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Evaporação do licor negro na indústria de celulose

Evaporação

• Noções básicas
• Caraterística do licor negro
• Função da evaporação
• Princípios de funcionamento
• Tipos de equipamentos
• Critérios gerais de projeto
• Principais fatores que afetam a
capacidade
• Discussão
Evaporação:
Maior consumidor de vapor do processo produtivo
Lavagem => evaporação
FUNÇÃO DA EVAPORAÇÃO

Licor negro diluído Licor negro


/ fraco concentrado

13-17 %ST 65-85 %ST

vapor condensados
Característica do licor negro

• Composição
• Propriedades Densidade
Concentração
EPE (BPR)
Viscosidade
Poder calorífico
Calor específico
Composição do licor Negro
a composição do licor negro é resultado das reações de palpação e
origina-se da madeira ,do licor de cozimento e vapor na forma de
compostos derivados da lignina,carboidratos e extrativos .

COMPOSIÇÃO DOS SÓLIDOS DO LICOR NEGRO

40
35
30
25
% 20
15
10
5
0
C H O Na S Cl K
1/1 - VISCOSIDADE

• Uma das principais característica físicas


do licor negro é a viscosidade .A
viscosidade está associada a
resistência que o licor apresenta para
fluir . neste gráfico é mostrado valores Viscosidade do Licor Negro
médios de viscosidade para licores de
eucalipto em função da concentração e 900 60 C 80 C 100 C120 C
temperatura. 800

Viscosidade Cp
700
• a linha vermelha representa um 600
exemplo do limite de viscosidade para
permitir o bombeamento do licor com 500
bombas centrifugas um fator importante 400
de controle e dimensionamento dos 300
sistemas.
200
100
40 45 50 55 60 65 70 75
S.T.%
VISCOSIDADE DO LICOR PARA QUEIMA NA CALDEIRA
VISCOSIDADE II

• A viscosidade aumenta a medida que aumenta a concentração


de matéria orgânica no licor

• Sulfidez e número Kappa podem alterar a viscosidade dos licores

• O álcali ativo residual que representa a fração de álcali que não


reagiu durante o processo de polpação da celulose, influencia
diretamente o PH e a viscosidade .de um modo geral o aumento
do álcali residual diminui a viscosidade do licor

• Aumentos significativos de viscosidade podem ser observados


quando o PH do licor é muito baixo

• A oxidação do licor reduz o álcali residual e pode aumentar de


forma significativa a viscosidade do licor .
TRATAMENTO TÉRMICO DO LICOR

A viscosidade do licor pode ser reduzida principalmente em licores de


concentrações acima de 75% suficiente concentração de alcali.O processo
consiste em aquecer o licor em temperaturas acima das normalmente
utilizadas na evaporação (170-190 C) para a despolimerização das
moléculas de alto peso molecular.
TRATAMENTO TERMICO DO LICOR

•CONSUMO DE ENERGIA
•COMPLEXIDADE

ALHSTROM
Grafico de viscosidade
para diversos licores
DENSIODADE E CONCENTRAÇÃO

Densidade do licor negro


•A densidade do licor varia em
função da concentração com
1,50
pouca influencia da 60 oC
temperatura 1,40

•Pode ocorrer uma alteração 120 oC


na densidade em função da 1,30

T/M3
recirculação de cinzas
1,20
•As cinzas podem ser
dissolvidas nos licores abaixo 1,10
de 75% ST
1,00
15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
S.T.%
MEDIÇÃO DA CONCENTRAÇÃO

•A utilização de refratômetros é
a forma mais aceita para a
medição correta da
concentração do licor Negro
ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO (EPE)

ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO

EPE =T2-T1 20,0


18,0
16,0
14,0

VAPOR T1 12,0
C 10,0
Evaporado 8,0
6,0
4,0
2,0

T2 Licor 0,0
10 20 30 40 50 60 70 80
% TOTAL DE SÓLIDOS DISSOLVIDOS

Sempre T2>=T1
CARACTERÍSTICA DOS LICORES DE EUCALIPTO (HARDWOOD) EM
RELAÇÃO A SOFTWOOD

• Maiores concentrações de Cl e K
• Menor teor de extrativos
• Maior teor de polissacarídeos,lignina (PM menor)
• Maior viscosidade
• Menor Poder calorífico
• Menor tendência a formação de espuma
• Maior geração de Metanol
EVAPORADOR CASCATA

GASES DA CALDEIRA

LICOR NEGRO
CICLONE COM VENTURI

GASES
SECOS E
QUENTES

LICOR
DILUIDO

GASES FRIOS
E ÚMIDOS
LICOR
CONCENTRAD
O
CALDEIRA COM CICLONE
EVAPORAÇÃO

Modulo III Princípios de funcionamento


Princípios de funcionamento

1 2 3 4
VAPOR VAPOR VAPOR

100 c 100 c 120 c 80


100

CONDENSADO CONDENSADO CONDENSADO

O ponto de ebulição aumenta ou diminui à medida que


aumenta ou diminui a pressão do sistema
120
X
120 100
X
100 80
VAPOR VIVO
VAPOR VAPOR VAPOR

80 AGUA
FRIA
100
X
100

PRODUTO AGUA
MORNA

CONDENSADO CONDENSADO

1 EFEITO 2 EFEITO

ALIMENTAÇÃO
CONDENSADOR
120 100 80
VAPOR VIVO
VAPOR VAPOR VAPOR

AGUA
100 FRIA
80

110 85
LICOR CONCENTRADO
AGUA
MORNA

CONDENSADO CONDENSADO

DT PARA ÁGUA = 120 - 100 = 20 C


DT PARA LICOR = 120 - 110 = 10 C

LICOR DILUIDO
O EVAPORADOR
O coeficiente de transmissão de calor

Q
U =
(A*∆T)
EVAPORADORES CASCO TUBO
Principais Tipos de evaporadores
Circulação Natural Circulação forçada
Fluxo Ascendente

CONDENSADO

ESPELHO INFERIOR
Influencia da temperatura de alimentação para o efeito RF
Vapor

ESPELHO SUPERIOR

T Superaquecimento do
licor

Fundo Topo
Evaporação De Fluxo Ascendente
C
O
N
D
E
1 2 3 4 5 N
S
A
D
O
R

VAPOR

LICOR
CONCENTRAD
O
LICOR
DILUIDO
ESPELHO SUPERIOR

CONDENSADO

Vapor

T
Licor

ESPELHO INFERIOR
Partes do Efeito
Vapor

ESPELHO SUPERIOR

T Superaquecimento do
licor

Fundo Topo
Distribuição do licor no espelho superior
Evaporação De Fluxo Descendente

AGUA
FRIA

CONDENSADOR

VAPOR

AGUA
MORNA
1 2 3 4 5 6
LICOR FRACO
LICOR
FORTE

CONCENTRAÇÃO
TRANSFORMAÇÕES EM EVAPORADORES

RF FF
Evaporador de Placas
Evaporador de Placas
Distribuição do licor no efeito
DEPÓSITOS
Evaporador de painéis tubulares (TUBEL)
Evaporação De Fluxo Descendente

• A principal caraterística dos evaporadores de F.D. é a capacidade de


operar com baixos Dt em função de operar sem coluna hidrostática

• já no aspecto de consumo de energia eletrica apresntam um


consumo maior em função da recirculação necessária para manter a
irrigação

• nos evaporadore tubulares é possivel operar com baixas taxas de


recirculação que diminui o consumo de energia

• Uma preocupação em evaporadores tubulares está na qualidade da


distribuição do licor no espelho superior que pode ser feita com bicos
ou bandejas simples duplas ou triplas.
•Em função do pequeno volumem de licor no efeito O controle
adequado do equilíbrio na alimentação de cada efeito é um
requisito necessário para evitar entupimento nos efeitos mais
concentrados

• variações na temperatura da alimentação dos efeitos durante as


inversões ou lavagens dos efeitos que operam com altas
concentrações podem provocar entupimentos

•Este tipo de instalação apresenta uma resposta muito rápida a


mudanças de capacidade ,a partidas e paradas por outro lado
esta pode ser uma preocupação a mais em instalações mistas
com evaporadores de fa e fd
Seqüência do licor nos efeitos
CONCENTRADORES /SUPER CONCENTRADORES
CONCENTRADORES

•Tipo especial de evaporadores que concentram o licor


acima do ponto de saturação dos sólidos presentes no licor

•Trabalham com licores de alta viscosidade

•Em geral requerem maior consumo de energia e grandes


área de troca térmica

•Trabalham com pressões e temperaturas mais elevadas.


CONCENTRADORES

• Concentradores de
contato direto

• Concentradores de
contato indireto
TECNOLOGIAS
•Primeiro ponto Crítico

•Segundo ponto crítico


SUPER SATURAÇÃO

SS= TDS-TSL
%S.T. TSL

temperatura
Tipos de Concentradores II

Cristalizadores de operação
continua

Concentradores com ciclos de


lavagem
Concentrador de Licor
Vertical
Evaporado
Concentrador de Licor
horizontal

Licor 68%

Alimentação
de licor
GERADOR DE VAPOR

Vapor média
pressão

Vapor
Baixa
pressão
SEQUENCIA
C B A
A
C
B
A
C
B
A
C
B

Conceito: campanha do concentrador


Evaporador por Recompreção

• DT/Área
•Segregação do condensado
•Condensador
•Turbina /Motor
•Balanço energético
•Baixa pressão
•Espuma
•Temperatura do Licor
Princípio de funcionamento dos evaporadores por
Recompressaõ

MVR
VCE
O Diagrama de Mollier para Vapor de Água
•Neste conceito os os vapores do licor são comprimidos em um
compressor ou turbo ventilador ,esta absorção de energia traduze-se
em aumento da temperatura do vapor que é então utilizado como
fonte quente para evaporar o licor
•o principio utilizado para este processo é chamado de compressão
isentrópica .
•A energia é fornecida por uma turbina que opera com vapor a alta
pressão ou um motor elétrico.
•A compressão do gás é em geral perto de o,3 Kg/cn2 o que limita a
diferença de temperatura sem considerar o EPE a valores próximos a
7C deste modo sua aplicação esta limitada em geral a licores com
concentrações abaixo de 25% ST
•Os baixos DT fazem sua aplicação apropriada para evaporadores de
fluxo descendente
•Normalmente os pre evaporadores por recompressão mecânica são
dimensionados para operar em pressões próxima à atmosférica pois a
construção mecânica fica simplificada.
OPERAÇÃO DO VCE/MVR
117 C
647,0
C

B
H-entalpy Kcal/Kg
104 C
640,8
C 100 C

639,1
A

1,7442 1,7568 1,7596


S-entropy Kcal/Kg
EVAPORAÇÃO

Modulo V Sistema de gases e condensado


0,23*
DRENAGEM DOS 63 C
CONDENSADOS
GNCC
* =Kg/cn2ABS
3,2* 1,2* 0,77* 0,56* 0,37*
134 C 103 C 93 C 84 C 73 C 0,23*

0,37*
3,2* 1,2*
1,2* 0,77*
0,37* 0,50*
0,56* 0,37* 0,50*

0,77* 0,56* 0,50*


Hm=(P1-P2) 10,33 1,0*

A B C
A recuperação do calor dos condensados dos efeitos

T1 T3
1) M1*c*(t1-t2)=Q T2

2) Q = m`*L m`

T1 T2
m1
m`= M1*c*(t1-t2)
L
Condensação dos gases
do último efeito
Segregação dos condensados

•Consiste na separação dos condenado em função de seu grau de


contaminação
exemplo: metanol ,TRS, DQO,dBO

•Tem como objetivo minimizar a quantidade de condensado a ser


tratado no Stripper permitindo uma diminuição no consumo de de
vapor

•Pode ser feito no efeito em aquecedores de licor externos e no


condensador
Segregação dos condensados
Segregação dos condensados

Evaporador de
painéis de tubos
TUBEL
Estimativa do Tempo de residência

Tempo de contato do licor com a superfície de troca térmica.

(1) Utilizada para sistemas a vacuo em fluxo ascendente.


(2) Espessura do filme ,Utilizada para evaporadores de fluxo
descendente tubulares
(3) fração do volumem líquido para evaporadores de fluxo
descendente tubulares
(4) fração do volumem líquido para evaporadores de fluxo
descendente de placas
(5) Tempo de residência
(1) Utilizada para sistemas a vacuo em fluxo
ascendente.
(2) Espessura do filme ,Utilizada para evaporadores
de fluxo descendente tubulares
(3) fração do volumem líquido para evaporadores de
fluxo descendente tubulares
(4) fração do volumem líquido para evaporadores de
fluxo descendente de placas
(5) Tempo de residência (t)
Os evaporadores de placa têm os menores tempo de
residência
(s)
REMOÇÃO DOS GASES
INCONDENSÁVEIS

VAPOR

GAS

Bomba de anel líquido


• A medida que os gases são resfriados aumenta a concentração de
gases incondensaveis .

• O sistema de condensação pode conter três condensadores em serie


,no primeiro condensador ou condensador principal são condensados
os vapores do ultimo efeito e o total dos gases coletados no restante
dos efeitos.neste .

• Os gases não condensados neste estagio são sucionados por um


ejetor e enviados a um condensador intermediário ou “inter cooler” de
menor capacidade..

• Um segundo ejetor e condensador ,”after cooler”pode ser usado para


resfriar os gases incondensadeis que serão enviados para o sistema
de incineração.

• Vazamentos de ar para o sistema de gases ou deficiências de


capacidade podem provocar perdas de capacidade consideráveis.
REMOÇÃO DOS GASES INCONDENSÁVEIS

• Estes gases devem ser retirados porque seu acumulo no interior do efeito
interrompe o contato entre o vapor e o tubo ou placas diminuindo a área
efetiva para a troca térmica.

• Deficiências na retirada dos gases podem provocar perdas consideráveis de


capacidade

• Excesso de retirada de gases provocam sobrecarga no condensador e perda


de energia

• Normalmente são colocados orifícios de restrição para permitir ajustes caso


necessário.

• A coleta dos gases dos efeitos com pressão positiva a rigor não é uma
exigência térmica e sim de meio ambiente em função do forte odor dos gases
principalmente em plantas operando com alta sulfidez.
• A retirada dos gases do condensador é feita geralmente com ejetores a vapor
ou bombas de vácuo de anel líquido a melhor opção depende das condições
de cada planta.
O Condensador

•Entrada dos vapores do


último efeito

•Entrada de água fria

• Saída de água morna

•Saída dos gases


incondensáveis
STRIPPER
SOG

Vapor

Licor negro

Licor negro

Condensado Tratado

Cond. contaminado
EVAPORAÇÃO

Modulo IV aquecedores de licor


Aquecedores de licor externos

• permitem aumentar a área de


troca térmica
• Podem diminuir a economia de
vapor
• representam um aumento no
investimento
• Permitem condensar os vapores
excedentes da evaporação
• alternativa para melhorar a
segregação dos condensados
Aquecedores de licor internos
INCRUSTAÇÕES

•Aumentam o consumo de
vapor
•Reduzem a capacidade
da evaporação
•Diminuem a estabilidade
operacional

CONTROL OF SOLUBLE SCALE IN BLACK LIQUOR EVAPORATORS AND CONCENTRATORS:PART 1. PILOT PLANT STUDIES
Daniel D. Euhus, Bing Shi, and Ronald W. RousseauGeorgia Institute of Technology
Wm. James Frederick, Jr.Chalmers University of Technology
Perfil de incrustações
Evaporador 6 efeitos contra corrente

1 2 3 4 5 6
Conc.in 41,4 30 23,2 19,1 16,1 14
Conc.Out 69,3 41,8 30 23,2 19,1 16,1
Evap. 26,6 26,6 26,6 26,6 26,6 26,6
Flow in 67,0 93,6 120,2 146,8 173,4 200
Perfil de incrustações (II)

Incrustações de Sódio Alumínio,sílica,(Cacio) Fibras,materiais


solúvel,Ca,Mg, estanhos
sabões,lignina,
AQ, sistema de condensados
Primeiro Ponto crítico

BURQUITA:Principal complexo formado na


concentração inicial de cristalização no licor negro
(aprox.49 a 55%)
Burquita= 2*Na2So4 *Na2CO3
Abaixo do primeiro ponto crítico todos os sais de sódio
etão dissolvidos.
•É Soluvel em água.
•Pouca dependencia com a temperatura.
•O Na2SO4 atua como semente
Pontos críticos
Primeiro ponto crítico para sais de sódio
65%
Na2CO3
= 1,0
Na2SO4
Critical Solids

60%

Total Na
17%
55%
19%
Na2CO3
= 4,0 21%
50%
Na2SO4

45%
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%

Na2SO4, wt% BLS


H2O

Na2CO3 Na2SO4
Diagrama de equilíbrio
Incrustações de Cálcio

Evaporadores :CaCO3
Concentradores : (Pirsonite) Na2CO3*CaCO3

A principal origem do Ca é a madeira.


Depende da temperatura.
Baixa solubilidade em água.
Presente em alta concentração nos sabões.
Outras incrustações

Alumino
Magnésio
Lignina
Licor
Sulfato
EVAPORAÇÃO

Modulo IV Critérios gerais de projeto


Critérios gerais de projeto

• Conceitos básicos de termodinâmica


• Cálculo da água evaporada
• Número de efeitos
• Coeficiente global de transmissão de calor
• Distribuição das temperaturas nos efeitos
Conceitos Básicos

• Calor latente (vaporização)


• Calor sensível (aquecimento)

A condensação ou liberação do calor latente é a forma


utilizada na industria para transferir o calor do vapor
• Calor latente :Quantidade de calor transferido durante a
condensação / vaporização (da água contida no licor) ,
medido em Kcal/Kgr.
– neste caso ocorre mudança de estado a temperatura constante
– Um Kgr de vapor de água condensando, cederá
aproximadamente 500 Kcal.

• Calor sensível: calor cedido durante a mudança de


temperatura (do licor) medido em Kcal/Kgr.
– Neste caso ocorre mudança de temperatura sem mudança de
estado.
– Na variação de temperatura da água em um grau ocorre a
transferência de 1 Kcal.
A diferença significativa ente a o calor entregue durante a
condensação ou calor latente e o calor entregue durante o
resfriamento calor sensível é o motivo do porque os processos de
troca térmica utilizam a condensação como forma de ceder calor.

Em projetos industriais o calor latente utilizado é o da água


encontrado em qualquer tabela de vapor

Para o caso de mudanças de temperatura do licor onde é utilizado


o calor sensível são utilizadas tabelas especificas que dependem
da concentração do licor .quanto mais concentrado o licor menor a
necessidade de calor para aumentar sua temperatura em outras
palavras menor o calor específica.Para licor negro o calor
especifico varia de 0,9 0,6 Kcal/Kg*C
Temperaturas em cada efeito

TV-TL
Temperatura do vapor
entrando no efeito (TV)

Temperatura do evaporado
do licor

Temperatura do licor no
efeito (TL) Temperatura do
licor entrando
Pressão do Vapor

•Um aumento de 1,0 Kg/cm2 V a p or d e á g u a s a t u r a d o


corresponde a um aumento na
temperatura do vapor Entre 11 a 165
9 C dependendo de pressão de
160
operação do sistema

T em p er a t u r a
155

•O aumento da pressão de vapor 150

pode ser limitado em função das 145


resistência mecânicas do
evaporador ou da tendência à 140
formação de incrustações.
135
2,5 2,9 3,3 3,7 4,1 4,5 4,9 5,3 5,7

P r essã o( K g / cm 2 )
Calor específico do licor

Exemplo.

•T3 é a temperatura do licor entrando


•a tempermutara de saída do licor T4 será T1,m1
T4=T2+EPE
T2,m2

•se T3 é menor que T4 o calor necessário para


aumentar a temperatura do licor de T3 a T4 será T3,m3

Ql=ml *c*(T4-T3) T4,m4

T5
•onde Ql é a quantidade de calor em Kcal ,ml a
massa de licor em Kg e c o calor específico do licor
em Kacl/kg*C
A partir de m1 e T1 podemos calcular o calor do vapor
disponível para a evaporação
Qv= m1*l
onde m1 é a massa de vapor em Kg e l o calor latente
naquela pressão em Kcal/Kg*c
O próximo passo é o cálculo da evaporação no efeito que T1,m1
será definido pelo calor disponível do vapor menos o calor
necessário para aquecer o licor na temperatura de T2,m2
evaporação do evaporado
Qefet= Qv-Ql T3,m3
este calor será responsável pela evaporação do licor porem T4,m4
numa pressão e temperatura menor que a do vapor
alimentado ao efeito ,sendo assim o calor latente será o T5
correspondente a estas condições s de pressão e
temperatura
Qefet=mevap.*L OU Qefet=mevap

L
• O licor saindo do efeito será dado pela diferença entra
a entrada e o evaporado
m4=m3 – mevap

• Normalmente parte do calor condensado do vapor é


recuperado aproveitando o calor residual dado pela
T1,m1
diferença de temperatura entre o vapor e o
evaporado.
mflash= m1*c*(T1-T2) onde mflash é o vapor T2,m2
fhasheado no tanque de condensado e c o calor
especifico da água igual a 1
T3,m3
• a quantidade de condensado saindo do efeito será
entãO igual a
T4,m4
mcond= m1- mflash.

• E a quantidade de evaporado disponivel para a


evapopração no efeito seguinte será igual a T5,m5
m2=mevap+mflash.
CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO FINAL
A partir da concentração do licor entrando é
possível definir a concentração do licor saindo,ou
checar o calculo da vazão de licor saindo caso a
concentração do licor saindo seja um dado T1,m1
conhecido . Este calculo pose ser feito a partir da
equação T2,m2
c3xm3=c4xm4
T3,m3
c3xm3=c4
T4,m4
m4
Este é o procedimento básico para o calculo T5
da condição de cada efeito.
Cálculo da água evaporada

M3*C3=M4*C4

T1,m1
Evaporação Ev = M3-M4
Ev = M3-M3xC3 T2,m2

C4
T3,m3

Ev = M3 X 1-C3 T4,m4

C4 T5
EXEMPLO

Evaporação de 6 efeitos

Alimentação da evap. 200 t/h de licor a 14% S.T. é necessário obter


um licor a 70 % ST .

A agua evaporada será dada pela formula 200*(1-14/70)=160 t/h

a evaporação em cada efeito pode ser estimada em um primeiro


momento como160/6=26,6 t/h e a vazão de licor na saida de cada
efeito pode ser calculada
no sexto efeito 200-26,6=173,4

no quinto efeito 173,4-26,6=146,8


no quarto efeito 146,8-26,6=120,2
no terceiro efeito 120,2-26,6=93,6
no segundo efeito 93,6-26,6=67
no primeiro efeito 67-26,6=40,4

as concentrações na saída dos efeitos são calculadas pela relação


m1c1=m2xc2 ou m1c1/m2=C2
Desta forma podemos calcular os valores para o restante dos efeitos e
determinar os EPE em função da concentração
Para o exemplo as concentrações de licor na saida de cada efeito
serão dadas da seguinte forma

no sexto efeito 200*14/173,4=16,14%


no quinto efeito 200*14/146,8=19,1%
no quarto efeito 200*14/120,2=23,3%
no terceiro efeito 200*14/93,6=30%
no segundo efeito 200*14/67=41,8%
no primeiro efeito 200*14/40,4=69,3%
A partir dos valores das concentrações em cada efeito é possível
determinar na tabela o valor dos EPE para cada concentração

ELEVAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO


no sexto efeito 1,1C
20,0
no quinto efeito 1,5C 18,0
16,0
no quarto efeito 2,1C 14,0
12,0
no terceiro efeito 3,4C C 10,0
8,0
no segundo efeito 6,3C 6,0
4,0

no primeiro efeito 14,8C 2,0


0,0
10 20 30 40 50 60 70 80
% TOTAL DE SÓLIDOS DISSOLVIDOS
Economia do evaporador

Economia = Kg de evaporado
Kg de vapor consumido
Economia do evaporador
Economia do evaporador
Economia do evaporador
Número de efeitos e Economia

N de efeitos Kg Evap consum o especifico de vapor

Kg.vapor
6

kgde água evaporada/kg de vapor


5
1 0,88
4
2 1,80
3 2,60 3
4 3,30
2
5 4,60
6 5,50 1

0
1 2 3 4 5 6
núm ero de efeitos
Número de efeitos

•Evaporações com menos efeitos apresentam um investimento


menor

•A economia da evaporação é proporcional ao número de efeitos

•menor número de efeito implica em um maior consumo de água


para o condensador

•Em um projeto o numero de efeitos depende do EPE do licor


concentrado,do balanço de vapor da planta ,da disponibilidade de
investimento e da pressão disponível de vapor

•Somente o aumento do número de efeitos não garante um


aumento de capacidade.
O Coeficiente de transmissão de calor U

Q
U= A T

• Para áreas menores são necessários diferenças de temperaturas maiores

• U depende das caraterísticas do licor como viscosidade e concentração

• Cada efeito tem um U que representa a eficiência da troca

• O U de projeto não é um valor calculado


Exemplo de U para uma evaporação de 6 efeitos

Distribuição dos U´s

• concentrador 1 500 Kcal/h*m2*C 1600


• Concentrador 2 980 Kcal/h*m2*C
• segundo efeito 1100 Kcal/h*m2*C 1200

• terceiro efeito 1200 Kcal/h*m2*C


• quarto efeito 1150 Kcal/h*m2*C 800

• quinto efeito 1120 Kcal/h*m2*C


• sexto efeito 1250 Kcal/h*m2*C 400

0
0 2 4 6 8
DISTRIBUIÇÃO DAS TEMPERATURAS NOS EFEITOS

A disponibilidade total de DT é dada por 4 fatores principais

•temperatura do vapor vivo

•temperatura do vapor no último efeito

•perdas de temperatura pelo EPE (BPR)

•perdas nos dutos de gases e separadores de gota

DT=Tvap-Tcond.- BPR(n)
DISTRIBUIÇÃO DAS TEMPERATURAS NOS
EFEITOS

• Um dos pontos mais importantes em um evaporador múltiplo efeito é a


distribuição das temperaturas em cada efeito .por sua vez esta é uma
informação fundamental para avaliar o desempenho de uma instalação.

• Os principais fatores que determinam a distribuição de temperatura em


cada efeito são

– temperatura do vapor vivo

– temperatura do vapor no último efeito


DISTRIBUIÇÃO DAS TEMPERATURAS NOS
EFEITOS (I)

– perdas de temperatura pelo EPE (BPR)

– perdas nos dutos de gases e separadores de gota

DTtotal=Tvap-Tcond.- EPE(n)- DP(dutos)

DP é geralmente considerado como constante para todos os efeitos e para


efeito práticos podem ser negligenciados
Exemplo

54
140

Exemplo
Numero de efeitos 6
temperatura no evaporado do último efeito 54 C
temperatura do vapor vivo 140 C
EPE em cada efeito é calculado a partir da evaporação
em cada efeito conforme já mostrado no
exemplo anterior 1,1+1,5+2,1+3,4+6,3+14,8=29,2
perda estimada nos dutos 5C

Então : DT médio = (140-54)-(29,2)- 5


DT Médio= 51,8/6= 8,6 C
Principais Fatores que afetam a capacidade da planta

Externos

• pressão do vapor
• Fibras
• A .A . Residual/viscosidade
• vapor /choques térmicos
• temperatura do licor
• Inorgânicos no licor
Principais Fatores que afetam a capacidade da planta

Internos

• conc. Final
• espuma
• controle do nível de licor nos
efeitos
• vazão mínima
• incrustações
• Vácuo
– remoção de GNC
Fibras
• As fibras tende a depositar-se na paredes de troca dos efeitos
mais diluidos,são faceis de retirar com agua porem são
responsaveis pela perda de capacidade
• valores 30-150 mg/l

A.A.Rsidual
é observado que um aumento no A .A .R. deminui a tendencia de
incrustações dos licores dentro de certos níveis
• Os efeitos com DT maiores indicam sub dimensionamento
,áreas insuficientes ou área de troca ineficiente ( incrustações).

• A distribuição dos Dt não será igual „para todos os efeitos .O


primeiro efeito que opera com U menor em função da alta
concentração tera um DT maior U=Q/a*Dt

• Industrialmente o limite mínimo de diferença de temperatura


entre o vapor e o licor a ser evaporado em um múltiplo efeito é
de 6 C
Vazão mínima de licor

• Os evaporadores de fluxo ascendentes são mais sensiveis a um fluxo


mínimo,eveporadores com circulação natural requerem uma operação
proxima da nominal para que a diferença de densidade permita a
circulação do licor nos tubos.

• Nos evaporadores de fluxo desendentes baixas capacidades podem


provocar superconcentração do licor e entupimentos em função do
reduzido volumem de licor nos efeitos

• em evaporadores mixtos de fluxo ascendente e desendente


principalmente os primeiros efeitos a difereça de coeficientes e
volumem nos efeitos podem provocar superconcentrações e
entupimentos nestes casos é necessário manter um fluxo mínimo.
Futuro

•Evaporação dos efluentes ?


•Integração com o digestor ?
•Redução das temperaturas ?
•Geração de condensados ?
COMBINAÇÃO DE EVAPORADORES
COMBINAÇÃO DE EVAPORADORES

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