Você está na página 1de 17

ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
1.1.Tema ...................................................................................................................................... 4
1.2.Delimitação do tema .......................................................................................................... 4
1.3.Objectivos.............................................................................................................................. 4
1.3.1.Objectivo geral ............................................................................................................... 4
1.3.2.Objectivos específicos .................................................................................................... 4
1.4.Justificativas .......................................................................................................................... 5
1.5.Problematização .................................................................................................................... 5
1.6.Hipóteses ............................................................................................................................... 6
1.7.Relevância do tema ............................................................................................................... 6
2.METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................................. 7
2.1.Tipo de Pesquisa.................................................................................................................... 7
2.2.Métodos de pesquisa ............................................................................................................. 7
2.2.1.Método de abordagem .................................................................................................... 7
2.2.2.Método de procedimento ................................................................................................ 7
2.3.Técnicas de colecta de dados ................................................................................................ 8
2.4.Universo e Amostra ............................................................................................................... 8
2.4.1.Universo.......................................................................................................................... 8
2.4.2.Amostra .......................................................................................................................... 8
2.5.Elementos para a amostra ...................................................................................................... 8
2.6.Ferramentas da análise e Softwares usados........................................................................... 8
3.REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................... 9
3.1.O ser humano nas organizações ............................................................................................ 9
3.2.O que é ser humano ............................................................................................................... 9
3.3.A empresa e o ser humano .................................................................................................. 10
3.4.Conceito de ética ................................................................................................................. 10
3.5.A Ética e o seu Significado ................................................................................................. 11
3.6.Relação da Ética com a Organização .................................................................................. 11
3.7.Valores ético-morais nas organizações ............................................................................... 12
3.8.A Ética como Factor Relacional nas Organizações ............................................................ 13
3.9.Os códigos éticos e as organizações .................................................................................... 14
4.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADE ....................................................................................... 16
4.1.Recursos Materiais .............................................................................................................. 16
4.2.Recursos Financeiros........................................................................................................... 17
4.3.Total geral dos recursos....................................................................................................... 17
Bibliografias .................................................................................................................................. 18

2
1.INTRODUÇÃO

O presente projecto que ora se apresenta, debruça-se sobre Ética Como Factor de Crescimento
das Organizações, caso de estudo da Fundação Agah Khan, no período entre 2015 a 2018.

A Ética na filosofia clássica não se resumia à Moral mas buscava a fundamentação teórica para
encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na
vida privada quanto em público. A ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que não
eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialéctica e nem na retórica. Assim,
na Fundação agah khan a ética abrange os campos que actualmente são denominados
antropologia, psicologia, sociologia, economia, em suma, campos directos ou indirectamente
ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida da empresa.

O Código de Ética é a base da conduta empresarial e o fundamento das políticas, procedimentos


e directrizes. No caso da fundação agha khan, ele foi aprovado pelo Conselho de Administração,
que também autorizou a sua emissão e actualização permanente necessária em virtude das
mudanças rápidas e profundas observadas no ambiente social.

A actualização desse Código permite a agah khan funcionar de forma optimizada e transparente,
para reforçar a confiança dos conselheiros, directores, funcionários, investidores, clientes,
fornecedores, concorrentes, autoridades e comunidades.

Por outro lado, o Código de Ética na fundação agah khan, formaliza em um único documento os
princípios éticos, unifica os critérios e estabelece um quadro comum de referência que dá a
direcção para agir sempre de forma integral.

Em consonância com estudos dos costumes da conduta humana, a fundação agah khan influencia
a Moral, estimulando a formação ou a transformação dos princípios adoptados pelas sociedades,
interferindo no comportamento ético dos indivíduos, tanto na vida pessoal quanto na
profissional.

3
1.1.Tema

O presente projecto de pesquisa tem como tema A Ética como factor de crescimento das
Organizações.

1.2.Delimitação do tema

O presente projecto delimita-se a analisar a ética como factor de crescimento das organizações,
caso de estudo da Fundação Agah Khan na cidade de Pemba, no período compreendido entre
2015 a 2018.

1.3.Objectivos

1.3.1.Objectivo geral

Assim, a pesquisa em alusão tem como objectivo geral:

 Analisar de que forma, o código ético contribui para o crescimento e o sucesso


organizacional, em particular na fundação Agah Khan.

1.3.2.Objectivos específicos

Assim a pesquisa tem como objectivos específicos:

 Verificar a percepção da Ética dos profissionais da fundacao Agah khan, no exercício de


sua profissão.
 Estabelecer relação das virtudes e harmonia da classe, quando se utiliza o código de ética
na fundação agah khan.
 Trabalhar a filosofia como parte integrante do processo de maturação e adequá-la à fase
de desenvolvimento da fundação agah khan, através da investigação lógica e reflexiva.
 Criar um espaço de construção e discussão filosófica que incentive os profissionais da
fundação agah khan a desenvolver o raciocínio lógico no seu meio.

4
1.4.Justificativas

Segundo o autor FACHIN (2001, p. 113) “a justificativa destaca a importância do tema


abordado, levando-se em consideração o estágio actual da ciência, as suas divergências ou a
contribuição que pretende proporcionar ao pesquisar o problema abordado”. A administração
revela-se nos dias actuais como uma das áreas do conhecimento humano com maior
complexidade e desafios. 0 Profissional desta área pode trabalhar nas mais diversas
especializações e obscenos nas mais diversos níveis organizacionais.

Dai que, em cada nível e em cada especialização as situações são altamente diversificadas, sendo
também as organizações extremamente diferenciadas, cada organização tem seus objectivos,
actividades, situação financeira, tecnologia, politica de negócios, problemas internos e externos,
filosofias, ideologia e cultura, surgindo assim a possibilidade de acções antiéticas. Contudo, a
motivação para o desenvolvimento deste tema parte, parte no princípio de que, para acreditar que
podemos desenvolver nosso trabalho, independente da especialização e do nível em que
actuamos, precisamos inteiramente da ética. Par acreditar que mesmo nas crises económicas e
possíveis encontrar alternativas para supri-las, baseada na ética.

1.5.Problematização

LAKATOS (2001, p. 103) explica que “A formulação do problema prende-se ao tema proposto:
ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por
intermédio da pesquisa”.

As organizações com o intuito de se manterem competitivas e se fortalecerem cada vez mais no


mercado, tem desenvolvido novos atributos capazes de proporcionar uma estabilidade comercial,
para isto procuram aumentar seus nichos de mercado oferecendo diversos tipos de produtos a
clientelas específicas e com isto procurando atingir os objectivos e metas definidas pelas
organizações.

Contudo, para enfrentar todas as ameaças que a liberalização do mercado pode proporcionar, as
organizações deverão adoptar um novo perfil, ou seja, procurar estabelecer e desenvolver uma
conduta ética dentro das organizações, que já tem sido praticada por algumas empresas, onde
estas já possuem departamentos próprios, proporcionam treinamentos aos funcionários sobre o
assunto, tudo agindo eticamente. No caso da fundação agah khan, o código ético é um
5
comportamento que cumpre todos os seus compromissos com todos aqueles que com ela se
relaciona, ou seja, empregados, investidores, fornecedores, clientes, instituições financeiras,
governo, a comunidade em geral que esta a seu redor, etc.

Face aos factos supracitados, o investigador levanta a seguinte questão:

 Até que ponto a ética é um instrumento vital para o crescimento das organizações,
em particular a Fundação Agah Khan?

1.6.Hipóteses

 Hipótese 1: A ética é um factor vital, na medida que abarca as questões emergentes não
só das tecnologias, do profissionalismo a nível de conhecimento técnico e científico, mas
sim no crescimento e desenvolvimento entre as pessoas.
 Hipótese 2: É provável que, uma cultura de integridade na qual prevalecem a
transparência e a honestidade no relacionamento com todos os seus colaboradores, é um
importante elemento para que a empresa trilhe o caminho da ética.

1.7.Relevância do tema

O tema em estudo, é de suma importância na medida que, as empresas para se manterem


competitivas e ainda proporcionarem índices financeiros e económicos capazes de satisfazerem
os interesses dos investidores, tem adquiridos novas competências no que tange aos códigos
éticos.

Para isto não bastam apenas oferecerem produtos de qualidade, são necessários novos atributos,
pois os consumidores estão cada vez mais exigentes. Neste contexto a implantação de uma
conduta ética dentro das organizações poderá contribuir com excelentes resultados, não só no
campo social como também no financeiro, proporcionando aos investidores resultados superiores
a investimentos da mesma natureza.

Dai que, o tem em análise, pretende demonstrar que uma actuação ética dentro dos negócios
pode ser fonte de lucros para as organizações e evitar determinadas sanções penais em virtude de
um comportamento antiético.

6
2.METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1.Tipo de Pesquisa

 Quanto aos objectivos a pesquisa será explicativa, pois tem como objectivo primordial
explicar e aprofundar no que concerne sobre a ética como factor de crescimento
organizacional, caso particular na fundação agah khan.
 Quanto a abordagem a pesquisa será quantitativa, pois esta traduz em números opiniões
e informações relacionadas ao código ético na fundação agah khan.
 Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é documental, visto que baseia-se na
observação e colecta de dados secundários da empresa em estudo, para apurar os
resultados.
 Quanto ao objecto a pesquisa é bibliográfica. Foi elaborada a partir de material já
publicado, com matérias relacionadas.

2.2.Métodos de pesquisa

O método, segundo Garcia (1998, p.44), representa um procedimento racional e ordenado (forma
de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a
experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e
alcançar os objectivos preestabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto).

Segundo Lakatos e Marconi (1995, p. 106), os métodos podem ser subdivididos em métodos de
abordagem e métodos de procedimentos.

2.2.1.Método de abordagem

O método de abordagem desta pesquisa é o dedutivo, pois a mesma parte de teorias e leis mais
gerais para a ocorrência de fenómenos particulares, no caso em estudo a fundação agah khan.

2.2.2.Método de procedimento

O método de procedimento usado é o estatístico: este método implica em números, percentuais,


análises estatísticas, probabilidades. E está quase sempre associado à pesquisa quantitativa.

7
Para Fachin (2001, p. 46), este método se fundamenta nos conjuntos de procedimentos apoiados
na teoria da amostragem e, como tal, é indispensável no estudo de certos aspectos da realidade
social em que se pretenda medir o grau de correlação entre dois ou mais fenómenos.

2.3.Técnicas de colecta de dados

Será usada a documentação indirecta, sendo esta uma pesquisa documental, o estudo tem como
dados (dados secundários) as informações obtidos na empresa pelos colaboradores.

2.4.Universo e Amostra

2.4.1.Universo

O grupo alvo da pesquisa é a empresa Fundação agah khan.

2.4.2.Amostra

O estudo teve como amostra o departamento do capital humano e área de Programas.

O critério de amostragem a ser usado para a selecção da amostra será o não probabilístico,
especificamente por tipicidade ou intencional. A escolha desta empresa deve se ao facto da
mesma apresentar um histórico bastante oscilante relativamente aos resultados obtidos ao longo
do período em análise e conseguir gerar nalguns anos resultados excedentários capazes de saldar
suas obrigações.

2.5.Elementos para a amostra

Pela natureza do tema, o estudo Será feito baseando se em dados obtidos pelos colaboradores a
cerca da ética. Serão analisados respostas dadas pelos funcionários da fundação agah khan de
quatro (04) anos para este estudo.

2.6.Ferramentas da análise e Softwares usados

Para a análise e interpretação dos dados em estudo será usado o Microsoft Office Excel.

8
3.REVISÃO DE LITERATURA

3.1.O ser humano nas organizações

Segundo Passos (2013), algumas doutrinas da administração fundamentam-se na crença de que


administrar consiste, especialmente, em controlar a energia humana a fim de colocá-la a serviço
dos interesses da organização. Essas doutrinas partem da compreensão de que as pessoas só
agem favoravelmente aos interesses organizacionais quando dirigidas, controladas, punidas e
recompensadas.

Nessa perspectiva, há variações extremas: de um lado, as doutrinas que defendem uma acção
enérgica e coercitiva; de outro, aquelas que argumentam a favor da maleabilidade. Já a tendência
intermediária defende o equilíbrio entre a firmeza e a suavidade.

No entanto, em todas elas o ser humano é colocado como alvo, e não como o fim para quem a
acção administrativa, a organização e seus produtos deveriam servir; ele é visto como o meio
para a satisfação dos interesses das organizações. Para entendermos melhor o assunto,
iniciaremos discutindo o conceito de ser humano.

3.2.O que é ser humano

Na tentativa de definir o ser humano, houve quem o considerasse como homo faber, que
significa o que fabrica ferramentas; homo sapiens, aquele que raciocina, que procura atingir o
âmago dos fenómenos, em busca de compreender, e não manipular; homo ludens, o jogador, que
pratica actividades não intencionais. Ainda houve quem o tomasse como homo esperans e homo
negans, respectivamente, o que tem esperança e o que pode dizer não e continuar em busca da
verdade. (Passos, 2013, p. 115- 116).

De acordo com Camargo (2011), o ser humano, por mais grandioso e que seja, possui uma
insuficiência ontológica, isto é, na sua própria constituição é fraco, impotente perante diversas
situações; em consequência ele procura preencher esta necessidade com outros seres humanos e
a empresa é uma consequência dessa lacuna.

9
3.3.A empresa e o ser humano

Uma empresa é formada por seus valores. Logo, definiríamos uma empresa como o conjunto de
seus propósitos e valores, e é precisamente neste aspecto que ela se assemelha a um ser humano.
Cada ser humano tem propósitos na vida e um conjunto de crenças que o guia. Por acreditar-se
que as pessoas vêm às empresas baseadas em suas crenças, acredita-se também que as empresas
atraiam pessoas afinadas com seus valores e propósitos.

Para Camargo apud Ettinger (1998, p. 30): “A empresa é uma pessoa ou um grupo de pessoas
associadas para a exploração de uma actividade comercial ou industrial”. Já para Camargo apud
Mendes (2002, p. 18): “As empresas são constituídas por proprietários individuais, corporações,
cooperativas, enfim, por sociedades, em todos os níveis do processo produtivo”.

Entre as diferentes conceituações de empresa, apesar da diversidade de enfoques, todas têm um


ponto comum: o que constitui as empresas é um grupo de pessoas. É isso o que se chama ser
social. O objectivo dessa abordagem é fazer uma breve reflexão acerca desse ser social e a sua
concretização nas empresas. A perspectiva para embasar a dimensão ética da vida que deve ser
realizada pela pessoa na empresa é filosófica. Filosofia, na definição aristotélica, é “a ciência das
últimas causas das coisas”; ou seja, onde as demais ciências param, aí começa a filosofia; ela
trata de conhecimentos que as outras não abordam.

3.4.Conceito de ética

A ética é uma ciência que estuda a forma de comportamento nas sociedades, onde o bem-estar
deve estar em primeiro lugar; assim, podemos afirmar que a necessidade ética originou-se com o
homem em sociedade. O comportamento ético varia conforme o ambiente, a situação e a cultura,
mas está presente em nossas vidas o tempo todo, tanto nas relações pessoais, quanto nas
profissionais; daí a importância de estudar a ética dentro do contexto organizacional.

Embora haja inúmeros (e igualmente válidos) conceitos para ética, para o enriquecimento deste
trabalho trazemos algumas definições a partir da pesquisa bibliográfica de autores que abordam a
ética no contexto empresarial. Neste processo de exploração da bibliografia, dada a diversidade
de enfoques, seleccionamos apenas os conceitos que mais se aproximam da nossa proposta.

10
Para Rodrigues e Souza (1994, p.13): “A ética é um conjunto de princípios e valores que guiam
e orientam as relações humanas”. Esses princípios devem ter características universais e
precisam ser válidos para todas as pessoas e para sempre. Já segundo Vasquez (1985, p. 12): “A
ética é a ciência que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade”.

3.5.A Ética e o seu Significado

Em qualquer dicionário corrente, podemos ver entre outras respostas quando nos questionamos
acerca do que é a ética, e encontramos inúmeras definições, “moral”, “diferença entre bem e
mal”, “comportamento bom ou mau”, “a ética é a ciência da moral”, para citarmos apenas as que
nos parecem mais adequadas para a reflexão deste texto. Do nosso ponto de vista, associamos o
termo “ética” à ideia de educação, formação humana, carácter das pessoas, desempenho e
postura na organização em termos de relacionamento (Ferreira & Dias, 2005).

É sabido que as definições apenas ajudam a compreender e a preparar o caminho para uma
análise de maior aprofundamento. Acrescente-se, no entanto, que o nosso interesse passa por
traçar em termos esquemáticos o essencial, sem nos perdermos em grandes considerações.
Aludimos a este conceito pela importância e relação que ele tem com o comportamento humano,
tendo como principal objectivo dar uma perspectiva mais esclarecedora, o que justifica a sua
abordagem.

A ética no seu sentido etimológico é uma palavra que vem do grego ethos e define-se por duas
formas (Trigo (1999, p.225; Dias, 2004, p.85). a primeira, êthos”, refere-se ao modo de ser, ao
carácter, à realidade interior donde provêm os actos humanos. a segunda éthos, indica os
costumes, os hábitos ou o agir habitual; actos concretos que indicam e realizam o modo de ser da
pessoa.

3.6.Relação da Ética com a Organização

Sem nos perdermos em grandes considerações, com o conceito de organização, embora seja para
nós apaixonante, pela sua dinâmica interna e externa, relações e composição, isto é, todo o
conjunto organizacional na sua complexidade, como nós o definimos em Sociologia das
Organizações, achamos que seja útil a sua análise sobretudo para o leitor menos familiarizado
com ele. Se a relacionamos com a ética é preciso entendermos o que é, tendo em conta a sua

11
base, ou seja, as pessoas e a colectividade como um fenómeno total, visto como conjunto
organizacional complexo.

De acordo com a literatura existente podemos resumir a definição de organização do ponto de


vista da origem do seguinte modo: a organização tem origem no Grego “Organon”, que significa
instrumento, utensílio, órgão, ou aquilo com que se trabalha (significados, sd).

No que se refere à noção de organização assume dois significados: o primeiro designa unidades e
entidades sociais, conjuntos práticos, como por exemplo bancos, fábricas, administração pública,
escolas, hospitais, prisões, instituições de solidariedade social, etc. O segundo evidencia a
organização como estrutura de realização de objectivos ou metas a atingir. É mais uma
perspectiva instrumental das organizações.

Assim, na primeira noção a organização é uma entidade social, conscientemente coordenada e


controlada, gozando de fronteiras delimitadas, que funcionam numa base relativamente contínua,
tendo em vista a realização de determinados objectivos. A segunda designa certas condutas e
processos sociais: ato de organizar tais actividades, a disposição de meios relativamente aos fins
e a integração dos diversos membros numa unidade coerente (Nunes, 2007; Bilhim, 1996;
Guedes, 2009).

3.7.Valores ético-morais nas organizações

O envolvimento das pessoas nas organizações é impossível sem uma ética de responsabilidade
individual e colectiva, apoiada na moral e nos valores defendidos pelas regras universais. As
funções e os papéis das pessoas nas organizações tornam-se efectivas quando todos se envolvem
no seu conjunto, pondo de parte o individualismo, os interesses pessoais e se adoptam
comportamentos éticos em consonância com os valores presentes nas realidades que as integram.

Os valores associados à ética exigem critérios de coerência, empenhamento, comprometimento e


verdade na e com a organização. Os valores são indispensáveis para o desenvolvimento e a
confiança entre todos os participantes da organização, cada um sabe qual a sua posição e por isso
havendo a obrigação de se comportar conforme as funções e os papéis que possui na estrutura da
organização (Rego, 2000).

12
Quanto mais altas as posições na hierarquia da organização, maior é a responsabilidade destas
pessoas, maior atenção devem prestar aos valores e aos comportamentos éticos, pois o exemplo é
mais forte do que as palavras por mais correctas que elas sejam têm pouco efeito, quanto muito
tornam-se inúteis.

Por conseguinte, a ética tem sempre forte ligação aos valores considerados como exemplares no
envolvimento globalizado da organização (Pinto, 2003). Neste sentido a ética é cada vez mais
pensada, quando o fenómeno organizacional é analisado, tendo merecido uma crescente e
especial atenção por escolas e autores que estudam estas matérias. Neste entendimento os valores
não são uma opção, são sim uma necessidade sentida pelas pessoas, assim como também a ética.
Podemos afirmar que ninguém pode viver bem e feliz quando tanto os valores como a ética são
postos em causa através de qualquer método não aceite universalmente.

3.8.A Ética como Factor Relacional nas Organizações

A ética como factor relacional nas organizações abarca as questões emergentes não só das
tecnologias, do profissionalismo a nível de conhecimento técnico e científico, os problemas do
ambiente externo envolvente, mas também, e não menos importante, as relações entre as pessoas.
Hoje em dia não chega saber fazer, é necessário saber ser, estar e saber Saber (Pereira, et al.2009,
p.120).

Arménio Rego, com uma vasta literatura sobre esta temática ligada à ética dos comportamentos
nas organizações, encontrou em estudos empíricos realizados em Portugal uma dimensão
designada por “harmonia interpessoal” que não se encontra na grande maioria de estudos
efectuados a nível internacional (2002, p.16). Para o autor esta dimensão compreende-se pela
lenta mudança da cultura nacional. De facto, a elevada propensão para as relações sociais
harmoniosas, a valorização da cooperação, a sensibilidade para comunicar de modo indirecto e
pouco claro, embora social é característico da cultura nas nossas organizações.

Um elemento chave é aquele que se prende com a dimensão ética nas suas implicações práticas.
Para Guillén, citado por Reinaldo Dias (2008, p.179) as relações de confiança estão na
capacidade dos líderes estabelecerem fortes ligações com os colaboradores, onde impere o
respeito, a honestidade e a valorização como pessoa e como profissional.

13
Numa palavra que sejam competentes no exercício das suas funções (Varela, 1995). Esta
dimensão gera nos comportamentos: adesão, vontade, acção, ideias e intenções. A capacidade do
líder em influenciar as relações leva os seus seguidores a aderir livremente à sua vontade,
apoiados na confiança que poderá satisfazer as suas necessidades de bens úteis e agradáveis.
Quando se age de modo parcial, não de modo claro e justo, pomos em cheque a ética e as
relações pessoais nas organizações.

Para que estas possam ser saudáveis é preciso confiança uns nos outros, tenham uma posição
superior ou inferior.

Todo o ser humano procura acima de tudo ser feliz. Mas, ser feliz para Chanlat, 1992), designa
sermos mais humanos, realizarmo-nos como pessoas, tornarmo-nos mais perfeitos, a ética indica-
nos o caminho que devemos seguir para atingir esse fim. Uma conduta ética só nos traz
benefícios tanto pessoais como organizacionais e as relações estabelecem a sua base. O prestígio
que poderemos ter é algo que deve ser reconhecido por outros pelo exemplo da nossa conduta e
não por nós próprios, nós apenas temos a nossa percepção. As motivações podem muitas vezes
nortear os nossos comportamentos e contribuir para aferir da ética e da moral das nossas acções
(Rego, 2000; Pereira, 1999).

Falar da ética relacional é poder falar de um campo de excelência, de coisas a executar, ou seja
fazer, para nos tornarmos mais pessoas. Deste modo, acentuar comportamentos éticos implica
valores, significados, a ética é o caminho do Homem para a felicidade (Sócrates, citado por
Almeida, 1996, p.52)

3.9.Os códigos éticos e as organizações

Cada organização possui os seus próprios códigos de ética, seja ela de que tipo for, a organização
estabelece regras que devem ser objectivas.

Tudo deve ser conhecido, não se pode cumprir o que não se conhece, ou então limitamo-nos a
generalidades que não servem a ninguém, esconder para depois se tirarem benefícios não é uma
boa atitude, é desonesto, são comportamentos antiéticos que são de rejeitar. Os códigos servem
para compromissos transparentes entre todos os participantes, isto é, a força de trabalho, clientes
e fornecedores, conciliando o interesse de todos e valorizando o ser humano.

14
As exigências requeridas para a prática dos códigos não passam apenas por um bem pessoal, mas
são uma arte do bem comum para todos (Kiston e Campbell, 1996, p.13). É por isso que os
códigos éticos têm por base o critério do maior bem para a pessoa e para a organização como um
todo.

Ora, os códigos de ética apresentam os princípios mais relevantes a serem observados, princípios
que têm aplicação prática, não podem ser vistos como um conjunto de meras intenções, como
princípios são inseparáveis da identidade da actividade e da responsabilidade social.

Na maior parte das organizações justifica-se a tendência para desenvolver e encorajar acções de
acordo com princípios éticos, não só por ser moralmente correcto, mas também porque a curto
prazo poderá tornar-se numa vantagem competitiva. Esta vantagem traduz-se numa imagem da
organização para as outras organizações e para a sociedade em geral. Para que princípios e
padrões éticos sejam cumpridos por todos os colaboradores da organização torna-se
imprescindível que os mesmos compreendam em pleno o conteúdo do código de ética, ou seja,
as regras e procedimentos que definem a cultura da organização.

Embora os códigos se baseiem em princípios e valores, há alguns aspectos a termos em conta: Os


dados conhecidos referem que na prática não se podem transferir modelos organizacionais
totalmente distintos de outras culturas, pois o sucesso nalguns países pode ser o fracasso noutros.

Deste modo, há razões para que gestores, directores, chefes das organizações considerem as
particularidades, tendo cuidado nos estilos de liderança, no modo como comunicam com os seus
colaboradores, como procuram motivá-los e como premeiam o seu trabalho. Justifica-se o
recurso a códigos de ética, adaptados a cada organização. Embora em termos gerais os princípios
sejam os mesmos há especificidades que os responsáveis necessitam considerar, uma vez que as
coisas não são tão lineares, os dados teóricos devem ser usados com prudência e não
generalizações que têm pouca aplicabilidade nas ciências sociais, o mesmo se passa nesta
análise, não existe uma certeza igual para todas

15
4.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADE

Cronograma de Actividade

Actividades / Procedimentos Mês / Período 2019


Fevereiro Março Abril Maio
Escolha do Tema X
Levantamento da Literatura X
Leitura bibliográfica X X
Análise da colecta de dados X
Tratamento de dados X
Construção do projecto X X
Elaboração do relatório final X
Revisão do texto X
Entrega do projecto X

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019

4.1.Recursos Materiais

Recursos Materiais
Produto Quantidade Valor Unitário Valor total
Papel de ofício A4 1 Resma 500 folhas 150,00 150,00
Bloco de Notas 1 20,00 20,00
Caneta Esferográfica 3 30,00 30,00
Lápis 1 5,00 5,00
Borracha Escolar 1 5,00 5,00
Flash 1 350,00 350,00
Pasta suspensa 1 40,00 40,00

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019

16
4.2.Recursos Financeiros

Recursos Financeiros
Produto / Serviço Quantidade Valor Unitário Valor Total
Copias 30 Paginas 30,00 30,00
Internet 5 Horas 125,00 125,00
Impressão 20 Paginas 40,00 40,00
Transporte 4 Viagens 600,00 600,00
Alimentação 12 Lanches 1200,00 1200,00

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019

4.3.Total geral dos recursos

Total geral dos recursos


Recursos Valor total
Recursos Materiais 660,00
Recursos Financeiros 1995,00
Total 2655,00

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019

17
Bibliografias

1. Almeida, F. N. (1996). Sucesso pessoal a quanto obrigas? Separata da Revista Dirigir


(45), Lisboa: IEFP, 51-53.
2. ALONSO, F. R.; LOPES, F. G.; CASTRUCCI, P. L. Curso de ética em administração.
São Paulo: Atlas, 2008.
3. Argandoña, A. R. (1994). La ética en la empresa, Madrid: Instituto de Estudos
Económicos.
4. Arruda, M. C. C. (2003). Fundamentos de ética empresarial e económica (2ª ed.), São
Paulo: Atlas.
5. ARRUDA, M. C. C. de; WHITAKER, M. do C.; RAMOS, J. M. R. Fundamentos de
6. Banks, S. & Nohr, K. (coords) (2008). Ética prática para as profissões do trabalho social,
Porto: Porto Editora Lda.
7. Bilhim, J. (1996). Teoria organizacional: Estruturas e pessoas, Lisboa: Instituto Superior
de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).
8. Blanchard, K. & Peace N. V. (1989). O poder da gestão ética, Lisboa: Difusão Cultural.
9. ética empresarial e económica. São Paulo: Atlas, 2003. CAMARGO, M. Ética na
empresa. 3.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
10. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. Odília Fachin, 3ª Ed. Saraiva, 2001.
11. FREITAS, L. M. S.; WHITAKER, M. do C.; SACCHI, M. G. Ética e internet: uma
contribuição para as empresas. São Paulo: DVS, 2006.
12. GIL, A. C. Como elaborar projectos de pesquisa. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1989.

13. LAKATOS, Eva Maria & Marconi, Marina de Andrade; Fundamentos de metodologia
científica 1; 5. ed. - São Paulo; 2003.
14. MAZZALI, R.; SCHLEDER, A., PEDREIRA, R. E. Gestão de negócios sustentáveis.
Rio de Janeiro: FGV, 2013.

15. RIBEIRO, Cassandra & Silva, Dr; Metodologia e Organização do Projecto de Pesquisa.

18

Você também pode gostar