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Análise da aplicação da norma


NBR 15.836: 2011 – Cintos de
Segurança Tipo Paraquedista em
um Canteiro de Obras
E m diversos setores produtivos rea-
lizam-se trabalhos em altura. No
mundo todo, é uma das principais cau-
Christiane Wagner Mainardes
Mestrando em Engenharia Civil –
lhadores em um canteiro de obras
dentro de uma instituição pública de
ensino, verificando o atendimento
sas de acidentes de trabalho. UTPFR – Curitiba. ou não aos itens da norma NBR
A construção civil é um dos setores E-mail: chriswm@terra.com.br 15836: 2011.
cujas estatísticas mostram um núme-
ro elevado de acidentes fatais ou inca- Maria Regina da S. O. Canonico Revisão bibliográfica
pacitantes. Por isso, o uso de equipa- Mestrando em Engenharia Civil – O trabalho em altura é caracteri-
mento de segurança não é só reco- UTPFR – Curitiba. zado pela distância do solo em que o
mendável como obrigatório sob algu- E-mail: canonico@utfpr.edu.br trabalhador desempenha a atividade
mas condições. e requer uma combinação de movi-
Para desempenhar atividades em Roberto Serta mentos atléticos, que exigem con-
altura superior a 2 m, a NR-18 e a Mestrando em Engenharia Civil – trole mental e a aplicação de segu-
NR-34 determinam que o trabalhador UTPFR – Curitiba. rança, e métodos utilizados no alpi-
necessita utilizar Equipamento de E-mail: roberto.serta@gmail.com nismo, quando o trabalhador é su-
Proteção Individual (EPI), que neste portado por cordas, conforme a (fi-
caso é o cinto de segurança tipo para- Rodrigo Eduardo Catai gura 1) (Redondo, 2005).
quedista. Essas normas definem os re- Professor do Programa de Mestrado em Segundo Redondo (2005), os
quisitos mínimos de desempenho Engenharia Civil – UTPFR – Curitiba. pontos mais importantes a serem le-
deste equipamento assim como as ca- E-mail: catai@utfpr.edu.br vados em consideração sobre traba-
racterísticas desejáveis e obrigatórias. lhos em altura são qualidade e segu-
Para atender à qualidade recomen- rança, logo a capacitação dos profis-
dada, os cintos de segurança devem ser cinturão de segurança tipo paraque- sionais dessa área é fundamental. As
fabricados com materiais que garan- dista. A norma 15.836 substitui a empresas também devem seguir as
tam a resistência necessária bem como norma NBR 11.370:2001, de EPI, cin- normas vigentes, porque são solidá-
oferecer desempenho inclusive quan- turão e talabarte de segurança, especi- rias quanto à responsabilidade em
to aos aspectos ergonômicos. ficação e métodos de ensaio. relação a possíveis acidentes e res-
Os requisitos exigidos para cintos O cinto de segurança deve obe- pondem administrativamente, civil
de segurança (cinto abdominal e para- decer às normas vigentes de utiliza- e penalmente pelo dano.
quedista) e para talabartes de seguran- ção, manutenção e armazenamento Quando este tipo de trabalho é
ça são especificados pela Associação para garantir a segurança ao profis- realizado, o maior risco para a pes-
Brasileira de Normas Técnicas sional em caso de uma queda até a soa é de queda de nível, podendo
(ABNT), de acordo com a norma NBR chegada de resgate. levar à fatalidade, perda de dias tra-
15.836:2011, que trata dos equipa- Este artigo tem como objetivo balhados e prejuízos à empresa. Se-
mentos de proteção individual contra analisar os cintos de segurança que gundo a Revista Proteção (2009), no
queda em altura, especificamente o estão sendo utilizados pelos traba- Brasil foram identificados 314.240

72 Téchne 175 | OUTUBRO de 2011


Fotos cedidas pelos autores
Capacete
7

Talabarte 1
2 11 10

6
5
Cinto
8 9

4 3

1 Fitas primárias superiores 7 Elemento de engate 11 Etiqueta de indicação de


2 Fitas secundárias dorsal para proteção engate para proteção
3 Fita primária subpélvica contra queda contra queda, com letra
4 Fita primária da coxa 8 Fivela de engate “A” maiúscula para ponto
5 Apoio dorsal para 9 Elemento de engate único ou letras “A/2”,
Conector de posicionamento para posicionamento quando existirem dois
grande abertura 6 Fivela de ajuste 10 Etiqueta de pontos simultâneos
identificação de engate.
Figura 1 – Trabalho em altura realizado Figura 2 – Cinturão de segurança tipo paraquedista com elemento de engate para proteção
de maneira segura. Fonte: Altiseg, 2011 contra queda dorsal e elemento de engate para posicionamento. Fonte: Altiseg, 2011

Comunicações de Acidentes de Tra-


balho (CAT), onde cerca de 17,6%
correspondem a quedas, e destas,
65,5% correspondem a quedas com
diferença de nível, conforme dados
obtidos no Ministério do Trabalho e
Emprego, no período de janeiro de
2005 a maio de 2008.
Diante deste problema, inúmeros
são os estudos de ergonomia para o
desenvolvimento e melhoria em
equipamentos de trabalho, que ofere- A B C
ça segurança para trabalhos em altu-
Figura 3 – Cinto tipo paraquedista: (A) Cinto Ergo, (B) Cinto Telecom e (C) Cinto Amazonas.
ra. De acordo com Iida (2005) a ergo-
Fonte: Altiseg, 2011
nomia estuda tanto as condições pré-
vias como as consequências do traba-
lho e todas as interações que ocorrem nas e dois para as costas. Posterior- (2010), mostra cinturões de segu-
– homem, máquina e ambiente – du- mente, um tipo de cinto mais con- rança desse modelo.
rante a realização desse trabalho. fortável, colocado na altura do estô- O cinto serve para unir o traba-
Em 1960 foi desenvolvido o pri- mago, foi criado por um austríaco lhador à corda, devendo se ajustar
meiro cinto de segurança para traba- (Schubert, 2001). A figura 2, apre- adequadamente ao usuário, permitir
lhos em altura, na Alemanha. Era sentada no segundo projeto de liberdade de movimentos e ser seguro
composto por dois anéis para as per- norma ABNT/CB-32 32:004.03-003 para a atividade que será realizada. O

73
art i go

do profissional em atividades de al-


tura. Entretanto, é necessário que
estes sejam produzidos de acordo
com as normas vigentes. Na conti-
nuidade deste artigo apresenta-se
uma análise dos cintos de segurança
tipo paraquedista.

Metodologia
Este artigo pretende avaliar os
cintos de segurança que são utiliza-
Fotos cedidas pelos autores

dos pelos trabalhadores da constru-


ção civil, com o objetivo de verificar
se atendem às normas vigentes.
A B Para tanto foi realizada uma pes-
quisa exploratória, quantitativa e
Figura 4 – Trabalhador vestindo a amostra 1. a) frontal; b) dorsal (suspensório). com a utilização de checklist em
Fonte: Autores, 2011. uma instituição de ensino público
no Sul do Brasil. Essa instituição
Quadro 1 – Checklist aplicado. está em fase de obras para amplia-
Grupo Descrição Sim Não Observações ção de seu campus, tendo um gran-
de contingente de trabalhadores da
4 Requisitos
construção civil, sendo em média
4.1 Desenho e ergonomia 80 funcionários, entre eles um mes-
O cinturão de segurança tipo paraquedista deve tre de obras, pedreiros e carpintei-
ser projetado e fabricado de forma que: ros. Estes trabalhadores estão na
Nas condições de utilização previsíveis para as maior parte do tempo realizando
quais se destina, o usuário possa desenvolver trabalhos em altura, necessitando,
4.1.a normalmente a atividade que lhe expõe a para isso, utilizar EPIs, inclusive o
riscos, dispondo de uma proteção adequada de cinto de segurança.
um nível tão elevado quanto possível; Para coleta de dados foram utiliza-
Fonte: Autores, 2011. das três amostras de cintos de segu-
rança tipo paraquedista de diferentes
que garante a qualidade de um cinto tes de qualidade, a cargas de 16 kN e fabricantes para a análise. Estas amos-
de segurança é a reunião das seguin- ainda não soltar pontos de costura ou tras foram retiradas do almoxarifado
tes características (Redondo, 2005): gerar algum dano que coloque seu do canteiro de obras e foram denomi-
n Ponto de ancoragem robusto e usuário em risco. Ainda segundo esse nadas pela cor predominante, sendo:
confiável
­
autor, na prática, a maior tensão ad- Amostra 1 (amarela), Amostra 2
n Menor número de costuras possível missível causada pela queda de uma (verde) e Amostra 3 (cinza).
n Sistema de regulagem cômodo e pessoa é de 7,5 kN. Segundo De Cicco e Fantazzini
rápido A maioria dos cintos de segu- (2003), o checklist (questionário) é “um
n Cintas ou anéis para levar pendura- rança é multifuncional, projetados dos meios mais frequentes para avalia-
do o material a ser utilizado para prevenção de uma possível ção de riscos”. O principal objetivo do
Conforme Paladini (2004), a Or- queda ou ainda para adequar o po- checklist é identificar os riscos por uma
ganização Europeia de Controle da sicionamento do trabalhador du- avaliação padrão em uma atividade em
Qualidade conceitua a qualidade rante a atividade (figura 3). A NBR andamento, sendo o nível de detalha-
como sendo: “a condição necessária de 15836 (2011) define o cinto de se- mento determinado de acordo com a
aptidão para o fim a que se destina”. gurança para trabalho em altura, necessidade ou risco da atividade.
Neste sentido, é importante que os tipo paraquedista, como “compo- A pesquisa foi realizada pela aplica-
cintos de segurança sejam avaliados e nente de um sistema de proteção ção de um checklist, conforme o qua-
testados, para a certificação de que as contra queda, constituído por um dro 1, de verificação de atendimento da
normas regulamentadoras estão dispositivo preso ao corpo destina- NBR 15.836 – Equipamento de Prote-
sendo cumpridas, e a segurança de seu do a deter as quedas”. ção Individual Contra Queda de Altura
usuário, garantida. Conforme abordado, a utilização – Cinturão de Segurança Tipo Para-
Assim, conforme Schubert (2001), do cinto de segurança é de funda- quedista, tendo como requisito 47 itens,
os cintos deverão ser submetidos a tes- mental importância na preservação organizados em seis grupos, sendo:

74 Téchne 175 | OUTUBRO de 2011


Quadro 2 – Itens conforme NBR 15836: 2011. ção diferentes. Os resultados obtidos
Amostras/itens atendidos foram agrupados em forma de tabelas,
Grupo Descrição gráficos e figuras.
1 2 3
4.1 Desenho e ergonomia (6 subitens) 1 5 5
4.2 Materiais e construção (13 subitens) 5 6 8 Resultados e discussões
Resistência à corrosão por exposição à
Os itens avaliados e os resulta-
4.5 0 1 1 dos obtidos pela aplicação do che-
névoa salina (1 subitem)
6 Marcação (7 subitens) 1 3 3
cklist elaborado a partir da NBR
15.836 referem-se a desenho e ergo-
7 Manual de instruções (18 subitens) 0 0 0
nomia (4.1); materiais e construção
8 Embalagem (1 subitem) 0 0 0
(4.2); resistência à corrosão por ex-
Total de itens atendidos 7 15 17
posição a névoa salina (4.5); marca-
Fonte: Autores, 2011.
ção (6); o manual de instruções (7)
e a embalagem (8), e estão apresen-
tados no quadro 2.
Quanto ao Grupo 4.1, referente a
desenho e ergonomia, na Amostra 1
(amarela), observou-se que a fita da
perna direita possuía uma fivela de
ajuste, e a fita da perna esquerda pos-
suía uma adaptação sem fivela de
ajuste. Provavelmente havia sido rea-
lizado um remendo, pois estava com
cores diferentes (figura 4).
Foi possível avaliar também que
não havia ajuste no suspensório, o
que poderia ocasionar uma posição
de detenção de queda incorreta, ou
A B seja, impossibilitaria o usuário de
ficar em uma posição confortável até
Figura 5 – Trabalhador vestindo a amostra 1. a) posição de detenção de queda; b)
ser socorrido. O ajuste da fita secun-
ajuste da fita secundária. Fonte: Autores, 2011
dária também se mostrou ineficiente,
pois permitia um posicionamento
que poderia estrangular o trabalha-
dor, conforme mostrado na figura 5.
Na amostra 2 (verde), observou-
-se a existência de fivelas de regula-
gem das fitas das pernas, porém estas
não permitiam travamento, além de
serem desconfortáveis ao usuário
quando ajustado. Este fato era pro-
vocado porque uma das pontas da
fivela exercia pressão na perna do
usuário (figura 6a).
Na posição de detenção de queda,
constatou-se que o indivíduo perma-
A B necia em uma situação confortável
até ser resgatado, porém a fita secun-
Figura 6 – Trabalhador vestindo a Amostra 2: a) fivela de ajuste da perna; b) posição
dária, que mantém o suspensório no
de detenção de queda Fonte: Autores, 2011
lugar, pode correr e machucá-lo, e se
estiver próximo ao pescoço, até es-
n 4.1 – Desenho e ergonomia n 7 – Manual de Instruções trangulá-lo (figura 6b).
n 4.2 – Materiais de construção n 8 – Embalagem Na Amostra 3 (cinza), observou-
n 4.5 – Resistência à corrosão por ex- As amostras foram coletadas alea- -se a inexistência de fivelas para a re-
posição à névoa salina toriamente, pois são de fabricantes, gulagem das fitas das pernas, porém
n 6 – Marcação datas de fabricação e tempo de utiliza- este modelo pode ser fornecido em

75
art i go

Desenho e Ergonomia Materiais e Construção Marcação


Itens Atendidos (%) x Amostra Itens Atendidos (%) x Amostra Itens Atendidos (%) x Amostra
100% 80% 60%
83% 83% 62%
80% 43% 43%
60%
46% 40%
60%
40% 38%
40%
20% 14%
17% 20%
20%

0% 0% 0%
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3
(amarela) (verde) (cinza) (amarela) (verde) (cinza) (amarela) (verde) (cinza)

Gráfico 1 – Item 4.1 – Desenho e Gráfico 2 – Item 4.2 – Materiais e Gráfico 3 – Item 6 – Marcação (7 itens).
ergonomia (6 itens). Fonte: Autores, 2011 construção (13 itens). Fonte: Autores, 2011 Fonte: Autores, 2011

vários tamanhos, proporcionando


uma melhor adaptação ao usuário.
Na posição de detenção de queda
(figura 7a), constatou-se que o usuá-
rio permanecia em uma posição
confortável na espera de ajuda,
porém a fita secundária que manti-
nha o suspensório no lugar poderia
correr e machucar o usuário. Caso
estivesse próximo ao pescoço pode-
ria até estrangulá-lo (figura 7b).
Na análise do Grupo 4.1, dese-
nho e ergonomia, a Amostra 1
(amarela) atendeu a 17% do total
dos seis itens verificados, a Amostra
A 2 (verde) atendeu a 83% e a Amos-
tra 3 (cinza) atendeu a 83%, confor-
me o gráfico 1.
Em relação ao Grupo 4.2, referen-
te ao material e construção, nas B
Amostras 1 e 2, observou-se que a
matéria-prima era o polietileno, cuja Figura 8 – Amostra 2: a) etiqueta
utilização para essa finalidade é proi- Amostra 1, b) etiqueta amostra 2.
bida pela norma regulamentadora Fonte: Autores, 2011
citada. Já na Amostra 3, observou-se
que a matéria-prima utilizada – nái- (amarela) apresentava pontos de
lon e poliéster – atendem às especifi- corrosão acentuada; as Amostras 2 e
cações da norma. 3 estavam em perfeito estado, sem
Na análise do Grupo 4.2, mate- sinais de corrosão. Quanto ao aten-
rial e construção, a Amostra 1 dimento da norma, do Grupo 4.5,
(amarela) atendeu a 38% do total resistência à corrosão, a Amostra 1
dos 13 itens verificados, a Amostra (amarela) não atendeu e as Amostras
B 2 (verde) atendeu a 46% e a Amos- 2 (verde) e 3 (cinza) estavam de
tra 3 (cinza) atendeu a 62%, confor- acordo com o solicitado.
Figura 7 – Trabalhador vestindo a me o gráfico 2. Em relação ao Grupo 6, “marca-
amostra 3: a) posição de detenção de Na análise realizada do Grupo ção”, na análise da Amostra 1 (ama-
queda; b) ajuste da fita secundária. Fonte: 4.5, resistência à corrosão, foi possí- rela), verificou-se a existência de
Autores, 2011 vel identificar que a Amostra 1 etiqueta de identificação, porém

76 Téchne 175 | OUTUBRO de 2011


Total de itens atendidos (%) Na análise do Grupo 6, “marca-
x amostra ção”, a Amostra 1 (amarela) atendeu a Leia mais
14% do total dos 7 itens verificados; a
60% NBR 15836:2011 – Equipamento
Amostra 2 (verde) atendeu a 43%, e a
de Proteção Individual Contra
Amostra 3 (cinza) atendeu a 43%,
40% Queda de Altura – Cinturão de
40% 35% conforme o gráfico 3.
Segurança Tipo Paraquedista. 2o
Quanto à marcação, vale ressaltar
Projeto CB-32 (Comissão de
que é estabelecido na norma NBR
20% 16% Estudo de Cinturão de
15836: 2011 a necessidade de conter
Segurança do Comitê Brasileiro
no cinto um pictograma (figura 10).
de Equipamentos de Proteção
0% O pictograma tem por objetivo infor-
Individual). Associação Brasileira
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 mar que os usuários devem ler o ma-
de Normas Técnicas (ABNT), 2010.
(amarela) (verde) (cinza) nual antes de utilizar o cinto.
Na análise do Grupo 7, manual
Segurança em Altura. Altiseg.
Gráfico 4 – Itens atendidos por amostra. de instruções, das três amostras ana-
Disponível em: <http://www.
Fonte: Autores, 2011 lisadas não foram localizados os ma-
altiseg.com.br/altiseg/php/
nuais de instrução dos cintos de se-
produtos.php?linha=6&tipo=1>.
gurança, item importante para
Acessado em: 20/06/2011.
orientação de uso e conservação des-
ses equipamentos.
Cartilha de Segurança, Seleção e
Em relação ao Grupo 8, embala-
Utilização de EPI para Trabalho
gem, também não foram localizadas
em Altura. Curitiba: Altiseg, 2011.
as embalagens de acondicionamento
das três amostras no canteiro de
Tecnologias Consagradas de
obras, portanto está em desacordo
Figura 9 – Etiqueta de identificação de um Gestão de Riscos. Edição
com a especificação da norma.
cinturão paraquedista. Fonte: Altiseg, 2011 comemorativa 25 anos. Francesco
Na análise dos quatro grupos, re-
de Cicco, Mario Luiz Fantazzini. São
ferentes aos itens 4.1, 4.2, 4.5, 6, 7 e 8,
Paulo: Risk Tecnologia Editora, 2003.
a Amostra 1 (amarela) atendeu a 16%
do total dos 47 itens verificados, a
Ergonomia: Projeto e Produção.
Amostra 2 (verde) atendeu a 35% e a
2a Edição Revisada e Ampliada.
Amostra 3 (cinza) atendeu a 40%,
IIDA, Itiro. São Paulo: Editora
conforme o gráfico 4.
Edgard Blücher, 2005.
Conclusões
Prevención y seguridad en
O estudo realizado demonstra que
trabajos verticales. Jon
os cintos de segurança tipo paraquedis-
Redondo. Madri: Ediciones
ta utilizados na referida obra não aten-
Desnivel, 2005.
dem à norma NBR 15.836 e devem ser
‘‘LEIA O MANUAL’’ prontamente substituídos. Constatou-
-se que na Amostra 1 (amarela), 16%
Desafio nas Alturas. Revista
Proteção. Novo Hamburgo: no 205,
Figura 10 – Pictograma para indicação dos itens verificados foram atendidos,
p. 39-54, 2009.
de leitura do manual de instruções. Fonte: assim como na Amostra 2 (verde), 35%
adaptado da NBR 15.836: 2011 dos itens atenderam, e na Amostra 3
Seguridad y Riesgo. Análisis y
(cinza), 43% foram atendidos.
prevención de accidentes de
Atenção também deve ser dada
escalada. Pit Schubert. Madri:
estava ilegível. Nas Amostras 2 ao armazenamento e embalagem
Ediciones Desnivel, 2001.
(verde) e 3 (cinza), constatou-se a dos cintos de segurança, manual de
existência de etiquetas com as in- utilização e controle da vida útil, ga-
Manual para Trabalhos em
for mações esp ecificadas p ela rantindo assim a segurança do tra-
Altura. Departamento de
norma, como: fabricante, logotipo, balhador. Com isto a fiscalização re-
Segurança e Medicina do
Certificado de Aprovação (CA), ferente ao atendimento das Normas
Trabalho. Fabiano Viana. TST-Brinks.
data de fabricação, lote e demais in- Regulamentadoras deverá estar em
Campinas: Disponível em: www.
formações sobre a utilização, porém sintonia com as normas ABNT para
segurancaetrabalho.com.br/
atendendo à norma NBR 11.370 (fi- qualquer tipo de equipamento de
download/trabalhos-altura.doc.
guras 8 e 9). proteção individual.

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