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- O BALANDRAU -

Neste trabalho, minha pretensão é mostrar o que vem representar


esse nosso trajo e o porquê de sua cor.

Primeiramente veremos o seu mais simples significado, visando à


unificação entre os maçons e a economia que representa para eles.
Porém, viajando-se através dos tempos vamos encontrar na Mitologia
outro significado para o seu uso.

O Balandrau é uma palavra originada do latim medieval Balandrana,


que definia a vestimenta de capuz e mangas largas abotoada na
frente e, pelo uso, designava certas roupas usadas por confrarias,
normalmente em cerimônias de cunho religioso.

Atualmente, a Maçonaria no Brasil de várias obediências tolera a


veste talar negra, (que chega até aos calcanhares), de mangas
longas, colarinho alto, que deverá estar sempre fechado, como opção
ao terno escuro, por entender que só o avental seja paramento
maçônico, alguns ritos como Emulation (erradamente chamado de
York Inglês), não permitem o uso do balandrau, sendo exigido o uso
do terno escuro.

De prático, o balandrau deixou de ser talar, tendo um comprimento


abaixo do joelho, e muitas vezes portando as armas da Loja ou da
Maçonaria.

Relembrando assuntos passados, é senhor realçar a cultura e a


filosofia dos povos antigos, principalmente, no que diz respeito a
nossa vida além túmulo.

Quando do movimento da Inconfidência Mineira, mencionam os


documentos a existência de certos "encapuzados", que nada mais
eram que maçons vestindo o "Balandrau".

O traje serve para unificar a vestimenta de todos, simbolicamente,


igualar o rico como pobre.

Tem porém, outra função, igual a da "toga" usada pelos magistrados,


para significar que o juiz está sob o manto da justiça e que julga em
nome dela e não individualmente.
Quem veste o "Balandrau" está sob o manto da Maçonaria, não é o
maçom individual que lá está, mas sim, um membro da maçonaria.

O "Balandrau" clássico é de cor negra, no passado encobria os


Aventais, deixando assim de "revelar" a presença de "Graus", mas tão
somente, de Obreiros.

O Balandrau negro, hoje usado habitualmente em nossas Sessões


Econômicas está, portanto ligado a toda essa concepção de aceitação
e compreensão da morte como forma de valorização da vida.

Autor: Ir.'. Fernando Pilar

Pesquisa: Ir.'. José Carlos Lopes

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