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APRESENTAÇÃO
ELABORAÇÃO:
O estudo da Contatologia apresenta-se hoje
como um dos campos de maior
desenvolvimento na área da óptica oftálmica.
função óptica pode ser afetada. Esta As células epiteliais mudam à medida que
condição é conhecida como Véu de Sattler. envelhecem e a mudança é mais óbvia no
- ESTABILIZAÇÃO LACRIMAL seu progressivo aplanamento à medida
Há uma interação entre as lágrimas e que alcançam à superfície corneana .
a córnea. Esta relação é parcialmente a Temos que levar em conta a
causa do rompimento da lágrima. É certo que natureza dinâmica do epitélio quando se
a córnea não traumatizada parece manter tratam de entender certas características
intacto o filme corneano por um período de desta camada. Por exemplo, a constante
tempo mais longo que a córnea com defeito remoção de células epiteliais provavelmente
epitelial. explique melhor porque é rara a subida dos
Pode ser que o micro vilosidades ao axônios encontrados no epitélio.Aqui eles
longo da superfície corneana tenha um efeito preferem mover-se entre as células,
reconstrutivo sobre as lágrimas, promovendo enquanto nas células basais os axônios se
sua estabilidade.Esta possível função do movem estreitamente dentro da parede
micro vilosidades ainda deve ser celular.
estabelecida.
1.1.2- CÉLULAS BASAIS E MEMBRANA
- BARREIRA CONTRA OS FLUÍDOS BASAL
Muitas úlceras corneanas que A camada de células basais é
aparecem na superfície perda de células metabolicamente mais ativa. É somente
epiteliais superficiais permitindo a entrada de nela que se produz à síntese de novas
microorganismos na córnea. Sabe-se que células, o que não ocorre em nenhuma outra
uma córnea intacta é impenetrável a quase camada do epitélio. É lógico então pensar
todos os microorganismos. O rompimento da que estas células possuíram um aparato de
barreira a fluidos também abre a porta para a Golgi, mitocôndrias, vesículas e reservas
entrada ou saída de água do tecido. de glicogênio maior que as demais.
As células basais são células
B- MICRO E ULTRA-ESTRUTURA colunares altas, medindo aproximadamente
O epitélio corneano é formado por 18 micras de altura e 10 micras de largura.
cinco a seis camadas de células. Nele há Exceto pela sua parte interna plana, o
três tipos de células diferenciadas. Estas contorno das células basais mostra
células são denominadas basais, aladas e numerosas interdigitações superficiais, que
escamosas. As células basais são as mais unem células vizinhas. Seu núcleo é
internas e formam uma simples camada de esférico e um pouco deslocado
células colunares. Esta camada forma anteriormente.
aproximadamente de 25 a 35 por cento do As células basais formam numerosos
total da espessura corneana.A face interna contactos desmosomais com suas vizinhas
plana das células basais está unida à ao longo das paredes anterior e lateral. As
membrana basal. A relação anatômica entre células epiteliais estão unidas umas às
a membrana basal e o epitélio ajuda a que outras por suas interdigitações, pelos
em toda a largura da córnea o epitélio possa desmossomas e pelas zonulas ocludens .
realizar sua função protetora. Os desmossomas são pontos de
Externamente a membrana basal tem união entre as células, aonde as
de duas a três camadas de células aladas membranas celulares se tornam mais
.As células escamosas , também chamadas grossas e muitas fibrilas se unem. O grande
superficiais , formam de duas a três número de desmossomos, junto com o
camadas de células , aplanando-se à medida entrelaçamento apertado de conjuntos
que são mais superficiais . celulares, faz com que o epitélio seja
As células epiteliais normalmente resistente à desintegração.
começam sua vida ao longo da membrana As zônulas foram identificadas por
basal, em meio às células basais . Daí tem Liegel. São compostas da fusão de
de migrar até a superfície onde completarão proteínas externas da membrana das
seu ciclo de vida para terminar nas lágrimas células adjacentes. Esta fusão ocludens do
.Os três tipos de células epiteliais corneanas espaço intercelular, que tem normalmente
são realmente a mesma célula em de 10 a 20 mm e pode ser contínuo, ao redor
diferentes estágios de seu ciclo de vida . de toda a célula.
que o volume das células não varie muito Em uma investigação específica sobre o
de umas para outras. uso de LC em córneas com endotélio
Existe uma terceira alteração anormal (pacientes submetidos a
morfológica no endotélio corneano que ceratoplastia por ceratocone), não se
pode se produzir nos usuários de lentes de observaram diferenças de densidade celular
contato, mas este fato não foi seguramente entre 15 enxertos que usaram LC durante 10
comprovado. Consiste na disparidade entre anos e 19 enxertos com a mesma
a densidade de células do centro da antiguidade que não usaram lentes. Portanto
córnea e a da periferia. Dois estudos parece não haver provas de que o uso de
mostraram que, em usuários de lentes de LC durante período prolongado cause
contato, esta densidade é menores na zona perda de células endoteliais.
central que na periferia. Por fim, embora o uso de LC cause
Em outras duas pesquisas, estas polimegatismo e pleomorfismo no endotélio
diferenças entre portadores de lentes de corneano, não parece provocar diminuição
contato e controles não foram observadas. da densidade de células endoteliais.
Nenhum dos dois grupos mostrava
disparidade entre a densidade celular da B - ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DO
zona central e a da periferia.Talvez as ENDOTÉLIO CORNEANO COM O USO DE
alterações observadas nos dois primeiros LC
estudos afetassem pacientes que usavam A função mais importante do
lentes menos permeáveis ao oxigênio endotélio corneano é o controle da
durante mais horas que nos dois últimos. hidratação para manter normal a
Quando se suspende o uso de lentes de espessura da córnea. A maioria dos
contato trás a ceratetctomia fotorrefrativa, estudos sobre os portadores de LC mostra
desaparece a disparidade centro-periferia, que a espessura corneana ou não se
com aumento aparente da densidade de modifica ou o faz ligeiramente, em cerca de
células centrais e diminuição da densidade 23 %.
de células periféricas. Por conseguinte, é Desta forma, após suspender o uso
possível que este aumento relativo da da lente, a espessura diminui perto de uns
densidade das células centrais, de 2% ao longo de vários dias. Assim é provável
aproximadamente 7% , mascare uma que o edema induzido durante o uso da
verdadeira perda celular pela lesão do laser lente, mascare a diminuição, em longo prazo,
nos casos em que se aplica a energia do da espessura do estroma. Sem dúvida, tal
laser perto do endotélio, como ocorre na diminuição representa provavelmente uma
queratomileusi in situ assistida pelo laser alteração do estroma corneano e de sua
(LASIK). pressão de edematização induzidas pela
Partindo das alterações morfométricas acidose crônica e não um transtorno da
evidentes observadas nas células do função do endotélio.
endotélio corneano dos portadores de lentes Conforme foi descrito anteriormente,
de contato e que acabamos de descrever, o endotélio corneano controla a espessura
cabe esperar uma menor densidade celular corneana mediante um mecanismo de
na zona central. Estudos de excelente bombeio-barreira que mantêm tanto uma
qualidade não conseguiram determinar barreira frente à entrada de solutos e
claramente que os usuários veteranos de LC líquidos na córnea como uma bomba para
tenham uma densidade de células extraírem solutos e líquidos para fora
endoteliais menores que os controles de dela. Se aceita que a permeabilidade do
idades comparáveis e um estudo mostrou endotélio a fluoresceína é proporcional à
aumento da mesma. Assim, é possível que passagem desta ao interior da córnea e se
córneas que de algum modo são anormais, emprega como uma medida da função de
sendo assim mais sensíveis ao stress barreira. É normal nos portadores veteranos
endotelial causado pelo uso de LC, mostre de LC. A função de bombeio lacrimal não é
perda de células endoteliais centrais, o que afetada pelo uso de LC.
explicaria os informes isolados de casos de Também já foi observado que nestes
portadores de lentes com baixas densidades usuários veteranos a velocidade relativa da
de células endoteliais. bomba endotelial não difere da dos controles
de idade comparáveis.Este mesmo estuda
tão pouco revelou diferenças na taxa de lentes atuais que não tem PMMA na sua
desedematização depois de edema estroma composição e têm certa permeabilidade ao
induzido por hipóxia.Mediu-se também, em oxigênio. É possível que tão pouco os
outro estudo, a taxa de desedematização em pacientes com córneas que apresentem uma
portadores veteranos de LC e se observou anomalia prévia estejam em situação de
que estava diminuída. Nesta última risco, porém temos que observá-los mais
investigação não se mediu a permeabilidade estreitamente para verificar se ocorre perda
endotelial, e assim não foi possível estimar a de células endoteliais ou se a função
função de bombeio. endotelial fica afetada.
Em resumo, não há provas firmes
para demonstrar que o uso de LC afete a 1.1.7- LIMBO
função do endotélio corneano. O limbo é a zona de transição, de
aproximadamente um milímetro de largura,
C - CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DOS na qual a córnea se une com a conjuntiva e
EFEITOS DO USO DE LC SOBRE O com a esclera. Difere estruturalmente da
ENDOTÉLIO córnea e contem vasos e linfáticos, os quais
normalmente não são encontrados na
Embora lentes de contato sejam córnea.
usadas há muitos anos não tem havido O funcionamento fisiológico da
informações a respeito de alterações córnea depende do limbo, do qual a córnea
permanentes da densidade ou do recebe parte de seus nutrientes. A região
funcionamento das células endoteliais limbar é especialmente significante na
atribuídas com certeza a sua utilização. adaptação de lentes de contato, por sua
Holden e Sweeney observaram em três vizinhança com a córnea e porque algumas
antigos usuários de lentes de PMMA e em lentes de contato descansam diretamente
um antigo usuário de lentes gelatinosas uma sobre o limbo.
afecção caracterizada por moléstias O limbo difere em sua estrutura
oculares, diminuição da visão e fotofobia histológica da córnea porque possui
ao utilizar as lentes. Chamaram este quadro unicamente duas camadas, o estroma e o
clínico de “Síndrome do esgotamento epitélio. O epitélio do limbo é mais grosso
corneano” (corneal exhaustion syndrome). que o da córnea e contem cerca de 10
Os sintomas desapareceram ao interromper camadas de células que se projetam até
o uso das lentes ou quando se adaptam abaixo radialmente.
outras lentes com maior índice de
permeabilidade ao oxigênio.Por esta razão A-INERVAÇÃO
os autores atribuíram a síndrome à A córnea é inervada pelo quinto par
disfunção endotelial por hipóxia craniano, o nervo trigêmeo. Os nervos se
prolongada e acidose devida ao uso de dividem dicotomicamente; emergindo das
LC. zonas mais profundas da córnea, as fibrilas
Como este transtorno é pouco nervosas perfuram a membrana de Bowman
freqüente e não pode ser estudado de forma e formam um plexo exatamente abaixo do
controlada, existe uma possibilidade definida epitélio.
de que esses sintomas não sejam Em seu curso posterior, as
decorrentes da disfunção endotelial ou, se terminações livres dos nervos correm entre
forem, que os pacientes tenham alterações células epiteliais. A córnea é um dos
endoteliais não relacionadas com o uso de tecidos mais sensíveis do corpo e esta
LC, o que os torna mais propensos aos sensibilidade serve para sua proteção. É
efeitos de um uso que é tolerado pelas extremamente doloroso quando os terminais
córneas normais. nervosos estão expostos em úlceras ou
Não foi demonstrado de forma abrasões corneanas.
concludente que o uso de LC durante Existe também na córnea uma
longos períodos tenha efeitos nocivos inervação simpática. A função que
sobre o endotélio corneano de pacientes desempenha este tipo de inervação está
com córneas normais, pelo que se pode muito confusa e; é tema de polêmica;
assegurar que as lentes não lesionaram as ultimamente tem sido sugerido que está
células endoteliais, em especial com as implicada na regulação do transporte
L - TRANSPARÊNCIA DA CÓRNEA
A córnea normal é transparente e
qualquer alteração desta transparência
interfere seriamente na claridade da imagem
retiniana.
As peculiaridades anatômicas da
estrutura da córnea, como por exemplo, a
uniformidade e a regularidade no FIG.5- CORTE TRANSVERSAL DE FIBRILAS
ordenamento das células epiteliais, as ORDENADAS PARALELAMENTE.O TAMANHO
lamelas corneanas estreitamente unidas DE LONGITUDE DE ONDA ESTÁ
REPRESENTADO NA PARTE SUPERIOR PARA
entre si e de tamanho uniforme, que correm
ESTABELECER UMA COMPARAÇÃO. AS
paralelas e a ausência de vasos sanguíneos FORÇAS DE REPULSÃO E AS CONEXÕES
contribui para a eficiência do olho como RÍGIDAS ENTRE AS FIBRILAS ESTÃO
instrumento óptico. A transparência da REPRESENTADAS ESQUEMATICAMENTE.
córnea depende de sua constituição física e
dos mecanismos que previnem a ocorrência
do edema.
Maurice apresentou uma explicação
para a transparência da córnea baseada no
patenteado em 1963.O
LEONARDO da VINCI hidroxoetilmetacrilato (HEMA) foi um
material criado para ser usado em vasos
Leonardo da Vinci é considerado a artificiais e órgãos.
primeira pessoa que descreveu uma lente de
contato, em 1508. Ele desenhou uma cuba
cheia de água. O observador imergiria o
rosto e, olhando através da água, alteraria o
poder dióptrico do olho.Leonardo Da Vinci
realizou descrições teóricas das lentes de
contato. Embora não tenham se tornados
populares no seu tempo, nasceu o conceito
de que um objeto poderia estar em contato
com o olho e permitir a correção da visão.
Mas a primeira lente de contato
realizada para propósitos médicos só foi
adaptada por F. A Muller. Ele usou uma
lente escleral de vidro para proteger o olho Início do Hema. Wichterle usa um
de um paciente que tivera as pálpebras equipamento Prof. Wichterle
extirpadas. Improvisado para as pesquisas iniciais .
Adolf Fick, oftalmologista alemão,
utilizou coelhos em seus primeiros trabalhos, Foto do Inst. Química –
datados de 1888, adaptando conchas de Tchecoslováquia.
vidro soprado, que eram aparentemente bem
toleradas. Fick notou perda da transparência Wichterle reconheceu
corneana, injeção limbar e conjuntival e sua aplicação para
propôs a necessidade de desinfetar as lentes de contato e
lentes, estabelecendo também o conceito de desenvolveu um
adaptação de lentes de contato. método de
Fick solicitou ao professor Ernest manufaturamento para
Abbe conchas polidas de boa qualidade este novo material.
óptica com íris e pupilas pintadas, A tecnologia de
estabelecendo as bases das lentes de Wichterle foi adquirida
contato cosméticas e protéticas. pela Bausch & Lomb e em 1971 a versão
Após suas experiências testando as comercial de uma lente macia foi aprovada
conchas com animais e cadáveres realizou para uso nos EEUU.
testes com pacientes com córneas
irregulares devido a cicatrizes e para evitar a 3.2 - LENTES RÍGIDAS GÁS PERMEÁVEIS
enucleação em olhos não estéticos.
Em 1937 o plástico As pesquisas prosseguiram na busca
polimetilmetacrilato (PMMA) foi introduzido de um material que permitisse a passagem
como material de lentes de contato e de oxigênio para atender as necessidades
rapidamente substituiu o vidro. metabólicas da córnea.Isto permitiu o
Em 1948, Kevin Tuohy introduziu a surgimento do Acetil Butirato de Celulose
“microlente” de PMMA.A lente cobria (CAB), um dos primeiros materiais rígidos
unicamente a córnea e era muito menor que gás permeáveis O CAB começou a ser
a lente escleral usada até então. A lente utilizado nos Estados Unidos em 1978.
escleral cobria a parte frontal do olho Desde então foram desenvolvidos vários
inclusive a esclera. materiais de lentes rígidas gás permeáveis.
As lentes de contato rígidas se
tornaram muito popular a partir dos anos 50. 3.3- OUTRAS DESCOBERTAS
3.1- LENTES HIDROFÍLICAS - LENTES DE CONTATO DE USO
O primeiro material para lentes de CONVENCIONAL
contato hidrofílicas foi desenvolvido por Otto Desde o início até meados dos anos
Wichterle, um cientista tcheco, e foi 80 as lentes eram usadas pelo paciente
* Queratômetro
Máquinas surfaçadoras
Lâmpada de Burton
Filtros e feltro
Formação e experiência * Lâmpada de fenda (biomicroscópio)
Produtos para assepsia
O exercício dessas ocupações requer Abrasivos
curso técnico de nível médio, oferecido * Retinoscópio
por instituições de formação profissional.
* Lensômetro
O pleno desempenho das atividades
profissionais se dá após o período de três * Refrator
a quatro anos de experiência. * Oftalmoscópio (direto-indireto)
3223 : Ópticos optometristas Pupilômetro
* Topógrafo
Áreas de Atividades * Caixas de prova e armação para
auxílios ópticos
A REALIZAR EXAMES OPTOMÉTRICOS Calibradores
B ADAPTAR LENTES DE CONTATO Alicates, chaves de fenda
C CONFECCIONAR LENTES Máquinas para montagem
D MONTAR ÓCULOS Tabela de projetor de optótipos
E APLICAR PRÓTESES OCULARES Torno
PROMOVER EDUCAÇÃO EM SAÚDE Tonômetro
F
VISUAL
Corantes e fluoresceína
VENDER PRODUTOS E SERVIÇOS
G Solventes
ÓPTICOS E OPTOMÉTRICOS
H GERENCIAR ESTABELECIMENTO Polidores e lixas
I COMUNICAR-SE Foróptero
3223 : Ópticos optometristas Espessímetro
Moldes e modelos
Competências pessoais Títmus
Resinas
1 Zelar pela limpeza do local de trabalho
2 Demonstrar compreensão psicológica 5- ÉTICA DO CONTÁTOLOGO
3 Atualizar-se profissionalmente O contatólogo é um profissional da
área de saúde que requer a titulação de
4 Evidenciar coordenação motora fina
técnico ou universitário. Sua atividade
Calibrar equipamentos ópticos e profissional inclui utilizar toda a sua
5
optométricos capacidade profissional, com amor,
Empregar equipamentos ópticos e consideração, responsabilidade e boa fé,
6
optométricos tendo como meta à prevenção, promoção,
7 Revelar senso estético assistência, reabilitação e readaptação das
8 Prestar primeiros socorros oculares alterações oculares e visuais que competem
Usar equipamento de proteção individual ao seu exercício profissional.
9 O cliente deverá ser informado de
(EPI)
suas responsabilidades, dos riscos,
10Trabalhar com ética
incertezas e outras circunstâncias que
3223 : Ópticos optometristas podem comprometer o bom resultado do
trabalho.
Recursos de trabalho A atitude do contatólogo ante ao
cliente deverá ser sempre de apoio, evitará
LENTES GÁS
PERMEÁVEIS VANTAGENS DESVANTAGENS
T-BUTIL_ESTIRENO Maior permeabilidade que o CAB, o que Baixa umectação .
contribui para diminuir a aderência de depósitos Baixa permeabilidade .
a sua superfície Baixa durabilidade .
FLUOCARBONADOS (F)
VANTAGENS DESVANTAGENS
Tem grande permeabilidade, maior que 100. Pouca ou nenhuma resistência à flexão.
Má estabilidade dimensional.
Impossibilidade de modificações (retoques)
Custo elevado da matéria prima.
Basicamente existem seis materiais
para a elaboração de lentes de contato
rígidos:
paciente é considerado incapaz de produzir Olho Seco, para verificar o fluxo de lágrima.
reflexo lacrimal. Ex: Teste de Corante Jones.
Se mostrar mais de 10 mm de
umidade, o paciente demonstra reflexo B- BREAK UP TIME (TEMPO DE
adequado de lacrimejamento com um ROMPIMENTO DA PELÍCULA LACRIMAL)
estímulo adequado de irritação. A secreção BUT
básica descrita pode ser determinada Para realizar esta prova utilizamos
anestesiando o olho e secando o fórnice Fluoresceína . A Fluoresceína, conhecida
conjuntival inferior antes da inserção da tira como Uranin, foi usada pela primeira vez por
de Schirmer. Pfluger em 1882 e Starub em 1888 para
Ao fazer um diagnóstico de Olho detectar defeitos epiteliais (Person 1984).
Seco ou de aprovar o uso de LC é prudente Quando se instila fluoresceína, ela penetra
considerar os resultados da tira de Schirmer nas camadas profundas do Epitélio que
e outros parâmetros como, por exemplo tenham alguma abrasão ou defeito e também
:Exame Clínico e Histórico, Coloração Rosa no espaço sub-epitelial ou o Estroma
Bengala , medidas da Concentração de anterior.
Lactoferrina . Geralmente qualquer rompimento da
membrana celular resulta em difusão de
Avaliação dos resultados do teste fluoresceína dentro da célula.
Schirmer I Contrariamente a estudos anteriores,
Uma medida maior de 10 mm trabalhos recentes indicam que a
(comprimento da área úmida) em cada olho é Fluoresceína pode penetrar células intactas
considerada um padrão normal para (Wilson e al. 19950).
produção de lágrima. Acima de 40 anos Alguns materiais de lentes de contato
valores normais podem variar entre 10 e 15 possuem filtro UV, o que pode afetar os
mm. Se realizado cuidadosamente, o teste é padrões de fluorescência observados.
muito útil para revelar um decréscimo da O BUT é um exame para medir a
produção de lágrima que pode ser a causa estabilidade da película lacrimal, isto é, o
de muitas reclamações oculares, como, por tempo, em segundos até aparecer o primeiro
exemplo: secura, sensação de corpo rompimento (uma mancha escura) após um
estranho, ardor ou mesmo de grãos de piscar completo. A Fluoresceína é instilada e
areia nos olhos. se observa a película lacrimal com a lâmpada
O teste deve ser realizado quando de fenda.
existem as reclamações acima citadas e Utiliza-se o filtro Wratten No.47 ou
antes das cirurgias de transplante de córnea equivalente como filtro “excitador” sobre a
ou de catarata. O paciente que apresenta fonte luminosa e um filtro Wratten no ““.12 ou
lacrimejamento pode ter uma disfunção equivalente como barreira (amarelo) sobre o
lacrimal. sistema de observação .
Se a porção úmida da tira não puder Pede-se que o paciente dê uma
ser facilmente visualizada, segurar a tira piscada completa e pare. Neste momento
contra a luz. começa a ser medido o tempo até que
Usar a tira com a angulação da ponta distal apareça a primeira mancha escura indicando
correta para cada olho diminui o rompimento da película lacrimal.
significativamente a margem de erro. Os valores médios são de 10 a 40
segundos. É possível encontrar valores mais
Valores não considerados normais altos.Tempos abaixo de 10 segundos são
Pacientes com olho seco podem ter considerados anormais.
tanto valores baixos, isto é, menores que 5
mm / 5 minutos ou valores altos, o que BUT NÃO INVASIVO
mostra uma condição ”Pseudo-epífora”. Podemos utilizar a iluminação difusa
Epífora pode ser um sintoma de olho seco. da Lâmpada de Fenda ou o Tearscope, que
Ao umedecer a tira inteira, e, utiliza uma luz fria permitindo uma avaliação
sobretudo se esse valor for excessivamente mais real do BUTNI .O Tempo de
diferente da do olho conta-lateral, deverá se Afinamento da Lágrima (TAL) é medido
fazer outra investigação, outros testes para usando-se o Ceratômetro em lugar da
Lâmpada de fenda ou do Tearscope . Depois
Borde
Blending
(Unión de
Curvas
DZOA
Cara Anterior Cara Posterior
CAPITULO III
precisam ser mais espessas ao ser No teste, uma lente em posição alta
adaptadas sobre uma córnea astigmática suspensa pela pálpebra propicia a
para evitar a flexão . adaptação ideal .
- Permeabilidade : como alguns materiais
altamente permeáveis são mais flexíveis , 17.2- MOVIMENTO BASCULHANTE DA
pode ser preciso aumentar a espessura da LENTE
lente (se compararmos com materiais menos Permite a troca lacrimal com o
permeáveis). piscar, renova a fonte de oxigênio para a
manutenção do metabolismo normal e a
16.5- PERMEABILIDADE - MATERIAL DA integridade fisiológica da córnea.
LENTE
17.3- CONTROLE DE DESLOCAMENTO
As lentes de contato RGP de uso COM O PISCAR
diário precisam ter um DK moderado com É fundamental manter a integridade
uma espessura central média .Para anatômica da córnea. O deslocamento
pacientes com erros refrativos altos (mais de excessivo produz desepitelização corneana
+ / - 5.00 di) se escolhe um material de DK permanente, com o risco que isso acarreta.
mais alto, para poder aumentar a passagem É possível obter os três pontos
de oxigênio através da lente . Isso ajuda a anteriores quando observamos cuidadosa e
compensar o aumento da espessura da analiticamente os parâmetros de: Curva
lente. Base, Diâmetro, Espessura de borda, CPP,
Os materiais RGP de alto e médio DZOP, etc. O DESENHO de uma lente de
DK podem sofrer deformações pelo uso e contato deve ser específico.
manipulação pelo paciente .Isto pode ser
evitado se a lente tiver uma espessura ADAPTAÇÃO DE LENTES ESFÉRICAS
central maior , porém sempre considerando a O adaptador pode seguir as orientações
passagem de oxigênio para a córnea . fornecidas pelo fabricante, embora elas não
Sobre córneas tóricas a lente irá levem em conta todos os parâmetros.A lente
fletir mais durante o piscar , o que provocará de teste será um guia. A determinação final
uma ligeira deformação . Deveremos então será tomada com base no que for observado
aumentar a espessura central da lente para no Fluorograma.
compensar esta tendência. Para auxiliar a consideração destas
A qualidade da lágrima é muito variáveis:
importante para a escolha do material: o ADAPTAÇÃO EM CÓRNEAS PLANAS (<
ângulo da umectação do material determina 42.25)
como a lente se deixará umedecer pela Astigmatismo Corneano < 0 a 1.00 di :
lágrima. Curva base : Ajustar 0,25 sobre K (K + 0.25
Para pacientes com problemas de di)
lágrima como, por exemplo, excessos de Astigmatismo Corneano de 1.25 a 1.75 di :
lipídios, devem escolher um material com Curva Base: Ajustar 0.50 sobre K (K + 0.50)
ângulo de umectação baixo. Astigmatismo Corneano de 2.00 a 2.50 di :
Todas estas características : material Curva Base : Ajustar 0.50 ou 0.75 sobre K (K
ângulo de umectação , DK , dureza , índice +0.50 ou K + 0.75)
de refração , etc, são específicos de cada Astigmatismo Corneano > que 2.50 di:
fabricante. Considerar cálculo para CB Tórica .
ADAPTAÇÃO EM CÓRNEAS MÉDIAS
17- PRINCÍPIOS BÁSICOS DA (42.25 A 44.75 di)
Astigmatismo Corneano < 0 a 1.00 di Curva
ADAPTAÇÃO Base : Paralela a K
Astigmatismo Corneano de 1.25 a 1.75 di
17.1- LENTE EM POSIÇÃO ALTA, Curva Base : Ajustar 0.25 sobre K
SUSPENSA PELA PÁLPEBRA Astigmatismo Corneano de 2.00 a 2.50 di
(RETENÇÃO PELA PÁLPEBRA Curva Base : Ajustar 0.25 a 0.50 sobre K
SUPERIOR). Astigmatismo Corneano > que 2.50 di
Curva Base : Considerar cálculos para CB
alcançou na abertura do olho bem como for preciso podem ser estabelecidos graus
determinar a movimentação da lente para intermediários.
retornar a sua posição de repouso.
- DIREÇÃO
- TIPO A anotação final no Histórico, com
O tipo de movimento observado é relação ao movimento das lentes, é indicar a
usualmente um indicador da relação da direção na qual as lentes se movimentam
adaptação entre a superfície posterior da sobre a córnea.
lente e a córnea. O desejável é uma direção próxima à
A lente deverá apresentar um vertical a cada piscada.Indique se a lente gira
movimento suave na superfície corneana em torno do ápice, se é mais comum no lado
com e após cada piscada.Este movimento nasal que no temporal, se o movimento é
optimiza a comodidade e a estabilidade da maior em uma direção oblíqua ou diagonal .
visão. Um movimento suave é usualmente Indique os quadrantes de início e final:
associado a um padrão de adaptação superior, nasal inferior, temporal.
próximo do alinhamento (paralelismo). A forma mais simples de registrar o
Se a lente estiver adaptada com um quadro observado é desenhar um diagrama
toque corneano central, ela estará propensa no Histórico.
a girar em torno do ápice corneano de uma Uma lente que se movimenta
posição superior a uma inferior. suavemente numa distância de 1-2 mm na
Como o raio de curvatura central é mais direção vertical a uma velocidade média,
plano que o ápice corneano, o caminho de geralmente proporciona bom conforto e visão
resistência mínima para que a lente se mova estável. A boa movimentação também
está em torno do ápice . Isto pode ser tanto permite a remoção dos dejetos da lágrima.
no lado nasal como no temporal.
Se houver maior toricidade
corneana, a estabilidade da lente e sua
movimentação podem ser mais erráticas. A FIGURA: LENTE DE ADAPTAÇÃO IDEAL,
lente então deverá ser adaptada ligeiramente COM RETENÇÃO PELA PÁLPEBRA
ajustada para melhorar a estabilidade. O
movimento pode ser limitado a um pequeno
balanceio em torno do meridiano mais plano.
Um tipo de adaptação chamado
“Retenção da pálpebra superior” ocorre
quando a pálpebra superior retém a lente em
posição superior sobre a córnea entre as
piscadas. Com cada piscada a lente se
movimenta como se estivesse firmemente
retida pela pálpebra.Quando o olho está
SUPERIOR
totalmente aberto depois de cada piscada, a
lente mostra um pequeno movimento após o
piscar. B - AVALIAÇÃO ESTÁTICA
A interação piscar-lente pode ser, em A avaliação da Adaptação Estática
algumas adaptações, o suficiente para fazer de uma alente RGP facilita ao profissional
determinar a relação entre a superfície
com que a lente se movimente em duas
fases distintas. Isto pode se aplicar aos tipos posterior da lente e a superfície corneana
de movimentos suaves e rotação anterior.
apical.Em tais casos, o movimento da lente Esta avaliação é vital e deverá ser
pode ser registrado como, por exemplo, feita de uma forma altamente repetitiva para
suave / duas partes. permitir a comparação.
A adaptação estática deverá ser avaliada
- VELOCIDADE com o paciente em Posição Primária de
A velocidade com que uma lente se Mirada.
movimenta pode ser avaliada pelo A lente deverá estar centralizada na
profissional como lente, média ou rápida. Se córnea ou em sua posição natural de
repouso.
- CARACTERÍSTICAS IDEAIS DA
ADAPTAÇÃO ESTÁTICA
Em muitos casos, uma lente que
mostra um pequeno afastamento apical, com
zona média -periférica de contato leve,
amplitude e suficiente afastamento de borda
,proporcionará uma ótima adaptação de
RGP. FIGURA: FLUOROGRAMA DE LENTE
APLANADA
-CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DE UMA
Uma tendência para uma adaptação
LENTE AJUSTADA
frouxa será evidente em uma lente que tem
uma limitada zona central de toque.
Quando a RZOP está aumentada
(mais plana), o centro da superfície posterior
da lente descansa contra a córnea central,
relativamente mais curva.
Uma adaptação frouxa mostra um
acúmulo excessivo de fluoresceína nas
zonas médio-periférica e periférica.Tais
lentes, em muitos casos, mostraram
características pobres de adaptação
dinâmica devido à redução nas forças de
centralização que atuam na lente.
A tabela AVALIAÇÃO DA LENTE
FIGURA: FLUOROGRAMA DE LENTE DE CONTATO RÍGIDA poderá ajudar a
AJUSTADA avaliar melhor o Fluorograma e decidir os
O padrão de fluoresceína associado parâmetros finais da lente de contato.
a uma adaptação de lente RGP ajustada
geralmente mostra um acúmulo apical 21.2- REMOÇÃO DA LENTE
indicando uma claridade central excessiva. No momento da retirada, a LC
Como o RZOP está menor (mais curvo), o deverá estar centralizada. Existem muitas
grau de afastamento aumenta. Isto resulta técnicas para remover as lentes. A menos
também numa zona de contato mais traumatizante é mandar o paciente abrir bem
profunda na zona médio-periférica da córnea. os olhos, esticar o ângulo externo da
O excesso de pressão nesta região pode pálpebra e tentar piscar. A lente pode sair
resultar em deformação ou distorção da com uma piscada forte ou sendo empurrada
topografia corneana. a partir da borda da pálpebra superior com o
A aparência periférica mostra dedo médio.
ajustamento assim como uma borda
estreita.Este quadro pode ser descrito como
uma periferia “ajustada”.
- MATERIAL
A tabela a seguir é um guia de
adaptação na escolha do material.
MONÔMEROS
- ZONAS DE ESTABILIZAÇÃO
Estas zonas são colocadas sobre o
limbo inferior e são métodos efetivos para
minimizar a rotação da lente.
A pálpebra superior pressiona contra
essas zonas quando alcança sua posição
mais baixa durante o piscar.
- SUPERFÍCIE POSTERIOR TÓRICA
Ao fazer às superfícies posteriores
tóricas, a lente se alinhará por si mesma na
córnea tórica. Se isto for combinado com
Zonas de Estabilização, obtém-se um
desenho mais estável. esféricas para realizar a avaliação, para
- ROTAÇÃO aguardar que a lente se estabilize.
Ao adaptar uma lente de prova deve- A descrição convencional da rotação de uma
se esperar mais tempo que com lentes lente tórica é chamada nasal se a lente gira
24.2- INTERPRETAÇÂO
23.2- ADAPTAÇÃO DA LENTE DE PROVA
É realizado por reflexão, onde anéis
A lente é adaptada da maneira (cerca de 32) de luz são direcionados para a
convencional das lentes hidrofílicas.Como é córnea e através da reflexão dos mesmos
uma lente tórica, não teremos que calcular ontem uma leitura de até 8.000 pontos da
o equivalente esférico. Deveremos, no córnea. Os dados são codificados em cores e
entanto, calcular a Distância ao vértice para representados em uma imagem de vídeo.
cada meridiano. As cores quentes (vermelho, rosa,
A revisão será a mesma feita para laranja) representam os poderes mais altos,
lentes esféricas. Para observar as marcas e enquanto que as frias (verde, azul, violeta) os
ver a rotação podemos usar retro-iluminação, poderes mais baixos.
secção óptica ou paralelepípedo. A escala dividida em 11 cores é
Se as marcações da lente de prova chamada de ESCALA NORMALIZADA, a
giram com os ponteiros do relógio escala FIXA possui um programa que varia
(sentido horário) , devemos somar o entre 9 a 101 dioptrias, esta última é utilizada
valor do giro ao subjetivo (lembre que para comparação pré e pós-cirúrgico.
cada hora representa 30 graus, se gira A orientação vertical do meridiano
uma hora serão 10 graus). mais curvo nos mostra astigmatismo
Se as marcações da lente de prova corneano a favor da regra (WR), já o
girarem contra os ponteiros do relógio horizontal mais curvo astigmatismo corneano
(sentido anti-horário) , devemos subtrair contra a regra (AR).
este valor do subjetivo.
A lente definitiva girará da mesma 24.3- FORMA
forma que a lente de prova.
EXEMPLO: 1: Subjetivo: OD –1,00 –2,00 a - Em forma de 8,
o
20 . - Relógio de areia,
A lente de prova gira 10 graus a favor do - Borboleta,
relógio. - Oval,
Lente definitiva: OD –1,00 –2,00 a 30o. - Redonda,
(20 º + 10º. = 30 º) - Abacaxi.
EXEMPLO 2: Subjetivo: OD + 1.50 –2.50 a
24.4- LEITURA –
160 º
A lente de prova gira 10 º contra o relógio. - SRI (Índice de Regularidade da
o
Lente definitiva:OD +1.50 –2.50 a 150 . Superfície) – analise matemático
o o
(160 º - 10 . = 150 .) comparativo de cada um dos pontos que
se encontram na área pupilar e suas
diferenças (normal<0,5).
25.1.1- PAREDE