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MANUAL DO CADERNO

MEDICINA I

2
FRENTE

FÍSICA
Caro(a) leitor(a),

Este manual é uma importante ferramenta para a utilização dos cadernos de sala
do Sistema de Ensino Poliedro, voltados para as turmas de 3ª série e Pré-vestibular.
Nele, descrevemos a estrutura e as seções dos cadernos, fornecendo observa-
ções que auxiliam no trabalho a ser desenvolvido em cada disciplina. Apresenta-
mos, também, as resoluções das questões presentes na seção “Exercícios de sala”
e dos possíveis exercícios opcionais – os quais servem como uma oportunidade de
aprofundar e complementar o tempo despendido para as aulas.
Os cadernos possibilitam uma prática efetiva do aprendizado em sala e, quando
utilizados em consonância com a fundamentação teórica contida nos livros de teo-
ria, oferecem uma formação ainda mais ampla e completa.
Os temas de abertura dos capítulos e os textos da seção “Texto complementar”
dos livros podem ser usados como ponto de partida para discussões em aula e
como fonte de conhecimento e curiosidades acerca dos assuntos da teoria.
Indicamos, também, o acesso a diversos recursos disponíveis no portal do Siste-
ma Poliedro (<www.sistemapoliedro.com.br>), os quais complementam o caderno
e ampliam as possibilidades de aprendizado, tais como:
• Resoluções das questões dos livros;
• Informativo mensal Leia Agora;
• Balcão de Redação PV;
• Balcão de Redação Enem;
• Banco de Questões Enem (para professores);
• Videoaulas dos autores; e
• Aulas-dica do Zoom Poliedro.

Todas essas ferramentas buscam garantir a formação do aluno e o rigor acadê-


mico almejado pelas escolas parceiras. Vale ressaltar que o professor se mantém
como principal protagonista da prática pedagógica, tendo total autonomia na utili-
zação dos recursos oferecidos.
Esperamos que se explore todo o material disponibilizado e estamos à disposi-
ção para quaisquer esclarecimentos.

Sistema de Ensino Poliedro

2 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


SUMÁRIO

Estrutura geral dos cadernos ....................................................................... 4


Estrutura das aulas ....................................................................................... 6
Exercícios de sala ..........................................................................................7
Guia de estudo ..............................................................................................8
Orientações específicas ................................................................................9

Orientações: Aulas 1 a 4
Resoluções .......................................................................................... 14
Orientações: Aulas 5 e 6
Exercícios opcionais e resoluções ....................................................... 22
Orientações: Aulas 7 e 8
Exercícios opcionais e resoluções ..................................................... 29
Orientações: Aulas 9 a 12
Exercício opcional e resoluções .......................................................... 36
Orientações: Aulas 13 e 14
Exercícios opcionais e resoluções ....................................................... 43
Orientações: Aulas 15 e 16
Exercícios opcionais e resoluções ....................................................... 51
Orientações: Aulas 17 e 18
Exercícios opcionais e resoluções ....................................................... 57

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 3


ESTRUTURA GERAL DOS CADERNOS

Os cadernos de sala, usados em conjunto com os livros de teoria, sintetizam e facilitam a compreensão dos
assuntos estudados. Todas as aulas apresentam os principais tópicos de cada tema abordado e oferecem exercí-
cios que permitem enriquecer a discussão em sala de aula e contribuir para a fixação do aprendizado.
Assim como nos livros, as disciplinas nos cadernos são divididas em frentes, que devem ser trabalhadas pa-
ralelamente. Essa divisão não só facilita a organização dos estudos, mas também permite uma visão ainda mais
sistêmica dos tópicos abordados em cada disciplina.

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6 (11
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32
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4 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


O sumário conta com um controle no qual o aluno pode organizar sua rotina de aulas e estudos, tendo uma
visualização rápida de seu avanço pelos tópicos estudados.

ROTEIRO DO ALUNO MEDICINA

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

PORTUGUÊS INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1 Prof.: Aula Estudo 2 Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo


Controle para anotar
Aulas 1 e 2 ................ 8  
Aulas 3 e 4 .................. 11  
Aulas 1 e 2 ................ 46  
Aulas 3 e 4 .................. 49  
Aula 1 ....................... 72
Aula 2 ....................... 75



 as aulas já dadas e o
estudo já realizado
Aulas 5 e 6 ................ 16   Aula 5 ....................... 51   Aula 3 ....................... 78  
Frente Única

Aulas 7 e 8 .................. 21   Aulas 6 a 8 .................. 53   Aula 4 ....................... 83  


Frente 1

Frente 2

Aula 9 ....................... 25   Aulas 9 e 10................ 57   Aula 5 ....................... 87  


Aula 10 ....................... 28   Aulas 11 e 12.............. 59   Aula 6 ....................... 91  
Aulas 11 e 12.............. 31   Aulas 13 e 14.............. 62   Aula 7 ....................... 95  
Aulas 13 e 14 ............ 34   Aulas 15 e 16 ............ 65   Aula 8 ....................... 99  
Aula 15 ....................... 37   Aulas 17 e 18.............. 68   Aula 9 ....................... 104  
Aula 16 ..................... 40  
Aulas 17 e 18.............. 42  

Matemática e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias

MATEMÁTICA HISTÓRIA GEOGRAFIA


Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 e 2 ................ 108   Aulas 1 e 2 ................ 136   Aulas 1 e 2 ................ 162   Aulas 1 e 2 ................ 186   Aulas 1 e 2 ................ 226   Aulas 1 e 2 ................ 272   Aulas 1 e 2 ................ 310  
Aulas 3 e 4 .................. 110   Aulas 3 e 4 .................. 138   Aulas 3 e 4 .................. 164   Aula 3 ....................... 189   Aula 3 ....................... 230   Aulas 3 e 4 .................. 277   Aulas 3 e 4 .................. 313  
Aulas 5 e 6 ................ 113   Aulas 5 e 6 ................ 140   Aulas 5 e 6 ................ 166   Aulas 4 e 5 ................ 191   Aula 4 ....................... 233   Aulas 5 e 6 ................ 281   Aulas 5 e 6 ................ 317  
Frente 3
Frente 2
Frente 1

Aulas 7 e 8 .................. 116   Aulas 7 e 8 .................. 143   Aulas 7 e 8 .................. 168   Aula 6 ....................... 197   Aula 5 ....................... 236   Aulas 7 e 8 .................. 286   Aulas 7 e 8 .................. 320  
Aulas 9 e 10 .............. 119   Aulas 9 e 10 .............. 146   Aulas 9 e 10 .............. 170   Aulas 7 e 8 .................. 199   Aula 6 ....................... 239   Aulas 9 e 10 .............. 290   Aulas 9 e 10 .............. 324  
Aulas 11 e 12 ............ 123   Aulas 11 e 12 ............ 149   Aulas 11 e 12 ............ 173   Aula 9 ....................... 202   Aula 7 ....................... 241   Aulas 11 e 12 ............ 294   Aulas 11 e 12 ............ 328  
Aulas 13 e 14.............. 126   Aulas 13 e 14.............. 152   Aulas 13 e 14.............. 176   Aula 10 ....................... 205   Aula 8 ....................... 244   Aulas 13 e 14.............. 299   Aulas 13 e 14.............. 331  
Frente 1

Frente 2

Frente 1

Frente 2
Aulas 15 e 16 ............ 130   Aulas 15 e 16 ............ 154   Aulas 15 e 16 ............ 179   Aula 11 ..................... 207   Aula 9 ....................... 247   Aulas 15 e 16 ............ 301   Aulas 15 e 16 ............ 335  
Aulas 17 e 18 ............ 133   Aulas 17 e 18 ............ 157   Aulas 17 e 18 ............ 182   Aula 12 ..................... 210   Aula 10 ..................... 250   Aulas 17 e 18 ............ 305   Aulas 17 e 18 ............ 340  
Aulas 13 e 14.............. 213   Aula 11 ..................... 253  
Aula 15 ..................... 217   Aula 12 ..................... 255  
Aula 16 ..................... 220   Aula 13 ..................... 257  
Aulas 17 e 18.............. 222   Aula 14 ..................... 259  
Aula 15 ..................... 261  
Aula 16 ..................... 264  
Aula 17 ..................... 266  
Aula 18 ..................... 268  

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

BIOLOGIA

Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 a 4 ................ 344   Aula 1 ....................... 378   Aula 1 a 3 .................. 424   Aulas 1 e 2 ................ 458  
Aulas 5 e 6 .................. 352   Aula 2 ....................... 381   Aulas 4 a 6 .................. 428   Aulas 3 e 4 .................. 461  
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-01-2017 (08:50) Aulas 7 a 9 ................ 356   Aula 3 ....................... 385   Aula 7 e 8.................. 436   Aulas 5 e 6 ................ 465  
Frente 2

Frente 3

Frente 4
Frente 1

Aulas 10 e 11.............. 360   Aulas 4 a 6 .................. 389   Aula 9 ....................... 439   Aulas 7 a 9 ................ 469  
Aulas 12 a 15............. 364   Aulas 7 e 8 ................ 396   Aulas 10 e 11.............. 442  
Aulas 16 a 18............. 370   Aulas 9 e 10 .............. 400   Aulas 12 a 18............. 447  
Aulas 11 e 12.............. 405  
Aulas 13 e 14 ............ 409  
Aulas 15 e 16 ............ 413  
Aulas 17 e 18 ............ 418  

FÍSICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 a 3 ................ 476   Aulas 1 a 4 ................ 496   Aulas 1 e 2 ................ 520   Aulas 1 a 5 ................ 544  
Aulas 4 a 6 .................. 478   Aulas 5 e 6 .................. 500   Aulas 3 e 4 .................. 522   Aulas 6 a 9 ................ 547  
Aulas 7 a 9 ................ 480 Aulas 7 e 8 ................ 504 Aulas 5 e 6 ................ 525
Frente 3

Frente 4
Frente 1

Frente 2

     
Aulas 10 a 12.............. 483   Aulas 9 a 12 .............. 507   Aulas 7 a 10 ................ 528  
Aulas 13 e 14 ............ 486   Aulas 13 e 14.............. 510   Aulas 11 e 12 ............ 531  
Aulas 15 e 16 ............ 489   Aulas 15 e 16 ............ 513   Aulas 13 e 14.............. 534  
Aulas 17 e 18.............. 492   Aulas 17 e 18 ............ 517   Aulas 15 e 16 ............ 537  
Aulas 17 e 18 ............ 539  

QUÍMICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 a 3 ................ 552   Aulas 1 a 3 ................ 580   Aulas 1 a 4 ................ 600   Aulas 1 e 2 ................ 616  
Aulas 4 a 6 .................. 555   Aulas 4 a 6 ................ 583   Aulas 5 a 7 ................ 603   Aulas 3 a 5 ................ 618  
Frente 1

Frente 2

Frente 3

Frente 4

Aulas 7 e 8 .................. 559   Aulas 7 a 9 .................. 586   Aulas 8 a 10 .............. 606   Aulas 6 e 7 ................ 621  
Aulas 9 a 11 .............. 563   Aulas 10 e 11 ............ 589   Aulas 11 a 13............. 608   Aulas 8 e 9 ................ 623  
Aulas 12 a 14............. 566   Aulas 12 e 13.............. 592   Aulas 14 a 16............. 610  
Aulas 15 e 16 ............ 570   Aulas 14 a 16............. 594   Aulas 17 e 18 ............ 612  
Aulas 17 e 18 ............ 575   Aulas 17 e 18 ............ 597  

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 28-10-2016 (10:28)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 5


ESTRUTURA DAS AULAS
 RESUMO TEÓRICO

Respeitando o Planejamento de aulas disponibilizado no Portal Edros, todas as aulas apresentam um resumo
esquemático do tópico trabalhado no livro, sintetizando os principais conhecimentos estudados. A organização das
atividades foi elaborada para aumentar a eficiência do trabalho em sala.

Cada disciplina tem marcação em uma Nome da aula


posição para melhor manuseio do material

Frente 1

Aulas Frente e número


E�������� �
�������� �� �������� 7e8 de aula

Trata-se da segunda parte da morfologia. Estudo dos mor- Radical Frente 1


femas – elementos que constituem o vocábulo – e de um dos
processos de formação de palavras – a derivação (prefixal, su- Aulas
O radical é a base significativa da palavra; raiz é o morfe-
ma originário que contém o núcleo significativo comum a uma

1e2 I���������
fixal e parassintética). família linguística.
Para os exames modernos, o destaque é para o emprego
dos neologismos (palavras inventadas), sua formação e funcio-
nalidade para o texto. (Sua presença é marcante no Modernis-
Prefixo
Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou grega.
� ������ ��� ���������
mo brasileiro.) Alguns apresentam alteração em contato com o radical. As-
sim, o prefixo an,, indicador de privação, transforma-se em a
 Morfemas diante de consoante. Ex.: amoral, anaeróbico.
Além das desinências, do radical, da vogal temática, te- Os prefixos possuem mais independência que os sufixos,
mos como morfemas os afixos (prefixo e sufixo); são eles que
 Conceitos básicos da teoria dos
pois se originam, em geral, de advérbios ou preposições, que
 Interseção e diferença entre
possibilitam a formação de novas palavras (morfemas deri- têm ou tiveram vida independente.
conjuntos conjuntos
Os entes primitivos da teoria dos conjuntos são: o ele- Indicada por A ∩ B, a interseção entre os conjun-
vacionais). Os afixos que se antepõem ao radical chamam-se
mento, o conjunto e a relação de pertinência. O diagrama tos A e B é o conjunto formado apenas pelos elementos
prefixos; os que se pospõem denominam-se sufixos; os afixos Sufixo
que pertencem simultaneamente aos dois conjuntos,
possuem uma significação maior que as desinências. Já a vogal Os sufixos podem ser nominais, averbais
seguir representa uma situação em que x1 é elemento do
ou adverbiais.
conjunto A, mas x2 não é. A e B.
de ligação e a consoante de ligação são morfemas insignifica- Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos),
Indicamos por A – B o conjunto dos elementos de A
tivos, servem apenas para evitar dissonâncias (hiatos, encon- verbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex.: anarquismo,
A x2 que não pertencem ao conjunto B, e por B – A o conjunto
tros consonantais), sequências sonoras indesejáveis. Veja: malufar, rapidamente..
dos elementos de B que não pertencem ao conjunto A.
x1
Re fazer Cinz eiro  Derivação
• Derivação prefixal: cria-se uma palavra derivada a partir
Prefixo Radical Radical Sufixo de um prefixo. Ex.: disenteria.
A B
• Derivação sufixal: cria-se uma palavra derivada a partir de
Cant a r Cha l eira um sufixo. Ex.: doutorado.
x1 ∈A
U A–B A∩B B–A
• Derivação parassintética: cria-se uma palavra derivada x2 ∉A
Radical Vogal Desinência Radical Sufixo por meio do acréscimo simultâneo de um prefixo e um
O conjunto vazio é aquele que não possui elementos:
temática Consoante sufixo. Se retirarmos qualquer um dos afixos, não tere-
de ligação A = ∅ ⇔ n(A) = 0.
mos palavra. Ex.: adoçar.
O conjunto universo é aquele que possui todos os ele-
Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, • Derivação prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de
mentos que podem estar relacionados a um determinado
diz-se que o grupo é formado de palavras cognatas (pedra/ prefixo e sufixo. Retirando-se um dos afixos (ou os dois), n(A – B) = n(A) – n(A ∩ B)
conjunto A, tanto aqueles que pertencem ao conjunto A
pedreiro/pedreira); quando as palavras irmanam-se pelo ainda teremos palavra. Ex.: deslealdade. Obs.: Alguns lin-
quanto aqueles que não pertencem a ele. Para diferenciar n(B – A) = n(B) – n(A ∩ B)
sentido, temos a série sinonímica, a família ideológica: guistas não consideram esse tipo de derivação.
o conjunto universo dos demais conjuntos em um diagra-
casa, moradia, lar, mansão, habitação etc.
ma, usamos a figura de um retângulo. Esse retângulo deve Observação: dois conjuntos A e B são chamados de
cercar completamente tanto o conjunto A quanto todos os disjuntos quando A ∩ B = ∅.
EXERCÍCIOS DE SALA demais conjuntos que possam ser estabelecidos em um
determinado problema. Feito isso, a região exterior ao con-  União de conjuntos
junto A passa a representar o conjunto complementar de A. Indicada por A ∪ B, a união dos conjuntos A e B é o
► Texto para a questão 1. possível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no
Há várias opções para a representação do complemen- conjunto formado por todos os elementos de A e todos os
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuá-
tar de um conjunto A em relação ao conjunto universo. elementos de B.
rios longe da rede social.
Todas elas designam o conjunto dos elementos que não
Uma organização não governamental holandesa está O projeto também é uma resposta aos experimentos
pertencem ao conjunto A.
propondo um desafio que muitos poderão considerar im- psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença ,
A = Ac = A = UA = {x ∈ U| x ∉ A} A B
PORTUGUÊS | MEDICINA I 21
U A∪B
A
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-10-2016 (17:44)
U A

n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)


n(A) + n(A) = n(U)

108 MATEMÁTICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52) PDF FINA

Disciplina e caderno

6 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


 EXERCÍCIOS DE SALA

EXERCÍCIOS DE SALA

Além das questões do livro, é apresentada uma seção de exercícios específicos sobre o assunto das aulas, os
quais possibilitam a fixação dos conteúdos estudados e oferecem preparação adicional aos alunos.
Em cada aula, há a proposta de o professor resolver as questões com toda a classe ou pedir aos alunos que as
respondam individualmente. Nesse momento, aspectos relevantes da aula são retomados, dando oportunidade
ao professor e aos alunos de discutirem possíveis dificuldades. Todos os exercícios têm sua resolução apresentada
neste manual.

AL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52)

As questões são de
importantes exames
vestibulares de todo o
Brasil ou autorais, em
momentos nos quais a
explicação exige.

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 7


 GUIA DE ESTUDO

Ao final de cada aula, o caderno de sala oferece um guia que orienta o aluno para os estudos que serão reali-
zados em casa. A seção “Guia de estudo” direciona a leitura, no livro de teoria, dos assuntos que foram tratados e
indica exercícios pertinentes a serem resolvidos, visando consolidar o conhecimento adquirido em sala.
Levando em conta que o tempo de estudo em casa deve ser cumprido de forma satisfatória, esse guia é pensa-
do com bastante cuidado. Ao especificar o número de exercícios a serem feitos, consideram-se o tempo destinado
à leitura da teoria e também o tempo que será despendido para a resolução das questões. Assim, o resultado é a
satisfação do aluno, que consegue cumprir suas metas diárias de estudo em um tempo possível.

GUIA DE ESTUDO
1 Química | Livro 1 | Frente 3 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 282 a 284. 2
3 II. Faça os exercícios 5 e 6 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 38, de 40 a 42 e de 44 a 46.

GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 7 a 15.
II. Faça os exercícios de 1 a 3 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 4 a 9

GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 12 a 18.
II. Faça os exercícios 10 e 11 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 48, 56, 70, 71, 78, 80, 81 e 83.

GUIA DE ESTUDO
História | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 131 a 134.
II. Faça o exercício 2 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 10, 12, 14, 16 e 19.

GUIA DE ESTUDO
Biologia | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 117 a 120.
II. Faça os exercícios 1 e de 3 a 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 5 a 10.

1 Indicação de disciplina, 2 Localização das 3 Seleção de


livro, frente e capítulo páginas do livro com exercícios.
correspondente à aula. a teoria estudada.

8 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

A Física é uma ciência natural que estuda fenômenos elementares, desde a queda de um corpo
no chão até a colisão de átomos a velocidades extremamente elevadas. Sua aplicação está em
todos os fenômenos observados pelo homem. Além disso, a Física tem como propósito dar base de
sustentação a outras áreas do conhecimento, como Química e Biologia. Assim, a visão corriqueira
da Física, de ser uma matéria de pequena aplicação, isolada e pouco prática, mostra-se errada.
Outra visão corriqueira da Física é a de que ela é uma matéria antiga, sem grandes descobertas
atuais, e que não passa de uma “decoreba” de fórmulas. O material do Poliedro tem como intenção
quebrar esse paradigma, pois, embora contenha a parte “clássica” da Física, mostra seu conteúdo
de uma maneira atualizada e com aplicações diversas, ajudando o aluno a entender o assunto
como parte do meio em que vive. Com isso, remove-se o rótulo de algo puramente escolar. O
material conta também com um estudo de Física Moderna, mostrando ao aluno os rumos atuais
das pesquisas na área e como ela se entrelaça com as grandes descobertas científicas da atualidade.
O material é dividido em quatro frentes. A Frente 1 contém a maior parte de mecânica e
hidrostática; a Frente 2 contempla a eletricidade e o eletromagnetismo; a Frente 3 estuda a
óptica, a termologia e a ondulatória; e a Frente 4 estuda a dinâmica, a estática e a gravitação. O
planejamento das aulas foi feito com a preocupação de que o aluno evolua gradativamente de
assuntos mais simples para assuntos mais complexos. Com as frentes estando congruentes entre
si, não haverá em uma frente a cobrança de um conceito que não foi explicado em outra. Há
capítulos mais gerais, como vetores e análise gráfica, que muito auxiliam o aluno na compreensão
de informações gráficas, muito importantes em todas as áreas do conhecimento. O material se
apresenta bem completo e atualizado, com exercícios retirados dos últimos anos de diversas provas
importantes espalhadas pelo país, dando ao aluno uma noção precisa de como a Física é cobrada em
vestibulares e no Enem.

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 9


Frente 2

Aulas
1a4 V������

Considerações iniciais – Lei dos cossenos:


• Direção: definida por uma reta.
• Sentido: para cada direção existem dois possíveis sen- θ
a b
tidos.

Grandezas escalares e grandezas vetoriais c


• Grandeza escalar: necessita apenas de um valor nu- 2 2 2
c = a + b – 2abcosθ
mérico e de sua unidade para ficar totalmente deter-
minada. – Lei dos senos:
• Grandeza vetorial: necessita, além do valor numérico
e da unidade, de uma direção e de um sentido para a γ b
ficar totalmente determinada.
β α
c
Vetor
• Definição: ente matemático que representa todos os a b c
= =
segmentos orientados com a mesma direção, mesmo sen α senβ sen γ
sentido e mesmo módulo.
– Vetor oposto: vetor com mesma direção e mesmo • Adição de vetores pelo método da decomposição de
módulo de outro vetor, mas sentido contrário. vetores:
– Vetor nulo: vetor com módulo nulo. – Decomposição de vários vetores sobre os eixos x e y:
– Vetor unitário: vetor com módulo igual a 1. y
– Vetores iguais: vetores com mesmo módulo, mes-
ma direção e mesmo sentido. 
a 
ay

• Adição de vetores pela regra da poligonal:  c
cy

b   
  dx ax bx
a c
 x
cx

 b
 by
d

s
 
d dy
    
s = a+b+ c +d
• Adição de vetores pela regra do paralelogramo:
 – Soma sobre o eixo x:
b
 
 α ax cx
a 
s 
a  
θ sx bx

b

| s | = s = a2 + b2 + 2ab cos θ

496 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 28-10-2016 (09:41)

10 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 1 a 4

– Soma sobre o eixo y: • Subtração de vetores:


  idêntica
  à soma de vetores,
 apenas tomando d = a − b = a + (−b) .
 dy
by

 
  d a
ay sy
 
−b b
  
– Vetor soma resultante: d=a−b
• Multiplicação de um vetor por um número real: o pro-
   

sy s duto de n por a é dado por p = n ⋅ a.
θ 
sx

EXERCÍCIOS DE SALA

1 Unicamp 2012 (Adapt.) A figura ilustra as órbitas circu- 2 Unesp Um caminhoneiro efetuou duas entregas de mer-
lares de Júpiter e da Terra em torno do Sol, com raios, res- cadorias e, para isso, seguiu
  o itinerário indicado pelos ve-
pectivamente, iguais a RJ e RT. tores deslocamentos d1 e d2 ilustrados na figura.
d1 = 10 km

Terra
d2 = 6 km
120° RT
Júpiter
30°
RJ
Sol
Para a primeira entrega, ele deslocou-se 10 km e,
para a segunda entrega, percorreu uma distância de
6 km. Ao final da segunda entrega, a distância a que o
caminhoneiro se encontra do ponto de partida é:
A 4 km
B 8 km
Quando o segmento de reta que liga Júpiter ao Sol faz C 2 19 km
um ângulo de 120º com o segmento de reta que liga a D 8 3 km
Terra ao Sol, a distância entre os dois planetas é de: E 16 km

A R2J + R2T − R JR T 3

B R2J + R2T + R JR T 3

C R2J + R2T − R JR T

D R2J + R2T + R JR T

FÍSICA | MEDICINA I 497

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 28-10-2016 (09:42)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 11


Aulas 1 a 4
  
3 Determine o vetor soma S = A + B , calculando o seu 5 Unesp (Adapt.) Um corpo é submetido à ação de 3 for-
módulo e o ângulo formado com a horizontal. ças coplanares, como ilustrado na figura.
y

sen α = 0,8
 
 B
A A = 10

α B =9

m 2N

x
2N

Podemos afirmar que o módulo, a direção e o sentido


da força resultante sobre o corpo são, respectivamente:
A 1, paralela ao eixo y e para cima.
B 2, paralela ao eixo y e para baixo.
C 2,5, formando 45o com x e para cima.
D 4, formando 60o com x e para cima.
E 4, paralela ao eixo y e para cima.

  
4 Unifesp Na figura, são dados os vetores a, b e c. 6 Determine o vetor soma dos vetores a seguir, calculando
o seu módulo e o ângulo formado com a horizontal.

 y sen α = 0,6
 
u a b c
11

10
5 α
α
Sendo u a unidade de medida do módulo desses ve- α
    3 x
tores, pode-se afirmar que o vetor d = a − b + c tem
módulo:
A 2u, e sua orientação é vertical, para cima.
20
B 2u, e sua orientação é vertical, para baixo.
C 4u, e sua orientação é horizontal, para a direita.
D 2u, e sua orientação forma 45º com a horizontal, no
sentido horário.
E 2u, e sua orientação forma 45º com a horizontal, no
sentido anti-horário.

498 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 27-10-2016 (16:24)

12 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 1 a 4
   
7 UnB Quatro vetores, A, B, C e D, iguais em módulo e 8 Mackenzie Na figura a seguir, estão representados cinco
representando uma certa grandeza física, estão dispostos vetores de mesma origem e cujas extremidades estão so-
no plano (xy) como mostra a figura (α = 30° e β = 60°). bre os vértices de um hexágono regular, cujos lados medem
y k unidades. Calcule o módulo da resultante desses vetores.

B
 
α a c

  
β A x e
C

 
 b d
D

Classifique as afirmações abaixo em verdadeiras (V)


ou falsas (F).
    
A +B + C +D = 0
    
O resultado de A + B + C + D =só0 pode ser nulo se os
vetores
  coincidirem
 com os semieixos x e y.
(A + B) − C = 0
   
A +B =D+C
   
B + C = −(D + A) 
   
(A + C) − (B + D) ≠ 0    
A soma dos módulos A + B + C + D é nula.
A soma algébrica das projeções dos quatro veto-
res sobre o eixo x é nula.

GUIA DE ESTUDO
Física / Livro 2 / Frente 1 / Capítulo 6
I. Leia as páginas de 7 a 12.
II. Faça os exercícios de 1 a 4 da seção "Revisando".
III. Faça os exercícios propostos de 1 a 12.

FÍSICA | MEDICINA I 499

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 28-10-2016 (09:44)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 13


 Orientações
Para essas aulas, o professor deve definir os conceitos de direção e sentido de uma reta e o de vetor e estabelecer a
diferença entre grandezas escalares e grandezas vetoriais. Em seguida, definir os conceitos de vetor oposto, vetor nulo,
vetor unitário e vetores iguais. Estudar adição de vetores pela regra da poligonal, pela regra do paralelogramo e pelo
método de decomposição de vetores. Mostrar também a aplicação da lei dos cossenos e da lei dos senos para a obten-
ção do módulo e da direção do vetor resultante e do ângulo entre vetores. Por fim, estudar a subtração de vetores e a
multiplicação de um vetor por um número real.

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 Alternativa: D.

Terra T
120° d
Júpiter RT
120°
J RJ S
Sol

d2 = R 2J + R 2T − 2R JR T cos120o
 −1
d2 = R 2J + R 2T − 2R JR T ⋅  
2
d = R 2J + R 2T + R JR T

2 Alternativa: C.


dr

d1


60° d2

30°


d1 = −10j

d2 = 6 cos 30oi + 6sen 30oj
 3
d2 = 6 i + 3j
2
   6 3 
dr = d1 + d2 = i −7j
2
 36 ⋅ 3
dr = + 49 = 27 + 49 = 76
4

dr = 2 19 km

14 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


3

 
B S 
B
α
θ

A

S2 = A 2 + B2 + 2AB cos α = 102 + 92 + 2 ⋅ 10 ⋅ 9 ⋅ 0, 6 = 289



S = 17

B2 = A 2 + S2 − 2AS cos θ ⇒ 92 = 102 + 289 − 2 ⋅ 10 ⋅ 17 cos θ


77 77
340 cos θ = 308 ⇒ cos θ = ⇒ θ = arc cos
85 85

4 Alternativa: B.
  
a = 2 ui+ 2 uj a=b
     
b = 2 ui+ 2 uj d = a − b + c
  
c = −2 uj 
 d = c = −2 uj

5 Alternativa: E.

F1


F3


F2


Pela figura, temos:

F1 = 6i + 10j

F2 = 0i − 10j

F3 = − 6i + 4j
   
Fr = F1 + F2 + F3

Fr = 6i + 10j − 10j − 6i + 4j

Fr = 4j

6 Sx = 20 cos α + 10 cos α − 5 sen α − 3


= 20 ⋅ 0, 8 + 10 ⋅ 0, 8 − 5 ⋅ 0, 6 − 3 = 16 + 8 − 3 − 3 = 18
Sy = −20 sen α + 10 sen α + 11+ 5 cos α
= −20 ⋅ 0, 6 + 10 ⋅ 0, 6 + 11+ 5 ⋅ 0, 8 = −12 + 6 + 11+ 4 = 9

 
 S = 92 + 182 ⇒ S = 9 5
S
9
9 1
θ tg θ = = ⇒ θ = arc tg 0, 5
18 2
18

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 15


7 Ax = k
Ax = k
Ay = 0
Ay = 0
C x = −k Cy = 0
C x = −k Cy = 0
−k k 3
Bx = −k By = k 3
Bx = 2 By = 2
2 2
k k 3
D x = k Dy = − k 3
D x = 2 Dy = − 2
2 2    
I. R x = 0 e R y = 0 ⇒ A + B + C  + D
 = 0
I. R x = 0 e R y = 0 ⇒ A + B + C + D = 0
II. O item anterior mostra o contrário.
II. O item anterior mostra o contrário.
3k   
III. A x + B x − C x = 3k ⇒ A + B − C  ≠ 0
III. A x + B x − C x = 2 ⇒ A + B − C ≠ 0
2    
k k
IV. A x + Bx = k e C x + Dx = − k ⇒ A + B ≠ C  + D

IV. A x + Bx = 2 e C x + Dx = − 2 ⇒ A + B ≠ C + D
2 2
3k 3k
V. B + C = − 3k e − (D + A ) = − 3k
V. Bxx + C xx = − 2 e − (Dxx + A xx ) = − 2
2 2
k 3 k 3
((
B y + C y = k 3 e − Dy + A y = k 3
B y + C y = 2 e − Dy + A y = 2
))
 2   2
Logo: B + C(( )) ((
 = − D
Logo: B + C = − D + A ))
 + A

A x + C x − Bx − Dx = 0     
VI. A x + C x − Bx − Dx = 0  ⇒ A + C (( )) ((
 − B + D
VI. A y + Cy − By − Dy = 0  ⇒ A + C − B + D = 0 ))
 = 0
A y + Cy − By − Dy = 0 
VII. A soma dos módulos só é nula se todos oss vetores
VII. A soma dos módulos só é nula se todos oss vetores
forem nulos.
forem nulos.
VIII. A + C + B + D = 0
VIII. A xx + C xx + B xx + Dxx = 0
Verdadeiras: I, V, VIII
Falsas: II, III, IV, VI, VII


8

a

c


e

 
b d

ay = by e c y = dy e ey = 0 ⇒ R y = 0

Sendo um hexágono, sabemos que:
 
se a = k ⇒ e = 2k

Assim:

ax = k cos 60° = k/2 



bx = k cos 60° = k/2 
 
cx = ax + k = 3k/2 R x = 6k ⇒ R = 6k
dx = bx + k = 3k/2

ex = 2k 

16 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


ANOTAÇÕES






















































MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 17


Frente 2

Aulas
5e6 N������� �������� �� ������� �
��������� �� �����������

• A matéria é constituída de prótons, que têm carga


positiva; de elétrons, que têm carga negativa; e de Seda +
+
nêutrons, que não possuem carga. +
+ +
Vidro +
• As cargas dos elétrons e dos prótons são iguais em va- +
Vidro +
lor absoluto, diferindo apenas no sinal. Em unidades do
SI, e = 1,6·10–19 C (Coulombs).
• Corpo neutro: o número de prótons é igual ao número
Seda ––
de elétrons; corpo positivamente carregado: o número de ––– –– ––

prótons é maior do que o número de elétrons; corpo ne-
gativamente carregado: o número de elétrons é maior do
que o número de prótons. A carga elétrica de um corpo:
Q = ± ne Eletrização por atrito.
• n é o número de elétrons faltantes ou em excesso.

 Princípios fundamentais da b) Eletrização por contato: baseia-se no conceito de con-


dutor em equilíbrio eletrostático. Um condutor está
eletrostática em equilíbrio eletrostático quando não há movimento
a) Princípio da interação de cargas elétricas – Cargas elé- ordenado de cargas elétricas. Para o condutor em equi-
tricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de líbrio eletrostático, as cargas encontram-se sempre na
sinais opostos se atraem. sua superfície, concentrando-se nas pontas, o que ca-
b) Princípio da conservação das cargas elétricas – Em racteriza o poder das pontas.
um sistema fechado, o somatório algébrico das cargas No processo de eletrização por contato, todos os con-
se conserva. Isso quer dizer que cargas elétricas não dutores adquirem cargas elétricas de mesmo sinal.
podem ser criadas nem destruídas. c) Eletrização por indução pode ser separada em etapas:
• Etapa 1: Aproxima-se um corpo carregado (deno-
 Condutores e isolantes minado indutor) do condutor que se queira eletri-
• Isolantes são materiais nos quais as cargas elétricas zar (denominado induzido).
não possuem mobilidade, ou seja, não há grande quan-
tidade de portadores livres de carga elétrica.
indutor induzido
• Os condutores são os materiais nos quais as cargas elé- – +
+  
tricas apresentam elevada mobilidade, ou seja, há uma + +
+
+
+ F1 – + F2
grande quantidade de portadores livres de carga. + +
+ + – +
+  
+ F1 > F2
– +
 Processos de eletrização
a) Eletrização por atrito: um dos materiais perde elé-
trons, ficando positivamente eletrizado, e o outro ga- Etapa 1 do processo de eletrização por indução.
nha elétrons, ficando negativamente eletrizado.

500 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

18 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 5 e 6

• Etapa 2: Na presença do indutor, aterra-se o in-  Eletroscópios


duzido. • Os eletroscópios são instrumentos utilizados para me-
dir se o corpo está carregado ou neutro e, se estiver
indutor induzido carregado, qual o sinal da sua carga.
+ –
• Um eletroscópio de folhas é constituído de uma estru-
+
+
+
+
+

tura metálica com folhas móveis nas pontas, conforme
+ + e–
+ + se vê na figura a seguir.
+ – e–
+

Etapa 2 do processo de eletrização por indução.

• Etapa 3: Ainda na presença do indutor, desfaz-se o


contato com a Terra.

indutor induzido

+ –
+
+ +
+ + –
+ +
+ + Eletroscópio de folhas.
+ –
+

Etapa 3 do processo de eletrização por indução. Estando o eletroscópio neutro e na ausência de qual-
quer corpo, as folhas deverão estar fechadas.
• Etapa 4: Afasta-se o indutor. Ao aproximar do eletroscópio um corpo carregado, as
folhas se abrem. Caso o corpo esteja neutro, nada irá ocorrer.
induzido

– –

– –

Etapa 4 do processo de eletrização por indução.

EXERCÍCIOS DE SALA

1 UEL Uma partícula está eletrizada positivamente com


uma carga elétrica de 4,0·10–15 C. Como o módulo da carga
do elétron é 1,6·10–19 C, essa partícula:
A ganhou 2,5·104 elétrons.
B perdeu 2,5·104 elétrons.
C ganhou 4,0·104 elétrons.
D perdeu 6,4·104 elétrons.
E ganhou 6,4·104 elétrons.

FÍSICA | MEDICINA I 501

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 19


Aulas 5 e 6

2 UFRGS 2015 Em uma aula de Física, foram utilizadas 3 Ufpel A eletrização que ocorre nas gotículas existentes
duas esferas metálicas idênticas, X e Y: X está suspensa por nas nuvens pode ser observada em inúmeras situações diá-
um fio isolante na forma de um pêndulo e Y fica sobre um rias, como quando, em tempo seco, os cabelos são atraídos
suporte isolante, conforme representado na figura abaixo. para o pente, ou quando ouvimos pequenos estalos, por
As esferas encontram-se inicialmente afastadas, estando X ocasião da retirada do corpo de uma peça de lã.
positivamente carregada e Y eletricamente neutra. Nesse contexto, considere um bastão de vidro e quatro
esferas condutoras, eletricamente neutras, A, B, C e D. O
Y
bastão de vidro é atritado, em um ambiente seco, com uma
flanela, ficando carregado positivamente. Após esse pro-
cesso, ele é posto em contato com a esfera A. Esta esfera é,
então, aproximada das esferas B e C – que estão alinhadas
com ela, mantendo contato entre si, sem tocar-se. A seguir,
as esferas B e C, que estavam inicialmente em contato en-
X tre si, são separadas e a B é aproximada da D – ligada à ter-
ra por um fio condutor, sem tocá-la. Após alguns segundos,
esse fio é cortado.
Considere a descrição abaixo de dois procedimentos sim-
ples para demonstrar possíveis processos de eletrização A partir da situação, é correto afirmar que o sinal da carga
e, em seguida, assinale a alternativa que preenche cor- das esferas A, B, C e D é, respectivamente,
retamente as lacunas dos enunciados, na ordem em que A +, +, +, –.
aparecem. B –, –, +, +.
I. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. C +, +, –, –.
Nesse caso, verifica-se experimentalmente que a esfe- D –, +, –, +.
ra X é pela esfera Y. E +, –, +, +.
II. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem.
Enquanto mantida nessa posição, faz-se uma ligação
da esfera Y com a terra, usando um fio condutor. Ainda
nessa posição próxima de X, interrompe-se o contato
de Y com a terra e, então, afasta-se novamente Y de X.
Nesse caso, a esfera Y fica .
A atraída – eletricamente neutra
B atraída – positivamente carregada
C atraída – negativamente carregada
D repelida – positivamente carregada
E repelida – negativamente carregada

502 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

20 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 5 e 6

4 UFSC 2013 A eletricidade estática gerada por atrito é fe- 5 UFTM 2011 A indução eletrostática consiste no fenôme-
nômeno comum no cotidiano. Pode ser observada ao pen- no da separação de cargas em um corpo condutor (induzido),
tearmos o cabelo em um dia seco, ao retirarmos um casaco devido à proximidade de outro corpo eletrizado (indutor).
de lã ou até mesmo ao caminharmos sobre um tapete. Ela Preparando-se para uma prova de Física, um estudante
ocorre porque o atrito entre materiais gera desequilíbrio anota em seu resumo os passos a serem seguidos para ele-
entre o número de prótons e elétrons de cada material, trizar um corpo neutro por indução, e a conclusão a respei-
tornando-os carregados positivamente ou negativamente. to da carga adquirida por ele.
Uma maneira de identificar qual tipo de carga um material
adquire quando atritado com outro é consultando uma lista Passos a serem seguidos:
elaborada experimentalmente, chamada série triboelétri- I. Aproximar o indutor do induzido, sem tocá-lo.
ca, como a mostrada abaixo. A lista está ordenada de tal II. Conectar o induzido à Terra.
forma que qualquer material adquire carga positiva quando III. Afastar o indutor.
atritado com os materiais que o seguem. IV. Desconectar o induzido da Terra.

Materiais Materiais
Conclusão:
1 Pele humana seca 10 Papel No final do processo, o induzido terá adquirido cargas de
2 Couro 11 Madeira sinais iguais às do indutor.
3 Pele de coelho 12 Latão
4 Vidro 13 Poliéster Ao mostrar o resumo para seu professor, ouviu dele que,
5 Cabelo humano 14 Isopor
para ficar correto, ele deverá:
6 Náilon 15 Filme de PVC
A inverter o passo III com IV, e que sua conclusão está
7 Chumbo 16 Poliuretano
8 Pele de gato 17 Polietileno
correta.
9 Seda 18 Teflon B inverter o passo III com IV, e que sua conclusão está
errada.
Com base na lista triboelétrica, assinale a(s) proposição(ões) C inverter o passo I com II, e que sua conclusão está errada.
correta(s). D inverter o passo I com II, e que sua conclusão está correta.
01 A pele de coelho atritada com teflon ficará carregada E inverter o passo II com III, e que sua conclusão está er-
positivamente, pois receberá prótons do teflon. rada.
02 Uma vez eletrizados por atrito, vidro e seda quando
aproximados irão se atrair.
04 Em processo de eletrização por atrito entre vidro e
papel, o vidro adquire carga de +5 unidades de carga,
então o papel adquire carga de –5 unidades de carga.
08 Atritar couro e teflon irá produzir mais eletricidade es-
tática do que atritar couro e pele de coelho.
16 Dois bastões de vidro aproximados depois de atritados
com pele de gato irão se atrair.
32 Um bastão de madeira atritado com outro bastão de
madeira ficará eletrizado.
Soma:

GUIA DE ESTUDO
Física | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 119 a 131.
II. Faça os exercícios de 2 a 4 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 1 a 5, 7 e 8.

FÍSICA | MEDICINA I 503

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 21


 Orientações
Na primeira aula do curso de eletrostática, os principais conceitos a serem abordados são a quantização da carga e os
processos de eletrização. É importante que o aluno entenda que a carga elétrica é mensurável e sempre múltiplo de um
valor, que é a carga elétrica fundamental. Para ilustração da aula, talvez seja interessante citar o experimento de Millikan.
No que diz respeito aos processos de eletrização, o aluno deverá compreender que a eletrização por atrito acontece
quando há pelo menos um isolante e que os corpos adquirem cargas de sinais opostos, da mesma forma que a eletrização
por indução, utilizada para os condutores. Na eletrização por contato, utilizada também para estes, os corpos adquirem
cargas de mesmo sinal. Para a eletrização por atrito, talvez seja interessante mostrar uma tabela de triboeletricidade.

OPCIONAL 1 UFPB 2012 Uma esfera condutora A, carregada positivamente, é aproximada de uma outra esfera condutora B,
que é idêntica à esfera A, mas está eletricamente neutra. Sobre processos de eletrização entre essas duas esferas, identifique as
afirmativas corretas:
Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato, uma força de atração surgirá entre essas esferas.
Ao aproximar a esfera A da B, havendo contato, e em seguida separando-as, as duas esferas sofrerão uma força de
repulsão.
Ao aproximar a esfera A da B, havendo contato, e em seguida afastando-as, a esfera A ficará neutra e a esfera B ficará
carregada positivamente.
Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato, e em seguida aterrando a esfera B, ao se desfazer esse aterramento,
ambas ficarão com cargas elétricas de sinais opostos.
Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato, e em seguida afastando-as, a configuração inicial de cargas não
se modificará.

OPCIONAL 2 IFSP 2011 Um estudante deseja determinar o estado de eletrização de uma bexiga de aniversário. Para isso, ele
aproxima um corpo A, que não se sabe se está ou não eletrizado, e observa que há atração com a bexiga. Após isso, ele pega
outro corpo B, carregado positivamente, e aproxima-o da bexiga e verifica novamente a atração. A partir dessa
sequência, são feitas as seguintes afirmações.
I. Não se pode afirmar se o estado de eletrização da bexiga é neutro ou carregado.
II. Se o corpo A estiver negativamente carregado, então a bexiga está necessariamente neutra.
III. Se o corpo A estiver carregado positivamente, então a bexiga estará necessariamente carregada com carga negativa.
São corretas as afirmações:
(a) I, apenas. (c) I e III, apenas. (e) I, II e III.
(b) II, apenas. (d) I e II, apenas.

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 Alternativa: B.
|Q| = ne → 4,0 ⋅ 10–15 = n ⋅ 1,6 ⋅ 10–19
n = 2,5 ⋅ 104 elétrons

2 Alternativa: C.
I. Quando um corpo neutro se aproxima de um corpo eletrizado, este sofre polarização de cargas, havendo entre eles
força de atração. Portanto, a esfera X é atraída pela esfera Y. A figura a seguir ilustra a situação:
++
+ + − +
+ − +
+ + − +
x + − y +
+ + − +
+ − +
+ + − +

II. Observa-se também na figura que, ao se ligar a esfera Y à terra, elétrons são atraídos pela esfera X e sobem pelo fio
terra, deixando a esfera Y negativamente carregada.

22 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


3 Alternativa: E.
O bastão estando carregado positivamente e sendo a esfera A carregada por contato, pode-se afirmar que a esfera A estará
carregada positivamente.
Já as esferas B e C, estando em contato, podem ser consideradas como um único condutor. Ao aproximarmos de A, B fica
negativamente carregada, e C positivamente carregada.
A esfera D, por sua vez, sendo eletrizada pela B, por indução, fica positivamente carregada.
A – positiva, B – negativa, C – positiva, D – positiva

4 Soma = 14
01 Incorreta. A pele de coelho atritada com teflon ficará positiva, porque cederá elétrons ao teflon.
02 Correta. O vidro ficará com carga positiva e a seda com carga negativa, portanto, quando aproximados, irão se atrair.
04 Correta. Na eletrização por atrito, os corpos adquirem cargas de mesmo módulo e de sinais opostos.
08 Correta. Couro e teflon estão mais distantes na série triboelétrica.
16 Incorreta. Os dois bastões de vidro atritados com a pele de gato adquirirão cargas positivas, repelindo-se quando
aproximados.
32 Incorreta. São do mesmo material.

5 Alternativa: B.
Os passos I e II estão corretos. Deve-se inverter os passos III e IV.
Em processos de eletrização por indução, os corpos adquirem cargas de sinais opostos.

Opcional 1: Verdadeiro. A esfera neutra polariza-se e ocorre a atração entre elas:


+ +
+ -- +
+ - +
+ - +
- neutra
+ - +
+ -- +

Verdadeiro. Havendo contato, a carga irá se distribuir igualmente pelas duas esferas:
+ +
+ +
+ +
+ neutra +

+ +
+ +

Quando elas forem afastadas, haverá repulsão:


+ +
+ +
+ +
+ neutra +
+ +
+ +

Falso. Contraria o que foi explicado acima.

Verdadeiro. Ao aterrarmos a esfera B, as cargas positivas serão neutralizadas por elétrons que vêm da Terra.
+ +
--
+
+ -- + +
+ - + + -
+ - + + -
- neutra
- neutra

+ - + + -
+ -- + elétrons + --

Verdadeiro. Tudo volta ao início já que não houve transferência de cargas.

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 23


Opcional 2: Alternativa: D.
Entre o corpo A e a bexiga as forças são de atração. Entre o corpo B e a bexiga as forças também são de atração. Então temos
as seguintes hipóteses:
Tabela I Tabela II
Linha Corpo A Bexiga Corpo B Bexiga
(1) + – + –
(2) – + + 0
(3) + 0
(4) – 0
(5) 0 +
(6) 0 –

Com base nessas hipóteses, analisemos as afirmativas, confrontando as duas tabelas.


I. Correta. Pelas linhas (1) e (3) da tabela I e pelas linhas (1) e (2) da tabela II, a bexiga pode estar neutra ou carregada
negativamente.
II. Correta. Pelas linhas (4) da tabela I e (2) da tabela II.
III. Incorreta. A linha (3) da tabela I e a (2) da tabela II mostram que a bexiga pode estar neutra.

ANOTAÇÕES


































24 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


ANOTAÇÕES






















































MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 25


Frente 2

Aulas
7e8 A L�� �� C������

• A Lei de Coulomb: cargas elétricas atraem ou se repe- Assim, o termo 1 é denominado constante eletrostática
4πε
lem na razão direta dos módulos de suas cargas e no do meio (K), que para o vácuo vale:
inverso do quadrado da distância.
1
K0 = = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2 / C2
4 πε0
1 Q q
F= • Como a carga de 1 C é muito grande, é comum utilizar-
4πε d2
-se alguns submúltiplos do Coulomb:

Submúltiplo Lê-se como: Valor


d
mC milicoulomb 10–3 C
Q µC microcoulomb 10–6 C
q nC nanocoulomb 10–9 C
pC picocoulomb 10–12 C
carga carga de
fonte prova • Em distâncias não muito grandes entre as cargas, po-
de-se considerar que as forças que agem sobre elas
Lei de Coulomb. formam um par ação e reação. Dessa forma, as forças
têm a mesma direção da reta que une as cargas, e sen-
tidos que são definidos pelo princípio da interação das
• Na equação anterior, ε é denominada permissividade elé-
cargas elétricas, o qual afirma que cargas de mesmo si-
C2
trica do meio, que para o vácuo vale ε0 = 8,85 ⋅ 10 −12 . nal se repelem e cargas de sinais diferentes se atraem.
N ⋅ m2

EXERCÍCIOS DE SALA

1 Unirio Duas esferas metálicas idênticas, de dimensões


desprezíveis, eletrizadas com cargas elétricas de módulos Q
e 3Q atraem-se com força de intensidade 3,0 ⋅ 10–1 N quan-
do colocadas a uma distância d, em certa região do espaço.
Se forem colocadas em contato e, após equilíbrio eletros-
tático, levadas à mesma região do espaço e separadas pela
mesma distância d, a nova força de interação elétrica entre
elas será:
A repulsiva de intensidade 1,0⋅ 10–1 N.
B repulsiva de intensidade 1,5⋅ 10–1 N.
C repulsiva de intensidade 2,0⋅ 10–1 N.
D atrativa de intensidade 1,0⋅ 10–1 N.
E atrativa de intensidade 2,0⋅ 10–1 N.

504 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

26 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 7 e 8

2 UFRRJ Duas cargas elétricas puntiformes de valores 3 UFTM 2012 O gráfico mostra como varia a força de re-
iguais a 2·10–6 C e 5·10–6 C estão distantes 30 cm no vá- pulsão entre duas cargas elétricas, idênticas e puntiformes,
cuo. Considerando a constante eletrostática como sendo em função da distância entre elas.
9·109 N · m2/C2, a força elétrica entre as cargas é de:
A 1N F(N)
B 2N
C 3N
9⋅103
D 4N
E 5N
F
0,2 0,4 d(m)

Considerando a constante eletrostática do meio como


K = 9 ·109 N · m2/C2, determine:
a) o valor da força F.
b) a intensidade das cargas elétricas.

FÍSICA | MEDICINA I 505

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 27


Aulas 7 e 8

4 Fuvest Três objetos com cargas elétricas idênticas estão 5 UEL 2011 Devido ao balanceamento entre cargas elétri-
alinhados como mostra a figura. O objeto C exerce sobre B cas positivas e negativas nos objetos e seres vivos, não se
uma força igual a 3,0·10–6 N. observam forças elétricas atrativas ou repulsivas entre eles,
em distâncias macroscópicas. Para se ter, entretanto, uma
A B C ideia da intensidade da força gerada pelo desbalanceamen-
to de cargas, considere duas pessoas com mesma altura e
peso separadas pela distância de 0,8 m. Supondo que cada
1 cm 3 cm uma possui um excesso de prótons correspondente a 1%
A força elétrica resultante dos efeitos de A e C sobre B é: de sua massa, a estimativa da intensidade da força elétrica
A 2,0·10–6 N resultante desse desbalanceamento de cargas e da massa
B 6,0·10–6 N que resultará numa força-peso de igual intensidade são
C 12,0·10–6 N respectivamente:
D 24,0·10–6 N
E 30,0·10–6 N Considere a massa do próton igual a 1,7·10–27 kg.
O valor da carga elementar é: 1,6·10–19 C

Dado
Massa de uma pessoa: m = 70 kg

A 9·1017 N e 6·103 kg
B 60·1024 N e 6·1024 kg
C 9·1023 N e 6·1023 kg
D 4·1017 N e 4·1016 kg
E 60·1020 N e 4·1019 kg

GUIA DE ESTUDO
Física | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 1
I. Leia as páginas 131 e 132.
II. Faça os exercícios propostos 9, de 11 a 13 e de 15 a 18.

506 FÍSICA | MEDICINA I

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28 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


 Orientações
Para as aulas da Lei de Coulomb, é importante mostrar que esta se presta a cargas puntiformes ou a distribuições es-
féricas e homogêneas de carga. O caso de cargas com distribuições diferentes das anteriormente citadas é normalmente
resolvido com a Lei de Gauss ou com cálculo, ou seja, fora do escopo do curso. Outro detalhe importante é a apresenta-
ção do conceito de permissividade elétrica (ε). O aluno deverá saber que o vácuo é o meio com a menor permissividade
1
elétrica. Assim, a sua constante eletrostática é a maior que existe. Logo, a força eletrostática entre duas cargas
4⋅π⋅ε
puntiformes no vácuo é maior do que em qualquer outro meio, mantidas todas as outras variáveis constantes. Por fim,
é importante que o aluno adquira habilidade mental com grandezas que variam inversamente com o quadrado. É muito
comum o aluno fazer confusões, como: “A distância entre duas cargas é dobrada, então a força fica dividida por dois”,
sendo o correto “fica dividida por quatro”. Havendo tempo, é interessante fazer a análise gráfica da Lei de Coulomb.

OPCIONAL 1 UFT 2011 Três cargas elétricas possuem a seguinte configuração: A carga q0 é negativa e está fixa na origem.
A carga q1 é positiva, movimenta-se lentamente ao longo do arco de círculo de raio “R” e sua posição angular varia de θ1 = 0
a θ1 = π [radianos]. A carga q2 está sobre o arco inferior e tem posição fixa dada pela coordenada angular θ2. O sistema de
coordenadas angulares é o mesmo para as cargas q1 e q2 e suas posições angulares são definidas por θ1 e θ2 respectivamente
(ver desenho). As componentes Fx e Fy da força elétrica resultante atuando na carga q0 são mostradas nos gráficos abaixo.
Baseado nestas informações qual das alternativas abaixo é verdadeira?
Fx [N]
y

R q1
θ1 π/2 θ1[rad] π

q0 x
Fy [N]
0

π/2 θ1[rad] π

(a) As três cargas possuem módulos iguais, q2 é positiva e está fixa em uma coordenada θ2 = (3/ 2)π.
(b) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é positiva e está fixa em uma coordenada θ2 = (5/ 3)π.
(c) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é positiva e está fixa em uma coordenada θ2 = (3/ 2)π.
(d) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é positiva e está fixa em uma coordenada θ2 = (3/ 2)π.
(e) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é negativa e está fixa em uma coordenada θ2 = (3/ 2)π.

OPCIONAL 2 PUC–Rio 2010 (Adapt.) O que acontece com a força entre duas cargas elétricas (+Q) e (–q) colocadas a uma
distância (d) se mudarmos a carga (+Q) por (+4Q), a carga (–q) por (+3q) e a distância (d) por (2d)?

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 Alternativa: A.
Se as cargas se atraem, elas têm sinais opostos. Ao serem colocadas em contato, cada uma adquirirá uma carga de módulo
3Q − Q
igual a Qeq = = Q.
2
Assim, tem-se inicialmente que:
K ⋅ Q ⋅ 3Q K ⋅ 3Q2
3 ⋅ 10 −1 = → 3 ⋅ 10 −1 =
d2 d2
Na situação final, tem-se que:
K ⋅Q⋅Q K ⋅ Q2
F' = 2
→ F' = → F ' = 1, 0 ⋅ 10 −1 N repulsiva, pois as cargas têm o mesmo sinal após o contato.
d d2

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 29


2 Alternativa: A.

K Q1 Q2
F=
d2

F=
(
9 ⋅ 109 ⋅ 2 ⋅ 10−6 ⋅ 5 ⋅ 10−6 )( )
−2
9 ⋅ 10
F = 1N


3 a) Aplicando a Lei de Coulomb aos pontos mostrados no gráfico:

K Q 2

F=
2
K Q (0, 3)2
÷⇒
F
=
KQ
2

(0,1) ⇒
2


d2  KQ
2 9 ⋅ 103 (0, 3) K Q 2
2
3
9 ⋅ 10 =
 (0,1)2
F (0,1)2 F 1
⇒ 3
= 2
⇒ 3
= ⇒ F = 1⋅103 N
9 ⋅ 10 (0, 3) 9 ⋅ 10 9

b) Aplicando novamente a Lei de Coulomb:


2
KQ 2 F 9 ⋅ 103
F= 2
⇒ K Q = Fd2
⇒ Q = d ⇒ Q = 0, 1 9
= 0,1⋅ 10−6 ⇒ Q = 1⋅ 10−4 C
d K 9 ⋅ 10

4 Alternativa: D.
qA = qB = qC = q
Kq2
FBC = = 3 ⋅ 10−6 N
( )
2
3 ⋅ 10−2
2 −10
Kq = 27 ⋅ 10
Kq2 27 ⋅ 10−10
FAB = = = 27 ⋅ 10−6 N
(10 ) 10−4
2
−2

FR = 24,0 ⋅ 10−6 N

5 Alternativa: B.
Massa do excesso de prótons:
1
m = 1% M = ⋅ 70 ⇒ m = 0, 7 kg
100
A quantidade de prótons é dada por:
0, 7
n= ⇒ n = 4,1⋅ 1026
1, 7 ⋅ 10−27
A carga (Q) de cada pessoa é dada por:

Q = ne = 4,1⋅ 1026 ⋅ 1, 6 ⋅ 10−19 = 6, 6 ⋅ 107 C


A intensidade da força de repulsão entre as pessoas é dada por:

( )
2
KQ2 9 ⋅ 109 ⋅ 6, 6 ⋅ 107 9 ⋅ 109 ⋅ 43, 56 ⋅ 1014
F= 2
= 2
= ⇒ F ≈ 60 ⋅ 1024 N.
d 0, 8 0, 64

A massa correspondente a um peso de igual intensidade é:

P = F = mg ⇒ 60 ⋅ 1024 = m ⋅ 10 ⇒ m = 6 ⋅ 1024 kg

30 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Opcional 1: Alternativa: D.
y
q1
π
Observe que quando θ1 = → Fx = 0, o que nos leva à seguinte configuração:
2
Nesta configuração, observamos que a força resultante é negativa (sentido contrário ao de y).
q0 x Como a força entre q1, q2 e q0 é atrativa (sentido positivo de y), devemos ter uma força
atrativa entre q2 e q0 (sentido contrário ao de y) maior que a primeira. Portanto, q2 deve ser
positiva e maior que q1.
q2

Opcional 2: Tem seu módulo triplicado e passa a ser repulsiva.


+Q
F F
−q K | Q || q|
Na primeira situação: F = . (I)
d2
d
Na segunda situação:
+4 Q +3q
F’ F’
K | 4Q || 3q | 12 K | Q || q| K | Q || q|
2d F’ = = =3 . (II)
2 2
( 2d) 4d d2

Pode-se ver, pela comparação, que o módulo da força F é três


vezes menor que o da força F´.

ANOTAÇÕES

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 31


ANOTAÇÕES

32 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Frente 2

A L�� �� C������ ���� �������� Aulas


�� ���� �� ���� ������ ��� 9 a 12
����������
• O princípio da superposição de cargas afirma que o 
Qa Fab Qb
efeito final da presença de várias cargas é a superposi-
ção, ou seja, a soma vetorial das forças que cada carga
exerce individualmente sobre as outras.
 FR2 = Fab2 + Fac2
Q1 Fac 
–Q2 FR

Qc

 F2
F3
+q
Força resultante na carga Q a.

 
Fn F1 Q3 • No caso de as forças não formarem um ângulo reto,
ainda no caso de três cargas somente, pode ser utiliza-
–Qn da a Lei dos Cossenos aplicada à soma de vetores:

Princípio da superposição de cargas. FR

• FR = F1 + F2 + ... + Fn 
F23
• Para sistemas de três cargas que formam um ângulo
reto, a melhor solução é a aplicação do Teorema de 
F13
Pitágoras: θ

Q2
Força resultante na carga Q 2.

FR = F132 + F232 + 2F13 F23 cosθ

EXERCÍCIOS DE SALA
+q −2q +q −2q
a a
+q −2q +q −2q
a 
1 Unicamp 2014 A atração e a repulsão entre partículas A a
−q  C F
−q F
carregadas têm inúmeras aplicações industriais, tal como a −q
F
a a a −q a
F
a A a a a
pintura eletrostática. As figuras abaixo mostram um mesmo A
A
A
conjunto de partículas carregadas, nos vértices de um qua- a a
+q a −2q +q −2q
drado de lado a, que exercem forças eletrostáticas sobre a a
+q −2q +q −2q
carga A no centro desse quadrado. Na situação apresenta- +q −2q +q −2q
a
da, o vetor que melhor representa a força resultante agindo B +q
a
−2q D +q
a
a
−2q
sobre a carga A se encontra na figura −q  −q
−q
F
a  a a F −q a
a F A a a A a
F A A
a a
+q a −2q +q −2q
a
+q −2q +q −2q

FÍSICA | MEDICINA I 507

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MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 33


Aulas 9 a 12

2 Mackenzie 3 Um pêndulo elétrico de comprimento  e massa m = 0,12 kg


eletrizado com carga Q é repelido por outra carga igual fixa
C3 no ponto A. A figura mostra a posição de equilíbrio do pên-
dulo. Sendo g = 10 m/s2, calcule Q.
30 cm 30 cm
120o
Solo O
C1 C2

Num plano vertical, perpendicular ao solo, situam-se três  0,40 m


pequenos corpos idênticos, de massas individuais iguais a m
e eletrizados com cargas de 1,0 µC cada uma. Os corpos C1
A
e C2 estão fixos no solo, ocupando, respectivamente, dois Q Q
dos vértices de um triângulo isósceles, conforme a figura 0,30 m
acima. O corpo C3, que ocupa o outro vértice do triângulo,
está em equilíbrio quando sujeito exclusivamente às for-
ças elétricas e ao seu próprio peso. Adotando g = 10 m/s2
e k0 = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, podemos afirmar que a massa m
de cada um desses corpos é:
A 10 g
B 3,0 g
C 1,0 g
D 0,030 g
E 0,010 g
4 FGV 2010 Posicionadas rigidamente sobre os vértices de
um cubo de aresta 1 m, encontram-se oito cargas elétricas
positivas de mesmo módulo.
Sendo k o valor da constante eletrostática do meio que en-
volve as cargas, a força resultante sobre uma nona carga
elétrica também positiva e de módulo igual ao das oito pri-
meiras, abandonada em repouso no centro do cubo, terá
intensidade:
A zero.
B k· Q2
C 2k ⋅ Q 2
D 4k· Q4
E 8k· Q2

508 FÍSICA | MEDICINA I

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34 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 9 a 12

5 Unicamp 2013 Em 2012 foi comemorado o centenário 6 UEM 2012 (Adapt.) João fixou quatro cargas elétricas
da descoberta dos raios cósmicos, que são partículas pro- pontuais não nulas sobre um plano horizontal, de modo que
venientes do espaço. cada carga se situe sobre um vértice diferente de um mes-
a) Os neutrinos são partículas que atingem a Terra, mo quadrilátero convexo ABCD; isto é, as medidas de seus
provenientes em sua maioria do Sol. Sabendo-se ângulos internos são todas inferiores a 180o. Além disso,
que a distância do Sol à Terra é igual a 1,5 ·1011 m, a força elétrica resultante das cargas situadas em B, C e D
e considerando a velocidade dos neutrinos igual a atuando sobre o vértice A é nula. Levando-se em conta a
3,0 ·108 m/s, calcule o tempo de viagem de um neu- situação descrita, assinale o que for correto.
trino solar até a Terra. 01 Os sinais das cargas situadas nos vértices adjacentes ao
b) As partículas ionizam o ar e um instrumento usado vértice A devem ser opostos.
para medir esta ionização é o eletroscópio. Ele consiste 02 Se João colocou nos vértices adjacentes a A cargas de
em duas hastes metálicas que se repelem quando car- mesmo módulo, e tais vértices equidistam de A, então
regadas. De forma simplificada, as hastes podem ser o quadrilátero formado é, necessariamente, um tra-
tratadas como dois pêndulos simples de mesma massa pézio.
m e mesma carga q localizadas nas suas extremidades. 04 Se o valor de uma das cargas colocadas em B, C ou D
O módulo da força elétrica entre as cargas é dado por for alterado, a força resultante na carga colocada em A
q2 continuará, forçosamente, nula.
Fe = K , sendo K = 9·109 N·m2/C2. Para a situação ilus-
d2 08 João pode ter obtido a situação utilizando quatro car-
trada na figura a seguir, qual é a carga q, se m = 0,004 g? gas de mesmo módulo e dispondo-as sobre os vértices
de um losango cujo ângulo interno do qual A é vértice
 mede 120 graus.
T 45°
16 No caso em que o quadrilátero em questão é um qua-
 drado, o módulo da carga situada sobre o vértice C
Fe
d = 3 cm (oposto a A) deve ser, necessariamente, o dobro do
 módulo da carga que ocupa o vértice B.
mg

Soma:
Dado
g = 10 m/s²

GUIA DE ESTUDO
Física | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 1
I. Leia as páginas 133 e 134.
II. Faça os exercícios 5 e 6 da seção "Revisando".
III. Faça os exercícios propostos de 19 a 22, 27 e 30.

FÍSICA | MEDICINA I 509

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 35


 Orientações
Para essas aulas, as ferramentas fundamentais são a regra do paralelogramo e a lei dos cossenos.
Se o aluno conseguiu compreender adequadamente a aula anterior, o trabalho do professor é explicar que o princí-
pio da superposição aplica-se para o cálculo da força em sistemas de mais de duas cargas, ou seja, basta utilizar a Lei de
Coulomb para os diversos pares de carga e, depois, superpô-las por meio de um somatório vetorial. Para a realização do
somatório vetorial, será necessário apresentar a regra do paralelogramo e a expressão para soma de vetores em origem
comum. Como nos vestibulares o ângulo de 90° é muito comum, esse caso deverá ser trabalhado pelo Teorema de Pi-
tágoras. Para o caso em que a lei dos cossenos seja utilizada, vale frisar que o sinal é positivo para o produto 2abcos θ,
 
em que a e b são os módulos dos vetores a serem somados e θ é o ângulo entre os vetores a e b quando colocados em
origem comum; ficando a expressão do módulo do vetor soma (s) dado por s = a2 + b2 + 2ab cosθ

OPCIONAL Mackenzie Nos vértices de um triângulo equilátero de altura 45 cm, estão fixas as cargas puntiformes QA, QB e
QC, conforme a ilustração a seguir. As cargas QB e QC são idênticas e valem −2,0 µC cada uma. Em um dado instante, foi
abandonada do repouso, no baricentro desse triângulo, uma partícula de massa 1,0 g, eletrizada com a Q = +1,0 µC e, nesse
instante, a mesma sofreu uma aceleração de módulo 5,0 ⋅ 102 m/s2, segundo a direção da altura h1, no sentido de A para M.
Neste caso, a carga fixada no vértice A é:

A
QA

h1

B C
Dado : k 0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2 C2
M
QB QC

(a) Q A = +3, 0 µC
(b) Q A = −3, 0 µC
(c) Q A = +1, 0 µC
(d) Q A = +5, 0 µC
(e) Q A = −5, 0 µC

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 Alternativa: D.
A resultante das forças atrativas e repulsivas agindo sobre a carga A é mostrada na figura:

Q1 = +q Q2 = -2q

 
F1 + F3


F -q

 
F2 + F4

Q4 = +q Q3 = -2q

36 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


2 Alternativa: A.
Dada a distribuição das forças que formam um triângulo equilátero (condição necessária para o equilíbrio), tem-se que:

( )
2
Kq2 9 ⋅ 109 ⋅ 10 −6
m⋅ g = →m= → m = 10 −2 kg, ou 10 g
d2
(3 ⋅10 )
2
−1
⋅ 10

3 
T α  3
P tg α =
4

Fel

Fel. KQ2 3
tgα = = 2 =
P d mg 4
0,09 ⋅ 12
, ⋅3
KQ2 =
4
KQ2 = 0,081
0,081
Q2 = = 0,009 ⋅ 10−9
9 ⋅ 109
Q2 = 9 ⋅ 10−12
Q = 3 ⋅ 10−6 C


4 Alternativa: A.
Em cada uma das extremidades diagonais que passam pelo centro do cubo há duas cargas. Devido ao fato de elas terem
a mesma carga e estarem à mesma distância da carga do centro, a força que uma dessas cargas exerce na carga central
é anulada pela carga diagonalmente oposta (as forças têm mesma intensidade, porém sentidos opostos). Assim, a força
resultante na carga central é nula.

∆s
5 a) Como v =
, teremos:
∆t
∆s 1, 5 ⋅ 1011
v= ⇒ 3, 0 ⋅ 108 = ⇒ ∆t = 0, 5 ⋅ 103 s
∆t ∆t
Resposta: ∆t = 5 ⋅ 102 s

   
T + mg + Fe = 0
b)


45° mg
 T


Fel

F F
tg 45° = el ⇒ 1 = el ⇒ Fel = mg
mg mg

Kq2
Como Fel = :
d2

Kq2
Fel = mg ⇒ 2 = mg
d

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 37


De acordo com o enunciado:

K = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2 / C2
d = 3 cm = 3 ⋅ 10−2 m
m = 0, 004 g = 4 ⋅ 10−6 kg
2
g = 10 m / s
Substituindo os valores:

Kq2 9 ⋅ 109 q2
= mg ⇒ = 4 ⋅ 10−6 ⋅ 10 ⇒ q2 = 4 ⋅ 10−18
( )
2 2
d 3 ⋅ 10 −2

Resposta: q = 2 ⋅ 10−9 C

6 Soma = 08
Obs.: entendamos, aqui, vértices adjacentes como vértices consecutivos.
01 Incorreto. Uma das possibilidades de equilíbrio está mostrada na figura abaixo.

FC

D FD A

FBD FB

C B

Como se pode notar, ambas as cargas situadas nos vértices B e D, adjacentes ao vértice A, atraem a carga situada no
vértice A, logo elas têm mesmo sinal.
02 Incorreto. Pode ser, por exemplo, um quadrilátero como o mostrado abaixo, que não é um trapézio.

FC

D FD A

FBD FB

C
B
04 Incorreto. O valor das cargas elétricas em B, C e D determinam o valor da força resultante sobre a carga colocada em A.
08 Correto. Em um losango em que um dos ângulos internos é 120°, a diagonal menor tem a mesma medida (L) do lado.
Assim, se a carga A está em um desses vértices, ela equidista das outras três, que, por terem mesmo módulo, exercerão
sobre ela forças de mesma intensidade (F). Da mecânica, sabemos que se três forças de mesma intensidade formam,
duas a duas, 120° entre si a resultante delas é nula. A figura a seguir ilustra essa situação.
L
D

L L
L

F F
120°

B A
L F
F
16 Incorreto. No caso de o quadrilátero ser um quadrado, para que a força resultante seja nula, as cargas nos vértices
adjacentes, B e D, devem necessariamente ter mesmo módulo, caso contrário a resultante não tem a mesma direção
da bissetriz, impedindo a condição de força resultante nula.

38 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Considerando q o módulo da carga no vértice A, Q o módulo das cargas nos vértices adjacentes B e D, e Q’ o módulo
da carga no vértice oposto, C, as forças aplicadas sobre a carga no vértice A são as mostradas na figura, para o caso
de equilíbrio.

Q' L Q
C D

L 2
L L
F 2
F

B A
Q L F q
F 2

Lembrando que a diagonal de um quadrado de lado L é L 2 , calculemos, então, o módulo de Q’.


KQ q
FBA = FDA = F =
L2
K Q' q K Q' q K Q' q Q' Q
FCA = =F 2⇒ = 2⇒ = 2 2 ⇒ Q ' = 2 2Q
(L 2 ) (L 2 )
2 2
L2 2L2
L

Opcional 1: Alternativa: A.
O ângulo formado pelas forças geradas por QB e QC na carga que está inicialmente no baricentro é igual a 120° e, além
disso, elas têm o mesmo módulo.

9 ⋅ 109 ⋅ 2 ⋅10−6 ⋅10−6


Logo: FBC = 2 ⋅ 2
⋅ cos 60° = 2 ⋅10 −1 N
2 −2 
 3 ⋅ 45 ⋅10 
 
A força resultante na carga colocada no baricentro é dada por:

FR = ma = 10−3 ⋅ 5 ⋅ 102 = 5 ⋅ 10−1 N


Assim, como a resultante aponta para baixo, tem-se que:

9 ⋅ 109 ⋅ 10 −6 ⋅ Q A
5.10 −1 = FA + FBC → 5 ⋅ 10 −1 = 2
+ 2 ⋅10 −1
2 −2 
 ⋅ 45 ⋅ 10 
3
3 ⋅ 10 −1 = 105 ⋅ Q A → Q A = +3 ⋅ 10 −6 C, ou +3 µC


ANOTAÇÕES















MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 39


C���� �������� ������
Frente 2

Aulas
13 e 14 ��� ������ ����������� �
������������� �� ����� ��������
��� ���� �� ������ �� �����
 Campo elétrico • O gráfico do campo elétrico em função da distância à
• A transmissão da força elétrica de um corpo carregado carga é visto na figura a seguir.
a outro pode ser modelada por meio da ação de um
campo elétrico (E) que surge em torno de um corpo E
E= K Q
d
2

eletricamente carregado. Quando outro corpo também


eletricamente carregado é colocado na presença do
campo elétrico, surge nesse corpo uma força elétrica
dada por: O d
Gráfico E × d.
 F = qE
E  
Fe E

• Observe que o campo elétrico decai com o inverso do
carga de Fe
carga de quadrado da distância.
prova +q
prova –q
Linhas de força do campo elétrico
+ +
• As linhas de força do campo elétrico podem ser defi-
carga fonte Q carga fonte Q nidas como linhas que tangenciam o campo elétrico
em todos os pontos por elas representados, as quais se
 
Fe
orientam das cargas positivas para as cargas negativas
E carga de
prova +q
 e nunca se cruzam.
 E
Fe carga de
prova –q E

– – linha de força

carga fonte Q carga fonte Q P

Representação do campo e da força elétrica. Esquema da linha de força do campo elétrico.

• Cargas positivas geram campos elétricos que apontam • Por meio da análise das linhas de força do campo elé-
para fora delas, e cargas negativas geram campos elé- trico podem ser obtidas importantes informações, tais
tricos que apontam para elas. como intensidade, direção e sentido. Na figura a seguir,
observa-se a configuração de linhas de força para um
Campo elétrico gerado por carga puntiforme bipolo elétrico, ou seja, duas cargas puntiformes de
• O campo elétrico a uma distância d da carga é dado por: mesmo módulo e de sinais opostos.
KQ
E= (N/C )
d2

carga fonte positiva


+Q 
P E – +
d
carga fonte negativa 
E P
–Q d

Esquema de campo elétrico em um ponto P gerado por uma carga posi-


tiva e uma negativa. Linhas de força para um bipolo elétrico.

510 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

40 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 13 e 14
EXERCÍCIOS DE SALA

1 PUC-RS Uma pequena esfera de peso 6,0⋅ 10–3 N e carga 2 UFRGS 2013 Na figura abaixo, está mostrada uma série
elétrica 10,0⋅ 10–6 C encontra-se suspensa verticalmente de quatro configurações de linhas de campo elétrico.
por um fio de seda, isolante elétrico e de massa desprezível.
A esfera está no interior de um campo elétrico uniforme de
300 N/C, orientado na vertical e para baixo. Considerando
1 2
que a carga elétrica da esfera é inicialmente positiva e
posteriormente negativa, as forças de tração no fio são,
respectivamente,
A 3,5⋅ 10–3 N e 1,0⋅ 10–3 N
B 4,0⋅ 10–3 N e 2,0⋅ 10–3 N
C 5,0⋅ 10–3 N e 2,5⋅ 10–3 N 3 4
D 9,0⋅ 10–3 N e 3,0⋅ 10–3 N
E 9,5⋅ 10–3 N e 4,0⋅ 10–3 N

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-


nas da sentença abaixo, na ordem em que aparecem.
Nas figuras _____________, as cargas são de mesmo sinal
e, nas figuras _____________, as cargas têm magnitudes
distintas.
A 1e4–1e2
B 1e4–2e3
C 3e4–1e2
D 3e4–2e3
E 2e3–1e4

FÍSICA | MEDICINA I 511

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 27-10-2016 (16:25)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 41


Aulas 13 e 14

3 UFRGS 2012 As cargas elétricas +Q, –Q e +2Q estão dis- 4 Unimontes 2011 Duas cargas puntiformes Q e q são se-
postas num círculo de raio R, conforme representado na paradas por uma distância d, no vácuo (veja figura). Se, no
figura abaixo. ponto P, o campo elétrico tem módulo nulo, a relação entre
+Q Q e q é igual a:

Dado
R
K0 = 9·109 Nm2/C2
E2 E1
E3 q
–Q Q P
P d x
E4 E5

A
( x + d)2
Q = −q
+2Q d2

B
( x + d)2
Com base nos dados da figura, é correto afirmar que o cam- q = −Q
x2
po elétrico resultante no ponto situado no centro do círculo
está representado pelo vetor: ( x + d)2
C Q = −q
A E1 x2
B E2 ( x + d)2
D Q = −2q
C E3 x2
D E4
E E5

GUIA DE ESTUDO
Física | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 2
I. Leia as páginas de 151 a 157.
II. Faça os exercícios de 2 a 4 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 1 a 7.

512 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

42 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


 Orientações
Essas são aulas introdutórias sobre o campo elétrico, que é a teoria sobre a qual se baseiam forças que agem à
distância. Uma abordagem bastante positiva é aquela que se fundamenta na analogia com o campo gravitacional. Da
mesma forma que o nosso planeta cria um campo gravitacional, de tal forma que uma massa colocada na sua proximi-

dade “sente” esse campo gravitacional, por meio de uma força peso P, uma carga elétrica cria em torno de si um campo
elétrico, de tal forma
 que outra carga elétrica colocada na sua proximidade “sente” esse campo elétrico, por meio de
uma força elétrica F. Apresentada na forma vetorial, fica fácil ver que a força elétrica terá o mesmo sentido do campo
elétrico se a carga de prova for positiva e sentido
 oposto ao do campo se a carga de prova for negativa. Dessa forma,
é possível definir o sentido do campo elétrico E gerado por cargas fontes positivas e negativas e, pela Lei de Coulomb,
definir o campo elétrico gerado por carga puntiforme. É importantíssimo frisar que o campo elétrico gerado pela carga,
exatamente no ponto em que ela se encontra, é nulo. Outro conceito muito importante é o de linhas de força. O aluno
deverá perceber a praticidade da apresentação de um campo elétrico por meio das linhas de força do campo elétrico.

OPCIONAL 1 UFPE 2011 (Adapt.) Uma carga elétrica puntiforme gera campo elétrico nos pontos P1 e P2. A figura a seguir
mostra setas que indicam a direção e o sentido do vetor campo elétrico nesses pontos. Contudo, os comprimentos das setas não
indicam os módulos desses vetores. O módulo do campo elétrico no ponto P1 é 32 N/C. Calcule o módulo do campo elétrico
no ponto P2, em N/C.

P1

P2

OPCIONAL 2 Cefet MG 2010 Quatro cargas puntiformes de mesmo valor +q são colocadas nos vértices de um quadrado de
lado L.

O vetor campo elétrico resultante no centro do lado assinalado com é:

(a) (b) (c) (d)

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 Alternativa: D.
As duas situações são de equilíbrio, sendo nula a força resultante na pequena esfera.
Inicialmente:


T
T = P+Felé → T = P+|q|E →
 
E g T = 6 · 10−3+10 · 10−6 · 300 = 6 · 10−3+3 · 10−3 →
 T = 9 · 10−3 N
P 
Felé

Posteriormente:
 
Felé T
  T+Felé = P → T+|q|E = P →
E g –
T = 6 · 10−3−10 · 10– 6 · 300 = 6 · 10−3−3 · 10−3 →

P T = 3 · 10−3 N

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 43


2 Alternativa: A.
Na figura 1, as linhas de força emergem das duas cargas, demonstrando que elas são positivas. Observe que o número de
linhas de força emergentes da carga da direita é maior do que o das que “morrem” na carga da esquerda, evidenciando
que o módulo da carga da direita é maior.
Na figura 2, as linhas de força emergem da carga da esquerda (positiva) e “morrem” na carga da direita (negativa).
Observe que o número de linhas de força “morrendo” na carga da direita é maior do que o das que emergem da carga da
esquerda, evidenciando que o módulo da carga da direita é maior.
Na figura 3, as linhas de força emergem da carga da esquerda (positiva) e “morrem” na carga da direita (negativa).
Observe que o número de linhas de força “morrendo” na carga da direita é igual ao das que emergem da carga da
esquerda, evidenciando que os módulos das cargas são iguais.
Na figura 4, as linhas de força emergem de ambas as cargas, evidenciando que elas são positivas. Observe que o número
de linhas de força que emergem das cargas é igual, evidenciando que os módulos das cargas são iguais.

3 Alternativa: B. Figura 1
+Q Figura 2 +Q
C
C
EA
E
EAC
A figura 1 mostra o campo elétrico de cada uma das
cargas no centro do círculo, sendo o comprimento da seta –Q B
B
–Q
EB EB
proporcional à intensidade do campo. A figura
 2 mostra o EC
campo elétrico resultante, no sentido de E2 .
A A
+2Q +2Q

4 Alternativa: C.  
E2 P E1
Q q
d x

  KQ Kq (d + x )2
Para o campo elétrico ser nulo no ponto P, as cargas devem ter sinais contrários. Além disso, E1 = E2 ⇒ = → Q = q →Q
(d + x )2 x2 x2
KQ Kq (d + x )2 (d + x )2
= → Q = q → Q = −q
d + x )2 x2 x2 x2

Opcional 1: u

Dado: E1 = 32 N/C u

Prolongando os vetores campos elétricos, encontramos o ponto onde se encontra a carga E1


geradora desse campo, como ilustra a figura ao lado. P1
u
2
2

P2 E2
Somente para ilustrar, como o vetor campo elétrico é de afastamento, concluímos que a Q
4u
carga é positiva. Da expressão do módulo do vetor campo elétrico:

 KQ KQ KQ
E1 = 2 ⇒ E1 = ⇒ E1 = 2
( )
2
 r 2 2u 8u
1
E1 KQ 16u2
 ÷ = ⋅ ⇒
 KQ KQ KQ E2 8u2 8u2
E2 = r 2 ⇒ E2 = ⇒ E2 =
( 4u)
2
 2 16 u2
32
⇒ = 2 ⇒ E2 = 16 N C
E2

44 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Opcional 2: Alternativa: B.
Chamemos de A, B, C e D esses vértices. As cargas são positivas então criam campos elétricos de afastamento. Como se
 
mostra na figura a seguir, os campos EA e EB têm a mesma direção e sentidos opostos, anulando-se. Restam os campos
  
EC e ED , que, somados vetorialmente, têm campo resultante E, horizontal e para a esquerda.

A D

EC EB

E L
ED EA

B C


ANOTAÇÕES






































MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 45


ANOTAÇÕES

46 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Frente 2

Aulas
C���� �������� �� ���������� �
����� �������� �������� 15 e 16
 Campo elétrico em condutores em  Campo elétrico uniforme
equilíbrio eletrostático O vetor campo elétrico E tem mesmo módulo, mesma
• Do ponto de vista do campo elétrico, um condutor está direção e mesmo sentido em todos os pontos.
em equilíbrio eletrostático quando o campo elétrico no
seu interior é nulo. Na superfície do condutor, o campo +σ região II −σ
elétrico é não nulo, sendo mais intenso nas pontas, o EI = 0 + EIII = 0

que caracteriza o poder das pontas. + –
+ –
+ + –
+ + região I região III
+ –
+ + + –
+ + + –
Eint = 0
+ + –
+ + +
+ E
+ + σ
+ EII =
++ + ε
+ + +
+ + Campo elétrico gerado por duas placas paralelas de sinais contrários.
σ = Densidade superficial de cargas (C/m2)
E E

Campo elétrico de um condutor em equilíbrio eletrostático. • A aceleração sofrida pela carga tem também módulo,
direção e sentido constantes.
• O campo elétrico no interior de um condutor ideal em • Segunda Lei de Newton:
equilíbrio é sempre nulo. Pode-se dizer que o interior
mael. = qE
do condutor é imune a campos elétricos externos. Esse
efeito é conhecido como blindagem eletrostática. qE
ael. =
• Condutores esféricos carregados m
Uma carga elétrica puntiforme sujeita exclusivamente
E
a um campo elétrico uniforme fica sujeita a um movimen-
to uniformemente variado ou a uma composição de mo-
KQ
R2 vimento uniforme e uniformemente variado, dependendo
do sistema de coordenadas adotado.


+ + + + + +

– 0
d
R V0
– – E
– α

+ q, m
Gráfico E × d para um condutor esférico.

– – – – – –
– Em pontos internos, o campo elétrico da esfera é nulo.
– Em pontos externos, o campo elétrico da esfera é
idêntico ao de uma carga puntiforme colocada no Lançamento oblíquo de carga puntiforme em campo elétrico uniforme.
centro da esfera.

FÍSICA | MEDICINA I 513

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 27-10-2016 (16:26)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 47


Aulas 15 e 16

EXERCÍCIOS DE SALA

1 Uma esfera metálica de raio R = 40 cm está em equilí- 2 PUC-PR 2015 Uma carga pontual de 8µC e 2 g de mas-
brio eletrostático no vácuo, eletrizada com carga Q = 8 µC. sa é lançada horizontalmente com velocidade de 20 m/s
Calcule a intensidade do vetor campo elétrico: num campo elétrico uniforme de módulo 2,5 kN/C, direção
a) nos pontos internos da esfera. e sentido conforme mostra a figura a seguir. A carga pene-
b) em um ponto externo e extremamente próximo da su- tra o campo por uma região indicada no ponto A, quando
perfície. passa a sofrer a ação do campo elétrico e também do cam-
c) em um ponto situado a 5 m do centro da esfera. po gravitacional, cujo módulo é 10 m/s2, direção vertical e
sentido de cima para baixo.
Dado
K0 = 9·109 N · m2/C2.


v0 
A E
(m, q)

g

Ao considerar o ponto A a origem de um sistema de coor-


denadas xOy, as velocidades vx e vy quando a carga passa
pela posição x = 0 em m/s, são:
A (–10, –10)
B (0, –80)
C (16, 50)
D (–20, –40)
E (40, 10)

514 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

48 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Aulas 15 e 16

3 Fuvest 2015 Em uma aula de laboratório de Física, para 4 UFRGS A figura a seguir representa um campo elétrico
estudar propriedades de cargas elétricas, foi realizado um uniforme E existente entre duas placas extensas, planas
experimento em que pequenas esferas eletrizadas são inje- e paralelas no vácuo. Uma partícula é lançada horizontal-
tadas na parte superior de uma câmara, em vácuo, onde há mente, com velocidade de módulo constante, a partir do
um campo elétrico uniforme na mesma direção e sentido ponto P situado a meia distância entre as placas. As curvas
da aceleração local da gravidade. Observou-se que, com 1, 2 e 3 indicam possíveis trajetórias da partícula. Suponha
campo elétrico de módulo igual a 2 × 103 V/m, uma das es- que ela não sofra ação da força gravitacional.
feras, de massa 3,2 × 10–15 kg, permanecia com velocidade 1
constante no interior da câmara. Essa esfera tem
P
E 2
Dado
– carga do elétron = –1,6 × 10–19 C.
3
– carga do próton = +1,6 × 10–19 C.
– aceleração local da gravidade = 10 m/s2. Com base nesses dados, assinale a alternativa que preen-
che corretamente as lacunas do seguinte enunciado.
A o mesmo número de elétrons e de prótons.
B 100 elétrons a mais que prótons. A trajetória _________ indica que a partícula __________.
C 100 elétrons a menos que prótons. A 3 – está carregada negativamente
D 2.000 elétrons a mais que prótons. B 3 – está carregada positivamente
E 2.000 elétrons a menos que prótons. C 1 – está carregada positivamente
D 1 – não está carregada
E 2 – está carregada positivamente

FÍSICA | MEDICINA I 515

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 49


Aulas 15 e 16

5 UFU 2015 A Gaiola de Faraday nada mais é do que uma 6 UPF 2015 Uma lâmina muito fina e minúscula de cobre,
blindagem eletrostática, ou seja, uma superfície condutora contendo uma carga elétrica q, flutua em equilíbrio numa
que envolve e delimita uma região do espaço. A respeito região do espaço onde existe um campo elétrico uniforme
desse fenômeno, considere as seguintes afirmativas. de 20 kN/C, cuja direção é vertical e cujo sentido se dá de
I. Se o comprimento de onda de uma radiação incidente cima para baixo. Considerando que a carga do elétron seja
na gaiola for muito menor do que as aberturas da ma- de 1,6 × 10–19 C e a aceleração gravitacional seja de 10 m/s2
lha metálica, ela não conseguirá o efeito de blindagem. e sabendo que a massa da lâmina é de 3,2 mg, é possível
II. Se o formato da gaiola for perfeitamente esférico, o afirmar que o número de elétrons em excesso na lâmina é:
campo elétrico terá o seu valor máximo no ponto cen- A 2,0 × 1012
tral da gaiola. B 3,0 × 1011
III. Um celular totalmente envolto em um pedaço de pa- C 3,0 × 1012
pel alumínio não receberá chamadas, uma vez que está D 1,0 × 1013
blindado das ondas eletromagnéticas que o atingem. E 1,0 × 1010
IV. As cargas elétricas em uma Gaiola de Faraday se acu-
mulam em sua superfície interna.

Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas


corretas.
A I e II.
B I e III.
C II e III.
D III e IV.

GUIA DE ESTUDO
Física | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 2
I. Leia as páginas de 157 a 162.
II. Faça os exercícios propostos de 8 a 11, 13, 14, 17 e 18.

516 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 27-10-2016 (16:26)

50 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


 Orientações
O estudo do campo elétrico em condutores esféricos é feito assumindo-se que a distribuição de cargas é simétrica.
Vale enfatizar isso aos alunos. Sugerimos abordar os condutores de forma genérica, sendo esta uma boa hora para co-
meçar a falar de equilíbrio eletrostático. Assim, é importante citar o poder das pontas e o fato de o campo elétrico no
interior de qualquer condutor ser nulo.
De posse desses conceitos, passamos para o campo do condutor esférico, em que a explicação de descontinuidade
do campo na superfície do condutor foge ao escopo do curso.
Importa ao aluno perceber que, fora de qualquer distribuição esférica e simétrica de carga, tem-se o mesmo com-
portamento da carga puntiforme.
Em relação ao campo elétrico uniforme, interessa apresentar o conceito de densidade superficial de carga para o
cálculo do módulo do campo elétrico uniforme. Finalmente, seria interessante mostrar como a cinemática do MUV pode
ser utilizada no campo elétrico uniforme, analogamente ao que é feito com o campo gravitacional terrestre, considerado
uniforme próximo à superfície da Terra.

OPCIONAL 1 UEL 2012 (Adapt.) É conhecido e experimentalmente comprovado que cargas elétricas aceleradas emitem
radiação eletromagnética. Esse efeito é utilizado na geração de ondas de rádio, telefonia celular, nas transmissões via satélite etc.
Quando o módulo da velocidade de uma partícula com carga elétrica e for pequeno comparado ao módulo da velocidade da luz c
no vácuo, prova-se, utilizando a eletrodinâmica clássica, que a potência com a qual a carga elétrica com aceleração constante a
1 2e2a2
irradia ondas eletromagnéticas é Pirr = , onde ε0 é a constante de permissividade elétrica.
4πε0 3c3
Desprezando-se efeitos relativísticos, considera-se um próton com massa mp = 2⋅ 10–27 kg com carga elétrica e = 2⋅ 10–19 C
abandonado em repouso em um campo elétrico uniforme de intensidade E = 14 ⋅ 1019 N/C produzido por um capacitor de
placas paralelas uniformemente carregadas com cargas de sinais opostos como esquematizado na figura a seguir:

+++++++++++++++++++++++++
d= 4 ⋅ 10–15 m

--------------------------------

A distância entre as placas é d = 4⋅ 10–15 m, o meio entre elas é o vácuo, o campo gravitacional é desprezado e o tempo
necessário para o próton percorrer a distância entre as duas placas é T = 10–19 s.
Calcule a energia irradiada durante todo o percurso entre as placas, considerando que a potência de irradiação é:

1 2e2
Pirr = αa2, onde α = = 6 ⋅ 10−52 kg ⋅ s
4πε0 3c3

Apresente os cálculos.

OPCIONAL 2 UPF 2012 Uma pequena esfera de 1,6 g de massa é eletrizada retirando-se um número n de elétrons. Dessa
forma, quando a esfera é colocada em um campo elétrico uniforme de 1 ∙ 109 N/C, na direção vertical para cima, a esfera fica
flutuando no ar em equilíbrio. Considerando que a aceleração gravitacional local g é 10 m/s2 e a carga de um elétron é
1,6 ∙ 10–19 C, pode-se afirmar que o número de elétrons retirados da esfera é:
(a) 1 ∙ 1019
(b) 1 ∙ 1010
(c) 1 ∙ 109
(d) 1 ∙ 108
(e) 1 ∙ 107

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 51


OPCIONAL 3 Enem 2010 Duas irmãs que dividem o mesmo quarto de estudos combinaram de comprar duas caixas com
tampas para guardarem seus pertences dentro de suas caixas, evitando assim a bagunça sobre a mesa de estudos. Uma delas
comprou uma metálica, e a outra uma caixa de madeira de área e espessura lateral diferentes, para facilitar a identificação. Um
dia, as meninas foram estudar para a prova de Física e, ao se acomodarem na mesa de estudos, guardaram seus celulares
ligados dentro de suas caixas. Ao longo desse dia, uma delas recebeu ligações telefônicas, enquanto os amigos da outra
tentavam ligar e recebiam a mensagem de que o celular estava fora da área de cobertura ou desligado. Para explicar essa
situação, um físico deveria afirmar que o material da caixa cujo telefone celular não recebeu as ligações é de:
(a) madeira, e o telefone não funcionava porque a madeira não é um bom condutor de eletricidade.
(b) metal, e o telefone não funcionava devido à blindagem eletrostática que o metal proporcionava.
(c) metal, e o telefone não funcionava porque o metal refletia todo tipo de radiação que nele incidia.
(d) metal, e o telefone não funcionava porque a área lateral da caixa de metal era maior.
(e) madeira, e o telefone não funcionava porque a espessura dessa caixa era maior que a espessura da caixa de metal.

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 a) Como o condutor está em equilíbrio eletrostático, E = 0.

K Q 9 ⋅ 109 ⋅ 8 ⋅ 10−6
b) E = = = 4,5 ⋅ 105 N/C
r2 0,16

9 ⋅ 109 ⋅ 8 ⋅ 10−6
c) E = = 2,88 ⋅ 103 N/C
25

2 Alternativa: D.
Essa questão trata da composição de um movimento uniformemente variado no eixo x, por causa da ação de um campo
elétrico, e de um movimento uniformemente variado no eixo y, devido à ação de um campo gravitacional.
Eixo x:
N
A intensidade da força elétrica será: Fe = −E ⋅ q = −2.500 ⋅ 8 ⋅ 10−6 C = −0,02 N.
C
Fe −0,02 N
Pela segunda Lei de Newton da Dinâmica, a aceleração em x será: ax = = = −10 m/s2
m 2 ⋅ 10 −3 kg
Usando a equação horária das posições do MRUV para o eixo x, podemos calcular o tempo que a partícula leva para
retornar a posição x = 0:
a
x = x 0 + v0 x ⋅ t + x ⋅ t 2
2
Substituindo os valores das posições, da velocidade inicial em x e da aceleração em x calculada, tem-se:
10 2
0 = 0 + 20⋅ t − ⋅ t ⇒ 20t − 5t 2 = 0
2
t ' = 0 s
t (20 − 5t ) = 0 ⇒ 
t '' = 4 s

Logo, o tempo para que a partícula retorne a origem é de 4 s.


Dado o tempo, podemos calcular a velocidade em cada eixo usando a equação da velocidade:
Em x:
v x = v 0 x + ax ⋅ t
m m
v x = 20 − 10 2 ⋅ 4 s
s s
v x = −20 m/s

Em y:
v y = v0y + g ⋅ t
m
v y = 0 − 10 ⋅4 s
s2
v y = −40 m/s

52 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


3 Alternativa: B.
, ⋅ 10−19 C; g = 10 m/s2 ; E = 2 ⋅103 N/m; m = 3, 2 ⋅ 10−15 kg.
Dados: q = e = 16

Pela primeira Lei de Newton, como a velocidade é constante, a resultante das forças que agem sobre essa esfera é nula.
Isso significa que o peso e a força elétrica têm mesma intensidade e sentidos opostos. Como a força elétrica é contrária em
sentido ao campo elétrico, a carga da esfera é negativa. Portanto, a esfera tem mais elétrons que prótons.
A figura a seguir ilustra a situação.

F


g


E

P

Sendo n o número de elétrons a mais, tem-se:


mg
F = P ⇒ q E = mg ⇒ n eE = mg ⇒ n =
eE
3, 2 ⋅ 10−15 ⋅ 10
n= ⇒ n = 100
, ⋅ 10−19 ⋅ 2 ⋅ 103
16

4 Alternativa: B.
Como o campo elétrico possui direção vertical e sentido para baixo, conclui-se que a placa superior é positiva e a inferior
é uma carga negativa. Desta forma, a trajetória 1 é possível para uma carga negativa; a 2, para uma partícula sem carga;
e a trajetória 3, para uma partícula positiva.

5 Alternativa: B.
I. Verdadeira. Se a gaiola for construída com tela metálica de abertura muito maior que o comprimento de onda da onda
nela incidente, a blindagem torna-se ineficiente, pois a onda consegue penetrar a gaiola.
II. Falsa. No interior da gaiola, o campo elétrico é nulo.
III. Verdadeira. O invólucro feito de papel alumínio (metálico) agirá como uma Gaiola de Faraday, impedindo o recebimento
de ondas eletromagnéticas, isto é, o celular não recebe chamadas, pois o campo elétrico no interior do invólucro de
alumínio é nulo.
IV. Falsa. As cargas se acumulam na superfície externa da gaiola.

6 Alternativa: E.
Na situação de equilíbrio da lâmina, o módulo da força elétrica é igual ao módulo da força gravitacional (peso): Fe = P.
Usando as equações correspondentes a essas forças: Fe = E · q e P = m·g, ficamos com: E · q = m · g.
Pelo princípio da quantização das cargas elétricas, tem-se que a carga q de um corpo é diretamente proporcional ao número
de elétrons n em falta ou em excesso, tal que: q = n · e.
Então: E · n ·e = m · g.
Isolando a quantidade de partículas:

m⋅g
n=
E⋅e

Substituindo os valores com as unidades no Sistema Internacional, tem-se:

m⋅ g 3, 2 ⋅ 10 −6 kg ⋅ 10 m / s2
n= = , ⋅ 1010 elétrons
= 10
E ⋅ e 20 ⋅ 103 N / C ⋅ 16 , ⋅ 10 −19 C

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 53


Opcional 1:
E
Considerando a definição de potência (P): P = irr ; e a potência de irradiação (Pirr) dada no enunciado:
E
t
Pirr = αa2, teremos: P = Pirr ⇒ irr = αa2 ⇒ Eirr = αa2t (equação 1);
t
onde:
Eirr = energia irradiada
t = T = 10–19 S
a = 6 ⋅ 10–52 kg ⋅s
a = aceleração da partícula entre as placas
Associando a força elétrica (F = qE) com a segunda Lei de Newton (F = ma), teremos:
ma = qE ⇒ 2 ⋅10–27 a = 14 ⋅ 1019 ⋅ 2 ⋅ 10–19
a = 14 ⋅ 10–28 m/s2
Voltando à equação 1, teremos:
Eirr = tαa2 ⇒ Eirr = 10–19 ⋅ 6 ⋅ 10–52 ⋅ (1,4 ⋅1028)2
Eirr = 1,176 ⋅10–14 J

Opcional 2: Alternativa: D.
Dados:
m = 1,6 g = 1,6 ⋅ 10–3 kg;
e = 1,6 ⋅10–19 C;
E = 1 ⋅ 109 N/C;
g = 10 m/s2.

Como a esfera está em equilíbrio, a força eletrostática equilibra o peso:


mg 1, 6 ⋅ 10−3 ⋅ 10
F = P ⇒ q E = mg ⇒ neE = mg ⇒ n = ⇒ n= ⇒ n = 1⋅ 108
eE 1, 6 ⋅ 10−19 ⋅ 109

Opcional 3: Alternativa: B.
O sinal do telefone celular é uma onda eletromagnética, ou seja, constituída por campos elétricos e magnéticos.
O interior de um condutor não é afetado por campos elétricos externos devido ao fenômeno da blindagem eletrostática.
Assim, o sinal do celular não é recebido pelo aparelho no interior da caixa metálica.

ANOTAÇÕES

54 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


Frente 2

Aulas
T������� �� ����� �������� �
������� ��������� �������� 17 e 18
 Definição de trabalho  Energia
• O conceito de potencial é intimamente ligado ao concei- Energia é a capacidade de realizar trabalho.
to de força conservativa, pois, se a força for conservativa, • Os sistemas físicos espontaneamente diminuem a sua
pode-se associar a cada ponto do campo uma grandeza energia potencial.
escalar, denominada potencial, de tal maneira que o tra- • Para a força elétrica:
balho dependa somente do potencial inicial e final.
τAB = q(VA – VB) = EPA – EPB = – ∆EP
• O trabalho entre 2 pontos do campo pode ser escrito
como: • O teorema da energia cinética:
τAB = q(VA – VB) = qUAB
1 1
τresAB = mvB2 − m v2A = ∆ECAB
2 2
B
 • O trabalho realizado pela força resultante entre dois
E
pontos é igual à variação da energia cinética que ela
produz entre estes dois pontos.
• A energia mecânica de um sistema é a soma de suas
energias cinética e potencial, sendo que a energia po-
A
tencial pode ser de natureza elétrica, elástica ou gravi-
tacional. Matematicamente, tem-se que:
Trabalho entre os pontos A e B.
Em = Ecinética + Epotencial
Na equação, V é o potencial elétrico e UAB é a diferença de • A energia mecânica de um sistema conservativo se
potencial elétrico entre A e B. Da análise dimensional da equa- mantém constante.
ção anterior, tem-se que a unidade de potencial elétrico é J/C,
que, no Sistema Internacional, recebe o nome de Volt (V).

EXERCÍCIOS DE SALA

1 Ufla Na figura, estão representadas duas superfícies


equipotenciais, S1 e S2, de um campo elétrico uniforme e
os respectivos valores dos potenciais.

10 V 20 V

S1 S2

O trabalho total para transportar uma carga de 1,0 coulomb


do ponto A até o ponto B e depois até o ponto C é:
A 10 J C zero E –30 J
B 30 J D 0,5 J

FÍSICA | MEDICINA I 517

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MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 55


Aulas 17 e 18

2 Fuvest 2013 A energia potencial elétrica U de duas partí- 3 Uma carga elétrica puntiforme q = 2·10–9 C, em um
culas em função da distância r que as separa está represen- campo elétrico, é deslocada de um ponto A, no qual o po-
tada no gráfico da figura abaixo. tencial elétrico é VA = 800 V, até um ponto B, no qual o
potencial elétrico é VB = 2.000 V.
6
a) A carga ganhou ou perdeu energia potencial elétrica ao
passar de A para B? Quanto?
b) Determine o trabalho da força elétrica que atua na car-
4
ga q, ao ser deslocada de A até B.
U (10–18 J)

c) Compare e interprete os resultados obtidos nos itens a e b.

0
0 2 4 6 8 10 12
r (10–10 m)

Uma das partículas está fixa em uma posição, enquanto a


outra se move apenas devido à força elétrica de interação
entre elas. Quando a distância entre as partículas varia de
ri = 3 ⋅ 10–10 m a rf = 9 ⋅ 10–10 m, a energia cinética da partí-
cula em movimento
A diminui 1⋅ 10–18 J.
B aumenta 1⋅ 10–18 J.
C diminui 2⋅ 10–18 J.
D aumenta 2⋅ 10–18 J.
E não se altera.

GUIA DE ESTUDO
Física | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 178 a 183.
II. Faça o exercício 2 da seção "Revisando".
III. Faça os exercícios propostos de 1 a 6.

518 FÍSICA | MEDICINA I

PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 24-10-2016 (09:44)

56 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I


 Orientações
Essas aulas introdutórias sobre o potencial elétrico revestem-se de um caráter de suma importância, pois os con-
ceitos de trabalho e força conservativa são apresentados. Sem a compreensão desses assuntos, o estudo do potencial 
elétrico fica desprovido de qualquer importância. Inicialmente, o professor deverá definir o trabalho de uma força F
qualquer e, após definir o trabalho da força peso, demonstrar o fato de ela ser conservativa. Como a analogia entre força
peso e força elétrica já foi feita no capítulo anterior, é possível definir o potencial elétrico e a sua utilidade para o cálculo
do trabalho da força elétrica. Utilizando-se o módulo do campo elétrico gerado por carga puntiforme, é possível, então,
determinar o módulo do potencial elétrico sem a utilização do cálculo. É muito importante que o aluno entenda que o
potencial elétrico é uma grandeza escalar.

OPCIONAL 1 UFSM A ddp que acelera os elétrons entre o filamento e o alvo de um tubo de raios X é de 40.000 V. Qual
energia, em J, ganha por elétron (e = 1,6 ∙ 10–19 C)?
(a) 4 ∙ 10–22
(b) 1,6 ∙ 10–19
(c) 2 ∙ 10–19
(d) 6,4 ∙ 10–15
(e) 2,5 ∙ 1023

OPCIONAL 2 PUC-RJ Uma carga positiva puntiforme é liberada a partir do repouso em uma região do espaço onde o campo
elétrico é uniforme e constante. Se a partícula se move na mesma direção e sentido do campo elétrico, a energia potencial
eletrostática do sistema:
(a) aumenta e a energia cinética da partícula aumenta.
(b) diminui e a energia cinética da partícula diminui.
(c) e a energia cinética da partícula permanecem constantes.
(d) aumenta e a energia cinética da partícula diminui.
(e) diminui e a energia cinética da partícula aumenta.

RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA

1 Alternativa: A.

10 V 20 V

S1 S2

O trabalho da força elétrica só depende dos potenciais inicial e final.


Assim sendo, o trabalho para ir do ponto A até o ponto C é dado por:
τ AC = τ AB + τBC = q( VB − VC ) = 110
( − 20) = −10 J

mesma
equipotencial

O operador terá que realizar um trabalho positivo de 10 J para movimentar a carga.

MANUAL DO CADERNO MEDICINA I 57


2 Alternativa: D.
Dados obtidos a partir da leitura do gráfico:
ri = 3 · 10−10 m → Ui = 3 · 10−18 J
rf = 9 · 10−10 m → Uf = 1 · 10−18 J

Nesse caso, como a força elétrica (força conservativa) é a própria força resultante, podemos combinar os Teoremas da
Energia Potencial (TEP) e da Energia Cinética (TEC).

τFconservativa
 = − ∆U
  → ∆Ecin = − ∆U → ∆Ecin = − (Uf − Ui ) = − (1− 3)10 −18 → ∆Ecin = + 2 ⋅ 10 −18 J
τ
 Fresul tan te ∆Ecin
=

∆Ecin > 0 → a energia cinética aumenta



3 a) Como a carga é positiva e foi levada de um menor para um maior potencial, a energia potencial aumentou:
∆EP = q (VB – VA) = 2·10–9 ∙(2.000 – 800) = 2,4·10–6 J
b) τFel. = – ∆Ep = –2,4·10–6 J
c) Como a variação de energia potencial é positiva (não espontânea), o trabalho da força elétrica é negativo, trabalho
resistente.

Opcional 1: Alternativa: D.
A energia ganha é dada por:
E = eV = 1,6 ⋅ 10–19 ⋅ 4 ⋅ 104 = 6,4 ⋅ 10–15 J

Opcional 2: Alternativa: E.
Como o movimento é espontâneo, pois a carga positiva tende a se movimentar na mesma direção do campo elétrico, há uma
diminuição da energia potencial e um aumento na energia cinética.

ANOTAÇÕES



























58 MANUAL DO CADERNO MEDICINA I

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