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Termometria e Psicrometria - UFRGS PDF
Termometria e Psicrometria - UFRGS PDF
Escola de Engenharia
Engenharia Mecânica
Energia & Fenômenos de Transporte
Termometria
e
Psicrometria
TERMOMETRIA
1. Fundamentos
O que é temperatura?
Quando dois objetos são colocados em contato térmico, aquele com maior energia será res-
friado enquanto o de menor energia será aquecido, até que atinjam o equilíbrio térmico, marcado
pela ausência de trocas entre eles. Nesse momento, pode-se dizer que a TEMPERATURA é uma
quantidade que é a mesma para ambos os corpos ou sistemas quando eles estão em equilíbrio térmi-
co.
O equilíbrio pode ser alcançado para mais de 2 corpos ou sistemas, e não depende do tipo de
objeto. A afirmação "se dois sistemas estão separadamente em equilíbrio térmico com um terceiro,
então eles devem estar também em equilíbrio entre si" constitui a Lei Zero da Termodinâmica. Em
outras palavras, se três ou mais sistemas em contato térmico estão em equilíbrio, então quaisquer
dois sistemas separados estarão em equilíbrio entre si, e um deles pode ser um instrumento calibra-
do para medir a temperatura (um termômetro!).
Com essa escala, Fahrenheit mediu a água em ebulição como sendo 212 ºF e depois ajustou o ponto
de congelamento da água como 32 ºF, a fim de obter uma divisão em 180 unidades.
Em 1745, Carolus Linnaeus of Upsula, da Suécia, descreveu uma escala onde o ponto de fu-
são da água era o zero e o de ebulição era o 100, constituindo a escala centígrada. Anders Celsius
(1701-1744) usou a mesma escala ao contrário, onde 100 representava o ponto de fusão da água e 0
era seu ponto de ebulição.
Em 1948 a escala centígrada foi abandonada em favor da escala Celsius (ºC), definida por:
1- O ponto triplo da água, de 0,01 ºC
2- O grau Celsius equivale ao grau da escala de gás ideal.
Em resumo, as escalas Celsius e Fahrenheit são baseadas nos pontos de fusão e ebulição da
água (Erro! Fonte de referência não encontrada.), a pressão atmosférica, e relacionadas por
5
t (º C ) = [t (º F ) − 32] e t (º F ) = 32 + 9 t (º C ) (1)
9 5
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Em 1780, o físico francês Charles mostrou que para todos os gases apresentam aumentos de
volume iguais ao mesmo aumento de temperatura.
Já em 1887, Chappuis estudou termômetros de hidrogênio, nitrogênio e gás carbônico, o que
resultou na adoção de uma escala entre os pontos fixos de fusão (0° C) e ebulição (100° C) da água,
chamada de escala prática para metrologia internacional pelo Comité International des Poids et
Mesures (www.bipm.org).
Outros experimentos mostraram que não há diferença significativa quando se emprega dife-
rentes gases, e que o coeficiente de expansão é praticamente o mesmo, sendo possível estabelecer
uma escala de temperatura baseada num único ponto fixo, e também o uso de um termômetro cujo
meio termométrico é um gás. Assim, é possível se estabelecer uma escala independente do gás, a
baixa pressão, que se comporta como um gás ideal, obedecendo à relação
pV
= cte (2)
T
1
K= (3)
273,16
t (º C ) = T ( K ) − 273,15 (4)
dada em graus. A diferença de temperatura pode ser dada por ambas as escalas.
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Ainda é possível se trabalhar em três faixas de temperatura a partir dos valores da tabela:
1- de 0,65 K até 5,0 K: T90 é definida em termos das relações entre 3He ou 4He
2- de 3,0 K até 24,5561 K: um termômetro a gás de volume constante é empregado com 3He ou 4He
3- de 13,8033 K (ponto tríplice do hidrogênio) até 1234,93 K (fusão da prata): emprega-se um ter-
mômetro de resistência de platina, calibrado em pontos fixos determinados e empregando procedi-
mentos de interpolação.
Calor e temperatura
Até antes do século 19, acreditava-se que o sentido de "quente" ou "frio" de um objeto era
determinado pela sua quantidade de "calor". O calor era visto como um líquido sem massa, que
escoava do corpo quente para o corpo frio, chamado de "calórico". Deve-se à Joseph Black (1728-
1799) a distinção entre o calor (calórico) e a temperatura, mas foi Joule que em 1847 mostrou que o
calor é uma forma de energia, e que essa deve ser conservada quando em um sistema que sofre
transformações. Este enunciado é a 1ª lei da Termodinâmica, que trata da conservação da energia.
A 1ª lei aplicada a uma máquina trabalhando em ciclo diz que o somatório de calor é igual
ao somatório de trabalho em um ciclo.
∫ δ Q = ∫ δW (5)
Essa lei mostra a impossibilidade de se obter uma máquina com movimento perpétuo por meio de
transformações mecânicas, térmicas, químicas ou outras (moto perpétuo de 1ª espécie). Ainda, o
moto perpétuo somente poderia ser alcançado em sistemas sem atrito e sem obtenção de trabalho
líquido outras (moto perpétuo de 3ª espécie).
Observando o funcionamento de máquinas operando em ciclos, surge a necessidade de saber
se é possível converter 100% da energia em trabalho. A resposta é dada pela 2ª lei da Termodinâ-
mica. A propriedade termodinâmica entropia é útil no entendimento dos processos irreversíveis, e a
2ª lei mostra que (VAN WYLEN et al., 1995):
- "É impossível construir um dispositivo que opere num ciclo termodinâmico e que não produza
outros efeitos além do levantamento de um peso e a troca de calor com um único reservatório tér-
mico". O enunciado de Kelvin-Planck mostra que são necessário dois reservatórios térmicos, um
quente ou superior e um frio ou inferior.
- " É impossível construir um dispositivo que opere, segundo um ciclo, e que não produza outros
efeitos, além da transferência de calor de um corpo frio para um corpo quente". Pelo enunciado de
Clausius o calor somente pode passar de uma fonte fria para uma fonte quente com a adição de tra-
balho ao sistema.
Em suma, nenhuma máquina cíclica pode converter integralmente energia térmica em outras
formas de energia, nem converter integralmente energia térmica em trabalho. Mesmo não sendo
possível converter todo calor em trabalho, é possível converter todo trabalho em calor!
Os estudos teóricos de Sadi Carnot (1796-1832) em eficiência máquinas térmicas lançaram
as bases da Termodinâmica e determinaram nas melhorias práticas de máquinas térmicas. Ele mos-
trou que a eficiência dessas máquinas é dada por
TL
η =1 − (6)
TH
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Princípios
Segundo os princípios de medição de temperatura, identificam-se quatro tipos de sensores de
temperatura (PARR, 1985):
1- expansão de uma substância com a temperatura, que provoca uma mudança no comprimento,
volume ou pressão.
2- mudança na resistência elétrica
3- mudança no potencial de metais diferentes
4- mudança na potência radiante
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P
T = Tref (8)
P
ref volconst
L1 = Lo (1 + γ (T1 − To )) (9)
para γ sendo o coeficiente de expansão linear. Alguns formatos usuais estão na figura que segue.
V1 = Vo (1 + α (T1 − To )) (10)
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Trata-se de um instrumento básico para medição de temperatura, que pode empregar líquidos
como o mercúrio, álcool, tolueno, etc., como fluido de trabalho. A sua exatidão fica na faixa de 0,5
a 3 % do valor lido, em instrumentos comuns, e pode chegar a faixa de 0,1 a 0,5 % em instrumentos
padrão. Quando não há um laudo de calibração disponível, costuma-se associar a menor divisão
como sendo 1 ou 2 desvios padrão de leitura. Quando se usa 1 ou
2 σ?
Segundo Holand (1998), os termômetros de líquido em vi-
dro podem ser classificados quanto à escala:
• Escala Interna - Existe graduação da escala fixa na parte
interna da haste;
• Escala Externa - Graduação da escala está gravada sobre a
superfície da haste;
• Escala em graus Celsius ou em Fahrenheit.
Termômetro de Imersão Total, recomendado como padrão pois não necessita de correções de colu-
na emersa quando utilizado adequadamente. A leitura é executada imergindo-se o equipamento até
a linha da temperatura que se deseja medir. São identificados por :
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• Não colocar o equipamento sob superfícies metálicas ou pedra ou qualquer outro material
que porventura venha a causar choque término após a retirada do banho, sob o risco de que-
bra e inutilização do termômetro;
• Em caso de quebra o mercúrio deve ser recolhido em um recipiente de vidro com tampa
plástica e remetido ao fabricante do termômetro, nunca jogue mercúrio fora, é altamente
tóxico e poluente.
• Nunca se deve aquecer o termômetro em chama viva.
Bimetálicos
Seu princípio de funcionamento é baseado na diferença de dilatação de dois metais diferen-
tes, como mostra a figura. O elemento sensor pode ser usado tanto na construção de termômetros
como de termostatos, onde a função desejada é o acionamento ou sinalização de uma temperatura
fixada. A dilatação do elemento sensor resulta em um raio de curvatura r, resultante da expansão
desigual de dois metais A e B soldados, como mostra a Figura 5- Detalhes de termômetros bimetá-
licos (SILVA, 2002, e HOLMAN, 1994)
Alguns dos materiais mais empregados na construção dos termômetros bimetálicos são o In-
var, Monel, Inconel, inox 316. São instrumentos baratos e de baixa manutenção.
2.2 Resistências
O emprego de elementos sensores onde se observa a variação da resistência elétrica em fun-
ção da variação da temperatura do meio onde o sensor está localizado é muito amplo. Ele oferece
vantagens por ser uma medida de fácil obtenção, amplificável e de boa qualidade.
É importante salientar que esse mesmo material utilizado com sucesso como sensor de tempe-
ratura produziria um componente elétrico ou eletrônico não adequado, pois sua variação de resis-
tência com a temperatura constitui em um efeito indesejado para os circuitos ou equipamentos onde
ele estaria instalado. Neles, o importante é manter o valor da resistência inalterada com a variação
da temperatura, efeito que é, por outro lado, valorizado quando se trata de construir um sensor de
temperatura
Os sensores de temperatura formam uma parte do conjunto de medição. Ao contrário de um
termômetro de líquido em vidro, onde todas as funções do instrumento estão acomodadas no mes-
mo local, o sensor eletrônico deve ser integrado a uma série de equipamentos que comporão o que
constuma-se chamar de termômetro. Essa última denominação, de termômetro, não está errada,
porém perde um pouco de força quando se trata de instrumentação eletrônica ou digital.
Os diversos tipos de sensores serão apresentados a seguir
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Sua leitura é feita a partir de uma curva de calibração, onde o valor lido em resistência elétri-
ca corresponderá a um valor em temperatura. Isso equivale a trabalhar com uma curva do tipo
çã =
(). Daí vem a necessidade de obter-se uma curva de calibração, onde a variação da
grandeza independente temperatura de um meio de calibração Tcalibração corresponderá a uma varia-
ção da grandeza dependente do sensor, no caso a resistência elétrica R, de tal forma que
=
(çã ).
2 - Colocação de um elemento sensor que apresenta variação de sua resistência elétrica com a tem-
peratura do meio de calibração Tcalibração, ou seja R=f(Tcalibração)
3- O processo de calibração pode ser executado com o auxílio de pontos físicos (ver Tabela 2) ou
pelo procedimento de comparação, onde um sensor de referência é usado como padrão.
5- Identifica-se uma equação de ajuste desses dados levantados no processo de calibração, a partir
da proposta de uma curva de ajuste e da identificação seus coeficientes. Apenas como exemplo, a
próxima equação propõe a correspondência dos dados de resistência R por meio de uma relação
polinomial.
[
R = Ro 1 + α (Tcalibração − To ) + β (Tcalibração − To ) + ...
2
] (11)
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[
Como um caso particular, a relação R = Ro 1 + α (Tcalibração − To ) + β (Tcalibração − To ) + ...
2
]
(11) somente pode ser usada para intervalos de temperatu-
ra onde se garanta a linearidade do comportamento do sensor. Seu comportamento é indicado pelo
R − R0
coeficiente de temperatura linear de resistência α (Equação α =
R0 (T − T0 )
(12) e Tabela 3)Erro! Fonte de refe-
rência não encontrada.)
R − R0
α= (12)
R0 (T − T0 )
Tabela 3- Coeficientes de temperatura α dos principais materiais para sensores RTD (Parr, 1985)
Material α (1/ºC)
Níquel 0,0067
Tugstênio 0,0048
Cobre 0,0043
Platina 0,00392
Mercúrio 0,00099
Os valores de referência Ro e To são empregados para dar a denominação dos sensores, co-
mo por exemplo o PT100, que é um sensor de platina e que apresenta resistência Ro = 100 Ω @ To
= 0 ºC. Define-se como intervalo fundamental aquele compreendido entre 0 ºC e 100 ºC, que serve
de comparação para os diversos tipos de sensores.
A lógica do emprego do sensor já calibrado é inversa. Deseja-se saber a çã =
(),
empregando-se a equação de calibração já levantada. Este procedimento está de acordo com a Lei
Zero da Termodinâmica.
2.2.1.1 Sensibilidade
Os RTDs podem ser feitos com diversos materiais, e a figura que segue mostra o comporta-
mento de alguns dos tipos mais freqüentemente usados.
dR d (Ro (1 + α (T − To )))
S= = = αR0 (13)
dT dT
(12).
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R1 R1
RTD RTD
G G
R2 Rv R2 Rv
A montagem a 3 fios implica na conexão ou soldagem de outro fio ao sensor RTD. Quando
isso não for possível, pode-se contornar a situação usando uma ligação a dois fios, porém com a
duplicação de um par de fios saindo do elemento Rv.
Finalmente, a montagem mais sofisticada é aquela a "quatro fios", onde o quarto fio é em-
pregado para testar a igualdade da resistência dos fios
R1
R1
RTD
RTD
G
G
R2 Rv
R2 Rv
2.2.2 Termistores
Os RTDs empregam um aumento linear e crescente da resistência em relação a temperatura,
embora esse aumento seja pequeno. Os termistores, por sua vez, apresentam um comportamento
bastante não-linear, com uma diminuição da resistência com o aumento da temperatura, mas forne-
cem um sinal maior que os RTDs. O material empregado é um semicondutor, que no intervalo fun-
damental pode apresentar valores de 10 k-ohm a 0 ºC até 200 ohm a 100 ºC, como mostra a figura.
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2.3 Termopares
São dispositivos eletrônicos muito usados
para medição de temperatura de meios a partir da medição de uma diferença de tensão gerada pela
imposição de uma diferença de temperatura entre os extremos (juntas) de pares de fios com compo-
sições específicas (termopares). Os termopares são muito empregados pela sua versatilidade, já que
a mesma instrumentação pode ler valores faixas bastante amplas de temperaturas, apenas com a
troca do elemento sensor, que não é particularmente caro. Ainda é possível realizar medidas onde a
junta de medição está muito distante daquela de leitura, conectada ao aparelho multiteste ou mi-
crovoltímetro, com erros de leitura muito baixos e controlados. A junta sensora pode ser trabalhada
de forma a ser acomodada em locais muito pequenos, onde outros sensores não seriam adaptados, já
que podem dispensar encapsulamento em condições não agressivas. Como desvantagem, os termo-
pares apresentam comportamento altamente não-linear e a resolução e incerteza da medida são mui-
to ligadas à qualidade do equipamento de medição, e conseqüentemente, ao seu custo.
O princípio de funcionamento dos termopares pode ser visto na figura que segue, que mostra
dois metais distintos unidos em suas extremidades, ou juntas, sendo que uma está a temperatura T1 e
a outra a temperatura T2.
T1 T2
Nessa situação aparecerá uma força eletromotriz fem que é função da temperatura das juntas, cha-
madas de junta quente e junta fria, e o fenômeno é conhecido como efeito Seebeck.
Adicionalmente, se o mesmo circuito agora for alimentado por uma fem externa, observa-se o
estabelecimento de uma diferença de temperatura nas juntas, chamado efeito Peltier
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T2 T1
T1 T3 T2
T3 C
T1
Figura 12- Montagens com metais intermediários, onde o material C pode ser um instrumento de medição ou um
cabo de compensação.
T1 T2
fem=EAC
A
C
= T1
fem=EAB=EAC+EC B
T2
B
Figura 13- Fem para metais A e B,
T1 T2 relativos ao material de referência C
fem=EC B
Lei das temperaturas intermediárias ou sucessivas - Se dois materiais distintos produzem uma fem
E1 quando suas junções estão a T1 e T2, e uma fem E2 quando suas junções estão a T2 e T3, a fem E
gerada quando suas junções estão a T1 e T3 será E1 + E2 (BENEDICT, 1984). A Figura 14– (a) Fem
para temperaturas intermediárias ou sucessivas e (b) compensação da junta fria(a) representa essa
lei, onde os mesmos materiais são empregados nas sucessivas regiões intermediárias, e a (b) mostra
a correção da junta fria, seguindo esse mesmo princípio.
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A A
T1 T2 T3
fem=E1 fem=E2
B B
A
=
T1 T3
fem=E3 = E 1 + E2
(a) (b)
Figura 14– (a) Fem para temperaturas intermediárias ou sucessivas e (b) compensação da junta fria
Figura 15- Fem x temperatura de diversos termopares, com junta fria a 0ºC
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A leitura é feita localizando no interior da tabela o valor da fem, de onde se extraem as coordenadas,
que indicam a variação da temperatura. Esta diferença corresponde a seguinte expressão:
A temperatura da junta quente Tquente é obtida a partir do valor da variação da temperatura ∆Te
do conhecimento da temperatura da junta fria Tfria. A junta fria pode ter sua temperatura lida com o
auxílio de um sensor auxiliar, de boa qualidade, ou estabelecida em um banho estável de alguma
substância. O mais comum é empregar-se água destilada em um banho de fusão, onde as fases lí-
quida e sólida em equilíbrio, garantem a temperatura estável de 0ºC. Essas opções determinarão a
forma da leitura da fem, apresentada no item seqüente.
Muitos instrumentos digitais de leitura já possuem as tabelas embutidas em seus memórias, e
basta selecionar o tipo do termopar em uso para obter a temperatura da junta quente, sem que seja
necessário construir uma junta fria para esse fim. Nesse caso, o instrumento lê a fem produzida cal-
cula a temperatura de junta quente pela leitura da temperatura que reina no ambiente dos bornes de
conexão dos termopares no aparelho, que passa a ser a junta fria.
A correspondência da fem E pela diferença de temperatura imposta às suas juntas resulta em
correlações não-lineares, onde não raro pode se chegar a polinômios de ordem superior a 7. Se re-
presentarmos a fem E pela correlação
E = aT + bT 2 + cT 3 + ... (16)
dE
S= = a + bT + cT 2 (17)
dT
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A B
Figura 17- Montagem com junta fria física, em um banho
em equilíbrio térmico
T1
banho multímetro
B
A
A montagem da Figura 17- Montagem com junta fria física, em um banho em equilíbrio térmico é a
mais clássica delas. Identificam-se claramente as juntas quente e fria em T1 e no banho. O multíme-
tro pode ser instalado interrompendo qualquer uma das pernas do fio de termopar graças a lei dos
metais intermediários, garantindo sempre que não haja diferença de temperatura entre seus bornes.
O valor da temperatura de junta quente é calculado a partir da leitura da fem e do conhecimento da
temperatura do banho.
Na montagem da Figura 18, o equipamento de medição recebe um tipo de fio em cada um de seus
bornes, e a junta fria está instalada em seu interior, próximo dos bornes. É fundamental que a quali-
dade e exatidão da medida da temperatura dessa junta seja alta para não introduzir erros importantes
no resultado da medida. Nesses casos, pode-se optar pela leitura da fem (em mV ou µV) ou em uni-
dades de temperatura, calculada pelo próprio instrumento.
Deve-se tomar o cuidado de respeitar a temperatura limite de uso do elemento sensor, verifi-
car se está adequado ao meio ao qual estará exposto, fazer uma correta seleção dos materiais de
tubos e poços de proteção (metálicas ou cerâmicas).
Tabela 5- Incerteza de medição para termopares comerciais do tipo padrão ou standard (ITS-90)
Tipo faixa (ºC) incerteza
K 0 a 277 2,2 ºC
277 a 1260 0,75 %
ReS -18 a 540 1,4 ºC
540 a 1540 0,25%
J -101 a -59 2%
-59 a 93 0,8 ºC
T -101 a -59 2%
-59 a 93 0,8 ºC
93 a 371 0,75%
A ligação de fios de compensação deve respeitar a lei dos metais intermediários, que também
permite o uso de um fio comum (de cobre no caso) para prolongar as ligações entre os termopares
e a unidade de medição, como mostra a próxima figura.
A cobre
Figura 19- Ligação com fios de cobre entre uma junta inter-
mediária e o equipamento de medição.
T1
multímetro
B cobre
As próximas figuras mostram possíveis erros de montagem com cabos intermediários a uma ligação
com um termopar e seu equipamento de medição. Em todos os casos, a temperatura do ambiente
interno de um forno é de 538 ºC e emprega-se um termopar tipo K para sua medição. Em função da
distância ao equipamento de medição, usa-se um cabeçote que está em um ambiente a temperatura
estável de 38ºC e funciona como junta intermediária, onde a lei dos metais intermediários é respei-
tada. Do cabeçote ao equipamento de medição, empregam-se diferentes opções de ligação, como
mostrado nos esquemas a seguir.
Outro erro comum vem da inversão da ligação dos cabos de compensação, como segue
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Série ou termopilha- É um tipo de arranjo que permite o aumento do valor da fem, desde que as
juntas permaneçam com sua temperatura uniforme.
Paralelo- O objetivo desse arranjo é de obter uma média de diferentes juntas, instaladas em paralelo
com a junta fria
T1
T2
T1 multímetro
T2
multímetro T3
T4
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Psicrometria
A origem da palavra psicrometria que vem do “grego”, psicro = água fria e metria= medida, e
estuda as propriedades termodinâmicas do ar úmido e seu uso na análise das condições e processos
que envolvem o ar úmido [ASHRAE, 1997].
Para realizar as medições psicrométricas é necessário conhecer os termos mais relevantes, de-
finidos a seguir:
Ar seco e úmido
O ar seco é composto por uma mistura de nitrogênio, oxigênio e outros gases em menor con-
centração. Essa mistura se mantém homogênea na fase gasosa para uma grande faixa de temperatu-
ras e pressões, para as quais há habitabilidade no planeta. O ar úmido é aquele que além da mistura
anterior apresenta vapor d'água, que facilmente pode saturar dentro da faixa de temperaturas ambi-
ente, e consequentemente condensar.
O ar seco pode ser modelado como um gás ideal para a faixa de temperatura entre -10oC a 50
o
C, obedecendo a relação = . Seu calor específico é tomado como constante, permitindo
expressar a entalpia específica (kJ/kg) da mistura ℎ , como
%&
= = . ""# $ ) (℃) 18
%' ℃
com um erro inferior a 0.2% nessa faixa (Çengel and Boles, 2006)
Ainda com certa perda de exatidão, o vapor d`água também pode ser tratado como um gás
ideal, bem como a mistura do ar úmido, ou ar atmosférico.
A pressão P (Pa) exercida pelo ar atmosférico é dada pela lei de Dalton,
* = * + *, 19
onde e - são as pressões parciais do ar seco e do vapor d`água, ou pressão de vapor, respecti-
vamente. Como a entalpia de gases ideais h=h(T), essa propriedade se mantém constante ao longo
de uma transformação isotérmica. Da mesma maneira como foi expressa a entalpia específica para o
ar seco has, a entalpia hv para o vapor d`água é dada por
%&
, = = .#"", / + , 0. $ ) 20
%'
12000
Psat[1] [Pa]
10000
8000
6000
4000
2000
0
-10 0 10 20 30 40 50
T[1] [*C]
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Umidade específica w
Também chamada de razão de umidade, é dada pela razão dimensional entre as massas de
vapor mv e ar seco mas, como segue
2, %',
1= 3 4 (21)
2 %'
Como a mistura pode ser tratada como um gás ideal, chega-se a nova expressão de w como
2, *, ,/6, *, ",7..*,
1= = = ", 7.. ou ainda 1= (22)
2 * ,/6 * *8*,
Umidade Relativa UR
A Umidade Relativa UR é definida como a razão entre a pressão parcial do vapor d`água Pv e
sua pressão de saturação Pvs sobre uma superfície com água líquida, calculada para a mesma tem-
peratura T do gás, e dada por
*, () p
96 =
*, ()
ou ainda UR =100 w (23)
p ws
Ponto de orvalho
É a temperatura na qual o vapor d'água satura e condensa. Logo, a 100 % de UR a temperatu-
ra do ar iguala-se à temperatura de orvalho. Quanto mais longe a temperatura de orvalho está da
temperatura ambiente menor é o risco de condensação e mais seco será o ar.
Umidade absoluta
Confundida com o conteúdo de umidade, é a razão entre a massa de vapor d'água pelo volume
unitário de mistura de ar, dado em gramas de vapor por metro cúbico de ar (g/m3).
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explorados para a indicação das variações de umidade. As descrições de alguns dos métodos mais
importantes para a medição da umidade em gases são fornecidos a seguir:
B) Psicrômetros de bulbos seco e úmido- Um psicrômetro de bulbos seco e úmido (Figura 25) é
constituído de um par de sensores de temperatura, sendo que o bulbo de um deles é coberto por um
tecido molhado com água. Quando o bulbo úmido é colocado em uma corrente de ar, a água evapo-
ra do tecido, existindo uma temperatura de equilíbrio chamada temperatura de bulbo úmido. Este
processo não é de saturação adiabática, que define a temperatura de bulbo úmido termodinâmico,
mas é um de transferência de calor e massa simultâneos no bulbo úmido.
Para que o princípio no qual se baseia a operação deste tipo de medidor de umidade seja
plenamente utilizado, é recomendável que o mesmo possua incorporado um pequeno ventilador
para promover a aspiração do ar, a uma determinada velocidade, sobre os sensores úmido e seco.
Outras formas de medidores, a exemplo do psicrômetro não-aspirado de Mason, ou mesmo o psi-
crômetro manual giratório (conhecido também por reco-reco), são menos eficazes na utilização do
princípio descrito e, desse modo, estão mais sujeitos a fornecer medições errôneas da umidade.
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C) Medidores por impedância elétrica (Capacitivos ou Resistivos)- O sensor utilizado neste tipo de
medidor é fabricado a partir de um material higroscópico, cujas propriedades elétricas se alteram na
medida em que o mesmo absorve ou desorve as moléculas de água. As mudanças na umidade são
medidas em termos de alterações na capacitância ou resistência elétrica do sensor, ou mesmo na
combinação das duas. A maioria dos sensores de impedância modernos utiliza a tecnologia de fil-
mes finos. Os higrômetros elétricos são normalmente portáteis e compactos, sendo que a forma
mais usual deste instrumento é composta de uma pequena sonda ligada por meio de um cabo, ou
mesmo conectada diretamente ao corpo principal do medidor
Estas sondas são normalmente equipadas com uma espécie de filtro para protegê-las de
contaminações, apesar de que esta proteção pode prejudicar o tempo de resposta do sensor. Os hi-
grômetros de impedância são normalmente equipados também com um sensor de temperatura. As
leituras são fornecidas diretamente em um visor, algumas vezes com a possibilidade de escolha do
parâmetro desejado (p.e. umidade relativa ou ponto de orvalho), e podendo inclusive dispor de uma
saída na forma de um sinal elétrico proporcional.
D) Sensores capacitivos- Respondem mais efetivamente à umidade relativa (Figura 26), apresen-
tando uma melhor linearidade em baixas umidades relativas. Em geral os sensores capacitivos não
sofrem danos pela condensação (100% de umidade relativa), contudo, se isto ocorrer, a calibração
pode apresentar um desvio.
F) Sensores de ponto de orvalho por impedância- É um caso especial dos higrômetros de impedân-
cia, utilizados mais para a medição em unidades absolutas do que em termos da umidade relativa.
Seguindo um princípio geral similar, o sensor pode ser composto de óxido de alumínio ou de outros
metais ou mesmo uma base de silicone para o elemento ativo. Este tipo de sensor responde à pres-
são parcial do vapor. Normalmente, o sinal é convertido em outras unidades absolutas, resultando
em valores apresentados pelo instrumento em termos de ponto de orvalho ou ppmv (parte por mi-
lhão em volume). Estes medidores podem apresentar uma ampla faixa de medição, incluindo-se
gases muito secos.
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bre o mesmo. A leitura pode ser registrada no instante da condensação, ou o espelho pode ser man-
tido àquela temperatura possibilitando que uma série de leituras seja obtida. Os projetos e concep-
ções utilizados variam, alguns apresentando o sensor incorporado em uma espécie de sonda, e ou-
tros fazendo a amostragem do ar através de um tubo. Enquanto que as sondas podem ser razoavel-
mente compactas, o corpo principal do medidor é relativamente grande e não portátil. As leituras
são apresentadas na forma de temperatura de ponto de orvalho, possuindo também uma saída ele-
trônica do sinal. Outros sensores de ponto de orvalho não-ópticos detectam a condensação eletrica-
mente, ou através de outros métodos tal como a mudança na freqüência de ressonância de um cristal
de quartzo.
H) Higrômetros de cloreto de lítio saturado- O elemento sensor, que é um sal higroscópico, absor-
ve o vapor d’água do ar. Uma tensão elétrica é aplicada através do sal e uma corrente elétrica pro-
porcional atravessa o mesmo de acordo com a quantidade de vapor d’água que foi absorvida. No
mesmo instante, a corrente elétrica também aquece o sal. Ao final, é alcançado um balanço entre a
absorção e o aquecimento. A temperatura em que este equilíbrio ocorre é, então, relacionada com a
pressão de vapor d’água. O instrumento é normalmente disponível na foram de uma sonda, com as
leituras apresentadas na forma de ponto de orvalho.
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A técnica espectroscópica utilizada tanto para as umidades altas quanto para as moderadas
é baseada na absorção infravermelha. A água absorve a radiação infravermelha em vários compri-
mentos de onda na faixa de 1µm a l0µm (Figura 28). A intensidade da radiação transmitida é medi-
ada em um destes comprimentos de onda e comparada com aquela obtida para um comprimento de
onda de referência, utilizando uma fotocélula para detecção. A quantidade desta radiação absorvida
pelo gás é proporcional à concentração espacial (ou pressão parcial) do vapor d’água.
K) Medidores de umidade por mudança de cor - Existem indicadores de umidade que indicam as
mudanças de umidade através de alterações na cor de uma tira de papel ou de outro material. O ma-
terial sensor é impregnado com cloreto de cobalto, e a mudança de cor ocorre como resultado de
uma reação química da umidade com esta substância química. Outras técnicas de medição baseadas
na alteração de cor envolvem o bombeamento de gás através de uma pequena garrafa recheada com
cristais que mudam de cor de acordo com a umidade do gás.
Outros métodos - Obviamente, a relação apresentada está longe de ser completa. Outros métodos e
princípios que têm seus usos em aplicações particulares incluem:
-Acústico: A alteração da velocidade de transmissão do som no ar (ou em outros materiais) pode ser
um indicador da umidade.
-Expansão adiabática: O efeito do resfriamento do ar em uma expansão produz uma névoa se a
temperatura de ponto de orvalho for alcançada.
-Gravimétrico: Baseia-se na pesagem da umidade absorvida por um material.
-Lyman-alpha: A absorção e a emissão de luz ultravioleta pelo ar é um indicativo da pressão parcial
do vapor d’água.
-Fibra óptica: A perda ou reflexão da luz pelas camadas da fibra indica alterações na umidade.
-Índice de refração óptica: A velocidade da luz no ar depende de sua composição, incluindo o va-
por d’água.
-Piezoelétrico (oscilador de quartzo): A freqüência de ressonância de um cristal de quartzo indica a
massa de água que o mesmo absorveu do ar.
-Ponte pneumática. A pressão do vapor d’água é determinada a partir da mudança na pressão global
quando a pressão de vapor é removida.
-Condutibilidade térmica: A perda de calor a partir de um fio quente é afetada pelo vapor d’água e
pelos demais gases constituintes.
-Variação térmica: Calor de adsorção ou desorção da água a partir de um secante.
-Zircônia: O vapor d’água é detectado pela medição do teor de oxigênio no gás, e comparando-o
com uma quantidade de referência de oxigênio.
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Alguns dos métodos apresentados anteriormente também se aplicam à medição de umidade em só-
lidos e líquidos.
A próxima tabela apresenta dados para alguns tipos de psicrômetros mais usuais
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A medida da UR por meio das pressões parciais é muito difícil e trabalhosa, e uma das manei-
ras mais difundidas para a expressão da umidade relativa é através da leitura simultânea das tempe-
raturas de bulbo seco Tbs e úmido Tbu
Pressão de vapor d'água na saturação sobre água líquida na faixa de 0 a 200 ºC (Pa)
C
A) pvs = exp 8 + C9 + C10T + C11T 2 + C12T 3 + C13 ln T
T
A temperatura T é em kelvin (T(K)=t(ºC)+273.15 e as constantes são:
C8= -5.800 220 6 E+03 C10 = -4.864 023 9 E-02 C12= -1.445 209 3 E-08
C9= 1.391 499 3 C11=4.176 476 8 E-05 C13= 6.545 967 3
Grau de umidade µ
w
D) µ =
ws t , p
Umidade relativa UR
µ
E) UR =
1 − (1 − µ )( pvs,Tbs / p)
PROCEDIMENTO
1. Calcule a eq. (A) para Tbs e para Tbu, resultando Pvs,Tbs e Pvs,Tbu,
2. Calcule a eq. (B) usando pvs,Tbs e p e depois pvs,Tbu e p, resultando ws,Tbs e ws,Tbu
3. Calcule a eq. (C) usando Tbs, Tbu, e ws,Tbu
4. Calcule a eq. (D) usando ws,Tbs e o resultado da eq. (C)
5. Calcule a eq. (E) usando p, pvs,Tbs e o resultado da eq. (D)
6. Multiplique o resultado da eq. (E) por 100 para obter a umidade relativa.
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Figura 29- Esquema de cálculo da UR a partir das temperaturas de bulbo seco e úmido
Na página da disciplina de Medições Térmicas há uma arquivo de planilha eletrônica com a imple-
mentação dessa sequencia de cálculo
Há uma alternativa mais curta para esse cálculo, descrita em Dias and Smith Schneider (2004), dada
por
*, (: )
96 = (24)
*, (: )
- ( ) é obtido em tabelas ou relações termodinâmicas, em função da temperatura de bulbo seco
.
Define-se a constante característica do psicrômetro A (℃8; ) como sendo
*, (:= )8*, (: )
<= (25)
*(: 8:= )
O cuidado que deve ser tomado para calcular a UR por meio dessa expressão é que a equação
*, (:= )8*, (: )
<=
*(: 8:= )
(25) usa a pressão de saturação em função da Tbu para calcular a Pv(Tbs), enquanto que o cál-
* ( )
culo de UR pela Equação 96 = , :
*, (: )
(24) deve ser feito apenas em função de Tbs
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*, (: )
Cálculo da UR(Tbs,Tbu) pela equação 96 =
*, (: )
(24)
*, (: )
Cálculo da UR(Tbs,Tbu) pela equação 96 =
*, (: )
*, (: )
Cálculo da UR(Tbs,Tbu) pela equação 96 =
*, (: )
Para calcular as incertezas da medição das resistências com um multímetro, pode-se proceder como
a) IM = percentagem do fundo de escala
b) IM dado pela folha de dados do fabricante, onde o D é a resolução
c) ?@ = ±B(% DEFGFH)I + (2 KELMNOçãM)I
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C1
E bλ (T , λ ) = (1)
5 C
λ exp 2 − 1
λT
onde Ebλ é a potência espectral de corpo negro, em W/m2 µm. A figura a seguir mostra seu compor-
tamento para corpos de diferentes temperaturas superficiais.
Pela lei de Wien é possível determinar o comprimento de onda que corresponde à máxima
emitância monocromática do corpo negro, dado por
A integração da distribuição de Planck leva a potência radiante emitida por um corpo a uma
dada temperatura T para todo o espectro de comprimentos de onda
∞
E b (T ) = ∫ E b,λ (λ , T )dλ = σT 4 (3)
0
Propriedades
Pode-se apresentar as propriedades radiantes dos corpos segundo a condição de receptor ou
emissor da radiação térmica.
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Eλ
ελ = (4)
Eb ,λ
e de forma total por
E (T )
ε= (5)
σT 4
A figura a seguir mostra os comportamentos de potência emissiva para corpo negro, cinza e
real, sempre para uma mesma temperatura superficial.
Fig 2- Curvas de potência emissiva espectral ralativas ao comportamento de corpo negro, cinza e
real, para a temperatura superficial de 1922 K
Como a soma da parcela refletida, absorvida e transmitida deve ser igual à radiação incidente G,
tem-se que:
ρG αG τG
+ + = G , ou simplesmente que α + ρ + τ = 1 (6)
G G G
Casos particulares
Se não há
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Uma relação importante é dada pela lei de Kirchhoff, que diz que para um dado comprimento
de onda λ,
αλ = ελ (7)
Na prática, o que pode ser tirado dessa relação é que a emissividade e a absortividade podem
ser iguais para corpos a mesma temperatura (α (T ) = ε (T ) ) . Isso implica em dizer que a emissivida-
de de um corpo a temperatura T é igual a absortividade desse mesmo corpo para radiações que tam-
bém tenham sido originadas de fontes (externas) a mesma temperatura. A próxima figura da uma
idéia dos valores dessas duas propriedades
3. Pirometria
Mede a temperatura de corpos, a partir da leitura da potência radiante emitida por suas super-
fícies. Essa potência é comparada com uma outra potência variável, gerada internamente, o que
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permite deduzir a temperatura. A medição deve sempre contar com o efeito da emissividade da su-
perfície, e os pirômetros preferencialmente devem possuir ajuste de emissividade.
A figura a baixo apresenta o esquema de funcionamento de um pirômetro manual, junto com
o procedimento de comparação, ajustado manualmente pelo operador.
4. Termômetro de Globo
Trata-se de uma esfera oca, de material bom condutor de calor. Sua superfície externa deve
ser coberta por uma tinta com emissividade alta, de preferência próxima de 1, e ainda com boas
propriedades direcionais (comportamento próximo do difuso) e espectrais (pouca variação da emis-
sividade em função do comprimento de onda). No seu centro instala-se um sensor de temperatura,
que enxerga a superfície interna como um corpo negro. A temperatura lida chama-se temperatura de
globo, Tg, que se descontando o calor trocado por convecção pela superfície externa com o meio,
leva a temperatura média radiante TMR. O termômetro está em equilíbrio com as superfícies do
meio externo (vizinhança), com o qual troca calor, e representa idealmente a temperatura
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radiação térmica
incidente
G Tglobo
Tsup
Tar
convecção
Fig. 7- Esquema de um termômetro de globo
Esse tipo de termômetro busca determinar a assimetria de campo de radiação através de uma
leitura da diferença de temperatura entre duas placas do aparelho. A referida temperatura asseme-
lha-se à temperatura de globo.
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6. Radiação solar
A radiação que é emitida pelo sol e observada para um pequeno ângulo sólido próximo da
terra pode ser considerada como tendo uma única direção de propagação, e por isso diz-se que ela é
uma radiação direta. Ao atingir a atmosfera terrestre, essa radiação sofre alterações no comporta-
mento, de tal forma que para um observador situado na superfície da terra poderá observar que além
da componente direta existe uma outra resultante do espalhamento em diversas direções, causado
principalmente pelo vapor d’água e pelo dióxido de carbono, sendo chamada de componente difusa.
Ainda para o mesmo ponto de observação, há uma 3ª componente que atinge superfícies inclinadas,
chamada de Albedo, e que depende da inclinação dessa superfície em relação à horizontal e da re-
fletividade da vizinhança. As componentes direta, difusa e de albedo possuem comprimentos de
onda dentro da faixa do visível, mas ainda há componentes na faixa do infravermelho, que normal-
mente não são considerados para fins de utilização da energia do sol.
A medição da radiação solar pode ser feita para a soma de todas as componentes ou de forma
individualizada. Os instrumentos modernos mais comuns são:
Piranômetro – Capaz de ler a radiação solar total ou global, e também a componente difusa, com o
auxílio de uma cinta de sombreamento.
Referências Bibliográficas
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