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Perda de Carga em Um Filtro PDF
Perda de Carga em Um Filtro PDF
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE
por
RESUMO
Este trabalho desenvolve de forma experimental a perda de carga provocada pela inclusão
de um filtro controlador de particulados em um escoamento de ar. Estes filtros são fabricados
pela empresa SORESUL e servem para controlar a emissão de poluentes na combustão de hidro-
carbonetos. São utilizados em oficinas mecânicas, veículos automotivos, depósitos e locais de
baixa ventilação. A perda de carga é medida em uma bancada existente no Laboratório de Ensai-
os Térmicos e Aerodinâmicos (LETA), onde o filtro é acoplado a uma canalização que permitirá
a medida da diferença de pressão estática para diferentes vazões de ar, calculadas a partir da pres-
são dinâmica do fluido, utilizando-se manômetros. O estudo abrange desde a montagem de parte
da bancada de testes, desenvolvimento dos testes experimentais, cálculo da perda de carga e pos-
terior análise dos resultados obtidos. Os resultados obtidos permitem concluir que o Filtro AEG
SORESUL MODELO 3.8, proporciona uma resistência considerável ao sistema quando subme-
tido a baixas pressões. Somente com uma vazão superior a 20 m³/h o escoamento é estabelecido
e a perda de carga pode ser medida, a qual aumenta com acréscimo da vazão de ar. Também não
podem ser levados em conta para determinar a eficiência do filtro, haja vista que a vazão do ven-
tilador é limitada em 65 m³/h, longe de valores reais em que o instrumento de filtragem de gases
é submetido.
ABSTRACT
This work improves estimating the loss of load caused by the inclusion a particles control-
ler filter in a flow of air. These filters are manufactured by the company SORESUL mode it used
to control the emission of pollutants in the combustion of hydrocarbons. These are used in ma-
chine shops, automotive vehicles, and local deposits of low-pressure ventilators. The loss of load
is calculated in bench that exist in Aerodynamics and Thermals Tests Laboratory, where the filter
is attached to a pipe that will allow the measurement of difference static pressure for different
flows of air, calculated from the pressure dynamics, using gauges. The study covers since the
assembly of the bench testing, development of experimental tests, calculating the loss of load and
subsequent analysis of the results. The results let conclude that the filter AEG SORESUL
MODEL 3.8 provides a considerable resistance to the sub-system when taken at low pressures.
Only with a superior sewage that 20 m³/h the flow is established and the loss of load can be
measured, which rise with increment of flow of air. Also can’t be taken account to determine the
filter efficiency, because the flow of fan is limited at 65 m³/h, distant of real values which the
gases selection instrument is submitted.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 1
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................................ 2
2.1. PERDA DE CARGA ................................................................................................................................. 2
2.2. PERFIL DE ESCOAMENTO.................................................................................................................... 2
2.3. MEDIDA DE VAZÃO............................................................................................................................... 3
3. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS........................................................................................................................... 3
3.1. CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO............................................................................................ 3
3.1.1. BANCADA DE TESTE........................................................................................................................ 4
3.1.2. ACESSÓRIOS DE MEDIÇÃO............................................................................................................. 5
3.2. METODOLOGIA DE CÁLCULO ............................................................................................................ 6
4. RESULTADOS..................................................................................................................................................... 7
5. CONCLUSÕES..................................................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 10
APÊNDICES............................................................................................................................................................... 11
v
LISTA DE SÍMBOLOS
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
p1 V 1 ² p V 2²
+ + gz1 − 2 + + gz 2 = hlt (1)
ρ
2 ρ 2
Reynolds que melhor define a região de transição entre laminar e turbulento para diversos esco-
amentos.
O número de Reynolds é definido por:
ρV L
Re = (2)
µ
onde ρ é a massa específica (kg/m³), V a velocidade média do escoamento (m/s), L o comprimen-
to característico (m) e µ a viscosidade cinemática do fluido (Ns/m²).
A medida de vazão foi realizada por um Tubo de Venturi. Esse instrumento pode ser utili-
zado para medir a vazão e um sistema, sendo o que apresenta melhor desempenho entre os medi-
dores de obstrução, por ser pouco intrusivo. O seu princípio de aplicação parte da equação de
Bernoulli e sua forma de aplicação é apresentada na seqüência. A vazão Q (m³/s) é expressa por:
2( p1 − p2 )
Q = Cd Eβ 2 At (3)
ρ
onde Cd é o coeficiente de descarga, E fator de velocidade de aproximação, β relação entre diâ-
metro do medidor e da tubulação (φmedidor/φtubulação), At área da tubulação (m²), p a pressão (Pa) e ρ
a massa específica (kg/m³).
3. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS
A determinação da perda de carga provocada por um equipamento pode ser estimada de di-
versas maneiras. No presente trabalho far-se-á a medida de perda de carga de um trecho que en-
globa o filtro a ser testado, e os acessórios pertencentes à bancada de testes. Além disso, nos pon-
tos de tomada de pressão, que é a principal variável do método apresentado deve ser realizada
nos pontos onde o escoamento é laminar.
A temperatura máxima que o filtro pode ser submetido é de 100ºC, e sua eficiência em re-
lação a remoção de particulados com diâmetro até 5µm é de 97,9%.
Para a realização do experimento foi necessário construir uma bancada de testes, cujo
esboço é apresentado na Figura 2.
Os elementos indicados na Figura acima são: tubo um (1), filtro (2), estricção cônica (3),
tubo dois (4) e tubo de Venturi (5).
5
VENTILADOR: Utilizou-se um ventilador Otam centrífugo, modelo TMD 9/7, com rotor
com pás curvadas para frente e acionado por um motor diretamente acoplado. A vazão nominal
varia entre 1.700 e 4.000 m³/h e a pressão estática na faixa de 15 a 35 mmCA.
TUBO 2: Tubo de PVC com 0,097m x 1,10 m, com a finalidade de acoplar a saída do cone
de estricção à entrada do sistema do Tubo de Venturi. Neste tubo também foi instalado um bico
para tomada de pressão, sendo esta a pressão mais baixa.
completo ainda possui extensão suficiente de cano nas duas entradas que garantem que o escoa-
mento seja laminar antes da entrada do venturi.
MANÔMETRO DURABLOCK:
Leitura: Diferença de altura de fluido manométrico
Modelo: MM 400
Faixa de operação: 0 a 130 mmCA
Sensibilidade: 0,5 mmCA
Utilizado para medir a perda de carga total entre os pontos de coleta de pressão a jusante e
a montante do filtro.
MANÔMETRO SMAR:
Tomada de pressão: através de membrana.
Modelo: D1
Faixa de operação: 0.5 a 20 inH2O
Utilizado no Tubo de Venturi para medir a vazão do escoamento. Devido a baixa diferença
de pressão nos dois pontos de medida do venturi, faz-se necessária a utilização de um manômetro
mais sensível, como esse.
sendo ∆p a diferença de pressão (Pa), ρ a massa específica (kg/m³) e hlt a perda de carga total.
Para deliberar o valor da perda de carga causa pelo filtro é necessário descontar a perda de
carga causada pelos acessórios existentes entre os pontos de tomada de pressão.
Com o auxílio das equações apresentadas no capítulo 2, prova-se que a perda de carga ge-
rada pelos acessórios é insignificante, na ordem de menos de 1% de hlt.
Portanto, desconsidera-se esta perda e assume-se que a variação de pressão entre os pontos
a jusante e a montante do filtro é totalmente relacionada ao mesmo.
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4. RESULTADOS
As variáveis de interesse são a vazão e a perda de carga no filtro, para poder chegar a esses
valores utilizou-se como variável livre a freqüência do ventilador, que é a força motriz do pro-
cesso.
Na Figura 4 pode-se observar com mais clareza alguns fenômenos ocorridos no sistema.
VAZÃO X FREQUÊNCIA
70
60
VAZÃO [m³/h]
50
40
30
20
10
0
0 40 45 50 55 60
FREQÜÊNCIA DO VENTILADOR [hz]
Nota-se na Figura acima a vazão registrada no Tubo de Venturi é nula até a freqüência de
40 Hz, e depois a vazão aumenta proporcionalmente a velocidade de insuflamento de ar. A au-
8
sência de vazão na faixa de 0 a 40 Hz é devido ao fato do filtro reter toda a energia proporciona-
da ao sistema.
Devido à baixa vazão verificada no escoamento, fez-se necessário o uso do manômetro di-
gital SMAR D1 do LETA. As medidas de pressão sobre o filtro e o Venturi foram realizadas em
momentos distintos, porém com manômetros de diferentes sensibilidades.
A Figura a seguir, mostra a variação da vazão em relação à perda de carga.
350
300
250
200
[Pa]
150
100
50
0
0 22,8744 37,7028 49,788 63,0324
VAZÃO [m³/h]
Nota-se claramente que o escoamento tem início entre as pressões de 130 e 150 Pa. Se a di-
ferença de pressão atuando sobre o filtro for menor que está faixa, o filtro simplesmente anula o
escoamento devido a sua resistência.
Ao romper esta carga inicial a vazão torna-se crescente e aparentemente linear, porém, o
número de pontos coletados não permitem essa afirmação com garantia. Para tal, seria necessária
a construção de outra bancada com um ventilador mais potente.
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5. CONCLUSÕES
Ao final do experimento pode-se concluir que o FILTRO AEG SORESUL MODELO 3.8,
proporciona uma resistência considerável ao sistema quando submetido a baixas pressões. Os
resultados encontrados são muito interessantes, pois se conseguiu estimar a carga mínima neces-
sária para vencer a resistência imposta pelo filtro para ocorrer escoamento.
A linearidade dos resultados encontrados após o estabelecimento do escoamento não pode
ser tida como verdadeira, pois foram coletados dados insuficientes para esta afirmação. Esse fato
ocorreu devido a faixa de operação do ventilador ser de 0 a 60 Hz.
É importante salientar que os resultados encontrados não podem ser utilizados como parâ-
metro de eficiência dos filtros em sistemas de escapamento de motores. Pois, as condições de
trabalho são totalmente diferentes a sugerida neste problema deste trabalho.
Como exercício de medição os resultados foram satisfatórios e pode-se concluir que as
perdas de carga imposta pelos elementos de um sistema devem ser consideradas em projetos,
principalmente em bombas, ventiladores e compressores, para garantir parâmetros de vazão e
pressões conforme o desejado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICES
Figura A3 - Ventilador OTAM gerador da Figura A4 - Estricção cônica que faz a liga-
vazão de ar. ção entre a saída do filtro e o tubo de PVC.