazo, ante a morte da autora, tendo acostado certidão de óbito de fl. 201. Decisão
de fl. 204 deferindo o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para regularização do polo ativo da ação. Procedida a intimação do autor à fl. 205 para
dar andamento ao feito. À fl. 207 consta termo de remessa carga ao patrono da autora, todavia, conforme certidão de fl. 208, encontra-se o feito
paralisado desde dezembro de 2017(fl. 205). É o relatório. Fundamento e decido . Dispõe o art. 485, III, do NCPC, in verbis: Art. 485. O juiz
não resolverá o mérito quando: (...) II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover
os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; (...) § 1o Nas hipóteses descritas nos incisos
II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. Compulsando-se os autos, verifica-se que o processo
teve sua tramitação regular até que se reconheceu a desídia pela parte autora, pois desde dezembro de 2017 deixou de dar impulso ao processo
(fl. 205), vez que intimada para regularizar o polo ativo e até a presente data não o fez . Ademais, embora intimada pessoalmente à fl. 207, em
março do ano de 2018, não se manifestou nos autos, o que faz presumir que desapareceu o interesse no feito. Isto posto, considerando tudo
o mais que dos autos constam, DECRETO EXTINTO O PRESENTE PROCESSO , sem resolução do mérito, o que faço com fundamento no
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art. 485, III, do Código de Processo Civil. Publique-se, registre-se e intime-se, e, com o trânsito em julgado arquive-se independente de nova
conclusão. Ibimirim-PE, 5 de Dezembro de 2018 . Gustavo Silva Hora - Juiz Substituto de Direito.
Processo nº 0000337-30.2008.8.17.0690
Classe: Inventário
Inventariante: Givaldo Rolim de Oliveira
Advogado: Fernando Antônio Lima de Medeiros OAB PE015915
Inventariado: ESPÓLIO DE CÍCERO ROLIM DA SILVA
SENTENÇA : Vistos e etc., Cuida-se de AÇÃO DE INVENTÁRIO promovida por GIVALDO ROLIM DE OLIVEIRA e ELIZABETHE ROLIM
DE OLIVEIRA em razão do falecimento do seu genitor CÍCERO ROLIM DA SILVA . Autos regularmente instruídos com documentos de fls.
02/19v. Deferida nomeação do requerente GIVALDO ROLIM DE OLIVEIRA como inventariante pela decisão de fl. 20. Intimado pessoalmente
o inventariante à fl. 26. Determinada nova intimação pessoal de fl. 29, restou cumprido negativamente à fl. 39v. Intimado o inventariante por
edital à fl. 42, para fins de andamento do feito e apresentar as primeiras declarações sob pena de remoção. Destituído o inventariante o Sr.
GIVALDO ROLIM DE OLIVEIRA e nomeada a Sra. ELIZABETHE ROLIM DE OLIVEIRA, conforme decisão à fl. 44. Frustrada intimação da
inventariante à fl. 55v, restando determinada a busca do seu endereço às fls. 57/58. Noticiado nos autos a existência de processo de execução
proposto pelo Município de Ibimirim, ação de nº 0000005-44.2000.8.17.0690 (fl.60) . Frustrada intimação da inventariante à fl. 65. Telegrama
devolvido às fls. 77/78. Intimada a inventariante (fl. 81/82) para prestar compromisso e realizar as primeiras declarações nos autos, permaneceu
inerte, retardando injustificadamente a condução do feito. É o relatório. Fundamento e decido . Na hipótese sob exame, verifica-se que
o feito encontra-se paralisado por desídia da parte. Ademais, a tentativa de intimação pessoal restou negativa por diversas vezes, restando
feito paralisado desde janeiro de 2009 (fl. 26) . Assim, considerando a inércia da requerente nos autos, deixando de praticar atos processuais
essenciais ao prosseguimento do feito, fica caracterizada a superveniente falta de interesse de agir e também o abandono da presente causa.
Deixo de intimar a Fazenda Estadual para fins de apuração de eventual incidência de ICD, uma vez que eventual crédito do fisco poderá ser
satisfeito com a inscrição em dívida ativa, na forma da lei. Face o exposto e em obediência ao disposto no artigo 485, incisos II e VI, do CPC,
reconheço, de ofício, a ausência de condição da ação, pela superveniente falta de interesse processual e também por abandono da causa, e,
em consequência, julgo extinto por sentença, sem resolução de mérito, o presente processo. Preclusa esta decisão, arquivem-se. Se requerido,
autorizo o desentranhamento dos documentos que instruem, mantendo-se nos autos cópias reprográficas. Publique-se. Registre-se. Intimem-
se. Ciência ao MP. Ibimirim-PE, 5 de Dezembro de 2018 . Gustavo Silva Hora - Juiz Substituto de Direito.
Processo nº 0000435-05.2014.8.17.0690
Classe: Execução
Exequente: Banco do Nordeste do Brasil S/A
Advogado: José Selmo Ferreira Campos Júnior OAB PE015715 /Diego Medeiros Papariello OAB PE029143
Executado: ERIVALDO JOSÉ DA SILVA e OUTROS
NATUREZA DO ATO : Fica o exequente, por seus advogados, INTIMADO para apresentar planilha de débito atualizada, no prazo de 15 dias.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0000250-63.2016.8.17.0700
Execução de Alimentos
Exequentes: A. V. M. da S. e Outro
Executado: A. M. da S.
O Exmo. Sr. Dr. SOLON OTÁVIO DE FRANÇA, Juiz de Direito em Exercício Cumulativo na Vara Única da Comarca de Ibirajuba/PE,
em virtude de Lei etc...
Faz saber a quem possa interessar, que por este Juízo de Direito tramita o processo acima epigrafado, vindo INTIMAR , na qualidade
causídicos das partes exeqüente e executada, respectivamente, o Bel. HIAGO JUSTINO SANTOS DUARTE, OAB/PE nº 37.733-D, e o Bel.
FRANCISCO FÉLIX DE ANDRADE FILHO, OAB/PE nº 13.573, para fins de ciência da sentença de extinção de fl. 112/112-V, cuja parte
dispositiva segue transcrita: “ A parte exequente reconheceu a relação de continência e que presente ação, protocolada posteriormente, é contida
em relação ao feito de nº 0000258-45.2013.8.17.0700. No caso, em respeito ao comando do art. 57 do NCPC, a consequência processual para
a continência é a mesma da litispendência, pressuposto processual negativo, qual seja, a extinção do feito. Ante o exposto, extingo o presente
feito, sem julgamento do mérito, nos termos do art. 485, inciso V, do NCPC. Sem custas e sem honorários. Transitada em julgado, arquivem-se.
P.R.I.C. Ibirajuba, 22 de novembro de 2018. Solon Otávio de França. Juiz de Direito em Exercício Cumulativo.”.
E para que chegue ao conhecimento de quem possa interessar, mandou o(a) MM Juiz(a) expedir este edital.
CUMPRA-SE na forma e sob as penas da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Ibirajuba/PE, aos cinco dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu __, Rodrigo de Arruda Cavalcante, Chefe de Secretaria, digitei-o.
Processo nº 0000056-97.2015.8.17.0700
Ação de Execução Fiscal
Exequente: Município de Ibirajuba/PE
Executado: Miguel Trindade Ferreira
O Exmo. Sr. Dr. SOLON OTÁVIO DE FRANÇA, Juiz de Direito em Exercício Cumulativo na Vara Única da Comarca de Ibirajuba/PE,
em virtude de Lei etc...
Faz saber a quem possa interessar, que por este Juízo de Direito tramita o processo acima epigrafado, vindo INTIMAR , na qualidade
de causídico do executado, o Bel. HERTONN LEONARDO RODRIGUES SILVA, OAB/PE nº 37.603 , para fins de ciência da sentença de fls.
127/128 , cuja parte dispositiva segue transcrita: “ Preliminarmente, verifico a ausência de legitimidade dos excipientes, razão pela qual, entendo
que deve ser a exceção rejeitada. Explico. A execução foi movida originalmente em face de Miguel Trindade Ferreira , tendo sido redirecionada,
através de emenda à inicial, para o espólio daquele (fls. 39 e 42). Apesar de ser possível a promoção de execução fiscal contra os sucessores a
qualquer título, a municipalidade optou por redirecioná-la contra o espólio do devedor (art. 4º, incisos III e VI). O espólio, ente despersonalizado
representado pelo administrador provisório ou pelo inventariante compromissado, à evidência, não se confunde com os herdeiros do extinto,
pessoas naturais que receberão os bens que lhe couberem após a partilha. Ante o exposto, deixo de analisar o mérito para extinguir a
presente exceção de pré-executividade na forma do art. 485, inciso VI, do NCPC. Condeno os excipientes, na forma requerida pelo MPPE, à
multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor corrigido da causa, solidariamente (arts. 80, inciso IV, e 81, caput e § 1º, ambos do NCPC). Sem
prejuízo, considerando relevante a argumentação no sentido de possível excesso de execução, determino a remessa dos autos à Contadoria
Judicial a fim de que promova a atualização do débito. Cumprida a diligência, intime-se o município exequente a fim de que se manifeste acerca
dos cálculos e indique bens a serem penhorados, sob as penas do art. 40 da Lei de Execução Fiscal. Quando da efetivação das intimações,
observe a Serventia os comandos dos arts. 25 e 27, parágrafo único, da Lei nº 6.830/1980. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Ibirajuba, 22 de novembro de 2018. Solon Otávio de França. Juiz de Direito em Exercício Cumulativo.”.
E para que chegue ao conhecimento de quem possa interessar, mandou o(a) MM Juiz(a) expedir este edital.
CUMPRA-SE na forma e sob as penas da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Ibirajuba/PE, aos cinco dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu __, Rodrigo de Arruda Cavalcante, Chefe de Secretaria, digitei-o.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0000185-68.2016.8.17.0700
Ação de Execução de Alimentos
Exequente: W. R. da S. A.
Executado: R. das N. A.
O Exmo. Sr. Dr. SOLON OTÁVIO DE FRANÇA, Juiz de Direito em Exercício Cumulativo na Vara Única da Comarca de Ibirajuba/PE,
em virtude de Lei etc...
Faz saber a quem possa interessar, que por este Juízo de Direito tramita, em Segredo de Justiça, o processo acima epigrafado, vindo
INTIMAR , na qualidade de causídico do exequente, o Bel. MATEUS DE BARROS CORREIA, OAB/PE nº 44.176, para fins de ciência da
sentença de extinção fl. 50, cuja parte dispositiva segue transcrita: “Diante do exposto, EXTINGO A PRESENTE EXECUÇÃO , com fulcro no
art. 924, inciso II, do Novo Código de Processo Civil. Sem custas. Com o trânsito em julgado desta decisão, arquivem-se os presentes autos.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Ibirajuba, 22 de novembro de 2018. Solon Otávio de França. Juiz de Direito em Exercício
Cumulativo .”.
E para que chegue ao conhecimento de quem possa interessar, mandou o(a) MM Juiz(a) expedir este edital.
CUMPRA-SE na forma e sob as penas da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de Ibirajuba/PE, aos cinco dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e dezoito (05/12/2018). Eu __, Rodrigo de Arruda Cavalcante, Chefe de Secretaria, digitei-o.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Processo nº 0000022-19.2002.8.17.0720
Natureza da Ação: Conversão de separação Judicial em Divórcio
Requerente: Maria do Carmo dos Santos
Advogado: PE007127 - Henrique Marcula Lima
Advogado: PE016156 – José Rawlinson Ferraz
Despacho:
Deliberação em audiência: - Intime-se os advogados da parte autora através de DJE para manifestar-se a respeito dos documentos juntados
nesta oportunidade, no prazo máximo de 10 dias para fins do contraditório e ampla defesa
Processo: 0000170-83.2009.8.17.0720
Natureza da Ação: Ação Penal – Procedimento Ordinário
Acusado: Diogo Oliveira Lima
Vítima: A Sociedade
Advogado: PE025355 – Marllos Hipólito Rocha Silva
Despacho:
DESPACHO: Intime, através de DJE, o advogado do acusado para apresentar defesa escrita no prazo de 10 dias.
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O Doutor Altino Conceição da Silva , Juiz de Direito, FAZ SABER a(o) Manoel Leandro de Oliveira , VULGO “Manoelzinho de Júlia”,
casado, aposentado, natural de Manari/PE, filho de Joaquim Leandro de Oliveira e de Júlia Antônia de Jesus o qual se encontra em local incerto
e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à AV CRISTO REI, s/n - Centro Inajá/PE Telefone: (87) 3840.1616 - (87) 3840.1620 , tramita a
ação de Ação Penal - Procedimento Sumário , sob o nº 0000020-39.2008.8.17.0720, aforada pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco
, em deu desfavor.
Assim, fica o mesmo CITADO, querendo, apresentar resposta no prazo de 10 dias contados do transcurso deste edital, conforme
o art. 396, do CPP.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Isabel Cristina R de L Anselmo , o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria. Inajá (PE), 30/11/2018
O Doutor Altino Conceição da Silva, Juiz Substituto de Direito em exercício cumulativo nesta Comarca de Inajá/PE, Presidente do Tribunal do
Júri, no uso de suas atribuições legais, FAZ SABER a todos quantos o presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento e a quem possa
interessar que, nos termos da lei processual penal vigente, foi organizada a lista geral provisória dos jurados que funcionarão no Tribunal do
Júri da Comarca de Inajá no ano de 2019 (dois mil e dezenove), conforme abaixo:
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Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos e de notória idoneidade.
§ 1º Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão,
classe social ou econômica, origem ou grau de instrução.
§ 2º A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com
a condição econômica do jurado.
Art. Estão isentos do serviço do júri:
I - o Presidente da República e os Ministros de Estado;
II - os Governadores e seus respectivos Secretários;
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III - os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras Distrital e Municipais;
IV - os Prefeitos Municipais;
V - os Magistrados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública;
VI - os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública;
VII - as autoridades e os servidores da polícia e da segurança pública;
VIII - os militares em serviço ativo;
IX - os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa;
X - aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento.
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob
pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto.
§ 1o Entende-se por serviço alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder
Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade conveniada para esses fins.
§ 2o O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral e assegurará
prisão especial, em caso de crime comum, até o julgamento definitivo.
Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condição do art. 439 deste Código, preferência, em igualdade de condições, nas licitações públicas
e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como nos casos de promoção funcional ou remoção voluntária.
Art. 441. Nenhum desconto será feito nos vencimentos ou salário do jurado sorteado que comparecer à sessão do júri.
Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de comparecer no dia marcado para a sessão ou retirar-se antes de ser dispensado pelo
presidente será aplicada multa de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a sua condição econômica.
Art. 443. Somente será aceita escusa fundada em motivo relevante devidamente comprovado e apresentada, ressalvadas as hipóteses de força
maior, até o momento da chamada dos jurados.
Art. 444. O jurado somente será dispensado por decisão motivada do juiz presidente, consignada na ata dos trabalhos.
Art. 445. O jurado, no exercício da função ou a pretexto de exercê-la, será responsável criminalmente nos mesmos termos em que o são os
juízes togados.
Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, serão aplicáveis os dispositivos referentes às dispensas, faltas e escusas e à equiparação de
responsabilidade penal prevista no art. 445 deste Código.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, expediu o presente edital, que será afixado no local de costume e publicado no Diário Oficial do
Poder Judiciário do Estado de Pernambuco. Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Inajá, Estado de Pernambuco, aos seis (06) dias do
mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (2018), eu Isabel Cristina Reis de Lima Anselmo, matrícula 186605-2, Escrivã do Tribunal do Júri,
digitei e submeti a subscrição do MM. Juiz desta Comarca.
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Processo nº 0006026-4.2018.8.17.0810
Pelo presente intimo a nobre advogada para a audiência de Instrução e Julgamento, a se realizar no dia 06 de fevereiro de 2019, às 08h30min
horas, na sala de Audiência deste Juízo, com endereço à Av. Francisco Alves de Souza, s/nº, 1º andar, Centro, Ipojuca/PE.
Processo nº 0001839-17.2017.8.17.0810
EXPEDIENTE nº 2018.0904.003155
Pelo presente intimo o nobre advogado para audiência designada para o dia 26 de fevereiro de 2019, ás 11:00 horas , junto a sala de
audiência deste juízo, na Av. Francisco Alves de Souza, s/nº, Centro, Ipojuca/PE.
Ipojuca, 05 dezembro de 2018. Expedido e transmitido por Flávio Régis, Técnico Judiciário.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Designo audiência para o dia 05 de fevereiro de 2019 as 11:00 horas , visando realização de interrogatório. Intime-se inclusive o assistente de
acusação indicadas no termo de audiência. Ipojuca/PE, 25 de outubro de 2018 Idiara Buenos Aires Cavalcanti Juíza de Direito.
Vara Criminal da Comarca de Ipojuca
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Despacho:
NPU n° 0000319-68.2017.8.17.0730DECISÃO Vistas a Deefesa para apresentação de alegações finais dos réus JOALISSON MARTINIANO
FERREIRA E EUDES MARTINIANO FERREIRA, POR ESCRITO NO PRAZO DE 05(CINCO) DIAS. Ipojuca, 22 de AGOSTO de 2018. Idiara
Buenos Aires Cavalcanti Juíza de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
Autos n.º 0000526-08.2015.8.17.0740 – DECISÃO - Os embargos de declaração são cabíveis somente quando há, na decisão impugnada,
omissão, contradição ou obscuridade, bem como para corrigir a ocorrência de erro material. Da leitura das razões de embargos, verifica-se que
o embargante não aponta verdadeiramente contradição na decisão embargada, mas sim expõe seu inconformismo com a decisão rescindenda
que o condenou a ressarcir o autor em danos morais. Registro que o autor, à f. 04, narra: “Não bastasse isso, o autor teve ainda cortes em seus
limites junto as instituições financeiras, tendo em vista ficar negativado por cinco anos, até prescrição...” Não se verificam, portanto, os vícios
do art. 1022 do CPC; a intenção perseguida nestes aclaratórios não é a integração do decisum , mas sua reforma – escopo incompatível com a
medida de impugnação judicial eleita. Com essas considerações, rejeito os Embargos de Declaração. Intime-se. Ipubi/PE, Quarta-feira, 5 de
Dezembro de 2018 , às 15:59:57 . Eugênio Jacinto Oliveira Filho Juiz Substituto
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Pelo presente, ficam os interessados intimados do despacho prolatada no processo abaixo relacionado:
Processo nº: 0000078-34.2017.8.17.0750
Classe: Ação Penal de Competência do Júri
Expediente nº: 2018.0091.001712
Partes: Acusado Jota Carlos Vieira da Silva
Advogado TIAGO VIEIRA GOMES (OAB/PE.014925)
Advogado Valderedo Carvalho Maciel (OAB/PE.011636A)
Vítima JOSE APARECIDO FIRMINO
Autor MINISTÉRIO PÚBLICO
ATO ORDINATÓRIO
Concessão de vista ao advogado habilitado
Processo nº 0000078-34.2017.8.17.0750
(Apenso 0000067-05.2017.8.17.0750)
Ação de Ação Penal de Competência do Júri
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Processo nº 0025068-20.2017.8.17.2810
AUTOR: SOCEC- SOCIEDADE CAPIBARIBE DE EDUCACAO E CULTURA S.A
RÉU: KATHELYN KIMBERLY SANTOS DE LUNA - CPF: 057.570.554-05
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SENTENÇA
Vistos, etc.
Tratam os presentes autos de ação monitória intentada por SOCEC – Sociedade Capibaribe de Educação e Cultura Ltda em
face de Kathelyn Kimberly Santos de Luna. Alegando em síntese o autor ter firmado negócio jurídico com o réu, referente a prestação de
serviços educacionais, não tendo este cumprido com sua obrigação de pagar, estando inadimplente no importe de R$ 9.756,60.
Juntou documentos. Recolheu custas processuais.
Recebida a exordial, fora determinada a expedição de mandado monitório, porém, a diligencia restou infrutífera em razão da ré
não ter encontrado no endereço fornecido na inicial.
Indicado novo enredo, a parte ré foi devidamente citada, permanecendo inerte, deixando de apresentado embargos, conforme
certidão de id. 36675133.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Como é cediço, o procedimento monitório tem por objetivo a concessão de força executiva a documento escrito que, por sua
natureza, revele a existência de uma dívida que implique em pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível, infungível ou de
determinado bem móvel ou imóvel, além de obrigação de fazer ou não fazer.
Cumpre esclarecer que a finalidade da ação monitória é alcançar a formação de título executivo judicial de modo mais rápido do
que na ação condenatória convencional, sendo necessário, para intentá-la, a existência de documento escrito sem eficácia de título executivo que
comprove o crédito pleiteado. Tal documento escrito, exigido pela lei, deve ser merecedor de fé quanto à sua autenticidade e eficácia probatória.
No caso dos autos, os documentos juntados pela autora fazem presumir a existência do direito alegado, eis que compulsando os
autos, verifico que o autor firmou contrato de prestação de serviços educacionais com o réu, referente ao ano letivo de 2013, estando inadimplente
em relação aos meses de agosto a dezembro/2013, conforme apresentado em sua planilha de débitos (id.24747430) perfazendo um total de R
$ 9.756,60 (nove mil, setecentos e cinquenta e seis reais e sessenta centavos) .
Tendo decorrido in albis o prazo para pagamento ou apresentação de embargos, constituiu-se de pleno direito o título executivo
judicial, na forma do art. 701, §2º, do CPC.
Desta forma, havendo prova escrita de dívida líquida sem eficácia de título executivo, acrescido do fato de que o réu não se opôs
à cobrança realizada no prazo legal, confirmando o inadimplemento da obrigação, a procedência da ação é medida que se impõe.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a Ação Monitória movida por SOCEC – Sociedade Capibaribe de Educação e Cultura
Ltda em face de Kathelyn Kimberly Santos de Luna , ficando constituído de pleno direito o título executivo judicial no valor de R$ 9.756,60
(nove mil, setecentos e cinquenta e seis reais e sessenta centavos) , montante este que deverá ser corrigido monetariamente pela Tabela
Encoge e acrescido de juros moratórios legais, contados a partir do ajuizamento da ação e até o efetivo pagamento.
Por consequência, extingo o feito com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.
Arcará a parte ré com o pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento)
do valor da condenação, devidamente atualizado.
Tratando-se de réu revel que não constituiu patrono nos autos, a intimação para o cumprimento da sentença far-se-á pelos
correios, na forma do art. 513, §2º, II, com a advertência contida no §3º do mesmo dispositivo.
Com o trânsito em julgado e cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos.
Prossiga-se, caso requeira o autor, observando-se conforme o caso o Título II, do Livro I da parte especial do Código de Processo
Civil.
Acaso interposto recurso, intime-se a parte recorrida para apresentar contrarrazões e encaminhem-se os autos ao e. TJPE, com
nossas homenagens (art. 1.010, CPC).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
JABOATÃO DOS GUARARAPES, 20 de novembro de 2018.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Processo nº 0017618-80.2015.8.17.0810SENTENÇAEMENTA: Ação de Reintegração de Posse. Pedido de desistência. Extinção do feito sem
apreciação meritória. Vistos etc. Trata-se de pedido de desistência formulado nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, promovida
por BANCO ITAULEASING S/A em face de FIRMINO BATISTA DE LIMA, ambos qualificados nos autos. Antes mesmo da citação do demandado,
a parte autora peticionou (fls. 66), requerendo a desistência do feito. É o relatório. Decido. Havendo pedido de desistência do processo pela
parte autora, antes da apresentação de contestação, opera-se a extinção do feito sem resolução do mérito, independentemente da anuência
da parte contrária, conforme disciplina o art. 485, § 4°, do CPC. DIANTE DO EXPOSTO, HOMOLOGO, para que surtam seus jurídicos e legais
efeitos, a desistência manifestada pela parte autora, extinguindo o processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, VIII, CPC. Custas já
satisfeitas. Sem condenação em honorários, por não se haver formado a relação processual. Após, certificado o trânsito em julgado da sentença,
arquivem-se os autos, procedidas às baixas de praxe. Intime-se. Cumpra-se. Jaboatão dos Guararapes, 4 de dezembro de 2018 Crystiane Maria
do Nascimento RochaJuíza de DireitoPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOCOMARCA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES
2ª VARA CÍVELrsag 1
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Tribunal de Justiça de PernambucoPoder Judiciário2ª Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos GuararapesROD BR-101, 3800, KM 18,
PRAZERES, JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE - CEP: 54335-000 - F:(81) 34615600Processo nº 0013890-02.2013.8.17.0810 SENTENÇA
EMENTA: CIVIL. PROCESSO CIVIL. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO DA AÇÃO. AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO (ART. 485, VI, C/C ART. 493 DO CPC). Vistos etc. Trata-se de AÇÃO DE
REINTEGRAÇÃO DE POSSE promovida por BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A em face de ADEILTON DINIZ MARQUES,
ambos qualificados nos autos. A demandante, às fls. 106, apresentou petição informando a realização de acordo e requerendo a extinção do
processo pela satisfação da dívida. Vieram-me os autos conclusos. É o relatório. Decido. O próprio demandante afirma que situação superveniente
à propositura da demanda resultou em não mais subsistir interesse processual no presente feito, relativo à pretensão de adimplemento do
débito declarado na exordial. O interesse processual está representado pela necessidade concreta da atividade jurisdicional e pela adequação
do procedimento ao provimento desejado. Em outras palavras, faz-se necessária a existência de interesse e a presença do binômio utilidade-
adequação. A perda superveniente do objeto da ação torna extinta a utilidade da análise dos argumentos levantados na exordial, o que significa
que não mais perdura o interesse processual. Ante o exposto, extingo o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, VI c/c o
art. 493, ambos do CPC, à luz da perda superveniente do objeto principal do presente feito. Custas já satisfeitas. Sem condenação em honorários,
em razão de não se haver formado a relação processual. Intime-se. Transitada em julgado, arquivem-se os autos. Jaboatão dos Guararapes, 4
de dezembro de 2018. Crystiane Maria do Nascimento Rocha Juíza de Direito rsag
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EDITAL DE CITAÇÃO
PRAZO DE 30 DIAS
O Dr. JOSÉ FAUSTINO MACÊDO DE SOUZA FERREIRA , Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca do Jaboatão dos Guararapes, Estado
de Pernambuco, em virtude da Lei, etc. FAZ SABER a quantos o presente EDITAL virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente aos
RÉUS INCERTOS E DESCONHECIDOS e EVENTUAIS TERCEIROS INTERESSADOS , que perante este Juízo tramitam os autos da AÇÃO
DE USUCAPIÃO no qual figura como Requerente LILIANA LEITE e Requeridos EDUARDO JOSÉ LYRA PESSOA DE MELO, SILVANA
FERREIRA DE ASSIS, IRENE DE OLIVEIRA GOMES, MARIA DAS DORES DE OLIVEIRA BRAZ, RÉUS INCERTOS E DESCONHECIDOS
e EVENTUAIS TERCEIROS INTERESSADOS , Processo nº. 0004814-95.2006.8.17.0810, através do qual a Requerente pretende a posse
definitiva do seguinte bem: Imóvel localizado na Rua Padre Nestor de Alencar nº.7425, Apartamento 108, Edf. Rafaela Cristina, Candeias,
Jaboatão dos Guararapes-PE. E como os RÉUS INCERTOS E DESCONHECIDOS e EVENTUAIS TERCEIROS INTERESSADOS, se
encontram em local incerto e não sabido, mandei expedir o presente Edital do qual CITO-OS e O HEI POR CITADOS , para acompanharem
a presente ação em todos os seus termos, até final julgamento, bem como querendo contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de
revelia e confissão. Advertindo-os de que: “NÃO SENDO CONTESTADA A AÇÃO PRESUMEM-SE ACEITOS COMO VERDADEIROS OS FATOS
ARTICULADOS NA INICIAL. ART.344 DO NCPC”. O presente Edital deverá ser publicado sob os auspícios da justiça gratuita. Jaboatão
dos Guararapes-PE, 03 de dezembro de 2018. Eu, __________________, Lídice Cavalcanti de Almeida, Chefe de Secretaria, fiz digitar e assino.
José Faustino Macêdo de Souza Ferreira, Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos Guararapes-PE.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho: “(...) Na hipótese de interposição de recurso de apelação, intime-se o apelado para apresentar contrarrazões . (...) Jaboatão dos
Guararapes, 05 de novembro de 2.018.Fabiana Moraes Silva,Juíza de Direito.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
Despacho: “(...) Caso haja interposição de apelação, em consonância com o disposto no art. 1.010, §1º, do CPC, intime-se a parte apelada para,
querendo, apresentar contrarrazões dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis. (...) Jaboatão dos Guararapes, 18 de outubro de 2.018.Fabiana
Moraes Silva,Juíza de Direito.”
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pelo presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados da DECISÃO proferida, por este JUÍZO, no processo
abaixo relacionado:
1002
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PROCESSO: 0038422-35.2016.8.17.0810
ACUSADO(S): ANTONIO AUGUSTO TAVARES DA SILVA FILHO
ÉRIKA VERUSKA TAVARES DA CRUZ
ELVÂNIA TAVARES DA CRUZ
ADRIANO CRUZ MACEDO
JUAN PABLO DUARTE RIBEIRO
RUAN HENRIQUE DA SILVA
JARDEL NASCIMENTO DA SILVA
JEFFERSON GUILHERME DA SILVA
DEFESA: JADER DE ALBUQUERQUE CORDEIRO, OAB/PE 28304
RÔMULO ALENCAR,OAB/PE 14.766
FÁBIO FERREIRA LINS,OAB/PE 36017
SALATIEL LIMA TEIXEIRA NETO, 42071
DELIBERAÇÕES EM AUDIÊNCIA: (...) Em seguida , dê-se vistas ao Ministério Público, por 05(cinco) dias, para apresentação das alegações
finais.Devolvido os autos, dê-se vista a Defensoria Pública para, no mesmo prazo, oferecer as alegações derradeiras. Em seguida, intimem-se os
advogados dos acusados para apresentação de suas alegações finais, no prazo comum de 05(cinco) dias. Após , venham-me os autos conclusos
para decisão.Jaboatão dos Guararapes,17 de setembro de 2018.Maria da Conceição Godoi Bertholini juíza de Direito
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Pela presente, ficam os advogados, a DEVOLVER OS PROCESSOS abaixo pelo prazo de 48 horas, sob pena de busca e apreens¿o:
Invent¿rio 0014496-93.2014.8.17.0810 MARIA JOSE BARBOSA DA GUIA X MARIA JOSE FERREIRA DA SILVA REMESSA CARGA EM
31/08/2016 12:24 ADVOGADO PE037000 Eduardo Dias da Paix¿o
Invent¿rio 0011407-62.2014.8.17.0810 MAURIZETE SOUZA DA SILVA X ELIZABETE DE SOUZA SILVA REMESSA CARGA EM 30/07/2018
10:43 ADVOGADO PE016515 Polyana Tavares de Campos
Arrolamento Comum, 48145-54.2011.8.17.0810 Olga Sueli dos Anjos Pacciulli X Eduardo Felipe dos Anjos Pacciulli REMESSA CARGA EM
17/08/2018 12:46 ADVOGADO PE016331 Adriana Mello Oliveira de Campos Macha
Invent¿rio 0000089-25.1990.8.17.0810 nelsa ferreira villarim X austriclinio villarim Sobrinho REMESSA CARGA EM 28/09/2018 11:19
ADVOGADO PI002329 Pedro de Alcantara Silva de Alencar
Invent¿rio 0006103-34.2004.8.17.0810 EDINALDO ERNANI DOS SANTOS X AURELIANO ERNANDI DOS SANTOS REMESSA CARGA EM
28/09/2018 11:31 ADVOGADO PE012696 Gilda Maria Mendes Caminha
Invent¿rio 0076824-84.1999.8.17.0810 Lucilene Fernandes dos Santos da Silva X Pedro Martins da Silva REMESSA CARGA EM 16/10/2018
15:03 ADVOGADO PE032807 SILVIO LUIZ FERREIRA
Invent¿rio 0000215-07.1992.8.17.0810 MARIA AUGUSTA MOURA GUEDES DE ARA¿JO X ROSTAND SANTOS CARDOSO
REMESSA CARGA EM 23/10/2018 12:03 ADVOGADO PE017178 Ana Cristina Coutinho Regis
Invent¿rio 0003674-89.2007.8.17.0810 SUELI DE FIGUEIROA FARIA BARRETO X LAURO DE FIGUEIROA FARIA REMESSA CARGA EM
23/10/2018 12:06 ADVOGADO PE017178 Ana Cristina Coutinho Regis
Invent¿rio 0010822-49.2010.8.17.0810 ELANI VANESSA SANTOS SILVA DE ALBUQUERQUE X CARLOS JOSE RIBAS DE ALBUQUERQUE
REMESSA CARGA EM 23/10/2018 12:07 ADVOGADO PE017178 Ana Cristina Coutinho Regis
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Data: 05/12/2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores – EXCETO A FAZENDA PÚBLICA - intimados DO DESPACHO
nos processos abaixo relacionados
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Obs: De acordo com o Art. 23, da Instrução de Serviço nº 02, de 27/03/2006, deste Juízo, publicada no DOE/PJ nº 60, fls. 47, 30/03/2006,
desnecessária se torna a assinatura do Juiz de Direito Titular desta Vara neste expediente.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO , nos
processos abaixo relacionados:
DESPACHO
Compulsando os autos, verifico que após a certidão de trânsito em julgado da ação ordinária (fls. 426) a Advogada das autoras apresentou
contrarrazões (fls. 434/439) ao recurso de apelação de outro processo (nº 0038615-26.2011.8.17.0810), inclusive citando o nome de pessoa que
não faz parte do polo ativo, Sra. Ivaneide Ferreira de Paula (fls. 434). Assim, entendo que a petição de fls. 434/439 (contrarrazões ao recurso
da apelação) não deve ser analisada . Verifico também, diante do cumprimento de sentença de fls. 441/442, que o exeqüente não indicou
o valor da causa. Isto posto, determino que o exeqüente indique, no prazo de 30 (trinta) dias, o valor da causa . Por fim, ordeno que a
Secretaria promova a alteração da classe processual do procedimento atual para a fase de cumprimento de sentença. Intime-se. Jaboatão dos
Guararapes, PE, 20 de agosto de 2018. Adriana Karla Souza Mendonça de Oliveira Juíza de Direito
DESPACHO
Compulsando os autos, verifico que o Município autor, em petição de fls. 728/734, requereu a expedição de precatório judicial no valor
incontroverso de R$ 202.484,65 (duzentos e dois mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos), devidamente atualizado,
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
acrescido de honorários advocatícios. Requereu também que, realizada a inscrição, proceda-se com a emissão de ofício ao cartório de registro
de imóveis, determinando-se a averbação da sentença de desapropriação, já transitada em julgado, à margem da matrícula nº 16751, para tão
somente lavrar a escritura após o pagamento efetivo do precatório judicial. Isto posto, determino a expedição de precatório no valor de R
$ 202.484,65 (duzentos e dois mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos), devidamente atualizado, bem como a
averbação da sentença já transitada em julgado no Cartório de Registro de Imóveis. Cumpra-se. Jaboatão dos Guararapes, 11 de outubro de
2018. Adriana Karla Souza Mendonça de Oliveira Juíza de Direito
DESPACHO
Intimem-se as partes para, no prazo sucessivo de 15 (quinze) dias úteis, começando o prazo pela parte autora, apresentarem
manifestação acerca dos esclarecimentos do Perito (fls. 267) . Intimem-se. Jaboatão dos Guararapes, PE, 18/10/2018. Adriana Karla Souza
Mendonça de Oliveira Juíza de Direito
DESPACHO
Trata-se de AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE UTILIDADE PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR DE IMISSÃO PROVISÓRIA
NA POSSE interposta pelo MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES contra FRANCISCO JORGE BRANDÃO e OUTROS , sendo
os bens imóveis denominados Lotes 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 18, 19 e 20 da Quadra 2-E do Loteamento Jardim Nossa Senhora das Graças, localizado
em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes/PE. Compulsando os autos, observo que o Município autor requereu a desistência da ação às fls.
468/470, em virtude do Decreto nº 72, de 27 de junho de 2018, ter revogado o Decreto nº 97/2014, que havia declarado a utilidade pública
para fins de desapropriação dos imóveis acima mencionados. Intimem-se os expropriados que foram devidamente citados (à exceção
dos que já se manifestaram acerca da desistência às fls. 473/476 e 479/481) para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestarem-se acerca
do pedido de desistência da ação formulado pela parte autora. Após, com ou sem resposta dos réus, voltem-me os autos conclusos para
posterior deliberação. Cumpra-se. Jaboatão dos Guararapes, 28 de novembro de 2018. Valéria Maria de Lima Melo Estima Juíza de Direito
em Exercício Cumulativo
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DESPACHO
Compulsando os autos, verifico que o Município autor, em petição de fls. 110-110-V, manifestou sua discordância quanto ao pedido de
levantamento de 80% (oitenta por cento) dos valores depositados (fls. 96/97), tendo em vista a ausência de apresentação de todos os documentos
exigidos sobre a regularidade fiscal do requerente (arts. 33 § 2º e 34 do Decreto-Lei nº 3.365/1941). Isto posto, determino a intimação do Réu
para acostar aos autos documento comprobatório de propriedade do imóvel, bem como certidão de quitação de dívidas fiscais que
recaiam sobre o bem expropriado, a fim de que se proceda com a expedição do Alvará para levantamento dos valores depositados .
Cumpra-se. Jaboatão dos Guararapes, 13 de novembro de 2018. Valéria Maria de Lima Melo Estima Juíza de Direito em Exercício Cumulativo
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PODER JUDICIÁRIO
ESTADO DE PERNAMBUCO
A Dra. ANE DE SENA LINS , Juíza de Direito Titular da 4ª Vara de família e Registro Civil da Comarca do Jaboatão dos Guararapes - PE,
em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiver, que perante este Juízo e Secretaria, tramitou os autos nº
0005959-54.2016.8.17.2810 –SUBSTITUIÇÃO DE CURATELA, requerida por IVALDO JOSÉ FARIAS em substituição à Srª. MARIA JOSÉ
DE FARIAS , tendo como curatelada SONIA FERREIRA DA SILVA , sendo-lhe nomeada curador IVALDO JOSÉ FARIAS , que não poderá,
por qualquer modo, alienar ou onerar bens móveis, imóveis ou de quaisquer naturezas pertencentes à pessoa dela, interdita, sem autorização
judicial. Para que chegue ao conhecimento de todos foi expedido o presente EDITAL, que será publicado no Diário Oficial por (03) três vezes
com intervalo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 1184 do CPC . DADO E PASSADO, nesta cidade do Jaboatão dos Guararapes, Estado de
Pernambuco, aos sete dias do mês de novembro de 2018. Eu, Maria Imaculada da C. de Carvalho, Técnica Judiciária, o digitei.
ANE DE SENA LINS
Juíza de Direito
Ação de Interdição nº 0023064-10.2017.8.17.2810
REQUERENTE: ROSWITHA JAMES FERREIRA GUSMAO
REQUERIDO: EDUARDO JOSE GUSMAO
EDITAL DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA DE INTERDIÇÃO
Ação de Interdição 0023064-10.2017.8.17.2810
Expediente PJE
ID 37604948
1ª Publicação
A Dra. Ane de Sena Lins, Juíza de Direito da 4ª vara de Família e Registro
Civil da Comarca de Jaboatão dos Guararapes/PE, em virtude da Lei, etc...
FAZ SABER a quantos o presente edital vir ou dele conhecimento tiver, que perante este Juízo e Secretaria, tramitou Ação de Interdição nº
0023064-10.2017.8.17.2810– INTERDIÇÃO , requerida por ROSWITHA JAMES FERREIRA GUSMAO em favor de EDUARDO JOSE
GUSMAO,. ISTO POSTO , considerando a documentação inserta nos autos, o Exame Médico Pericial, o parecer favorável do Ministério Público,
e tudo o mais que dos autos consta, além dos princípios de direito e a nova legislação aplicável espécie, JULGO PROCEDENTE, em parte ,
o pedido e, em consequência, DECRETO A INTERDIÇÃO de EDUARDO JOSÉ GUSMÃO, brasileiro, natural de Cabo de Santo Agostinho/
PE, divorciado, nascido em 13/10/1969, declarando-o, por conseguinte, incapaz de, em caráter relativo e permanente , praticar atos
da vida civil relacionados à administração de seus recursos e bens, em face do que lhe nomeio CURADORA sua filha, ROSWITHA JAMES
FERREIRA GUSMÃO , também qualificada, que deverá prestar o compromisso legal, dispensando-lhe a hipoteca legal e exercer seu múnus
pessoalmente, perdurando o encargo por tempo indeterminado, até que seja dispensado por sentença judicial, tudo o que faço com esteio no art.
4º, III e arts. 1.767 e seguintes do Código Civil c/c art. 747 e seguintes do Código de Processo Civil/15. Saliente que, em respeito ao Art. 1.772
do Código Civil, fica o(a) curador(a) com poderes restritos aos termos do Art. 1.782, sendo, assim, vedado ao interditado, sem a assistência de
sua Curadora, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandada, e praticar, em geral, os atos que não sejam de
mera administração. Ademais, nos termos do art. 1.741 do Código civil, fica a Curadora com poderes limitados aos atos de mera administração
dos bens do(a) ora interditado(a), mantendo em seu poder valores monetários da interditada no limite necessário e suficiente para a aquisição
de suas despesas ordinárias, com expressa proibição de contrair empréstimos ou quaisquer outras obrigações em nome da mesma sem prévia
e expressa autorização deste Juízo.Registro, por oportuno, que os valores eventualmente recebidos de entidades previdenciárias deverão ser
aplicados exclusivamente na saúde, na alimentação e na bem-estar do interdito.Nos termos dos arts. 29, inciso V, arts. 92 e 93 da lei nº 6.015/73
c/c art. 755 parágrafo 3º do CPC/15, inscreva-se a presente sentença no Cartório competente e demais determinações contidas no
dispositivo. Publique-se a sentença no Diário Oficial do Poder Judiciário por três (03) vezes, com intervalo de dez (10) dias, constando do Edital
os nomes do interditado e da Curadora, a causa da interdição e os limites da curatela, se houver, conforme disposição prevista no art. 755, §3º
do CPC/15 e no art. 9º, inciso III do Código Civil, com comprovação das publicações nos autos.Cumpridas as determinações supra, intime-se
a Curadora ora nomeada para prestar compromisso no prazo de cinco (05) dias nos termos do art. 759, inciso I do CPC/15.Sem custas face à
concessão dos benefícios da Justiça Gratuita.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Cientifique-se o MP.Cumpra-se. Esta sentença tem força
de MANDADO DE REGISTRO E AVERBAÇÃO , ficando dispensada a confecção deste expediente, devendo o Sr. Oficial a quem for
esta decisão apresentada promover as competentes inscrições registrais conforme determinado no dispositivo, sem a cobrança de
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taxas ou emolumentos (art. 2° da Lei Estadual n° 11.404, de 19.12.1996), eis que concedido o benefício da gratuidade da justiça .Após o
cumprimento de todas as formalidades legais, AO ARQUIVO, com as cautelas de estilo.Jaboatão dos Guararapes-PE, 24 de julho de 2018.Para
que chegue ao conhecimento de todos foi expedido o presente EDITAL, que será publicado no Diário Oficial por (03) três vezes com intervalo
de 10 (dez) dias, nos termos do art. 755, §3° do Código de Processo Civil . DADO E PASSADO, nesta cidade do Jaboatão dos Guararapes,
Estado de Pernambuco, 08 de novembro de 2018. Eu, José Beserra da Costa, Técnico Judiciário, o digitei.
Ane de Sena Lins
Juíza de Direito
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
O(a) Dr(a). Hailton Gonçalves da Silva , Juiz de Direito na comarca de JOÃO ALFREDO, Estado de Pernambuco, em virtude da
Lei, etc.
Faz saber ao(s) béis (a). LUIZ VALDEMIRO SOARES COSTA, brasileiro, casado, inscrito na OAB-PI N: 4.027-A e na OAB-MA n: 9.487-A, com
endereço profissional à Rua David caldas, 139, centro/sul, Teresina-PI CEP: 64.001-190, BELA KARLA FABIANA SANTOS DA SILVA, OAB
PE 24.932-D, que nesta comarca tramita o processo em epígrafe, ficam os mesmos intimados a tomar conhecimento do despacho de fls. No
processo em epígrafe, e para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, Eu, Edson Marconi dos Santos Silva, téc. Judiciário,
mat. 185618-9, o digitei e submeti à conferência da chefia imediata, ( POR ORDEM DO MM JUIZ DE DIREITO DESTA COMARCA (INSTRUÇÃO
NORMATIVA DE SERVIÇO N: 01/2008).
Processos:
834-36.2013.8.17.0830;
804-98.2013.17.0830;
359-80.2013. 17.0830;
378-86.2013. 17.0830.
(...)
Nos termos do art. 1.010, §1º do CPC/2015, determino a intimação do(a) apelado(a) para querendo apresentar contrarrazões,
no prazo de 15 (quinze) dias.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco.
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tramitação desta ação deverá ser feita através do referido sistema, sendo necessária a utilização de Certificação Digital. As instruções para
cadastramento e uso do sistema podem ser obtidas através do seguinte endereço na internet: http://www.tjpe.jus.br/web/processo-judicial-
eletronico/cadastro-de-advogado . Objeto da ação : UMA CASA RESIDENCIAL, CONSTRUÍDA DE TIJOLOS E COBERTA COM TELHAS,
SITUADA NA RUA MANOEL ANASTÁCIO DE SOUZA, Nº 81–BAIRRO BOA VISTA, NESTA CIDADE(ANTERIORMENTE COM DENOMINAÇÃO
DE RUA SÉRGIO AMARO DO NASCIMENTO), COM TERRAÇO GRADEADO, UMA PORTA E UM JANELÃO DE FRENTE, SALA ÚNICA,
DOIS QUARTOS, COZINHA, BANHEIRO, QUINTAL MURADO, MEDINDO 5 M X13M, ÁREA CONSTRUÍDA 65M2, EDIFICADA EM TERRENO
PRÓPRIO, MEDINDO 6 METROS DE FRENTE E FUNDOS POR 20 M DE COMPRIMENTO EM AMBOS OS LADOS, PERFAZENDO UMA ÁREA
DE 120M2, COM INSCRIÇÃO 01011806901– IPTU. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, BRUNO CEZAR
PEREIRA DA SILVA DANTAS, o digitei e submeti à conferência e assinatura(s).
JOÃO ALFREDO, 5 de dezembro de 2018.
BCPSD
TPJ
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Doutor Hailton Gonçalves da Silva, Juiz de Direito em exercício cumulativo da Vara Única da Comarca de João Alfredo-PE, em virtude da
lei, etc... FAZ SABER a(o)(s) Bel(a)(s ) Dr, ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO, OAB/PE nº 23.255, que na comarca de João Alfredo/
PE, situado à AV. Presidente Kennedy, - Centro João Alfredo/PE, tramita(m) o(s) um Procedimento Sumário nº 0000906-23.2013 , tendo como
requerente e requerido as pessoas acima mencionado . DESPACHO : “01.Tendo a apelação sido interposta tempestivamente (art. 1.003, § 5º
NCPC), cujo preparo se encontra comprovado ou dispensado (arts. 1.009 e 1.007, caput e § 1º, NCPC). 02.Intime-se o apelado para apresentar
contrarrazões em 15 dias (art. 1.010, § 1º, NCPC). 03. A seguir, com ou sem resposta, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de
Justiça de Pernambuco (art. 1.010, § 3º, NCPC)”. João Alfredo, 17/08/2018. Hailton Gonçalves da Silva. Juiz de Direito”.
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Fica(m) o(a)(s) mesmo(a)(s) INTIMADO(A)(S) do Despacho infra prolatado nos autos. Dado e passado na Comarca de João Alfredo aos
05/12/2018.
Eu, ANNALLY KASSIANYA DA SILVA , matricula nº: 18.6478-5, o digitei, ( POR ORDEM DO MM JUIZ DE DIREITO DESTA COMARCA
(INSTRUÇÃO NORMATIVA DE SERVIÇO N: 01/2008).
EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Doutor Hailton Gonçalves da Silva, Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de João Alfredo-PE, em virtude da lei, etc... FAZ
SABER a(o)(s) Bel(a)(s) Dr. FLÁVIO AURELIANO DA SILVA NETO , OAB/PB n.º 12.429, que na comarca de João Alfredo/PE, situado à AV
Presidente Kennedy, - Centro João Alfredo/PE, tramita(m) o(s) Procedimento(s) De Conhecimento, abaixo listados. Fica(m) o(a)(s) mesmo(a)
(s) INTIMADO(A)(S) Do Despacho infra prolatado nos autos.
É parte do teor do Despacho : “ Aduz a requerente JEANE DE ALBUQUERQUE MELO SILVA que trabalha como AGENTE COMUNITÁRIO DE
SAÚDE junto ao Município de JOÃO ALFREDO/PE, exercendo atividade insalubre. Assim sendo, determino a realização da necessária perícia.
Como perito do juízo, nomeio perito credenciado junto à Diretoria de Saúde – Perícia Judiciária, na especialidade de Medicina do Trabalho,
independentemente de compromisso, devendo responder aos seguintes quesitos e outros que sejam formulados pelas partes: Quesito nº 1 . O
serviço desempenhado pela reclamante, assim como o local e o ambiente em que labora apresentam condições insalubres? Quesito nº 2 . Em
caso de resposta afirmativa ao quesito nº 1, informe qual o agente ou agentes deletérios que envolvem a atividade e o ambiente? Quesito nº 3
. Ainda, sendo afirmativa a resposta ao quesito nº 2, o agente ou agentes deletérios constatados se enquadram na NR 15, Anexo 13, da Portaria
nº 3214/78 do Ministério do Trabalho, ou outra Norma Regulamentar? Quesito nº 4 . Sendo afirmativa a resposta ao quesito nº 3, qual o grau de
enquadramento? Quesito nº 5 . Informe o senhor perito se na seção em que trabalha a requerente algum outro funcionário que exerça a mesma
função recebe adicional de insalubridade. Quesito nº 6 . Os funcionários utilizam adequados equipamentos de proteção individual e coletivos?
Quesito nº 7 . Se positivo, há fiscalização quanto ao correto uso pela requerente? Quesito nº 8 . Estariam estes equipamentos dentro do padrão
de qualidade exigido pelo órgão competente? Quesito nº 9 . Os EPIs fornecidos pelo Município são capazes de elidir eventuais efeitos nocivos à
saúde da requerente? Quesito nº 10 . O Município, mantém em seus quadros funcionais, profissionais habilitados para a orientação e fiscalização
do uso dos EPIs e coletivos? Fixo em NOVENTA dias o prazo para a entrega do laudo. Cientifique-se da nomeação, solicitando da Diretoria/perito
marcar dia e hora para a realização do exame (art. 431-A, CPC), a fim de que se proceda com a intimação de assistentes e das partes. Os autos
deverão ser remetidos à Diretoria, se solicitado. Concedo vista às partes, podendo as mesmas formular quesitos, caso entendam necessário, e
nomear assistentes técnicos, no prazo de 15 (quinze) dias. João Alfredo, 14/03/2018. HAILTON GONÇALVES DA SILVA. Juiz de Direito.
RELAÇÃO DE PROCESSOS:
00000115-54.2013.8.17.0830
Partes:
Requerente: JEANE DE ALBUQUERQUE MELO SILVA
Requerido: MUNICIPIO DE JOÃO ALFREDO/PE
0000116-39.2013.8.17.0830
Partes:
Requerente: JOELMA FERREIRA DA SILVA
Requerido: MUNICIPIO DE JOÃO ALFREDO/PE
Eu, ANNALLY KASSIANYA DA SILVA , matricula nº: 186.478-5, o digitei ( POR ORDEM DO MM JUIZ DE DIREITO DESTA COMARCA
(INSTRUÇÃO NORMATIVA DE SERVIÇO N: 01/2008).
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
O(a) Dr(a). Hailton Gonçalves da Silva , Juiz de Direito na comarca de JOÃO ALFREDO, Estado de Pernambuco, em virtude da
Lei, etc.
Faz saber ao(s) Béis (a). GIVALDO CANDIDO DOS SANTOS, OAB PE 9831, BEL. GILLIAN GUSTAVO OLIVEIRA DOS SANTOS OAB PE
35.540, BEL. FELIPE MIGUEL CARNEIRO LEÃO KRUSE, OAB PE 35.334, KARLA RENATA PAIVA MEDEIROS DE FARIAS OAB PE 36.102,
BEL. JEFERSON FERREIRA DA CRUZ, OAB PE 37.2016, BELA MARIA JOSÉ JERÔNIMO GUERRA ARAÚJO, OAB PE 31.809 , que nesta
comarca tramita o processo em epígrafe , (procedimento de conhecimento), ficam os mesmos intimados a tomar conhecimento do Despacho
de fl. 98 no processo em epígrafe, e para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, Eu, Edson Marconi dos Santos Silva, Téc.
Judiciário, Mat. 185618-9, o digitei e submeti à conferência da chefia imediata, ( POR ORDEM DO MM JUIZ DE DIREITO DESTA COMARCA
(INSTRUÇÃO NORMATIVA DE SERVIÇO N: 01/2008).
É o teor do Despacho:
DESPACHO
Diga a parte autora sobre a contestação e documentos acostados às folhas retro pela parte suplicada, nos termos do
art. 437 do CPC/2015.
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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determinou a suspensão das liminares concedidas nos autos das Ações de Reintegração de Posse que envolvem o bem inventariado. Por ocasião
da audiência de instrução e julgamento, a Magistrada deferiu o pleito formulado pelo advogado da parte autora, o que restou cumprido às fls.
99/100, e determinou a conclusão dos autos para prolatação de sentença (fls. 98/98v). Todavia, por determinação expressa no termo de audiência
de fls. 103/103v, foi determinada a elaboração de pauta única de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que
envolvam os bens que compõem o espólio do Sr. José Galdino Alves. Porém, a certidão de fl. 104 informou que alguns herdeiros do referido
inventariado não foram localizados e, assim tornou-se inviável a elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão
dos presentes autos para decisão. É o que importa relatar. DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos
do art. 355, II do CPC/2015, prescindindo, pois, de dilação probatória. Isto porque foi aplicada a revelia, com seus efeitos, face à inércia da parte
promovida. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de
regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da
posse, os quais são configurados para responder especificamente às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-
se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que, diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais
é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de que o
imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário,
realizou contrato de compra e venda a título precário com o herdeiro Henrique Riordam (fls. 35/37), tomando posse do imóvel ora discutido e
impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio
pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de
esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento
encartado à fl. 12 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como
tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do
espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de
esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o
possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação
de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de
praticar atos de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador,
uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr.
José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998
(fl. 14), partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside.
Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no
dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato
este realizado unilateralmente pelo herdeiro Henrique Riordam sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante
legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 51/52 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel
em disseptação, determinando: "que o promovido ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se
abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos
os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a
presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão,
sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência,
fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso
temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até
a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório
ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens
nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante
com a assinatura do termo de compromisso (fl. 12). Assim sendo, resta comprovado que a conduta do promovido se constituiu em ato de esbulho
possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que
não tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado
de posse que a representante legal da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem
concluir que houve esbulho por parte do promovido, tendo ocorrido o ato em meados do mês de janeiro de 2015. De toda sorte, embora haja
determinação judicial liminar presentes autos, que restou suspensa por força da decisão constante no documento de fl. 97, urge que lhe seja
concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 51/52, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO
e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse
plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/05, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação
com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da
Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se
ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R
$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 13 de novembro de
2018. LUCAS TAVARES COUTINHO Juiz de Direito em Exercício Cumulativo TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo
da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório
ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pelos promovidos, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens
nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante
com a assinatura do termo de compromisso (fl. 12). Assim sendo, resta comprovado que a conduta dos promovidos se constituiu em ato de
esbulho possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda
que não tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado
de posse que a representante legal da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem
concluir que houve esbulho por parte dos promovidos, tendo ocorrido o ato em meados do mês de janeiro de 2015. De toda sorte, embora haja
determinação judicial liminar presentes autos, que restou suspensa por força da decisão constante no documento de fl. 79, urge que lhe seja
concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 51/52, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO
e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse
plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/05, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação
com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da
Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se
ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R
$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 14 de novembro de
2018. LUCAS TAVARES COUTINHO Juiz de Direito em Exercício Cumulativo TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo
da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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Alves. Porém, a certidão de fl. 94 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram localizados e, assim tornou-se inviável a
elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos para decisão. É o que importa relatar.
DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do CPC/2015, prescindindo, pois, de dilação
probatória. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de
regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da
posse, os quais são configurados para responder especificamente às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-
se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que, diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais
é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de que o
imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário,
realizou contrato de compra e venda a título precário com o herdeiro Henrique Riordam (fls. 46/50), tomando posse do imóvel ora discutido e
impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio
pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de
esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento
encartado à fl. 23 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como
tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do
espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de
esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o
possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação
de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de
praticar atos de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador,
uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr.
José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998
(fl. 25), partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside.
Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no
dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato
este realizado unilateralmente pelo herdeiro Henrique Riordam sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante
legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 62/63 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel
em disseptação, determinando: "que o promovido ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se
abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos
os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a
presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão,
sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência,
fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso
temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até
a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório
ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens
nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante
com a assinatura do termo de compromisso (fl. 23). Assim sendo, resta comprovado que a conduta do promovido se constituiu em ato de esbulho
possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que
não tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado
de posse que a representante legal da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem
concluir que houve esbulho por parte do promovido, tendo ocorrido o ato em meados do mês de janeiro de 2015. De toda sorte, embora haja
determinação judicial liminar presentes autos, que restou suspensa por força da decisão constante no documento de fl. 87, urge que lhe seja
concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 51/52, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO
e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse
plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/11, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação
com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da
Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se
ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R
$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 14 de novembro de
2018. LUCAS TAVARES COUTINHO Juiz de Direito em Exercício Cumulativo TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo
da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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de nome Raísa Ferreira Galdino Alves, à qual restou reservada a metade da parte disponível dos bens deixados pelo "De cujus" por força de
testamento (fls. 22/24). Desse modo, afirma a requerente que detém com sua filha aproximadamente 80% (oitenta por cento) do patrimônio do
espólio, restando aos demais herdeiros do falecido apenas 20% (Vinte por cento) dos bens disponíveis. Argumenta que reside há anos na Fazenda
São Vicente, imóvel este que compõe o mencionado espólio, tendo ali arrendado porções de terras para terceiros, bem como efetuado plantio de
diversas culturas agrícolas e criado pequeno rebanho bovino. Relata que da referida fazenda, originalmente composta por 623 hectares, restaram
somente 150 hectares de terras livres e na posse direta da inventariante, uma vez que 233 hectares foram utilizados na quitação de dívida na
Justiça do Trabalho, 60 hectares na quitação de dívida na Justiça Federal e 180 hectares tratam-se de terras vendidas/transacionadas pelo Sr.
José Galdino Alves ainda em vida, ocupadas pelos adquirentes desde a época da realização das ditas transações. A referida dimensão restante do
espólio foi plenamente reconhecida pelos demais herdeiros por ocasião da elaboração de petição de homologação de acordo judicial protocolada
nos autos do inventário (fls. 26/33), onde ficou pactuada a divisão da Fazenda São Vicente, tudo explanado mediante mapa e memorial descritivo
confeccionado por profissional habilitado. Acrescenta que, inesperadamente e sem prestar qualquer explicação, a partir de janeiro do corrente
ano, os demais herdeiros passaram a vender para várias pessoas vultosas porções de terra do bem que constitui o espólio, inclusive as que
haviam sido reservadas à inventariante, ora representante legal do autor, no malfadado acordo. Alega que tais vendas tiveram anuência de todos
os demais herdeiros e foram promovidas pelo herdeiro Henrique Riordam Galdino de Moais, subscritor dos respectivos documentos de venda.
Registra, ainda, que os demais herdeiros passaram a dar posse aos seus compradores, recebendo destes vultosas quantias em dinheiro, tudo
sem o conhecimento ou autorização da inventariante, o que inviabilizou a efetivação da tentativa de composição judicial supramencionada. Dessa
forma, a representante legal do promovente esclarece que o promovido adentrou na parte de terra adquirida sem autorização da inventariante e
ocupou cerca de 04 (quatro) hectares, arrebentando cadeados, cortando cercas e colocando o seu gado para pastar, inclusive misturando seus
bovinos com os demais já existentes. Embora tenha Sra. Maria José informado ao promovido que a referida área não poderia ter sido vendida
nem ocupada em razão de estar ela reservada como parte tocante à inventariante em acordo, ou mesmo pelo fato de que o inventário ainda não
havia sido encerrado a ponto de definir a área de cada herdeiro, tais apelos foram ignorados, não lhe restando alternativa senão a de recorrer
ao Poder Judiciário. Às fls. 48/49 e 55/56, aportaram aos autos Boletins de Ocorrência em que a representante legal da parte autora informou
à Autoridade Policial a existência de atos de esbulho possessório ocorridos no mês de janeiro do corrente ano na Fazenda São Vicente. Juntou
aos autos os documentos de fls. 18/58v, entre eles, seus documentos pessoais, termo de compromisso de inventariante nos autos da Ação de
Inventário n° 320-98.2011.8.17.0880, que tramita nesta Comarca, procuração, testamento deixado pelo "De cujus", contrato de comodato, pedido
de homologação de acordo formulado nos autos da ação de inventário, plantas do imóvel em referência, certidão do cartório de registro de imóvel,
recibos de compra e venda, boletins de ocorrência, fotografias, dentre outros. Em decisão exarada às fls. 60/61, foi deferido o pleito liminar e
determinada a reintegração da autora na posse do imóvel em disseptação. Promovida a citação (fl. 58), o demandado foi efetivamente citado às
fls. 68/68v, tendo apresentado resposta nos presentes autos às fls.103/122. Às fls. 69/100, consta petição comprovando a interposição de agravo
de instrumento contra a decisão liminar exarada às fls. 60/61. Na peça de contenção, o promovido suscitou preliminarmente a carência de ação
da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a inexistência de
pagamento das custas iniciais. No mérito, alegou que não houve ato de esbulho possessório e que deu fim social à propriedade, pleiteando a total
improcedência da ação. Juntou documentos às fls. 119/122. Outrossim, foi oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns
para que efetivasse o imediato cumprimento da liminar outrora deferida. Em réplica, a promovente rebateu as preliminares e razões de mérito
suscitadas pelo promovido, requerendo o imediato cumprimento da reintegração de posse deferida liminarmente e a total procedência da exordial.
Por sua vez, o promovido protocolou petição às fls. 124/125, tendo requerido a suspensão da medida liminar. Em decisão exarada às fls. 150/150v,
foi deferida a prorrogação do prazo assinalado para cumprimento do mandado reintegratório. Por ocasião da audiência de instrução (fls. 178/178v)
foi exarada decisão determinando o imediato cumprimento da liminar de reintegração da parte autora na posse do imóvel, o que foi ratificado
pela decisão de fls. 219/220. Porém, às fls. 182/218, consta petição comprovando nova interposição de agravo de instrumento contra a decisão
liminar exarada às fls. 178/178v. Consta ata da reunião de desocupação voluntária à fl. 227, tendo ali sido aparentemente firmado acordo entre
as partes litigante para suspensão do mandado reintegratório para fins de que os atuais ocupantes pudessem efetuar a retirada da colheita
da lavoura ali plantada. Às fls. 228/229, foram colacionadas certidão e decisão exaradas nos autos do Inventário nº 320-98.2011.8.17.0880,
em que a Magistrada oficiante à época neste Juízo determinou novamente a suspensão das liminares concedidas nos autos das Ações de
Reintegração de Posse que envolvem o bem inventariado. A certidão e documentos de fls. 234/244 informam que foi negado provimento ao
agravo de instrumento manejado pela defesa do promovido. Ademais, por determinação expressa no termo de audiência de fls. 233/233v, foi
determinada a elaboração de pauta única de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que envolvam os bens que
compõem o espólio do Sr. José Galdino Alves. Porém, a certidão de fl. 245 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram
localizados e, assim tornou-se inviável a elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos
para decisão. É o que importa relatar. DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do
CPC/2015, prescindindo, pois, de dilação probatória. Passo à análise das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às
preliminares de carência de ação da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério
Público e a inexistência de pagamento das custas iniciais, constato que todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em
carência de ação, porquanto o bem em discussão é parte integrante do espólio do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite
neste Juízo, tendo a representante do espólio, Sra. Maria José, sido nomeada inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar
pelos direitos e deveres correlatos a tais bens que ainda não foram efetivamente partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual
por ausência de audiência de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem
ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente
o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo
Juiz, que poderá deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva do promovido. Quanto à alegação de ausência de intervenção
do Ministério Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio
não envolve interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares,
que não exigem a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que
a prestação de contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o
compõem, despesas com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para arcar com o o pagamento de custas processuais.
Por tais considerações, rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro
faculta ao possuidor a possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts.
1.210 do Código Civil e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para
responder especificamente às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada
na premissa de que, diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte
autora cinge-se em apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio
deixado pelo Sr. José Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizou contrato de compra e venda a
título precário com o herdeiro Henrique Riordam (fls. 42/45), tomando posse do imóvel ora discutido e impossibilitando o acesso à representante
da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio pela legítima inventariante e sua necessária
posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de esbulho possessório no presente caso,
resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento encartado à fl. 18 comprova que a
representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como tal, plenamente legítima para zelar
pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do espólio. Segundo o doutrinador Silvio
1023
Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de esbulho: "quando o possuidor fica
injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado
do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação de que o fenômeno jurídico do esbulho
ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de praticar atos de disposição com a coisa
possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma vez que ele se adequa com acuidade na
hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José Galdino Alves (falecido), bem como que a
Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 20), partilhando a mesma residência, edificada
no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira
Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece
até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado unilateralmente pelo herdeiro Henrique
Riordam sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta
Comarca deferiu às fls. 60/61 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em disseptação, determinando: "que o promovido ou qualquer
outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o
livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no
prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00
(Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada
da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora
ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na
posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de
tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pelo
promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento
morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo de compromisso (fl. 18). Assim sendo, resta
comprovado que a conduta do promovido se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora
tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que
ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal da parte autora detinha em relação
ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte do promovido, tendo ocorrido o ato
em meados do mês de janeiro de 2015. De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes autos, que restou suspensa por força
da decisão constante no documento de fl. 229, urge que lhe seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando
a liminar deferida às fls. 60/61, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora,
representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06,
situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC.
Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o
imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o
trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 13 de novembro de 2018. LUCAS TAVARES COUTINHO Juiz de Direito em Exercício Cumulativo
TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão
Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
e ocupou cerca de 04 (quatro) hectares, arrebentando cadeados, cortando cercas e colocando o seu gado para pastar, inclusive misturando
seu gado com o gado já existente. Embora tenha Sra. Maria José informado à promovida que a referida área não poderia ter sido vendida nem
ocupada em razão de estar ela reservada como parte tocante à inventariante em acordo, ou mesmo pelo fato de que o inventário ainda não
havia sido encerrado a ponto de definir a área de cada herdeiro, tais apelos foram ignorados, não lhe restando alternativa senão a de recorrer
ao Poder Judiciário. Às fls. 45/46 e 50/51, aportaram aos autos Boletins de Ocorrência em que a representante legal da parte autora informou
à Autoridade Policial a existência de atos de esbulho possessório ocorridos no mês de abril do corrente ano na Fazenda São Vicente. Juntou
aos autos os documentos de fls. 12/49, entre eles, seus documentos pessoais, termo de compromisso de inventariante nos autos da Ação de
Inventário n° 320-98.2011.8.17.0880, que tramita nesta Comarca, procuração, testamento deixado pelo "De cujus", contrato de comodato, pedido
de homologação de acordo formulado nos autos da ação de inventário, plantas do imóvel em referência, certidão do cartório de registro de imóvel,
recibos de compra e venda, boletins de ocorrência, fotografias, dentre outros. Em decisão exarada às fls. 51/52, foi deferido o pleito liminar e
determinada a reintegração da autora na posse do imóvel em disseptação. Promovida a citação, a demandada foi efetivamente citada à fl. 52,
tendo apresentado resposta nos presentes autos às fls.90/109. Às fls. 55/86, consta petição comprovando a interposição de agravo de instrumento
contra a decisão liminar exarada às fls. 51/52. Na peça de contenção, a promovida suscitou preliminarmente a carência de ação da parte autora,
a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a inexistência de pagamento das custas
iniciais. No mérito, alegou que não houve ato de esbulho possessório e que deu fim social à propriedade, pleiteando a total improcedência da
ação. Juntou documentos às fls. 106/109. Outrossim, foi oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns para que efetivasse o
imediato cumprimento da liminar outrora deferida. Em réplica, a promovente rebateu as preliminares e razões de mérito suscitadas pela promovida,
requerendo o imediato cumprimento da reintegração de posse deferida liminarmente e a total procedência da exordial. Por sua vez, a promovida
protocolou petição às fls. 152/154, tendo requerido a suspensão da medida liminar. Por ocasião da audiência de instrução (fls. 178/178v) foi
negada a prorrogação do prazo assinalado para cumprimento do mandado reintegratório e anunciado o julgamento antecipado do mérito. Porém,
às fls. 171/207, consta petição comprovando nova interposição de agravo de instrumento contra decisão liminar exarada nos autos. Consta
decisão às fls. 208/209 indeferindo o pedido de reconsideração formulado às fls. 171/172. Consta ata da reunião de desocupação voluntária à fl.
216, tendo ali sido aparentemente firmado acordo entre as partes litigante para suspensão do mandado reintegratório para fins de que os atuais
ocupantes pudessem efetuar a retirada da colheita da lavoura ali plantada. A certidão e documentos de fls. 220/229 informam que foi negado
provimento ao agravo de instrumento manejado pela defesa da promovida. Ademais, por determinação expressa no termo de audiência de fls.
219/219v, foi determinada a elaboração de pauta única de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que envolvam
os bens que compõem o espólio do Sr. José Galdino Alves. Porém, a certidão de fl. 230 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não
foram localizados e, assim tornou-se inviável a elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes
autos para decisão. É o que importa relatar. DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I
do CPC/2015, prescindindo, pois, de dilação probatória. Passo à análise das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às
preliminares de carência de ação da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério
Público e a inexistência de pagamento das custas iniciais, constato que todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em
carência de ação, porquanto o bem em discussão é parte integrante do espólio do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite
neste Juízo, tendo a representante do espólio, Sra. Maria José, sido nomeada inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar
pelos direitos e deveres correlatos a tais bens que ainda não foram efetivamente partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual por
ausência de audiência de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o
réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado,
citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que
poderá deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva da promovida. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério
Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve
interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem
a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de
contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas
com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações,
rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a
possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil e
920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente às
ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que, diante
dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em apontar
como esbulho o momento em que a promovida, estando ciente de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José Galdino
Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizou contrato de compra e venda a título precário com os herdeiros
José Galdino Filho, Manoel Galdino Alves Neto, Arnaldo Galdino Alves e Henrique Riordam (fls. 141/144), tomando posse do imóvel ora discutido
e impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio
pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de
esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento
encartado à fl. 12 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como
tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do
espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de
esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o
possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação
de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de
praticar atos de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma
vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José
Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 14),
partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa
união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito
imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este
realizado unilateralmente pelos herdeiros citados na contestação sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante
legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 51/52 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel
em disseptação, determinando: "que a promovida ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se
abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos
os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a
presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão,
sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência,
fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso
temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até
a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório
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ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pela promovida, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens
nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante
com a assinatura do termo de compromisso (fl. 12). Assim sendo, resta comprovado que a conduta da promovida se constituiu em ato de esbulho
possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não
tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse
que a representante legal da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que
houve esbulho por parte da promovida, tendo ocorrido o ato em meados do mês de fevereiro de 2015. De toda sorte, embora haja determinação
judicial liminar presentes autos, urge que seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às
fls. 51/52, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra.
Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06, situado na zona rural deste
município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado
o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente
decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se.
Lagoa do Ouro, 23 de novembro de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO EM EXERCÍCIO CUMULATIVO
TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão
Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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liminar outrora deferida. Em réplica, a promovente rebateu as preliminares e razões de mérito suscitadas pela promovida, requerendo o imediato
cumprimento da reintegração de posse deferida liminarmente e a total procedência da exordial. Por sua vez, a promovida protocolou petição e
documentos às fls. 118/121, tendo requerido a suspensão da medida liminar. Em decisão exarada às fls. 148/148v, foi deferida a prorrogação do
prazo assinalado para cumprimento do mandado reintegratório. Ademais, às fls. 154/168, consta petição requerendo a suspensão da decisão
que determinou o cumprimento da medida liminar deferida, a qual restou indeferida por ocasião da audiência de instrução às fls. 169/169v,
tendo o Magistrado anunciado o julgamento antecipado do mérito. Observa-se que o promovido protocolou novo agravo de instrumento às fls.
173/209. Em decisão de fls. 210/211 foi indeferido o pleito de reconsideração e revogada a decisão de fl. 148/148v, determinando-se o imediato
cumprimento da liminar deferida. Consta ata da reunião de desocupação voluntária à fl. 219, tendo ali sido aparentemente firmado acordo entre
as partes litigantes para suspensão do mandado reintegratório para fins de que os atuais ocupantes pudessem efetuar a retirada da colheita da
lavoura ali plantada, bem como dos seus pertences. Não obstante, consta decisão exarada nos autos do Inventário nº 320-98.2011.8.17.0880
suspendendo a liminar deferida nestes autos (fl. 221). Os documentos de fls. 225/236 informam que o agravo de instrumento interposto pela
parte promovida foi julgado improcedente. Ademais, por determinação expressa no termo de audiência de fls. 233/233v, foi determinada a
elaboração de pauta única de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que envolvam os bens que compõem o
espólio do Sr. José Galdino Alves. Porém, a certidão de fl. 237 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram localizados e,
assim tornou-se inviável a elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos para decisão.
É o que importa relatar. DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do CPC/2015,
prescindindo, pois, de dilação probatória. Passo à análise das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às preliminares
de carência de ação da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a
inexistência de pagamento das custas iniciais, constato que todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em carência de ação,
porquanto o bem em discussão é parte integrante do espólio do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite neste Juízo,
tendo a representante do espólio, Sra. Maria José, sido nomeada inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar pelos direitos
e deveres correlatos a tais bens que ainda não foram efetivamente partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual por ausência de
audiência de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição
do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se
o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que poderá
deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva da parte promovida. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério
Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve
interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem
a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de
contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas
com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações,
rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a
possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil
e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente
às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que,
diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em
apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José
Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizarou contrato de compra e venda a título precário com
o herdeiro Henrique Riordam Galdino de Morais, tomando posse do imóvel ora discutido e impossibilitando o acesso à representante da parte
autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio pela legítima inventariante e sua necessária posse no
imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de esbulho possessório no presente caso, resolve-se as
investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento encartado à fl. 13 comprova que a representante legal
da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres
inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito
Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da
posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado do poder de exercício
de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o
legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de praticar atos de disposição com a coisa possuída em face
de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente.
É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José,
representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 15), partilhando a mesma residência, edificada no terreno em
que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves.
Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente
data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado unilateralmente pelo herdeiro citado na contestação
sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca
deferiu às fls. 58/59 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em disseptação, determinando: "que o promovido José Anísio Teles
ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se abstenham de entrar, dificultar ou impedir de
qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os seus pertences e eventuais animais que lá
se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente determinação judicial, arbitro multa no
valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo a utilização da força pública pra
desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias, etc.) confirmam que a representante
legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para
reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data por expressa determinação judicial.
Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a
título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário. Ora, a posse originária do
imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo de compromisso (fl. 13).
Assim sendo, resta comprovado que a conduta dos promovidos se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir que a representante
legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na sequência de fatos
cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal da parte autora
detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte do promovido,
tendo ocorrido o ato em meados do mês de fevereiro de 2015. De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes autos, urge
que seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 56/57, JULGO PROCEDENTE O
PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na
posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente
ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar
da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-
se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de
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R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 26 de novembro
de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.:
(087)-3785-1913
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determinando-se o imediato cumprimento da liminar deferida. Os documentos de fls. 249 e 259/268v informam que foi negado provimento ao
agravo de instrumento manejado pela defesa da promovida. Porém, consta decisão exarada nos autos do Inventário nº 320-98.2011.8.17.0880
suspendendo a liminar deferida nestes autos (fl. 257). Ademais, por determinação expressa no termo de audiência de fls. 258/258v, foi determinada
a elaboração de pauta única de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que envolvam os bens que compõem o
espólio do Sr. José Galdino Alves. Porém, a certidão de fl. 269 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram localizados e,
assim tornou-se inviável a elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos para decisão.
É o que importa relatar. DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do CPC/2015,
prescindindo, pois, de dilação probatória. Passo à análise das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às preliminares
de carência de ação da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a
inexistência de pagamento das custas iniciais, constato que todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em carência de ação,
porquanto o bem em discussão é parte integrante do espólio do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite neste Juízo,
tendo a representante do espólio, Sra. Maria José, sido nomeada inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar pelos direitos
e deveres correlatos a tais bens que ainda não foram efetivamente partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual por ausência de
audiência de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição
do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se
o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que poderá
deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva da parte promovida. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério
Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve
interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem
a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de
contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas
com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações,
rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a
possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil
e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente
às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que,
diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em
apontar como esbulho o momento em que os promovidos, estando cientes de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José
Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizaram contrato de compra e venda a título precário com
o herdeiro Henrique Riordam Galdino de Morais, tomando posse do imóvel ora discutido e impossibilitando o acesso à representante da parte
autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio pela legítima inventariante e sua necessária posse
no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de esbulho possessório no presente caso, resolve-se
as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento encartado à fl. 13 comprova que a representante
legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e
deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa
(Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de esbulho: "quando o possuidor fica injustamente
privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado do poder
de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre
quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de praticar atos de disposição com a coisa possuída
em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese
vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra.
Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 15), partilhando a mesma residência, edificada no
terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira
Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece
até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado unilateralmente pelos herdeiros citados
na contestação sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante
nesta Comarca deferiu às fls. 68/69 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em disseptação, determinando: "que os promovidos
ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se abstenham de entrar, dificultar ou impedir de
qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os seus pertences e eventuais animais que lá
se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente determinação judicial, arbitro multa no
valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo a utilização da força pública pra
desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias, etc.) confirmam que a representante
legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para
reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data por expressa determinação judicial.
Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a
título precário pelos promovidos, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário. Ora, a posse originária do
imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo de compromisso (fl. 13).
Assim sendo, resta comprovado que a conduta dos promovidos se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir que a representante
legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na sequência de fatos
cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal da parte autora
detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte dos promovidos,
tendo ocorrido o ato em meados do mês de junho de 2015 (fl. 45). De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes autos, urge
que seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 68/69, JULGO PROCEDENTE O
PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na
posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente
ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar
da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-
se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de
R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 26 de novembro
de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.:
(087)-3785-1913
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o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que poderá
deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva da parte promovida. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério
Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve
interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem
a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de
contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas
com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações,
rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a
possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil
e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente
às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que,
diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em
apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José
Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizarou contrato de compra e venda a título precário com
o herdeiro Henrique Riordam Galdino de Morais, tomando posse do imóvel ora discutido e impossibilitando o acesso à representante da parte
autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio pela legítima inventariante e sua necessária posse no
imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de esbulho possessório no presente caso, resolve-se as
investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento encartado à fl. 13 comprova que a representante legal
da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres
inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito
Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da
posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado do poder de exercício
de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o
legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de praticar atos de disposição com a coisa possuída em face
de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente.
É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José,
representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 15), partilhando a mesma residência, edificada no terreno em
que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves.
Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data,
sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado unilateralmente pelo herdeiro citado na contestação sem que
houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu
às fls. 56/57 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em disseptação, determinando: "que o promovido José Viega ou qualquer
outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o
livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no
prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00
(Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada
da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora
ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na
posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de
tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário
pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o
evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo de compromisso (fl. 13). Assim sendo,
resta comprovado que a conduta dos promovidos se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir que a representante legal da parte
autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos
que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal da parte autora detinha em
relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte do promovido, tendo ocorrido
o ato em meados do mês de fevereiro de 2015 (fl. 36). De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes autos, urge que seja
concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 56/57, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO
e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse
plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação
com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da
Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se
ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de
R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 26 de novembro
de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.:
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Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 20),
partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa
união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel
(Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado
unilateralmente pelo herdeiro Henrique Riordam Galdino de Morais, sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante
legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 56/57 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel
em disseptação, determinando: "que o promovido ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se
abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os
seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente
determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem
prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias,
etc.) confirmam que a representante legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até
que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data
por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada
de posse de parte do espólio a título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário.
Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo
de compromisso (fl. 20). Assim sendo, resta comprovado que a conduta do promovido se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir
que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na
sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal
da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte do
promovido, tendo ocorrido o ato em meados do mês de junho de 2015 (fl. 79). De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes
autos, que restou suspensa por força da decisão constante no documento de fl. 229, urge que lhe seja concedido um provimento judicial definitivo.
Por fim, quanto ao pedido de intervenção ministerial neste feito formulado na petição de fls. 89/92, encerro o raciocínio de que é desnecessária
a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação
coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem a intervenção ministerial. Muito menos constato a necessidade de
reconsiderar do despacho de fl. 79 diante dos fatos e fundamentos jurídicos que compõem o presente decisum. Ora, eventuais perdas e danos
decorrentes do julgamento de mérito da presente demanda poderão ser discutidos em ação própria, observado o que prelecionam os arts. 1.254,
1.255 e seguintes do Código Civil, não sendo objeto de análise na presente ação, evitando-se a ocorrência de julgamento ultra petita. Outrossim,
no que tange ao pedido de realização de audiência de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída,
o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor
justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da
realização de tal ato pelo Juiz, que poderá deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva do promovido. Assim, entendo inviável
a realização do dito ato, mormente porque finda a instrução processual com a prolatação, neste ato, da sentença de mérito. Por todo o exposto,
confirmando a liminar deferida às fls. 57/58, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte
autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls.
03/06, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do
CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar
o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o
trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 23 de novembro de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO
EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum
Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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de petição de homologação de acordo judicial protocolada nos autos do inventário (fls. 20/26), onde ficou pactuada a divisão da Fazenda São
Vicente, tudo explanado mediante mapa e memorial descritivo confeccionado por profissional habilitado. Acrescenta que, inesperadamente e sem
prestar qualquer explicação, a partir de janeiro do corrente ano, os demais herdeiros passaram a vender para várias pessoas vultosas porções
de terra do bem que constitui o espólio, inclusive as que haviam sido reservadas à inventariante, ora representante legal do autor, no malfadado
acordo. Alega que tais vendas tiveram anuência de todos os demais herdeiros e foram promovidas pelo herdeiro Henrique Riordam Galdino de
Moais, subscritor dos respectivos documentos de venda. Registra, ainda, que os demais herdeiros passaram a dar posse aos seus compradores,
recebendo destes vultosas quantias em dinheiro, tudo sem o conhecimento ou autorização da inventariante, o que inviabilizou a efetivação da
tentativa de composição judicial supramencionada. Dessa forma, a representante legal do promovente esclarece que os promovidos adentraram
na parte de terra adquirida sem autorização da inventariante e ocuparam cerca de 10 (dez) hectares, arrebentando cadeados, cortando cercas e
colocando o seu gado para pastar, inclusive misturando seus bovinos com os demais já existentes. Embora tenha Sra. Maria José informado aos
promovidos que a referida área não poderia ter sido vendida nem ocupada em razão de estar ela reservada como parte tocante à inventariante
em acordo, ou mesmo pelo fato de que o inventário ainda não havia sido encerrado a ponto de definir a área de cada herdeiro, tais apelos foram
ignorados, não lhe restando alternativa senão a de recorrer ao Poder Judiciário. Às fls. 39/41 e 45/46, aportaram aos autos Boletins de Ocorrência
em que a representante legal da parte autora informou à Autoridade Policial a existência de atos de esbulho possessório ocorridos no mês de
janeiro do corrente ano na Fazenda São Vicente. Juntou aos autos os documentos de fls. 12/48, entre eles, seus documentos pessoais, termo de
compromisso de inventariante nos autos da Ação de Inventário n° 320-98.2011.8.17.0880, que tramita nesta Comarca, procuração, testamento
deixado pelo "De cujus", contrato de comodato, pedido de homologação de acordo formulado nos autos da ação de inventário, plantas do imóvel
em referência, certidão do cartório de registro de imóvel, recibos de compra e venda, boletins de ocorrência, fotografias, dentre outros. Em decisão
exarada às fls. 50/51, foi deferido o pleito liminar e determinada a reintegração da autora na posse do imóvel em disseptação. Promovida a citação,
os demandados foram efetivamente citados às fls. 59/59v, tendo apresentado resposta nos presentes autos às fls. 93/114. Às fls. 60/90, consta
petição comprovando a interposição de agravo de instrumento contra a decisão liminar exarada às fls. 50/51. Na peça de contenção, a promovida
suscitou preliminarmente a carência de ação da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção
do Ministério Público e a inexistência de pagamento das custas iniciais. No mérito, alegou que não houve ato de esbulho possessório e que
deu fim social à propriedade, pleiteando a total improcedência da ação. Juntou documentos às fls. 109/114. Outrossim, foi oficiado o 9º Batalhão
da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns para que efetivasse o imediato cumprimento da liminar outrora deferida. Em réplica, a promovente
rebateu as preliminares e razões de mérito suscitadas pela promovida, requerendo o imediato cumprimento da reintegração de posse deferida
liminarmente e a total procedência da exordial. Por sua vez, a promovida protocolou petição às fls. 147/148, tendo requerido a suspensão da
medida liminar. Em decisão exarada às fls. 149/149v, foi deferida a prorrogação do prazo assinalado para cumprimento do mandado reintegratório.
Porém, à fl. 156, consta petição requerendo a revogação da decisão que determinou o sobrestamento do cumprimento da medida liminar deferida.
Consta decisão à fl. 163 deferindo o pedido e revogando a decisão de fls. 149/149v. Verifica-se novo pedido de reconsideração às fls. 166/1185,
o qual restou indeferido por ocasião da audiência de instrução às fls. 186/186v, tendo o Magistrado anunciado o julgamento antecipado do mérito.
Consta ata da reunião de desocupação voluntária à fl. 189 e 253, tendo ali sido aparentemente firmado acordo entre as partes litigantes para
suspensão do mandado reintegratório para fins de que os atuais ocupantes pudessem efetuar a retirada da colheita da lavoura ali plantada, bem
como dos seus pertences (fl. 231v). Observa-se Relatório de Operação de Reintegração de Posse às fls. 235/236 e auto de reintegração de posse
às fls. 238/239, em que se observa que a liminar deferida foi efetivamente cumprida. Porém, a certidão de fl. 240 esclarece que os promovidos
informaram que não iriam cumprir integralmente o acordo de fl. 231v, porquanto alegam que na presente demanda se discute apenas a posse
de 10 hectares, que já foram desocupadas, devendo eles (promovidos) permanecer usufruindo da posse da outra parte de terra não tocada pelo
objeto da presente demanda. Tal ato é ratificado pela certidão exarada à fl. 241 e pelo boletim de ocorrência de fl. 242/243. Em decisão de fls.
244/245v foi indeferido o pleito de reconsideração protocolado às fls. 193/194 e revogada a decisão de fl. 149/149v, determinando-se o imediato
cumprimento da liminar deferida. Os documentos de fls. 246, 258 e 261/270 informam que foi negado provimento ao agravo de instrumento
manejado pela defesa da promovida. Porém, consta decisão exarada nos autos do Inventário nº 320-98.2011.8.17.0880 suspendendo a liminar
deferida nestes autos (fl. 257). Ademais, por determinação expressa no termo de audiência de fls. 259/259v, foi determinada a elaboração de
pauta única de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que envolvam os bens que compõem o espólio do Sr.
José Galdino Alves. Porém, a certidão de fl. 271 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram localizados e, assim tornou-se
inviável a elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos para decisão. É o que importa
relatar. DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do CPC/2015, prescindindo, pois,
de dilação probatória. Passo à análise das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às preliminares de carência de ação
da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a inexistência de
pagamento das custas iniciais, constato que todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em carência de ação, porquanto
o bem em discussão é parte integrante do espólio do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite neste Juízo, tendo a
representante do espólio, Sra. Maria José, sido nomeada inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar pelos direitos e deveres
correlatos a tais bens que ainda não foram efetivamente partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual por ausência de audiência
de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição
do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se
o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que poderá
deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva da parte promovida. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério
Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve
interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem
a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de
contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas
com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações,
rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a
possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil
e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente
às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que,
diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em
apontar como esbulho o momento em que os promovidos, estando cientes de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José
Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizaram contrato de compra e venda a título precário com
os herdeiros José Galdino Filho, Manoel Galdino Alves Neto, Arnaldo Galdino Alves e Henrique Riordam, tomando posse do imóvel ora discutido
e impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio
pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de
esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento
encartado à fl. 12 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como
tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do
espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de
esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o
possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação
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de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de
praticar atos de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma
vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José
Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 14),
partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa
união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito
imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este
realizado unilateralmente pelos herdeiros citados na contestação sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante
legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 50/51 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em
disseptação, determinando: "que os promovidos ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se
abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos
os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a
presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão,
sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência,
fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso
temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até
a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório
ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pelos promovidos, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens
nos autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante
com a assinatura do termo de compromisso (fl. 12). Assim sendo, resta comprovado que a conduta dos promovidos se constituiu em ato de
esbulho possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda
que não tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado
de posse que a representante legal da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem
concluir que houve esbulho por parte dos promovidos, tendo ocorrido o ato em meados do mês de janeiro de 2015. De toda sorte, embora
haja determinação judicial liminar presentes autos, urge que seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando
a liminar deferida às fls. 50/51, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora,
representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06,
situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC.
Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o
imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o
trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 26 de novembro de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO
EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum
Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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gado com o gado já existente. Embora tenha Sra. Maria José informado ao promovido que a referida área não poderia ter sido vendida nem
ocupada em razão de estar ela reservada como parte tocante à inventariante em acordo, ou mesmo pelo fato de que o inventário ainda não
havia sido encerrado a ponto de definir a área de cada herdeiro, tais apelos foram ignorados, não lhe restando alternativa senão a de recorrer
ao Poder Judiciário. Às fls. 45/46 e 50/51, aportaram aos autos Boletins de Ocorrência em que a representante legal da parte autora informou
à Autoridade Policial a existência de atos de esbulho possessório ocorridos no mês de abril do corrente ano na Fazenda São Vicente. Juntou
aos autos os documentos de fls. 18/56, entre eles, seus documentos pessoais, termo de compromisso de inventariante nos autos da Ação de
Inventário n° 320-98.2011.8.17.0880, que tramita nesta Comarca, procuração, testamento deixado pelo "De cujus", contrato de comodato, pedido
de homologação de acordo formulado nos autos da ação de inventário, plantas do imóvel em referência, certidão do cartório de registro de imóvel,
recibos de compra e venda, boletins de ocorrência, fotografias, dentre outros. Em decisão exarada às fls. 57/58, foi deferido o pleito liminar e
determinada a reintegração da parte autora na posse do imóvel em disseptação. Promovida a citação, o demandado foi efetivamente citado à fl.
58, tendo apresentado resposta nos presentes autos às fls. 64/82. Na peça de contenção, o promovido suscitou preliminarmente a carência de
ação da parte autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a inexistência
de pagamento das custas iniciais. No mérito, alegou que não houve ato de esbulho possessório e que deu fim social à propriedade, pleiteando a
total improcedência da ação. Juntou documentos às fls. 80/82. Em réplica, a promovente rebateu as preliminares e razões de mérito suscitadas
pelo promovido, requerendo o imediato cumprimento da reintegração de posse deferida liminarmente e a total procedência da exordial. Por sua
vez, o promovido protocolou petição às fls. 124/125, tendo requerido a suspensão da medida liminar. Por ocasião da audiência de instrução (fl.
113), constatou-se a ausência do promovido e de seus advogados, mesmo tendo sido eles devidamente intimados. No mesmo ato, foi anunciado
o julgamento antecipado do mérito. Outrossim, foi oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns para que efetivasse o
imediato cumprimento da liminar outrora deferida (fl. 118). Entretanto, aportou petição às fls. 119/122 requerendo a suspensão do cumprimento
do mandado de reintegração de posse pelo prazo de 90 (noventa) dias. Consta ata da reunião de desocupação voluntária à fl. 123, tendo ali
sido aparentemente firmado acordo entre as partes litigante para suspensão do mandado reintegratório para fins de que os atuais ocupantes
pudessem efetuar a retirada da colheita da lavoura ali plantada. Às fls. 228/229, foram colacionadas certidão e decisão exaradas nos autos
do Inventário nº 320-98.2011.8.17.0880, em que a Magistrada oficiante à época neste Juízo determinou novamente a suspensão das liminares
concedidas nos autos das Ações de Reintegração de Posse que envolvem o bem inventariado, o que atendeu ao pleito de fl. 119/122. Ademais,
por disposição expressa no termo de audiência de fls. 129/129v, foi determinada a elaboração de pauta única de audiências, objetivando a
resolução por conciliação de todos processos que envolvam os bens que compõem o espólio do Sr. José Galdino Alves. Porém, a certidão de
fl. 130 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram localizados e, assim tornou-se inviável a elaboração da sobredita pauta
única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos para decisão. É o que importa relatar. DECIDO. Inicialmente, constato
que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do CPC/2015, prescindindo, pois, de dilação probatória. Passo à análise
das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às preliminares de carência de ação da parte autora, a falta de audiência de
justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a inexistência de pagamento das custas iniciais, constato que
todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em carência de ação, porquanto o bem em discussão é parte integrante do espólio
do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite neste Juízo, tendo a representante do espólio, Sra. Maria José, sido nomeada
inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar pelos direitos e deveres correlatos a tais bens que ainda não foram efetivamente
partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual por ausência de audiência de justificação, o Art. 562 do CPC assevera: "Estando a
petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso
contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada." Portanto,
é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que poderá deferir liminarmente a reintegração na posse sem prévia oitiva do
promovido. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério Público na presente ação, encerro o raciocínio de que é desnecessária a
sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve interesse público, particular indisponível e tampouco se trata de ação coletiva,
mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem a intervenção ministerial. Quanto à inexistência de pagamento de custas
iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de contas do o espólio demonstra que sua situação econômica está negativada
face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas com advogados e etc., não havendo ativos financeiros suficientes para
arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações, rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à
análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação
de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a
tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos,
verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que, diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu
não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de
que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato
inventário, realizou contrato de compra e venda a título precário com o herdeiro Henrique Riordam, tomando posse do imóvel ora discutido e
impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de parte do mencionado espólio
pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma vez verificada a ocorrência de
esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração de posse. Ora, o documento
encartado à fl. 18 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como tal,
plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e administração dos bens do espólio.
Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de esbulho:
"quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor
está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima colhe-se a informação de que o
fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de praticar atos
de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma vez que ele
se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José Galdino Alves
(falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 20), partilhando a
mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa união adveio uma
filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel (Fazenda São
Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado unilateralmente
pelo herdeiro Henrique Riordam sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante legal do espólio. Outrossim, o
Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 57/58 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em disseptação, determinando:
"que o promovido ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se abstenham de entrar, dificultar ou
impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os seus pertences e eventuais animais
que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente determinação judicial, arbitro multa
no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo a utilização da força pública pra
desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias, etc.) confirmam que a representante
legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para
reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data por expressa determinação judicial.
Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a
título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário. Ora, a posse originária do
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imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo de compromisso (fl. 18).
Assim sendo, resta comprovado que a conduta do promovido se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir que a representante legal
da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na sequência de fatos
cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal da parte autora
detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte do promovido,
tendo ocorrido o ato em meados do mês de junho de 2015. De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes autos, que restou
suspensa por força da decisão constante no documento de fl. 125, urge que lhe seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o
exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 57/58, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração
da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito
às fls. 03/07, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o
art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com
vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida
ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se.
Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 23 de novembro de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM
JUÍZA DE DIREITO EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do
Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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da reintegração de posse deferida liminarmente e a total procedência da exordial. Por sua vez, a promovida protocolou petição e documentos às
fls. 115/118, tendo requerido a suspensão da medida liminar. Em decisão exarada às fls. 148/148v, foi deferida a prorrogação do prazo assinalado
para cumprimento do mandado reintegratório. Porém, às fls. 155/164, consta petição requerendo a revogação da decisão que determinou o
sobrestamento do cumprimento da medida liminar deferida, o qual restou indeferido por ocasião da audiência de instrução às fls. 165/165v, tendo o
Magistrado anunciado o julgamento antecipado do mérito. Observa-se que o promovido protocolou novo agravo de instrumento às fls. 170/204. Em
decisão de fls. 205/206 foi indeferido o pleito de reconsideração e revogada a decisão de fl. 148/148v, determinando-se o imediato cumprimento da
liminar deferida. Consta ata da reunião de desocupação voluntária à fl. 213, tendo ali sido aparentemente firmado acordo entre as partes litigantes
para suspensão do mandado reintegratório para fins de que os atuais ocupantes pudessem efetuar a retirada da colheita da lavoura ali plantada,
bem como dos seus pertences. Não obstante, consta decisão exarada nos autos do Inventário nº 320-98.2011.8.17.0880 suspendendo a liminar
deferida nestes autos (fl. 217). Os documentos de fls. 222/232 informam que foi negado provimento ao agravo de instrumento manejado pela
defesa da promovida. Ademais, por determinação expressa no termo de audiência de fls. 221/221v, foi determinada a elaboração de pauta única
de audiências, objetivando a resolução por conciliação de todos processos que envolvam os bens que compõem o espólio do Sr. José Galdino
Alves. Porém, a certidão de fl. 233 informou que alguns herdeiros do referido inventariado não foram localizados e, assim tornou-se inviável a
elaboração da sobredita pauta única, tendo a Secretaria Judiciária feito conclusão dos presentes autos para decisão. É o que importa relatar.
DECIDO. Inicialmente, constato que a lide comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do CPC/2015, prescindindo, pois, de dilação
probatória. Passo à análise das preliminares de mérito suscitadas na contestação: No que tange às preliminares de carência de ação da parte
autora, a falta de audiência de justificação, nulidade absoluta por ausência de intervenção do Ministério Público e a inexistência de pagamento das
custas iniciais, constato que todas elas não merecem acolhida. Explico. Não há que se falar em carência de ação, porquanto o bem em discussão
é parte integrante do espólio do Sr. José Galdino Alves, cujo inventário de bens está em trâmite neste Juízo, tendo a representante do espólio, Sra.
Maria José, sido nomeada inventariante naqueles autos, sendo assim parte legítima a zelar pelos direitos e deveres correlatos a tais bens que
ainda não foram efetivamente partilhados. No que tange a alegação de nulidade processual por ausência de audiência de justificação, o Art. 562 do
CPC assevera: "Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção
ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for
designada." Portanto, é facultativa a determinação da realização de tal ato pelo Juiz, que poderá deferir liminarmente a reintegração na posse sem
prévia oitiva da parte promovida. Quanto à alegação de ausência de intervenção do Ministério Público na presente ação, encerro o raciocínio de
que é desnecessária a sua atuação nestes autos, porquanto o direito em litígio não envolve interesse público, particular indisponível e tampouco
se trata de ação coletiva, mas tão somente cuida de interesses particulares, que não exigem a intervenção ministerial. Quanto à inexistência
de pagamento de custas iniciais, de igual forma, não merece acolhida, já que a prestação de contas do o espólio demonstra que sua situação
econômica está negativada face aos gastos na manutenção dos bens que o compõem, despesas com advogados e etc., não havendo ativos
financeiros suficientes para arcar com o pagamento de custas processuais. Por tais considerações, rejeito as preliminares de mérito suscitadas na
contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a possibilidade de invocar interditos possessórios
na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil e 920 do Código de Processo Civil os regramentos
mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente às ameaças que se apresentem no plano factual.
No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que, diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em
referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em apontar como esbulho o momento em que o promovido,
estando ciente de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos
do correlato inventário, realizarou contrato de compra e venda a título precário com o herdeiro Henrique Riordam Galdino de Morais, tomando
posse do imóvel ora discutido e impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva administração de
parte do mencionado espólio pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal, constato que, uma
vez verificada a ocorrência de esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão autoral à reintegração
de posse. Ora, o documento encartado à fl. 13 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos bens deixados pelo Sr.
José Galdino Alves e, como tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido, notadamente a posse e
administração dos bens do espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed., Atlas: 2011, pgs. 153-154),
verifica-se a ocorrência de esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de
violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei). Da definição doutrinária acima
colhe-se a informação de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada de sua esfera de disponibilidade
a possibilidade de praticar atos de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro. Destacou-se o exemplo fornecido
pelo doutrinador, uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a propriedade do imóvel em discussão
pertencia ao Sr. José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da parte autora, era casada com ele desde o
ano de 1998 (fl. 15), partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel objeto do presente litígio, onde ela atualmente
reside. Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside
no dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato
este realizado unilateralmente pelo herdeiro citado na contestação sem que houvesse qualquer ciência ou autorização prévia pela representante
legal do espólio. Outrossim, o Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 56/57 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel
em disseptação, determinando: "que o promovido ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se
abstenham de entrar, dificultar ou impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos
os seus pertences e eventuais animais que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a
presente determinação judicial, arbitro multa no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão,
sem prejuízo a utilização da força pública pra desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência,
fotografias, etc.) confirmam que a representante legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso
temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até
a presente data por expressa determinação judicial. Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório
ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos
autos do inventário. Ora, a posse originária do imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com
a assinatura do termo de compromisso (fl. 13). Assim sendo, resta comprovado que a conduta dos promovidos se constituiu em ato de esbulho
possessório, ao impedir que a representante legal da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não
tenha existido violência na sequência de fatos cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse
que a representante legal da parte autora detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir
que houve esbulho por parte dos promovidos, tendo ocorrido o ato em meados do mês de fevereiro de 2015 (fls. 36/38). De toda sorte, embora
haja determinação judicial liminar presentes autos, urge que seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o exposto, confirmando
a liminar deferida às fls. 56/57, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração da parte autora,
representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito às fls. 03/06,
situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o art. 487, I do CPC.
Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com vistas a efetuar o
imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Com o
trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 26 de novembro de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM JUÍZA DE DIREITO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do Ouro - PE.Fórum
Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
é desnecessária a atuação daqueles nestes autos, porquanto o direito em litígio envolve tão somente a questão de quem está apto a permanecer
com a posse do imóvel, seja a parte autora ou o promovido, não exigindo a intervenção terceiros para definição desse direito. Assim, a validade e
legitimidade do documento de fl. 78 poderá ser discutida em ação própria e não nos presentes autos, cujo objeto restringe-se à discussão sobre
a posse do imóvel e não quanto ao ato de transmissão de propriedade do bem que, aparentemente, envolve terceiros. Por tais considerações,
rejeito as preliminares de mérito suscitadas na contestação. Passo à análise do mérito. O ordenamento jurídico brasileiro faculta ao possuidor a
possibilidade de invocar interditos possessórios na forma da legislação de regência. Nesse âmbito, estabelecem os arts. 1.210 do Código Civil
e 920 do Código de Processo Civil os regramentos mínimos para a tutela da posse, os quais são configurados para responder especificamente
às ameaças que se apresentem no plano factual. No caso dos autos, verifica-se que a pretensão da autora é baseada na premissa de que,
diante dos fatos ocorridos, a ocupação do imóvel em referência pelo réu não mais é tolerada. A tese aventada pela parte autora cinge-se em
apontar como esbulho o momento em que o promovido, estando ciente de que o imóvel adquirido fazia parte do espólio deixado pelo Sr. José
Galdino Alves, que ainda estava sujeito a partilha nos autos do correlato inventário, realizou contrato de compra e venda a título precário com os
herdeiros Manoel Galdino Alves Neto, José Galdino filho, Dinamérita de Morais Galdino Alves e Henrique Riordam Galdino de Morais (fls. 35/37
e 78), tomando posse do imóvel ora discutido e impossibilitando o acesso à representante da parte autora, inviabilizando, dessa forma, a efetiva
administração de parte do mencionado espólio pela legítima inventariante e sua necessária posse no imóvel. Assim, enfrentando mérito causal,
constato que, uma vez verificada a ocorrência de esbulho possessório no presente caso, resolve-se as investigações relacionadas à pretensão
autoral à reintegração de posse. Ora, o documento encartado à fl. 12 comprova que a representante legal da parte autora, é inventariante dos
bens deixados pelo Sr. José Galdino Alves e, como tal, plenamente legítima para zelar pelos direitos e deveres inerentes ao múnus assumido,
notadamente a posse e administração dos bens do espólio. Segundo o doutrinador Silvio Salvo Venosa (Direito Civil - Direitos Reais, 11 ed.,
Atlas: 2011, pgs. 153-154), verifica-se a ocorrência de esbulho: "quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o
desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa." (grifei).
Da definição doutrinária acima colhe-se a informação de que o fenômeno jurídico do esbulho ocorre quando o legítimo possuidor tem sonegada
de sua esfera de disponibilidade a possibilidade de praticar atos de disposição com a coisa possuída em face de ato praticado por terceiro.
Destacou-se o exemplo fornecido pelo doutrinador, uma vez que ele se adequa com acuidade na hipótese vertente. É fato inconteste que a
propriedade do imóvel em discussão pertencia ao Sr. José Galdino Alves (falecido), bem como que a Sra. Maria José, representante legal da
parte autora, era casada com ele desde o ano de 1998 (fl. 14), partilhando a mesma residência, edificada no terreno em que faz parte o imóvel
objeto do presente litígio, onde ela atualmente reside. Dessa união adveio uma filha, a Sra. Raíssa Ferreira Galdino Alves. Outrossim, restou
comprovado nos autos que a Sra. Maria José reside no dito imóvel (Fazenda São Vicente), e ali permanece até a presente data, sobretudo
quando ocorreu o evento da venda de parte do imóvel, ato este realizado unilateralmente pelos herdeiros Henrique Riordam, Manoel Galdino,
José Galdino filho e Dinamérita de Morais sem que houvesse qualquer autorização prévia pela representante legal do espólio. Outrossim, o
Magistrado oficiante nesta Comarca deferiu às fls. 57/58 o pedido liminar de reintegração da posse do imóvel em disseptação, determinando:
"que o promovido ou qualquer outra pessoa, à exceção dos herdeiros que compõem os Autos de Inventário, se abstenham de entrar, dificultar ou
impedir de qualquer forma o livre acesso na Fazenda São Vicente, bem como que o promovido retire todos os seus pertences e eventuais animais
que lá se encontrem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. A partir desta data, acaso não cumpra a presente determinação judicial, arbitro multa
no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) por dia de descumprimento da presente decisão, sem prejuízo a utilização da força pública pra
desocupação forçada da área." Os documentos esposados à prefacial (boletins de ocorrência, fotografias, etc.) confirmam que a representante
legal da parte autora ficou sem ter acesso à parte do imóvel, ora discutido, por extenso lapso temporal, até que lhe foi deferida ordem judicial para
reintegração na posse do bem discutido, ato jurídico este que permaneceu suspenso até a presente data por expressa determinação judicial.
Vê-se, diante de tais provas, que a parte autora foi vítima de ato de esbulho possessório ultimado pela tomada de posse de parte do espólio a
título precário pelo promovido, sem que houvesse sido realizada a prévia partilha de bens nos autos do inventário. Ora, a posse originária do
imóvel, com o evento morte do proprietário e pela ordem sucessória, passou à inventariante com a assinatura do termo de compromisso (fl. 12).
Assim sendo, resta comprovado que a conduta do promovido se constituiu em ato de esbulho possessório, ao impedir que a representante legal
da parte autora tivesse plena administração dos bens que compõem o espólio. Ainda que não tenha existido violência na sequência de fatos
cotidianos que ensejaram a presente demanda, constatou-se a agressão direta ao estado de posse que a representante legal da parte autora
detinha em relação ao bem. A narrativa da petição inicial e o conjunto probatório permitem concluir que houve esbulho por parte do promovido,
tendo ocorrido o ato em meados do mês de abril de 2015 (fl. 78). De toda sorte, embora haja determinação judicial liminar presentes autos, que
restou suspensa por força da decisão constante no documento de fl. 229, urge que lhe seja concedido um provimento judicial definitivo. Por todo o
exposto, confirmando a liminar deferida às fls. 57/58, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO e, em consequência, determino a imediata reintegração
da parte autora, representada pela Sra. Maria José Ferreira Galdino Alves, na posse plena do imóvel situado na Fazenda São Vicente e descrito
às fls. 03/06, situado na zona rural deste município, extinguindo a presente ação com julgamento de mérito, nos termos do que prescreve o
art. 487, I do CPC. Determino que seja oficiado o 9º Batalhão da Polícia Militar da Comarca de Garanhuns/PE, para que envide esforços com
vistas a efetuar o imediato cumprimento da presente decisão. Para tanto, anexe-se ao ofício cópia da sentença. Condeno a parte promovida
ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais). Publique-se. Registre-se.
Intimem-se. Com o trânsito em julgado, arquive-se. Lagoa do Ouro, 23 de novembro de 2018. POLLYANNA MARIA BARBOSA PIRAUÁ COTRIM
JUÍZA DE DIREITO EM EXERCÍCIO CUMULATIVO TDFPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJuízo da Comarca de Lagoa do
Ouro - PE.Fórum Luís Góis de LimaRua Capitão Amador Monteiro, s/n- CentroTel.: (087)-3785-1913
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
Expediente nº 2018.0074.002497
FICA intimado a Dra. ELMA MARIA DA MOTA MOREIRA – OAB/PE 9966, advogado da parte requerida, BOA SORTE AGROPECUÁRIA LTDA,
representada por DORALICE TORRES DE LIMA e CELMA REGILDA DE LIMA, nos autos da Ação de Indenização nº 0000445-31.2014.8.17.0890,
da sentença de fl. 155, cujo teor é o seguinte: “S E N T E N Ç A. HOMOLOGO, por sentença, para que produza os seus jurídicos e legais efeitos,
com arrimo no art. 487, III, b, do Código de Processo Civil, o acordo de fls. 152/154, firmado por JORGE ALVES DE MOURA e BOA SORTE
AGROPECUÁRIA LTDA, extinguindo o processo com resolução do mérito. Transitada em julgado, arquivem-se os presentes autos. Sem custas e
sem honorários. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Lagoa dos Gatos, 19 de novembro de 2018. Evaní E. Barros. Juiz de Direito em exercício
cumulativo”. Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Lagoa dos Gatos, Estado de Pernambuco, aos 05 (cinco) dias do mês de dezembro
do ano de dois mil e dezoito (2018). Eu __ (Antonia Veras Assunção Silva), Técnica Judiciária, digitei, publico e subscrevo, sob determinação do
Dr. Marcelo Góes de Vasconcelos, MM Juiz de Direito em exercício cumulativo nesta Vara Única.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA - Vistos ... Dispensado o relatório nos termos do art. 81, §3º, da Lei nº 9.099/95.Conclusos os autos. DECIDO.O jus puniendi nada
mais é que o direito-obrigação de o Estado impor a sanção penal ao infrator. Todavia, esta prerrogativa e dever não se prolongam no tempo
indefinidamente; a lei traça um limite temporal que se extrapolado obsta ao exercício do direito de punir estatal, ou seja, impede a aplicação da
pena. O mesmo ocorre quando, imposta a sanção, o Estado não consegue executá-la em tempo hábil. Trata-se da prescrição, da pretensão
punitiva no primeiro caso, e da pretensão executória no segundo, prevista como causa extintiva da punibilidade no art. 107, IV, 1º hipótese,
do Código Penal.Já no art. 109, do mesmo codex, estão elencados os prazos prescricionais, antes do trânsito em julgado da sentença penal
condenatória. Observe-se que o fato imputado nos autos ocorreu 22.02.2013 e até a presente data não houve recebimento da queixa-crime.
Portanto, considerando que da referida data até o presente momento decorreram mais de 03 (três) anos, prazo superior ao exigido no art. 109,
VI, do CP, uma vez que a pena máxima abstratamente cominada ao delito do art. 140 c/c art. 141, III. ambos do CP é inferior a 01 (um) ano,
é inescusável o reconhecimento da prescrição, com a conseqüente extinção da punibilidade, até porque pode ela ser decretada de ofício, pois
trata-se de disposição inserta em norma cogente. Além do que, estão ausentes outras causas impeditivas ou interruptivas da prescrição (arts.
116 e 117, CP). DIANTE DO EXPOSTO, com esteio nos arts. 107, inciso IV, primeira figura e 109, VI do Código Penal, declaro EXTINTA a
pretensão punitiva estatal em relação a ZUCICLEIDE LEITE RAMOS, já qualificado(a)(s) nos autos. Nos termos do Enunciado 105 do FONAJE,
fica dispensada a intimação do autor do fato da presente sentença. Intime-se a querelante, por seu advogado, dia DJ. Após, não havendo recurso,
ARQUIVEM-SE imediatamente os autos. Lajedo/PE, 14 de novembro de 2018. ANDRÉ SIMÕES NUNES , Juiz de Direito
Vara Única da Comarca de Lajedo
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
SENTENÇA – Vistos... O Ministério Público do Estado de Pernambuco, ofereceu denúncia contra JOSÉ ERIVAN FLORÊNCIO DE ARAÚJO e
LUIZ ANTÔNIO JUSTINO DOS SANTOS, devidamente qualificados nestes autos, acusando-os da prática das condutas ilícitas narradas nos
termos da inicial de fls. 02/05. Incorrendo o(s) primeiro acusado(s) nas sanções dos arts. 180, caput, e 311, ambos do CP e o segundo acusado
nas sanções do art. 180, caput, do CP, requereu a instauração da relação jurídica processual, arrolando 03 testemunhas. Auto de apreensão
e apresentação à fl. 16. Fotografias do veículo apreendido às fls. 67/70. Preso em flagrante, o primeiro réu teve o seu flagrante convertido em
preventiva em 18.06.2017, consoante decisão de fls. 73/74. Laudo da perícia realizada no veículo às fls. 88/89. Recebimento da denúncia às fls.
93/95 e 99/107. Citados, os acusados apresentaram suas respostas à acusação à fl. 95. Durante a instrução foram inquiridas as testemunhas do
rol da Promotoria, bem como interrogados os réus (mídias em anexo). Na fase do art. 402, MP e defesa nada requereram. Em promoção final,
manifestou-se o Ministério Público pela condenação dos acusados nos termos da denúncia (fls. 178/178v). Por sua vez, a Douta Defesa dos
acusados pugnou pela sua absolvição por ausência de provas (fls. 198/200). O processo está em ordem. É O RELATÓRIO. PASSO A DECIDIR.
DA MATERIALIDADE - Está demonstrada através dos depoimentos colhidos na fase policial e em juízo, bem como do auto de apresentação e
apreensão de fls. 55/56. DA AUTORIA E DA ADEQUAÇÃO TÍPICA - Da prova produzida em audiência Inicialmente, antes de adentrar na análise
nos aspectos atinentes à responsabilidade de cada réu, há de se destacar a prova produzida em juízo. Em sede de audiência de instrução em
julgamento, foram colhidos depoimentos de testemunhas arroladas pela denúncia, bem como realizados os interrogatórios dos réus. A testemunha
José Décio disse, em síntese, o seguinte: "que a esquipe policial foi acionada pela vítima, que informou que viu seu veículo, o qual havia sido
furtado em Caruaru; que foram em direção ao local onde estava o veículo; que no local estava o acusado Erivan; que o carro estava lixado;
que no interior do veículo estava a placa de um outro carro; que constataram que realmente o veículo era produto de roubo e que o proprietário
era justamente a pessoa que havia acionado os policiais; que no local só estava o réu Erivan". A vítima Ivelisson, por sua vez, quando ouvida
em juízo, confirmou todos os fatos narrados na inicial. Disse ainda que seu veículo, muito embora estivesse lixado, não necessitava de nenhum
serviço de funilaria. O réu José Erivan, em sede de interrogatório, disse, em síntese: "que é mecânico e estava com o carro apreendido, o qual lhe
havia sido entregue pelo acusado Luiz Antônio; que nega que tivesse lixado o veículo; que não sabe a respeito das placas apreendidas no interior
do veículo". Por fim, o acusado Luiz Antônio, em seu interrogatório, afirmou "que confirma que adquiriu o veículo apreendido; que o veículo já
se encontrava em parte lixado; que Pois bem. Após transcrição dos trechos mais relevantes dos depoimentos das testemunhas e interrogatórios
dos réus, passo à análise de cada uma das imputações contidas na denúncia. Da imputação referente ao crime previsto no art. 311 do CP -
Ao denunciado José Erivan é imputada a prática do crime tipificado no art. 311 do Código Penal. Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de
chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Após detalhada análise dos elementos probatórios acostados ao encarte processual, infere-se que restou cabalmente comprovado que o referido
acusado praticou o crime em comento. In casu, as testemunhas confirmaram que o veículo foi encontrado com o acusado Erivan e que o veículo,
inclusive, já se encontrava lixado a fim de ter sua pintura trocada, com o objetivo de dificultar a sua apreensão. Ademais, no interior do veículo,
havia duas placas pertencentes a outros veículos, uma das quais era pertencente a veículo semelhante ao apreendido, mas de cor branca, o
que reforça a conduta praticada pelo réu. Outrossim, o laudo pericial de fls. 88/89 atesta a ocorrência de adulteração Na peça de suporte de
gravação do NIV do veículo, corroborando os demais elementos contidos nos autos. Portanto, no que se refere ao réu José Erivan não há, como
dito, nenhuma dúvida quanto à prática, por parte deste, no crime previsto no art. 311, haja vista estar completamente demonstrada a sua atuação
ativa no sentido de promover a adulteração do veículo apreendido. Da imputação referente ao crime do art. 180 do CP. O crime de receptação
está previsto no artigo 180 do Código Penal, que assim traz:Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:Pena - reclusão, de um a quatro
anos, e multa. É pressuposto do crime de receptação a existência de crime anterior. Trata-se de delito acessório, em que o objeto material deve
ser produto de crime antecedente, chamado delito pressuposto. Esse delito é autônomo em relação à infração antecedente, de modo que basta a
prova da existência de crime anterior, sem necessidade de demonstração cabal da autoria. No caso concreto, ficou categoricamente demonstrado
que o objeto apreendido na posse do acusado José Erivan era proveniente de crime, tendo sido adquirido pelo réu Luiz Antônio e posteriormente
entre ao outro réu, de modo que ambos os acusados sabiam de sua origem criminosa. Ademais, o fato de terem sido localizadas uma placa
pertencente a um outro veículo, também roubado, no interior do carro apreendido, é elemento que indica que ambos os réus já são afeitos à
práticas de atos dessa natureza. O réu José Erivan, inclusive, já possui condenação por crime de receptação. Assim, compulsando os autos,
observa-se que a prova oral está em harmonia com os demais elementos de provas, confirmando-se desta forma a prática do crime de receptação
com relação a ambos os réus. Dessa forma, estando fartamente provada a autoria e materialidade delitiva, não se tendo alegado ou provado
qualquer causa ou circunstância que excluam o crime ou isentem de pena os acusados, tenho que a conduta desenvolvida por estes é típica,
antijurídica e culpável, como acima delimitada, merecendo, portanto, reprimenda e reprovabilidade adequada do Estado. Assim, comparando
a conduta praticada pelos réus, já comprovada nos autos, com os elementos que constituem o tipo penal previsto no art. 180, caput, do CP, é
evidente que as ações por eles perpetradas se adequam perfeitamente às ações ali descritas. CONCLUSÃO ISSO POSTO, nos termos do artigo
387 do Código de Processo Penal, JULGO PROCEDENTE A DENÚNCIA para efeito de CONDENAR JOSÉ ERIVAN FLORÊNCIO DE ARAÚJO
nas sanções dos arts. 180 e 311 do CP, bem como CONDENAR o réu LUIZ ANTÔNIO JUSTINO DOS SANTOS nas sanções do art. 180, caput, do
CP; Passo a aplicar a pena. SISTEMA TRIFÁSICO DO ART. 68 DO CÓDIGO PENAL - 1º réu - JOSÉ ERIVAN FLORÊNCIO DE ARAÚJO 1º crime
- art. 180 do CP 1. DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS (ART. 59 DO CP) DA CULPABILIDADE - Intensa é a reprovabilidade do fato praticado
pelo réu, e que inclusive ultrapassa a normalidade para o referido delito, tendo em vista que o réu se utilizava de sua oficina, a qual possuía
aparência lícita, na tentativa de encobrir a prática do crime em questão. DOS ANTECEDENTES - O réu foi condenado por receptação nos autos
do processo nº 126-03.2014.8.17.0910, com trânsito em julgado em 13.11.2018 e condenado também por receptação, com trânsito em julgado em
2016 nos autos nº 328-92.2005.8.17.0910, o que deve ser considerado em seu desfavor. Réu também foi condenado, nos autos do processo n°:
109-40.2009.8.17.0910, com trânsito em julgado em 2011, pela prática do crime previsto no art. 304 do CP, devendo tal circunstância ser analisada
na fase seguinte de aplicação da pena. Há ainda informações nos autos nº 328-92.2005 de que o réu possui outras condenações no Estado
de São Paulo. DA CONDUTA SOCIAL - Péssima, tendo em vista que o réu faz da criminalidade um meio de vida, o que deve ser considerado
em seu desfavor. DA PERSONALIDADE DO AGENTE - O réu demonstra ser detentor de personalidade direcionada à prática de crimes, o
que se depreende pelo se vasto histórico de crimes, bem como por não revelar nenhum arrependimento pelas condutas praticadas, sendo
extremamente propenso à reiteração delitiva. DOS MOTIVOS - Motivos são próprios do tipo penal. DAS CIRCUNSTÂNCIAS - As circunstâncias
são desfavoráveis, tendo em vista que o proprietário do veículo o utilizava como ferramenta de trabalho. DAS CONSEQÜÊNCIAS DO CRIME
Consequências foram reduzidas ante a restituição do objeto. DO COMPORTAMENTO DA VÍTIMA A vítima nesses casos é a fé pública, que é
atingida pela conduta ilícita do réu. Contudo, considerando que o crime atinge toda uma coletividade, a qual possui caráter indeterminado, deve
a presente circunstância ser considerada neutra. DOSIMETRIA DA PENA - Nos termos do artigo 59 do CPB, atendendo à culpabilidade, aos
antecedentes, à conduta social, à personalidade da agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, ao comportamento da
vítima, fixo a pena base em 05 (CINCO) ANOS E 04 (QUATRO) MESES DE RECLUSÃO E 60 (SESSENTA) DIAS-MULTA.. 2. CIRCUNSTÂNCIAS
LEGAIS (ATENUANTES E AGRAVANTES) Réu já condenado nos autos do processo n°: 109-40.2009.8.17.0910, com trânsito em julgado em
2011, pela prática do crime previsto no art. 304 do CP, sendo, assim, reincidente, o que implica na aplicação da agravante prevista no art. 61,
I, do CP, razão pela qual aumento a reprimenda em 08 (oito) meses e 20 (vinte) dias-multa, ficando em 06 (SEIS) ANOS DE RECLUSÃO E
80 (OITENTA) DIAS-MULTA. - 3. CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO DE PENA - Não há, permanecendo em 06 (SEIS) ANOS DE
RECLUSÃO E 80 (OITENTA) DIAS-MULTA. - 2º crime - art. 180, caput, do CP DA CULPABILIDADE - Intensa é a reprovabilidade do fato praticado
pelo réu, e que inclusive ultrapassa a normalidade para o referido delito, tendo em vista que o réu se utilizava de sua oficina, a qual possuía
aparência lícita, na tentativa de encobrir a prática de crimes dessa natureza, o que era algo corriqueiro na vida do réu. DOS ANTECEDENTES
Nos mesmos moldes dos já apreciados anteriormente. DA CONDUTA SOCIAL Péssima, conforme já salientado. DA PERSONALIDADE DO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
AGENTE Nos mesmos moldes já anteriormente analisados. DOS MOTIVOS Motivos são próprios do tipo penal. DAS CIRCUNSTÂNCIAS - As
circunstâncias são desfavoráveis, tendo em vista que o proprietário do veículo o utilizava como ferramenta de trabalho. DAS CONSEQÜÊNCIAS
DO CRIME Consequências foram reduzidas ante a restituição do objeto. DO COMPORTAMENTO DA VÍTIMA - A vítima em nada contribuiu para a
ação criminosa, o que deve, sem desconhecer o entendimento jurisprudencial atual acerca da matéria, ser considerado em desfavor do acusado.
DOSIMETRIA DA PENA Nos termos do artigo 59 do CPB, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade
da agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, ao comportamento da vítima, fixo a pena base em 03 (TRÊS) ANOS
DE RECLUSÃO E 60 (SESSENTA) DIAS-MULTA. 2. CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS (ATENUANTES E AGRAVANTES) Sendo o réu reincidente,
aumento a reprimenda em 06 (seis) meses e 20 (vinte) dias-multa, ficando em 03 (TRÊS) ANOS E 06 (SEIS) MESES DE RECLUSÃO E 80
(OITENTA) DIAS-MULTA. 3. CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO DE PENA Não há, permanecendo em 03 (TRÊS) ANOS E 06 (SEIS)
MESES DE RECLUSÃO E 80 (OITENTA) DIAS-MULTA. DA APLICACAÇÃO DA REGRA DO ART. 69, CAPUT, DO CP Em sendo aplicável ao
caso a regra prevista no art. 69, caput, do CP, considerando a prática de dois crimes, mediante mais de uma ação, devem as penas ser somadas.
Portanto, a pena do acusado fica, em definitivo, em 09 (NOVE) ANOS E 06 (SEIS) MESES DE RECLUSÃO E 160 (CENTO E SESSENTA) DIAS-
MULTA. DA DETRAÇÃO - Considerando que o abatimento do tempo de prisão provisória em nada altera o regime inicial de cumprimento de pena,
deixo de aplicar o que dispõe o art. 387, §2º do CPP. DO REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA - Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, "a", e
§3º, do Código Penal, a pena dos condenados será cumprida, inicialmente, em regime fechado. Havendo recurso - sem efeito suspensivo - por
parte da Promotoria ou Defesa, cumpra a Secretaria as disposições da Resolução nº 19/06, do Conselho da Nacional da Justiça, expedindo-se
guia de recolhimento provisório. 2º réu - LUIZ ANTÔNIO JUSTINO DOS SANTOS Crime - art. 180, caput, do CP DA CULPABILIDADE Intensa é a
reprovabilidade do fato praticado pelo réu, mas que não ultrapassa a normalidade para o referido crime. DOS ANTECEDENTES Nada consta. DA
CONDUTA SOCIAL Não há elementos. DA PERSONALIDADE DO AGENTE Também não há elementos. DOS MOTIVOS Motivos são próprios do
tipo penal. DAS CIRCUNSTÂNCIAS As circunstâncias são desfavoráveis, tendo em vista que o proprietário do veículo o utilizava como ferramenta
de trabalho. DAS CONSEQÜÊNCIAS DO CRIME - Consequências foram reduzidas ante a restituição do objeto. DO COMPORTAMENTO DA
VÍTIMA - A vítima em nada contribuiu para a ação criminosa, o que deve, sem desconhecer o entendimento jurisprudencial atual acerca da
matéria, ser considerado em desfavor do acusado. DOSIMETRIA DA PENA - Nos termos do artigo 59 do CPB, atendendo à culpabilidade, aos
antecedentes, à conduta social, à personalidade da agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, ao comportamento da
vítima, fixo a pena base em 02 (DOIS) ANOS DE RECLUSÃO E 40 (QUARENTA) DIAS-MULTA. 2. CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS (ATENUANTES E
AGRAVANTES) Não há, permanecendo em 02 (DOIS) ANOS DE RECLUSÃO E 40 (QUARENTA) DIAS-MULTA. 3. CAUSAS DE AUMENTO E DE
DIMINUIÇÃO DE PENA À míngua de causas de aumento ou diminuição, a pena do réu fica, em definitivo, em 02 (DOIS) ANOS DE RECLUSÃO
E 40 QUARENTA) DIAS-MULTA. DA DETRAÇÃO - Considerando que o abatimento do tempo de prisão provisória em nada altera o regime inicial
de cumprimento de pena, deixo de aplicar o que dispõe o art. 387, §2º do CPP. DA APLICAÇÃO DA REGRA DO ART. 44 DO CP. O art. 44 do
Código Penal impõe uma série de condições que, satisfeitas, autorizam a conversão da pena privativa de liberdade em restritivas de direito. No
caso, entendo que o réu Luiz Antônio Justino satisfaz os requisitos objetivos e subjetivos, em respeito aos arts. 44, 45, 46 e 55 do CP, pelo que
converto a pena privativa de liberdade do acusado em uma pena de multa no importe de 30 dias-multa, a ser somada com aquela já aplicada
acima, e na pena restritiva de direitos (art. 44, §2º do CP) na modalidade prevista no art. 43, I, do Código Penal, pelo período correspondente
à pena privativa de liberdade substituída, em Entidade cadastrada neste juízo, sete horas por semana, em horário a ser combinado entre o réu
e o Diretor do estabelecimento, de modo a não prejudicar a sua jornada normal de trabalho. Cientifique-se o réu de que o descumprimento das
restrições impostas acarreta a reversão da pena em privativa de liberdade, nos termos do § 4º do art. 44 do Código Penal, de nova redação.
DO REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA Nos termos do que dispõe o §4º do art. 44 do CP e atendendo ao disposto no art. 33, §2º, "c",
e §3º, do Código Penal, a pena do réu Luiz Antônio será cumprida, em caso de necessidade de REVERSÃO da pena restritiva de direitos por
privativa de liberdade, em regime aberto. DA MULTA - Considerando a situação econômica do(s) condenado(s), fixo o valor do dia-multa em um
décimo do salário mínimo mensal, vigente ao tempo do fato, que deverá ser atualizado pelos índices de correção monetária vigente, quando
da execução (artigo 49 do CPB). A multa deverá ser recolhida em favor do fundo penitenciário, dentro dos dez dias subseqüentes ao trânsito
em julgado desta Sentença (artigo 50 do CPB). Com o trânsito em julgado, remetam-se os autos a(o) Contador(a) do Foro, para cálculo do
montante devido. Não havendo pagamento voluntário, após a intimação para tal, no prazo de que trata o artigo 50 do CPB, extraia-se certidão,
encaminhando-a ao Exmo. Sr. Procurador Chefe da Fazenda Pública do Estado, para adoção das medidas cabíveis, nos termos do artigo 51 do
CPB, com a redação que lhe foi conferida pela Lei Nº 9268/96. DECISÃO SOBRE A MANUTENÇÃO DA PRISÃO DO RÉU (art. 387, parágrafo
único, CPP) - Defiro ao réu Luiz Antônio o direito de apelar em liberdade, tendo em vista que não vislumbro no presente momento a existência
de elementos concretos que demonstrem a necessidade de decretação de sua custódia cautelar. A própria pena aplicada ao réu, a ser cumprida
em meio aberto, é incompatível com a manutenção da custódia cautelar. Por outro lado, no que se refere ao réu José Erivan, considerando
a sua efetiva propensão à prática de crimes, mantenho em todos os termos o seu decreto preventivo, haja vista permanecerem inalterados os
fundamentos que justificaram sua prisão. Após o trânsito em julgado: 1. Preencha(m)-se o(s) boletim(ns) individual(is), encaminhando-o(s) ao
Instituto de Identificação Tavares Buril (artigo 809 do CPP); 2. Tenha(m) a(s) condenada(s) seu(s) nome(s) lançado(s) no rol dos culpados (art.
5º. LVII, da CF e artigo 393, II, do CPP); Venham os autos conclusos para designação de audiência admonitória em relação ao réu Luiz Antônio;
Comunique-se o deslinde da relação processual ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, para os fins previstos no artigo 15 da Carta Magna
através do Sistema INFODIP/TRE, nos termos do Provimento nº 011/2016-CGJ do TJPE; Expeça-se guia de recolhimento para a execução da
pena do réu José Erivan, encaminhando-a à Vara de Execução Penal competente (artigos 105 e seguintes, da Lei nº 7210/84, e artigo 11, II,
da Lei Complementar Estadual nº 031/2001); Promova-se o recambiamento do(s) detento(s) José Erivan para a Unidade Penitenciária situada
na cidade de Pesqueira/PE. Publique-se. Registre-se. Intimem-se sucessivamente as partes, observado o disposto no artigo 392 do Código de
Processo Penal. CUMPRA-SE. 3. Lajedo/PE, 20 de novembro de 2018, ANDRÉ SIMÕES NUNES, Juiz de Direito.
Vara Única da Comarca de Lajedo
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados para AUDIÊNCIAS DESIGNADAS nos processos abaixo
relacionados:
Data: 28/03/2019
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA: Parte Conclusiva: POSTO ISTO, ante a fundamentação retro e o conjunto probatório dos autos, JULGO PROCEDENTE A
PRETENSÃO AUTORAL, para desconstituir o débito apontado na inicial, bem como para condenar a demandada ao pagamento do valor de R$
3.000,00 (três mil reais) a título de indenização por danos morais, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês, a
partir da data desta decisão, até sua efetiva satisfação, valor que fixo tendo por parâmetro a natureza e a extensão do prejuízo e o grau de culpa
dos ofensores. Fundamento o decisum nos artigos 5º, X, e 37, § 6º, da Lei maior. Desta forma, extingo o processo, com resolução do mérito, a
teor do artigo 487, I, do CPC. Em face da sucumbência, condeno-a a pagar ao autor as despesas processuais e honorários advocatícios, que
arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação. P.R.I. Transitada em julgado, proceda-se na forma do artigo 523, do CPC. Caruaru/
PE, 04 de outubro de 2018. ROMMEL SILVA PATRIOTA-JUIZ DE DIREITO COORDENADOR DA CENTRALDE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL
DA COMARCA DE CARUARU.
Primeira Vara Cível da Comarca de Limoeiro
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER a: DIEGO ROMENIK DE OLIVEIRA MOTA , brasileiro, solteiro, casado, pedreiro profissional, RG nº 2007030833-5 SSP-CE e
CPF nº 043.634.543-93, o qual residiu na RUA PROFESSOR SUD MENUCCI, 1117 – JARDIM ELVIRA – OSASCO – SÃO PAULO, o qual
se encontram em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à AV DR. OTÁCIO DE LEMOS VASCONCELOS, s/n - Centro
Limoeiro/PE, tramita a ação de alimentos, sob o nº 0000148-40.2017.8.17.2920, aforada por E.N.M, representado por sua genitora FABIANA DO
NASCIMENTO SILVA, em desfavor de DIEGO ROMENIK DE OLIVEIRA MOTA.
Assim, fica o mesmo CITADO para oferecer resposta no prazo de 15 dias contados do transcurso deste edital.
Advertência 1 : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo Autor na
petição inicial (art. 335, inciso III e c/c o art. 344, do NCPC).
Advertência 2 : Em caso de Revelia será nomeado Curador Especial.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Maria Aparecida Gomes da Silva, o digitei.
Limoeiro (PE), 23/11/2018.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Autor: M. PÚBLICO
Réu: ENILDO SEVERINO DA SILVAFILHO
Advogdo: JOSÉ DE SIQUEIRA SILVA JÚNIOR – OAB-PE nº 150501
FINALIDADE – Fica o Advogado, JOSÉ DE SIQUEIRA SILVA JÚNIOR, INTIMADO da Audiência de Inquirição da testemunha deprecada,
designada para o próximo dia 23 de janeiro de 2019, pelas 09h00. DADO e passado nesta Cidade de Limoeiro, Estado de Pernambuco, aos
cinco (05) dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (2018). a) Fabíola Michele Muniz Mendes Freire de Moura – Juíza de Direito
da Vara Criminal.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Limoeiro - 2ª Vara
DECISÃO
Trata-se de embargos de declaração com efeitos infringentes opostos por BANCO FORD S/A nos autos da presente ação, em que se
objetiva a reconsideração da sentença no trecho que julgou improcedente o pedido para declaração da inexistência de relação jurídico-tributária
entre a instituição financeira embargante e o Município de Limoeiro.
Decido.
Quanto a fundamentação recursal ou amplitude da causa de pedir recursal, os embargos de declaração são classificados pela doutrina como
um recurso vinculado, de modo que o rol de matérias alegáveis em seu âmbito é exaustivo, e o desrespeito a essa exigência legal acarretará
a inadmissibilidade do recurso por irregularidade formal.
Ao estabelecer as hipóteses em que é cabível o recurso de embargos de declaração, assim dispõe o art. 1022, do CPC:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Analisando o teor do recurso oposto às fls. 582/586, entendo não ter razão o embargante. Isso porque a decisão
dardejada, no seu capítulo 2.2, reconheceu a constitucionalidade quanto à cobrança de ISSQN. No mais, declarou ser constitucional a incidência
do referido imposto quando das operações praticadas no âmbito do leasing financeiro. Em verdade, reconheceu-se apenas a ilegitimidade para
cobrança em desfavor do embargante, por conta do local onde foi prestado o serviço financeiro, diverso dos limites do município recorrido.
Por sua vez, o pedido inaugural pretendia o reconhecimento de inexistência de relação jurídico tributária, porque, segundo
alegado, seu objeto social, operações de financiamento, não estaria sujeito à incidência de ISSQN. Assim, se vier a prestar os serviços dentro
dos limites da cidade de limoeiro, patente é a legitimidade do município em questão para cobrança do tributo em análise.
Nessa esteira, visualizo que a sentença embargada rejeitou expressamente o pedido formulado pelo financeira, não
sendo, à toda evidência, os embargos de declaração o recurso cabível para a reforma do decisum .
P.I.
Limoeiro, 04 de novembro de 2018.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Juiz de Direito
DESPACHO
Intime-se as partes, por seus advogados, para dizerem se houve o pagamento da Requisição de Pequeno Valor. P.I.
Limoeiro, 04 de dezembro de 2018. Alfredo Bandeira de Medeiros Junior Juiz de Direito
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
FAZ SABER a(o) JOSIALYSON DE JESUS PEREIRA DA MOTA , o qual se encontra em local incerto e não sabido que, neste Juízo
de Direito, situado à AV DR. OTÁCIO DE LEMOS VASCONCELOS, s/n - Centro Limoeiro/PE Telefone: 81-36288648 - (81) 3628-8648 , tramita
a ação de Termo Circunstanciado , sob o nº 0000025-91.2018.8.17.0920, aforada por , em desfavor de .
Assim, fica o mesmo CITADO, querendo, apresentar resposta no prazo de 10 dias contados do transcurso deste edital, conforme
o art. 396, do CPP.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Dayane Coutinho de Mendonça , o digitei e submeti à conferência e
subscrição da Chefia de Secretaria.
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Fica a inventariante intimada, através de seus advogados, para em 10(dez) dias manifestar-se sobre a devolução da carta de citação, pelos
Correios, referente ao herdeiro Ronaldo Gonçalves de Melo, com a informação “Não existe o número”, requerendo o que entender de direito.
Fica o inventariante intimado, através de seu advogado, para tomar ciência da cota do Ministério Público (fls.220) a seguir transcrita, requerendo
o que entender de direito:
Cota: (...) pugna pela juntada da certidão de óbito de Inês de Morais Andrade , bem como pelo prosseguimento do feito.
Ficam as partes intimadas para indicarem se há interesse na produção de provas, em cumprimento ao despacho abaixo transcrito:
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Despacho: Intime-se a parte autora, através de seus advogados, para que no prazo de quinze dias úteis apresente manifestação sobre as
preliminares arguidas nas contestações de fls. 146/148 e 155/172. Ultrapassado o prazo acima, intimem-se as partes, através de seus
advogados, para que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, informem se têm interesse na produção de alguma prova além das que já
constam nos autos, justificando a necessidade. Caso desejem a produção de prova testemunhal em audiência, deverão apresentar o rol
de testemunhas nesse prazo , observado o disposto no art. 357, §6º, do CPC. O silêncio das partes implicará julgamento antecipado do mérito,
a teor do art. 355, I, do CPC. Intimações e expedientes necessários. Macaparana, 06 de novembro de 2018.GABRIEL ARAÚJO PIMENTEL
Juiz de Direito
Ficam as partes intimadas para indicarem se há interesse na produção de provas, em cumprimento ao despacho abaixo transcrito:
Despacho: Verifico que o processo sofreu alteração quanto à numeração de suas folhas, a partir da fl. 84. Cuido de petição do autor para
redução do valor da causa, juntada de documento e reabertura de prazo para manifestação sobre a documentação acostada com a petição de
fls. 173/174. Intimados, os demandados se pronunciaram às fls. 194 e 195. A demandada Teresa concordou com os requerimentos do autor.
Já o demandado Severino disse que o autor não teria como comprovar o valor das benfeitorias inicialmente requerido e teme pelo valor dos
honorários sucumbenciais, por isso o autor requereu a redução do valor da causa, tendo acostado o laudo de fls. 196/197. Quanto ao valor
da causa, uma vez que o art. 292, §3°, do CPC, autoriza a modificação do valor da causa de ofício pelo juiz, havendo concordância dos réus,
não há motivos para o indeferimento do pedido de redução do valor da causa, uma vez que o processo não se encontra julgado e os ônus
sucumbenciais ainda não foram definidos, podendo recair tanto para o autor como para os demandados a depender do resultado da sentença.
Assim, modifico o valor da causa, a requerimento do demandante, para o valor de 215.497,75 (duzentos e quinze reais quatrocentos e noventa
e sete reais e setenta e cinco centavos). As custas foram satisfeitas, conforme fls. 99/101, não havendo valor a complementar. À Secretaria
para alteração do valor da causa no JUDWIN. Intime-se o autor para se pronunciar sobre a documentação acostada pelo segundo demandado
às fls. 196/197. Intimem-se as partes, através de seus advogados, para que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, informem se têm
interesse na produção de alguma prova além das que já constam nos autos, justificando a necessidade . Caso desejem a produção de
prova testemunhal em audiência, deverão apresentar o rol de testemunhas nesse prazo , observado o disposto no art. 357, §6º, do CPC. O
silêncio das partes implicará julgamento antecipado do mérito, a teor do art. 355, I, do CPC. Intimações e expedientes necessários. Macaparana,
06 de novembro de 2018. Gabriel Araújo Pimentel Juiz de Direito
Fica o advogado do autor intimado para apresentar rol de testemunhas, em cumprimento ao despacho abaixo transcrito:
Despacho: 1 - Compulsando os autos, verifico que há necessidade de produção de provas. 2- Assim, não há como o presente feito ser sentenciado
por esta Central de Agilização Processual de Caruaru, pois não se enquadra nos termos da Instrução Normativa de nº 20 de 01/12/2015.3-
Devolvam-se os autos à Comarca de origem para que adote as medidas necessárias à marcação de audiência de instrução e julgamento em
data disponível na pauta de audiências da comarca. Fixo o prazo de 05 (cinco) dias para apresentação de rol de testemunhas (que deverá
conter, sempre que possível: nome, profissão, estado civil, idade, número de RG e de CPF e endereço completo da residência e local de
trabalho), sob pena de preclusão. As testemunhas deverão ser no máximo de três para cada parte. Somente será admitida a inquirição de
testemunhas em quantidade superior na hipótese de justificada imprescindibilidade e se necessária para a prova de fatos distintos . 4-
Ressalte-se que cabe aos advogados constituídos pelas partes informar ou intimar cada testemunha por si arrolada (observadas as regras do art.
455 do NCPC). Em se tratando de testemunha arrolada pela Defensoria Pública ou por advogado que patrocina a causa em função do convênio
da assistência judiciária, expeça-se mandado para intimação das respectivas testemunhas (exceto se houver compromisso de apresentação em
audiência independentemente de intimação). Em tal hipótese, via digitalmente assinada da decisão servirá como mandado, a ser cumprido com
os benefícios da justiça gratuita. Caso sejam arroladas testemunha residente em outra comarca e não haja compromisso de que a respectiva
pessoa comparecerá na audiência aqui designada, expeça-se carta precatória para inquirição, com prazo de sessenta dias para cumprimento
do ato (na sequência intimando-se as partes quanto à expedição da carta precatória e para que a parte que arrolou a testemunha comprove, em
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05 (cinco) dias a respectiva distribuição junto ao juízo deprecado).Caruaru/PE, 28 de setembro de 2018. ROMMEL SILVA PATRIOTA JUIZ DE
DIREITO COORDENADOR DA CENTRAL DE AGILIZAÇÃO PROCESSUAL
SENTENÇA
Vistos, etc.
Cuido de Ação de Investigação de Paternidade proposta por M.D da C. contra A.R.da S., ambos devidamente qualificados nos autos do processo
em epígrafe. A petição inicial veio acompanhada da declaração de justiça gratuita e documentos - fls. 04/06. Intimada a requerente para
impulsionar o feito, não foi localizada, conforme certidão - fls. 42v. Manifestação ministerial pugnando pela extinção do processo sem resolução
do mérito por abandono - fls. 59. É o breve Relatório necessário. DECIDO. Compulsando os autos, verifica-se que há de ser extinto o presente
feito, ante a inércia da parte autora, que deixou de atender despacho e/ou não movimentou o feito quando lhe competia, deixando evidenciado o
abandono de causa, que já perdura por muito tempo. Apesar de tomadas todas as cautelas previstas na legislação vigente, nos precisos termos
do art. 485, III e § 1º do Código de Processo Civil, em especial quanto a intimação pessoal para demonstrar interesse no prosseguimento do feito,
num prazo legal, sob pena de extinção do feito, a parte autora não atendeu ao chamado judicial ou não foi possível intimá-la por não residir no
endereço informado na exordial. Ademais, se for o caso, observe-se que são consideradas válidas as intimações dirigidas ao endereço constante
nos autos, conforme inteligência do parágrafo único do art. 274, do Código de Processo Civil. Destarte, constata-se que a parte autora não
manifestou mais interesse no feito, e como a justiça não pode aguardar indefinidamente a vontade da parte, impõe-se a extinção do processo
sem julgamento do mérito pelo abandono da causa, nos precisos termos da legislação suprarreferida. POSTO ISSO, tendo em vista a inércia
processual da parte autora, com apoio nos art. 485, III e § 1º do Código de Processo Civil, em harmonia com parecer do Ministério Público,
EXTINGO O PRESENTE PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO , em virtude do abandono da causa . Por conseguinte, retornando ao
status quo ante, fica revogada toda e qualquer medida cautelar porventura deferida nos autos. Certificando-se o trânsito em julgado, arquive-se,
independentemente de despacho. Custas ex lege. Havendo contraditório, fixo honorários advocatícios em 10% (dez por cento) do valor atribuído
à causa. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Demais expedientes necessários e praxe. Macaparana, 07 de novembro de 2018.Gabriel Araújo
Pimentel Juiz de Direito
Pela presente fica a Bela. Gilvane de Araújo Gomes – OAB/PE 29.928 e a Bela. Elisângela Dantas Figueiredo do Amaral – OAB/PE 44.438
intimadas da SENTENÇA prolatada nos autos do T.C.O. nº 0000256-25.2017.8.17.0930, onde consta como autor do fato Ronaldo Miranda
da Silva, e como vítimas Alexsandro Custódio da Silva e Julianne Mayara de Sousa Andrade, cuja parte final é a seguinte:
Vistos (etc.) Diante do exposto, julgo por sentença, extinta a punibilidade de Ronaldo Miranda da Silva em harmonia com manifestação do
Ministério Público, pelo integral cumprimento da transação penal, com fundamento no art. 84, parágrafo único, da Lei 9.099/95. P.R.I. O presente
feito só pode ser arquivado após a destinação do valor pago pelo autor do fato a uma instituição filantrópica. Com o trânsito em julgado e
cumprida a formalidade acima, proceda-se às notificações e dê-se baixa na distribuição, arquivando-se em seguida. Macaparana, 12 de novembro
de 2018. Gabriel Araújo Pimentel. Juiz de Direito.
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Processo nº 0000404-16.2018.8.17.2930
REQUERENTE: SEVERINA DA SILVA
REQUERIDO: MANOEL ALVES DA SILVA
EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo: 30 (trinta) dias
O(A) Exmo.(a) Sr.(a) Juiz(a) de Direito da Vara Única da Comarca de Macaparana, em virtude de Lei, etc. FAZ SABER a REQUERIDO:
MANOEL ALVES DA SILVA , a(o)(s) qual(is) se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à Av João
Francisco, 327, Centro, MACAPARANA - PE - CEP: 55865-000, tramita a ação de DIVÓRCIO LITIGIOSO (99), Processo Judicial Eletrônico -
PJe 0000404-16.2018.8.17.2930, proposta por REQUERENTE: SEVERINA DA SILVA.
Assim, fica(m) a(o)(s) ré(u)(s) CITADA(O)(S) para, querendo, contestar a ação supracitada no prazo de 15 (quinze) dias, contados do transcurso
deste edital. Advertência : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados
pelo(a)(s) autor(a)(es) na petição inicial, com a nomeação de curador especial (art. 344, c/c art. 257, da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015).
E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, PATRICIA GADELHA SARMENTO DE FARIAS, o digitei e submeti à
conferência e assinatura(s).
MACAPARANA, 28 de novembro de 2018.
Carlos Antônio Sobreira Lopes
Juiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
II) - Indicado o médico intimem-se as partes para, no prazo de 10 (dez) dias apresentarem quesitos a serem respondidos pelo médico perito,
e assistente da perícia, caso queiram .12 - Prestar outras informações que o caso requeira. Expedientes necessários. Moreilândia-PE, 31 de
outubro de 2018. Bruno Querino OlímpioJ uiz Substituto em exercício cumulativo I
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Edital de Intimação
O Doutor João Ricardo da Silva Neto, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Moreno-PE,
FAZ SABER ao Dr. JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA, OAB/PE 9473, que através deste fica INTIMADO da audiência designada nos
autos da Carta Precatória nº 1044-50.2016.8.17.0970, para o dia 08.02.2019, às 10h30min. Dado e passado na cidade de Moreno, aos cinco
dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezoito (05.12.2018). E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, Jonas
Paulo Silva Júnior, o digitei e submeti à conferência e subscrição da Chefia de Secretaria.
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ANEXO I
PLACA MODELO CHASSI
KFM9204 HONDA/CG150 TITAN MIX KS 9C2KC1610AR049667
KFT8186 HONDA/CG 125 FAN 9C2JC30707R006540
KFU1698 YAMAHA/XTZ 125E 9C6KE125090001155
KFX4825 HONDA/CG 125 FAN 9C2JC30707R186607
KGA1863 YAMAHA/YBR 125K 9C6KE092080217303
KGJ5613 DAFRA/SPEED 150 95VCA1E288M010595
KGO3800 HONDA/CG 125 FAN 9C2JC30708R717165
KGP0254 HONDA CG 125 CG1252017786
KGU4973 HONDA/CG 125 FAN KS 9C2JC4110AR587879
KGV6773 HONDA/NXR150 BROS KS 9C2KD0430AR002207
KHE6992 HONDA/CBX 250 TWISTER 9C2MC35005R021194
KHI7702 HONDA CG 150 TITAN KS 9C2KC08105R101823
KHL0713 HONDA CG 125 TITAN KS 9C2KC08105R117458
KHL6349 HONDA/CG 125 FAN KS 9C2JC4110AR523328
KHV3832 HONDA/CG 150 TITAN KS 9C2KC08106R897296
KHW5361 WUYANG LWYPCJ9AX76002378
KIG2716 KASINSKI/GF 125 93FGF125KYA001216
KIT1561 YAMAHA/LANDER XTZ250 9C6KG021070003153
KIV3662 HONDA/POP100 9C2HB02108R024461
KJC1376 HONDA/NXR125 BROS ES 9C2JD20205R021273
KJI9397 HONDA/CG 150 TITAN KS 9C2KC08104R098805
KJL4597 SUNDOWN/MAX 125 SED 94J2XCCF55M004516
KJR7091 SUNDOWN/HUNTER 90 94J2XMJB77M009938
KJY5691 HONDA/CG 125 FAN 9C2JC30707R130070
KJZ2611 HONDA/CG 125 FAN ES 9C2JC4120AR003155
KKM2709 HONDA/CBX 250 TWISTER 9C2MC35003R101281
KKM8206 HONDA/CG 125 FAN 9C2JC30708R698812
KKN1782 HONDA CG 125 TITAN 9C2JC30102R142994
KKS5277 HONDA CG 150 TITAN KS 9C2KC08106R027925
KKT5746 HONDA/CG 150 TITAN KS 9C2KC08107R026145
KKU7988 JTA/SUZUKI EN125 YES 9CDNF41LJ8M092652
KKX7109 DAFRA/SUPER 100 95VAC1C899M006306
KKZ9243 HONDA/CG 125 TITAN KS 9C2JC30104R062289
KLA4169 HONDA/CG 125 FAN KS 9C2JC41110AR516313
KLI6736 HONDA/CG 125 TITAN ES 9C2JC30201R053928
KLN1130 HONDA/CBX 250 TWISTER 9C2MC35008R018049
KLO2781 YAMAHA XTZ 125 9C6KE037040017157
KLQ8825 HONDA/CG 125 TITAN KS 9C2JC3010YR066964
KLT0597 HONDA/CBX 200 STRADA 9C2MC2700XR018736
KLV2641 HONDA/CG 150 TITAN ES 9C2KC08505R030977
KLW5751 YAMAHA/YBR 125K 9C6KE044050093787
KMA0399 HONDA/BROS 9C2KDO3308R085652
PEF6219 HONDA/NXR150 BROS ES 9C2KD0550BR047015
PEJ1335 HONDA/CG 125 FAN ES 9C2JC4120BR713566
PEL4967 HONDA/CG 150 FAN ESI 9C2KC1670BR558803
PEM0151 HONDA/CG150 FAN ESDI 9C2KC1680BR318913
PEM5536 HONDA/CG 125 FAN KS 9C2JC4110BR759673
PEM9510 HONDA/CB 300R 9C2NC4310CR011236
PEU1889 HONDA/CB 300R 9C2NC4310BR272353
PEX8116 HONDA/CG 125 FAN KS 9C2JC4110BR411559
PEY1086 HONDA/CB 300R 9C2NC4310BR200311
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Edital de Citação
Vara Única da Comarca de Itambé
Processo nº 0000538-38.2018.8.17.2770
AUTOR: IRAPUAN BATISTA DA SILVA, ZULEIDE RAMOS DA SILVA
RÉU: MANOEL ANTONIO DE SENA, VERA LÚCIA DA CONCEIÇÃO
EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo: 20 (vinte) dias
O(A) Exmo.(a) Sr.(a) Juiz(a) de Direito da Vara Única da Comarca de Itambé, em virtude de Lei, etc. FAZ SABER aos RÉUS: MANOEL ANTONIO
DE SENA E VERA LÚCIA DA CONCEIÇÃO, a(o)(s) qual(is) se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à
Rod PE 075, KM 28, Centro, ITAMBÉ - PE - CEP: 55920-000, tramita a ação de OUTROS PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
(1294), Processo Judicial Eletrônico - PJe 0000538-38.2018.8.17.2770, proposta por AUTOR: IRAPUAN BATISTA DA SILVA, ZULEIDE RAMOS
DA SILVA. Assim, fica(m) a(o)(s) ré(u)(s) CITADA(O)(S) para, querendo, contestar a ação supracitada no prazo de 15 (quinze) dias, contados
do transcurso deste edital. Advertência: Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos
articulados pelo(a)(s) autor(a)(es) na petição inicial, com a nomeação de curador especial (art. 344, c/c art. 257, da Lei nº 13.105, de 16 de março
de 2015). Observação: O presente processo tramita de forma eletrônica através do sistema PJe. Independentemente de cadastro prévio, a parte/
advogado poderá realizar consulta através do seguinte endereço eletrônico: https://pje.tjpe.jus.br/1g/ConsultaPublica/listView.seam. A tramitação
desta ação deverá ser feita através do referido sistema, sendo necessária a utilização de Certificação Digital. As instruções para cadastramento
e uso do sistema podem ser obtidas através do seguinte endereço na internet: ttp://www.tjpe.jus.br/web/processo-judicial-eletronico/cadastro-de-
advogado. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, ANDRÉA NÓBREGA SOUTO MAIOR, o digitei e submeti à
conferência e assinatura(s). ITAMBÉ, 30 de novembro de 2018. ÍCARO NOBRE FONSECA, Juiz(a) de Direito.
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ação de USUCAPIÃO (49 ), Processo Judicial Eletrônico - PJe 0113525-36.2018.8.17.2990, proposta por AUTOR: ADEIR MELO DOS SANTOS.
Assim, fica(m) a(o)(s) ré(u)(s) e demais interessados CITADA(O)(S) para, querendo, contestar a ação supracitada no prazo de 15 (quinze)
dias, contados do transcurso deste edital. Advertência : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como
verdadeiros os fatos articulados pelo(a)(s) autor(a)(es) na petição inicial, com a nomeação de curador especial (art. 344, c/c art. 257, da Lei nº
13.105, de 16 de março de 2015). Observação : O presente processo tramita de forma eletrônica através do sistema PJe. Independentemente
de cadastro prévio, a parte/advogado poderá realizar consulta através do seguinte endereço eletrônico: https://pje.tjpe.jus.br/1g/ConsultaPublica/
listView.seam . A tramitação desta ação deverá ser feita através do referido sistema, sendo necessária a utilização de Certificação Digital. As
instruções para cadastramento e uso do sistema podem ser obtidas através do seguinte endereço na internet: http://www.tjpe.jus.br/web/processo-
judicial-eletronico/cadastro-de-advogado . Objeto da ação : Imóvel urbano, construído e constituído de casa de morada, com valor de
mercado de R$ 20.000,00(VINTE MIL REAIS) com área de 32,59 m², e seu respectivo terreno com área de 99,64 m², situado na Rua D2,
nº 26, COHAB Ouro Preto, Olinda PE, com inscrição municipal nº 1.1070.011.03.0289.0003.1 sequencial 1144853.9 junto a Prefeitura
Municipal de Olinda dentro das seguintes dimensões, divisas e confrontações; pela frente, na extensão de 1,36m, com Rua D2; pelo
lado esquerdo com muro do conjunto Habitacional Etelvino Lins , na extensão de 21,08m; pelo lado direito com casa nº24 na extensão
de com a propriedade do Sr. Edgar ; e pelos fundos, na extensão de 7,90m , com propriedade da Sra. Mere Monte. Pela frente com o
imóvel nº 21 de propriedade do Sr. Gildovan Nepomuceno. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu, MARCIA
PATRICIA PEREIRA GOMES, o digitei e submeti à conferência e assinatura(s).
OLINDA, 28 de novembro de 2018.
Rafael Sindoni Feliciano
Juiz(a) de Direito
3ª Vara Cível da Comarca de Olinda
Processo nº 0001665-30.2018.8.17.2990
AUTOR: AMELIA BELO RAMOS
EDITAL DE CITAÇÃO - JUSTIÇA GRATUITA
Prazo: 20 (trinta) dias
O(A) Exmo.(a) Sr.(a) Juiz(a) de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Olinda, em virtude de Lei, etc. FAZ SABER a os RÉUS AUSENTES,
INCERTOS E DESCONHECIDOS E EVENTUAIS E INTERESSADOS , a(o)(s) qual(is) se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste
Juízo de Direito, situado à AV PAN NORDESTINA, S/N, Km 4, Vila Popular, OLINDA - PE - CEP: 53010-210, tramita a ação de USUCAPIÃO
(49), Processo Judicial Eletrônico - PJe 0001665-30.2018.8.17.2990, proposta por AUTOR: AMELIA BELO RAMOS. Assim, fica(m) a(o)(s) ré(u)
(s) e demais interessados CITADA(O)(S) para, querendo, contestar a ação supracitada no prazo de 15 (quinze) dias , contados do transcurso
deste edital. Advertência : Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados
pelo(a)(s) autor(a)(es) na petição inicial, com a nomeação de curador especial (art. 344, c/c art. 257, da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015).
Observação : O presente processo tramita de forma eletrônica através do sistema PJe. Independentemente de cadastro prévio, a parte/advogado
poderá realizar consulta através do seguinte endereço eletrônico: https://pje.tjpe.jus.br/1g/ConsultaPublica/listView.seam . A tramitação desta
ação deverá ser feita através do referido sistema, sendo necessária a utilização de Certificação Digital. As instruções para cadastramento e
uso do sistema podem ser obtidas através do seguinte endereço na internet: http://www.tjpe.jus.br/web/processo-judicial-eletronico/cadastro-de-
advogado . Objeto da ação : apartamento nº 03 do edifício situado à Rua Professor Francisco Xavier Paes Barreto, nº 139, Casa Caiada,
Olinda, PE, CEP: 53130-240; composto de 02 quartos, sala, banheiro social, cozinha e área de serviço; Medindo: área total construída
376,00 m2, área da unidade 47,00 m2 ; possuindo as seguintes confrontações: Lado Direito: imóvel à RUA Otaviano Pessoa Monteiro, nº
150, Casa Caiada, Olinda, PE. - Lado Esquerdo: imóvel à rua Professor Francisco Xavier Paes Barreto, nº 125, Edf. Rafaela, Casa Caiada,
Olinda, PE. - Frente: imóvel à RUA Professor Francisco Xavier Paes Barreto, nº 142, Casa Caiada, Olinda, PE. - De Fundos: imóvel à
RUA Otaviano Pessoa Monteiro, nº 150, Casa Caiada, Olinda, PE. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, eu,
CHRISTIANNE DE SIQUEIRA OZORIO, o digitei e submeti à conferência e assinatura(s).
OLINDA, 19 de novembro de 2018.
ISIS MIRANDA DE SOUZA MACHADO
Juiz(a) de Direito
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados dos DESPACHOS proferidos, por este JUÍZO, nos
processos abaixo relacionados:
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sob o n° 0136599-22.2018.8.17.2990. Decisão com força de mandado. Intime-se. Cumpra-se.Olinda, 12 de novembro de 2018.Rafael Sindoni
FelicianoJuiz de Direito
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Despacho:
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0001800-72.2011.8.17.0990DESPACHO R.H. Analisando os
autos, verifico que, ao ser intimado para cumprir com o determinado no despacho de fl. 85, o autor não cumpriu com as diligências determinadas
por este juízo e pugnou pela suspensão da ação por 90 dias para localizar e juntar o original da cédula de crédito, o que não foi solicitado (fl. 87).
Por outro lado, consta nos autos a informação de falecimento da ré, o que impede o prosseguimento da ação contra a mesma, caso comprovado
o seu falecimento. Todavia, o autor, até a presente data, não juntou aos autos a respectiva certidão de óbito, que pode ser facilmente obtida junto
aos cartórios desta Comarca, conforme já analisado no despacho de fl. 85. Por todo exposto, indefiro o pedido de fl. 87 por ser irrazoável o prazo
proposto. No mais, intime-se o autor para, no prazo improrrogável de 20 (vinte) dias, cumprir com o determinado no item 3 do despacho de fl. 85
e, caso tenha interesse no prosseguimento do feito, deverá apresentar certidão de óbito da ré, habilitando, se for o caso, os seus herdeiros, bem
como informar o endereço onde está localizado o veículo ou requerer o que julgar pertinente, sob pena de extinção do processo sem resolução
do mérito (art. 485, III e IV, do CPC).Olinda, 23 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito 1
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prazo de 15 (quinze) dias para apresentar nova planilha de cálculos, expurgando os juros no período acima referido. Por oportuno, intime-se o
antigo advogado do exequente (Dr. Ely Batista do Rêgo, OAB/PE n° 11.320-D) para, querendo, manifestar-se sobre a petição de fls. 345/346, no
prazo de 10 (dez) dias.Olinda, 19 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito
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para que manifestem eventual interesse na causa (art. 943 do CPC/73).5. Apresentada resposta na modalidade de contestação e ocorrendo a
hipótese prevista no artigo 326 do CPC/73, intime(m)-se o(a)(s) demandante(s) para se manifestar(em) no prazo de 10(dez) dias.6. Decorridos os
prazos de resposta e após eventual manifestação das Fazendas Públicas, dê-se vista dos autos ao representante do Ministério Público.7. Após
a manifestação do representante do Ministério Público, voltem-me conclusos.8. Ocorrendo qualquer outro incidente processual não previsto nos
itens anteriores, voltem-me igualmente conclusos.Despacho com força de mandado.Cumpra-se.Olinda, 26 de novembro de 2018.Rafael Sindoni
FelicianoJuiz de Direito.
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intimações dirigidas ao endereço constante nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação do endereço
não tiver sido devidamente comunicada ao juízo.As cartas que retornaram sem o efetivo recebimento, foram enviadas para o endereço fornecido
nos autos, presumindo-se, portanto, válida nos termos do art. 274 do CPC.Ademais, verifico que a advogada do autor e a Defensora Pública,
que representa o réu, foram devidamente intimadas de todos os atos do processo, inclusive do Edital do Leilão em que constam expressamente
as datas designadas pelo leiloeiro (fl. 132/132).Inexiste, portanto, qualquer vício capaz de ensejar a anulação do leilão, razão pela qual indefiro
o pedido de fl. 160/162.Intimem-se. Olinda, 26 de novembro de 2018. Rafael Sindoni Feliciano. Juiz de Direito.
Olinda, 05 de dezembro de 2018
Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0001536-21.2012.8.17.0990DECISÃO Vistos etc. Cuida-se de
Embargos Declaratórios opostos pela segunda executada em face da sentença de fl. 224, cujo dispositivo transcrevo: "Posto isso, com fulcro
no artigo 924, II, do novo Código de Processo Civil, EXTINGO A PRESENTE EXECUÇÃO. Custas pagas. Honorários conforme acordado pelas
partes." Aduz, em síntese, a embargante que a sentença foi omissa quanto à existência de bloqueio de valores em sua conta poupança no importe
de R$ 2.256,29, ainda pendente de levantamento (fls. 226/229).Intimada para se manifestar (fls. 236 e 243), a embargada concordou com o
desbloqueio de valores em contas da executada, caso ainda permaneça alguma restrição (fl. 244). Decido. Ainda que por fundamento diverso,
razão assiste à Embargante. Incialmente, observo que a sentença não foi omissa quanto à liberação de valores, pois em sua fundamentação
consta a análise sobre os valores bloqueados nos autos, de acordo com os documentos que existiam na data da prolatação da sentença,
conforme trecho a seguir transcrito:"Esclareço, por fim, que a única constrição efetivada nestes autos se deu através do BACENJUD nas contas
de titularidade dos devedores, cujos valores bloqueados já foram totalmente levantados pelas partes, conforme extrato de fl. 222, por meio dos
alvarás de fls. 159 e 217, expedidos em cumprimento às decisões de fls. 156/158 e 215 e em atenção ao contido no acordo firmado entre
as partes (fls. 192/196)."Todavia, diante das alegações dos embargos de declaração e do contido no documento de fl. 233, que instruiu os
embargos, foi determinada à consulta aos sistemas da CEF e Bacenjud, em que se verificou a permanência de bloqueio no valor de R$ 2.256,29,
em conta de titularidade da embargante do Banco do Brasil, conforme demonstra o documento de fl. 241.Entendo, portanto, que a sentença
foi contraditória quanto à permanência de valores bloqueados, ao afirmar, por equívoco, que estes haviam sido totalmente levantados pelas
partes, sendo importante frisar que o documento de fl. 124 ensejou o erro, pois nele não há a informação de inexistência de ação/ordem quanto
a saldo bloqueado remanescente, como indica o documento de fl. 241. Considerando, portanto, que a sentença embargada foi contraditória
ao afirmar levantamento da totalidade da quantia bloqueada, quando ainda havia valor pendente de levantamento e, ainda, a concordância
da exequente com a liberação dos valores que porventura ainda estejam pendentes de levantamento (fl. 244), faz-se necessária a reforma
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da sentença neste ponto. Posto isso, com supedâneo dos artigos 1.022 e seguintes do Código de Processo Civil, ACOLHO OS PRESENTES
EMBARGOS DECLARATÓRIOS PARA SANAR A CONTRADIÇÃO DA SENTENÇA EMBARGADA, REFORMANDO-A, A FIM DE QUE DELA
PASSE A CONSTAR O SEGUINTE:"Esclareço, por fim, que a única constrição efetivada nestes autos se deu através do BACENJUD nas contas
de titularidade dos devedores, sendo parte do valor bloqueado já levantada pelas partes, conforme extrato de fl. 222, por meio dos alvarás de fls.
159 e 217, expedidos em cumprimento às decisões de fls. 156/158 e 215 e em atenção ao contido no acordo firmado entre as partes (fls. 192/196),
impondo-se a liberação do saldo bloqueado remanescente (R$ 2.256,29) em favor da executada Marcia Maria Leitão Maranhão. Posto isso, com
fulcro no artigo 924, II, do novo Código de Processo Civil, EXTINGO A PRESENTE EXECUÇÃO. Custas pagas. Honorários conforme acordado
pelas partes. Proceda-se, imediatamente, com o desbloqueio, através do BACENJUD, do saldo bloqueado remanescente em conta do Banco
do Brasil de titularidade da executada Marcia Maria Leitão Maranhão." No mais, mantenho integralmente os termos da sentença embargada.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com baixa. Olinda, 21 de setembro de 2018.Carlos Neves
da Franca Neto JuniorJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0000963-75.2015.8.17.0990Autor: Banco Itaucard S/ARéu:
Israel Inácio JoséSENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se de Execução de Título Executivo Extrajudicial em que, antes da citação do promovido, o
Autor formulou requerimento de desistência da ação (fl. 131) Sendo isto o que importa relatar, decido. O Código de Processo Civil de 2015, no
artigo 485, inciso VIII, prevê que o juiz não resolverá o mérito quando homologar a desistência da ação. Todavia, também prescreve, desta feita
no § 4º, do mencionado dispositivo, que oferecida contestação, há que se colher o consentimento da parte Ré, prescrição esta ditada pelo fato
de que, cientificada esta última da ação em curso, poderia ter interesse em ver-se processada até o final da demanda para demonstrar a sua
improcedência. No presente caso todas as prescrições legais cabíveis à espécie foram atendidas, uma vez que o requerimento de desistência
da ação foi formulado antes mesmo da citação do Promovido, sendo, por isso, desnecessária a concordância daquele. Posto isso, com fulcro
no artigo 485, inciso VIII e seu § 4º, do Código de Processo Civil/2015, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO FORMULADO
PELO AUTOR, EXTINGUINDO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas processuais pagas. Sem sucumbência ante a ausência
de contraditório. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Olinda, 08 de outubro de 2018.Carlos
Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0000017-89.2004.8.17.0990Exequente: Companhia Energética
de Pernambuco - CELPEExecutado: Fernando Ramos BrasileiroSENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se de Cumprimento de Sentença em que, não
localizados bens do executado, o exequente formulou requerimento de desistência da ação (fl. 287). Sendo isto o que importa relatar, decido. O
Código de Processo Civil de 2015, no artigo 485, inciso VIII, prevê que o juiz não resolverá o mérito quando homologar a desistência da ação.
Todavia, também prescreve, desta feita no § 4º, que oferecida contestação, há que se colher o consentimento do promovido, prescrição esta ditada
pelo fato de que, cientificada esta última da ação em curso, poderia ter interesse em ver-se processada até o final da demanda para demonstrar a
sua improcedência. No presente caso todas as prescrições legais cabíveis à espécie foram atendidas, uma vez que a parte ré foi intimada para se
manifestar sobre o requerimento de desistência da ação, concordando tacitamente com o mesmo devido ao transcurso do prazo (fl.291). Posto
isso, com fulcro no artigo 485, inciso VIII e seu § 4º, do Código de Processo Civil/2015, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO
FORMULADO PELO AUTOR, EXTINGUINDO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas processuais pagas. Sem sucumbência
em razão da ausência de contraditório no cumprimento de sentença. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-
se. Intime-se. Olinda, 11 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0002322-31.2013.8.17.0990Autor: Banco Itaucard S/ARé:
Maria Aparecida de ArrudaSENTENÇA Vistos, etc.Banco Itaucard S/A, devidamente qualificado(a) na petição inicial, ajuizou a presente ação
em face de Maria Aparecida de Arruda, igualmente qualificado(a), alegando, em síntese, que: a) por meio do contrato no 30410-638157818,
o(a) ré(u) financiou valor para a aquisição do veículo da marca Fiat, modelo Siena Fire, placa KGK-9455; b) os valores pactuados no contrato
deveriam ser pagos em 36 parcelas, quedando-se o(a) promovido(a) inadimplente a partir da segunda parcela; c) o(a) requerido(a) foi notificado(a)
extrajudicialmente para pagar o débito e não o fez, caracterizando-se a mora.Requereu, então, o deferimento de liminar de busca e apreensão
e a sua confirmação no mérito, com a consolidação definitiva da posse e propriedade sobre o bem alienado.Instruíram a petição inicial, dentre
outros documentos, cópia do contrato de financiamento, notificação extrajudicial dirigida ao(à) ré(u) e planilha de débitos.Decisão concessiva
da liminar às fls. 85/86.Às fls. 35/43, o(a) promovido(a), apresentou contestação, na qual aduz, em síntese: a) o(a) autor(a) está embutindo na
dívida, ilegalmente, juros capitalizados; b) inserção de valores indevidos na cobrança, quais sejam "custo administrativo", "impostos", "encargos",
custo de direcionamento", "inadimplência" e "margem líquida"; c) inconstitucionalidade dos §§ 1° e 2° do Decreto-Lei n° 911/69.Requereu,
o(a) contestante, por conseguinte, a improcedência do pedido contido na inicial.Réplica à contestação apresentadas às fls. 57/68.Intimadas as
partes sobre a produção de outras provas, ambas ficaram silentes.Às fls. 88/89 foi juntado o mandado de busca e apreensão devidamente
cumprido.Feito o relatório, decido.De proêmio, indefiro o pedido de declaração incidental de inconstitucionalidade dos §§ 1° e 2° do Decreto-
Lei n° 911/69, por inexistir violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório. As disposições legais aviltadas disciplinam apenas um
contraditório diferido ou postergado, não havendo qualquer vedação constitucional quanto a este procedimento.Vencida a questão prefacial,
passo ao mérito propriamente dito.Pois bem.Segundo a jurisprudência consolidada do E. STJ, não há abusividade nos juros bancários, quando
estes se mostram compatíveis com a média praticada no mercado, entendimento que é seguido por este magistrado. No caso vertente, os
juros indicados no contrato são de 2,41% a.m. Considerando que a avença foi entabulada no mês de novembro do ano de 2011 (fls. 13),
constato que tal valor não ultrapassa a média de mercado à época de sua contratação, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central
do Brasil (2,61% a.m.)1 para o referido mês. Inclusive, neste valor já está embutido o spread bancário.O chamado spread bancário nada
mais é do que a diferença entre os juros que a instituição financeira paga quando da captação do crédito e aquele que a mesma cobra do
consumidor final, sendo o mesmo plenamente admitido pelo sistema financeiro nacional. A instituição financeira calcula o seu valor agregando
vários elementos, dentre os quais está o percentual de inadimplência.Aliás, os valores citados pelo(a) requerido(a), supostamente embutidos
indevidamente na cobrança, são, na verdade, elementos que compõem o cálculo do spread.Saliento que não há qualquer limitação jurídica
quanto ao percentual cobrado concernente ao spread bancário, desde que este, somado aos juros da captação do crédito, quando repassados
ao consumidor final, não ultrapasse a média de mercado.Com relação à capitalização dos juros, mesmo que mensal, também não há óbice,
haja vista que o contrato ora em discussão foi firmado após a edição da Medida Provisória nº 1.963-17, de 31 de março de 2000, reeditada
até a Medida Provisória nº 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, em vigor pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001, que a permite
nos casos em que prevista contratualmente.Deve-se ressaltar que, no julgamento do REsp n° 973.827/RS, o STJ afirmou que "a previsão
no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual
contratada". Ou seja, entende a Corte Superior que a previsão, no contrato, dos juros efetivos anuais em percentual superior a doze vezes o valor
dos juros mensais, igualmente previstos, autorizariam a cobrança dos juros compostos, por tornar evidente a metodologia de aplicação desse
encargo.Nesse diapasão, filio-me ao entendimento acima exposto, porquanto é notoriamente conhecida a prática das instituições bancárias de
cobrarem juros compostos nos contratos de mútuo, sendo a regra no mercado financeiro.Nenhuma irregularidade há na cobrança, portanto.De
outra banda, o pedido formulado pelo(a) autor(a) encontra respaldo no artigo 3° do Decreto-Lei n° 911/69, que disciplina a ação de busca e
apreensão de bens alienados fiduciariamente.É cediço que o contrato de alienação fiduciária em garantia transfere, de pleno direito, o domínio
resolúvel do bem financiado ao credor fiduciário, tornando o devedor possuidor direto e depositário, com todos os encargos previstos pela
legislação civil. Provados por escrito o inadimplemento e a mora do devedor, assiste ao proprietário fiduciário o direito de, dentre outras medidas,
perseguir a coisa confiada mediante busca e apreensão, a qual será concedida liminarmente, com fundamento no art. 3º do Decreto-Lei nº
911/1969.No caso vertente, a existência do contrato restou incontroversa, bem assim evidenciada a mora do(a) requerido(a), seja porque, tendo
sido notificado(a) extrajudicialmente para quitar o saldo devedor permaneceu inerte, seja porque, citado(a), deixou de purgar a mora.Evidenciada,
portanto, a inadimplência do(a) promovido(a), bem como não havendo o pagamento da integralidade da dívida no prazo legal, não resta a
este Juízo alternativa senão consolidar a posse do bem em favor do credor fiduciário.Posto isso, com arrimo nos dispositivos legais referidos
e, ainda, no artigo 487, inciso I, do NCPC, JULGO PROCEDENTE o pedido de busca e apreensão, ao tempo em que consolido a posse e a
propriedade do bem objeto da avença em mãos da parte autora, tornando definitiva a liminar anteriormente concedida e extinguindo o processo
com incursão no mérito.Condeno o(a) ré(u) a ressarcir ao(à) autor(a) as despesas processuais adiantadas e, ainda, ao pagamento dos honorários
advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa na ação principal, observados o grau de zelo do causídico e o tempo
despendido no serviço (NCPC, art. 85, § 2°).Expeça-se ofício ao DETRAN/PE solicitando a baixa de gravame porventura determinado por este
Juízo ou exclua-se a restrição através do sistema RENAJUD, conforme o caso.Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.Publique-
se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 09 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito1 Fonte: Banco Central do Brasil.
Sistema Gerenciador de Séries Temporais - v2.1. Módulo Público. SGS 25435. Disponível em: https://www3.bcb.gov.br. Acesso em: 09, nov.
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RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 12544-29.2011.8.17.0990SENTENÇAVistos etc.Cuida-se de ação
monitória, em que foi determinada a emenda da petição inicial, a fim de que fossem sanadas as irregularidades expostas às fls. 46.Devidamente
intimado, através de seu patrono, o promovente não cumpriu o comando judicial. Sendo isto o que importa relatar, decido.Prescreve o artigo
321, parágrafo único, do CPC/2015, que a petição inicial será indeferida quando a exordial não preencher os requisitos dos artigos 319 e 320
do CPC/2015 ou apresentar defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito e, intimada a parte autora para emendá-
la, não cumprir a diligência.No caso vertente, o autor foi intimado para emendar a inicial, sob pena de indeferimento e extinção do processo
sem resolução do mérito, a fim de corrigir irregularidades apontadas no referido despacho judicial. Porém, não juntou documento essencial à
propositura desta demanda, que demonstre, minimamente, o vínculo jurídico entre as partes. Enfim, ressalto que entendo ser desnecessária, neste
caso, a prévia intimação pessoal do demandante, prevista no artigo 485, § 1º, do CPC/2015, por não se tratar das hipóteses elencadas no artigo
485, incisos II e III do CPC/2015.Neste sentido: "Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. INDEFERIMENTO
DA INICIAL. DETERMINAÇÃO DE EMENDA NÃO ATENDIDA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AJG DEFERIDA PARA
FINS RECURSAIS. Em se tratando de indeferimento da inicial decorrente do não-atendimento da determinação de emenda, é desnecessária
a intimação pessoal da parte. Inteligência dos arts. 284, parágrafo único, e 267, I, ambos do CPC. Precedentes. APELAÇÃO DESPROVIDA".
(Tribunal de Justiça do RS, Quinta Câmara Cível, Apelação Cível Nº 70049939531, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em 29/08/2012)Posto
isso, com fulcro nos artigos 485, inciso I, e 321, parágrafo único, ambos do CPC/2015, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL E, POR CONSEQUÊNCIA,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.Custas satisfeitas. Sem honorários, em virtude da ausência de contraditório.Publique-
se. Registre-se. Intime-se.Após o trânsito em julgado, cumpridas as formalidades legais cabíveis, arquivem-se os autos.Olinda, 10 de outubro
de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito2
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José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0005285-85.2008.8.17.0990Autor: Banco Dibens Leasing S/
A Arrendamento MercantilRéu: Terezinha Clemente da SilvaSENTENÇAVistos, etc.Cuida-se de Ação de Reintegração de Posse proposta por
Banco Dibens Leasing S/A Arrendamento Mercantil, em face de Terezinha Clemente da Silva, que se encontra sem movimentação desde de
abril de 2018, em virtude da parte autora não ter cumprido com o pagamento das custas da carta precatória, apesar de devidamente intimada
para tal fim, seja por este juízo, seja pelo juízo deprecado (fls. 197/198 e 213).Determinada a intimação pessoal do autor para cumprimento, com
advertência da possibilidade de extinção do processo, a carta de intimação retornou com a informação "mudou-se" (fl. 217).Sendo isto o que
importa relatar, decido.Prescreve o artigo 485, inciso III, e § 1º do NCPC, que o processo deverá ser extinto sem resolução do mérito quando a
parte deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 (trinta) dias e permanecer inerte após intimação pessoal
para suprir a omissão.No caso vertente, determinada a intimação do autor para o cumprimento de diligência, lhe foi dirigida intimação pessoal para
o endereço declinado na petição inicial (único informado nos autos), entretanto a carta retornou sem o efetivo cumprimento em face da mudança
de endereço sem a prévia comunicação a este juízo.Presume-se válida a intimação de fl. 217, conforme disposto no parágrafo único, do art. 274,
do CPC e, por conseguinte, resta caracterizada a inércia do autor, diante do não cumprimento de diligência determinada por este juízo, impondo-
se a aplicação da penalidade prevista no art. 76, parágrafo 1º, inciso I, do CPC, pois a máquina judiciária não pode ficar indefinidamente à mercê
da conveniência da parte, sendo cabível a imediata extinção do feito.Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, e § 1º do NCPC, EXTINGO O
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO E, POR CONSEGUINTE, REVOGO A LIMINAR CONCEDIDA ÀS FLS. 62/63.Custas pagas.Sem
honorários, haja vista que o réu não interviu no feito.Publique-se. Registre-se. Intime-se.Após o trânsito em julgado, a ser certificado nos autos,
arquivem-se os autos.Olinda, 04 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JuniorJuiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ação de Busca e ApreensãoProcesso nº: 0003304-21.2008.8.17.0990Autor: Banco Finasa BMC S/ARéu: José Pedro de LimaSENTENÇA Vistos
etc. Banco Finasa BMC S/A, qualificado na inicial, propôs a presente Ação de Busca e Apreensão contra José Pedro de Lima, igualmente
identificado, tendo por objeto veículo descrito na inicial, alegando que o réu encontrava-se inadimplente com as parcelas do contrato. Instruíram
a petição inicial os documentos de fls. 04/18. Determinada a emenda a petição inicial, o autor regularizou a sua representação às fls. 21/27.
Decisão concessiva da liminar às fls. 29/30. Foram empreendidas diversas tentativas de localização do veículo e do réu, todas sem êxito. Intimado
para manifestar interesse no prosseguimento do feito (fl. 111), o autor pugnou pelo arquivamento provisório dos autos (fl. 112). Vieram os autos
conclusos. Eis o breve relato. Decido. A Ação de Busca e Apreensão tem sua previsão no Decreto-Lei 911, de 1º de outubro de 1969, mais
especificamente em seu art. 3º, onde resta consignado expressamente que "o proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a
mora, na forma estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário". Uma das peculiaridades do procedimento
especial adotado pelo Decreto-Lei nº 911/69 é que o réu apenas será citado após apreendido o bem. Assim, inexistindo apreensão do bem, não foi
efetivada a citação. A teor do que preconiza o art. 4º do Decreto-Lei n. 911/69, possibilita-se ao credor fiduciário, uma vez realizada a diligência de
busca, não sendo encontrado o bem na posse do devedor ou de terceiros, requerer a conversão da ação em lide executiva, a ser processada na
forma prevista no Capítulo II do Livro II do Código de Processo Civil, à vista da certidão negativa exarada pelo Oficial de Justiça, promovendo-se a
citação do réu, inclusive, via edital, a fim de operar os efeitos previstos em lei. Atente-se que o autor/credor, foi regularmente intimado a manifestar
interesse no prosseguimento do feito, podendo ter requerido a conversão da ação em execução; todavia, limitou-se a pugnar pelo arquivamento do
feito, sem qualquer fundamento legal, sendo importante frisar que não há foi comprovado qualquer motivo de força maior a justificar a suspensão
e/ou arquivamento do feito. Ora, o processo é o instrumento da jurisdição e para a garantia do perfeito exercício da função jurisdicional deve se
desenvolver na conformidade dos princípios e normas legais que o regem. A relação processual deve se constituir de forma regular e válida e,
para que isso ocorra, deverá subordinar-se a determinados requisitos, aos quais a doutrina convencionou chamar pressupostos processuais, que
são prévios à relação processual, à falta dos quais esta não tem existência jurídica ou validade. Os pressupostos processuais se apresentam sob
dois aspectos: uns objetivos outros subjetivos. Os requisitos subjetivos dizem respeito aos sujeitos principais da relação processual: juiz e partes,
enquanto os pressupostos objetivos expressam-se na exigência de inexistirem fatos impeditivos à constituição da relação processual. Dentre
eles, podemos apontar a subordinação do procedimento à lei. No caso dos autos, em que pese não ter sido localizado o bem após inúmeras
tentativas, o autor não requereu a conversão da Ação de Busca e Apreensão em Ação Executiva, nem tampouco forneceu novo endereço para
cumprimento da liminar, ato essencial ao desenvolvimento do processo. A jurisprudência do TJPE corrobora o entendimento supra: CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. RECURSO DE AGRAVO EM APELAÇÃO DECIDIDA MONOCRATICAMENTE.
AUSÊNCIA DE ARGUMENTO NOVO CAPAZ DE ENSEJAR A REVISÃO DA DECISÃO RECORRIDA. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE
DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO. RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL NÃO APERFEIÇOADA. CARÊNCIA DE
CITAÇÃO POR FALTA DE ENDEREÇO VÁLIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM BASE NOS INCISOS I E IV DO CPC. DESNECESSIDADE
DE INTIMAÇÃO PESSOAL. RECURSO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. A recorrente repete os mesmos argumentos trazidos com a aludida
apelação e, por isso, não há qualquer fato novo que possa ensejar a mudança do entendimento adotado na decisão agravada; 2. Decorridos
mais de 03 (três) anos do ajuizamento da ação, e sem o aperfeiçoamento da relação jurídica processual, por falta de endereço válido para o bom
andamento do feito, incorre a demanda em ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo, o que enseja a extinção
do processo sem resolução do mérito; 3. Não há que se falar em intimação pessoal da parte para suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas,
prevista no art. 267, § 1º, do CPC, pois a mesma aplica-se apenas aos casos previstos nos incisos II e III do referido dispositivo, o que não
foi o caso dos autos que extinguiu o processo com base nos incisos I e IV do mesmo dispositivo; 4. Recurso improvido. Decisão unânime. (TJ-
PE - AGR: 1985873 PE 0008858-55.2012.8.17.0000, Relator: Josué Antônio Fonseca de Sena, Data de Julgamento: 22/05/2012, 1ª Câmara
Cível, Data de Publicação: 100)PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO LIMINAR. REINTEGRAÇÃO DE
VEÍCULO ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. MÉRITO - O JUIZ PODE DE OFÍCIO EXTINGUIR O FEITO POR AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO
DE CONSTITUIÇÃO VÁLIDA DO PROCESSO. DESNECESSÁRIA A INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR. PRESCINDÍVEL A CITAÇÃO DO
APELADO. RECURSO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. O art. 267, § 3º, do CPC reza que o juiz reconhecerá de ofício a matéria constante no
inciso IV do referido artigo, ou seja, quando verificar a ausência de pressuposto de constituição válida do processo. 2. Desnecessária a intimação
pessoal do recorrente, haja vista que o MM. juiz a quo extinguiu o feito com arrimo no art. 267, IV, do CPC. 3. Prescindível a citação do réu/
apelado, uma vez que a relação processual não se triangularizou. (TJ-PE - APL: 199202 PE 00536746120088170001, Relator: Eduardo Augusto
Paura Peres, Data de Julgamento: 25/02/2010, 6ª Câmara Cível, Data de Publicação: 64)O feito já tramita há dez anos e não pode permanecer
em cartório, eternamente, sem que haja a citação do réu, pressuposto processual de seu desenvolvimento regular, impondo-se a extinção, eis
que a atitude do autor, pugnando pelo arquivamento do processo, inviabiliza a constituição e o desenvolvimento regular da relação jurídica
processual. Por todo o exposto, com fulcro no artigo 485, inciso IV do CPC, JULGO O PROCESSO EXTINTO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Custas satisfeitas. Sem honorários, ante a não angularização da relação processual. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em
julgado, arquivem-se.Olinda, 15 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JuniorJuiz de Direito PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE
PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km
04, Vila Popular, Olinda-PE2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José
RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0002618-19.2014.8.17.0990Exequente: Femar - Moinhos Móveis
Tubulares Ltda.Executado: Bezerra e Almeida Comercial Ltda. - MESENTENÇA Vistos, etc.Cuida-se de Ação de Execução de Título Executivo
Extrajudical, no curso da qual se determinou ao exequente o cumprimento de diligência e, verificada a inércia por mais de 30 (trinta) dias,
renovou-se a intimação, desta feita pessoal, todavia o intimando não foi localizado no endereço declinado nos autos.Decido.O artigo 485, inciso
III e § 1º, do NCPC, prevê que o processo será extinto sem resolução do mérito quando a parte deixar de promover atos e diligências que lhe
competem por prazo superior a 30 (trinta) dias e permanecer inerte após intimação pessoal para suprir a omissão. De outro canto, consoante o
artigo 274, parágrafo único, do mesmo Diploma Legal, reputa-se eficaz a intimação dirigida ao endereço informado nos autos, quando a parte
o altera sem a devida comunicação ao juízo.Este é, precisamente, o caso dos autos, uma vez que o exequente foi intimado, por intermédio do
seu advogado, para atender determinação exarada no feito (fls. 24) e, não sendo a determinação cumprida, foi expedida carta de intimação
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
para o único endereço informado nos autos, restando o ato frustrado em razão de não ter sido o exequente encontrado no endereço constante
nos autos.Eficaz, portanto, o último ato de comunicação processual.Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, § 1º, do NCPC, EXTINGO O
PROCESSO SEM INCURSÃO NO MÉRITO. Custas pagas. Sem honorários, haja vista a ausência de intervenção do executado no feito. Após o
trânsito em julgado e, cumpridas as formalidades legais cabíveis, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 08 de outubro
de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José
RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0001134-23.2001.8.17.0990 (Cumprimento de Sentença)Exequente:
Parnaplast Indústria de Plásticos Ltda.Executada: Fipel Frigorífico Ind. de Pernambuco Ltda.SENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se de Cumprimento
de Sentença em que, realizada a penhora on line, obteve-se a quantia necessária ao pagamento do quantum debeatur (fls. 234). Feito o
relatório, decido. Prescreve o artigo 924, inciso II, do Código de Processo Civil, que a execução será extinta quando o devedor satisfizer a
obrigação, disposição que se aplica, por analogia, ao cumprimento de sentença. Este é, precisamente, o caso dos autos, porquanto o valor
penhorado contemplou integralmente o débito exequendo.Posto isso, com fulcro nos artigos 316 e 924, II, do NCPC, EXTINGO O PRESENTE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.Condeno a executada ao pagamento das custas relativas ao cumprimento de sentença, nos termos do artigo
523 do NCPC, parte final, e do Provimento nº 37/2008 do TJPE, devendo a mesma ser intimada para fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias.
Decorrido este prazo in albis, oficie-se à PGE para que a mesma adote as providências cabíveis.Por força do que dispõe o artigo 85, § 1°, do
NCPC, condeno a executada, ainda, ao pagamento de honorários advocatícios, relativos à fase de cumprimento de sentença, no importe de 10%
(dez por cento) sobre o valor da dívida, devidamente atualizada.Oportunamente, determino a devolução da quantia constrita indevidamente de
contas bancárias da executada às fls. 272/273, em razão de a dívida ter sido satisfeita anteriormente. Expeça-se alvará em seu favor, caso não
seja possível efetuar o desbloqueio dos valores.No mais, indefiro o pedido de condenação da exequente por litigância de má-fé (fls. 284), haja
vista que o requerimento de penhora on line formulado quando já satisfeita à dívida demonstra apenas falta de atenção ou de leitura dos autos,
ocasionando o equívoco, o qual certamente seria percebido mais adiante pelo Juízo, mesmo sem provocação da parte prejudicada. Determino a
expedição de alvará em favor da parte exequente, para levantamento do valor penhorado às fls. 234, esclarecendo não ser possível a transferência
da quantia para conta bancária, por ser necessário o pagamento de taxas junto à instituição financeira responsável. Em todo o caso, deve-se
observar o disposto no Provimento n° 68, de 03 de maio de 2018, do Conselho Nacional de Justiça - CNJ.Após o trânsito em julgado e, não
havendo qualquer diligência a ser cumprida, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Olinda, 15 de outubro de 2018.Carlos
Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0001900-32.2008.8.17.0990SENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se
de Ação de Busca e Apreensão, promovida pelo Consórcio Nacional Embracon S/C Ltda., contra Edineuza Carlos da Silva, no curso da qual
se determinou ao(à) requerente o cumprimento de diligência, tendo ele(a) permanecido inerte, inclusive após ter sido intimado(a) pessoalmente
para fazê-lo (fls. 101). Sendo isto o que importa relatar, decido. Prescreve o artigo 485, inciso III, e § 1º do NCPC, que o processo deverá ser
extinto sem resolução do mérito quando o autor deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 (trinta) dias e
permanecer inerte após intimação pessoal para suprir a omissão. Este é precisamente o caso dos autos, não podendo a máquina judiciária ficar
indefinidamente à mercê da conveniência da parte. Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, § 1º, do NCPC, EXTINGO O PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Exclua-se a restrição porventura inserida no veículo objeto da presente ação, mediante ofício ao DETRAN-PE ou
por meio do RENAJUD. Custas pagas. Sem sucumbência, ante a ausência de contraditório. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 15 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito2
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0000180-11.2000.8.17.0990Autor: Cinfel - Comércio e Indústria
de Ferros Ltda.Réu: Construtora Barros Fernandes Ltda.SENTENÇA Vistos, etc.Cuida-se de Ação Monitória, no curso da qual se determinou ao
promovente o cumprimento de diligência e, verificada a inércia por mais de 30 (trinta) dias, renovou-se a intimação, desta feita pessoal, sendo
constatada a mudança de endereço daquele (fls. 30-V).Decido.O artigo 485, inciso III e § 1º, do NCPC, prevê que o processo será extinto sem
resolução do mérito quando a parte deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 (trinta) dias e permanecer
inerte após intimação pessoal para suprir a omissão. De outro canto, consoante o artigo 274, parágrafo único, do mesmo Diploma Legal, reputa-
se eficaz a intimação dirigida ao endereço informado nos autos, quando a parte o altera sem a devida comunicação ao juízo.Este é, precisamente,
o caso dos autos, uma vez que o autor foi intimado, através do seu advogado constituído, para atender determinação exarada no feito (fls. 40)
e, não sendo a determinação cumprida, foi expedida carta de intimação para o único endereço informado nos autos, restando o ato frustrado em
razão da mudança de endereço.Eficaz, portanto, o último ato de comunicação processual.Ressalto que a extinção do processo por abandono de
causa independe de requerimento da parte adversa enquanto não apresentada a contestação (NCPC, art. 485, § 6°), como na hipótese vertente,
em que a ré sequer foi validamente citada. Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, § 1º, do NCPC, EXTINGO O PROCESSO SEM INCURSÃO
NO MÉRITO. Custas pagas. Sem honorários, haja vista a ausência de intervenção do réu no feito. Após o trânsito em julgado e cumpridas as
formalidades legais cabíveis, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 16 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca
Neto JúniorJuiz de Direito2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0000530-13.2011.8.17.0990SENTENÇA Vistos, etc. Cuida-
se de Cumprimento de Sentença, promovido por Maria do Carmo Gomes Medeiros, contra a empresa Davis Alves Lopes, no curso da qual se
determinou à exequente o cumprimento de diligência, tendo ela permanecido inerte, inclusive após ter sido intimada pessoalmente para fazê-lo (fls.
176). Sendo isto o que importa relatar, decido. Prescreve o artigo 485, inciso III, e § 1º do NCPC, que o processo deverá ser extinto sem resolução
do mérito quando o autor deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 (trinta) dias e permanecer inerte após
intimação pessoal para suprir a omissão. Este é precisamente o caso dos autos, não podendo a máquina judiciária ficar indefinidamente à mercê
da conveniência da parte. Posto isso, com fulcro nos arts. 316 e 485, inciso III, § 1º, do NCPC, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO. Sem custas, por não ter havido início da fase expropriatória. Sem sucumbência, ante a ausência de contraditório. Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 15 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz
de Direito1
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José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0006027-37.2013.8.17.0990SENTENÇA Vistos, etc. Itaú-
Unibanco S/A, devidamente qualificado(a) na petição inicial, ajuizou a presente Ação Monitória em face de Carlos Alberto Mergulhão Pimentel,
também qualificado(a) nos autos, tendo por objeto o veículo discriminado no exórdio. Antes de efetivada a citação válida, o autor atravessou
petição requerendo a desistência do feito (fls. 100). Feito o relatório, decido. O Novo Código de Processo Civil pátrio, no artigo 485, inciso VIII,
é categórico ao prescrever a extinção do processo sem resolução do mérito como providência cabível quando o autor desiste da ação. Todavia,
também prescreve, desta feita, no § 4º, do mesmo dispositivo, que, apresentada a contestação, há que se colher o consentimento da parte ré,
prescrição esta ditada pelo fato de que, cientificada esta última da ação em curso, poderia ter interesse em ver-se processada até o final da
demanda para demonstrar a sua improcedência. No presente caso todas as prescrições legais cabíveis à espécie foram atendidas, uma vez que
o requerimento de desistência da ação foi formulado antes mesmo da citação válida, sendo, por isso, desnecessária a concordância daquele(a).
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Posto isso, com fulcro no artigo 485, inciso VIII e seu § 4º, do Novo Código de Processo Civil, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA
AÇÃO FORMULADO PELO(A) AUTOR(A), EXTINGUINDO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas pagas. Sem honorários,
haja vista a ausência de intervenção do(a) ré(u) no feito. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Olinda, 15 de outubro de 2018. Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0005077-04.2008.8.17.0990SENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se
de Ação de Busca e Apreensão, promovida pelo Banco Santander S/A, contra Rodrigo Ferreira de Lima, no curso da qual se determinou ao(à)
requerente o cumprimento de diligência, tendo ele(a) permanecido inerte, inclusive após ter sido intimado(a) pessoalmente para fazê-lo (fls. 114).
Sendo isto o que importa relatar, decido. Prescreve o artigo 485, inciso III, e § 1º do NCPC, que o processo deverá ser extinto sem resolução do
mérito quando o autor deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 (trinta) dias e permanecer inerte após
intimação pessoal para suprir a omissão. Este é precisamente o caso dos autos, não podendo a máquina judiciária ficar indefinidamente à mercê
da conveniência da parte. Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, § 1º, do NCPC, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Exclua-se a restrição porventura inserida no veículo objeto da presente ação, mediante ofício ao DETRAN-PE ou por meio do RENAJUD. Custas
pagas. Sem sucumbência, ante a ausência de contraditório. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-
se.Olinda, 15 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito2
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José
RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0008255-48.2014.8.17.0990Autor: Adriano Ferreira Dias Réu: Banco
Panamericano S/ASENTENÇA Vistos, etc.Cuida-se de Ação Revisional de Contrato, no curso da qual se determinou a intimação da parte Autora,
pessoalmente, para manifestar interesse no prosseguimento do feito. No entanto, apesar de devidamente intimada, a parte quedou-se inerte,
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
conforme certidão de fl. 99. Sendo isto o que importa relatar, decido. Prescreve o artigo 485, inciso III, e § 1º do NCPC, que o processo deverá
ser extinto sem resolução do mérito quando a parte deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 (trinta) dias,
permanecendo inerte após intimação pessoal para suprir a omissão. Este é, precisamente, o caso dos autos, não podendo a máquina judiciária
ficar indefinidamente à mercê da conveniência da parte. Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, e § 1º do NCPC, EXTINGO O PROCESSO
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Parte beneficiária da justiça gratuita, portanto, fica suspensa a exigibilidade das custas processuais, conforme
as disposições dos artigos 98 e seguintes do pergaminho instrumental cível. Sem sucumbência ante a ausência de contraditório. Após o trânsito
em julgado desta decisão, a ser certificado nos autos, arquivem-se. Publique-se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 17 de outubro de 2018.Carlos
Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 3697-87.2001.8.17.0990DECISÃOVistos, etc.Cuida-se de
Embargos de Declaração (fls. 214/217) opostos por ANA MARY DE SAMPAIO CARVALHO LIGHT e FIXA ADESIVOS e DERIVADOS LTDA em
face de sentença proferida por este juízo, à época, cujo dispositivo transcrevo:"(...) Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, e §1 º, do NCPC,
extingo o processo sem resolução de mérito. Custas pagas. Deixo de condenar o autor em custas e honorários advocatícios, em conformidade
com o princípio da causalidade (...)" [fls. 212].Sustentam, em resumo, que a decisão guerreada incorreu em omissão e contradição, vez que,
com a extinção do processo por abandono da causa, é necessária a condenação "do exequente ao pagamento de honorários advocatícios
justamente em razão do princípio da causalidade, na medida em que aquele que deu causa à instauração do processo deve arcar com os
encargos decorrentes (...)".Intimado, o embargado não apresentou manifestação.É o relato.Passo a decidir. Inicialmente, passo à análise dos
pressupostos de admissibilidade do presente recurso. Nos termos do art. 231, VII, do CPC, "salvo disposição em sentido diverso, considera-
se dia do começo do prazo: a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico".Historiando os
autos, a sentença embargada foi publicada em 23/10/2017, conforme certidão de fls. 213. De acordo com o art. 4º, §4º, da Lei 11.419/2006, "os
prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação".Feita tais considerações, o início do
prazo para recurso deu-se em 24/10/2017. Nesse raciocínio, cumpriria às executadas apresentar embargos de declaração, no prazo de cinco
dias úteis, a teor do art. 1023, caput c/c art. 219, caput, ambos do CPC, a saber, em 30/10/2017. Ao contrário, a petição atravessada pelo
advogado constituído deu-se apenas em 07/11/2017. Por outro lado, o art. 229, caput, da referida legislação adjetiva, aplicável aos prazos para
interposição de embargos de declaração (art. 1023, §1º) corrobora que "os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de
advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de
requerimento".Não é a situação narrada. Todas as peças de defesa foram atravessadas por advogado comum, razão suficiente para rechaçar a
incidência de tal norma jurídica. Diante do exposto, preliminarmente, reconheço a intempestividade do recurso de fls. 214/217, razão suficiente,
de plano, para rejeitá-lo, à luz da legislação de regência. Cumpra-se.Intimem-se.Após o trânsito em julgado, arquivem-se.Olinda, 06 de setembro
de 2018. Carlos Neves da Franca Neto Júnior Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José
RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0006799-73.2008.8.17.0990 (Cumprimento de Sentença)Exequente:
Fundação de Ensino Superior de Olinda - FunesoExecutada: Ana Cláudia Batista da SilvaSENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se de Cumprimento
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
de Sentença em que, realizada a penhora on line, obteve-se a quantia necessária ao pagamento do quantum debeatur (fls. 75 e 82). Feito
o relatório, decido. Prescreve o artigo 924, inciso II, do Código de Processo Civil, que a execução será extinta quando o devedor satisfizer a
obrigação, disposição que se aplica, por analogia, ao cumprimento de sentença. Este é, precisamente, o caso dos autos, porquanto o valor
penhorado contemplou integralmente o débito exequendo.Posto isso, com fulcro nos artigos 316 e 924, II, do NCPC, EXTINGO O PRESENTE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.Condeno a executada ao pagamento das custas relativas ao cumprimento de sentença, nos termos do artigo
523 do NCPC, parte final, e do Provimento nº 37/2008 do TJPE, devendo a mesma ser intimada para fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias.
Decorrido este prazo in albis, oficie-se à PGE para que a mesma adote as providências cabíveis.Por força do que dispõe o artigo 85, § 1°, do
NCPC, condeno a executada, ainda, ao pagamento de honorários advocatícios, relativos à fase de cumprimento de sentença, no importe de
10% (dez por cento) sobre o valor da dívida, devidamente atualizada.Após o trânsito em julgado, expeça-se alvará em favor da parte exequente,
para levantamento dos valores penhorados às fls. 75 e 82. Em seguida, não havendo qualquer diligência a ser cumprida, arquivem-se os autos.
Publique-se. Registre-se. Intime-se. Olinda, 23 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito1
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José
RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0006170-60.2012.8.17.0990Autor: Aymore Credito, Financiamento e
Investimento S.ARéu: Fábio Antônio Soares de SouzaSENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se de Ação de Busca e Apreensão em que, antes da citação
do promovido, o Autor formulou requerimento de desistência da ação (fl. 80) Sendo isto o que importa relatar, decido. O Código de Processo
Civil de 2015, no artigo 485, inciso VIII, prevê que o juiz não resolverá o mérito quando homologar a desistência da ação. Todavia, também
prescreve, desta feita no § 4º, do mencionado dispositivo, que oferecida contestação, há que se colher o consentimento da parte Ré, prescrição
esta ditada pelo fato de que, cientificada esta última da ação em curso, poderia ter interesse em ver-se processada até o final da demanda para
demonstrar a sua improcedência. No presente caso todas as prescrições legais cabíveis à espécie foram atendidas, uma vez que o requerimento
de desistência da ação foi formulado antes mesmo da citação do Promovido, sendo, por isso, desnecessária a concordância daquele. Posto
isso, com fulcro no artigo 485, inciso VIII e seu § 4º, do Código de Processo Civil/2015, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO
FORMULADO PELO AUTOR, EXTINGUINDO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas processuais pagas. Expeça-se oficio
ao DETRAN/PE solicitando a baixo de gravame porventura determinado por este juízo ou exclua-se a restrição através do sistema RENAJUD,
conforme o caso. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Olinda, 25 de outubro de 2018.Carlos
Neves da Franca Neto JúniorJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0009491-69.2013.8.17.0990Autor: Banco Itaú Veículos S.A Ré:
Hilda Cristina Pereira de Oliveira SENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se de Ação de Busca e Apreensão em que, antes da citação do promovido, o
Autor formulou requerimento de desistência da ação (fl. 55) Sendo isto o que importa relatar, decido. O Código de Processo Civil de 2015, no
artigo 485, inciso VIII, prevê que o juiz não resolverá o mérito quando homologar a desistência da ação. Todavia, também prescreve, desta feita
no § 4º, do mencionado dispositivo, que oferecida contestação, há que se colher o consentimento da parte Ré, prescrição esta ditada pelo fato
de que, cientificada esta última da ação em curso, poderia ter interesse em ver-se processada até o final da demanda para demonstrar a sua
improcedência. No presente caso todas as prescrições legais cabíveis à espécie foram atendidas, uma vez que o requerimento de desistência
da ação foi formulado antes mesmo da citação do Promovido, sendo, por isso, desnecessária a concordância daquele. Posto isso, com fulcro
no artigo 485, inciso VIII e seu § 4º, do Código de Processo Civil/2015, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO FORMULADO
PELO AUTOR, EXTINGUINDO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas processuais pagas. Expeça-se oficio ao DETRAN/PE
solicitando a baixo de gravame porventura determinado por este juízo ou exclua-se a restrição através do sistema RENAJUD, conforme o caso.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Olinda, 25 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca
Neto JúniorJuiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Isto, posto, por tudo o mais que dos autos constam, com fundamento nos artigos 1.022 e seguintes, todos do Novo Código de Processo Civil
REJEITO os embargos de declaração interpostos pela executada às fls. 866/870. Todavia, é de bom alvitre ser esclarecido ao expert os parâmetros
que deve observar quando da elaboração do laudo. Por conseguinte, determino: a) Informe-se ao perito que o prazo para entrega do laudo será
de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da intimação do depósito dos honorários periciais; b) Esclareça-se, ainda, que o laudo deverá levar em
consideração somente os encargos moratórios expressamente previstos no contrato de fls. 19/25, relativamente à dívida constante nominalmente
nas notas fiscais listadas às fls. 29 e 212, além dos encargos sucumbenciais impostos na sentença e no acórdão exequendos; c) Sendo o contrato
omisso sobre os juros de mora e sobre a correção monetária, deverá o perito aplicar os percentuais e índices legais (Tabela ENCOGE e art.
406 do CC); d) Deve, ainda, ser promovido o abatimento dos tributos porventura incidentes, e, por fim, dos depósitos realizados pela devedora
nos presentes autos. Por oportuno, intimem-se as partes para se manifestarem sobre a proposta de honorários apresentada às fls. 809/810,
no prazo comum de 05 (cinco) dias (art. 465, § 3°, do NCPC). Intime-se, ainda, a executada para, querendo, manifestar-se sobre a petição de
fls. 878/899, no prazo acima. Cientifique-se o perito acerca desta decisão. Cumpra-se.Olinda, 30 de outubro de 2018.Carlos Neves da Franca
Neto JúniorJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso nº 0002257-75.2009.8.17.0990SENTENÇA Vistos, etc. Trata-se de
Ação de Busca e Apreensão, ajuizada pelo BANCO BMC S/A, contra PAULO PINHEIRO DA SILVA FILHO, tendo por objeto o veículo discriminado
na peça de ingresso. Após diligências, constatou-se que o requerido repassou o veículo a terceiro, não sendo possível a sua localização, mesmo
depois de várias tentativas. Determinou-se, desta feita, a intimação do autor para dar andamento ao feito, mediante a postulação da medida
adequada ao caso concreto, sob pena de julgamento conforme o estado do processo (fls. 188). No entanto, a intimação restou frustrada, em
razão da mudança de endereço do promovente, sem comunicação ao Juízo (fls. 189/189-V). Sendo isto o que mais importa a relatar, passo a
decidir. De prôemio, reputo eficaz a intimação pessoal do requerente dirigida ao último endereço declinado nos autos, por competir ao mesmo
mantê-lo atualizado, justamente para não incorrer na sanção ora cominada, ex vi do artigo 274, parágrafo único, do NCPC. Ademais, de todos
os despachos/decisões o requerente foi intimado por intermédio dos seus advogados, mediante publicação no Diário da Justiça Eletrônico - DJe.
Nesse diapasão, observo que a presente demanda tramita desde 2009, no mesmo ano sendo concedida liminar em favor do autor, determinando
a busca a apreensão do veículo financiado pelo réu (fls. 24/25). Ocorre que, diversas diligências foram realizadas sem sucesso na localização
do bem, colhendo o Meirinho, em uma das ocasiões, informação de que o automóvel foi repassado a terceira pessoa estranha à lide. Após essa
notícia, o autor, por sua vez, não realizou qualquer diligência no sentido de localizar o veículo ou pugnou por qualquer medida judicial neste
sentido. Diante de tal cenário, considerando tratar-se de um veículo fabricado no ano de 1995 (fls. 04), a sua existência atual é pouco provável,
o que pode justificar o desinteresse do promovente em buscar o seu paradeiro. Note-se que, sem a localização do veículo, a sentença proferida
neste procedimento especial não tem qualquer eficácia, pelo contrário, tem o seu objeto esvaziado. Partindo dessa constatação, é forçoso concluir
pela extinção do processo sem resolução do mérito, devido à perda do objeto, não se mostrando razoável a máquina judiciária ficar à mercê do
reconhecimento formal do autor acerca da inviabilidade da demanda. Isto posto, por tudo o mais que dos autos constam, com fundamento no
artigo 485, IV, do Novo Código de Processo Civil, DETERMINO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas pagas.
Por força do princípio da causalidade, condeno o requerido ao pagamento das custas processuais, bem como de honorários advocatícios, os
quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa (NCPC, art. 85, §§ 2° e 10). Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. P.R.I.
Olinda, 07 de novembro de 2018. Rafael Sindoni Feliciano Juiz de Direito
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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço
José RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0011903-36.2014.8.17.0990SENTENÇA Vistos, etc. Cuida-se
de Ação de Obrigação de Fazer, promovida por Rosa Maria de Lima contra a Companhia Energética de Pernambuco - CELPE, no curso da qual as
partes formalizaram acordo extrajudicial, pugnando por sua homologação (fls. 93/95). Sendo isto o que importa relatar, decido. Segundo o Código
Civil, uma das formas de extinção da obrigação consiste na transação, entendida esta como o estabelecimento de concessões mútuas, com
vistas à extinção ou prevenção do litígio (artigos 840 e ss. do CC). Simultaneamente, prevê o Novo Código de Processo Civil que deve ser esta
homologada e extinto o processo respectivo, com resolução do mérito. Nesses casos, compete ao Julgador, antes da competente homologação,
tão somente averiguar a observância dos aspectos formais e a razoabilidade do acordo efetivado, a fim de aferir se foram resguardados eventuais
direitos consignados em lei e, principalmente, no intento de evitar lesão ou onerosidade excessiva a uma das partes. No caso vertente observo,
primeiramente, que ambas as partes são capazes e, por si ou por procuradores com poderes específicos para transigir firmaram a transação
cuja homologação se pleiteia, numa demonstração inequívoca de que desejam se compor, livres de qualquer elemento de coação externa. Em
segundo lugar, registro que o objeto do acordo é lícito, possível e equitativo, eis que contempla parte satisfatória da(s) obrigação(ões) pleiteada(s)
na peça vestibular. Posto isso, com fulcro nos artigos 840 e seguintes do Código Civil, bem como no artigo 487, III, "b", do NCPC, HOMOLOGO A
TRANSAÇÃO EFETUADA PELAS PARTES ÀS FLS. 93/95. POR VIA DE CONSEQUÊNCIA, DETERMINO A EXTINÇÃO DO PROCESSO COM
INCURSÃO NO MÉRITO. Parte beneficiária da justiça gratuita (art. 98, § 3°, do NCPC). Honorários conforme disposição das partes. Expeçam-se
alvarás em favor dos seus respectivos credores, para levantamento do valor depositado às fls. 99, na proporção dos seus respectivos créditos, nos
termos do acordo e conforme requerido às fls. 103. Considerando a renúncia ao prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado, arquivando-
se os autos logo em seguida. P.R.I.Olinda, 12 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCOJUÍZO DE DIREITO DA 2a VARA CÍVEL DA COMARCA DE OLINDAFórum Lourenço José
RibeiroAv. Pan Nordestina, s/nº, Km 04, Vila Popular, Olinda-PEProcesso n° 0009276-64.2011.8.17.0990Autor: Banco Itaú S/ARéu: Reginaldo
Vicente FerreiraSENTENÇA Vistos etc. Cuida-se de Ação Monitória em que, antes mesmo da citação do réu, o autor formulou requerimento de
desistência da ação (fl. 145). Sendo isto o que importa relatar, decido. O Código de Processo Civil de 2015, no artigo 485, inciso VIII, prevê que o
juiz não resolverá o mérito quando homologar a desistência da ação. Todavia, também prescreve, desta feita no § 4º, que oferecida contestação,
há que se colher o consentimento da parte Ré, prescrição esta ditada pelo fato de que, cientificada esta última da ação em curso, poderia ter
interesse em ver-se processada até o final da demanda para demonstrar a sua improcedência. No presente caso todas as prescrições legais
cabíveis à espécie foram atendidas, uma vez que até a presente data o réu não foi citadob e, por conseguinte, não restou escoado o prazo para
contestação, sendo, por isso, desnecessária a concordância daqueles. Posto isso, com fulcro no artigo 485, inciso VIII e seu § 4º, do Código
de Processo Civil/2015, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO FORMULADO PELO AUTOR EXTINGUINDO O PROCESSO
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas pagas. Sem honorários, diante da ausência de contraditório. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após
o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Olinda, 23 de novembro de 2018. Rafael Sindoni Feliciano Juiz de Direito
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Assim sendo, por todo o exposto e por tudo mais que consta dos autos, julgo improcedente a pretensão contida em ambos os processos,
resolvendo o mérito dos processos nos termos do art. 487, I, do CPC, Condeno a parte autora a pagar as custas processuais, já adiantadas, e
honorários advocatícios dos demandantes, referentes ao processo nº0007787-21.2013.8.17.0990, estes estipulados, nesta oportunidade, em R
$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do art. 85, §8º do CPC. Sem condenação em honorários na medida cautelar nº0002958-94.2013.8.17.0990,
à míngua de resposta. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Com o trânsito em julgado, em não havendo qualquer requerimento, arquive-se.
Recife, 17 de setembro de 2018 André Carneiro de Albuquerque SantanaJuiz de Direito Substituto da CapitalPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO
DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO DE PROCESSOS DA CAPITAL Fórum Desembargador Rodolfo AurelianoAv. Desembargador
Guerra Barreto, s/n - Joana Bezerra - 1 -
Assim sendo, por todo o exposto e por tudo mais que consta dos autos, julgo improcedente a pretensão contida em ambos os processos,
resolvendo o mérito dos processos nos termos do art. 487, I, do CPC, Condeno a parte autora a pagar as custas processuais, já adiantadas, e
honorários advocatícios dos demandantes, referentes ao processo nº0007787-21.2013.8.17.0990, estes estipulados, nesta oportunidade, em R
$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do art. 85, §8º do CPC. Sem condenação em honorários na medida cautelar nº0002958-94.2013.8.17.0990,
à míngua de resposta. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Com o trânsito em julgado, em não havendo qualquer requerimento, arquive-se.
Recife, 17 de setembro de 2018 André Carneiro de Albuquerque SantanaJuiz de Direito Substituto da CapitalPODER JUDICIÁRIO DO ESTADO
DE PERNAMBUCOCENTRAL DE AGILIZAÇÃO DE PROCESSOS DA CAPITAL Fórum Desembargador Rodolfo AurelianoAv. Desembargador
Guerra Barreto, s/n - Joana Bezerra - 1 -
Posto isso, com arrimo nos artigos 485, inciso VI, e 330, inciso III, ambos do CPC/2015, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL E, POR CONSEQUÊNCIA,
EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Condeno a requerente a pagar as custas processuais, ficando a sua exigibilidade
condicionada ao implemento da condição prevista no artigo 98, § 3º do CPC/2015, respeitado o limite de 05 (cinco) anos. Sem honorários, em
virtude da ausência de contraditório. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Ciência à Defensoria Pública. Após o trânsito em julgado e cumpridas
as formalidades legais cabíveis, arquivem-se os autos, com baixa.Olinda, 26 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito(em
exercício cumulativo)1
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Posto isso, com fulcro nos artigos 840 e seguintes do Código Civil de 2002 e no artigo 487, inciso III, alínea b) do NCPC, HOMOLOGO A
TRANSAÇÃO EFETUADA PELAS PARTES E EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Parte beneficiária da justiça gratuita,
desta forma, com fulcro no artigo 98 e seguintes do NCPC, suspendo a exigibilidade quanto ao pagamento das custas processuais. Honorários
advocatícios conforme fora disposto entre as partes. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Olinda, 21 de novembro de 2018. Rafael Sindoni Feliciano Juiz de Direito (Em exercício Cumulativo)
Posto isso, com fulcro no art. 485, inciso III, § 1º, do NCPC, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Custas processuais
pagas. Sem sucumbência ante a ausência de contraditório. Após o trânsito em julgado deste decisum, a ser certificado nos autos, arquivem-se.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.Olinda, 16 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito
Posto isso, com fulcro nos artigos 840 e seguintes do Código Civil de 2002 e no artigo 487, inciso III, alínea b) do NCPC, HOMOLOGO A
TRANSAÇÃO EFETUADA PELAS PARTES E EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Parte beneficiária da justiça gratuita,
desta forma, com fulcro no artigo 98 e seguintes do NCPC, suspendo a exigibilidade quanto ao pagamento das custas processuais. Honorários
advocatícios conforme fora disposto entre as partes. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Olinda, 21 de novembro de 2018. Rafael Sindoni Feliciano Juiz de Direito (Em exercício Cumulativo)
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Pela presente, ficam as partes e seus respectivos advogados e procuradores, intimados das SENTENÇAS prolatadas nos autos dos processos
abaixo relacionados:
SENTENÇA Aurimenes dos Albuquerque Dias, devidamente qualificada, ajuizou a presente ação de Execução em desfavor de Fernando Antônio
de Albuquerque Rabello, em razão dos fatos narrados às fls. 02-07. Proferidos despachos às fls. 09, 16, 23, 31/32, 38, 41 e 44, foi realizada
tentativa de intimação do exequente, que retornou com a informação "mudou-se", conforme fls. 47/48. É o relatório sucinto. Decido. Verifica-
se, claramente, a completa desídia por parte da exequente com o presente feito. Na situação em comento, o exequente foi intimado de forma
pessoal, que não se concretizou pelo fato de este não ser encontrado no endereço informado nos autos (fls. 47/48). É certo que compete à parte
comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço, presumindo-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos (art. 274,
Parágrafo Único, NCPC). Desse modo, configura-se o abandono do processo pela parte autora, impondo-se a extinção do feito sem apreciação
do mérito. A jurisprudência corrobora com o entendimento supra: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. JULGAMENTO MONOCRÁTICO.
PROLAÇÃO DE TERMINATIVA. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL. FUNGIBILIDADE COM O AGRAVO LEGAL. ADMISSIBILIDADE.
PROMOÇÃO DA CITAÇÃO. ENCARGO DA PARTE AUTORA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. ABANDONO DA
CAUSA. INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DO RÉU. EXTINÇÃO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE
ENDEREÇO. COMUNICAÇÃO NOS AUTOS. ENCARGO DA PARTE. VALIDADE DA INTIMAÇÃO REMETIDA PELO JUÍZO. (...) 5. Na hipótese
de mudança de endereço pelo autor que abandona a causa, é lícito ao juízo promover a extinção do processo após o envio de correspondência
ao endereço que fora declinado nos autos. Precedentes do STJ. 6. "Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço
residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo endereço sempre que
houver modificação temporária ou definitiva." (art. 238 CPC). Agravo Regimental convertido em Recurso de Agravo, e improvido à unanimidade.
(TJPE; Agravo Regimental na Apelação Cível nº: 250409-2; RELATOR: Eurico de Barros Correia Filho; ORGAO JULGADOR: 4ª Câmara Cível;
DATA JULGAMENTO:25/04/2013; DATA PUBLICACAO:02/05/2013) Ante o exposto, com base no art. 485, III do NCPC, resolvo o processo
sem apreciação do mérito, tendo em vista a configuração do abandono processual. Custas à fl. 07. Sem honorários, em razão da ausência
de contraditório. Após o trânsito em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos com baixa. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Olinda,
29 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível
de OlindaAutos n°:0000866-22.2008.8.17.0990Espécie:Ação de Execução Exequente:Aurimenes dos Albuquerque DiasExecutado: Fernando
Antônio de Albuquerque Rabello2
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Processo nº 0008665-14.2011.8.17.0990Autora: Gilda Cordeiro Barbosa SalgadoRéus: Mesaque Barbosa Salgado Mauricélia Cordeiro Barbosa
Salgado Clenildo Barbosa de Lima SENTENÇA Gilda Cordeiro Barbosa Salgado, devidamente qualificada na petição inicial, ajuizou a presente
ação em face de Mesaque Barbosa Salgado, Mauricélia Cordeiro Barbosa Salgado e Clenildo Barbosa de Lima também qualificados nos autos.
Citados, os réus apresentaram contestações às fls. 359-372 e fls. 394-404. Informando a perda superveniente do objeto da ação (fl. 414-419),
declarou, posteriormente, seu desinteresse no prosseguimento da lide (fl. 425). Feito o relatório, decido. Registro que no caso dos autos, a autora
declarou nunca ter perdido a posse do imóvel litigioso já que sempre morou neste e que formalizou contrato de locação do imóvel com terceiros
(fls. 414-419). Anote-se que a perda superveniente do objeto da ação torna extinta a utilidade da análise dos argumentos levantados na exordial,
o que significa que não mais perdura o interesse de agir. Entendo ser a hipótese de extinção do feito, por perda superveniente do objeto da
demanda. Extingo, pois, o feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, VI do CPC/15. Custas e honorários pela autora, observado
o disposto no art. 12 da Lei n.º 1.060/50, por ser esta beneficiária da assistência judiciária gratuita (fls. 319 e 323). Publique-se. Registre-se.
Intime-se.Olinda, 30 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito
da 3ª Vara Cível de Olinda2
Processo nº 0009607-41.2014.8.17.0990Autor: Banco Bradesco Financiamentos S.ARéu: Ary Pedro da PenhaSENTENÇA Banco Bradesco
Financiamentos S.A, devidamente qualificada na petição inicial, ajuizou a presente ação em face de Ary Pedro da Penha também qualificado
nos autos. Realizadas tentativas frustradas de citação do réu (fls. 49v. e 64v.), o autor declarou às fls. 72/73 a quitação integral do contrato
pelo réu. Feito o relatório, decido. Registro que no caso dos autos, o autor noticiou a composição do litígio, não trazendo aos autos, no entanto,
qualquer comprovação do alegado. Por outro lado, a despeito da não apresentação da quitação do contrato, o autor declarou seu desinteresse no
prosseguimento do feito (fl. 73), evidenciando a falta interesse processual superveniente. Anote-se que a perda superveniente do objeto da ação
torna extinta a utilidade da análise dos argumentos levantados na exordial, o que significa que não mais perdura o interesse de agir. Entendo
ser a hipótese de extinção do feito, por perda superveniente do objeto da demanda. Extingo, pois, o feito sem resolução do mérito, nos termos
do art. 485, VI do CPC/15. Custas satisfeitas (fl. 40). Sem honorários em razão da ausência de contraditório. Publique-se. Registre-se. Intime-
se.Olinda, 29 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª
Vara Cível de Olinda2
SENTENÇA Áurea Ana Souza devidamente qualificada, ajuizou a presente Ação de Usucapião de acordo com a narrativa constante na inicial
(fls. 02-09). Proferidos despachos às fls. 18, 25 e 27, a autora foi instada pessoalmente (fls. 37-39) nos termos do despacho de fl. 36 e quedou-
se inerte (fl. 40). É o relatório sucinto. Decido. O artigo 485, III e § 1º do CPC, prevê que o processo será extinto sem resolução do mérito
quando a parte deixar de promover atos e diligências que lhe competem por prazo superior a 30 dias e permanecer inerte após intimação pessoal
para suprir a omissão. Este é, precisamente, o caso dos autos, uma vez que foi expedida carta de intimação para o endereço informado nos
autos, tendo retornado dos correios devidamente assinada (fl. 39). Assim, a autora foi intimada para impulsionar o processo, não tendo dado
prosseguimento ao feito no prazo indicado. Posto isso, com fulcro no art. 485, III, e § 1º do CPC, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO. Custas pela requerente, observado o disposto no art. 12 da Lei n.º 1.060/50, por ser esta beneficiária da assistência judiciária
gratuita (fl. 18). Sem honorários, em razão da ausência de contraditório. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Olinda, 29 de novembro de
2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível de OlindaAutos n°:
0009286-40.2013.8.17.0990Espécie:Ação de UsucapiãoAutora:Áurea Ana Souza2
SENTENÇA Banco Honda S/A, devidamente qualificado, ajuizou a presente ação em desfavor de Clecio Juca de Lima, conforme argumentos
descritos na inicial de fls. 02-15. Proferido despacho à fl. 17 e deferida a liminar às fls. 25-30, realizou-se tentativa frustrada de citação do réu
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e apreensão do veículo, conforme fls. 33-35. Exarado despacho à fl. 39, foi realizada nova tentativa frustrada de apreensão do veículo e de
citação do réu (fls. 44-46). Deferida medida nos termos do despacho de fls. 52-55 e determinada nova expedição de mandado, conforme fl. 64,
uma vez mais se realizou tentativa frustrada de apreensão do veículo e de citação do réu (fl. 60v.). Após intimação do autor (fl. 69) nos termos
do despacho de fl. 68 e proferida decisão de fls. 74/75, foi determinada a intimação pessoal do autor para cumprimento do despacho de fl. 78,
retornando o A.R. com a informação "mudou-se" (fls. 80, 82 e 83). É o relatório sucinto. Decido. Verifica-se, claramente, a completa desídia por
parte do autor com o presente feito. Na situação em comento, o autor foi intimado, através de seu advogado (fl. 84), deixando escoar o prazo sem
pronunciamento, e de forma pessoal (fls. 80, 82 e 83), que não se concretizou pelo fato de este não ser encontrado no endereço informado nos
autos (fl. 83v.). É certo que compete à parte comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço, presumindo-se válidas as intimações dirigidas ao
endereço constante dos autos (art. 274, Parágrafo Único, NCPC). Desse modo, configura-se o abandono do processo pela parte autora, impondo-
se a extinção do feito sem apreciação do mérito. A jurisprudência corrobora com o entendimento supra: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO
CÍVEL. JULGAMENTO MONOCRÁTICO. PROLAÇÃO DE TERMINATIVA. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL. FUNGIBILIDADE COM
O AGRAVO LEGAL. ADMISSIBILIDADE. PROMOÇÃO DA CITAÇÃO. ENCARGO DA PARTE AUTORA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO. ABANDONO DA CAUSA. INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DO RÉU. EXTINÇÃO DE
OFÍCIO. POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE ENDEREÇO. COMUNICAÇÃO NOS AUTOS. ENCARGO DA PARTE. VALIDADE DA INTIMAÇÃO
REMETIDA PELO JUÍZO. (...) 5. Na hipótese de mudança de endereço pelo autor que abandona a causa, é lícito ao juízo promover a extinção
do processo após o envio de correspondência ao endereço que fora declinado nos autos. Precedentes do STJ. 6. "Presumem-se válidas as
comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes
atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva." (art. 238 CPC). Agravo Regimental convertido em
Recurso de Agravo, e improvido à unanimidade. (TJPE; Agravo Regimental na Apelação Cível nº: 250409-2; RELATOR: Eurico de Barros Correia
Filho; ORGAO JULGADOR: 4ª Câmara Cível; DATA JULGAMENTO:25/04/2013; DATA PUBLICACAO:02/05/2013) Ante o exposto, com base
no art. 485, III do NCPC, resolvo o processo sem apreciação do mérito, tendo em vista a configuração do abandono processual. Custas à fl.
15. Sem honorários, em razão da ausência de contraditório. Revogo as determinações do despacho de fls. 25-30, bem como a decisão de fls.
74/75. Realize-se a exclusão de gravame inserido no sistema Renajud por força da presente demanda. Após o trânsito em julgado, certifique-
se e arquivem-se os autos com baixa. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Olinda, 28 de novembro de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de
DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível de OlindaAutos n°:0001110-19.2006.8.17.0990Espécie:Ação
de Busca e ApreensãoAutor: Banco Honda S/ARéu: Clecio Juca de Lima2
SENTENÇA Banco Finasa S/A, devidamente qualificado, ajuizou a presente demanda, convertida nos termos do despacho de fl. 46, em desfavor
de Genaro Vitor de Assis, alegando os fatos nas petições de fls. 02-18 e 42-45. Efetivada a conversão da ação de Busca e Apreensão em Ação de
Depósito, conforme certidão de fl. 48, foram realizadas tentativas frustradas de citação do réu e de apreensão do veículo (fls. 52v e 71v.). Intimado,
através de seu advogado (fls. 81/82) para cumprir o disposto no despacho de fl. 80 e, expedida carta com A.R. ao endereço do autor informado na
inicial (fls. 83/84) para a finalidade, esta retornou com informação "mudou-se" (fl. 84v). Certificados os fatos conforme fl. 86, foi acostada petição à
fl. 88, requerendo meramente a dilação de prazo para extração de cópias. É o relatório sucinto. Decido. Verifica-se, claramente, a completa desídia
por parte do autor com o presente feito. Na situação em comento, o autor foi intimado, através de seu advogado (fls. 81/82), para cumprir o disposto
no despacho de fl. 80 e se limitou a requerer dilação de prazo para extração de cópias. Intimado, ainda, de forma pessoal (fls. 80, 82 e 883/84),
a intimação não se concretizou pelo fato de este não ser encontrado no endereço informado nos autos (fl. 84v.). É certo que compete à parte
comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço, presumindo-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos (art. 274,
Parágrafo Único, NCPC). Desse modo, configura-se o abandono do processo pela parte autora, impondo-se a extinção do feito sem apreciação
do mérito. A jurisprudência corrobora com o entendimento supra: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. JULGAMENTO MONOCRÁTICO.
PROLAÇÃO DE TERMINATIVA. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL. FUNGIBILIDADE COM O AGRAVO LEGAL. ADMISSIBILIDADE.
PROMOÇÃO DA CITAÇÃO. ENCARGO DA PARTE AUTORA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. ABANDONO DA
CAUSA. INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DO RÉU. EXTINÇÃO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. MUDANÇA DE
ENDEREÇO. COMUNICAÇÃO NOS AUTOS. ENCARGO DA PARTE. VALIDADE DA INTIMAÇÃO REMETIDA PELO JUÍZO. (...) 5. Na hipótese
de mudança de endereço pelo autor que abandona a causa, é lícito ao juízo promover a extinção do processo após o envio de correspondência
ao endereço que fora declinado nos autos. Precedentes do STJ. 6. "Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço
residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo endereço sempre que
houver modificação temporária ou definitiva." (art. 238 CPC). Agravo Regimental convertido em Recurso de Agravo, e improvido à unanimidade.
(TJPE; Agravo Regimental na Apelação Cível nº: 250409-2; RELATOR: Eurico de Barros Correia Filho; ORGAO JULGADOR: 4ª Câmara Cível;
DATA JULGAMENTO:25/04/2013; DATA PUBLICACAO:02/05/2013). Ante o exposto, com base no art. 485, III do NCPC, resolvo o processo
sem apreciação do mérito, tendo em vista a configuração do abandono processual. Custas à fl. 19. Sem honorários, em razão da ausência de
contraditório. Revogo a decisão de fls. 46. Realize-se a exclusão de gravame inserido no sistema Renajud por força da presente demanda, se for
o caso. Após o trânsito em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos com baixa. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Olinda, 28 de novembro
de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito Poder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível de OlindaAutos n
°:0005924-74.2006.8.17.0990Espécie: Ação de DepósitoAutor: Banco Finasa S/ARéu: Genaro Vitor de Assis 2
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Autos nº 0006898-95.2008.8.17.0990Espécie: Ação de Reintegração de PosseAutor: Banco Finasa S.A.Réu: Edson Pessoa de Queiroz
SENTENÇA Cuida-se de Reintegração de Posse, na qual o réu deixou, alegadamente, de anuir com as cobranças mensais do contrato, dando
origem a uma dívida no montante indicado na inicial. Proferida decisão de fl. 17, foram feitas tentativas de apreensão do bem e citação do
réu, conforme fls. 21v., 27v. e 39. Proferida decisão de fl. 40, foi realizada nova tentativa frustrada de apreensão do veículo e citação do
réu (fl. 45). Intimado (fl. 48) nos termos do despacho de fl. 47, o autor quedou-se inerte (fl. 49). Sendo isto o que importa relatar, decido. O
processo é o instrumento da jurisdição e para a garantia do perfeito exercício da função jurisdicional deve se desenvolver na conformidade dos
princípios e normas legais que o regem. A relação processual deve se constituir de forma regular e válida e para que isso ocorra, deverá sua
constituição subordinar-se a determinados requisitos, aos quais a doutrina convencionou chamar pressupostos processuais, que são prévios à
relação processual, à falta dos quais esta não tem existência jurídica ou validade. O art. 485 do CPC/15 prevê, em seu inciso IV, como causa de
extinção, sem resolução do mérito, a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. A citação é um
pressuposto de constituição de validade do processo, ou seja, trata-se de ato indispensável para que se forme a relação processual e haja, após
o devido processo, a apreciação judicial do pedido autoral. O feito não pode permanecer em cartório, eternamente, sem que haja a citação do
Réu, pressuposto processual de seu desenvolvimento regular, impondo-se a extinção do feito, eis que a atitude do autor inviabiliza a constituição
e o desenvolvimento regular da relação jurídica processual. A eternização da demanda ofende o princípio constitucional da duração razoável do
processo, devendo se destacar que a lei põe à disposição do credor outros meios para reaver seu crédito, como a via executiva. Ressalto, por
fim, que neste caso é desnecessária a prévia intimação pessoal do autor, prevista no artigo 485, § 1º, do CPC, por não se tratar de quaisquer das
hipóteses elencadas no artigo 485, incisos II e III do CPC. ISTO POSTO, extingo o processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 487,
IV, do NCPC. Custas processuais já satisfeitas (fl. 15). Sem honorários em razão da ausência de contraditório. Revogo as decisões de fls. 17
e 40. Solicite-se a exclusão de restrições porventura determinadas pelo juízo junto ao sistema RENAJUD ou através de ofício ao DETRAN/PE,
conforme o caso. Após o trânsito em julgado desta decisão, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Olinda, 30 de novembro
de 2018.Rafael Sindoni FelicianoJuiz de DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível de Olinda2
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Embargos à Execução Processo nº 0001197-48.2001.8.17.0990SENTENÇA AIRTON GOMES MEIRA JUNIOR devidamente qualificado na inicial,
por intermédio de advogado regularmente constituído, ingressou com os presentes Embargos à Execução em face de BANCO BR MERCANTIL
S/A , igualmente identificado. Alegou, em síntese, que houve excesso de execução, tendo sido concedido a outro mutuário desconto de 46,53%
em sua dívida; que se faz necessária a presença da Caixa Econômica Federal como litisconsorte necessária; que em litígio contra a Construtora
Coimbra, foi obrigado a renegociar a dívida, sob pena de desocupar o imóvel hipotecado; que havia deixado de pagar o financiamento em razão
da interdição do embargado; que renegociou a dívida com o embargado, firmando o contrato executado. Aduz, outrossim, que não teve mais
condições de pagar o financiamento; que o valor da dívida era maior que o do próprio imóvel; que o título executivo se trata de contrato de
adesão, sobre o qual deve incidir as normas do Código Consumerista; que incidiram sobre o título cláusulas abusivas, tais como: cláusula penal
moratória superior a 2%; cobrança de juros em taxa superior a 12% ao ano; capitalização de juros. Menciona, também que o embargado deve
responder pelos vícios de qualidade do imóvel, bem como pela propagando enganosa feita sobre o mesmo. E que não foi obedecido o plano
de comprometimento de renda do consumidor, tendo este superado os 30% previstos contratualmente. Devidamente intimado, o embargante
apresentou Impugnação (fls. 153/171) Decisão às fls. 183/184 indeferindo o ingresso da CEF no feito, bem como determinando perícia contábil.
Laudo elaborado às fls. 195/199 com anexos às fls. 200/216, tendo o embargado se manifestado às fls. 221/232; e o embargante às fls. 234/235.
Não houve possibilidade de acordo (fl. 242) Relatado, DECIDO: Conheço diretamente do pedido, pois a lide comporta julgamento antecipado,
a teor da regra editada no art. 355, inc. I, do NCPC, por desnecessária a dilação probatória, sendo suficiente ao deslinde do litígio a prova
documental já produzida. Pois bem. Compulsando os autos, observo que se trata de relação consumerista, tendo contrato executado (fls.
79/94) sido celebrado na data da entrada em vigor da lei 9298/96, lei esta que limitou a multa moratória em 2% (art. 52, parágrafo primeiro do
CDC). Desse modo, e considerando que o contrato prevê multa moratória em percentual maior (10%), assiste razão ao embargante. Nesse
sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. BANCÁRIO. AÇÃO MONITÓRIA. NOTA DE CRÉDITO
INDUSTRIAL. I - PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL. ENTRADA EM VIGOR DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. II - CAPITALIZAÇÃO
DE JUROS. POSSIBILIDADE. ACÓRDÃO EM CONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO DO STJ. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. III -
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. OBSERVÂNCIA DOS
REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ. IV - EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. ACÓRDÃO ASSENTADO
EM FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. V - JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITAÇÃO EM 12% AO ANO. LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA. VI - JUROS MORATÓRIOS. ELEVAÇÃO EM 1% AO ANO. MULTA MORATÓRIA. REDUÇÃO PARA 2%. AVENÇA CELEBRADA
APÓS À VIGÊNCIA DA LEI Nº 9.298/96. PRECEDENTES DO STJ. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. VII - AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.(STJ - AgRg no REsp: 1411837 RS 2013/0350290-9, Relator: Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data
de Julgamento: 16/06/2015, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 19/06/2015) Aliás, o perito - quando do seu laudo e estimativa da
dívida - já considerou o percentual devido no patamar de 2%. Feito o esclarecimento acima, entendo que quanto aos demais argumentos trazidos
pelo embargante, esses não prosperam. Explico: Embora o embargante tenha alegado excesso na execução, não fez nenhuma demonstração
disso. In casu, o embargante alegou excesso de execução, mas não apresentou memória de cálculo com os valores que julga corretos. É imperioso
ressaltar que era dele o ônus de instruir a petição inicial dos embargos com a memória de cálculo unilateral, sendo certo que a parte contrária
teria oportunidade de impugnar os cálculos apresentados. Dessa forma, deve ser afastado aludido argumento. Nesse sentido: PROCESSUAL
CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCESSO DE EXECUÇÃO. ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO. REJEIÇÃO. 1. Nos
termos do artigo 333, I, do CPC, é ônus do embargante a comprovação do excesso de execução. Logo, deixando de evidenciar, nos autos,
a exorbitância dos valores cobrados, mostra-se correta a sentença ao rejeitar os embargos do devedor opostos. 2. Recurso não provido.(TJ-
DF - APC: 20140111623424, Relator: CRUZ MACEDO, Data de Julgamento: 06/04/2016, 4ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no
DJE : 27/04/2016 . Pág.: 224)APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO E DE NULIDADE
DA EXECUÇÃO POR AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ DO TÍTULO - REJEIÇÃO - EXCESSO DE EXECUÇÃO - NÃO DEMONSTRAÇÃO - ONUS DA
PROVA DO AUTOR. A necessidade de apuração do quantum debeatur através de cálculos aritméticos não retira a liquidez do título executivo
extrajudicial. Incumbe ao autor comprovar, nos termos do inciso I do art. 333 do CPC/73, os fatos constitutivos do direito por ele alegado na inicial.
(TJ-MG - AC: 10344100049743001 MG, Relator: José de Carvalho Barbosa, Data de Julgamento: 13/12/0016, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 27/01/2017) Frise-se, ainda, o contrato celebrado entre as partes é bastante explícito quanto ao valor financiado; valor
da parcela mensal e quantidade de meses. Aliás, conforme bem apontado pelo perito contábil (fls. 195/199), aludido contrato estipulou taxa de juros
remuneratórios INFERIORES a 12% ao ano (11,4% ao ano), equivalentes a 0,95% ao mês, tendo sido aplicados os índices corretos para correção
monetária do débito. Ademais, aludido laudo também foi explícito em apontar que não houve incidência de comissão de permanência sobre o
valor da dívida, bem como não houve prática de capitalização de juros, ou seja, não houve anatocismo. Dessa forma, restam refutadas essas
assertivas do embargante. Quanto à alegação de não obediência ao plano de comprometimento de renda do consumidor, observo que a renda
comprometida foi de 18,07%, ou seja, dentro do que fora previsto contratual e legalmente. Ademais, caso houvesse mudança na remuneração
do consumidor que ocasionasse na mudança do aludido percentual, resta evidente que tal prova competiria ao mesmo, não tendo o mesmo se
desincumbido de tal encargo. Por fim, no que tange ao argumento de que o embargado deve responder pelos vícios de qualidade do imóvel,
bem como pela propaganda enganosa feita sobre o mesmo, essas são matérias estranhas à presente ação. Ou seja, aludidos argumentos não
cabem em sede de embargos à execução E, mesmo que coubessem, são infundados, pois o agente financeiro não responde pelos vícios do bem.
Nesse sentido;ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE PASSIVA. VÍCIOS CONSTRUTIVOS. AGENTE FINANCEIRO. 1. A
vistoria realizada pelo agente financeiro tem a função precípua de verificar a existência do imóvel e a razoabilidade do valor informado, bem como
avaliar se o bem tem condições de servir como garantia dos valores mutuados - não se prestando a garantir a qualidade da obra e assegurar a
inexistência de vícios construtivos. 2. No caso dos autos, é de ser reconhecida a ilegitimidade passiva da empresa pública para responder por
eventuais vícios construtivos na condição de agente financeiro. (TRF-4 - AC: 50021514720164047111 RS 5002151- 47.2016.404.7111, Relator:
FERNANDO QUADROS DA SILVA, Data de Julgamento: 09/05/2017, TERCEIRA TURMA)COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. REPARAÇÃO DE
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Edição nº 223/2018 Recife - PE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
DANOS POR VÍCIOS CONSTRUTIVOS. Extinção sem resolução do mérito com relação ao agente financeiro e improcedência com relação à
construtora. Inconformismo do autor. 1. Ilegitimidade passiva do agente financeiro para responder por vícios de construção no imóvel. Instituição
financeira que figurou apenas como interveniente anuente no contrato, na qualidade de financiadora, mas que não participou da construção.
Mantida a sentença de extinção do processo sem resolução do mérito, com relação à instituição financeira. 2. Prescrição. Prazo prescricional
de 3 anos. Art. 206, § 3º, V, do CC. Danos progressivos. Prescrição inocorrente. 3. Infiltrações e rachaduras no imóvel do autor decorrentes de
vícios na construção. Fato incontroverso que independe de prova. Art. 374, III, CPC. Vícios verificados dentro do prazo de garantia de 5 anos. Art.
618 do CC. Condenação da construtora a efetuar os reparos no imóvel do autor, sob pena de multa diária. Dano moral inocorrente. 4. Recurso
parcialmente provido. (TJ-SP 10370013520148260576 SP 1037001-35.2014.8.26.0576, Relator: Mary Grün, Data de Julgamento: 02/03/2018, 7ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 02/03/2018) Isto posto, com fundamento no art. 478, inc. I, do CPC/15, JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTES os presentes embargos à execução, tão somente para aplicar sobre a dívida multa moratória de 2%, mantendo-se os demais
encargos nos índices cobrados pelo embargado, de acordo com os cálculos realizados às fls. 205/206 . Em face da sucumbência mínima do
embargado, condeno o embargante ao pagamento das custas, já adiantadas e dos honorários advocatícios do advogado da parte embargada,
ora fixados em R$ 3.000,00 (três mil reais). Certifique-se o desfecho nos autos da execução. P. R. I. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os
autos, independentemente de nova conclusão. Olinda/PE, 28 de novembro de 2018. Rafael Sindoni FelicianoJuiz de Direito SubstitutoPODER
JUDICIÁRIO DE PERNAMBUCO
Autos nº 0006853-39.2008.8.17.0990Espécie: Ação de Busca e ApreensãoAutor: Banco Finasa S/ARé: Suzete de Macedo Cavalcante
SENTENÇA Cuida-se de Ação de Busca e Apreensão, na qual a Ré deixou, alegadamente, de anuir com as cobranças mensais do contrato, dando
origem a uma dívida no montante indicado na inicial. Antes de proferida decisão concessiva da liminar, determinando a expedição do Mandado
de Busca e Apreensão e Citação da Ré (fls. 38-42), a ré compareceu espontaneamente aos autos (fls. 15-36) e, proferida a decisão liminar,
novamente compareceu espontaneamente a ré, conforme petição de fls. 44-46. Proferida decisão de fls. 48/49, uma vez mais a ré compareceu
aos autos apresentando petição de Embargos de Declaração de fls. 51-54. Decididos o Embargos de Declaração, conforme fls. 56-58, foi realizada
tentativa frustrada de apreensão do veículo de citação da ré (fl. 61v.). Intimado a se pronunciar (fls. 62/63 e 68/69), o autor permaneceu silente,
nos termos certificados à fl. 70. Sendo isto o que importa relatar, decido. O processo é o instrumento da jurisdição e para a garantia do perfeito
exercício da função jurisdicional deve se desenvolver na conformidade dos princípios e normas legais que o regem. A relação processual deve se
constituir de forma regular e válida e para que isso ocorra, deverá sua constituição subordinar-se a determinados requisitos, aos quais a doutrina
convencionou chamar pressupostos processuais, que são prévios à relação processual, à falta dos quais esta não tem existência jurídica ou
validade. O art. 485 do CPC/15 prevê, em seu inciso IV, como causa de extinção, sem resolução do mérito, a ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. Diante da impossibilidade de se encontrar o veículo e negligenciando a parte
autora em fornecer endereços onde isso pudesse ocorrer, não existe razão para a continuidade da ação, cujo objeto é exclusivamente esse. No
caso dos autos, mesmo tendo a ré comparecido espontaneamente aos autos (fls. 15-36; 44-46 e 51-54), ensejando a aplicação do disposto no
art. 239, §1º, do CPC/15, foi realizada tentativa frustrada de citação da ré e localização do veículo (fl. 61v.). A eternização da demanda ofende
o princípio constitucional da duração razoável do processo, devendo se destacar que a lei põe à disposição do credor outros meios para reaver
seu crédito, como a via executiva. Ressalto, por fim, que neste caso é desnecessária a prévia intimação pessoal do autor, prevista no artigo 485,
§ 1º, do CPC, por não se tratar de quaisquer das hipóteses elencadas no artigo 485, incisos II e III do CPC. ISTO POSTO, extingo o processo
sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV, do NCPC. Custas processuais já satisfeitas (fl. 13). Por força do princípio da causalidade,
condeno o Autor a pagar a verba honorária de 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa, nos termos do artigo art. 85, §2º do CPC. Revogo
as Decisões de fls. 38-42 e 57/58, apenas no tocante ao deferimento da liminar. Recolham-se os mandados que, por ventura, estiverem em
posse do Oficial de Justiça, realizando a exclusão de gravame inserido através do sistema RENAJUD por força da presente demanda. Após o
trânsito em julgado desta decisão, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Olinda, 28 de novembro de 2018.Rafael Sindoni
FelicianoJuiz de DireitoPoder Judiciário do Estado de PernambucoJuízo de Direito da 3ª Vara Cível de Olinda
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