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DIDÁTICA GERAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
UNIVERSIDADE DE FRANCA
Reitoria: Prof.a M.
Dr.ea Arnaldo
RosalindaNicolella
ChedianFilho
Pimentel
Chancelaria: Dr. Abib Salim Cury • Dr. Clovis Eduardo Pinto Ludovice
Secretaria Acadêmica: Prof.a M.a Ana Rita de Andrade Pucci
Empresa Mantenedora: ACEF S/A
Conselho de Administração: Cláudio Galdiano Cury • Dr. Clovis Eduardo Pinto Ludovice
Diretoria Executiva: Clovis Galdiano Cury • Fabrissa Oliveira Ludovice de Sousa
COORDENAÇÃO
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD
Coordenação geral de EAD: Prof.a Dr.a Ana Paula do Carmo Marcheti Ferraz
Coordenação acadêmica: Prof.a Dr.a Alessandra Aparecida Campos
Coordenação pedagógica: Prof.a M.a Carmen Lucia Tozzi Mendonça Conti
Universidade de Franca – Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201 – Parque Universitário – 14.404-600
Franca – SP – PABX: (16) 3711-8888 – FAX (16) 3711-8886 – 0800 34 12 12 – www.unifran.br
Núcleo de Educação a Distância (NEAD) – (16) 3711-8700 – contato.nead@unifran.br
Editora Unifran – (16) 3711-8736/8842 – editora@unifran.br
Prezado(a) Aluno(a),
DIDÁTICA GERAL
Didática Geral
APOSTILA INTERNET
CAPÍTULO ASSUNTO ATIVIDADE ASSUNTO
DIDÁTICA: CONCEITO E
1 CAMPO DE ATUAÇÃO 1 Videoaula 1
TENDÊNCIAS
2 PEDAGÓGICAS E 2 Videoaula 2
A DIDÁTICA
SÍNTESE PARA
3 AUTOAVALIAÇÃO 3 Autoavaliação
DIDÁTICA E A FORMAÇÃO
4 DOCENTE 4 Videoaula 4
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO PEDAGÓGICO:
5 PLANEJAMENTO 5 Videoaula 5
EDUCACIONAL
SÍNTESE PARA
6 AUTOAVALIAÇÃO 6 Autoavaliação
A ORGANIZAÇÃO
7 DA AÇÃO DIDÁTICA: 7 Videoaula 7
PLANEJANDO A AULA
AFETIVIDADE E A
UTILIZAÇÃO DE
8 ESTRATÉGIAS 8 Videoaula 8
COOPERATIVAS NA
FORMAÇÃO DOCENTE
SÍNTESE PARA
9 AUTOAVALIAÇÃO 9 Autoavaliação
O PROCESSO DA PRÁTICA
10 AVALIATIVA: CONHECER 10 Videoaula 10
PARA AVALIAR
A METODOLOGIA
DIALÉTICA E AS
11 ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS 11 Videoaula 11
EM SALA DE AULA
SÍNTESE PARA
12 AUTOAVALIAÇÃO 12 Autoavaliação
A DIDÁTICA E O USO DE
13 NOVAS TECNOLOGIAS 13 Videoaula 13
NA EDUCAÇÃO
A DIDÁTICA E A
14 PLURALIDADE CULTURAL 14 Videoaula 14
NA ESCOLA
SÍNTESE PARA
15 AUTOAVALIAÇÃO 15 Autoavaliação
Didática Geral
DIDÁTICA: CONCEITO E CAMPO DE ATUAÇÃO CAPÍTULO 1
OBJETIVOS
TEXTO
Para refletir
Um bom professor é aquele que tem uma boa Didática?
Seria a Didática um conjunto de saberes práticos e teóricos indispensáveis ao
fazer docente?
DG – 7
Didática Geral
CAPÍTULO 1
Em um tempo de mudanças
sociais, culturais, econômicas, políticas e
tecnológicas a educação é elencada como
importante instrumento para o desenvolvimento
das nações e do ser humano e novas formas
de ensinar e aprender se configuram no interior
das sociedades contemporâneas.
DG – 8
Didática Geral
CAPÍTULO 1
DG – 9
Didática Geral
CAPÍTULO 1
DG – 10
Didática Geral
CAPÍTULO 1
pelas mudanças nos contextos históricos, culturais e educacionais. Para melhor compreen-
dê-la é preciso acompanhar as mudanças que ocorrem em seu campo de estudo, que é o
processo de ensino.
DG – 11
Didática Geral
CAPÍTULO 1
REFERÊNCIAS
CANDAU, V. M. F. (Org.). A Didática em questão. 12. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
. (Org.). Rumo a uma nova Didática. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
CASTRO, A. D. de; CARVALHO, A. M. P. de. (Org.). Ensinar a ensinar: didática para a escola
fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
FREIRE, P. Educação e mudança. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1979.
HAIDT, R. C. C. Curso de didática geral. 7. ed. São Paulo: Ática, 2001. (Série Educação).
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Didática Geral
CAPÍTULO 1
MARIN, A. J. Didática geral. In: Universidade Estadual Paulista. Prograd. Caderno de Formação:
formação de professores Didática Geral, São Paulo, Cultura Acadêmica, v. 9, p. 16-32, 2011.
MASETTO, M. Didática: a aula como centro. 3. ed. São Paulo: FTD, 1996.
SOUZA, V.; ROSA, D. Didática e práticas de ensino: interfaces com diferentes saberes e lugares
formativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
CAPÍTULO 1
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E A DIDÁTICA CAPÍTULO 2
OBJETIVOS
TEXTO
Pedagogia Tradicional
Na Pedagogia Tradicional o processo de ensino é entendido como transmis-
são de conhecimentos e o professor assume a posição de figura central desse processo.
A exposição oral é uma das mais importantes estratégias de ensino nesta abordagem. Ao
aluno, sujeito passivo no processo de conhecimento, compete receber com atenção o con-
teúdo do ensino e decorar a matéria. O método utilizado para o ensino consiste basicamente
na presença de métodos intuitivos que segundo Libâneo “baseiam-se na apresentação de
dados sensíveis, de modo que os alunos possam observá-los e formar imagens deles em
sua mente” (LIBÂNEO, 1994, p. 64).
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Didática Geral
CAPÍTULO 2
Em contraposição à Peda-
gogia Tradicional, no final do século XIX
surge a Pedagogia Renovada na qual estão
presentes diversas correntes: Progressista
(Dewey), a Não Diretiva (Carl Rogers) e a
Tecnicista.
Dentre os representantes
da Pedagogia Renovada Progressista
podemos citar Piaget, Montessori, Decroly
e Dewey. Estes teóricos enfatizam a im-
portância de se atender aos interesses e
necessidades das crianças e a presença ativa do sujeito na construção do conhecimento.
Ao professor compete a tarefa de facilitar a construção do conhecimento, assim sendo, ele
“incentiva, orienta, organiza as situações de aprendizagem adequando-as às capacidades
de características individuais dos alunos” (LIBÂNEO, 2006, p. 32).
DG – 16
Didática Geral
CAPÍTULO 2
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Didática Geral
CAPÍTULO 2
Pedagogia Libertadora
A Pedagogia Libertadora vincula a educação a uma prática social libertária na
qual o trabalho escolar não se limita ao estudo dos conteúdos de ensino já sistematizados,
mas no conhecimento da realidade social e na discussão de temas sociais e políticos. A sua
utilização acontece com maior êxito no âmbito de educação informal, no interior dos movi-
mentos sociais, da organização sindical, em comunidades religiosas, de bairros e outros.
Os conteúdos de ensino são denominados temas gerados e resultam do coti-
diano dos educandos.
Paulo Freire é o grande representante desta Pedagogia e seus fundamentos
podem ser encontrados nas obras Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Autonomia e Pe-
dagogia da Esperança.
REFERÊNCIAS
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Didática Geral
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO CAPÍTULO 3
OBJETIVOS
TEXTO
DG – 19
Didática Geral
CAPÍTULO 3
filosofia, a sociologia, a psicologia e outras, mas a responsável por refletir sobre o processo
ensino-aprendizagem é a Didática.
Do século XVII aos dias de hoje podemos perceber a evolução da Didática e
em alguns momentos, marcos significativos para uma mudança de paradigma.
Como afirma Castro (1992, p. 24):
DG – 20
Didática Geral
CAPÍTULO 3
Pedagogia Tradicional
Na Pedagogia Tradicional o processo de ensino é entendido como transmis-
são de conhecimentos e o professor assume a posição de figura central deste processo.
A exposição oral é uma das mais importantes estratégias de ensino nesta abordagem. Ao
aluno, sujeito passivo no processo de conhecimento, compete receber com atenção o con-
teúdo do ensino e decorar a matéria. O método utilizado para o ensino consiste basicamente
na presença de métodos intuitivos que segundo Libâneo “baseiam-se na apresentação de
dados sensíveis, de modo que os alunos possam observá-los e formar imagens deles em
sua mente” (LIBÂNEO, 1994, p. 64).
O aluno deverá apenas memorizar o que lhe é apresentado concretamente
sem que haja nenhuma atividade mental que lhe faça pensar sobre o material apresentado,
ficando assim o desenvolvimento do pensamento e do raciocínio reduzidos à memorização.
A relação professor-aluno se estabelece de forma vertical cabendo ao profes-
sor o saber e o poder de decidir sobre as metodologias, conteúdos, objetivos de ensino entre
outros aspectos que permeiam o processo de ensino e aprendizagem.
Na perspectiva da Pedagogia Tradicional, “a Didática é uma disciplina normati-
va, um conjunto de princípios e métodos que regulam o ensino” (LIBÂNEO, 1994, p. 64).
Em contraposição à Pedagogia Tradicional, no final do século XIX, surge a
Pedagogia Renovada na qual estão presentes diversas correntes: Progressista (Dewey), a
Não Diretiva (Carl Rogers) e a Tecnicista.
Dentre os representantes da Pedagogia Renovada Progressista podemos ci-
tar Piaget, Montessori, Decroly e Dewey. Estes teóricos enfatizam a importância de se aten-
der aos interesses e necessidades das crianças e a presença ativa do sujeito na construção
do conhecimento. Ao professor compete a tarefa de facilitar a construção do conhecimento,
assim sendo, ele “incentiva, orienta, organiza as situações de aprendizagem adequando-as
às capacidades de características individuais dos alunos” (LIBÂNEO, 2006, p. 32).
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Didática Geral
CAPÍTULO 3
Pedagogia Libertadora
A Pedagogia Libertadora vincula a educação e uma prática social libertária, na
qual o trabalho escolar não se limita ao estudo dos conteúdos de ensino já sistematizados,
mas no conhecimento da realidade social e na discussão de temas sociais e políticos. Os con-
teúdos de ensino são denominados temas gerados e resultam do cotidiano dos educandos.
Paulo Freire é o grande representante desta Pedagogia e seus fundamentos
podem ser encontrados nas obras Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Autonomia e Pe-
dagogia da Esperança.
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Didática Geral
CAPÍTULO 3
sociais, porém esses conhecimentos precisam estar confrontados com a realidade sociocul-
tural dos educandos.
A Didática tem um papel relevante nesta Pedagogia que superando a visão
meramente instrumental evidencia suas finalidades sociopolíticas e pedagógicas, fazendo a
ligação entre o para que ensinar (dimensão política e pedagógica) e o como ensinar (a práti-
ca docente).
REFERÊNCIAS
CANDAU, V. M. F. (Org.). A Didática em questão. 12. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
. (Org.). Rumo a uma nova Didática. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
CASTRO, A. D. de; CARVALHO, A. M. P. de. (Org.). Ensinar a ensinar: didática para a escola
fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
FREIRE, P. Educação e mudança. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1979.
MARIN, A. J. Didática geral. In: Universidade Estadual Paulista. Prograd. Caderno de Formação:
formação de professores Didática Geral, São Paulo, Cultura Acadêmica, v. 9, p. 16-32, 2011.
MASETTO, M. Didática: a aula como centro. 3. ed. São Paulo: FTD, 1996.
SOUZA, V.; ROSA, D. Didática e práticas de ensino: interfaces com diferentes saberes e lugares
formativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
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Didática Geral
CAPÍTULO 3
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
DIDÁTICA E A FORMAÇÃO DOCENTE CAPÍTULO 4
OBJETIVOS
TEXTO
DG – 25
Didática Geral
CAPÍTULO 4
Para Refletir:
O professor não nasce professor e precisa de uma formação adequada par a
sua prática pedagógica.
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Didática Geral
CAPÍTULO 4
Os saberes da experiência
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Didática Geral
CAPÍTULO 4
Saberes do conhecimento
Saberes pedagógicos
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Didática Geral
CAPÍTULO 4
Para refletir
O que faz o professor quando o aluno não aprende?
Se a Didática tem o compromisso com o ensinar e o aprender poderíamos
afirmar que o aluno não aprende porque o professor não tem Didática?
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Didática Geral
CAPÍTULO 4
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
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Didática Geral
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: CAPÍTULO 5
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
OBJETIVOS
TEXTO
Sair do plano ideal para a prática, não é abandonar o sonho para agir, mas
agir em função dele, agir em função de um projeto de vida e de escola, de
cidade, de mundo possível, de planeta [...] um projeto de esperança (GA-
DOTI, 2002).
Para Refletir
Por que planejar?
Qual o significado do planejamento nas atividades humanas e educacionais.
DG – 31
Didática Geral
CAPÍTULO 5
Planejamento Educacional
Conforme as definições anteriores de planejamento apesar dos autores
utilizarem formas diferenciadas para conceituar planejamento convergem par a ideia de que
planejar implica em prever ações e os melhores meios para realizá-los.
No campo educacional o ato de planejar deve buscar o sucesso do processo
de ensino e aprendizagem, o que faz do planejamento um importante instrumento da ação
didática para facilitar e dinamizar trabalho pedagógico.
Nas unidades anteriores apresentamos a importância da Didática e do traba-
DG – 32
Didática Geral
CAPÍTULO 5
lho docente para que sejam propiciadas boas condições de ensino e aprendizagem aten-
dendo as necessidades e interesses dos educandos. Dessa forma, o trabalho pedagógico
precisa ter uma intencionalidade, uma direção, fundamentado em concepções teórico-meto-
dológicas.
O planejamento educacional ocorre em vários níveis do sistema de ensino,
desde as políticas educacionais até o trabalho do professor no cotidiano da sala de aula e
pode assumir diferentes termos: planejamento curricular, planejamento escolar e planeja-
mento de ensino.
A história da educação revela que por muito tempo o planejamento educacio-
nal foi visto apenas como uma função burocrática e tecnicista para controlar os resultados do
ensino. No atual momento de mudanças no cenário educacional é preciso pensar na elabo-
ração de um planejamento que atenda as novas formas de ensinar e aprender no cotidiano
da escola buscando a transformação da realidade educacional. Nesse sentido, o planeja-
mento não é neutro e, além, da dimensão técnica (saber fazer) precisa estar vinculado à
dimensão política e humana do processo educativo.
O compromisso com um planejamento que atenda as dimensões técnica, polí-
tica e humana expressa a busca de uma educação democrática que possa contemplar os
interesses e necessidades de todos os educandos, de forma a romper com as amarras de
um sistema educacional excludente e discriminatório.
Um dos importantes desafios da escola consiste em promover situações signi-
ficativas de aprendizagens, nas quais os alunos exerçam a condição de sujeitos ativos do
processo de conhecimento e possam desenvolver habilidades e competências necessárias
ao exercício da cidadania.
Neste sentido o planejamento educacional deve envolver todos os sujeitos do
processo educativo assumindo uma dimensão de planejamento participativo.
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Didática Geral
CAPÍTULO 5
DG – 34
Didática Geral
CAPÍTULO 5
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Didática Geral
CAPÍTULO 5
REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa, 2001.
DG – 36
Didática Geral
CAPÍTULO 5
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. São
Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 2001.
VEIGA, I. P. A.(Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas:
Papirus, 2004.
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
CAPÍTULO 5
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO CAPÍTULO 6
OBJETIVOS
TEXTO
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Didática Geral
CAPÍTULO 6
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Didática Geral
CAPÍTULO 6
Planejamento Educacional
Conforme as definições anteriores de planejamento apesar dos autores uti-
lizarem formas diferenciadas para conceituar planejamento convergem para a ideia de que
planejar implica em prever ações e os melhores meios para realizá-los.
No campo educacional o ato de planejar deve buscar o sucesso do processo
de ensino e aprendizagem, o que faz do planejamento um importante instrumento da ação
Didática para facilitar e dinamizar trabalho pedagógico.
A história da educação revela que por muito tempo o planejamento educacio-
nal foi visto apenas como uma função burocrática e tecnicista para controlar os resultados
do ensino. No atual momento de mudanças no cenário educacional é preciso pensar na
elaboração de um planejamento que atenda as novas formas de ensinar e aprender que se
configurem no cotidiano da sala de aula buscando a transformação da realidade educacio-
nal. Nesse sentido, o planejamento não é neutro e além da dimensão técnica (saber fazer)
precisa estar vinculado à dimensão política e humana do processo educativo.
Vejamos algumas definições sobre o Planejamento Educacional:
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Didática Geral
CAPÍTULO 6
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Didática Geral
CAPÍTULO 6
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa, 2001.
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. São
Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 2001.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
VEIGA, I. P. A.(Org.) Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas:
Papirus, 2004.
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Didática Geral
CAPÍTULO 6
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
A ORGANIZAÇÃO DA AÇÃO DIDÁTICA: CAPÍTULO 7
PLANEJANDO A AULA
OBJETIVOS
TEXTO
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Didática Geral
CAPÍTULO 7
ço físico da sala de aula, ou no modelo da aula expositiva, mas em todas as formas didáticas
organizadas e dirigidas direta ou indiretamente pelo professor, visando o processo de ensinar
e aprender.
Portanto, para uma aula de qualidade é fundamental um bom planejamento.
Segundo Vasconcellos o plano de aula “corresponde ao nível de maior deta-
lhamento e objetividade do processo de planejamento didático. É a orientação para o que
fazer no cotidiano.” (VASCONCELLOS, 2000, p. 148).
Para Libâneo, “o plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. As uni-
dades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora específicas e
sistematizadas para uma situação didática real” (LIBÂNEO, 1994, p. 230).
A elaboração de um plano de aula deve contemplar uma determinada estrutu-
ra que permita ao professor organizar de forma satisfatória as situações de aprendizagem, o
que implica em uma tarefa que requer estudo, domínio do conteúdo e preparação didática.
O plano de aula deixa de ser mero documento burocrático para traduzir “ações
organizadas, práticas que conduzem o aluno a aprender continuamente, em um processo
reflexivo de constante reconstrução de conhecimentos prévios, de mudanças de atitudes
frente ao saber organizado que a escola
lhe propicia” (SANTOS; INFORSATO,
2011, p. 84).
Ao planejar a aula o
professor precisa ter claro: os objetivos
que pretende alcançar, os conteúdos, os
recursos, as técnicas e estratégias didá-
ticas adequadas. Após o planejamento
o professor poderá elaborar o seu plano
de aula, que poderá ser modificado con-
forme as necessidades e exigências que forem surgindo no decorrer do processo de ensino-
-aprendizagem. Importante destacar que o plano de aula deve ser flexível para as mudanças
que forem necessárias, ao contrário pode engessar a prática pedagógica.
Vamos agora compreender cada elemento constitutivo do plano de aula.
Identificação
Todo plano, projeto, deve ser iniciado com a identificação na instituição no qual
será desenvolvido.
Neste item devem constar: nome e endereço da instituição, nome do profes-
sor responsável, nome do curso ou disciplina, turma ou ano e o período em que será desen-
volvido.
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Didática Geral
CAPÍTULO 7
Objetivos de ensino
Ao buscarmos estabelecer os objetivos no plano de aula, estamos nos per-
guntando: para que e por que ensinar? Quais resultados alcançar? E ao propô-los, estamos
explicitando metas, finalidades, rumos da ação docente e discente.
Como diz Masetto (1996, p. 88):
DG – 47
Didática Geral
CAPÍTULO 7
Conteúdos
Mas, o que vem a ser conteúdo?
Para responder a essa questão, precisaremos atentar que a concepção de
conteúdo foi se modificando na trajetória da educação e também na Didática.
Se perguntássemos para um aluno, talvez esse dissesse que conteúdo é a
matéria que o professor transmite em suas aulas.
Para nós, é muito mais que isso. Conteúdo tem a ver com conhecimento, com
saber, mas não apenas um saber erudito, conceitual ou propedêutico, como diria Zabala
(1998).
Historicamente, o sentido de conteúdo ampliou-se e, na atualidade, procura-
mos compreendê-lo como tudo que é possível conhecer.
Zabala o define como:
[...] tudo quanto se tem que aprender para alcançar determinados objetivos
que não apenas abrangem as capacidades cognitivas, como também
incluem as demais capacidades. Desse modo, os conteúdos de apren-
dizagem não se reduzem unicamente às contribuições das disciplinas ou
matérias tradicionais. Portanto, também serão conteúdos de aprendizagem
todos aqueles que possibilitem o desenvolvimento das capacidades mo-
toras, afetivas, de relação interpessoal e de inserção social (1998, p. 30).
DG – 48
Didática Geral
CAPÍTULO 7
Vale ressaltar que essa divisão se dá para fins didáticos a nós educadores,
pois no exercício da prática educativa eles acontecem integrados, sem fragmentações.
Zabala propõe que para os alunos das séries iniciais priorizem-se os conteú-
dos procedimentais e atitudinais que valorizam o “fazer” do aluno, suas vivências e experi-
ências e, conforme aconteça a evolução do processo escolar, se incremente os conteúdos
conceituais, pois o aluno terá um maior repertório para elaborar suas ideias e representa-
ções. O autor também considera que:
Os recursos didáticos
Os recursos didáticos são importantes para auxiliar professores e alunos a
encaminharem o processo ensino-aprendizagem.
Se analisarmos os livros de didática, encontraremos várias terminologias e/ou
expressões para definir tais recursos como: material didático, material pedagógico, recursos
didáticos, materiais curriculares etc.
Vale, então, definir o que estamos entendendo por recursos didáticos para que
possamos refletir sobre eles, sua função e uso, visando a melhoria e eficiência da aprendiza-
gem.
Estamos entendendo por recursos didáticos “tudo o que possa apoiar uma
prática pedagógica com vista à aprendizagem”. (CAMPOS; DANTAS, [s.d], p. 2).
Desse modo, através do olhar sobre a prática educativa em vários momentos
históricos, iremos perceber que inúmeros foram os recursos didáticos utilizados, de acordo
com o tipo de formação que se almejava para o ser humano daquela época.
Haidt (2001, p. 226) relata que:
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Didática Geral
CAPÍTULO 7
DG – 50
Didática Geral
CAPÍTULO 7
REFERÊNCIAS
DELORS, J. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. 5. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, 2001.
(Capítulo IV).
HAIDT, R. C. C. Curso de didática geral. 7. ed. São Paulo: Ática, 2001. (Série Educação).
MASETTO, M. Didática: a aula como centro. 3. ed. São Paulo: FTD, 1996.
ROBSON, A. S.; INFORSATO, E. C. Aula: o ato pedagógico em si. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral, São Paulo,
Cultura Acadêmica, v. 9, p. 80-85, 2011.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Tradução de Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre:
Artmed, 1998.
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
CAPÍTULO 7
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
AFETIVIDADE E A UTILIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS CAPÍTULO 8
COOPERATIVAS NA FORMAÇÃO DOCENTE
OBJETIVOS
TEXTO
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do pro-
cesso de busca. Ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora
da boniteza e da alegria (Paulo Freire).
Você concorda que o ato de ensinar está fundamentado nas interações que
ocorrem entre professor-aluno e aluno-aluno na sala de aula? Isto nos leva a crer que se a
qualidade das relações que são estabelecidas em sala de aula não estiver firmada em elos
de afetividade significativos, a aprendizagem, a construção do conhecimento e a socializa-
ção dificilmente ocorrerão. Seguindo essa linha de pensamento concluímos que o ato de
ensinar é também um ato afetivo expresso por meio das relações de afetividade entre profes-
sor e aluno. É fundamental que o educador esteja consciente da importância das estratégias
sociais e afetivas, pois elas permearão toda relação pedagógica. Segundo Tardif (2002) o ato
de ensinar não implica somente em pensar no aluno, mas, sobretudo, sentir suas emoções,
seus conflitos, suas alegrias, seus conflitos afetivos, seus impasses no processo de ensino e
aprendizagem e tentar compreendê-lo.
Dessa forma a afetividade permeará todo processo didático, daí a importância
do professor conquistar a colaboração, a confiança, o respeito do aluno, uma vez que esses
aspectos são imprescindíveis para que o processo de ensino-aprendizagem se consolide.
É necessário afirmar que a prática educativa vivida com afetividade e alegria não descarta
a necessidade da formação científica
séria e da clareza política dos educa-
dores. A prática educativa deve incluir
afetividade, alegria, capacidade cientí-
fica e domínio técnico. Sendo assim, o
educador precisa cuidar das relações
no processo ensino-aprendizagem.
Logo, sua postura é fundamental para
definir se as relações serão positivas ou
não. Para que cultive boas relações em
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Didática Geral
CAPÍTULO 8
sala de aula é preciso que o educador construa uma relação horizontal, e essa relação deve
proporcionar condições para que o aluno sinta-se à vontade para questionar e ampliar o seu
olhar além do real; é preciso que se respeite a heterogeneidade que há em sala de aula e
isso se dá através de uma escuta sensível da realidade de cada aluno, compreendendo suas
dificuldades e valorizando a dimensão sócio-afetiva nessa formação.
DG – 54
Didática Geral
CAPÍTULO 8
• possibilitar a escolha:
dentre várias atividades
propostas, os partici-
pantes devem poder
escolher aquelas que
mais correspondam às
suas expectativas, rit-
mos e estilos de apren-
dizagem.
• organizar o espaço
físico de modo a criar um ambiente agradável que favoreça a interação,
participação e a colaboração entre os pares.
A seguir, apresentamos algumas estratégias colaborativas, a fim de que os
educadores selecionem aquelas que considerarem mais pertinentes ao processo de ensino
e aprendizagem. Estas técnicas foram extraídas do Projeto Educar na Diversidade – Forma-
ção de Professores – (módulo 1; p. 31-36, 2006):
Técnicas de simulação
Nas técnicas de simulação as situações/temas propostos pelo professor são
refletidos de formas hipotética. A simulação de eventos oferece a vantagem de não tratar
diretamente dos problemas e conflitos reais existentes na escola ou na sala de aula, o que
permite que os participantes mantenham certo distanciamento. Além disso, essas técnicas
têm um caráter lúdico, e são particularmente motivadoras para aqueles estudantes que en-
frentam barreiras para aprender o conteúdo curricular (exemplo: com dificuldade de aprendi-
zagem) ou para participar das atividades. A seguir são apresentadas algumas possibilidades
dessa abordagem:
Estudo de caso
Role-playing
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Didática Geral
CAPÍTULO 8
os atores que irão representar o caso e o resto do grupo faz o papel de observador ou pú-
blico. Tão logo encerrada a representação, procede-se a uma análise conjunta da situação,
seguida de uma discussão sobre a solução que os atores deram à situação. Tal discussão
pode basear-se nas seguintes indagações: a solução proposta é factível? Que modificações
seria preciso considerar? Que outras soluções viáveis poderiam ser adotadas? É importante
que o facilitador encerre a simulação com um fechamento, que envolva uma reflexão e ava-
liação do que foi vivenciado.
Improvisação
Grupos de discussão
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Didática Geral
CAPÍTULO 8
Chuva de ideias
Trata-se de uma técnica que é utilizada para explorar as relações, temas, tópi-
cos que são relacionados a um único assunto. A chuva de ideias pode ser aplicada a grupos
pequenos ou grandes e pode ser usada para refletir sobre um assunto ou buscar soluções
para um problema específico. Nesta atividade deve ser solicitado que um membro do gru-
po – ágil em escrita – assuma a tarefa de escrever todas as palavras oferecidas por todos,
inclusive as suas próprias sugestões. Em um primeiro momento, cada integrante do grupo
expressa livremente uma palavra relacionada ao assunto central (ou problema a ser resolvi-
do) em um minuto, sem que haja um debate sobre o que é dito e sem que se faça qualquer
avaliação sobre o que foi expresso. Todas as palavras ditas – mesmo as repetidas – devem
ser escritas pelo redator. Antes da aplicação da técnica é interessante realizar um exercício
demonstrativo para se assegurar que todos entenderam como funciona. Também é interes-
sante contar e compartilhar o número de palavras de cada grupo.
DG – 57
Didática Geral
CAPÍTULO 8
Reflexão individual
Esta técnica se inicia com a formação de duplas, a fim de que ofereçam suas
ideias ou propostas sobre certo tema ou problema. Depois se juntam duas duplas formando
grupos de quatro e, finalmente, juntam-se dois grupos de quatro, formando grupos de oito
pessoas. Esta técnica estimula os participantes a compartilhar suas ideias, a ter noção de
como as ideias de uns e outros se complementam e a aprender a chegar a um consenso so-
bre determinado tema. É importante que, ao juntar as ideias, estas não sejam consideradas
todas corretas, mas que sirvam de base para debate e negociação acerca da síntese final
(conclusão do grupo).
Esta técnica é realizada com grupos de quatro ou seis pessoas, sendo muito
útil para ajudar os participantes a avaliar a qualidade de seu próprio trabalho e do trabalho
dos demais. Um participante oferece ao colega um comentário positivo sobre algo que lhe
agradou a respeito do trabalho que foi realizado pelo colega, e faz um comentário indicando
algo que faria de outra maneira, justificando a sugestão.
Por meio de rodízio, cada integrante do grupo compartilha seus comentá-
rios com o colega que está passando por uma retrospectiva. Este ouve o que comentam a
respeito de seu trabalho e as modificações que fariam e, em seguida, agradece às contri-
buições/ comentários de todos sem defender-se nem explicar por que fez tal coisa. Após
encerrar a apresentação dos comentários sobre o primeiro participante, prossegue-se com o
seguinte até completar a retrospectiva de todos os membros do grupo. Em seguida, o do-
cente dá um tempo para que cada aluno(a) considere todas as sugestões recebidas e decida
sobre quais poderá levar em conta e como incorporá-las em seu trabalho, procedendo às
modificações que se tornarem necessárias.
DG – 58
Didática Geral
CAPÍTULO 8
Grupos de pesquisa
DG – 59
Didática Geral
CAPÍTULO 8
DG – 60
Didática Geral
CAPÍTULO 8
É importante que o professor saiba que estas técnicas não precisam ser se-
guidas ao “pé da letra”, ao contrário, o facilitador (docente) tem que adaptá-las em função das
características do grupo e do tipo de conteúdos que se deseja abordar. Entretanto, seja qual
for a adaptação feita, sempre há que ser observado o princípio da interdependência positiva
entre os alunos, com todos participando, sentindo-se úteis e agregando algo ao grupo.
REFERÊNCIAS
BLANCO, R. Y.; BAZ, F. El Proyecto Curricular de Etapa: criterios y estrategias para su elaboración.
Madri: CECE-ITE. 1992. Projeto Educar na Diversidade – Formação de Professores. (módulo 1). p.
31-36, 2006.
OREALC. Formación docente: un aporte a la discusión. UNESCO. Santiago, Chile. 2002. Projeto
Educar na Diversidade – Formação de Professores. (módulo 1). 2006.
OREALC. Balance de los 20 años del Proyecto Principal de Educaciónpara América Latina y el Caribe.
UNESCO. Santiago, Chile. 2000. Projeto Educar na Diversidade – Formação de Professores. 2006.
VVAA. El constructivismo en el aula. Espanha: Graó, 1993. Projeto Educar na Diversidade – Formação
de Professores. 2006.
VVAA. Formación docente: un aporte a la discusión. UNESCO: Santiago, 1993. Projeto Educar na
Diversidade – Formação de Professores. (módulo 1). p. 31-36, 2006.
DG – 61
Didática Geral
CAPÍTULO 8
ANOTAÇÕES
DG – 62
Didática Geral
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO CAPÍTULO 9
OBJETIVOS
TEXTO
Identificação
Objetivos
DG – 63
Didática Geral
CAPÍTULO 9
Conteúdos
Os recursos didáticos
DG – 64
Didática Geral
CAPÍTULO 9
Técnicas de simulação
Nas técnicas de simulação as situações/temas propostos pelo professor são
refletidos de forma hipotética. A simulação de eventos oferece a vantagem de não tratar dire-
tamente dos problemas e conflitos reais existentes na escola ou na sala e aula, o que permite
que os participantes mantenham certo distanciamento. Além disso, essas técnicas têm um
caráter lúdico, e são particularmente motivadoras para aqueles estudantes que enfrentam
barreiras para aprender o conteúdo curricular (exemplo: com dificuldade de aprendizagem)
DG – 65
Didática Geral
CAPÍTULO 9
ou para participar das atividades. A seguir são apresentadas algumas possibilidades desta
abordagem:
Estudo de caso
A simulação se desenvolve em torno de um caso extraído da vida real e de-
monstrado em jornal, filme ou vídeo. O importante é que durante a simulação os aluno(a)s
se identifiquem, de algum modo, com alguns dos papéis representados na simulação. Isso
aumenta as chances de maior participação, facilita a análise da situação e fundamenta o
processo de tomada de decisão sobre como enfrentar e superar a situação.
Role-playing
Esta técnica é baseada na dramatização de uma situação posteriormente
analisada pelo grupo. O docente propõe um ‘caso’ que interesse ao grupo e solicita aos
aluno(a)s que definam algumas características dos respectivos personagens. Escolhem-se
os atores que irão representar o caso e o resto do grupo faz o papel de observador ou pú-
blico. Tão logo encerrada a representação, procede-se a uma análise conjunta da situação,
seguida de uma discussão sobre a solução que os atores deram à situação. Tal discussão
pode basear-se nas seguintes indagações: a solução proposta é factível? Que modificações
seria preciso considerar? Que outras soluções viáveis poderiam ser adotadas? É importante
que o facilitador encerre a simulação com um fechamento, que envolva uma reflexão e ava-
liação do que foi vivenciado.
Improvisação
Diferentes técnicas visando o desenvolvimento da criatividade e intuição po-
dem ser utilizadas. Uma possibilidade é a criação de histórias a partir de uma série de per-
guntas dirigidas ao grupo pelo facilitador, como, por exemplo: Quem é? O que faz? Como é?
Cada integrante do grupo responde à pergunta que lhe corresponde, o que permite que se
construa, em conjunto, uma história ou os personagens.
DG – 66
Didática Geral
CAPÍTULO 9
Grupos de discussão
Nesta técnica é apresentada uma série de perguntas ou propostas para
reflexões que devem ser debatidas em grupos (entre seis e quinze pessoas). Um coordena-
dor deve ser indicado para organizar a discussão, bem como um secretário para registrar as
opiniões e conclusões do grupo. A discussão tem importantes repercussões educacionais
por permitir detectar conceitos equivocados, clarear ideias e conhecer os valores, atitudes e
sentimentos dos participantes. Esta técnica exige várias aptidões:
DG – 67
Didática Geral
CAPÍTULO 9
ou não têm uma ideia clara do que desejam transmitir, fazendo com que
os outros percam o interesse em continuar ouvindo e o tempo não seja
usado de forma produtiva.
Chuva de ideias
Trata-se de uma técnica que é utilizada para explorar as relações, temas, tópi-
cos que são relacionados a um único assunto. A chuva de ideias pode ser aplicada a grupos
pequenos ou grandes e pode ser usada para refletir sobre um assunto ou buscar soluções
para um problema específico. Nesta atividade deve ser solicitado que um membro do gru-
po – ágil em escrita – assuma a tarefa de escrever todas as palavras oferecidas por todos,
inclusive as suas próprias sugestões. Em um primeiro momento, cada integrante do grupo
expressa livremente uma palavra relacionada ao assunto central (ou problema a ser resolvi-
do) em um minuto, sem que haja um debate sobre o que é dito e sem que se faça qualquer
avaliação sobre o que foi expresso. Todas as palavras ditas – mesmo as repetidas – devem
ser escritas pelo redator. Antes da aplicação da técnica é interessante realizar um exercício
demonstrativo para se assegurar que todos entenderam como funciona. Também é interes-
sante contar e compartilhar o número de palavras de cada grupo.
Reflexão individual
Sempre que os participantes tiverem condições de proceder a uma reflexão
individual, suas respostas serão melhores do que se o fizerem conjuntamente. Além de pro-
mover uma reflexão sobre determinada pergunta, esta técnica permite que todos relacionem
diferentes ideias e reflitam sobre o que aprenderam.
DG – 68
Didática Geral
CAPÍTULO 9
Grupos de pesquisa
Esta técnica é também denominada “método de projetos” e implica as seguin-
tes etapas:
• Escolha de um tema e distribuição de subtemas ou tarefas entre os in-
tegrantes do grupo. Os participantes escolhem, segundo suas aptidões
ou interesses, subtemas ou tarefas específicas no contexto do tema ou
problema geral.
• Formação de grupos de quatro a seis alunos. A composição dos grupos
pode ser de livre escolha ou dirigida pelo facilitador (docente ou multiplica-
dor), a fim de que sejam heterogêneos.
• Planejamento do trabalho. Os participantes e o facilitador planejam os
objetivos e os procedimentos a serem utilizados para alcançá-los, ao
mesmo tempo em que distribuem as tarefas a serem realizadas (encontrar
a informação, sistematizá-la, resumi-la, esquematizá-la etc.).
• Desenvolvimento do plano. Os participantes (aluno(a)s) desenvolvem o
DG – 69
Didática Geral
CAPÍTULO 9
DG – 70
Didática Geral
CAPÍTULO 9
É importante que o professor saiba que estas técnicas não precisam ser se-
guidas ao “pé da letra”, ao contrário, o facilitador (docente) tem que adaptá-las em função das
características do grupo e do tipo de conteúdos que se deseja abordar. Entretanto, seja qual
for a adaptação feita, sempre há que ser observado o princípio da interdependência positiva
entre os alunos, com todos participando, sentindo-se úteis e agregando algo ao grupo.
REFERÊNCIAS
DELORS, J. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. 5. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, 2001.
(Capítulo IV).
HAIDT, R. C. C. Curso de didática geral. 7. ed. São Paulo: Ática, 2001. (Série Educação).
MASETTO, M. Didática: a aula como centro. 3. ed. São Paulo: FTD, 1996.
DG – 71
Didática Geral
CAPÍTULO 9
ROBSON, A. S.; INFORSATO, E. C. Aula: o ato pedagógico em si. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral, São Paulo,
Cultura Acadêmica, v. 9, p. 80-85, 2011.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Tradução de Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre:
Artmed, 1998.
BLANCO, R. Y.; BAZ, F. El Proyecto Curricular de Etapa: criterios y estrategias para su elaboración.
Madri: CECE-ITE. 1992. Projeto Educar na Diversidade – Formação de Professores. (módulo 1). p.
31-36, 2006.
OREALC. Formación docente: un aporte a la discusión. UNESCO. Santiago, Chile. 2002. Projeto
Educar na Diversidade – Formação de Professores. (módulo 1). 2006.
OREALC. Balance de los 20 años del Proyecto Principal de Educaciónpara América Latina y el Caribe.
UNESCO. Santiago, Chile. 2000. Projeto Educar na Diversidade – Formação de Professores. 2006.
VVAA. El constructivismo en el aula. Espanha: Graó, 1993. Projeto Educar na Diversidade – Formação
de Professores. 2006.
VVAA. Formación docente: un aporte a la discusión. UNESCO: Santiago, 1993. Projeto Educar na
Diversidade – Formação de Professores. (módulo 1). p. 31-36, 2006.
DG – 72
Didática Geral
O PROCESSO DA PRÁTICA AVALIATIVA: CAPÍTULO 10
CONHECER PARA AVALIAR
OBJETIVO
TEXTO
Para refletir...
Tradicionalmente, temos vivenciado a avaliação como um instrumento utiliza-
do para sancionar e qualificar segundo objetivos mínimos, programados para todos os alu-
nos, como se todos os alunos aprendessem da mesma forma. Essa visão positivista (méto-
dos usados na investigação e na exploração do mundo físico) surge da pedagogia que reduz
o conhecimento a uma lista de objetivos empiricamente observáveis, os chamados objetivos
instrucionais. Nessa linha de pensamento o conhecimento equivale somente a fatos, ou
seja, dados empíricos (tudo aquilo que advém de experiências sensoriais e observações do
DG – 73
Didática Geral
CAPÍTULO 10
mundo físico), pois é considerado como algo dado e definitivo. Em nome dessa racionalidade
técnica, fatos e condutas são separados de seus contextos bem como de seus processos,
nos quais adquirem sentido e significado, tornando-se conhecimentos neutros. O modelo
que surge dessa visão é a aplicação de provas objetivas segundo os objetivos propostos.
Assim, o professor deve transformar o conhecimento em perguntas que produzam respostas
precisas e exatas, na qual o conhecimento torna-se algo que pode ser medido, manipulado e
previsto. Na verdade, como nos mostram diferentes estudos, o uso desta testagem racional
ultrapassou os valores educativos e tornou-se um instrumento de exclusão e marginalização.
Segundo Mendez (2002, p. 15):
DG – 74
Didática Geral
CAPÍTULO 10
em uma proposta avaliativa da aprendizagem, em seu sentido amplo, é o mesmo que deixar
de lado a visão estática e classificatória para resgatar uma visão formativa, na qual pode ser
observado o desenvolvimento contínuo do aluno; por meio da aquisição e da construção de
competências e de habilidades, que, certamente, lhe serão úteis em situações novas.
Vale a pena refletirmos em alguns pontos essências que são à base do pro-
cesso de avaliação:
O que é avaliar?
Avaliar para quê? Avaliar como? Para que serve a avaliação? Quem se benefi-
cia com as práticas da avaliação? Quem utiliza os resultados da avaliação?
O ato de avaliar apresenta importantes momentos durante o processo de
aprendizagem.
Quando avaliamos?
DG – 75
Didática Geral
CAPÍTULO 10
Como avaliamos?
A avaliação deve ocorrer sempre a partir de situações problematizadoras. Na
verdade, durante todo o tempo o aluno será observado, e a partir do resultado dessas ob-
servações é que serão aplicadas as intervenções. Perrenoud (2000) aponta que o professor
deve trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem, colocando os alunos
diante de obstáculos cognitivos. Desse modo, os alunos colocam a mente em movimento,
por meio de hipóteses, erros e acertos, e em um trabalho em grupo, haverá um choque de
representações, obrigando cada aluno a esclarecer o seu pensamento e a considerar o do
outro.
Perrenoud (2000) aponta que é formativa toda avaliação que ajuda o aluno
a aprender a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação contínua das aprendiza-
gens durante todo o processo de aprender. Daí decorre a concepção que a regulação não
é um momento específico da ação pedagógica, mas é, sim, um componente dela. Nesse
contexto a regulação assume um processo importantíssimo durante o processo de aprendi-
zagem:
Com base nos princípios da avaliação formativa, vemos que avaliar não é
o mesmo que medir, nem qualificar e nem sequer corrigir. Avaliar tampouco é classificar,
examinar, aplicar testes. Pelo contrário, a avaliação entendida como formativa, deve ser uma
DG – 76
Didática Geral
CAPÍTULO 10
atividade crítica de aprendizagem, visto que por meio dela o conhecimento é adquirido
tanto pelo aluno, quanto pelo professor.
É importante lembrar que na avaliação formativa temos que levar em conta as
consequências sofridas pelo sujeito do qual se originam as práticas avaliativas, dessa forma
devemos lembrar que a avaliação está permeada por aspectos éticos relevantes que vão
além dos aspectos teóricos, pois a escola fala “de”, “com” e “para” sujeitos concretos. Assim,
o educador precisa estar atento aos processos cognitivos (raciocínio do aluno) sócio-afetivos
(sensibilidade, emoção, comunicação) e metacognitivos (monitoração da aprendizagem),
para que dessa forma, possa diagnosticar os erros, dificuldades encontradas, não simples-
mente para constatar, mas, sobretudo para refletir sobre o melhor caminho de ajuda e regu-
lação do ensino. Enfim, o educador deve oferecer ao educando suporte cognitivo, metacog-
nitivo, afetivo e social. É relevante que o trabalho com jovens e adultos favoreça a construção
da autonomia, estimulando-os a autoavaliação de seus progressos e de suas carências,
para que eles tomem consciência de como ocorre a aprendizagem.
Quando o professor trabalha levando seus alunos a refletirem sobre o seu pró-
prio processo de aprendizagem, podem ser notados pontos importantes durante o processo
de aprendizagem:
• Desenvolvimento de responsabilidade pelo trabalho.
• Formação de alunos independentes e permanentes, pois os processos os
incentiva a tomar decisões.
• Domínio do processo de trabalho, uma vez que os alunos gerenciam seu
próprio progresso.
• Desenvolvimento do espírito crítico, da metacognição, ou seja, o aluno
passa a conscientizar-se das operações mentais, de refletir sobre seu
próprio pensamento, e assim, passa a controlá-lo melhor.
A partir do momento que o educador toma consciência da problemática mais
ampla da avaliação em seus aspectos conceituais, das funções reveladoras de posturas
diante do conhecimento e do mundo, ele deixa de ser o transmissor do saber e o aluno um
simples receptor. Parece-nos claro que somente uma consistente formação do docente pode
levá-lo a assumir um papel reflexivo e crítico perante o ato de avaliar.
REFERÊNCIAS
BLANCO, R.; DUK, C.; Y PÉREZ, M. Servicios de apoyo a la integración educacional. Fundación
HINENI. FONADIS. Chile Principal de Educación en América Latina y el Caribe, n. 48, p. 55-72, 2002.
DG – 77
Didática Geral
CAPÍTULO 10
DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
p. 266. Educação para a diversidade. 2. Educação inclusiva. 3. Professor de educação especial. 4.
Formação de professores. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título.
MENDEZ, J. M. A. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
PMF. Secretaria de Educação. Referencial Curricular da Educação Básica das escolas públicas
municipais de Franca, (versão preliminar). Prefeitura de Franca, 2007.
ANOTAÇÕES
DG – 78
Didática Geral
A METODOLOGIA DIALÉTICA E AS CAPÍTULO 11
ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS EM SALA DE AULA
OBJETIVOS
Este capítulo tem como objetivo levar o aluno a refletir sobre as mudanças nas
concepções do processo de formação educacional do aprendiz, do próprio educador e das
estratégias didáticas em sala de aula.
TEXTO
DG – 79
Didática Geral
CAPÍTULO 11
interpretar, obter e organizar dados, aplicar fatos e princípios às novas situações, elaborar
projetos e pesquisas.
Face a este contexto, apresenta-se como imprescindível a qualificação ur-
gente do capital humano do setor educacional, devendo acontecer não mais pelo princípio
instrutivista, mas de um modo reconstrucionista. (LIBÂNEO, 1998; VALENTE 1999; DEMO,
2000; XAVIER, 2002). O fim da palavra instrução enquanto transmissão de dados é uma ne-
cessidade que aponta para uma nova relação do aprendiz com o conhecimento. Essa nova
relação passa indiscutivelmente pelo desenvolvimento de três habilidades centrais as quais
garantirão a condição de sujeito do aprender. São elas:
• autonomia de aprendizagem;
• criticidade sobre conceitos e definições a ser aprendidos;
• criatividade para utilizar os conceitos e definições em situações não previstas.
DG – 80
Didática Geral
CAPÍTULO 11
DG – 81
Didática Geral
CAPÍTULO 11
teóricos e fragmentados entre si, nos quais não se pode notar a relevância social tanto para
o aluno como para a escola. Do mesmo modo, a formação inicial e continuada dos professo-
res pode ser caracterizada por estar baseada em relações extremamente superficiais com
os verdadeiros problemas e situações que os professores necessitam enfrentar. Portanto,
esta formação, com tais características, não cria as bases para o desenvolvimento profissio-
nal contínuo dos docentes no que tange ao seu papel e função de educador, e muito menos
encontra-se articulada com as verdadeiras e principais necessidades do educador.
Sabemos que o ato de ensinar constitui a ação principal na profissão do
docente e por isso deve ser compreendida como uma missão; que envolve aprendizagem
contínua e desenvolvimento pessoal e profissional, ao longo do processo de construção de
novos conhecimentos e experiências educacionais, as quais preparam o docente para tomar
decisões em situações corriqueiras ou em problemas emergentes no dia a dia da escola ou
na sala de aula.
O mote que se apresenta é como a escola e o professor, encaram e compre-
endem, hoje, os processos de ensino e de aprendizagem. Partindo-se do pressuposto que
o indivíduo constrói seus saberes através de
relações estabelecidas dentro e fora da escola,
cabe, nesse sentido, mudar a visão e a ação
educacionais para garantir o sucesso daqueles
que buscam, nos bancos escolares, melhores
condições e qualidade de vida, participação
efetiva na construção/transformação social,
concepção de uma consciência ecológica,
formação de um ser histórico.
Vamos refletir!
A mudança principal que está na ordem do dia é cuidar da aprendizagem
dos alunos, de tal modo que os alunos alcancem a habilidade de saber pensar, aprender a
aprender. Significa dizer que é imprescindível não dar tréguas ao instrucionismo, que mata
as escolas. Como diz Kohn (1999), se tomarmos o aluno a sério, tudo deve mudar. De fato,
se levarmos em conta como é uma criança de sete anos, biológica e historicamente, o que
fazemos em sala de aula é anacronismo tolo.
Precisamos porque o déficit fundamental é de aprendizagem e porque apren-
dizagem passa crucialmente pelo professor, duas coisas inter-relacionadas precisam ser
urgentemente enfrentadas:
a. garantir que o professor saiba aprender;
b. garantir que o aluno aprenda.
DG – 82
Didática Geral
CAPÍTULO 11
REFERÊNCIAS
BLANCO, R.; DUK, C.; Y PÉREZ, M. Servicios de apoyo a la integración educacional. Fundación
HINENI. FONADIS. Chile Principal de Educación en América Latina y el Caribe, n. 48, p. 55-72, 2002.
DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
266 p. Educação para a diversidade. 2. Educação inclusiva. 3. Professor de educação especial. 4.
Formação de professores. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título.
DG – 83
Didática Geral
CAPÍTULO 11
MENDEZ, J. M. A. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
PMF. Secretaria de Educação. Referencial Curricular da Educação Básica das escolas públicas
municipais de Franca, (versão preliminar). Prefeitura de Franca, 2007.
ANOTAÇÕES
DG – 84
Didática Geral
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO CAPÍTULO 12
OBJETIVOS
TEXTO
Sabemos que nos dias atuais a maioria das avaliações utilizadas nas escolas
não atende à necessidade dos alunos. Isto ocorre pelo fato da prática avaliativa se espelhar
em um modelo tecnicista, que visa uma educação que prioriza produtos e resultados e não
um processo dinâmico e criativo; que implica em uma reflexão crítica sobre a prática, no
sentido de captar os avanços, os impasses, as resistências, e possibilitar uma tomada de
decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos.
Vale a pena refletirmos em alguns pontos essências que são à base do pro-
cesso de avaliação:
O que é avaliar?
Avaliar para quê? Avaliar como? Para que serve a avaliação? Quem se benefi-
cia com as práticas da avaliação? Quem utiliza os resultados da avaliação?
O ato de avaliar apresenta importantes momentos durante o processo de
aprendizagem.
Avaliar para que?
É importante ressaltar a relevância da avaliação diagnóstica, ou seja, aquela
que ocorre na fase anterior à aprendizagem, para conhecer e identificar os conhecimentos e
valores, atitudes prévias dos nossos alunos. Neste primeiro momento, o professor questiona:
Quem é o meu aluno? Quais são os seus desejos? O que valorizam e sabem? Enfim, faz-se
uma sondagem. Ao longo do processo de ensino-aprendizagem, o professor deve observar
o grau de avanço dos alunos em relação aos objetivos, para que ele possa intervir. Finalmen-
te, na fase final, identificamos os resultados finais do processo de aprendizagem, bem como
são levantados os objetivos para novas aprendizagens. Fazemos, assim, uma avaliação
diagnóstica.
DG – 85
Didática Geral
CAPÍTULO 12
O que avaliamos?
Que uso fazem os professores da avaliação? Para que lhes servem?
No momento inicial são avaliados os valores, os esquemas de conhecimen-
to bem como atitudes prévias pertinentes para a nova situação de aprendizagem. Durante
o processo são avaliados os progressos, bloqueios, erros e acertos, impasses presentes
durante o processo de aprendizagem. Finalmente, avaliamos o que foi alcançado a partir dos
objetivos e conteúdos propostos.
Quando avaliamos?
Avalia-se, primeiramente, no início de cada nova fase de aprendizagem, du-
rante todo o processo de aprendizagem e finalmente no final de cada fase de aprendizagem.
Na verdade, a avaliação é contínua, durante todo processo. Segundo Perre-
noud (2000), avalia-se o aluno dentro de uma perspectiva pragmática, por meio de balanços
periódicos para que sejam confirmadas suas aquisições. É considerado tudo que o aluno
apresenta: suas aquisições, maneira de aprender e de raciocinar, suas relações com o saber,
suas angústias, o que o impulsiona a querer aprender, seus interesses, seus projetos, bem
como sua autoimagem no processo de aprender.
Como avaliamos?
A avaliação deve ocorrer sempre a partir de situações problematizadoras. Na
verdade, durante todo o tempo o aluno será observado, e a partir do resultado destas obser-
vações é que serão aplicadas as intervenções. Perrenoud (2000) aponta que o professor
deve trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem, colocando os alunos
diante de obstáculos cognitivos. Desse modo, os alunos colocam a mente em movimento,
por meio de hipóteses, erros e acertos, e em um trabalho em grupo, haverá um choque de
representações, obrigando cada aluno a esclarecer o seu pensamento e a considerar o do
outro.
Para você refletir...
É o conhecimento do que cada aluno aprende ao longo do processo
de ensino-aprendizagem e a adaptação às novas necessidades que se colocam, que
pode ser designado como avaliação formativa.
Perrenoud (2000) aponta que é formativa toda avaliação que ajuda o aluno
a aprender a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação contínua das aprendiza-
gens durante todo o processo de aprender. Daí decorre a concepção que a regulação não
é um momento específico da ação pedagógica, mas é, sim, um componente dela. Neste
contexto a regulação assume um processo importantíssimo durante o processo de aprendi-
zagem.
DG – 86
Didática Geral
CAPÍTULO 12
DG – 87
Didática Geral
CAPÍTULO 12
REFERÊNCIAS
BLANCO, R.; DUK, C.; Y PÉREZ, M. Servicios de apoyo a la integración educacional. Fundación
HINENI. FONADIS. Chile Principal de Educación en América Latina y el Caribe, n. 48, p. 55-72, 2002.
DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
266 p. Educação para a diversidade. 2. Educação inclusiva. 3. Professor de educação especial. 4.
Formação de professores. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título.
MENDEZ, J. M. A. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
PMF. Secretaria de Educação. Referencial Curricular da Educação Básica das escolas públicas
municipais de Franca, (versão preliminar). Prefeitura de Franca, 2007.
DG – 88
Didática Geral
A DIDÁTICA E O USO DE NOVAS CAPÍTULO 13
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
OBJETIVO
TEXTO
DG – 89
Didática Geral
CAPÍTULO 13
fície (textos multimodais), a capacidade para localizar, filtrar e avaliar criticamente informação
disponibilizada eletronicamente, familiaridade com as “normas” que regem a comunicação
com outras pessoas através do computador, entre outras.
Segundo Tapscott (1999) a geração que tem crescido na rede de computado-
res tende a desenvolver habilidades como: independência e autonomia na aprendizagem,
abertura emocional e intelectual, preocupação pelos acontecimentos globais, liberdade de
expressão, curiosidade e faro investigativo, responsabilidade social, senso de contestação
etc. Desse modo, não é possível que a escola, considerada importante agente de alfabetiza-
ção, adote uma visão “simplista, determinista e ingênua” perante a Inclusão Digital.
A chamada sociedade contemporânea passa por uma intensa evolução a
qual está alterando profundamente o mercado de trabalho. As novas formas de organizar
a produção elevam bastante a produtividade, sendo que o país depende de mão de obra
qualificada para poder competir mundialmente. O perfil do novo trabalhador requer além
do domínio das ferramentas tecnológicas, versatilidade, empreendedorismo, autonomia, e
iniciativa, capacidade de se comunicar e resolver problemas em grupo, bem como investi-
mentos contínuos na área profissional.
O outro lado da questão tecnológica é que passa a acontecer uma diminuição
dos postos de trabalho, o que torna a disputa por uma vaga muito mais competitiva. Níveis de
formação mais elevados passam a ser exigidos, bem como uma boa formação geral. Para
Castells (2001), a internet é a própria transformação tecnológica que resume o conjunto de
transformações da sociedade de informação, ressaltando que tudo que é significativo, nos
dias atuais, passa pela internet e que as pessoas que não tem acesso a ela permanecem
excluídas do que é importante; assim sendo, é inconcebível, segundo o autor que o professor
nos dias atuais permaneça afastado da internet e que esta tecnologia não esteja presente na
sala de aula.
Conforme Moran (1997, p. 5) ensinar na e com a internet possibilita que se
chegue a resultados significativos. Para tanto é necessário que a internet “esteja integrada
em um contexto estrutural de mudança do ensino-aprendizagem, no qual professores e
alunos vivenciem processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupal
efetiva”.
Você sabia que...
[...] a simples publicação de uma página na web com links para outros
recursos digitais não constitui instrução. As sequências instrucionais
típicas envolvem sete elementos comuns: motivar o aprendiz, especifi-
car o que deve ser aprendido, acionar o aluno a recuperar e aplicar
conhecimento prévio, oferecer informação nova, oferecer direciona-
mento e feedback, testar a compreensão e suprir as necessidades de
enriquecimento ou reformulação (RITCHIE; HOFFMAN, 1997, p. 135).
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Didática Geral
CAPÍTULO 13
Sorj (2003; p. 46-47) ainda chama a atenção para o fato de que a valorização
excessiva da internet como fonte de informação e ideias pode produzir efeitos nocivos, pois
muitos alunos na hora de realizar um trabalho deixam de lado o esforço de leitura e escrita
pela pesquisa na internet. Desse modo, segundo Sorj (ibidem), a rede transforma-se em pon-
to de chegada, quando deveria ser o ponto de partida, pois o aluno abandona as práticas de
leitura e a reflexão sustentada. Na verdade, a valorização excessiva da “tela do compu-
tador” e dos multimídias educativos pode pôr em risco as exigências pedagógicas,
associadas à disciplina intelectual, que impõe a leitura de um livro e à valorização da
paciência necessária ao desenvolvimento de ideias.
DG – 91
Didática Geral
CAPÍTULO 13
Vamos refletir...
• Reconhecendo-se como
irreversível a tecnologiza-
ção da educação, pode-se
afirmar que o mais recente
desafio pedagógico que se
coloca para os educadores
é o “Letramento Digital” com
as novas formas de escrita e
leitura. É necessário que os atores principais desse processo, quais sejam:
alunos, professores e gestores da educação passem a ser sujeitos ativos
dessas mudanças (XAVIER, 2009; LIBÂNEO, 1998).
DG – 92
Didática Geral
CAPÍTULO 13
Podemos dizer que com as novas tecnologias, novas chances são oferecidas
para que as relações entre alunos e professores possam ser revistas e (re)analisadas, como
por exemplo, a relação da escola com o meio social e, do mesmo modo, os espaços de cons-
trução do conhecimento em relação às metodologias de aprendizagem. O crescente aumento
na utilização das novas ferramentas tecnológicas no contexto escolar exige do professor, do
pedagogo, do gestor, bem como, do aluno comportamentos e raciocínios específicos, o que
pressupõe um conjunto de informações e habilidades mentais que devem ser trabalhadas
com urgência pelas instituições de ensino (XAVIER, 2009; LIBÂNEO, 1998, 2001).
Desse modo, a formação do professor implica a capacidade de enxergar
DG – 93
Didática Geral
CAPÍTULO 13
além dos limites do código, fazer relações com informações fora do texto falado ou escrito e
vinculá-las à sua realidade histórica, social e política.
REFERÊNCIAS
BAKER, L.; BROWN, A. Metacognitive skills in reading. In: PEARSON, D. (Org.). Handbook of reading
reasearch. [s.l.]: Longman, 1984.
CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2001.
CELEBRIÁN, J. L. A rede: como nossas vidas serão transformadas pelos novos meios de comunicação.
São Paulo: Summus, 1999.
CHARTIER, R. A aventura do livro. Tradução de Reginaldo Carmello Correa de Moraes. São Paulo:
Unesp, 2002.
HOFFMAN, B.; RITCHIE, D. The problems with problem based learning. Instructional Science: 25; p.
97-115, 1997.
MORAN, J. M. Como utilizar a Internet na educação. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 26, n. 2,
1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v26n2/v26n2-5.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2011.
TAPSCOTT, D. Geração digital – a crescente e irreversível ascensão da Geração Net. São Paulo:
Makron Books, 1999.
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Didática Geral
A DIDÁTICA E A PLURALIDADE CAPÍTULO 14
CULTURAL NA ESCOLA
OBJETIVOS
TEXTO
1 CLAM. Diversidade. Módulo1. In: Gênero e Diversidade na Escola: formação de professores em Gênero, Orien-
tação Sexual e Relações Étnico-raciais. Livro de conteúdo. CLAM-IMS/UERJ. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília:
SPM, 2009.
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Didática Geral
CAPÍTULO 14
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Didática Geral
CAPÍTULO 14
expressa o mesmo valor, exprimindo, muitas vezes, certa posição de “superioridade cultural”,
gerando, assim, o “preconceito”. Conforme Riscal (2009, p. 19-20) essa é a fonte de todo pre-
conceito: a certeza da própria superioridade e a incapacidade de lidar com toda e qualquer
manifestação cultural que seja diferente da sua. Vemos, portanto, que a diversidade cultural
constitui a própria humanidade, assim, refletimos: como a diversidade está sendo tratada
em nossas escolas? Ou poderíamos ir mais além: como o racismo, os diferentes costumes
estão sendo trabalhados pelos nossos educadores? Que sejamos ousados para nos revestir
não apenas de tolerância com aquele considerado “diferente”, mas, sobretudo, de “respeito e
solidariedade” na construção de uma sociedade mais digna e mais humana.
A Diversidade na escola
A concepção homogeneizadora do ensino, a qual se caracteriza pela uniformi-
dade na abordagem educacional do currículo, ou seja, a mesma aula, o mesmo conteúdo,
as mesmas tarefas para todos, independentemente de suas condições e estilos de
aprendizagem, tem marcado a prática pedagógica do educador nas salas de aula. Portanto,
o aluno que não se enquadra nessa abordagem permanece excluído, colocado à margem
do processo de ensino- aprendizagem. Notamos que na maioria das vezes o estudante
rotulado ou classificado por suas diferenças educacionais é excluído ou direcionado, a um
especialista de áreas distintas, para que possa receber atendimento especializado (fonoaudi-
ólogo, fisioterapeuta etc.). O fato da diversidade não ser reconhecida como um ponto positivo
na escola contribui para que as desigualdades educacionais sejam agravadas e não possam
ser trabalhadas. A fim de que as diferenças educacionais possam ser trabalhadas e a diver-
sidade possa ser uma realidade em nossas escolas é necessário que os sistemas educacio-
nais sofram reformas profundas, cujo eixo central encontra-se na flexibilização do conteúdo
curricular.
Segundo o Projeto Mercosul Educar na Diversidade (2006), a escola inclusiva
deve estar centrada no respeito às peculiaridades de cada estudante e na conscientização
de que as diferenças resultam de um imbricado conjunto de fatores que se baseia nas carac-
terísticas pessoais e na origem sociocultural. Tal concepção nos remete a ideia de que todos
os alunos apresentam certas necessidades educacionais individuais que podem ocorrer em
momentos diferentes durante a escolarização. Dessa forma concluímos que as diferenças in-
dividuais como aptidões, motivações, estilos de aprendizagem, interesses e experiências de
vida – são peculiares a cada aluno e muitas vezes influenciam acentuadamente nos proces-
sos de aprendizagem, que são únicos em cada pessoa.
Alvarez y Soler (1998, p. 60), elenca alguns princípios básicos para que o edu-
cador saiba trabalhar com a Diversidade em sala de aula:
• levar sempre em consideração o fato de que as pessoas são diferentes e
que, portanto, a escola deve ajudar cada um a desenvolver suas aptidões
DG – 97
Didática Geral
CAPÍTULO 14
Segundo Duk (1999) o papel que a escola representa é determinante nos re-
sultados da aprendizagem, pois dependendo da qualidade da resposta educacional é possí-
vel contribuir mais ou menos para minimizar ou compensar as dificuldades enfrentadas pelos
estudantes. Na verdade, o relacionamento estabelecido entre a comunidade escolar e seus
alunos, as atividades de aprendizagem propostas, a metodologia utilizada, exercem grande
influência no processo de aprendizagem como um todo.
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Didática Geral
CAPÍTULO 14
Vamos refletir...
O que se percebe é que a transição para a Inclusão em nossas escolas é um
processo, que precisa ser trabalhado na consciência das pessoas, pois um número expres-
sivo de pessoas está acostumado a sistemas discriminatórios, não sendo capazes de res-
ponder à diversidade existente nas escolas. É preciso, portanto, que nós educadores lute-
mos pela construção do conceito de Diversidade e Inclusão; de modo que as pessoas com
deficiências, as crianças e jovens que vivem em situação de extrema pobreza, as crianças
trabalhadoras e aquelas que vivem nas ruas, enfim, todos aqueles considerados “excluídos”
da normalidade, sintam-se acolhidos na escola e não marginalizados e tratados como um
problema a mais.
Para Booth, T. & Ainscow M.; (UNESCO, 2000, p. 64) a educação inclusiva
implica processos que visam aumentar a participação dos estudantes e a redução de sua
exclusão cultural, curricular e comunitária nas escolas locais. Segundo os autores alguns
pontos devem ser observados:
• A diversidade implica reestruturar a cultura, as políticas e as práticas dos
centros educacionais, para que possam atender à diversidade dos alunos
de suas respectivas localidades.
• A inclusão se refere à aprendizagem e à participação de todos os estudan-
tes vulneráveis que se encontram sujeitos à exclusão, não somente aque-
les com de deficiência ou rotulados como apresentando necessidades
educacionais especiais.
• A inclusão visa à melhoria das escolas, tanto em relação ao corpo docente
como aos alunos.
• A preocupação em superar as barreiras antepostas ao acesso e, em
especial, à participação do aluno, pode servir para revelar as limitações
de caráter mais geral da instituição de ensino, quando do atendimento à
diversidade dos alunos.
• Todos os estudantes têm direito à educação nas suas localidades.
• A diversidade não pode ser considerada um problema a resolver, mas,
sim, uma riqueza para auxiliar na aprendizagem de todos.
• A inclusão diz respeito ao esforço mútuo de relacionamento entre estabe-
lecimentos de ensino e suas comunidades.
• A educação inclusiva é um aspecto da sociedade inclusiva.
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Didática Geral
CAPÍTULO 14
dizagem, o qual deverá incitar o desenvolvimento pessoal e social do ser humano. Sabe-se
que para que haja educação de qualidade com equidade, implica que sejam tomadas medi-
das profundas, as quais devem envolver transformações não apenas nos sistemas educa-
cionais, bem como na organização e no funcionamento das escolas, mas principalmente nas
atitudes e práticas do docente no processo de ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BLANCO, R.; DUK, C.; Y PÉREZ, M. Servicios de apoyo a la integración educacional. Fundación
HINENI. FONADIS. Chile Principal de Educación en América Latina y el Caribe, n. 48, p. 55-72, 2002.
DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
p. 266. Educação para a diversidade. 2. Educação inclusiva. 3. Professor de educação especial. 4.
Formação de professores. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/ibc/hist.htm. Acesso em: 10 out. 2009.
RISCAL, S. Cultura e Diversidade Cultural. In: SILVÉRIO, V. R. (Org.). Marcas da Diferença no Ensino
Escolar. UAB – UFSCAR. São Carlos, 2009.
SILVÉRIO, V. R. Marcas da Diferença no Ensino Escolar. In: SILVÉRIO, V. R. (Org.). Relações Étnico-
Raciais e Educação. UAB–UFSCAR. São Carlos, 2009.
DG – 100
Didática Geral
CAPÍTULO 14
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
CAPÍTULO 14
ANOTAÇÕES
DG – 102
Didática Geral
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO CAPÍTULO 15
OBJETIVOS
TEXTO
DG – 103
Didática Geral
CAPÍTULO 15
DG – 104
Didática Geral
CAPÍTULO 15
REFERENCIAS
DUK, C. (Org.). Educar na Diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília: MEC/SEESP,
2006. 266 p. 1. Educação para a diversidade. 2. Educação inclusiva. 3. Professor de educação
especial. 4. Formação de professores. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título. CDU
37.017.7
DG – 105
Didática Geral
CAPÍTULO 15
BLANCO, R.; DUK, C.; Y PÉREZ, M. Servicios de apoyo a la integración educacional. Fundación
HINENI. FONADIS. Chile Principal de Educación en América Latina y el Caribe, n. 48, p. 55-72, 2002.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/ibc/hist.htm Acesso em Abr/2009>. Acesso
em: 10 abr. 2009.
RISCAL, S. Cultura e Diversidade Cultural. In: SILVÉRIO, V. R. (Org.). Marcas da Diferença no Ensino
Escolar. UAB – UFSCAR. São Carlos, 2009.
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Raciais e Educação. UAB–UFSCAR. São Carlos, 2009.
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São Paulo: Summus, 1999.
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DG – 106
Didática Geral
CAPÍTULO 15
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1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v26n2/v26n2-5.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2011.
ANOTAÇÕES
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Didática Geral
CAPÍTULO 15
ANOTAÇÕES
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